www.colorsmagazine.com
dossier de pro jecto >
#6 design editorial e identidade tipográfica estrutura, configuração, grelha, paginação de uma revista
Colors Magazine andré santos 9108 2’2C
intro dução >
A revista Colors é uma revista multilingue desenvolvida em Itália, pela Fabrica, o centro de pesquisa da Benetton. Existem três edições publicadas – Francês/ Inglês, Italiano/Inglês e Espanhol/ Inglês–, mas nos primeiros três anos, a revista foi publicada em cinco edições – Francês/Inglês, Espanhol/Inglês, Italiano/Inglês, Alemão/Inglês e Japonês/Inglês. Cada número está associado a um tema tratado sob um ponto de vista internacional. Tibor Kalman e Oliviero Toscani criaram a revista em 1991 e esta foi produzida no estúdio de design de Kalman, M&Co, em Nova Iorque, até 1993, quando a revista se mudou para Roma, Itália.
Neste dossier vou apresentar todo o processo de trabalho, desde o estudo das características da revista, até à execução do artigo solicitado na proposta. O artigo reflecte a imagem do #75, pois foi este número que estudei mais cuidadosamente. Apesar disso, apresento também os tipos de letra e as imagens de algumas páginas dos #76 e #77 (este último que ainda não se encontra disponível nas bancas). Aproveito este espaço para agradecer a Mauro Bedoni, editor fotográfico da revista Colors, que me disponibilizou as imagens e os tipos de letra das revistas.
formato da pรกgina >
w228 h287
margens > interior20 exterior16 superior20 inferior16
grelha >
A revista Colors é editada a partir de uma grelha que tem como base colunas verticais de 12pts. Também as linhas horizontais correspondem a 12pts. O facto de a grelha ser densa permite organizar a informação de diversas formas, contudo a disposição mais frequente é a de 2, 3 ou 4 colunas, por vezes com a mesma largura, outras vezes não, como nos exemplos seguintes.
Divis達o em 2 colunas iguais
Divis達o em 3 colunas iguais
Divis達o em 4 colunas iguais
Divis達o em 2 colunas diferentes
tipos de letra #75 cease-fear > Akkurat www.lineto.com Bold, Italic, Light, Mono, Regular
Impact Regular
Akzidenz-Grotesk BQ Medium
Myriad Pro Condensed
www.bertholdtypes.com
www.paratype.com – urw publisher
www.linotype.com
Arial www.monotypefonts.com Black Regular, Bold, Bold Italic, Italic
Swiss 721 BT www.bitstream.com Black Outline, Bold Condensed, Condensed, Medium
Avenir 65 Medium
www.linotype.com
TSTAR Bold
Avenir 95 Black
www.linotype.com
Times Regular
Berthold Akzidenz Grotesk www.bertholdtypes.com Bold, Condensed, Medium, Medium Italic, Super
Univers 39 www.linotype.com Thin Ultra Condensed
Cargo www.optimo.ch Regular
Univers 67 www.linotype.com Bold Condensed
Didot Bold
Univers 75 Black
www.linotype.com
Futura www.adobe.com Condensed Extrabold, Medium Helvetica www.adobe.com Bold, Neue Bold, Neue Condensed Bold, Neue Regular, Regular ITC Franklin Gothic www.adobe.com Book, Heavy, Std Book, Stbd Book compressed, std book extra compressed, std demi, std demi compressed, std demi condensed, std heavy, std medium, std medium italic
www.linotype.com
Zurich bt www.bitstream.com Black, Bold Condensed, Condensed, Condensed Italic
Os tipos de letra mais utilizados na edição #75 da revista Colors são os que pertencem às famílias Akkurat, da Lineto, e Cargo, da Optimo.
Pode até dizer-se que são estes apenas os tipos utilizados, pois o grande número de fontes enunciado para além destas deve-se ao facto de na última página haver um artigo estilo anúncios de jornal no qual, por razões estéticas, houve a necessidade de se incluir diversas famílias tipográficas.
#76 teenagers > capa >
interior >
TSTAR Bold, Bold Italic, Italic, Light, Medium, Regular
Fedra Serif A www.typotheque.com/fonts Book, Book TF, Std Book Italic
Trade Gothic www.linotype.com Bold Condensed No. 20
TSTAR Bold, Bold Italic, Headline, Italic, Light, Light Italic, Medium, Medium Italic, Regular
EanP33No
Trade Gothic www.linotype.com Bold Condensed No. 20
EuroBold Helvetica
www.adobe.com
Helvetica Bold
www.adobe.com
Wingdings 3 Regular
www.ascendercorp.com
#77 the sea > capa > Akkurat Regular
interior > www.lineto.com
Akkurat www.lineto.com Bold, Italic, Light, Regular, Mono Regular
Benetton Light, Regular, Regular Oblique
Grotesque MT www.linotype.com Extra Condensed, Std Extra Condensed
Grotesque MT Std Extra Condensed
PIXymbolsMorse Regular
www.linotype.com
Tstar Medium
Times Regular
EanP33No EuroBold Helvetica Bold
www.adobe.com
Page Studio Graphics publisher
hierarquias tipográficas #75 cease-fear >
00/00 medidas em pts ( pontos )
Welcome Cargo 62
Legendas Akkurat Regular All Caps 5/8,5
Introdução Akkurat Regular 20/20
Lead’s Akkurat Regular All Caps 8/10
Índice Akkurat Regular 8,5/10
Destaques Akkurat Regular 17/20
Números de página Akkurat Mono 5
Fontes Akkurat Light 8,5/11
Mancha de texto Akkurat Regular 10/12
Números Cargo 12
Títulos ( inglês ) Akkurat Mono 82/88
Nomes dos entrevistados Akkurat Regular 6/8,5
Títulos ( espanhol ) Akkurat Mono 8,5/11
Ficha técnica Akkurat Regular e Bold 8/10
Inseridos num rectângulo com 14x25 mm nota
Perguntas Cargo 10/10
Os textos em inglês são escritos a cor-de-laranja e os espanhóis a preto. Todos os elementos textuais, desde corpo de texto a legendas, sofrem um alinhamento à esquerda.
Os textos em inglês são escritos a cor-de-laranja e os espanhóis a preto. Todos os elementos textuais, desde corpo de texto a legendas, têm alinhamento à esquerda.
esquemas de paginação #75 cease-fear >
Capa e contra-capa da revista Colors #75 Cease-Fear
Welcome Cargo 62 Introdução Akkurat Regular 20/20 Índice Akkurat Regular 8,5/10
Página de Índice
Números de página Akkurat Mono 5 Títulos ( inglês ) Akkurat Mono 82/88 Títulos ( espanhol ) Akkurat Mono 8,5/11 Inseridos num rectângulo com 19x25 mm
Lead’s Akkurat Regular All Caps 8/10 Destaques Akkurat Regular 17/20 Imagem
Página de Entrada de Capítulo
Números de página Akkurat Mono 5 Legendas Akkurat Regular All Caps 5/8,5 Destaques Akkurat Regular 17/24 Fontes Akkurat Light 8,5/1
Página de Desenvolvimento
Mancha de texto Akkurat Regular 10/12 Perguntas Cargo 10/10 Nomes dos entrevistados Akkurat Regular 6/8,5
Pรกgina de Entrevista
TeXT BY / TeSTO DI
The policeman literally had to run after me. I was biking out of Paddington Station with my earphones on so I didn’t hear him. I thought he would tell me I shouldn’t be cycling inside, but he said I was being stopped under Section 44 of the Terrorism Act. Someone on the train had reported me as suspicious. It was bizarre. Another policeman joined the first, they searched me and asked many questions that I know now I didn’t have to answer. If you are stopped under the Terrorism Act you don’t have to give your address, for example.
