Agronegócio-O homem do campo em evidência- Edição 2020/2021

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Expediente Gladson de Lima Cameli Governador do Estado do Acre José Aristides Junqueira Franco Júnior Secretário de Estado de Produção e Agronegócio Fotos: Cedidas da internet Agência do Governo do Acre Textos: Agência de Notícias do Acre Diagramação Vitrine Agência de Publicidade e Propaganda Fabiano Azevedo Impressão: ALFO EXPRESS Francinete Fernandes de Souza Eireli

SECRETARIA DE ESTADO DE

PRODUÇÃO E AGRONEGÓCIO

EMATER

ITERACRE

EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL

INSTITUTO DE TERRAS DO ACRE

Banco Interamericano do Desenvolvimento

PDS

Programa de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Acre - Fase II


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O Agro tem pressa: veja o balanço das principais ações realizadas pela Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio.

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agronegócio é, individualmente, o setor mais relevante da economia brasileira, sendo responsável por gerar de emprego e renda para muitas familias. Em vista disso, o setor volta a ser pilar de desenvolvimento no Acre, e não é exagero afirmar que o estado possui inúmeros produtores com força de vontade, garra e determinação para plantar, colher e comercializar sua produção, mais que isso, em todo o Brasil podemos considerar que temos trabalhadores rurais determinados, que amam o que fazem, basta observar que um terço da riqueza produzida anualmente está apoiada em uma só atividade: a agricultura/pecuária. Com base nisso, a Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio, (Sepa), de responsabilidade do secretário José Aristides Junqueira Franco Júnior, mais conhecido como Nenê Junqueira, está cuidando de uma serie de ações em prol do setor produtivo em todo o

Acre. A secretaria informa que foram iniciadas as obras de recuperação de ramais em diversas comunidades, fruto de uma parceria Sepa e Departamento de Estradas de Rodagens do Acre, (Deracre) com o intuito de facilitar o escoamento de mercadoria aos produtores rurais. A Sepa também está desenvolvendo o Programa de Melhoramento genético e controle dos índices zootécnicos da bacia leiteira, que iniciará no segundo semestre de 2021 com atividades relacionadas a implementação de tecnologias referentes a inseminação artificial e posteriormente transferência de embriões, com o foco em atrair investidores e empresas para implantar no Estado indústrias de laticínios. Essas ações serão desenvolvidas em parceria com a CONAFER e através da captação de recursos junto ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimentos – MAPA. A secretaria tem ainda desenvolvido o projeto Caravana da Produção, que está percor-

rendo todos os municípios Acreanos com o objetivo de atender, ouvir, e compreender os produtores rurais no Acre, uma vez que, 70 por cento do nosso consumo é da agricultura familiar. O intuito é sermos autossuficientes nas produtões de grãos que consumimos sem precisar buscar de outros estados, são políticas públicas que além de movimentar a economia, estão literalmente na nossa mesa. Mesmo em meio à crise mundial que se instalou em razão da pandemia do coronavírus, o Acre segue demonstrando sua força no agronegócio, e o governo do estado por meio da Sepa tem se empenhado para contribuir com os avanços do setor que mais cresce em todo Brasil, fornecendo apoio ao pequeno, médio e grande produtor rural, tornando assim o estado altamente produtivo e sustentável. Conheça algumas das nossas principais ações e boa leitura!


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Sumário

Plano Safra chega ao Acre com quase R$ 300 milhões em linhas de crédito...................................................................5 Governo, Sebrae e entidades fecham pacto para atuação estratégica no agronegóco..............................................6 Governo lança programa de compra direta com R$ 7,5 milhões para produtores da agricultura familiar.................7 Governo, por meio da Sepa, investe em fomento à mandiocultura em Plácido de Castro......................................8 Castro......................................8 Governo do Estado prepara pacote de ações para apoiar agricultura familiar em Cruzeiro do Sul............................9 Governo avança na implantação do Plano de Agronegócio do Acre para uma década...............................................10 Secretaria de Produção e Deracre reafirmam parceria para recuperação de ramais no estado.................................11 Caravana da Produção chega ao interior com proposta de fortalecer cadeia produtiva na região..........................12 Caravana da Produção chega ao Bujari.............................................................................................................................13 Produtores e profissionais do agronegócio recebem visita da Caravana da Produção em Capixaba......................14 Caravana da Produção chega ao município de Porto Acre.............................................................................................15 Sepa realiza visita técnica em Senador Guiomard...........................................................................................................16 Inauguração de casa de farinha automatizada incentiva cadeia produtiva da mandioca em Mâncio Lima...........17 Estado assina termo com Granja Carijó em benefício de 60 produtores rurais Em Epitaciolândia, governo incentiva................................................................................................................................................................18 agricultura familiar com mecanização agrícola..............................................................................................................19 Com incremento da soja, Acre avança na produção de grãos.......................................................................................20 Fortalecimento da agricultura familiar conta com mais de R$ 24 milhões em programas de compras...................21 Novas regras asseguram o acesso justo à mecanização agrícola para pequenos agricultores e põe fim ao apadrinhamento político...................................................................................................................................................22 Técnicos capacitados: mais oportunidades....................................................................................................................23 Residência Agrária..............................................................................................................................................................23 Amacro.................................................................................................................................................................................23 Agronegócio: Um dos mais importantes setores da economia volta a ser pilar de desenvolvimento no Acre....24 e 35 Governo apresenta aspectos e potencial da cadeia produtiva do café no Acre.........................................................26 Secretários da Sepa, Seict e Sefaz visitam complexo industrial Acreaves e Dom Porquito em Brasiléia.............27 Escoamento da produção..................................................................................................................................................28 Povos indígenas e sua produção.......................................................................................................................................29 Comercialização da banana e mandioca.........................................................................................................................30 Zona livre de aftosa sem vacinação..................................................................................................................................31 Açaí do Acre..........................................................................................................................................................................32 Estado reestrutura silo de Brasileia para oferecer atendimento de qualidade aos produtores...............................33 Governo e Ufac fecham parceria para uso da Estação de Melhoramento e Difusão Genética Animal.....................34 No Acre, produtores de Porto Acre e do Projeto de Assentamento Baixa Verde apostam em plantio de melancia.........................................................................................................................................35 Famílias lideradas por mulheres em projeto de assentamento são beneficiadas com crédito rural.......................36 Governo une técnicos, produtores e empresários em Câmara de Piscicultura...........................................................37 O Acre produz mais de 7 mil toneladas de peixe por ano, movimentando em torno de R$ 40 milhões de reais......38 Primeiro pivô de irrigação do estado conta com apoio do governo para aumentar produtividade...........................39 Governo entrega caminhão a pequenos produtores de Tarauacá.................................................................................40 Projeto Plantando Sonhos oferece formação profissional a jovens internos..............................................................41 Ministra da Agricultura e governador do Acre tratam sobre abertura da exportação de carne para o Peru............42 Governo executa abertura de ramais no Projeto de Assentamento Oriente, na Transacreana.................................43 Acre pretende avançar de forma significativa com a abertura da exportação de carne para o Peru.................................44 e 45 Governo fortalece o setor produtivo com entrega de máquinas pesadas para operações em ramais no Acre.....46 e 47


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Plano Safra chega ao Acre com quase R$ 300 milhões em linhas de crédito O Governo do Estado, em parceria com o Banco do Brasil e o Banco da Amazônia lançou o Palácio Rio Branco, o Plano Safra 20202021, que só entre as duas instituições destinará mais de R$ 300 milhões em linhas de crédito para todos os setores do agronegócio. Em todo o país, por meio das instituições bancárias que fazem parte do sistema de apoio ao agronegócio, o governo federal destinou para a nova Safra R$ 236,3 bilhões, o que representa R$ 13,5 bilhões a mais em relação a 2019. O incentivo à produção sustentável está neste Plano Safra 20202021, que se prepara para a retomada econômica com mais recursos e melhores condições de financiamento, a juros bem mais baixos e atrativos. Novamente com um foco muito grande nos pequenos e médios produtores rurais.

Agricultura familiar em destaque

Somente o Banco do Bra¬sil está investindo cerca de R$ 182 milhões, enquanto o Banco da Amazônia seguirá com mais 110 milhões de reais. O superintendente do Banco do Brasil no Acre, Márcio da Costa, reforça que o país tem passado por um momento muito difícil com a pandemia, mas que é do agronegócio que vem um dos resultados mais

positivos do ano, por isso os investimentos seguem essenciais para o setor. “Apesar de toda a dificuldade que tivemos e ainda estamos passando, o agronegócio no estado do Acre conseguiu se superar. Nós tínhamos um planejamento inicial do plano anterior que conseguimos incrementar em 36%. Isso ajuda muito a economia

retomar e a crescer”, destaque o superintendente. No Acre o setor vive importante momento com um governo comprometido com o desenvolvimento econômico e social, que entre tantas conquistas celebra a zona livre de aftosa sem vacinação, um novo e eficiente programa de mecanização, além da ampliação da assistência técnica e armazenagem de grãos. “E é importante destacar que mais de 60% do Plano Safra deste ano está disponível para a agricultura familiar. São os que mais precisam do apoio do Estado. Então o sistema Sepa está disponível para trabalhar, fazer projetos e emitir a documentação para que os pequenos produtores tenham acesso a esses benefícios”, reforça secretário.


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ESTRATÉGIAS

Governo, Sebrae e entidades fecham pacto para atuação estratégica no agronegócio Os órgãos que fazem parte do setor produtivo do Governo do Estado assinaram Acordo de Resultados Para Atuação Estratégica no Agronegócio. O pacto foi fechado com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e conta ainda com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). O acordo visa estabelecer parceria entre todos para atuação estratégica

institucional em conjunto, com o objetivo de fortalecer o agronegócio em todo o Acre, por meio de ações, atividades e projetos que contemplam: infraestrutura, logística, recursos humanos, assistência técnica e gerencial, extensão rural, consultorias técnicas e tecnológicas, capacitações, palestras, oficinas e diversas outras ações durante o triênio 2020-2022. Fazem parte do acordo pelo governo a Secretaria de Produção e Agronegócio

Foto: Internet

(Sepa), o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Acre (Idaf), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e a Companhia de Armazéns Gerais e Entreposto do Acre (Cageacre). As instituições têm um longo processo de contribuições e parcerias ao longo dos anos, mas nunca algo de tamanho impacto e importância exclusivamente para a área do agronegócio. O acordo inicialmente contemplou reforço nas ações para transformar o Acre em zona livre de aftosa sem vacinação. “É um acordo que vem atender as demandas do produtor rural que quer ações robustas e em quantidade. Juntos, vamos montar estratégias para atender melhor e em maior quantidade nossos pequenos e médios produtores. Assim, as ações que cada um faz individualmente serão agora potencializadas para o desenvolvimento de algo muito maior”, conta o secretário.

Durante a assinatura, o diretor-administrativo do Se¬brae, Francinei Santos, destacou que este foi um acordo construído a várias mãos e com uma grande intenção pelo crescimento do agronegócio no Acre. O Sebrae tem se interessado cada vez mais pela área, seguindo o pensamento do governador Gladson Cameli de desenvolvimento econômico do Acre pelo agronegócio, com o interesse até mesmo de criar uma unidade apenas para isso na instituição. “O objetivo do Sebrae é sempre prestar apoio às micro e pequenas empresas e é inquestionável que o agronegócio é a grande saída para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do Estado. Logo, não podemos ficar de fora desse grande processo. Juntando esse conglomerado de instituições, só temos a somar, atendendo mais pessoas e otimizando recursos”, destaca Francinei.


APOIO AO CAMPO

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Governo lança programa de compra direta com R$ 7,5 milhões para produtores da agricultura familiar O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) fortalece a vida de pequenos produtores rurais, organizados em associações e cooperativas em todo o estado, pois prevê a compra de alimentos da agricultura familiar e a sua doação para entidades socioassistenciais que atendam pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. O PAA tem inúmeros benefícios sociais: gera estoque público de alimento por meio de compras governamentais, repassados principalmente para a produção da merenda escolar e vem socorrendo os pequenos produtores da agricultura familiar com a compra de sua produção e garantindo o fornecimento gratuito de alimentos às famílias em vulnerabilidade social. Ao todo serão investidos R$ 7,5 milhões com recursos oriundos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que fazem parte do Programa de Desenvolvimento Sustentável no Acre (PDSA). A meta é beneficiar duas mil famílias rurais com a compra de suas produções e mais seis mil famílias que fazem parte dos programas de assistência social com segurança alimentar, incluindo 300 famílias indígenas. O governador Gladson Cameli desde o início de sua campa-

nha defendeu o modelo de desenvolvimento do Acre pelo agronegócio e que agora é o momento de ajudar o homem do campo. “A pandemia causou impactos tão grandes na economia e no modo de viver das pessoas e a dedicação do governo ao desenvolvimento do agronegócio do estado inclui ajudar o pequeno produtor neste momento difícil, manter o homem do campo em sua propriedade, de modo que ele consiga vender sua produção e se sinta estimulado a continuar” enfatizou o secretário.

Segundo o secretário de Produção e Agronegócio o Acre ainda tem muito a avançar na agricultura e no apoio ao pequeno produtor. O Programa de Subvenção de Compras de Alimentos é só mais um dos apoios à agricultura familiar que, entre outros projetos, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal, vai investir em todo o Acre cerca de R$ 14,3 milhões no setor nos próximos meses.

União de setores O PAA é um programa do governo federal, coordenado pela Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa), implantado por meio de convênio formalizado entre o Ministério da Cidadania e o Estado, permitindo a compra com dispensa de licitação, de alimentos de agricultores familiares, no limite de até 6,5 mil por família a cada ano. Além disso, o programa colabora para a formação de estoques públicos de alimentos produzidos por agricultores familiares e para a formação de estoques pelas organizações da agricultura familiar. O Programa será executado pela Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa), em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas Para as Mulheres (SEASDHM). As compras e distribuição serão realizadas a cada dez dias por mês, durante 12 meses.

“É realmente muito importante. Vocês não têm ideia de como os produtores da agricultura familiar estão ansiosos por um programa de funcionamento como esse. Com a pandemia, os pequenos produtores são os que mais tiveram dificuldades”, relata Monteiro.


