BP - 770 JANEIRO 2019

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Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 59 nº 770 – Janeiro de 2019

Vida Pastoral

Segundo estudo publicado pelo Dr. Howard Hendricks, ex-professor do Dallas Theological Seminary, muitos dos pastores que estão sendo despojados do ministérios seguem um padrão que vai da alegria e contentamento à tristeza e angústia. Páginas 10 e 11

Missão Campus

Família

Educação Cristã

Organizada pela Federação Paraíba de Mocidade do Presbitério da Paraíba, a 2ª Missão Campus aconteceu em setembro de 2018 na 1ª IP de João Pessoa/PB com o objetivo de fortalecer a fé de jovens universitários.

Baixa taxa de natalidade na Europa aponta que deixar o comodismo de lado e formar uma família é um dos desafios da contemporaneidade, pois, segundo os dados, o núcleo familiar vem passando por mudanças e crises.

Com a finalidade de preparar irmãos para a obra do Senhor a partir da educação, a 2ª Jornada de Educação Cristã aconteceu em novembro de 2018 na IP do Bueno, em Goiânia (GO) e contou com palestras de Márcia Barbutti.

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Editorial – Eu não sabia. Pode?

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Brasil Presbiteriano

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EDITORIAL

Brasil Presbiteriano

Eu não sabia. Pode?

G

ênesis 28.10-22 registra a revelação da aliança a Jacó, evento da maior importância na história da Redenção. Fugindo de Esaú, Jacó parou para dormir. Com a cabeça em uma pedratravesseiro, sonhou com uma escada que ia do céu à terra, pela qual anjos subiam e desciam, e Deus lhe comunicou a sua aliança. “Eu sou o SENHOR, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência. A tua descendência será como o pó da terra (...). Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra (...) não te desampararei, até cumprir eu aquilo que te hei referido.” Como reagiu Jacó a esse

sonho? Ele se mostrou impressionado e percebeu sua própria limitação: “(...) o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia (...) Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus”. Com sua avantajada musculatura, levantou a pedra-travesseiro, fez dela uma coluna e derramou azeite sobre ela. Deus estava ali, impressionou-se ele. O lugar virou um templo, era a casa de Deus. Fez em seguida algumas promessas ao Deus da Promessa e partiu. Jacó respondeu à comunicação da aliança afirmando seu espanto pela presença de Deus e desnudando sua própria ignorância: “O Senhor está neste lugar, e eu não o sabia”. Segundo aprendi de um mestre em hebraico, os verbos hebrai-

do nome Jacó. Pelo que contou o furioso Esaú, Jacó passou a significar explicitamente enganador: “Não é com razão que se chama ele Jacó? Pois já duas vezes me enganou” (Gn 27.36). Gênesis 29.10 mostra que Jacó era um homem forte e, para impressionar a bonita Raquel, foi capaz de rolar uma grande pedra, desafio para um grupo de pastores (v.2-3). Ele já havia mostrado sua força ao levantar a pedra-travesseiro-quevirou-coluna. Forte, autoconfiante, pronto para enganar, Jacó ouve sobre a graciosa aliança e admite sua limitação: Aqui é a casa de Deus e eu, imaginem, eu não sabia! O mais esperto dos mortais não sabe o essencial se Deus não revelar.

cos indicam o sujeito em suas declinações. Assim, a palavra yadati significa “eu sabia”, e lo yadati, “eu não sabia”. Ao acordar de seu sono, Jacó diz: “(...) o Senhor está neste lugar e anokhi lo yadati”. Anokhi significa “Eu”, que então fica duplicado. Literalmente: “Eu, eu não sabia”. O homem que sempre encontrou uma saída a partir de seus próprios recursos afirma sua ignorância diante de Deus. Afinal, quem era Jacó? Gênesis 25.26 informa que, ao nascer, ele “segurava com a mão o calcanhar de Esaú; por isso, lhe chamaram Jacó”. O nome significava “o que segura o calcanhar”, mas Jeremias 17.9 diz que o coração humano é enganoso, e essa palavra tem a mesma raiz

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Rua Miguel Teles Júnior, 394 Cambuci, São Paulo – SP CEP: 01540-040 Telefone: (11) 3207-7099 E-mail: bp@ipb.org.br assinatura@cep.org.br

Órgão Oficial da

www.ipb.org.br Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e Publicações Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP) Clodoaldo Waldemar Furlan (Presidente) Domingos da Silva Dias (Vice-presidente) José Romeu da Silva (Secretário) Alexandre Henrique Moraes de Almeida Anízio Alves Borges Hermisten Maia Pereira da Costa Misael Batista do Nascimento Walcyr Gonçalves Conselho Editorial do BP Março 2018 a março 2020 Cláudio Marra (Presidente) Anízio Alves Borges Ciro Aimbiré Moraes Santos Clodoaldo Waldemar Furlan Hermisten Maia Pereira da Costa Jailto Lima do Nascimento Natsan Pinheiro Matias

EDITORA CULTURA CRISTÃ

Rua Miguel Teles Júnior, 394 – Cambuci 01540-040 – São Paulo – SP – Brasil Fone (11) 3207-7099 Fax (11) 3209-1255 www.editoraculturacrista.com.br cep@cep.org.br 0800-0141963 Superintendente Haveraldo Ferreira Vargas

AMAZO

Líderes de igrejas indígenas participa de curs m o plantado para igrejas res de ministrad em Man o aus pelos Revs . Alcedir Sentalin e Rona ldo Lidório, autor do livro Plan Igrejas tando da Edit ora Cultura Cristã.

Ano 58, nº 770 Janeiro de 2019

livre exerc ício?

Editor Cláudio Antônio Batista Marra Editores Assistentes Eduardo Assis Gonçalves Márcia Barbutti de Lima Produtora Mariana P. Anjos Edição e textos Gabriela Cesário E-mail: bp@ipb.org.br Diagramação Aristides Neto

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Impressão


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TEOLOGIA E VIDA

O Senhor que nos sustenta Hermisten Costa

Q

uando pregou em Corinto, Paulo vinha de uma jornada intensa e difícil. Estivera preso em Filipos (At 16). Em Tessalônica, após um trabalho bem-sucedido, teve de fugir devido à perseguição movida pelos judeus (At 17.1-10). Em Bereia, quando encontra um auditório interessado em conferir o que ele pregava partindo das Escrituras, os judeus de Tessalônica foram lá “excitar e perturbar o povo” (At 17.13). Ele corria risco de morte. Os crentes de Bereia o conduziram em segurança até Atenas. Paulo está preocupado com a jovem igreja de Tessalônica devido às perseguições. Então envia Silas e Timóteo para verificar como a igreja

estava reagindo à situação adversa. Ele quer ter notícias (At 17.15). Observando a intensa idolatria em Atenas, prega o evangelho, sendo ofendido e humilhado. Foi para Corinto onde anunciou o evangelho tendo mais tranquilidade espiritual quando Silas e Timóteo regressaram de Tessalônica com notícias positivas a respeito da igreja (At 18.5). No entanto, encontrando reação por parte dos judeus incrédulos (At 18.57), proclama o evangelho aos gentios. Ao que parece, ele deseja partir logo de Corinto, cidade populosa, rica e imoral. Todavia, o Senhor tem outro propósito para ele, considerando que em Corinto Deus tem o seu povo escolhido que seria vocacionado por meio da pregação do apóstolo. Diz o texto sagrado: “Teve Paulo

durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade” (At 18.9-10). Paulo atendeu à missão divina. Permaneceu em Corinto por 18 meses anunciando o evangelho (At 18.11). Deus o fortaleceu naquele difícil trabalho. Mais tarde Paulo pôde escrever pelo menos quatro cartas àquela igreja das quais temos, provavelmente a 2ª e a 4ª, que trazem tantos ensinamentos e exortações úteis à vida cristã. Mais tarde, preso em Jerusalém, Paulo desejava pregar o evangelho em Roma, contudo, sabia da dificuldade de chegar vivo àquela cidade. Então, na cela, o Senhor lhe conforta e estimula: “Coragem! Pois

do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma” (At 23.11). Calvino (1509-1564) comenta que “se nos convencêssemos de que Deus é o guardião de nossa vida, asseguradamente nenhuma ameaça, nenhum terror, nenhuma morte nos impediria de continuarmos em nossos deveres” (O Profeta Daniel: 1-6, São Paulo: Parakletos, 2000, v. 1, Dn 3.28). Posteriormente, preso em Roma, Paulo testemunha como a sua prisão era estimulante a diversos irmãos: “A maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro a palavra de Deus” (Fp 1.14). A vitalidade da Igreja depende do Senhor. O que

muitas vezes pode parecer um motivo a mais para o nosso desânimo, constitui-se num instrumento útil usado por Deus para despertar e estimular a sua igreja. Paulo esteve preso e, isso, longe de desanimá-lo e também a Igreja, serviu de alerta para os filipenses e outros irmãos, estimulando -os a proclamar com maior intrepidez a Palavra (Veja: também: At 4.23-31). Pela fé, transformemos os obstáculos que são erguidos em oportunidades e estímulos ao serviço de Deus no uso abençoado e abençoador dos talentos que ele mesmo nos confiou. Deus é o Senhor. Ele mesmo nos sustentará. O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a equipe de pastores da 1ª IP São Bernardo do Campo, São Paulo, SP, ensina teologia no JMC, é membro do CECEP e do Conselho Editorial do Brasil Presbiteriano

AÇÃO SOCIAL

Boa Vista de Coração “A fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tg 2.17). Thallita Ribeiro

S

ob o lema “Amando a cidade com o amor de Deus”, a IP de Boa Vista, no Recife (PE), desenvolve

normalmente algumas atividades de ação social através da Junta Diaconal e da Sociedade de Auxiliadoras Femininas (SAF) e, anualmente, promove, através da União de Mocidade Presbiteriana (UMP), um momento especial, tanto pelo número de pessoas alcançados, como pela

variedade de serviços oferecidos a pessoas carentes. O evento é conhecido como Boa Vista de Coração. No dia 18 de agosto, durante a tarde, jovens da UMP Boa Vista e cerca de 50 voluntários, membros e congregados dessa igreja, assim como amigos de diversas áreas profis-

sionais, prestaram atendimento a 270 pessoas, além das 130 outras beneficiadas com roupas doadas e 20 cestas básicas. Paralelamente ao atendimento por médicos, dentistas, psicólogos, advogados, enfermeiros, massagistas, cabelereiros, cuidando do corpo e da mente, pasto-

res e oficiais da Igreja se revezaram na ministração da Palavra de Deus, um grupo se dedicou a atividades com crianças, enquanto outros participantes distribuíram 1.000 panfletos evangelísticos. Thallita Ribeiro é secretária da IP de Boa Vista.