I’m a completely rational person. There are many other things we should be worrying about beyond terrorism. I mean, you are more likely to be run over on the street than in a terrorist attack. I’ve shaved my beard now but not because of that episode. The championship was over, my girlfriend asked me to, and she is the real authority in the house.
Il poliziotto dovette letteralmente corrermi appresso. Stavo uscendo in bici da Paddington Station, con gli auricolari, per questo non sentii che mi stavano chiamando. Pensavo che l’agente volesse semplicemente dirmi che era vietato andare in bici dentro la stazione, invece mi annunciò che ero in stato di arresto ai sensi della sezione 44 della legge antiterrorismo. Qualcuno sul treno mi aveva denunciato come sospetto. era una situazione paradossale. Arrivò un altro poliziotto, mi perquisirono e cominciarono a pormi una serie di domande cui – col senno di poi – non avrei mai dovuto rispondere. Se ti fermano in base alla legge antiterrorismo, non devi mai dare il tuo indirizzo, ad esempio. Dopo la perquisizione, chiesi il rapporto. non potevo credere ai miei occhi: “Barba lunga e scura” c’era scritto come motivazione del fermo. In effetti, avevo la barba lunghissima, perché volevo partecipare al Campionato internazionale di barba e baffi, ma non mi era mai venuto in mente che qualcuno avrebbe potuto fare un parallelo con il terrorismo. Sono una persona molto razionale. Ci sono tante altre cose di cui dovremmo preoccuparci nella vita, oltre al terrorismo. Francamente, mi sembra molto più probabile finire investiti da una macchina che essere vittima di un attentato. Ora mi sono tagliato la barba, e non a causa di quell’episodio. È stata la mia ragazza a chiedermelo, alla fine del campionato. e, a casa nostra, è lei che porta i pantaloni.
02 - 03 | COLORS 75 TERRORISM / TERRORISMO | bRuCE SChnEIER
86 - 87 | COLORS 75 TERRORISM / TERRORISMO | EnEMIES / nEMICI
I asked for a report after being searched and couldn’t believe it: “Big brown beard” was written as a reason for being stopped. It was a very long beard, because I was about to participate in the International Beard and Moustache Championship, but it had not occured to me that someone would relate it to terrorism.
≥ The threat of terrorism is overblown. We’re spending too much money and effort combating it, and we’re not even doing a good job. One can best understand most of the world’s response to terrorism since 9/11 as security theater against movie-plot threats: security theater because it’s security designed to make people feel better and vote in a particular way, rather than to actually make us any safer, and movie-plot threats because the global response is focused on specific scenarios rather than on the broad risks facing us.
Terrorist attacks are rare and deaths are few. In the United States, on average about 42,000 people die in car crashes and zero in terrorist attacks each year. 2001 was the big year for terrorist deaths, and even then, 14 times more people died in car crashes. Cancer, heart disease and accidents kill many times more people each year than the past ten years of terrorism combined. Other Western countries have similar statistics.
switching their target to something like the World Cup. It only makes sense to take away liquids at airports if this causes the bad guys to renounce terrorism and get day jobs instead. This is why most of the counterterrorism measures we see are security theater, targeted at the particular threats we happen to be worried about to make us feel safer. But if one thinks about the politics involved, enacting visible security measures that make people feel safer is how someone gets re-elected. Downplaying the threat, even if justified, makes a political leader seem ineffective and weak.
Yet terrorism is what we fear. Our brains are wired to fear the rare and spectacular rather than the commonplace and pedestrian. Indeed,‘in the news’ has come to mean something that hardly ever happens... If something is ‘in the news’, we really shouldn’t worry about it. It’s when something is so common that it’s not news – car crashes, domestic violence, heart disease – that we should worry. But that is not the way we think.
To fight terrorism effectively, we need to play to our strengths. Choosing a movieplot threat to defend against is a losing game; there are far too many choices to correctly guess which ones terrorists might choose. We get much more leverage by funding investigation and intelligence. Terrorists are rarely caught in the act of terrorism unless their equipment or weapons fail. Far more often, plots are foiled pre-execution. In the event that we fail to prevent an attack, we need to fund emergency response.
We also respond to stories and specifics rather than generalities. This is where movieplot threats come in. We hear about terrorists with liquids on airplanes, so we take away liquids on airplanes. We hear about terrorists on trains, so we search bags on trains. We imagine terrorists blowing up dams, so we guard dams. We focus on specific tactics and targets because that’s how we think, forever defending against what the terrorists did, planned, or threatened last week.
The benefit of these three countermeasures – investigation, intelligence, and emergency response – is considerable. First, they’re flexible. They are effective regardless of the terrorists’ tactics or targets. Second, they’re intelligent. An advantage we good guys have over the terrorists is that we have extensive analytical capabilities, both cognitive and computer-based, that can be brought to bear on the problem. Third, they’re resilient. Static countermeasures like ID checks and baggage screening either work or don’t, but they cannot adapt to the environment; these countermeasures can work, fail or partially succeed in concert with each other.
Here’s the thing: it only makes sense to defend against specific movie plots if they are rare. If there are only three potential tactics, and five potential targets, then eliminating a tactic or target makes us a lot safer. But if movie plots are plentiful or infinite, then defending against particular tactics or targets only forces the bad guys to make a minor change in their plans. The US$12 billion spent defending the 2008 Olympics only made sense if terrorists targeted the Olympics, rather than simply
Kevin Meredith - 33 Brighton - UK Designer
≥ la minaccia del terrorismo è esasperata. Spendiamo troppo denaro e facciamo troppi sforzi per combatterlo, e nemmeno possiamo dire di stare facendo un buon lavoro. Si può meglio comprendere gran parte della risposta al terrorismo del dopo 11 settembre come una questione di “teatrino della sicurezza” contro “minacce da cinema”. Teatrino della sicurezza, perché quest’ultima è studiata per far sentire meglio le persone e farle votare in un certo modo, piuttosto che renderle realmente più sicure. e minacce cinematografiche, perché la risposta globale è mirata a scenari specifici, piuttosto che ai rischi più generali che dobbiamo fronteggiare.
part, we need to refuse to be terrorized. By living in fear, we greatly magnify the effect of terrorism, even so far as giving the terrorists what they want without them having to commit a terrorist act. By refusing to be terrorized, we deny terrorists success, even if their plans see fruition. There is no absolute safety in the world – life itself is risk – but we get to choose how we live our lives. The more we recognize the rarity of terrorism, the more we don’t need the visible trappings of security theater; the more we embrace liberty, even in the face of terrorist threats, the less effective terrorism is.
gli attacchi terroristici sono rari e le morti scarse. negli Stati Uniti, ad esempio, muore una media di 42mila persone all’anno in incidenti stradali e zero in attacchi terroristici. Ovviamente il 2001 è stato l’anno nero delle morti per terrorismo, eppure anche allora il numero dei morti per incidente stradale è stato 14 volte superiore. Il cancro, gli attacchi di cuore e gli incidenti uccidono più persone in un anno di quanto abbia fatto il terrorismo negli ultimi dieci anni messi assieme. e le statistiche del resto dell’Occidente non sono diverse. Ciononostante è del terrorismo che abbiamo paura. I nostri cervelli sono collegati alla paura di ciò che è raro piuttosto che all’ordinario e all’accidentale. Per questo ciò che “fa notizia” accade raramente in termini statistici. Se qualcosa finisce in prima pagina allora forse dovremmo imparare a non preoccuparcene. È quando qualcosa è diventato così comune da non essere pubblicato – appunto incidenti, violenza domestica, attacchi di cuore – che dovremmo preoccuparci. Ma non è questo il modo in cui pensiamo. rispondiamo molto di più alle “storie” e allo “specifico” che non al generale. ed è qui che si insinuano le “minacce cinematografiche”. Sentiamo di terroristi con liquidi sugli aerei? Allora togliamo i liquidi dai nostri viaggi. Sentiamo di terroristi sui treni, e quindi controlliamo le borse nei treni. Ci immaginiamo terroristi che fanno saltare le dighe e quindi teniamo sotto controllo le dighe. Ci concentriamo su obiettivi specifici e tecniche altrettanto specifiche perché questo è il modo in cui pensiamo: sempre a difenderci da ciò che i terroristi hanno fatto, pianificato, o minacciato la scorsa settimana.
