Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 56 nº 745 – Dezembro de 2016
7º Congresso Nacional Mãos e Coração
Em sua sétima edição, congresso Mãos e Coração ofereceu palestras sobre a família, e oficinas práticas para líderes de crianças. Páginas 10 e 11
Gotas de Esperança
“O Deus consolador refrigera a nossa alma e transforma-nos em consoladores”. PÁGINA 3
O Espírito, o Natal e a Ressurreição
2ª Cruzada Verdade e Vida
O ministério de Cristo foi marcado pela plenitude do Espírito.
A cidade de Juazeiro do Norte (CE) recebeu mais uma Cruzada Evangelística.
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EDITORIAL
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2017 anos depois
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m seu blog Covenant and Conversation 5777 (www.rabbisacks.org), o rabino Jonathan Sacks afirmou que “O homem mais influente que já viveu não aparece em nenhuma lista que [ele] tenha visto dos cem homens mais influentes que já viveram. Ele não governou nenhum império, não comandou nenhum exército, não se envolveu em atos espectaculares de heroísmo no campo de batalha, não realizou milagres, não proclamou profecia, não conduziu uma vasta multidão de seguidores e não teve discípulos além de seu próprio filho. No entanto, hoje mais da metade dos seis bilhões de pessoas vivas na face do planeta se identificam como seus herdeiros”. Abraão, recorda o rabino, recebeu uma promessa extraordinária: “(...) por pai de numerosas nações te constituí” (Gn 17.5).
Não se pode menosprezar a importância de Abraão na história do povo de Deus, mas classificá-lo como o homem mais influente que jamais viveu certamente ignora a abissal distância entre o Pai da Fé e nações atuais que alegam sua influência, incluindo a secularizadíssima nação de Israel. É nula a influência dele sobre esses povos no que concerne ao aspecto fundamental de seu perfil – a saber, seu chamado para a Aliança e sua resposta de fé. As palavras do rabino testemunham que um “véu está posto sobre o coração deles” (2Co 3.15). Ocorre que “as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente” (Gl 3.16), e o texto bíblico continua esclarecendo que esse descendente é Cristo. Esaú foi também descendente biológico de Abraão – como
o são bilhões hoje, incluindo os judeus –, mas não foi filho de Abraão segundo a fé. Quem afinal, é o homem mais influente que jamais viveu? Jesus informou que Abraão “viu o [seu] dia e se alegrou” (Jo 8.56). A fé do patriarca o capacitou a crer na palavra de Deus (Gn 15.6) e, porque creu, a compreendeu. Jesus sempre foi o descendente prometido, razão por que “os da fé é que são filhos de Abraão”, filhos cujo número não nos é possível saber, porque são “como a areia que está na praia do mar” (Hb 11.12). A influência de Jesus, porém, não se mede só pelo número dos que salvou. Apenas um deles, por exemplo, o pequenino Zaqueu, abençoou muita gente depois que entrou salvação em sua casa, e esse padrão se repetiu sem interrupção. A igreja cristã,
nos primeiros séculos, virou o mundo de cabeça para baixo. Mesmo nos anos de trevas, houve um remanescente que manteve a fé do patriarca. A Reforma do século 16 bradou: Post tenebra, lux! (Após trevas, a luz). Sua influência na sociedade e na cultura foi avassaladora. A sociedade moderna decretou a morte de Deus e a pós-moderna promove a morte do homem. O que fazer? Ressuscitar Abraão? Não. Proclamaremos que Cristo vive e reina, 2017 anos depois e por toda a eternidade. Feliz ano novo! ERRATA: Na edição de novembro do BP, página 6, sobre projetos sociais da IP Astúrias: na verdade, o Projeto Crescer é desenvolvido pela Associação Presbiteriana de Filantropia de Piracicaba, nas dependências da igreja.
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GOTAS DE ESPERANÇA
O consolo de Deus “É ele [Deus] que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus” (2Co 1.4). Hernandes Dias Lopes
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vida não é um mar de rosas. Não vivemos numa estufa, protegidos das intempéries. Este mundo não é uma colônia de férias nem um parque de diversões. Aqui cruzamos desertos áridos, atravessamos pântanos lodacentos e temos de navegar por mares encapelados. A vida não é indolor. Enquanto caminhamos entre o berço e a sepultura, gememos, choramos e sangramos. O texto em apreço, entretanto, acende um facho de luz em nosso caminho e abre-nos uma fonte de consolo. Três verdades são aqui destacadas: Em primeiro lugar, Deus é poderoso para nos consolar em todas as circunstâncias da vida. Deus é o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação. É de sua natureza inclinar o coração para a nossa miséria. É de seu agrado refrigerar nossa alma nos tempos de angústia. Deus é a fonte de todo consolo. Dele vem nossa esperança. Ele é o nosso alto refúgio. Quando estamos tristes, ele derrama sobre nós o óleo da alegria. Quando nossa alma está coberta com os trapos da tristeza, ele nos cobre com vestes de louvor. Quando somos surrados pela dor,
ele traz sobre nós o lenitivo do seu consolo. Quando a vida nos esmaga sob o rolo compressor de circunstâncias adversas e de sentimentos avassaladores, Deus vem e toma-nos em seus braços, afaga-nos em seu peito e oferece-nos seu
somos equipados por Deus para consolar outros em qualquer angústia. O consolo divino não faz de nós um reservatório fechado, mas um canal de sua consolação para outros que estejam passando por qualquer angústia. O consolo
sublime nos prova que na vida não existe acaso. Deus trabalha não contra nós, mas por nós, em nós e através de nós. Mesmo que a providência pareça carrancuda e produza em nós profundas feridas, essas feridas tornar-se-ão ins-
conforto. Não há tribulação tão grande que Deus não possa consolar. Não há problema tão grande que Deus não possa resolver. Quando nos voltamos para Deus, reconhecemos que para ele não tem causa perdida, vida irrecuperável nem beco sem saída. Em segundo lugar, nós
de Deus não se encerra em nós. Vai além e se derrama sobre aqueles que caminham arquejantes e aflitos pela vida. Só aqueles que foram consolados tornamse consoladores eficazes. Só aqueles que receberam o bálsamo do céu repartem essa doce consolação aos outros. Essa verdade
trumentos de consolo para os outros. As dores que suportamos converter-se-ão em lenitivo para os aflitos. As provas pelas quais passamos, servirão de alento para aqueles que estão sendo provados. A vontade de Deus nunca nos levará aonde a sua graça não possa nos sustentar e nos usar.
Em terceiro lugar, a consolação que recebemos de Deus é a mesma que repartimos com os aflitos. Como barro nas mãos do oleiro somos moldados por Deus, para sermos vasos úteis em suas mãos. Deus nos consola para sermos consoladores. Deus nos dá experiências, às vezes amargas, para não sermos meros teóricos da fé. Deus nos permite passar por provações, para termos plena consciência de que assim como ele nos livrou, poderá livrar também aqueles que estão sendo provados. Consolamos com as mesmas consolações com que fomos contemplados por Deus. Repartimos o que recebemos. O Deus consolador refrigera a nossa alma e transforma-nos em consoladores. O rio caudaloso da consolação divina passa por nós e vai adiante distribuindo suas águas benfazejas aos angustiados. Em tempo de tanta dor é necessário conhecer o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação. Em tempo de tanta aflição é hora de receber o consolo divino e reparti-lo, para que a cura que nos alcançou vá além e alcance muitos outros! O Rev. Hernandes Dias Lopes é o Diretor Executivo de Luz para o Caminho e colunista regular do Brasil Presbiteriano.
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IGREJA EM AÇÃO
3o Encontro da Fé Reformada Curitiba Luiz Eduardo Pugsley
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os dias 18 e 19 de novembro, aconteceu na cidade de Curitiba (PR), no templo da IP da Silva Jardim, o 3º Encontro da Fé Reformada Curitiba. Neste ano o tema geral da conferência foi Sola Gratia (Somente pela Graça), recebendo como palestrantes Dr. Rev. Mauro Meister, que desenvolveu os seguintes subtemas: Queda e Restauração: A obra da Graça em Gênesis 2 e 3; Vida Redimida debaixo da Graça em Gênesis 3.20 ao 4 e A realidade da vida depois da Queda em Gênesis 5; e o Ms. Pb. Solano Portela, que desenvolveu os seguintes subtemas: Ensino Secular: militando contra a Graça de Deus e Escolas Cristãs: veículos da Graça de Deus. Mais de 200 inscritos participaram da EFR Curitiba, organizada por uma equipe de coordenação e apoio de 22 pessoas, além do importante apoio de duas editoras,
Reverendos Rorgers, Adriano, Davi, Mauro Meister, Alexandre, Presb. Rodrigo e Rev. Luiz
EFR Curitiba
CLIRE e FIEL, que disponibilizaram para os conferencistas, dezenas de títulos de escritores de linha reformada com descontos de até 40%. O evento contou também com o apoio da APRESBES (Associação Presbiteriana de Ensino e Beneficência), mantenedora da FATESUL (Faculdade Teológica Sulbrasileira), do Sínodo de Curitiba e da OTUR – Passagens e Turismo, viabilizaçndo o projeto. O Encontro da Fé Reformada Curitiba, já em sua 3ª edição, tem servido não só
abandonado o conceito de autoridade, infalibilidade e inerrância das Sagradas Escrituras, bem como de sua importância vital para a igreja de Cristo. Diante disso, chegou-se ao consenso de que algo deveria ser feito com o fim de propagar os conceitos de fé resgatados pelos reformadores. Mas não apenas isso, um propósito maior tomou conta dos corações: despertar os servos de Deus em Curitiba e regiões circunvizinhas para a realidade de que as Sagradas Escrituras devem ocupar lugar central na história
a IPB, na Capital Paranaense como também diversas outras denominações em Curitiba, interior do Paraná e também algumas cidades de Santa Catarina, que têm participado e se mostram interessadas no crescimento e conhecimento da Palavra de Deus pelo viés da fé bíblica. O Encontro da Fé Reformada Curitiba surgiu em uma discussão sobre a situação do evangelicalismo brasileiro frente aos ensinamentos das Sagradas Escrituras. Foi identificada a triste realidade de que, de modo geral, as pessoas tem
e na vida da Igreja de Deus. Para o EFR Curitiba 2017 o trabalho já começou, visando celebrar os 500 anos da Reforma Protestante. Os membros da Comissão Or-
Presb. Solano Portela
ganizadora EFR Curitiba são Rev. Alexandre Amin de Oliveira, Rev. Adriano Gama, Rev. Davi Helon de Andrade, Pb. Rodrigo Azevedo de Oliveira e Rev. Rorgers Henry Pianaro. Para mais informações acesse www.fereformadacuritiba. com.br .
