W W W . F E N A P P I . C O M . B R
Edição 05 | ano 04 CNPJ:03.907.541/0001-96
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‘Como passei 21 dias na prisão por causa de um documento roubado’ página
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O 2º Biometrics HITech foi um sucesso
EDI TO R I AL
IMPORTÂNCIA DE SISTEMA INTEGRADO DE INTELIGÊNCIA Antonio Maciel Aguiar Filho
Antonio Maciel Aguiar Filho é Presidente da Federação Nacional dos Peritos em Papiloscopia e Identificação Humana FENAPPI.
O crime organizado possui uma estrutura, organização que muitas vezes falta ao Estado. Eles se armam, roubam, traficam armas, drogas e pessoas, matam de forma disciplinada, dificultando a ação dos órgãos e agentes públicos, carentes via de regra de informações, de sistemas de inteligências e o mais grave de falta de recursos para adquirir. Diante desta realidade e da estrutura do crime organizado, cuja capilaridade cresce sobre as estruturas legais dos países e da sociedade é que observamos a importância do setor de “inteligência” nas organizações estaduais, não apenas nas policiais. Entendemos que a criação de um sistema integrado é sem duvida o grande avanço contra o crime, sobretudo o organizado. Neste contexto o serviço de inteligência do país ou de qualquer unidade federativa deve ser priorizado, em Goiás o governo deu demonstração desta necessidade ao instituir recentemente a Agência de Inteligência estadual mais abrangente do país, criando por decreto, o Sistema de Inteligência de Segurança Pública (SISP GO) que visa dentre outros objetivos a inclusão de todas as forças de segurança e, também, a criação de um subsistema especifico para efetivar parcerias e cooperação com outras instituições para a produção de informações de maior qualidade. Tecemos aqui nossos elogios ao governo de Goiás e em especial ao Dr. Danilo Fabiano Carvalho e Oliveira, Superintendente de Inteligência Integrada pelo excelente trabalho executado em prol desta integração. O instituto de Identificação de Goiás instituiu em seu organograma seu “núcleo de inteligência” exatamente com o propósito de assessorar os tomadores de decisão em pontos sensíveis afetos ao órgão, como as bases cadastrais civis e criminais, que hoje já se encontram digitalizadas e interoperalizáveis aos padrões do Sistema Automatizado de Biometria-AFIS. Assim, na medida do possível esperamos contribuir com mais este importante papel do Instituto e do profissional em papiloscopia para a perfeita engrenagem de todo o Sistema de Segurança.
N E S TA E D IÇ ÃO
G o i á s c r i a b a n c o d e d a d o d e d i g i ta i s para ajudar a esclarecer crimes
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Todos os 71 mortos na queda do avião da Chapecoense são identificados
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STF decide que filhos podem ter nomes de dois pais na carteira de identidade
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Câmara aprova documento único para brasileiros
Após massacre, federação denunc i a f a lta d e s i s t e m a b i o m é t r i c o n o Amazonas
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Todos os 71 mortos na queda do avião da Chapecoense são identificados
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A vida de luxo e a investigação que levaram à prisão de hacker dos EUA e m S a n ta C ata r i n a
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P r i s õ e s e m u n i d a d e s d o P o u p at e m p o superam capturas por equipes de DPs
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‘Como passei 21 dias na prisão por causa de um documento roubado’
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José Eliton dá posse a 50 papiloscop i s ta s
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O 2º Biometrics HITech foi um sucesso
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Novas Tecnologias
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s i n p o l- r n e n a lt e c e t r a b a l h o d o s a p i l o s c o p i s ta s d o I T E P e p e d e r e c o n h e c i m e n t o p a r a c at e g o r i a
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P r i m e i r a “ f o t o g r a f i a” d a l u z c o m o partícula e onda
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O q u e s u a s i m p r e s s õ e s d i g i ta i s dizem sobre você
P A P I L O S C O P I S TA S D E S E R G I P E Instituto de identificação de Roraima é r e f e r ê n c i a p a r a o u t r o s E s ta d o s
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no tí ci a
Simulação mostra como estaria rosto da menina Emili, desaparecida em Jaraguá Imagens foram produzidas eletronicamente pela Polícia Civil e mostram c o m o a g a r o ta e s ta r i a a o s q u at r o a n o s.
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magens produzidas eletronicamente mostrando como estaria o rosto da menina Emili Miranda Anacleto, que desapareceu em maio de 2014 de Jaraguá do Sul, podem ajudar a Polícia Civil do município a ter novas pistas no caso. As fotos foram produzidas pela papiloscopista Simone Macedo Ramos, do Núcleo Mesorregional de Perícias de Lages, para ajudar a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
(DPCAMI) de Jaraguá do Sul. Se estiver viva, a menina está com quatro anos. Foram produzidas imagens dela com várias possibilidades de aparência: com cabelos loiros e pretos, curtos, óculos, e até com boné e roupas masculinas. As imagens, chamadas tecnicamente de simulação de progressão de idade, foram divulgadas na terça-feira pela delegada Milena de Fátima Rosa. Em maio deste ano, quando o desaparecimento completou dois anos, a delegada informou que o caso estava praticamente encerrado se não houvessem novas pistas. O caso intriga a Polícia Civil de Jaraguá e de Barra Velha: Emili saiu da casa onde vivia com a mãe levada pelo pai, Alexandre Anacleto. Segundo a investigação da Polícia Civil, ele disse que nunca mais a
veriam, e que mataria a menina e depois cometeria suicídio. Três dias depois, o corpo de Alexandre apareceu carbonizado dentro de seu carro também queimado, na praia de Itajuba, em Barra Velha. Emili foi procurada em toda a região de Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina; na região de Florianópolis; e no Paraná. Em setembro do ano passado, um agente da Homeland Security Investigation, órgão do governo norte-americano que trabalha com desaparecidos, viajou até Jaraguá do Sul colher amostras de DNA da mãe de Emili. Havia a suspeita de que uma menina encontrada morta nos Estados Unidos pudesse ser Emili, mas o teste de DNA descartou a possibilidade. Sílvio Túlio Do G1 GO
Suspeito de crimes é identificado no Hugo após exame datiloscópico
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m homem internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), desde o mês de dezembro do ano passado, e cuja identidade não havia sido esclarecida, foi identificado como Carlos Alberto da Silva, suspeito de crimes como furto e homicídio, este último investigado pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Anápolis, graças a um exame datiloscópico. A identificação foi solicitada ao Instituto de Identificação da Polícia Civil pelo Posto Policial Civil da unidade de saúde em 21 de dezembro. O
indivíduo deu entrada no hospital e havia sido identificado apenas como “Carlos”. A análise comparativa e exames nas estruturas morfológicas mostraram que as mesmas apresentam pontos característicos coincidentes que comprovam a identidade de Carlos Alberto da Silva, de 46 anos. A mesma análise constatou que Carlos, conhecido como Carlim, é registrado criminalmente no Instituto de Identificação, possuindo, inclusive, mandado de prisão em aberto. “Esse fato mostra a importância do trabalho do Instituto. Por meio de um ato do hospital, a
pessoa entrou sem identificação e vai sair de lá presa”, considerou Antônio Maciel Aguiar Filho, gerente do Instituto de Identificação da Polícia Civil do Estado de Goiás Publicado por: Assessoria de Imprensa da Polícia Civil
http://www.policiacivil.go.gov.br/noticias/suspeito-de-crimes-e-identificado-no-hugo-apos-exame-dactiloscopico.html
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notíc ia
Será possível comparar impressões na cena de crimes com as cadastradas. O b j e t i v o ta m b é m e c o m b at e r e s t e l i o n at o e falsificação de documentos, em GO. Mais de 4 milhões de documentos serão digitalizados para compor banco de dados
A Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás (SSPAP) lançou nesta quinta-feira (8) o programa Goiás Biométrico, projeto que tem o objetivo de ajudar no esclarecimento de crimes e também diminuir a falsificação de documentos. A partir de agora, todas as pessoas que fizerem carteiras de identidade ou forem presas por algum delito terão as digitais colocadas em um sistema. A nova metodologia também vai permitir a identificação de pessoas que foram
Secretario de Segurança Pública Dr. José Eliton, em visita ao Instituto de Identificação enaltece a importância do projeto Goiás Biométrico, bem do II-GO para o desenvolvimento e a política de segurança publica do estado.
identificadas como indigentes. O diretor do Instituto de Identificação, Antônio Maciel de Aguiar, explicou que, com o novo projeto, vários crimes serão combatidos e resolvidos de maneira mais rápida. “Crimes como o estelionato, quando a pessoa faz várias identidades com nome falso, praticamente cairão para zero, porque já vai constar a digital dele no sistema e não vai ser possível geral um documento com outro nome. Além disso, em locais de crimes como roubo ou homicídio, se for encontrado qualquer fragmento de digital, é só jogar no sistema que dá para identificar a pessoa”, disse. Outro objetivo é identificar pessoas que forram enterradas sem nomes conhecidos. “Vai ser possível comparar a digital dos corpos
Todos os 71 mortos na queda do avião da Chapecoense são identificados Aeronave que levava time brasileiro caiu perto da cidade colombiana de Medellín na madrugada de terça-feira (29), deixando ainda seis feridos.
