ZARANDA PRAÇA DE DESCANSO - 20ª FENEARTE PERSPECTIVAS
ZARANDA PRAÇA DE DESCANSO - 20ª FENEARTE PLANTA BAIXA e PLANTA DE COBERTA
- ESC: 1/50
2.05
.60
2.76
.45
ZARANDA PRAÇA DE DESCANSO - 20ª FENEARTE CORTES 1/50 - DETALHES 1/5
.60
2.17
.40
.10 .42
.46
.05
ELEVAÇÃO DIREITA
ELEVAÇÃO FRONTAL
ZARANDA PRAÇA DE DESCANSO - 20ª FENEARTE ELEVAÇÕES - ESC: 1/50
ELEVAÇÃO ESQUERDA
FENEARTE – Ciranda de Todas as Artes Equipe: Anna Sofia Cavalcanti Fonseca; Bárbara Fernandes de Lima; Beatriz Regina Marciano Maranhão; Beatriz dos Santos Bueno; Germana Tinoco Carneiro de Oliveira; João Paulo Gomes Marques; João Vitor de Macêdo Silva; Susanna dos Santos de Oliveira. Orientador: Paula Maria Wanderley Maciel do Rêgo Silva
MEMORIAL DESCRITIVO PRAÇA ZARANDA Há algumas interpretações para o surgimento da palavra “ciranda”, uma delas é proveniente do vocábulo espanhol onde o termo “zaranda” se refere a uma espécie de grande peneira composta por uma rede feita de tiras finas usada para limpar a palha. A ciranda, dança que marca forte presença na cultura pernambucana e bastante difundida na região nordeste. Tem sua origem em tradições e manifestações culturais portuguesas, mas ao ser introduzida em Pernambuco se uniu a tradições indígena e dos povos africanos. No estado, sua origem iniciou-se com a ciranda sendo praticada nas praias da Ilha de Itamaracá onde as mulheres dos pescadores dançavam à espera do retorno dos seus companheiros do mar. A ciranda é uma dança democrática onde qualquer indivíduo pode participar, independente do sexo, cor e idade. Constitui-se em um círculo formado por seus participantes de mão dadas lado a lado e no centro encontram-se o mestre cirandeiro, cantores e músicos que lideram e conectam s pessoas com o ritmo passado e contagiante. Não existe um número específico de participantes, todos ficam à vontade para entrar e sair da roda. Ao se ter uma quantidade onde fica difícil de manter o círculo, divide-se a roda onde a menor é envolvida pela maior e a dança prossegue. A Praça Zaranda foi pensada de modo a remeter não apenas a ciranda e o meio pelo qual é constituída morfologicamente como também ao que se localiza no cerne dessa expressão cultural. O nome Zaranda além de referir ao instrumento mencionado anteriormente que originou o nome da dança, é a tradução mais coerente aos elementos que consistem o ambiente como as cordas de vinil presas entre os bancos e ripas de madeira formando uma rede. A praça destinada para o repouso dos visitantes da feira foi projetada com bancos que são uma imagem descontruída da roda da ciranda. Três bancos de madeira com formas angulares e alturas distintas que é uma atribui a si o movimento das ondas produzidas pela a dança, por sua vez lembram o deslocamento das águas do mar. Preso ao banco está a rede de corda de vinil transparente, são um elemento de conexão entre o assento e a estrutura localizada na parte superior. Em conjunto há uma iluminação com fita de LED acopladas em uma trincheira no banco onde também se encontrará ganchos
que auxiliaram na amarração das cordas. Em sua lateral estão os pontos para recarga de celular. Criando assim um espaço convidativo o qual o efeito da luz com a composição dos objetos enfatiza a forma nascida da ciranda com um elegante contraste. As cores dão início a partir da palha, encontrada na peneira e na cultura das cidades onde os três artistas homenageados moravam. A paleta tem como base tons terrosos, mas devido a necessidade de contemplar a diversidade e dinamicidade na qual a ciranda agrega, foi introduzido o ‘colorido’ às almofadas que irão em cima do banco, dispostas acompanhado a forma do mesmo, colocando assim as pessoas sentadas de maneira democrática. Anexado ao painel de TS está um painel em lona (ver figura 1) com três espirais formadas por palavras. As espirais são uma releitura da formação da ciranda e ao mesmo tempo uma homenagem à Lia de Itamaracá, Dona Duda e Mestre Antônio Baracho. Cada uma tem em seu centro o nome de um dos artistas tomando o lugar do mestre e músicos, seguindo do nome dos instrumentos da percussão e das canções criadas por cada um saindo da roda em direção as extremidades, representando a continuação e vida da dança na cultura pernambucana que vem entoando através das gerações até os dias atuais.
Figura 1: Painel
Com isso a Praça Zaranda é o resultado da construção de componentes que se unem para celebrar a cultura local, abrindo a mente para sua história e importância para o senso de pertencimento, abraçando a ciranda e o significado que carrega, a celebração de todas as artes.