Presentes na EFR Curitiba
Rev. Mauro Meister
O Rev. Luiz Eduardo Pugsley Ferreira é pastor na IP Champagnat – Curitiba-PR e Coordenador Geral do EFR Curitiba.
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VIDA CRISTÃ
O Espírito, o Natal e a Ressurreição Hermisten Costa
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Espírito Santo esteve presente e atuante em todo o ministério terreno de Cristo (At 10.38-39), sendo ele mesmo quem revelou aos profetas o nascimento e obra do Messias (Is 53.112/1Pe 1.10-12/2Pe 1.21) e pregou a mensagem de arrependimento por meio de Noé (1Pe 3.18-19/2Pe 2.5). O Espírito, como dizia Basílio (330-379), era o companheiro inseparável do Filho em todos os seus atos; vida e morte. Na vida de Cristo não há alusão nem evidência de um crescimento da presença e direção do Espírito. Em Cristo vemos a plenitude do Espírito (Is 11.1ss; 42.1ss; 61.1ss). Nele, temos, pela primeira vez, a manifestação do poder do Espírito da “nova aliança” de forma completa e perfeita. 1. No seu nascimento (Mt 1.18,20; Lc 1.35) O nascimento de Cristo foi uma obra sobrenatural do Espírito. Ele veio sobre Maria revestindo-a com seu poder preservador. O Espírito formou o corpo e qualificou a alma de Cristo para a sua obra. Esse é um dos mistérios insondáveis da Palavra de Deus; no entanto, é esse fato – miraculoso e incompreensível às nossas mentes finitas –, que dá sentido a todo o Novo Testamento. O Logos Eterno tomou uma natureza humana natural-
mente incapaz de qualquer ação santa sem o poder do Espírito Santo; daí a necessidade da ação santificadora e preservadora do Espírito. Na encarnação, o Espírito preservou Jesus da mancha do pecado original que é a herança de todo ser humano, fazendo com que ele tivesse uma natureza imaculada. O Espírito conservou a santidade e a impecabilidade daquele que nasceria. Se assim não fosse, Cristo não poderia se oferecer pelo seu povo, apresentando um perfeito sacrifício vicário, sem mácula e de valor eterno (2Co 5.21; Hb 7.26-27; 1Pe 1.18-21; 3.18). 2. No seu batismo No batismo não houve qualquer mudança metafísica no ser de Cristo, nem ele passou a ter uma relação nova com o Pai; entretanto, nesse ato histórico, vemos a manifestação da Trindade num só propósito: a salvação do seu povo. Jesus Cristo foi ungido desde toda a eternidade. O Antigo Testamento fala da sua habitação pelo Espírito, indicando dessa forma, a sua unção, a sua capacitação eterna para o cumprimento da sua obra (Is 11.2; 42.1; 61.1). Todavia, historicamente, ele foi ungido por ocasião da geração e santificação do “Filho de Deus” em Maria (Lc 1.35) e, também, no batismo (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22; Jo 1.32; 3.34; At 10.38). A demonstração histórica
foi a representação visível, no tempo, daquilo que é eterno. Jesus, o Cristo, esteve eternamente capacitado para ser o Salvador dos eleitos; e agora, encarnado recebe essa confirmação do Pai e do Espírito. A salvação é obra da Trindade, por isso, todas as três Pessoas estão empenhadas na execução desse Pacto salvador. O Filho se dispõe a salvar o seu povo – assumindo a forma de servo (Fp 2.5-11) –, o Espírito o fortalece e o Pai manifesta verbalmente a sua aprovação e prazer (Cf. Lc 4.16-21). 3. Na sua tentação (Lc 4.1,14) O Espírito guiou [“impeliu” (Mc 1.12)] Jesus ao deserto para ser tentado, permanecendo com ele durante todos os quarenta dias (Lc 4.1-2). O relato de Lucas nos dá a entender que Jesus foi tentado desde a sua chegada. A tentação faz parte do seu amadurecimento para o ministério que o Pai lhe confiara. O primeiro Adão sucumbiu à tentação, desobedecendo a Deus; Jesus Cristo, o último Adão deve ser tentado para poder levar sobre si o pecado dos eleitos. A tentação foi crucial para o seu ministério. Se Cristo não vencesse o presunçoso tentador, jamais poderia ser o Salvador daqueles que estavam sob o “domínio” de Satanás. É relevante observar que o seu ministério público teve início após
esse episódio, começando com um sermão (Lc 4.1621/Is 61.1-2). 4. No seu confronto com Satanás Jesus realizou milagres no poder do Espírito. O Reino de Deus é o Reino de Cristo – o governo triunfante de Cristo sobre todas as coisas, visíveis e invisíveis – e esse Reino se faz presente por meio da obra de Cristo, libertando os homens do domínio de Satanás e dos poderes do mal, desmantelando a cidadela do inimigo (Mt 12.28-29). O pavor dos demônios diante de Cristo, aponta para o fato da chegada poderosa e vitoriosa do Reino (Mt 8.29). Falar no Reino é apontar para a concretização do propósito de Deus em Cristo, libertando os homens do poder de Satanás, conduzindo-os à liberdade concedida por Cristo, o Senhor. 5. Na sua obra sacrificial A obra sacrificial de Cristo foi cumprida de forma completa e com o sentimento adequado pela operação do Espírito (Hb 9.14). Em total harmonia com o Espírito, Cristo ofereceu a si mesmo, tendo plena consciência das implicações dessa oferta: a dor, a vergonha, a humilhação, o peso da ira de Deus, o abandono. Ele sabia que a cruz era a sua rota obrigatória. Os seus sofrimentos foram as dores do parto do nosso novo nascimento. Jamais poderemos avaliar
corretamente a profundidade e a extensão da sua dor. No entanto, em todo o seu sofrimento, ele usufruiu do consolo do Espírito que sempre estivera plenamente nele. O Espírito que esteve em Cristo durante todo o seu ministério terreno o capacitou a apresentar-se voluntariamente (Gl 1.4/ Jo 10.11,15,17-18) como sacerdote e vítima: o ofertante e a oferta – para resgatar os seus (Hb 9.23-28). 6. Na sua ressurreição O NT declara que a ressurreição de Cristo foi obra do trino Deus: obra do Pai (Gl 1.1; Ef 1.17-20), do Filho (Jo 2.18-22; 10.1718) e do Espírito Santo (1Pe 3.18/Rm 8.11). O mesmo Espírito que gerou em Maria a Pessoa Divino-Humana de Cristo, o acompanhando e fortalecendo em todo o seu ministério, agiu decisivamente em sua ressurreição, a qual assinala a vitória de Deus sobre o pecado, a morte e Satanás. O Espírito que atuou em Cristo no seu estado de humilhação é o mesmo na sua exaltação. Concluindo, observamos que o ministério de Cristo foi marcado pela plenitude do Espírito (Jo 3.34/Lc 4.14). Ele foi guiado, apoiado e consolado em cada etapa de seu ministério. O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a equipe de pastores da 1ª IP de São Bernardo do Campo e é pastor-efetivo da IP do Jardim Marilene, Diadema, SP.
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IGREJA EM AÇÃO
De volta para casa A
IP do Bairro Belvedere, em Belo Horizonte (MG) celebra o resultado de seu trabalho e visão missionária. A igreja investe na formação de pastores africanos, preparando seminaristas no Brasil, que retornam como pastores para a própria terra e cultura. Em 2016 dois irmãos estão retornando à sua terra natal depois de quatro anos bem sucedidos no Seminário Presbiteriano Rev. Denoel Nicodemos Eller (RDNE). O objetivo, desde o início, é seguir a lógica de, logo após a formatura, retornar e abençoar os irmãos africanos, exercendo o pastorado onde Deus os colocar. Os dois jovens vieram ao Brasil em convênio com a Agência Presbiteriana de Missões Transculturais da IPB (APMT/IPB). João Sifina foi enviado pela Igreja Evangélica de Guiné-Bissau e Marcelino Serenga pela IP de Moçambique.
