Exposição Diálogo, Galeria Virgilio, SP - 2019

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14 DE MAIO A 14 DE JUNHO 2019

GASTÃO DEBREIX


DIÁLOGO

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14 DE MAIO A 14 DE JUNHO 2019

GASTÃO DEBREIX


Acima: 1PFTJB 7JTVBM %JÈMPHP t Fórmica colada em madeira, versão I/2018 – 20 × 20 × 26 cm Capa: 1PFTJB 7JTVBM %JÈMPHP t Serigrafia sobre papel triplex/2018 – 21 × 21 cm Verso capa: $PNQMFYP 7FS t Serigrafia sobre papel triplex/2018 – 21 × 21 cm


Diálogo – 30 anos de arte e poesia de Gastão Debreix Gastão Debreix é um “artista-poeta” que se encontra em permanente trânsito. Seja pelos distintos papéis que desempenha, pela constante experimentação de suportes ou pela miscelânea de saberes que aplica em seus trabalhos. Debreix iniciou sua incursão no meio artístico e poético influenciado diretamente pela sua trajetória pessoal e indiretamente pela poesia visual e pela pop art. ¶ Filho de um respeitado mestre-artesão e talentoso marceneiro, que foi seu professor na escola técnica, desde a infância viveu cercado por madeiras, cerâmicas, tintas e diversas ferramentas artesanais. Uma proximidade com o labor manufaturado que se tornou fundamental para entender sua produção atual, caracterizada por trabalhos manuais e por uma vasta pesquisa de materiais. ¶ Certa vez, sentenciou: “Sou um artista-operário”. Uma operação que começou a se tornar artística por meio de caligramas poéticos, publicados na revista Artéria nº 5, em 1991, o que o aproximou definitivamente do Text universo da poesia visual. A palavra se tornou, desde então, sua principal ferramenta de trabalho, apesar dos inúmeros instrumentos manuais a que recorre com frequência para formalizar suas obras. ¶ A exposição DIÁLOGO apresenta um recorte desse percurso, reunindo produções antigas, nas quais a dimensão verbal predominava, em conjunto com as mais recentes, conectadas, sobretudo, às estratégias originárias do meio das artes visuais, mas também da poesia. O ready-made de Marcel Duchamp, as colagens e assemblages de materiais do nouveau réalisme e da pop art, o uso sintético e caligráfico das palavras dos poetas concretos são algumas influências que podem ser percebidas em suas obras. ¶ Grande parte foi concebida inicialmente no papel – tanto os poemas como as obras plásticas. Posteriormente, foram formalizados como serigrafias, esculturas, estênceis, objetos e instalações. Um procedimento que aproximou Debreix de outros artistas-poetas, como Augusto de Campos e Arnaldo Antunes, que também realizaram distintas “traduções intersemióticas” de seus poemas. ¶ O termo foi utilizado pelo artista e curador Julio Plaza para descrever obras poéticas multidisciplinares expandidas para além dos livros e publicações. Um procedimento recorrente na poesia visual, que busca, por meio de experimentações formais, de suportes e materiais, amplificar o significado embutido nos poemas. ¶ O rigor se tornou outra característica de sua produção, uma vez que o artista executa pessoalmente todas as etapas envolvidas na formalização das obras. Debreix monta o chassi, a moldura e tensiona as telas que utiliza, prepara o substrato das tintas e imprime suas próprias serigrafias. Trabalha ainda com marchetaria e se arrisca com qualquer material que encontre um significado criativo, sobretudo o papel e a madeira, mas também a fórmica, o ferro, as tintas e outros de caráter industrial e objetos apropriados. ¶ Integram a exposição DIÁLOGO serigrafias de diferentes períodos e formatos, incluindo uma caixa em madeira e marchetaria feita pelo artista, que conta com dez trabalhos serigráficos em pequeno formato; diferentes versões de Tramas, série de obras concebidas a partir da apropriação de pequenos pedaços de latas de tinta de parede, dobradas e trançadas; objetos poéticos, com destaque para Visão frágil e Visão crítica, inspirados no procedimento duchampiano do ready-made; além de Poesia, considerado pelo professor Omar Khouri “um dos melhores ideogramas dos anos 1990”, apresentado aqui em duas versões distintas, uma serigrafia e um objeto em acrílico. ¶ A obra Diálogo, que dá título à exposição, traduz silenciosamente o significado da obra de Debreix, assim como a música 4’33” fez com relação à produção de John Cage, ou o quadro branco com a de Malevitch, ou o cachimbo com a de Magritte. A imagem de dois perfis humanos, composta por uma meticulosa colagem de fórmicas coloridas, típica dos cartoons apropriados pela pop art, tornou-se um verdadeiro poema sem palavras desenhado pelo artista. Um diálogo interno que acontece há cerca de 30 anos e que o público pode finalmente escutar, ler, sentir e ver. Daniel Rangel – curador


