Ct6p jun12 - A Continela - Anunciando o Reino dos Deuses Santos

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A ÁRVORE DA


A

CONTINELA ® A R D S NUNCIANDO O

EINO DOS

EUSES

ANTOS

Tiragem de cada número: 000.001 EM 001 IDIOMA

ct6P

JUNHO DE 2012

O OBJETIVO DESTA REVISTA ELETRÔNICA*, A Continela, é honrar a Jeová, os Deuses santos – desde o maior até o menor Deles. (Sal 136:2) Assim como os vigias dos tempos bíblicos se postavam nas altas torres de ângulo, para dali monitorar os eventos, esta revista nos demonstra como enxergar as verdades bíblicas de um ângulo nunca antes observado. Consola e dá entendimento da verdade a todas as pessoas da atualidade – principiando pelas ungidas Testemunhas dos Deuses Santos – com as boas novas de que o Reino dos Deuses Santos em breve acabará com as mentiras e enganos religiosos e toda a maldade da terra, transformando-a num belo paraíso. Incentiva a fé em Jesus Cristo, um Deus santo que morreu para que pudéssemos ter vida feliz e sem fim, sob o Reino do qual ele é o principal dos reis. (Is 9:6; Jo 1:1, 18; Fil 2:6) Essa revista, que é publicada ininterruptamente pela Associação das Testemunhas dos Deuses Santos desde 2012, não é política, (embora tenha autorização para abordar temas relacionados) adere às Escrituras Sagradas e às ciências humanas como autoridades. No entanto, nunca infringirá a “regra básica” bíblica, conforme 1Co 4:6. Adere também à evolução da vida – de todas as espécies – como uma verdade perfeitamente apoiada pela Bíblia. – Gên 2:7. A menos que haja outra indicação, os textos citados são da moderna Tradução dos Deuses Santos das Escrituras Sagradas com Referências.

*Não será publicada em papel. Nenhuma árvore será derrubada. Não ‘arruinaremos a Terra.’ –Re 11:18.

ASSUNTOS DE CAPA     

31 – 1.a Reunião do Corpo de Apóstolos das Testemunhas dos Deuses Santos

03 – Uma Árvore Muito Especial; 04 – Adão e Eva Comeram da Árvore da Vida?; 07 – Qual a Origem da Árvore da Vida?; 09 – Que Fim Levou a Árvore da Vida?; 13 – O Retorno da Árvore da Vida.

O Corpo dos Governantes monta um jumento nervoso! – Mas por quê? Como?

A Árvore da Vida é um dos segredos para a vida eterna em felicidade na terra

SEÇÕES REGULARES

- CONHECENDO O LIVRO DE ENOQUE – PARTE VI 19 – O FIM DE UM MISTÉRIO – JEOVÁ NOS REVELA UM - COMO ENTENDER ZACARIAS 8:23?


UMA ÁRVORE

MUITO ESPECIAL A ATUAL situação do homem, vivendo espremido em meio a cinzentas selvas de pedras, em pouco – ou quase nada – lembra nosso primeiro lar, o jardim do Éden. Enquanto que nas metrópoles as árvores quase que inexistem, no paraíso elas superabundavam. Embora que se plantem hoje algumas árvores em parques de imitações, não raro esses são sufocados e limitados pelos concretos. Ainda mais, mesmo que apreciados e tidos como prazerosos, é certo que tais parques situam-se, não raro, em bairros mais privilegiados, dificultando assim o acesso à maioria. Já o paraíso que foi feito pelos Deuses era um só. Dominava um vasto território, algo preparado para todos os homens – todos teriam livre acesso a ele uma vez que todos viveriam dentro dele. Com o tempo, esse já espaçoso jardim seria expandido a todo o planeta; a família humana viveria então em plenas paz, felicidade, harmonia, . . . e também “a vida verdadeira”! Sim, teriam vida longa – sem fim à vista! Como poderia isso ser possível? (1 Timóteo 6:19) A resposta tem que ver com uma árvore que os Deuses plantaram naquele parque; tratava-se de uma árvore muito especial; que produzia frutos cujo efeito resultava em juventude perpétua aos que dela comiam. Esta era a especial “Árvore da Vida”! Mas o que era essa árvore? Por que esse nome tão especial? De onde veio ela e seus poderes de cura? Qual o real objetivo de ela ter sido plantada “no meio do jardim”? Essas e outras perguntas serão devidamente respondidas aqui. A CONTINELA ・ JUNHO DE 2012

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ADÃO E EVA COMERAM DA

ÁRVORE DA VIDA?

N

O JARDIM do Éden o homem vivia rodeado por vastas e variadas árvores. Foram os próprios Criadores dele que ‘plantaram o jardim’ e que pôs o homem ali, para que ‘o cultivasse e dele tomasse de conta’. Do que se alimentaria o homem? Gênesis relata o que os Deuses decidiram, antes mesmo de criarem o homem, dizendo aos diretamente envolvidos na obra de “criação do mundo”: “‘Façam a terra brotar relva, vegetação que dê semente, árvores frutíferas que deem fruto segundo as suas espécies, cuja semente esteja nele, sobre a terra.’ E assim aconteceu. E a terra começou a produzir relva, vegetação que dava semente segundo a sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele, segundo a sua espécie” (Gênesis 1:11, 12) “‘Eis que temos dado a vós toda a vegetação que dá semente, que há na superfície de toda a terra, e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente. Sirva-vos de alimento’.” (Gênesis 1:29) “Jeová, os Deuses, fizeram com que o solo brotasse toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento, e também a árvore da vida no meio do jardim.” – Gênesis 2:8, 9, 15; Romanos 1:20. O homem tinha milhares de opções em termos de alimentos deliciosos e saudáveis – frutas, verduras, legumes, raízes, folhas – uma infinidade de coisas para objetivos além do simples sustento da vida. Ademais, havia também a especial “árvore da vida”! Embora tenhamos muitas perguntas a fazer envolvendo esta singular árvore, vejamos primeiramente se Adão e sua esposa chegaram a provar dos frutos dela. Será que eles comeram da árvore da vida? 4

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Analisemos primeiramente um forte indício de que o comportamento do homem moderno indica que Adão e Eva deveras comeram da árvore da vida. – Eclesiastes 1:9, 10. O que indicam certos costumes que temos hoje quanto a se Adão e Eva comeram ou não da árvore da vida? Não é verdade que, mesmo vivendo em modernas moradias, em grandes metrópoles verticais, num mundo onde os recursos para o sustento da vida são até mais acessíveis, o desejo de retornar para a vida simples em meio à natureza é tamanho, que, como que morrendo de saudades daqueles tempos de ouro, compramos plantas, árvores, folhas e frutos artificiais para embelezarmos nossas mesas, salas e áreas específicas de nossos apartamentos? Até mesmo em janelas penduramos plantas! Embora alguns não se apercebam disso, agimos assim porque temos desejo de retornar ao nosso lar original, onde tivemos um começo de vida ideal para a felicidade verdadeira – o jardim do Éden! Se, mesmo que institivamente, sentimos tais desejos, é porque nossos pais experimentaram, não só da boa vida que tiveram no jardim do Éden, mas também porque eles comeram da árvore da vida. Os efeitos de se saborear os frutos dessa árvore foram tão profundos que a ideia de dependência dela fora como gravada no código ADN de Adão e de Eva e, hereditariamente, repassado a todos nós, seus descendentes! O desejo que temos de voltar a viver no paraíso é tão forte que nos rodeamos de plantas sintéticas. Algumas pessoas, inclusive,


Será que nossos atuais desejos, de viver em lugares ajardinados, são somente por questões de beleza e de bem-estar? Ou será que é, também, devido à saudade do jardim do Éden? Será que nossos pais comeram da árvore da vida e por isso a desejamos também? A Bíblia tem as respostas!

fazem de suas casas verdadeiros jardins. Embora que este seja um forte indício de que Adão e sua esposa costumavam comer do fruto da árvore da vida, não é o fator decisivo na formalização de nossa fé. Antes, é na Palavra de Jeová, a Bíblia Sagrada, que obtemos razões mais válidas para a definição do que cremos. Pois é nela que constam as respostas à indagação aqui levantada: se nossos primeiros pais comeram ou não da árvore da vida. Caso a resposta da Palavra escrita dos Deuses nos forneça uma resposta afirmativa, é certo que entenderemos que somos ‘pessoas ensinadas por Jeová’, tendo uma fé ‘firmemente estabelecida na justiça’. (Isaías 54:13, 14) Não conclua apressadamente que a resposta a essa pergunta é de pouca importância. Pelo contrário! Fará imensa diferença na sua adoração, conforme veremos mais à frente! (João 4:24) Assim, qual a resposta da Bíblia para a pergunta: Adão e Eva comeram ou não da árvore da vida? – Jeremias 6:16.

Adão e Eva comeram da árvore da vida Temos fortíssimas razões para afirmarmos categoricamente que sim, que Adão e Eva deveras comiam da árvore da vida – sempre que tinham vontade! Isso é o que nos garante a Bíblia, a inspirada Palavra dos Deuses santos. E onde ela diz isso? Leia: “E Jeová, os Deuses [após instalar o homem no jardim] deram a seguinte ordem ao homem: ‘De toda árvore do jardim podes comer à vontade’.” Responda: se fosse a você que os Deuses tivessem dito essas palavras, como as entenderia? Que deveria ‘comer de todas’, exceto da árvore da vida? Claro que não concluiria isso! Obviamente você concluiria acertadamente que Jeová o estava liberando que comesse também da árvore da vida! Assim, desde o princípio, Jeová quis que o homem comesse da árvore da vida – ‘à vontade’! – Gênesis 2:16. Embora o texto aqui citado indique que Jeová deu permissão a que o homem ‘comesse do fruto da árvore da vida’, o que garante que Adão e Eva comeram dele? Afinal, alguém indicar que você pode fazer certa coisa, dificilmente significa que você fez, faria ou fará tal coisa. (Mateus 21: 28-32) Há, porém, duas fortes razões para crermos que Eles realmente fizeram o que os seus criadores pediram, sim, que deveras comeram da árvore da vida. E quais são essas razões? Vejamos. A primeira é que logo em seguida à permissão, Jeová advertiu categoricamente ao homem: “Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gênesis 2:17, João Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida) Assim, o homem fora proibido de comer apenas desta árvore, a árvore da morte. O homem, portanto, sabia que o que Jeová lhe proibira era o que lhe causaria o mal, e não o bem. Concordemente, tanto Adão quanto sua espoas, Eva, tinham a plena certeza que seus criadores jamais proibiriam algo que lhes fizesse o bem, como comer da árvore da vida. É certo, A CONTINELA ・ JUNHO DE 2012

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Adão viveu por uns 80 anos, antes de Eva lhe ser trazida. Ele comia sozinho da árvore da vida durante todos esses anos! Então Eva lhe foi apresentada, e, juntos, viveram por uns dez a vinte anos dentro do paraíso. Eles se alimentavam livremente da árvore da vida e sentiam-se sempre rejuvenescidos e saudáveis. Mesmo após serem proibidos de continuarem a se alimentar daquela árvore, viveram muitos séculos, em parte, sob os efeitos dos frutos daquela árvore especial. Impedido de lá voltarem, deram seus pulos.

portanto, concluirmos acertadamente que eles comiam da árvore da vida, ao passo que evitavam a árvore da morte. – Deuteronômio 30:19. A segunda e maior razão para nossa declarada crença, de que nossos primeiros pais comeram da árvore da vida, é o curioso fato registrado na Bíblia sobre a longevidade de todos os homens pré-diluvianos. Assim, ao lermos os primeiros seis capítulos de Gênesis, ficamos sabendo que todos aqueles homens viviam séculos. Adão, aquele que comeu da árvore da vida, viveu 930 anos!* Um de seus descendentes, Metusalém, viveu impressionantes 969 anos e só não viveu mais porque morreu afogado no dilúvio!# – Gênesis 5:5; 27. Em que crêem os religionistas? Líderes religionistas atuais, embebecido com as mais fortes bebidas inebriantes em sentido espiritual, crêem que a explicação para as altas taxas de longevidades apresentadas no relato inspirado se deve, não a que comeram da árvore da vida, mas a uma suposta ‘perfeição do homem’. Acreditam que os Deuses criaram Adão e Eva perfeitos e que, nessas condições, __________ * Embora não relatado, Eva certamente também chegou ao seu quase um milênio de vida. # Qualquer atento estudante das Escrituras, ao elaborar um gráfico, ou linha do tempo, do tempo vivido por todos os homens pré-diluvianos, chegará à conclusão que a morte de Metusalém coincide exatamente com início do dilúvio.