Como igreja missionária, a IP do Bairro Belvedere mantém o projeto com outros irmãos africanos, e se compromete em oração por cada seminarista que retorna. HISTÓRICO DA IGREJA A igreja foi organizada a 17 de fevereiro de 2008. O núcleo básico do trabalho iniciou-se em setembro de 2004 com reuniões regulares de grupos familiares. Eram inicialmente quatro casais e três irmãos que participavam regularmente: Helena e João Goulart, Vânia e Paulo Corrêa, Ângela e Norberto Costa, Liliana e Rev. Geraldo, Carlos Magno, Lídia Costa e Ana Karina, um total de 11 pessoas. Pouco tempo depois juntou-se ao grupo o casal Cristiana e Ivan. O objetivo inicial era estudar a Bíblia, compartilhar e orar uns pelos outros. O trabalho foi se solidificando e em se-
João Sifina, o mais alto, e Marcelino, entre os irmãos do Conselho da IP Belvedere
tembro de 2007, três anos depois, o grupo decidiu que estava na hora de organizar-se em Congregação da Primeira IP de Belo Horizonte, tendo recebido total apoio do seu Conselho, que aprovou a consagração daquele pequeno núcleo familiar em Congregação. O núcleo básico da congregação, na ocasião, era composto de 6 presbíteros, 1 diácono, alguns jovens e adultos com
um nível de maturidade e envolvimento muito bom que os levou a se envolverem com as crianças, com a música e também com o trabalho social. As aulas da ED estavam voltadas para o preparo e capacitação dos membros, no sentido de prepará-los para o trabalho de evangelização e plantação da nova igreja. Nos cultos doutrinários semanais estudavam o Catecis-
Gratidão por 25 anos de matrimônio
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a manhã do dia 26 de outubro de 1991 se uniram pelos laços do matrimônio, o casal Juimar Nunes Torres e Valdice Nunes de Oliveira, na IP de Vila Celeste, em Ipatinga (MG). O oficiante da cerimônia foi o Rev. Enos Dias
Pereira, auxiliado pelo Rev. Isaías Cavalcanti. Vinte e cinco anos depois, Juimar e Valdice comemoram bodas de prata com muita alegria no coração. “Podemos falar como Davi no salmo 126.3: “Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por
nós; por isso, estamos alegres”. O casal pertence à IP Iguaçu, em Ipatinga, e Juimar é agente do Brasil Presbiteriano em sua igreja. “Agradecemos a Deus por tudo que ele fez por nós nesses 25 anos de vida conjugal”, conclui Juimar.
mo Maior de Westminster, uma pergunta por semana. No início a preocupação era com o preparo e capacitação dos membros da nova igreja. Inicialmente foi chamada de Congregação Presbiteriana do Bairro Belvedere e na sua organização passou a ser chamada de IP do Bairro Belvedere, e recebeu o nome de fantasia de Capela Presbiteriana do Belvedere.
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CELEBRAÇÃO
Nasce uma nova igreja em Cacoal (RO) Dailsa Aguiar
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om grande alegria, a 1ª IP em Cacoal, Rondônia, celebrou no dia 28 de agosto, a organização da 2ª IP na mesma cidade. O trabalho começou no dia 11 de maio de 2008, na residência da irmã Frauzina Gonçalves, continuando na residência do Presb. Francisco de Assis, assistido pelo Presb. Fernando Ximenes até 2008, Presb. Mário Valverde em 2009, do Sem. Ivandro em 2010, Sem. Sila Siete em 2012, Presb. Saulo Ethil desde 2011, e do Sem. José Honório desde 2013 . “Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cânticos. Então se dizia entre as nações: Grandes coisas fez o Senhor por eles. Sim, grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres” (Sl 126.2-3). As duas igrejas vivem momentos de gratidão a Deus, pois muito foram os
esforços e a determinação do povo de Deus no trabalho e nas orações, e toda dedicação foi voltada ao Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Os pastores das igrejas contribuíram muito com o ensino fiel da Palavra do Senhor e deram todo o incentivo necessário para que a Congregação Betel se tornasse a 2ª IP de Cacoal. Pastores: Zilmar Clézio (2008 a 2011), Sidney V. Pessoa (2009 a 2011), Josenir Barbosa da Silva (2012) e José Roberto Lencia. Atualmente Rev. Alessandro da Silva Santarelli está à frente da igreja recém-organizada.
A 2ª IP em Cacoal inicia com três presbíteros: Edson Batista dos Santos, Maurivan Barbosa da Cruz e Saulo Etehil de Oliveira; cinco diáconos: Daniel de Freitas, Erich Zumach, Jucielande de Oliveira, Weder Francisco de Jesus e Adeildo Fernandes. A 1ª IP de Cacoal completou 39 anos de história, contando as imensas bençãos. Ao longo dos anos, pastores e suas famílias passaram pela igreja, deixando marcas profundas do agir de Deus: Leonço Valdomiro Dos Santos, Josenir Barbosa da Silva Silva, Zilmar Clezio Hotti, Sidney Pessoa Valério, Alessandro
Conselho da IP Cacoal
Santarelli, José Honório, Wanderley Suzidarle, além de evangelistas, presbíteros e diáconos. No culto de celebração pelos 39 anos da igreja, esteve presente o Rev. Luiz Carlos da Silva, Presidente do Sínodo Noroeste do Brasil, juntamente com sua esposa, como mensageiro convidado para a ocasião.
IP Juara – 31 anos
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o dia 19 de novembro, a Igreja Presbiteriana de Juara (MT) celebrou 31 anos de história. Um culto de gratidão à Deus foi realizado, glorificando a Deus pelas vitórias e por aquilo que ainda está por vir. Ao logo dos 31 anos, a igreja tem anunciado o evangelho de Cristo com fidelidade, educando para uma vivência cristã, e colaborando com o ser humano em suas necessidades. Atualmente a igreja é pastoreada pelo Rev. Abceil Luiz da Silva Filho, trazendo grande alegria para o trabalho com Cristo.
Os irmãos continuam orando para que o Senhor abençoe e capacite sua Igreja que possam sempre trabalhar e servir, glorificando o Senhor e anunciando o evangelho. De fato, são muitos os motivos de gratidão, e o louvor é devido somente ao Senhor dos Senhores. Dailsa Aguiar é membro da 1ª IP Cacoal.
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IGREJA PERSEGUIDA
Como reagem as famílias de presos pela fé? O
uvimos muito sobre os cristãos no Irã sendo presos por sua fé. Mas qual é o efeito sobre suas famílias? Esta é a história de Sepideh*, uma jovem do Irã. Seu irmão foi preso enquanto distribuía Bíblias. “Era apenas mais um dia no escritório de contabilidade de Sepideh. Pelo menos, foi assim que o dia começou. O telefone tocou e ela foi até sua mesa para atender, sem saber que esse telefonema seria o início de anos de preocupações. “Sepideh, rápido!” A voz de sua mãe do outro lado parecia nervosa. “Eles prenderam seu irmão e eles podem procurar por você em seguida. Por favor, deixe seu local de trabalho e volte para casa!” Cinco anos antes, o irmão de Sepideh, Saman, conhecera Jesus. “No começo eu pensei que era apenas mais um de seus estranhos interesses”, compartilha Sepideh. “Mas com o passar do tempo, vi como Saman mudou. Foi assim que me interessei também pelo cristianismo. “Sepideh começou a ler a Bíblia e as palavras realmente lhe falaram. Assim como seu irmão, ela deu sua vida a Jesus. Os dois, então, começaram a frequentar juntos uma igreja que se reunia em uma casa.
Tudo correu bem até aquele terrível telefonema no escritório. “Quando ouvi que meu irmão havia sido preso, eu tive tanto medo que quase desmaiei.” Sepideh decidiu
que Saman tinha ligado para casa e só teve tempo de dizer: “– Fui preso”. Logo em seguida a ligação caiu. “Nós não tínhamos nenhuma informação sobre meu irmão, então, de-
para encontrar provas para o caso do meu irmão”, conta. Depois de uma noite agitada, Sepideh ainda estava em sua casa. A polícia não veio. Depois do telefone-
deixar seu escritório, embora não soubesse aonde ir em seguida. “Minha mente estava turva. Lembro-me de passear pelas ruas no sol quente do verão, meu corpo encharcado de suor. Aproximei-me do escritório da polícia, duvidando se deveria entrar e perguntar sobre o meu irmão. Mas quando eu estava quase lá, eu corri, com medo de ser presa também. “ Em casa, Sepideh encontrou a mãe que contou
pois de pensar em todos os prós e contras, decidimos ir para a delegacia juntas.” Enquanto Sepideh esperava lá fora, sua mãe entrou para investigar. Mas sua mãe voltou balançando a cabeça. Não lhe deram nenhuma informação sobre seu filho. Naquela noite, a jovem ouvira uma batida na porta de sua casa, quando todos já dormiam. – “Tive medo de que a polícia viesse me levar também, ou que eles invadissem nossa casa
ma rápido e nervoso que dera para sua mãe, parecia que Saman tinha desaparecido da terra. Enquanto isso, Sepideh ainda tinha problemas para manter a objetividade. “Eu liguei para o meu pastor e ele me disse que eu não poderia chamá-lo com esse número mais, ele também me disse que ele tinha fechado a igreja por um tempo para evitar novas prisões. Suas palavras me fizeram ainda mais medo do que eu já estava”.
