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Destaque
TURISMO INDUSTRIAL – A CERÂMICA E O VIDRO EM PORTUGAL
por Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa do
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Turismo Industrial
O Turismo Industrial tem vindo a consolidar-se em Portugal através das visitas a fábricas em laboração e a equipamentos museológicos ligados a antigos complexos industriais, por parte de turistas nacionais e estrangeiros. Estas diferentes experiências de contacto com os produtos e processos produtivos proporcionam a descoberta do património industrial e/ou da indústria viva que caracterizam e diferenciam os territórios, e que contribuem para a promoção de Portugal através das suas atividades económicas diferenciadoras e da sua cultura, bem como para o reforço da atratividade do setor industrial e do seu potencial de inovação e crescimento junto dos jovens. A relevância do Turismo Industrial para o desenvolvimento turístico sustentável assenta, assim, na valorização do património cultural e das atividades identitárias das regiões, através de experiências autênticas e originais que podem ser usufruídas em todo o país e ao longo de todo o ano, e que proporcionam aos turistas vivências únicas no âmbito de uma feliz conjugação de conhecimento e emoção. A estruturação deste produto tem vindo a ser feita através do Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa de Turismo Industrial, do qual fazem parte o Turismo de Portugal, as Entidades Regionais de Turismo, municípios e empresas, numa atuação concertada, a nível nacional, com o objetivo de consolidar a oferta, ganhar escala e maior notoriedade. São já mais de cem empresas e municípios de todo o país que dinamizam iniciativas de Turismo Industrial, contribuindo assim, para um melhor conhecimento da produção nacional, distinta na tradição e na modernidade, como ocorre com o incontornável setor da cerâmica e do vidro, um dos mais representativos da atividade industrial em Portugal. Desde tempos remotos que, praticamente em todas as regiões do país, encontramos vestígios da atividade cerâmica. No séc. XVIII registou-se um surto de fábricas de cerâmica que vieram consolidar a afirmação deste sector, nomeadamente a Real Fábrica de Louça do Rato (Lisboa), pioneira no fabrico moderno de cerâmica, a Fábrica de Louça de Massarelos (Porto), ou a Fábrica de Louça de Darque (Viana do Castelo), que se tornaram famosas pela qualidade da sua produção, ainda hoje apreciada e alcançando valores elevados nos leilões da especialidade. Já no séc. XIX destacam-se a Fábrica da Vista Alegre (Ílhavo), a Fábrica de Louça de Sacavém (Loures), a Fábrica de Cerâmica das Devesas (Vila Nova de Gaia), que chegou a constituir uma das mais importantes na produção de artefactos cerâmicos para aplicação na arquitetura, a Fábrica de Faianças Artísticas de Raphael Bordallo Pinheiro (Caldas da Rainha) ou a Fábrica da Viúva Lamego (Lisboa). Ao longo do século passado surgiram inúmeras fábricas de cerâmica, no Continente e Ilhas, que deixaram uma marca importante na atividade industrial do sector. Sem preocupações de exaustão, destacamos a Companhia das Fábricas Cerâmica Lusitânia (cuja unidade principal se localizava em Lisboa), as Fábricas Jerónimo Pereira Campos (Aveiro e Alvarães, Viana do Cas-
Museu da Olaria
Berço Vidreiro telo), ou a Empresa Industrial de Ermesinde, atualmente reutilizada como Fórum Cultural de Ermesinde. Constata-se, com facilidade, que o sector da cerâmica e do vidro apresenta um enorme potencial para integrar a oferta nacional de turismo industrial. À data, os visitantes já possuem um conjunto de recursos visitáveis, incorporados nesta estruturação da oferta em curso.