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PRESBITERIANISMO EM FOCO

Carl Joseph Hahn Marcone Carvalho

“D

eus, ajuda-me a dar o meu melhor para ajudá-los.” Essa foi a oração que o Rev. Hahn fez no navio que o trazia ao Brasil, em 1950. Dias depois, ele iniciava seu ministério entre nós. De ascendência germânica, Carl Joseph Hahn nasceu (10.09.1909) e cresceu em Marshal County, Kansas, EUA. Pelo lado paterno, descendia de luteranos e, pelo lado materno, de membros da Igreja Reformada Alemã. Seus antepassados haviam migrado para os EUA no século 19. A infância e adolescência foram vividas na fazenda dos pais, em um lar cristão. Mas, segundo suas próprias palavras, seu encontro com Cristo aconteceu em setembro de 1924, ao ouvir o testemunho de um imigrante alemão que havia sido convertido por meio de um grande livramento do Senhor. A partir de então, passou a levar a vida cristã a sério e tornou-se ativo na igreja, ensinando na Escola Dominical e pregando na ausência do pastor. Aos 16 anos, foi-lhe outorgada a licença de “pregador local”. Nessa época, teve de conciliar o trabalho na fazenda, os estudos e a participação na igreja. Em maio de 1930, graduou-se no Colorado Springs Bible College e,

dois meses depois, casouse com Grace, com quem teve dois filhos (Evangeline Ruth [1931] e Carl Joseph Hahn Jr. [1933]). No mês seguinte, foi ordenado pastor luterano. Nos Estados Unidos, a carreira ministerial do Rev. Hahn foi exercida em duas igrejas no Kansas (Argonia, cinco anos; Fredonia, dois anos), em Columbus, Ohio (oito anos) e em Pasadena, Califórnia, à frente da Rees Memorial Pilgrim Church (um ano). Em 1947, o casal Hahn vinculou-se à Oriental Missionary Society (OMS) e foi designado para o Brasil. Antes, porém, Hahn e Grace colaboraram como obreiros da OMS na China e na Índia (1947-1949). Com a chegada do regime comunista na China, fugiram para Índia e, de lá, visitaram o Reino Unido e regressaram aos EUA. Em 1950, a família veio para o Brasil. Depois de um período em Campinas (SP), o casal e os dois filhos serviram, de 1951 a 1954, em Maringá (PR). Não mais ligado à OMS, o Rev. Hahn assumiu, em março de 1955, a função de diretor de educação cristã no Instituto Gammon, em Lavras (MG). Desde que chegou ao país, mantinha contato com pastores e missionários da IPB. Em 1952, por exemplo, a convite da Comissão Unida do Centenário, organizou a

Rev Carl J. Hahn pregando em um Culto de Páscoa no fim dos anos 80

campanha que levou o evangelista irlandês J. Edwin Orr a pregar em Manaus, Belém, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Sua vinculação à denominação se deu, oficialmente, em janeiro de 1957, quando foi recebido como membro do Presbitério Oeste de Minas. Mais tarde, em 1960, ele foi aceito como missionário da PCUS (Igreja do Sul dos EUA). Ao longo dos anos, o Rev. Hahn envolveu-se em diversas funções e compromissos na IPB e na missão da PCUS. Depois de Lavras, instalou-se em Brasília e, por um tempo, esteve no Mato Grosso do Sul, de onde coordenava ações missionárias. Nessa época, anos 60, foi secretário executivo da Comissão Presbiteriana de Evangelização, vice-presidente da JMN e professor no SPS. Percorria o Brasil, pregava em muitos luga-

res e, esporadicamente, acompanhava sua esposa a Campinas, onde ela tratava sua saúde. Posteriormente, durante um ano, entre 1970 e 1971, substituiu o Rev. Robert Marvin em Parnaíba (PI) e deu assistência às congregações no Maranhão e Piauí. Com o regresso do Rev. Marvin, Hahn e sua esposa foram viver em Campinas, onde ela faleceu em 1973. Na década de 70 ele ensinou na instituição que hoje é a Universidade Metodista de São Paulo, em São Bernardo do Campo, e deu assistência a uma igreja de língua inglesa em Campinas. Aposentou-se em 1975, após 25 anos de trabalho missionário e de haver ocupado diversos cargos. Além dos já mencionados, integrou a diretoria do Hospital Evangélico de Dourados e a da Missão Caiuá. Muito dado aos estudos, o Rev. Hahn obteve diver-

sos títulos e escreveu um livro de singular importância para a historiografia protestante brasileira. Entre 1930 e 1950, de forma presencial ou à distância, realizou estudos de pósgraduação em diferentes instituições (Seminário Luterano, Wynona Lake Bible College, Pikes Peak Seminary, Burton College e Northwestern University) e obteve, em 1947, o Bachelor of Arts in Theology e o Masters of Theology; em 1950, o Doctorate of Theology; em 1965, o título de Doctor of Divinity. Finalmente, em 1970, recebeu o Ph.D. em História pela Universidade de Edimburgo. Nessa instituição, ele havia sido matriculado em 1965, mas, impossibilitado de ausentar-se de nosso país, foilhe sugerido que fizesse sua pesquisa aqui mesmo e que a defendesse na Escócia. Sua tese foi aprovada em 1970 e publicada em português em 1989 (História do Culto Protestante no Brasil [2a ed. 2011]). Seus últimos anos foram passados em Campinas, junto aos familiares e amigos. Faleceu em 17 de janeiro de 1994. De fala mansa e baixa, o Rev. Hahn tinha o hábito de escrever seus sermões e é lembrado como uma pessoa alegre e bem-humorada. O Rev. Marcone Bezerra Carvalho é pastor da 1ª IP de Santiago, Chile, e colunista do Brasil Presbiteriano.


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GOTAS DE ESPERANÇA

Embriaguez ou enchimento do espírito? Hernandes Dias Lopes

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aulo, o grande bandeirante do Cristianismo, inspirado pelo Espírito de Deus ensinou: “(...) não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Há aqui uma semelhança superficial e um contraste profundo. A semelhança superficial é que tanto uma pessoa embriagada como uma pessoa cheia do Espírito estão dominadas por uma influência que não vem delas mesmas. O bêbado, sob os eflúvios do álcool, perde a inibição, revela coragem e torna-se um falastrão. O crente cheio do Espírito transborda de alegria, desfruta gloriosa paz e testemunha de Cristo com entusiasmo. Mas as semelhanças ficam por aqui. Começa, então, um contraste profundo. O álcool, farmacologicamente falando não é um estimulante, mas um depressivo. O álcool é um ladrão de cérebros. Onde o álcool domina, o indivíduo perde o domínio próprio.

Onde o álcool prevalece, a vida torna-se dissoluta. Um homem alcoolizado é um tragédia. Torna-se inconsequente em seus atos e insensato em suas palavras. Por isso, o alcoolismo está por trás de mais de cinquenta por cento dos assassinatos e acidentes de trânsito. Uma pessoa alcoolizada perde o bom senso, o pudor e a responsabilidade. A embriaguez desemboca em dissolução, vergonha e opróbrio.

"O crente cheio do Espírito transborda de alegria, desfruta gloriosa paz e testemunha de Cristo com entusiasmo."

O álcool é um feitor de escravos. Há muitas pessoas que vivem na masmorra do vício. Tornaram-se prisioneiras. São dependentes

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TERÇA

12h

e adictas desse vício maldito que tem destruído vidas, casamentos e famílias. No começo, é apenas um gole. Depois, é uma garrafa. Mais tarde, um barril. O ébrio não tem limites. Não tem controle. Foi vencido. Tornou-se escravo. Perdeu a sobriedade. Os hospitais estão cheios das vítimas do álcool. As cadeias estão lotadas dos usuários do álcool. Os cemitérios estão semeados por aqueles que foram vencidos pelo álcool ou por aqueles que foram ceifados pelos atos perversos dos alcoolizados. É triste constatar como tantos crentes estão mais cheios de vinho do que do Espírito Santo. É vergonhoso constatar que alguns crentes estão vivendo dissolutamente, porque em nome do uso moderado do vinho, chegam a excessos. É assaz preocupante notar que as festas dos crentes são regadas a álcool como se dependêssemos desses artifícios para celebrarmos com alegria. É humilhante ver nossas festas se transformando em redutos de

Missão Mundo. Um panorama do que acontece na Igreja Presbiteriana do Brasil e no mundo presbiteriano. Apresentação, rev. Gilberto Barbosa. Um programa APECOM. Toda terça, 12h, ao vivo na IPB3, a rádio com imagem no Youtube, Facebook, Portal IPB e “on demand” também no Podomatic, iTunes, Spotify e no seu agregador de RSS preferido. Não deixe de ver, ouvir e compartilhar.

bebedeira e ver até mesmo pais crentes introduzindo seus filhos nessa prática perigosa.

" Não precisamos de recursos artificiais para desfrutarmos de alegria. Nossa alegria vem de Deus (...)"

A ordem divina é sermos cheios do Espírito e não cheios de álcool. Não precisamos de recursos artificiais para desfrutarmos de alegria. Nossa alegria vem de Deus e não do álcool. Nosso prazer está no Senhor e não nos banquetes regados a vinho. Sobretudo, numa cultura em que o consumo de bebida alcoólica, mormente em lugares públicos, é um escândalo, deveríamos atentar para a orientação das Escrituras, de não sermos pedra de tropeço e nem provocarmos escânda-

los (1Co 8.8-13; 10.31-33). O apóstolo Paulo é peremptório: “É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar [ou se ofender ou se enfraquecer]” (Rm 14.21). Nossa liberdade é regida não tanto pelos nossos direitos, mas pelo amor ao próximo. Se o que fazemos constitui tropeço para os fracos devemos nos abster por amor aos fracos. Conclamo você, portanto, a ser um crente cheio do Espírito Santo. Essa é uma ordem divina. É para todos. É contínua. A plenitude de ontem não serve mais para hoje. Todo dia é dia de ser cheio do Espírito Santo. Aquilo que os homens procuram no álcool e não encontram, nós temos na habitação plena do Espírito Santo. O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. O Rev. Hernandes Dias Lopes é o Diretor Executivo de Luz para o Caminho e colunista regular do Brasil Presbiteriano.

rádioipb

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VIDA UNIVERSITÁRIA

II Conferência Missão Campus César Costa

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II Conferência Missão Campus, organizada pela Federação Paraíba de Mocidade do Presbitério da Paraíba, aconteceu durante a manhã e a tarde do dia 29 de setembro de 2018 na 1ª IP de João Pessoa/PB. Desde sua primeira edição, realizada no ano passado, a Conferência Missão

Campus tem por objetivo principal o fortalecimento de jovens universitários em relação a diversas ideologias e ideias que contrariam a Palavra de Deus ao qual estão expostos constantemente no âmbito universitário. Dessa forma essas temáticas são discutidas e explanadas para o jovem ter uma ideia mais ampla sobre qual o melhor meio

de combatê-las e de não se deixar influenciar por elas. Na primeira edição temas com “Marxismo Cultural e Apologética” foram abordados. Já na edição atual contamos com preletores tratando das seguintes temáticas “O Evangelho para Muçulmanos” (Igor Sabino), “O Evangelho e as Crenças Esotéricas” (Estevão de Oliveira),

“O Feminismo e o Papel Bíblico da Mulher” (Monique Tavares) e “A Ideologia de Gênero e a Militânica LGBTQ+” (Anderson Paz). Foram momentos muito edificantes. Após os momentos de palestras os presentes puderam tirar dúvidas com os preletores. Todas as temáticas tratadas têm o intuito de fortalecer o

MEMÓRIA

BP ano II

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Brasil Presbiteriano traz mais do que informações do que vem acontecendo nas igrejas do Brasil e do mundo. O BP também busca trazer devocionais e notas relevantes de acontecimentos atuais, como a indicação ao Nobel da Paz da Igreja Perseguida do Egito,

a libertação do pastor Andrew Brunson de prisão na Turquia, a comemoração de 400 anos do Sínodo de Dort, etc. O caráter noticioso faz parte da história do BP, como demonstra a imagem ao lado, da edição de janeiro de 1959, ano II de publicação do jor-

nal. Além de matérias pertinentes à IPB, como história do presbiterianismo no país, convocações para reuniões de Presbitérios, informações sobre a Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro, encontramos também informações sobre política: “Senador americano apela para uma

renovação de fé”. Em 2019, oremos por nossos políticos, clamando por uma renovação de fé de todos representados no Congresso, assim como fez o senador norte -americano citado no BP de 1959. Ore pela nação, ore pelos nossos governantes.