BrUCe SCHneIer SeCUrITY TeCHnOlOgIST AnD AUTHOr. CHIeF SeCUrITY TeCHnOlOgY OFFICer OF BT eSPerTO DI SICUrezzA e SAggISTA. CAPO Del rePArTO SICUrezzA e TeCnOlOgIA DellA BrITISH TeleCOM
ecco il punto: ha senso difendersi da specifiche minacce cinematografiche solo se sono rare. Se ci sono solo tre potenziali tattiche e cinque potenziali obiettivi, allora eliminare
Terrorism is a crime against the mind, with random violence as the weapon. To do our
una tattica o un bersaglio ci rende molto più sicuri. Ma se le trame sono tante e potenzialmente infinite, allora difendersi da tattiche e obiettivi specifici ha l’unico effetto di costringere i cattivi a irrilevanti modifiche nei loro piani. I 12 miliardi di dollari spesi per proteggere le Olimpiadi di Pechino, ad esempio, avrebbero avuto senso solo se i terroristi avessero preso di mira i giochi, piuttosto che cambiare semplicemente obiettivo, che ne so, sulla Coppa del Mondo. Ha senso confiscare i liquidi in aeroporto solo se questo costringe i cattivi a rinunciare al terrorismo e a trovarsi un lavoro... ecco perché la grande maggioranza delle misure antiterrorismo diventa un “teatrino della sicurezza”, mirato a minacce particolari, alla paura di quel momento, e alla necessità di sentirci più sicuri. Ma se si pensa alle politiche coinvolte, mettere in atto misure visibili che facciano sentire le persone più sicure è esattamente il modo in cui si viene rieletti. ridurre la scala della minaccia, al contrario, rende un politico debole e inefficiente. Per combattere il terrorismo con efficienza, dobbiamo giocarci tutte le nostre carte. Scegliere una minaccia cinematografica da cui difendersi è una partita persa in partenza; ci sono troppe, veramente troppe opzioni che un terrorista potrebbe scegliere per poterci azzeccare. Abbiamo molta più leva, più forza, al contrario, sostenendo l’investigazione e l’intelligence. I terroristi sono raramente beccati nel momento dell’atto terroristico, a meno che il loro equipaggiamento e le loro armi falliscano. Molto più spesso, le trame possono essere sventate prima dell’esecuzione. e nel caso di un fallimento della prevenzione dobbiamo sostenere la risposta d’emergenza.
cioè funzionano indipendentemente dalla tattica e dall’obiettivo terroristico. Secondo, sono intelligenti: un vantaggio che noi bravi ragazzi abbiamo sui terroristi è l’estesa capacità analitica, sia cognitiva che informatizzata, che può essere utilizzata per sostenere il problema.Terzo, sono duttili: le contromisure statiche come il controllo d’identità e lo screening dei bagagli possono funzionare o fallire ma non sono adattabili all’ambiente. Queste tre invece, possono funzionare, fallire, o funzionare parzialmente di concerto l’una con l’altra. Il terrorismo è un crimine contro la mente, con violenza casuale come arma. Se vogliamo fare la nostra parte, dobbiamo rifiutarci di essere terrorizzati. Vivendo nella paura amplifichiamo incredibilmente l’effetto stesso del terrorismo, al punto da dare ai terroristi ciò che vogliono senza che debbano compiere alcun atto. rifiutandoci di essere terrorizzati, al contrario, neghiamo ai terroristi il successo, anche nell’eventualità che i loro piani si realizzino. non esiste sicurezza assoluta al mondo – la vita stessa è rischio – ma dobbiamo scegliere noi come vivere la nostra esistenza. Più ci accorgiamo della rarità del terrorismo, più smettiamo di avere bisogno delle visibili trappole del teatrino della sicurezza. Più abbracciamo la libertà, visibilmente e ostinatamente anche di fronte alla minaccia, meno il terrorismo avrà raggiunto il suo scopo.
Il beneficio di queste tre contromisure, investigazione, intelligence e risposta d’emergenza, è notevole. Primo, sono flessibili,
06 - 07 | COLORS 75 TERRORISM / TERRORISMO | VICTIMS / VITTIME
There were 14,000 terror attacks worldwide in 2007. The fatalities exceeded 22,000 none of them in western countries nel 2007 sono stati compiuti 14.000 attentati terroristici in tutto il mondo con un bilancio di oltre 22.000 morti. nei paesi occidentali non si è registrata neanche una vittima
I was questioned for four hours and eventually arrested and detained for an entire day. All of my things were examined and copied. I assume it has something to do with my ‘Status Project’. I am working on a set of interactive maps that show how easily movements and activities of people may be tracked under the UK’s 2006 Terrorism Act.
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Socially engaged artists can expect constant routine examination of their actions by state security. I know I am routinely watched and sometimes even under special investigation for my artwork. I am banned from entering the US and for a period of 18 months I was stopped every time I approached the UK border because my passport was marked. I have been offered several jobs to work for both private and national security organizations. I have also been asked by an American military corporation to help them track Al-Qaeda related websites, which I refused because it would obviously result in assassinations. I have started avoiding mobile phones, disguising my financial transactions, and disguising my travel, as here in the UK there's a feeling that at any minute you may be picked up on the street and shot dead.
government councils in the UK acknowledge they have used the powers granted under anti-terrorism laws to investigate matters as trivial as noisy children and unauthorized sales of pizza.
Source/Fonte: US National Counterterrorism Center
Dopo un interrogatorio di quattro ore, mi hanno sbattuto in cella per un giorno intero. Hanno spulciato e fotocopiato tutte le mie cose. Suppongo che vi fosse un legame con un progetto artistico cui sto lavorando, chiamato “Status Project”. Si tratta di una serie di mappe interattive che dimostrano quanto sia facile seguire tutti gli spostamenti e le attività dei cittadini, nel regno Unito, dopo l’entrata in vigore della legge antiterrorismo, nel 2006. Un artista impegnato nel sociale deve aspettarsi di essere nel mirino delle forze di sicurezza. So di essere oggetto di controlli di routine e, in alcuni casi, di essere stato addirittura un sorvegliato speciale a causa del mio impegno artistico. Ho il divieto di mettere piede negli Stati Uniti e, per un anno e mezzo, venivo automaticamente fermato ogni volta che mi avvicinavo a una frontiera del regno Unito, perché il mio passaporto era stato segnalato alle autorità. Ho ricevuto molte offerte di lavoro da strutture private o pubbliche specializzate nel settore della sicurezza. Un’azienda militare americana mi ha chiesto addirittura di aiutarli a individuare i siti web legati ad Al-Qaeda, cosa che io ho rifiutato perché ciò avrebbe comportato ovviamente una perdita di vite umane. Ho cominciato a evitare di usare il telefonino, a cercare di mascherare le mie transazioni finanziarie e i miei viaggi, dato che ormai nel regno Unito abbiamo la sensazione che, in ogni momento, possano prelevarti per strada e farti fuori.