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Governo, por meio da Sepa, investe em fomento à mandiocultura em Plácido de Castro Na manhã desta quarta-feira, 07, o secretário de Estado de Produção e Agronegócio do Acre, Nenê Junqueira, esteve presente no lançamento do maior plantio de mandioca do município de Plácido de Castro, ao todo estão sendo plantadas 384 mil pés de mandioca em um total de 24 hectares que beneficiará aproximadamente 200 famílias na região. Nos últimos anos, Plácido de Castro tornou-se um grande produtor de farinha, o que gerou a necessidade de buscar alternativas técnicas e práticas para ampliação da produção da mandioca, e pensando nisso, a associação de produtores locais Amo a Todos, com apoio do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa), iniciaram este projeto de fomento à mandiocultura na região. A sepa tem contribuído com o fornecimento de tratores e implementos agrícolas para auxiliar no plantio, é o que agradecido, explica o presidente da associação, pastor Carlos França. “Hoje é um dia muito especial para todos nós, estamos muito

felizes com a presença do secretário Junqueira, que tanto tem nos apoiado na realização deste projeto. Nós só temos a agradecer o apoio total e irrestrito que estamos recebendo do governo do Estado, através da Sepa, que tem nos cedido tratores, máquinas plantadeiras, caminhões, e cedendo todo o suporte que precisamos, aqui fica nosso aplauso a esse governo que incentiva a produção, fica aqui registrado a nossa consideração e o nosso agradecimento”, disse. Também esteve presente na inauguração o presidente do democratas do estado do Acre, e diretor de obras do Departamento Estadual de Água e Saneamento do Acre (Depasa), Jairo Cassiano, além de vários produtores da agricultura familiar. Na ocasião o titular da Sepa, Junqueira, aproveitou para enfatizar aos produtores que o dever da secretaria é justamente esse, prestar apoio a quem deseja produzir, e que em sua gestão esse é seu maior compromisso. “Me sinto muito satisfeito e realizado com esse lançamento que acontece aqui hoje, e saber que fazemos parte disso.

Esse projeto beneficiará cerca de 200 famílias associadas, e a mandioca vai ser industrializada na casa de farinha da própria associação, ou seja, estamos ajudando a abrir caminhos para o desenvolvimento do setor produtivo em

Plácido de Castro. Esse é o nosso dever enquanto secretaria, é uma orientação que recebi do governador Gladson Cameli, assim que assumi a gestão, caminhar lado a lado com quem deseja produzir, esse é nosso foco”, disse.


AGRICULTURA FAMILIAR

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Governo do Estado prepara pacote de ações para apoiar agricultura familiar em Cruzeiro do Sul Fotos: Cedidas/internet

Valorizar a população rural e oferecer condições para mantê-la no seu habitat estão entre as prioridades da gestão do governador do Acre, Gladson Cameli, cujo direcionamento tem fortalecido cada vez mais as ações referentes à produção familiar. O governo do Acre está preparando uma forte ação de apoio à agricultura familiar em todo o estado para fortalecer a economia rural no pós-pandemia, em parceria com as prefeituras municipais. O pacote de apoio deve incluir o fomento à atividade agropecuária familiar, a oferta de crédito com condições especiais e a inclusão desses agricultores no Programa de Aquisição de Alimento (PAA). Sabe-se a importância que a agricultura familiar exerce para a produção de alimentos, a soberania e segurança alimentar do estado. O governo quer garantir que eles tenham condições de continuar produzin¬do. E para que isso aconteça o estado está responsável por levar assistência técnica, mecanização, calagem, adubação do solo, insumos, escoamento e apoio na comercialização da produção. A ação representa 80% dos estabelecimentos agropecuários do estado. Diante da pandemia e das dificuldades que os agricultores e

agricultoras familiares estão enfrentando para produzir alimentos, comercializar a produção e para honrar com seus compromissos financeiros, o momento exige ações concretas e rápidas. A agenda teve início no município de Cruzeiro de Sul, para conhecer e ouvir os agricultores familiares. A comunidade Olivença II foi a primeira a ser ouvida. Além da avicultura, ali verifica-se a produção de frutas, mandioca, batata-doce, farinha, ovos e hortaliças, entre outras culturas cujo resultado é direcionado à comercialização nos mercados de Cruzeiro do Sul e Guajará. As mais de 50 famílias que compõem a comunidade solicitaram ao secretário o acesso a assistência técnica, insumos, sementes certificadas e a construção de canteiros suspensos. A comitiva de técnicos da Empresa de Assistência Técnica Extrativista Rural do Acre (Emater) local e Sepa estiveram no Ramal 12, no Projeto de Assentamento Florestal (PAF) Recanto, reunidos com os agricultores familiares da Sociedade Agrícola Acenom e visitaram plantios de arroz, feijão, banana, mandioca, milho, café e cacau onde o governo do Estado levará apoio técnico, insumos e equipamentos para

que melhorar a produtividade local. No Projeto de Assentamento Santa Luzia, para ouvir os mandiocultores na casa de farinha local. Eles querem ampliar o plantio de mandioca, e o governo do Estado irá apoiar a demanda com assistência técnica, auxílio no preparo do solo, cessão de insumos e facilitamento de acesso ao crédito rural.

Cadeia produtiva Reunidos com os membros da Associação de Agricultores Familiares Assis Brasil, localizada no Ramal do Macaxeiral. Ali, conheceu-se a Granjinha São Braz, do casal Antônio Vieira e Eucilene Alves. O plantel avícola é de duas mil galinhas poedeiras, com produção diária de 1.800 ovos vermelhos, criadas no sistema cage-free, que dispensa o confinamento em gaiolas, deixando-as livres em solo. A planta comercial é constituída de quatro divisórias, onde ficam localizadas as salas de recepção, operacionalização, armazenagem e expedição de ovos, o que permite a padronização, a limpeza e o processo de desinfecção. A granja conta com assistência técnica da Sepa local por meio do zootecnista J alceyr Pessoa, que é doutor na área.


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AVANÇO

Governo avança na implantação do Plano de Agronegócio do Acre para uma década

O governo do Acre tem investido esforços de todo o seu setor produtivo para, com parceiros, criar o Plano de Agronegócio 2021/2030, com o objetivo de nortear as políticas públicas do Estado para os próximos dez anos, além de auxiliar investidores sobre os melhores potenciais para o agronegócio em todos os municípios. Governo e parceiros têm se reunido para discutir detalhes do plano. Já foram realizados estudos de aptidão dos solos, logística, culturas da agricultura e a implantação de agroindústrias, para

agregar valor e gerar mais renda com produtos finais e buscar um plano capaz de abranger uma década de investimentos. Ao todo, existem 15 cadeias produtivas para serem trabalhadas no plano, sendo cinco da pecuária (leite, suínos, aves, mel e peixes) e o restante dividido na agricultura, entre culturas temporárias (soja, milho, arroz, feijão e mandioca) e permanentes (café, cacau e frutíferas). A ideia ainda é disponibilizar um site na internet com todo o plano aplicado de forma interativa, com um mapa

onde será registrado cada município com suas principais cadeias produtivas, para que fique mais fácil decidir onde investir e identificar potencialidades. Busca-se que as políticas públicas do Estado possam ser melhor direcionadas, também como instrumento para que o empreendedor rural possa escolher sua atividade de acordo com o mapeamento. O PIB do Acre gira em torno de R$ 14 bilhões por ano e a agricultura no setor primário contribui com cerca de 13% é esse setor pode contribuir com um aumento

de 1% no PIB por ano, ao longo de uma década, para assim incrementar em 10%”. O Plano de Agronegócio 2021/2030 tem sido feito a várias mãos. Além da Sepa, o projeto conta com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ema¬ter), Companhia de Armazéns Gerais e Entreposto do Acre (Cageacre), Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) como maior parceiro.


RAMAIS

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Secretaria de Produção e Deracre reafirmam parceria para recuperação de ramais no estado Uma reunião entre o diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagens do Acre (Deracre), Petrônio Antunes e o titular da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa), Nenê Junqueira, foi realizada na tarde desta segunda-feira, 3, com o objetivo de reafirmar a parceira entre as duas instituições para ações de recuperação de ramais. “Desde o início da gestão, o governador Gladson Cameli sempre deixou bem claro que todos os secretários têm que manter o diálogo e ajudar uns aos outros, para que, com união, possamos atingir as metas. Ano passado recuperamos aproximadamente 550 km de ramais, apenas em Rio Branco. A estimativa para este ano é tentar aumentar essa meta”, disse o diretor de Operações do Deracre, Ronan Filho.

Apenas em 2020, em todo o estado foram recuperados aproximadamente oito mil km de ramais: “Ano passado fizemos convênios em parceria com os municípios, em

que o governo entrou com dez milhões de reais para compra de combustível e manutenção das máquinas, além de patrulhas no Juruá e em Rio Branco, por meio

do Deracre, para a execução direta nos ramais, totalizando cerca de 1.200 a 1.300 km de ramais, e daí, somando todos os convênios dos municípios, chegamos à ordem de quase 8 mil km de ramais recuperados”, relatou Petrônio Antunes. Com a proximidade do verão, torna-se ainda mais necessário estabelecer um planejamento de ações que possam ser executadas no maior número de locais possível, levando melhoria aos ramais. Nenê Junqueira destacou a necessidade do trabalho em conjunto, para que as ações possam ter maior alcance junto aos produtores: “Estamos aqui hoje porque acreditamos que, quando nos juntamos, nos fortalecemos, e, com as instituições fortalecidas, quem ganha são os agricultores que atuam na linha de frente do setor produtivo”.

o governo entrou com dez milhões de reais para compra de combustível e manutenção das máquinas, além de patrulhas no Juruá e em Rio Branco, por meio do Deracre, para a execução direta nos ramais, totalizando cerca de

8 mil km de ramais


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CARAVANA DA PRODUÇÃO

Caravana da Produção chega ao interior com proposta de fortalecer cadeia produtiva na região

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esde que assumiu a gestão, o secretário Nene Junqueira tem adotado medidas que visam o crescimento econômico do estado e reafirmado o compromisso estabelecido com o governo do Acre em trabalhar em prol do pequeno, médio e grande produtor. Através da Caravana da Produção que é uma iniciativa do governador Gladson Cameli e que que tem como prioridade o apoio à produção agrícola no Estado, o secretário e sua equipe têm ouvido os produtores e os gestores municipais para conhecer de perto suas realidades. “Estamos ouvindo os produtores, os municípios e conhecendo de perto a realidade dos nossos colabores da linha de frente, e assim ouvindo todas as demandas que precisam de ajustes, para que juntos possamos pensar estratégias que melhorem a vida do home do campo e, consequentemente, impulsionem nossa cadeia produtiva” enfatizou Nene Junqueira. Entre os dias 31 de maio e 4 de junho, o gestor da Se¬cretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa), Nene Junqueira, juntamente com sua equipe e a diretoria da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), visitou os produtores rurais e profissionais do agronegócio da região, bem como as prefeituras dessas cidades de Manoel Urbano, Feijó, Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul, com o objetivo de fortalecer a parceria entre Estado e municípios. “Aqui estamos tendo a oportunidade de fortalecer os laços entre governo e prefeituras, ouvir as reais necessidades dos produtores rurais e buscar meios para solucioná-las”, disse o secretário. Durante as visitas, a equipe conheceu os escritó-

Foto: Cedida

rios locais da Sepa nos municípios, as câmaras de vereadores, agroindústrias de alimentos, leite e derivados, e as propriedades rurais. Antônio Lázaro Gomes, morador de Manoel Urbano, é produtor de café há mais de sete anos e possui uma área de terra plantada de dez hectares, com orgulho, ele relata sua trajetória: “Quando iniciamos foi muito difícil, porque começamos do zero, e hoje eu digo para os meus filhos que não desistam dos seus sonhos; apesar das dificuldades, vale a pena quando você gosta do que faz”. Em Mâncio Lima, a equipe visitou o Sítio do Vovô Raimundo, um plantio exuberante com mais de 4.300 pés de café, pertencente ao produtor Romualdo Marques, que há pelo menos dois anos trabalha com o cultivo do grão. “É de grande valia a visi¬ta do secretário; a parceria é fundamental para que a gente possa fortalecer essa cadeia. Porque é fortalecendo a agricultura familiar que poderemos melhorar a vida do povo. Estamos desde 2018 neste ramo, e a expectativa é, com o apoio do governo, conseguir crescer ainda mais”, disse. Em Cruzeiro do Sul, segunda maior e mais populosa cidade do Acre, houve também a entrega da chave da nova caminhonete, que irá compor a frota de veículos da secretaria. Além da nova, outras três foram recuperadas e estão prontas para uso. O chefe de escritório da Sepa em Cruzeiro do Sul, Marcos Pereira, falou sobre o ato. “A entrega desses veículos é de extrema importância, porque agora temos veículos novos, com combustível, para que a gente possa fazer o trabalho de assistência técnica aos produtores rurais. As novas caminhonetes farão toda a diferença; agora vamos poder chegar com mais facilidade aos ramais, indo cada vez mais longe”, disse. A diretoria da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) acompanhou as agendas da Caravana da Produção desde o início do projeto. O presidente Rynaldo Lúcio dos Santos abordou sua importância: “O trabalho em conjunto entre Sepa e Emater é muito importante, juntos somos mais fortes. Nós cuidamos da as¬sistência técnica, que é uma ne-


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cessidade dos produtores, e, agora, com a nova gestão, estamos aprimorando as ideias para desenvolver um trabalho melhor para a produção aqui no estado”, disse.

O que os prefeitos disseram “Essa visita é muito importante para nós, uma luz no fim do túnel, estamos esperançosos e acreditamos que serão executadas nossas demandas. A gente vê no rosto do secretário muita segurança e vontade de fazer acontecer.” Raimundo Toscana, prefeito de Manoel Urbano em exercício. “O secretário vai nos dar apoio, vai mandar recuperar as máquinas, que são fundamentais para o homem do campo. Com a ajuda do governador, a partir deste verão as coisas já vão melhorar. A parceria com o Estado é fundamental.” Kiefer Cavalcante, prefeito de Feijó. “Quero agradecer a Caravana da Produção, o secretário Junqueira e toda a sua equipe. Esse projeto é muito importante, porque a agricultura familiar tem o poder de transformar a vida das pessoas, gerando renda para as famílias e economia para o estado.” Isaac Lima, prefeito de Mâncio Lima. “Essa parceria é muito importante, a gente precisa do apoio do governo para que possa trabalhar. Parceiros como a Sepa são essenciais para nós, e essa visita de hoje só vem a somar.” Jailson Amorim, prefeito de Rodrigues Alves.

“Com a Caravana, atendemos a uma determinação do governador Gladson Cameli, de caminhar lado a lado com os produtores, e desde que assumi a gestão meu foco tem sido esse. Aqui estamos tendo a oportunidade de fortalecer os laços entre governo e prefeitura, ouvir as reais necessidades dos produtores rurais e buscar meios para solucioná-las”, disse o secretário. Nenem Junqueira Secretário da SEPA

Caravana da Produção chega ao Alto Acre para atender produtores rurais

Entre os dias 22 e 25, o projeto Caravana da Produção esteve na região do Alto Acre para atender aos produtores rurais dos municípios de Assis Brasil, Epitaciolândia e Brasileia. A equipe iniciou a programação da regional Alto Acre, na terça-feira, 22, visitando o município de Assis Brasil, distante aproximadamente 345 km da capital Rio Branco.

