Manual de Fiscalização em Arquitetura Paisagista

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Autores: Laura Roldão Costa Arquiteta Paisagista Soraia Coutinho Arquiteta Paisagista

Realizado em Outubro de 2017

Consultores: Albino Estelita Engenheiro Civil André Pinto Engenheiro Civil Frederico Meireles Arquiteto Paisagista Gaspar Freitas Engenheiro Civil Joaquim Quelhas Engenheiro Agrónomo Luís Loures Arquiteto Paisagista Serafim Almeida Engenheiro Civil

Produção:

LRC | Laura Roldão Costa – Arquitetura Paisagista Viela da Barranha 159 1º Esq. Senhora da Hora. Matosinhos. 2017 lauracosta.ap@sapo.pt




A complexidade do processo de urbanização das paisagens implica multiplicidade de abordagens, quer na definição e conceção, quer na instalação e manutenção das estruturas ecológicas.

Resultam destas abordagens várias tipologias de espaços que integram a estrutura ecológica, mas em todas é a vegetação o material estruturante, tendo que se considerar na sua utilização todos os benefícios que dela podemos obter, desde os designados de utilitários, como sejam a melhoria da qualidade do ar, captura de carbono, moderação do clima, retenção de água de tempestade e benefícios sociais e de saúde, como os designados de experienciais, decorrentes da experiência de sentimentos de prazer, fruição e apreciação pelas pessoas e que resultam das dinâmicas, cores, texturas, volumes, silhuetas, paladares, aromas, frescura e serenidade que nos oferece.

No entanto, para que se possam obter os benefícios utilitários e experienciais na sua plenitude, temse que assegurar a correta instalação do material vegetal, e a sua adequada manutenção e consolidação. Considera-se assim que a instalação da vegetação, não só implica o entendimento dos objetivos finais expressos no projeto, como também das caraterísticas próprias do local, da especificidade de cada indivíduo e das dinâmicas criadas em cada espaço resultantes da interação dos fatores ecológicos e sociais.

Tendo por base a experiência adquirida na realização de projetos e acompanhamento de obras, apresenta-se um Manual de Fiscalização direcionado à instalação do material vegetal e da rede de rega e que tem por objetivo constituir um instrumento de apoio capaz de orientar e motivar os vários intervenientes na fiscalização da obra visando o estabelecimento de estruturas ecológicas diversificadas cumpridoras das funções pretendidas.

Dado se considerar que um projeto de arquitetura paisagista não se esgota no trabalho de gabinete, mas que é um processo que iniciado em gabinete tem continuidade na obra e na manutenção, constituindo-se como um procedimento contínuo ao longo do tempo, de aperfeiçoamento e de adaptação face às dinâmicas ecológicas do local e à apropriação do espaço, pretende-se que este Manual de Fiscalização contribua para a continuidade do trabalho de gabinete.

A procura de soluções e de propostas mais adequadas às exigências de cada local de forma ecológica e socialmente correta, segura, criativa e bela, havendo inclusive lugar a alguma experimentação numa perspetiva de investigação aplicada, também se realiza na obra, sendo esta atividade integrante do processo criativo.

Este Manual de Fiscalização destina-se a todos os intervenientes da construção de jardins, parques e espaços naturalizados, e é elaborado tendo por base imagens e diagramas de modo a ser facilmente interpretado nos conhecimentos e técnicas que apresenta. Encontra-se organizado por fichas de trabalhos, que por sua vez se encontram subdivididas em secções. As fichas são organizadas tendo por base a estrutura habitualmente observada nas Condições Técnicas dos Projetos de Revestimento Vegetal.


Em cada ficha são, regra geral, apresentadas cinco secções com informação. Na primeira secção faz-se a identificação da ficha com o título e uma breve descrição. Na segunda secção são indicados os materiais a aplicar e/ou as ferramentas e equipamentos a utilizar para a realização desse trabalho. A terceira secção corresponde à descrição da execução dos trabalhos incorporando-se diagramas e imagens que são acompanhados por breve recomendação técnica. A quarta secção corresponde à indicação dos trabalhos a evitar ou de como não realizar os trabalhos. Por fim, segue-se a última secção, a quinta, que corresponde à época que se considera ser a mais indicada para a realização dos trabalhos.