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odos os 71 mortos na queda do avião da Chapecoense foram identificados no Instituto Médico Legal de Medellín, segundo informou o Bom Dia Brasil. O avião caiu perto da cidade colombiana de Medellín na madrugada de terça-feira, deixando,
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além de 71 mortos, seis feridos. A informação foi passada por um médico legista ao jornalista da TV Globo Ari Peixoto, mas o Instituto Médico Legal de Medellín ainda não divulgou um comunicado oficialmente. Com a identificação, os corpos das
(Foto: Vitor Santana/G1)
Goiás cria banco de dado de digitais para ajudar a esclarecer crimes
e cruzar com documentos que já foram emitidos no estado ou até em outros locais que tenham o mesmo sistema. Muitas vezes, pessoas que são consideradas desaparecidas podem estar mortas. Com isso, vamos avisar as famílias”, contou. O projeto, que tem o custo de implantação de mais de R$ 30 milhões, vai digitalizar cerca de 4,5 milhões de documentos que já foram emitidos. Segundo Aguiar, a previsão é em janeiro de 2017 o sistema de emissão de novas carteiras de identidade já será pelo novo sistema totalmente digitalizado. Mais de 4 milhões de documentos serão digitalizados para compor banco de dados http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/09/ goias-cria-banco-de-dado-de-digitais-para-ajudar-esclarecer-crimes.html
vítimas brasileiras passarão agora por tratamento para o transporte até o Brasil. Uma força-tarefa com funcionários da Embaixada brasileira em Bogotá e do Itamaraty está na Colômbia para ajudar as famílias nos trâmites burocráticos. Os corpos dos brasileiros devem chegar entre sexta-feira (2) e sábado (3), segundo o Bom Dia Brasil. Além de brasileiros, há entre os mortos cinco bolivianos, um paraguaio e um venezuelano. Técnicos da Polícia Federal brasi-
no tí ci a cipar da liberação dos corpos das vítimas da tragédia. Ele é uma das quatro pessoas que estava na lista do voo, mas que não embarcaram.
Vítimas
Polícia de Antioquia divulga fotos da operação de resgate entre os destroços do avião, que envolve policiais, bombeiros e unidade de emergências (Foto: Reprodução/Twitter/ Departamento de Polícia de Antioquia)
leira levaram a Medellín os dados biométricos das vítimas. O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, também está na cidade para parti-
STF decide que filhos podem ter nomes de dois pais na carteira de identidade ‘’Não se pode aprisionar filhos a modelos legais. Os modelos legais é q u e t ê m d e s e a d a p ta r à realidade”, escreveu o r e l at o r d o p r o c e s s o, ministro Luiz Fux
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a última quinta-feira, 22, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu durante um julgamento iniciado na quarta-feira, 21, que uma pessoa pode ter os nomes de dois pais em seus documentos de identificação. Assim, o filho pode ter o nome do pai biológico e do pai socioafetivo (pessoa que não tem laços sanguíneos, mas cria a criança ou adolescente) em suas documentações.
Entre as vítimas do acidente estão jogadores do time catarinense, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e a tripulação do avião, que pertencia à empresa boliviana LaMia e havia sido fretado para transportar o time, que iria disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. http://g1.globo.com/mundo/noticia/todos-71-mortos-na-queda-do-aviao-da-chapecoense-sao-identificados.ghtml
Os ministros do STF aprovaram o entendimento que versa que um pai biológico é obrigado a arcar com as despesas de um filho mesmo que ele tenha sido acolhido e registrado como filho por outro homem. De acordo com decisão dos ministros ”a paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios”. De acordo com o relator do processo, ministro Luiz Fux: “Nós decidimos que a paternidade afetiva convive com a paternidade biológica. Isso significa que é possível que uma pessoa registrada em nome do pai socioafetivo depois promova também o registro do pai biológico. Na prática, ela pode ter os dois nomes. O filho pode escolher, ou dois ou um. O biológico, o afetivo, ou os dois, concomitantemente”. O STF formulou o texto com base em suas últimas duas sessões. A decisão era em relação ao caso de uma mulher de Santa Catarina, hoje com 33 anos, que descobriu que não era filha do marido de sua mãe e, aos 16 anos, conheceu o pai biológico. Após o exame comprovar a filiação,
INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL DE GOIÁS CONTRIBUIU PARA A CELERE IDENTIFICAÇÃO DO GOIANO VITIMA DO ACIDENTE, C I N E G R A F I S TA A R I F E R R E I R A DE ARAUJO JUNIOR.
Cinegrafista Ari Júnior está entre mortos em avião da Chapecoense (Foto: Reprodução/ Facebook)
http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/11/cinegrafista-goiano-ari-junior-morre-em-queda-
a mulher entrou com uma ação e pediu pensão e herança do seu pai biológico e pediu a inclusão do nome dele em seu documento de identificação oficial. O Judiciário acolheu a reclamação da requerente da ação. O pai biológico da mulher recorreu da decisão do STF e alegou que não deveria arcar com as necessidades de uma filha que só conheceu quando ela tinha 16 anos. O pai biológico também alegou que essas obrigações deveriam ser do pai socioafetivo, que a registrou. O STF decidiu por 8 votos a 2, o ganho de causa à filha. Durante o processo, o ministro Luiz Fux afirmou que “não se pode aprisionar filhos a modelos legais. Os modelos legais é que têm de se adaptar à realidade”. O relator também relembrou que em algumas situações, a dupla filiação já era possível, como no caso de filhos registrados por casais homossexuais. Com a decisão, cabe ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) regulamentar o assunto e ditar as regras para todos os cartórios do país. http://www.opovo.com.br/noticias/ brasil/2016/09/stf-decide-que-filhos-podem-ter-nomes-de-dois-pais-na-carteira-de-iden.html
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Câmara aprova documento único para brasileiros Reprodução da internet
Projeto vai ser enviado ao Senado e, se aprovado, ainda passará pela sanção do presidente Michel Temer Por Bárbara Ferreira Santos
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ão Paulo – A Câmara dos Deputados aprovou ontem um projeto para criar o Documento de Identificação Nacional (DIN), um documento único que reuniria todos os dados dos brasileiros por meio de uma tecnologia de chip. O texto ainda vai ser enviado para o Senado e, se aprovado, passará pela sanção do presidente Michel Temer (PMDB). O projeto de lei, que tem o número 1775/15, foi enviado ao Congresso pela União. O texto aprovado ontem, contudo, era um substituto feito pelo deputado Julio Lopes (PP-RJ). De acordo com o projeto, o DIN iria dispensar a apresentação de outros documentos nacionais (como o RG, CPF e título de eleitor). Ele seria emitido pela Justiça Eleitoral ou por delegação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a outros órgãos, podendo inclusive substituir o título de eleitor. O documento seria impresso pela Casa da Moeda e teria o número do CPF como base para identificação do cidadão. Já os documentos emitidos pelas entidades de classe somente seriam validados se atendessem os
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requisitos de biometria e de fotografia conforme o padrão utilizado no DIN. As entidades de classe teriam ainda dois anos para adequarem seus documentos aos requisitos exigidos pelo novo documento.
Identificação nacional O projeto prevê ainda que o documento seja emitido com base na Identificação Civil Nacional (ICN), um cadastro que usaria a base de dados biométricos da Justiça Eleitoral, a base de dados do Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc), da Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC – Nacional), da Justiça Eleitoral, dos institutos de identificação dos estados, do Instituto Nacional de Identificação, entre outros órgãos. Essa nova base de dados seria armazenada e gerida pelo TSE, que teria de garantir o funcionamento simultâneo entre os sistemas eletrônicos governamentais, ou seja, uma comunicação eficiente sem problemas de compatibilidade. O TSE garantiria à União, aos estados,
ao Distrito Federal, aos municípios e ao poder legislativo o acesso à base de dados da ICN, de forma gratuita, exceto quanto às informações eleitorais. A integração da ICN ocorreria ainda com os registros biométricos das polícias Federal e Civil. Seria proibida a comercialização, total ou parcial, da base de dados da ICN, com pena de detenção de 2 a 4 anos e multa para quem descumprir essa proibição. Além disso, o projeto prevê a criação um comitê da ICN, composto por três representantes do Executivo federal, três representantes do TSE, um da Câmara dos Deputados, um do Senado Federal e um do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Se o projeto for aprovado no Senado e sancionado por Temer, o comitê teria a atribuição de recomendar os padrões técnicos da ICN e as diretrizes para administração do Fundo da Identificação Civil Nacional (FICN), que custearia o desenvolvimento e a manutenção do cadastro. *Com informações da Agência Câmara.
