NBR 15575 - Algumas dicas para alunos de Engenharia Civil

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DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS UNIVERSIDADE FEDERAL D E I TAJU BÁ – 20 1 6

ECI 028 – GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS Profa Ana Paula Figueiredo

RELEITURA DO GUIA O R I E N TAT I V O PA R A ATENDIMENTO À NORMA ABNT NBR 15575/2013


SUMÁRIO

GUIA ORIENTATIVO PARA ATENDIMENTO À NORMA ABNT NBR 15575/2013 Desempenho de edificações habitacionais: guia orientativo para atendimento à norma ABNT NBR 15575/2013. Câmara Brasileira da Indústria da Construção. – Fortaleza: Gadioli Cipolla Comunicação, 2013. Disponível em: <http://www.cbic.org.br/arquivos/guia_livro/Guia_ CBIC_Norma_Desempenho_2_edicao.pdf>.

1.

Introdução

2.

Desempenho estrutural

3.

Segurança contra incêndio

4.

Segurança no uso e operação

5.

Funcionalidade e acessibilidade

6.

Conforto tátil e antropodinâmico

7.

Desempenho térmico

8.

Desempenho acústico

9.

Desempenho lumínico

10.

Estanqueidade à água

11.

Durabilidadae

12.

Manutenibilidade / gestão da manutenção predial

APÊNDICE


1. INTRODUÇÃO


As sociedades modernas passam atualmente por intensas transformações que abrangem a organização social, os modelos econômicos, o desenvolvimento tecnológico, o aproveitamento racional de recursos e o respeito à natureza. Todos os setores industriais brasileiros precisam se adequar a essas mudanças, e a construção civil não pode ser diferente. Para tanto, há o desafio de promover condições de viabilidade para investimentos em máquinas, processos produtivos e qualificação de mão de obra; com vista à sustentabilidade da indústria da construção civil. Para atender às demandas provenientes dessa realidade foram desenvolvidos, na década passada, os textos da normatização brasileira de desempenho de habitações. A Norma de Desempenho NBR 15575 tem como objetivo avaliar o desempenho dos sistemas construtivos, buscando a evolução de todos que compõem a cadeia da construção civil e proporcionando um avanço de todo o setor. Trata-se de uma importante ferramenta capaz de disciplinar as relações entre os elos da cadeia econômica através da delimitação clara entre os papéis a serem desempenhados por cada participante. Ela estabelece parâmetros, objetivos e quantitativos que podem ser medidos. Isso, além de diminuir as incertezas dos critérios subjetivos, facilita o processo de rastreabilidade em casos de falhas durante o ciclo de vida dos produtos. Esta Norma visa também instrumentar o Código de Defesa do Consumidor, já que destina-se a garantia de quisitos mínimos de conforto, estabilidade, vida útil adequada da edificação, segurança estrutural e contra incêndios. Pretende-se também reduzir a concorrência predatória, sendo um grande diferencial para as empresas que a adotam, pois focam-se na melhoria da qualidade das habitações através da otimização do uso dos recursos, compatibilização e, consequentemente, da valorização dos projetos.

Em 2013 entrou em vigor uma nova versão do conjunto normativo NBR 15.575 sobre o desempenho de Edificações Habitacionais. Como novidade, implantou-se o conceito de comportamento em uso dos componentes e sistemas das edificações, sendo que a construção habitacional deve atender e cumprir as exigências dos usuários ao longo dos anos, promovendo o amadurecimento e melhoria da relação de consumo no mercado imobiliário. Isso acontece na medida em que todos os partícipes da produção habitacional são incumbidos de suas responsabilidades, sejam eles: projetistas, fornecedores de material, componente e/ou sistema, construtor, incorporador e usuário. Com isso, é aguardada uma mudança de cultura na engenharia habitacional, passando pelos processos de criação, edificação e manutenção, que terão que ter um olhar mais criterioso, desde a concepção, passando pela definição de projeto, elaboração de plano de qualidade do empreendimento e criação de um manual abrangente de operação, uso e manutenção da edificação, contendo as informações necessárias para orientar estas atividades na espera de uma produção mais qualificada. Cada parte da norma foi organizada por elementos da construção, percorrendo uma sequência de exigências relativas à segurança (desempenho mecânico, segurança contra incêndio, segurança no uso e operação), habitabilidade (estanqueidade, desempenho térmico e acústico, desempenho lumínico, saúde, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto tátil) e sustentabilidade (durabilidade, manutenibilidade e adequação ambiental). O documento tem como foco subsidiar o entendimento e decisões de fornecedores, projetistas, construtoras e usuários. Via de regra não são detalhados os respectivos métodos de avaliação, envolvendo às vezes modelos numéricos relativamente complexos, detalhados métodos de ensaios laboratoriais etc.


Esta Cartilha abordará de maneira concisa os itens de 4 à 14 da Norma, afim de orientar os leitores sobre a importância do emprego deste documento desde a criação do projeto até o final da vida útil das Edificações Habitacionais. Aqueles que julgarem necessário conhecer detalhes dos métodos de avaliação, poderão consultar o texto completo da ABNT, norma NBR 15575. As informações aqui contidas a respeito dos itens dessa norma foram selecionadas e reformuladas com base no que os alunos da graduação de Engenharia Civil* da Universidade Federal de Itajubá julgaram importante a ser destacado.

2. DESEMPENHO * Alunos matriculados na matéria Gestão de Infraestruturas (ECI028) ofertada no ano de 2016.

ESTRUTURAL


O DESEMPENHO ESTRUTURAL NA NBR 15575 No estudo do dimensionamento, todo material possui uma curva de resistência, normalmente apresentada em um gráfico tensão versus deformação ou carga versus deslocamento. Essa curva é crucial no dimensionamento estrutural.

O dimensionamento estrutural no ELU ou ELS vai depender das ações no edifício, dos modelos de cálculo e das propriedades dos materiais empregados. É por isso que se torna muito importante conhecer a curva de resistência da Figura 1, além de conferir os materiais que chegam na obra, pois é preciso garantir que estes tenham de fato as características mecânicas previstas em escritório. São várias as normas a se consultar no dimensionamento estrutural, indicando as cargas que devem ser utilizadas, a influência do vento, as relações com o solo, as dimensões mínimas para execução das estruturas em concreto, aço ou madeira, os deslocamentos máximos permitidos para a estrutura, etc. Algumas normas tradicionalmente utilizadas são: NBR 6120, NBR 8681, NBR 6123, NBR 6122, NBR 6118, NBR 14931, NBR 9062, NBR 8800, NBR 7190, NBR 15961, NBR 15812, etc.

Figura 1 – Gráfico carga x deslocamento determinado por meio de ensaio. Fonte: NBR 15575-2, 2013.

O projeto e execução de estruturas é calculado com base em duas grandes considerações, denominadas estados. O primeiro, chamado Estado Limite Último (ELU), se refere à segurança e capacidade de sustentação da estrutura, buscando-se evitar a ruína da mesma. Já o segundo, denominado Estado Limite de Serviço (ELS), diz respeito à adequação da estrutura ao uso, tentando-se evitar deformações e fissuração excessivas, comprometimento da durabilidade e falhas localizadas na peça.

A grande novidade é que o novo conjunto de normas NBR 15575 traz parâmetros adicionais de desempenho a serem seguidos que estão associados ao uso das edificações. Segundo a NBR 15575, o projetista deve ficar de olho nos limites de falhas para vedações verticais; além disso, ele não pode deixar de lado as análises de impacto de corpo mole e de corpo duro, que representam choques acidentais gerados pelo uso da edificação, vandalismo, tentativas de intrusão, entre outros, que podem levar a ruína de paredes, pisos, telhados e outros sistemas de vedação.


A norma alerta também para os esforços que devem ser utilizadas na análise de guarda-corpos e parapeitos, bem como nos ensaios aplicáveis. Além disso, chama a atenção para a capacidade de suporte de peças suspensas como ventiladores, “redes de dormir” e inclusive tubulações próximas às vigas e lajes. Assim, pela NBR 15575, agora o projetista precisa ter um cuidado maior no dimensionamento estrutural; mais que garantir a estabilidade da estrutura frente às cargas atuantes, ele deve dar atenção especial às ações decorrentes do uso e ocupação do imóvel, que afetam diretamente o cliente da obra.

3. SEGURANÇA CONTRA

INCÊNDIO


Para atender às necessidades de segurança contra incêndio, devem ser atendidos os requisitos estabelecidos na NBR 15575 e na NBR 14432. DIFICULTAR O PRINCÍPIO DO INCÊNDIO Deve-se verificar: •

Proteção contra descargas atmosféricas (NBR 5419);

Instalações elétricas (NBR 5410);

Instalações de gás (NBR 13523 e NBR 15526).

Deve ser respeitada a distância entre edifícios;

Medidas de proteção, como portas ou selos corta-fogo;

Sistemas ou elementos de compartimentação devem atender a NBR 14432. SINALIZAÇÃO

Os materiais empregados na estrutura devem estar de acordo com o Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF) – NBR14432 e, ainda, com as normas específicas para o tipo de estrutura: NBR15200 e NBR14323. Para demais materiais, deve-se obedecer a norma correspondente da Eurocode. O tempo de resistência pode também ser determinado através de ensaios em fornos específicos, levando em consideração os critérios de estanqueidade, isolamento, estabilidade, parachamas e corta fogo. Pode-se também simular a resistência da estrutura através de modelos computacionais, tendo como vantagem estimar a deformação de grandes estruturas que não caberiam em um forno de ensaio.

