TFG DE ARQUITETURA (FAU-USP) | Reviver Mooca

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REVIVER MOOCA:

PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DE ANTIGA ÁREA INDUSTRIAL NO BAIRRO DA MOOCA ANNA LUISA SEGETE





reviver mooca:

projeto de requalificação de antiga área industrial no bairro da mooca

aNNA luisa segete orientadora helena ayoub trabalho final de graduação faculdade de arquitetura e urbanismo universidade de são paulo junho | 2018


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AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente à Deus que me guiou durante todos estes anos e sem Ele absolutamente nada teria sido possível. À minha amada tia/mãe Ida Alice que me sustentou, incentivou e ajudou todo o tempo com paciência e principalmente amor. Ao meu namorado André, incrível e paciente que me ajudou diversas vezes de diversas formas durante todo o processo. Aos meus amigos Hyago, Stephanie e Michelle por terem traçado esta jornada árdua e cansativa ao meu lado e terem me feito rir e não desistir em meio a tantos trabalhos e provas. Ao meu mestre e querido professor Rafael Perrone, que me deu oportunidade e me ensinou quase tudo que sei sobre arquitetura. À arquiteta Kellen por ter me ensinado tanto e ter tido enorme paciência com dois estagiários desorganizados e perdidos. À professora Heleninha que doou seu tempo e conhecimento durante esse um ano de TFG e me orientou com carinho e dedicação. Ao professor Barossi que gentilmente aceitou participar da banca e foi um dos melhores professores de projeto que tive a honra de ter. Obrigada de coração

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resumo O trabalho proposto teve como objetivo estudar a formação do bairro da Mooca, de modo a entender suas dinâmicas atuais e com isso propor um projeto de requalificação que se adeque melhor às necessidades do local, trazendo vitalidade para a região escolhida. Atualmente o bairro ainda possui alguns imóveis que tiveram ou têm um caráter industrial. A maioria deles, hoje, está sendo subutilizados, alguns são utilizados como armazéns, outros como estacionamentos e outros ainda, desocupados. Esses edifícios são utilizados, basicamente, no período da manhã e tarde, sendo que a noite ficam fechados e não possuem nenhuma relação com a rua e o bairro, gerando áreas sem vitalidade e movimentação no período da noite. O complexo Reviver Mooca tem o seu enfoque principal na potencialidade cultural da área selecionada. Entretanto foram projetados outros edifícios que servem como programas de apoio, com o objetivo de atrair os moradores do bairro a ocupar o espaço e tomar ciência da história local e da arquitetura derivada dela.

Palavras-Chave: Mooca, requalificação urbana, centro cultural, vitalidade urbana, arquitetura industrial, indústria.

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abstract The objective of the proposed work was to study the formation of Mooca neighbourhood, in order to understand their actual dynamics and with that propose a project of requalification better suited to the needs of this place, bringing vitality for the chosen region. Currently the area still has some properties that have had or have an industrial character. Most of them today are being underutilized, some are used as warehouses, parking lots and/or are unoccupied. These buildings are basically used in the period of the morning and afternoon, and closed in the night, having no relationship with the street and with the neighbourhood, generating areas with no vitality and movement during this period. The project was called Reviver Mooca complex, and it has its main focus on the cultural potentiality of the selected area. However, were designed other buildings that serve as support programs, to attracted the residents of the neighbourhood to occupy and take notice of local history and architecture derived from it.

Keywords: Mooca, urban requalification, cultural center, urban vitality, industrial architecture, industry.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

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parte 1: análise do bairro

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2.BAIRRO DA MOOCA: HISTÓRIA E FORMAÇÃO

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2.1. PERÍODO COLONIAL

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2.2. A FERROVIA SÃO PAULO RAILWAY

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2.3. INÍCIO DA INDUSTRIALIZAÇÃO DE SÃO PAULO

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2.4. A IMIGRAÇÃO EUROPÉIA E OS BAIRROS OPERÁRIOS

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2.5. A INTERIORIZAÇÃO DA INDÚSTRIA NAS DÉCADAS DE 1970 E 1980

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3.BAIRRO DA MOOCA: ANÁLISE ATUAL 3.1. ANÁLISE DO BAIRRO E SETORIZAÇÃO

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A.

Mooca habitacional

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B.

Mooca COMÉRCIO

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C.

Mooca GASTRONÔMICA

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D.

Mooca INDUSTRIAL

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3.2. DECADÊNCIA E DESCARACTERIZAÇÃO DO BAIRRO

4.ANÁLISE DA ÁREA ESCOLHIDA PARA INTERVENÇÃO

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4.1. EDIFICAÇÕES SIGNIFICATIVAS DENTRO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

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A. ANTIGAS OFICINAS CASA VANORDEN

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B. CONJUNTO GRANDES MOINHOS MINETTI GAMBA

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C. ESTAÇÃO DA MOOCA

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4.2.

ANÁLISE DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS E DA LEI DE ZONEAMENTO 68

A. Operação Urbana Mooca – Vila Carioca (OUCMVC)

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B. Operação urbana bairros do Tamanduateí (OUCBT) C.

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A lei de parcelamento, uso e ocupação do solo

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4.3. CONCLUSÕES DA ANÁLISE

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PARTE 02: REFERÊNCIAS PROJETUAIS E ESTUDOS DE CASO

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5. Sesc Pompéia - Lina Bobardi

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6.

Fábrica de Sal – Rafael Perrone

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7.

Museu de Arte do Rio –Bernardes + Jaccobsen arquitetura 92

8.

Royal Ontario Museum – Daniel Libeskind

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PARTE 03: O PROJETO

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9.1. O PARTIDO DO PROJETO

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9.2. O programa

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9.3. setorização

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10. setor 01: restaurantes

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11. setor 02: centro de referência arquitetônica

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12. setor 03: lojas

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13. setor 04: oficinas e exposições

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14. setor 05: centro cultural

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15. setor 06: Bicicletário e cinema ao ar livre

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16. SETOR 7: PRAÇA, RUA E ÁREA DE INTERVENÇÃO COMO UM TODO 212 17. diretrizes para área secundária e conclusões finais

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BIBLIOGRAFIA E SITES UTILIZADOS

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1. INTRODUÇÃO

O trabalho proposto teve como objetivo estudar a formação do bairro da Mooca, de modo a entender suas dinâmicas atuais e com isso propor um projeto de requalificação que se adeque melhor às necessidades do local, trazendo vitalidade para a região escolhida. Visou, além disso, analisar o bairro nos dias atuais, a política pública em relação a condição da região e levantar referências projetuais que ajudaram na proposição do projeto final. Atualmente o bairro ainda possui alguns imóveis que tiveram ou têm um caráter industrial. A maioria deles, hoje, está sendo subutilizada, alguns são utilizados como armazéns, outros como estacionamentos e outros ainda, desocupados. Esses edifícios são utilizados, basicamente, no período da manhã e tarde, sendo que a noite ficam fechados e não possuem nenhuma relação com a rua e o bairro, gerando áreas sem vitalidade e movimentação no período da noite.

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parte 1: anรกlise do bairro



2.BAIRRO DA MOOCA: HISTÓRIA E FORMAÇÃO


2.BAIRRO DA MOOCA: HISTÓRIA E FORMAÇÃO A história do bairro está diretamente ligada à sua localização e intrínseca à própria história de formação da cidade, pois circunda o Centro Histórico da cidade de São Paulo e se situa próxima à colina de fundação da cidade. No período colonial do Brasil a região da Mooca era adjacente à duas trilhas de acesso ao centro da cidade, essas trilhas ligavam o porto de Santos com o Planalto e com a Colina histórica. Além disso, a área localiza-se na bacia do Rio Tamanduateí, que servia como transporte e abastecimento da população no período colonial.

2.1. PERÍODO COLONIAL A escolha do local da Colina Histórica como a sede da Capitania de São Vicente, no período do descobrimento (Séc. XVI), deveu-se à sua situação geográfica, já que a região era o melhor ponto de transposição da Serra do Mar em direção ao interior 18

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da Colônia e sua altitude elevada garantia visibilidade e melhores condições de defesa contra os ataques indígenas. “A história da Mooca se confunde com a própria história da cidade nos aspectos que redefiniram o perfil da cidade neste século no rumo à industrialização. No século XIX, os caminhos que irradiavam da cidade ganharam movimento com o crescimento do comércio, principalmente de açúcar, e assim, passaram a ter importância a localização dos ranchos, das hospedarias e as pastagens na beira deles. O movimento no Caminho do mar cresceu e surgiram empresas especializadas neste tipo de viagem. Nas ruas da cidade era grande o movimento das tropas de burro e também de carros de boi”. (MIRANDA, 2015. p.100).


Figura 1. Vila de São Paulo em torno do Pateo do Colégio.

Segundo Aziz Ab’Saber, o bairro da Mooca foi formado na margem direita do Rio Tamanduateí onde se instalaram grandes chácaras, residências dos principais habitantes da Vila. Essas primeiras casas tinham aparência branca, pois, para sua construção, eram utilizados um barro branco que existia nas encostas do vale do Rio Tamanduateí. Em 1841 já existia o antigo Caminho da Mooca (futuro Rua da Mooca) e a região contava com duas chácaras: Chácara de Dona Ana Machado e a Chácara do Osório. (MIRANDA, 2015).

Fonte: https://historiadesaopaulo.wordpress.com

2.2. A FERROVIA SÃO PAULO RAILWAY No século XVIII, com a descoberta do Ouro em MG, GO e MT, houve um deslocamento do interesse econômico e São Paulo encontrou-se em um período de estagnação econômica. A agricultura paulista somente teve crescimento com o esgotamento das minas de ouro no final do século XVIII. As terras férteis ficavam Figura 2. Colina histórica. Fonte: https://jornalggn.com.br

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no interior e encontravam grandes dificuldades com a transposição da serra do mar. A ferrovia teve papel fundamental no crescimento da cidade de São Paulo e também de todas as cidades do estado, pois com a implementação desta as relações de espaço e tempo foram redefinidas, sua implementação transformou espacialmente toda a região que ela abrangia, as mercadorias produzidas no interior poderiam ser transportadas para o porto de Santos com uma velocidade jamais vista. A Ferrovia São Paulo Railway foi inaugurada no ano de 1867 devido ao desenvolvimento da cultura de Café (monocultura de exportação) no interior de São Paulo, esta ferrovia mais tarde se tornaria a Futura estrada de ferro SantosJundiaí.