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Um dos suspeitos de fraude eleitoral era funcionário do TRE. Eles tinham 20 envelopes do TRE, 97 identidade falsas e 65 títulos de eleitor.
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Polícia Civil já vinha monitorando possíveis casos de boca de urna e fraude eleitoral e, pouco antes das eleições, recebeu a denúncia sobre a quadrilha e conseguiu encontrar três dos suspeitos, dentro de um carro, perto de uma zona eleitoral, no início da tarde do último domingo (2). Eles foram presos em flagrante com 20 envelopes timbrados do TRE. Com eles, também havia 97 carteiras de identidade falsas, 65 títulos de eleitor e 27 comprovantes de votação. Um vídeo exibido pelo Bom Dia Rio desta terça-feira (4), mostra o momento em que os suspeitos estão na delegacia da Baixada Fluminense. Os suspeitos foram identificados como Wallace Machado Oliveira, Marcelo da Silva Ribeiro, Ramon
Rodrigo Ferreira Gonçalves e Mário César Pereira Gomes. Também foram encontrados com o grupo quase R$ 2 mil reais em dinheiro. Em depoimento, os três contaram que recebiam cerca de R$ 250 pra cada voto fraudado e que foram contratados por um funcionário do TER, Mário César Pereira Gomes. As identidades falsas tinham as fotos dos suspeitos, mas os títulos de eleitor eram verdadeiros. No domingo à tarde, durante a votação, um eleitor chamou a polícia depois de descobrir que alguém tinha votado no lugar dele. De acordo com o registro de ocorrência, isso aconteceu em uma seção eleitoral da Vila Tinguá, em Queimados. A Polícia Federal agora investiga a dimensão do esquema da quadrilha
e quer saber se há participação de outras pessoas na fraude, inclusive de um candidato a vereador de queimados que foi eleito. O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de janeiro disse, em nota, que vai instaurar processo administrativo disciplinar, que pode acabar na demissão de Mário César Pereira Gomes. O TRE reafirmou, ainda, a confiança na idoneidade dos servidores da Justiça Eleitoral e destacou que se trata de um caso isolado, que será apurado com rigor.
Do G1 Rio
Suspeitos de votar no lugar de outros eleitores são presos no RJ
A polícia prendeu uma quadrilha especializada em fraudes eleitorais. Entre os quatro homens presos, está um servidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Eles são suspeitos de usar documentos falsos pra votar no lugar de eleitores, em Queimados, na Baixada Fluminense.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/eleicoes/2016/noticia/2016/10/suspeitos-de-votar-no-lugar-de-outros-eleitores-sao-presos-no-rj.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=rjtv
Após massacre, federação denuncia falta de sistema biométrico no Amazonas A u s ê n c i a d e e s p e c i a l i s ta s e d e e q u i pa m e n t o s d e i d e n t i f i c a ç ã o b i o m é t r i c a d e i x a o Amazonas entre os piores colocados no setor, diz Federação Nacional dos Peritos em Papiloscopia e Identificação (Fenappi) Por Bárbara Ferreira Santos
O
Amazonas é um dos estados brasileiros que ainda não adotou sistemas biométricos de identificação criminal e civil, em especial os ligados aos algoritmos que realizam leituras de impressões digitais e de reconhecimento facial. O Estado também é o único do País que até o presente momento não realizou concurso público para a contratação de perito em papiloscopia (profissional responsável pela
operação destes sistemas que auxiliam a identificação humana). A denúncia é da Federação Nacional dos Peritos em Papiloscopia e Identificação (Fenappi) que, em ofício enviado na última segunda-feira ao governador José Melo, atribui à demora na identificação dos corpos do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), ocorrido no dia 1º deste mês, à carência de modernização do setor em relação à
adoção de sistemas biométricos de identificação e realização de concurso para perito em papiloscopia. De acordo com o presidente da Fenappi, Antônio Maciel Aguiar Filho, não existe a figura do papiloscopista no Amazonas, daí, junto à falta de sistema biométrico, a ausência deste profissional prejudicou sobremaneira a garantia de uma identificação célere, segura e confiável, ao contrário, por exemplo, do massacre de Roraima, ocorrido no
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Precariedade ficou em evidência por ocasião do massacre (Foto: Arquivo/AC)
último dia 6, na Penitenciária Agrí cola de Monte Cristo, quando, dos 31 corpos dos presos, 28 foram identificados com sucesso em tempo recorde. “Graças aos dados biométricos e, sobretudo, a presença dos peritos papiloscopistas do Estado que, utilizando de técnicas periciais necropapiloscopicas, conseguiram êxito na quase totalidade das vítimas do massacre. Só não foi alcançada a totalidade dos corpos, já que ainda restam três, por ser um venezuelano que não possui nenhum documento nem planilha dactiloscópica e dois com identidades de outros Estados (ainda aguardando os prontuários)”, destacou Maciel. Além disso, a existência de banco de dados digitalizados no Instituto de Identificação de Roraima contribuiu para a identificação. Para o presidente da Fenappi, a dificuldade na identificação das vitimas do massacre no Compaj demonstra a necessária e urgente inserção dos sistemas biométricos no plano nacional de segurança pública para todos os órgãos oficiais de identificação dos Estados, pois só assim a população carcerária passará a ser realmente individualizada, afinal é comum e recorrente pessoas inocentes terem seus dados subtraídos e utilizados por criminosos. “A finalidade da identificação criminal datiloscópica é, precisamente, garantir que todo indiciado em processos criminosos ou condenados em geral sejam realmente os indivíduos alcançados pela lei”, destacou.
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Investir em biometria é necessário
Identificação em 24h
Para o presidente da Federação Nacional dos Peritos em Papiloscopia a Identificação (Fenappi), Antônio Maciel Aguiar Filho, o grande problema em relação à identificação dos presos mortos no sistema prisional do Amazonas, é que o Estado não conhece a população carcerária de forma científica. “Mas isso também é um problema sério no País”, observou. Maciel disse que também enviará ofício ao Ministério Público do Amazonas (MPE/AM) e ao Ministério da Justiça para apresentar a importância do perito em papiloscopia na solução do problema de identificação criminal e civil. A ideia é contribuir com os governos federal e estaduais na adoção de medidas efeitivas de investimentos em biometria e identificação humana. Conforme o presidente da Fenappi, o recadastramento da população a partir da impressão digital é o melhor método para identificação em massa e os peritos em papiloscopia são os principais agentes públicos para fazer essa regularização. “Hoje a perícia criminal é mais valorizada que a perícia de identificação. Mas, o que adianta para o juiz a forma que o crime foi cometido se ninguém sabe quem foi o autor?”. Maciel aponta que uma das alternativas para esse recadastramento seria a implantação de um documento único. Mas o Registro de Identidade Civil (RIC), aprovado em 1997, e regulamentado em 2010, até agora não foi implantado e a proposta que cria o Registro Nacional Civil (RNC) ainda está sendo analisada na Câmara dos Deputados. “Um documento único com impressão digital e fotografia ajuda na identificação humana e preserva a pessoa inocente”.
Em Roraima, 28 dos 31 internos mortos no massacre da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, no último dia 6 – fora os dois corpos que foram encontrados no dia seguinte enterrados na ala da cozinha –, foram identificados em 24h após o Instituto Médico Legal (IML) ter liberado os corpos para a perícia necropapiloscópica. Já no Amazonas, a identificação levou uma semana. Conforme o diretor do Instituto de Identificação de Roraima, Amadeu Triani, o órgão tem sistema de identificação civil e criminal e todo seu banco de dados informatizado. No caso do massacre, para ganhar espaço e organizar melhor a identificação dos corpos foi definido prioridades começando os trabalhos pelos cinco que estavam inteiros, depois pelos cinco que foram decapitados e por último os demais que foram esquartejados. “Todos foram idenfiticados com segurança e rapidez por meio de perícia necropapiloscópica, pesquisa e confronto de planilhas dactiloscópicas. A montagem dos corpos foi um trabalho multidisciplinar com Médicos Legistas e Odontos Legistas. Tivemos dois que identificamos com prontuários do Amazonas, fornecido pelo doutor Ivanilson, e de Rondônia, pelo doutor Júlio Kasper, que atenderam nossa solicitação no domingo”, destacou. De acordo com Triani, o Instituto de Identificação de Roraima, desde 2000, conta com o sistema AFIS (AutomatedFingerprintIdentification System) e agora está instalando nova plataforma para identificação facial que dará ainda mais conforto e segurança para o trabalho de identificação. Ele destacou que o órgão também tem a primeira turma de peritos em papiloscopia do Brasil, formada em 2004.
