Efeito sensorial da luz natural

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EFEITO SENSORIAL DA LUZ NATURAL Universidade Católica de Pernambuco Conforto Ambiental II Docente: Paula Maciel Discentes: Anna Sofia; Beatriz Regina; João Paulo;

1. INTRODUÇÃO: Desde o início da civilização, a luz é “objeto” primordial na condição de bem-estar do ser humano, porém seus usos como aspecto qualitativo no espaço são mais notórios a partir do medievo com a ascensão da arquitetura gótica que se utilizou de grandes planos envidraçados e vitrais para criar ambientes de solenidade suprema. Depois passou pela renascença com soluções técnicas do tipo “brando”, solares passivas e bioclimáticas até chegar no contemporâneo, onde os projetos arquitetônicos já são pensados com enfoque em passar percepções sensoriais através da luz. A fenomenologia explica esses aspectos sensoriais através da assimilação mental de cada ser humano, ou seja, um espaço arquitetônico pode ser vivenciado de diferentes formas pois depende do observador. “Luz, acontecimentos e lugares podem somente ser compreendidos em sua mútua relação. A fenomenologia dos acontecimentos e lugares é também a fenomenologia da luz. Em geral, eles todos se relacionam à fenomenologia da Terra e do Céu. O Céu é a origem da luz, e a Terra sua manifestação” (PLUMMER, HENRY, POETICS OF LIGHT, 1987, PÁG. 5.) Desse modo, esse trabalho consiste em vivenciar um espaço arquitetônico levando em consideração os aspectos sensoriais e qualitativos da luz.

2. OBJETIVOS: 2.1 Objetivo Geral: Investigar o aspecto qualitativo da luz natural. 2.2 Objetivo Específico: Analisar o efeito sensorial da luz através das aberturas dinâmicas com rasgos retilíneos e espontâneos de amplitude variadas. Estudar abertuas que favoreçam a sensação dramática (Evanescência) e contemplativa (Silencio ambiental);

3. MÉTODO: “O exercício da “caixa de sapatos” tem como objetivo principal a concepção e avaliação qualitativa da iluminação natural em edificações, sendo aplicado na disciplina Conforto Ambiental – Iluminação, do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFSC. Este exercício permite fazer projetos de arquitetura interior, usando a luz natural como ferramenta de desenho, numa oficina simples, que introduz os alunos numa atividade de observação direita e a análise do fenômeno da luz.” PEREIRA, Fernando; GONZALÉZ, Alexander; ATANASIO, Veridiana. Ensino e Aprendizagem do Fenômeno de Iluminação na Arquitetura com Modelos Físicos. Ouro Preto, 2006. O trabalho foi feito dentro das dimensões de um modelo físico de um prisma 20x20x10 cm, através do estudo da incidência solar, feito a partir da carta solar, e das coordenadas pensando primeiramente em quais efeitos sensoriais o ambiente deve passar para o observado. As referencias projetuais que auxiliaram para a criação morfológica das aberturas de efeitos sensoriais semelhantes foram: Museu Real de Ontario e Museu Judaico de Berlim, ambos projetado por Daniel Libeskind.

Museu Judaico de Berlim

Museu Real de Ontario

4. RESULTADOS: Com o estudo da incidência solar foi notório que o ano todo a fachada Norte possui incidência solar, diante disso foi utilizado aberturas dinâmicas diagonais que proporcionassem dinamismo a evidência do movimento da luz como também na face superior (zenital) da caixa, gerando o efeito de evanescência. As faces voltadas para o Sul e o Leste possui no amanhecer o contato direto com a fonte primaria de luz e no restante do tempo recebe luz através da abóbada celeste, gerando com isso a combinação de luz direta e difusa. As aberturas dessas faces são amplas e de formas triangulares oferecendo sensação de contemplação, concebendo como efeito sensorial o silêncio ambiental que proporcionando uma hierarquia, colocando-as superiores as aberturas menores. O resultado se deu em um ambiente que possui expressões dramática e de isolamento, trabalhado em cima dos efeitos de Iluminação Natural (PLUMMER, HENRY, 2009) são eles: Evanescência, Procissão, Véu de Cristal, Atomização, Silêncio Ambiental, Canalização e Luminescência. O efeito escolhido para proporcionar essas sensações foram: Evanescência e Silêncio Ambiental, obtendo uma cena interna que evita contraste extremo ao longo do dia, como também uma atmosfera monótona e a combinação de luz direta e difusa.