Fig


2.3.INÍCIO DA INDUSTRIALIZAÇÃO DE SÃO PAULO

Figura 3. Estrada de ferro. Fonte: https://porfalaremhistoria.wordpress.com

gura 4. Vila de São Paulo em torno do Pateo do Colégio. Fonte: https://historiadesaopaulo.wordpress.com

Devido problemas com a França, durante a era napoleônica, os países da Europa se veem com a necessidade de se defenderem ou de se aliarem à França. Portugal, ainda Metrópole do Brasil, passava por dificuldades financeiras e fez aliança com a Inglaterra, neste período, se viu obrigada a transferir sua coroa para sua principal Colônia: o Brasil. Com isso as relações Inglaterra-Brasil se fortaleceram. Com a chegada da coroa portuguesa foi decretado a Abertura dos portos às nações amigas, medida que autorizou a instalação de indústrias na Colônia. A partir do ano de 1870 com a demanda da elite cafeeira houve um crescimento do comércio de importados, São Paulo se abriu para o exterior entrando para a DIT (divisão internacional do trabalho, liderada pela Inglaterra). Em troca da colocação do café no mercado internacional, a Inglaterra obrigou São Paulo a adquirir seus bens


industrializados. Neste período surgem as primeiras fábricas de bens de consumo na cidade e o antigo núcleo colonial finalmente se expande para além da colina histórica para atender às demandas da crescente população. Com o Brasil já independente, a abolição da escravatura em 1888, a imigração incentivada pelo Estado e a necessidade de mão de obra especializada para o recente pátio industrial, um contingente enorme de imigrantes chega à São Paulo com o objetivo de ocuparem os novos empregos nas instalações fabris. Essa nova população recém-chegada da Europa encontrou uma cidade não preparada para o crescimento populacional da época. Os operários dessas fábricas se instalaram nas áreas mais baixas da várzea dos rios Tietê e Tamanduateí, próximos às fábricas e à ferrovia, já que eram áreas susceptíveis às inundações e os terrenos eram mais baratos. Em contrapartida as classes dominantes seguiram para as áreas mais altas da cidade, sendo elas o espigão da Avenida Paulista e a Várzea do Rio Pinheiros.

O surgimento do parque industrial na cidade no final do século XIX e início do século XX, levou a burguesia industrial encontrar terras secas próximas à várzea do Rio Tamanduateí, onde era possível encontrar terrenos com preços baixos, parcelamento do solo grande devido às antigas chácaras e fazendas e uma estrutura ferroviária implantada desde 1867. Assim formaram-se os grandes bairros industriais da cidade: Mooca, Brás e Cambuci.

Figura 5. Foto do Brás. Fonte: http://bairrobras3e.blogspot.com.br


2.4. A IMIGRAÇÃO EUROPÉIA E OS BAIRROS OPERÁRIOS Em 1910 as antigas chácaras do bairro da Mooca foram divididas e foi concluído o parcelamento do solo da região. O bairro se expandiu para além da ferrovia com a criação da Companhia Imobiliária Parque da Mooca, em 1912, pertencente à família Paes de Barros, nesse período foram criados os bairros do Alto da Mooca, Parque da Mooca e parte do bairro da Vila Prudente. Os imigrantes europeus eram em sua maior parte italianos, provenientes de diversas partes da Itália (Napolitanos no Brás, Calabreses no Bexiga, etc.). E com eles vieram as ideias anarquistas absorvidas pela influência dos movimentos operários europeus e também da revolução Russa. Esses pensamentos aliados à péssimas condições de trabalho culminaram na grande Greve Geral de 1917, que teve o seu estopim no edifício do Cotonifício Crespi, atual Rua Taquari (Hipermercado Extra) e depois se estendeu

para a cervejaria Antártica e a Tecelagem Mariângela no Brás. Nesta manifestação, de mais de 50.000 trabalhadores, foi reivindicado e ganho algumas melhorias salariais e melhores condições de trabalho; houve grande repressão do estado, na qual uma comissão de jornalistas foram os mediadores entre os patrões e os operários.

Figura 6. Imigrantes italianos na hospedaria dos imigrantes. Fonte: https://historiadesaopaulo.wordpress.com


Os bairros operários, devido suas características e seus usuários eram considerados como quase uma cidade independente da cidade grande localizada no centro e à oeste do Rio Tamanduateí. Apenas duas pontes ligavam essas duas “cidades distintas”. (RUFINONI, 2004) Até a década de 1940, com a consolidação das Indústrias ao longo da ferrovia, havia uma continuidade espacial entre os bairros operários Brás, Mooca e Cambuci, todos formados predominantemente pelos imigrantes europeus (em especial os italianos). Porém a infraestrutura urbana não acompanhou a expansão da cidade, esse fato aliado ao desenvolvimento da indústria automobilística no país, na década de 50, impulsionou e perpetuou o urbanismo rodoviarista em detrimento do urbanismo do transporte de massa, mais benéfico à toda a população. Na década de 50, com o plano de avenidas de Prestes Maia, a visão rodoviarista foi posta em prática com a construção de avenidas como a Radial Leste (1955), que 24

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consolidou a interrupção espacial entre os bairros operários, criando uma barreira física muito difícil de ser transponível na escala do pedestre, e criou as avenidas de fundo de vale (1956 – novo traçado do rio Tamanduateí) que levou a cidade a virar suas costas para os rios. Esse plano gerou grandes obras viárias que resultou na interferência da funcionalidade e acessibilidade da cidade, prevalecendo o tráfego de passagem. Mais recentemente, em 1995 foram desapropriados diversos imóveis para a implantação do VLP (Veículo leve sob pneus – fura fila) na Avenida do Estado, o que causou grande impacto no uso do solo, acelerada degradação e aumentou a dificuldade da possibilidade de recuperação das várzeas do rio Tamanduateí. (MIRANDA, 2015). Em alguns lugares a implantação das indústrias em áreas praticamente desocupadas ou com uma ocupação muito esparsa (Chácaras, Sítios, Fazendas) contribuiu para a definição do traçado urbano do bairro, como seu arruamento e definição dos principais acessos. Essa


arquitetura industrial, muitas vezes, criava quarteirões inteiros com fachadas sucessivas das fábricas e sem recuos, presentes até os dias de hoje. EX.: Edifício Cotonifício Crespi (1897). Ao longo da faixa ferroviária, onde houve a maior concentração fabril, era possível notar ruas inteiras sem divisão entre quarteirões repletas de indústrias e armazéns alinhados e sucessivos. A arquitetura industrial e sua técnica de construção adotada na cidade não varia muito entre si, os grandes edifícios, que chegavam a ocupar quarteirões inteiros, geralmente eram construídos de alvenaria de tijolos aparentes e estrutura de ferro fundido ou aço. As coberturas, geralmente tinham estrutura metálica ou de madeira com sheds ou em duas águas sucessivamente repetidas lado a lado. A caixilharia era de ferro ou em poucos casos de madeira.

Figura 7. Edifício Cotonifício Crespi década de 1920. Fonte: https://sampahistorica.wordpress.com

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Figura 8.Traรงado urbano do bairro da Mooca em 1930. Fonte: Mapa topogrรกfico Sara 1930


plano nacional de desenvolvimento, que tinha como objetivo o aumento da infraestrutura e da indústria de insumos básicos e bens de capital.

Figura 9. Casa Vanorden – 1922 Fonte:http://saopauloantiga.com.br/

2.5. A INTERIORIZAÇÃO DA INDÚSTRIA NAS DÉCADAS DE 1970 E 1980 Depois da crescente expansão industrial do período do “Milagre Econômico” 1967 a 1973, houve uma queda no crescimento do PIB, no qual o setor secundário (Industrial) foi o que mais sofreu. A crise do Petróleo de 1973 e o aumento das importações de bens de capital, gerou algumas medidas governamentais ambiciosas como o II 28

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Essa medida visava desconcentrar a produção de São Paulo levando a indústria para outros estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e para o interior de São Paulo. Como resultado dessas ações do estado a indústria que antes se situava na Região Metropolitana de São Paulo se deslocou para o interior do estado (Campinas, Sorocaba, Vale do Paraíba), além disso essas regiões possuíam mão-de-obra e terrenos mais baratos, vantagens fiscais, incentivos do governo e os altos investimentos na rede de rodovias na década de 1950, que possibilitavam o transporte de fácil acesso para as mercadorias do interior. Em contrapartida em São Paulo, devido a uma organização sindical forte, os salários e as condições de trabalho foram elevados, além dos altos custos de produção e impostos caros fizeram com que a cidade não fosse mais um polo financeiramente interessante para as indústrias. (SUGAI, 2006).


A atividade industrial em São Paulo não foi estagnada com a interiorização da indústria, mas sofreu queda na produção por volta do começo da década de 1980. Já na década de 1990, com a abertura econômica, que propiciou a entrada de produtos internacionais no país com preços extremamente competitivos, gerou uma crise na indústria local, esta teve que sofrer um processo de modernização e racionalização para poder competir com a mercadoria importada, como consequência disso muitas indústrias tiveram que diminuir o número de funcionários e terceirizar algumas atividades industriais. Enquanto isso o setor terciário de serviços e comércio, em São Paulo continuou a crescer, a ponto de o setor terciário ser o principal setor da cidade (antes setor secundário).

sua função industrial. Espacialmente, isso resultou na venda das antigas fábricas e grandes galpões, que ganharam novos usos transitórios como: estacionamento, armazéns, hipermercados, lojas de construção, shopping centers, igrejas, universidades, condomínios residenciais e muitas vezes são deixados ao abandono e inutilização. “Em adição à vacância e às previsões estatísticas de possível estagnação populacional, observa-se que muitas construções se encontram em verdadeiro processo degenerativo, que pode resultar em completo abandono e nenhuma esperança de abrigar novos moradores, comércio, serviços, cultura, entretenimento (etc.)” (FORTUNATO, [s.d.]).