Números 56 detentos foram assassinados no massacre do Compaj. Todos foram identificados, de acordo com o diretor do DPTC/AM, sendo que 55 foram liberados. Apenas um corpo ainda permanece no IML aguardando a família para fazer a retirada.
Fonte: http://www.acritica.com/channels/cotidiano/news/pericia-parada-no-tempo
no tí ci a
A vida de luxo e a investigação que levaram à prisão de hacker dos EUA em Santa Catarina Por Diogo vargas
Foto: PF / Divulgação
Vida de luxo, bens caros, casado com uma brasileira e u lt i m a m e n t e r e c l u s o n o a p a r ta m e n t o e m B l u m e n a u . U m a c o m p l e x a e r e s t r i ta i n v e s t i g a ç ã o a n t e c e d e u à p r i s ã o d o h a c k e r n o r t e - a m e r i c a n o M i c h a e l K n i g h t e n , 5 2 a n o s , n e s ta q u i n ta - f e i r a e m S a n ta C ata r i n a . H o u v e at é a c o l e ta d e um copo de vidro usado por ele em uma academia seguida de exames em Florianópolis e Brasília para confirmar que se t r atava d o f u g i t i v o d o s E s ta d o s U n i d o s .
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o encalço do procurado, os federais montaram campana em Blumenau e houve infiltrações na academia para apanhar o copo em que tomou água sem que percebesse. As digitais então foram confrontadas com as disponibilizadas pela Interpol em Washington e os policiais concluíram que ele era de fato Michael Knighten. Para a PF e a Interpol, a prisão é um importante troféu aos investigadores em razão também dos crimes pelos quais ele era procurado nos Estados Unidos, que somam quantias milionárias — o hacker acessaria contas de emails de altos executivos empresariais e em seguida trocava mensagens com setores financeiros para receber ordens de pagamentos. Ele é acusado de comandar um grupo de criminosos cibernéticos que fraudou diversas corporações em todo mundo em mais de R$ 6 milhões, segundo a PF. A suspeita dos policiais é que vivia com identidade falsa há três anos em Santa Catarina em uma rotina de alto padrão. As primeiras informações apontaram que estaria em Florianópolis, mas foi em Blumenau, em um apartamento de luxo no valor de R$
3 milhões, no Jardim Blumenau, que acabou sendo surpreendido e preso. — Ficou estupefato, não imaginava que seria preso, embora ele estivesse nos últimos tempos recluso em casa suspeitando que o FBI estaria atrás dele. É uma prisão importante, com investigação complexa, de âmbitos internacionais e com cooperação jurídica. Também evita a impunidade para quem tem ideia que fugindo para o Brasil estaria livre — disse o delegado Alexandre Eustáquio Perpétuo Braga, chefe da PF em Itajaí. Nesta quinta-feira, no apartamento em que vivia os policiais encontraram R$ 500 mil em dinheiro, 700 gramas de cocaína e 700 gramas de maconha, motivos pelos quais o levaram à prisão em flagrante por posse de drogas. Ele também portava carteira de identidade falsificada e também foi autuado por esse crime.
Foto: PF / Divulgação
Urquiza Júnior, afirmou que o hacker era procurado nos Estados Unidos há 13 anos e destacou que houve sequestro de bens no Brasil no valor de R$ 4 milhões em bens em razão da suspeita de crimes, entre eles o de lavagem de dinheiro. Entre os bens apreendidos consta uma moto BMW e uma BMW X6 de R$ 350 mil. — A prisão é relevante pela ação delituosa contínua nesses crimes que mais têm atacado as instituições e também porque ele estava lavando dinheiro no Brasil — ressaltou Urquiza. A PF informou que fará novas investigações aprofundadas sobre a vida dele em Santa Catarina para apurar a prática de crimes. O preso, segundo os federais, preferiu ficar em silêncio e foi encaminhado no começo da noite para o complexo da Canhanduba, em Itajaí, onde ficará à disposição da Justiça. A reportagem não teve acesso a ele e também não conseguiu contatar o seu advogado. Após a prisão, o advogado Telemaco Marrace de Oliveira entrou em contato com a reportagem para afirmar que estava há três anos atrás de Michael Sabatine, o nome falso usado pelo preso, em razão de um acidente de trânsito em Blumenau em que o carro de uma cliente sua foi danificado.
Foto: PF / Divulgação
“Lavagem de dinheiro” A prisão envolveu o grupo de capturas da Interpol no Brasil e policiais federais de Santa Catarina. O chefe da Interpol no Brasil, delegado Valdec
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Foto: PF / Divulgação
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Prisões em unidades do Poupatempo superam capturas por equipes de DPs Ao menos 15 foragidos são capturados por mês em cada um dos seis postos para retirada de d o c u m e n t o s d a c a p i ta l pa u l i s ta ; a p e n a s 1 6 das 87 delegacias que não ficam em área de P o u pat e m p o r e g i s t r a m média mensal de prisão igual ou superior.
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riado para dar agilidade a serviços prestados à população, o Poupatempo tornou-se uma “armadilha” para foragidos da Justiça. O número de pessoas detidas ao tentar obter um documento chega até a superar as prisões por mandados feitas por delegacias de São Paulo. Para especialistas, as ocorrências acabam inflando as estatísticas de produtividade dos DPs e revelam a “passividade” da Polícia Civil. Há seis postos do Poupatempo na capital, o maior deles na Sé, no centro. Segundo policiais civis, pelos menos 15 foragidos são capturados por mês em cada unidade e levados para o DP da região, responsável por fazer o registro. Por outro lado, apenas 16 das 87 delegacias que não ficam em área de Poupatempo, ou 18,4%, registram média mensal de prisão por mandado igual ou superior a essa, conforme dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) deste ano. Entre janeiro e agosto, as delegacias da cidade registraram 7.375 prisões por mandados, mas só parte resulta do trabalho específico desses distri-
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Foto: Tiago Queiroz/ESTADÃO
Unidade Sé, a maior. Bandidos mais perigosos são minoria entre os flagrados; maioria é detida por pensão alimentícia
tos. Isso porque, além das prisões no Poupatempo, eles também “herdam” capturas feitas pela PM - que representam cerca de 40% dos registros. No caso do Poupatempo, os foragidos da Justiça são descobertos por equipes do Instituto de Identificação Ricardo GumbletonDaunt (IIRGD), da Polícia Civil. O órgão confere dados de pessoas que utilizam serviços dos postos e cruzam informações com bancos nacionais de procurados. Os policiais também fazem análise biométrica, o que permite identificar documentos falsos com base nas digitais do portador. O mandado de prisão é decretado pela Justiça e pode ser civil ou criminal. “Há muitos casos de autores de crimes contra o patrimônio que vão emitir um documento e acabam presos. Mas a maior parte é por dívida de pensão alimentícia”, afirma o delegado José Luiz Ruas de Abreu, titular do 65.º DP (Artur Alvim), que registra ocorrências do Poupatempo Itaquera, na zona leste. O posto é responsável pela maior parte dos 228 mandados de prisão deste ano. Não raro, os capturados foram condenados em tribunais de outros Estados brasileiros e fugiram para São Paulo. Mas também há ocorrências locais. No dia 13 de setembro, uma mulher foi presa no Poupatempo Santo Amaro, na zona sul, por um homicídio cometido em 1995. Ela foi julgada pela 3.ª Vara do Júri de São Paulo, mas estava foragida desde 1998. Só de junho a agosto, o 11.º DP (Santo Amaro) registrou 87 capturas feitas no Poupatempo - quase uma por dia. No mesmo período, a delegacia conseguiu prender outras cinco pessoas após investigações. “Às vezes, a pessoa acredita que a pena está prescrita. Em
outros casos, ela desconhece a decisão da Justiça”, diz a delegada assistente Luciara de Cássia Conceição. O delegado Marcel Druziani, titular do 7.º DP (Lapa), na zona oeste, afirma que bandidos mais perigosos são minoria entre os capturados no Poupatempo. “Normalmente, é trabalhador que nem sabe que está devendo.” Passiva. “As delegacias estão muito imobilizadas, com escala de trabalho de 12 horas e folga de 72 horas. Na prática, trabalham um dia por semana e não conseguem investigar”, diz o coronel José Vicente Filho, especialista em segurança pública. “A burocracia de balcão está substituindo a polícia.” Segundo o especialista, essas capturas terminam “inflando” o rendimento dos DPs. “A prisão de criminosos ocorre ‘estatisticamente’, mas não ‘policialmente’”, afirma. A opinião é compartilhada pelo cientista político Guaracy Mingardi. “Pode até ter havido investigação anterior para se obter o mandado, mas não redundou na prisão”, diz. “A grande questão é que não houve investigação para localizar o criminoso. Isso mostra que a Polícia Civil está esperando chegar.” Para secretaria, não é possível fazer a comparação A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirma que “não cabe a comparação” entre as prisões feitas em unidades do Poupatempo pelo IIRG e o número de mandados cumpridos após investigações de delegacias de São Paulo. Nos dois casos, as prisões são fruto do trabalho da Polícia Civil, diz a pasta. A SSP destaca que as delegacias precisariam apurar o crime antes de conseguir prender o responsável. “(É) consequência de inúmeras diligências e oitivas até o resultado final de esclarecimento que culmina na decretação da prisão do(s) autor(es)”, afirma, em nota. A SSP ressalta ainda que as capturas resultam de um trabalho integrado das polícias. “Tais pessoas são presas tanto pelas equipes policiais civis como em abordagens policiais militares.”