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$BMJHSBNB o 7BSBM t Serigrafia sobre papel de algodรฃo


5SBNB +PSOBMÓTUJDB $JO[B t Serigrafia vinílica sobre lonita – 180 × 120 cm


5SBNB +PSOBMÓTUJDB $PMPSJEB t Serigrafia vinílica sobre lonita – 180 × 120 cm


5SBNB "DSÓMJDB t Serigrafia com tinta acrílica sobre tela – 170 × 130 cm


5SBNB 0SHÉOJDB t Serigrafia com terra, areia, carvão, tinta, etc. sobre tela – 150 × 105 cm


"SUF (SBEF 1SBUB t Serigrafia sobre papel de algodão 300g – 103 × 73 cm


"SUF (SBEF 0VSP t Serigrafia sobre papel de algodão 300g – 103 × 73 cm


7FOFOP t Estêncil e spray sobre lata coloda em madeira – 31 × 19 cm


0 #FJKP t Latas de spray pintadas e madeira – 42 × 10 × 18 cm



1PFTJB %BEP t 1890 dados de 16mm colados em madeira – 150 × 35 cm


7JTÍP 'SÈHJM o 0CKFUP t Plástico e metal em caixa de acrílico em base de madeira – 24 × 22 × 11,5 cm


7JTÍP $SÓUJDB o 0CKFUP t Metal em caixa de acrílico em base de madeira – 24 × 19 × 12 cm


0CKFUP t Acrílico, metal e madeira – 20 × 20 × 25 cm


J.VOEP t Plástico, metal e madeira – 50 × 20 × 85 cm


3FTUB 6N PV 4PMJUÈSJP t Bíblia e pregos cortados e pintados – 24 × 18 × 6 cm


.JTTÍP *NQPTTÓWFM t Metal, madeira, papel, serigrafia e acrílico – 39 × 43 × 6 cm


%FQSFEBEPT t Pedras de calçamento (portuguesas) furadas e pintadas – 6 × 5 × 4 cm


$SJTF t Paralelepípedo fatiado – 30 × 12 × 10 cm


%PS t Conexão hidráulica (cotovelo), band-aid, serigrafia, caixa de acrílico em base de madeira – 13 × 14 × 12 cm


