Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 62 nº 794 – Janeiro de 2021
Mensagem de Ano Novo do Presidente do Supremo Concílio da IPB Leia na página 3
UPA apresenta retrospectiva 2020 Para começar 2021, a União Presbiteriana de Adolescente relembra os momentos marcantes do último ano com um #TB (Throwback) especial. Saiba mais na página 10 sobre os eventos, lives e projetos especiais dos adolescentes presbiterianos.
Culto das luzes A tradicional celebração natalina da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro aconteceu no dia 24 de dezembro com transmissão ao vivo, no canal oficial da igreja no YouTube. Membros e participantes da celebração acenderam as velas de casa. Confira na página 9 os bastidores do Culto das Luzes.
Lições para 2021
Atuação da APMT em 2020
Planos cancelados, expectativas frustradas, ruptura da ordem natural, cerceamento de liberdades, medo, sofrimento e dor... 2020 foi o ano! Confira na página 17 algumas lições que foram aprendidas e que devem ser vividas nesse novo ciclo.
Vida devocional em família Após cada salmo e cada capítulo da Escritura, a Bíblia de Estudo Herança Reformada apresenta auxílios para a prática devocional individual ou familiar Página 7
Impactados pela pandemia causada pela COVID-19, precisamos avaliar o que nos espera pós-pandemia. Descubra na página 5 como a obra missionária da IPB se manteve firme em 2020 e expectativas para continuar colhendo frutos e bênçãos no ano que se inicia.
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EDITORIAL
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Adão, Eva e o novo normal
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eologismos ou expressões novas estão sempre chegando. Chico Buarque cantou “Pedro pedreiro penseiro” em 1966 e os mais conservadores reclamaram. Lendo em 1963 um jornal de 1932, vi que ainda não existia a palavra “líder”. Era “leader”, em inglês mesmo, ainda sem a transliteração. Gírias ou não, alguns neologismos vêm e ficam. Outros, não. “Imexível” do ministro Magri poucos usam, “imperdível” de Paulo Francis, também. A lista seria muito longa, incluindo, entre nós presbiterianos, “autoritativo” (tradução inadequada) e referências à “IPB local” (IPB é a federação de IPs locais). Ou a nova consagrada forma de tratamento dos
pastores. Eram reverendos, agora são pastores mesmo, na melhor tradição pentecostal ou batista. Para nós é coisa nova. Uma das novas expressões usadas em âmbito nacional é o “novo normal”. Significa que, ao final da quarentena, tudo voltará ao normal, só que não, porque será outro normal, novo em folha. Chamar um novo normal desse modo é novidade. Aliás, a única nessa história, porque enfrentar um novo normal não é coisa nova. Tempos depois de haver sido criado, o que será que Adão passou a viver após seu encontro com Eva? Foi um novo normal, muito agradável, ao contrário do novo normal pós-Queda e expulsão do jardim que se
seguiram. Agora o novo normal para cada ser humano era ser depravado. Um desastre para todo o cosmos. Essa história não parou e o progresso da humanidade resultou de sua capacidade de adaptações aos novos normais que iam surgindo. Para o povo de Deus não foi diferente. Não posso deixar de pensar em Simonton e seu novo normal a partir de 12 de agosto de 1859. O jovem missionário ficou pouco tempo aqui, mas sua estadia foi abençoadíssima. Foram bons ajustes ao novo normal. No fulcro (essa é antiga!) do nosso novo normal pósQueda encontra-se nossa relação com Deus rompida, seguida de todos os outros rompimentos. Mas o Senhor anunciou desde logo
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Ano 62, nº 794 Janeiro de 2021
seu plano de redenção. O retorno ao velho normal e a retomada a partir dele até a consumação. Jean-Paul Sartre pensava que “o inferno são os outros”, ideia muito normal depois da Queda. A redenção divina, porém, envolve restauração de nossos relacionamentos, com Deus primeiro, e então com os outros e com a Criação. Por isso, a igreja não vai se distrair. Vamos suspender assim que possível esse mundo de lives e coisas virtuais, não só porque ninguém suporta mais isso, mas principalmente porque vida é relacionamento e não somos virtuais. Neste 2021, estaremos de olho no velho normal. Não aquele de antes da pandemia, mas o outro, de antes da Queda.
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Mensagem oficial
Mensagem de Ano Novo do Presidente do Supremo Concílio da IPB D
irijo-me à querida Igreja Presbiteriana do Brasil, rendendo graças a Deus, que tem me preservado a saúde e a vida. Agradeço as orações dos amados irmãos a meu favor e de minha família nestas últimas semanas. Deus tem feito e sempre fará maravilhas (Js 3.5). 2020 foi um ano de grandes desafios, mas, sustentados pela graça de Deus, nossa Igreja pode cumprir os seus objetivos, na adoração ao Senhor, na proclamação do evangelho, na expansão missionária, na formação teológica, no atendimento à obra social,
educacional e de saúde, por meio de seus órgãos (Juntas, Comissões, Conselhos, Autarquias, Agências) e de cada um dos seus membros. Num período em que muitas Igrejas locais se viram impedidas de realizar trabalhos presenciais, Deus supriu a cada uma delas com os meios digitais e foi possível constatar um surpreendente crescimento, refletido até no incremento dos dízimos ao Supremo Concílio. Glórias sejam dadas ao Senhor. 2021 se abre, trazendo sobre nós grandes responsabilidades no levar adiante a missão de que o Senhor nos
“2021 se abre, trazendo sobre nós grandes responsabilidades no levar adiante a missão de que o Senhor nos incumbiu."
incumbiu. Muito há para fazer, e a Igreja Presbiteriana do Brasil não se furtará a cumprir a vocação que recebeu, na vida e no trabalho de cada uma das unidades federadas, bem como de
seus Presbitérios e Sínodos; também a Comissão Executiva do Supremo Concílio estará reunida no próximo dia 15 de março com esse mesmo propósito. Ao encerrar esta singe-
la mensagem de gratidão e entusiasmo, ressalto as seguintes passagens bíblicas: “Até aqui nos ajudou o Senhor” (1Sm 7.12), e “aquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na Igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém” (Ef 3.20-21).
Vida devocional em família
Recursos devocionais da Bíblia de Estudo Herança Reformada Pensamentos para a devoção pessoal/em família Leia o salmo 19 1. Deus se revela graciosamente. Isso é graça para
nós, pois o conhecimento que temos dele é completamente dependente daquilo que ele decide revelar. Deus constantemente revela a toda a humanidade seu ser e seus atributos básicos por meio da revelação natural daquilo que ele criou. Ninguém tem desculpa para não adorar a Deus. No entanto, a natureza não transmite mensagem salvadora, ela apenas condena o homem por se recusar a glorificar a Deus, mas não aponta a solu-
ção. A revelação especial de Deus em sua Palavra é o meio de graça que revela a maravilhosa solução para a condenação. A Escritura é mais preciosa que o ouro e mais doce que o mel. Em nenhum outro lugar aprendemos sobre o Senhor como Redentor de pecadores — Deus, em Cristo, reconciliando consigo o mundo (2Co 5.19). Louve a Deus por sua criação e pela Bíblia, que são meios de revelação. Você está dedicando tempo diaria-
mente para ler o que Deus inspirou a ser escrito? 2. Significativamente, Davi conversa intimamente com Deus em resposta à comunicação divina. Sempre há uma ligação entre a Palavra de Deus e a oração. Essa é uma ligação que devemos usar diariamente. Enquanto a criação deve nos encher de reverência a Deus, somente a Bíblia pode nos ensinar como nos aproximar de Deus como pessoas perdoadas e transformadas, em
adoração aceitável. Como podemos usar cada benefício da Escritura (v. 7-11) como meio para orientar nossas orações? Após cada salmo e cada capítulo da Escritura, a Bíblia de Estudo Herança Reformada apresenta auxílios para a prática devocional individual ou familiar. Você poderá encontrá-la em
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GOTAS DE ESPERANÇA
O amor fora de foco Hernandes Dias Lopes
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aulo estava preso em Roma pela segunda vez, quando escreveu sua última carta. O presídio onde estava era a masmorra Mamertina, um lugar úmido, insalubre e sombrio. O veterano apóstolo enfrentava a acusação de ser um malfeitor (2Tm 2.9). Por essa razão, os crentes da Ásia o abandonaram (2Tm 1.15), Timóteo ficou com vergonha de suas cadeias (2Tm 1.8). Quando marcaram sua primeira defesa, ninguém foi a seu favor (2Tm 4.16). O resultado é que Paulo foi condenado à pena de morte (2Tm 4.6). Por ser cidadão romano não foi crucificado como Pedro (Jo 21.18-19; 2Pe 1.14-15), mas foi degolado. Nessa carta emocionante, Paulo faz um diagnóstico dos últimos dias, e diz que seriam tempos difíceis, ou seja, furiosos. Numa longa lista de pecados, vícios e mazelas, da sociedade, o apóstolo menciona três tipos de amor que estavam fora do foco, resultando no adoecimento das relações do homem com Deus, com o próprio e consigo mesmo. Vejamos: Em primeiro lugar, os homens serão amantes de si mesmos (2Tm 3.2). A palavra grega philautoi, traduzida por “egoís-
tas” significa literalmente “amantes de si mesmos”. Em vez de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, o homem ama a si mesmo, esquece-se de Deus e despreza o próximo. Em vez de adorar a Deus e servir ao próximo, o homem
as formas, se locupletar. Sua filosofia é: “o que é meu é meu; e o que é seu, precisa ser meu também”. O homem egoísta pensa em si e não no outro. Seu amor é egocentralizado e não outrocentralizado. Esse egoísmo exacerbado é a origem de todas as
dinheiro cai em tentação e cilada e atormenta sua alma com muitos flagelos. Quem ama o dinheiro é capaz de cometer os mais bárbaros crimes para se locupletar. A violência das ruas, os sequestros e assaltos, a corrupção nas empresas, o desvio de
vira as costas para Deus e explora o próximo. Porque seu amor está fora de foco, o homem age como se fosse o centro do universo. Sua vontade precisa prevalecer. Seus interesses precisam vir em primeiro lugar. Olha o próximo como alguém a ser explorado. Não hesita em fazer do outro um alvo de sua ganância. Busca, de todas
mazelas da família e da sociedade. Em segundo lugar, os homens serão amantes do dinheiro (2Tm 3.2). A palavra grega philarguroi, traduzida por “avarentos” significa literalmente “amantes da prata”. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Quem ama o dinheiro, dele nunca se satisfaz. Quem ama o
verbas públicas, nos corredores do poder político estão diretamente ligados ao amor ao dinheiro. Nessa sociedade, cujos valores estão invertidos, ama-se o dinheiro e explora-se as pessoas. É digno de nota que o dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão. O dinheiro é para ser usado e não para nos usar. O dinheiro a servi-
ço do bem é uma bênção, mas quando é adquirido ilicitamente, é usado para a prática do mal. Que Deus nos livre da avareza, desse amor perigoso, o amor à prata. Em terceiro lugar, os homens serão amantes dos prazeres (2Tm 3.4). A palavra grega philedonoi, traduzida por “amigo dos prazeres” significa literalmente que os homens são mais amigos dos prazeres do que de Deus. Os homens amam mais o prazer carnal do que a Deus. São hedonistas. Vivem para satisfazer seus desejos mundanos. São escravos de seus apetites. Querem beber todas as taças dos prazeres desta vida. Vivem embriagados com suas paixões. Sorvem cada gota dos deleites efêmeros que o mundo lhes oferece. Não se importam com as coisas de Deus. Não buscam a Deus. Não amam a Deus. Seu amor está distorcido e invertido. Dentre as outras razões elencadas pelo apóstolo Paulo, essas três retromencionadas são um diagnóstico preciso da decadência do homem que ama mais a si do que o próximo, mais o dinheiro do que as pessoas e mais o prazer do que a Deus. O Rev. Hernandes Dias Lopes é o Diretor Executivo de Luz para o Caminho e colunista regular do Brasil Presbiteriano.