O processo de esvaziamento dos antigos bairros industriais do eixo do Rio Tamanduateí se deu desde a década de 1950, culminando na década de 1980 com um processo bem mais forte de abandono, fazendo com que esses bairros perdessem

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Devido ao bairro da Mooca ser próximo ao centro da cidade e ter recebido melhorias de infraestrutura urbana como o metrô (Linha Vermelha: Bresser e posteriormente Linha verde: Vila Prudente), iniciou-se o processo de valorização imobiliária e consequentemente de verticalização e descaracterização do bairro a partir da década de 1980. (RUFINONI, 2004). Com a perda da sua característica e função industrial das edificações, acabouse por esconder a história da indústria e da presença italiana no bairro. A região se voltou basicamente para o uso residencial devido à proximidade com o centro da cidade e a oferta de empregos locais. A partir do início dos anos 2000 o bairro ainda apresentava a sua característica horizontal do início da sua formação com alguns pontos de recente verticalização. (MIRANDA, 2015)

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Figura 10. Antiga fábrica da União sendo demolida 2009. Fonte: http://vitruvius.com.br/revistas/read/ arquitextos/12.140/4189

Figura 12. Imagem aérea da Mooca verticalizada 2011. Fonte: http://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.140/4189

Figura 11. Foto aérea do bairro da Mooca. Fonte: Acervo do Memorial do Imigrante

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3. BAIRRO DA MOOCA: ANÁLISE ATUAL


3.BAIRRO DA MOOCA: ANÁLISE ATUAL 3.1. ANÁLISE DO BAIRRO E SETORIZAÇÃO “As grandes áreas industriais criam espaços “vazios” e uma subutilização das vias, ao mesmo tempo em que se tornam locais desagradáveis para os pedestres, que devem percorrer longas distâncias para atingir qualquer ponto de interesse da área”. (MIRANDA, 2015). O distrito da Mooca se localiza na zona Leste da cidade de São Paulo e faz parte de seu centro expandido. Hoje possui aproximadamente 75.724 habitantes em um território de 7,7 km². A região está sob jurisdição da subprefeitura da Mooca, juntamente com os distritos da Água Rasa, do Belém, do Brás, do Pari e do Tatuapé. O bairro se limita pela: estrada de ferro, Avenida Alcântara Machado, Rua Patrimônio Mônaco, Rua Serra do Paracaima, Avenida do Estado e Rua da Figueira (Parque D. Pedro II). 34

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Figura 13. Mapa da subprefeitura da Mooca. Fonte: Geosampa - Recorte realizado pela autora

Figura 14. Mapa topográfico do Bairro da Mooca. Fonte: http://pt-br.topographic-map.com/places/Mooca-9476040/


Uma das maiores características do bairro da Mooca é a coexistência de diversos usos, podemos notar na região: diversas lojas de varejo, oficinas mecânicas, alguns hospitais e laboratórios, muitas casas e sobrados, um crescente número de empreendimentos imobiliários verticais, antigos galpões industriais, armazéns, estacionamentos, algumas indústrias e empresas, shopping center, restaurantes, bares, etc. Esse uso misto e diversificado confere ao bairro uma vitalidade distinta e que agrada os seus moradores. Porém podemos notar que

algumas soluções arquitetônicas recentes e também antigas não geram ruas e espaços públicos adequados para a população. Para melhor analise do bairro, proponho uma divisão deste: A.

Mooca habitacional;

B.

Mooca comércio;

C.

Mooca Gastronômica e Boemia;

D.

Mooca industrial;

Figura 15. Mapa do distrito da Mooca. Fonte: Google Earth - mapa realizado pela autora

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A. Mooca habitacional

Figura 16. Mapa Habitação. Fonte: Google Earth - Montagem realizada pela autora

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Nesta divisão do bairro proposta temos três tipos mais característicos dos imóveis residenciais, que serão abordados brevemente por não serem o objeto central da proposta de trabalho. São eles: A.1. Condomínios habitacionais recentes (Ocupação vertical)

Figura 17. Empreendimentos novos que excluem a rua do projeto (Rua Dianópolis) Fonte: Google Earth

Figura 18. Empreendimento recente (Parque da Mooca). Fonte: Foto tirada pela autora

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Figura 19. Empreendimento recente (Parque da Mooca). Fonte: Foto tirada pela autora

Figura 20. Empreendimento Luzes da Mooca. Fonte: Google Earth

Figura 21. Muros (Parque da Mooca). Fonte: Google Earth

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O bairro da Mooca, atualmente, carece com alguns problemas de inadequação da sua estrutura urbana aos novos usos do bairro. Além disso, o recente “boom” imobiliário devido à proximidade com o centro da cidade e a oferta de infraestrutura urbana, na região, gerou problemas de gentrificação, onde o preço da moradia está cada vez menos acessível à população de baixa renda, expulsando essa população para bairros periféricos com pouca infraestrutura e oferta de trabalho, o que resulta na sobrecarga dos meios de transporte e o aumento da quantidade de horas de viagem pela população de baixa renda, uns dos principais problemas urbanos da cidade. As construções que vêm sendo produzidas pela iniciativa privada do mercado imobiliário nos últimos anos, no bairro, tem sido muito prejudicial para todos os moradores em geral. Com o intuito de criar “minicidades” autossuficientes e gerar uma falsa segurança em seu interior, esses empreendimentos englobam diversas atividades, usos e serviços dentro de seu

limite, muitas vezes não devolvendo nada em retorno para o bairro. A maioria desses condomínios, se fecham completamente para a rua, com a prerrogativa de aumentar a segurança para seus usuários, porém essa medida acaba por perpetuar essa sensação de insegurança. Esses empreendimentos lançados próximos à linha férrea, compraram e demoliram os antigos galpões industriais que ali estavam, sem a menor preocupação com a preservação desses bens. Além disso a iniciativa privada, presente no bairro, desconsidera por completo o seu entorno e a história local. São muitos os exemplos de empreendimentos que constroem diversos pavimentos de estacionamento acima do nível do solo, o que cria muros cegos por toda a extensão do terreno. Isolando por completo as unidades habitacionais da rua. Esse desenho urbano resultante desse tipo de arquitetura egocêntrica que exclui a cidade do seu projeto, gera vazios urbanos e crescente insegurança tanto para os pedestres quanto para os usuários

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de transporte individual.

A.2. Casas e Sobrados (Ocupação horizontal)

“Os novos empreendimentos voltam para a rua apenas um grande muro, visto que as principais atividades desses novos conjuntos se destinam apenas aos seus moradores e realizamse sem qualquer preocupação com o que já existia anteriormente no bairro. Além disso, o espaço da rua é vigiado e o acesso restrito. Em suma, são empreendimentos feitos de modo isolado sem uma preocupação com o tecido urbano existente e sem uma preocupação com o resultado final do conjunto dessas intervenções no âmbito da cidade”. (KUSZNIR, 1999) Figura 22. Casas e sobrados

A visita de campo à área de estudo evidenciou muito bem esse problema, que gera muitas ruas sem vitalidade urbana, onde o pedestre sofre com a monotonia dos intermináveis muros da Mooca.

(Rua Conde Prates). Fonte: Google Earth

Figura 23. Rua Residencial de ocupação horizontal (Rua Roberto Lessa). Fonte: Google Earth

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antigos


Já a área mais a leste do bairro, próxima aos números mais altos da famosa Rua da Mooca, encontramos um cenário mais horizontal e muitas casas antigas, algumas muito bem conservadas ainda do período da imigração europeia, construídas pelos próprios imigrantes italianos. As antigas casas de taipa de pilão, anteriores à presença dos italianos, mal iluminadas, com poucas janelas, deram lugar às casas de tijolos italianas, geminadas, com plantas retangulares e bem iluminadas, muito presente ainda na região. (MIRANDA, 2015)

Figura 24. Avenida Paes de Barros. Fonte: Google Earth

Além dessas casas temos também as casas mais recentes, geralmente de maior valor imobiliário e maior área. A.3. Condomínios habitacionais antigos (Ocupação vertical) Nota-se que na Avenida Paes de Barros, Rua Juventus e Rua da Mooca temos alguns empreendimentos da década de 1970 e 1980 nos quais o uso misto é predominante.

Figura 25. Avenida Paes de Barros. Fonte: Google Earth

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B. Mooca COMร RCIO

Figura 26.Mapa Eixo comercial e de serviรงos. Fonte: Google Earth - Montagem realizada pela autora

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Os maiores polos de comércio e serviços da região são a Rua da Mooca (antigo Caminho da Muóca), Avenida Paes de Barros e Rua Juventus. Nelas podemos encontrar lojas de diversos tipos, bem como laboratórios, padarias, bancos, correios, restaurantes, além de algumas casas e edifícios mistos. A rua da Mooca e seus arredores apresentam um comércio mais concentrado do que as outras duas, funciona como um shopping center ao ar livre, muito utilizado pela população todos os dias da semana. Devido sua característica predominantemente comercial, a rua tem pouca vitalidade no período noturno, as fachadas das lojas fechadas criam uma situação que colabora para o aumento da insegurança urbana da região. Já a Rua Juventus é ocupada predominantemente por restaurantes, farmácias 24 horas, além do Clube Atlético Juventus, que muitas vezes recebe diversos shows e espetáculos, o que garante certa vitalidade para o seu entorno.

Figura 27. Rua Juventus. Fonte: Google Earth

Figura 28. Rua da Mooca predominantemente comercial. Fonte: Google Earth

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C. Mooca GASTRONÔMICA

Figura 29. Mapa eixos gastronômicos. Fonte: Google Earth - montagem feita pela autora

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À leste da Avenida Paes de Barros é onde encontra-se o maior número de bares e restaurantes novos da região. As ruas Guaimbé, Padre Raposo, Madre de Deus e Visconde de Inhomerim abrigam a maior concentração desse uso, o que garante aos seus arredores uma vitalidade durante quase todo o dia.