O projeto é liderado pelo secretário de Estado de Produção e Agronegócios, Nenê Junqueira, atendendo a uma determinação do governador Gladson Cameli, que em sua gestão tem priorizado o apoio ao setor produtivo. “Estamos aqui na região do Alto Acre para cumprir um compromisso do governo Gladson Cameli, por meio da Sepa, de prestar apoio aos

produtores rurais e incentivar a agricultura. Queremos acompanhar a execução deste projeto de perto, conhecer as realidades e juntos solucionar as dificuldades de modo que sejam aplicáveis à realidade do produtor”, disse o titular da Secretaria. Durante a ocasião foram realizadas visitas ao escritório local da Sepa, a um polo industrial


14 de beneficiamento de café do município, ao plantio de seringueiras do produtor Isaías Flores, e ao plantio de café do senhor Francisco Silvestre, com o objetivo de traçar melhores estratégias em favor do agronegócio local. Já na quinta-feira, 24, como de costume, o dia começou cedo para a equipe da Caravana da Produção, desde as primeiras horas da manhã o titular da Sepa, juntamente com a diretoria da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, (Emater), e a equipe técnica da secretaria, acompanharam a feira livre Walter Fernandes de Farias no município de Epitaciolândia. Na ocasião, o prefeito da cidade, Sérgio Lopes, aproveitou a oportunidade para falar sobre a importância desta ação. “Essa visita vem a agregar muito para o fortalecimento do setor produtivo aqui na nossa região. Hoje, Epitaciolândia é um dos polos onde o agronegócio está se consolidando muito, com produção de grãos, milho e soja. Este ano nós tivemos a primeira colheita de soja do município, além disso temos a nossa produção de suínos que está em franca expansão, sem falar na produção de aves, então, a cidade como um todo é bastante produtiva, a agricultura familiar aqui realmente é forte, e qualquer projeto que nos

incentive, que venha a somar, será sempre bem-vindo”, disse. Em seguida, a equipe visitou o escritório local da Sepa no município para conversar com os colaboradores, depois partiram para visitar três propriedades rurais, são elas: A fruticultura do agricultor José Domingos, o plantio de seringueiras e a Agroindústria de Mandioca do produtor João Caetano, e a granja de suínos do produtor Mário Gaia, com o objetivo de incentivar diversas culturas. Posteriormente, participaram de entrevistas nas rádios Aldeia FM e Ecoacre FM para falar sobre a importância e os avanços do projeto caravana da Produção. E finalizaram a agenda do dia visitando membros da cooperativa Coopersuino. A vice-presidente da cooperativa, Ivania dos Santos, avalia como positivo o encontro e está esperançosa com a nova gestão. “Tivemos uma reunião muito produtiva e esclarecedora, nos ajudou a sanar algumas dúvidas, e o secretário Junqueira se dispôs a nos ajudar, agora eu vou transmitir as mensagens dele aos nossos 33 cooperados aqui do município, estou esperançosa e confiante com essa nova gestão”, disse. Dando sequência às atividades, na sexta-feira, 25, a equipe visitou o município de Brasileia, distante aproximadamente 231 km da capital, Rio Branco. Para dar início à programação no

município, visitaram o escritório local da secretaria, e na ocasião aproveitaram para realizar uma reunião com os colaboradores da casa para alinhar a comunicação interna. Em seguida partiram para conhecer um Laticínio e o Silo Graneleiro da cidade, depois visitaram a propriedade rural do produtor de milho Nelson Moreira. A diretoria da Emater acompanha as agendas da caravana da Produção desde o início do projeto, oferecendo suporte aos produtores. O diretor-presidente Rynaldo Lúcio, fala sobre a importância de fortalecer esse trabalho em conjunto, uma vez que a assistência técnica é uma das necessidades mais apontadas pelos produtores durante as visitas. “Essas visitas da Caravana da Produção que estão acontecendo juntamente com a Sepa só vem a fortalecer o sistema rural, já que a assistência técnica é uma prioridade no campo. Sem assistência adequada não é possível desenvolver uma boa produção, e a falta desse incentivo tem dificultado um pouco a prioridade nas execuções da terra. E fortalecendo essa parceria com Sepa na parte de logística e financeira, com certeza a assistência técnica no Acre irá se desenvolver de maneira mais ágil”, disse.

O que os produtores disseram

“Sempre tivemos ajuda do governo, disso não podemos reclamar, nos ajudaram com máquinas, na criação dos açudes, financiamentos. Esse apoio para nós pequenos produtores é fundamental, agora precisamos de novo apoio, desta vez com melhoria de ramal, porque sem ramal bom não é possível trabalharmos bem”, disse a piscicultora de Assis Brasil, Angélica Abendano. “Eu amo o que eu faço aqui, para mim, está trabalhando com a terra é um sonho realizado, agradeço todos os dias pela oportunidade de estar contribuindo com o meio ambiente, tenho três hectares de terra plantada e 1.650 pés de seringa. Contei com a apoio do governo desde o início, quando surgiu a proposta de flo-

restas plantadas eu não pensei duas vezes, acreditei e hoje você pode ver aqui que todo esforço valeu a pena, graças a Deus deu certo”, disse o produtor de seringueiras de Assis Brasil, Isaías Flores. “Essa visita significa muito, somos carentes nessa área de maquinários e incentivos, e havendo esse apoio por parte do governo por meio do secretário da Sepa, para nós será de fundamental importância, na verdade, não apenas para nós produtores, mas também para a população em geral que se alimentam daquilo que plantamos e colhemos”, disse o produtor de Epitaciolândia, Raimundo Caetano. “Estamos satisfeitos com a visita do secretário, pelo que conversamos acredito que uma parceria entre governo e prefeitura irá nos beneficiar muito, agregar muitas facilidades, desde investimentos novos até a possibilidade de melhoramento de ramais para facilitar o processo de escovar a nossa produção, porque sem acesso fica inviável produzir”, disso a produtora Lucenir Rufino, de Epitaciolândia “A vinda do secretário foi boa, me reacendeu a esperança. Sobretudo na questão de melhorar o apoio e o incentivo ao produtor, e ele explicou que ano que vem a projeção é de que seja bem melhor para o nosso setor, e eu acredito que ele faça isso acontecer. Estou confiante, é legal isso que ele está fazendo de conhecer nossas propriedades, ver de perto nossas dificuldades, porque ficando somente no gabinete ele não teria dimensão da nossa realidade”, disse o produtor de milho de Brasileia, Arão de Souza. “Eu produzo milho já tem uns oito anos, mas nos últimos anos minha produção tem diminuído por falta de incentivo, só agora, após a conversa com o secretário Junqueira, estou na expectativa de que melhorem as coisas para o ano que vem. O senador Marcio Bittar disse que vai conseguir uns equipamentos agrícolas para nos ajudar, estou confiante que ano que vem as coisas melhorem”, disse o produtor de milho de Brasileia, Nelson Moreira.


CONVERSANDO COM PRODUTORES Fotos: Cedida

Caravana da Produção chega ao município de Porto Acre Distante aproximadamente 60 km da capital Rio Branco, o município de Porto Acre é referência na produção de melancia no estado. Antes da pandemia, no mês de setembro, costumava acontecer na região a temporada dos festivais de praia, em que os produtores de melancia tinham a oportunidade de negociar diretamente com os consumidores. Mas nem só de melancia vivem os produtores da região, mas de plantações de abacaxi, graviola e pepino. A caravana da Produção pôde constatar isso pes¬soalmente em mais uma edição do projeto. Para o secretário de Estado de Produção e Agronegócio do Acre, Nene Junqueira, além de produtividade, o município carrega ainda um importante valor histórico. “Nós sabemos que Porto Acre é considerado o

berço da Revolução Acreana, e foi aqui neste chão em que hoje plantamos e colhemos, que no passado nossos conterrâneos travaram uma batalha para garantir que o nosso querido estado do Acre hoje pudesse pertencer ao Brasil. E é justamente por ter consciência de toda a memória histórica que esse município carrega, que nós estamos aqui hoje, à pedido do governador Gladson Cameli para fortalecer esse compromisso de incentivar cada vez mais o produtor rural dessa região.“, disse. A equipe visitou a prefeitura e a câmara municipal. Ao lado do prefeito da cidade, Bené Damasceno, do senador Marcio Bittar, do vereador de Rio Branco, Emerson Jarude, e de vereadores da região, o titular da Sepa, Nene Junqueira e sua equipe foram a campo conhecer a realidade dos

produtores locais. A produtora de peixes, Silvinha Gonçalves, moradora da região, já atua no segmento há 6 anos e po-sui 1.300 peixes, entre eles Piau e Tambatinga. Para ela, ações que incentivem o pequeno produtor vem sempre a somar. “Essa visita aqui é muito importante para a gente, porque vai dar muita força para nós, produtores, que vivemos da piscicultura, porque a gente precisa ter um custeio mais em conta já que a gente não pode trabalhar com um preço mais alto, e o governo nos dando esse suporte é possível aumentarmos a produção.” O agricultor Adenilson Pereira, mais conhecido como Julinho, é produtor de abacaxi e melancia há 4

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anos e nos seus 30 hectares de terra já plantou mais de 100 mil pés de abacaxi. O produtor explica que para conseguir bons resultados é fundamental o apoio do governo. “Esse apoio é necessário para nós, desde a logística até a parte de escoamento da produção, todo esse auxílio é muito importante e se Deus quiser, de agora em diante, vamos reafirmar ainda mais a nossa parceira com a Sepa para obter melhores resultados”, disse. Após finalizada a agenda de visita aos produtores, o senador, Marcio Bittar aproveitou para anunciar a liberação de uma verba no valor de R$ 100 milhões que o Ministério da Agricultura vai disponibilizar para investimentos no setor produtivo.


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VISITA TÉCNICA Sepa realiza visita técnica em Senador Guiomard

A equipe da Secretaria de Produção e Agronegócio do Acre (Sepa) realizou uma visita técnica em uma das empresas locais de derivados de leite, a Laticínio Queijaria Extra, localizada na BR-364, km 39, no município de Senador Guiomard solicitada pela prefeita do município, Rosana Gomes. O encontro reuniu produtores da agricultura familiar, vereadores, técnicos e empresários com objetivo principal de definir estratégias para fomentar a cadeia produtiva do leite no município. De acordo com o titular da Sepa, Nene Junqueira, a empresa é responsável por abastecer a capital Rio Branco e Cruzeiro do Sul, com uma capacidade de produção de aproximadamente 11 mil litros por dia, produzindo até 17 mil litros na alta temporada, entre os meses de outubro e janeiro. Cerca de 220 produtores dos municípios de Acrelândia, Senador Guiomard e Plácido de Castro comercializam o leite com o laticínio. “Estamos aqui atendendo a um compromisso do governo Gladson Cameli, de incentivar o produtor rural, sabemos que Senador Guiomard tem um potencial enorme e é destaque na cadeia produtiva de leite do estado. Estamos aqui para prestar apoio e reafirmar o nosso compromisso de estar presente e caminhar junto com o produtor”, afirmou Junqueira. O empresário Francélio Guerra é o fundador da empresa, que está em funcionamento há mais de 20 anos. Para ele, o apoio e incentivo do governo são fun-

damentais. “Dentro da nossa atividade, é praticamente impossível tocar adiante os projetos sem o apoio do governo do Estado. Esse incentivo significa muito, principalmente na parte de infraestrutura de ramais e na própria produção do leite”, ressaltou. Na ocasião, o secretário Junqueira também participou de uma reunião com os produtores e, entre as pautas discutidas, foi destaque a elaboração de estratégias para impulsionar a produção do leite no município, que possui a maior bacia leiteira do estado. “A cadeira produtiva do leite aqui em Senador Guiomard é a maior do Acre e nós precisamos unir forças para alavancar ainda mais, por isso esta visita é de fundamental importância para o futuro do segmento, que gera renda a tantas famílias”, destacou Gleisson Lopes, secretário de Agricultura de Senador Guiomard. Durante a visita, a equipe técnica aproveitou para acompanhar de perto o cultivo de banana na propriedade do produtor Valter Farias, que conta com o apoio da Sepa para manter a qualidade considerada de alto padrão da produção. Ao todo são seis hectares de terra e dez mil pés de bananas plantados no período de aproximadamente dois anos. “Reafirmar essa parceira com o governo do Estado é fundamental, porque sabemos que produtor nenhum faz nada sozinho, sem apoio, é muito difícil. Então a vinda do secretário aqui significa muito para nós, porque aqui ele tá acompanhando de perto a nossa realidade”, falou Farias.

Fotos: Cedida


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Inauguração de casa de farinha automatizada incentiva cadeia produtiva da mandioca em Mâncio Lima Em mais uma edição da Caravana da Produção, foi inaugurada, em Mâncio Lima, a primeira casa de farinha automatizada do Vale do Juruá. A iniciativa vai dinamizar a cadeia produtiva da mandioca na região, e foi uma ideia encabeçada pelo técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, (Emater) e da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio do Acre (Sepa), Murilo Matos. “Trouxemos essa ideia e o produtor confiou, tivemos parceiros que também acreditaram. Estou muito feliz, porque, com a nova tecnologia que estamos desenvolvendo, o pro¬dutor terá um maior lucro. Estou aqui para ajudar, desenvolver essa tecnologia inovadora, que otimiza o processo da farinha, diminuindo o tempo de trabalho e aumentando a produção”, disse Murilo. A casa de farinha foi montada com apoio do governo do Estado, por meio da Sepa, da Emater, da Prefeitura de Mâncio Lima, da

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Serviço Brasileiro de Apoio às Mi-cro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Cooperativa Nova Aliança. Na ocasião, o titular da Sepa, Nenê Junqueira, abordou a importância da realização: “Hoje o setor produtivo da farinha está em festa na região do Juruá. Inicia-se agora uma produção modernizada e automatizada. Nós, da Sepa, estamos aqui para dar todo o apoio possível para os produtores, é um momento de realização, de comemorar a inauguração”. Também estiveram presentes à inauguração, o governador em exercício, Major Rocha, os deputados Roberto Duarte e Luiz Gonzaga e o prefeito de Mâncio Lima, Isaac Lima. José Oliveira do Nascimento, mais conhecido como “seu Zeca”, é o proprietário da casa de farinha auto¬matizada. Ele trabalha há pelo menos 25 anos no ramo, ao lado de sua família, e fala sobre o momento. “É a realização de um sonho, o resultado do

trabalho de toda uma vida. A parceria que firmamos foi fundamental para conseguir estar aqui hoje, nesta inauguração”, disse. Foram investidos aproximadamente R$ 200 mil na iniciativa. A partir de agora, os produtores terão capacidade de triplicar a produção diária, suportando produzir aproximadamente 1.100 kg de farinha ao dia, sendo que

uma produção manual produz no máximo 400 kg do por dia. É o que explica Murilo Matos: “Hoje o produtor, para fazer em torno de oito sacos de farinha [400 kg], leva em média 16 horas. Com a casa de farinha automatizada, esse tempo se reduz para oito horas, e é possível produzir até 22 sacos [1.100 kg] por dia”.