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‘viveriam para sempre não fosse a má escolha que fizeram, em comer da “árvore da ciência do bem e do mal.”’ Assim, a publicação intitulada Estudo Perspicaz das Escrituras, declara categoricamente: “Deveras, desde o próprio início, Adão era perfeito em todos os sentidos.” – v. 1 p. 47, publicado pelo Corpo dos Governantes e imposto aos seus governados, as Testemunhas de Jeová, como crença divina. – itálico nosso. Outra publicação desse mesmo cego Corpo de Governantes diz: “O envelhecimento não é um mistério nem um problema sem solução. Adão, o primeiro homem, foi criado perfeito, e o propósito de Deus era que os humanos vivessem para sempre. Infelizmente, Adão se rebelou contra Deus. Em resultado, ele pecou e se tornou imperfeito. . . . É por causa do pecado e da imperfeição que ficamos doentes, envelhecemos e morremos.” – A Sentinela 1/12/2010 p. 14. Talvez você tenha aceitado esse ensino e até dito, orgulhoso: “esta é a verdade!” Mas, honestamente, este de modo algum representa a verdade – não a bíblica! A razão para nossa afirmação é simples: nunca pôde ser comprovada biblicamente. A suposta perfeição adâmica é um embuste religionista. Mas, se era a árvore a responsável pela longevidade, de onde veio ela? O que exatamente era ela?


QUAL A ORIGEM DA

P

ÁRVORE DA VIDA?

ROFETIZANDO a respeito dos seus escolhidos (hoje estes são todos os cristãos, os ungidos dos Deuses santos) Jeová garantem: “os dias do nosso povo serão como os dias da árvore.” (Isaías 65:22) Esta comparação foi feita por uma simples razão: as árvores vivem muitos anos. Por exemplo: certas árvores que estavam vivas quando Isaías escreveu essas palavras, a mais de 2700 anos atrás, possivelmente ainda estão vivas hoje. Pode imaginar você viver tanto tempo com vigor e boa saúde? A árvore da vida possibilitava um efeito rejuvenescedor tão poderoso que dava aos que dela se alimentava a possibilidade de ‘viverem indefinidamente’! Foi isso o que reconheceram os próprios dadores da árvore da vida – os Deuses santos, Jeová. – Gênesis 3:22. Visto que a árvore da vida possibilitaria ao homem viver indefinidamente, é de interesse primordial sabermos tudo a respeito dela. De onde ela veio? Visto que Jeová prevê um tempo em que ‘viveremos como as árvores’, é somente obvio que esta condição só será possível se voltarmos a comer da árvore da vida. Entretanto, qual a origem dela? A origem da árvore da vida Quando, “no princípio”, os Deuses ‘fizeram com que a terra brotasse relva, de toda espécie’, não significou que Eles trouxeram a vegetação de seu planeta e nem que a criaram milagrosamente. (Gênesis 1:1, 11) A bilhões de anos antes do princípio, quando os Deuses nem mesmo sabia da existência desse planeta, a evolução havia trabalhado neste planeta so-

zinha. Fora ela a responsável pela vinda da vegetação – e de tudo o mais – à existência. O que os Deuses fizeram foi apenas reativar a fotossíntese – a natureza, como um todo. Todas as árvores que foram ‘criadas’ neste planeta durante “o princípio”, portanto, eram árvores que foram, originalmente, criadas pela evolução, mas que jaziam inertes, por milhares de anos, por falta se luz solar. A árvore da vida, porém, não fora criada pela evolução terrestre. E por que não? A árvore da vida era algo realmente especial. Se fosse algo que a evolução neste planeta tivesse trazido à existência, certamente ela brotaria em todas as partes do planeta, em qualquer época – mesmo hoje. Por mais que os Deuses as derrubassem, sempre haveria mais. A razão disso é que, como já constatado, a evolução não dá tréguas em sua missão de criar e recriar. A origem da árvore da vida, portanto, tem de ser alienígena. Ela fora trazida à Terra por Jeová. – Tiago 1:17. O que dizem os religionistas? Religionistas de praticamente todas as denominações religiosas têm um conceito deturpado acerca da árvore da vida. Enquanto que alguns dizem que a árvore ‘era apenas uma metáfora’, outros, embora crendo que se tratava de uma árvore real, afirmam que o poder dela era apenas em sentido figurado. Assim, obrigadas a crer no que seus Governantes ordenam, as Testemunhas de Jeová dão maior crédito às suas publicações do que à Bíblia. Por exemplo, a revista A Sentinela, de 15 de abril de 1999, p. 8 § 18, declara: “a árvore [da vida] A CONTINELA ・ JUNHO DE 2012

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A evolução neste planeta não criou a árvore da vida. Ela tem de ser de origem alienígena. Foram os Deuses que a trouxeram a este planeta e a colocaram à disposição do homem. Para continuar vivendo indefinidamente bastava que o homem dela se alimentasse – e isto ele fez, embora que por pouco tempo! A árvore não era o que líderes religionistas – mesmo os atuais – entendem que seja, uma ‘alegoria’ ou algo do tipo. Tam-

pouco era ela ‘representativa’ da vida. Ela continha, literalmente, as propriedades incríveis da cura para o envelhecimento. Alimentar-se continuamente dela possibilitava viver indefinidamente.

simplesmente representava a garantia de Deus de dar vida eterna a quem se permitisse comer seu fruto.” – Itálico nosso. A fonte original dessa crença, porém, não é a Bíblia, mas ele: o religionista Corpo dos Governantes. A Bíblia, porém, aponta para uma árvore literal, que fora plantada num paraíso também literal e que, inquestionavelmente, identifica os poderes dela como também sendo bem literais. Obviamente essa é a única explicação para a reação dos Deuses santos ao ato irrefletido do homem após pecar. O relato indica que os Deuses convocaram de imediato uma reunião entre todos eles. Em meio a extensas discussões, chegaram a uma conclusão unânime: Eles teriam que cumprir o que haviam dito ao homem, que caso este ‘comesse da árvore da qual haviam dito que não comesse’, que seria punido com a morte. (Gênesis 2:17; 3:11) Porém, sabiam que, para que o homem pagasse seu erro com a morte, tinham de afastá-lo da árvore da vida. Expulsaram assim o homem do paraíso, para bem longe dela. Como precaução, fixaram dois robôs autônomos armados como guardas da árvore. O decreto pós-reunião foi nas seguintes palavras: “E Jeová [, um dos Deuses que presidia a reunião,] prosseguiu, dizendo [aos demais 8

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Deuses, também Jeová]: ‘Eis que o homem se tem tornado como um de nós, sabendo o que é bom e o que é mau, e agora, a fim de que não estenda a sua mão e tome realmente também do fruto da árvore da vida, e coma, e viva por tempo indefinido —' Com isso, Jeová[, todos os Deuses,] o pôs para fora do jardim do Éden para lavrar o solo de que tinha sido tomado. E expuls[aram] assim o homem, e coloc[aram] ao oriente do jardim do Éden os querubins e a lâmina chamejante duma espada que se revolvia continuamente para guardar o caminho para a árvore da vida.” – Gênesis 3:22-24, Tradução do Novo Mundo. Pergunte-se: Teria sentido os Deuses santos tomarem tais atitudes se a árvore da vida apenas ‘representasse a garantia de Deus de dar vida eterna a quem se permitisse comer de seu fruto’? Se esse fosse o caso, não seria muito mais simples que eles decretassem que a árvore ‘não mais representava’ o que equivocadamente dizem que representava? Claro, concordará. Assim, o espírito diz que não foi da parte dos Deuses que os convencidos religionistas obtiveram o entendimento que supostamente afirmam ser inspirado. – Colossenses 2:8. Adão viveu o resto de sua vida longe da árvore da vida. Mas que fim ela teve? Veremos.


QUE FIM LEVOU A

ÁRVORE DA VIDA?

F

OI sem dúvida alguma a pior herança que nossos primeiros pais, Adão e Eva, nos legou. Eles perderam a oportunidade de continuar comendo da árvore da vida e, consequentemente, a benção de estarem vivendo entre nós hoje. É claro que se não tivessem pecado os Deuses não os afastaria da árvore e tampouco os puniria de nenhuma outra forma, o que, em último caso, significaria que a nós também não. Desde o princípio, Jeová intencionou que a humanidade fosse reta e obediente. Queriam sempre lhes estender bênçãos por agirem assim. Mas os dois fracassaram diante da tentação. – Eclesiastes 7:29; Tiago 1:14, 15. Não lhes adiantava mais chorar o leite derramado, a desgraça já havia sido feita. A partir de então, teriam de sofrer as consequências por seus atos. Penariam fora do jardim de delícias por séculos, morando numa caverna escura, fria e amedrontadora. Certamente, quando eles estavam sendo enxotados do paraíso, viram os dois robôs sendo incumbidos de vigiar, e até de matar, se preciso fosse, quem tentasse se aproximar do jardim e, principalmente, da árvore da vida. Apavorado diante do que via, Adão desmaiou. Conforme os dias se passavam, é bem provável que eles se perguntassem quanto tempo ainda lhes restava de vida. Desejaram morrer logo para se livrar daquela vida sofrida, sem amparo e tendo que trabalhar duro para alimentar-se. Mas os dias se passavam, meses, . . ., e até séculos – e nada de morte, quanto menos de um alívio da parte dos Deuses! Dia-a-

dia eram fustigados pelo frio, calor, chuva, secas, falta de alimentos, ataques de animais ferozes, insetos zumbidores e tantos outros problemas menores que, não mais aguentando as várias agonias acompanhadas disso tudo, entravam em estado de depressão. (Os desfalecimentos e choros eram frequentes). Ademais, a cada dia que se passava, davam-se conta de que estavam mudando a pele – as rugas vieram! (Adão e Eva 4:2) Não bastasse todos esses males, havia Gadrel, um dos Deuses-Jeová que tomou um rumo diferente dos demais – quis ser “o opositor” – do hebraico “has·Sa·tán” – dos demais Deuses. Hoje ele é bem conhecido como “Satanás, o Diabo.” – Gênesis 3:1-5; Enoque 68:6, 7; Jó 1:6, nota da TNM; João 8:44; Revelação (Apocalipse) 12:9. Um pouco de alento – vieram os filhos Passado algum tempo, vieram os filhos e, junto, algum alento. Eva, a “mãe de todos os que vivem”, deu à luz a Caim e a Abel. Até o fim de sua vida ela ainda daria à luz muitos “filhos e filhas”. (Gênesis 3:20; 5:4) A situação agora parecia das melhores, mas, enganaramse! Apenas algumas décadas depois uma desgraça se abateu sobre os dois. Caim, o primogênito, tomado por incontroláveis sentimentos de inveja, matou seu irmão, Abel. Adão, e principalmente Eva, quase que enlouqueceram diante da insensibilidade de Caim. Quão lastimáveis se sentiram! Quanta culpa por terem errado com os Deuses! – 1 João 3:12.