Figura 30. Bares e restaurantes. Fonte: Google Maps

Figura 31. Bares e restaurantes (Rua Guaimbé). Fonte: Google Earth

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Figura 32. Rua borges de figueiredo. Fonte: Google Earth

Figura 33. Rua Juventus. Fonte: Google Earth

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D. Mooca INDUSTRIAL

Figura

34.

Mapa

รกreas

industriais.

Fonte:

Google

Earth

-

Montagem

realizada

pela

autora

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Em relação à orla ferroviária do bairro, região escolhida para a proposta do trabalho, podemos notar a presença de sucessivas quadras ocupadas por galpões industriais, do início da industrialização da cidade. Esses edifícios encontram-se desocupados ou subutilizados. A arquitetura decorrente do período industrial se apresenta ineficaz para a qualidade urbana necessária para os dias de hoje. Suas grandes quadras e muros não apresentam respiros urbanos e geram insegurança para o transeunte, uma vez que, esses galpões, quando em uso, não apresentam funcionamento ou utilização no período noturno. Além da falta de áreas verdes na região.

Figura 36. Atividade industrial ainda presente na região. Fonte: Foto tirada pela autora

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Figura 35. Vista dos galpões da Avenida Presidente Wilson. Fonte: Foto tirada pela autora


Figura 37. Entrada da estação Juventus-Mooca pela Avenida Presidente Wilson. Fonte: Foto tirada pela autora

Figura 38. Vista da Rua Borges Figueiredo à noite. Fonte: Foto tirada pela autora

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Com esta analise simples é possível definir algumas características do bairro como: • O seu confinamento através das barreiras físicas Avenida do Estado, ferrovia e Radial Leste; •

Diferentes usos coexistentes;

• Decadência e abandono da arquitetura industrial; • Poucos espaços públicos de qualidade;

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Vazios urbanos;

Ruas sem vitalidade urbana;

Poucas áreas verdes;

Figura 39. Fábrica da Antártica.

• Boa infraestrutura urbana de transporte (Corredor de ônibus Avenida Paes de Barros, Estação Mooca-Bresser da linha Vermelha do metrô, Estação Juventus-Mooca da linha 10 da CPTM e a proximidade com a Estação Vila Prudente da linha verde do metrô);

3.2. DECADÊNCIA E DESCARACTERIZAÇÃO DO BAIRRO

• Arquitetura imobiliária de péssima qualidade;

A decadência e descaracterização do bairro da Mooca é resultado de vários fatores:

Desrespeito com o pedestre;

Insegurança Urbana;

Etc.

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Fonte: Foto tirada pela autora

• O abandono ou mudança de uso de antigos edifícios industriais geram um tráfego de caminhões em


regiões habitacionais, muitas vezes danificando o asfalto da região. • Isolamento do bairro devido as barreiras físicas como o “Tampão” da Avenida do Estado, a ferrovia e a Avenida Radial Leste, dificulta o transporte da população e sobrecarrega essas vias e transportes públicos, gerando trânsito generalizado. • Perda do papel industrial da Mooca com o deslocamento das industrias para a região ABCD e posteriormente para o interior do estado culmina na decadência da ferrovia como meio de transporte de materiais. • A falta de preservação e renovação de edifícios históricos bem como a falta de participação da comunidade e consciência dos moradores, facilitam a atuação do setor privado da construção que não leva em consideração a história e memória do bairro, visando somente o seu próprio lucro.

“A memória coletiva se constrói através do tempo na história de algum lugar e com a contribuição de todos os cidadãos que viveram ou ainda vivem nesse lugar. Na cidade de São Paulo é fato conhecido que a sua memória e o seu patrimônio histórico, têm sido destruídos a cada nova etapa do desenvolvimento econômico e as suas características espaciais são alteradas a cada momento, numa velocidade peculiar, que não é assimilada pelo conjunto de seus cidadãos num mesmo grau de conhecimento e aceitação”. (MIRANDA, 2015. p.242) “Diversos bairros de origem operária como o Brás, a Mooca, o Belém e a Lapa, possuem extensos complexos industriais ou ferroviários datados do início do século XX – testemunhos de um passado de transformações econômicas e sociais – hoje relegados ao esquecimento e sujeitos à demolição antes mesmo que possamos identifica-los, quantifica-los e qualifica-los com maior atenção”. (RUFINONI, 2004. p.01).

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4. anรกlise da รกrea escolhida


Figura 40. Foto รกrea. Fonte: Google Earth

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4.ANÁLISE DA ÁREA ESCOLHIDA PARA INTERVENÇÃO Espaço Público não é aquele que apresenta acesso universal a todas as pessoas. Não é somente uma questão de acessibilidade e sim de apropriação e reconhecimento do lugar pelos seus usuários. Com o aumento do número de habitantes da cidade ou do bairro, as pessoas acabam por perder o contato entre si, essa passividade se perpetuou devido ao aumento dos meios de comunicação (televisão, internet, etc.). Essa falta de contato das pessoas resulta no esvaziamento do significado dos espaços públicos. “O homem moderno não mora, apenas se locomove, não há lugar fixo, de parada, de encontro”. (KUSZNIR, 1999) “Quando o homem se defronta com um espaço que não ajudou a criar, cuja história desconhece, cuja memória lhe é estranha, esse lugar é a sede de uma vigorosa alienação. Mas o homem, um ser dotado de sensibilidade, busca reaprender

o que nunca lhe foi ensinado, e vai pouco a pouco substituindo sua ignorância do entorno pelo conhecimento ainda que fragmentado. O entorno vivido é lugar de uma troca, matriz de um processo intelectual”. (SANTOS, 1998) A reocupação dos imóveis industriais abandonados é muito benéfica, porém é de grande importância o modo com que essa reocupação é feita. Algumas adaptações para a reocupação não produzem bons resultado para o bairro, como por exemplo, no bairro da Mooca, muitas vezes a fachada do edifício é totalmente reformulada com a eliminação das janelas e eliminando a relação do interior do edifício com a rua. Essas grandes extensões de fachadas se convertem em muros “cegos” isolando a rua e deixando os espaços públicos apenas como locais de passagem. (KUSZNIR, 1999)

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A região de análise fica na orla da ferrovia, onde hoje encontram-se alguns galpões industriais do início do século XX. No local encontra-se galpões abandonados ou subutilizados, carência de áreas verdes e equipamentos culturais e falta de espaços públicos no bairro em geral. “A história de um lugar não serve como modelo a ser copiado, mas como matriz que seja fonte dos códigos culturais da qual se pode extrair referencias para construir os espaços do futuro”. (MIRANDA, 2015.p.78) A cidade como um todo está cada vez mais consciente dos seus problemas urbanos atuais, estamos, portanto, em um momento de reconstrução e recuperação da cidade, de modo a amenizar os problemas gerados pelo abandono e esquecimento anterior. O abandono das antigas áreas industriais gerou espaços públicos mortos, perdendo o seu antigo significado. A apropriação da rua, hoje, no bairro, é quase inexistente, com poucas exceções, uma vez que os novos condomínios habitacionais se fecham para a rua e perpetuam a condição de passagem da mesma. 56

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A rua deveria ser o lugar de encontro, convívio e relacionamento entre as pessoas, porém hoje essa atividade é feita dentro dos shoppings centers, local muito utilizado pelos moradores da região. Devido essa falta de espaços públicos vivos e seguros, a população se amontoa nos shoppings centers durante os fins de semana, onde lá encontram as condições seguras e confortáveis que deveriam ter lugar nas ruas da cidade. A área escolhida para o exercício de projeto fica entre as ruas Borges Figueiredo e Monsenhor João Felipo e compreende cerca de 19 mil metros quadrados. Nesse local funcionam, hoje, alguns armazéns, estacionamentos e pequenas empresas. Porém depois do devido estudo e análise da situação atual do bairro e tendo em mente os problemas que o projeto pretende solucionar foi necessário aumentar o campo escolhido para o lado oeste da ferrovia, de modo a amenizar as barreiras físicas de transposição. Esta área secundária, que possui aproximadamente 88.000m², receberá apenas diretrizes de projeto.


Figura 41. Foto รกrea. Fonte: Google Earth - Montagem realizada pela autora

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A proximidade com a Estação Mooca da CPTM e a presença da arquitetura industrial do século XX foram essenciais na escolha da área, devido ao grande potencial de renovação e requalificação urbana. Foi projetado um equipamento de uso diversificado, agregando diversas atividades à área selecionada. Como veremos adiante. Visando, sempre, motivar e incentivar a utilização dos usuários, criando um local seguro e de fácil acesso pela população. Com o objetivo de humanizar o bairro, trazer a característica industrial e a recuperação da memória local foi proposto e projetado um espaço público que englobe e supra as carências locais, de modo a revitalizar a escala da rua e do pedestre. Tendo em vista que a coexistência de usos, no bairro da Mooca, é algo benéfico e traz dinamismo e vitalidade à rua.