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Missões Transculturais
Trabalho missionário da APMT em tempos de pandemia Como a obra missionária da IPB se manteve firme em 2020, mesmo sob impacto da COVID-19
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Aguinaldo Melo do Nascimento
mpactados pela pandemia causada pela COVID-19, precisamos avaliar o que nos espera pós-pandemia. Teremos de viver um novo paradigma de exercício da missão transformadora com o anúncio das boas novas de salvação. A Igreja de Cristo é invencível na sua jornada, e, com toda certeza, vitoriosa na comunicação de sua mensagem: “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Pela graça de Deus, a APMT foi movida a descobrir caminhos eficazes para o desempenho de suas atividades missionárias, como órgão responsável pela execução da tarefa transcultural da Igreja Presbiteriana do Brasil entre os Povos não Alcançados. Na descoberta desses caminhos, algumas atividades foram e continuam sendo desenvolvidas online, como: 1) Reuniões de nossa Diretoria e de nossa Assembleia; 2)Entrevistas com Aspirantes a Missionários da APMT; 3)Reuniões e recepção de novos missionários; 4) Renovação de contrato com missionários que já estavam no campo transcultural, impedidos de vir
Formatura da 14° Turma do CFM
ao Brasil para relatório, avaliação e renovação de contrato; Nesse mesmo espírito: 5) Autorizamos a realização online de alguns módulos de nosso CFM (São Paulo e Recife); 6) Vimos os missionários da Base Europa estabelecerem reuniões semanais de oração, através de plataformas online. Igualmente os missionários da Base América Latina e Base Indígena, resultado em maior comunhão entre eles; 7) A liderança da Base Europa montou e realizou uma abençoada Conferência Missionária online, com a presença dos Revs. Hernandes Lopes, Ronaldo Lidório e Augustus Nicodemus, evento que teve o acesso de milhares de pessoas;
8) A realização de uma live solidária, em parceria com a CNM/IPB que teve inúmeros de acessos e uma grande oferta para a obra da APMT; 9) A realização de diversas lives com nossos missionários no campo transcultural, para conhecer suas atividades e levar a IPB a abençoá-los através do conhecimento deles; 10) A realização em agosto, mês de missões da IPB, de uma Conferência Missionária online nos sábados a tarde; 11) Em comemoração ao mês da Reforma, foi realizada também uma Conferência online sobre a importância da Reforma Protestante na missão, buscando resgatar em nossas igrejas os ideais missionários dos reformadores;
12) A criação de novas mídias digitais como o Podcast Missionando da APMT, que tem compartilhado novos conteúdos do universo da missão transcultural para difundir ainda mais a importância e urgência da missão. O podcast está nas principais plataformas de áudio: Google Podcasts, Apple Podcast, Spotify, Deezer. Com novos programas toda terça-feira, quinta-feira e sábado; 13) O Centro de Formação Missiológica da APMT (CFM) formou sua 14ª turma do curso em SP. Os 26 formandos de diferentes regiões do Brasil terminaram o treinamento transcultural e agora estão mais próximos de partir para o campo. Agradecemos as igrejas e parceiros que oraram e investiram no pre-
paro ministerial dos vocacionados. Cada formando é uma resposta de oração das igrejas, para que mais servos sejam enviados aos povos e culturas que ainda não conhecem a Cristo; 14) A APMT criou a Campanha da Oferta Emergencial, em favor das famílias missionárias que têm sofrido com as variações cambiais e desvalorização do Real e têm vivido com 50% do que seria o orçamento oficial nos campos. Somos gratos a Deus e a sua Igreja, que desde abril têm ofertado para essa campanha, amenizando o impacto na vida dos nossos missionários. Foi um ano atípico e difícil, mas temos muitos frutos e bênçãos a agradecer. Somos gratos pelos parceiros e igrejas que uniram suas forças à APMT. Esperamos que em 2021 essa parceria se estenda ainda mais. A Missão não parou com a crise, porque quem a mantém é o nosso Deus, soberano e imutável. Juntos, daremos continuidade à tarefa que ele nos deixou, a obra ainda inacabada da Missão. O Rev. Aguinaldo Melo do Nascimento é Secretário de Atas da Diretoria da APMT
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6 No Brasil e no mundo
Aconteceu em Janeiro 01 a 08/01 – Durante a primeira semana do ano, muitas igrejas presbiterianas realizam a Semana Universal de Oração, com reuniões especiais de intercessão pelo novo ano. 01/01 – Desde 1967 é celebrado no dia 1 de janeiro o Dia Mundial da Paz, inicialmente chamado de Dia da Paz. 1502 — Chegam à Baía de Guanabara os navegadores portugueses que a confundem com a foz de um rio, chamando-a de Rio de Janeiro. 1532 — São Vicente, a primeira vila brasileira, é fundada no dia 22 de janeiro 1554 — No dia 25 de janeiro ocorre a fundação da cidade de São Paulo 1822 — Em 9 de janeiro, quando o então príncipe regente D. Pedro de Alcântara foi contra as ordens das Cortes Portuguesas que exigiam sua volta a Lisboa, ficando no Brasil foi declarado do “Dia do Fico”. 1890 — Oficialização do Hino Nacional composto por Francisco Manuel da Silva 1972 — Acontece a primeira transmissão experimental em cores da televisão brasileira. A responsável por tal feito foi a TV Difusora de Porto Alegre. 1984 — A Diretas Já!, a maior campanha cívica já realizada no Brasil que pedia eleições diretas para presidência da República, aconteceu na Praça da Sé em São Paulo, SP. 1985 — Transferência do Arquivo Nacional para a sua atual sede, ocupando um dos edifícios da antiga Casa da Moeda, um dos mais belos prédios construídos no século 19 na Praça da República. 1985 — Ocorre a eleição presidencial brasileira, a última de forma indireta que, por meio de um colégio eleitoral, elegeu o Presidente Tancredo Neves. 1988 — É instituído a partir de um projeto de lei apresentado pelo gaúcho Demétrio Ribeiro, Ministro da Agricultura naquela época, o Dia da Liberdade de Cultos. Comemorado anualmente em 7 de janeiro no Brasil, a data celebra a liberdade que todos os brasileiros têm de exercer as suas crenças de modo livre e sem qualquer tipo de perseguição religiosa. 2009 — 28 de janeiro é o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo – a data instituída em 2009 relembra a chacina cometida em Unaí, MG, da equipe de auditores que estava indo investigar uma denúncia de trabalho escravo numa fazenda local. 2015 — Uma série de atentados terroristas deixa mortos e feridos em Paris, incluindo uma parte da equipe do jornal Charlie Hebdo.
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No Brasil e no mundo
A vida no maior campo de deslocados do Sudão do Sul
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m um abrigo feito com vegetação local e material plástico no campo de Proteção de Civis (PoC) em Bentiu, no norte do Sudão do Sul, uma viúva cozinha para seus filhos. Nyamal,* 43 anos, está preparando o prato tradicional wualwual, uma espécie de mingau. Usando um vestido amarelo vibrante, ela se senta em um banquinho perto da entrada. Dessa forma, pode olhar para as crianças brincando do lado de fora e controlar a panela sobre a brasa no chão. O conflito armado eclodiu no país em dezembro de 2013. Como Nyamal, milhares de pessoas foram forçadas a fugir de seus vilarejos, buscando proteção nas bases das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS) em diferentes partes do país. Bentiu é o maior campo, hoje hospedando cerca de 97.300 pessoas. A casa de Nyamal é maior do que muitos outros abrigos que as equipes de MSF (Médicos sem Fronteiras) visitam quando vão à comunidade para prevenir e tratar doenças comuns na área, como diarreia e malária. Tem três camas para acomodar toda a família em dois quartos. No meio, há um corredor onde ela cozinha e armazena utensílios domésticos, bem como recipientes de água. Não há banheiro, chuveiro e eletricidade. Apesar da relativa segurança que a presença da ONU traz, em 2018 um grupo de homens armados invadiu a casa ameaçando a família e levando todos os seus pertences. “Desde então, nunca
mais dormi bem. Eu sempre imagino que outros possam vir”, revela. Condições abaixo do padrão e doenças evitáveis Em Bentiu há um hospital com 116 leitos, departamento de internação e pronto-socorro para crianças e adultos, além de uma sala de cirurgias. O local também oferece cuidados maternos, inclusive para partos complicados, bem como serviços para sobreviventes de violência sexual, cuidados de saúde mental, tratamento para HIV/Aids, tuberculose e desnutrição. Em 2019, mais de 49 mil pessoas (do campo e de fora dele) receberam atendimento na unidade. De janeiro a outubro de 2020, foram tratadas mais de 80 mil pessoas, a maioria com malária e doenças respiratórias. Uma pesquisa no campo para avaliar as condições de vida, mostrou que menos de 60% das famílias tinham seu próprio jarro de água para higiene pessoal. Os riscos para a saúde apresentados por essas condições de vida precárias incluem doenças diarreicas, hepatite e cólera, febre tifoide, tracoma e infecções de pele. Muitas podem ser evitadas com melhorias de água e saneamento. Um futuro incerto O acordo de paz assinado em 2018 renovou os debates sobre o retorno de pessoas deslocadas aos seus vilarejos. Em julho de 2020, a UNMISS anunciou que pretendia iniciar um processo de entrega dos cinco campos
no país. Isso significa que os campos permanecerão, mas com responsabilidades de gerenciamento e segurança transferidas da ONU para o governo nacional. O anúncio gerou reações negativas das pessoas nos campos de Bor e Juba, onde a transferência já começou, com muitos dizendo que não foram informados da retirada das tropas da ONU e agora vivem com medo. Em Bentiu, equipes de MSF têm ouvido preocupações semelhantes levantadas por pacientes e outros integrantes da comunidade, principalmente sobre condições de segurança e proteção, uma vez que a ONU não estará mais lá. Nyakoang,* uma mulher de 30 anos, foi algumas vezes à maternidade de MSF. Ela mora em um quarto com 16m² compartilhado por três famílias e oito pessoas no total. “Não é o tipo de vida que desejo para meus filhos e para mim. Eu quero poder ir para um lugar onde eu possa estudar enquanto meus filhos estão seguros e que eles possam ir para a escola. Educação é o que pode mudar nossa vida.” Nyakuoth,* uma mulher de 50 anos de Rubkona, acrescenta: “A ONU reuniu pessoas aqui e disse-nos que vai sair do campo. Dissemos a eles que, se eles saíssem, haveria danos. Eles não explicaram como eles vão fazer isso nem quando vai acontecer. Não sei se seremos protegidos”. Adaptado de release de MSF *Os nomes dos personagens foram alterados por medidas de segurança.
