Bordado Madeira

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Bordado Madeira Projeto I Anna Carolina Galv達o R162d


Mapa mental


Oportunidade O bordado Madeira sempre foi voltado à enxoval, toalha de mesa, lenço e produtos da casa. A competição chinesa, de produtos da mesma função com preços muito a baixo, desvalorizou o sentido de aprender e desenvolver os bordados à mão da população mais jovem. Aplicar esta técnica ao vestuário feminino, o divulgará no mercado que as mulheres mais consomem, gerará emprego para as bordadeiras existentes, despertará o interesse do público-alvo à voltar as origens, e irá manter um fator da cultura madeirense vivo.


Objetivo geral Desenvolver para mulheres jovens lusodescendentes roupas com aplicação do bordado Madeira e estamparia colorida, à ser usadas em eventos sociais.


Objetivo específico • Identificar as mulheres que usariam o bordado Madeira e motivos portugueses. • Identificar o estilo e corte das roupas que essas mulheres usariam, e os tecidos que podem ser utilizados com as linhas específicas do bordado Madeira. • Identificar lugares que o público frequenta, o que ele come e seus interesses. • Estudar as etapas do bordado Madeira. • História da chegada das bordadeiras entre 1930 a 1990 ao Rio de Janeiro e a São Paulo.


Metodologia A pesquisa do público será feita a partir de entrevistas diretas com o público alvo. Auxílio de grupo/página no Facebook e Instagram para chegar a resultados quantitativos e qualitativos mais rapidamente. Base da argumentação cientifica será via livros sobre o tema. Base da argumentação empírica será via experiências da minha própria vida e da vida do público. Presença e abordagem em festas de Ranchos Folclóricos. Pesquisa em livros sobre o bordado Madeira.


Justificativa Após uma viagem à Ilha da Madeira em 2013, foi constatado que o bordado madeira está de fato desaparecendo, tanto no local de sua origem, quanto no Brasil. Antes que a tradição cultural de uma terra tão rica desapareça por completo será necessária uma reinvenção do bordado para gerar a sua valorização. O bordado aplicado em roupas para jovens irá aumentar sua popularidade, se misturando com uma estamparia colorida, e assim o fazendo sobreviver numa era em que o artesanal ficou de lado.


"As gerações seguintes declaram admiração e respeito pelo bordado, mas não fazem dessa arte o seu ofício. No Morro São Bento, o bordado da Ilha da Madeira é um tesouro sem herdeiros“. - KODJA, Gisela.

As indústrias criativas têm por base indivíduos com capacidades criativas e artísticas que, em parceria com gestores e, quando necessário, profissionais da área tecnológica, desenvolvem produtos (e serviços) comerciais cujo valor económico reside nas suas propriedades intelectuais (ou culturais). (DANTAS, 2008, p. 4).


Sumário •

1- Introdução.................................................................

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2- O bordado Madeira........................................................ 2.1 Surgimento e história do bordado 2.2- Da ascensão ao desaparecimento...................................... 2.3- Inserção no mercado de vestuário...............................

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3- Público-alvo......................................................................... 3.1- Comportamento e consumo da luso-descendente... 3.2- Parâmetros da moda no Rio e em São Paulo.....................

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4. Metodologia das Pesquisas.................................................... 4.1 – Resultado das Pesquisas...................................................

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5- Coleção.......................................................................... 5.1- Painel de inspiração.............................................................. 5.2- Análise de cor, formas e texturas.............................................. 5.3- Matriz conceitual................................................................. 5.4- Cartelas............................................................................ 5.4.1- Cartela de cor................................................................... 5.4.2- Cartela de tecido............................................................... 5.4.3- Cartela de aviamentos........................................................ 5.4.4- Cartela de beneficiamentos................................................... 6- Realese da coleção............................................................. 6.1- Mix de produto.................................................................... 6.2- Fichas de desenvolvimento...................................................... 6.3- Desenvolvimento.................................................................. 6.4- Fichas técnicas.................................................................... 7- Conclusão........................................................................ Referências.............................................................................. Anexos....................................................................................


Referências •

AMBROSE, Gavin. HARRIS, Paul. Design thinking. Porto Alegre: Bookman, 2011.

BARAUNA, D.; SILVEIRA, J. A interferência do profissional de design na produção artesanal. In: Congresso brasileiro de pesquisa e desenvolvimento em design, 7., 2006, Curitiba.

CORTE, Andréa Tello da. “Não há gente como a gente”: breve perfil dos imigrantes madeirenses em Niterói, 1930-1990.. In: Revista Convergência Lusíada, RJ, RGPL, 2002. CORTE, Andréa Tello da As madeirenses em niterói—1930-1990: trabalho e casamento. Anpuh – xxii simpósio nacional de história – João Pessoa,2003. Disponível em: http://anpuh.org/anais/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S22.066.pdf Acesso em 26 de set. 2014

DANTAS, Vera. Dossier de economia criativa. CULTDIGEST. Agência Inova: Lisboa, 2008. Disponível em: http://www.inovaforum.org/inovaforum/docs/Dossiers/Microsoft%20Word%20-%20Dossier_Economia%20Criativa_RevisaoFin_.pdf Acesso em 26 de out. 2014.

DE MORAES, Dijon. Metaprojeto: o design do design. São Paulo: Edgard Blücher, 2010.

DE NÓBREGA, Maria Augusta Correia. Tradições Madeirenses: Volume I – O traje regional. Tradições Madeirenses: Volume II – Adereços. Tradições Madeirenses: Volume III – Carapuça. Camacha: M. Nóbrega, 1999 e 2000.

FRAGA, Ronaldo. Desfile da coleção Rio São Francisco. São Paulo, SP Fashion Week Verão 2009.

“A Linha e a Vida”. Direção: Felipe Goulart. 4.2 Produtora São Paulo, 2014. Documentário.

KODJA, Gisela. “Bordadeiras do morro São Bento, a vida tecida entre o linho e as linhas”. São Paulo: ICASESP Editora, 2008.

Museu do Instituto do Bordado e Tapeçaria da Madeira – Rua Visconde de Anadia, 44, Funchal, Ilha da Madeira, Portugal. Depois de uma visita ao Museu do Bordado é que a ideia do projeto começou a ser executada. O depoimento da maioria das mulheres que lá trabalhavam disseram que o bordado está morrendo com a população mais idosa, pois os mais jovens não são interessados ou incentivados a aprender as técnicas por causa do baixo salário.

RIBEIRO, João Adriano. O Trajo Na Madeira: Elementos Para O Seu Estudo. Funchal: Acaporama, 1993.

SOUZA, E.M. Reminiscências integrando gerações. Petrópolis, RJ, Vozes, 1999. 85 p.

PEREIRA, Carlos José Costa. Artesanato – Definições e evolução. Ação do MTB – PNDA, Brasília, Ministério do Trabalho/ Secretaria Geral, Co., Planejamento e Assuntos Gerais, 1979.

PLANO da Secretaria da Economia Criativa: políticas, diretrizes e ações, 2011 – 2014. Brasília: Ministério da Cultura, 2011. Disponível em: http://www.cultura.gov.br/documents/10913/636523/PLANO+DA+SECRETARIA+DA+ECONOMIA+CRIATIVA/81dd57b6-e43b43ec-93cf-2a29be1dd071 Acesso em 26 de set. 2014. - Informações do Ministério da Cultura sobre a economia criativa brasileira.

PORTO DA CRUZ, Alfredo de Freitas Branco (Visconde de). Folclore Madeirense. Funchal: Câmara Municipal, 1955.


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