Ansiosamente, Sepideh começou a coletar todos os seus CDs e livros cristãos para tirá-los de casa. Se a polícia viesse, eles não encontrariam provas. “Mas mesmo isso não me acalmou. Na verdade, a ideia de dizer que eu não sabia sobre meu irmão não me deixou à vontade. Então caí de joelhos; A única coisa que eu ainda tinha, o único que poderia me dar paz era meu Senhor.” Levaria duas semanas até que Sepideh e sua mãe tivessem alguma notícia de Saman e outras duas semanas para poderem visitá-lo. “Ele nos disse que ele e seus amigos haviam sido presos durante a distribuição de Bíblias e que eles enfrentaram duros interrogatórios.” Era difícil para Sepideh ver seu irmão assim, mas ela confiava no Senhor. “Eu acredito que meu irmão está nas mãos de Deus e que ele tem um plano.” Sepideh pode ver seu irmão mais uma vez nos meses que se seguiram. Ela mesma não foi presa, mas não se tem outra informação sobre o caso de seu irmão. * Nomes alterados por razões de segurança Por favor, continuem a orar pelos prisioneiros no Irã e suas famílias. Fonte: www.portasabertas.org.br
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PRESBITERIANISMO EM FOCO
Três lançamentos e um tema em comum: presbiterianismo Marcone Bezerra Carvalho
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ma das marcas da tradição reformada é a valorização de sua história. A existência de sociedades calvinistas de história em diversas partes do mundo, por exemplo, comprova essa afirmação. Outra evidência disso é a frequente publicação de livros relacionados à experiência histórica daqueles que nos antecederam. Nesta edição do BP apresentamos três recentes obras que enriquecem nossa bibliografia. No mês de julho, por ocasião do XI Encontro da Fé Reformada da IP do Renascença, em São Luís (MA), foi lançado O Maranhão por Vicente Themudo Lessa. O volume de 288 páginas reúne textos publicados no jornal O Estandarte em 1904, 1907-1913 e 1939. São artigos que narram as experiências ministeriais que o Rev. Lessa viveu no Maranhão. Responsável pela assistência às congregações da IPI no norte do país, Lessa foi pastor na capital maranhense de 1907 a 1912 – mesmo período em que o Rev. Belmiro de Araújo César esteve à frente dos sinodais (IPB). De São Luís, ele visitava os rebanhos da então Região Norte, cobrindo um campo que se estendia de Manaus a Salvador. Além das ricas descrições sobre os costumes e a gente da
época, o livro é importante por revelar os desafios e dificuldades do pastorado no início do século 20. O organizador da obra, Rev. João Mendes d’Eça, pastor da IPB, já havia publicado, em 2012, a História da Igreja Presbiteriana do Maranhão. Em O Maranhão por Vicente Themu-
mada en el Perú (IEPRP), denominação organizada a partir da fusão de duas missões no país. Em 1916, havia desembarcado em Lima o Rev. John Alexander Mackay, enviado pela Free Church of Scotland (Igreja Livre da Escócia). Foi dessa missão que surgiu, em 1963, a Iglesia
PRP. O autor, Rev. Pedro, foi testemunha de grande parte dessa história. Seu livro preenche uma lacuna: a história do presbiterianismo peruano. Também no mês de outubro, no dia 1, na IP da Penha, em São Paulo, foi lançado Do amor por uma tocha. Em culto de ação de
UMP. A obra chega em boa hora. Nesse ano, a Confederação Nacional de Mocidade celebra 70 anos de organização (1946-2016). Os três livros foram lançados de forma independente, razão pela qual é necessário contatá-los para adquirir as publicações. Que a caminhada dos nos-
do Lessa ele oferece mais uma importante contribuição para os presbiterianos locais. No Peru, nossos irmãos reformados puderam adquirir em outubro a Historia de la Iglesia Presbiteriana en el Perú (545 p.), de autoria do Rev. Pedro W. Merino Boyd. O livro conta o interessante caso da Iglesia Evangélica Presbiteriana y Refor-
Evangélica Presbiteriana del Perú. Por sua vez, presbiterianos estadunidenses estabeleceram trabalho evangelístico nos anos 30 por meio do Rev. Alonzo David Hitchcock. Esse empreendimento deu origem à Iglesia Presbiteriana Nacional del Perú (1971). Em 1995, após mais de dez anos de diálogo, as missões escocesa e norte-americana se uniram e formaram a IE-
graças pelos 60 anos de atividade do Rev. Enos Moura junto à mocidade presbiteriana, os convidados o felicitaram pela publicação da obra que contém valiosos capítulos sobre a caminhada dos jovens dentro da IPB. Em Do amor por uma tocha (56 p.), Rev. Enos, que já havia escrito parte do livro Eu faço parte desta História (2002), oferece subsídios para a história da
sos pais nos inspire a fazer diferença em nosso tempo. Se nem todos os presbiterianos podem escrever história, todos são chamados a fazê-la. Que a nossa seja caracterizada pela devoção ao Senhor, à sua igreja e à transformação do mundo pela pregação e obediência do evangelho. O Rev. Marcone Bezerra Carvalho é historiador e colunista regular do Brasil Presbiteriano.
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CAPA
7o Congresso Nacional Mãos e Coração Com o tema “Sua família não está morta”, Congresso apontou a grande responsabilidade dos pais em evangelizar os filhos
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Secretaria do Trabalho da Infância da IPB (SGTI/IPB) realizou de 18 a 20 de novembro, a sétima edição do Congresso Nacional Mãos e Coração: Capacitando Mãos e Ministrando ao Coração. O evento aconteceu em Taguatinga (DF), nas dependência da 2ª IP de Taguatinga, com cerca de cem pessoas inscritas. O tema central foi “Sua família não está morta”, e contou com Rev. Robinson Grangeiro, pastor da IP Tambaú e Curador do Mackenzie, Rev. Ithamar Ximenes, pastor da IP do Jardim Botânico, e Rev. José Roberto Coelho, Secretário Nacional da Infância, como preletores. De acordo com eles, uma família à beira da morte espiritual deve concentrar as buscas em Deus, e ressaltaram o papel fundamental do homem em assumir sua função de sacerdote do lar, abençoando sua esposa e seus filhos. “Os pais têm a obrigação e a responsabilidade de evangelizar seus filhos. Esse não é o papel da Igreja. Entenda que o departamento infantil e a UCP são braços da família, um eco daquilo que os pais já ensinaram em casa, afirmou Rev. Ithamar durante seu sermão, citando também a
frase de Thomas Watson “Pais cristãos se esforçam para que seus filhos sejam mais filhos de Deus do que seus”. No culto de abertura, Rev. Robinson respondeu a importante pergunta para os dias atuais: “Há esperança para a família?”. De acordo com sua reflexão, para que haja esperança, é preciso resgatar a centralidade da família, criar e manter vida devocional doméstica com todos os membros da família, em tempo reservado para o estudo e meditação na Palavra de Deus, e a valorização de um estilo de vida mais simples, abandonando a tirania do ter, aparecer e fazer. De acordo com Rev. José Roberto, a ânsia descontrolada por buscar o melhor para os filhos nos faz perder a essência daquilo que de fato é o papel de pai e mãe, que é ganhar o coração do filho para Deus.