Na ocasião, o titular da Sepa, Nenê Junqueira, abordou a importância do empreendimento Foram investidos aproximadamente R$ 200 mil na iniciativa


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AVICULTURA

Estado assina termo com Granja Carijó em benefício de 60 produtores rurais O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa), assinou um ter­ mo de permissão de uso de bem público com a Granja Ca­rijó Importação e Exportação, localizada na Zona Rural de Senador Guiomard. A assinatura do termo ce­ deu à granja, a título de em­ préstimo, um caminhão que será utilizado na distribuição de esterco aos produtores rurais da região. Ao todo, são produzidos mais de 25

mil qui­los de esterco por dia, o que irá beneficiar cerca de 60 pro­dutores rurais. Antes do cami­nhão, era necessário que cada produtor fosse buscar o insu­mo, que agora será distribuído pelos trabalhadores da granja. “Agradecemos a visita e a parceria com a Sepa, ajudare­ mos mais pessoas com a dis­ tribuição desse esterco e prin­ cipalmente com o auxílio do caminhão”, disse o represen­ tante da Carijó, Diogo Figueire­do.

O empreendimento abri­ ga 168 mil galinhas poedeiras com produção diária de 150 mil ovos que abastecem 70% do mercado consumidor inter­no, gerando 70 empregos dire­tos. A sua fábrica de ração já é atendida pela produção local de milho e soja. Todo o processo de pro­ dução é automatizado e fis­calizado pelo SIE-Serviço de Inspeção Estadual do Idaf que garante a sanidade dos produtos que chega nas gôn­dolas dos supermerca-

Estado assina termo com Granja Carijó em benefício de 60 produtores rurais.

dos e mercearias de todo o Estado. A empresa está se adequan­do para receber o SIF-Serviço de Inspeção Federal e, assim, comercializar ovos em outros estados da federação. O esterco produzido na granja é curtido e tratado por fermentação aeróbica num processo automatizado e co­ mercializado para produtores rurais utilizarem como adubo nas culturas de hortaliças, fru­tíferas, grãos e pastagens.


MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

Foto: Internet

Propriedades rurais de Epitaciolândia beneficiadas pelo governo do Estado com mecanização agrícola estão recebendo o incentivo do go­ verno para o desenvolvimento de culturas de subsistência, como milho, mandioca, e fruticultura, como maracujá, graviola, acerola, açaí e outras que se adequem à realidade

regional. A perspectiva é aten­ der 200 famílias, com áreas de dois a três hectares, somando um total de 600 hectares. Na parceria firmada entre o governo do Estado e a pre­ feitura, cabe ao município dis­ ponibilizar o maquinário, como os tratores, a grade e os ope­ radores. Já o Estado, por meio da Sepa e PDSA, entram com

da produção, fechando o ciclo de ações governamentais para o incen­tivo a um agronegócio com qualidade e fomentar a agricul­tura familiar. Com o agronegócio comprometido com o desen­volvimento regional, o gover­no incentiva a diminuição do impacto ambiental, por meio da utilização de áreas já des­matadas.

Propriedades rurais de Epitaciolândia beneficiadas pelo governo do Estado com mecanização agrícola foram visitadas nesta quinta-feira, 13, pelos gestores das pastas responsáveis pelas políticas públicas voltadas para o homem do campo,

Fotos: Cedida

Em Epitaciolândia, governo incentiva agricultura familiar com mecanização agrícola

o combustível, como forma de garantir que os pequenos pro­ dutores possam ser beneficia­ dos com mecanização. À Emater cabe a responsa­ bilidade de prestar assistên­cia técnica nessas áreas, na orientação do preparo do solo, plantio e colheita. E a Compa­nhia de Armazéns Gerais do Acre (Cageacre) se encarrega do escoamento

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PLANEJAMENTO

Com incremento da soja, Acre avança na produção de grãos

O dia 14 de fevereiro de 2020 foi uma marcante data para o agronegócio do Acre. O gover­nador Gladson Cameli foi até a propriedade do empresário Jorge Moura e deu um início simbólico à colheita da soja no estado. O Acre vive um novo momento em suas políticas públicas do setor agroprodutivo. Segundo dados da Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa), o estado terá um incremento aproximado de 31% na produção de grãos. No evento o Governador falou de sua alegria em participar daquele momento tão importante para o Acre e disse que “todos sabem que uma das principais bandeiras do nosso governo é o agronegócio e estar aqui, dando início à colheita da soja em 2020, é uma grande con­quista e prova que isso já é uma realidade.

Meus parabéns aos produtores que acredita­ram e estão plantando não só a soja, mas o milho, o feijão e outras culturas. Esse é o Acre que sonhamos para a nossa gente. Saibam que vocês têm em mim um governador par­ ceiro e que está ao lado de quem acredita nessa terra e quer trabalhar”, afirmou o go­vernador. O Governo do Estado junto ao seu setor produtivo tem fei­ to todo um esforço para esti­ mular mais produtores a fazer parte da cadeia da soja, uma cultura de grande importân­ cia econômica para o Brasil, sendo hoje a principal cultura do agronegócio brasileiro e um dos maiores produtos de exportação do país. Gladson Cameli já sinali­ zou a segurança jurídica para que o agricultor consiga pro­ duzir grãos em larga escala. O governador quer transformar

o Acre em um grande celeiro de alimentos para o Brasil. Vi­ sionário, o gestor acena para o agronegócio como a salvação econômica do Estado por meio da geração de postos de traba­ lho e renda. A agropecuária é um setor bastante dinâmico e comporta substituição de cul­tivos na mesma área. A soja, por suas características agro­ econômicas, deverá se expan­ dir paulatinamente combina­ da com milho e em conversão de áreas de pastagens. A pres­ são por áreas já abertas fará com que sejam aproveitadas muitas áreas abandonadas ou já degradadas, o que diminuirá o impacto de eventuais substi­ tuições de cultivos. Em 2020, o Acre produziu, segundo o levantamento, 97.124 toneladas durante o ano todo. Este ano em fevereiro, esse número aumentou para

111.652 toneladas e em março seguiu aumentando, registrando uma colheita de 113.628 toneladas. Um aumento de mais de 1,9 mil toneladas entre um mês e outro.

Outras atividades agrícolas no Acre são de pequeno escala, portanto, não estão sujeitas à comprometimento devido à expansão da soja. Estamos tratando de conferir, via mecanização, ATER, e outras maneiras, maior produtividade por área plantada, diminuindo inclusive a pressão por novos desmatamentos”, diz Secretário


PRODUÇÃO

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Fortalecimento da agricultura familiar conta com mais de R$ 24 milhões em programas de compras Produtores rurais da agri­ cultura familiar, entre repre­ sentantes de associações e cooperativas, se reuniram no auditório da Secretaria de Pro­ dução e Agronegócio (Sepa), para entender e tirar dúvidas em relação aos programas de compras governamentais de alimentos que só este ano devem impulsionar R$ 24,5 mi­ lhões na economia. Entre os principais pro­ gramas está o Programa Na­ cional de Alimentação Escolar (PNAE). Com mais de 60 anos de existência, o PNAE é geren­ ciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia federal vincu­ lada ao Ministério da Educação, e atende os alunos de toda a rede pública da educação bá­ sica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) matriculados em escolas pú­ blicas, filantrópicas e em enti­ dades comunitárias (convenia­ das com o poder público). Além disso, os produtores também terão à disposição editais de alimentação que contemplam 30% de seus or­ çamentos destinados exclu­ sivamente para a agricultura familiar, como o de quartéis do Exército e o da Universidade Federal do Acre (Ufac), que terá chamada pública no dia 9 e um

montante de R$ 3,3 milhões destinados para compras de produtos dos pequenos. 758 famílias de­ vem ser beneficiadas só com a abertura do edital da Ufac. Com os outros programas de com­pras somados, cerca de 2.400 famílias produtoras da agricul­tura familiar serão beneficia­ das este ano com os recursos. O plano de compras institucionais que envolve desde o Governo do Estado a outras instituições se des­tina quase um terço para a produção familiar o que fortalecerá a produção rural e deverá favorecer a viabilidade do agronegócio para os peque­nos produtores que corres­pondem a maior parte desse setor.

radora do projeto de assenta­ mento Baixa Verde e presidente de uma cooperativa que produz macaxeira, farinha, tucupi e que ainda aposta em hortali­ ças. Para ela e os cooperados, programas como estes são o que impulsionam a melhoria de vida no campo. “Isso significa qualidade de vida para o produtor familiar. É garantia da compra do nosso produto, estimula a produzir, permanecer na propriedade. Isso dá um estímulo na gente, porque vamos trabalhar com a certeza da comercialização. É um bom vender, porque o pro­grama oferece um

bom preço”, conta Fátima. O presidente da Empre­ sa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Tião Bocalom, esteve presente e enfatizou: “Temos o projeto de apoiar o pequeno, o médio e o grande produtor. O grande e médio normalmente se viram sozinhos com assistência téc­ nica, mas o pequeno produtor, a agricultura familiar, depende da assistência técnica públi­ ca, então é esse o desafio que o governador Gladson Cameli colocou e estamos nele, resta­ belecendo a Emater para ver o pequeno produzindo e ganhan­ do dinheiro”.

Renda e assistência Durante o encontro, pro­ dutores e representantes de associações e cooperativas fi­ zeram esclarecimentos e trou­ xeram demandas importantes que precisam ser solucionadas para que possam fazer parte dos programas, como a neces­ sidade de uma maior agilidade na emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e nos serviços de vigilância e fiscali­ zação de produtos que exigem ela em algum grau para que possam ser comercializados. Entre os presentes estava a produtora Fátima Maciel, mo­

Em todo o Estado, mais de 2.400 famílias da agricultura familiar devem ser beneficiadas


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AGRONEGÓCIO

Novas regras asseguram o acesso justo à mecanização agrícola para pequenos agricultores e põe fim ao apadrinhamento político O lançamento do Fundo Agropecuário Estadual 2019 entra para a história do setor produtivo rural do Acre. O compromisso da nova gestão é colocar fim ao descaso em que a maioria dos agricultores foram submetidos em anos passados, em que apenas apadrinhados políticos eram os beneficiados de cessão gratuita de equipamentos e máquinas pesadas. O estacionamento do estádio Arena Acreana ficou tomado por tratores, caminhonetes, caminhões e equipamentos agrícolas, sucateados, principalmente pelo mau uso e menosprezo pelo bem público. Todo o maquinário foi adquirido por meio de empréstimos milionários que estão sendo pagos pelo contribuinte acreano. O desdém com o patrimônio público era tamanho que máquinas e equipamentos chegaram ao ponto de ser alugados por servidores, e, até mesmo, pelos próprios produtores rurais, o que era já proibido na época, além do furto de peças, vendidas no mercado ilegal. Em abril de 2019, cerca de 250 bens foram recuperados somente nos municípios de Rio Branco, Acrelândia e Senador Guiomard.

Alavancando a economia renda O fortalecimento e a expansão do agronegócio no Estado são de essencial importância para a economia acreana, porquanto, atualmente, já garante

A produção de carne gira em torno de 150 mil toneladas por ano, com 75 mil toneladas exportadas para outros estados anualmente. Vale ressaltar que o patrimônio bovino acre-

ano equivale a R$ 6 bilhões. Com os avanços previstos pelo governo, por meio dos incentivos que são realizados, a expectativa é aumentar ainda mais esses números. Foto: internet

75 Mil empregos diretos

representando em negócios 12% do Produto Interno Bruto (PIB) local e alcançando em torno de R$ 1,4 bilhões, valor que o coloca em terceiro lugar em termos de geração de renda.

Programas de incentivo Para reduzir a burocracia para os produtores rurais, o governo tornou uma política pública de destaque: a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP). A declaração é uma ferramenta utilizada para identificar e qualificar as Unidades Familiares de Produção Agrária (UFPA) da agricultura familiar e suas formas associativas organizadas em pessoas jurídicas. Com a DAP são fornecidos

diversos instrumentos para que o governo federal possa analisar as condições socioeconômicas do agricultor, assim como o rendimento de suas terras. Por meio do documento, o agricultor familiar tem amplo acesso aos financiamentos e demais benefícios concedidos pelo governo federal por intermédio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e demais programas. Após levantamento feito

em 2019 foi constatada uma série de irregularidades na cessão de DAPs nos últimos anos, liberadas para pessoas que não se enquadravam nos requisitos do programa e, mesmo assim, desfrutavam dos benefícios. Para regularizar essa situação, o governo do Estado iniciou uma ampla campanha para dar o acesso correto à declaração como diversos treinamentos com os técnicos para a emissão regular.


AGRONEGÓCIO Técnicos capacitados: mais oportunidades O governo do Acre em parceria com o Banco da Amazônia promoveu a Oficina de Capacitação para a Aplicação de Créditos no Desenvolvimento da Agricultura Familiar. Em 2019, o banco anunciou um investimento superior a R$ 696 milhões destinados ao incremento das áreas produtivas no Acre. Com a oficina, os técnicos foram capacitados para dar mais celeridade e oportunidade de acesso ao

crédito rural, principalmente aos pequenos produtores. A ideia é que, com a capacitação, as propostas de financiamento sejam realizadas de forma acelerada, uma vez que elas demorariam muito mais para avançar no banco. Com essa nova ferramenta, os processos serão promovidos com brevidade e atendendo melhor os produtores que necessitam desses incentivos para expandir suas produções agrícolas.

Residência Agrária Para fortalecer a assistência técnica e extensão rural no estado, o governo do Acre iniciou um importante projeto em 2019. Trata-se da criação do Programa de Residência Agrária no estado. Para dar subsídio ao projeto, serão destinados ao programa cerca de R$ 3,5 milhões de recursos de créditos do Banco

Interamericano de Desenvolvimento (BID), referentes ao Programa de Desenvolvimento Socioambiental do Estado. Estes valores serão utilizados no pagamento de bolsas de residência profissional para aqueles que ingressarem no programa, o qual deverá ter duração de um ano e carga horária de 1.900 horas.