DIFICULTAR A PROPAGAÇÃO DO INCÊNDIO

EQUIPAMENTOS DE EXTINÇÃO, ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

DESEMPENHO ESTRUTURAL EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO

RESISTÊNCIA AO FOGO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS E DE COMPARTIMENTAÇÃO

E

A sinalização, iluminação de emergência e equipamentos de extinção de incêndio devem estar de acordo com as NBR 17240, NBR 10898, NBR 12693, NBR 13434 (Partes 1 e 2) e NBR 13714. FACILIDADE DE FUGA EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO Rotas de saída de emergência devem estar de acordo com a NBR 9077.

Paredes estruturais e de germinação  Devem resistir, no mínimo, 30min assegurando os critérios citados anteriormente, no caso de habitações em até 5 pavimentos. Unidade habitacional isolada  30 min de resistência para paredes internas e de fachadas na área da cozinha.

RESISTÊNCIA AO FOGO DE SISTEMAS DE COBERTURA •

Unidade habitacional isolada  ambiente fechado e cozinha devem resistir a 30 min.

Unidade habitacional germinada  idem unidade isolada e, caso a cobertura não atenda o requisito, deve ser previsto um septo entre as unidades, ultrapassando a superfície superior da cobertura.


Tabela 1 – Exemplo.

RESISTÊNCIA AO FOGO ENTRE PISOS •

Unidades habitacionais assobradadas, isoladas ou geminadas  30 minutos;

Edificações multifamiliares até 12 m de altura  30 minutos;

Edificações multifamiliares com altura acima de 12 m e até 23 m  60 minutos;

Edificações multifamiliares com altura acima de 23 m e até 30 m  90 minutos;

Edificações multifamiliares com altura acima de 30 m e até 120 m  120 minutos;

Edificações multifamiliares com altura acima de 120 m: 180 minutos;

Subsolos  No mínimo igual ao dos pisos elevados da edificação e não menos que 60 minutos para alturas descendentes até 10 m e não menos que 90 minutos para alturas descendentes superiores a 10 m.

EXIGÊNCIAS PARA DIFICULTAR INFLAMAÇÃO E LIMITAR A FUMAÇA Os materiais são classificados segundo suas características de reação ao fogo (Tabela 1), para cada face da habitação são exigidas algumas classes que de materiais.

Para determinados materiais, os métodos de ensaio da Tabela 1 não são apropriados, para os materiais citados a seguir, deve-se utilizar os métodos da Tabela 2: •

Quando ocorre derretimento ou o material sofre retração abrupta afastando-se da chama piloto;

Quando o material é composto por miolo combustível protegido por barreira incombustível ou que pode se desagregar;

Materiais compostos por diversas camadas de materiais combustíveis apresentando espessura total superior a 25 mm;


Materiais que na instalação conformam juntas através das quais, especialmente, o fogo pode propagar ou penetrar. Tabela 2 – Exemplo.

SELAGEM CORTA-FOGO EM TUBULAÇÕES DE MATERIAIS POLIMÉRICOS

Tubulações com diâmetro superior a 40 mm que passam pelo sistema de piso devem apresentar selagem capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser consumido pelo fogo. Os selos podem ser substituídos por prumadas enclausuradas. REGISTROS VENTILAÇÃO

CORTA-FOGO

NAS

TUBULAÇÕES

DE

Tubulações de ventilação que transpassarem os pisos devem apresentar registros corta-fogo com acionamento automático por detecção de fumaça de acordo com a NBR 17240. Tubos que não suportam esse registro devem apresentar tempo de resistência ao fogo de no mínimo 120 minutos. PRUMADAS ENCLAUSURADAS Prumadas totalmente enclausuradas não necessitam ser seladas caso as paredes apresentem resistência ao fogo igual à requerida para o piso, comprovada conforme a NBR 10636. PRUMADAS DE VENTILAÇÃO PERMANENTES

Dutos de ventilação/exaustão, exceto ventilação de esgoto, devem apresentar paredes resistentes ao fogo igual ao sistema de piso ou serem protegidas por registros corta-fogo. SELAGEM OUTROS

CORTA-FOGO

EM

SHAFTS,

PRUMADAS

E

Aberturas e transposições de instalações elétricas e hidráulicas devem ser dotadas de selagem corta-fogo comprovada por meio de ensaios conforme a NBR 6479.

PRUMADAS DE LAREIRAS, CHURRASQUEIRAS, VARANDAS GOURMET E SIMILARES Devem ser integralmente compostas por materiais incombustíveis, e dispostos de maneira a atender somente uma lareira ou churrasqueira ou conexões com prumada coletiva.


ESCADAS, ELEVADORES E MONTA-CARGAS As escadas devem ser enclausuradas por meio de paredes e portas corta-fogo. Paredes de poços de elevadores e montacargas devem apresentar resistência ao fogo idêntica aos sistemas de piso. A resistência ao fogo deve estar de acordo com a NBR 10636 para elementos fixos e NBR 6479 para elementos móveis. RESERVA DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO Quando a edificação necessitar de sistema de hidrante, ela deve ter um reservatório com volume acima do necessário para consumo dos usuários dimensionado de acordo com a NBR 13714. COMBATE A INCÊNDIO COM EXTINTORES A edificação deve ter extintores classificados e posicionados conforme a NBR 12693 especifica.

4. SEGURANÇA NO USO E NA OPERAÇÃO


SEGURANÇA NO USO E OPERAÇÃO Os “acidentes” ocorridos nas habitações em geral são, na verdade, decorrentes de situações de exposição ao risco. Deste modo, este capítulo da norma apresenta requisitos e critérios que visam a diminuição da possibilidade de ferimentos nos usuários.

As partes móveis, como janelas, portas, alçapões, entre outros, devem ser bem instaladas de modo que apresentem segurança ao usuário, evitando assim, ferimentos ocasionados por desprendimentos e deslizamentos.

O local de confinamento de gás deve estar bem sinalizado e de acordo com recomendações dos bombeiros.

SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DOS SISTEMAS PREDIAIS Os sistemas prediais não podem apresentar: •

Qualquer tipo de risco relacionado a altura. Rupturas, instabilidades, tombamentos e quedas podem apresentar riscos.

Materiais e objetos cortantes ou perfurantes expostos.

Deformações e defeitos acima dos limites indicados nas normas técnicas.

Todas as habitações entregues devem possuir um Manual de Uso e Manutenção que orienta o usuário com as recomendações para correta utilização do imóvel, focando nos cuidados das áreas críticas. O projeto e a execução devem prever os riscos com as seguintes situações:

Acesso controlado em locais que ofereçam riscos de quedas ou choques elétricos e explosões, como: telhados, terraços, lajes, casa de máquinas de elevadores, casas de bombas, centrais de gás, etc.

Os guarda-corpos instalados devem estar de acordo com normas de desempenho ou assinados por profissionais responsáveis.

Figura 2 – Exemplo Confinamento de Gás. Fonte: Bombeiros Cascavel.

SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES A edificação habitacional deve atender aos requisitos das normas pertinentes, tais como a NBR 5410, NBR 5419, NBR13523, NBR15526 e NBR 15575-6. O projeto e os Manuais de Uso, Operação e manutenção devem fornecer instruções específicas relacionados as partes energizadas e possíveis choques. Deve-se atentar a riscos de curto circuito, sobrecorrentes e perigo de modificações e manuseio por parte do usuário das instalações elétricas.


SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE PISOS

Nas escadas, deve-se construir um patamar intermediário quando há mais que 14 degraus no mesmo lance. O corrimão deve ter 80 a 90 cm de altura e os degraus com dimensões uniformes, sempre respeitando o conforto do usuário.

Quedas de drenagem, localizadas em locais externos e banheiros, devem ser suaves, geralmente com valor máximo de 2%.

COEFICIENTE DE ATRITO DINÂMICO EM PISOS

Áreas molhadas, rampas, escadas em áreas comuns e terraços devem possuir pisos com coeficientes de atrito em conformidade com normas vigentes, ou seja, os pisos devem ser escolhidos de acordo com o local, para que evite riscos de acidentes dos usuários. Por exemplo, um terraço ao ar livre deve possuir um piso antiderrapante, áspero. Pisos lisos de modo geral, com acabamento polido, não atendem estes requisitos, portanto devem ser complementados com acabamentos que aumentem o seu coeficiente de atrito.

SEGURANÇA MA CIRCULAÇÃO SOBRE PISOS INTERNOS E EXTERNOS

O acabamento dos pisos não devem apresentar irregularidades que provoquem quedas e ferimentos nos usuários.

Desníveis maiores devem ser sinalizados com mudança de cor, soleiras, faixas de sinalização, entre outros.

A abertura máxima de frestas (jutas sem preenchimentos) não devem ser maiores que 4 mm evitando assim a introdução de saltos femininos nestas arestas, por exemplo.

Em playgrounds, deve-se utilizar instalações arredondadas, pisos esportivos de borracha e preparar com dispositivos de segurança as áreas de riscos de quedas das crianças, sempre atendendo as normas.