jovem e transformar o campus universitário em um campo missionário. Em 2019 deve acontecer a terceira edição da Conferência Missão Campus. Enquanto isso Deus já tem feito grandes coisas por nós e por isso estamos alegres. César Costa da Silva faz parte da Federação Paraíba de Mocidade do Presbitério da Paraíba


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HISTÓRIA

Lançamento de livro sobre John Theron Mackenzie Alderi Souza de Matos

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o dia 23 de outubro de 2018, às 18 horas, foi realizado no Centro Histórico e Cultural Mackenzie o lançamento de um valioso livro sobre o personagem que dá nome à grande universidade presbiteriana localizada em São Paulo. O autor da obra é o advogado, professor e escritor Nelson Câmara, presidente da Academia Mackenzista de Letras (AML). Além do autor, falaram na ocasião o Dr. Davi Charles Gomes (chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie), o Pb. José Inácio Ramos (diretor-presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie) e o Dr. Benedito Guimarães Aguiar Neto (magnífico reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie). Após o lançamento, que contou com a presença de professores, alunos, funcionários e visitantes, seguiu-a sessão de autógrafos e a abertura de uma magnífica exposição, em duas salas anexas, sobre o personagem homenageado, a obra lançada e o autor. O Dr. Nelson Câmara, graduado em Direito pela UPM, foi o idealizador da Academia Mackenzista de Letras, fundada em março de 2015. Essa entidade, inspirada no modelo da Academia Francesa e da Academia Brasileira de

Letras, possui 40 cadeiras, cada qual com o seu respectivo patrono. Até agora foram preenchidas 27 cadeiras. Os patronos vinculados à Igreja Presbiteriana são, por ordem numérica, John Theron Mackenzie, George Whitehill Chamberlain, Flamínio Fávero, Antônio Bandeira Trajano, Eduardo Carlos Pereira, Erasmo de Carvalho Braga, Francisco Rodrigues dos Santos Saraiva, Isaac Nicolau Salum, Júlio Ribeiro, Otoniel de Campos Mota, Horácio Manley Lane e Jorge César Mota. O autor do livro lançado é o ocupante da cadeira nº 1, cujo patrono é exatamente John Theron Mackenzie, daí o seu interesse em pesquisar sobre esse personagem tão caro à instituição. Esse volume é significativo porque contém a primeira biografia publicada de John Theron Mackenzie. Até recentemente, havia muitas dúvidas quanto a esse indivíduo um tanto misterioso, a ponto de alguns, jocosamente, perguntarem se ele de fato existiu. Certas informações encontradas em diferentes textos não se harmonizavam, a começar da data do seu nascimento e falecimento. Essas questões e muitas outras foram definitivamente esclarecidas pela vasta pesquisa do autor, que fez um grande investimento pessoal de tempo e recursos com

"Essa obra vem enriquecer em muito o conhecimento das origens históricas do Mackenzie e elucida aspectos importantes da atuação missionária norte-americana no Brasil e da trajetória inicial do presbiterianismo pátrio. " tal objetivo. O esplêndido livro de quase 350 páginas, com capa dura e papel de excelente qualidade, reproduz os fac-símiles da vasta documentação angariada nos mais diferentes arquivos públicos e particulares do Brasil e dos Estados Unidos, além de um grande conjunto de fotografias antigas e recentes. O advogado presbiteriano John Theron Mackenzie nasceu no dia 27.07.1818 perto de Phelps, no Condado de Wayne, no oeste do Estado de Nova York, junto ao Lago Ontário. Era descendente de uma das muitas famílias escocesas-irlandesas que emigraram para a América do Norte. Residiu por muito anos na cidade de Nova York, dedicando-se com grande êxito ao exercício da advocacia. Desde muito jovem, interessou-se

pelo Brasil, tendo lido textos de José Bonifácio de Andrada e Silva. Solicitou por duas vezes a emissão de passaportes para visitar o Brasil, em 1862 e em 1890, mas não realizou o seu intento. Em 1891, já idoso e enfermo, fez generosa doação de 50 mil dólares para a construção de um edifício para a Faculdade de Engenharia que a missão presbiteriana pretendia criar em São Paulo. Faleceu em 14.09.1892, sendo sepultado no túmulo da família em Lyons, no condado em que nasceu. A lápide o identifica como o fundador do Mackenzie College, no Brasil. Além da rica documentação original sobre John Mackenzie, o livro contém muitas outras preciosidades, como a vasta correspondência entre o Rev.

George Chamberlain e Rui Barbosa, que recomendou fosse a nova escola incorporada à Universidade do Estado de Nova York; os esforços pela ampliação do campus do Higienópolis; as negociações para a criação do Mackenzie College e a construção do edifício da Faculdade de Engenharia. Uma informação curiosa foi a proposta de doação de um grande terreno na Zona Leste de São Paulo como local alternativo para o College. O livro também explora a conexão de alguns personagens com a maçonaria; o pioneirismo dos primeiros cursos, inclusive no âmbito dos esportes; a Revolução Constitucionalista; a criação da Universidade e a carreira vitoriosa da grande instituição até os dias atuais. Termina com galerias fotográficas completas dos presidentes do Instituto Mackenzie e dos chanceleres e reitores da Universidade. Essa obra vem enriquecer em muito o conhecimento das origens históricas do Mackenzie e elucida aspectos importantes da atuação missionária norte-americana no Brasil e da trajetória inicial do presbiterianismo pátrio. Fica aqui o nosso reconhecimento ao Dr. Nelson Câmara por tão expressiva contribuição. O Rev. Alderi Souza de Matos é o Historiador Oficial da IPB.


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CELEBRAÇÃO

Pastores Jubilados em 2018 Juarez Marcondes Filho

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o dia 07 de novembro de 2018, realizamos um culto em ações de graças ao Senhor, pela vida e ministério de 26 pastores da IPB, que receberam seus diplomas de jubilação. Suas esposas também foram homenageadas após o culto, recebendo uma medalha de honra pelo ministério realizado. Rev. Carlos Roberto Silva e Adinailda Cardoso Silva, Presbitério Norte Espírito Santo – PRNE; Rev. Daniel José de Oliveira e Maria Helena Theotonio de Oliveira, Presbitério Tatuí – PTTI; Rev. Edmilson Rodrigues e Irany Ervilha Rodrigues, Presbitério Niterói – PNTR (ausente); Rev. Fidelcino Camargo de Oliveira e Juracy Brizola Camargo, Presbitério Rumo ao Sertão – PBRS; Rev. Filadelfo Nascimento de Jesus Filho e Marli Me-

Coral presente no culto

Pastores e esposas jubilados 2018

nezes de Jesus Presbitério Cabo Frio – PRCF (ausente); Rev. Gilton Alberto de Souza e Sidineia Reinaldo dos Santos, Presbitério Itamaraju – PITJ (ausente); Rev. Ismael de Lima e Mary Hebling de Lima, Presbitério Marília – PRMA; Rev. Jair Paulo Correia e Miriam de Mendonça Xavier Correia, Presbitério Bauru – PBRU (ausente); Rev. João Marcos Vasconcelos e Marisa de Vasconcelos, Presbitério Extremo Leste Paulistano – PELP; Rev.

Jonas Morais Cunha e Yara Rodrigues Cunha, Presbitério Cotia – PRCO; Rev. Josué Pimentel de Sena e Firmina Ferreira de Sena, Presbitério Nordeste do Pará – PNPA (ausente); Rev. Luiz Eduardo Monteiro e Miriam Roger Monteiro, Presbitério Americana – PAMR (ausente); Rev. Luthero de Aguiar e Roseli Aparecida de Aguiar, Presbitério Cantareira – PBCA; Rev. Manoel Aquino Cavalcante e Maria Domingas Moreira Cavalcante, Presbitério Cantareira – PBCA; Rev. Nelson Duílio Bordini Marino e Carmem Sílvia Pardini Marino, Presbitério Cantareira – PBCA (ausente); Rev. Odilon Sales e Ialda Edi Coelho Sales, Presbitério Itapetininga – PITT; Rev. Oséas Barreto Velasco e Vera Lopes dos Santos Velasco, Presbitério Novo Oeste Rio – PNOR; Rev. Paulo Sérgio de Carvalho e Érica Dias Rodrigues de Carvalho, Presbitério Zona da Mata Norte

– PZMN; Rev. Pedro Alves de Oliveira e Ester de Moraes Camargo, Presbitério Leme – PLME; Rev. Rudival Alexandre Souza e Sidalva Ferreira Alexandre Souza, Presbitério Brasília Sul – PRBS; Rev. Samuel Costa Ferreira e Cleonice Alves Ferreira, Presbitério Brasília Norte – PRBN; Rev. Shil Lang Wing e Sudomita Taveira Alvarenga Wing, Presbitério Sorocaba – PSRC; Rev. Sidney Yera

Vários dos pastores jubilados, vieram acompanhados de suas famílias. O templo estava lotado. Foi uma linda festa ao Senhor! O culto aconteceu no templo da IP de Brasília, com a liderança e participação do pastor da igreja local, Rev. Weber Sérgio, do tesoureiro do Supremo Concílio, presbítero José Alfredo, do Secretário Executivo, Rev. Juarez Marcondes, do Vice-Presidente

Membros do Supremo Concílio presentes no culto de jubilação

Barbosa e Etelvina Tiradentes Barbosa, Presbitério Grande Londrina – PRGL; Rev. Silvânio Silas Ribeiro Cabrial e Rosangela Lopes Cabrial, Presbitério Rio de Janeiro – PRJN; Rev. Wagner Moreira Ficha e Elisabeth Portugal Ficha (Ausente), Presbitério Nilópolis – PNIL; Rev. Wiliton Sudário e Maria Germano Franco, Presbitério Médio Rio Doce – PMRD.

do Supremo Concílio, Rev. Augustus Nicodemus e do Presidente, Rev. Roberto Brasileiro. O pastor hospedeiro, juntamente com os demais componentes do púlpito, dirigiu o programa do qual participou o coral local. Foi pregador o Rev. Augustus Nicodemus. O Rev. Juarez Marcondes Filho é Secretário Executivo do Supremo Concíllio


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EDUCAÇÃO TEOLÓGICA

Formandos dos Seminários da IPB realizam o “Provão” Ageu Magalhães

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o dia 5 de outubro de 2018, 110 formandos de todos os seminários da IPB participaram do já conhecido “Provão”, o Exame Nacional de Avaliação dos Seminários da IPB. As avaliações constaram de 100 questões de múltipla escolha, elaboradas por professores de todos os seminários e divididas em sete áreas: Teologia Sistemática (20 questões), Teologia Pastoral (20 questões), Teologia Exegética e Bíblica (20 questões), História da Igreja (10 questões), Filosofia (10 questões), Língua Portuguesa (10 questões) e Constituição, Ordem e Governo da IPB (10 questões).