Amacro O governo apresentou a proposta de criação de uma região de desenvolvimento agropecuária chamada Amacro, envolvendo os estados do Amazonas, Acre e Rondônia. Com os investimentos devidos, essa regionalização produtiva trará um salto de infraestrutura para o setor nos três estados, expandindo a competitividade do campo agropecuário, com geração de mais empregos e renda. De acordo com o secre-

tário da Sepa, Edivan Azevedo, ao assumir a pasta ele decidiu como meta de gestão apoiar a produção rural, por meio do estímulo aos produtores, fortalecendo e promovendo ações que garantissem um ambiente seguro para a produção rural. A Amacro é um audacioso projeto para consolidar a criação de uma nova região próspera, sobretudo por meio da produção agrícola e diversos outros setores do agronegócio.

23 Foto: internet


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Agrone

Um dos mais important volta a ser pilar de des

A

pós 20 anos esquecido e deses­ timulado pela fatídica “floresta­ nia”, o agronegócio no governo Gladson Cameli reinicia com a promoção e a expansão, desde o pequeno ao grande produtor, por meio de ações da Secretaria de Estado de Pro­dução e Agronegócio (Sepa). Garantir o desenvolvimento do es­ tado do Acre é um dos carros-chefe do governador Gladson Cameli e priorida­ de da atual gestão. O agronegócio ou agrobusiness, um dos mais importantes setores da economia mundial, promove

a expansão econômica/social por meio de três caminhos que passam entre os setores primários, com a agropecuária; o secundário, com as indústrias de tec­ nologias e de transformação das maté­ rias-primas; e o terciário, com o trans­ porte e comercialização dos produtos advindos do campo. De acordo com o Ministério de Agri­ cultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (Mapa), a presença dos produtos do agronegócio nas exportações brasi­ leiras em 2019 teve elevação de 1,5 ponto percentual, chegando a 47,6% na ascen­

Setor envolve cadeia produtiva O governo do Acre não tem medido esforços para tornar o estado altamente produtivo e sustentável. Esse setor da eco­ nomia envolve toda uma cadeia de atividades que inclui a pró­pria produção agrícola (cultivo de culturas como o café, algo­ dão, pecuária etc.), a demanda por adubos e fertilizantes, o de­ senvolvimento de maquinários agrícolas, a industrialização de produtos

do campo (como óle­ os, café solúvel, entre outros) e o desenvolvimento de tec­nologias para dinamizar todas essas atividades. Ao contrário do que muitos imaginam, o agronegócio não está somente relacionado com o campo, ele perpassa o am­biente urbano, sendo um dos vetores de promoção do atre­lamento das atividades rurais à dinâmica das cidades.

são do mercado, sendo o regente da ba­ lança comercial do país. Os cinco principais segmentos expor­ tadores do agronegócio brasileiro são: soja (US$ 3,98 bilhões, ou seja, 46,0% do valor exportado); carnes (US$ 1,23 bilhão, ou 14,3% do valor exportado); produtos florestais (US$ 1,10 bilhão, ou 12,7% do va­ lor exportado); café (US$ 467,39 milhões; 5,4% do valor exportado), dentre outros. A participação desses cinco principais segmentos é de 83% do valor total ex­ portado pelo agronegócio brasileiro em março do mesmo ano.

Garantir o desenvolvimento do estado do Acre é um dos carros-chefe do governador Gladson Cameli e prioridade da atual gestão

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egócio

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tes setores da economia senvolvimento no Acre

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uito jovens de 2020 não dos armazéns da Caotados de arroz, feijão, milho e outros producompunham a vocação do Acre, ao lado da peue nasceu junto com as Desde o início da atual grandes mudanças foessárias para o renasda área. Iniciou-se em ocesso de levantamenFoto: Secom - Acre

to situacional de como estava sendo trabalhadas as ações de incentivo aos produtores rurais. Com a avaliação realizada pela Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa) foi possível enxergar os déficits e descasos com o incentivo à produção. Para mudar essa triste realidade, o governo iniciou projetos para tornar o estado produtivo e sustentável. Em 2024, o então

Foto: Secom - Acre

governado entregou 364 equipamentos agrícolas, esses mesmos equipamentos que foram encontrados pelo governo Gladson Cameli abandonados em propriedades rurais, desgastados em sol e chuva, de particulares, de forma totalmente irregular. Outros equipamentos também foram encontrados em abandono pelos ramais acreanos. Todos em péssimo estado.

Máquinas e equipamentos resgatados Em uma ação de recupera­ ção do patrimônio público, o governo Gladson Cameli con­ seguiu localizar e recuperar 46 equipamentos, entre máquinas agrícolas e veículos, em janei­ ro de 2019. O resultado da atu­ ação, coordenada pela Secre­ taria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa), recuperou tratores, caminhonetes, carros, motos, quadriciclos, barcos, colheitadeiras, plantadeiras e outras diversas máquinas agrí­ colas. Os equipamentos foram encontrados em quase todos

os municípios, como Assis Brasil, Brasileia, Bujari, Epita­ ciolândia, Porto Acre, Senador Guiomard, dentre outros. A retomada dos equipa­ mentos agrícolas públicos que estavam sob uso de par­ ticulares ou empresas priva­ das, de forma irregular, faz parte de uma determinação do governador Gladson Ca­meli em mostrar o respeito do governo pelo patrimônio público, resultando em uma gestão equilibrada e transpa­rente nas cessões de uso.

Foto: Secom - Acre


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PRODUÇÃO DO CAFÉ

O governo realizou, no município de Acrelândia um “dia de campo”, para apresentar a gestores públicos e à iniciativa privada o potencial da cadeia produtiva do café clonal no Acre. A propriedade escolhida foi a Estância Taquari, do empresário rural Wagner Álvares, localizada no Ramal do Granada. O produtor apresentou a todos sua lavoura de café clonal. Ao todo, foram plantados e estão sendo avaliados 17 tipos de café clonal na propriedade. E os resultados têm sido positivos no solo acreano, com as plantas apresentando os aspectos adequados de comprimento de hastes, número de rosetas, produção, rusticidade, uniformidade e tempo de maturação, entre outros. A lavoura de café da Estância Taquari possui aproximadamente 65 mil pés de café distribuídos em 20 hectares. O espaço conta ainda com modernos investimentos em fertirrigação e controle fitossanitário, além de técnicas aperfeiçoadas de manejo e condução da cultura, como podas programadas e controle de invasoras, sendo um modelo de produção para o estado. Os produtores de café da região contarão com um secador e um processo de classificação mais aperfeiçoado, iniciado desde a seleção das plantas no campo, já com a separação de grãos verdes dos maduros. Para

Governo apresenta aspectos e potencial da cadeia produtiva do café no Acre 34.283

O Acre é o segundo maior produtor de café da espécie Canephora (conilon e robusta) da região Norte e sexto do país

Mil Sacas

a colheita será adotado o processo semimecanizado, onde o equipamento já promove o corte das hastes, deixando a planta pronta para o próximo ciclo produtivo. Ao evento, estiveram presentes produtores, secretários municipais de agricultura, técnicos privados, estudantes da Universidade Federal do Acre (Ufac), representantes da Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e superintendência

do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Potencial O Acre é o segundo maior produtor de café da espécie Canephora (conilon e robusta) da região Norte e sexto do país, com produção de 34.283 sacas beneficiadas em 1.201 hectares de café canéfora, segundo o IBGE, com dados de 2019. No estado, a cafeicultura ganhou grande importância devido ao seu potencial produtivo, pela viabilidade econômica, além da ex-

pressiva capacidade de geração de empregos no campo. Atualmente, os municípios retomaram a atividade, com incentivo e apoio do governo no preparo das áreas e na logística de entrega das mudas clonais, por meio do Fundo Agropecuário Estadual (Funagro). A região tem a presença de três indústrias beneficiadoras de café, o que garante o mercado para produção. Dezesseis dos 22 municípios cultivam café, sendo que Acrelândia detém mais de 65% da produção total.


ACREAVES E DOM PORQUITO

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Secretários da Sepa, Seict e Sefaz visitam complexo industrial Acreaves e Dom Porquito em Brasiléia Impulsionar o setor produtivo, conhecer melhor as demandas das empresas e incentivar a expansão de suas atividades foram as pautas tratadas na visita técnica às instalações do complexo industrial Dom Porquito e frigorífico Acreaves. A visita aconteceu na manhã da última terça-feira, 22, e contou com a presença do secretário de Estado de Produção e agronegócio do Acre, Nenê Junqueira, juntamente com o secretário de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia, (SEICT), Anderson Abreu, e o secretário da fazenda do Estado do Acre, Rômulo Grandidier. “Essa visita técnica que acontece aqui hoje é muito importante, estamos unindo três importantes secretarias do Acre em prol do setor produtivo, do bom desenvolvimento econômico do nosso estado. E essa é uma determinação do nosso governador, que trabalhemos em conjunto, firmando parcerias que venham a be-

neficiar a população”, disse o secretário da Sepa, Junqueira. Contando Acreaves e Dom Porquito, do mesmo grupo societário, o faturamento dessas empresas é de mais de R$140 milhões de faturamento anual, proporcionando 750 empregos diretos e auxiliando mais de 100 produtores de ani-

mais da região. São abatidos, em média, 250 suínos e 15mil aves por dia, com os animais consumindo 2mil toneladas de ração ao mês - todos os grãos são comprados no Acre. “Acho a visita de representantes do governo de extrema importância, pois essas secretarias (Seict, Sefaz e Sepa)

representam alguns dos pilares de sustentação do Estado. O governador Gladson Cameli tem como meta desenvolver o Acre, e vemos (empresários) os secretários unidos em torno deste objetivo. Essa união entre Estado e Indústria é fundamental para isso”, acredita Paulo Santoyo, diretor presidente da Dom Porquito. A meta do grupo de acionistas é triplicar o faturamento das empresas até o final de 2022. Para iniciar a agenda do dia, os gestores visitaram o Frigorífico Acre Aves, localizado na Br 317, km 08, zona Rural do município. Em seguida visitaram a fábrica de ração do complexo industrial que Acre Aves, que é fornecida aos produtores. E para finalizar a agenda, conheceram o Frigorífico de Exportação de Suínos Dom Porquito, localizado no quilômetro 8 da BR-317, que atua desde 2012 na produção de leitões e na industrialização de suínos, abastecendo todo o mercado Acreano.


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RAMAIS EM CONDIÇÕES Foto: Internet

Escoamento da produção Assegurar a trafegabilidade para o escoamento da produção é prioridade do governo Gladson Ca­ meli. Serão investidos R$ 110 milhões na recuperação e pavi­ mentação de ramais e outros R$ 40 milhões para a compra de máquinas pe­sadas. Os equipamentos também atenderão as necessidades da zona rural em todos os municípios do estado. Para o presidente da Fe­deração de Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac), Assuero Veronez, o sucesso da implemen­tação de novas culturas agrícolas é uma questão de tempo. Ele cita ainda a elaboração de ações volta­das ao setor e empenho do governo como decisivos para o fortaleci­mento da produção rural. “A soja chegando ao Acre e com a possibilidade de expansão, certamente teremos um avanço muito grande no estado. Saímos da monocultura da pecuária para diversificar a produção. Sabemos que não é algo simples e não con­ seguiremos mudar a realidade do dia para a noite. Precisamos de políticas públicas adequadas que

apoiem o produtor rural, especial­ mente na parte de conservação de ramais, maquinário, armazenagem e secadores porque sem isso nin­guém consegue produzir. O atual governo estadual está sintonizado com todas essas questões”, desta­cou Veronez. O Acre começa a viver um novo momento em sua política pública do setor agroprodutivo. Se­gundo dados da Secretaria de Pro­dução e Agronegócio (Sepa), esti­ma-se o estado tenha um incremento aproximado de 31% na produção de grãos, o que signifi­ca a produção de 131 mil toneladas de insumos que ainda incluem mi­lho, arroz, feijão e tantos outros. “É com muita alegria que par­ ticipo deste momento tão impor­ tante para o Acre. Todos sabem que uma das principais bandeiras do nosso governo é o agronegócio e estar aqui, dando início à colhei­ ta da soja em 2020, é uma grande conquista e prova que isso já é uma realidade. Meus parabéns aos pro­dutores que acreditaram e estão plantando não só a soja, mas o mi­lho, o feijão e outras cul-

turas. Esse é o Acre que sonhamos para a nos­sa gente. Saibam que vocês têm em mim um governador parceiro e que está ao lado de quem acredita nessa terra e quer trabalhar”, ga­rante o governador. O governo do Estado junto ao seu setor produtivo tem feito todo um esforço para estimular mais produtores a fazer parte da cadeia da soja, uma cultura de grande im­ portância econômica para o Brasil, sendo hoje a principal cultura do agronegócio brasileiro e um dos maiores produtos de exportação do país. Gladson Cameli já sinali­zou a segurança jurídica para que o agricultor consiga produzir grãos em larga escala. “Outras atividades agrícolas no Acre são de pequena escala, por­ tanto, não estão sujeitas à compro­ metimento devido à expansão da soja. Estamos tratando de confe­rir, via mecanização, Ater e outras maneiras, maior produtividade por área plantada, diminuindo inclusi­ ve a pressão por novos desmata­mentos”, disse o titular da SEPA.


PRODUÇÃOINDÍGENA

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Povos indígenas e sua produção Com o objetivo de comercializar 20 toneladas de feijão com o mercado paulista, o grupo comercial agora deseja aumentar a parceria com grupos indígenas que tenham essa produção. Ricardinho Ashaninka, cacique do povo ashaninka/kampa do Alto Rio Envira, foi o interlocutor. A cultura ashaninka valoriza muito o trabalho produtivo, a forma de lidar com a terra e a produção de alimentos, mas destaca que faltava apenas um olhar mais respeitoso e solidário do Estado para esse tipo de produção.

O governo, sem uso de recursos, sem onerar o Estado, ou apelar ao assistencialismo, conseguiu unir o empresário da livre iniciativa com o produtor indígena. Esse é apenas o início de grandes parcerias. Começou com a aquisição do feijão, depois serão outros grãos, frutas e produtos das aldeias. A Sepa está estabelecendo contato com associações, organizações, federação indígenas e com a própria Funai para que em 2021, já se tenha equipes técnicas atendendo às comunidades indígenas que solicitarem. E é para

essas pessoas que o governo Gladson Cameli também quer abrir novas oportunidades. Na perspectiva de atender numa escala crescente os produtores, do pequeno ao grande, as equipes da Sepa presentes em todos os municípios do Acre vêm articulando várias ações em parceria com outros órgãos governamentais, organizações de base e associações de pequenos produtores. Representantes das etnias ashaninka, huni-kuin/ kaxinawa, madija/kulina e shanenawa estiveram presentes no encontro. Todos os grupos

indígenas demonstraram interesse em receber assistência técnica e fomento à produção em suas terras, ressaltando a importância da conservação das espécies nativas e nascentes d’água, unificando preservação ambiental e cultural. Como o objetivo de impulsionar a produção e estimular o agronegócio, o primeiro passo foi encontrar, entre as diversas comunidades indígenas, quais seriam aquelas que ao longo de décadas foram menos assistidas pelo Estado e quais projetos poderão ser aplicados. Foto: Internet

Ricardinho Ashaninka, cacique do povo ashaninka/ kampa do Alto Rio Envira, foi o interlocutor.