Heath Bunting - 42 Bristol UK Artist / Artista
requests to surveil and search American citizens were issued by the Foreign Intelligence Surveillance Court (FISC) in 2007, more than double the number issued before the 9/11 attacks (1,012 in 2000). The FISC is a secret court that has the authority to authorize clandestine spying within the United States. The court meets secretly and only US government attorneys are authorized to appear. 2,370 requests were authorized. sono le richieste, nel 2007, da parte del Foreign Intelligence Surveillance Court (FISC) per condurre attività di sorveglianza e perquisizioni nei confronti di cittadini americani, oltre il doppio rispetto alle delibere emesse prima degli attentati dell’11 settembre (1.012 nel 2000). Il FISC è un tribunale segreto che autorizza operazioni clandestine di spionaggio sul territorio degli Stati Uniti. Il tribunale si riunisce in segreto e soltanto i procuratori federali hanno facoltà di comparire in giudizio.
The ‘no Fly list’ is a secret US government terrorism watch list of people not permitted to travel on a commercial aircraft in or through US airspace. The number of people on the secret list is widely debated. According to the American Civil liberties Union (AClU) the number grows by 20,000 every month and will reach 1,130,000 by the day this magazine is printed. The US government, on the other hand, claims that the real number of “selectees” is below 16,000 and only 2,500 of them are actually on the ‘no-Fly list’. la “no Fly list” è una lista segreta di sorvegliati speciali sospettati di terrorismo creata dalle autorità federali degli Stati Uniti. la lista contiene i nominativi delle persone che non hanno il diritto di viaggiare su un velivolo commerciale nello spazio aereo USA. Il numero di persone presenti su questa lista è oggetto di controversie. Secondo l’AClU, ogni mese vengono inseriti 20.000 nuovi nominativi. Questo significherebbe un totale di 1.130.000 persone nel momento in cui la rivista va alle stampe. Il governo degli Stati Uniti, invece, sostiene che il vero numero di “candidati” non superi i 16.000, di cui solo 2.500 inseriti nella lista d’interdizione al volo.
Source/Fonte: US Department of Justice
organismi pubblici nel regno Unito riconoscono di aver usato i poteri speciali concessi in base alle leggi antiterrorismo per indagare su idiozie come schiamazzi infantili o smercio di pizze senza licenza.
is the number of people arriving in the US between 2002 and 2003 who had to go through the Special registration Program, aimed at males aged 16 and older from certainArab and Muslim countries. The US Special registration program was created in 2002 as part of the ‘War on Terrorism’ and required non-US citizens to be fingerprinted, photographed and interviewed. sono le persone arrivate negli USA fra il 2002 e il 2003 che hanno dovuto sottoporsi allo speciale programma di registrazione, istituito appositamente per gli individui di sesso maschile al di sopra dei 16 anni in provenienza dai paesi arabi e musulmani. In base a questo programma creato nel 2002 nel quadro delle misure antiterrorismo, i cittadini di questi paesi dovevano farsi prendere le impronte digitali, fotografare e partecipare a uno speciale colloquio. Source/Fonte: The New York Times
global military expenditure increased by 37% between 1997 and 2007 and reached a new peak in 2008, the highest level of spending since the cold war. la spesa militare mondiale è aumentata del 37% fra il 1997 e il 2007, raggiungendo un nuovo picco nel 2008, anno in cui si è registrato il massimo livello di spesa dai giorni della guerra fredda. Source/Fonte: Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI)’s 2007 Yearbook
PAYIng UP TO US$220 DOllArS A DAY, rOle-PlAYIng HAS BeCOMe A FUll-TIMe JOB FOr MAnY lOCAlS, In SOMe CASeS eMPlOYIng enTIre FAMIlIeS COn Un gUADAgnO FInO A US$220 Al gIOrnO, QUeSTe FOrMe DI COMPArSATe SOnO DIVenTATe Un lAVOrO A TeMPO PIenO Per MOlTI AMerICAnI e IMPIegAnO A VOlTe InTere FAMIglIe
TeXT BY / TeSTO DI
Do you know what they found particularly interesting in my pockets? A folded A4 page where I did some doodles in red ink, a small promotional pamphlet for the movie The Assassination of richard nixon, and an old work pass with its electromagnetic part visible. This is not making people safer, it is treating normal people as criminals, and choosing to create a surveillance state. It’s dangerous.
Dopo avermi circondato mi intimano di togliermi lo zaino. Mi svuotano le tasche, mi allentano la cintura e mi passano le manette ai polsi, poi fanno evacuare la stazione della metropolitana. “Ma che bel laptop!” dicono, frugando nello zaino. A quel punto mi arrestano e mi portano al commissariato di Walworth, dove mi fanno un prelievo del DnA. nel frattempo, perquisiscono il mio appartamento e sequestrano tutti i miei averi. Avevo appuntamento con la mia ragazza a Hanover Square e stavo soltanto aspettando la metro. Che cosa trovarono in me di così sospetto? ero entrato nella stazione senza alzare lo sguardo verso gli agenti, la mia giacca era presumibilmente troppo pesante per la stagione, avevo uno zaino, guardavo la gente che arrivava sul binario, stavo giocherellando con il telefonino e avevo tirato fuori un fogliettino da una tasca interna della giacca. Sarebbero questi i comportamenti sospetti? Mi sembra tutto perfettamente normale. Sai cosa hanno trovato di particolarmente interessante nelle mie tasche? Un foglio piegato, formato A4, su cui avevo fatto degli scarabocchi con la penna rossa, un volantino con la pubblicità di un film, L’assassinio di Richard Nixon, e un vecchio pass che usavo al lavoro con il microchip in bella vista. Questo non è un modo per garantire la sicurezza della popolazione. Questo significa soltanto trattare dei normali cittadini come criminali, e voler creare uno stato di polizia. È pericoloso.
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10 - 11 | COLORS 75 TERRORISM / TERRORISMO | EnEMIES / nEMICI
I was on my way to meet my girfriend at Hanover Square and was just waiting for the train. What was so suspicious about me? I entered the station without looking at the police officers, my jacket was allegedly too warm for the season, I was carrying a backpack, I looked at people coming on the platform, I played with my mobile phone and I took a piece of paper from inside my jacket. Is all this suspicious? I think it’s just normal.
While it is commonly known that terrorists use the ‘currency of fear’ to reach their goals, few realize that legitimate governments employ the same means. Far from being a new phenomenon, the politics of fear is an age-old, well-crafted tactic to build consensus, often for unpopular policies.
Today we feel more at risk from terrorism than ever before, yet our fear is nothing more than an illusion. Data shows that historically terrorism in the West reached its peak during the Cold War in the late 1970s and early 1980s and has been declining ever since. even taking 9/11 into account, Westerners are more likely to be struck by lightening than to die in a terrorist attack.
During the Cold War terrorism was the trade of the superpowers. Across the world they fought wars by proxy, funding local armed groups with legal or covert operations (for example the Contras in Central America). In the late 1970s and early 1980s, some of these groups managed to privatize the business of terrorism and it grew exponentially. David Mery - 43 london UK Technologist / Tecnologo
≥ È dall’11 settembre che il mondo vive nella paura di un altro grande attentato terroristico. I politici occidentali hanno ingigantito questo fantasma, costruendovi intorno una politica della paura. I media hanno diffuso la convinzione che il terrorismo sia costantemente in agguato alle nostre porte, trasformandolo in un elemento centrale della nostra vita quotidiana. eppure, una lettura onesta dei dati sulle attività terroristiche rivela l’altra faccia della medaglia. ecco alcuni dei punti più salienti:
≥ Since 9/11 the world has lived in fear of another major attack. Western politicians have fuelled such fantasy and constructed a politics of fear around it. The media has spread the belief that terrorism constantly lurks at our doorsteps, thus making it part of our daily lives. Yet an honest reading of the data on terrorist activity reveals the opposite picture. Here are some key points:
They surround me and ask me to take off my backpack. They empty my pockets, loosen my belt and handcuff me. They evacuate the tube station. “nice laptop!”, they tell me, checking my backpack. Then they arrest me and drive me to Walworth Police Station. They take my DnA, search my flat and seize my personal belongings.