O Manual fornece um conjunto de recomendações essenciais à correta execução de obras de construção de espaços verdes na especificidade da instalação do material vegetal e rede de rega, contemplando também os trabalhos relacionados com o estaleiro e preparação do solo.

Este Manual foi elaborado por colaboradores do gabinete, tendo também contado com a colaboração de consultores especialistas de diversas áreas profissionais.

Matosinhos, junho de 2017 Laura Roldão Costa



COMO USAR O MANUAL

O presente Manual de Fiscalização contempla os trabalhos necessários ao revestimento vegetal e à rede de rega. Tem por objetivo indicar os pontos essenciais à execução de cada trabalho organizando-se por fichas. Cada ficha corresponde a uma página (frente e verso), tornando-a de fácil consulta. Cada ficha estrutura-se em secções. A primeira secção (1) corresponde à identificação da ficha. A segunda (2) descreve as ferramentas, materiais e/ou equipamentos a utilizar para cada trabalho. A terceira secção (3) apresenta imagens e diagramas demonstrativos das boas práticas associadas à execução do trabalho. Algumas fichas apresentam uma quarta secção (4) com a indicação de trabalhos a não realizar ou cuidados especiais a ter, através da descrição ou imagens. Passa-se a descrever com mais detalhe a estrutura de cada ficha. Cada ficha é identificada por um título que corresponde à designação dos trabalhos seguindo-se uma breve descrição dos trabalhos apresentados. Seguidamente apresentam-se os equipamentos vulgarmente necessários à execução dos trabalhos. Esta secção é ilustrada com imagens de modo a ser mais facilmente entendível. Segue-se a secção correspondente à descrição dos trabalhos que apresenta imagens e/ou diagramas e textos resumidos e que têm por objetivo demonstrar boas práticas de execução.

(1) Identificação da ficha Título

(2) Equipamentos essenciais à execução dos trabalhos

(3) Descrição dos trabalhos e imagens representativas


(3) Descrição dos trabalhos (continuação)

(3) Esquemas

(4) Imagens representativas

(5) Datas de execução dos trabalhos

Em algumas fichas podem surgir imagens ou textos que alertam para aspetos positivos ou negativos habituais no decorrer da obra e os trabalhos que a mesma envolve e para os quais se deve ter especial atenção.

A terminar cada ficha são apresentadas duas barras correspondendo a primeira à época que se considera ser mais indicada para a execução dos trabalhos (5). A indicação das épocas favoráveis é assinalada com

.

Quando o trabalho pode ser realizado em qualquer época do ano a indicação é dada na classificação indiferente, como no exemplo dado. Por fim tem-se uma barra com a designação “Classificação da Fiscalização” onde poderão ser tomadas notas acerca dos trabalhos executados em obra. Na última parte do Manual de Fiscalização ainda é possível encontrar um glossário de termos técnicos que facilita a interpretação dos termos técnicos e científicos aplicados ao longo do documento.



ÍNDICE

Fichas

Secções

Estaleiro

Montagem e desmontagem do estaleiro

Segurança e Saúde

Proteções individuais e coletivas

Segurança e Saúde Segurança e Saúde

Proteção para aplicação de fitofarmacêuticos/fitofármacos Controlo de máquinas

Trabalhos Preparatórios

Proteção do material vegetal

Trabalhos Preparatórios

Proteção do solo

Trabalhos Preparatórios

Podas de transplantes - Árvores

Trabalhos Preparatórios

Podas de transplantes - Arbustos

Trabalhos Preparatórios

Transplantes de árvores e de arbustos de porte arbóreo

Trabalhos Preparatórios

Transplantes de herbáceas

Trabalhos Preparatórios

Abate de árvores e de arbustos de porte arbóreo

Trabalhos Preparatórios

Limpeza e desmatação do solo

Trabalhos Preparatórios

Decapagem do solo

Viveiro de Obra

Receção do material vegetal

Viveiro de Obra

Talhões de amostragem

Movimento de terras

Escavações

Movimento de terras

Aterros

Movimento de terras

Valas

Instalações Hidráulicas

Piquetagem e valas para a instalação de tubagem

Instalações Hidráulicas

Ensaios e fechos de valas da rede de rega Instalação do tubo de polietileno de alta densidade - rega Instalação de aspersores, pulverizadores e bocas de rega

Instalações Hidráulicas Instalações Hidráulicas Instalações Hidráulicas Instalações Hidráulicas