SEGURANÇA NA COBERTURAS

UTILIZAÇÃO

E

MANUTENÇÃO

DE

As coberturas das edificações não podem apresentar peças que se desprendam ou desloquem, o que pode resultar desde infiltrações a danos materiais e físicos ao usuário. Lajes de cobertura acessíveis (terraços, etc.) devem apresentar guarda-corpos sejam permitidos veículos nesses locais até deverá suportar 25 kN de carga aplicada a

varandas, solariuns, normatizados. Caso o guarda-corpo, este 50 cm do piso.

Caso existam vigas de fechamento ou platibandas no contorno de coberturas, o Manual de Uso, Operação e Manutenção deverá indicar a possibilidade ou não da fixação de andaimes suspensos nessas estruturas. E, em caso afirmativo, deverá apresentar os esquemas de fixação, bem como a carga e momentos máximos passíveis de atuarem. A segurança do trabalho nas coberturas inclinadas/telhados merece atenção, especialmente se as declividades superarem 30%, situação na qual é exigida a presença de ganchos ou outros dispositivos na cobertura. Também, o Manual de Uso, Operação e Manutenção deve conter os detalhes de fixação de equipamentos e cintos de segurança.


O caminhamento sobre telhados e lajes de cobertura também deve ser proporcionado pelo dimensionamento da estrutura, permitindo as operações de montagem, manutenção e instalações. A carga de 1,2kN deve ser suportada sem produzir rupturas, fissuras, deslizamentos entre outros problemas. O Manual de Uso deve conter as informações da carga, locais específicos para se pisar, condições de tempo impróprias e materiais frágeis para o caminhamento na cobertura. Ainda, se as coberturas forem constituídas de material metálico, elas devem ser aterradas afim de propiciar condução de descargas, dissipação de cargas eletrostáticas e evitar corrosão causada por correntes de fuga.

SEGURANÇA CONTRA CHOQUES, QUEIMADURAS EXPLOSÕES E INTOXICAÇÕES NA UTILIZAÇÕES DE APARELHOS DAS INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS Para evitar danos e ferimentos por corrente e descarga elétricas, as instalações hidráulicas, aquecedores e equipamentos eletrodomésticos devem possuir aterramento direto ou indireto, conforme a norma de instalações elétricas prediais. A corrente de fuga de equipamentos aquecedores de água para outros aparelhos deve se limitar a 15 mA. Independente dessa limitação, as instalações elétricas prediais devem conter disjuntor diferencial residual para a proteção contras as correntes de fuga, peças energizadas, uso impróprio de aparelhos.

Nas instalações de água quente, o dimensionamento das bitolas, perdas de carga, regulagem da vazão e misturadores devem permitir a temperatura máxima da água de até 50 ºC. Em aquecedores elétricos de acumulação são necessários dispositivos de alívio em caso de sobre pressão e de segurança em caso de superaquecimento. No caso de aquecedores a gás, o dispositivo de segurança deverá cortar a alimentação do gás em caso de superaquecimento.

Se for o caso de instalação de equipamentos a gás combustível em residências, o funcionamento do aparelho deve ultrapassar taxa máxima de 0,5% de CO2, além de atender às normas NBR 13103, NBR 8130, NR 13.

SEGURANÇA CONTRA FERIMENTOS NA UTILIZAÇÃO DE METAIS E LOUÇAS SANITÁRIAS As peças metais sanitários não podem conter cantos vivos, superfícies ásperas, partes contundentes e outras eventuais imperfeições que induzam ferimento no usuário. O Manual de Uso , Operação e Manutenção (cuja entrega pela construtora ao usuário final é obrigatória) deverá conter as cargas máximas que podem atuar nas peças sanitárias, assim como perigo de usos indevidos dessas peças.


5. FUNCIONALIDADE E ACESSIBILIDADE


A habitação deve contar com planta, volumetria, interligações e espaços adequados para as suas mais variadas funções, ou seja, descanso, asseio, estudo etc.

Obs.: Mobiliário mínimo, dimensões orientativas de cômodos e espaços mínimos para circulação de pessoas são apresentados na Tabela F.2 da NBR 15575 – Parte 1. Tabela 3 – Móveis e equipamentos-padrão a serem acomodados nos diferentes ambientes.

PÉ DIREITO MÍNIMO Geralmente o pé direito mínimo é de 2,50m, com algumas exceções.

Atividades essenciais/Cômodo Dormir/Dormitório de Casal

O pé direito mínimo (distância livre entre a superfície do piso e a superfície do teto de uma habitação) deve ser de 2,50m, admitindo-se redução para 2,30m em vestíbulos, halls, corredores, instalações sanitárias e despensas.

Dormir/Dormitório para duas pessoas (2º Dormitório)

Nos tetos inclinados, abobadados, com presença de vigas salientes e outros, pelo menos em 80% do teto sua distância até o piso deve ser ≥ 2,50m, permitindo-se nos 20% restantes que o pé-direito livre possa ser ≥ 2,30m.

Estar

DISPONIBILIDADE MÍNIMA DE ESPAÇOS PARA USO E OPERAÇÃO DA HABITAÇÃO Os ambientes devem apresentar espaços compatíveis com as necessidades. Nos ambientes da habitação recomendando-se que sejam projetados para acomodar os móveis e equipamentos-padrão relacionados na Tabela 3.

Dormir/Dormitório para duas pessoas (3º Dormitório)

Móveis e equipamentos-padrão Cama de casal + guarda-roupa + criado-mudo (mínimo 1) Duas camas de solteiro + guardaroupa + criado-mudo ou mesa de estudo Cama de solteiro + guarda-roupa + criado-mudo Sofá de dois ou três lugares + armário/estante + poltrona

Cozinhar

Fogão + geladeira + pia de cozinha + armário sobre a pia + gabinete + apoio para refeição (2 pessoas)

Alimentar/tomar refeições

Mesa + quatro cadeiras

Fazer higiene pessoal

Lavatório + chuveiro (box) + vaso sanitário NOTA: no caso de lavabos, não é necessário o chuveiro.

Lavar, secar e passar roupas

Tanque (externo para unidades habitacionais térreas) + máquina de lavar roupa

Estudar, ler, escrever, costurar, reparar e guardar objetos diversos

Escrivaninha ou mesa + cadeira

Fonte: Tabela F.1, página 67 da NBR 15575 – Parte 1.


FUNCIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES DE ÁGUA Deve-se sempre fornecer pressão, vazão e volume compatíveis com o uso e respeitar as normas. O sistema predial de água fria e quente deve fornecer água na pressão, vazão e volume compatíveis com o uso, associado a cada ponto de utilização, considerando a possibilidade de uso simultâneo. Devem ser atendidas as normas NBR 5626 e NBR 7198, bem como as respectivas regras de aquecedores de passagem e de acumulação. As caixas e válvulas de descarga devem atender ao disposto nas normas NBR 15491 e NBR 15857 no que ser refere à vazão e volume de descarga. Obs.: Registros, torneiras e outros devem ser instalados de forma a possibilitar livre acionamento das manoplas, acoplamento de mangueiras (torneiras de jardins e tanques de lavar roupa, por exemplo), aplicação de ferramentas para serviços de manutenção e outros. Fluxos de duchas e chuveiros devem ser reguláveis, sendo que no caso das torneiras a dispersão do jato não deverá atingir o usuário.

Siga sempre as normas! Recapitulando são: NBR 5626, NBR 7198, NBR 15491, NBR 15857.

FUNCIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES DE ESGOTO No sistema coletor de esgoto não deve ocorrer transbordamento, contaminação do solo, etc. O sistema predial de esgoto deve coletar e afastar as águas servidas nas vazões com que normalmente são descarregados os aparelhos, sem que haja transbordamento, acúmulo na instalação, contaminação do solo ou retorno a aparelhos não utilizados. Devem ser atendidas as normas NBR 8160, NBR 7229 e NBR 13969. Siga sempre as normas! Recapitulando são: NBR 7229, NBR 13969.

FUNCIONAMENTO PLUVIAIS

DAS

INSTALAÇÕES

DE

ÁGUAS

As calhas devem ser devidamente dimensionadas, isso evita muitos transtornos. Fique atento as recomendações! As calhas e condutores devem suportar a vazão de projeto, calculada a partir da intensidade de chuva adotada para a localidade e para um certo período de retorno, considerando-se de forma adequada as áreas de contribuição horizontais e verticais. Deve ser atendida a norma NBR 10844. Siga sempre as normas! Recapitulando é: NBR 10844.

ADEQUAÇÃO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS FÍSICAS OU COM MOBILIDADE REDUZIDA A edificação deve prever o número mínimo de unidades para pessoas com deficiência física ou com mobilidade reduzida estabelecido na legislação vigente. Essas unidades devem atender aos requisitos da NBR 9050. As áreas comuns devem prever acesso a pessoas com deficiência física ou com mobilidade reduzida e idosos. Obs.: O projeto deve prever para as áreas comuns e, quando contratado, também para as áreas privativas, as adaptações necessárias, que normalmente contemplam acessos e instalações, substituição de escadas por rampas, limitação de declividades e de espaços a percorrer, etc. Para os pisos, o projeto deve especificar a sinalização e locais da sinalização, além de considerar a adequação da camada de acabamento dos degraus das escadas e das rampas, bem como deve especificar desníveis entre as alturas das soleiras. Para habitações destinadas a pessoas com deficiência visual, devem ser previstos pisos podotáteis e outros dispositivos previstos nas normas técnicas e na legislação vigente.

Siga sempre as normas! Recapitulando é: NBR 9050.