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A árvore da vida ficou sendo protegida, mas por quanto tempo? O que aconteceu a ela? É certo que ela não mais se encontra na terra, mas desde quando ela sumiu? Para onde os Deuses a levaram e em que tempo? O que realmente foi feito dela? Descendentes de Adão e Eva teriam ido atrás dela? O que diz a Bíblia?

Adão sentia saudades da árvore da vida Certamente, agora que viram o pior dos inimigos atacar, a morte, e sentiram a dor que é perder um ente querido para ela, estavam ainda mais apercebidos das consequências de seus erros. Sabiam agora que, diferentemente do que talvez tivessem imaginado, elas se estenderia além do sofrimento deles próprios. (1 Coríntios 15:26) Quanta saudade da árvore da vida e da vida sossegada no paraíso eles sentiam agora! Adão dizia aos choros: “Ó Eva! Recorda-te da glória que repousava em nós no jardim. Ó Eva! Recorda-te das árvores que faziam sombra sobre nós no jardim enquanto nos movíamos entre elas. Ó Eva! Recorda-te de que, enquanto estávamos no jardim, não conhecíamos nem [os perigos da] noite nem [os do] dia. Pensa na Árvore da Vida. . . . Então Adão golpeou seu peito, e também Eva, e eles [pranteavam] a noite inteira até a aurora se aproximar, e eles [lamentavam suspirando as noites longas]. . . . E Adão [agredia-se e jogava-se] no chão da caverna, em amargo pesar, e por causa da escuridão, ali [permanecia] como morto.” – Adão e Eva 11:8, 9; 12:1, 2. Não havia um só dia em que Adão não pensasse nas seguintes palavras ditas pelos Deuses a ele: “Porquanto deste ouvido à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: ‘Não comerás dela’: maldito é a terra por causa de ti; com dor comerás dela to10

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dos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó, e em pó te tornarás.” (Gênesis 3:17-19, João Ferreira de Almeida Revista e Corrigida). Enquanto isso, a alguns quilômetros dali, a árvore da vida seguia cuidadosamente vigiada. Ou será que nem tanto? Será que ela ainda continuava lá? Que fim teria levado a árvore da vida?

Fora do paraíso e distante da árvore da vida, Adão e Eva viviam numa caverna. Ali tiveram “filhos e filhas”. A saudade da vida que viviam no paraíso era tanta que nem sequer por um dia o esqueciam. De geração a geração eles contavam detalhadamente sobre essas coisas. Mil anos depois, Enoque, o escriba, ao que tudo indica, foi o responsável por ter assentado toda a história por escrito. É graças a ele que sabemos sobre a árvore da vida.


O destino da árvore da vida A última menção da árvore da vida no Gênesis se deu exatamente quando o homem fora expulso de lá. As últimas palavras de Jeová ao homem indicava que ele nunca mais comeria dela. (Gênesis 3:19) Aparentemente, a árvore da vida não tinha mais utilidade. Entretanto, se este era o caso, por que então Jeová, em vez de derrubá-la, preservava-a? Qual a razão para eles terem ‘colocado’ robôs monitores em vez de autorizar logo a derrubada dela?* O verbo “colocou”, no hebraico, indica mais que simplesmente ficar por alguns dias, mas a um posto definitivo de vigilância; remete a um acampamento fixo, dentro do paraíso. É por isso que a Tradução do Novo Mundo, em sua nota sobre este termo, corretamente informa que a ideia é a de ‘fazer os robôs residirem’ ali. Assim, podemos concluir disso que a árvore da vida ficaria ali um bom tempo. Que não era a intenção dos Deuses derrubá-la ou eliminála. Mas por que não? Se o homem não mais comeria dela, qual o motivo de se preservá-la? A verdade é que Jeová tencionava trazer o homem ao paraíso mais cedo, ao fim do sétimo dia de seu “descanso”. (Gênesis 2:2, 3) ‘Mil anos é um dia para os Deuses’. (Salmos 90:4; 2 Pedro 3:8) Assim, o sétimo dia findou exatamente por volta do fim do profetizar de Enoque, o “escriba da retidão”. (Enoque 12:5) O que deveria acontecer então? Era o tempo para que o homem retornasse novamente ao paraíso e voltasse, também, a comer da árvore da vida. Mas algo ruim aconteceu, atrapalhando o propósito dos Criadores. O que? Jeová haviam comissionado um grupo de anjos quais “sentinelas” para a humanidade du_____ * Visto que em vários textos bíblicos Jeová são retratados “sentados sobre os querubins” – e que estes têm asas – subentende-se que eles sejam máquinas. Estes querubins agem no ar, na terra, no mar e até como comunicadores munidos de câmeras. Os querubins colocados no Éden, portanto, eram robôs autônomos. – Êxodo 25:20; Números 7:89; Salmo 99:1; Isaías 37:16; Ezequiel 10:1-20.

rante todo o período em que vigorava o ‘sábado’ de mil anos. Perto do fim desse período, aqueles anjos sentinelas sucumbiram ao charme das mulheres e então todos se poluíram sexualmente com elas. Tiveram filhos maus e, não bastasse tudo isso; ‘descobriram aos filhos dos homens blasfêmia, tirania e pecado’. O resultado de tudo isso foi que ‘a terra se encheu de maldade’ e os Deuses decidiram causar o extermínio daquela humanidade. (Gênesis 6:4, 5; Enoque 8:2; 13:3; 14:1) Adiaram assim o retorno do homem ao paraíso. Quanto à árvore da vida, ou cortaram-na ou simplesmente deixaram-na ser ‘extinguida’ pelo dilúvio. – Gênesis 7:23.

A árvore da vida foi ‘extinguida’ o mais tardar nas violentas águas do dilúvio. Será que isso indica que nunca mais a teremos de volta? – Gênesis 7:23.

Beneficiavam-se da árvore da vida Um fato bastante curioso é que, durante todos aqueles mais de 1500 anos – desde o pecado até o grande dilúvio – as pessoas viviam muitos séculos! Entretanto, após o dilúvio os anos de vida caíram drasticamente. Qual a explicação? Não foi por estarem vivendo mais próximos da suposta perfeição, como apontam líderes ébrios religionistas.* Tampouco também era devido a que Adão transmitiu hereditariamente os poderes da árvore da vida a eles. Se não estes, o que então fazia com que os que _____ * As duas principais publicações das Testemunhas de Jeová estão impregnadas com esses ensinos falsos.

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Descendentes de Adão não podiam mais retornar ao paraíso e comer da árvore da vida. Sabiam que ela seguia bem vigiada. Mas não demorou muito e descobriram outros modos de fazer isso! Perceberam que o simples fato de banharem-se nas águas do rio que vinha do paraíso lhes vitalizava. Ademais, frutos vindos diretos da árvore da vida, trazidos pela correnteza, chegavam até eles. Caçavam peixes, pássaros e outros animais que, pelo simples fato de terem

comido da árvore da vida, transmitia-lhes a cura para a velhice! Até o dilúvio, eles comiam da árvore.

viviam antes do dilúvio vivessem tanto quanto Adão, que comeu da árvore da vida? A simples conclusão lógica nos basta: era devido à ação da árvore da vida em suas vidas. Mas de que maneira? Acontece que, ainda que de modos indiretos, os descendentes de Adão descobriram meios pelos quais pudessem se beneficiar dela! Como? Ao banhar-se nas águas do rio que vinha do paraíso, ou mesmo beber delas, eram vitalizados com o seu poder. Lembra-se que a árvore ficava “no meio do jardim” e que “havia um rio saindo do jardim”? A corrente contínua dessas águas passava sob as raízes da árvore da vida, impregnando suas correntezas com o vitalizador efeito poderoso dela. Ademais, alguns frutos caiam nessas correntezas e eram levados diretamente ao campo aberto, para o local exato onde se utilizavam das suas águas.* Ainda havia mais outra possibilidade bem real para se beneficiarem do poder da árvore: pássaros e outros animais – incluindo os peixes – que porventura se alimentavam da árvore, eram caçados e consumidos pelos descendentes de Adão. Destas formas, mesmo que de _____ Tendo os sobreviventes do dilúvio sabido desse meio, levaram consigo as histórias acerca disso – das águas que davam juventude. Nasceu então uma lenda em torno disso: a “Fonte da Juventude”! *

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modos indiretos, continuavam a se beneficiar da árvore da vida. Com o desaparecimento total dela no dilúvio, porém, até mesmo este privilégio lhes fora tirado. Não lhes restou mais nenhum meio de manterem suas vidas por muitos séculos. Não demoraria muito e a situação seria exatamente como descreveria Moisés, que diria: “Os dias dos nossos anos são em si mesmos setenta anos; e se por motivo de potência especial são oitenta anos, mesmo assim a sua insistência é em desgraça e em coisas prejudiciais.” (Salmo 90:10) Ainda hoje sofremos por vivermos pouco. Nada disso estaria acontecendo se estivéssemos próximos à árvore da vida! Devido a isso, hoje nos deparamos com um problemão relacionado à árvore da vida: o homem esqueceu-se dela. Líderes religionistas de todas as épocas – principalmente os que afirmam seguir a Bíblia – desviaram a atenção total ou em parte de nossa dependência da árvore da vida. O triste resultado é que, hoje, bem poucos sabem dessa verdade. Se não sabem das verdades ligadas a ela, a sua adoração aos Deuses santos fica comprometida, uma vez que eles ‘procuram adoradores que os adore com verdade’. (João 4:24) Diante disso, nos perguntemos: a árvore da vida retornará? Se sim, quando?


O RETORNO DA

ÁRVORE DA VIDA?

