O colar amaldiรงoado perdido no mar
O colar amaldiรงoado perdido no mar
Ronaldo Neiva Filho | DANTE CAVALCANTE ROCHA
Ronaldo Neiva Filho | DANTE CAVALCANTE ROCHA
O colar amaldiçoado perdido no mar 1a Edição Teresina-PI, Dezembro de 2016
© COPYRIGHT 2016 - RONALDO NEIVA FILHO
FICHA TÉCNICA Produção de Textos Ronaldo Neiva Filho e Dante Cavalcante Rocha Edição Ronaldo Neiva Filho Revisão Suely de Fátima Sousa Lima Projeto Gráfico Anisio Costa www.designa3.com.br Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Larissa Andrade CRB – 3/1179
N417p
Neiva Filho, Ronaldo; Rocha, Dante Cavalcante. O colar amaldiçoado perdido no mar./ Ronaldo Neiva Filho; Dante Cavalcante Rocha. – Teresina: Edição do Autor, 2016.
16 p.: il. pb. ISBN 978-85-917908-3-
1. Literatura Infanto – Juvenil 2. Literatura Piauiense – Infanto – Juvenil 3. Ilustrações Infantis I. Título CDD – 028.5
Agradecimento Às nossas irmãs, Raissa e Luna, que sempre nos trazem inspiração.
Dedicatória A nossas famílias, por nos apoiarem em todos os momentos de nossas vidas. A todos nossos amigos, pelo companheirismo nas brincadeiras.
Ronaldo Neiva Filho
HĂĄ muito tempo existiu um colar muito poderoso que podia mandar em muitas coisas, mas nĂŁo mandava no rei que o criou. Tudo o que era produzido por esse colar tinha um poder e um valor especial para o rei.
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Três anos após criar o colar, o rei ficou muito doente e falou para seu soldado de confiança: – Jogue esse colar bem longe no mar. Não quero deixá-lo com qualquer pessoa. Depois desse pedido, o rei morreu. Seis anos após a morte do rei, passou um tsunami e seu reino não resistiu, sendo totalmente engolido e destruído.
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Duzentos e cinquenta anos depois, dois irmãos chamados Thiago e Fernando viajavam para Parnaíba e foram nadar no mar. Quando eles estavam bem no fundo, uma onda gigante e forte os levou para mais longe ainda, deixando-os em alto mar e completamente perdidos. De onde estavam, eles não conseguiam mais avistar a praia. Ficaram um bom tempo boiando e preocupados que algum bicho os mordessem, até que encontraram uma ilha e nela se abrigaram. A ilha era bem pequena, porém muito bonita. Eles encontraram uma árvore grande com uma boa sombra. Então, juntaram vários galhos e pedaços de tronco e fizeram uma pequena casa embaixo da árvore. Enquanto descansavam, avista-
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ram ao longe, no mar, um pontinho vermelho. Eles ficaram se perguntando o que seria aquele pontinho. Dois dias se passaram até que eles tiveram a ideia de construir uma jangada para desvendar o mistério. Levaram três dias construindo a jangada. Colocaram no mar, subiram nela, mas não deu certo, ela se quebrou. Voltaram, então, à ilha para procurar frutas. Eles estavam vivendo à base de água e frutas. Decididos a descobrir o que era o pontinho vermelho, novamente, tentaram construir a jangada, e, dessa vez, conseguiram. Então, foram direto até o local do pontinho. Quando chegaram próximo, descobriram que era um colar. Como eles sabiam nadar, nem pensaram, pularam da jangada e, nesse momento, avistaram um enorme tubarão já vindo na direção deles com a boca aberta. Rapidamente, eles pegaram o colar, subiram na jangada e, por sorte, conseguiram chegar logo na areia da praia. Logo, logo, eles descobriram o poder do colar de realizar seus desejos, mas decidiram usá-lo para pedir só o necessário e mais urgente: voltar para casa!