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Figura 42. (à esquerda) Rua Borges Figueiredo x Rua Monsenhor João Felippo. Fonte: Google Maps

Figura 44. (à direita) Foto que evidencia as coexistências de tipologias industriais. Fonte: Foto tirada pela autora

Figura 43. (à esquerda) Galpões industriais Rua Borges Figueiredo. Fonte: Google Earth

Figura 45. (à direita) Foto que evidencia as coexistências de tipologias industriais. Fonte: Foto tirada pela autora

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Figura 46. Foto interna dos galpões industriais. Fonte: Foto tirada pela autora

Figura 47. Entrada da estação Juventus-Mooca. Fonte: Foto tirada pela autora

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Figura 48. Área verde que separa os antigos galpões industriais da ferrovia. Fonte: Foto tirada pela autora

Figura 49. Galpões industriais vistos de dentro da estação Juventus-Mooca, do lado da Rua Borges Figueiredo (leste da ferrovia). Fonte: Foto tirada pela autora

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4.1. EDIFICAÇÕES SIGNIFICATIVAS DENTRO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO A. ANTIGAS OFICINAS CASA VANORDEN

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(Setor 028, Quadra 046, Lote 0049) • Construção: 1909, Arquiteto Jorge Krug; • Proprietário: sociedade anônima Casa Vanorden, do empresário Conde Francisco Matarazzo e chegou a ser propriedade da RFFSA (Rede ferroviária federal SA) funcionando como gráfica. Figura 50.Casa Vanorden – 1922. Fonte:http://saopauloantiga.com.br/

• Endereço: Rua Borges Figueiredo x Rua Monsenhor João Felippo - Próxima à estação Juventus-Mooca da CPTM; • 17 Galpões modulares de alvenaria com tijolos aparentes (devido sua resistência ao calor); • Uso: Atualmente parte desocupada, parte estacionamento de caminhões; Escritório de esquina (Rua Borges Figueiredo x Rua Monsenhor João Felippo); • Uso: Atualmente estacionamento Dumar Park LTDA;

Figura 51. Casa Vanorden, 2017. Fonte: Foto da autora

• Tombamento: 2007 (Resolução 14/2007) pelo CONPRESP (Conselho municipal de preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental da cidade de São Paulo);

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Sobre a Resolução 14/2007 – CONPRESP A medida legal considera o conjunto arquitetônico ao longo da Rua Borges de Figueiredo e Avenida Presidente Wilson, um conjunto com importância expressiva devido a sua concentração de fábricas e instalações fabris, que tiveram um grande papel no parcelamento e ocupação original da região entre o final do século XIX e começo do século XX. A resolução de tombamento faz parte de um conjunto de medidas que visam preservar e recuperar a importância histórica da antiga linha ferroviária São Paulo Railway, as instalações industriais e a formação do bairro da Mooca. Uma vez que as fabricas são um registro das transformações geradas pela industrialização e testemunhas da arquitetura e processos produtivos de uma época, possuindo, portanto, valor para a memória social da capital paulista. Considerando todos os imóveis do conjunto com o ZEPEC – zona especial de preservação cultural (CONPRESP,2007)

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O CONPRESP decidiu tombar todas as paredes externas, preservar integralmente os 17 galpões, bem como as suas estruturas, tesouras, alvenarias, coberturas, envasaduras e caixilhos. Também limitou as novas construções, reformas dentro dos lotes preservados, para que não excedam 25 metros de altura. Já para os imóveis do entorno imediato não será permitido o remembramento de lotes e o gabarito não poderá ultrapassar 30 metros de altura. Todos os projetos, sendo eles de reforma ou intervenção dos lotes tombados ou bens do entorno deverão ser submetidos ao DPH (Departamento de Patrimônio Histórico) e aprovados pelo CONPRESP.

Figura 52. (à direita) Mapa referente à resolução 14/2007de tombamento. Fonte: DPH - recorte e montagem realizados pela autora


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B. CONJUNTO GRANDES MOINHOS MINETTI GAMBA

Figura 53. Moinhos Gamba. Fonte: http://dudelamonica.blogspot.com.br/2013/08/memoriasda-mooca.html

Figura 54. Alguns dos galpões pertencentes ao conjunto, 2017. Fonte: Google Maps

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(Setor 028, Quadra 046, Lote 0134) (Setor 028, Quadra 046, Lote 0112) •

C.

ESTAÇÃO DA MOOCA

Construção: Anterior à 1930;

• Proprietário: Não se sabe quais eram os proprietários originais de cada galpão. Alguns galpões eram das Industrias reunidas Francisco Matarazzo. Até 1934 eram da firma Grandes Moinho Gambá, posteriormente passou a ser chamado de Grandes Industrias Minetti-Gamba; • Uso antigo: Moagem de Trigo, produção de Sabão e óleo vegetal; • Endereço: Rua Borges Figueiredo, 300, 448, 496, 500 e 510; •

Diversos Galpões

Figura 55. Foto da entrada pela Avenida Presidente Wilson. Fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br

• Construção: 1950, substituindo o anterior de 1898;

• Uso atual: Alugados para diferentes fins, alguns desocupados;

• Endereço: Avenida Presidente Wilson, 483, com entrada pela Rua Monsenhor João Felippo

• Tombamento: 2007 (Resolução 14/2007) pelo CONPRESP (Conselho municipal de preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental da cidade de São Paulo);

• Uso: Estação Juventus-Mooca Linha 10 – Turquesa da CPTM - Liga a estação da Luz à estação Rio Grande da Serra

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4.2. ANÁLISE DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS E DA LEI DE ZONEAMENTO Definição: São instrumentos urbanísticos que geram intervenções pontuais sob a coordenação do poder público e envolvendo a iniciativa privada, empresas prestadoras de serviços públicos, moradores e usuários do local, resultando em transformações urbanísticas estruturais, melhorias urbanas e valorização ambiental. “Trata-se, portanto, de um plano urbanístico em escala quase local, através do qual podem ser trabalhados elementos de difícil tratamento nos planos mais genéricos (tais como altura das edificações, relações entre espaço público e privado, reordenamento da estrutura fundiária, etc.). Por esse motivo, as operações urbanas possuem grande potencial de qualificação espacial para as cidades, na medida em que

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permitem tratamento quase arquitetônico dos espaços urbanos. Tal tratamento é dificilmente obtido apenas pelo Plano Diretor e pelo zoneamento, principalmente em cidades grandes.” (SECRETARIA MUNICIPAL DE SERVIÇOS E OBRAS, [s.d.]) Uma das críticas mais contundentes às Operações Urbanas Consorciadas é que as melhorias por elas trazidas podem acarretar em uma supervalorização da região que ela abrange, expulsando, assim, os seus moradores originais. Um dos instrumentos urbanísticos das OUC, que tem por objetivo a viabilização das melhorias públicas, é a Venda do potencial construtivo, o CEPAC, que pretende a recuperação da “mais-valia” urbana obtiva pela iniciativa privada. De modo que essa supervalorização retorne aos cofres públicos para serem utilizados em projetos urbanos dentro do perímetro da OUC. Os CEPAC (Certidão de potencial adicional de construção) é o valor imobiliário emitido pela prefeitura municipal de São Paulo como pagamento


de contrapartida para a outorga de direito urbanístico adicional dentro do perímetro da OUC em melhorias diretas para a região. Cada CEPAC equivale a um determinado valor em m² para utilização de área adicional. O bairro da Mooca teve dois planos de operação Urbana consorciada que tiveram origem da operação urbana diagonal sul de São Paulo de 2002:

A. Operação Urbana Mooca – Vila Carioca (OUCMVC) Ano de 2012 Gestão Kassab, na qual o mercado econômico e a construção civil estavam aquecidos e o estado tinha interessa em aumentar o investimento em obras civis na cidade.

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B. Operação urbana bairros do Tamanduateí (OUCBT) Lei 723/2015 Gestão Haddad, na qual a mudança do nome da operação urbana foi como uma tentativa de valorizar o rio Tamanduateí e sua várzea.

Figura 56. plano urbanístico específico. Fonte:http://gestaourbana.prefeitura. sp.gov.br/

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Fazendo uma Leitura focada na área do projeto proposto, a Operação Urbana Bairros do Tamanduateí propõe, além das intervenções estruturais como a qualificação da drenagem e do transporte, a promoção da habitação e equipamentos públicos, a criação de novos parques e o resgate do patrimônio histórico da área. A OPC tem como limite as subprefeituras da Sé, Mooca, Ipiranga e Vila Prudente e engloba uma área de aproximadamente 1,669 ha, uma população de 139.648 habitantes. A OUCBT marca como características e potencialidades a serem exploradas na região: • Grande oferta de transporte público de alta e média capacidade existente e programada; •

• Heterogeneidade do território: Região de alto interesse e produção imobiliária (Parque da Mooca e Ipiranga) e região de alta degradação e vulnerabilidade social (Avenida do Estado e seu entorno e Cambuci); • Poucas áreas verdes, principalmente junto à orla ferroviária; • Alto índice de impermeabilidade do solo; •

Entre outras;

Como diretrizes gerais, resumidas na leitura, podemos listar: Divisão dos recursos oriundos das CEPAC:

Alta taxa de empregos na região;

• Presença de patrimônio industrial a ser preservado; • Ação de contenção de enchentes em curso;

Figura 57. Gráfico divisão de recursos Fonte: Gráfico feito pela aluna (base OUCBT)

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Padrões urbanísticos específicos para empreendimentos com mais de 10.000 m²: •

Obrigatoriedade do uso misto;

Fruição Pública em 20% da

área do terreno; •

Interligação entre vias, quando

possível; •

Fachada ativa em pelo menos

25% do empreendimento; •

Taxa de Permeabilidade de Criação de novos parques e

áreas de drenagem; •

Novos equipamentos públicos;

Abertura do tampão do Rio

Tamanduateí; •

Incentivo para HIS (habitação

de interesse social); •

Plano ciclo viário;

Enterramento de fios, melhoria

de vias e de calçadas;

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Plano viário para conexão entre

bairros, visando minimizar os efeitos da segregação gerada pela Ferrovia e Avenida do estado; •

Qualificar

os

caminhos

históricos; •

Aumento da arborização urbana;

Incentivo para uso misto e

fachada ativa; •

Adensamento habitacional junto

ao transporte público; •

30%; •

Incentivo à economia criativa

no Setor Mooca, subsetor Hipódromo (Área de estudo); •

Entre outras;

Levando em Consideração toda a história e dinâmicas existentes na área de análise, a OUCBT traça uma análise e proposta de intervenções pontuais, que servem como diretrizes para a formulação do projeto que irá ser proposto neste trabalho.