Electroválvulas e caixas para alojamento de electroválvulas Válvulas de seccionamento

Instalações Hidráulicas

Controle automático

Instalações Hidráulicas

Ligação à rede geral

Instalações Hidráulicas

Furo artesiano

Instalações Hidráulicas

Ensaios finais da rede de rega

Preparação do solo

Fornecimento e colocação de terra vegetal

Preparação do solo

Regularização final do solo, mobilização, desprega e fertilização

Trabalhos de Revestimento vegetal

Plantação de árvores

Trabalhos de Revestimento vegetal

Tutoragem

Trabalhos de Revestimento vegetal

Plantação de arbustos e herbáceas

Trabalhos de Revestimento vegetal

Sementeiras

Trabalhos de Revestimento vegetal Trabalhos de Revestimento vegetal Diversos

Revestimento do solo com mulch e gravilhas Caldeiras para árvores Limpeza final da obra


- Pรกgina em branco -


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A montagem, funcionamento e desmontagem do estaleiro é um trabalho fundamental para assegurar o correto desenvolvimento da obra. Inserem-se os trabalhos de sinalização e vedações da obra, e de gestão e preparação de trabalhos, trabalhadores, equipamentos e materiais. Especial atenção é dada às questões da segurança.

MONTAGEM E DESMONTAGEM DO ESTALEIRO

2

1

Módulos préfabricados

Sanitários

3

Tapumes

4

Sinalização

Estaleiro de obra

ESTALEIRO

O estaleiro a implementar em obra deverá conter: o o o o o o o o o o

Estacionamentos; Escritórios – empreiteiro, fiscalização, dono de obra, projetistas; Armazéns de materiais; Instalações para reuniões e instalações sociais; Sanitários; Posto de primeiros socorros; Parque de materiais e equipamentos, Vias de circulação; Zona para materiais segregados, Ecoponto (big-bag, contentores ou outros).

Estes elementos deverão encontrar-se munidos de redes provisórias destacando-se à água, à eletricidade, aos esgotos e às demais que se justifiquem.

Vedações As vedações a implementar deverão restringir o acesso às pessoas que não estejam ligadas à empreitada. As mesmas deverão circundar todo o local de trabalho de modo a não deixarem espaços sem vedar. A vedação é um elemento que reflete a qualidade e tipo de obra pelo que terá que ser aprovada.

O estaleiro a implementar deverá conter uma planta aprovada pela fiscalização, que terá que considerar: espécies vegetais, elementos construídos a preservar, circulação de pessoas e máquinas e armazenamento de materiais.

Imagem representativa de vedação que impede a entrada a estranhos


Imagens representativas de vedações “tipo”

Sinalização

ESTALEIRO

A sinalização a colocar em obra, deverá estar presente desde a vedação até ao estaleiro. Deverá limitar entradas, estacionamentos, equipamentos de proteção de uso obrigatório entre outros. A sinalização a colocar no exterior da obra – espaço público – terá de assegurar a prevenção de acidentes de pessoas estranhas e veículos.

Recuperação da zona do estaleiro Deverá ser desmontado o estaleiro e realizadas demolições totais, repicagens de betões e alvenarias para correção da geometria altimétrica em virtude do processo construtivo ou de demolição utilizado não se coadunem com as dimensões previstas no projeto. Proceder-se-á à reposição de terra vegetal e aplicação de revestimento vegetal mesmo que o estaleiro não se encontre na área de intervenção da obra e sempre que se justifique.

A reter: O estaleiro só poderá ser montado após realizada a consignação da obra e Plano de Segurança e Saúde. O Plano de Segurança e Saúde terá que ser comunicado ao ACT.

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA As proteções coletivas (EPC) e individuais (EPI) devem ser elementos obrigatórios em todas as empreitadas e devem ser respeitadas por todos os indivíduos em obra.

PROTEÇÕES INDIVIDUAIS E COLETIVAS

3

4

5

Proteção de valas

Arnês

Linha de vida

Óculos de proteção

8

9

10

11

12

Capacete de Proteção

Botas de borracha

Botas de Proteção

Colete de alta Luvas visibilidade

Proteção auricular

13

14

15

16

18

Fato de proteção

Luvas de nitrilo Viseira

1

2

Guarda-corpos Sinalética

SEGURANÇA E SAÚDE

7

Parte a proteger Proteção coletiva

Proteção coletiva

Proteção coletiva

Tronco Proteção individual

Máscara

17

Capacete

6

Casaco

Função Evitar quedas em altura.