http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,prisoes-em-unidades-do-poupatempo-superam-capturas-por-equipes-de-dps,10000080510
www.autopecasflavio.com
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PAPILOSCOPISTAS DE SERGIPE S S P : Pa p i l o s c o p i s ta s i d e n t i f i c a m c o r p o e m ava n ç a d o e s ta d o d e p u t r e fa ç ã o A Coordenadoria Geral de Perícias, por meio do Instituto de Identificação em conjunto com o Instituto Médico Legal (IML), identificaram nessa quarta-feira, 21, o corpo de uma idosa que estava em avançado estado de putrefação. O corpo chegou ao IML na madrugada do dia 19, quando vizinhos chamaram familiares da senhora para averiguar o mau cheiro que exalava da residência, localizada no
povoado Areia Branca, Mosqueiro. Os papiloscopistas conseguiram restaurar a impressão digital por meio da técnica do tratamento dérmico que consiste em reidratar a pele para que ela fique flexível, a ponto de ser possível a coleta da impressão digital. Os técnicos explicam que o avançado estado de putrefação deixa o dedo enrugado, tornando difícil a identificação papiloscópica.
Tratamento dérmico foi a técnica utilizada pelos profissionais.
O trabalho que durou 48h permitiu que a pele fosse reidratada, de forma a torná-la flexível para coleta da impressão digital. O corpo foi liberado para a família realizar o sepultamento no mesmo dia.
http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,prisoes-em-unidades-do-poupatempo-superam-capturas-por-equipes-de-dps,10000080510
Instituto de identificação de Roraima é referência para outros Estados Por Neuzelir Moreira
Amadeu Triani, diretor do Instituto de Identificação de Roraima – Foto: Neto Figueiredo
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atuação dos órgãos de perícia oficial criminal de Roraima foi destacada pela Fenappi (Federação Nacional dos Peritos em Papiloscopia a Identificação). Num ofício enviado ao Governo do Amazonas, a entidade citou o banco de dados digitalizados do Instituto de Identificação de Roraima como referência para outros Estados. O relatório da Fenappi foi emitido com base na nota enviada à imprensa na tarde de sábado (7). Em dois dias, foi concluído o trabalho de identificação dos 33 presos que morreram na Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo), na sexta-feira, dia 06. Foi um trabalho exaustivo, minucioso
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e sistemático, realizado pelos órgãos de perícia oficial criminal, do Instituto de Medicina e Odontologia Legal, Instituto de Identificação e Instituto de Criminalística. “Devido à situação em que se encontrava a maioria dos corpos, foi necessário um trabalho minucioso de perícia necropapiloscópica, que também contou com pesquisa e confronto de planilhas dactiloscópicas, um dos métodos mais seguros para identificação”, ressaltou Amadeu Triani, diretor do Instituto de Identificação de Roraima.
Parcerias O diretor em exercício do Instituto Médico Legal de Roraima, Rodrigo Matoso, comentou que a parceria dos demais órgãos públicos estaduais, como a Sejuc (Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania) e dos Institutos de Identificação dos Estados do Amazonas e Rondônia, foram fundamentais para agilizar os trabalhos de
identificação e liberação dos corpos. “Temos que agradecer também o compromisso e sensibilidade dos profissionais médicos-legistas, odonto-legistas, peritos papiloscopistas e cirurgiões-dentistas dos institutos, além das equipes de limpeza, recepção, digitação de laudos, motoristas e auxiliares de necropsia, que se voluntariaram e disponibilizaram seu tempo para minimizar a dor da perda dos familiares, concluindo os trabalhos em tempo considerado como ótimo, bem como, o fundamental apoio logístico da Polícia Militar e do Grupo de Resposta Tática da Polícia Civil”, enfatizou Matoso.
Funeral Além dos trabalhos de identificação, o Governo disponibilizou apoio funerário e psicossocial aos familiares, por meio da Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social), da Sejuc e do IML (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). http://www.roraimaemfoco.com/instituto-de-identificacao-de-roraima-e-referencia-para-outros-estados/
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‘Como passei 21 dias na prisão por causa de um documento roubado’
Carla Guimarães De Goiânia para a BBC Brasil
O mestre de obras Gabriel Araújo foi preso por duas vezes por crimes que diz não ter cometido
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estre de obras há cerca de 20 anos, casado e com duas filhas, Gabriel Afonso de Araújo, 38 anos, passou 21 dias preso neste ano por roubos que diz não ter cometido. O suspeito autor dos crimes é um homem que usa, com algumas alterações, um documento de identidade de Araújo furtado em 1999. Entre as acusações, há pelo menos três assaltos a banco. Em geral, recomenda-se a quem perca documentos pessoais que registre um boletim de ocorrência na Polícia Civil e informe os serviços de proteção ao crédito, como Serasa e SPC. A aparente negligência de Araújo diante do extravio cobrou seu preço: o mestre de obras foi preso em 14 de setembro, por ordem da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte (MG), a mais de 900 km de sua casa. Após conseguir provar que não era o criminoso procurado, deixou a Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia (GO) no último 4 de outubro, descalço e com a mesma roupa que entrara. Morador de Trindade, na região metropolitana de Goiânia, ele diz ter feito promessa para esquecer o perí-
odo na cadeia. “Nunca imaginei na minha vida ficar preso, porque eu nunca fiz maldade para ninguém.” Antes de cumprir a promessa, relatou à BBC Brasil como foi a experiência na prisão - e o pesadelo ainda em curso, pois ainda precisa provar definitivamente sua inocência em pelo menos quatro processos. Confira o relato: “Mexo com construção desde que me entendo por gente. Tenho 38 anos, comecei a trabalhar com 17 anos e há 20 anos sou mestre de obras. Fui roubado numa obra, em abril de 1999. A gente trocava de roupa no almoxarifado e deixava tudo dependurado. Três funcionários deixaram as carteiras no bolso e foram roubados. Tinha habilitação e identidade [na carteira]. Nem fiz a ocorrência. Em 2009, estava indo para o Alphaville (condomínio em Goiânia), umas 8h. Um guarda me abordou e pediu a habilitação da moto. Os guardas só apareceram de novo após uns 40 minutos. De repente apareceram cinco viaturas para me prender, atravessando canteiros, coisa de cinema. Começaram a me agredir. Chorei e disse: ‘moço, nunca fiz nada’. E eles dando tapas, me empurrando numa tela de parque. Passantes batiam continência para os soldados: ‘Parabéns, prendeu mais um bandido’. Levaram-me ao 8º DP (Distrito Policial), perto do (estádio) Serra Dourada. Quando puxaram os processos, saiu a foto do cara (que usa o documento dele). Começaram a maneirar comigo. Jogaram-me na viatura, fui ao IML (Instituto Médico Legal) fazer
exame de corpo de delito, fiz exame de digitais. Às 16h30 me liberaram: pelas digitais perceberam que eu não era o cara.
Segunda prisão No mês passado fui ao Alphaville buscar um projeto para fazer orçamento. Voltando, fui parado às 9h30 numa barreira policial. Puxaram minha ficha no computador: estava lá o mandado de prisão.
Foto: W. Franco
Foto: W. Franco
U m a c a r t e i r a d e i d e n t i d a d e f u r ta d a e m a i s de 15 anos de problemas com a Justiça.
Gabriel Araújo com seus documentos atuais: descaso e negligência de advogados com extravio motivaram problemas graves na Justiça
Colocaram-me no carro e me algemaram. De dentro do carro liguei para minha mulher buscar a moto que havia ficado na barreira. Quando ela chegou, eu tinha acabado de entrar na viatura para ser preso. Imaginei que seria igual da outra vez, porque nunca fiz maldade para ninguém. Fui ao IML, à Polícia Civil. Tiraram duas fotos minhas, mas não fizeram a verificação das digitais como da outra vez. Do IML fui para a Deic (Delegacia de Investigações Criminais). O policial chegou com meu mandado de prisão, entregou ao delegado e já me desceram (para triagem, na Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia).