L

ÍDERES religionistas convencidos da atualidade têm despercebido a mensagem especial contida nas Escrituras Sagradas referentes à árvore da vida. Despercebem que há uma mensagem implícita no fato de Jeová tê-la plantado, não em qualquer parte do paraíso, mas no “meio do jardim”. (Gênesis 2:9 – compare com Números 2:17; Josué 3:10; Salmo 22:22; Joel 2:27; Zacarias 2:10, 11; Revelação [Apocalipse] 2:1) Quando algo está localizado no meio de algo, é porque deve representar a máxima importância em nossas vidas. Por exemplo, há muitas coisas que precisamos resguardar, mas o coração, que fica bem no meio de nosso corpo, é o principal. E por quê? Porque ele é a ‘fonte da nossa vida’. – Provérbios 3:21; 4:13, 23. A árvore da vida, similarmente, era a fonte de nossa vida eterna e, o fato de ela ter sido plantada no meio do jardim – assim como o nosso coração situa-se no meio de nosso organismo – tem de ter um significado muito especial. Qual é? Um deles é que ela fora um presente da parte dos Deuses, que a trouxeram de seu planeta natal – ou de algum outro planeta por onde passaram em suas intermináveis jornadas pela galáxia.* O maior significado é que, somente através dela, poderemos viver tantos anos quanto vivem os Deuses. Eles, por certo, comem da árvore da vida constantemente. Embora homens ignorantes, que, agindo quais donos de nossa fé, tenham feito de tudo para esquecermos a árvore da vida; seu propósito e valor original; é chegada a hora de reaprendermos tudo o que precisamos saber so_____ * Veja o quadro: “Jeová – os viajantes da galáxia”. Página 14.

bre ela. E por quê? Por que está chegando a hora de retornarmos ao paraíso, que fora perdido por Adão. Agora, pois, é o tempo para também procurarmos compreender da Bíblia se é da intenção de nossos criadores fazer um replantio da árvore da vida aqui na terra e se nos permitirão comer dela para que possamos ter vida eterna. O que indica a Bíblia? As profecias bíblicas indicam de modo maravilhoso que estamos indo em direção às bênçãos ligadas ao paraíso. Indica que o Deus Jesus, agora um poderoso Deus-Jeová, abriu o caminho para o homem retornar ao paraíso e comer da árvore da vida. E qual é o caminho para lá chegarmos? Ele próprio é o caminho. Disse ele: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida”. (João 14:4-6) Só ele é o caminho? Não, todos os Deuses santos o são. Afinal, ‘todos eles são apenas um’, no sentido de que todos eles estão de acordo, “unidos na mesma mente e na mesma maneira de pensar” e de agir. – João 14: 8-11; 1 Coríntios 1:10. “Jeová é bom” e nos ‘ensina o caminho certo’. (Naum 1:7; Mateus 22:16) É um privilégio sermos ensinados por ele. (Isaías 2:1-3; 54:13) O salmista cantou: “Bom e reto é Jeová. Por isso ele instrui os pecadores no caminho.” Jesus confirmou: “Ninguém é bom, exceto um só, os Deuses.”* (Salmo 25:8; Marcos 10:18) Então, será que eles nos ensinam que a árvore da vida será restaurada na terra para que possamos comer dela? Sim, certamente. Não é exatamente isto o que esperaríamos de Deuses bons? – Lamentações 3:24. _____ * Todos os Deuses santos são “um só” no sentido de estar de acordo em tudo o que fazem.

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GALÁXIA JEOVÁ – OS V AJANTES DA

NUNCA antes se conheceu tanto de astronomia quanto hoje. No entanto, ninguém conhece mais de astronomia que Jeová. Afinal, tudo o que sabemos hoje sobre esta fascinante ciência fora legada a nós por eles, por ocasião de nossa criação. Ao nos criarem ‘às suas imagens e semelhanças’, implantou em nós um espírito. Este nos capacita a perscrutar tanto o microcosmo quanto o macrocosmo. Para entendermos do microcosmo, utilizamos potentes microscópios e enxergamos, por exemplo, o núcleo da célula. Para perscrutarmos o macrocosmo, porém, utilizamos telescópios, radiotelescópios e outros instrumentos ligados à astronomia. Ao estudarmos o universo, visualizamos o que nossos criadores já fazem a mais de uma eternidade. Os Deuses são mesmo viajantes da galáxia! – Salmo 90:2. Considere os seguintes textos: “Eles; estão contando o número das estrelas; A todas elas chama pelos seus nomes.” (Salmo 147:4; também Isaías 40:26) O que isso pode significar senão que ‘estudam as estrelas’? Não é verdade que, quando fazemos isso, traduz-se em astronomia? Os Deuses ‘contam todas as estrelas’ não só por observações à distância, como nós. Eles as estudam bem de perto, literalmente, ao viajarem até elas. Eles conhecem a todas por onde passaram de uma perspectiva ainda não alcançada pelo homem! Eles certamente deram nomes a milhares delas, inclusive à nossa. Enoque, o primeiro homem que andou literalmente com os Deuses, registrou o que observou durante uma viagem pelo cosmos através de um simulador de voo em três dimensões: “Vi sete estrelas do céu amarradas juntas, semelhantes a grandes montanhas, e semelhante ao fogo fervente. Eu exclamei: ‘Por que espécie de crime elas foram amarradas, e por que foram removidas de seu lugar?’ Então Uriel, um dos santos anjos que estava comigo, e o qual conduzia-me, respondeu: ‘Enoque, por que perguntas; por que arrazoas consigo mesmo, e ansiosamente indagas?’” É óbvio que Enoque estava curioso de saber por que o conjunto de estrelas que hoje chamamos de Plêiades (mas que para os Deuses seu nome é Quima – Jó 9:9, heb.: weKhi·máh. nota) estão amarradas gravitacionalmente umas às outras. Uriel também sabia que, caso decidisse responder em termos técnicos, Enoque nada entenderia. Então, limitou-se a contar algo em termos simbólicos, na mesma linguagem a que Enoque estivera familiarizado. Mas também instruiu Enoque acerca do tempo do aparecimento delas no horizonte, dizendo-lhe os nomes de ‘todas elas’. – Enoque 21:3; 32:2-4. Para que um dia chegassem aqui neste planeta, os Deuses tiveram que atravessar longas distâncias cósmicas. Tiveram de vencer as barreiras do espaço-tempo. Os Deuses são, deveras, viajantes da Galáxia, a Via Láctea.

O retorno da árvore da vida O concelho oportuno é: “Confia em Jeová e faze o bem; Reside na terra e age com fidelidade. Deleita-te também em Jeová, ele te concederá os pedidos do teu coração”. (Salmo 37:3, 4) Se confiarmos em Jeová, aguardando o dia em que ele conceder a nós o desejo que temos de comer da árvore da vida, ele certamente nos concederá isso. Mais à frente, no versículo 29 desse capítulo, o salmista garante: “Os próprios justos possuirão a terra E residirão sobre ela para todo o sempre.” Entretanto, 14

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como será possível que pessoas vivam ‘indefinidamente’ aqui na terra? Não é por se atingirem a perfeição, como apontam líderes religionistas de plantão. Acontece que, com perfeição ou sem ela, o que fará a diferença, assim como faria no caso de Adão, é a presença de uma árvore da vida. Ela é o fator primordial para a contínua manutenção da vida. Há uma à nossa espera? Jesus garantiu: “Quem tem ouvido ouça o que o espírito diz às congregações: àquele que


Este Corpo dos Governantes, imitando de perto seu antítipo, o Corpo dos Governantes judaico dos tempos de Cristo, manipula as escrituras em proveito próprio. Sobre a árvore da vida, que os Deuses tornarão a disponibilizar a todos os vencedores na corrida pela vida, dizem que só eles é que comerão dela. Pelo fato de que dizem que serão ‘os primeiros’ a comer dela, ‘serão os últimos’. Não os temais!

vencer concederei comer da árvore da vida, que está no paraíso dos Deuses.” (Revelação [Apocalipse] 2:7) Foi bem apropriado que o Senhor indicasse que ‘quem tivessem ouvidos, que o ouvisse’. O motivo é que há pessoas que não escutam – ou não aceitam – o que os Deuses falam. Jesus indica que todos os que ‘vencem o mundo com sua fé’, sendo cristão, ‘permanecendo de pé diante do trono’ dele, ‘conceder-se-á a este que coma da árvore da vida’. Isso não é maravilhoso! Mas não vá pensando que é fácil – requer muito esforço. (Mateus 11:15; Lucas 13:24; 1 João 5:4; Revelação [Apocalipse] 7:9) A árvore da vida está no paraíso dos Deuses”. Onde fica esse? Pessoas que nem comem nem deixam os que querem comer É surpreendente como líderes religionistas são de índole egoísta. Embora o Senhor Jesus tenha dito que ‘concederá’ que todos os que ‘vençam’ coma da árvore da vida, estes dizem que somente eles, os da elite governante, é que merecem comer e viver para sempre. Por exemplo, a enciclopédia bíblica Estudo Perspicaz das Escrituras, publicada pelos do Corpo dos Governantes clerical das Testemunhas de Jeová, enfatiza: “Revelação (Apocalipse) 2:7 menciona uma ‘árvore da vida’ no ‘paraíso de Deus’ e que comer dela seria privilégio daquele ‘que vencesse’. Visto que outras promessas feitas nesta parte de Revelação a tais vencedores

relacionam-se claramente com ganharem uma herança celestial (Re 2:26-28; 3:12, 21), parece evidente que o ‘paraíso de Deus’, neste caso, é [só para nós].” – Itálico nosso, v. 3, pág. 175. Observou a sutileza? Manipulam cuidadosamente a Palavra para proveito próprio. “parece evidente”! Vão se lascar! Já conhecemos essa conversinha mole. Estão é dizendo que os seus governados “são pessoas amaldiçoadas” – que não merecem comer da árvore e viver – como fazia seu antítipo, o Corpo dos Governantes judaico aos seus governados. Estes ‘nem entravam no reino, nem deixavam os que estavam lutando para entrar’. (Mateus 23:13; João 7:49) Não escute a eles irmãos! Vença, coma da árvore e viva. No fim de tudo, cumprir-se-á neles o que diz Marcos 10:31 – leia. Não, o ‘paraíso dos Deuses não é [só para os da elite do Corpo dos Governantes]’, como afirma este astuto grupo. A Bíblia chama o paraíso do Éden, aquele que Adão perdeu, de o “jardim dos Deuses.” (Ezequiel 28:13; 31:8, 9) Isso é apropriado, uma vez que quem plantou o jardim foram eles, os Deuses, e não o homem. (Gênesis 2:8) Deste modo, o “paraíso dos Deuses”, de Revelação 2:7 será aqui na terra. Ele, inclusive, já existe e está à nossa espera – ele encontra-se no futuro. – Veja Romanos 4:17. Compreende este linguajar? O paraíso está lá, no futuro. Ele já é uma realidade. Só precisamos ‘lutar com perseverança’, correndo a A CONTINELA ・ JUNHO DE 2012

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Na corrida cristã, cujo objetivo é ganhar o prêmio da vida eterna, os do Corpo dos Governantes, que dizem ser os “primeiros” a chegar, serão os “últimos”. Eles correm com uma enorme carga nas costas – o pecado – e este lhes impede de avançar. O peso de seus pecados advém de dizerem que são melhores que os demais cristãos. Jesus nunca apoiaria o “espírito soberbo”! – Mateus 20:16; Hebreus 12:1; Provérbios 16:18.