Evitar acidentes dentro da obra.

Evitar soterramentos.

Evitar quedas em altura no caso de subir as árvores, jardins verticais, coberturas entre outros.

Proteção individual

Evitar quedas em altura.

Rosto

Evitar ferimentos nos olhos devido a projeções entre outros.

Proteção individual Cabeça Proteção individual

Evitar ferimentos devido a quedas de materiais, pancadas, entre outros.


Membros inferiores

Proteção individual Membros inferiores Proteção individual Tronco Proteção individual Membros superiores Proteção individual Ouvidos Proteção individual Tronco Proteção individual Membros superiores

SEGURANÇA E SAÚDE

Proteção individual Rosto

Evitar o contato com produtos químicos, cortes, choques elétricos, entre outros. Evitar ferimentos devido a perfurações, esmagamentos, entalamentos entre outros. Evitar atropelamentos, choques e aumentar a visibilidade. Evitar ferimentos devido a cortes, doenças de pele, ferimentos entre outros. Evitar lesões no parelho auditivo devido a ruídos fortes, poeiras entre outros. Proteção contra salpicos no manuseamento de produtos fitofármacos. Evitar o contato com produtos fitofarmacêuticos e microrganismos.

Evitar ferimentos nos olhos devido a salpicos.

Proteção individual Rosto Proteção individual Rosto Proteção individual

Evitar lesões no rosto devido a projeções entre outros. Evitar lesões nas vias respiratórias devido aos elementos tóxicos, poeiras entre outros.

Uso diário obrigatório: Capacete de proteção, botas de proteção, luvas de proteção mecânica, sinalética, colete de alta visibilidade Uso temporário obrigatório: Protetores auriculares, máscara filtrante anti-poeiras, óculos de proteção, guarda corpos, arnês

Todos os trabalhadores deverão estar munidos dos seguintes documentos: o o o o o o

B.I.; Número Segurança Social; Número Contribuinte; Ficha de Aptidão Médica; Declaração de Receção de EPI; Registo da Formação de acolhimento em obra.

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA As proteções para a aplicação de fitofarmacêuticos e/ou fitofármacos são de uso obrigatório. Só deverão ser aplicados quando especificados em caderno de encargos.

APLICAÇÃO DE FITOFARMACÊUTICOS/FITOFÁRMACOS

1

3

2

Pulverizador de Pulverizador jato projetado pneumático

Pulverizador de jato transportado

Função

SEGURANÇA E SAÚDE

O pulverizador de jato projetado é transportado manualmente, em médias extensões de áreas a aplicar produtos fitofarmacêuticos.

O pulverizador de jato transportado é acoplado ao trator, e utilizado em grandes extensões de terreno.

O pulverizador pneumático de dorso, é utilizado para pequenas áreas de terreno, e contém um motor acoplado a si mesmo. É utilizado por um só indivíduo e é transportado pelo mesmo.

A preparação da calda, aplicação e limpeza do equipamento de aplicação são fases de trabalho que implicam distintos equipamentos. As mesmas devem respeitar os decretos de lei em vigor.

Preparação da calda: o Fato de proteção; o Luvas de nitrilo; o Botas de borracha; o Viseira; o Máscara.

Aplicação: o Fato de proteção; o Luvas de nitrilo; o Botas de borracha; o Máscara.

Limpeza do equipamento de aplicação: o Fato de proteção; o Luvas de nitrilo; o Botas de borracha.


Cuidados a ter durante a aplicação: As condições meteorológicas podem afetar a eficiência e a segurança do tratamento a aplicar. Deste modo dever-se-á ter em especial atenção: o o o

A aplicação com vento, que poderá arrastar a calda afetando culturas, linhas de água, habitações entre outros; Aplicar a calda, assegurando-se que existe um período posterior sem precipitação de modo a que o mesmo não seja arrastado pela água da chuva; Evitar a aplicação nas horas do dia de maior calor.

Eliminação das embalagens

A eliminação das embalagens vazias é realizada por VALORFITO. Designa-se desta forma toda a recolha que envolva resíduos provenientes de fitofarmacêuticos.