For the average Westerner, the internalization of terrorism only took place when it ceased to be a crime and became a form of war. Watching live as the Twin Towers came down deeply affected people’s subconscious. nothing is as terrifying as war, and nothing scares us more than a foe with a face different from ours. In the aftermath of 9/11, a resurgence of the absurd theory of the clash of civilizations brought back memories of the racial violence of the Holocaust.
An international industry of fear has blossomed around the folklore of terrorism. From think tanks to conferences, academics to security contractors, newspapers to blogs, terrorism has become the core of a booming sector.
A key rationale for going to war in Iraq rested on the threat of weapons of mass destruction getting passed on to terrorists. But Saddam Hussein did not have such weapons, let alone was he willing to sell them to al-Qaeda. The fear of a terrorist nuclear strike is also a well-crafted illusion, and the chances that a rogue state will sell a nuclear weapon to a terrorist organization are very slim. The idea that north Korea or Iran want to attack America is pure fantasy, as is the belief that Iran’s nuclear program is aimed at wiping away Israel. rogue leaders may present such plans to their own ‘electorate’, but it is pure propaganda. large ‘rogue’ regimes want nuclear weapons to ensure their survival. Any nuclear attack from either north Korea or Iran against the U.S., its allies or Israel would bring about the end of those regimes which they seek to preserve. So while each new nuclear weapon built provides added insurance for the survival of the regime, an alliance with terrorists would seriously jeopardize such a goal.
The plain truth is that nuclear weapons remain hard for terrorists to buy, build, maintain, ship, conceal or detonate. To construct a dirty bomb or a radiological dispersal device, however, is relatively easy and cheap. While psychologically the impact of a dirty bomb could be as big as the detona-
tion of a nuke, it is not a nuclear weapon and only as powerful as the explosive contained inside. Most Western citizens, however, do not know the difference between the two and panic could cause the most casualties.
Mentre è comunemente accetto che i terroristi usino la “moneta della paura” per raggiungere i loro obiettivi, pochi sono consapevoli del fatto che anche i governi legittimamente al potere utilizzano gli stessi mezzi. lungi dall’essere un nuovo fenomeno, la politica della paura è una tattica antica e studiata ad arte per favorire la creazione del consenso, spesso a sostegno di misure impopolari.
The War on Terror proved a financial folly. President Barack Obama is inheriting the largest debt in American history: 10 trillion dollars, over 70% of the U.S. gDP. Such a burden will condition his policy and frustrate many reforms. The lesson to be learned from the politics of fear is that while fiction can hide facts and politicians can fool the electorate, in the long run what is broken needs to be fixed.
Oggi ci sentiamo molto più a rischio del terrorismo rispetto al passato, eppure la nostra paura è solo mentale. I dati dimostrano che storicamente il terrorismo ha raggiunto il suo apice in Occidente durante la guerra fredda, dalla fine degli anni 70 all’inizio degli 80, e che da allora il fenomeno è in calo. Anche tenendo conto dell’11 settembre, un occidentale ha più probabilità di morire colpito da un fulmine che in un attentato terroristico.
Durante la guerra fredda il terrorismo era la “moneta di scambio” delle superpotenze. In tutto il mondo si combattevano guerre per delega, finanziando fazioni armate locali con operazioni legali o clandestine (i Contras in America Centrale, ad esempio). Fra la fine degli anni 70 e i primi anni 80, alcuni di questi gruppi riuscirono a privatizzare il business del terrorismo con una crescita esponenziale degli attentati. lOreTTA nAPOleOnI eCOnOMIST AnD JOUrnAlIST. AUTHOr OF TERROR INCORPORATED AnD ROguE ECONOmICS eCOnOMISTA e gIOrnAlISTA. AUTrICe DI TERRORISmO SPA e ECONOmIA CANAgLIA
Per l’uomo della strada, in Occidente, l’internazionalizzazione del terrorismo è diventato un fenomeno palpabile soltanto quando ha smesso di essere un crimine ed è diventato una forma di guerra. guardare in diretta il crollo delle Twin Towers ha avuto ripercus-
sioni molto profonde sull’inconscio della gente. nulla fa così paura come la guerra, e non c’è niente di più terrificante di un nemico con un volto diverso dal nostro. Fra le conseguenze dell’11 settembre, è tornata in auge un’assurda teoria sullo scontro delle civiltà, che ha fatto riaffiorare i traumi delle violenze razziali dell’Olocausto.
Intorno al folklore del terrorismo è fiorita un’intera industria internazionale della paura. Dalle commissioni di esperti alle conferenze, dagli universitari ai mercenari, dai giornali ai blog, il terrorismo è oggi al centro di un settore in piena espansione.
Una delle principali giustificazioni logiche a favore dell’intervento in Iraq si basava sulla minaccia che i terroristi potessero procurarsi eventuali armi di distruzione di massa. Il fatto è che Saddam Hussein non disponeva di tali armi, anche nell’eventualità remota che avesse voluto venderle ad al Qaeda. Anche la paura di un attacco nucleare è un’illusione creata di sana pianta, perché la possibilità che uno stato “canaglia” venda armi nucleari a un’organizzazione terroristica è davvero molto ma molto remota. l’idea che la Corea del nord o l’Iran vogliano attaccare l’America è una vera e propria fantasia, come lo è del resto la convinzione che il programma nucleare iraniano sia finalizzato all’eliminazione di Israele. Sono i politici canaglia ad aver voluto propinare queste teorie al proprio “elettorato”. In realtà è solo propaganda. I grandi regimi “canaglia” vogliono il nucleare per garantirsi la sopravvivenza. Un eventuale attacco nucleare contro gli Stati Uniti, i suoi alleati o Israele da parte della Corea del nord o dell’Iran comporterebbe il crollo immediato di quei regimi che le armi nucleari avrebbero dovuto contribuire a preservare.
Perciò, mentre la costruzione di ogni nuova testata nucleare garantisce la perennità del regime, un’alleanza con i terroristi metterebbe seriamente in pericolo tale obiettivo.
l’ovvia verità è che le armi nucleari sono ancora troppo complesse per essere acquistate, costruite, conservate, trasferite, nascoste o azionate dai terroristi. Costruire una bomba sporca o un dispositivo di dispersione di materiale radioattivo, invece, è un’attività relativamente semplice e poco costosa. Anche se l’impatto psicologico di una bomba sporca può essere devastante come quello di una vera esplosione nucleare, non si tratta di vere armi nucleari e la loro potenza è commisurata soltanto all’esplosivo contenuto all’interno. l’opinione pubblica occidentale, tuttavia, non conosce la differenza tra i due tipi di armi e il panico potrebbe essere all’origine di un numero molto più elevato di vittime.
la “guerra al terrore” si è rivelata una follia da un punto di vista finanziario. Il presidente Barack Obama eredita il maggior debito in tutta la storia degli Stati Uniti: 10.000 miliardi di dollari, pari al 70% del PIl. Un tale livello di indebitamento condizionerà necessariamente le sue decisioni politiche, frustrando molte delle riforme previste. la lezione che dobbiamo imparare dalla politica della paura è che se le menzogne possono nascondere i fatti e i politici possono ingannare l’elettorato, alla lunga, ciò che è stato rotto deve essere riparato.