C. A lei de parcelamento, uso e ocupação do solo

Segundo o Plano diretor Estratégico (PDE), a área de estudo está contida na Macro área de Estruturação metropolitana. De acordo com a Lei 16.402 de 22 de novembro de 2016, A lei de parcelamento, uso e ocupação do solo, caracterizam as áreas que vierem a ser tombadas por legislação municipal, estadual ou federal enquadram-se como ZEPEC (zonas especiais de preservação cultural). O Art. 21 da Lei de zoneamento define as Zonas Especiais de Preservação Cultural (ZEPEC) como porções do território destinadas à preservação, valorização e salvaguarda dos bens de valor histórico, artístico, arquitetônico, arqueológico e paisagístico, constituintes do patrimônio cultural do Município, podendo se configurar como elementos construídos, edi¬ficações e suas respectivas áreas ou lotes, conjuntos arquitetônicos, sítios urbanos ou rurais, sítios arqueológicos,

áreas indígenas, espaços públicos, templos religiosos, elementos paisagísticos, conjuntos urbanos, espaços e estruturas que dão suporte ao patrimônio imaterial ou a usos de valor socialmente atribuído”. De acordo com o recorte do Mapa 2 da lei de zoneamento: Imóveis e territórios enquadrados como ZEPEC e indicados para tombamento, podemos ver que a área de estudo é enquadrada como ZEPECBIR (Bens imóveis representativos).

Figura 58. Mapa 2 do zoneamento. Fonte: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marcoregulatorio/zoneamento/arquivos/ Recorte realizado pela autora

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De acordo com o Quadro 3 da Lei de Zoneamento (Lei nº 16.402/16): Parâmetros de ocupação dos lotes, exceto de Quota Ambiental. Portanto conclui-se que os parâmetros de ocupação dos lotes escolhidos estarão de acordo com a Resolução de tombamento 14/2007 pelo CONPRESP, citada anteriormente.

Figura 59. Mapa de ZEPEC. Fonte: Geosampa

Figura 60. Mapa de zoneamento. Fonte: Geosampa

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4.3. CONCLUSÕES DA ANÁLISE Esta introdutória teve como objetivo estudar a região do bairro da Mooca, na cidade de São Paulo, desde a sua formação histórica até a configuração dos dias atuais. Usando como base, para as análises, as visitas à campo, bem como a legislação urbana vigente e os planos urbanísticos propostos pelas operações urbanas que englobam a região estudada. Com a análise histórica do bairro e da própria cidade foi possível notar certas características da sua formação espacial que gerou diversas dificuldades para o bairro atualmente, como a presença da arquitetura industrial e o seu abandono, a segregação dos bairros operários devido às obras viárias do plano de avenidas e também a intransponibilidade da linha férrea. Além do histórico de formação do bairro foi necessário analisar o bairro nas condições atuais, onde foi possível 76

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identificar os problemas e potencialidades que a região apresenta. Notou-se que o papel incisivo da iniciativa privada na construção do bairro foi de extremo prejuízo para a sua vitalidade urbana e memória histórica. Com todas as análises em mente, foi projetado um complexo multiuso, com enfoque cultural, para a região escolhida, compreendendo as edificações significativas tombadas pelo CONPRESP, garantindo a elas um novo uso e significação compatível com a região nos dias de hoje. O projeto teve como foco a relação do existente com o novo e com o principal objetivo de sanar ou diminuir os problemas encontrados na região, trazendo vitalidade urbana para a região industrial praticamente abandonada pelos moradores do bairro.


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PARTE 02: REFERÊNCIAS PROJETUAIS E ESTUDOS DE CASO


5.Sesc Pompéia - Lina Bobardi Ano: 1986 Arquiteta: Lina Bobardi Local: São Paulo Brasil

O projeto do Sesc Pompéia, foi escolhido pela proximidade do uso do projeto proposto e também pela presença da arquitetura industrial. No qual a arquiteta Lina Bobardi também trabalha com a questão do contraste, na qual a arquitetura “nova” é verticalizada e imponente e a arquitetura antiga é totalmente horizontal.

Figura 61. foto disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-daarquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi

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O bairro da Vila Pompéia se assemelha muito ao passado histórico e configuração urbana do Bairro da Mooca, devido à presença industrial no início do processo de industrialização da cidade. Além disso, a região também está em processo de transformação e descaracterização da mesma forma que o bairro da Mooca,


devido a presença do mercado imobiliário e seus novos empreendimentos, que não têm o compromisso com a preservação histórica e da memória local. A intervenção do Sesc Pompéia é algo que não ocorreu no bairro da Mooca até os dias de hoje, um conjunto readaptado de antigos galpões industriais e a construção de duas novas torres de concreto configuram o complexo de lazer e cultura. Os galpões não foram destruídos ou descaracterizados para a implementação de um novo uso, pelo contrário, foram o ponto de partida para o projeto da arquiteta. “Mais do que um aproveitamento do edifício existente no local, Lina Bo Bardi propõe um aproveitamento da vida urbana existente no local [...] o que era símbolo de repressão e de longas horas de trabalho, agora abre suas portas”. (KUSZNIR, 1999) A forma arquitetônica dada ao conjunto permitiu que os espaços fossem apropriados pelas pessoas de maneiras diferentes, não

é o fato do conjunto ter sido preservado que conferiu sua qualidade e aceitação por parte das pessoas e sim como foram pensadas as duas relações entre si, além disso seu sucesso e aprovação dos usuários também foi devido ao resgate da memória local, onde a população tem vínculo afetivo. Com as torres de concreto, a arquiteta, conferiu um significado novo ao conjunto. Destacando o novo pela sua verticalidade e o antigo pela sua horizontalidade, podemos ler os edifícios separadamente e notar que a coexistência deles é benéfica e destaca um ao outro. A arquiteta Lina Bo Bardi, prefere distinguir sua arquitetura da existente. Porém esta, o faz de forma separada. A construção nova é separada da préexistente, de uso industrial, tanto pela materialidade (Concreto x tijolos), quanto pela sua volumetria (verticalidade nova x horizontalidade antiga). O bloco referente à arquitetura nova é composto de 3 edifícios verticais: o

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primeiro engloba piscinas e quadras, o segundo, os vestiários e sala de exercícios e o terceiro bloco da caixa d’água.

Figura 62. foto disponível em: https://www.archdaily.com.br

Figura 63. foto disponível em: https://www.archdaily.com.br

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Figura 64. Plantas e cortes disponĂ­veis em: https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi montagem e anĂĄlise feitas pela autora

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Figura 65. Plantas e cortes disponĂ­veis em: https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi montagem e anĂĄlise feitas pela autora

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6. Fábrica de Sal – Rafael Perrone Ano:2004 Arquiteto: Rafael Perrone Local: Ribeirão Pires São Paulo - Brasil O arquiteto Rafael Perrone, no projeto da Fábrica de Sal, em Ribeirão Pires trata a questão do contraste do antigo e o novo de forma incisiva, ou seja, há completa diferenciação entre o antigo e o novo, porém essas duas categorias não competem entre si, pelo contrário, há um respeito mútuo entre elas. O espaço em questão era anteriormente uma fábrica de sal, devido a esse fator, tanto a estrutura nova como a existente tiveram que receber redobrada atenção, uma vez que a atmosfera salina aumenta em até três vezes a oxidação e degradação dos materiais.

Figura 66. Todas as fotos são do arquivo pessoal do arquiteto Rafael Perrone

A escolha da estrutura metálica e da cor vermelha distingue e contrasta do projeto existente, anteriormente em ruínas, de alvenaria de tijolos.

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Figura 67 e 68. Todos os desenhos técnicos foram feitos pela autora durante o período de estágio no escritório Rafael Perrone Arquitetos Associados Montagem posterior também realizada pela autora

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Figura 69. Todos os desenhos técnicos foram feitos pela autora durante o período de estágio no escritório Rafael Perrone Arquitetos Associados Montagem posterior também realizada pela autora

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Figura 70 e 71. Todos os desenhos técnicos foram feitos pela autora durante o período de estágio no escritório Rafael Perrone Arquitetos Associados Montagem posterior também realizada pela autora

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Figura 72 e 73. Todas as fotos sĂŁo do arquivo pessoal do arquiteto Rafael Perrone

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Figura 74, 75 e 76. Todas as fotos sĂŁo do arquivo pessoal do arquiteto Rafael Perrone

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7. Museu de Arte do Rio –Bernardes + Jaccobsen arquitetura Ano:2013 Arquitetos: Bernardes + Jaccobsen arquitetura Local: Rio de Janeiro - Brasil No projeto do Museu de arte do Rio, o escritório reformou um edifício adjacente com uma linguagem bem contemporânea em relação ao edifício histórico e projetou uma cobertura que une os dois edifícios visualmente, colocando os sobre o mesmo destaque.

Figura 77 e 78. Foto disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-108254/mar-museu-de-artedo-rio-bernardes-jacobsen-arquitetura

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Figura 79 e 80. plantas e esquemas disponĂ­vel em: https://www.archdaily.com.br/ br/01-108254/mar-museu-dearte-do-rio-bernardes-jacobsenarquitetura montagem e recorte realizados pela autora

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8. Royal Ontario Museum – Daniel Libeskind

Figura 81 .Foto Disponível em: https://libeskind.com/

Ano:2007 Arquiteto: Daniel Libeskind Local: Toronto – Ontário - Canadá Um caso diferente de todos é o projeto do Royal Ontario Museum do arquiteto Daniel Libeskind, no qual o projeto novo engloba e “agride” o antigo, colocando o novo sob o maior destaque. 94

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A arquitetura de Daniel Libeskind pode ser compreendida como a personificação da arquitetura, uma vez que o estilo do design é característico e praticamente específico do arquiteto. Neste museu o arquiteto lidou com a pré-existência de forma dramática, porém efetiva. Esse projeto engloba a questão do protagonismo versus o mimetismo, na qual o protagonismo de certas edificações (como é o caso), é demasiadamente destacada e acaba por ofuscar a presença dos prédios históricos, já o mimetismo, é aquele que o edifício tenta demais se “encaixar”, podendo virar simplesmente uma cópia do seu entorno. O design angular contemporâneo de Libeskind se difere do estilo italiano neoromanesco do prédio histórico.