SEGURANÇA E SAÚDE

Toxicidade dos produtos

Muito tóxico

Tóxico

T+

Época de Execução:

Nocivo

T

Xn

Inverno

Classificação da Fiscalização

Sensibilizante Corrosivo irritante Xi

Primavera

C

Verão

Perigoso para Isento o ambiente N

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA O controlo de máquinas deverá ser efetuado para que as mesmas não coloquem em risco os intervenientes em obra. É importante a fiscalização dos documentos relativos de cada máquina.

CONTROLO DE MÁQUINAS

O controlo de máquinas deverá ser realizado sempre que existam máquinas em obra. Para que exista um melhor controlo, deverá existir uma lista das máquinas presentes em obra. As entradas das máquinas em obra deverão ser previamente aprovadas pelo fiscalizador.

SEGURANÇA E SAÚDE

Documentos a apresentar à Fiscalização de acordo com cada máquina: Máquinas anteriores a 1995:

Máquinas posteriores a 1995 (inclusive):

- Declaração de verificação de acordo com

- Declaração de conformidade “CE” de

D.L. 50/2005;

acordo com D.L. 320/2001;

- Plano de Manutenção;

- Plano de Manutenção;

- Registo da Última Manutenção efetuada;

- Registo da Última Manutenção efetuada;

- Manual de Instruções no Interior da

- Manual de Instruções no Interior da

Cabine (Em Português);

Cabine (Em Português);

- Certificado de aptidão do manobrador;

- Certificado de aptidão do manobrador;

- Seguro automóvel da máquina (caso

- Seguro automóvel da máquina (caso

circule em via).

circule em via).

Sempre que entre uma nova máquina em obra deverá conter a documentação atrás mencionada.


SEGURANÇA E SAÚDE Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A proteção do material vegetal deverá ser sempre implementada quando especificado em caderno de encargos ou quando presentes na obra se sejam para manter.

PROTEÇÃO DO MATERIAL VEGETAL

1

2

Vedações metálicas

Rede de sinalização

3

4

Postes de Madeira ou metálicos

5

Telas geotêxtis Tapumes

Colocação de vedações e resguardos

Dever-se-á ter em atenção: ▪ ▪ ▪

Localização dos elementos vegetais a proteger – parte aérea e subterrânea; Depósitos de materiais; Movimentos de pessoas e máquinas.

Parte aérea

Proteção individual à árvore

Altura de 1,50 m

Parte radicular

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

Os trabalhos que sejam necessários efetuar junto do material vegetal, deverão ser realizados de modo manual. O facto de não serem utilizadas máquinas previne a compactação do solo.

Nunca < que 2,0 m

Quando não for possível a proteção representada anteriormente, deverão ser colocados tapumes de madeira entre o colo da árvore e a bifurcação dos ramos principais – casos excecionais.

Bifurcação dos ramos principais Colo da árvore


Proteção coletiva às árvores

Altura de 1,50 m

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

Imagens representativas de proteções individuais e coletivas

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA Os solos vegetais deverão ser mantidos isentos de travessias de máquinas entre outros evitando a compactação e contaminação dos mesmos. Se não for possível deverão ser tomadas medidas de proteção do solo.

PROTEÇÃO DO SOLO

1

2

Tela geotêxtil

Mulch de Casca de Pinheiro

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

Caso existam terras vegetais a preservar deverão ser condicionadas as circulações sobre as mesmas. Caso existam raízes de árvores deverá ser feita a sua preservação.

Proteção do solo Quando for necessária a circulação de veículos sobre a terra vegetal e/ou raízes, dever-se-á aplicar uma tela geotêxtil permeável de proteção seguida de uma camada de 10 cm de mulch ou estilha.

Tela geotêxtil

Imagens representativas de detritos depositados nos solos

Mulch

Terra vegetal


A evitar: Elementos depositados sobre terra vegetal; Elementos que compactem o solo; Lixo e entulhos; Óleos de motor; Gasóleo; Entre outros.

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA As podas de transplante em árvores ou arbustos de porte arbóreo deverão ser executadas por técnico com qualificações necessárias para o realizar – arboricultor ou cirurgião de árvores.

PODAS DE TRANSPLANTE - ÁRVORES

1

2

Tesoura 7

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

Plataforma elevatória

Serra 8

Enxada

3

4

Cabo telescópico 9

Tesoura de pegas

6

5

Serrote de arco

Motosserra

Abre covas

As árvores destinadas ao transplante poderão ter de sofrer uma poda da parte aérea, que poderá levar à redução da copa entre 30 a 50 %. A poda terá de preservar sempre a estrutura natural da copa. A raiz sofrerá uma poda compatível com a espécie, porte e época de transplante.