Outros exemplos de esquemas de paginação
#76 teenagers >
Capa e contra-capa da revista Colors #76 Teenagers
6-7
Uploaded 02.09.09 / Photo+Interview Newsha Tavakolian
Quando voglio uscire devo mettere l’hijab e coprirmi le gambe. Se la polizia religiosa scopre che non sei vestita secondo i canoni, ti arrestano, devi pagare una multa e giurare per iscritto che non ti vestirai mai più in quel modo. Sono fortunata perché non mi hanno mai arrestata. Non ci sono locali notturni in Iran, allora facciamo delle feste con gli amici in cui possiamo vestirci come ci pare e piace. I miei lo sanno, ma ho amici che non parlano con i loro genitori e allora dicono «Vado a casa di Negin» per poi andare a una festa o uscire con il fidanzato. Potrà sembrare strano, ma questo è il modo in cui sono cresciuta... Non ho altri esempi.
76 —
TEENAGERS
When I want to go out I have to put on the hijab and cover my legs. If the religious police find you dressed not according to their standards they will arrest you, you’ll have to pay a fine and swear in writing that you’ll never dress like that again. I am lucky because I’ve never been arrested. We don’t have nightclubs in Iran, so my friends and I organize parties where we can dress however we like. My parents know but I have friends who can’t talk to their parents so they tell them “I’m going to Negin’s home” and then go to a party or out with their boyfriend. I know it might seem weird but this is the way I grew up... I know no other way of living.
i’m luCky i’ve never been arrested negin faizbakhsh, 9-19 years, tehran, iran
sono fortunata Che non mi hanno mai arrestata colorsmagazine.com
instruCtions / istruzioni
Aim the square towards a webcam Punta la webcam sul riquadro
Put the square in front of your webcam
4-5
non È figo vestire veCChi riCordi Ci siamo conosciuti a cinque anni, in campeggio, e da allora siamo amici per la pelle. E in tutto questo tempo abbiamo litigato solo due o tre volte. Andiamo alla stessa scuola, ci vediamo ogni giorno e il weekend usciamo sempre insieme. Abbiamo condiviso tutte le nostre “prime volte” perché quando sto sul punto di fare qualcosa lo chiamo sempre, e viceversa. Ma ora le nostre strade si dividono. Il prossimo anno, finita la scuola, ci trasferiremo ognuno in una città diversa per continuare gli studi. Ovvio, sentiremo la mancanza. Ma sarà bellissimo e avremo un mucchio di nuove esperienze da raccontarci.
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76 —
TEENAGERS
roberta ferlin, 10 -17 years, and riccardo raimondi, 11-18 years, rovigo, italy
We met in a summer camp when we were five, have been best friends ever since and have only had two or three fights all this time. We go to the same school, see each other every day and go out every weekend. All our first times were together because whenever I’m about to do something I call him or he calls me. But now we are about to go in different directions. When we finish high school next year we’ll each move to different cities to study. Of course we’ll miss each other. But it’s gonna be great and we’ll have a lot of new experiences to share with each other.
Autumn 09
Enjoy
Uploaded 01.09.09 / Photo Piero Martinello / Interview Giulia de Meo
it’s not Cool to wear old memories Go to our website
Nella mia città la gente è troppo snob, e io proprio non la reggo. Mi squadrano da capo a piedi e mi capita spesso di sentire commenti sul mio look. Un giorno stavo facendo un giro e un tipo mi ha fermato e mi ha detto «E tu chi cavolo sei? Un punk? Un emo? Un dark?». E io gli ho risposto: «Sono Andrea e non sono un prodotto con un’etichetta che puoi trovare sugli scaffali del supermercato». Odio le etichette.
Enjoy Divertiti
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Find a square
Uploaded 08.08.09 / Photo Piero Martinello / Interview Giulia de Meo
non sono una sCatola di Cornflakes
People in my town are very posh and I can’t stand them. Most of the time they stare at me and I often hear someone commenting on the way I look. One day I was walking around and a guy stopped me and said ‘What are you supposed to be? A Punk? An Emo? A Dark?’ I said: ‘I am Andrea, and I am not a product with a label that you can find on the shelves of your supermarket.” I hate being labeled.
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My mom wasn’t shocked or anything, but she doesn’t see me dressed up that often. One of my friends told his family when he was 16 and the next morning all his stuff was packed and waiting at the door. His parents haven’t spoken to him since. Not every Furry wears a suit. Only the Fursuiters. Then there are the Ferals and the Plushies and the Avians. It’s complex. We know some people find it weird, but it’s not like one can be ashamed of who they are. That friend of mine who had to move out of his house, for example, at least now he gets to sleep in his suit whenever he wants.
un giorno sono entrato in salotto e le ho detto tutto
Mia mamma non era scioccata o altro, ma non mi vede spesso conciato in questo modo. Un mio amico lo ha detto ai genitori quando aveva 16 anni e la mattina dopo ha trovato le valigie fuori dalla porta con tutta la sua roba. E da allora i suoi non gli parlano più. Non tutti i furry portano la tuta però. Solo i fursuiter. Ci sono anche i feral, i plushie e gli avian. è complicato. C’è chi la trova una cosa assurda, ma non c’è niente di cui vergognarsi. Ad esempio quell’amico mio che se ne è dovuto andare via di casa, almeno adesso può dormire con la tuta quando gli pare e piace.
one day i just walked into the living room and told her everything
wagner ribeiro santulhão, 11-20 years, sao paulo, brazil
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Autumn 09
Uploaded 28.08.09 / Photo Manuel Nogueira / Interview Barbara Soalheiro
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i’m not Cornflakes andrea modolo, 10-17 years, treviso, italy
TEENAGERS
Abbiamo riflettuto molto sul concetto di frontiera. Ad esempio: cosa significa, esattamente, “generazione teenager”? Il confine 13-19 anni non racchiude l’intero fenomeno, limitandosi a una definizione temporale di quella che è fondamentalmente un’esperienza sociale. La mancanza di contorni precisi interessa molti aspetti della vita attuale e Colors si è avventurato inevitabilmente verso un mondo in cui i contenuti non sono più compresi entro i confini di un’unica dimensione. Oggi la nostra redazione è popolata di individui per cui la comunicazione pura è poesia e una storia non è fatta di testi e immagini. Sono loro ad aver voluto quel simbolo grafico sulla destra, che rende l’esperienza della “lettura” di questo numero incompleta finché non metterai queste pagine di fronte alla tua webcam e scoprirai cosa succede su colorsmagazine.com. Fra le varie sorprese, potrai vedere skater in azione, una rasatura a zero e un festival musicale. Proprio come gli adolescenti di questo numero, che da semplici «ragazzi» o «ragazze» sono diventati esseri umani unici (ogni trasformazione il risultato di esperienze individuali molto personali), anche Colors fa parte della generazione teenager (18 anni appena compiuti!) ed è passato dalla vita di semplice rivista su carta a un processo collettivo per celebrare la diversità in tutto il mondo. Una tradizionale rivista riempie le proprie pagine con il lavoro di fotografi e scrittori ingaggiati per produrre una storia scelta da un capo redattore. Stiamo cercando di cambiare radicalmente formula, lanciando un esperimento su colorsmagazine.com: un nuovo laboratorio globale di idee in cui tutti possono partecipare al processo editoriale. Secondo noi un punk a Mogadiscio dovrebbe avere le stesse chance di farsi pubblicare una foto su questa rivista di un famoso fotografo sbarcato in aereo da Londra. E sta già funzionando. Negli ultimi mesi, perfetti sconosciuti dai quattro angoli del pianeta hanno riversato schizzi, foto e le loro ineffabili chimere sulla nostra piattaforma web. è questa la base delle storie di vita dei teenager che hai di fronte. Allora smettila di considerarti appena un lettore, e noi semplici redattori, ed aiutaci a fare di colorsmagazine.com un autentico collettivo open source di cospirazione creativa.