‘corrida pela vida’, através do “portão estreito”, para ‘alcançarmos o prêmio’; sim, à árvore; logo ‘à nossa frente’. (Hebreus 12:1; Mateus 24:13; 1 Coríntios 9:24-27; Filipenses 3:13, 14; Tiago 5:11) Quando Jesus prometeu a um malfeitor à beira da morte: “Estarás comigo no Paraíso”, estava falando desse paraíso – já existente, que é o “paraíso dos Deuses”. A nota, da TNM sobre este texto, diz: “Estarás comigo no jardim do Éden.”* – Lucas 23:43. Milhares de árvores da vida e águas da vida para saciar os famintos da vida! Entretanto, uma vez que a terra inteira será um paraíso, como uma só árvore da vida dará conta de tantas bocas? Lembra-se do quão bom é Jeová? Ao analisar a intrigante experiência vivida por Ezequiel, ficará encantado com o que viu esse fiel profeta. Ele escreveu: “[Jeová] me fizeram andar e me fizeram voltar à beira da torrente. Quando retornei, ora, eis que havia à beira da torrente muitíssimas árvores, deste lado e daquele lado. E eles prosseguiram, dizendo-me: ‘Esta água sai para a região oriental e tem de descer. . . . E terá de acontecer que toda alma vivente, pululante, em todo lugar ao qual chegar a torrente de tamanho duplo, terá vida. E terá de acontecer que haverá muitíssimos peixes, porque é para lá que há de chegar esta água, e a água do mar ficará curada, e aonde chegar a torrente, tudo ficará vivo.” – Ezequiel 47:6-9. _____ * “No Paraíso”, ‫א‬ABVgJ11,13,16; gr.: en toi pa•ra•deí•soi; J17,18,22(hebr.): beghan-‛É•dhen, “no jardim do Éden”.

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Agora compare com a visão de João, em Revelação (Apocalipse) 22: 1-3: “E ele me mostrou um rio de água da vida, límpido como cristal, correndo desde o trono dos Deuses e do cordeiro, pelo meio de sua rua larga. E deste lado do rio e daquele lado havia árvores da vida, produzindo doze safras de frutos, dando os seus frutos cada mês. E as folhas das árvores eram para a cura das nações. E não haverá mais nenhuma maldição. Mas o trono dos Deuses e do Cordeiro estará na cidade e os seus escravos lhe prestarão serviço sagrado”. Notou que em ambas as visões há um rio com águas da vida? Isto não nos remete ao rio que passava pelo Éden, e que se tornava “quatro cabeceiras” ao qual o homem, nos períodos pós-pecado, descobriu como um meio indireto de comer da árvore da vida? Notou também que, à beira de ambas as torrentes de águas, há “muitíssimas árvores da vida”? Estão reservadas somente para os que viverão nos céus? Não, a profecia fala da “cura das nações”. Também deve atentar para um detalhe muito sutil inserido na narrativa de João. Este detalhe foi totalmente desconsiderado pelos superfinos apóstolos do Corpo dos Governantes. (2 Coríntios 11:5) Qual detalhe? Nenhuma maldição na terra Repare que Jesus disse com todas as palavras: “não haverá mais nenhuma maldição”. A que maldição o Senhor estava relembrando? Vamos relembrar as palavras condenatórias, proferidas por Jeová a Adão?: “Porque escu-


Líderes religionistas minimizaram a importância da árvore da vida em nossas vidas. O objetivo por trás disso é que só eles querem comer dos seus frutos. Esquecem que quem manda é Jesus, agora um dos Deuses-Jeová! Tenha ânimo! Busque a árvore da vida – vasculhe sua Bíblia e a acharás! Esforce-se a vencer e coma você também da árvore da vida.

taste a voz de tua esposa e foste comer da árvore a respeito da qual te ordenei, dizendo: ‘Não deves comer dela’, maldito é o solo por tua causa.” (Gênesis 3:17) Os Deuses ‘amaldiçoaram o solo’ devido ao proceder pecaminoso de Adão. Assim, quando Revelação (Apocalipse) 22:3 diz que ‘não haverá mais maldição’, subentende que o paraíso que Jesus tinha em mente era o futuro paraíso terrestre, e não um suposto paraíso no espaço, em outro planeta – “os céus” onde vivem os Deuses. (Salmo 115:16) Que fato corrobora com esse raciocínio?. Retrocedamos ao tempo pré-diluviano – é ali que encontraremos a resposta. Dissemos aqui (página 11) que Jeová tencionava que o homem retornasse ao paraíso no fim do profetizar de Enoque. Pois bem, que aconteceu por volta desse tempo? Noé nasceu. Veja o que disse Lameque, o pai de Noé, sobre a criança: “Este nos trará consolo do nosso trabalho e da dor das nossas mãos, que resulta do solo que Jeová amaldiçoou.” – Gênesis 5:29. Aqueles dias marcavam o fim do “sétimo dia”, quando os Deuses retornariam de seu descanso sabático. Era o tempo para que o homem também descansasse do “trabalho e da dor” que sentiam por viver fora do paraíso.

Noé seria o líder designado que os conduziria de volta ao paraíso e à árvore da vida. Seria nesse sentido que ele ‘daria consolo’. O que seria mais consolador para aquela humanidade do que saber que era chegada a hora de retornar ao paraíso? Mas, como sabemos muito bem, isso não se deu. O propósito dos Deuses com respeito a uma humanidade feliz, indefinidamente saudável e em paz, vivendo no ‘descanso dos Deuses’, fora novamente frustrado. Eles, os Deuses Jeová, tiveram que reformular tudo outra vez e, consequentemente, adiou-se o propósito de levar o homem ao ‘paraíso deles’. A coisa do pecado dos anjos fora tão perturbadora que, mesmo tendo se passado quase cinco mil anos desde aquele tempo, ainda não vemos uma data para o fim da ‘maldição’. Entretanto, não é hora para desanimarmos – estamos mais próximos que antes! Continuemos na expectativa, seguindo o nosso consolador maior! É importante saber que, mesmo tendo se passado todo esse tempo, estamos compreendendo as profecias e, o que é melhor, observando vários sinais indicativos de que este tempo maravilhoso se avizinha. Aqueles temA CONTINELA ・ JUNHO DE 2012

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pos, os de Noé, marcaria o “restabelecimento de todas as coisas”. Porém, o que as Sentinelas fizeram fora muitíssimo grave – eles ‘alteraram o mundo’! O tempo designado para o restabelecimento do paraíso de delícias, portanto, está à nossa frente – mas não tardará! – Atos 3: 19-21; Zacarias 14:11; Enoque 8:1; Habacuque 2:3. Jeová suscitou então um novo líder para conduzir-nos ao paraíso. Este foi o homem Jesus, que agora ocupa uma posição muito superior* à de Noé, o ‘consolador’ humano – Jesus é um dos Deuses Jeová! Sendo ele nosso ‘consolador’ maior, tenhamos confiança plena de que as árvores da vida, bem como o rio de águas da vida que estão no paraíso dos Deuses, são para todos nós, os vencedores cristãos, e não apenas para uma pequena elite egocêntrica! – Tiago 3:1 – Leia 2 Coríntios 1:5-7; 2 Tessalonicenses 2:16, 17. _____ * Leia atenciosamente a matéria do irmão Edumor na página 28.

Muito em breve entraremos no paraíso dos Deuses e passaremos a comer da árvore da vida. Ela nos fará saudáveis durante uma eternidade, e mais além. Aprenderemos a viver a “vida verdadeira”, aquela que só os Deuses têm. Viveremos então como as árvores, sem fim à vista e em plenas paz, felicidades, . . . num paraíso global. Ali estarão todas as pessoas que amamos e que também amam os Deuses santos. Nenhuma maldição será mais permitida naqueles tempos. – 1 Timóteo 6:19. Naqueles tempos não haverá mais nenhum inimigo do homem ou dos Deuses. Gadrel e Azazyel, os dois Deuses cruéis e impiedosos; os anjos sob o comando deles, bem como os espíritos malignos dos Nefilins, os demônios, não mais existirão. Eles serão jogados no lago de fogo – a destruição total e cabal. (Enoque 8:1; 9:5; 10:12; 15:8, 9, 10; 68:6, 7; Levítico 16:8, 9; Revelação [Apocalipse] 20:10; ) Quanta paz e alegria teremos então! Você está se esforçando para comer da árvore da vida?

No futuro paraíso dos Deuses há uma torrente ininterrupta de águas da vida. Em suas margens, muitíssimas árvores da vida! Achegue-se!


DE UM

UM

EOVÁ, os Deuses santos, são os “reveladores de segredos” sagrados. (Daniel 2:28) Ninguém mais poderia fazer isso. Eles utilizam o espírito santo e as Escrituras como fontes primárias para as revelações de seus mistérios. Paulo, explicando a razão do por que os Escritos Sagrados exercem um papel central na salvação dos crentes, disse: “Toda a Escritura é inspirada pelos Deuses* e proveitosa para ensinar” (2 Timóteo 3:16). Visto ser assim, cremos em todos os escritos pela mera razão de que, embora produzidos com tinta e mãos humanas, as ideias partiram Deles, dos

J

Soberanos Deuses santos, Jeová! Sobre o espírito, Jesus disse que seria através dele que chegaríamos a “toda a verdade”, pois este nos ensinaria. – João 16:13; 1 João 5:6. Deste modo, o que a Bíblia, lida por cristãos sob a ação do espírito de Jeová, ensina sobre dois personagens bíblicos – um profeta e seu animal de carga, sua jumenta – cujas ações permeiam oito dos 67 livros sagrados? Que mistério envolve os personagens Balaão* e sua jumenta e por que é proveitoso para nós hoje? Você saberá. Antes, porém, relembremos a saga vivida por eles. – Romanos 15:4.

_____ * Hebr.: berú•ahh ’Elo•hím; “pelo espírito dos Deuses”.

_____ * o Balaão era filho de Beor. Ele viveu no 15. Século AEC.

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Conheça Balaão Balaão era natural de Arameia de Petor, localizada no vale do alto Eufrates. Ele não era israelita, mas tinha plenos conhecimento e reconhecimento de Jeová como os Deuses santos. Era um adorador Deles e, como tal, chamava-os de “Jeová, os meus Deuses”. (Números 22:5, 18) Muito provavelmente Balaão fora espiritualmente influenciado por patriarcas fiéis aos Deuses santos, tais como Abraão, Ló e Jacó, que moravam nas proximidades de Harã. Harã ficava não muito distante de Petor. — Gênesis 12:4, 5; 24:10; 28:5; 31:18, 38. Certo dia, Balaque, rei de Moabe, enviou uma delegação de homens a Balaão, contratando-o para serviços de profeta. Ele deveria amaldiçoar os inimigos de Moabe. Balaque enviou dinheiro (ou: “honorários pela adivinhação”) a Balaão. Mas, como os inimigos de Balaque eram os israelitas, também adoradores de Jeová, Balaão rejeitou a proposta de emprego após ouvir Jeová lhe indicar que não fosse. Disse aos enviados: “Jeová negaram a deixar-me ir convosco.” (Números 22:5-14) Vindo “outros príncipes em maior número e mais honrados” (Números 22:15), porém, Balaão pôs-se novamente a buscar a permissão dos Deuses para ir com eles. Um dos Deuses-Jeová disse: “Levanta-te, vai com eles. Mas, somente a palavra que eu te falar é que podes falar.” — Números 22:16-21; Miquéias 6:5. Balaão selou então sua velha parceira de viagem – sua jumenta de carga – e foi após os príncipes. No caminho, um anjo por três vezes se colocou de pé na estrada, fazendo com que a jumenta de Balaão (somente ela via o anjo) primeiro se desviasse para um campo, em seguida apertasse o pé de Balaão contra um muro, e, por fim, se deitasse. Por três vezes Balaão espancou o animal, que então, miraculosamente, proferiu um protesto verbal. (Números 22:22-30) Por fim, o próprio Balaão viu o anjo da parte de Jeová, que anunciou: “Eu é que saí para fazer oposição, porque teu caminho tem 20

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sido temerariamente contrário à minha vontatade.” Todavia, o anjo-Jeová mais uma vez repetiu sua permissão a Balaão, para que ele continuasse sua jornada. — Números 22:31-35. Paralelo profético Essa empolgante história não fora preservada nas Escrituras somente como uma boa história e exemplo para moralizadores modernos. Ela tem um simbolismo (ou paralelo) profético muito curioso. Balaão retratava a todos os corpos de líderes religionistas, de todas as religiões cristãs da atualidade e de antes. Sua jumenta, portanto, era a sombra fiel de todos os cristãos submissos a estes corpos de líderes. Assim, não importa a que religião você, leitor, pertença, saiba que o grupo de homens que toma a dianteira em governar a fé e conduta dos demais religionistas, fora retratado profeticamente neste drama profético. Mas como isso é possível?