As provas foram aplicadas pela internet a todos os formandos. Na pontuação individual, alcançou o maior resultado o Sem. Pedro Luiz Soares (JMC) com 78 pontos, seguido dos Seminaristas Christopher Gomes Vicente (SPN), Élcio Cardoso dos Reis (SDNE) e Sávio Christian Renovato de Souza (SPN), todos com 76 pontos. Das sete áreas requeridas, o Seminário Presbiteriano do Norte (SPN) conseguiu a melhor pontuação em Teologia Sistemática, Teologia Exegética e Teologia Pastoral. Em História da Igreja e Constituição, Ordem e Governo da IPB, o Seminário Teológico Presbiteriano Rev. Ashbell Green Simonton (SPAS) obteve o melhor

resultado. Em Língua Portuguesa, a extensão do Seminário Presbiteriano Brasil Central, em Rondônia

(SPBC-RO), obteve a melhor nota e, em Filosofia, o Seminário Teológico Presbiteriano Rev. Denoel Ni-

A pontuação em cada uma das áreas testadas foi a seguinte (seminários relacionados por ordem alfabética):

codemus Eller (SDNE) alcançou o melhor resultado. Na opinião do Rev. Augustus Nicodemus, presidente da Junta de Educação Teológica da IPB (JET), “o Provão é um instrumento necessário de aperfeiçoamento dos nossos seminários, pois fornece à JET informações obtidas diretamente do corpo discente quanto à qualidade do ensino oferecido neles, bem como quanto à eficiência da administração em garantir o ambiente adequado para que esse ensino aconteça. É com base na análise dessas informações que a JET toma as medidas necessárias para a melhoria do ensino teológico da IPB”. O Rev. Ageu Cirilo de Magalhães Jr. é o Diretor do JMC.

CELEBRAÇÃO

Gratidão pelos 100 anos de Dona Zilda Braga Jaeder Rodrigues

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IP Jardim Pérola teve o privilégio e a bênção de realizar no último dia 13/10/2018 um culto de ações de graças a Deus pelo centenário de vida da irmã Zilda Francisca Braga. Essa irmã nasceu no dia 15.10/.918 na cidade de Conceição do Ipanema/ MG, filha de Adalton Souza Braga e Maria Francisca da Aleluia. Morou também em Goiabeiras/MG e

Mantenópolis/MG, onde se casou com José Laurindo Rocha, isso, antes de chegar em Governador Valadares no ano de 1970, quando ficou viúva. Trabalhou como lavadeira e costureira. Teve 5 filhos: Getúlio Simões Rocha, José Souza Rocha, Maria das Graças Souza, Fátima Maria de Souza Rocha e Lucilda Gonzaga Luciano. Os filhos geraram 18 netos, que por sua vez geraram 20 bisnetos e 3 tataranetos, somando uma

descendência de 46 pessoas. Fez sua pública profissão de fé e batismo no dia 01.05.1977 na 5ª IP de Governador Valadares/ MG, hoje IP Jardim das Oliveiras, sendo celebrante o Reverendo Amós Ferreira da Cunha. Frequentou a Congregação dessa Igreja no bairro Jardim Pérola desde então, sendo recebida por transferência, Nº de Ordem 076, quando da organização da Congregação em Igreja, na data de 26.02.1978,

quando foi organizada a IP Jardim Pérola. Participou da SAF da Igreja desde os tempos de Congregação e foi sócia ativa até os 92 anos quando recebeu o título de sócia emérita e passou a ser cooperadora. É aluna frequente da Escola Dominical da Igreja, bem como assídua participante dos cultos dominicais e trabalhos da SAF e do REPAPI. No dia 13.10.2018 foi realizado o culto em ações de graças com a participação de

cerca de 180 pessoas, estando presentes todos os filhos e grande parte dos netos, bisnetos e tataranetos. O pregador foi o pastor da igreja, Rev. Jean Carlos Serra Freitas. Glorificamos a Deus pela vida da querida e amada irmã Zilda Braga pelo exemplo de mãe, avó, bisavó e tataravó, pelo exemplo de fé, de amor a Deus e aos irmãos, pela vida dedicada ao Senhor ao longo dos anos. Jaeder Rodrigues é presbítero e Conselheiro da SAF – IPJP


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VIDA CRISTÃ

Um padrão observado na queda d Valdeci Santos

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tuar como Secretário Geral de Apoio Pastoral da IPB tem sido uma fonte de alegria e contentamento, mas algumas vezes esse trabalho resulta em muita tristeza e angústia! Talvez nada seja mais difícil nesse sentido do que confrontar um pastor que se desviou do caminho da santidade, ouvir uma esposa machucada pela atitude do marido e filhos desacreditados por causa do exemplo do pai. Tudo isso sem falar ainda das repercussões que a queda de um pastor pode trazer à igreja local. De fato, Satanás parece obter enorme vantagem quando ele consegue seduzir um líder do povo de Deus a fim de desanimar o rebanho comprado pelo sangue de Cristo! Ao falar sobre a queda de pastores não me refiro aos “pecados corriqueiros”, pois ninguém espera que um pastor seja imune ao pecado. Todavia, o que dizer dos “pecados escandalosos”, aqueles que roubam a irrepreensibilidade do ministro diante do seu rebanho e da sociedade? (cf. 1Tm 3.2) O que dizer do adultério, da desonestidade na administração, das dívidas descontroladas, das atitudes violentas, do abuso doméstico, etc.? De fato, é possível des-

crever uma enorme lista que acaba caracterizando o desvio, a queda e a ruína de muitos pastores na igreja de Cristo. Recentemente li um artigo escrito por um dos alunos de Howard Hendricks, ex-professor do Dallas Theological Seminary, que foi produzido a partir de um estudo compartilhado pelo Dr. Hendricks sobre algumas semelhanças entre pastores que haviam fracassado moralmente e se tornaram desqualificados para o ministério pastoral (1Co 9.27). O estudo foi realizado com 246 ministros que, no período de dois anos, haviam sido despojados do ministério. Depois de entrevistar cada homem, Hendricks compilou quatro características comuns de suas vidas: ● Nenhum dos homens estava envolvido em qualquer tipo de prestação de contas a outra pessoa; ● Cada um deles tinha quase cessado de ter um tempo diário de oração pessoal, leitura da Bíblia e adoração pessoal; ● Mais de 80% se tornaram sexualmente envolvidos com alguma outra mulher, situação que muitas vezes teve origem nas sessões de aconselhamento; ● Sem exceção, cada um dos 246 estavam convencidos de que aquele tipo de

queda “nunca aconteceria com ele”. Por mais antigo e limitado que o estudo do Dr. Hendricks possa parecer, ele acaba revelando um padrão comumente observado e testificado entre pastores que se desviam dos caminhos da santidade. Refletindo sobre os dados do estudo de Hendricks, um de seus alunos, Garrett Kell[1], ressaltou algumas lições sobre a queda de alguns pastores que podem ser corretamente classificados como um padrão nessa área. Compartilho abaixo a fim de ajudar e edificar muitos outros que ainda lutam por permanecerem firmes no ministério sagrado.

1. O pecado prospera no isolamento Satanás vive na escuridão e quer nos manter nela. O inimigo é o pai da mentira e o engano também sobrevive melhor na escuridão. Por isso, quando Deus nos chama, ele nos chama para a luz (cf. 1Ts 5.4-5). Ele nos coloca na igreja que é o Corpo de Cristo. Deus criou a igreja para ser inclusive uma comunidade em que as pessoas se ajudam a lutar contra o pecado e a amar melhor o Redentor. Deus nos chama a relacionamentos em que podemos falar a verdade uns aos outros (Ef 4.15,25), confessarmos nossos pecados uns aos outros (Tg 5.16) e a amar aquele que

se desvia (cf. Mt 18.10-20; Gl 6.1-2; Tg 5.19-20). Em outras palavras, a igreja é uma comunidade em que podemos prestar contas uns aos outros e isso é uma bênção na nossa caminhada com Cristo. Por isso, pergunto: quem, de fato, é seu amigo? A quem você regularmente presta contas e compartilha os segredos e angústias da alma? Quem não só tem permissão, mas atualmente está agindo com essa permissão, para lhe fazer perguntas diretas e penetrantes sobre o seu andar com Cristo? Em outras palavras, quanto mais você se isolar, mas vulnerável se torna aos ataques de Satanás e mais tempo pode permanecer cativo das tre-


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de pastores (e de outros cristãos...) vas do prazer pecaminoso. 2. Se flertar com o pecado, você acabará cedendo a ele. A inclinação do pecado é escorregadia! Quanto mais você caminhar na borda do abismo, mais provável será que o seu pé escorregue. O problema é que ministros da Palavra, mesmo sabendo disso, se colocam em situações perigosas inúmeras vezes. Geralmente ignoram que o homem íntegro e reto não apenas teme ao Senhor, mas também foge do mal (Jó 1.1). Quando alguém cai em pecado, isso é uma prova de que não guardava o seu coração (Pv 4.23). No caso de líderes, eles também não guardavam os corações das pessoas que deveriam proteger. Em vez disso, eles se tornaram cegos pelo engano do pecado (Ef 4.22; Hb 3.13) e foram levados para o fosso da destruição (Mt 15.14). De que maneira você está flertando com o pecado? Que provisões você está fazendo para a carne em relação à luxúria (Rm 13.14)? Que detalhes você está escondendo? Quais os e-mails que você está excluindo? Quais históricos de busca na Internet você está apagando? É possível que o pecado esteja agachado em sua porta (Gn 4.7) e o tentador

procurando uma oportunidade para atacar (1Pe 5. 8). Por isso, fuja do pecado; não flerte com ele (Gn 39.6-12; Pv 5–7, Rm 6.1213; 2Tm 2.22 e 1Pe 2.11). 3. O orgulho nos cega quanto à nossa própria fraqueza No estudo do Dr. Hendricks, muitos pensaram que nunca seriam vulneráveis aos pecados escandalosos, até lamentarem seus efeitos mais tarde. As Escrituras advertem: “aquele que pensa estar em pé veja que não caia” (1Co 10.12). Se considerarmos alguns personagens da Bíblia ficaremos admirados com a pecaminosidade do pecado. Por exemplo, Sansão foi o homem mais forte da Bíblia, Salomão, o homem mais sábio da Bíblia e Davi, o homem segundo o próprio coração de Deus. Todavia, todos foram superados pela tentação do pecado sexual (Jz 14-16; 1Rs 11.1-8; 2Sm 11–12 e Sl 51). De fato, ninguém está acima da tentação! Provérbios observa que “a soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda” (Pv 16.18). Aquele que não considera suas próprias fraquezas acaba se achando invulnerável ao pecado e não faz provisões contra a tentação. O problema é que isso já é, em si, um trunfo do tentador.

4. A pureza é cultivada como expressão do amor a Jesus. Em algum lugar ao longo da caminhada, aqueles pastores do estudo de Hendricks negligenciaram a disciplina da devoção e dedicação a Cristo. As orações se tornaram menos apaixonadas. O estudo bíblico passou a ser um exercício profissional. As promessas da Palavra de Deus ficaram empoeiradas. O amor por Jesus se tornou uma experiência passada, algo a ser lembrado, mais do que desfrutado. Como resultado, a sedução do pecado e a loucura em sacrificar o ministério para satisfazer desejos íntimos se tornou demasiadamente forte para serem resistidos. Não há qualquer motivação mais resistente para se fugir do pecado do que o amor e a gratidão por Jesus. Qualquer ordenança humana e determinação pessoal em obedecer a regras legalistas não tem valor algum contra a sensualidade (Cl 2.20-23). Somente nos consagramos livremente a ele e temos na comunhão com ele o prazer da sua aprovação quando somos constrangidos pelo amor de Cristo. Por isso, não permita que seu coração fique gelado em relação ao Senhor. Busque-o diariamente, momento após momento,

com expectativa esperançosa de que ele é melhor do que qualquer prazer fugaz que possa atrair seu coração. Não busque o Senhor apenas em dias de desespero, mas diariamente e sistematicamente. Não despreze sua devocional individual, sua leitura bíblica, seus momentos de derramar o coração diante do Senhor. Lembre-se de que comunhão é algo a ser cultivado e o mesmo acontece em nosso relacionamento com o Redentor. Finalmente, é importante saber que o padrão de queda acima exposto não se aplica somente a pastores, mas também aos pres-

bíteros, diáconos, pedreiros, encanadores, mães, jovens e assim por diante. Na verdade, o pecado não faz acepção de pessoas e se o inimigo percebe que uma estratégia foi bemsucedida com alguém, ele logo tentará estender o seu experimento a outros. Por isso, embora esse artigo se dirija a pastores, os princípios aqui deveriam ser observados por todos os crentes em Cristo. [1] Disponível em: http://garrettkell.com/pattern-among-fallen -pastors-lessons-us/ Acesso em: 02.07.2017. O Rev. Dr. Valdeci da Silva Santos é pastor da IP Campo Belo, São Paulo, e Secretário Nacional de Apoio Pastoral.