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We’ve been thinking a lot about frontiers. For example: what, exactly, does ‘the teen years’ mean? The 13 to 19 boundaries just don’t cut it, limiting us to a time-specific definition of what is essentially a social experience. The lack of precise limits is true for a lot of things these days, and Colors has started down that inevitable path, moving towards a world in which content is no longer confined to one platform. Our offices are now inhabited by those for whom a clean code is poetry and a story does not come in the form of text and images. They are responsible for the graphic symbol you see on your right, which renders the experience of ‘reading’ this issue incomplete until you place its pages in front of a webcam and see what happens at colorsmagazine.com. Among the surprises, you’ll be able to watch skaters in action, the shaving of a head and a major music festival. Just as the teenagers inside this issue moved from “boys” or “girls” into unique human beings (each transformation a result of very personal experiences), Colors is also going through the teen years (we’ve just turned 18!) and has moved from its life as just a print magazine to being a collective process to celebrate diversity around the world. Traditional magazines fill their pages with photographers and writers hired to produce a story predetermined by editors. We are trying to radically alter this formula and have begun an experiment at colorsmagazine.com, a new global laboratory of ideas in which anyone can directly participate in the magazine’s editorial process. We believe that a punk in Mogadishu should have just as good a shot at getting their snapshots into this magazine as some famous photographer flying in from London. It’s already working. Over the last few months, previously unknown folks from the far corners of the earth have been pumping their sketches, snapshots and elusive daydreams into the new web platform. These make up the base of the stories on teenage life which you have in front of you. So stop thinking of yourself as just a reader and us as just editors and help us make colorsmagazine.com into a genuinely collective, open source framework for creative conspiracy.
Autumn 09
#77 the sea >
Capa da revista Colors #77 The sea
77 / THE SEA
BE STUPID
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Spring 2010
THE SEA? HOw CAN I dESCRIbE SOMETHINg I'VE NEVER SEEN? ¿EL MAR? ¿CóMO pUEdO dESCRIbIR ALgO qUE NO HE VISTO NUNCA?
SEBTA ABU EID AGE / EDAD
UnKnoWn / dESconocidA WHERE / DónDE
lEBAnon / líBAno OTHER / OTRO
NUNCA HA VISTO EL MAR
STUPID LISTENS TO THE HEART. NEVER SEEN THE SEA
SMART LISTENS TO THE HEAD.
BEdoUin / BEdUinA Sebta Abu Eid is a Bedouin. When asked where she's from, she says she was born "on the road." When asked her age, she says "Bedouin women are eternal." She wanted her son to take her to the sea, but he died before they could go, so she has never seen the sea.
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Sebta Abu Eid es beduina. Cuando se le pregunta de dónde es, dice que nació «en el camino». Y cuando se le pregunta la edad, dice que «las mujeres beduinas son eternas». Ella quería que su hijo la llevara a ver el mar pero, como murió antes de poder hacerlo, Sebta no lo ha visto nunca.
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15/02/10 15:01:55
As soon as I landed for the first time in Australia, I headed to a vast beach not far from Sydney. I was impatient to fulfill a long-held desire to come face to face with the largest ocean in the world, the Pacific. As the Pacific Ocean lay before me, my mind wandered to Captain Cook and the mutineers of the Bounty, the Polynesian migrants. As expected, I was moved. not so much by the ocean’s waves, massive though they were, nor by the way it extended into infinity, but by the memory of people and events that have, along with thousands more, created the mythology of this particular ocean. It was not the vision of this blue expanse that moved me - its horizon did not appear that different from any other - though the waves crashed down more powerfully on this Australian beach than any of the others I had visited on the Mediterranean, the north Sea or the Atlantic. There were no other striking differences, however, and that’s why a question came to mind, one that came back to me several times after that: is the ocean the outstanding wonder of our planet? My answer is no. After many travels, various crossings and countless sea dives, after experiencing both calm and stormy seas, I am convinced that there is no comparison between the many varieties of terrestrial landscapes (forests, deserts, mountains, valleys, rivers, lakes and volcanoes) and what the sea can offer. The polar seas are different from the warmer ones by virtue of their ice; the tropical seas
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by virtue of their coral seabeds. That’s three marine landscapes versus 300,000, even millions of terrestrial landscapes. So why does the mere mention of the word ‘sea’ conjure up so much emotion and excitement? The answer may be that as soon as I mention the sea or the ocean I start thinking not of a landscape but of the challenge, maybe the greatest that exists, between man and nature. It’s a challenge that has allowed us to tackle, and cohabit with, the power and immensity of the world’s seas. It has been a success story, despite humans not being amphibians and being devoid of fins, tails or gills. One need only think of the adventures and the many adversities faced by the first great seaman, Ulysses. Reading and re-reading his tale teaches us that man could not live without the sea. But it is as certain that without mankind the ocean would never have been celebrated as an extraordinary part of creation; nor would it have been loved, detested, painted and filmed; or become a stage and backdrop for adventures, myths and legends. The sea, then, is the antagonist to man’s protagonist, so to speak. Of my years in Polynesia I recall one man over and above the ubiquitous marine landscape. He was a primitive Homer named Ruao. Every now and again I would catch him heading out on the sea in the village’s largest canoe together with the chief fisherman, Putinì. The latter often sat in front of Ruao’s small bungalow, its walls of woven palms
held together by poles made out of the local iron tree. I listened to what Ruao had to say so as to avoid mistakes when I negotiated the ocean with the fishermen. His stories of a world fast disappearing were particularly valuable. The success of my film about the Polynesian islands is in part thanks to him; our conversations have also enriched many pages of the books I have written. In his opinion the ocean had to be accepted, both its good and bad aspects, and you had to try and get to know it, even if in practice this was almost impossible… Such was a ‘primitive’s’ opinion, which applies to us so-called ‘civilized’ people as well. As such we must continue to love the sea. not only in its geographic dimension, or for its beauty when seen in certain lights, awe-inspiring still waters and dramatic tempests, but for the peoples who populate it, the ships that plough through it, those who love it, brave it and study it. It is our duty to find out more about the hard work, risks and excitement endured and experienced by those who deal daily with the oceans, and who are battling to save it. In some cases, as in this one where we can use words and images as a tool, it is also a pleasure. I have done this for many years, and got to know sea peoples of all kinds. This is merely a glimpse into my own experience in a few images and words.