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S

ESTUDO DA INCIDÊNCIA DA LUZ SOLAR DIRETA N N

N

SS

ESTUDO DA INCIDÊNCIA DA LUZ SOLAR DIRETA

22.6

MAIOR ABERTURA MAIOR ABERTURA P/ P/ VARIAÇÃO DA LUZ VARIAÇÃO DA LUZ

22.6 21.5

24.7

13.8

O O

1.5

28.8

O W

MAIOR ABERTURA MAIOR ABERTURA

L L

16.4

11.9

3.4

24.9

21.3

8.3

6.10 0 20.1 1

4.1

1 22.1

.12

16

15

14

13

12

11

10

E L

23.2 9

17

9.2

8 7

22 18

22

21.1

.12

6

S S

N N

L L

O O

S S

MAIOR ABERTURA

N

S

MAIOR ABERTURA P/ VARIAÇÃO DA LUZ

O

L

5. REFERÊNCIAS: - SCHIELKE, THOMAS, 10 TYPOLOGIES OF DAYLIGHTING FROM EXPRESSIVE DYNAMIC PATTERNS TO DIFFUSE LIGHT. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/788759/10-tipologias-para-iluminacao-natural-desde-padroes-expressivos-dinamicos-ate-luz-difusa> Acessado em 23 ago. 2018; - YUNIS, NATALIA, CLASSÍCOS DA ARQUITETURA: MUSEU JUDAICO DE BERLIM / DANIEL LIBESKIND. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/799056/classicos-da-arquitetura-museu-judaico-de-berlim-daniel-libenskind> Acessado em: 23 ag. 2018; - HOOVER, KRISTIN, IMPERIAL WAR MUSEUM: DANIEL LIBESKIND. Disponível em: <http://www.arch2o.com/imperial-war-museum-north-studio-daniel-libeskind/> Acessado em 23 ago. 2018; - MUSEU IMPERIAL DE GUERRA. Disponível em: <https://es.wikiarquitectura.com/edificio/museo-imperial-de-guerra/> Acessado em 23 ago. 2018; - ALARCON, SCARLETT, ANALISIS DE LA OBRAS DE DANIEL LIBESKIND. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/scarletlanchipaalarcon/daniel-libeskind-42952975?next_slideshow=1> Acessado em: 23 ago. 2018; - EXPOSIÇÃO FAU 2013. Disponível em: <https://fauufpa.org/2013/12/23/exposicao-fau-2013-in-post/> Acessado em: 01 set. 2018; - ENSINO E APRENDIZAGEM DO FENÔMENO DA ILUMINAÇÃO NA ARQUITETURA COM MODELOS FÍSICOS. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/281031606_ENSINO_E_APRENDIZAGEM_DO_FENOMENO_DA_ILUMINACAO_NA_ARQUITETURA_COM_MODELOS_FISICOS >. Acessado em: 1 set. 2018; - MASCARÓ, LUCIA, ILUMINAÇÃO E ARQUITETURA: SUA EVOLUÇÃO ATRAVÉS DO TEMPO. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.063/438>. Acessado em: 01 set. 2018; - MOTTOS, PAULO, A LUZ NATURAL COMO DIRETRIZ DE PROJETO. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.084/244>. Acessado em: 01 set. 2018; - PEREIRA, Fernando; GONZALÉZ, Alexander; ATANASIO, Veridiana. Ensino e Aprendizagem do Fenômeno de Iluminação na Arquitetura com Modelos Físicos. Disponível

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