AMPLIAÇÃO DE UNIDADES HABITACIONAIS EVOLUTIVAS A construtora deve incorporar no manual de uso as recomendações. No projeto e na execução das edificações térreas e assobradadas de caráter evolutivo, já comercializadas com previsão de ampliação, a incorporadora ou construtora deve fornecer ao usuário projeto arquitetônico e complementares juntamente com o Manual de Uso, Operação e Manutenção com instruções para ampliação da edificação, recomendando-se utilizar recursos regionais e os mesmos materiais e técnicas construtivas do imóvel original. Obs.: Devem ser fornecidas todas as especificações e detalhes construtivos necessários para ampliação do corpo da edificação, do piso, do telhado e das instalações prediais, considerando a coordenação dimensional e as compatibilidades físicas e químicas com os materiais disponíveis regionalmente sempre que possível.

6. CONFORTO TÁTIL E

ANTROPODINÂMICO


INTRODUÇÃO Os requisitos de conforto térmico e antropodinâmico estabelecidos pela ABNT NBR 15575-1 têm como base princípios ergonômicos que garantem a comodidade do usuário ao transitar por um edifício habitacional ou utilizar os equipamentos e componentes (torneiras, portas, janelas, etc.) ali instalados. Diretrizes para verificação de exigências são também encontradas nas respectivas normas prescritivas de cada tipo de componente construtivo, bem como nas normas ABNT NBR 15575-2, ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-6. Além de tais requisitos, as habitações destinadas a usuários com deficiências físicas ou pessoas com mobilidade reduzida (PMR) exigem conformidade com as prescrições da norma ABNT NBR 9050.

Segundo o critério 17.2.1 da norma NBR ABNT 15575-3, para que a camada de acabamento ou superfícies regularizadas para a fixação de camada de acabamento estejam em conformidade é necessário que “as irregularidades graduais não superem 3 mm em relação a uma régua de 2 m de comprimento em qualquer direção”. Para evitar irregularidades abruptas, é recomendado que não seja ultrapassado um desnível de 1 mm em relação a réguas com 50 cm de comprimento em qualquer direção. A exigência de planicidade não se aplica a camadas de acabamento em relevo ou projetadas propositalmente desta forma por motivos arquitetônicos.

De forma geral, os requisitos relacionados ao conforto tátil e antropodinâmico limitam os esforços necessários para acionar um dispositivo de manobra e a apresentação de rugosidades, contundências e outras irregularidades dentro da habitação que possam prejudicar o caminhar, apoiar, limpar entre outras atividades semelhantes.

PLANICIDADE DOS PISOS Pisos no interior da edificação com finalidade de trânsito de pessoas devem seguir padrões que mensuram a planicidade de sua camada de acabamento. Tal aspecto é importante para evitar a deformabilidade, manter o conforme dos usuários em relação a circulação interior e evitar vibrações.

Figura 3 – Procedimento de verificação a laser da planicidade do piso. Fonte: AECWeb.


ADEQUAÇÃO MANOBRA

ERGONÔMICA

DE

DISPOSITIVOS

DE

As exigências relacionadas as adequações ergonômicas de dispositivos de manobra visam garantir que componentes da habitação como trincos, puxadores, cremonas, guilhotinas entre outros não causem desconforto ou ferimentos ao serem manuseados pelo usuário. Para isso, é necessário que as peças apresentem dimensões e formatos compatíveis com a anatomia humana, sem contundências, depressões ou outras irregularidades. Critérios específicos para instalações hidrossanitárias são apresentados na norma NBR ABNT 15575-6. Portas, janelas, torneiras e outros componentes contam com normalização específica, e as exigências de suas respectivas normas devem ser atendidas.

Entre as normas de objetos específicos que também tratam dentro de seu conteúdo aspectos ergonômicos podem ser citadas: ABNT NBR 10281 (torneiras), ABNT NBR 11778 (aparelhos sanitários de plástico), ABNT NBR 14390 (misturador para lavatório), ABNT NBR 13257 (maçanetas).

FORÇA NECESSÁRIA PARA DISPOSITVOS DE MANOBRA

ACIONAMENTO

DE

O critério 17.3.1 da norma NBR ABNT 15575-1 limita à 10 N e 20 Nm respectivamente a força e o torque necessário para o acionamento de um dispositivo de manobra de um componente de uma habitação.

Figura 5 – Ilustração da aplicação de uma força para acionamento de um dispositivo de manobra. Fonte: CAU-DF, 2012.

Figura 4 – Maçanetas: não atende à norma (esq.) e atende (dir.); exemplo (abaixo). Fonte: Archdaily / Revista Casa, 2012.


ADAPTAÇÃO ERGONÔMICA DE ACIONADORES DE LOUÇAS E METAIS SANITÁRIOS Metais e louças sanitárias também devem atender ao usuário com conforto e facilidade. Assim, estes devem estar acessíveis, com formato e dimensões que proporcionem conforto durante o uso. Estes equipamentos, que podem ser: válvulas, torneiras, registros, caixas de descarga, válvulas de descarga, entre outros. Também não devem apresentar rebarbas, rugosidades ou ressaltos que possam causar ferimentos ao usuário. Estes produtos também devem ter torque ou força de acionamento de acordo com as normas de especificação próprias. Estas normas específicas podem ser a ABNT NBR 10281, ABNT NBR 11535, entre outras, de acordo com o item 17.1.1.2 da NBR 15575-6.

7. DESEMPENHO Figura 6 – Torneira inadequada (esq.) e ergonômica (dir.) Fonte: Tripadvisor / Madeiras do Brasil.

TÉRMICO


Além de repercutir nas condições de conforto, o adequado desempenho térmico contribui para a economia de energia. Ele depende das características do local, da edificação, das condições de uso e dos ocupantes. A norma NBR 15575 não contempla condicionamento artificial (refrigeração ou calefação). No procedimento de avaliação térmica, a NBR 15575 assume a divisão do território brasileiro em oito regiões bioclimáticas, como preconiza a NBR 15220-3, e apresenta 3 diferentes formas de se efetuar a avaliação: •

Procedimento 1 A – Simplificado: verifica o atendimento aos requisitos e critérios para o envelopamento da obra, com base na transmitância térmica e capacidade térmica das paredes de fachada e das coberturas.

Procedimento 1 B – Simulação por software Energy Plus7: para os casos em que os valores obtidos para a transmitância térmica e/ou capacidade térmica se mostrarem insatisfatórios frente aos critérios e métodos estabelecidos na norma NBR 15575, o desempenho térmico global da edificação deve ser avaliado por simulação computacional, conforme será descrito no item 9.2 desta cartilha.

Procedimento 2 – Medição in loco: prevê a verificação do atendimento aos requisitos e critérios estabelecidos na NBR 15575 por meio da realização de medições em edificações existentes ou protótipos construídos com essa finalidade.

Figura 7 – Métodos alternativos de avaliação do desempenho térmico. Fonte: CBIC (2013).


AVALIAÇÃO SIMPLIFICADA DO DESEMPENHO TÉRMICO •

TRANSMITÂNCIA TÉRMICA DE PAREDES EXTERNAS

Os valores máximos para a transmitância térmica (U) das paredes externas são apresentados na Tabela 4.

TRANSMITÂNCIA TÉRMICA DE COBERTURAS

Os valores máximos para a transmitância térmica (U) das coberturas, considerando o fluxo térmico descendente e as diferentes zonas bioclimáticas, são apresentados na Tabela 6. Tabela 6 – Critérios e níveis de desempenho de coberturas quanto à transmitância térmica.

Tabela 4 – Valores máximos admitidos para a transmitância térmica de paredes externas.

Fonte: Tabela 13, página 27 da NBR 15575 – Parte 4.

CAPACIDADE TÉRMICA DE PAREDES EXTERNAS

Os valores mínimos admissíveis para a capacidade térmica (CT) das paredes externas são apresentados na Tabela 5. Tabela 5 – Valores mínimos admitidos para a capacidade térmica de paredes externas.

Fonte: Tabela 14, página 27 da NBR 15575 – Parte 4.

Fonte: Tabela I.4, página 52 da NBR 15575 - Parte 5. Obs.: No caso de estruturas s que não atendam algum desse critérios citados nos itens 9.1.1, 9.1.2 e 9.1.3, a verificação do atendimento ou não do desempenho térmico da edificação como um todo deve ser realizada por simulação computacional/análise detalhada, de acordo com a NBR 155751.


AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO POR SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL Os softwares de simulação do comportamento térmico de edificações devem reunir as características mostradas na Figura 8.

Nas simulações computacionais devem ser usados os dados climáticos referentes aos dias típicos de projeto de verão e de inverno, apresentados no Anexo A da NBR 15575/13. •

VALORES MÁXIMOS DE TEMPERATURA NO VERÃO

Os valores máximos diários da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada (salas e dormitórios) devem ser sempre menores ou iguais ao valor máximo diário da temperatura do ar exterior para o dia típico de verão. •

VALORES MÍNIMOS DE TEMPERATURA NO INVERNO

Os valores mínimos diários da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada devem ser sempre 3ºC maiores que o valor mínimo diário da temperatura do ar exterior para o dia típico de inverno. •

ABERTURAS PARA VENTILAÇÃO DE AMBIENTES DE PERMANÊNCIA PROLONGADA

Os ambientes de permanência prolongada devem ter aberturas para ventilação com áreas que atendam à legislação específica do local da obra ou, na ausência de requisitos legais, aos valores indicados na Tabela 7. Tabela 7 – Área mínima de ventilação em dormitórios e salas de estar.