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Watch Folco Quilici Mira a Folco Quilici
THE LEgENdARY ITALIAN dIRECTOR ANd wRITER FOLCO qUILICI INTROdUCES US TO THE wONdERS OF THE SEAS, ANd TELLS US wHY THEY MATTER EL LEgENdARIO ESCRITOR Y dIRECTOR dE CINE ITALIANO FOLCO qUILICI NOS pRESENTA LAS MARAVILLAS dE LOS MARES Y NOS ExpLICA pOR qUé NOS ATAñEN
9
inTrodUcTion / inTrodUcciÓn
FOLCO qUILICI
77 / THE SEA
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En cuanto aterricé por primera vez en Australia me dirigí a una amplia playa, no muy lejos de Sydney. Estaba impaciente por cumplir el viejo anhelo de hallarme cara a cara con el océano más grande del mundo, el Pacífico. Cuando lo tuve ante mis ojos, mi mente derivó hacia el capitán Cook y los amotinados del Bounty, los emigrantes polinesios. Y, como era de prever, me conmoví. no tanto por las olas oceánicas, por muy impresionantes que fueran, ni por la forma en que el agua se extendía hasta el infinito, sino por el recuerdo de las personas y los acontecimientos que, junto a otros miles, crearon la mitología de este océano particular. no fue la visión de esta extensión azul lo que me conmovió - su horizonte no parece tan diferente a cualquier otro - a pesar de que las olas se desplomaban en esta playa australiana con más fuerza que en cualquiera de las que había visto en el Mediterráneo, el Mar del norte o el Atlántico. Sin embargo no había otras diferencias notables y por eso me vino a la mente una pregunta que luego me plantearía otras veces tras este episodio: ¿es el océano la mayor maravilla de nuestro planeta? Y mi respuesta es no. Después de muchos viajes, varias travesías, incontables inmersiones de submarinismo y de experimentar tanto los mares en calma como los tormentosos, estoy convencido de que no hay parangón posible entre las muchas variedades de paisajes terrestres (bosques, desiertos, montañas, valles, ríos, lagos y volcanes) y lo que el mar puede ofrecer. Los mares polares difieren de los más cálidos por el hielo y los mares tropicales destacan por
sus fondos coralinos. Estos son tres paisajes marinos frente a los tres mil, trescientos mil, incluso millones de paisajes terrestres. Entonces ¿por qué la mera mención de la palabra 'mar' provoca tanta emoción y entusiasmo? La respuesta podría estribar en que tan pronto como menciono el mar o el océano me pongo a pensar no en un paisaje sino en el reto que supone, tal vez el mayor, entre el hombre y la naturaleza. Es un reto que nos ha permitido abordar el poder y la inmensidad de los mares del mundo y convivir con ellos. Ha sido una historia de éxito, a pesar de que los seres humanos no son anfibios y carecen de aletas, colas o agallas. Basta pensar en las aventuras y las muchas adversidades con las que tuvo que lidiar el primer gran marino, Ulises. Leer y releer su narración nos enseña que el hombre no podría vivir sin el mar. Pero esto es tan cierto como que, sin la humanidad, el mar no hubiera sido celebrado como un elemento extraordinario de la creación, ni habría sido amado, odiado, pintado y filmado, ni convertido en un escenario y telón de fondo de aventuras, mitos y leyendas. El mar, por lo tanto, es el antagonista del protagonismo del hombre, por decirlo de alguna forma. De mis años en la Polinesia recuerdo a un hombre por encima de los omnipresentes paisajes marinos. Era un Homero primitivo y se llamaba Ruão. De vez en cuando lo veía salir al mar en la canoa más grande de la aldea, en compañía del jefe de los pescadores, Putiní. Éste se sentaba a menudo delante de la choza
de Ruão, cuyas paredes de palma tejida se sostenían en pie gracias a unos palos del autóctono árbol de hierro. Yo escuchaba los consejos de Ruão para no cometer errores cuando salía al océano con los pescadores. Sus relatos de un mundo en rápida desaparición fueron particularmente valiosos. El éxito de mi película sobre las islas polinesias se debe en parte a Ruão; nuestras conversaciones también enriquecieron muchas páginas de los libros que he escrito. En su opinión, el mar tenía que aceptarse tanto para lo bueno como para lo malo y había que procurar conocerlo, aunque, en la práctica, esto era casi imposible... Una opinión 'primitiva' que también sirve para nosotros, supuestamente 'civilizados'. Como tales, debemos seguir amando el mar. no sólo en su dimensión geográfica, o por su belleza bajo ciertas luces, por sus imponentes aguas tranquilas o por sus dramáticas tempestades, sino por los pueblos que lo habitan, por los barcos que lo surcan, por quienes lo aman, lo desafían y lo estudian. Es nuestro deber interesarnos más por el duro trabajo, los riesgos y la emoción que sufren y experimentan quienes tratan a diario con los océanos y luchan por salvarlos. En algunos casos, como en éste en el que podemos utilizar las palabras y las imágenes como herramientas, es además un placer. Aunque llevo muchos años dedicados a esto y he conocido a marinos de todo tipo, estas líneas no son más que retazos de mi propia experiencia en unas pocas imágenes y palabras.
Spring 2010
77 / THE SEA
SUb-CULTURE, gANg TATTOOS ANd FAkE gOLd jEwELRY: YOU gET IT ALL HERE. ExTRAVAgANCE IS THE ONLY dRESS COdE SUbCULTURAS, TATUAjES pANdILLEROS Y jOYAS dE ORO FALSO: AqUí HAY dE TOdO. LA ExTRAVAgANCIA ES EL úNICO CódIgO VESTIMENTARIO
COLORS BRINGS SEVEN PEOPLE TO THE SEA FOR THEIR FIRST TIME COLORS LLEVA SIETE PERSONAS AL MAR POR PRIMERA VEZ There are millions of truths and millions of myths about the sea. There would be endless stories to tell and many ways to do so. COLORS has decided to pay homage to the sea by exploring its relationship with humans, as whether someone was born on an island or in a desert, whether the word ‘sea’ even exists in their language, the sea belongs to everyone.
Existen millones de verdades y millones de mitos sobre el mar. Habría un sinfín de historias que contar y muchas formas de hacerlo. COLORS ha decidido rendir homenaje al mar a través de la relación que con él tienen los seres humanos, tanto si han nacido en una isla o en un desierto como si la palabra 'mar' existe o no en su lengua: el mar es de todos.
COLORS 77 is not only about telling stories. By taking seven people to see the sea for the first time and documenting that very special moment, COLORS takes part in their lives.
COLORS 77 no sólo cuenta historias; pretende brindar el primer contacto con el mar a siete personas que nunca lo han visto, entrar en sus vidas y documentar ese momento tan especial.
In this interactive issue, Augmented Reality (AR) takes the magic further, allowing readers to reveal the full story behind the photos in the magazine by simply pointing them towards a webcam. Combining reality with the virtual, COLORS 77 encourages readers to explore the intimate bond between our destinies and that of the oceans.
En este número interactivo, la realidad aumentada (AR) lleva la magia más allá y permite a los lectores descubrir la historia completa y oculta detrás de las fotos de la revista al colocarlas sencillamente delante de una cámara web. Combinando lo real y lo virtual, COLORS 77 exhorta a los lectores a explorar el vínculo íntimo entre nuestro destino y el de los océanos.
Through COLORSLAB, our web platform built to facilitate a global laboratory of ideas, COLORS called for and received contributions from all over the world. This is the result.
Bronx / nEW YorK / UniTEd STATES
SIdE
A través de COLORSLAB, nuestra plataforma web para facilitar la creación de un laboratorio global de ideas, COLORS solicitó y recibió contribuciones desde todos los rincones del mundo. Éste es el resultado.
CA R A b
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040°51'n 073°47'W
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A COnCRETE PROMEnADE AnD A MILE OF SAnDY BEACH IS ALL THERE IS TO ESCAPE THE STIFLInG ASPHALT AnD STEEL-DOMInATED LIFE In THE BIG CITY. WELCOME TO THE 'BROnx RIVIERA'. Un PASEO DE HORMIGón Y UnA MILLA DE PLAYA DE AREnA; nO HAY MáS QUE ESO PARA ESCAPAR DEL ASFIxIAnTE ASFALTO Y DE LA VIDA DOMInADA POR EL ACERO DE LA GRAn CIUDAD. BIEnVEnIDO A LA 'RIVIERA DEL BROnx'. pAgE 06-07
pAgE 24-25
pAgE 40-41
pAgE 48-49
pAgE 64-65
pAgE 72-73
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Spring 2010
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77 / THE SEA
Esad Matosinhos 09_10 Projecto I Prof. d.er Jo達o Faria