ESCLARECIMENTO DA APMT Em relação à matéria “Nasce na Espanha o Instituto Presbiteriano de Teologia”, publicada no Brasil Presbiteriano (edição 768, novembro de 2018, p.8), a APMT esclarece que em setembro de 2018 foi aprovado pela IEPE, Iglesia Evangélica Presbiteriana de España, um Curso de Formação de Liderança. Em novembro de 2018, foi estabelecida uma Comissão para elaborar uma proposta para a formação desse curso, a ser apresentada em maio de 2019, com conteúdo programático, ementas e demais detalhes. Na ocasião, a IEPE se reunirá para discutir sobre a viabilidade de criar oficialmente o Instituto Presbiteriano de Teologia que poderá, inclusive, ter outro nome. Rev. Marcos Agripino C. de Mesquita Diretor Executivo da APMT


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PLANTAÇÃO DE IGREJAS

Novas raízes do evangelho no coração do Rio de Janeiro Igreja Presbiteriana Raízes é organizada no bairro do Flamengo

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ano era 2013. O Rev. Felipe Telles Ferreira, então pastor auxiliar da IP da Gávea, com sua esposa Raphaela, apresentaram ao Conselho o projeto de uma nova igreja no Flamengo, no Rio de Janeiro: um bairro com cinquenta mil habitantes e algumas igrejas evangélicas, mas nenhuma de linha reformada. Após muita oração e mentoria do Rev. Leonardo Sahium e apoio da IP Gávea, o sonho começou a se realizar. Mais igrejas se juntaram na plantação: a IP das Américas e a IP Chácara Primavera, com a visão de espalhar evangelho através de novas comunidades. Em dezembro daquele ano foi realizada a primeira reunião na casa do plantador para a apresentação ao grupo base como seria o processo de plantação e também qual era a visão da igreja: missional, comprometida não apenas em sustentar missões e ser mais um endereço de culto e sim uma missão na cidade; “Ser e fazer discípulos de Jesus”. Eram 12 adultos e 2 crianças. Uma delas João Pedro, filho do plantador, de apenas dois meses. Em pouco tempo o grupo cresceu e foi preciso um lugar apropriado: a Igreja Comunidade de Jesus no bairro de Botafogo alugou

o seu espaço. Entre fevereiro, quando se reuniu pela primeira vez em Botafogo, e meados de agosto a plantação da igreja foi se desenvolvendo. Pessoas se achegaram ao grupo, compreendendo a visão e participando dos cultos, que até então não eram públicos. Não havia divulgação e ainda assim Deus estava trazendo pessoas para se juntar a essa comunidade de fé. À medida que o grupo amadurecia na compreensão da sua missão e a congregação ia se estruturando com irmãos para ensinar as crianças e a conduzir o louvor era hora de se pensar no início dos cultos públicos. Novas igrejas se juntaram. No Brasil, a IP Maracanã, uma igreja recém-organizada que mostrava sua paixão em continuar plantando igrejas. Além das três igrejas locais a graça de Deus se revelou além das fronteiras do país e três igrejas norte-americanas decidiram apoiar a plantação: a Covenant Presbyterian Church, a Good News Church e a Spanish River Church. Havia pessoas, lugar de culto, apoiadores. Mas faltava um nome. Como chamar a nova comunidade que nascia? Era preciso um nome que pudesse carregar um significado que perpe-

tuasse a visão da igreja. Nasceu então Raízes, trazendo dois conceitos que precisavam estar estampados para sempre na vida da igreja: Raízes remetendo à ideia de essência, para viver um cristianismo da maneira como Jesus ensina e Raízes por causa da compreensão de que frutos só nascem quando se está enraizado em Cristo. Equipe montada, nome e marca idealizados, website no ar. Assim no dia 24 de agosto de 2014 foi realizado o primeiro culto público. Eram 51 adultos e 7 crianças: a futura Igreja Presbiteriana Raízes. O tempo passou, nasceram os Pequenos Grupos, o Ministério Infantil e o de Música foi melhor estruturado e a graça de Deus continuou trazendo pessoas dispostas a viver o evangelho e a servir ao Senhor da igreja, aumentando a frequência aos cultos e a necessidade de um espaço maior. No dia 8 de novembro de 2015, alguns dias após o nascimento do segundo filho do casal plantador, Artur, e pouco mais de um ano após o primeiro culto público, a igreja se mudou para o auditório do Hotel Novo Mundo, na Praia do Flamengo. Finalmente o bairro desejado e onde a então futura igreja passou se a reunir. Após a mudança de local a Raízes continuou dando seus passos

rumo à maturidade. Novos convertidos foram batizados, novos membros se achegaram e novos ministérios foram criados, como o de casais e de adolescentes. A igreja continuou indo às ruas fazer sua parte na evangelização pública em lugares como o Largo do Machado, Parque do Flamengo e o centro da cidade do Rio de Janeiro que receberam impactos evangelísticos com um expressivo grupo da Raízes. Com o crescimento e amadurecimento da Raízes, o sonho de finalmente organizar a igreja não tardou. Em março, o plenário

do Presbitério do Rio de Janeiro aprovou por unanimidade o nascimento de mais uma igreja na cidade e os atos para organização se iniciaram. Finalmente no dia 17 de junho de 2018, às 11h00 o presbitério se reuniu, os oficiais foram ordenados e o Rev. Felipe designado o primeiro pastor. As igrejas parceiras foram homenageadas marcando para sempre seu lugar na história da IP Raízes. Eram 177 pessoas. E assim, com o coração cheio de gratidão a Deus nasceu a Igreja Presbiteriana Raízes: “Até aqui nos ajudou o Senhor” (Sm 7.12).

Igreja Presbiteriana Raízes Praia do Flamengo, 20, 3º andar – Flamengo Rio de Janeiro – RJ (Hotel Novo Mundo) facebook.com/ipraizes instagram.com/ipraizes Presbitério do Rio de Janeiro Organização: 17 de junho de 2018 Pastor efetivo: Rev. Felipe Telles Presbíteros: Alan Belart, Dilon Machado e Filipe Heringer Parceiros na plantação: Igreja Presbiteriana da Gávea (RJ) Rev. Leonardo Sahium Igreja Presbiteriana das Américas (RJ) Rev. Haveraldo Vargas Jr Igreja Presbiteriana Maracanã (RJ) Rev. Hélio Gomes Paulo Igreja Presbiteriana Chácara Primavera (SP) Rev. Ricardo Agreste Covenant Presbyterian Church (Palm Bay, Florida) Pr. Jerry Klemm


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IGREJA PERSEGUIDA

Igreja Perseguida no Egito foi indicada ao Nobel da Paz 2018 O país ocupa do 17a posição na Lista Mundial da Perseguição, que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo

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Prêmio Nobel da Paz de 2018 foi para ativistas que lutam contra violência sexual como arma de guerra, entre eles o médico Denis Mukwege, que junto com sua equipe tratou de cerca de 30 mil vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo, e a ativista Nadia Murad, sobrevivente da escravidão sexual imposta pelo Estado Islâmico no Iraque. Contudo, os cristãos do Egito foram nomeados para o Prêmio Nobel da Paz de 2018. Vítimas de severa perseguição, eles são o primeiro grupo etno-religioso a receber a honraria. Embora o comitê norueguês res-

ponsável pelo Nobel não divulgue os nomes dos indicados, organizações em defesa dos coptas anunciaram a indicação. Cerca de 9,5 milhões de pessoas seguem a religião cristã no país, o que representa 10% da população. Resistentes em retaliar os constantes atos de violência que enfrentam, a minoria cristã recebeu a nomeação para o Nobel da Paz 2018.

Igrejas atacadas e fechadas A perseguição aos cristãos no país tem se tornado cada ano mais acirrada e

de 2011 para cá, da Primavera Árabe, o cristão egípcio tem enfrentado a perseguição em várias esferas de sua vida: social, em família, em comunidade – por parte de vizinhos muçulmanos – e por parte do governo. Nos últimos anos, as igrejas de aldeias mais distantes de centros comerciais têm sido violentamente atacadas durante seus cultos e fechadas por autoridades, que exigem que essas igrejas sejam legalizadas. A legalização depende do governo que muitas vezes nega a documentação e proíbe a reabertura dos templos. A solução tem sido encontros ao ar livre ou nas casas dos cristãos. A equipe da Portas Abertas no Egito conversou com o líder de uma das igrejas

no país. Uma aldeia rural do Egito, como qualquer outra: estradas empoeiradas, crianças brincando lá fora, e vacas e ovelhas na rua. Uma igreja também se encaixa nessa imagem. Mas, enquanto as torres das mesquitas dessa aldeia que se elevam acima das pequenas casas chamam para a oração diária, os últimos meses têm sido particularmente silenciosos na igreja cristã da aldeia. “A vontade dos muçulmanos locais aqui é mais forte do que a lei do país”, diz o líder cristão da vila em sua casa na periferia da aldeia. Há alguns meses, os muçulmanos da aldeia descobriram os planos da igreja para legalizar seu prédio que, até então, não existia no papel. Isso pode ter desencadeado o ata-

que que aconteceu logo depois. “Um grupo de jovens muçulmanos se reuniu em frente à nossa igreja, gritando que eles não queriam ter uma igreja em sua aldeia. Eles quebraram janelas e destruíram algumas das propriedades da igreja.” A igreja foi forçada a suspender todas as atividades em seu prédio até que a parte legal seja finalizada, deixando mais de 500 cristãos sem igreja. Quando a igreja será reaberta? A legalização pode levar um ano, pode até nunca ser finalizada. O ambiente é tenso e agora também os lares cristãos são atacados. O futuro não é claro para os cristãos dessa e de muitas outras aldeias em todo o Egito. Fonte: Missão Portas Abertas

DEVOCIONAIS

A inveja mata? Sérgio Bispo dos Santos

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nveja aponta para o sentimento de cobiça à vista da felicidade, da superioridade de outrem. Tem a ver com desejo quase indomável de possuir o que pertence a outra pessoa. Uma vez, alguém perguntou se a inveja tem poder. Minha resposta foi não e sim. A inveja não tem em

si mesma poder de destruir a vida de ninguém nas pode ser empoderada pela pessoa invejosa. Quando dominada pela inveja, a pessoa atenta contra os bens e a vida dos objetos da sua inveja. A inveja é poderosa porque impede de usufruir o que se tem, de viver a vida, uma vez que não se valoriza e usufrui o que se tem. Nesse sentido, o inve-

joso mata a si mesmo. A inveja pode ser empoderada também pela pessoa que é objeto da inveja do outro. Isso acontece quando a inveja do outro gera insegurança, medo e ansiedade. Como exemplo, podemos pensar na pessoa que compra um carro novo. A preocupação com a inveja do outro, pode deixá-la ansiosa, insegura e com medo de

dirigir. Sabemos que essas questões afetam o nosso comportamento. Assim, a inveja – que em si não tem poder nenhum – passa a ter poder, foi empoderada. Como vencer a inveja? Entendendo que ela, por si só, não tem poder algum. Sendo gratos a Deus pelo que temos. Crendo que o que Deus nos deu está sob a sua proteção, sob os seus

cuidados. Alegrando-nos com a vitória dos que estão ao nosso redor. Crendo que Deus cuida de nós. Em Provérbios 14.30, lemos sobre a inveja: “[...] a inveja é a podridão dos ossos”. Seja para o invejoso, seja para quem empodera a inveja do invejoso. O Rev. Sérgio Bispo dos Santos é pastor da IP de Ourinhos, SP.