Neste Corte podemos notar a diferença estrutural do conjunto. Além disso, a ortogonalidade e simetria do prédio histórico é contraposta pela angularidade e assimetria da arquitetura de Libeskind. Essa contraposição é vista de forma ambígua, alguns acreditam que esse protagonismo da arquitetura é maléfico para o entorno e suas pré-existências, pois consideram que o destaque não está sendo dado de forma justa. Outros, por sua vez, acreditam que exatamente a coexistência de duas formas tão diferentes e singulares explicitam suas características de forma mutua e singularmente, ou seja, o contraste evidencia as duas arquiteturas distintas. Figura 82 e 83. Plantas, cortes, elevações e fotos Disponíveis em: https://libeskind.com/ Montagem e análise realizadas pela autora

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PARTE 03: O PROJETO



09. pARTIDO ARQUITETÔNICO E SETORIZAÇÃO


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9.1. O PARTIDO DO PROJETO Foram utilizados como parâmetros de projeto a Lei de Uso e Parcelamento do solo, que define a área como ZEPEC-BIR (zona especial de preservação cultural - Bens imóveis representativos) e a resolução do CONPRESP, que definiu os imóveis tombados e o gabarito máximo (25 metros) para projetos novos dentro da área. De modo a revitalizar e reviver a região, atualmente subutilizada, foi projetado um complexo multiuso, com enfoque cultural, que tivesse como partido arquitetônico atrair o usuário a ocupar e utilizar o espaço como um todo. Atualmente a entrada da estação da CPTM Mooca-Juventus se localiza no final da Rua Monsenhor João Felipo praticamente escondida. O projeto proposto teve como objetivo abrir a quadra

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e criar diferentes trajetos, conectando melhor as duas ruas (Rua Monsenhor João Felipo e Rua Borges de Figueiredo) e também a estação com o Bairro. Visando a resignificação dos imóveis tombados que possuem importância histórica, com o intuito de aproximar a população da memória histórica da região, estes imóveis foram incluidos no complexo multiuso Reviver Mooca com diversos programas, que serão abordados adiante.


9.2. O programa O complexo Reviver Mooca tem o seu enfoque principal na potencialidade cultural da área selecionada. Entretando foram projetados outros edifícios que servem como programas de apoio, com o objetivo de atrair os moradores do bairro a ocupar o espaço e tomar ciência da história local e da arquitetura derivada dela. Foram preservados e restaurados um total de oito edifícios, tombados pelo CONPRESP, com significação histórica. Nestes foram colocados novos programas que fizeram com que fosse necessário certas adaptações da arquitetura existente, como veremos a seguir. Entre estes antigos galpões industriais foram atribuídos novas atividades como lojas, restaurantes, centro de referência arquitetônica e parte do programa do centro cultural (Salas de oficinas e exposições). Além dos edifícios existentes, foram demolidos alguns galpões e construções

irregulares para dar lugar a um centro cultural, um bicicletário e uma praça. A praça tem como objetivo criar respiros urbanos e abrir o quarteirão, de modo a criar diversos fluxos de pessoas e a coexistência de diferentes usos, trazendo, portando, vitalidade urbana para a área de estudo. O complexo conta com dois estacionamentos no nível do subsolo. Um próximo às lojas e um na Rua Monsenhor João Felipo, no qual o acesso principal de veículos se deu pela própria rua. A rua Monsenhor João Felipo (sem saída), foi transformada em um calçadão e englobada como parte do projeto do centro cultural. Para isso o seu tráfego de automóveis foi reduzido e controlado, somente para atender à demanda dos edifícios residenciais da rua.

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FIGURAS 86 e 87. PLANTAS DE DEMOLIÇÃO E EDIFÍCIOS À RESTAURAR Fonte: Google Earth - recorde e montagem realizada pela autora.

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9.3. setorização Devido à área do projeto, seus diferentes usos e para que seja possível maior detalhamento será necessário setorizá-lo em função do seu programa:

• Setor 01 - Restaurantes • Setor 02 - Centro de Referência Arquitetônica • Setor 03 - Lojas • Setor 04 - Oficinas e Exposições • Setor 05 - Centro Cultural • Setor 06 - Bicicletário e Cinema ao ar livre • Setor 07 - Praça e rua

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10. SETOR 01: restaurantes


10. setor 01: restaurantes área de 1 restaurante: =373 m²

Os restaurantes estão localizados próximos à entrada da estação Mooca da CPTM, antiga ferrovia SP Railway, em 5 galpões independentes. Estes antigos galpões industriais possuem estrutura do telhado em tesouras de madeira e paredes de alvenaria. Parte do fechamento e alvenaria frontal e traseiro foi retirado para criar duas entradas recuadas, garantindo à este espaço um caráter de varanda, onde podem ser colocados mesas e cadeiras para uso do restaurante. Um caixilho de alumínio com 3 portas de correr alinhadas com a estrutura de tesoura existente foi colocado para porta de entrada.

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A área de serviço (cozinha, bar, banheiros e depósitos) foram concentrados em um bloco único. A cozinha se localiza em dois pavimentos do bloco de serviço, interligados por um elevador de alimentos e uma escada para os funcionários. A área técnica (casa de máquinas) foi colocado acima do primeiro pavimento do bloco de serviços para facilitar a prumada hidráulica e assim poder atender as demandas de água para os banheiros e cozinha. Um grande banco em concreto foi colocado na parede oposta do bloco de serviço, de modo a receber os usuários dos restaurantes.


Figura 90. (à esquerda) Planta de localização do setor Figura 91. (acima) Foto tirada pela autora no local (os 5 galpões dos restaurantes não são visíveis da rua)

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Todas as figuras deste setor foram desenvolvidas pela aluna Figuras 92 à 95 - planta, cortes e elevação Figura 96 - Perspectiva externa dos galpões Figura 97 - Corte transversal Perspectivado Figura 98 - Corte Longitudinal Perspectivado Figura 99 - Desenho de detalhe do banco de concreto Figura 100 - Desenho do reforço estrutural da fachada Figura 101 - Perspectiva interna de um dos restaurantes

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11. SETOR 02: CENTRO DE REFERÊNCIA ARQUITETÔNICA


11. setor 02: centro de referência arquitetônica

Com o objetivo de resgatar a memória histórica do bairro foi pensado um centro e referência arquitetônica no galpão industrial mais imponente e de maior gabarito da àrea de intervenção do projeto. Com esse princípio definido, não houve muitas modificações na arquitetura existente. Foram colocadas duas escadas e dois elevadores que dão acesso ao pavimento superior. Onde não havia esquadrias, devido à presença de um outro galpão anexado foram colocadas novas esquadrias semelhantes às existentes. No térreo estão localizados os banheiros

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e no pavimento superior uma área administrativa com banheiros e copa própria.


Figura 102. Galpão do centro de referência arquitetônica logo atrás do portão . Fonte: Google Earth pro

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Todas as figuras deste setor foram desenvolvidas pela aluna Figuras 103 à 106 - Plantas , Corte e elevação Figura 107 - Corte longitudinal perspectivado Figura 108 - Corte transversal perspectivado Figura 109 - Perspectiva interna primeiro pavimento Figura 110 - Perspectiva interna térreo

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12. SETOR 03: lojas


12. setor 03: lojas

Esse programa foi colocado no único galpão não tombado remanescente na área de intervenção.

Além disso, um acesso vertical com escada de emergência e dois elevadores dão acesso ao subsolo.

Para configurar o espaço das lojas foi criado dois blocos laterais totalizando 18 lojas separadas modulares, podendo criar módulos de lojas maiores, caso necessário.

No subsolo temos um estacionamento com aproximadamente 45 vagas grandes. (Incluindo vagas para deficientes e idosos). Acessado por uma rampa na lateral do edifício com 23% de inclinação e 6 metros de largura.

Cada loja possui um mezanino acessado por uma escada em espiral. Além disso, devido ao pé direito alto foi possível deixar uma área técnica sob a laje do mezanino, de modo a abrigar eventuais caixas d’águas e condensadoras de ar condicionado. Dois blocos de banheiros (com banheiros acessíveis e depósitos) foram colocados juntos às lojas.

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Para os funcionarios foi projetado um espaço na lateral, que abriga vestiários, armários, copa, local de descontração, além de uma varanda.


Figura 111. GalpĂŁo das lojas Fonte: Google Earth pro

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1

2

4

5.42

5.42

5 5.42

6 5.42

5.42

2.50

5.58

3

18.00

7.66

6.00

RAMPA DE ACESSO ESTACIONAMENTO i=23%

1.0

3.12

LOJA

LOJA

A=54 m²

DEPT.

A=6.35 m²

B

A=54 m²

7.10

LOJA

A=54 m²

PMR

A=4.2 m²

2.03

7.15

WC

A=15 m²

A

LOJA

A=54 m² 5.22

CIRCULAÇÃ QUIOSQUE

8.80

23.80 9.00

3.12

A=608 m²

C LOJA

LOJA

A=54 m²

7.15

A=54 m²

LOJA

LOJA

A=54 m²

A=54 m²

LOJA

A=54 m²

proj. mezanino

D

PLANTA TÉRREO ESCALA: 1: 250

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0

5

10


7

A

8

9

5.42

5.42

10 5.42

11 5.42

5.90

PMR

A=15.20 m²

A=110 m²

A=3.3 m²

VEST.

A=15.20 m²

A=52 m² 7.95

4.86

13 5.59

.30

4.88

14.17

1.56

4.76

ACESSO FUNCIONÁRIOS

2.12

02

5.42

VEST.

REFEITÓRIO VARANDA

12

LOJA

A=54 m²

LOJA

LOJA

LOJA

A=54 m²

A=54 m²

A=54 m²

LOJA

LOJA

LOJA

LOJA

A=54 m²

ÃO E ES

²

DEPT.