Esta rede de oferta de Turismo Industrial é evolutiva, à medida que se vão identificando empresas e equipamentos museológicos que reúnem as condições de visitação necessárias para proporcionar uma experiência de qualidade. O sector da cerâmica e do vidro tem e continuará a ter uma enorme relevância nesta rede de Turismo Industrial que se está a consolidar, contribuindo para o reforço da identidade cultural, preservação da memória coletiva e afirmação da inovação. Iniciando a nossa viagem pelo Norte do país, não deixe de vivenciar na região experiências criativas tão diferenciadoras no âmbito da cerâmica. Barcelos convida-o a visitar o Museu da Olaria, com um acervo com mais de 9000 peças, maioritariamente provenientes do concelho de Barcelos mas também de outras regiões de Portugal e dos países lusófonos, e que, enquanto lugar de memórias, sítio de vidas, oficina do imaginário, perpetua a identidade de um povo, sendo, ao mesmo tempo, centro dinamizador de cultura e propalador da transmissão geracional cultural. Em Barcelos conheça ainda uma empresa de cariz artesanal onde as peças em terracota são elaboradas, manualmente, em rodas de oleiro: a Cerâmica Normand oferece-lhe a experiência autêntica de manusear o barro na roda de oleiro. A Norterra, também localizada em Barcelos, combina na sua produção, técnicas tradicionais da cerâmica terracota artesanal com um processo de produção moderno e aplica as últimas tendências em design e envidraçamento colorido, proporcionando-lhe uma experiência única de harmoniosa conjugação estética. Prossiga a viagem pelo setor da Cerâmica e do Vidro, que fazem parte do ADN do Porto e Norte de Portugal, com realce para a importância secular de Oliveira de Azeméis no setor vidreiro: a indústria dos moldes e a vontade de trazer para o presente vivo esse património histórico, culminou com a feliz criação e dinamização do Berço Vidreiro, que funciona na Casa das Heras, no coração do Parque de La Salette.
Este espaço vocacionado, essencialmente, para as crianças, visa promover a história do vidro através de uma exposição de artefactos e engenhos ligados à conceção de peças de vidro, da produção de objetos ao vivo e da sua comercialização. Este tão interessante processo produtivo, é assegurado diariamente por pessoas ligadas à criação artesanal do vidro. Das suas mãos saem, como antigamente, peças que podem ser adquiridas pelos visitantes. Presépios, pisa-papéis, flores, jarras, fruteiras, castiçais, adereços e pratos decorativos são alguns das apelativas peças, que pode encontrar e adquirir no Berço Vidreiro. Um local de visita obrigatória que permite desvendar a forma como se produzia o vidro há séculos e quais as técnicas usadas, bem como a importância da atividade no concelho, desde que foi criada em Oliveira de Azeméis a primeira fábrica de vidro do país. Prosseguindo a nossa rota de Norte para Sul, no Centro de Portugal destacamos a Fábrica e Museu Vista Alegre, uma marca nacional de inquestionável referência no sector da cerâmica. Fundada em 1824, a Fábrica de Porcelana da Vista Alegre foi a primeira unidade industrial dedicada à produção da porcelana em Portugal. Para a fundação e sucesso deste arriscado empreendimento industrial foi determinante o espírito de persistência do seu fundador, José Ferreira Pinto Basto. Conservar e guardar a memória da produção da porcelana artística da Vista Alegre foi tradição na fábrica, inerente ao prestígio que a marca alcançou ao longo do século XIX. Apesar de, desde o início da sua produção, ter colecionado os melhores exemplares, o primeiro museu organizado data de 1947 e foi instalado no palácio, junto da Capela da Vista Alegre. Em 1964 o museu foi ampliado e aberto ao público, mudando para os edifícios antigos da fábrica, local com espaço para alojar o espólio de peças de porcelana, documentos e desenhos. Entre 2014 e 2016 o Museu Vista Alegre sofreu obras de requalificação, que incluíram a recuperação do património edificado existente e a ampliação dos espaços expositivos, destacando-se a integração de dois antigos fornos da empresa nas áreas de receção do Museu. O museu pretende mostrar a história da fábrica, a evolução estética da produção de porcelana e a sua importância na sociedade portuguesa nos séculos XIX e XX, através de um dos mais completos espólios museológicos do género, que conta com mais de 30.000 peças. Além das renovadas salas de exposição, poderá visitar, integradas no circuito do Museu, a Capela em Honra a Nossa Senhora da Penha de França (Monumento Nacional do século XVII) e a Oficina de Pintura Manual da Fábrica da Vista Alegre, onde terá a oportunidade de observar o delicado trabalho de pintura cerâmica. O Museu Vista Alegre oferece diversas propostas de lazer e descoberta no Sítio Industrial da Vista Alegre incluindo visitas guiadas e Oficinas de modelação ou pintura de porcelana. No Lugar da Vista Alegre os visitantes poderão passear pelo Bairro Operário da Fábrica, testemunho da história da indústria em Portugal e da cultura e vivências operárias na Vista Alegre, e visitar as lojas Vista Alegre, Outlet e Bordallo Pinheiro. Continuando viagem em direção ao Sul, a oferta da Marinha Grande é incontornável no que ao vidro diz respeito.