O que são modelos proféticos? É algo parecido a um manequim que, ao vestirem ele, substitui – ou imita perfeitamente – um ser humano ou outra coisa, tal como um evento marcado. Por exemplo, os profetas Isaías, Ezequiel e Jesus Cristo, bem como os apóstolos Pedro e Paulo, falaram a respeito de Noé, servo dos Deuses. Jesus e Pedro mostraram que os dias de Noé eram proféticos da “presença do Filho do homem” e dum futuro “dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”. Jeová, ao poupar Noé e sua família quando destruíram aquele mundo, estavam “estabelecendo para as pessoas ímpias um modelo [profético] das coisas que hão de vir”. — 2Pe 3:5-7; 2:5, 6; Is 54:9; Ez 14:14, 20; Mt 24:37-39; He 11:7; 1Pe 3:20, 21.

Como Testemunhas de Jeová; membros do grupo retratado pela jumenta; temos autoridade para falar deste paralelo profético conforme cumprimento em nossa religião, mas você, leitor, deve procurar observar as semel-


bemos que por trás do número três, na Bíblia, esconde-se alguma declaração profética. O número indica ênfase. (Compare com Atos 2:41; Revelação [Apocalipse] 6:6) Representa todos os espancamentos infringidos aos da classe da jumenta pelos do Corpo dos Governantes, os da classe do profeta espancador. Os Oh, seu fdp. Não quer mais me obedecer por quê? Vou te matar. espancamentos são constantes e variados, aplicados sem dor nem piedade. Espancam, não literalmente, mas na forma de punições, “repreensões”, “correções” e, por fim, expulsões violentas do convívio com os demais – tudo de modo injusto. Eles ‘prejudicam e usurpam os direitos dos demais crentes referentes à adoração’. Exatamente como muitos tratam seus animais – sem compaixão, como Balaão – tratam os concrentes. – Mateus 24:48, 49; 1 Véio, na boa: tú é cego carái? Não vê mais as coisas espirituais, véio da *@##&? Tessalonicenses 4:6; 1 Timóteo 3:3; Tito 1:7; 1 Coríntios 4:5. Depois de ser espancado por “três vezes” pelos da classe de Embora estes constituam os principais tipos Balaão, é chegada a hora de os da classe da jumenta ‘pronunciar milagrosamente repreensões’ a esta classe de espancadores. de espancamentos, aplicados aos que cometem “um pecado”, (ver 1 João 2:1) a coisa piora quando o assunto é outro. Eles não toleram Revelando o paralelo profético quem pesquise as Escrituras por conta própria O Corpo dos Governantes das Testemunhas – aos que, ‘obedecendo aos Deuses santos de Jeová, qual tipo de Balaão, age como profe- antes que a eles’, fazem seu pessoal estudo ta dos Deuses santos, de Jeová. Eles tratam os das Escrituras e extrai dali entendimento revedemais cristãos que não pertencem à pequena lado pelo espírito. (Atos 5:29) Agindo assim, elite de profetas ungidos, conforme se autode- porém, estes “jumentos” como que veem os nominam, com total indiferença. Para estes, os próprios Deuses diante deles! A estes, eles queda classe da jumenta são ininteligentes e, co- rem espancar até a morte. – Mateus 10:21. mo seu antítipo, a jumenta, só serve para ser a montaria muda deles. No entendimento dessa A classe da jumenta fala convencida classe dominante, só a eles é perQuando os da classe da jumenta enxergam mitida que ‘vejam os Deuses’, e só a eles foi verdades bíblicas reveladas por Jeová, porém, concedido comunicar-se com eles – dizem ser sentem-se verdadeiros cristãos; verdadeiros o canal de comunicação dos Deuses para os da servos dos Deuses santos. Concordemente, é classe da jumenta. Não é de surpreender, en- natural que falem aos quatro ventos sobre ‘as tão, que se comportem como os governantes e gloriosas boas novas’ acerca dessas coisas. amos da fé deles – 2 Coríntios 1:24. (Salmo 40:9; 1 Timóteo 1:11) Mas isso é, aos Atente para as palavras proferidas pela ju- olhares dos da classe de Balaão, uma ação menta depois que Jeová ‘abriu a sua boca’: totalmente inconcebível. Não suportam que “Que te fiz para me teres espancado estas três alguém inferior a eles também raciocine; seja vezes?” (Números 22:28) Não é de hoje que sa- contatado pelos Deuses santos; e que, princiAí! Que que tá pegando aqui? Oh da dentadura, tú tá folgando na parada, mermão? Vem cá, mané, vou te dá uns catiripapos.

hanças vivenciadas em sua própria religião. Então, como este paralelo profético tem um cumprimento certo nas Testemunhas de Jeová? Vejamos o desenrolar da profecia, conforme revelado pelo “espírito dos Deuses santos”. – Daniel 4:8.

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palmente, profetize, como eles mesmos. Esse tipo de pensamento não é absurdo? – Joel 2:28, 29. O Corpo dos Governantes tem um perfeito sistema operante de busca desses “jumentos” para que sejam espancados até a morte – neste caso, a morte espiritual. Anciãos e Servos Ministeriais cristãos (os “dois ajudantes” e “bordão” de Balaão) vasculham indícios de “infidelidades” pensadas, ditas e ou praticadas por membros congregacionais sob suas chefias. Eles se alegram quando laçam um jumento! Há, de fato, centenas de casos em que cristãos, após profetizarem na internet, foram pegos e exonerados da vida moral e espiritual por estes homens balaônicos. Talvez você se lembre de algum caso conhecido. – Números 2:22, 27. O que disse mais a jumenta a Balaão? O seguinte: “Não sou a tua jumenta em que montaste toda a tua vida até o dia de hoje? Procedi alguma vez deste modo?” (Número 22:30) Balaão teve de admitir que “não”, que sua jumenta nunca havia agido ‘daquele modo’ antes. Durante toda a vida de Balaão houve somente aquela jumenta em que ele montara. Ela sempre lhe foi fiel e obediente. Então, por que ela haveria de ser ‘cruel’ com seu amo? Tinha que haver um motivo e Balaão não discerniu isso – não antes de quase matar sua companheira. Os do Corpo dos governantes, igualmente, nunca montou em nenhum povo a não ser as Testemunhas leigas de Jeová. Desde que se tornaram profetas; desde os primórdios da existência da organização Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, só houve uma montaria para eles – as “outras ovelhas”, como eles as classificam. O corpo coletivo das Testemunhas leigas de Jeová, qual jumenta fiel, nunca sequer discordou de um só ensino e concelhos (comandos) de seus governantes, por que haveria de fazer isso algum dia? A menos que, tendo chegado o dia do cumprimento do tipo profético, lhe aparecesse o próprio Jeová! De fato, o tempo do cumprimento chegou. As Testemun22

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has dos Deuses santos, quais jumentas simbólicas, fora incumbidas de dá um aviso ao composto grupo do Balaão moderno. Que aviso é esse e como o Balaão tem reagido a ele? Aviso ao Balaão moderno Jeová tem notado que o “caminho” dos do grupo de seus profetas da atualidade – o Corpo dos Governantes das Testemunhas de Jeová – ‘tem sido temerariamente contrário à vontade Deles’. Balaão fora teimoso em não escutar a voz dos Deuses que lhe disse que ‘não fosse ter com Balaque’, ele acabou por ir. Por que agiu assim? Porque “amava a recompensa de fazer a injustiça”, declarou Pedro mais tarde. – 2 Pedro 2:15. 2 Timóteo 3:2-5. Os do Corpo dos Governantes, igualmente, também têm se desviado do caminho santo das verdades bíblicas. Eles têm tido prazer nos ensinos e práticas injustos, tais como o desprezo que incutem nos demais membros para com os outros cristãos de outras religiões; a atitude nada humilde em querer insistir nos erros religionistas de muitas de suas crenças comprovadamente antibíblicas e por sua teimosia centenária em insistir que só eles é que podem entender os Escritos Sagrados, cabendo aos demais somente os atos de riscar, pintar ou marcar parágrafos de publicações bíblicas, e comentá-los nas reuniões – mais sem desviar uma vírgula do que consta no parágrafo. Ao irmos de porta em porta, pregar “as boas novas do reino”, só podemos ensinar o que eles determinaram que seja verdade. – Mateus 24:14. A atitude do profeta Balaão, que só via o lucro diante de si, fora prontamente reprovada por Jeová. Assim, “ele recebeu uma repreensão pela sua própria violação daquilo que era direito”, explicou Pedro, completando: ”um animal de carga, sem voz, fazendo pronunciação com voz de homem, impediu o proceder louco do profeta.” (2 Pedro 2:16) Que todos nós, Testemunhas de Jeová da classe dos lei-


gos, possamos também, assim como nosso modelo profético aqui em questão, impedir o proceder louco dos nossos governantes. Eles se assentaram sobre nós e nos puseram rédeas na mente e vendas nos olhos. Vemos o que eles querem que vejamos e pensamos o que querem que pensemos. Jesus é contra o proceder louco dos balaônicos – ele mostra como ministrar de verdade Assim como o anjo se ‘opôs’ à Balaão, Jesus falou aptamente contra um Corpo de Governantes entre os seus seguidores, nas seguintes palavras condenatórias: “Sabeis que os governantes das nações dominam sobre elas e que os grandes homens exercem autoridade sobre elas. Não é assim entre vós; mas, quem quiser tornar-se grande entre vós tem de ser o vosso ministro, e quem quiser ser o primeiro entre vós tem de ser o vosso escravo. Assim como [eu não vim] para que se lhe ministrasse, mas para ministrar e dar a sua alma como resgate em troca de [todos vós].” – Mateus 20:25-28. Qual classe da jumenta, ‘desviemos da estrada’ que o Balaão hodierno escolheu para trilhar; ‘prensemos’ seus pés contra os muros da verdade bíblica e ‘deitemos’ para não prosseguirmos no seu ‘proceder louco’. Entendamos que, por agirmos assim, estaremos amando e sendo-lhes fiéis, e não odiando e sendo-lhes desobedientes, como pensam. Está escrito: “sede obedientes aos que tomam a dianteira entre vós”. (Hebreus 13:17) Lembre-se: a jumenta, por agir como agiu, não foi desobediente ou infiel ao seu amo. Ainda sobre este grande mistério, agora revelado, relembremos um incidente envolvendo nosso amo maior – Jesus. Mateus registrou: “Ora, quando [o Senhor e os discípulos] se aproximavam de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, no Monte das Oliveiras, Jesus enviou então dois discípulos, dizendo-lhes: ‘Ide à aldeia que está ao alcance de vossa vista, e logo achareis atada uma jumenta, e um jumentinho

com ela; desatai-os e trazei-mos. E, se alguém vos disser alguma coisa, tendes de dizer: “O Senhor precisa deles.” Com isso, ele os enviará imediatamente’.” (Mateus 21:1-3, TNM) Olhe que Jesus mencionou “uma jumenta, e um jumentinho”. Neste drama profético, a jumenta representava os judeus e o jumentinho, os cristãos! Os Deuses santos montam em ambos, mas, e Jesus? Em quem ele montaria? O relato segue informando que, após os discípulos trazerem a jumenta e seu filhote, o jumentinho, Jesus pôs suas roupas exteriores sobre ele e, sentando-se sobre elas, as roupas, entrou triunfantemente em Jerusalém. Ora, porque não montou na jumenta? Por que essa entrada em Jerusalém representaria sua entrada no Reino dos Deuses santos, na Jerusalém celestial, e que esse evento só se cumpriu nos tempos da existência do jumentinho – dos seus seguidores submissos e fiéis, os cristãos, principalmente dos cristãos dos últimos dias. A jumenta, como era um “animal de carga”, não aceitou o Cristo e por isso fora deixada de lado.