“O maior sucesso que um pai e uma mãe devem desejar ao filho é a salvação em Cristo Jesus, e essa apresentação deve ser prioridade em uma família que deseja se manter viva”, afirma. A grande marca e o principal objetivo do projeto Mãos e Coração, é capacitar irmãos de igrejas presbiterianas de todo o Brasil. Com um competente time de palestrantes, o Congresso ofereceu 12 oficinas dentro da temática do trabalho com crianças, desde os bebês, até os juniores. Esse tem sido o diferencial nos congressos e nos treinamentos da SGTI: apresentar ferramentas que facilitem o trabalho dos líderes de departamento infantil, despertando a criatividade e o compromisso de todos que desenvolvem o ministério com crianças. Para o secretário geral da infância, Rev. José Roberto,
os resultados nesses sete anos do projeto Mãos e Coração são animadores e desafiadores. “Quanto mais treinamentos regionais, e mais congressos nacionais realizamos, mais percebemos que é isso que Deus requer de nós. Percebemos a fundamental importancia de pregar o evangelho às crianças e compreendemos a especial necessidade de treinar esses líderes que estão à frente delas, para que sejam exemplos de vida cristã, e que saibam trabalhar de forma criativa para conduzir crianças a
Cristo”, defende. Em 2017 o Congresso Nacional será realizado em Santo André (SP), nos dias 15 a 17 de junho, nas dependências da IP do Jardim Itapuan, com a coordenação de Clayton Silva, secretário do Trabalho Infantil do Presbitério de Santo André (PRSA). Para mais informações sobre treinamentos e congressos da SGTI, escreva para ucp@ipb.org.br ou curta a página do Facebook “SGTI-IPB”. Confira todas as fotos em: www.facebook.com/SGTIIPB
Coral Perfeiro Louvor da 2a IP Taguatinga
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Este ano, as oficinas oferecidas foram:
Márcia Maulepes, Edaci, Roberta, Simonica, Biguinha, Márcia Barbutti e Ivonete, algumas das oficineiras da SGTI
Rev. Ithamar, Rev. José Roberto, Rev. Geomario e Sem. Clayton
Rev. José Roberto, secretário geral da infância IPB
Rev. Robinson Grangeiro
Reverendos Robinson, Mariano, Jefferson (2º IP Taguatinga), e José Roberto
Rev. Mariano, Junta de Missões Nacionais da IPB
Voluntárias
Rev. Ithamar Ximenes
1 Como falar de Deus na primeira infância? Abigail Santos (Recife – PE); 2 UCP, que fazer? Ana Eliza (Taguatinga – DF); 3 Como trabalhar com juniores e pré-adolescentes? Roberta Fonseca (Rio de Janeiro – RJ); 4 Buscando excelência para o ensino no D. I. Edaci Camargo (Tatuí – SP); 5 Recursos visuais no ensino bíblico Simônica Emiliano (Belo Horizonte – MG); 6 Aprendendo a Bíblia através de brincadeiras Márcia Maulepes (Brasília – DF). 7 Criatividade e produção de ideias? Osvaldo Júnior (Fortaleza – CE); 8 Como montar uma EBF? Flávia Coelho (João Pessoa – PB); 9 Como preparar o culto das crianças Márcia Barbutti (São Mateus – ES); 10 Geração Digital: entendendo esse conceito Lucas Pedro (Campinas – SP); 11 A arte de contar histórias bíblicas Vinicius Rangel (Cuiabá - MT) 12 Disciplina em sala de aula: precisamos dela? Ivonete Porto (São Luis – MA)
Equipe SGTI e voluntários
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12 MEMÓRIA PRESBITERIANA
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NOTA DE FALECIMENTO
Rev. Onézio Figueiredo Marcos Gualberto
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m culto realizado na IP Ebenézer, SP, a IPB louvou a Deus pela vida do Rev. Onézio Figueiredo, falecido na capital paulista a 20 de novembro deste ano. Onézio nasceu dia 13.06.1929 em Muniz Freire (ES). Devido à morte precoce da mãe e à pobreza do pai, foi inicialmente criado por um casal de católicos devotos e rigorosos em Patrimônio dos Pimentas (hoje, Menino Jesus). Aos 6 anos, perdeu também seu pai adotivo. Em suas memórias, escreveu ele que, em vista das dificuldades, andava descalço, dormia em saco de lona, trabalhava na lavoura de café e espantava as pulgas das pernas na fogueira. Fugiu de casa adolescente (por volta de 1943), para ir morar com a tia em Iúna. Dali, trabalhou na Fazenda Ponte Branca, de presbiterianos, onde conheceu o Rev. Jáder Gomes Coelho, que o trouxe ao evangelho e o levou para Cachoeiro do Itapemirim. No internato do Instituto Samuel Barbosa (depois, Ateneu), presidido por esse ministro, trabalhou como auxiliar de cozinha, zelador de
Igreja e servente de pedreiro. Já fora do Ateneu, tornou-se pedreiro, o que lhe deu condição de fazer o ginásio em escola pública. Terminado o ginásio, cursou agricultura e pecuária em Santa Tereza (ES). Em Vargem Alta, trabalhou como fomentador do bicho da seda. A seguir, a convite do rev. Jáder, lecionou Geografia e Português para o Curso Ginasial do Ateneu Cachoeirense. Depois, trabalhou como Fiscal de Fronteira interestadual em Barra de São Francisco, onde conheceu a jovem Oneidia Cardoso, com quem se casou em 29.07.1961. Em janeiro de 1962, apresentou-se ao Presbitério do Vale do São Mateus e foi recebido como Candidato ao Ministério, por indicação da IP de Barra de São Francisco. Estudou no Seminário Presbiteriano do Centenário, em Vitória – ES, a partir de 1964, então com 35 anos. Foi licenciado pelo Presbitério de Alegre em janeiro de 1968, e ordenado em 10 de março do mesmo ano. Inicialmente, pastoreou as Igrejas de Irupi, Santa Cruz, Trindade, São Francisco e Ibitirama, todas com congregações. Depois, foi pastor nas cidades de Muriaé (MG), Cachoeira de Itapemirim, Itaperuna
(RJ), Governador Valadares (MG), sempre em mais de uma igreja ao mesmo tempo. Enquanto pastoreava em Governador Valadares, formou-se em Filosofia em Mogi das Cruzes (SP), em curso semi-presencial. Foi membro do Conselho de Curadores do Instituto Presbiteriano Mackenzie. Em 1987, aos 58 anos, assumiu a IP Ebenézer de São Paulo, onde permaneceu até sua jubilação, em dezembro de 1999, vindo a tornar-se seu pastor emérito. Mesmo jubilado, serviu incansavelmente ao Senhor, trabalhando ainda em Governador Valadares (IP Filadélfia), na IP do Tucuruvi, em São Paulo, e como capelão e professor no Seminário Teológico José Manoel da Conceição, a partir de 2006. Ali, seu último posto de serviço, trabalhou vigorosamente até a semana anterior ao seu falecimento, em 20.11.2016. Autor de inúmeros livros, cadernos teológicos, apostilas, bem como preciosas poesias, deixou três filhos (Edson, Gislene e Newson), genro, nora, e quatro netos. Marcos Gualberto do Nascimento é presbítero da IP Ebenézer.
Dados pessoais e ministeriais do Rev. Onézio Figueiredo Alderi Matos
A Reforma Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 1890. Muitos católicos romanos, ressentindo-se de tudo o que diz respeito ao nascimento e progresso da Protestantismo, não querem que se dê o nome de Reforma ao maior movimento religioso que teve lugar nos tempos modernos. (...) O estado da igreja era tão ruim, que não se pode imaginar coisa pior (...) A igreja, perdeu o respeito de todos, e se não viera a Reforma que, por sua vez, gerou a contra-reforma, é impossível ver como ela poderia sustentar-se contra a influência destruidora da sua própria corrupção, que era muito mais formidável do que qualquer ataque direto de fora. (...) A Reforma, obrigando-a a por em ordem a sua casa, salvou a igreja de si mesma, e é bem de crer que nenhuma outra coisa teria produzido este resultado.
• Data e local de nascimento: 13/06/1929, Muniz Freire (ES) • Pais: José Figueiredo e Silva e Sebastiana Deonília de Freitas • Profissão de fé: dezembro 1946, Cachoeiro de Itapemirim, Rev. Jáder Gomes Coelho • Curso de teologia: Seminário Presbiteriano do Centenário, Vitória, ES (1964-1968) • Licenciatura: janeiro 1968, em Iúna, pelo Presbitério de Alegre (ES) • Ordenação: 10/03/1968, em Alegre, pelo Presbitério de Alegre (ES) • Igrejas pastoreadas: - 1968-1969 – IPs de Irupi, Santa Cruz, Trindade e São Francisco (município de Iúna) e IP de Ibitirama (município de Alegre) - 1970 – IPs de Muriaé, Santa Margarida, Bela Vista (Abre-Campo), São João do Manhuaçu (Manhuaçu) - 1971-1972 – IP da Rua Moreira, Cachoeiro de Itapemirim (ES) - 1973-1975 – IP de Itaperuna (RJ) - 1976-1986 – IP Filadélfia, Governador Valadares (MG) - 1987-1999 – IP Ebenézer de São Paulo
- 2000-2002 – IP Filadélfia, Governador Valadares (MG) – após jubilação - 2003-2006 – IP de Tucuruvi (SP) – após jubilação • Igrejas organizadas: IP do Aeroporto (Itaperuna, RJ), IP de Natividade de Carangola (Natividade, RJ) e IP de Sobrália (MG). Também realizou atos pastorais em várias outras igrejas e pastoreou inúmeras congregações • Outras atividades: - Presidente do Presbitério de São João de Itabapoana e do Presbitério de Governador Valadares; - SC/IPB – Comissão Especial de Seminários, Comissão sobre a Doutrina do Espírito Santo, Comissão de Relações Intereclesiásticas, Conselho de Curadores do Instituto Mackenzie - Levou para Governador Valadares uma extensão do Seminário Unido do Rio que formou quatro turmas - Capelão e professor do Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição - Lecionou na Faculdade de Filosofia de Itaperuna, fundou o Ginásio de Irupi, fundou o Hospital Evangélico de Governador Valadares, recebeu o título de Cidadão Valadarense, fez Complementação Filosófica na Universidade Mogiana de Educação e Cultura
• Jubilação: março de 2000, IP Ebenézer, Presbitério Centro Norte Paulistano (PRCN) •Família: esposa – Oneidia Cardoso Figueiredo; casamento: 29/07/1961, em Barra de São Francisco (ES); filhos – Edson (01.06.1962), Gislene (01.08.1968) e Newson (12.09.1983) • Publicações: Marília e outras poesias; Cristologia, pneumatologia; G-12; Mordomia. - Obras não publicadas: Eterna predestinação; Confissão de Fé de Westminster comentada; Catecismo Maior comentado; Breve Catecismo comentado; Catecismo de Heidelberg comentado; Constituição, Código de Disciplina e Princípios de Liturgia da IPB comentados; O homem e seus males; Escatologia; Adventismo do 7º Dia; Práticas ministeriais; Pastorais; - Livretos: Romanismo ontem e hoje; O cristão e o sexo; Doação de órgãos; O aborto; O culto; Igreja local; Reflexões sobre o Espírito Santo; Batismo, sinal do pacto; O dom de línguas; O Espírito Santo na Confissão de Fé de Westminster; Ministério feminino; Vocação e santificação, etc. Rev. Alderi Matos é historiador da IPB
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FORÇAS DE INTEGRAÇÃO
Conferência Reforma Jovem em Minas Gerais Lucas Lopes
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or ocasião dos 80 anos da Mocidade Presbiteriana, a IP de Eldorado, em Contagem (MG), realizou no dia 15 de outubro a conferência “Reforma Jovem”. O evento contou com os seguintes preletores: Rev. Cleomines Anacleto, Rev. Filipe Fontes, Rev. Filipe Cotta e Rev. Renê Stofel. Ele abordaram o tema da Reforma Protestante de forma muito esclarecedora. Houve, também, uma discussão em mesa redonda entre o vice-presidente sudeste, o presidente nacional e os presidentes sinodais do estado de Minas Gerais sobre o projeto #UMPDOZE. Esse projeto traz uma nova proposta para organização da sociedade interna em Minas Gerais, que tem o objetivo de melhorar o relacio-
namento entre as sinodais, a organização de sinodais, maior detalhamento e precisão dos dados de relatórios estatísticos, entre outros. Mais informações sobre esse projeto específico poderá ser solicitado no e-mail sudeste@ump.org.br. Bruna Lopes, presidente da UMP da 8ª IP de Juiz de Fora, declarou que a Conferência Reforma Jovem foi muito boa e construtiva. “Com a oficina do Rev. Felipe Fontes, ‘A reforma como
cosmovisão’, eu tive um entendimento maior sobre o que é ser um cristão protestante reformado. Na palestra do Rev. Felipe Cotta, aprendi o que é ortodoxia, ortopraxia e ortopatia, as bases da vida cristã: saber, sentir e fazer. Essa abordagem foi apresentada com base no livro de Tiago capítulos de 1 a 5. Mais de 400 jovens de várias localidades de Minas Gerais participaram do culto de gratidão e encerramento,
adoraram e louvaram nosso Senhor juntamente com o Projeto Renascença.