Museu do Vidro
Desde logo, o Museu do Vidro que tem como missão o estudo, a preservação e a divulgação dos testemunhos materiais e imateriais do Homem e do seu meio no que diz respeito ao vidro não apenas como material e matéria de expressão artística, estética e industrial, mas também como fator identitário e de significações sociais e culturais. Trata-se do único museu em Portugal especificamente vocacionado para o estudo da arte, artesanato e indústria vidreira. Dispõe de dois espaços distintos de exposição – Núcleo de Arte Contemporânea e Coleção Visitável do Futuro Museu da Indústria de Moldes - nos quais reúne coleções e saberes que testemunham a atividade vidreira portuguesa sob as perspetivas industrial, artesanal e artística, desde meados do século XVII/XVIII até à atualidade.
No espaço do Serviço Educativo, junto ao palácio, o museu disponibiliza uma oficina de produção e decoração de vidro, protagonizada por artistas e artesãos da Marinha Grande que trabalham várias técnicas ao vivo, e onde é possível contactar diretamente com a prática da atividade vidreira em contexto oficinal. Destaca-se, igualmente, o Estúdio do Vidro da PoeirasGlass como um espaço onde o visitante pode ver e aprender a trabalhar o vidro de forma artesanal. O espaço foi desenvolvido para a produção de peças em vidro e proporciona ao visitante o contacto com as técnicas de Sopro, Modelagem, Moldagem, Casting, Fusing ou Maçarico, dando a possibilidade de participar no processo de fabricação do produto final. As técnicas são explicadas pela experiência e história do vidro contadas pelo Mestre Poeiras. A Normax desenvolve a sua atividade no sector das indústrias transformadoras de vidro, no ramo do vidro científico, sendo o maior fabricante em Portugal. Os seus produtos, vidraria de laboratório e material de uso médico não farmacêutico, destinam-se a satisfazer as necessidades de clientes dos sectores da saúde, ensino, investigação, controlo e análise industrial. Dispõe de um laboratório de calibração de vidraria volumétrica (NORMALAB), funcionando de modo independente da produção. A atividade da empresa está dividida em duas vertentes: o fabrico de material de laboratório e a comercialização de outros produtos complementares à gama produzida. Não deixe de visitar a Leerdam Crisal Glass. A Crisal, fundada em 1944 em Alcobaça, com o objetivo de produzir lustres em cristal e vidro doméstico, através da fusão de areia, soda e cal a temperaturas superiores a 1500º centígrado. Em 1970, inaugura uma nova fábrica na Marinha Grande a qual teve uma enorme expansão. Esta expansão fez nascer a primeira fábrica em Portugal com produção automática e a comercialização de produtos com a marca “Crisal Glass”. Atualmente, a Leerdam Crisal Glass integra o Grupo Anders Invest, possuindo a única fábrica do género em Portugal. A fábrica possui dois fornos com capacidade máxima total de fusão de 160 ton/dia, os quais alimentam 7 linhas de produção, proporcionando elevada capacidade disponível e grande variedade no processo de moldação do vidro. O segredo do sucesso tem sido, e continuará a ser, o contínuo investimento em nova tecnologia, design e qualidade, com preocupações ambientais e sociais. Produz uma gama variada de produtos, desde canecas, copos, decantadores, taças, cálices e outros artigos. Surpreenda-se com a transparência e a cor na loja da fábrica. Por fim, o CENCAL – Centro de Formação Profissional para a Indústria da Cerâmica. Criado em dezembro de 1981, tendo sido alargada a sua atividade formativa e de apoio técnico e tecnológico ao vidro pela sua integração com o CRISFORM da Marinha Grande criado em 2000. Presentemente o CENCAL desenvolve nas instalações da Marinha Grande vários tipos de formação, dirigidas a profissionais de empresas e por conta própria, como para jovens e desempregados. As áreas abrangidas são nomeadamente nas técnicas de vidro soprado, vitral,