Fotos: Internet

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Comercialização da banana e mandioca

A

cre possui vocação natural para diversas culturas. O Estado é excelente produtor de mandioca e banana. Essas duas culturas serão cada vez mais apoiadas pelo governo de Gladson Cameli, para que os produtos oriundos desse cultivo tenham maior valor agregado e atinja um mercado mais exigente, que pague mais caro pela qualidade exigida. Com relação à produção da banana, a Sepa tem o objetivo de oportunizar a construção de casas de embalagens, que visa atender as exigências de boas práticas de manipulação do produto, com rigor técnico, chegando ao consumidor com a maior longevidade e boa apresentação. Para que isso se torne realidade, o governo, por meio da Sepa, também está promovendo um plano de mitigação contra a sigatoka negra, a peste que assola os plantios de banana e os estados não livres dessa praga sofrem barreiras sanitárias que exigem a isenção dessa doença nos bananais. Sobre a produção da mandioca, o governo destaca que é necessário aproveitar a vocação natural acreana de produzir a melhor mandioca nacional. Detecta que há que se alavancar a produtividade por hectare, para isso a gestão pretende dar condições para que os produtos provenientes desta matéria-prima como a farinha, goma e fécula, sejam produzidos em maior quantidade, apostando sempre em mercados mais exigentes. Para o governador Gladson Cameli “o que mais impressiona foi o quanto o produtor foi desestimulado a produzir, vender ou empreender. Em nosso governo, estamos deixando bem claro que o Acre foi feito para produzir. Aqui o produtor terá segurança e assistência téc-

nica no plantio. Sua produção terá escoamento, secagem dos grãos e armazenagens garantidas.” O governo afirma, que, paralelo a isso, fará com que o produto seja comercializado de maneira justa, e que o produtor sinta no bolso a renda produzida por seu trabalho. “Isso é o agronegócio! Iremos fortalecer a cadeia produtiva e melhorar o ambiente de comercialização, procurando parceiros, abrindo mercados, incentivando, sobretudo o cooperativismo privado, em que os produtores se unam na mesma causa, para robustecer sua capacidade de compra de insumos, máquinas, implementos e aquisição de créditos, para que na hora de comercializar, tenham volume e pessoas especializadas para o alcance de mercados competentes”, destaca o governador.O governo está revitalizando as estruturas construídas do estado que estavam completamente abandonadas, como os armazéns da Cageacre. Já vem estruturando os silos que já existem, aumentando capacidade de secagem e estocagem de grãos. O estado também irá construir um complexo de silos na região de Senador Guiomard, que abrigará 300 mil sacas de milho. Um projeto que será iniciado neste ano e concluído em 2021, objetivando que o produtor sinta a segurança de ter onde secar esses grãos em uma velocidade de 120 toneladas por hora com grande capacidade de estocagem de milho, garantindo assim a oferta permanente de milho para atender as várias cadeias produtivas. Por falar em milho, é matéria-prima para ração de diversos animais como suínos, aves e também a pecuária, esta última que alimenta a boiada no cocho, acelerando o processo de engorda.


AGROPECUÁRIA

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Zona livre de aftosa sem vacinação Atualmente, o Acre possui cerca de 3,5 milhões de cabeças de gado, o que representa um patrimônio de R$ 6 bilhões e geram uma receita anual de R$ 1,2 bilhão. O Acre vacina seu gado há 21 anos ininterruptos com duas campanhas por ano. O estado é reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde Animal como zona livre de aftosa com vacinação há 14 anos, em virtude dos resultados exitosos de suas políticas de defesa e inspeção animal. O Acre tem mais gado que habitantes em todo o estado, o mercado é 90% externo. Diariamente o estado chega a exportar mil bois. Não há barreiras sanitá¬rias para a exportação do boi acreano. Umas das prioridades da Sepa, por meio do Instituto de Defesa Agrária e Florestal do Acre (Idaf) foi criar todas as condições favoráveis para que o Acre esteja livre da aftosa Diariamente o estado chega a exportar mil bois. Não há barreiras sani-

tárias para a exportação do boi acreano. Umas das prioridades da Sepa, por meio do Instituto de Defesa Agrária e Florestal do Acre (Idaf) foi criar todas as condições favoráveis para que o Acre esteja livre da aftosa sem vacina, definitivamente. E foi o que ocorreu no último dia 18 de agosto de 2020. Em coletiva à imprensa, o governo anunciou fazer parte do Bloco I, ou seja, dos estados que fazem parte da zona Livre de febre aftosa sem vacinação. O governo firmou um termo de cooperação com a iniciativa privada por meio do Fundo de Desenvolvimento de Pecuária do Acre (Fundepec), para a construção e reforma dos prédios do Idaf nos 22 municípios para que tudo estivesse adequado na vistoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Foi exatamente no emprenho de cumprir rigorosamente com todos os requisitos para que o estado se tornasse zona livre da doença sem vacinação, que se

deu a mudança histórica de status para a pecuária acreana. Uma das ações foi a realização do anúncio de concurso público para cadastro de reserva visando a contratação de engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, médico veterinário e técnico em defesa agropecuária e florestal, promovido pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf). Desde o início da gestão do governador Gladson Cameli foram contratados 19 veterinários e 16 técnicos agrícolas. “Adquirimos equipamentos, computadores, nobreaks, impressoras, 10 caminhonetes para fortalecer a frota do Idaf e lançamos o concurso público para preencher cargos de veterinários e técnicos agropecuários para fortalecer a vigilância sanitária animal do estado”, declarou o governador. O Estado fez seu programa de gestão e operação da defesa sanitária para que os representantes do Ministério da Agricultura

certificassem o Acre como zona livre de febre aftosa sem vacina ainda em 2020. Vale ressaltar que todos esses requisitos deveriam ter sido seguidos desde 2017, porém as gestões que antecederam Gladson Cameli não deram a devida importância para o status de zona livre sem vacina.

“Adquirimos equipamentos, computadores, nobreaks, impressoras, 10 caminhonetes para fortalecer a frota do Idaf e lançamos o concurso público para preenchWer cargos de veterinários e técnicos agropecuários para fortalecer a vigilância sanitária animal do estado”, declarou o governador.


Foto: Internet

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m 2019, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa), realizou o primeiro seminário sobre a cultura do açaí – um evento aberto realizado um dia inteiro, tendo como público-alvo os gestores públicos da área produtiva, produtores rurais e estudantes – , que reuniu técnicos, produtores e empresários para discutir as potencialidades e sobre como expandir o mercado desta fruta no Acre. Morador do Projeto de Assentamento Orion, no município de Acrelândia, o produtor Sebastião da Silva, conhecido como Bacu, se orgulha de possuir uma terra de 60 hectares voltada apenas para conservação e extrativismo, tendo apenas 6 hectares de área aberta. Cultivando principalmente mandioca na área aberta, ele já tentou plantar o açaí uma

Açaí do Acre vez, mas não obteve sucesso. Após o seminário, sonha em conseguir finalmente dominar o plantio da fruta. Natural do Norte do Brasil e uma fonte rica em minerais como ferro, cálcio, fósforo e vitaminas C, B1 e B2, o açaí tem se popularizado cada vez mais em todo o mundo, o que aumenta a cada ano sua demanda. No Acre, não existem números consolidados sobre a produção do açaí. Porém, de acordo com o Censo Agropecuário, a produção de polpa de frutas passou de 11 para 496 toneladas, entre 2006 e 2017. O que o Acre produz atualmente de açaí nativo e plantado é muito pouco em relação ao potencial que o estado pode oferecer nessa cadeia. A preocupação do governo é levar, por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater, o conhecimento técnico para os produtores não somente

para gerar renda, mas fomentar essa vocação histórica do Estado acreano. O seminário contou ainda com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) e da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac). Em 2019 o Banco da Amazônia anunciou um investimento superior a R$ 696 milhões destinados ao incremento das áreas produtivas no Acre, garantindo a possibilidade de parcerias para linhas de crédito. A proposta não implica em desmatamento da floresta, mas sim em fazer com que as áreas já abertas possam produzir mais. O intuito foi mostrar tanto o açaí como gerador de renda, como também gerador de empregos, com a cadeia de distribui-

ção, coleta, industrialização, beneficiamento e até consumo. Tudo isso é agronegócio e está ligado desde o pequeno ao grande produtor. Dessa forma, uma das direções a serem seguidas é, indubitavelmente, a do agronegócio, um pilar econômico capaz de fortalecer qualquer cidade, estado ou país.


SILOS REESTRUTURADOS

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Estado reestrutura silo de Brasiléia para oferecer atendimento de qualidade aos produtores “Atendendo as reivindi­ cações dos produtores rurais do Alto Acre, iniciamos a res­truturação do Silo Graneleiro. Manter a colheita de grãos e garantir a qualidade do produ­to são prioridade para o gover­no, e o sistema Sepa, que en­volve a Cageacre. Atualmente, a capacidade desse silo é para grandes produções, com essa mudança a intenção é atender e beneficiar o pequeno produ­tor”, ressaltou Nelson Barbosa. O principal objetivo da armazenagem de grãos é manter a qualidade do pro­duto que veio do campo. Portanto, as boas práticas agrícolas

são preceitos básicos para se iniciar um armazenamento de grãos com qualidade. A Cageacre gerencia o total de seis silos em vários locais do estado. Mário Maffi, 49 anos, é produtor há mais de 12 anos e relata que encontravam diver­sas dificuldades em relação à armazenagem e secagem dos grãos, principalmente os pe­quenos e médios produtores. Maffi destaca que estavam desassistidos. “A retomada do silo pelo governo vai nos atender, pois vai otimizar a colheita. Como produtor, acredito que essa reformulação irá garantir e via­ bilizar o

aumento da produção. Estou bastante otimista com esse novo momento e com a gestão atual”, comentou Mário. A retomada do silo de Brasileia pela Sepa. colocando sob o gerenciamento da Cage­acre, vem atender a demanda dos produtores rurais da re­ gião, que estavam desconfor­táveis em ter seus produtos ar­ mazenados em uma estrutura inadequada e má gerenciada. E, através desse passo im­portante, o Estado, através da Sepa, passa a dar o apoio tão necessário para os produtores do Alto Acre”, pontuou o Secretário de Produção.

A Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa) e a Cageacre realizaram, no dia 18, a retomada do Silo Graneleiro, localizado no município de Brasiléia Foto: Internet

As dificuldades que o pro­dutor rural tem com a sua pro­dução são muitas, e torna-se muito mais difícil produzir se ele não tiver incentivo e apoio. Partindo dessa conjuntura, a Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa) e a Cage­acre realizaram a retomada do Silo Graneleiro, localizado no município de Brasiléia, especificamente na estrada do Pacífico. A agricultura tem desem­ penhado um papel importan­te no desenvolvimento do estado, por meio de aspectos como geração de renda e em­prego, desenvolvimento agrí­cola, alto grau de mecaniza­ção, rentabilidade e obtenção de resultados. Em razão disso, a Sepa promoveu a restrutura­ção do silo e o gerenciamento para a Cageacre. Com a restru­ turação, o local passa a aten­ der não somente os produto­res com maior produção, mas também serão contemplados, a partir de então, os produto­res de pequeno porte. O diretor presidente da Cageacre, Nelson Barbosa, acompanhou diretamente a mudança. Para ele, a empresa tem um papel importante nes­ se processo de restruturação que envolve a distribuição de acordo com a capacidade de produção de cada produtor. O silo tem a capacidade de atender aproximadamente 5,2 mil toneladas.


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GENÉTICA ANIMAL

Governo e Ufac fecham parceria para uso da Estação de Melhoramento e Difusão Genética Animal procurou e nós prontamente entregamos para o curso desenvolver ensino, pesquisa e difusão de tecnologia. Todo mundo ganha”, conta Edivan. Entre os equipamentos cedidos estão incubadoras, botijões de nitrogênio, termo-higrômetros, balanças, estufa, máquina de congelação, datalogger de pressão manométrica, aparelho de análise de água e diversos materiais de

escritório. A reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou que o secretário Edivan atendeu de pronto às necessidades do curso de veterinária e que isso deixa a Universidade e o Estado ainda mais próximos, trabalhando juntos, abrindo possibilidades para novas e maiores parcerias com benefício à toda sociedade. “Estamos muito felizes

por essa parceria. Já estávamos tentando esse acordo e o secretário Edivan foi muito célere. E não tenho dúvida que isso vai gerar não só uma contribuição para a universidade e o ensino, como para o estado de forma geral. Vamos ter políticas públicas para todo o Acre. E é isso que queremos, essa parceria forte com o governo”, destaca a reitora. Foto: Cedida

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa) e a Universidade Federal do Acre (Ufac), assinaram na tarde desta terça-feira, 18, um termo de cessão de uso dos equipamentos que compõem a Estação de Melhoramento e Difusão Genética Animal (EMDGA) para o curso de medicina veterinária da instituição. A estação esteve parada por falta de recursos nos últimos anos. Sepa e Ufac decidiram, após tratativas que duraram quase dois anos, que com a cessão dos equipamentos para o curso de veterinária o ganho seria conjunto, já que eles auxiliarão a formação de novos veterinários, especializações e serão capazes de dar resultados práticos para toda a sociedade, incluindo o setor produtivo do estado. O então secretário de Produção e Agronegócio, Edivan Maciel, que é veterinário, ressaltou a importância de que equipamentos especializados e essenciais para o desenvolvimento do setor produtivo do Acre ligado às cadeias animais voltem a ser úteis e bem utilizados. “Essa estação tem que servir à população, tem que servir ao produtor rural. É uma determinação do governador Gladson que tudo que for possível fazer para destravar o agronegócio e a produção rural deverá ser feito urgentemente. Como a estação estava parada, a universidade me

Representantes do governo e Ufac fecharam parceria no curso de medicina veterinária Foto: Samuel Bryan/Secom Foto: Internet


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No Acre, produtores de Porto Acre e do Projeto de Assentamento Baixa Verde apostam em plantio de melancia

A Melancia é uma fruta saborosa e refrescante, sendo usada até como uma sobremesa de baixa caloria, mas, você sabe como funciona o plantio deste fruto? Apesar do tamanho, a melancia não requer grandes espaços, o que é uma vantagem para pequenos produtores interessados em lidar com pomares de cultivo rentável. Além disso, do momento da plantação até a colheita são apenas 60 dias de espera. Distante aproximadamente 60 km da capital Rio Branco, o município de Porto Acre é referência na produção de melância no estado. Antes da pandemia, no mês de setembro, costumava acontecer na região a temporada dos festivais de praia, em que os produtores de melância tinham a oportunidade de negociar diretamente com os consumidores. O agricultor Adenilson Pereira,

mais conhecido como Julinho, é produtor de melância há 4 anos e nos seus 30 hectares de terra já plantou mais de 100 mil pés de melancia. O produtor recebeu de braços abertos a equipe da caravana da produção edição Porto Acre, e ao lado do secretário de Estado de Produção e Agronegócio, Nenê Junqueira, e do senador Marcio Bittar, saborearam uma melancia de sua produção. Satisfeito com o auxílio que recebe do governo, o seu Adenilson explica que para conseguir bons resultados é fundamental o apoio do governo. “Esse apoio é necessário para nós, desde a logística até a parte de escoamento da produção, todo esse auxílio é muito importante e se Deus quiser, de agora em diante, vamos reafirmar ainda mais a nossa parceira com Sepa para obter melhores resultados”, disse.