Contramão Com nome sugestivo, o projeto “Contramão” tem o objetivo de resgatar a juventude local e apresentar a vida abundante em Jesus
O
projeto Contramão é uma iniciativa dos jovens da 1ª IP de Conselheiro Pena (MG). O objetivo é evangelizar adolescentes e jovens que estudam nas escolas públicas da região, por meio de pregação da Palavra, palestras, teatro e música. O Contramão atende nas depen-
dências da Escola Estadual Luiz Gonzaga (MG), recebendo um grande público de jovens, além de realizar atividades em praças e igrejas. O projeto nasceu da necessidade de buscar a juventude tão perdida de Conselheiro Pena, apresentando a salvação, e abrindo
as portas da Igreja para acolher os que estão sofrendo e perdidos no pecados. O Presb. Sérgio Montezuma é o responsável pela participação musical, e tem apoiado esse trabalho da igreja, visando a expansão do reino de Deus e alcançando as famílias dessa juventude.
Lucas Pereira Dias Lopes é membro da UMP da IP de Eldorado
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EVANGELIZAÇÃO
Cruzada evangelística e ação social no Ceará Marcos Aurélio
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IP em Juazeiro do Norte (CE) realizou a 1º de novembro, a 2ª Cruzada Evangelística Verdade e Vida. Desde a realização da 1ª Cruzada, em julho de 2015 com o Rev. Hernandes Dias Lopes, a liderança passou a orar a Deus, com o desejo de realizar anualmente a cruzada. Esse sonho foi incentivado pelo Rev. Hernandes, quando desafiou a igreja a promover ações voltadas para a população romeira (que realizam peregrinação religiosa a santos). A partir daí, nasceu o plano de unir em um só projeto a ação social e a proclamação do evangelho, no período da romaria de finados, a maior do ano no Ceará. Com o apoio da APECOM – Agência Presbiteriana de Evangelização e Comunicação – na pessoa do Rev. Ricardo Mota, e com a contribuição do irEquipe Mackenzie Voluntário
Rev. Augustus Nicodemus
Público presente na 2ª Cruzada Verdade e Vida
Rev. Marcos Aurélio
mão Ramonilson Carneiro, o objetivo foi alcançado. O Presbitério Sul do Ceará e o Sínodo do Ceará colaboraram de forma significativa, além de vários outros irmãos dispostos a trabalhar por essa causa. De acordo com Rev. Marcos Aurélio, pastor da IP Juazeiro do Norte e secretário de Evangelização do Sínodo do Ceará, houve uma ênfase na divulgação da Cruzada, desde panfletos nas ruas, até carro de som, publicações em canais de televisão e progaganda e entrevistas em rádios da
região. Todo esse empenho para que o maior número de pessoas pudessem ouvir a mensagem do evangelho. Paralelamente, as ações do Mackenzie Voluntário contaram com vinte e cinco profissionais (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionista, dentista, advogados, assistentes sociais, cabeleireiros, pastores) além de 80 voluntários da IP Juazeiro do Norte e congregações, para auxiliar no atendimento. De acordo com Eliziane de Queiroz, esposa do Rev. Marcos Aurélio e coordenadora do
e Vida, liderada pelo Rev. Julimar da IP em Pombal (PB). A 2ª Cruzada Verdade e Vida aconteceu ao ar livre, na rua 24 de Março com a presença de cerca de duas mil pessoas, oriundas de vários lugares, como Juazeiro, Crato, Várzea Alegre, Iguatu, Fortaleza, Icó, Tarrafas, Aurora, Farias Brito, Barbalha, Brejo Santo, Mauriti, romeiros visitantes, Catende-PE, Araripina-PE, Alagoas, Sergipe, Bahia, entre outros. O diversificado público, de evangélicos e católicos, estava atento à mensagem proclamada por Rev. Augustus Nicodemus, que desafiou os presentes ao arrependimento, tanto para aquele que ainda não confessou o senhorio de Cristo publicamente, bem como para os que se intitulam evangélicos, afirmam uma salvação mas não apresentam frutos de mudança de vida. “Estamos certos de que tanto a ação social do Ma-
Mackenzie Voluntário na região, cerca de 600 atendimentos foram realizados entre os moradores de Juazeiro e centenas de romeiros dos vários estados do nordeste, que foram atendidos, mediante cadastros prévio. “Foi gratificante ver tantas pessoas bem atendidas, saindo da nossa igreja com muita alegria e a gratidão estampada no rosto”, conta Eliziane. No dia 31 de outubro, a pré-cruzada contou com a participação da Jocum Sertão (Jovens com uma missão) e da Banda Verdade
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O CONSULTÓRIO BÍBLICO REVISITADO
Sobre os túmulos dos crentes Editoria assinada primeiramente pelo Rev. Galdino Moreira (1889-1982) e em seu último formato redigida desde 1977 pelo Rev. Odayr Olivetti até seu falecimento (1928-2013) Odayr Olivetti
Atendimento em diversas áreas profissionais
Corte de cabelos para doação
Musicas de adoração a Deus
ckenzie voluntário quanto a 2ª Cruzada Verdade e Vida, cumpriram muito bem o seu objetivo de levar Cristo aos corações por meio de palavras e ações para a glória do único Deus digno de louvor e glória. Se apenas uma alma foi tocada e transformada, já houve júbilo no céu pelo grande sal-
vador. Que o Senhor continue usando a IP em Juazeiro para a glória do seu nome, expansão do seu reino, e o cumprimento da sua vontade nesta terra marcada pela idolatria”, concluiu Rev. Marcos Aurélio. O Rev. Marcos Aurélio é pastor da IP Juazeiro do Norte e secretário de Evangelização do Sínodo do Ceará.
Pergunta – “É lícito aos crentes, por ocasião de Finados, copiar costumes pagãos, levando velas, coroas, flores e limpando túmulos nessa data?” Resposta: o uso de velas para os mortos é prática que reflete crenças não bíblicas. Com amor, mas com firmeza, ajudemos nossos irmãos e irmãs a crescer na compreensão de que Cristo, a luz do mundo (Jo 8.12), nos liberta do domínio das trevas, aqui e na eternidade. E se alguém não tiver a bem-aventurança de morrer “no Senhor” (Ap 14.13), resistindo na terra à oferta divina da graça redentora, nem bilhões de velas o libertarão das trevas. Quanto a limpar os túmulos e adorná-los com flores, não há nada de condenável nisso. Pelo contrário, se uma família “adquire um campo” num cemitério para sepultar os seus mortos (Gn 23.9; 50.13) e o abandona à invasão do mato e aos estragos causados pelas intempéries, comete vários erros, como (1) desleixo, (2) desrespeito para com a Direção do cemitério e para com a comunidade que dele faz uso, (3) desonra à memória dos
seus entes queridos cujos restos mortais foram ali sepultados. Há pessoas que, doentiamente, dão mais atenção aos mortos do que aos que vivem. Mas esse é outro assunto. Lembro-me de um dos mais belos cemitérios que visitei – em Frutillar, no sul do Chile, região de grande
de cuidar desse jardim. Não há nada na Escritura que condene a boa ordem, a higiene e o ornamento usado com discrição, equilíbrio e prudência – sem fanatismo, sem vaidade e sem morbidez. Finalmente, é bom notar que as flores, sobretudo em seu espocar de vida na primavera, simbolizam vi-
presença de alemães e seus descendentes. Túmulos modestos, mas cobertos de flores cuidadosamente cultivadas, transformando o cemitério todo num jardim encantador. O túmulo que Jesus Cristo ocupou brevemente estava num jardim (Jo 19.41-42), e de João 20.15 se depreende que havia gente encarregada
gorosamente a ressurreição e a vida, condizendo com a nota de gloriosa esperança do cristão. Desse modo, em vez das lamuriosas velas e rezas em favor dos que sofrem no imaginado purgatório dos romanistas, melhor é o colorido e perfumado cântico de vitória sobre a morte entoado pelas flores!