Crisal
fusing, casting, pâte de verre, lapidação e a pintura bem como, o vidro automático, a gestão da produção, organização do trabalho, línguas, etc. Também dispõe de um laboratório de ensaios físico-químicos para controlo do processo e da qualidade do vidro para apoio às empresas do setor. Durante o período de fevereiro a maio normalmente têm ligado o forno de vidro. Produtos/Serviços que disponibiliza: Formação/Workshops de Vidro Partindo em direção a Caldas da Rainha, o Museu da Cerâmica expõe a tradição centenária dos fazeres ligados à cerâmica que atravessam gerações e trespassam técnicas, estilos e linguagens muito diversas. Criado em 1981, o Museu da Cerâmica é uma instituição museológica dedicada ao património relacionado à cerâmica e, também, à sua indústria. As coleções do Museu são constituídas por uma síntese representativa de vários centros cerâmicos portugueses e estrangeiros, desde o século XVI aos nossos dias. Predomina a produção local, desde a produção artística da inovadora Maria dos Cacos – oleira e cerâmica caldense que, a inícios do século XIX fundou a primeira fábrica da região – passando por autores como Manuel Mafra, até às criações contemporâneas de alguns ceramistas caldenses, como Ferreira da Silva ou Eduardo Constantino. O acervo está disposto em um Palacete, envolto em Jardins de traçado romântico, decorados com azulejaria e elementos cerâmicos. O local, mandado construir pelo Visconde de Sacavém em finais do século XIX, está a passar por um procedimento de classificação como monumento de interesse nacional. Trata-se de mais um importante reconhecimento, tanto pela singularidade da construção, como também de suas coleções, as quais oferecem aos visitantes encontros com produções de cariz industrial e, também, artesanal. De entre o acervo, merece destaque a notável evolução de peças da autoria de Rafael Bordalo Pinheiro, executadas na Fábrica de Faianças de Caldas da Rainha, bem como a produção “Arte Nova” de Costa Motta Sobrinho. Mostram-se ainda núcleos de azulejaria, assim como de miniaturas, com destaque para as obras de Francisco Elias. Partindo em direção a Alcobaça, a António Rosa Cerâmicas, é uma empresa de gestão familiar há 30 anos no mercado da cerâmica decorativa e utilitária. Desde as suas origens, pelas mãos do mestre cerâmico António Rosa e dos seus filhos, a empresa dedicou-se à produção de peças em faiança, com qualidade e acabamentos superiores. Ao longo dos anos, a António Rosa Cerâmicas floresceu e afirmou o seu papel de relevo no panorama da cerâmica de Alcobaça e de Portugal, com foco na modelação, desenvolvimento e produção de peças exclusivas para clientes e de linhas próprias decorativas (Konsensual e Byfly), utilitárias, souvenirs (tiAlice) e de casa de banho (AR). Na última década, a António Rosa Cerâmicas especializou-se no segmento Private Label, com a criação de raiz de coleções únicas de matriz diferenciada para clientes espalhados pelos 5 continentes do mundo. Com cerca de 100 funcionários, a António Rosa Cerâmicas é hoje uma empresa adaptada aos tempos modernos, aos mercados, exigências e tendências emergentes, tendo recentemente diversificado o seu leque de opções comerciais, com o enquadramento do grés como matéria-prima no seu portfolio produtivo.