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PREVISÃO DE LANÇAMENTOS

O dinamismo da Editora Cultura Cristã O

rganizada em 25 de fevereiro de 1948, a Casa Editora Presbiteriana – conhecida como Editora Cultura Cristã – é a editora oficial da IPB que publica livros e material para Escola Dominical

com sólida teologia reformada. Dos livros teológicos aos mais leves, devocionais ou de pesquisas e consultas, todas as publicações do currículo da editora são de autores fiéis à Palavra.

Com diversos lançamentos e reedições, a Cultura Cristã tem mantido corajosa produção, apesar dos tempos difíceis. Confira alguns títulos que estão sendo preparados:

Reedições

Comentários do Antigo Testamento – Jó (John E. Hartley)

A criação restaurada (Albert M. Wolters)

Comentários do Antigo Testamento – Números (Timothy R. Ashley)

Calvinismo (Abraham Kuyper)

Comentários do Antigo Testamento – Zacarias, vol. 1-2 (Mark J. Boda)

Comentários do Antigo Testamento – Gênesis (Bruce Waltke)

Deus não vai embora (Alister McGrath)

Comentários do Novo Testamento – 1-2Pedro e Judas (Simon Kistemaker)

Estudos bíblicos expositivos em Apocalipse (Richard D. Phillips)

Comentários do Novo Testamento – 1-2Tessalonicenses, Colossenses e Filemom (William Hendriksen)

Estudos bíblicos expositivos em Efésios (Bryan Chapell)

Comentários do Novo Testamento – Gálatas (William Hendriksen)

Estudos bíblicos expositivos em Êxodo (Philip Graham Ryken)

Comentários do Novo Testamento – Romanos (William Hendriksen)

Estudos bíblicos expositivos em Gálatas (Philip Graham Ryken)

Como viver e agradar a Deus (RC Sproul)

Estudos bíblicos expositivos em Jeremias e Lamentações (Philip Graham Ryken)

O conhecimento de Deus (J. I. Packer)

Formação de líderes na igreja local (Phil A. Newton)

O cristão e a cultura (Michael S. Horton)

Gente impossível (Os Guinness)

O Cristo dos pactos (Palmer Robertson)

Interpretação da literatura apocalíptica do Antigo Testamento (Richard A. Taylor)

O mal que habita em mim (Kris Lundgaard)

Interpretação da literatura de sabedoria (Edward M. Curtis)

O ser de Deus e seus atributos (Heber Carlos de Campos)

Interpretação de Apocalipse e outras literaturas apocalípticas (C. Marvin Pate)

Pregando Cristo a partir do Antigo Testamento (Sidney Greidanus)

Muito antes de Lutero (Nathan Busenitz)

Salvos pela graça (Anthony Hoekema)

Não podemos nos calar (Albert Mohler)

Teologia Bíblica – Antigo e Novo Testamentos (Geerhardus Vos)

O hebraico bíblico (B. M. Rocine)

Novos títulos 2Coríntios e 1Pedro (J. B. Lightfoot) A estrutura e teologia dos Salmos (Palmer Robertson) A palavra inerrante (John MacArthur, org.) Ciência política (Cale D. Horne) Comentário Bíblico da Reforma – 1-2Samuel, 1-2Reis e 1-2Crônicas (Timothy George, org.)

Estudos bíblicos expositivos em Esdras e Neemias (Derek W. H. Thomas)

Para compreender e aplicar o AT (Jason S. DeRouchie) Para compreender e aplicar o NT (Andrew David Naselli) Pregando Cristo a partir dos Salmos (Sidney Greidanus) Selado com juramento (Paul R. Williamson) Série Fé Reformada – vol. 3 (O que é o homem / O que é a trindade / O que é a providência / Jesus no AT / O que é conversão real)

Comentário Bíblico da Reforma – 1Coríntios (Timothy George, org.)

Série Fé Reformada – vol. 4 (Por que Deus nos deu um livro / O que é evangelização / O que é justificação somente pela fé / O que é ministério da misericórdia / O que é discipulado)

Comentário Bíblico da Reforma – Hebreus e Tiago (Timothy George, org.)

Série Interpretando NT – 1Pedro (Augustus Nicodemus)

Comentário Bíblico da Reforma – Romanos 9-16 (Timothy George, org.)

Somente a Graça (Carl R. Trueman)

Comentários do Antigo Testamento – 1-2Reis (Dale Ralph Davis)

Somente as Escrituras (Matthew M. Barrett)

Comentários do Antigo Testamento – 1-2Samuel (Dale Ralph Davis)

Somente Cristo (Stephen Wellum)

Comentários do Antigo Testamento – Ageu e Malaquias (Mignon R. Jacobs)

Teologia Sistemática (John Frame)

Comentários do Antigo Testamento – Cântico dos Cânticos (Tremper Longman III)

Ungido por Deus – o evangelho segundo Davi (Mark J. Boda)


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FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

Cinquentenário da SAF Jardim Pérola Jaeder Rodrigues

A

IP Jardim Pérola foi organizada 40 anos atrás. Foi a décima igreja presbiteriana organizada na cidade de Governador Valadares, que atualmente conta com 24 igrejas presbiterianas. Contudo, antes de sua organização eclesiástica, a IP Jardim Pérola já contava com a SAF – Sociedade Auxiliadora Feminina, devidamente organizada pela igreja mãe, 5ªIP de Governador Valadares (hoje, IP Jardim das Oliveiras). A organização se deu em 12.06.1968,

sob a direção do Rev. Amós Ferreira da Cunha. Portanto, neste ano de 2018 a SAF Jardim Pérola completou 50 anos. Nos dias 09 e 10.06.2018 foram realizados trabalhos especiais em comemoração ao cinquentenário, dois cultos de ações de graças. No dia 09.06 pregou o Rev. Silvino Cunha Dias, Secretário Sinodal do Trabalho Feminino do Sínodo Rio Doce, com a participação musical do Grupo Servos, da igreja local, e do cantor e compositor Stênio Március. No domingo, dia 10.06,

pregou o Rev. Stênio Március, que também cantou vários hinos em louvor ao Senhor Deus. No encerramento do culto as irmãs cantaram o hino nº 324 “Unidas e Firmes” e recitaram o Moto da SAF. Após o culto houve um momento de homenagens com entrega da Medalha do Cinquentenário a todas as sócias, ex-Presidentes, Conselheiros presentes, ex-sócias e convidados. Estiveram presentes e foram homenageadas as seguintes ex-presidentes: Terezinha Maria Coelho, Elzi Borges Pontes,

Almeny de Pinho Favarato, Elmany Favarato Pereira, Vanuza Nascimento Faria, Waldecir Gonçalves Rosa de Souza, Michele Silveira Leal e a atual presidente Ivânia Márcia Vieira Rodrigues. Ex-conselheiros presentes e homenageados: Presbíteros Ageu da Silva Pontes, Arlindo Favarato, Éder Luís Leal, Nicodemos Martins da Costa, Sebastião Faria Júnior, Rodrigo Fabiano Ferreira Costa e o atual conselheiro, Jaeder Rodrigues. Atualmente, a SAF Jardim Pérola conta com

29 sócias, tendo a mais nova 36 anos e a mais idosa 83 anos. Desde a sua fundação a SAF tem por objetivo integrar as mulheres no trabalho da igreja, irmanadas no ideal de servir a Cristo, cultivar e desenvolver a vida espiritual, social, intelectual e moral de suas sócias e servir ao próximo. Rendemos graças a Deus, Nosso Senhor, por tão rica bênção concedida à Sociedade Auxiliadora Feminina da IP Jardim Pérola. O Presbítero Jaeder Rodrigues é o conselheiro da SAF.

REFLEXÃO

Mamma Mia! "Todas as grandes mudanças nos EUA começaram na mesa de jantar." Ronald Reagan Antônio Cabrera

C

om a rápida secularização da Europa, que se transforma em um museu cultural, surge uma sociedade com menos famílias e com um epidemia de ausência de filhos. E no último levantamento, a Itália apresentou a menor taxa de natalidade da Europa. Foi assim que fiquei surpreso com o anúncio do

governo italiano de que todo casal que tiver um terceiro filho entre 20192021, receberá agora uma parcela de terras Como descendente de italianos, a Itália sempre me lembra salas de jantar animadas e numerosas famílias. Uma cena que está desaparecendo. Nestes tempos romanos os filhos estão sendo descartados pelo comodismo.

Mas posso assegurar que o trabalho com as crianças é pequeno quando comparado ao que recebemos em troca. Embalar um berço, enxugar uma lágrima ou colocar um band aid não tem preço. Asseguro que os filhos podem mudar você. Meus filhos me fazem querer ser uma pessoa mais generosa, com mais paciência, mais amorosa, e acabo fazendo coisas com eles que nunca faria sozinho: assisto jogos de futebol, faço pescarias, organizo viagens e por aí vai... O livro de Gênesis já

nos ensina isso (Gn 30.1), quando Raquel diz “Dá-me filhos, senão morrerei.” Será que não há mais

“nonnas” e Raquel na Itália? O Dr. Antônio Cabrera Mano Filho é presbítero da IP de São José do Rio Preto (SP).


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EDUCAÇÃO CRISTÃ

Professor que é professor Professor que leva a sério sua missão não enrola. Ao contrário, apresenta com clareza as suas propostas. Cláudio Marra

E

u cresci ouvindo sermões recheados de palavras ininteligíveis. Transcendental, bradava meu pastor. Eu não sabia o que era aquilo. Aí fizemos eu e ele um acordo: eu não perguntava o que significava transcendental e ele também não explicava. Alguns pregadores, quando cobrados pelo vocabulário rebuscado

e desconhecido, replicavam que queriam elevar o conhecimento da igreja. Absurdo, claro. Confusão de objetivos. Ou ensinamos novo glossário ou usamos o conhecido para transmitir ideias novas. E aqui vai uma sugestão prática. O professor de ED deve se envolver com sua turma e conhecer cada aluno o melhor possível. Deve captar o vocabulário que empregam seus ouvin-

tes e então usá-lo. Aqui e ali será preciso usar um termo novo, devidamente explicado, mas sem afastar os alunos. Certamente, não basta limitar-se ao vocabulário dos ouvintes. Será necessário ter também um conhecimento do mundo deles, de seus valores e dos óculos com que enxergam a realidade. Alguns termos são conhecidos, mas têm um segundo sentido que

não convém invocar, por mais inocente que seja, para evitar ruídos na comunicação, para não distrair. Não adianta desculpar-se apelando para o sentido etimológico das palavras e alegando que ele deve ser tomado pelos alunos. O sentido dado pelo uso corrente predomina e ocorrerá aos ouvintes, quer o professor queira, quer não. Explique o que quer dizer, diga com clareza e

verifique se entenderam o que você quis dizer. Dê aos alunos oportunidade para se expressarem sobre o que ouviram. Isso lhe dará meios para avaliar se foi realmente compreendido por eles. Só então você poderá afirmar que deu uma boa aula.

os irmãos Sóstenes Martins (Tote) e Rev. Wiclif Nobre. O curso foi dado para atender a todas as faixas etárias do trabalho de educação cristã, mas, sem dúvida, a maior ênfase foi o departamento infantil. Essa tem sido uma área à qual a IPB tem dispensado especial atenção e muito nos animou ver tantos irmãos interessa-

dos em aprender e aplicar, em suas respectivas igrejas, um ensino de qualidade. Louvamos a Deus pela oportunidade e já estamos nos preparando para o próximo encontro que acontecerá no próximo ano. A Deus toda glória!