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Teologia e Vida
Perdão gracioso e santificação imperativa Hermisten Costa
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perdão não é obtido por boas obras nossas, no entanto, é um forte estímulo a que procuremos viver em consonância com a vontade de Deus. O pecador perdoado é motivado a se harmonizar com o propósito divino revelado nas Escrituras. Deus nos redimiu para si mesmo a fim de vivermos em harmonia com a sua vontade, encontrando assim a felicidade decorrente da obediência (Is 44.22; 55.7). O perdão de Deus não nos torna imunes ao pecado, antes, nos conduz a uma batalha confiante contra tudo aquilo que o desagrada. A Palavra de Deus demonstra que a salvação não é um fim em si mesmo, antes é o início da vida cristã. Pela salvação nos tornamos filhos de Deus e progredimos em santificação até a consumação de todo propósito divino em nós. A salvação não é a linha de chegada da vida cristã; antes, é o ponto de partida. Não nascemos espiritualmente “acabados”, antes, fomos gerados espiritualmente para o nosso crescimento completo. O perdão indica a nossa restauração, para que possamos agora, neste estado de convalescença, nos alimentar da Palavra em oração, nos fortalecendo espiritualmente.
O Deus que nos regenera é o mesmo que nos preserva saudáveis. O nosso crescimento externo deve ser acompanhado pelo aprofundamento de nossas raízes. Por isso, o nosso crescimento profissional, social, econômico, cultural, etc., deve vir acompanhado necessariamente de um alimento mais sólido. O cristianismo é um caminho de vida, fundamentado na prática do evangelho. A santificação é, portanto, um desafio a perseguirmos esse caminho, empenhando-nos por fazer a vontade de Deus. Por isso, a santificação nos fala de caminharmos sempre em direção ao alvo proposto por Deus, com os nossos corações humildes, desejosos de agradá-lo e de fazer a sua vontade. A vida cristã não é a de alguém em férias, mas se ajusta melhor à figura do peregrino, sempre buscando o melhor caminho para chegar ao seu destino. O cristão está comprometido com o propósito de seu Senhor (Ef 1.4). Todo o seu coração deve estar voltado para isso. Somos “estrangeiros residentes” neste mundo. Portanto, é natural que haja uma tensão em nós. Somos imperfeitos, limitados, temos nossos anseios que, por vezes, tendem a ser maximizados em meio a aspectos da nossa cultura
tão convidativos e confortáveis. É necessário discernimento para não cairmos no mundanismo, o que inviabilizaria nossa influência em nosso meio. Não podemos permitir que a nossa mente e comportamento sejam regidos pela forma mundana de pensar e agir. Ingressaríamos, assim, num ateísmo prático ou funcional. No entanto, não há destinação mais nobre e sublime do que a nossa. Somos chamados à glória de Cristo. Isso nos basta. Não como prêmio de consolação, mas, porque não há vocação maior. O Senhor de todas as coisas, de toda a realidade visível e invisível, nos destina à glória de seu Filho amado. Portanto, a santificação não é algo periférico ou acidental na vida do crente, antes, é um propósito para que nos concentremos com todas as nossas forças espirituais a fim de cumprir o plano do Senhor para nós. Em síntese: a santificação é um imperativo expresso por Deus em sua Palavra para todos os seus filhos. A vida cristã é um desafio à santidade conforme o propósito divino. De fato, não pode existir vida cristã estagnada, acomodada. Por isso, repito: na vida dos eleitos de Deus não há lugar para a acomodação no pecado. Deus nos chama à santidade. Sendo assim, a santificação faz parte essen-
cial da vida da Igreja. Os crentes, mesmo tendo sido regenerados, terão de combater o pecado enquanto viverem. Esse combate será árduo. A Bíblia não poupa figuras para descrever essa luta com cores vivas. Todavia, a Escritura nos garante, com ênfase maior, a vitória que temos em Cristo. Daí a nossa certeza de que devemos lutar contra o pecado, sabedores de que Deus é por nós. Esse é o bom combate da fé. Bom por causa de sua necessidade e objetivo. Conforme exorta Paulo a Timóteo: “Combate o bom combate da fé” (1Tm 6.12). Esse combate muitas vezes se manifestará de forma angustiante devido à sua intensidade e gravidade. Por isso, a ideia embutida de dedicação extrema (Lc 13.24; Cl 1.29; 4.12; 1Tm 4.10), empenho (Jo 18.36) ou fadiga (Cl 1.29) é ilustrada com o esforço de um atleta que compete (1Co 9.25). Paulo orienta os gálatas evidenciando as duas forças operantes em nós, os regenerados (Gl 5.17). A santidade perfeita no céu encontra os seus primórdios na vida dos eleitos aqui na terra. Isso indica a nossa responsabilidade presente. O apóstolo João nos instrui e consola, nos estimulando à esperança gloriosa que teremos no Senhor (1Jo 3.2-3). Cristo morreu por nós
para nos apresentar como igreja sem mácula (Ef 5.27). O desejo da Igreja deve ser de se encontrar com Cristo de forma íntegra e irrepreensível. Por isso ela é chamada a viver hoje na presença de Deus, estando sempre preparada para o seu encontro final e jubiloso com o Senhor. Esse era o alvo da intercessão de Paulo: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.23). Cristo, que se santificou pela Igreja e se entregou por ela, exerce o seu poder para apresentá-la com alegria a si mesmo, uma Igreja irrepreensível, diante do escrutínio da sua glória (Jd 24; Ef 5.25-27). O nosso padrão de santidade não é um simples “melhoramento” diante dos critérios humanos, mas sermos conforme Cristo: fomos eleitos para Cristo, a fim de sermos “conformes à imagem” dele. Portanto, devemos ser seus imitadores, seguindo as suas pegadas (Vejam-se: Rm 8.28-30/ Jo 13.15; 2Co 3.18; Ef 4.32; 5.1-2; Fp 2.5-8; 2Ts 2.13; 1Pe 1.13-16; 2.21). O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa é pastor-auxiliar da 1ª IP São Bernardo do Campo, São Paulo, SP, ensina teologia no JMC, é membro do CECEP, do Conselho Editorial da Cultura Cristã e do Brasil Presbiteriano.
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Hinos do Natal
Coral Intersinodal de São Paulo realiza cantata online Gabriela Cesario
Seguindo todas as normas de segurança para prevenção contra o coronavírus, coralistas dos Sínodos de São Paulo se reuniram dia 12 de novembro na IP Penha, SP, para a gravação do especial.
Confira abaixo depoimentos de alguns participantes. Denilce Barbosa IP Penha
O ano de 2020 trouxe lutas, inseguranças, lágrimas e sorrisos também. Pude presenciar e afirmar o quanto Deus é maravilhoso e, com certeza, o Coral Intersinodal transformou momentos de aflição em reflexão e fé. Particularmente, 2020 foi especial na minha vida! O Coral Intersinodal fez parte disso através das gravações de mosaicos e da gravação dos hinos de Natal. Tenho alcançado muitos amigos através do nosso louvor e isso só pode ser feito se não desanimarmos apesar das circunstâncias.
Elza de Abreu Torres IP de Cidade A.E. Carvalho
O Coral Intersinodal tem abençoado os corais locais. O último movimento de 2020 para gravação de hinos tradicionais natalinos presencialmente, me deixou muito feliz ao ver nossos irmãos com sede de louvar juntos nesses dias de isolamento. A emoção de sentir essa união mesmo não podendo nos abraçar, o sorriso nos olhos e o aceno caloroso, nos levou a agradecer e a louvar ao Senhor com mais intensidade. Soli Deo Gloria!
Hosea Stroppa IP Penha
A pandemia não conseguiu impedir nossas atividades. Graças a Deus! Vários mosaicos estão disponíveis nas principais plataformas
digitais, abençoando o povo de Deus espalhados por toda parte. No início de dezembro de 2020, resolvemos preparar uma audição especial de Natal. Cantamos alguns dos principais clássicos dos tradicionais natalinos. É um coro escola, muitos regentes estão se aprimorando, cantores estão surgindo e também muitos instrumentistas estão sendo despertados. O ministério Coral não pode parar, principalmente em nossas Igrejas. A Deus toda a glória!
Mosaicos do CI durante a pandemia de 2020 Maestrina Hozea Stroppa em ação Vista aérea das gravações do especial de Natal
Lílian Cristina Campoli Cabrelli IP da Moóca
O projeto dos hinos de Natal foi muito importante, pois nesse período de pandemia, em que o contato físico se torna distante, a proximidade que a música traz enche nosso coração de alegria e esperança de que dias melhores virão.
artmendes
S
ob a direção de Hosea Stroppa, do Conselho de Música da IPB, o Coral Intersinodal da São Paulo disponibilizou um vídeo no YouTube dia 13 de dezembro de 2020 com cinco hinos tradicionais de Natal.