A=54 m²

A=54 m²

.501.35 1.27

LOJA

2.00

A=54 m²

WC

A=15 m²

A=54 m²

A=6.35 m²

10.63

PMR

A=4.2 m²

65.79

A 25

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1

2 5.58

3 5.42

4 5.42

5 5.42

7

5.42

5.42

A

8

5.42

5.96

RAMPA DE ACESSO ESTACIONAMENTO 5.09

6

i=23%

18.00

9.90

5.22

5.00

7.15

1.90

A

B

2.50

ES

9.20

9.00

1.20

1.91

7.15

5.00

C

D

A

PLANTA SUBSOLO ESCALA: 1: 250

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0

5

10


8

9 5.42

10 5.42

12 5.42

13 5.58

14 5.63

15 5.60

16 5.54

5.22

29.33

11.03

11 5.42

81.67

STACIONAMENTO A=2150,00 m² 50 VAGAS

25

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Todas as figuras deste setor foram desenvolvidas pela aluna Figuras 112 , 113 e 114 - Plantas e corte transversal Figura 115 - Desenho com detalhe da rampa de acesso ao subsolo Figura 116 - Perspectiva interna do galpĂŁo das lojas

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13. SETOR 04: oficinas e exposição


13. setor 04: oficinas e exposições

As salas de oficinas e espaço para exposições foram colocados na antiga casa Vanorden e os seus 17 galpões suscessivos. O local já funcionou como tipografia e hoje é utilizada como estacionamento.

A parede que antes fazia divisão com outro galpão, que não será preservado, recebeu esquadrias novas de acesso que fazem a entrada do edifício se virar para a praça e para o novo centro cultural.

Esse edifício compõe o conjunto cultural. Em seu interior foram colocados salas de aula/oficinas, banheiros, depósitos, área administrativa, café, espaços de varanda e área expositiva.

Além disso, para criar uma volumetria diferenciada nesta “nova” fachada foram colocados 3 containers de 40 pés, transformando esses espaços em varandas. Estes containers são totalmente independentes da estrutura existente . A interligação entre as duas é feita através de um domus e da continuação do nível do piso.

A estrutura de tesouras e pilares em madeira foram preservadas e toda a estrutura de alvenaria à construir (oficinas e bloco de banheiros) foram dimensionadas de forma à se encaixar no módulo estrutural existente.

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No total são 3 blocos de salas de oficinas. Totalizando 8 salas com 32m² cada, sendo que há a possibilidade de dobrar e até


triplicar o tamanho das salas devido aos painéis deslizantes, que fazem as divisões internas. A área de exposição têm aproximadamente 1000 m² nos galpões e mais 254 m² no edifício de esquina. Os painéis expositores são fixados na própria estrutura existente através de tirantes metálicos. Um detalhe mais adiante explica melhor o projeto deste expositor. A área administrativa e o café ficam localizados no segundo pavimento do edifício de esquina. Figura 117. Antiga Casa Vanorden Fonte: Google Earth pro

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Todas as figuras deste setor foram desenvolvidas pela aluna Figuras 118 a 121 - Plantas e Cortes Figura 122 - Desenho de detalhe da interligação do container com o edifício Figura 123 - Desenho do detalhe do expositor Figura 124 - Perspectiva externa da entrada Figura 125 - Corte transversal perspectivado Figura 126 - Corte longitudinal perspectivado Figuras 127 e 128 - Perspectivas internas

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14. SETOR 05: centro cultural


14. setor 05: centro cultural

O projeto do centro cultural visou a total diferenciação entre o antigo e o novo. Buscou-se o contraste como forma positiva de evidenciação de dois tipos de arquitetura cronologicamente diferentes. O Gabarito máximo permitido pela resolução do CONPRESP de 25 metros foi respeitado. O novo edifício foi projetado em estrutura metálica com fechamentos em caixilharia de alumínio e vidro e chapas translúcidas. Além de um grande brise metálico com chapa perfurada. Alguns elementos foram inspirados na arquitetura industrial, presente no local de estudo, como a presença de iluminação zenital no 3º pavimento e a simetria de todo o conjunto. 174

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O pavimento térreo possui um restaurante, a recepção de entrada do centro cultural, com os acessos verticais e espaço para guarda-volumes e também um teatro aberto para a praça, coberto pela projeção do pavimento superior com aproximadamente lugar para 112 pessoas. No 1º pavimento (+7 metros) temos dois auditórios com camarins e salas de som, um com 107 lugares e o outro com 176 lugares. Os dois auditórios são acessíveis em todos os seus níveis. Uma série de rampas acessam os diferentes patamares. Além disso nas duas extremidades do edifício temos duas extensas arquibancadas que servem como espaço para apresentações espontâneas e/ou convívio dos usuários. No 2º pavimento (+14 metros) temos


16 estúdios de música/dança com 46m² cada e também 4 grandes áreas de estudo e convívio. No 3º pavimento (+17,5 metros) temos 12 salas de aula para ~45 alunos casa, 1 Fablab e 2 salas de computação. Além de mais 4 áreas de estudo e convívio.

um estacionamento para aproximadamente 76 carros. Devido à necessidade de iluminação e ventilação do subsolo, no térreo foi criado um vazio rodeado por bancos e vegatação e no subsolo um jardim para conter as águas pluviais.

Na cobertura (+21 metros) temos uma grande área técnica de 230 m² e a presença dos domus de iluminação zenital. Foi criado em todos os pavimentos um grande bloco de serviço localizado no centro do projeto. Este bloco conta com duas escadas de incêndio, 4 elevadores sociais, 2 elevadores de carga/emergência, banheiros e depósitos. Neste bloco foram concentradas todas as prumadas de hidráulica. Entre os banheiros foi colocado um grande shaft vertical por onde devem passar todas as tubulações do projeto. No subsolo se localiza a àrea de funcionarios e a administração, bem como seus vestiários, banheiros e copas. Além de

Figura 129. Parte de um dos galpões que foram retirados para implantação do centro cultural Fonte: Foto da autora

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Todas as figuras deste setor foram desenvolvidas pela aluna Figuras 130 à 135 - Plantas Figura 136 - Corte Longitudinal perspectivado Figura 137 - Corte transversal perspectivado Figura 138 - Perspectiva externa Figura 139 - Desenho de detalhe da estrutura metálica Figura 140 - Desenho de detelhe da ventilação do subsolo Figura 141 - Desenho de detalhe de iluminação dos pilares Figura 142 - Desenho de detalhe do domus da cobertura Figura 143 - Perspectiva do estacionamento

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Figura 144 - Perspectiva da escada de entrada (Térreo)

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Figura 145 - Perspectiva da arquibancada (1ยบ pavimento)

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Figura 146 - Perspectiva

da รกrea

de estudos

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15. SETOR 06: Bicicletรกrio e cinema ao ar livre


15. setor 06: Bicicletário e cinema ao ar livre

O projeto do bicicletário foi pensado sob os mesmos preceitos do centro cultural. Devido ao programa reduzido e por questões estéticas, este edifício teve um gabarito menor, o que garantiu certo alinhamento com a arquitetura existente adjacente a este. A área do bicicletário possui ~170m² e conta com um espaço para 160 bicicletas. O edifício possui, em sua lateral voltada para a praça, um telão (5 x 12 m) para o cinema ao ar livre. Esse conta com uma área técnica de 48m². Um brise igual ao do centro cultural, porém com menores proporções foi colocado nas fachadas do bicicletário,

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garantindo uma continuidade visual no conjunto dos edifícios novos projetados.


Figura 147. Parte de um dos galpões que foram retirados para implantação do bicicletário Fonte: Foto da autora

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Figura 148 - Planta térreo Figura 149 - Desenho do corte genérico sem escala Figura 150 - Perspectiva externa

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Figura 151 - Perspectiva interna do bicicletรกrio

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16. SETOR 07: praça, rua e área de intervenção como um todo


16. SETOR 7: PRAÇA, RUA E ÁREA DE INTERVENÇÃO COMO UM TODO

A praça foi pensada de modo que fosse possível a abertura deste trecho da quadra e também que fosse possível traçar diferentes percursos para se chegar aos diversos edifícios. A forma triangular está presente em toda a construção nova, tanto nos brises dos edifícios projetados como no desenho de piso da praça projetada.

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Figura 152. Vista aĂŠrea geral Fonte: Google Earth pro

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Figura 153 - Planta com localização dos bancos Figura 154. Desenho de detalhe do banco modular de concreto projetado

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Figura 155 - Corte Transversal do projeto

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Figura 156 - Elevação Rua Monsenhor João Felipo

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Figura 157 - Corte Longitudinal do projeto

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Figura 158 - Perspectiva da Rua Borges de Figueiredo

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Figura 160 - Perspectiva Oficinas , bicicletário e centro de referência arquitetônica

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Figura 161 - Perspectiva do centro cultural e oficinas

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Figura 162 - Perspectiva do centro cultural e oficinas

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Figura 163 - Perspectiva do centro de referência arquitetônica e cinema ao ar livre

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Figura 164 - Perspectiva da Rua Borges de Figueiredo vista do cinema ao ar livre e totem REVIVER MOOCA

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Figura 165 - Perspectiva áerea situação atual. Fonte: Google Earth Pro

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Figura 166 - Perspectiva รกerea do conjunto

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17. diretrizes para área secundária e conclusões finais


17. Diretrizes para área secundária e conclusões finais

Acredita-se que a diversidade de programas e públicos diferentes, circulando na região em horários distintos funcione como algo benéfico, que possa trazer vitalidade e segurança para a região. O projeto teve como objetivo sanar alguns dos problemas do bairro apontados na análise histórica e atual. Bem como traçar uma possibilidade de revitalização de áreas subutilizadas, muito presente em todos os pontos do bairro.

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Além de resgatar a memória da história do bairro e de sua arquitetura. Devolvendo à população a aparência industrial ocupando-a de outra forma. Para a àrea secundária de intervenção foi pensado algumas diretrizes para futuros projetos na região, que pudessem sanar os problemas levantados em análise e que pudessem integrar as duas orlas da ferrovia.


Figura 167 - DIRETRIZES Fonte: Google earth pro montagem feita pela autora

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BIBLIOGRAFIA E SITES UTILIZADOS

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