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CELEBRAÇÃO
80 anos da IP Ebenézer de São Paulo Márcio Alonso
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m meados da década de 1920, a histórica IP Unida de São Paulo mantinha um ponto de pregação no bairro do Canindé, iniciado pelo Sr. Orlando Dinelli. O trabalho cresceu e veio a ser organizado como “Congregação Presbiteriana do Canindé” no dia 18 de outubro de 1936. Sob o pastorado do Rev. Wilson Nóbrega Lício, a Congregação se estruturou de modo que, em 26 de junho de 1949, foi organizada em Igreja autônoma, sob o nome de “Igreja Cristã Presbiteriana do Canindé”, com 89 membros comungantes.
No pastorado do Rev. Rubens Pires do Amaral Osório (1954–1960), um imóvel cinco vezes maior foi adquirido no bairro de Sant’Ana, na Rua Leite de Morais, 107. A Igreja se transferiu para lá em dezembro de
1954. Com a mudança de bairro, o nome da Igreja precisou ser mudado, passando a ser “Igreja Presbiteriana Ebenézer de São Paulo”, o qual é mantido até hoje. No pastorado do Rev. Ruben Alberto de Souza
(1961–1968), inaugurou-se o novo templo, com capacidade para 400 pessoas. Seguiram-se os pastorados dos Revs. Alfredo Walter Lambiase (1968–1969), Samuel Liberato de Andrade (1970–1971), Wilson Orquestras AEB e Ebenézer
Churrasco e confraternização
de Souza (1972), Wadislau Martins Gomes (1973– 1976) e Dalmo Ochsendorf (1977–1978). Um novo terreno, na Rua Dr. Zuquim, 230, foi adquirido no pastorado do Rev. Osni Ferreira (1979–1983). As obras prosseguiram durante os pastorados dos Revs. Moacir Jordão de Almeida (1984–1985) e Adélio Mendes (1985–1986). No longo pastorado do Rev. Onézio Figueiredo (1987–1999), a identidade reformada e confessional da Igreja Ebenézer se consolidou. A Orquestra Ebenézer e a Escola de Música foram organizadas em 1991, graças à iniciativa e dedicação do Maestro João Aparecido Dias Guirau. A seguir, o Rev. Paulo Ribeiro Fontes (2000–2014), confirmou o apego da igreja à sã doutrina, e as obras foram finalmente concluídas. Em 2015, o Rev. Daniel Albuquerque de Freitas, designado pelo Presbitério Centro Norte Paulistano, pastoreou a Igreja num man-
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17 REFLEXÕES
Onézio e Oneidia em 2011 - Bodas de Ouro
dato de transição até que, em 2016, assumiu o pastorado efetivo o Rev. Márcio Roberto Alonso, eleito para o quinquênio 2016–2020. Ao longo de sua história, a IP Ebenézer foi marcada pela intensa atividade de suas sociedades internas, pela música de qualidade, pelo apego à Teologia Reformada, pela solenidade no culto público. As celebrações de gratidão a Deus por seus 80 anos de vida envolveram todos os domingos do mês de outubro, com diversos pregadores convidados. Além disso, foi feito um amplo resgate da história da Igreja, em levantamento fotográfico. Houve, ainda, a publicação de uma Bíblia IP Canindé 1949
neficente, mantenedora da Orquestra Criar e Tocar. Para 2017, a Igreja Ebenézer tem como projeto o estudo completo da Confissão de Fé de Westminster, em comemoração aos 500 anos da Reforma Protestante. Os corais, a Orquestra, o site da Igreja (www.ebenezer.org.br), o aplicativo de celular que em breve será lançado, todos serão mobilizados para, através da transmissão de cultos pela Bíblia Comemorativa Ebenézer
Comemorativa; um churrasco comunitário, que contou com a presença de aproximadamente 350 pessoas, e um concerto musical que celebrou o aniversário de 25 anos da Orquestra Ebenézer, bem como os 88 anos da Associação Evangélica Be-
internet e a disponibilização de gravações de aulas e palestras, fomentar o amor e o apego à sã doutrina no seio da Igreja Reformada. O Rev. Márcio Roberto Alonso é pastor da IP Ebenézer.
Os dois reis Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no colo; as que amamentam ele guiará mansamente (Is 40.11) Aldenir Lopes
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sse versículo indica o passado e futuro. Se olharmos para o passado veremos um adolescente de 17 anos cuidando das ovelhas de seu pai, matando um urso e um leão para defender as ovelhas, derrotando um gigante de aproximadamente 2,90m, e aos 30 anos se tornando o maior rei de Israel. O rei Davi, um homem segundo o coração de Deus. Mas se olharmos para o futuro veremos um jovem que aos 30 anos começou o seu Ministério, o Rei Jesus, o Bom Pastor, que deu a vida pelas ovelhas, como ovelha muda foi levado ao matadouro, não abriu a sua boca. A ressurreição de Jesus é o fato mais notável e mais importante da história da humanidade. A grande diferença entre o cristianismo e as outras religiões é que o túmulo de Jesus está vazio. Ele venceu a morte. Nem uma pedra de aproximadamente duas toneladas pode detê-lo naquela sepultura fria e úmida. Reconhecemos o valor da sexta-feira da pai-
xão e também do domingo da ressurreição. Quando temos comunhão com o Jesus ressuscitado, nosso coração arde pelas almas que estão se perdendo, o fogo de Deus inflama o nosso coração e o vento do Espírito Santo sopra sobre nós, removendo as cinzas do comodismo. Qual o legado que Jesus deixou para a humanidade? A Catedral de Westminster em Londres é reverenciada pelos restos mortais de heróis como George Händel, David Livingstone e Issac Newton. Mas o túmulo de Jesus em Jerusalém é famoso, justamente porque está vazio! Jó confirma isso: “Eu sei que o meu Redentor vive! E por fim se levantará sobre a Terra (Jó 19.25)”. A ressurreição de Jesus é um dos pilares mais importantes da nossa fé. Cremos que ele nasceu em Belém, viveu em Nazaré, morreu em Jerusalém, ressuscitou e voltará em breve para buscar os salvos. Essa é a nossa esperança, estejamos preparados. Aldenir Lopes é presbítero da 1ª IP de Taguatinga(DF)
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AÇÃO SOCIAL Foto: Diego Francisco
Missão Pequeninos (MG) “Deixai vir a mim os pequeninos. Não os impeçais, pois deles é o reino de Deus” (Mc 10.14b).
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1ª IP de Conselheiro Pena (MG) iniciou há dois meses o projeto Missão Pequeninos, que atende crianças da própria cidade. O grupo de voluntários, formado por 25 pessoas, entre adultos, jovens e adolescentes, reúne-se todos os sábados, das 9 às 11h, na quadra da Escola Municipal Mãos Dadas, e realiza atividades de recreação e lazer com as crianças, com esportes, teatro, música, oficinas criativas, lanche e, o mais importante, estudo bíblico
adaptado às diferentes faixas etárias. A Missão Pequeninos nasceu no coração de jovens cristãos, e tem o apoio da 1ªIP de Conselheiro Pena. Com o claro objetivo de evangelização, os voluntários apresentam às crianças histórias bíblicas, e têm momento de oração, aconselhando-as e dando amor, já que a região é muito carente. De acordo com Sérgio Montezuma, presbítero da 1ª IP de Conselheiro Pena, os casos das crianças e de
suas famílias são críticas. “Temos casos de crianças violentas e nervosas, oriundas de famílias desestruturadas, então entendemos que nosso papel é muito mais de acolhimento e aconselhamento espiritual, do que meramente recreação”. O Projeto tem esse nome devido o texto bíblico: “Deixai vir a mim os pequeninos. Não os impeçais, pois deles é o reino de Deus” (Mc 10.14b). Para a comunidade local, a Missão exerce a boa influência que as crianças precisam receber, com prevenção e conscientização contra as diversas influências negativas que afetam a infância e juventu-
de. Para a Igreja de Cristo, o trabalho redundará na glória de Deus e em vidas resgatadas pela graça de Cristo. Os coordenadores da Missão Pequeninos, são o evangelista Wilson Douglas, o agente penitenciário Márcio, a psicóloga Kézia, e o jovem Diego Francisco, membro da IP Conselheiro Pena. Para eles, os desafios são grandes, mas os impactos da Palavra de Deus nos pequenos corações serão maiores. Os custos com lanche, mate-
rial didático e esportivo são o maior desafio para essa equipe no momento, contando com doações e ajuda da 1ª IP Conselheiro Pena, que tem como pastor, rev. Wellington Ricardo. Manter uma boa equipe de voluntários também é um desafio, já que projeto atua todos os sábados, exigindo dedicação e compromisso dos envolvidos. Para saber mais sobre esse projeto, acesse a página no facebook da Missão Pequeninos.
MEDITAÇÕES
Avivamento é renovação da aliança “Renova dentro em mim um espírito estável” (Sl 51.10). Frans Leonard Schalkwijk
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a Bíblia, a palavra “aliança” frequentemente indica o relacionamento de Deus conosco. Apesar de Adão ter quebrado esse “contrato” precocemente (Os 6.7), Deus continuou seu pacto com os homens, por amor. O alvo de Deus sempre é paz, shalom no sentido mais amplo da
palavra, tanto material como espiritual, o nosso bem estar (Is 26.3). A ênfase no pacto com Noé é nossa existência terrena (Gn 9.9). A ênfase no pacto com Abraão é mais espiritual, o relacionamento de indivíduos e povos com Deus (Gn 12.3). Sempre de graça por causa do Mediador da aliança, cuja vida inaugurou o novo período do pacto da graça (Hb 12.24).