4POP EPT +VTUPT t Madeira, espuma, tecido e pedra – 61 × 31 × 40 cm


Exposições Individuais

Exposições Coletivas/Publicações

Diálogo – Galeria Virgilio, São Paulo, SP, 2019 Gastão Debreix – Paux Design Contemporâneo, Bauru, SP, 2018 Diálogo – A Casa Branca, São Paulo, SP, 2013 Tramas / Serigrafia – Templo Bar, Bauru, SP, 2012 Tramas / Serigrafia – Espaço Cultural Leônidas Simonetti, Bauru, SP, 2012 Tramas / Serigrafia – Templo Bar, Bauru, SP, 2011 Tramas / Serigrafia – Espaço Cultural Leônidas Simonetti, Bauru, SP, 2011 Gastão Debreix: um fazedor – Centro Cultural de Bauru, SP, 2000 Gravura, Objeto, Pintura – Espaço Ópera Chopp, Bauru, SP, 1997 Gastão Debreix – Oficina Cultural Regional Glauco Pinto de Moraes, Bauru, SP, 1995 Artéria 40 anos +4 – Revista de Poesia – Espaço Galeria – Sesi Itapetininga, SP, 2019 Verbal assim como o visual – Andrea Rehder Arte Contemporânea, São Paulo, SP, 2017 Artéria 40 anos – Caixa Cultural, São Paulo, SP, 2016 Experimentação e visualidade na poesia – Baró Galeria, São Paulo, SP, 2016 Revista Artéria 11 – Nomuque edições, São Paulo, SP, 2016 Artéria 40 anos – Caixa Cultural Galeria 1, Rio de Janeiro, RJ, 2015 Poesia – Galeria Virgilio, São Paulo, SP, 2012 Vidros Digitais/Poesia Visual – Sesc Vila Mariana, São Paulo, SP, 2011–2012 Reflexões sobre a arte contemporânea – Instituto de Artes Unesp, São Paulo, SP, 2011 Gastão Debreix: razão e sensibilidade – Dgraus editora, São Paulo, SP, 2011 A poesia brasileira na era pós verso – Instituto de Artes Unesp, São Paulo, SP, 2011 Revista Artéria X – Nomuque edições, Galeria Vermelho, São Paulo, SP, 2011 7ª Mostra de poesia visual – Faap, São Paulo, SP, 2010 Revista Artéria 9 – Nomuque edições, São Paulo, SP, 2007 Revista Artéria 7 – Nomuque edições, São Paulo, SP, 2004 Brazilian Visual Poetry – Mexic Arte Museum, Austin, Texas, EUA, 2002 I Bienal Nacional de Gravura – Olho Latino – Sesc, Piracicaba, SP, 2001 1ª Biennale Internationale des livres-objets – Gyor, Hungria, 1997 XXI Sarp – Salão de Arte Contemporânea – Marp, Ribeirão Preto, SP, 1996 I Electrographic Biennal – International Copy Art Expo, Seul, Coreia do Sul, 1995 Mostra Nacional de Poesia Visual – Natal, RN, 1995 II Bienal Art Eletro Imagens – Varzely Múzeum, Budapeste, Hungria, 1994 I Bienal Art Eletro Imagens – Haus Ungarn – Berlim, Alemanha, 1994 Paraver – Poesia Visual – Faculdade Santa Marcelina, São Paulo, SP, 1993 Revista Artéria 6 – 31×31 – Nomuque edições – Augôsto Augusta, MIS, São Paulo, SP, 1993 VIII Mostra Universitária de Artes Plásticas – Faculdade Santa Marcelina, São Paulo, SP, 1992 XVII Sarp – Salão de Arte Contemporânea – Casa da Cultura, Ribeirão Preto, SP, 1992 Grupo A–Z Arte Eletro Imagens Paris – Xántus János Múzeum, Gyor, Hungria, 1992 III Bienal Nacional de Santos – Centro de Cultura Patrícia Galvão, Santos, SP, 1991 II Studio Internacional de Tecnologias de Imagem – Sesc Pompeia, São Paulo, SP, 1991 Revista Artéria 5 (Fantasma) – Nomuque edições – Masp, São Paulo, SP, 1991 XV Sarp – Salão de Arte Contemporânea – Casa da Cultura, Ribeirão Preto, SP, 1990 Sons & Dons – Revista Artéria de Santos – Secretaria da Cultura, Santos, SP, 1990


/BSDJTP t Moldura dourada, espelho, acrílico e serigrafia – 60 × 50 cm


/ÓWFM t Nível, tinta dourada e strass – 41 × 2,5 × 5 cm

Créditos PROJETO GRÁFICO

Fernando Angulo

Olicio Pelosi Daniel Rangel REVISÃO Cristina Camargo IMPRESSÃO Gráfica Sena FOTOS TEXTO

Serigrafia em triplex 300g Impressão offset em couchê 170g TIRAGEM 300 cópias AGRADECIMENTOS José Hermínio Canella, Ana Paula Antoniazzi, Izabel Pinheiro, Daniel Rangel, Fernando Angulo, Olicio Pelosi, Issao Ogassawara Jr, Helen Maria Sisa e Rogério Escobar. CAPA

DIAGRAMAÇÃO E TRATAMENTO DE IMAGENS

Issao Ogassawara Jr

MIOLO

Patrocínio

Contracapa: Poesia/1991 (legenda acima) t Serigrafia sobre papel triplex/2018 – 21 × 21 cm Página ao lado: Afônico/2018 t 4FSJHSBmB TPCSF QBQFM USJQMFY o ¨ DN


Nível/2018 • Nível, tinta dourada e strass – 41 × 2,5 × 5 cm

Créditos Projeto gráfico

Fernando Angulo

Diagramação e tratamento de imagens  Fotos

Olicio Pelosi Daniel Rangel Revisão  Cristina Camargo Impressão  Gráfica Sena Texto

Capa

Issao Ogassawara Jr

Serigrafia em triplex 300g Impressão offset em couchê 170g Tiragem  300 cópias Agradecimentos  José Hermínio Canella, Ana Paula Antoniazzi, Izabel Pinheiro, Daniel Rangel, Fernando Angulo, Olicio Pelosi, Issao Ogassawara Jr, Helen Maria Sisa e Rogério Escobar. Miolo

Patrocínio

Contracapa: Poesia/1991 (legenda acima) • Serigrafia sobre papel triplex/2019 – 21 × 21 cm Página ao lado: Afônico/2018 • Serigrafia sobre papel triplex/2019 – 21 × 21 cm




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