Solange Sá de Almeida IP Vila Maria
Participo do Coral Intersinodal há cerca de três anos. Cantar neste momento em que o mundo está cheio de medo e longe de Jesus, nos deu a alegria de proclamar o verdadeiro Natal e o conforto de estarmos juntos como Igreja de Cristo. Graças a Deus por isso! Para conferir na íntegra o vídeo com os hinos tradicionais de Natal acesse https:// youtu.be/MRqVCMaTDww. Gabriela Cesario é jornalista do Brasil Presbiteriano
ipb3 IPB3, a rádio dos Stênius, Borges, Camargos, Cabrais, Kerrs, Zazos, Kuhlmanns, Bomilcares, Alexandres, Melinas, Posellas, Kiltts, Mesquitas, Veigas, Crombis, Pimentas, Diamansos, Vianas, Valentes, Venâncios, Zemuners, VPCs e todos que fazem música cristã evangélica brasileira de qualidade.
IPB3. Opção pelo Brasil. Confira, ipb.org.br/radio.
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Luzes do Natal
Culto das Luzes da Catedral Presbiteriana do Rio é realizado online Membros e participantes da celebração acenderam as velas de casa. A celebração natalina foi realizada no dia 24 de dezembro e transmitida ao vivo, no canal do YouTube da igreja. Matheus Santos
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Acender das velas na catedral
No momento do acendimento das velas, que faz alusão a Jesus ser a luz do mundo, os membros e parFoto cedida por Juliana Barcellos
culto contou com os tradicionais cânticos de natal, leitura bíblica, adoração e contrição. Em sua exposição bíblica, que teve o tema “A fulgurante estrela do amanhã”, o pastor titular da Catedral, Rev. Renato Porpino, enfatizou que o motivo da alegria dos internautas participantes é o Senhor Jesus e que os fiéis não estão sozinhos: “O culto foi uma benção. A despeito de ser um tempo diferente, mas nos propusemos a fazê-lo, uma vez que ele [o culto] faz parte da cultura da nossa igreja e sendo essa uma data tão importante, nós precisávamos adorar ao Senhor no dia de hoje pela encarnação do nosso Salvador”, enfatiza.
Fiéis acendem velas de casa
ticipantes do culto acenderam as velas em suas residências. Juliana Barcellos, membro da Catedral, contou que foi um momento de comunhão com sua família. “Participar do Culto das Luzes foi relembrar em nossos corações o verdadeiro motivo do Natal”. No templo vazio da Catedral, ficaram somente o pastor com sua família, o organista e a equipe técnica de transmissão e sonoplastia. O Presb. João Bastos, coordenador da transmis-
Presbítero João Bastos - Técnico de Transmissão
são, afirmou que ficou emocionado com o alcance do evento. “A nossa responsabilidade e missão são emocionantes porque, acima de tudo, estamos na obra do Senhor e temos plena consciência de que esse trabalho alcançou
muitas vidas. Para mim, participar desse momento é um privilégio, pois pessoas de vários estados e outros países, como a Austrália, assistiram”, completa. O jornalista Matheus Santos é repórter da Rádio IPB.
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Forças de Integração
#TB: UPA apresenta retrospectiva 2020 Para começar 2021, a União Presbiteriana de Adolescente relembra os momentos marcantes do último ano com um #TB (Throwback) especial
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ano de 2020 começou cheio de expectativas para a União Presbiteriana de Adolescentes, principalmente porque ele seria voltado à realização dos Encontros Regionais de UPA em cada uma das cinco regiões do nosso país. Ainda em janeiro, os ReUPAs Nordeste, CentroOeste e Sudeste reuniram os adolescentes presbiterianos enquanto os demais Encontros Regionais estavam marcados para o mês de julho. Em março, todos os planos e metas estabelecidos foram interrompidos pela pandemia e as regras de isolamento social. Nesse contexto, a UPA foi pioneira na migração dos trabalhos presenciais para o meio online. Foi iniciado um projeto de Lives diárias através da plataforma do Instagram,
DAP (Dia do Adolescente Presbiteriano) – 26 de julho
em que a Confederação Nacional realizava uma devocional e contava com entrevistas, louvor e muitos momentos especiais. Depois de dois meses, migraram para o YouTube,
diversas temáticas abordadas e milhares de vidas alcançadas. Além disso, no último domingo de julho aconteceu uma programação especial em comemoração ao Dia do
te realizada pelas UPAs do Brasil nos estados em grandes ajuntamentos, aconteceu em 2020 de maneira virtual reunindo todos os estados brasileiros. A organização esteve reunida presencialmente na IP Filadélfia em Sorocaba, SP, para fazer toda transmissão, que aconteceu durante todo o dia incluindo oficinas, interação dinâmica com os adolescentes, bate-papo com os presidentes sinodais, sorteios de brindes e culto ao Senhor. A Confederação Nacional de Adolescentes se empenhou para atender a grande demanda de programações online realizadas pelas UPAs locais, Federações e Confederações Sinodais, ao mesmo tempo em que colocou em prática muitos novos projetos e modelos de ajuntamento dos adolescentes. Louvamos ao Senhor! Que em 2021 continuem a realizar esse trabalho que
Live Instagram – 15 de maio
redunda em Glória ao nome do Senhor e alcança — através da tecnologia e no face a face — adolescentes dos quatro cantos do Brasil. #FicaDica: Continue acompanhando as edições do Brasil Presbiteriano e as redes sociais oficiais da UPA para mais informações.
Live da CNA em julho com o Rev Heber Campos Jr
DNA (Dia Nacional do Adolescente) – 21 de novembro
dessa vez com Lives semanais, todas às quartas-feiras, às 20h. Nesse novo formato de transmissões, passaram a trazer preletores convidados para abordar os mais diversos temas relacionados à vida adolescente. No total, foram 30 semanas de encontros virtuais, com
Adolescente Presbiteriano e aos 53 anos de organização de UPA no Brasil através de uma transmissão ao vivo no canal oficial do YouTube. Em novembro, foi realizado o primeiro DNA (Dia Nacional do Adolescente) de alcance nacional. A programação, tradicionalmen-
ReUPA Nordeste – 9 a 12 de janeiro
Equipe de liderança da CNA
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Forças de Integração
A UMP e o Balanced Scorecard (BSC) “[...] qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?” (Lc 14.28)
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Matheus Souza
ocê sabia que a Confederação Nacional de Mocidade usa o BSC? Isso mesmo, os jovens presbiterianos, zelosos com o trabalho da UMP construíram um planejamento estratégico utilizando o Balanced Scorecard (BSC) como metodologia. Traduzido como "Indicadores Balanceados de Desempenho", o BSC é uma metodologia de medição e gestão de desempenho.
Tudo começou em 2017, na reunião da Comissão Executiva ocorrida no Rio de Janeiro. Preocupados com a continuidade do trabalho da Mocidade Presbiteriana, a então Diretoria da CNM propôs a uma comissão o início dos trabalhos para a construção de um Planejamento Estratégico. Em 2018, durante o Congresso Nacional, jovens das diversas regiões do país apontaram temas e questões que precisavam ser atendidas pelo planejamento. Era
notório o cuidado dos nossos jovens com o reino, com a nossa identidade, com as nossas ações e com o seguimento da história da UMP. Diante da chuva de ideias e muitos apontamentos, a diretoria recém-eleita apresentou em setembro de 2018, na reunião da Comissão Executiva em Salvador,
BA, o primeiro planejamento estratégico da Confederação Nacional de Mocidade, utilizando a metodologia BSC, com espaço temporal de seis anos, alinhando objetivos estratégicos com indicadores de desempenho, metas e planos de ação, divididos em quatro perspectivas: Afirmação Institucional; Público-Alvo; Aprendizado e Desenvolvimento Organizacional e, por fim, Processos Internos, que abordam temas como Cosmovisão Cristã, Identidade da Mocidade Presbiteriana, Missões, Novos Sócios, Liderança, Sustentabilidade e Organização. Em dois anos e meio de atuação, já podemos elencar
o alcance de alguns objetivos e o surgimento de alguns projetos devido às demandas vindas a partir da elaboração do Planejamento Estratégico. É gratificante notar e acompanhar os esforços da diretoria e secretariado da CNM em caminhar dentro dos objetivos e metas propostas, com intuito de servir melhor ao Senhor e a sua Igreja por meio de ações coordenadas e planejadas, visando sempre a glória dele. Para conhecer mais sobre o BSC da CNM, visite o site ump.org.br e acompanhe os resultados obtidos. Matheus Souza é Presidente da CNM na Gestão 2018-2022
HINOLOGIA E HISTÓRIA
Dor e louvor Histórias comoventes relacionadas a nossos hinos
C
Caleb Soares
antado na IPB com melodia de Lowell Mason (1856) o tradicional hino do século 19, Nearer, my God! to Thee (Mais perto, meu Deus de ti, Novo Cântico, nº 116, trad. João Gomes da Rocha, 1888), teve sua letra original possivelmente baseada na história do sonho de Jacó (Gn 28.11-19). Uma tragédia em alto
mar ligou sua melodia ao tristemente célebre naufrágio do navio Titanic, ocorrido na noite de 14 para 15 de abril de 1912. A embarcação partiu de Southampton, Inglaterra, para Nova York, em 10 de abril de 1912. Alega-se que o proprietário do majestoso navio, no início da viagem, teria dito que nem Deus poderia afundar aquele transatlântico. Em alto mar, porém, a embarcação
chocou-se com um iceberg e submergiu em aproximadamente duas horas e quarenta minutos, fazendo quase 1600 vítimas das mais de 2200 pessoas a bordo. Uma sobrevivente do Titanic recordou que a banda tocava o hino de Lowell Mason pouco antes do fim da tragédia. Sarah Flower Adams (1805-1848), poetisa e atriz britânica, estava tendo reconhecimento pro-
fissional no teatro e queria seguir carreira. Com a saúde debilitada, não pôde dar sequência à profissão e, por isso, começou a escrever poemas e hinos. Numa tarde, durante uma visita à sua família, seu pastor disse estar procurando um hino que acompanhasse o seu próximo sermão, que seria em Gênesis 28.11-19. Sarah se prontificou a ajudá-lo e assim, logo nascia o poema que tem inspirado muitos crentes ao longo dos anos. A primeira melodia foi composta por Eliza Flower, irmã de Sarah, mas a composição Bethany, de
Lowell Mason (1856) tornou-se conhecida ao longo dos anos e alimentou a fé e a esperança dos crentes em um momento trágico na história da humanidade. O Rev. Caleb Soares é doutorando em Ministério, professor e historiador.