O problema, porém, é que a aliança foi feita com pecadores natos. Por isso, esse convênio precisa de conserto frequente, um tipo de renovação da aliança. O povo de Israel também precisava disso. Depois da viagem pelo deserto, Josué promoveu uma grande purificação no povo da aliança. Foi em Gilgal (Js 5.9). E uma geração depois, outra renovação ocorreu em que o povo chorou seus pecados em Boquim (“Chorando”, Jz 2.5). Outras festas de renovação
foram celebradas durante os reis crentes Ezequias e Josias (2Cr 29; 34); e depois do cativeiro babilônico (Ed 6.19). Como o sal da aliança (Lv 2.13), a limpeza espiritual fazia parte da disciplina da aliança (Ez 20.37). No Novo Testamento a renovação da aliança ocorre cada vez quando participamos da Ceia do Senhor (Lc 22.20). Antes disso, sempre necessitamos de lavar as mãos, fazer as pazes, confessar nossos pecados examinando qual nosso ponto
fraco (1Co 11.28). Será que desprezamos o ministério como os filhos de Eli (1Sm 2.17), ou a Palavra do Senhor como Davi (2Sm 12.9)? Ou precisamos renovar a aliança de Levi, fazendo paz com algum obreiro (Ml 2.8)? Ou renovar a aliança com nosso cônjuge (Ml 2.14)? Você está orando por avivamento? Ore que comece com você. Oh, Senhor, renova dentro em mim um espírito estável! Extraído de Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.
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FORÇAS DE INTEGRAÇÃO
SAF –132 anos de bençãos N
o dia 5 de novembro, a Confederação Nacional de SAFs (Sociedade Auxiliadora Feminina) celebrou 132 anos de bençãos. O culto de gratidão foi realizado na IP de São João da Boa Vista (SP), tendo como preletor, Rev. Roberto Brasileiro, presidente do SC/IPB. Líderes regionais de SAFs e pastores conselheiros e colaboradores também participaram, levando aos presentes palavras de incentivo, desafio e gratidão a Deus por tamanha graça nesses 132 anos de história. A 1ª SAF do Brasil foi criada em 1884, na cidade de Recife, com o nome de “Associação Evangélica de Senhoras”, tendo por finalidade realizar estudos bíblicos e arrecadar fundos para auxiliar os necessitados e a igreja. Sua primeira presidente foi a Sra. Carolina Smith. Ana Maria Prado é a atual presidente da CNSAFs, que declarou grande alegria por participar da festividade de gratidão à Deus pela existência da Sociedade Auxiliadora Feminina, que tem, pela graça de Deus, apoiado a amada IPB.
Culto de Gratidao 123 anos CNSAFs Rev. Roberto Brasileiro
Ana Mara Prado, presidente da CNSAFs
Diretoria CNSAFs: À frente, a partir da esquerda: Liliana Silveira, Ana Maria Prado, Niracy, Célia Mara. Atrás no mesmo sentido. Quitéria, Lucélia Cláudia, Maria Ribeiro, Sudonita e Maria da Paz.
PROJETO SARA
Deus tem prazer na misericórdia “Eu (...) olharei para o SENHOR e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá. Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia” (Mq 7.7,18).
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ais um ano está findando e tantos percalços, lutas e desafios vivenciamos. Podemos avaliar o que conseguimos construir, conquistar e vencer, entretanto, muitas frustrações e derrotas poderemos listar. Quando, porém, olha-
mos para as Escrituras, encontramos profetas nos chamando para olhar e esperar por nosso Deus, da nossa salvação, que nos ouve, que nos perdoa, que tem prazer na misericórdia. Mesmo em tempo de crise, podemos fazer planos, ter sonhos, edificar
nossas casas, plantar pomares, gerar filhos e filhas, e procurar a paz da cidade e orar por ela ao Senhor. Porque “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Então, me in-
vocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.5-13). Precisamos avaliar nossa vida à luz da Palavra de Deus. Entender os propósitos divinos acerca dos fatos que aconteceram em nossas famílias durante este ano e dar glórias a Deus, porque ele tem prazer na misericórdia, porque ele tem pensamentos de paz a nosso respeito. Nosso Pai celestial nos ama porque ele é amor
e enviou seu Filho Unigênito para nos salvar. Mesmo na manjedoura, podemos ver a sombra de uma cruz. Ele nasceu para morrer e nos dar vida eterna com Deus. Jesus veio ao mundo para dar sua vida e nos reconciliar com Deus. Desejamos a todas as famílias presbiterianas do Brasil, um Feliz Natal e um Ano Novo de paz, alegria, reconciliação, restauração e compromisso com um Deus Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
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Boa Leitura Dia D+ (Editora Cultura Cristã)
Solução para um problema crônico! O que fazer quando começam as férias? Vamos juntar as classes? Que material usar? E as datas comemorativas? Para auxiliar o Departamento Infantil nessas questões, a Editora Cultura Cristã lançou uma revista para uso na escola dominical em períodos especiais, como recesso escolar e datas comemorativas. A revista Dia D+ tem 13 lições avulsas com planos de aulas para crianças menores e maiores, atividades diferenciadas, além de visuais em cartazes e em PowerPoint. Contém revista para o professor (64 páginas); visuais em cartazes (44x31); mídia (CD) com apresentações em PowerPoint e Recursos em pdf. Calvino, Genebra e a Reforma (Ronald Wallace)
O livro trata do ministério de Calvino como um reformador social, clérigo, pastor e teólogo no século 16, com uma cuidadosa análise de sua obra, do pensamento e devoção que ele lhe dedicou. A obra de Calvino só pode ser integralmente entendida quando compreendemos também sua submissão à Palavra de Deus. Sua experiência com a Palavra e sua interpretação dela determinaram o que ele buscou a alcançou. Este livro procura mostrar como seu pensamento determinou seu objetivo e sua ação política. Trata-se de uma obra indispensável para se compreender o próprio Calvinismo não só como conjunto de doutrinas soteriológicas, mas como uma cosmovisão desenvolvida a partir da doutrina da soberania de Deus. Cristianismo sem Cristo (Michael S. Horton)
Deixamos Cristo fora do cristianismo? Nossa fé e prática são culturais ou cristãs de fato? O autor denuncia o cristianismo que menciona Cristo, mas o deixa de lado, apresentando uma mensagem trivial, sentimental, irrelevante, um evangelho moralista, de auto-ajuda e bem-estar pessoal, e egoísta. Leia com atenção para identificar os vícios da igreja atual e a apresentação da resposta para voltarmos ao caminho do Senhor. Excelente dica para estudos aprofundados em pequenos grupos ou escola dominical.
Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.br ou www.facebook.com/editoraculturacrista ou ligue 0800-0141963
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Entretenimento e reflexão O Brasil Presbiteriano não necessariamente endossa as mensagens dos filmes aqui apresentados, mas os sugere para discussão e avaliação à luz da Escritura.
Francesco – A história de são Francisco de Assis (1989) Mais que uma história de vida, Francesco narra a jornada de um homem partindo de uma vida agradável e despreocupada até sua renúncia ao mundo rico e mimado. Francesco passa sua infância protegido da miséria que atinge seus semelhantes na guerra da Perugia, quando a cidade de Assis é derrotada e ele conhece pela primeira vez o sofrimento humano. Decide, então, distribuir suas riquezas aos pobres e sua opção de vida é ridicularizada por seus companheiros. Mais tarde, porém, muitos seguirão seu exemplo e se tornarão seus discípulos. Entre eles está Clara, uma jovem que irá confortá-los nos momentos de dúvida e abandono. O filme Francesco pode dar ocasião a um bom debate.
Tão Forte e Tão Perto (2012)
Rogue One – Uma História Star Wars
Oskar Schell (Thomas Horn) é um garoto muito apegado ao pai, Thomas (Tom Hanks), que inventou que Nova York tinha um distrito hoje desaparecido para fazer com que o filho tivesse iniciativa, e aprendesse a falar com todo tipo de pessoa. Thomas estava no World Trade Center no fatídico 11 de setembro de 2001, tendo falecido devido aos ataques terroristas. A perda foi um baque para Oskar e sua mãe, Linda (Sandra Bullock). Um ano depois, Oskar teme perder a lembrança do pai. Um dia, ao vasculhar o guarda-roupas dele, quebra acidentalmente um pequeno vaso azul. Dentro há um envelope onde aparece escrito Black e, dentro dele, uma misteriosa chave. Oskar inicia uma busca por pessoas com o sobrenome Black.
Rogue One é um filme norte-americano de ficção científica, aventura e fantasia, baseado na franquia épica Star Wars, de George Lucas. Para os fascinados na saga, Rongue Onde promete trazer mais interesse nos filmes da linha. No Brasil, o lançamento está previsto para o dia 16 de dezembro deste ano. Com a direção de Gareth Edwards e escrito por Chris Weitz, o filme conta a história de um grupo de combatentes da Aliança Rebelde que unem-se para executar uma importante missão: roubar os planos da Estrela da Morte, trazendo, assim, uma nova esperança para a galáxia. A ideia é que a nova história ocorreu antes dos acontecimentos do episódio “Uma Nova Esperança” e depois do episódio “A Vingança dos Sith”.
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