Jesus, ao montar em seu “jumentinho”, os cristãos, não age como os líderes humanos. Não é espancador, como eles.

Observe também que, diferentemente de Balaão, que ‘celava’ sua jumenta, Jesus não fez isso com o jumentinho. E por que não? Por que ele não dispunha de uma cela? Nada disso! O A CONTINELA ・ JUNHO DE 2012

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jumentinho poderia ter vindo a ele com uma. O fato se deu, porém, para indicar que Jesus não trata seus discípulos como animais de carga, como Balaão tratava sua jumenta; como os do Corpo dos Governantes tratam os discípulos. Jesus trata a todos os seus discípulos com dignidade e respeito. – Mateus 11:28-30. Segundo profetizou Zacarias, aquele jumentinho que o Senhor montou, “era plenamente desenvolvido”. (Zacarias 9:9) Isso indica que os cristãos são desenvolvidos espiritualmente. Eles têm o conhecimento exato da verdade. Jesus disse: “tendes de ser perfeitos”. (Mateus 5:48) Cristãos perfeitos, ou “plenamente desenvolvidos” espiritualmente, são cristãos que profetizam, como Seu exemplo maior, Jesus. Hoje estamos mais desenvolvidos que antes! Assim, é sobre nós que o Senhor ‘assenta-se’. Que grandioso privilégio!

vezes” e ameaçando-nos constantemente de ‘morte’?

O que disse Balaão à sua jumenta Observe a refutação de Balaão à indagação de sua jumenta: “[Te espanquei] porque me trataste cruelmente. Se tão-somente houvesse uma espada na minha mão, eu já te teria matado!” Primeiramente, note que nem por um só instante Balaão achou esquisito que uma jumenta pronunciasse palavras, como uma pessoa. Qual o motivo? Isso é um forte indicativo bíblico de que o enredo era mesmo um drama profético de algo que ainda seria revelado – exatamente à situação hoje existente entre clérigos e leigos, conforme tudo o que o espírito acabou de nos evidenciar aqui. Balaão acha que por exercermos nosso direito de sermos cristãos, somos ‘cruéis’ com eles. Mas esse de modo algum é o caso. Muito pelo contrário! Indo na contramão deles, – que estão ‘temerariamente contrário à vontade de Jeová’ – estaremos salvando a vida deles da morte certa às mãos de Jeová, que não suporta mais vê-los nos ‘espancando’, ao passo que se desvia do “caminho”. (Atos 9:2; Hebreus 9:8; Tiago 5:19, 20; 2 Pedro 2:2) Note também que Balaão não tinha uma “espada”. Os do Corpo dos Governantes, igualmente, não podem Véio, na boa: tú tá com toda a razão, morô? Nós tá contigo. Nós tá “matar” espiritualmente os cristãos com a junto nessa. Vamo se orgazinar e começar a falar. É nós, véi! Nós vai mostrar pros homes que eles é mais jumento ki nós. “espada do espírito”, a Bíblia, não porque não Está em andamento o surgimento de uma grande multidão de tenham uma, mas por não terem base bíblica jumentos cristãos falantes. Eles repreenderão os da classe para isso. (Efésios 6:17) Isso significa que os espancadora de Balaão – os do Corpo dos Governantes das cristãos que eles ‘mataram’, não estão mortos Testemunhas de Jeová. Junte-se a eles! para os Deuses santos. Alegrem-se irmãos ungidos que foram mortos por homens, mas É incorreto, portanto, que os do Corpo dos não pelos Deuses santos! Não temais a estes Governantes nos condicionem como os papa- homens! – Mateus 10:28. Que todos nós, portanto, saibamos que, por gaios deles e que nos maltrate de toda forma. Se Jesus, que é o Senhor de nossas vidas e da agirmos quais verdadeiros cristãos, agradamos deles, ao montar em nós, nos trata com digni- nossos pais celestiais, mesmo ao sermos ‘dodade, porque os do Corpo dos Governantes minados por homens para o prejuízo’ – o prejuagem como agiu Balaão, espancando-nos “três ízo deles, claro. – Eclesiastes 8:9.

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SUA LEITURA E ESTUDO DA BÍBLIA

Eles consideram e vêem cada árvore, como aparecem para depois murchar, e toda folha, para depois cair, exceto de quatorze árvores, as quais não são efêmeras, e esperam pelo aparecimento das folhas novas por dois ou três invernos. – Enoque 4:1.

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EPOIS de discorrermos uma abrangente, inédita e reveladora consideração sobre a questão da árvore da vida, assunto de capa desta revista, não é de surpreender que, assim como ocorre entre nós humanos, possa haver um grupo de Deuses especializados em botânica, jardinagem e outras ciências relacionadas. É exatamente a este aspecto em especial que trata o trecho do livro de Enoque (Enoque capítulo 4) a que consideraremos neste número. – o sexto da série. As árvores representam muito em termos de sobrevivência dos povos e animais deste planeta – em todos os tempos. Sem árvores não há fruto e outros benefícios oferecidos por elas para o sustento da vida biológica. (Neemias 9:25; Levítico 26:3, 4) Não só nós, viventes deste planeta, comemos delas, mas também os próprios Deuses – sim, Jeová – comem da árvore da vida para manterem-se vivos indefinidamente. Será que também comem de outros frutos? Sim, comem sim! É exatamente isso o que diz a Bíblia em Levítico 27:30, conforme lemos: “E cada décima parte da terra, da semente da terra e do fruto da árvore, pertence a Jeová. É algo sagrado para Jeová”. Os Deuses “consideram e vêem cada árvore*”, disse Enoque. Como é que isso se dar? _____ * “Árvore” hebr.: ʽets; gr.: dén·dron.

No sentido de que eles sabem o tempo de suas folhagens, frutos, flores, etc. Sim, os Deuses sabem o tempo do aparecimento das folhas e frutos de todas as árvores deste planeta, também quando murcham e caem, folhas e frutos, ao chão. Sabem até sobre as árvores que não são efêmeras – ou seja, que não seguem o mesmo ciclo que as demais. Sabem que há árvores que demoram mais tempo que outras para fazer tudo o que as comuns fazem. Enoque menciona 14 tipos de tais árvores. Estas, diferentemente das demais, só dão folhas e frutos ‘após dois ou três invernos seguidos’. Árvore no sentido figurado A bíblia associa árvores a pessoas, governantes e reinos*, como na profecia que assemelhou a queda de Faraó e sua massa de gente ao corte dum majestoso cedro (Ezequiel 31), bem como na profecia de Daniel relativa à enorme árvore que representava o domínio “no reino da humanidade”. (Daniel 4:10-26) O homem justo é assemelhado a uma árvore plantada junto a correntes de água (Salmo 1:3), cuja folhagem é luxuriante e cujos frutos continuam a crescer até mesmo na seca. — Je 17:8. _____ * O Reino dos Deuses santos é, também, retratado como uma árvore frondosa no livro profético de Daniel.

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Jesus amaldiçoa uma árvore Um aspecto interessante, envolvendo uma árvore, se deu durante uma das viagens de Jesus pela palestina em missão de pregação. Enquanto iam de Betânia para Jerusalém, sentiram fome. Jesus avistou, então, uma árvore a certa distância e, evidentemente, concluiu que, ‘já que as folhas eram temporãs, os figos também deveriam ser’. Mas ficou desapontado. As folhas deram à árvore uma aparência enganadora. Jesus amaldiçoou então a árvore, dizendo: “Nunca mais ninguém coma fruto de ti.” As consequências do que Jesus fez e o significado disso seriam entendidos na manhã seguinte. – Marcos 11:14. Marcos relatou: “passando de manhã cedo, viram a figueira já seca, das raízes à copa. Pedro, portanto, lembrando-se, disse [ao senhor]: ‘Mestre, eis que se secou a figueira que amaldiçoaste’.” Mas, por que Jesus matou essa árvore? Ele indica a razão, ao dizer: “Deveras, eu vos digo: Se somente tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que eu fiz à figueira, mas também, se disserdes a este monte [o monte das Oliveiras, onde se encontram]: ‘Sê levantado e lançado no mar’, acontecerá isso. E todas as coisas que pedirdes em oração, tendo fé, recebereis.” Assim, fazendo a árvore secar, Jesus dá a seus discípulos uma lição objetiva sobre a necessidade de ter fé nos Deuses. Como ele declara: “Todas as coisas pelas quais orais e que pedis, tende fé que praticamente já as recebestes, e as tereis.” Que importante lição para eles, especialmente em vista dos terríveis testes que logo viriam! Todavia, existe outra ligação entre a secagem da figueira e a qualidade da fé. A nação de Israel, como essa figueira, tinha uma aparência enganosa. Embora estivesse numa relação pactuada com os Deuses, e talvez aparentou observar os Seus regulamentos, ela mostrou não ter fé, não produziu bons frutos. Por falta de fé, rejeitou o próprio Filho de um dos Deuses! De modo que, tendo feito com que a figueira improdutiva secasse, Jesus demonstrou vividamente qual seria o final dessa nação infrutífera e sem fé. Similarmente, o Corpo dos Governantes das Testemunhas de Jeová de hoje, é uma cópia exata do Corpo dos Governantes judeus que não produziram “frutos próprios do arrependimento”. O que fará Jesus, agora sendo ele um Jeová, a esses malucos? – Marcos 11:19-24; Lucas 3:8.

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Assim como no caso de árvores literais, os Deuses santos também “vêem cada árvore” simbólica – principalmente quando essa árvore afirma produzir frutos para os Deuses santos. Que tipo de frutos? Assim como os Deuses se alimentam de frutos literais, apreciam muito os frutos espirituais, ou simbólicos, que seus servos lhes oferecem. Mas, Eles não gostam de árvores que produzem frutos podres junto com frutos bons! – Mateus 7:15-20; Tiago 3:17, 18; Enoque 31.


Qual o significado desse texto bíblico:

“Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Naqueles dias, dez homens dentre todas as línguas das nações agarrarão, sim, agarrarão realmente a aba da veste dum homem judeu, dizendo: “Iremos convosco, pois ouvimos que os Deuses estão convosco.”’” – Zacarias 8:28, n*,?