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Memória presbiteriana
Centenário de nascimento do Rev. Ludgero Machado Moraes Dona Josenira, filhos e netos do Rev. Ludgero, acompanhados por inúmeros irmãos e amigos queridos, uniram-se em uma live dia 17 de dezembro passado, na passagem dos 100 anos de nascimento de um dos mais notáveis pastores da história da IPB.
O
rgulhoso capixaba de Alegre, onde cresceu e iniciou seus estudos, o Rev. Ludgero Machado Moraes (1920-2006) graduou-se em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas. Isso em 1946, mesmo ano em que se casou com sua querida Josenira que, ao longo dos anos, se mostrou esposa dedicada, excelente auxiliadora e mãe extremosa. Ordenado no mesmo ano e no dia de seu aniversário (17.12.1946), Ludgero iniciou um longo ministério em que se revelou pastor amoroso e competente administrador. Começou em Muqui, ES (1947), vindo depois a plantação da igreja em Ponte Nova, MG, como obreiro da JMN. Ainda com a Junta, plantou mais cinco igrejas na região. Em 1956, transferiu-se para Adamantina e no ano seguinte para São Caetano do Sul, onde ocorreriam seus mais marcantes pastorados. IP Filadélfia, IP SCS, IP Vila Paula (essas duas últimas foram plantadas sob sua liderança) e IP Vila Gerte, além da congregação que veio a tornar-se a IP de Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo. Por designação do Presbitério Paulistano (PLIS) e a pedido
Ludgero e sua querida Josenira
do Conselho da IP Calvário, foi pastor efetivo dessa no tempo em que seu pastor, o Rev. Boanerges Ribeiro, residiu nos EUA fazendo seus estudos (setembro 1961 a 18 de março de 1964). Seu último campo antes da jubilação foi a IP de Diadema, também no ABC paulista. A jubilação veio nos tempos difíceis da compulsoriedade. Ludgero não a
desejava. Acreditava ele no que ouvi do Rev. Coine, de Botucatu: “A Carteira de Ministro a gente entrega no Presbitério. O cajado só o devolvemos para o Supremo Pastor”. Com essa forte convicção, Ludgero, esposa e sogra mudaramse para Meaipe, ES, onde ele então plantou sua última igreja. O Rev. Ludgero era um homem simples, humilde e despretensioso. Divertido contador de casos, era muito bem humorado. Crente piedoso, sempre levou a sério o ministério e também não se descuidou de seu preparo acadêmico. Complementação Pedagógica, Pós-graduação em Sociologia e outros cursos o apoiaram em seu trabalho no ministério e no magistério. Entre inúmeras
Rev. Ludgero Machado Moraes – 1920-2006
e significativas participações em Concílios, Sínodos, Juntas e Comissões da IPB, Ludgero foi o primeiro Diretor do Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição em São Paulo. Seu envolvimento na cidade de São Caetano do Sul, bem como o respeito e admiração granjeados lhe proporcionaram em 12.10.1974 o títu-
lo honorífico de Cidadão Sulsancaetanense. O Rev. Ludgero Machado Moraes e sua esposa Josenira Bonilha Moraes tiveram seis filhos: Lucila, o Rev. Ludgero Bonilha, Paulo Rubem, Hamilton, Priscila e Marila, que lhes deram vários netos. Seus filhos espirituais, porém, só serão conhecidos na eternidade.
Homens como esse devemos honrar (Fp 2.29) O Rev. Ludgero foi meu pastor na adolescência e na mocidade. Oficiou minha profissão de fé (1965) e meu casamento (1970). Lembro-me dele como um dedicado discipulador. Era eu muito novo e ele já me informava sobre a realidade da IPB e do ministério, para o qual eu nem ainda havia despertado; treinou-me para dirigir o culto e para pregar. Sendo eu já candidato, orientou-me na condução dos trabalhos de uma congregação. Após minha ordenação, continuou a ser meu mentor por sua estatura moral e exemplo de fé. Rev. Cláudio Marra – Editor da Cultura Cristã
Revs. Atael Fernando Costa, José Borges dos Santos Jr, Ludgero Moraes e Marcelino Pires de Carvalho, SC de 1962 no Rio de Janeiro. O Rev. Borges encerrava seu mandato e o Rev. Amantino Adorno Vassão foi eleito o novo presidente do SC
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Falecimentos
Homenagem ao meu amigo, Rev. Eliézer Monteiro Reis (1962-2020) “O
Eleny Vassão
ntem levei os resultados dos meus exames de rotina para o médico, mas tomei um grande susto. Ele me disse que estou com câncer no fígado, e num estado tão adiantado que não há mais nada a fazer. Aconselhoume a entrar em tratamento paliativo e esperar a morte chegar. Isso me desmontou!” Era o encerramento de um Congresso Internacional de Cuidados Paliativos no Mineirão, em BH. Eu era uma das preletoras, e meu amigo Eliézer tinha ido me buscar para almoçar com sua família. Esse compartilhar aconteceu no carro, enquanto ele dirigia, e nem consigo imaginar quão difícil foi para ele. Para mim foi um baque! Durante o almoço, eu o incentivei a procurar outro médico, que lhe oferecesse todo o cuidado da medicina, mas também fosse seu parceiro no tratamento, incentivando-o, tratando-o com dignidade, falando a verdade sem lhe tirar a esperança, e a quem ele pudesse mostrar a diferença que o Senhor faz na vida de quem o ama. Foi precioso estar à mesa com sua esposa Cláudia e seus filhos Sophia e Judah, e depois responder suas perguntas quanto ao tratamento do câncer, os passos a seguir, a importância em estarem unidos
e a confiança completa no Senhor, que agiria através e além de toda medicina. Nossa amizade se fortalecera aos poucos, em meio às muitas hospedagens na minha casa quando ele vinha a São Paulo. Eliézer se tornou também amigo de meu marido, Gavin, trocando horas de boa prosa, cheias de carinho e muitas risadas, somada à aplicação de conteúdos bíblicos de modo informal às questões diárias. Depois, tivemos o privilégio de prepará-lo para ser um Capelão, através de vários Cursos de Capelania Hospitalar da Associação de Capelania na Saúde (ACS). Nós nos deliciamos em tê-lo no treinamento prático leito a leito, nos cultos para os enfermos e nas devocionais para os profissionais da saúde, pois ele irradiava o amor do Senhor, falando de maneira simples e empática, apresentando-lhes o conforto e a sabedoria de Jesus, através de sua Palavra.
Rev. Eliézer e Eleny Vassão
Todos os nossos Capelães e treinadores queriam tê-lo em suas equipes, pois ele tocava diversos instrumentos musicais, tornando nossos cultos nas enfermarias, nos setores de psiquiatria e nos corredores dos hospitais momentos de alegria e refrigério. Mais tarde, Eliézer tornou-se também professor de nossos Cursos de Capelania no Seminário de BH e nos Congressos sobre Espiritualidade e Saúde Mental no Mackenzie, abençoando a todos como pastor, professor, psicólogo, conselheiro bíblico e capelão. Eliézer Monteiro Reis converteu-se aos 16 anos e passou a frequentar a IP de Nepomuceno (MG), sua cidade natal. Em 1983, foi enviado para o STP Rev. Denoel Nicodemos Eller. Ordenado em 1986, formou-se em Psicologia e fez pós-graduação em Psicopedagogia e em Teologia, além de diversas especializações. Ao longo de vinte
Rev. Eliézer e sua esposa Cláudia
e cinco anos, lecionou em diferentes instituições. Depois de mais de dois anos de tratamento quimioterápico, Eliézer partiu dia 12 de dezembro aos 58 anos, deixando imensa saudade em todos nós. No Culto de Ação de Graças por sua vida, realizado no dia 13 de dezembro na IP de Nepomuceno, muitos pastores e ex-alunos seus, do Seminário, falaram sobre o impacto de sua vida em seus ministérios, não só na sala de aula, mas também no contato pessoal. Eliézer os ouvia com atenção e os aconselhava biblicamente em suas necessidades emocionais e espirituais, dandolhes força para continuar. O que consola os nossos
corações é a certeza de que nos veremos novamente, e teremos toda a eternidade para continuar nossas muitas conversas e gostosas risadas, morando juntos na Casa do nosso Amado Pai. Oramos pelo consolo do Senhor à querida Cláudia, Sophia e Judah, assim como a todos os demais familiares e muitos amigos. “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora me está guardada a coroa da justiça, que o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda” (2Tm 4.7-8). Eleny Vassão é Capelã Hospitalar da IPB, Fundadora e Diretora da Geral da ACS
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Presbítero Oswaldo da Silva Cazaleiro Filho Alderi Souza de Matos
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ste consagrado servo de Deus faleceu em Brasília no dia 5 de dezembro de 2020, aos 63 anos. Oswaldo era natural de São Paulo, onde nasceu em 07.02.1957. Conheceu a futura esposa, Nanci Ruiz Fernandes, em meados de 1978, quando chegou à agência do Banco do Brasil no bairro do Belenzinho, onde ela trabalhava. Levou -a para a igreja (1ª IPI de São Paulo) e, em 31 de julho de 1982, ambos fizeram sua pública profissão de fé. Casaram-se em fevereiro de 1983. Oswaldo bacharelou-se em Física pela Universidade de São Paulo. Trabalhou por mais de 30 anos no Banco do Brasil, até sua aposentadoria, liderando projetos de grande importância nacional. O casal teve dois filhos: Paula, nascida em 1986, e Luiz Eduardo, em 1988. Residiram em São José do Rio Preto (1986-1991) e Ribeirão Preto (1991-1997), frequentando sua igreja de origem e, a partir de 1996, a IPB. Em 1997, mudaramse para o Distrito Federal, tornando-se membros da IP de Brasília. Em 2006, Oswaldo foi eleito presbítero dessa igreja, onde serviu por diversos anos com palestras, pregações e como professor da Escola Dominical. Além de atuar como presbítero,
também foi diretor do Centro Presbiteriano de Idade e Experiência, onde implantou e regularizou diversas atividades. Foi um pregador do evangelho de Cristo durante toda a sua vida. Amava ao Senhor e se alegrava em compartilhar as boas novas. Em 2013 concluiu o curso de graduação em teologia. Em maio do ano seguinte, a família passou a frequentar a IP Semear e, em novembro de 2017, filiaram-se à IP Redenção (filha da anterior), onde Oswaldo serviu como tesoureiro, professor da ED e colaborador dos grupos familiares. Sua última aula na ED se deu em 25.10.2020.