Chegados a Loures, na região de Lisboa, conheça o Museu de Cerâmica de Sacavém, distinguido em 2002 com o Prémio Luigi Micheletti. O Museu encontra-se instalado num edifício construído de raiz, nos antigos terrenos da Fábrica de Loiça de Sacavém. Desde a sua abertura, a 7 de julho de 2000, dedica-se ao estudo da história e da produção da Fábrica de Loiça de Sacavém e do património industrial do concelho de Loures, desenvolvendo projetos expositivos nesse âmbito. São, assim, inúmeras as propostas para eleger o país como Destino preferencial para uma renovada grelha de leitura do Turismo Industrial e, mais concretamente, dos setores da Cerâmica e do Vidro! Venha descobrir…
CONTACTOS PARA EFEITOS DE VISITA
Museu da Olaria de Barcelos 4750-306 Barcelos . GPS: 41.52892, -8.62063 T: 253 824 741 www.museuolaria.pt
Cerâmica Normand 4750-584 Oliveira - Barcelos . GPS: 41.58862, -8.54141 T: 253 842 755 | 936 359 275 www.cm-barcelos.pt/locais/lista/cera%CC%82mica-normand
Norterra 4754-909 Lama - Barcelos . GPS: 41.56883, -8.54947 T: 253 843 490 | 937 959 430 www.norterra.pt
Berço Vidreiro Parque de La Salette 3720-291 Oliveira de Azeméis . GPS: 40.843889, -8.465150 T: 963 630 797 | 927 994 397 www.cm-oaz.pt/oliveira_de_azemeis.1/berco_vidreiro.1579/berco_vidreiro.a318.html
Fábrica e Museu da Vista Alegre 3830-292 Ílhavo . GPS: 40.58949, -8.68376 T: 234 320 628 https://vistaalegre.com/
Museu do Vidro Palácio Stephens 2431-522 Marinha Grande . GPS: 39.74950, -8.93330 T: 244 573 377 www.cm-mgrande.pt Poeiras Glass Praça Guilherme Stephens Edifício da Resinagem, loja 7 2431-522 Marinha Grande . GPS: 39.72349, -8.92903 T: 960 225 209 | 964 529 316 www.poeirasglass.pt
Crisal Zona Industrial do Casal da Lebre Rua de Portugal, lote 1 2431-903 Marinha Grande . GPS: 39.72349, -8.92903 T: 244 545 800 https://crisal.pt/
CENCAL Zona Industrial do Casal da Lebre Rua da Alemanha, 18 2431-902 Marinha Grande . GPS: 39.72208, -8.92990 T: 244 502 021 www.cencal.pt
António Rosa Ceramics Alto Varatojo 2460-581 Maiorga, Alcobaça . GPS: 39.58766, -8.97361 T: 919 962 626 www.antoniorosa.pt
Museu da Cerâmica Rua Dr. Ilídio Amado 2504-910 Caldas da Rainha . GPS: 39.39909, -9.13018 T: 262 840 280 www.culturacentro.gov.pt/museu-ceramica/
Museu de Cerâmica de Sacavém Praça Manuel Joaquim Afonso 2685-145 Sacavém . GPS: 38.79402, -9.10252 T: 211 150 536 | 211 151 083/4 www.cm-loures.pt/AreaConteudo.aspx?DisplayId=898