Poda aérea com rebaixamento

Estrutura natural da copa

Rebaixamento dos ramos principais mantendo uma silhueta aproximada da estrutura natural

Árvore após realização da poda de rebaixamento com supressão da parte da raiz


Poda aérea de arejamento

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

Estrutura natural da copa

Seleção de ramos mal formados, danificados, ramos ladrões entre outros

Árvore após realização da poda de arejamento

Poda radicular

Estrutura natural da árvore

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Poda na parte aérea e marcação da poda na parte radicular

Primavera

Verão

Árvore após realizadas ambas as podas

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA As podas de transplantes em arbustos, deverão ser executadas às espécies arbustivas quando estas forem sujeitas a transplante para diminuir o stresse após o transplante.

PODAS DE TRANSPLANTE - ARBUSTOS

1

2

3

4

Tesoura

Serra

Tesoura de pegas

Serrote de arco

6

5

Enxada

Abre covas

Quando o arbusto apresentar porte arbóreo, dever-se-á aplicar a poda indicada para as árvores.

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

As podas a aplicar nos arbustos deverão manter nos mesmos a sua forma natural.

Poda arbustos de rebaixamento – Parte aérea

Estrutura natural do arbusto

Delimitação da redução da copa

Arbusto após intervenção da poda

Poda arbustos de arejamento – Parte aérea

Estrutura natural do arbusto

Seleção de ramos danificados, partidos e/ou com má formação

Arbusto após intervenção da poda


Poda arbustos – Parte radicular

Estrutura natural do arbusto

Marcação da poda na parte radicular

Arbusto após realizadas ambas as podas

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

Imagem representativa de um arbusto que sofreu uma poda antes do transplante

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA Após realizadas as podas necessárias procede-se ao transplante da espécie vegetal. Os transplantes devem ser realizados por técnicos devidamente qualificados – arboricultor ou cirurgião de árvores.

TRANSPLANTE DE ÁRVORES E DE ARBUSTOS DE PORTE ARBÓREO

1

Serapilheira 7

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

Tela geotêxtil

2

Redemetálica 8

Gruas fixas e móveis

3

4

5

Cintas

Serra de Corte Pá

9

10

6

Enxada

Máquina de corte Bobcat e transporte

A época em que decorre esta operação depende da espécie sendo que predominantemente deverá ser realizada entre Outubro a Março, com humidade relativa elevada e ausência de ventos. De forma a se evitarem danos nos ramos, como feridas e ramos esgaçados, durante o processo de transplante e sempre que necessário dever-se-ão envolver os ramos e troncos com tela geotêxtil a fim de servir de ligadura contra danos. O torrão da árvore deverá ser proporcional à parte aérea e protegido por rede ou serapilheira de modo a não se desfazer. Especial atenção deverá ser dada ao local e modo de aplicação das cintas para proceder ao arranque e transplante.

Transplantes


Sempre que possível deve-se plantar as árvores/ arbustos no seu local definitivo. Caso não seja possível as árvores devem-se abacelar em locais específicos e escoradas para que não ocorram quedas e danos. Local de abacelamento deve considerar: Afastamento da zona de circulação de pessoas e máquinas; Proximidade de água; Proteção dos ventos dominantes; Proteção das geadas; Locais com terra fértil.

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

o o o o o

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA O transplante de herbáceas decorre de acordo com a raiz que a mesma contenha.

TRANSPLANTE DE HERBÁCEAS

1

2

3

4

5

6

Pá de corte

Tesoura

Enxada

Vasos e Tabuleiros

Utensílios de jardinagem

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

O transplante de herbáceas deverá ser realizado por um técnico qualificado. O técnico irá preparar a parte aérea e radicular, para o posterior arranque e replantação. Esta operação deverá ser realizada entre Outubro a Março, com humidade relativa elevada e ausência de ventos.

Transplantes

Planta acaule

Planta acaule

Rizomas

Estolhos

Transplante: Corte de algumas raízes

Separação das raízes

Separação dos Rizomas e corte de folhas

Corte de estolhos


Sempre que possível devem-se plantar as herbáceas no seu local definitivo. Caso não seja possível, devem ficar abaceladas em locais que devem acautelar: Afastamento da zona de circulação de pessoas e máquinas; Proximidade de água; Proteção dos ventos dominantes; Proteção das geadas; Locais com terra fértil.