"Foi um pai amoroso, cuidadoso, muito presente e ensinou os filhos nos caminhos do Senhor, estando sempre preocupado com a educação e formação espiritual deles."
Com a aposentadoria, aprofundou-se no estudo da Palavra. Ingressou no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, realizando outro sonho muito almejado. A
cada estudo compartilhava diariamente com a esposa suas impressões e descobertas. Recentemente estava preparando sua monografia de conclusão do Mestrado em Estudos HistóricoTeológicos (MDiv), tendo como orientador o Dr. Alderi Souza de Matos. Foi um pai amoroso, cuidadoso, muito presente e ensinou os filhos nos caminhos do Senhor, estando sempre preocupado com a educação e formação espiritual deles. Essa preocupação era tamanha que, junto com alguns colegas e amigos, fundou a Cooperativa de Ensino e Cultura de Ribeirão Preto, da qual foi diretor. Em 04.01.2020 seu coração se encheu de alegria com a chegada da primeira netinha, Isabela, que ele tanto desejou. Participou de todos os preparativos para o seu nascimento e aguardou ansioso a sua chegada. Foi, nesse curto período, um avô apaixonado, aproveitando cada momento de convivência. Mesmo em um ano atípico como 2020, usufruiu de muitos momentos felizes ao lado da família, em especial da netinha, com quem tinha grande sintonia. Diz a esposa que ele sempre foi para ela um amigo, companheiro e orientador desde que se conheceram. Durante os anos, passaram por momentos difíceis, mas unidos a Cristo, con-
Em janeiro de 2020, o coração de Oswaldo se encheu de alegria com a chegada da primeira netinha, Isabela. Foi, nesse curto período, um avô apaixonado, aproveitando cada momento de convivência. seguiram superar cada um deles, saindo fortalecidos. Ela testifica: “Como esposo não poderia ter sido melhor, sempre cuidando de mim com carinho e atento às minhas necessidades. Lembro-me que em 2003, quando fui acometida de um câncer, o Oswaldo esteve ao meu lado fisicamente e, em especial, espiritualmente, jejuando e orando, até que chegássemos ao final dos resultados de todos os exames. Foram cinco longos anos de acompanhamento. O Senhor ouviu nossas orações e fui curada”.
O presbítero Oswaldo Cazaleiro Filho contraiu COVID-19 e desenvolveu sua forma mais grave. Seu organismo combateu a doença, porém não resistiu às sequelas, sendo recolhido pelo Senhor no dia 5 de dezembro. Além da esposa Nanci, dos filhos Luiz e Paula, do genro Rogério e da netinha Isabela, deixou o pai Oswaldo e a irmã Solange. Nanci conclui: “A saudade é indescritível, mas a esperança do reencontro me sustenta”. O Rev. Alderi Souza de Matos é o historiador da IPB
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aniel dos Santos, a “Doce Voz”, nasceu em Santo André, SP, a 30.11.1959. Filho de Rubens dos Santos, saudoso evangelista presbiteriano, e Sideney Santos, participou com os grupos musicais Verdade e Vida, Jovens da Verdade (JV) e Rubenitas de muitos projetos evangelísticos. Bacharelou-se em Teologia pelo SPS, Campinas, em 1983. Serviu como missionário no Paraguai em 1984. Ao retornar ao Brasil, foi ordenado na IP de Santo André (Presbitério de Santo André), na qual
Rev. Daniel dos Santos se casaria no 05.01.1985 com seu amor de infância, Eliana Sá Feitosa. De volta ao Paraguai pela JME, trabalharam cinco anos ali. Voltaram ao Brasil para o nascimento da filha Dayane. De 1990 a 1993, pastoreou a IP de Utinga, período em que nasceu seu filho Eliel. Nos anos seguintes pastoreou as IPs de S. Miguel Paulista e Pedro J. Nunes. Em 1998 auxiliou a 6ª IP de SBC, ano em que nasceu sua filha Danielli. De 1999 a 2004 pastoreou as IPs Vila Monte Alegre e do Jardim Joamar em São Paulo. De
2005 a 2013 pastoreou a IP do Jardim Elba. Logo após, pastoreou as congregações de Rio Grande da Serra e Filadélfia em Guararema. Sua simplicidade e amor em proclamar Jesus foram evidentes na sua jornada cristã. Ele exalava o bom perfume de Cristo. O Rev. Daniel dos Santos faleceu a 24.10.2020 de complicações resultantes de infecção pela Covid-19. Deixa sua esposa Eliana, três filhos, os netos Luiz, Lívia e Eliana; genro e nora. Texto de Eliana sua esposa, Eliel e Dayane, seus filhos
Homenagem a Hélia Prado Duarte Heliana Duarte Prim
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oi da vontade do nosso Deus levar para casa, no dia 24 de novembro de 2020, aos 82 anos, sua serva mui fiel e amada, Hélia Prado Duarte. Viúva do Rev. Pedro Duarte (1923-2016), de quem foi auxiliadora incansável, era apaixonada por servir ao Senhor com tantos dons e talentos concedidos por Deus. Dedicou-se entre os anos de 1958 e 1993, ao lado de seu esposo, às igrejas de Blumenau, Rio do Sul, Joinville, São Francisco, Joaçaba, Xanxerê e os campos de Chapecó, Lages, Lebon Regis, Itajaí e Itape-
ma, em Santa Catarina. O casal teve quatro filhos: Jefferson (in memoriam), Domício, Heliana e Júnia, bem como seis netos: Filipe (in memoriam), Lucas, Gabriel, Guilherme, Amanda e Sofia. Sua bela voz entoava hinos de louvor e declamava poesias que tocavam profundamente seus ouvintes. Seu olhar amoroso, o sorriso franco e suas palavras tinham o poder de fazer o outro sentir-se importante e amado por Deus. Era mulher intercessora, mãe de oração, estudiosa da Palavra de Deus e zelosa para com as coisas do Senhor. Foi sócia ativa
da Sociedade Auxiliadora Feminina. Tinha pressa em falar de Jesus e do seu grande amor; dizia que o seu tempo estava acabando e que não podia perder oportunidades. Cheia de seiva e verdor espirituais deixa
para a igreja de Cristo um belo exemplo e um legado precioso de amor e serviço à causa do Mestre. Uma vida consagrada aos pés do Senhor. Merece destaque o cântico “Bela aos olhos de Deus”, cuja letra e melodia são de sua autoria. Foi composto em 2017, após a leitura do livro com o mesmo título, da autora Elizabeth George. Esse cântico se transformou no hino do Projeto de Evangelização “Café das Belas”, realizado pela SAF de Rio do Sul (SC). “Somos belas aos olhos de Deus e queremos servir com amor, / demonstrando em nosso viver gratidão por tão gran-
de favor. / Somos frágeis reconhecemos, mas és forte pra nos ajudar. / Em casa, na igreja e aos outros, queremos Teu nome honrar. / Aceita oh Pai o que temos e usa no serviço teu. / Unidas te serviremos, nós belas aos olhos teus. / Unidas te serviremos, nós belas aos olhos de Deus”. Nossa “bela” Hélia Prado Duarte deixa saudades por onde passou, e agora, parafraseando um dos seus poemas preferidos “contempla pelo direito a tela que a mão de Deus teceu”. Louvado seja o nome do Senhor! Heliana Duarte Prim é filha de Hélia Prado Duarte
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Contexto e mensagem
A boa parte, imperdível “[...] pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada” (Lc 10.42). Sandra Salum Marra
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a cultura brasileira, a arte de receber está ligada à tendência de imprimir afetuosidade em tudo o que se faz, mas também pode carregar de forma velada um desejo de ser aprovado. Por isso é de bom tom que se elogie a refeição servida, agradecendo e exaltando o talento de quem a preparou. Na cultura judaica, porém, a hospitalidade ultrapassa as intenções sentimentais. Ocupa valor tão alto que o judeu é instruído a praticá-la como meio de receber recompensas nesta vida e no porvir. Na prática religiosa judaica, a grandeza dessa mitzvá ou virtude está no mesmo nível do estudo da Torá, podendo até sobrepujá-lo. A hospitalidade é virtude tão fundamental na vida judaica que chega a ser um pré-requisito para o estudo e compreensão da Torá, compreensão que é adquirida pela pessoa que foi educada para agir em favor do próximo. Entre as virtudes que a religião judaica ressalta na vida de Abraão, a hospitalidade ocupa lugar especial e o faz “aprovado” por Deus. O Talmude ensina que hospedar convidados é mais importante do que
estar na presença divina. Assim sendo, seguindo o exemplo do pai Abraão, o bom judeu acolhe seus hóspedes providenciando-lhes comida, bebida, banho e local para descansar de maneira agradável, além de dispor-se a acompanhá-lo de volta para casa. Entrando em Betânia, Jesus tornou-se hóspede de Marta. Essa dona de casa judia o receberia então nos moldes da sua cultura de hospitalidade: faria o que era justo e bom, na mais sã consciência religiosa. Sendo grande a fama de Jesus como mestre, ela se empenharia para demonstrar que em sua casa os preceitos religiosos eram observados com zelo. Ela queria ser exemplar no cumprimento do dever de acolher seu hóspede e dele esperava aprovação. Mas como não há fiel que dê conta de cumprir todos os preceitos da religião, Marta se vê constrangida diante do ilustre hóspede por causa do comportamento de Maria, sua irmã. Para Marta, foi algo vexatório: pareceu que Maria não zelava pelos valores que aprendera. Não creio que Marta estivesse tão agitada com o acúmulo de serviço como
"A privação momentânea de atividades que nos fazem sentir bem como crentes evidencia os verdadeiros desígnios do nosso coração." estava constrangida com a displicência religiosa da irmã. E revela desconforto com o fato de Jesus não chamar a atenção de Maria. O zelo de Marta a leva à tolice de sugerir até mesmo o que Jesus deveria fazer: “Ordena-lhe que venha ajudar-me!”. Jesus via o peso que ela mesma colocara sobre seus ombros, no esforço
de ser uma boa anfitriã e desse modo zelosa no cumprimento de seu dever religioso. Isso a deixava inutilmente sobrecarregada. Foi como se ele lhe dissesse: “Menos, Marta! Mais do que me recepcionar, quero que você me receba”. Maria, por outro lado, escolheu a boa parte: preferiu ficar com Jesus, aten-
tar para a pessoa extraordinária que estava ali em sua casa, receber dele o que sua religião jamais lhe daria: a vida eterna. O foco de Marta foi a recepção de Jesus como seu hóspede. Nesse afã, deu importância demasiada aos preparativos domésticos. Maria, por sua vez, aproveitou a ocasião para receber Jesus, dirigindo seu foco para o que ele tinha a lhe transmitir. Assim como Marta, tendemos a nos apegar a coisas passageiras, que podem ser tiradas de nós, ou interrompidas (por ex. a convivência social, as atividades na igreja). São coisas que por vezes temos e por vezes não. Se as perdemos, nosso primeiro impulso é criar-lhes substitutos. A privação momentânea de atividades que nos fazem sentir bem como crentes evidencia os verdadeiros desígnios do nosso coração. Nesse tempo de privações trazido pela pandemia, que Deus nos ajude a honrar Jesus. Uma só coisa nos basta: recebê-lo e nos alegrarmos em sua presença. Ele é a boa parte, e essa não nos será tirada.