O Rev. Cláudio Marra é autor do livro A Igreja Discipuladora, professor de Homilética e Pregação no JMC e o Editor da Cultura Cristã

EDUCAÇÃO CRISTÃ

2a Jornada de Educação Cristã Rosalvo Maciel

N

o dia 10 de novembro de 2018 realizamos a 2ª Jornada de Educação Cristã na IP do Bueno, em Goiânia, GO, com a finalidade de reunirmos irmãos de diversas denominações, especialmente presbiterianos que almejam servir melhor na obra do Senhor. Nesse encontro o salmo 78.4, “Contaremos à vindoura geração...”, foi a referência bíblica, afirmando a importância de termos uma geração que conhece ao Senhor e conta à outra geração aquilo que de Deus se pode conhecer e está revela-

do nas Escrituras Sagradas. A IPB prima pelo bom preparo dos líderes que atuam na igreja local e em áreas diversas das atividades educacionais em nosso país e até fora dele. Foi para nós um prazer e uma alegria vermos tantos irmãos vindos de cidades diversas, algumas a mais de 500 km de distância, visando se prepararem melhor, equipandose para atender as diversas áreas da igreja. Agradecemos imensamente a todos os envolvidos. Esse evento teve como palestrante principal nossa irmã Márcia Barbutti, editora assistente da Editora Cultura Cristã. Na coordenação tive-

mos nossa irmã Neli Freitas, escritora e educadora cristã, e na organização do evento, o Rev. Rômulo Assis, pastor auxiliar da igreja hospedeira. Louvamos a Deus pelos líderes de oficinas; as professoras Márcia Barbutti, Neli Freitas, Júnia Eliane, Georgina Melo (Geo), Flórence Dinamene, Ivy Stela e Kátia Castro e

O Rev. Rosalvo S. Maciel é pastor efetivo da IP do Setor Bueno, Goiânia, GO.


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PROJETO SARA

Espiritualidade e Educação no Lar "Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido. Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento. Porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações" (1Pe 3.1-7).

Raquel de Paula

E

stamos com o Projeto Sara desde 2012 estimulando, conscientizando e despertando as mulheres da Igreja Presbiteriana do Brasil a oraram diariamente por seus maridos, como convém no Senhor. Com o propósito de glo-

rificar a Deus através da comunhão com ele pela oração e pela Palavra, nos unimos em oração pelo nosso lar. O versículo chave está em 1Pedro 3.7: para que não se interrompam as vossas orações. A graça comum no lar está igualmente derramada às mulheres e aos maridos,

que juntamente receberam a ordem de serem fiéis a Deus, mantendo a espiritualidade no lar, dando testemunho de uma vida que agrada ao Senhor e consequentemente trazendo paz no convívio familiar. Mais um ano começa e podemos ter a perspectiva de vivermos de forma digna do evangelho a que fomos chamados. Fazendo uma auto-avaliação do ano que passou, qual a nossa nota final? Fomos aprovados? Como foi a educação no lar da cada um de nós? Que neste novo ano nos dediquemos ainda mais a sermos submissas aos nossos maridos, orando

diariamente por eles, promovendo a saúde física, emocional e espiritual. Que nossos maridos possam ter discernimento e sabedoria para conduzir nossos lares no caminho do Senhor. Que juntos acertemos o alvo ao apontar nossos filhos para Cristo, assim como diz em Salmos 127.4: "Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade." Um valente atira suas flechas com força para longe de si, para atingir o alvo: Jesus. E assim, que demos frutos (Jo 15.16) que permaneçam. Que nossas famílias estejam firmadas, edificadas e alicerçadas em Jesus,

para honra e glória do nosso Deus. Que a nossa saúde espiritual esteja cada vez forte, alimentadas pela Palavra da Verdade, que é viva e eficaz, apta para discernir os pensamentos e intenções do coração, útil para o ensino, repreensão, correção e educação na justiça, para que o possamos ser perfeitos e perfeitamente habilitados para toda boa obra. Que Deus abençoe nossas famílias. Que Deus abençoe nossas igrejas. Que Deus abençoe nosso país. Feliz 2019!

cio do Seminário JMC, em 1980. Saiu em 2003, retornou em 2007 e foi professor até o último dia de sua vida. Formou e influenciou diversas gerações de pastores em nossa Igreja. Lecionou e foi diretor do Seminário Presbiteriano Conservador da IP Conservadora, onde chegou a presidir seu

Concílio Maior. Foi professor também no Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper, em São Paulo. Mesmo aqueles que não tiveram aulas com ele foram influenciados pelo seu rigor acadêmico e afabilidade pessoal. Era um grande amigo de todos e um servo exemplar de nosso Senhor Jesus

Cristo. Como Davi disse de Abner, podemos dizer dele: “caiu um príncipe em Israel”. Rev. João Alves deixou saudades e a perene esperança de que um dia haveremos de encontrá-lo novamente, junto ao Senhor.

Raquel de Paula é membro da IP Praia Grande, SP, e colaboradora do Brasil Presbiteriano.

HOMENAGEM

Sala Rev. João Alves no Seminário JMC Ageu de Magalhães

N

o último dia 25 de outubro, o Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição, em São Paulo, SP, prestou homenagem ao Rev. João Alves dos Santos (falecido em 22.04) com o descerramento de uma placa que deu nome à Sala dos Professores do Seminário. Receberam a homenagem a viúva Dna. Elaine, as três filhas Aline, Anne e Louise e vários familiares. Além de alunos e professores do Seminário, estiveram presentes também o Rev. Roberto Brasileiro,

presidente do Supremo Concílio da IPB, o Rev. Daniel Fogaça, presidente da Junta Regional de Educação Teológica – SP e o Rev. Ageu Magalhães, diretor do Seminário JMC, presidindo a homenagem. Presente também o Rev. Welerson Alves Duarte, atual presidente do Supremo Concílio da IP Conservadora do Brasil, denominação em que o Rev. João Alves foi pastor. Rev. João Alves bacharelou-se em Teologia, Direito e Letras e obteve Mestrado em Antigo e Novo Testamentos. Foi professor de Exegese e Língua Grega desde o iní-

O Rev. Ageu Cirilo de Magalhães Jr é o Diretor do JMC.


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18 NO BRASIL E NO MUNDO

Aconteceu em janeiro 01 a 08/01 – Semana Universal de Oração: muitas igrejas presbiterianas realizam reuniões especiais de oração durante a primeira semana do ano, intercedendo pelo novo ano que se inicia. 01/01 – Dia Mundial da Paz, inicialmente chamado simplesmente de Dia da Paz, é comemorado em 1 de janeiro desde 1967. 1502 – Navegadores portugueses exploram a Baía da Guanabara e confundem-na com a foz de um rio, chamando-a de Rio de Janeiro. É o nome da atual segunda cidade mais populosa do Brasil. 1554 – Fundação da cidade de São Paulo. 1763 – O Brasil é elevado à categoria de vice-reino e a capital da colônia é transferida de Salvador para o Rio de Janeiro. 1890 – Comemorado anualmente em 7 de janeiro no Brasil, o Dia da Liberdade de Cultos celebra a liberdade que todos os brasileiros têm de exercer as suas crenças de modo livre e sem qualquer tipo de perseguição religiosa. A data foi instituída a partir de um projeto de lei apresentado pelo gaúcho Demétrio Ribeiro, Ministro da Agricultura naquela época. 1929 – Nasce Martin Luther King, pastor batista e líder negro norte-americano. 1948 – O Tribunal Supremo dos Estados Unidos declara a igualdade de educação para brancos e negros. 1949 – O dia 21 de janeiro é dedicado à comemoração do Dia Mundial da Religião. Essa data foi proposta em 1949 por uma Assembleia Espiritual Nacional da Comunidade Bahá'i, ou Fé Bahá'i, uma religião fundada no século 19 por Bahá'u'lláh, líder religioso persa nascido em 1817 e morto em 1892. 1972 – A TV Difusora de Porto Alegre faz a primeira transmissão experimental em cores da televisão brasileira. 1977 – É fundada a Apple Computer, a primeira indústria de computadores para uso pessoal. 1983 – Entra no ar a Rede Manchete de Televisão. 1985 – Para arrecadar dinheiro na tentativa de amenizar a fome na África, 45 grandes nomes da música internacional uniram-se para gravar We are the world. 1984 – Aconteceu na Praça da Sé, em São Paulo, a maior campanha cívica já realizada no Brasil: Diretas Já, que pedia eleições diretas para presidência da República. 1985 – Tancredo Neves venceu Paulo Maluf e seria o primeiro presidente brasileiro civil, desde o golpe de 1964. Mesmo indireta, a eleição foi recebida com entusiasmo pela maioria dos brasileiros. Tancredo veio a falecer e José Sarney tomou posse. 1997 – A televisão digital é apresentada na Espanha pelo Canal de Satélite Digital do Grupo PRISA. 1999 – É instituída a moeda única da União Europeia, o Euro.

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CELEBRAÇÃO

37 anos da IP de Vila Linópolis de Santa Bárbara D’Oeste (SP) Adauto Seno

A

IP de Vila Linópolis em Santa Bárbara D´Oeste, SP teve início em 19 de abril de 1964, na casa de Joaquim de Oliveira e Geanete Gonçalves de Oliveira com a superintendência de Joel Mantovani e pastorado do Rev. João Feliciano Pires. O início dos trabalhos se deve muito a União de Homens Presbiterianos (UPH). A primeira aula foi dada pelo então seminarista Elias Abrahão (1941– 1996) na classe dos adultos (foi pastor em Curitiba, PR, e Deputado Federal) e a Sra. Deolinda Dias Marino e a jovem Glória Eliza Pires (filha do Rev. João Feliciano) na classe das crianças. Com o crescimento do grupo o Conselho da IP de Santa Bárbara D´Oeste (IP/SBO), plantadora do trabalho, alugou outro espaço para as reuniões. No dia 16 de maio de 1965, aconteceu a primeira aula sob a direção do Rev.

João com a presença de 48 alunos do bairro no novo local. Incentivada pelo pastor da IP/SBO, no dia 02 de agosto de 1970 foi realizado o culto com lançamento da Pedra Fundamental, simbolizando a futura construção do templo da IP de Vila Linópolis. Compareceram o pastor da igreja, Rev. Silas; o Rev. Antônio Lemos de Oliveira, Presidente do Presbitério de Campinas; Antônio Pereira Cabral, pastor da Igreja Pentecostal A Família de Jesus; o Rev. Natanael de Almeida Leitão, da IP Campinas; o coral da IP Central, além de membros da IP/SBO e interessados no evangelho. A construção do templo teve início em 1971 e foi concluída em abril de 1972 com culto de inauguração às 15h, do dia 09 abril de 1972. A celebração foi dirigida pelo Rev. Silas, pastor da IP/SBO, Rev. Silas de Campos, Presidente do Presbitério de

Igreja celebra 37 anos de organização

Campinas, e vários representantes de outras denominações. A fita simbólica foi cortada pelo Presbítero Joaquim Alves de Oliveira. A Igreja foi organizada em 26 de julho de 1981 e em 2018 completou 37 anos de organização. Foram construídas novas salas de aula, salão social e neste primeiro semestre de 2018 o templo foi todo reformado. Hoje a Igreja é pastoreado pelo Rev. Adauto Seno e conta com o apoio do seminarista Lucas Danilo Aranha Bonin. Deus chamou alguns irmãos para o plantio da Igreja e todos nós para cuidar dela com a certeza de que todo crescimento vem e virá do Senhor. Em 2019, ano dos 38 anos da IPVL, não podemos nos esquecer dos que com afinco e dedicação serviram à Igreja e aos que ainda o fazem com alegria. A Deus toda honra e glória. O Rev. Adauto Seno é pastor da IP de Vila Linópolis em Santa Bárbara D’Oeste (SP).