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Suas casas de praia ficavam em um condomínio muito bonito, onde tinha um jardim florido, uma linda belíssima da praia, além de um quintal para animais, como seus cachorros. Quando seus pais lhes viram, ficaram muito contentes, mas também reclamaram muito por eles terem se arriscado no mar, então colocaram eles de castigo. Eles não tinham falado nada para os pais sobre o colar, acharam melhor escondê-lo, mas, infelizmente, seus pais descobriram sobre o colar e na hora que eles descobriram sobre o seu poder, o colar jogou um feitiço e fez com que eles desmaiassem. Um dia tinha se passado e Fernando
e Thiago não sabiam mais o que fazer para desfazer o feitiço, acordar seus pais e ir embora de vez da casa de praia. Além deles, não tinha mais ninguém no condomínio. Todas as outras casas estavam vazias e os funcionários estavam de férias. Eles estavam sem transporte e sem seus celulares, pois tinham sido tomados deles como parte do castigo. 12
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Finalmente, depois de procurarem por toda casa, conseguiram achar um dos celulares, e, então, ligaram para o hospital pedindo uma ambulância. Quando eles já estavam ouvindo as sirenes da ambulância, o feitiço do colar se desfez e seus pais acordaram de repente. Seus pais nem lembravam que tinham desmaiado e a equipe da ambulância ficou chateada, achando que eles tinham feito uma chamada sem necessidade. Quando a ambulância foi embora, os pais de Fernando e Thiago aumentaram, ainda mais, o castigo. Iriam ficar, no mínimo, trinta dias sem seus celulares. Mas, felizmente, eles tinham o colar e parecia que seus pais tinham se esquecido dele.
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Quando seus pais saíram, eles se arriscaram e pegaram escondido seus telefones para pesquisar sobre o colar, mas, infelizmente, não encontraram nada na internet. Pararam para pensar e chegaram à conclusão de que o colar era amaldiçoado e que o quanto antes eles se livrassem dele, melhor. Entretanto, não sabiam como. Toda vez que eles jogavam o colar para longe, o colar aparecia de volta. Tentaram também quebrar e queimar. Nada deu certo. Então, pesquisaram na internet como destruir objetos amaldiçoados e encontraram uma solução. Eles deveriam tirar uma foto do objeto, enviar para todos os contatos avi-
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sando sobre o seu perigo, depois teriam que colocar o colar durante três horas numa bacia cheia de leite, cereal, urina de rato e, para finalizar, dar uma martelada bem forte que provocaria seu desaparecimento definitivo. A pior parte, foi conseguir xixi de rato. Mesmo com medo, foi o jeito eles entrarem no armazém abandonado que tinha próximo ao condomínio e que era cheio de cacarecos e coisas velhas e quebradas. O lugar era escuro e fedorento. Eles armaram uma ratoeira e para sorte deles, tinha tanto rato que foi relativamente fácil conseguir o ingrediente que faltava. Quando finalmente viram o colar desaparecer, foi um alívio sem igual. E por muito tempo eles não quiseram saber de nenhum colar. Nem de brincadeira!
FIM 15
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Ronaldo Filho
Dante Rocha
Sobre os autores Ronaldo Neiva Filho (9 anos) é estudante da Escola Dom Bosco e Dante Cavalcante Rocha (8 anos) é estudante do Instituto Dom Barreto. Apesar de frequentarem escolas diferentes consideram-se melhores amigos. Jogar futebol, videogame, assistir televisão, banhar de piscina e ir ao cinema são suas atividades preferidas. Adoram estar com suas famílias e se divertirem com seus amigos.
Sinopse Thiago e Fernando estão de férias na praia quando, de repente, uma onda gigante os leva para muito longe em alto-mar. Com esforço, eles conseguem nadar até uma ilha desconhecida, onde terão que usar a criatividade para sobreviver, além de descobrir um meio de voltar para suas casas o mais rápido possível. Durante o tempo na ilha, eles encontram um misterioso colar capaz de mudar suas vidas para sempre. Mas será que eles querem mudar de vida ou apenas querem ter suas vidas de volta?