Figura 8 – Características necessárias para softwares de avaliação do desempenho térmico. Fonte: CBIC (2013).

Fonte: Tabela 15, página 28 da NBR 15575 - Parte 4.


8. DESEMPENHO ACÚSTICO


CONCEITUAĂ‡ĂƒO GERAL Os sons sĂŁo resultados de movimentos vibratĂłrios que se propagam pelo ar ou outros meios atravĂŠs de ondas com amplitudes e frequĂŞncias variadas.

Exemplo: Tabela 8 – Intensidades sonoras características em Db.

Vale lembrar: •

Quanto maior for a amplitude da onda, maior serĂĄ a intensidade sonora;

•

Quanto maior for a frequĂŞncia, mais agudo serĂĄ o som.

Ao propagar-se pelo ar as ondas pressionam o tĂ­mpano das pessoas. Com o objetivo de quantificar os sons, temos as seguintes prerrogativas:

•

PressĂŁo de referĂŞncia: 2 Ă— 10−5 Pa;

•

1 Decibel (dB) = 10 Bels;

•

Decibel =10 Ă— đ?‘™đ?‘œđ?‘” đ?‘?02 , onde p ĂŠ a pressĂŁo acĂşstica da onda

đ?‘?2

(em Pascais) e p0 ĂŠ a pressĂŁo de referĂŞncia.

A NBR 15575 estipula critÊrios para a atenuação acústica dos ruídos de impactos aplicados às lajes de piso e para a isolação ao som aÊreo dos pisos e do envelope de construção. A norma aborda tambÊm a necessidade de isolação acústica de paredes de geminação entre unidades autônomas e de paredes divisórias entre åreas privativas e åreas comuns nas edificaçþes. Para avaliação acústica dos sistemas construtivos, os critÊrios de desempenho devem ser verificados com a realização de ensaios de campo. A norma prevê a realização de ensaios de laboratório em componentes, elementos e sistemas construtivos, indicando valores de referência que poderão se traduzir no potencial atendimento das implantaçþes reais.


Exemplo: Conforme a NBR 15575-4, a tabela abaixo demonstra o grau de capacidade de entendimento do que se está falando em um ambiente adjacente em função do grau de isolamento acústico entre eles. Tabela 9 – Influência da isolação acústica sobre a intengibilidade de fala para ruído no ambiente interno em torno de 35 dB a 40 dB.

MÉTODOS DE VERIFICAÇÃO E SIMBOLOGIA ADOTADA NA NORMA NBR 15575

SOM AÉREO – VERIFICAÇÃO DE CAMPO – MÉTODO DE ENGENHARIA Determina de forma rigorosa:

SOM AÉREO – VERIFICAÇÃO DE CAMPO – MÉTODO SIMPLIFICADO Este método permite encontrar uma estimativa do isolamento sonoro global da vedação externa e entre recintos internos. A NBR recomenda que o método seja adotado nas seguintes condições: •

Não se dispõe de instrumentação necessária para medir o tempo de reverberação;

As condições de ruído de fundo não permitem obter este parâmetro.

Os resultados encontrados restringem-se somente às medições efetuadas (ISO 10052). Simbologia: Resultados são expressos em dB, adotando-se o símbolo D2m,nT,w – diferença padronizada de nível ponderada a 2m, sendo as medias tomadas a 2 metros do elemento que se está analisando.

Isolamento global ao som aéreo da vedação externa (ISO 140-5);

SOM AÉREO – ENSAIO DE LABORATÓRIO – MÉTODO DE PRECISÃO

Isolamento ao som aéreo de paredes e pisos entre unidades autônomas e entre uma unidade e áreas comuns (ISO 1404).

Este método permite obter o isolamento sonoro de componentes e elementos construtivos (ISO 10140-2). É importante avaliar cada componente isoladamente e depois calcular a resposta global do conjunto.

Tanto para fachadas, coberturas, divisórias e pisos os resultados encontrados restringem-se somente às medições efetuadas.

Simbologia: Resultados são expressos em dB, adotando-se o símbolo Rw – Índice de redução sonora ponderado.


RUÍDO DE IMPACTO EM PISOS – VERIFICAÇÃO DE CAMPO

Tabela 10 - Diferença padronizada de nível ponderada da vedação externa.

Isolamento de ruídos de impacto resultantes do caminhamento, queda de objetos e outros (ISO 140-7). Os impactos são gerados por equipamentos padrões como o da figura abaixo:

Figura 9 – Equipamento padronizado para ensaios de ruídos de impactos em pisos.

Simbologia: Resultados são expressos em dB, adotando-se o símbolo L’nT,w – nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado.

ISOLAÇÃO SONORA DAS FACHADAS E DA COBERTURA A atenuação acústica entre o ruído padrão gerado externamente e a intensidade sonora registrada em área de dormitório, devem atender os limites:

Principais fatores que ocasionam perdas de isolação acústica: •

Frestas nas coberturas e fachadas;

Execução deficiente das juntas e ligações de paredes com elementos estruturais;

Janelas ou portas sem adequada vedação ou tratamento acústico.

Em relação ao ultimo item, a isolação acústica obtida depende mais da qualidade da fabricação/montagem e depende pouco da espessura, sendo que um aumento da espessura das placas de vidro não reflete em melhoria substantiva na isolação acústica.


ISOLAMENTO DE RUÍDO AÉREO DE ENREPISOS A atenuação acústica entre o ruído padrão gerado na unidade superior e a intensidade sonora registrada no cômodo em avaliação deve atender a os limites indicados: Tabela 11 - Diferença padronizada de nível ponderada do entrepiso.

Elementos com maior densidade resultam em melhor isolação do som aéreo e resultado inverso para os ruídos de impacto, aumentando a transmissão acústica. Para aumento de desempenho pode-se adotar um absorvedor acústico entre a laje e o contrapiso, mantas constituídas por lã de vidro, lã de rocha, borracha e outros. Tabela 13 – índice de pressão sonora de impacto.

ISOLAÇÃO A RUÍDOS DE IMPACTO DE PISOS O nível de pressão sonora de impacto no recinto em analise não deve exceder aos valores: Tabela 12 - Nível de pressão sonora de impacto.

Deve-se evitar ao máximo a localização de dormitórios vizinhos a poços de elevadores, escadas de uso comum, prumadas de água etc.


9. DESEMPENHO LUMÍNICO


NÍVEIS REQUERIDOS DE PROCESSO DE SIMULAÇÃO

ILUMINÂNCIA

NATURAL

-

Os valores de iluminação (natural e artificial) de edificações devem estar dentro de uma faixa prevista pela ABNT NBR 5413 - Iluminância de interiores, para garantir que suas atividades possam ser realizadas com eficiência e sem danos aos usuários. Deve-se priorizar a iluminação natural, para que a edificação tenha maior sustentabilidade. A norma ABNT NBR 15215 Iluminação natural, possui alguns algoritmos para o cálculo do valor da intensidade luminosa, e também existem programas que serão utilizados durante o curso, como o RELUX (representado na Figura 10), que facilitam o procedimento. Para a utilização deste programa, deve-se lançando a planta baixa do projeto no software, e comparar os resultados com os valores da Tabela 14. Caso os valores não estejam dentro da faixa mínima e superior, é necessário fazer alterações no projeto, como a modificação no forma e na quantidade das janelas, adotar paredes de cores mais claras etc. Também é necessário avaliar a redondeza do empreendimento, pois taludes, edificações muito elevadas e outros obstáculos podem afetar a iluminação e a ventilação do ambiente.

Tabela 14 - Níveis de iluminância para iluminação natural.

Nível de desempenho

Iluminamento geral para os níveis de desempenho em lux Mínimo

Inferior

Superior

Sala de estar Dormitório Copa/cozinha Área de serviço

>60

>90

>120

Banheiro Corredor ou escada interna à unidade Corredor de uso comum (prédio) Escada de uso comum (prédio) Garagens/estacionamentos

Não requerido

>30

>45

Fonte: Anexo E – Tabela E.3, pág 63 da NBR 15575-1.


NÍVEIS REQUERIDOS DE ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL Para horários noturnos ou caso o local não permita iluminação natural, devemos utilizar uma iluminação artificial. O procedimento de calculo. Para facilitar o procedimento seus valores mínimos e máximos são destacados na Tabela 15. Tabela 15 - Níveis de iluminância para iluminação artificial.

Dependência

Mínimo

Inferior

Superior

100

150

200

>200

>300

>400

Corredor ou escada interna à unidade Corredor de uso comum (prédio) Escada de uso comum (prédio)

>100

>150

>200

Garagens/estacionamentos descobertos

>20

>30

>40

Sala de estar Dormitório Banheiro Área de serviço Garagens/estacionamentos internos e cobertos Copa/cozinha

Figura 10 - Simulação de iluminação real e artificial realizada no software Relux. Fonte: emostechnic.cz

Iluminamento geral para os níveis de desempenho em lux

Fonte: Anexo E – Tabela E.5, pág 64 da NBR 15575-1.


10. ESTANQUEIDADE À ÁGUA


O QUE É ESTANQUEIDADE?

Impedir a infiltração de água em paredes e pisos, devido pluviosidade ou ascenção pelo solo. A água que infiltra pode acarretar em doenças ao usuário.