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PRONOMES DE TRATAMENTO

Tu ou você na adoração Misael Nascimento

S

almos 86.10 sublinha a grandeza e unicidade de Deus: “(...) tu és grande e operas maravilhas; só tu és Deus!”. Na passagem, consta duas vezes o pronome hebraico ʾǎt·tā(h), na segunda pessoa, que pode ser traduzido como “tu” ou “você”. Deus é mencionado como “tu” na maioria das versões bíblicas, até nas contemporâneas Nova Versão Internacional e Almeida Século 21. Mesmo na paráfrase A Mensagem, lemos “Deus, tu és único: Não há ninguém igual a ti!”. Também nos hinos clássicos, Deus nunca é chamado de “você”. Isso é assim por força da elegância do “tu”, usado “em estilo nobre e em poesia, ao dirigirmonos a pessoa de consideração […] ou à própria divindade” (Dicionário Aurélio). Na recém-lançada Nova Almeida Atualizada, “Os pronomes ‘tu’ e

‘vós’ deram lugar a ‘você’ e ‘vocês’, visto que hoje, na maior parte do Brasil, dificilmente alguém se dirige a um público usando a forma de tratamento ‘vós’. No entanto, sempre que alguém se dirige a Deus em oração, como, por exemplo, nos Salmos, a forma de tratamento é ‘tu’. Outro bom exemplo é a oração do Pai Nosso (Mt 6.9-13) (SBB). Resumindo, do ponto de vista gramatical não é “errado traduzir ʾǎt·tā(h) como “você”, em Salmos 86.10. E se pensarmos nas declarações “(...) você é grande e faz coisas maravilhosas; você é o único Deus”, notaremos que, teologicamente, o uso de “você” não causa prejuízo ao entendimento de Deus como distinto e soberano sobre tudo e todos, nem implica, necessariamente, em desrespeito. De fato, o pronome “você” só possui conotação desrespeitosa por causa de nossa configuração pecaminosa, desde a queda. O ideal é

que digamos “você” sempre respeitosamente, nos dirigindo a outro ser humano ou a Deus. Que reconheçamos cada ser humano como criatura de Deus e Deus como criador. Há diferenças na consideração que devemos aos homens e a Deus, mas o padrão divino é que nossas interações — todas, até com nossos opositores — sejam com respeito fundamentado no amor. Além disso, há o desconforto provindo da tradição da língua — um desconforto cultural. Algumas mudanças culturais são mais rápidas do que os dicionários. O uso de “você”, como pronome indefinido, ganha espaço até em relações anteriormente tidas como formais. Isso conduz — gostemos ou não — ao surgimento de músicas nas quais Deus é tratado como “você”. Como pastor conservador, meu primeiro ímpeto é o de excluí-las da adoração con-

gregacional. No entanto, creio que há um caminho melhor. Antes de julgar precipitadamente um compositor como herege desrespeitoso, sugiro a verificação de quatro detalhes. É importante: 1. Verificar se o que a canção diz corresponde à doutrina bíblica sadia. 2. Notar se o cântico é teocêntrico e cristocêntrico (há cânticos que chamam Deus de “você” e são teocêntricos, e há outros que chamam Deus de “tu”, mas são centrados no homem; não passam de autoajuda travestida de linguagem cristã). 3. Checar se a música contém evangelho fiel para o pecador. 4. Avaliar se ela possui “peso e majestade” (palavras de Calvino) pertinentes para a adoração, se convida a alma a se elevar em ato de adoração sincera e pura (Sl 25.1). Quando esses critérios são atendidos, entendo que esta-

mos diante de boa música cristã contemporânea. Escrevo como alguém que ama os hinos e a Bíblia Almeida Revista e Atualizada, desde o tempo em que se lia “cousas”, onde hoje se lê “coisas”. Quem me conhece sabe que gosto de formalidade e solenidade. Ao mesmo tempo, a linguagem e os tempos mudam. O que não pode mudar é a solidez de nosso compromisso com as Escrituras. Mais ainda, que nossa ortodoxia nos motive a caminhar com respeito e elevada consideração a Deus e ao próximo. Que a cada nova fase ou momento de nossa peregrinação, amemos ao Senhor mais e melhor, e que tal amor seja comprovado por obediência voluntária: “Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei” (Sl 40.8). O Rev. Misael Batista do Nascimento, pastor da IP de São José do Rio Preto, membro do CECEP e do Conselho Editorial da CEP.

NOTAS

Seminário de Ciências Bíblicas da SBB

D

e 8 a 10 de novembro, a cidade de Vitória (ES) sediou mais uma edição do Seminário de Ciências Bíblicas (SCB) promovido pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB). O seminário aconteceu na 1ªIP de Vitória e

contou com cinco painéis, sendo eles A Nova Almeida Atualizada e Como a Bíblia chega às pessoas hoje?, ministrados por Marcos G. F. Silva; A Bíblia e a pregação expositiva, por Hernandes Dias Lopes; História da Escrituração Bíblica com Martinho Lutero

Semblano e Bíblia Sagrada: o Livro da esperança por Acyr de Gerone Júnior. Organizados desde o ano 2000, esses encontros já alcançaram milhares de pastores, líderes cristãos, obreiros, professores de EB e seminaristas, entre outros públicos.


Brasil Presbiteriano

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Boa Leitura A Teologia do Apóstolo Paulo Herman Ridderbos 2014 – 2ª Edição R$ 75,20

A Inspiração e inerrância das Escrituras desenvolve, explica e comprova com clareza e síntese que a Bíblia é o registro inspirado pelo Espírito Santo da revelação de Deus. De leitura tranquila, a obra de 1998 é de ideal para os cristãos brasileiros modelados em uma sociedade onde misticismos e crenças se misturam com a Revelação Divina, pois o autor explica de maneira clara seu ponto de visto reformado sobre o poder das Escrituras. O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa, autor de A Inspiração e inerrância das Escrituras, integra a equipe de pastores da 1ª IP de São Bernardo do Campo, São Paulo, SP, ensina teologia no JMC, é membro do CECEP e do Conselho Editorial do Brasil Presbiteriano.

Herman Ridderbos procura apresentar uma visão global da concepção teológica paulina. A Teologia do Apóstolo Paulo revela as estruturas básicas da pregação de Paulo e sua cristologia, interpretada no aspecto da história da salvação. Herman Ridderbos mostra no decorrer do livro todos os grandes temas apresentados nas cartas paulinas, são eles: justificação, reconciliação, carne e espírito, homem novo, igreja como povo de Deus e como corpo de Cristo, entre outros. Além disso, A Teologia do Apóstolo Paulo também dá atenção à elaboração prática da teologia do apóstolo dos gentios para a vida pessoal. Diferente da primeira edição, essa atual justifica em parágrafos separados e notas de rodapé alguns detalhes técnicos relativos ao texto original e a teologia de Paulo.

As Boas-novas que (quase) esquecemos - Kevin L. DeYoung 2013 R$ 36,00

A Inspiração e inerrância das Escrituras – Hermisten Maia Pereira da Costa 1998 R$ 25,90

Escrito por Kevin DeYoung, As Boas-novas que (quase) esquecemos é baseado diretamente na Bíblia, seguindo o plano do Catecismo de Heidelberg. Ideal para quem vem buscando se tornar um teólogo cada vez mais fundamentado na Escritura, em temps em que a teologia menospreza a Bíblia. O livro é um estudo voltado para toda a igreja que precisa aprender coisas novas e reaprender o que já esqueceu: as Boas-novas de Cristo, reafirmando assim sua fé e verdades que produzem reforma, reavivamento e regeneração entre os santos e no mundo. Kevin DeYoung também é autor de Faça alguma coisa, Por que não somos emergentes e Por que amamos a igreja, títulos publicados no Brasil pela Editora Cultura Cristã.

Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.br ou www.facebook.com/editoraculturacrista ou ligue 0800-0141963

Janeiro de 2019

Entretenimento e reflexão O Brasil Presbiteriano não necessariamente endossa as mensagens dos filmes aqui apresentados, mas os sugere para discussão e avaliação à luz da Escritura.

O Rei Leão (1994)

Anne (2017)

O Discurso do Rei (2010)

Uma das maiores produções dos estúdios Disney, o clássico O Rei Leão voltou a ser assunto no final de 2018, o motivo: o primeiro trailer do live-action que será lançado esse ano foi divulgado e vinculado nas redes sociais. Minutos depois o clássico “infantil” estava entre os assuntos mais falados da internet, nos levando a relembrar críticas pertinentes sobre o longa, como o paganismo apresentado. Mas também nos atentando a assuntos pertinentes como amizade verdadeira e lealdade. Para quem não sabe, o filme nos conta a história de Simba, herdeiro do trono do Rei Leão Mufasa e da rainha Sarabi, que ao crescer é envolvido nas artimanhas de seu tio Scar o invejoso e maquiavélico irmão de Mufasa, que planeja livrar-se do sobrinho e herdar o trono. O filme polêmico estará em foco durante 2019 nos apresentando uma história de certo modo encantadora e cheia de efeitos visuais fascinantes.

Anne with an E (ou Anne) é uma série canadense baseada no livro de Anne de Green Gables (1908), de Lucy Maud Montgomery e adaptada pela escritora e produtora vencedora do Emmy, Moira Walley-Beckett. Disponível mundialmente no Netflix, Anne é uma série doce e familiar que conta a história de Anne Shirley, uma garotinha que é adotada por engano por um casal de irmãos que, na verdade, queria um garoto para ajudar nas atividades da fazenda. Sem coragem para desfazer a troca, os dois acabam recebendo uma garota cheia de imaginação e à frente de seu tempo. Anne é sobre superação: superar obstáculos, medos e problemas por mais ruins que sejam, pois tudo acontece por um propósito maior. Isso é o que revela a trama da personagem principal que já sofreu abuso psicológico e castigos físicos, mas que ainda vê a beleza e a esperança no mundo.

O Discurso do Rei nos apresenta uma historia baseada em fatos reais, a história de Albert Frederick Arthur George (18951952), pai da atual rainha da Inglaterra, Elizabeth II. Depois de seu irmão Edward (1894-1972) abdicar o trono, pois estava interessado muito mais em sua própria felicidade do que na do império britânico, o caçula da Casa de indsor, assume. Mas o que faz um monarca quando, em um dos momentos mais dramáticos da história (Segunda Guerra Mundial), é incapaz de transmitir suas ordens e dirigir-se ao povo sem gaguejar? Gago desde os 4 anos de idade, ele não consegue se livrar dos terríveis constrangimentos que acompanham suas manifestações verbais públicas. Pressionado pelo pai e por membros da corte, ele procura insistentemente vários especialistas, mas todos os seus esforços são inúteis, até conhecer Lionel Logue. Com Colin Firth, Geoffrey Rush e Helena Bonham Carter, o longa, indicado a 12 Oscars, aborda o tema superação pessoal em momentos complicados.

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