A Profa. Sandra Salum Marra é membro da IP Vila Mariana, SP.
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Rescaldo
Que Ano! Juarez Marcondes Filho
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e você mesmo não disse, com certeza ouviu a exclamação que dá título a esta mensagem. Na falta de uma melhor qualificação podemos afirmar que 2020 foi o ano! Planos cancelados, projetos adiados, expectativas frustradas; ruptura da ordem natural, cerceamento de liberdades, contradições de várias espécies; perigo, medo, inércia; sofrimento e dor, choro e lamento, desespero e morte. Esse ano foi o pior de todos? Os mais idosos poderiam fazer um balanço mais sincero, diante de tantos anos difíceis que já passaram. Além disto, 2020 não nos deixa nenhum legado positivo? Nenhum ensinamento para os anos vindouros? Não houve proveito algum nele? Algumas lições permanecem: Fragilidade da condição humana. Na plenitude da alta tecnologia, dos recursos de alta performance, do avanço da ciência, descobrimos que somos imensamente frágeis, tanto que ficamos reféns de um ser microscópico. Esta não é a primeira pandemia que a humanidade enfrenta, nem mesmo a mais terrível (a Peste Negra, no final da Idade Média, vitimou 25% da população mundial, a Gripe Espanhola, há um
século, matou 100 milhões de pessoas, quando havia 2 bilhões de habitantes no mundo, ou seja, 5%; a presente pandemia até o momento vitimou 00,2% da população), mas já serviu para demonstrar quão débeis e suscetíveis somos, a fim de não nos arvorarmos em nossas supostas conquistas. Futilidade de muitos
jamos contentes” (1Tm 6.8); “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4.11). Assim, é mister uma crise dessa envergadura para percebermos quão fúteis são alguns de nossos projetos. Familiaridade com o pecado. Também aprendemos neste fatídico ano que o que está ruim pode piorar. O salmo 42.7 diz: “Um
coisa alguma? É melhor esquecê-lo? De maneira nenhuma. O próprio lado negativo, em si, já é altamente pedagógico, mas mais lições ainda estão em pauta. Fidelidade de Deus. Atributo divino que assegura o cumprimento de suas promessas; “quem fez a promessa é fiel” (Hb 10.23). Neste cenário catastró-
empreendimentos. O que é vital? O que é essencial? O que tem valor durável? A resposta a essas indagações pode revelar o vazio de muitos dos nossos interesses. O princípio do contentamento é um dos mais lídimos valores da vida cristã; ele se acha estribado em passagens como estas: “Tendo sustento e com o que nos vestir, este-
abismo chama outro abismo”. O aumento da corrupção, o desvio de verbas, os contratos escusos, gente lucrando com a desgraça alheia, Poderes da República competindo pelo protagonismo, de fato, uma região abissal de pecados. Só pelo que já descrevemos, vale o título “Que ano!” Então, nada houve de bom? Não se aproveitou
fico, temos aprendido a nos confiar aos cuidados do Senhor, que preserva não apenas a saúde, mas confere sustento integral aos seus. É pena que os noticiosos se concentrem no número crescente dos infectados e quase nada diga a respeito do número mais crescente ainda dos recuperados (afinal, mais de 90% da população já se
recuperou e menos de 10% estão ativos na doença). Isto é fidelidade e cuidado divinos. Felicidade em Deus. Se nada ou pouco aprendemos no ano que se finda, que reconheçamos que a alegria e o prazer que tanto almejamos não estão nas paixões carnais, mas na comunhão com Deus. “A alegria do Senhor é a vossa força” (Ne 8.10), e o apelo bíblico é este: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Fp 4.4). Fraternidade entre os filhos de Deus. Um dos grandes prejuízos, se não o maior, foi ficarmos orfanados da companhia dos irmãos, mediante os protocolos sanitários decretados. A Igreja, em seu conjunto ou nos seus muitos segmentos, é espaço de amor e solidariedade, consolo e entusiasmo, motivação e amizade, realidades que o mundo virtual nem de longe consegue suprir. Desse modo, ao mesmo tempo em que ficamos impedidos de nos reunir como sempre fizemos, redescobrimos quão valiosa é a comunhão dos remidos do Senhor, para nunca mais nos queixarmos dela. Com todos os receios pessoais, ainda é melhor estarmos juntos. O Rev. Juarez Marcondes Filho é o pastor titular da IP de Curitiba e Secretário Executivo do Supremo Concílio da IPB
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Pensamento cristão
Frases de Nancy Pearcey em seu livro Salvem Leonardo, a ser lançado pela Cultura Cristã “Ideologias seculares pregam liberdade, mas praticam tirania.” “É comum ouvirmos cristãos falarem de recuperar a vitalidade da igreja primitiva. Mas qual aspecto da igreja primitiva eles têm em mente? É bem provável que não estejam pensando na maneira como a igreja primitiva atacou os sistemas intelectuais de sua época. As igrejas de hoje dedicam muitos recursos a grandes encontros, evangelização por amizade e missões de misericórdia que distribuem alimentos e medicamentos. Tudo isso é de grande importância. E, no entanto, se almejam o impacto dinâmico da igreja primitiva, precisam seguir seu exemplo e aprender a tratar das ideologias dominantes de nossa época, analisá-las de forma crítica, adaptá-las e superá-las.”
“O estudo de cosmovisões e apologética pode se deteriorar e se transformar em um jogo no qual a coisa mais importante é vencer a discussão.” “A verdadeira sabedoria consiste em ver todos os campos do conhecimento através das lentes da verdade de Deus – governo, economia, ciência, negócios e artes. Quando os cristãos falam de uma cosmovisão, eles estão simplesmente usando a terminologia moderna para reafirmar a alegação abrangente da Bíblia.” “[...] se algo não pode ser testado de algum modo e demonstrado como falso, da mesma forma isso não pode ser testado e conhecido como verdadeiro. Só pode ser cegamente crido.”
“Gerações de jovens nas igrejas têm sido incentivados a fortalecer seu compromisso religioso por pura força de vontade, fechando os olhos e os ouvidos a ideias contrárias. Isso explica por que tantas igrejas estão cheias de pessoas que são mentes fechadas, dogmáticas, duras e acusadoras. Somente as pessoas que entendem que o cristianismo é fiel ao mundo real são capazes da confiança segura e relaxada que lhes permite ser abertas, pacientes e amorosas com aqueles que diferem delas.” “O cristianismo bíblico se recusa a separar fato histórico de significado espiritual. Sua afirmação central é que o Deus vivo agiu na História, especialmente na vida, morte e ressurreição de Jesus.”
“O crucial para o poder da mensagem bíblica é a convicção de que ela é realmente verdadeira – objetiva, universal e cosmicamente verdadeira. Ela não é apenas um mecanismo de auxílio psicológico. Não é um produto sociológico da cultura ocidental. É a verdade sobre o próprio Universo. Essa convicção é o que diferencia o cristianismo ortodoxo do cristianismo diluído. E é a fonte do crescimento genuíno da igreja.”
Igreja Perseguida
Cinco famílias cristãs voltam ao hinduísmo na Índia
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o dia 6 de dezembro, cerca de 23 pessoas de cinco famílias se converteram ao hinduísmo, abandonando a fé cristã. A conversão aconteceu durante uma cerimônia de Ghar Wapsi, que consiste em atividades de organizações hindus para facilitar e incentivar a conversão de cristãos e muçulmanos para o hinduísmo. A comemoração aconteceu na cidade de Haliyal, no estado de Karnataka, na Índia. A intensa perseguição aos cristãos no país faz seguidores de Cristo retornarem às antigas
crenças, para que as pressões cessem. Deputados do país, como Anant Kumar Hegde, Uttara Kannada e MLA Suneel Hegde estavam presentes e entregaram aos ex-cristãos bandeiras como forma de “celebrar” o abandono da fé e a volta ao hinduísmo. “A maioria dessas famílias é pobre e não tem conhecimento de conversão para outras religiões. A conversão dos dalits e tribais ao cristianismo será oposta com unhas e dentes. Mais dessas pessoas serão trazidas de volta para o
hinduísmo. Peço àqueles que estão se convertendo ao cristianismo para desistir, se não enfrentarão perseguições”, disse Suneel Hegde. Algumas pessoas disseram que a conversão ao cristianismo aconteceu por várias
razões, mas foi um “erro” e “voltaram” à religião hindu. Suneel Hegde disse que a unidade local do Partido do Povo Indiano estava em contato com as famílias e as convenceu a se converterem. Os governantes anunciaram
que irão criar campanhas para aumentar a conscientização contra a conversão ao cristianismo, sobretudo para pessoas pobres. A pressão vem do governo, de amigos e familiares para abandonar a fé em Cristo. Os extremistas hindus querem limpar o país do cristianismo e usam da violência para atingir esse objetivo. Clame pelos cristãos na Índia, para que sejam fortalecidos na fé, mesmo diante das perseguições no país. Adaptado de Portas Abertas
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Caminhada cristã
Deus é sempre maior “[...] tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.” João 14.13 Zuleika Schiavinato
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ão posso ler esse trecho da Palavra de olhos secos. Foi Jesus quem disse e ele faz essa afirmação de insondável grandeza aos seus discípulos. Então, ela inclui a mim e a todos os que o receberam como Salvador. O próprio Cristo abriu para nós as janelas dos céus. O Senhor mostra-nos, então, os celeiros e os tesouros celestiais e nos convida a pedir o que desejamos. Não há restrição, nada nos é interditado. “Pode pedir meu filho.