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OCÊ CONHECE alguma religião que consiga fazer uma boa aplicação desse texto bíblico em suas vidas como fazem as Testemunhas de Jeová? Se sim, gostaríamos de saber qual. Caso não tenha conhecimento, que tal fazer um exame dele e procurar fazer exatamente isso? Desejamos que, caso concorde em fazer isso, você tenha em consideração outros fatores envolvidos, bem como outros textos bíblicos como complemento a ele. A cautela se faz necessária devido ao risco que se tem de se fazer uma aplicação – ou explicação – em desacordo com o propósito dele e dos demais textos das Escrituras Sagradas como um todo. Entretanto, visto que esse texto figura entre os textos mais importantes para o sustento da fé nossa, como Testemunha de Jeová, fazse mister que o examinemos sob a ótica do “espírito dos Deuses santos”. Antes, porém, daremos a explicação dele, conforme defendido __________ *Todos os textos usados neste artigo são da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências, publicada por nós Testemunhas de Jeová. – “Deuses.” Hebr.: ’Elo•hím.

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veementemente pela liderança dos irmãos na organização das Testemunhas de Jeová – o Corpo Governante. Uma compreensão viável? Eu chamaria a explicação do texto, conforme feita pelos nossos irmãos da liderança, de muito peculiar – inteligente, até. Mas, ao analisá-lo à luz de forma contextualizada, deparei-me com outras vertentes mais implícitas. Então qual é o entendimento atual do texto, conforme defendido pela organização Torre de Vigia de Bíblias e Tratados e como essa compreensão tem moldado diretamente o rumo da organização religiosa para os membros? A seguinte, conforme a revista A Sentinela de 15 de fevereiro de 2009, página 27 e parágrafo 13: “O livro bíblico de Zacarias fala de ‘dez homens’ que se aproximam ‘dum homem judeu’ e dizem: ‘Iremos convosco.’ (Leia Zacarias 8:23.) Visto que se usa ‘convosco’ em relação a ‘um homem judeu’, este evidentemente é um homem coletivo. Em nossos dias, ele representa o restante dos cristãos ungidos por espírito — que é parte do ‘Israel de Deus’. (Gál. 6:16) Os ‘dez homens dentre todas as


línguas das nações’ representam a grande multidão de outras ovelhas. Assim como os cristãos ungidos seguem a Jesus onde quer que ele vá, a grande multidão ‘vai com’, ou acompanha, a classe do escravo fiel e discreto. Os da grande multidão nunca devem se envergonhar de se identificar como companheiros dos ‘participantes da chamada celestial’. (Heb. 3:1) Jesus não se envergonha de chamar de ‘irmãos’ os ungidos. — Heb. 2:11.” Deste modo, vemos nitidamente que a compreensão dos irmãos aponta o cumprimento do texto de Zacarias 8:23 a eles próprios. Embora que entre os membros do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová não haja nenhum membro judeu, asseveram que eles, de modo coletivo, são o “homem judeu” da profecia. Daí, os “dez homens dentre todas as línguas das nações”, portanto, só podem ‘representar a grande multidão de outras ovelhas’. Isso é bastante apropriado para eles, os ungidos dentre a dianteira. O que eles ganham com essa compreensão? Muita coisa! Primeiramente, com essa interpretação chamam a atenção para si. Incutem o senso de respeito e obediência a eles pelos membros da fraternidade mundial. ‘Se estes homens são o “homem judeu” da profecia de Zacarias’, raciocinam os leigos, ‘então a obediência e submissão a eles ganha mais seriedade e validade. É como estarmos obedecendo e submissos ao próprio Jeová Deus em pessoa’. Os do Corpo dos Governantes, ao aplicar esta profecia a eles próprios, valida seu papel de ser exatamente o que afirmam ser – o único canal de comunicação entre os Deuses e os homens. Mas será que esta compreensão fica de pé diante de uma análise usando-se o espírito dos Deuses santos qual instrutor? – Jo 14:26; 16:13. O “homem judeu” de acordo com o espírito Tire um tempo para ler pacientemente o inteiro livro de Zacarias – como fiz três vezes só

para ser instruído pelo espírito nesta pesquisa – e verá a verdade brilhante saltar diante de seus olhares. O espírito dos Deuses santos não mente, mas revela verdadeiramente quem é o “homem judeu” e ainda evidencia claramente quem são “os dez homens dentre todas as línguas das nações” que dizem: “iremos convosco porque ouvimos que os Deuses estão convosco”. Quem são? As evidências são inegáveis. Jeová, através do profeta Zacarias, descrevia a pessoa de Josué, o sumo sacerdote da época, como sendo o cumprimento primário deste “homem judeu”. Num cumprimento secundário – e final – este Josué prefigurou outro homem, também judeu, e de nome exatamente igual.* Longe de serem os ungidos do Corpo dos Governantes, este “homem judeu” a qual “dez homens dentre todas as línguas e nações” segue é Jesus Cristo – o Sumo Sacerdote e Josué maior. Será que estou certo no que digo? Vejamos alguns textos ligados ao personagem e tire você também suas próprias conclusões. – Mt 2:2; Jo 4:21. _____ * Os nomes Josué (Jesua em Esdras 5:2) e Jesus, no hebraico, são o mesmo nome: “Josué.” Hebr.: Yehoh·shú·a‛; LXXVg: “Jesus”. Veja He 4:8 n.: “Josué”.

Jesus é o derradeiro “homem judeu” da profecia de Zacarias 8:23. Os “dez homens” que escolhem ‘ir com ele porque ouviram que os Deuses estão com ele’ representam todos os seguidores de Cristo. Não há base bíblica para que estes ‘dez homens’ sigam a outros homens em vez de ao próprio Cristo, hoje um dos Deuses-Jeová.

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Jesus, o “homem judeu” – a base bíblica Existem evidências de sobra e bem abalizada, indicativas do que acabamos de concluir – que o “homem judeu” da profecia é o Cristo e não meros homens americanos, mesmo que este pertença ao simbólico “Israel dos Deuses”, de Gálatas 6:16. Para que não sejamos taxados de cristãos ‘inexperientes’, em sentido espiritual, um que “põe fé em cada palavra” ouvida, ‘consideremos nossos passos, como um bom argucioso’. (Pr 14:15) Desta forma, analisemos alguns paralelos proféticos existentes que apontam para Josué, como tendo sido o tipo profético do Messias e que, ambos, eram o “homem judeu” de Zacarias 8:23. Fazendo assim, terás uma fé fortalecida sobre o alicerce correto. – 1 Co 3:11; 1 Pe 2:6. Josué (ou Jesua) foi o primeiro sumo sacerdote da era pós-exílio babilônio. Quando Nabucodonosor destruiu Jerusalém, matou Seraías, que era o sumo sacerdote na ocasião, e levou Jeozadaque (pai de Josué) cativo para Babilônia. (2Rs 25:18-21; 1Cr 6:14, 15; Ne 7:7) Josué voltou de Babilônia em 537 AEC, junto com Zorobabel, e serviu como sumo sacerdote para o restante judeu restaurado. (Esd 2:2; 5:2; Ag 1:1) Assim, a linhagem do sumo sacerdote foi preservada por Jeová, de modo que Israel dispunha dos serviços de sumos sacerdotes desde a restauração até a vinda do Messias. Josué tomou a dianteira, junto com Zorobabel, em erguer o altar, e então em reedificar o templo, incentivado pelos profetas Ageu e Zacarias. (Esd 3:2; 5:1, 2) Apoiou Zorobabel, em oposição aos que eram contra a reconstrução do templo. — Esd 4:1-3. Alguns dos mais idosos dentre os israelitas que voltaram tinham visto a glória do templo de Salomão e tendiam a encarar o templo reconstruído como não sendo nada, em comparação. Ageu, o profeta, foi enviado para falar a Zorobabel e Josué, dizendo-lhes que a glória dessa última casa se tornaria maior do que

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a da anterior. Jeová faria isso por trazer “as coisas desejáveis de todas as nações” ao templo e a Josué. — Ag 2:1-4, 7, 9. Zacarias recebeu uma visão em que ele contemplou Josué em pé diante do anjo de Jeová, e Satanás à sua direita, para se lhe opor. Mudaram-se as roupas de “Josué”, de roupas imundas para vestes majestosas, e um turbante limpo. Daí, falou-se a “Josué” sobre o servo de Deus, o “Renovo” – este seria o Cristo. — Za 3:1-8; Is 11:1. Em outra ocasião, Jeová disse a Zacarias que pusesse uma coroa na cabeça de Josué e lhe dissesse: “Aqui está o homem cujo nome é Renovo. . . . E ele mesmo construirá o templo de Jeová, . . . e terá de tornar-se sacerdote sobre o seu trono.” O “homem Sob a Lei, o sacerdócio judeu”, de e o reinado eram estriZacarias 8:23, tamente separados, e o sumo sacerdote Josué é Jesus Cristo nunca governou como rei sobre Israel. É claro que só o tipo profético dele ocuparia ambas as funções — Za 6:11-13. A profecia de Zacarias 8:23 menciona que os “dez homens” dizem: “iremos convosco”, no plural. Este é o único indício que leva os religionistas a aplicarem a profecia à si próprios. Isso, porém, indica que os ‘dez homens irão com Jesus e com os doze apóstolos’. Ademais, nenhum apóstolo apoiou a ideia de as pessoas ‘seguirem a eles’, em vez de ao Cristo. Eles sempre chamavam a atenção para o Cristo. Direcionavam as pessoas ao agente de salvação de todos eles e não a eles, meros homens. – At 20:21; Jo 6:68. O “homem judeu” da profecia de Zacarias 8:23, portanto, não são os membros do Corpo dos Governantes, mas o Senhor Jesus Cristo. Artigo redigido pela TDS Edumor Blogue: http://tdsedumor.blogspot.com


RELATÓRIO DA REUNIÃO SEMESTRAL

Uma reunião marcada pela união e planos de mudanças

Há muito Jeová previu e profetizou para os nossos dias que muitos aspectos de suas verdades, “as palavras” dos Deuses santos, “[seriam] guardadas em segredo e seladas até o tempo do fim” – o tempo em que nos encontramos. A organização das Testemunhas de Jeová, através de suas publicações bem pesquisadas, esteve à frente de todas as demais publicações religiosas na divulgação dessas “palavras” de Jeová. Porém, mesmo esta religião, imitando os da cristandade, desviouse para ensinos antibíblicos. Jeová Criou, então, a revista A Continela para suprir esta falta. Ela cheo gou ao seu 6. número com uma demanda de mais de 11,5 mil assinantes/solicitantes. Isso é, em si, um grande indício do apoio divinos! Porém, devido à reduzida e atarefada secularmente equipe de redatores empenhados nesse trabalho santo, tornou-se difícil atender a demanda a tempo. O envio dela tem demorado além da conta. Assinantes de várias partes do Brasil e do mundo, estando preocupados por não ter recebido seu exemplar, têm reclamado – e com razão! O que fazer? a As Testemunhas dos Deuses Santos, em sua 1. reunião semestral com todos os ungidos redatores cristãos presentes, realizada no auditório B do Salão de Assembleias das Testemunhas de Jeová de Vargem Grande Paulista, chegaram à seguinte conclusão: a partir do sétimo número, (julho de 2012) a revista terá no mínimo 16 páginas e no máximo 32. Acreditamos que essa medida resolverá o problema, sem interromper o constante fluxo de luz e alimento espirituais, transmitidos através dela. Sabendo que “muitos [ainda] se purificarão, e se embranquecerão, e serão refinados”, Jeová continuará abençoando nossos esforços cristãos. – Daniel 12:4, 9, 10.

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