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Regras e rotina
Foto: W. Franco
No dia seguinte fui para a ala B, numa cela de 16 m², com 30 a 33 pessoas. Tinha seis ‘jegas’ - jega é cama. Havia colchonetes, um banheiro para banho, um para as necessidades e uma pia.
Lá é lei: se fizer cocô tem que tomar banho. São asseados ao extremo. Única coisa que presta é o asseio. Se o governo tivesse uma comida digna e colocasse menos pessoas na cela, recuperava muita gente. Mas como são muitos e a comida é ruim, o pessoal fica revoltado. Tinha horário para banho, horário para levantar. Não sabia as horas, fazia só uma base. Às 6h tinha que levantar o pessoal que estava no chão, lavar a cela. O café era às 8h. Misturavam leite com café ‘aguado’ e pão sem manteiga. Eram duas horas de banho de sol, sem horário específico. Ficava todo mundo lá misturado. O almoço era de 11h às 13h. Não tinha hora certa. Era arroz, feijão e dois pedacinhos de carne. Chegava quente, mas teve marmita azeda também. A janta era a mesma coisa: um lixo, nem cachorro come. Eu falava (que era inocente), mas ninguém entendia. Caí lá dentro, sou ladrão como eles, diziam. E qualquer preso diz ser inocente. Pode estar ele filmado lá na câmera que fala que não é ele. Me dava com todo mundo, mas ficava na minha, calado, de cabeça baixa, sempre chorando, com saudade da família. Nem reparava nos outros. Quinta-feira tinha visita e ‘Cobal’ (alimentos levados por visitantes). Dividi alimentos para não arrumar inimizade com ninguém.
Medo e liberdade ‘Só Deus e quem vive isso sabe o que é uma cadeia’, afirma mestre de obras
Dormia um em cada cama, e o resto no chão. Era feito um rodízio, e os mais velhos iam subindo (para as camas). Passei os 21 dias no chão, em um colchonete fininho. Quando cheguei o chefe da cela desceu e passou as coordenadas. Tem que fazer isso, aquilo. Primeira coisa: tem que tomar banho. O mínimo por dia eram cinco. Mas tomava seis, sete por dia. Era só um cano com água fria. O banheiro era uma privada assentada no chão. Tinha uma cortina de pano e um tanque entre o banheiro e o banho.
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Fiquei mais isolado mesmo. Ficava com medo. Medo de não ver mais minha família. De sair morto de lá. Só Deus e quem vive isso sabe o que é uma cadeia. Lá tem caneta e os presos faziam um calendário do mês em um papel na parede. Um dia lá é uma eternidade. Tinha uma janela grande que dava para ver (a luz do dia). Não tinha nada para fazer. (Após o advogado de Araújo conseguir provar diferenças entre ele e o homem procurado, como o nome da mãe na identidade, profissão diferente e fotografia no sistema de buscas, a prisão
do mestre de obras foi revogada.) Na saída da prisão vi minha família. Saí descalço porque quis doar os chinelos para os meninos lá. Não tenho palavras para descrever a alegria. Tenho duas filhas, uma de oito e outra de seis anos, Rafaela e Júlia. A mãe não escondeu nadinha delas.
Foto: W. Franco
Preso em qualquer lugar vai para triagem. De onde é meu processo? (Minas Gerais) Eu só sairia da triagem para ir para Minas. Meu tênis ficou na triagem. Agentes da triagem cortaram minha calça como bermuda, porque não pode entrar de calça na cela. É lei do presídio. Fui descalço. Foi o ‘trem’ mais triste da minha vida. Dormi num ‘corró’, uma celinha que divide os presos para cada ala que irão. Todos que chegam vão para essa celinha. São duas alas no presídio, A e B. Cada ala tem dez celas e uma cela especial para quem não convive com outros presos. Cheguei lá umas 15h, havia umas 30 pessoas. À noite já eram 60. Passei a noite em pé, num espaço de 9 m². Esse cômodo tinha um banheiro, um tanquezinho que virava a torneira onde o povo tomava banho.
‘Só Deus e quem vive isso sabe o que é uma cadeia’, afirma mestre de obras
Sinto-me meio fracassado, com uma Justiça cega dessa. Na primeira vez provei que (o procurado) não era eu. Agora outro mandado de prisão igual. A lei é cega. Não nos ouvem mais. Se parassem um pouquinho para investigar... Só com advogado já gastei R$ 25 mil. Foram R$ 8 mil antes, mais R$ 25 mil agora para provar minha inocência, fora (gastos) de Sedex, telefone, gasolina. E os prejuízos da minha obra, que tive que parar. São três obras que ficaram paradas. Agora o advogado irá checar se é preciso fazer esse reconhecimento em Belo Horizonte e aí entrar com processo para mudar meu nome, tirar um sobrenome e colocar outro - acho que vou acrescentar o da minha esposa. Quero ver se tem como entrar contra o Estado de Minas e o de Goiás (pedido de indenização por danos morais). Parece que estou aprendendo a viver de novo. Aquela cela não sai da minha cabeça, a angústia que vivi lá dentro, só tristeza. Estou tomando remédio para dormir, porque não dormia lá. Peguei infecção de garganta desde o dia em que entrei, não sarou. Gripe era uma em cima da outra, imunidade baixa. O povo quase morria lá precisando de médico e não atendiam. Agora quero finalizar os processos. Farei o que tiver que fazer para não ser preso de novo.” Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/ brasil-37651455
José Eliton dá posse a 50 papiloscopistas Governador em exercício destaca papel dos profissionais, aprovados no último concurso, na elucidação de crimes e enumera avanços. Dos 100 aprovados, outros 50 tomarão posse em janeiro. Todos já passaram por curso de formação na Escola Superior de Polícia Civil e estão aptos a exercerem funções. Inicialmente, serão lotados no Instituto de Identificação, mas atuarão no IML
Foto: André Saddi
O Governador em exercício, José Eliton, deu posse na manhã desta terça-feira (27/09) a 50 papiloscopistas aprovados no último concurso. A solenidade ocorreu o auditório Mauro Borges, do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, ocasião em que destacou a importância desses profissionais que, dentre outras funções, assumem papel fundamental na elucidação de crimes. Dos 100 aprovados, outros 50 tomarão posse em janeiro. Todos já passaram por curso de formação na Escola Superior de Polícia Civil e estão aptos a exercerem suas funções. Inicialmente esses papiloscopistas serão lotados no Instituto de Identificação da Polícia Civil, mas atuarão no Instituto Médico Legal (IML). Com o reforço do quadro será viabilizada, ainda, a criação das centrais de perícia papiloscópicas nos municípios de Goiânia, Anápolis e Luziânia. No início de 2017, com o chamamento do restante dos aprovados serão criadas novas centrais em Uruaçu, Rio Verde, Jataí, Itumbiara e Catalão.
‘Só Deus e quem vive isso sabe o que é uma cadeia’, afirma mestre de obras
Aos novos servidores José Eliton deu as boas-vindas em seu nome e também do governador Marconi Perillo, que segue em missão comercial no exterior, em busca de novas parcerias e investimentos para o Estado. “Quero destacar a importância de cada um de vocês que irão executar múltiplas atividades de relevante interesse público”, afirmou. Aprovada para o cargo de papiloscopista, Larissa Pureza Ferreira, falou em nome dos colegas. “Agradeço a nomeação de todos, que a partir de agora integram a segurança pública de Goiás”. José Eliton, por sua vez, afirmou que o momento é de comemoração pelos aprovados, mas muito mais de desafio. “Já conseguimos muitos avanços, mas o caminho é longo”, disse.
Funções
No IML os papiloscopistas atuarão na identificação de cadáveres ignorados – com a finalidade de impedir o sepultamento sem o conhecimento da família e permitir a investigação da causa da morte –, muitas vezes já em estado avançado de decomposição. No Instituto de Criminalística, trabalharão nos locais de crimes junto com os peritos criminais e, por fim, no Instituto de Identificação, serão os responsáveis pela revelação e levantamentos de fragmentos papilares, para identificação de autores de delitos. É próprio da função dos papiloscopistas, também, a identificação de idosos, enfermos e portadores de necessidades especiais; participarão em eventos de atendimento à população, especialmente em programas itinerantes do governo, em diversos tipos de concursos identificando candidatos e evitando fraudes, entre outros serviços. Os papiloscopistas serão responsáveis por uma gama de atribuições que em Goiás e se consolidam com o Goiás Biométrico, que possibilita o confronto de informações coletadas com um moderno banco de dados que utiliza também o arquivo civil do estado. “A identificação por biometria dará aos delegados de polícia mais agilidade e segurança em suas investigações, e aos juízes, uma prova incontestável quanto à identificação”, disse o governador em exercício.