PISO DE ÁREAS MOLHADAS

Para garatir a estanqueidade as manutenções e usos normais devem constar no Manual de Uso, Operação e Manutenção. Para os próximos tópicos é importante definir o que é área molhada e o que é área molhável:

Toma cuidado em paredes duplas com o acúmulo de entulho.

Deve haver garantia do material de evitar o surgimento de umidade em pisos adjacentes e paredes. Efetuado ensaio laboratorial que comprove que para lâmina d’água de 10 mm durante 72 h não há infiltração. Dicas do construtor!!! •

Pisos com rejunte, salvo em casos de impermeabilização, só garantirão estanquiedade se os rejuntes forem impermeavéis e continuos. Deve haver garantia de aderência do piso com o contra piso;

Para evitar empoçamento utilizar caimento de 0,5 a 1% em áreas externas e 1 a 2% em box de chuveiro;

ESTANQUEIDADE EM PISOS

Impermeabilizar o entorno do ralo.

PISOS SUJEITOS A UMIDADE ASCENDENTE DO SOLO

ESTANQUEIDADE DE PAREDES E FACHADAS

Em projeto deverá ser considerada a altura do lençol freático e o tipo de solo.

Além da pluviosidade a velocidade e direção do vento influênciam na estanqueidade. A Figura 11 apresenta a velocidades do vento no Brasil.

Área molhada: devido a localização ou uso permite a formação de lâmina d’água (exemplo banheiro com chuveiro, áreas externas).

Área molhável: devido a localização e uso ocorrem respingos de água.

Dicas do construtor!!! •

Impermeabilizar a fundação;

Prever uma camada de separação (manta plástica ou camada de brita) separando solo do contrapiso;

Impermeabilizar sempre o contato da construção com solo em altura adequada;

ENSAIO DE ESTANQUEIDADE DE PAREDES Para teste de estanqueidade de material: •

Corpo de prova submetido a vazão constante de água por 7 horas com pressão de ar simulando os ventos do local;

Classificação em mínimo (M), intermediário (I) e superior (S).


Dicas do construtor!!! •

Em grande parte a infiltração ocorre devido a erros de execução, permitindo abertura de fissura ou espaçamento entre esquadrias e alvenaria;

A manutenção deve ser realizada com repintura e aplicação de selante, conforme instruido no Manual de Uso, Operação e Manutenção;

Cuidado em projetos arquitetônicos que apresentam locais propícios a empoçamento (exemplo: vigas salientes).

PAREDES DE ÁREAS MOLHADA

Figura 11 – Mapa de velocidade de ventos.

Realização de ensaio para garantir que não há infiltração maior do que 3 cm³ a cada 24 horas.O ensaio consiste na aplicação direta de água em área de 34x16 cm.

ESTANQUEIDADE EM FACHADAS

PAREDE EM ÁREAS MOLHÁVEIS

A Tabela 16 apresenta o valor de desempenho das paredes de fachada segundo o ensaio.

Não pode haver umidade percepitível. Para isso deve haver os procedimentos de uso e manuteção no Manual de Uso, Operação e Manutenção.

Tabela 16 – Níveis de desempenho de parede de fachada.

Dicas do construtor!!!

Proteger áreas sucepitíveis à respingos com barras de impermeabilização

Colocação de rodapé imperveável

No encontro entre parede e piso, observar recomendações do item “Estanqueidade à água em piso”


ESTANQUEIDADE À ÁGUA DE COBERTURAS A norma em estudo torna-se aplicável, no presente quesito, a coberturas constituídas por lajes (Impermeabilizadas ou não), telhados ou tensoestruturas. Sendo a estanqueidade dependente de vários parâmetros, sendo os principais: •

Impermeabilidade do material empregado;

Sobreposição dos Componentes;

Extensão dos panos;

Eficiência do Desenho;

Colocação das peças;

Análise dos índices pluviométricos;

Análise da direção e velocidade dos ventos.

IMPERMEABILIDADE DE TELHAS Sob a ação de coluna d´água, que respeitem as condições impostas pela NBR 7581-2 Telha Ondulada de Fibrocimento as telhas não pode apresentar: • • •

Escorrimento; Gotejamento de água; Ou gotas aderentes.

De acordo com a seguinte Tabela 17 a seguir:

Tabela 17 – Níveis de desempenho para estanqueidade à água de telhas. (NBR 15575, 2013).

Condição

Nível de Desempenho

• Não aparecimento de gotas aderentes • Aparecimento de manchas de umidade- no máximo 35% da área das telhas

M

• Não aparecimento de gotas aderentes • Aparecimento de manchas de umidade – no máximo 24% da área das telhas, sem gotas aderentes na superfície inferior da telha

I

• Não aparecimento de manchas de umidade

S


ESTANQUEIDADE À ÁGUA DE COBERTURAS Durante a vida útil de projeto do sistema de cobertura, não podem ocorrer infiltrações de água que acarretem escorrimentos ou gotejamentos, considerando as condições de exposição indicadas na Figura 12 – Mapa de velocidade de ventos., Observando-se que no caso de coberturas, a vazão de ensaio deve corresponder a 4 Litros/min/m².

inovadores de coberturas devem ser realizados ensaios de tipo em Câmara de chuva, caracterizado na imagem a seguir:

IMPERMEABILIDADE DE TELHAS Sob a ação de coluna d´água, que respeitem as condições impostas pela NBR 7581-2, as telhas não podem apresentar: •

Escorrimento;

Gotejamento de água;

Ou gotas aderentes.

Dicas do construtor!!! Ao analisar telhas, certificar-se de: •

Adequação das características geométricas e de encaixe nas ripas;

Capacidade da resistência mecânica;

Para telhas muito porosas, analisar a aplicação de esmalte ou pintura;

Além de padronizar os parâmetros para a qualificação do desempenho dos sistemas já existentes, em sistemas

Figura 12 – Câmara para ensaio de estanqueidade de coberturas em laboratório (IPT, 2008).

ESTANQUEIDADE DAS ABERTURAS DE VENTILAÇÃO O sistema de cobertura não pode permitir infiltrações de água ou gotejamentos nas regiões das aberturas de ventilação constituídas normalmente por entradas de ar nas linhas de beiral e saídas de ar nas linhas de cumeeiras. Dicas do construtor!!! Atentar-se a: •

Adequação do formato das aberturas à solução de vedação;

Uso de telas metálicas anti insetos e pequenos animais.


CAPTAÇÃO E ESCOAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS O sistema de cobertura deve ter capacidade para drenar a máxima precipitação possível de ocorrer no local da obra, não permitindo empoçamentos ou extravasamentos para o interior da edificação. Atentando-se a especificação dos caimentos, geometria da seção da calha condutora, e evitar proximidade do deságue com a fundação. ESTANQUEIDADE DE COBERTURAS COM SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO Os sistemas de cobertura impermeabilizados devem manter a estanqueidade ao longo de toda vida útil do projeto, havendo manutenções planejadas. Quando novas as coberturas devem ser submetidas ao ensaio da lâmina d´água de 10mm, e resultar em estanqueidade por 72 horas. Analisar a adequação do produto às normas vigentes ESTANQUEIDADE DOS SISTEMAS DE ÁGUA FRIA E ÁGUA QUENTE As tubulações dos sistemas prediais não podem apresentar vazamentos quando submetidas, durante uma hora, à pressão hidrostática 1,5 vez o valor da pressão prevista em projeto, não sendo em nenhum caso ensaiadas a pressões inferiores a 100 kPa. A tubulação e água quente deve ser ensaiada com água à temperatura de 70°C, durante uma hora. Devendo ainda: •

Ser ensaiadas conforme prescrito nas suas respectivas normas (NBR 5625 – Instalação predial de água fria e NBR 7198; Projeto e execução de instalações prediais de água quente; NBR 8160 – Projeto e execução de sistemas prediais de esgoto sanitário)

ESTANQUEIDADE À ÁGUA DE PEÇAS DE UTILIZAÇÃO Peças de utilização não podem apresentar vazamento quando submetidas à pressão hidrostática máxima prevista nas normas NBR 5626 e NBR 7198. Tanto os reservatórios quanto os metais sanitários devem ser estanques. ESTANQUEIDADE DAS INSTALAÇÕES DE ESGOTO E DE ÁGUAS PLUVIAIS Tubulações dos sistemas prediais de esgoto sanitário e de águas pluviais não podem apresentar vazamento quando submetidas à pressão estática de 60 kPa, durante 15 minutos, se o ensaio for feito com água, ou de 35 kPa, durante o mesmo período de tempo, caso o ensaio seja feito com ar. Sendo as tubulações ensaiadas conforme as prescrições constantes das normas NBR 8160 – Projeto e execução de sistemas prediais de esgoto sanitário e NBR 10844 – Instalações prediais de águas pluviais – Procedimento. ESTANQUEIDADE À ÁGUA DAS CALHAS Calhas com todos os demais componentes do sistema predial de águas pluviais, devem ser estanques. O ensaio se dá pela obstrução das saídas de água e enchimento das mesmas com água até o nível de transbordo, analisando a ocorrência de vazamentos.


11. DURABILIDADE


DURABILIDADE

Tabela 18 – Prazos de vida útil de projeto.

