LETRAS TAQUARENSES Nº 59 SETEMBRO 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJ

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Ano VIII nº59 Setembro 2014 Distribuição Gratuita Editor: Antonio Cabral Filho Rua São Marcelo, 50/202 Rio de Janeiro – RJ Cep 22.780-300 Email: letrastaquarenses@yahoo.com.br http://blogdopoetacabral.blogspot.com.br / http://letrastaquarenses.blogspot.com.br Filiado à FEBAC

HAICAIS Névoa esbranquiçada Cobre a orla da praia – Inverno no litoral. Cida Micossi – SP Vento frio, aonde Quer ir? Instala-se, hirto, Num talo de grama. Érico Veríssimo – RS Tombam metralhas, Vicejam flores verdes! Brilho de prata! Maria José Dias - ?? Roda de crianças: Gafanhoto seguro Pelas pernas. Manoel F. Menendez – SP Dessas flores murchas, Se entorno a água do vaso, Virão novas flores. Neide Rocha Portugal – PR Logo após a chuva, Um momentinho de sol. Varais enfeitados. Humberto Del Maestro – ES Traçando no céu O desenho de uma cruz, Andorinhas partem. Renata Paccola – SP

Na história, o grito Lá nas margens do Ipiranga... Hoje só detrito.

TROVAS

Eliana Ruiz Jimenez – SC

Felicidade, um evento, Uma graça fugidia... Como lufada de vento, Passa por nós, algum dia!

Pássaro azul, Na contenção do seu vôo, Sobra perspicácia.

Fernando Vasconcelos – Pr

Na manhã de domingo, Passeio a colher flores: Só trouxe gardênia.

Desse jeito, esperneando, Considero-te a criança, Que sempre tenta chorando Quando o que quer não alcança João Batista Serra – CE

Aí vem setembro: Crianças querem saber Quando é Cosme-e-Damião. Tapete de cores Para alguma santidade: Paineiras floridas. Sanhaço perscruta, Silente, meu mamoeiro: Tem mamão devês. Caminho do mar: A navalha no meu rosto, Corta que nem gelo. Trilha do mosteiro: O andarilho vai convicto, Buscar paz de espírito. Vai de galho em galho, Pára, olha, me vigia: Esquilo mineiro...

As guerras, fome, violência, Descontrole universal, São tragédias sem clemência, Desrespeitando o NATAL. Elza Meireles Chola – SP Dê-se ao jovem liberdade Para sem medo ele ousar. - É no ardor da mocidade Que o sonho aprende a voar. A. A. de Assis - PR Raia o dia, terno e lindo, Piam na mata, nambus, E o sol acorda sorrindo Dentro de um ninho de luz. Humberto Del Maestro – ES Se a tua cruz é pesada, E vives só de lamento, Hás de encontrar pela estrada Outros com amis sofrimento.

Robalo difícil De ser pescado de anzol, Acaba na rede. João Batista serra-Ce

Cai um temporal Sobre o calor de domingo: São águas de março.

Tremelica a folha: Na folhagem atrás de casa, Borboleta pousa.

Chove em Parati: Mil peixinhos vêm à tona, Provar outras águas.

A lenda de Cantagalo, Encontro mui benfazejo: Do belo canto do galo Com o nome do lugarejo.

Olivaldo Junior – SP

Antonio Cabral Filho – RJ

Henny Kropf – RJ

Jessé Nascimento – RJ


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