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Breve manual do turista de compras

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Editorial

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Confira as nossas dicas para aproveitar ao máximo, com praticidade e segurança, o comércio do Centro de São Paulo

s malas estão prontas. Está tudo programado para aqueles três dias inteiros dedicados às compras e passeios nos principais pontos do comércio de São Paulo, na região central da cidade. Nesse roteiro, claro, não podem faltar, idas à 25 de Março, ao Brás, ao Bom Retiro, à Liberdade, ao Pari e à Santa Ifigênia. Estamos falando dos pólos mais importantes de compras não só da capital paulista, mas do Brasil. Em nenhuma outra região do país há tanta variedade e tantas pechinchas por metro quadrado. A seguir, as dicas de como se organizar para A

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aproveitar ao máximo a sua maratona de consumo.

Em primeiro lugar, use roupas leves e confortáveis. Você vai andar muito, possivelmente provar roupas, precisa de praticidade e pés livres de qualquer incômodo. Para a assistente social alagoana Marileide Pereira, peças mais justas facilitam a vida na hora de experimentar os itens escolhidos em locais onde não há provadores e os clientes precisam improvisar mesmo, como é o caso de muitas lojas da Rua José Paulino, no Bom Retiro. “Assim, dá para colocar e tirar sem dificuldade”, conta. “Normalmente uso calças legging e blusas sem muito volume”.

E por falar em José Paulino, a vendedora Aldines

Menezes, da Savassi, de moda feminina, localizada na rua mais famosa do Bom Retiro, gosta de orientar as suas clientes nesse sentido. “Explico para elas nunca comprarem na primeira loja visitada, para andarem muito e pesquisarem bem os preços”, afirma.

Outro ponto a observar, segundo a vendedora, é a qualidade no atendimento. “Importante procurar locais onde se é bem atendido, até para fazer melhores escolhas de compras”, diz.

A e m p res á r i a A d r i a n a Araújo, do Mato Grosso, cliente fiel da rua, concorda com ela. “Não compro onde não sou bem atendida”, afirma.

Frequentadora do comércio de São Paulo há anos,

Fotos helcio nagamine

onde abastece o estoque de sua loja, Adriana não deixa de lado ainda os cuidados básicos com a segurança do qual nem todo turista de compras costuma lembrar, levar sempre a bolsa na frente do corpo e evitar usar o celular na rua. Se estiver com muito dinheiro em espécie, use uma daquelas pochetes bem finas, de tecido, conhecidas como porta-dólar e guardadas debaixo da roupa, presas ao corpo. Mais seguro. No caixa, dá para tirar discretamente: a peça fica na altura da barriga, não se preocupe.

No Bom Retiro, por exemplo, um dos dias mais tranquilos da semana para fazer compras é, segundo os lojistas, a terça-feira pela manhã, logo no primeiro horário. Já

na 25 de Março, costuma haver menos gente nos últimos dias do mês.

Além do fator segurança em si, os vendedores, claro, não podem dar a mesma atenção aos consumidores se a loja estiver muito cheia.

Teste ante s de comp rar

Mais uma orientação, que vale para o Circuito e para quaisquer outras lojas: teste antes de comprar, principalmente se você morar fora de São Paulo.

Na hora de pagar, claro, peça desconto. Se possível, pague em dinheiro. Ou com cartão de débito. Estando em grupo, pergunte pela possibilidade de redução dos preços comprando em quantidade. Pechinche, pechinche,

pechinche. Como diz o ditado: o não você já tem.

Organize-se e aproveite as oportunidades do chamado Circuito das Compras de São Paulo, grupo que inclui regiões de vendas da 25 de Março, Brás, Pari, Bom Retiro, Liberdade e Santa Ifigênia. Ao todo, são 20,1 mil lojas cadastradas, espalhadas por 992 ruas por onde circulam, todos os dias, 2 milhões de pessoas. “Somos muito receptivos, atendemos todos os perfis de consumidores”, afirma o presidente da Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras (Apecc ), Ademir Antônio de Moraes. “Todo mundo que vem para São Paulo quer fazer compras no Centro, onde estão as melhores oportunidades do varejo.

À esquerda, o movimento de compras da José Paulino. À direita, a empresária Adriana Araújo: bom atendimento conta pontos

Abaixo, a partir da esquerda, consumidores circulam pelo Brás, pela Liberdade e pela Rua São Caetano: nunca compre no primeiro endereço

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