A durabilidade de edificações depende de fatores desde o projeto à limpeza, uso e conservação. Com a busca da sustentabilidade, o ciclo de vida dos produtos se torna relevante, pela diminuição da exploração de recursos naturais, do consumo de água e energia, e de geração de poluentes, quanto maior a durabilidade dos produtos. Nas definições dos prazos de vida útil de projeto das edificações, a norma respeita condicionantes técnicas e econômicas, incorporando conceitos essenciais: •

Efeitos nocivos acarretados por falha no desempenho do sistema, com implicações a elementos vizinhos;

Dificuldade de manutenção e reparação em caso de falha no desempenho;

Custo de correção da falha e de elementos afetados.

O valor de Vida Útil (VU) é composto pelo calculado como Vida Útil de Projeto (VUP), influenciado pela manutenção feita pelo usuário e por fatores externos (mudanças climáticas, por exemplo).

VIDA ÚTIL DE PROJETO DA EDIFICAÇÃO HABITACIONAL E DE SUAS PARTES O projeto deve especificar a VUP de acordo com a Tabela 18, ou ainda nas tabelas C.1 a C.4 da NBR 15575:

Os prazos de vida útil iniciam na data de conclusão da edificação, e decorridos 50% dos prazos considera-se atendido o requisito da VUP, salvo necessidade de intervenções significativas.

DURABILIDADE DA EDIFICAÇÃO HABITACIONAL E DE SUAS PARTES

Para a consolidação da durabilidade prevista deve-se verificar os materiais, a execução e utilização correta da obra atendendo o Manual de Uso, Operação e Manutenção da obra. Pode ser avaliada por inspeções periódicas na obra confrontando possíveis sintomas patológicos. Cada componente da obra necessita de um cuidado específico para a garantia da durabilidade.


COMPORTAMENTO DE PISOS MOLHADOS E MOLHÁVEIS SOB AÇÃO DA UMIDADE Com os pisos de áreas molhadas e molháveis instalados corretamente, expostos a uma lâmina d’água de 10 mm por 72h, não podem apresentar danos (bolhas, fissuras, descolamentos, etc.) após 24h da retirada da água. A alteração de tonalidade pela umidade só é permitida se informada previamente pelo fabricante, constando no Manual de Uso, Operação e Manutenção da edificação.

RESISTÊNCIA A AGENTES QUÍMICOS DE PISOS DE ÁREAS SECAS A resistência ao ataque químico de agentes sobre componentes do acabamento de pisos de áreas secas deve ser estabelecida em normas específicas dos produtos. Em casos onde não existem essas normas, a NBR 15575 indica formas de realizar essa medição. Para medir essa resistência foi estabelecida uma classificação de acordo com alterações provenientes da utilização dos seguintes agentes químicos: acetona, café forte, hidróxido de sódio, peróxido de sódio e graxa de sapato. A classificação adotada foi a seguinte:

Nível 4 – nenhuma alteração visível;

Nível 3 – leve a moderada alteração de brilho e/ou cor

Nível 2 – severa alteração de brilho e/ou cor

Nível 1 – ataque da superfície na forma de rachaduras, fissuras, bolhas, delaminação, etc.

RESISTÊNCIA A AGENTES MOLHADOS E MOLHÁVEIS

QUÍMICOS

DE

PISOS

Assim como no item anterior, a resistência a agentes químicos de pisos molhados e molháveis deve ser indicada por normas do produto, porém em outros casos é medida através de testes com os seguintes produtos químicos: cloreto de amônia e produtos de limpeza, hipoclorito de sódio, ácido cítrico, ácido clorídrico e hidróxido de potássio.

RESISTÊNCIA AO DESGASTE POR ABRASÃO DE PISOS A avaliação do desgaste por abrasão de pisos depende da natureza do material de acabamento, tendo que seguir diferentes normas de acordo com seu tipo de revestimento. A simulação do desgaste irá depender das características superficiais de cada material, da natureza do esforço associado e das condições de utilização.


AÇÃO DE CALOR E CHOQUE TÉRMICO EM PAREDES DE FACHADA A avaliação da ação de calor e choque térmico em paredes é realizada com a exposição ao calor e resfriamento por meio de jato d’água durante dez ciclos, sem poder apresentar deslocamento horizontal instantâneo maior que h/300 (h=altura do corpo de prova) ou ocorrência de fissuras, destacamentos, empolamentos, descoloramentos ou outros danos.

ESTABILIDADE DA COR DE TELHAS COMPONENTES DAS COBERTURAS

E

OUTROS

O grau de alteração de cor na escala cinza (ABNT NBR ISO105A02) não deve ser maior que 3 (nível mínimo M) quando exposta durante 1600 horas em uma câmara com lâmpada com arco de xenônio.

12. MANUTENIBILIDADE


A vida útil de uma obra pode ser definida como o período de tempo em que a construção se presta as atividade a que foram projetadas, sem perda dos níveis de desempenho propostos. Vários fatores interferem nessa questão, como a eficiência do projeto, fatores naturais como chuvas, ventos, incidência solar e principalmente os cuidados em seu uso e manutenção. Logo, é obrigatório ao construtor o desenvolvimento do manual de uso, operação e manutenção de edificações. A preparação deste manual, bem como a gestão da manutenção, remete a regras específicas da ABNT, a NBR 14037 - Manual de operação, uso e manutenção das edificações - Conteúdo e recomendações para elaboração e apresentação, e a NBR 5674 - Manutenção de edificações – Procedimento. Portanto, essa parte desse material tem como objetivo alertar quais são os principais pontos que se deve prestar mais atenção, no que se refere em termos de Manutenibilidade, e como essas práticas prolongam o tempo de vida útil da obra.

Figura 13 – Pilar danificado e recuperado (Antes e depois).Fonte: Athos Engenharia, 2016.

MANUAL DE USO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO São necessárias manutenções preventivas periódicas aos componentes de uma construção, a periodicidade e forma de manutenção é definida pelo fornecedor do material. Ainda, sempre que necessário for, deve-se desenvolver manutenções corretivas quando algum problema se manifestar, evitando progressão da patologia. Como dito anteriormente, cabe ao incorporador e/ou construtora o fornecimento do manual de uso, operação e manutenção da construção. Esse manual definirá os métodos a serem seguidos pelos usuários para que a obra atinja a vida útil projetada. A NBR 14037 apresenta a estruturação e conteúdo desse manual, e simplificadamente é apresentada nas tabelas a seguir.

Tabela 19 – Estruturação do Manual. Fonte: Guia CBIC, 2013.


Tabela 20 – Estruturação do Manual. Fonte: Guia CBIC, 2013. (Continuação)

É importante que o fabricante, o construtor e o incorporador, especifiquem em projeto e/ou manuais prevendo as condições de uso, operação e manutenção dos equipamentos integrantes da obra. Esse material tem como objetivo informar para o planejador da obra quais são os equipamentos que necessitam de manutenção, a periodicidade e a forma que essa manutenção deve ser feita. Além disso, o próprio projeto deve prever essas manutenções, dispondo esses equipamentos de tal forma que facilite as manutenções periódicas. Como exemplo, pode-se citar os equipamentos hidrossanitários, como bombas e reservatórios de d’agua enterradas e superiores. Ainda durante a etapa de projeto, o projetista deve prever essas manutenções e como o funcionário poderá ter acesso à esses equipamentos para manutenção. No caso dos componentes hidrossanitários, deve-se consultar a NBR 15.5756. Para cada conjunto de equipamentos na obra, existe uma NBR 15.575 complementar a fim de orientar de forma mais específica como a manutenção deve ser feita.

MANUAL DE USO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO Para que a construção atinja o tempo de vida útil prevista no projeto, ela deve passar por manutenções preventivas sistemáticas, conforme especificado no Manual de Uso, Operação e Manutenção (elaborado conforme a NBR 14037). A norma de desempenho 15.575 traz diversas tabelas prevendo o tempo de VUP (Vida Útil do Projeto). Essas tabelas devem ser utilizadas como referência pelo projetista, prevendo que a edificação cumpra com esses prazos pré-estabelecidos.


Como exemplo desse material disposto do anexo C. Tem-se a Tabela 21, especificando o tempo de VUP para alguns componentes da edificação. Tabela 21 – Exemplos de VUP. Fonte: Anexo C da NBR 15575-1

CONSIDERAÇÕES FINAIS

o De um lado, o engenheiro/construtor deve estar ciente de sua responsabilidade legal sobre patologias que se manifestem em obras recém entregues; de outro, os consumidores devem compreender a importância da manutenção adequada dos equipamentos e o desgaste natural da construção ao longo do tempo de uso. o É importante o estabelecimento de diversos níveis de desempenho (Mínimo, Intermediário e Superior). o A engenharia de custos deve considerar custos, benefícios e investimento inicial para se alcançar equilíbrio entre preço e qualidade – além do custo com operação e manutenção ao longo da vida útil. o Os dois principais atores na indução de mudanças são: PROJETISTAS e USUÁRIOS das habitações. Aos primeiros, compete projetar com base nas exigências de desempenho; e aos usuários, compete incorporar a cultura de que uma edificação também requer manutenção preventiva e corretiva. o Os projetos devem se basear em informações específicas sobre as características dos materiais e seus componentes. Deve-se repudiar propagandas que apenas vendem um slogan e não comprovam a qualidade do produto.


APÊNDICE


VIGÊNCIA E AMPLITUDE DE APLICAÇÃO DA “NORMA”

VIGÊNCIA E AMPLITUDE DE APLICAÇÃO DA “NORMA”

A ABNT NBR 15575 aplica-se a edificações habitacionais. Não abrange todos os sistemas construtivos da edificação.