Pede em nome de Jesus, meu Filho amado. Ele já pagou pela sua vida e com ele lhe darei todas as demais coisas (Rm 8.32). Pede. Eu responderei e você me glorificará.” A quem nada merece, tudo é ofertado. A graça e a misericórdia são derramadas dos céus sobre aqueles que se rendem a Jesus. Grandes necessidades, grandes causas, grandes lutas devem ser colocadas nas mãos do Deus Onipotente. Não importa o tamanho do nosso problema, Deus é sempre maior e dele é a vitória!
Comove-me, no entanto, que Deus acolha com a mesma benignidade pedidos às vezes tão “bobinhos”. Coisas que não são fundamentais, mas que ocupam nosso coração. Tantas vezes já orei constrangida pelo motivo que levaria a Deus, mas pedi e Deus acolheu minha oração. Vou compartilhar uma dessas experiências. Uma radiografia de pulmão acusou um nódulo. Era preciso fazer uma tomografia. Sou muito patife para procedimentos médicos e estava assustada. Dois motivos da minha preocupação eram o contraste e uma possível claustrofobia em aparelho fechado. Orei a Deus por isso. Havia uma terceira
preocupação quase inconfessável de tão insignificante. Será que sentiria muito frio? Era inverno e as salas de exames são sempre tão frias. Diante do médico confessei minha primeira preocupação. Ele confere o pedido do exame, olha para mim e diz que não seria preciso contraste. Eu me encaminho para a sala de exame e antes de entrar já avisto um equipamento todo aberto, só um anel passaria por mim. Deitada para o exame, fecho os olhos e agradeço a Deus por ter atendido minha oração. Nesse instante ouço a enfermeira dizer se inclinando sobre mim: “Vou colocar esse edredom em você, está bem? Está frio aqui, não é?”
Abri os olhos em lágrimas e toquei o edredom mais branquinho que já tinha visto. Esse é o nosso Deus. Ele se agrada de atender os desejos do nosso coração (Sl 37.4). Não é e nunca será merecimento do homem. Tudo é pela graça do Senhor! Leia mais uma vez o versículo da nossa meditação, coloque a sua vida diante do Senhor e peça a ele o que você necessita. Deus sempre fará infinitamente mais do que pedimos ou pensamos e jamais serão frustrados aqueles que nele esperam. “Oh, impressionante, infinito e ousado amor de Deus.” Aleluia e amém! Maria Zuleika Schiavinato, esposa, mãe, avó e autora, é membro da IP de Pinheiros, em São Paulo, SP.
Meditações
Crescei na graça “Crescei na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 3.18). Frans Leonard Schalkwijk
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apóstolo Pedro já tinha escrito: "pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus" (1Pe 1.23). Agora, já mais perto do fim da sua vida (2Pe 1.14), ele admoesta os crentes a deixarem crescer a planta da fé que havia brotado.
Como um bom lavrador Deus olha com atenção se a fé está brotando. Nós, homens, não podemos ver os corações. Somos como o lavrador durante os primeiros dias do feijãozinho na lavoura que não pode ver se a semente está crescendo. Mas como ela está trabalhando! Germina, lança a raiz para baixo e ergue a cabecinha à procura do sol.
Já germinou a semente em nosso coração? Se você está seguindo a Jesus, pode responder: “Sim, pela graça de Deus, sou crente!” Mas essa planta da fé precisa de cuidado. Não estranhe quando o Lavrador vem carpir, limpando a roça dEle. Claro, em primeiro lugar ela precisa de chuva e sol, e ouvindo a voz de Deus, nossa fé vai crescer (Is 55.10-11). Mas limpeza é necessária também. Não estranhemos quando Deus permite essa operação necessária na nossa vida (1Pe 4.12).
Agora, ninguém pode se fazer crescer a si mesmo, mas o que podemos e devemos fazer é usar os meios que Deus providenciou para nosso progresso na graça. Perseverança na leitura da Escritura para não ficarmos parados na estrada. Na medida em que conhecemos melhor a Palavra de Deus, estaremos crescendo e usufruindo as bênçãos que Cristo tem para seus discípulos. E Deus sabe que crescer leva tempo. Ele nos fez e nos salvou e nos quer como súditos
fieis no seu reino, mais e mais prontos para toda boa obra. Por isso esta admoestação do velho apóstolo aos seus irmãozinhos na fé: “Crescei na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 3.18). Senhor, faze com que não seja em vão que a Tua Palavra foi semeada no meu coração, mas que cresça diariamente e dê muito fruto para a Tua glória. Amém. De Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.
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Boa Leitura Um mundo com significado – Benjamin Wiker e Jonathan Witt 2009 | R$ 40,00 (promo) Uma revelação do design da natureza com propósito, é assim que podemos definir esse livro escrito por Benjamin Wiker e Jonathan Witt. Um mundo com significado apresenta exemplos fascinantes que demonstram como a literatura e a ciência, juntas, nos ensinam que vivemos em um mundo repleto de significado e ávido espiritualmente. No decorrer de suas páginas, aprendemos a reconhecer a genialidade nas peças de Shakespeare, na natureza, nos princípios de geometria aos detalhes da tabela periódica. O objetivo: retratar a profundidade, elegância, clareza e a absoluta inteligência de um universo projetado para nutrir a vida inteligente que um dia irá descobrir esse design criado por Deus, o gênio da natureza que tudo fez e nos capacitou.
Entretenimento e reflexão O Brasil Presbiteriano não necessariamente endossa as mensagens dos filmes filmes e séries aqui apresentados, mas os sugere para discussão e avaliação à luz da Escritura.
As Duas Naturezas do Redentor – Heber Carlos de Campos 2015 | R$ 64,80 (promo) Escrito por Heber Carlos de Campos, professor do Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper, As Duas Naturezas do Redentor é um livro sobre Cristologia que visa trazer edificação para os que ensinam no Corpo de Cristo, seja em escolas teológicas ou em escolas dominicais. Tendo em mente que “uma igreja nunca será sadia se a sua crença sobre seu Redentor não for sadia”, o autor demonstra vigor teológico sem afastar-se da Escritura, seu referencial para tudo o que produz. As Duas Naturezas do Redentor apresenta um sólido estudo histórico-sistemático da Cristologia de maneira profunda e erudita. Vale a leitura.
(2020) Controverso. Encantador. Militante demais. Bem feito. Moderno. Fascinante. São muitas as maneiras de descrever Enola Holmes, filme original do Netflix. Estrelado por Millie Bobbie Brown, estrela teen já conhecida pelos assinantes do serviço de streaming por sua atuação na série Stranger Things, Henry Cavill
Coração de Pastor – John Sittema 2016 | R$ 34,40 Em Coração de Pastor, John Sittema tem um objetivo simples, porém, urgente: despertar no coração e mente das pessoas uma compreensão bíblica do ofício de presbítero. Nas palavras do próprio autor, “esse livro não pretende ser um despertador em si, mas apenas um auxílio para conduzi-lo à fonte do verdadeiro despertar, a viva Palavra de Deus”. Apoiado em um estudo bíblico cuidadoso e baseado em sua rica experiência pastoral, Sittema apresenta uma obra desafiadora, prática e valiosa para a igreja hoje. Cláudio Marra, editor da Cultura Cristã e autor de A Igreja Discipuladora, descreve Coração de Pastor como um desafio e incentiva: “Ponha em prática os princípios bíblicos aqui expostos e a sua igreja nunca mais será a mesma”.
Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.br ou www.facebook.com/editoraculturacrista ou ligue 0800-0141963
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(2020) O combo história real e roteiro leve faz de Full Out um filme para toda família. Disponível em serviços de streaming, o longa é baseado em fatos reais sobre a vida de uma ginasta americana de 14
e Sam Clafin, o filme é uma adaptação da série de livros Os Mistérios de Enola Holmes escrita por Nancy Springer sobre a irmã mais nova do famoso detetive Sherlock Holmes. De modo cativante, dinâmico e bem humorado, o longa conta a história da busca da jovem mulher por sua mãe, Eudoria Holmes, que após sumir sem explicação, deixou pistas para que sua filha a encontrasse. Entre desencontros e linhas temporais que conversam entre si, vemos Enola usar sua inteligência (que às vezes beira à arrogância) herdada de seu irmão mais velho para resolver o mistério. Enredo leve e com personagens fortes e bem construídos, Enola Holmes tem apresentado boa receptividade pelo público, mas também vem levantando debates sobre questões de plágio, descaracterização de personagens clássicos da literatura e roteiro com doses excessivas de militância que, como sempre indicamos por aqui, devem ser debatidos à luz da Palavra. E mais: o filme oferece doses de momentos em família, amor e amizade que levam o telespectador a refletir sobre suas relações e seus significados. A dica é simples: divirta-se com essa obra que consegue equilibrar bem os seus pontos positivos, negativos e ainda oferece uma linguagem cinematográfica já conhecida mas um tanto quanto inusitada — com a personagem principal interagindo com quem a assiste. Bom filme!
anos que precisou abrir mãos dos Jogos Olímpicos após sofrer um acidente de carro. No decorrer da história, vemos Ariana Berlin superar os obstáculos, recuperar seus movimentos e confiança através do hip-hop e dar a volta por cima no mundo da ginástica. Mas o filme vai além, afinal, vemos como todas as relações da jovem foram afetadas pelo acidente e como o apoio de sua família foi essencial para sua reconstrução como pessoa e atleta. Dica: preste atenção nos personagens secundários do filme, principalmente nas cenas do hospital e na fisioterapia, onde a Ariana tem a possibilidade de conhecer pessoas que com pequenos gestos e palavras de incentivos transformam vidas. É nesses momentos que o telespectador é impactado pelo grande questionamento que o filme levanta, que é como você vem cumprindo o seu propósito e deixando sua marca no mundo? Boa oportunidade para lembrarmos nosso fim principal e como o estamos cumprindo.
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