Outra localidade também conhecida pela produção do fruto fica região conhecida como Baixa Verde, localizada na BR-317, em Senador Guiomard, vivem aproximadamente 250 famílias, e a produtividade do fruto é alta. Natural de São Paulo, o produtor José Petelim Rodrigues e sua família, tem apostado no cultivo da melancia no Acre há pelo menos 13 anos, ao todo são 26 hectares plantados da fruta. Há Alguns anos atrás, a melancia era quase toda importada da região Centro-Sul do país, mas com o apoio do governo do estado no fornecimento de assistência técnica e maquinário agrícola, aliado a coragem e a persistência dos produtores, essa realidade tem mudado. “Desde o início sempre contei com apoio do governo e isso fez toda a diferença, recebemos incentivos com maquinários, trator e caminhão para prepararmos a terra. E ainda hoje recebo ajuda,

sempre que podem não negam contribuir, o secretário Junqueira, em reunião com a gente prometeu um Silo graneleiro, um secador de milho moderno para podermos separar por qualidade, e eu estou muito entusiasmado com essa nova gestão, o secretário é gente como a gente, fala nossa linguagem, também é produtor, estou confiante”, disse o produtor Petelin. Além do cultivo da melancia, seu Petelin conta que também produz abóbora híbrida e paulistinha, milho, feijão e morango vermelho. O produtor explica ainda que chegaram ao Acre com muitos sonhos e vontade de fazer acontecer. Hoje, sua produção tanto da melancia quanto do milho abastecem todo o mercado acreano, desde as principais redes de supermercados até a Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa).


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ECONOMIA FAMILIAR

Famílias lideradas por mulheres em projeto de assentamento são beneficiadas com crédito rural Uma equipe da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) realizou, uma missão para levar a famílias rurais lideradas por mulheres do Projeto de Assentamento Barro Alto, área rural de Rio Branco, os benefícios do crédito Pronaf Mulher. A ação contou ainda com a parceria do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa). Foram beneficiadas 11 famílias produtoras, de um total de 500 em todo o estado que receberão não apenas o Pronaf Mulher, mas também o Crédito Instalação e Fomento. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, por meio do Pronaf Mulher, objetiva oferecer financiamento

à mulher agricultora integrante de unidade familiar de produção enquadrada no Pronaf. Mesmo em tempos de pandemia, a ação é considerada de extrema importância por levar crédito de até R$ 5 mil para cada família beneficiada, o que pode ajudar bastante em tempos de crise em que até escoar a produção tem sido um grande desafio. A ação que já exigiria uma logística desafiadora em tempos normais, agora incorporou por parte dos técnicos presentes todas as novas medidas necessárias durante a pandemia, respeitando o distanciamento social e com distribuição de máscaras, contribuindo para que as mulheres do campo tenham mais autonomia na soma da renda familiar.

O acesso a essa linha de crédito e firmou o compromisso de apoio e assistência técnica para melhorar a produção da agricultura familiar, visando geração de renda, melhoria do uso da mão de obra familiar e o fortalecimento do agronegócio que é um dos principais programas do Plano de Governo do governador Gladson Cameli.

São recursos muito bem-vindos para essa comunidde em um momento delicado que estamos vivendo de pandemia. É mais uma oportunidade de conforto para essas famílias, autono¬mia dessas mulheres e uma prova de que o setor rural não para mesmo nas maiores adversidades, pois é dele que vem o alimento da nossa população. Fotos: Assessoria Emater

Ao todo, 11 famílias foram beneficiadas com a ação de um total de 500 em todo o estado


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Governo une técnicos, produtores e empresários em Câmara de Piscicultura O governo do Estado, por meio da Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa), formalizou na tarde desta quinta-feira, 3, a criação da Câmara Técnica de Piscicultura do Acre, que tem como principal objetivo unir técnicos, produtores e empresários no fortalecimento do setor. A Câmara Técnica será constituída para incorporar temas relevantes e de importância para a área de piscicultura do estado, onde nesta composição estará contemplado todo o segmento, desde o piscicultor que seja pequeno produtor até o setor industrial que produz a ração e realiza a filetagem.

Fortalecimento do setor e melhorias para os produtores é o principal objetivo da Câmara


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PSICULTURA O Acre produz mais de 7 mil toneladas de peixe por ano, movimentando em torno de R$ 40 milhões de reais.

Além da Sepa, a Câmara Técnica de Piscicultura vai contar com membros do estado vindos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Divisão de Pesca e Aquicultura do Mapa, Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac) e outros. “A Sepa, Emater e Cageacre têm a missão nessa Câmara de ser a interlocutora das reivindicações para que o setor se desenvolva e temos a preocupação de que o produtor tenha rentabilidade no seu negócio com alternativas e debates para que todas as situações apresentadas sejam resolvidas”, conta Nilton Souza, engenheiro agrônomo da Sepa. O Acre produz mais de 7 mil toneladas de peixe por ano, movimentando em torno de R$ 40 milhões de reais. Nos últimos anos, em todo o estado, foram construídos cerca de 5.700 tanques e um parque industrial para produção de ração, alevinos e fi-

letagem, mas que necessita de uma parceria público-privada para que haja manutenção e fortalecimento de toda a cadeia que ainda não está solidificada. O secretário de Meio Ambiente, Israel Milani, também participou do encontro e destacou: “Começa a surgir aqui uma ideia muito boa, que eu parabenizo todos os agentes envolvidos, porque a partir da Câmara Técnica nós vamos definir os rumos da piscicultura dentro do estado do Acre. A Sema é uma parceira, vem encabeçando o programa REM junto com a Sepa e Emater, para que nosso produtor consiga produzir com qualidade e tenha um mercado garantido”. Especialista na criação de alevinos e criador de peixes, o produtor José Benício também participou da abertura da Câmara e destacou como é necessário o fortalecimento do setor no estado. “Essa criação da Câmara é de uma importância muito grande, porque você vai identificando as dificuldades e vamos achando as soluções.

A piscicultura no Acre é um desafio muito grande, principalmente por causa dos insumos, principal fator que faz com que a piscicultura não tenha ainda deslanchado aqui, mas agora vamos atrás das soluções e sonhar com um estado com grande produção de pescado”, disse Benício.

A Câmara Técnica será constituída para incorporar temas relevantes e de importância para a área de piscicultura do estado, onde nesta composição estará contemplado todo o segmento, desde o piscicultor que seja pequeno produtor até o setor industrial que produz a ração e realiza a filetagem.


INVESTIMENTOS 39 Primeiro pivô de irrigação do estado conta com apoio do governo para aumentar produtividade Com o intuito de conhecer o primeiro pivô de irrigação do Acre, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa), realizou, uma visita à Fazenda Promissão, localizada na BR-317, Km 100, município de Capixaba, onde o sistema de irrigação está instalado. Muito utilizados em diversas culturas, os pivôs permitem que o produtor tenha um aumento na produtividade e um acompanhamento total do recurso hídrico aplicado à lavoura, do início ao fim. O proprietário da fazenda, Flávio Maia, declarou estar satisfeito com o investimento, e consciente de que vai dar certo. “O Acre vai virar um outro mundo, daqui para frente. Tudo que nós produzimos aqui, nós podemos multiplicar por dez se usarmos esses equipamentos na agricultura. Nós podemos ter uma safra atrás da outra sem parar”. O projeto privado, que conta com o apoio do governo do Estado, vai permitir que a produção por ano, em uma mesma área, seja triplicadaO sistema de pivô central da Bauer Brasil, instalado na fazenda Promissão, garante uma irrigação uniforme e eficiente, o uso sustentável dos recursos hídricos, economia de energia e de mão-de-obra e maior aproveitamento da área cultivada. Além disso, a tecnologia permite que o controle e o monitoramento do sistema de irrigação seja feito a distância.

Produtores de grãos, técnicos do sistema Sepa e autoridades participaram da visita

Proprietário da fazenda Promissão, Flávio Cardoso, está satisfeito com o investimento.

O superintendente do Banco da Amazônia (Basa), José Luiz Cordeiro, acompanhou a visita e ressaltou que o princípio fundamental do banco é desenvolver a região onde atua com as linhas de créditos como a utilizada no projeto de sistema de irrigação. “O Banco da Amazônia como um todo está aqui para incentivar, seja do micro, do pequeno, do médio ao grande produtor rural. Nós não temos distinção, pelo contrário, nós temos linhas de crédito qualificadas para todos esses públicos e para toda a cadeia produtiva, seja do agronegócio, seja da indústria, seja do comércio e serviço”, afirmou. Além do secretário de Produção e Agronegócio e

do superintendente do Basa, estiveram presentes à visita o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac), Assuero Veronez; o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Sérgio Bayum; o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Valtim José; o presidente da Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre (Cageacre), Nelson Barbosa; o presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), André Hassen; secretários municipais de Agricultura de Senador Guiomard, Rafael Maia, e de Capixaba, Celso Ribeiro, técnicos do sistema Sepa e produtores de grãos.


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APOIO AOS PRODUTORES Governo entrega caminhão a pequenos produtores de Tarauacá

Apoiar a Agricultura Familiar é uma das prioridades do Governo do Estado do Acre. Ações de fomento a essa forma de produção, que consiste no cultivo de terra por pequenos produtores, foram realizadas durante todo o ano por intermédio da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa). E para finalizar 2020, a Sepa realizou a entrega de um caminhão, com capacidade de transportar 10 toneladas, para auxiliar os produtores que fazem parte da Cooperativa dos Produtores Familiares e Extrativistas do Estado do Acre (COOPTACRE), por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Acre – PDSA II, em Tarauacá. Estiveram presentes à solenidade realizada a prefeita de Tarauacá Maria Lucinéia, o deputado federal Jesus Sérgio, a coordenadora executiva do PDSA, Roseneide Sena e a coordenadora do PDSA Eneide Braga. Para Narcélio Silva, administrador da COOPTACRE, o veículo tem uma fundamental importância nos planos de expansão de venda dos produtos da cooperativa, que faz o elo de comercialização entre supermercados, pontos de venda, e pequenos produ-

tores. “Temos um plano de expandir nossa comercialização até a fronteira do Acre. Por isso é de fundamental importância esse caminhão, pois vai nos ajudar a escoar nossa produção e alcançar mais clientes”, afirmou. “É importante dizer que não só os produtos da parte de fruticultura, mas também outros produtos que são oriundos do município, e que tem uma qualidade muito boa, como a farinha e a banana também vão ter sua venda facilitada à distribuidores na capital”, finalizou Silva. Houve, também, a celebração pela compra de alimentos por meio do Programa de Subvenção de Compras Emergenciais, em que o Governo do Estado,

com o objetivo de reduzir o impacto da pandemia da Covid-19 no meio produtivo, fez a aquisição de itens de produtores familiares e doou para Unidades Famílias Beneficiárias de Prestação Continuada e nas Unidades de Acolhimento, situadas nos municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul. Até o momento, 30 toneladas de alimentos já foram adquiridos e repassados para as instituições, fomentando a economia, colaborando com o escoamento da produção, e proporcionando alimento a famílias afetadas diretamente pela pandemia da Covid-19. Agricultura Familiar como prioridade Ações como essa es-

tão no plano de gestão da Secretaria de Produção e Agronegócio, que tem como objetivo fortalecer a agricultura de base familiar e proporcionar formas de facilitar todo o processo produtivo, desde o plantio, passando pela venda, até chegar na mesa do consumidor final. “Estas ações estão em consonância com a determinação do Governo do Estado do Acre, que é o total apoio à agricultura familiar, por meio da Sepa. O governo do Estado tem feito todo esforço para que as famílias que estão no campo, produzindo alimento mesmo em pandemia, continuem produzindo”, apontou o então, secretário de Produção e Agronegócio.


INCLUSÃO SOCIAL

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educativas. “Ficamos muito satisfeitos em fazer parte desse projeto. Contribuímos com insumos, adubos e treinamentos para a construção da primeira horta da instituição na unidade do Juruá, e agora esses jovens podem plantar e colher, garantindo, além de ocupação, uma alimentação saudável. Estamos dispostos a contribuir para que o projeto atenda outras unidades socioeducativas”, afirmou Nenê Junqueira.

Parceira entre ISE e Sepa resultou no projeto-piloto intitulado “Plantando sonhos”

Projeto Plantando Sonhos oferece formação profissional a jovens internos O titular da Secretaria de Produção e Agronegócios do Acre (Sepa), Nenê Junqueira, recebeu em seu gabinete o presidente do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE), Mário César Freitas, com o objetivo reafirmar a parceria entre as instituições.. A parceira entre ISE e Sepa resultou no projeto-piloto intitulado “Plantando sonhos”, que consiste em oferecer aos jovens internos formação profissional. “O apoio da Sepa é fundamental para nós. Com os treinamentos que nos oferecem, temos condições de aplicar conhecimento técnico na produção das nossas hortaliças”, disse Mário César Freitas. Atualmente, mais de 300 jovens estão internados em unidades socioeducativas no Acre, sendo quatro delas em Rio Branco e quatro no interior. O objetivo agora é unir forças para expandir o projeto até outras unidades socio-


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BRASÍLIA

Ministra da Agricultura e governador do Acre tratam sobre abertura da exportação de carne para o Peru

A

abertura definitiva para exportação de carnes suína, aves e bovina do Acre para o Peru, foi um dos temas do encontro do governador Gladson Cameli com a ministra da agricultura, Tereza Cristina, nesta quarta-feira, 12, em Brasília. O senador Márcio Bittar, o secretário Estadual de Agricultura e Pecuária, Nenê Junqueira, o procurador geral do Estado João Paulo Setti e o deputado estadual Ro-

berto Duarte participaram da audiência na qual a ministra deu sinal verde para que as equipes do Ministério iniciem o processo de autorização para exportação desses produtos entre o Brasil e o Peru, pela fronteira com o Acre. Vice-líder do governo no senado, Bittar disse que a abertura desse mercado vai fortalecer o setor no Acre, gerar emprego e renda e atrair investidores para região. ”Estamos aqui no Ministério pra agrade-

cer você, Tereza. Nós sabemos do seu esforço para que o Peru se sensibilizasse para receber o suíno, o frango, que para nossa região significa muita coisa, além de gerar mais de cem empregos. Sabemos que agora vem uma comissão do Peru que vai passar pelo Acre para fiscalizar para ver se a gente consegue botar também a carne de boi no mercado peruano”, observou o senador. Cameli aproveitou o encontro para também

tratar das divisões técnicas e ações futuras do portfólio de projetos do Departamento de Produção e Agronegócio da Secretaria Agricultura e Pecuária de Estado. “Gratidão, muito obrigado por tudo que a senhora tem feito através do seu Ministério para o nosso Estado. Gratidão pela abertura desse mercado tão importante para nós, do Brasil, através do nosso Estado para exportar”, disse o governador.


MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

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Governo executa abertura de ramais no Projeto de Assentamento Oriente, na Transacreana O secretário de Estado de Produção e Agronegócio do Acre (Sepa), Nenê Junqueira, visitou juntamente com a equipe da Secretaria, e o diretor de Desenvolvimento Regional do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Tony Roque, o Projeto de Assentamento Oriente, localizado na Estrada Transacreana, km 140, em Rio Branco, para acompanhar os serviços de abertura dos ramais que irão facilitar o escoamento de produção na região. “Estamos aqui hoje para cumprir um compromisso do governo Gladson Cameli, por meio da Sepa, de prestar apoio aos produtores rurais e incentivar a agricultura. Queremos acompanhar a execução deste projeto que ficou esquecido por muitos anos nos governos passados. O nosso compromisso é garantir a trafegabilidade de inverno a verão aqui no projeto Oriente”, disse o titular da Sepa, Nenê Junqueira. Na ocasião, o secretário

aproveitou para realizar uma reunião com os produtores e lideranças rurais, com o intuito de entender quais as principais demandas, e juntos buscarem uma solução viável para melhorar a vida das mais de 300 famílias que vivem na assentamento. A presidente da Associação Nova Aliança, Andréia da Silva, fala sobre a importância da execução deste projeto de recuperação de ramais. “Nós estamos muito felizes com esse trabalho que vem sendo executado aqui, após 20 anos de isolamento, agora estamos tendo acesso via ramais, isso significa muito para nós, porque não tínhamos como escoar nossa produção, muita coisa se perdia, ou tínhamos que comercializar aqui mesmo, com um preço bem abaixo do valor de mercado”, relatou. O produtor José Roberto de Matos é morador da comunidade há 15 anos e possui 4 hectares de plantações de

cana de açúcar, ele explica qual a principal necessidade dos produtores da região. “A gente não tinha como escoar a nossa produção, quase sempre ficávamos no prejuízo e perdíamos a maior parte, então hoje, essa era a nossa maior dificuldade, precisamos desse apoio”. Ao todo, pelo menos 150 quilômetros de ramais poderão ser recuperados para beneficiar os produtores da região. Desde janeiro, foi iniciada as obras para dar acesso aos ramais, que até então eram isolados. Até o momento já foi dado acesso a pelo menos 96 quilômetros de ramais. “Inicialmente, estamos realizando um trabalho de abertura de ramais, para tirar o povo do isolamento e garantir acesso aos moradores, esse é primeiro passo. Depois, iniciaremos o segundo passo, que é realizar a melhoramento dos ramais, processo de drenagem para possibilitar aos

produtores acesso durante todo o ano”, disse o diretor de Desenvolvimento Regional do Deracre, Tony Roque. Outro projeto no assentamento Oriente que ainda está em fase de planejamento é voltado a educação. A produtora rural, Aline Benzecry, é a idealizadora de um programa de escola técnica para atender aos moradores do entorno, e fala sobre a necessidade deste projeto. “Nós estamos ainda iniciando uma ideia de desenvolver educação para todos, em parceria com o governo do Estado, especificamente na nossa área, que é a área rural. A gente acredita na força da criança, desde pequena até a fase adulta no ensino profissionalizante técnico, precisamos melhorar nossa realidade educacional aqui, temos algumas escolas, mas elas passam a maior parte do ano fechadas e as crianças nas colônias”, relatou. Fotos: Eyner Junior


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DO ACRE PARA PERU

Acre pretende avançar de forma significativa com a abertura da exportação de carne para o Peru Fotos: Cedidas

Sendo porta de entrada de investimentos pela Estrada do Pacífico, tendo como rota principal o mercado peruano, o Acre pretende avança de forma significativa no comércio de exportação, tendo como carro-chefe, a carne bovina e suína, já muito apreciadas em todo o Brasil. Os investimentos do governo acreano, por meio da Secretária de Produção e Agronegócio (Sepa), fez com que o setor ganhasse cada vez mais destaque, gerando lucros para a nossa região e aumentando a geração de emprego, mostrando que a economia cresce no Estado com avanços no setor produtivo. Na região do Alto Acre, que compreende os municípios de Xapuri, Epita-

ciolândia, Brasiléia e Assis Brasil, a indústria Dom Porquito, impulsionará os negócios com o país andino, e, consequentemente, com outros países da América do Sul e de outros continentes. Por dia, são abatidos 250 suínos. Em Rio Branco, a qualidade da carne bovina comercializada pelo Frigorífico Santo Afonso do Acre (Frisacre), empresa do grupo Nosso Frigorífico, é notória, fazendo com que as exportações também sejam ampliadas. A empresa tem capacidade de abate diário de 400 bois. Em todo Estado são 20 frigoríficos, que geram cerca de 1.500 empregos diretos. Em maio deste ano, o Acre foi reconhecido interna-

cionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como área livre de febre aftosa sem vacinação. O feito é um marco importante para a economia do Estado. Status sanitário que permite que a carne acreana já seja exportada para o Egito, Uruguai, Paraguai e Hong Kong; tendo como países-alvo o Japão e a Correia do Sul. O mercado global demandante gira entorno de US$ 1,3Bi/ano em importações. “Avançaremos ainda mais com o nosso gado livre da doença. A carne acreana tem um diferencial do que é produzido em outros Estados. Com o reconhecimento da OIE, o nosso produto é mais valorizado, tanto no

Brasil como no exterior. Acredito que irá se expandir de maneira significativa esse mercado”, destacou o titular da Sepa, Nenê Junqueira. Desde que assumiu a pasta, o secretário vem trabalhando para alavancar a produção no Estado. Com iniciativas do governador Gladson Cameli, ações conjuntas (visitas técnicas e conhecimento de demanda) estão sendo desenvolvidas com o apoio das secretarias de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict) e da Fazenda (Sefaz), para que os empreendimentos tenham incentivo para expandir suas atividades.


Exportações Em 2020, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), dentre os dez produtos brasileiros mais exportados, a carne bovina ganhou destaque. “Temos que expandir também a venda da carne suína produzida no Acre. A nossa carne suína está sendo exportada para a Bolívia, Uruguai e Hong Kong; tendo como países-alvo a República Dominicana, Chile e Cuba. As negociações com o mercado internacional agregará muito mais valor a esse produto. Não demorará muito para que a carne suína acreana tenha um reconhecimento maior”, enfatizou o gestor da Sepa. Paronama próximo Diversas tratativas foram desenvolvidas nos últimos 12 meses com a finalidade de chegar nos mercados do Peru e China, mercados estratégicos que alavancariam consideravelmente o volume das exportações. Atualmente, o serviço de inspeção veterinário do Peru (SENASA) publicou no mês de junho/21 os REQUISITOS SANITÁRIOS PARA IMPORTAÇÃO DE CARNE SUÍNA, e já neste mês de julho está sendo coordenada a missão veterinária peruana que deverá vir ao Brasil para inspecionar os frigoríficos brasileiros. Juntamente, existe a possibilidade que haja uma inspeção para os frigoríficos de carne bovina. O mercado da China, que é o principal mercado global de exportações de proteína animal para o Brasil, não deixa de ser também atrativo para o Acre, por isto, ambas proteínas estão em processo de verificação de protocolo de permissão de exportação junto ao Ministério da Agricultura. Espera-se que nos próximos meses haja uma atualização no status. O Governo do Acre também adiantou as negociações junto ao Embai-

DO ACRE PARA PERU

xador da China em Brasília. Países como Vietnã, Cingapura, Malásia e Rússia, também são mercados alvos para a comercialização da carne produzida no Acre. “ As exportações em 2020 para carne suína foram R$8,6Milhões; para carne bovina somaram R$ 5,5Milhões e para as miudezas bovinas somaram R$17,6 milhões.Creio que deva-se considerar que há um longo caminho ainda, o mesmo que foi iniciado há menos de dois anos e que já está dando frutos para o desenvolvimento das cadeias produtivas do Estado”, ressaltou Victor Hugo, consultor de Comércio Exterior.

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INFRAESTRUTURA

Governo fortalece o setor produtivo com entrega de máquinas pesadas para operações em ramais no Acre Fortalecer o desenvolvimento do estado do Acre por meio de incentivos ao agronegócio é um dos carros-chefe do governador Gladson Cameli, e prioridade da atual gestão. Por este motivo, o governo reforçou as atenções para potencializar o setor produtivo, através da entrega de máquinas pesadas e caminhões adquiridos em convênio com a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), por meio de emenda da bancada federal do Acre, com investimento de R$ 47,7 milhões. “O nosso verão amazônico trás a esperança para milhares de produtores, que vivem na zona rural. É o momento de produzir as riquezas, que podem alavancar o desenvolvimento do Acre. Assim, destaco a importância da entrega dessas máquinas como essencial para o aquecimento da nossa

economia”, disse o governador do Acre, Gladson Cameli. A cerimônia de entrega dos maquinários Aconteceu na manhã do dia 28, segunda-feira, e atendendo a um convite do governador, o secretário de

Estado de Produção e Agronegócio, Nenê Junqueira, participou da solenidade, realizada no estacionamento do estádio Arena da Floresta, em Rio Branco. Na ocasião estiveram presentes a superintenden-

te da Sudam Louise Caroline Campos Löw, e o diretor de Planejamento e Articulação de Políticas da Sudam, André Carvalho de Azevedo Carioca. O titular da Sepa, Junqueira, explica que essas aquisições irão


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beneficiar e incentivar os produtores e o agronegócio no Acre. “Esses equipamentos contribuirão para desenvolvimento do setor produtivo no Acre. O trabalho feito pelo governador mostra o seu comprometimento com o povo acreano, seja na zona urbana como na zona rural. Iremos avançar no gronegócio e beneficiar muitas famílias que vivem da agricultura familiar, além disso, garantiremos seus direitos básicos de ir e vir, e daremos melhores condições para que nossos produtores possam escoar suas produções agrícolas”, salientou. Inicialmente serão entregues 92 máquinas pesadas, das 110 que estavam previstas. As máquinas, irão compor a frota do Deracre na

recuperação e pavimentação de ramais e áreas urbanas, e também na intervenção estrutural de rodovias e pontes. Além disso, as 92 máquinas irão compor a operação “Ramais do Acre 2021”, que realiza a manutenção dos ramais em todos os municípios. O processo conta com um recurso de R$ 92 milhões, oriundo de emendas parlamentares. Atualmente, as ações estão sendo realizadas em seis municípios do Alto Acre e Baixo Acre. A ação visa melhorar a infraestrutura, impulsionando as obras de recuperação de ramais em todo o Estado. As 92 máquinas pesadas que serão adquiridas são: 4 escavadeiras hidráulicas, 18 motoniveladoras, 18 pás carregadeiras, 18 retroescavadeiras, 8 tratores de esteira, 18 caminhões basculantes, 2 cavalos mecânicos, 2 semirreboques basculantes e 2 semirreboques com dois eixos.


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Acre pretende avançar de forma significativa com a abertura da exportação de carne para o Peru.................................44 e

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Ministra da Agricultura e governador do Acre tratam sobre abertura da exportação de carne para o Peru

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Primeiro pivô de irrigação do estado conta com apoio do governo para aumentar produtividade

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Projeto Plantando Sonhos oferece formação profissional a jovens internos

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Governo entrega caminhão a pequenos produtores de Tarauacá

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Governo une técnicos, produtores e empresários em Câmara de Piscicultura

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O Acre produz mais de 7 mil toneladas de peixe por ano, movimentando em torno de R$ 40 milhões de reais

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Famílias lideradas por mulheres em projeto de assentamento são beneficiadas com crédito rural

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Governo e Ufac fecham parceria para uso da Estação de Melhoramento e Difusão Genética Animal

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Estado reestrutura silo de Brasileia para oferecer atendimento de qualidade aos produtores

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Açaí do Acre

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Comercialização da banana e mandioca

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Zona livre de aftosa sem vacinação

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Escoamento da produção

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Povos indígenas e sua produção

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Secretários da Sepa, Seict e Sefaz visitam complexo industrial Acreaves e Dom Porquito em Brasiléia

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Governo apresenta aspectos e potencial da cadeia produtiva do café no Acre

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Caravana da Produção chega ao município de Porto Acre

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Novas regras asseguram o acesso justo à mecanização agrícola para pequenos agricultores e põe fim ao apadrinhamento político

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Fortalecimento da agricultura familiar conta com mais de R$ 24 milhões em programas de compras

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governo incentiva

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Com incremento da soja, Acre avança na produção de grãos

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Sepa realiza visita técnica em Senador Guiomard

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Inauguração de casa de farinha automatizada incentiva cadeia produtiva da mandioca em Mâncio Lima Estado assina termo com Granja Carijó em benefício de 60 produtores rurais Em Epitaciolândia,

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Caravana da Produção chega ao Bujari

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Produtores e profissionais do agronegócio recebem visita da Caravana da Produção em Capixaba

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Governo do Estado prepara pacote de ações para apoiar agricultura familiar em Cruzeiro do Sul

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Governo avança na implantação do Plano de Agronegócio do Acre para uma década

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Governo, Sebrae e entidades fecham pacto para atuação estratégica no agronegóco

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Caravana da Produção chega ao interior com proposta de fortalecer cadeia produtiva na região

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Plano Safra chega ao Acre com quase R$ 300 milhões em linhas de crédito

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Governo, por meio da Sepa, investe em fomento à mandiocultura em Plácido de Castro

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