A norma se aplica a edificações habitacionais, e não se aplica a:

As leis dão força obrigatória às Normas Técnicas ou estabelecem consequências para o seu descumprimento. Assim, a observância da “Norma de Desempenho”, bem como das demais Normas Técnicas, decorre de determinações contidas no Código Civil, no Código de Defesa do Consumidor, em Códigos de Obras, em leis especiais, Códigos de Ética Profissional, etc. A Norma define três níveis de desempenho: (M) Mínimo – obrigatório; (I) Intermediário e (S) Superior, que servirão como parâmetros de avaliação dos elementos e sistemas construtivos. A novidade servirá para balizar a relação de custo/benefício de diferentes construções colocadas no mercado. Considerando que a edificação possui vários elementos construtivos, com vidas úteis variáveis, caberá ao incorporador ou construtor definir o “mix” dos três níveis de desempenho, observado o mínimo obrigatório. A Norma traz uma nova obrigação para os projetistas, de estabelecer e indicar nos projetos a Vida Útil de Projeto (VUP) dos elementos e sistemas da edificação, bem como as atividades de manutenção indispensáveis para que se possa atingi-la. Deixa clara a responsabilidade dos usuários pela realização da manutenção como condição para assegurar a garantia e atingir a vida útil. O reparo de falhas durante a vigência dos prazos de garantia deve ser feito pelo incorporador ou construtor, ressalvadas as hipóteses que excluem a sua responsabilidade.

Obras já concluídas;

Obras em andamento na data da entrada em vigor da “Norma”;

Projetos protocolados nos órgãos competentes até a data da entrada em vigor da “Norma”;

Obras de reformas;

Retrofit de edifícios;

Edificações provisórias.

Existem determinados critérios, que são aplicáveis especificamente para edificações de até cinco pavimentos.

A VERIFICAÇÃO DE ATENDIMENTO AOS REQUISITOS DA “NORMA” A verificação de atendimento aos requisitos da Norma será feita pelos interessados– proprietários, usuários, consumidores de um modo geral – e poderá ser necessária a sua comprovação, a qualquer momento futuro, em caso de dúvida ou discussão sobre a qualidade da construção e o cumprimento de obrigações para apurar responsabilidades.


VIDA ÚTIL (VU)

CONFLITOS ENTRE NORMAS, E ENTRE A “NORMA” E LEIS

A vida útil não pode ser confundida com prazo de garantia legal ou contratual. O correto uso e operação da edificação e de suas partes, interferem na vida útil, além da vida útil de projeto, das características dos materiais e da qualidade da construção como um todo.

Normas jurídicas, como as leis têm força obrigatória, mas as normas técnicas, não são normas jurídicas. Dessa forma são obrigatórias por força de leis que determinam seu cumprimento. Em caso de conflito entre norma e lei, esta última se sobrepõe.

O valor real de tempo de vida útil será uma composição do valor teórico de vida útil de projeto devidamente influenciado pelas ações de manutenção, da utilização, da natureza e da sua vizinhança.

VIDA ÚTIL DE PROJETO (VUP) A VUP é uma estimativa teórica do tempo que compõe o tempo de vida útil. Decorridos 50% dos prazos da VUP, desde que não exista histórico de necessidade de intervenções significativas, considera-se atendido o requisito de VUP, salvo prova objetiva em contrário.

MANUTENÇÃO A norma deixa claro, como requisito indispensável para se atingir a vida útil de projeto, que sejam realizadas corretamente as atividades de manutenção pelos usuários, corretivas e/ou preventivas, mediante o atendimento integral dos programas definidos no manual de uso, operação e manutenção da edificação.

Na ausência de normas Brasileiras, normas internacionais podem ser utilizadas.

PROVIDÊNCIAS/FORMALIZAÇÕES IMPORTANTES Nas contratações de modo geral, deve-se definir e estabelecer, por escrito, a Vida útil de projeto (VUP), bem como a definição das responsabilidades pelos riscos e elaboração de estudos técnicos entre incorporador, projetistas e empresa construtora, além de estabelecer que todos projetos atendam as normas. O incorporador e/ou construtor deve elaborar o “Manual de Uso, Operação e Manutenção” conforme a ABNT NBR 14037 constando os prazos de garantia e os níveis de desempenho previstos nos projetos para cada sistema. Tal manual deve ser entregue ao proprietário mediante protocolo. O incorporador e/ou construtor deve ainda preencher as ARTs e TTTs dos serviços, analisar a vizinhança da obra e providenciar laudo antes do início das obras. Já o projetista além das responsabilidades anteriormente mencionadas deve especificar em projetos os materiais, produtos e processos que atendam o desempenho mínimo estabelecido em norma, bem como indicar as manutenções para atingir a VUP.


Os fornecedores de insumo, material e componentes ou sistemas devem caracterizar o desempenho dos produtos de acordo com as normas específicas de cada produto, e estabelecer vida útil, prazos e garantias de acordo com os sugeridos na NBR 15575. Os usuários devem dar o uso adequado à edificação, seguindo as recomendações do Manual de Uso e Operações, bem como realizar as manutenções previstas e guardar documentação que comprove tais manutenções.

OBSERVAÇÕES FINAIS As decisões tomadas durante a fase de projeto e execução da obra devem ser registradas por escrito. Todos os envolvidos com o projeto, ou seja, construtor, projetistas e usuários devem manter arquivos dos projetos e demais documentos relativos à edificação e manutenção.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Desempenho de edificações habitacionais: guia orientativo para atendimento à norma ABNT NBR 15575/2013. Câmara Brasileira da Indústria da Construção. – Fortaleza: Gadioli Cipolla Comunicação, 2013. Wikipedia. Universidade Federal de Itajubá. 2016. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Federal_de_Itajub %C3%A1>. Acesso em: 06 de Junho de 2016. Bombeiros Cascavel. Prevenção de Incêndios. 2016. Disponível em: <http://www.bombeiroscascavel.com.br/aula_cscip/mod6Central%20e%20Armazenamento%20GLP.pdf>. Acesso em: 06 de Junho de 2016. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 155751: Edificações Habitacionais — Desempenho, Parte 1: Requisitos gerais. Rio de Janeiro, 2013. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 155752: Edificações Habitacionais — Desempenho, Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais. Rio de Janeiro, 2013. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 155753: Edificações Habitacionais — Desempenho, Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos. Rio de Janeiro, 2013. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 155756: Edificações Habitacionais — Desempenho, Parte 6: Sistemas Hidrossanitários. Rio de Janeiro, 2013. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 5413: Iluminância de interiores. Rio de Janeiro: ABNT, 1992.

CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO DISTRITO FEDERAL. Apresentação sem título. Disponível em: http://www.caudf.org.br/portal/images/CAUDF/pdfs/PalestraErcio2.pdf Acessado em: 06/06/2016 REVISTA CASA. Aposte nestas 18 novas maçanetas. Editora Abril. Disponível em <http://casa.abril.com.br/materia/apostenestas-18-novas-macanetas#10>. Acessado em: 06/06/2016 TAMAKI, L. Vale o desempenho. [Editorial] Revista Téchne, Edição 158. Editora Pini. Disponível em: http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/158/artigo2877511.aspx. Acessado em: 06/06/2016

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO. Desempenho de Edificações habitacionais: Guia Orientativo para atendimento à norma ABNT NBR 15575/2013. Disponível em: <http://www.cbic.org.br/arquivos/guia_livro/Guia_CBIC_Norma _Desempenho_2_edicao.pdf> Acessado em: 06/06/2016. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT: “Compartimentação Horizontal e Vertical”, Eng° Ercio Thomaz, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7581: Telha Ondulada de Fibrocimento. 2 ed. Rio de Janeiro, 2014. 17 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5625: Instalação Predial de Água Fria. Rio de Janeiro, 1982. 9 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7198: Projeto e Execução de Instalações Prediais de Água Quente. Rio de Janeiro, 1993. 6 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8106: Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário. Rio de Janeiro, 1999. 74 p. Athos Engenharia. Recuperação Estrutural. 2016. Disponível em:<http://athosengenharia.com/obras-athos-engenharia/>. Acesso em: 13 de Junho de 2016.

COLABORADORES

Alexandre Zapparolli Cruz André Tarcílio França Batista Davi Pezzo Ladeira David Pacheco Vilela Eduardo Costa Granato Eduardo de Campos Felipe Ott Caballer Filipe França Martins do Carmo Gabriel Lopes de Faria Gabriel Francisco de Oliveira Gustavo Santucci dos Santos Henrique da Cunha Fernandes Leonardo Silva Oliveira Pires Lucas Gabriel Teixeira Luciana Márcia de Souza Luisa Silva Costa Marina Bayeux Delvecchio Mário Sérgio Duarte Júnior Naliane Roberti de Paula Natacha Cristina Nascimento Faria Paulo Guilherme de Carvalho Pedro Luengo Garcia Júnior Priscila Freitas Lage Santos Rafael Henrique Bueno Ruella Rafael Nobre Leite Raphael Reis Rufino Raquel Passos Cordeiro Tatiana Yukari Miyazaka Thiago Possignolo Rodrigues Thiago Cardoso de Oliveira Thomás Augusto Foga Gomes Tibério Mota Fleming Verônica Gomes Bittencourt Victor Dalgé Teixeira


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