Foto: André Saddi
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Governador em exercício e secretario de segurança Pública posa ao lado dos novos papiloscopistas.
Formação
Durante o ato de posse, o governador em exercício lembrou de visita que fez em abril desse ano na Academia de Polícia Civil, ocasião em que presenciou a formação e capacitação dos aprovados. “Sabemos o quanto estão preparados para atuar. Vocês realizam um trabalho que é fundamental na medida em que têm condições de fazer a investigação correta do ponto de vista da identificação, contribuindo com o trabalho investigativo da Polícia Civil”, destacou José Eliton. O delegado-geral da Polícia Civil, Álvaro Cássio, ressaltou os esforços do governo de Goiás quanto ao comprometimento e grandes mudanças que tem realizado no sentido de estruturar cada vez mais o aparato de segurança pública do estado. O que foi corroborado pelo secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária em exercício, Coronel Edson Costa e também pelo deputado federal e delegado licenciado, João Campos. A solenidade foi acompanhada, ainda, pelo presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Helio de Sousa, secretários de governo, integrantes do Poder Judiciário, comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Divino Alves, superintendente executivo de Administração Penitenciária, coronel Victor Dragalzew, superintendente de Inteligência Integrada da SSPAP, Danilo Fabiano Carvalho e Oliveira, e por diversos representantes de entidades classistas ligadas às forças de segurança do estado. http://www.ssp.go.gov.br/noticias-em-destaque/ jose-eliton-da-posse-a-50-papiloscopistas.html
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O 2º Biometrics HITech foi um sucesso
do apresentações internacionais, como a do representante do FBI, o tecnólogo sênior James Loudermilk, e do diretor do Biometrics Institute, Andrew Foote.
Renato Martini, diretor-presidente do ITI,trouxeram seus posicionamentos e contribuições quanto ao importante PL 1775/2015, que dispõe sobre o Registro Civil
O evento foi realizado em n o v e m b r o pa s s a d o. A p r óx i m a edição ocorrerá entre 29 e 31 de agosto de 2017, em B r a s í l i a / D F. Sessão de autógrafos do livro “Peritos em Papiloscopia e Identificação Humana”
Espaço da Biometrics HITech Expo
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ntre 08 e 10 de novembro de 2016, foi realizado em São Paulo/SP, com o apoio institucional da FENAPPI (Federação Nacional dos Peritos em Papiloscopia e Identificação) e da APPESP (Associação dos Papiloscopistas Policiais do Estado de São Paulo), o 2º Biometrics HITech Biometrics and Human Identification Technology - Expo, Business & Conference. O evento contou com 479 inscritos, entre os quais estiveram presentes autoridades e diretores de institutos de identificação, além de 18 empresas patrocinadoras, sendo que 11 destas expuseram suas soluções na Biometrics HITech Expo.
Na ocasião, o livro “Peritos em Papiloscopia e Identificação Humana” foi lançado pela FENAPPI e distribuído aos congressistas que também participaram de uma tarde de autógrafos com os autores. A Federação também promoveu um encontro com os presidentes das Associações de Profissionais em Papiloscopia para discussão de temas de interesse da categoria. Associação dos Papiloscopistas Policiais do Estado de São Paulo recebeu os profissionais de todo o país no Espaço APPESP. Além de palestras, foi promovido um fórum com Caetano Paulo Filho, diretor do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt – IIRGD/SP, uma exposiçãode utensílios de trabalho necessários às práticas papiloscópicas e, por fim, um sorteio dekits com os materiais demonstrados.
Caetano Paulo Filho, diretor do IIRGD-SP, recebe profissionais paulistas durante o evento
Andrew Foote, diretor do Biometrics Institute, durante sua apresentação sobre a instituição
Além de ser palco para atividades específicas para a categoria dos profissionais em papiloscopia, no Congresso foram realizadas 35 palestras, incluin-
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Também foi realizado o “Painel ICN/ TSE: desafios da Identificação Civil no Brasil”, em que Coriolano Almeida Camargo, conselheiro da OAB-SP e presidente da Comissão de Direito Digital e Compliance da OAP/SP; Júlio Lopes, deputado federal; Lídia Matiko Maejima, desembargadora do Tribunal de Justiça do Paraná e
Célia Fernandes, presidente da APPESP, acompanhada por Antônio Maciel Aguiar Filho, presidente da FENAPPI
Nacional (RCN). Na audiência estiveram presentes presidentes das Associações de Profissionais em Papiloscopia, diretores dos Insti tutos de Identificação, expositores, representantes de cartórios de registro de pessoas naturais ede demais segmentos envolvidos com o tema da identificação civil no país. “Esse evento vem fortalecer a necessidade de se criar um registro civil único no país, que é o debate da ICN - Identificação Civil Nacional, que está sendo encabeçado pelo TSE e cuja proposta é fortalecer os Institutos de Identificação, como órgãos emissores desse documento de segurança”, comenta Antonio Maciel Aguiar Filho, presidente da FENAPPI e diretor do Instituto de Identificação de Goiás, que foi mediador do Painel. Para fomentar oportunidades de relacionamento e negócios, também foi inaugurada no evento a Biometrics HITech Business Arena, uma iniciativa inédita em que mercados verticais ou instituições apresentaram suas necessidades relacionadas à identificação em palestras realizadas durante o Congresso.
Júlio Lopes, deputado federal relator do PL 1775/2015, em explanação sobre o projeto do RCN
ar ti g o HITech será realizada em conjunto com o XIV Congresso Brasileiro de Identificação, entre 29 a 31 de agosto de 2017, no Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, em Brasília/DF. A realização do evento ficará por conta da FENAPPI, da ASBRAPP (Associação Brasiliense de Peritos PapiloscoTiagoThales Correa Maciel do INSS, representante da vertical Serviços Públicos da Business Arena
Tiago Thales Correa Maciel, coordenador Geral de Informações de Segurados do INSS, representou a vertical Serviços Públicos; Walter Tadeu Pinto de Faria, diretor adjunto de Operações da FEBRABAN, trouxe as demandas da vertical Bancos e Andréa de Castro, consultora de RH, apresentou os processos da vertical Recursos Humanos. Posteriormente, estes representantes se reuniram individualmente com os expositores do evento que, por sua vez, puderam apresentar suas soluções em tecnologia biométrica e de identificação. A próxima edição do Biometrics
Antonio Maciel Aguiar Filho, presidente da FENAPPI, Rodrigo Meneses, presidente da ASBRAPP, e Luciano Baptista, Co-founder Biometrics HITech antecipam novidades da próxima edição do evento
Já começaram os preparativos para o evento de 2017
pistas) e da Biometrics HITech. Ainda mais atrações serão oferecidas, melhor atendendo às expectativas dos profissionais em papiloscopia e do mercado de biometrias
NOVAS TECNOLOGIAS Pesquisadores do departamento de Ciências Neurais e Cognitivas do MIT criaram uma maneira simples e portátil de capturar imagens microscópicas que antes só poderiam ser obtidas em laboratórios, com equipamentos enormes e caros. O invento pode beneficiar profissionais de biometria, medicina e de ciência forense.
Para funcionar, o equipamento usa um material conhecido como GelSight, uma espécie de gelatina sensível o suficiente para capturar o relevo da impressão em uma cédula de 20 dólares. Com esse gel, é possível capturar a imagem de estruturas que medem menos de 1 micrôme-
e tecnologias de Identificação como um todo. Entre as novidades estão a apresentação de Painéis Científicos e a realização de Minicursos. Para ficar por dentro de todos os detalhes do evento e também sobre a abertura das inscrições, prevista para março de 2017, acesse www. biometricshitech.show ou WWW. fenappi.com.br ou acompanhe o Facebook em www.facebook.com/ biometricshitech.
tro de profundidade e possuem pelo menos 2 micrômetros de largura. Ao juntar o GelSight com uma câmera e algoritmos de processamento de imagens, é possível gerar imagens 3D da superfície registrada pelo gel. O GelSight nasceu de um projeto do MIT com o objetivo de revestir robôs com uma “pele” capaz de funcionar como sensor tátil.
https://www.tecmundo.com.br/mit/12340--pele-de-robo-e-capaz-de-revelar-o-mundo-microscopico-em-3d.htm
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sinpol-rn enaltece trabalho dos piloscopistas do ITEP e pede reconhecimento para categoria
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equipe de necropapiloscopia do Instituto Técnico-Científico de Perícia, nos últimos dias, tem trabalhado incansavelmente e diuturnamente para identificar os presos que foram assassinados dentro da penitenciária de Alcaçuz. Com a alta demanda de cadáveres no ITEP, até mesmo profissionais de folga, de férias ou aposentados foram ajudar aos colegas. Por isso, o SINPOL-RN pede reconhecimento para esses profissionais por parte da direção do órgão e do Governo do Estado. O trabalho da necropapiloscopia é de identificação dos corpos através das digitais e é um dos mais necessários para o funcionamento d ITEP, por ser muito menos oneroso e muito mais rápido que os exames de DNA, permitindo a liberação dos corpos com mais celeridade. Nesse caso específico de Alcaçuz, por exemplo, em apenas cinco dias, o trabalho da necropapiloscopia conseguiu concluir a identificação de 23 dos 26 mortos em Alcaçuz. Os três restantes foram carbonizados e só podarão ser identificados através de exame de DNA. “Ao longo dos anos, sabemos que os servidores de todos os setores vêm se doando para manter o ITEP funcionando e, na maioria das vezes, sem nenhum tipo de valorização. Em alguns casos, até sofrendo perse-
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guições. Mas, mesmo assim, nunca deixaram de desenvolver um serviço de qualidade para a população”, lembra Renata Pimenta, diretora Jurídica do SINPOL-RN. A Diretoria do Sindicato informa que vai pedir formalmente à direção do ITEP que emita uma nota pública de reconhecimento e elogio ao trabalho desses servidores, bem como faça constar na lista profissional deles esse reconhecimento pelo trabalho realizado durante esta semana. O SINPOL-RN também fará solicitação ao Governo do Estado, ressaltando a importância de valorização da categoria e reconhecimento legal das atividades desse grupo.
Os profissionais que realizam o serviço da papiloscopia durante essa crise no sistema penitenciário são: Alda Maria; Avana Fernandes; Sandra Matheus; Rosely Costa; Eronides Maciel; Francisco Canindé; e Suely Alves. Eles contaram com colaboração de outros servidores, como a servidora aposentada Vânia Tavares e o médi-
co legista aposentado Dr. Manoel Marques. Todos se uniram a equipe desde o último domingo quando se iniciou aos trabalhos com os corpos retirados de Alcaçuz.
“Isso mostra que, além de abnegados para com o serviço público, os profissionais do ITEP são unidos e trabalham em equipe. Por isso, estão todos de parabéns, não somente pelo trabalho realizado durante esta semana, mas por todos os anos que têm enfrentado a dura realidade do Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte”, afirma Renata Pimenta.
http://www.sinpolrn.org.br/app/noticia/2051/ sinpol-rn-enaltece-trabalho-dos-papiloscopistas-do-itep-e-pede-reconhecimento-para-categoria
Crédito: Fabrizio Carbone/EPFL
ar ti g o
Primeira “fotografia” da luz como partícula e onda Por Luis Henrique Troscianczuck
A
mecânica quântica nos diz que a luz pode se comportar simultaneamente como onda e partícula. No entanto, nunca houve um experimento em que se conseguiu capturar ambas as naturezas da luz ao mesmo tempo; o mais perto que conseguimos foi ver ou onda ou partícula, mas sempre em vezes diferentes. Tomando uma mudança radical, cientistas do EPFL conseguiram a primeira captura de imagem da luz se comportando como onda e partícula. O trabalho inovador foi publicado na Nature Communications. Quando a luz ultravioleta atinge uma superfície metálica, é causa uma emissão de elétrons. Albert Einstein explicou esse efeito fotoelétrico propondo que a luz – que pensava-se ser apenas uma onda – era também um fluxo de partículas. O experimento foi montado da seguinte forma: Um pulso de laser é disparado contra um pequeno nanofio metálico. O laser energiza as partícula do
nanofio, fazendo-os vibrar. A luz viaja por esse fio em duas direções possíveis, como carros em uma estrada. Quando as ondas se encontram elas formam uma nova onda que parece ficar no lugar. Essa onda parada se torna a fonte de luz do experimento, irradiando ao redor do fio. É aqui que vem o truque do experimento: Os cientistas dispararam um fluxo de elétrons próximo ao nanofio, usando-os para gerar uma imagem da onda de luz parada. Assim que os elétrons interagiam com a luz confinada no fio, eles ou aceleravam ou desaceleravam. Usando o microscópio ultrarrápido para gerar a imagem da posição onde ocorria a mudança da velocidade, a equipe de Carbone agora podia visualizar a onda, que agia como a impressão digital da natureza-onda da luz. Enquanto esse fenômeno mostrou a “parte onda” da luz, simultaneamente demonstrou seu aspecto de partícula. Enquanto os elétrons passavam
próximos à onda, eles “acertavam” os fótons. Como mencionado acima, isso afeta suas velocidades. Essa mudança na velocidade aparece como uma troca de “pacotes” de energia (quanta) entre elétrons e fótons. A ocorrência desses pacotes de energia mostra que a luz no nanofio age como partícula. “Esse experimento demonstra que, pela primeira vez, nós podemos filmar a mecânica quântica – e sua natureza paradoxal – diretamente,” disse Fabrizio Carbone. Além disso, a importância desse trabalho pioneiro pode se estender além da ciência fundamental e para futuras tecnologias. Como Carbone explica: “Ser capaz de gerar imagens e controlar fenômenos quânticos na escala dos nanômetros abre um novo caminho em direção da computação quântica.”
http://phys.org/news/2015-03-particle.html
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artigo
O que suas impressões digitais dizem sobre você
A
ciência que se dedica ao estudo dos padrões das nossas impressões digitais se chama dermatoglifia. Ela ajuda a entender como os padrões dessas marcas únicas estão relacionados ao seu caráter e ao comportamento. O Incrível.club decidiu revelar alguns segredos dessa ciência, para que você possa aprender algo novo sobre si mesmo. Este padrão de impressões digitais revela uma personalidade tranquila e equilibrada, geralmente associada a pessoas compreensivas, que gostam de ajudar os outros e fazem amiza-
des facilmente. São pessoas pontuais e responsáveis, mas poucas vezes tomam iniciativa. Geralmente, as pessoas que contam com este tipo de impressão digital obtêm informações através da comunicação com outras pessoas. São emocionalmente previsíveis e abertas. Destacam-se pela ótima saúde, ainda que costumem ficar doentes durante a infância. Falando de temperamento, uma pessoa com plissados nos dedos tem o ’sangue quente’. Não suporta trabalhos entediantes e monó-
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tonos que não despertem o interesse. Se este padrão aparece em todos os seus dedos, indica que você tem grande imaginação e certo distanciamento da realidade. Há quem diga que este tipo de gente ’não é deste mundo’.
As pessoas com este tipo de padrão são enérgicas e seguras de si mesmas. Sua segurança é revelada em tudo: em como se portam, na maneira de caminhar e de gesticular. Às vezes, é impossível fazer com que essas pessoas mudem e entendam que estão erradas em algo, pois defendem suas opiniões e decisões até o fim. O pensamento concreto prevalece. Para este tipo de gente, é difícil adaptar-se a mudanças no espaço exterior e ouvir a opinião dos outros. Eles experimentam sensações através de alguma atividade prática. Porém, para resolver tarefas, muitas vezes preferem envolver outras pessoas. O temperamento desses indivíduos é colérico. Gostam de música e arte. De forma geral, têm expressões faciais muito artísticas. Quando em alguma situação difícil, precisam se ocupar com alguma coisa, ou seja, precisam se distrair com alguma ação prática. Não supor-
tam o sentimentalismo nos relacionamentos, mas são muito leais e nunca abandonam os seus.
Pessoas com redemoinhos nos dedos são explosivas, mas se acalmam rapidamente. São criativas, aprendem tudo rapidamente e analisam o que acontece ao seu redor. Frequentemente começam a fazer várias tarefas ao mesmo tempo, mas as abandonam pela metade e logo perdem o interesse. São inestimáveis e imprevisíveis emocionalmente, escondem seus sentimentos e preocupações. Tendem a se isolar e analisar a si mesmas. Muitas vezes não estão conformadas com o que são e duvidam de tudo. Buscam sensações em seu interior, e informações em fontes escritas. O temperamento de pessoas assim é impassível. Sua maneira de falar não é muito expressiva, são caladas e um pouco lentas na hora de falar. Se o dedo indicador de qualquer uma das mãos tem redemoinhos, tal pessoa é uma pensadora nata. Têm habilidades para ser programadores de informática, advogados ou cientistas. Em resumo, as pessoas com redemoinhos têm um comportamento variado e complicado, e muitas vezes não conhecem o próprio potencial. Fonte: Uglion Tradução e adaptação: Incrível.club https://incrivel.club/inspiracao-psicologia/o-que-suas-impressoes-digitais-dizem-sobre-voce-46005/
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