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

o o o o o

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA O abate de espécies vegetais só deverá ocorrer após marcação (das espécies vegetais), de acordo com o caderno de encargos e a aprovação da fiscalização.

ABATE DE ÁRVORES E DE ARBUSTOS DE PORTE ARBÓREO

1

2

Motosserra

3

4

Cunha de ferro Marreta

Fita plástica ou tinta

Aspetos a considerar nos abates Quando a árvore a abater for de grande porte, dever-se-á abater através de desmonte. O processo de abate deve ser ponderado para que não ocorra o efeito de dominó por descompensação das copas com consequências irremediáveis em todo o arvoredo. O material lenhoso resultante do abate poderá ser destroçado no local e reutilizado no espaço verde.

Técnica padrão de Corte de árvores Orientação da queda

Dobra

20cm

Corte de Abate

30cm

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

O abate de árvores e de arbustos de porte arbóreo só poderá ter início após marcação de elementos a abater com fita plástica ou tinta facilmente removível que não danifique a árvore e após a aprovação da fiscalização e projetistas.


Técnicas especiais de Corte Árvores com raízes exteriores

Uso da cunha para direcionar a queda Árvores com inclinação no da árvore para árvores de grande tronco porte e com problemas fitossanitários

1

1

4

5

2

6 3 4

2 1 3

4 5

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

1: Dobra 2: Corte de Abate 3: Cunha

4 1 1

4: Corte Final 5: Corte em toda a extensão 6: Corte das raízes exteriores

Corte de determinadas espécies Determinadas espécies estão sujeitas a técnicas específicas de abate tendo que ser cumprida a legislação em vigor.

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A limpeza e desmatagem deverá ocorrer sempre que o local em intervenção se encontre com matos e espécies florestais.

LIMPEZA E DESMATAGEM DO SOLO

1

2

3

Motorroçadora Destroçador

4

Motoganhadeira Corta Matos

5

6

Trator

Destroçador estacionário

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

Os trabalhos a realizar só deverão avançar aquando o projetista e equipa fiscalizadora, verificarem quais os elementos a remover, transplantar e preservar.

Função As Motorroçadoras são utilizadas em locais onde é difícil o acesso e locais com pouca área a intervir.

O Destroçador é um equipamento acionado por trator, que realiza o corte da vegetação através de facas ou correntes. As facas fazem um corte limpo da vegetação, contudo as correntes destroçam a mesma.

A Motoganhadeira é utilizada para o corte da vegetação sem a destroçar. Só é utilizada no corte de vegetação não muito robusta.

O Corta Matos é um equipamento acionado por trator, e serve para o corte da parte aérea da vegetação. Este equipamento destroça a vegetação.

O Destroçador estacionário é utilizado na transformação de troncos, ramos, árvores, arbustos e outros detritos resultado do revestimento vegetal. Por vezes poderá ser reutilizado no solo, como recurso energético entre outros.


É estritamente proibido: o o

A queima de materiais; Enterrar os materiais no solo;

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

Devem ser: o o o

Removidos os lixos; Removidos os entulhos; Removidos os materiais vegetais que não forem destroçados.

Os materiais devem ser removidos para vazadouros ou locais licenciados.

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A decapagem do material vegetal, só deverá ocorrer aquando as terras vegetais forem de boa qualidade, após a realização de testes efetuados às terras.

DECAPAGEM DO SOLO

1

2

Camião

Escavadora

3

Bulldozer

4

Retroescavadora

A decapagem de terras vegetais deverá ser realizada após a limpeza do terreno e antes dos trabalhos referentes aos movimentos de terras.

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

Só deverá ser realizada a decapagem das terras vegetais ou das terras vivas pelo que as espessuras a decapar devem estar compreendidas entre os 10 e 40 cm de acordo com a qualidade das terras. As terras vegetais ou vivas resultantes de decapagens deverão ser armazenadas em pargas para posterior utilização.

Representação da recolha de terras vegetais

0,1 m a 0,4m

Armazenamento das terras vegetais – Pargas (altura 1,5m; largura 2,5-3,0m; comprimento variável

1,5m

2,5 – 3,0 m


Localização e características das pargas As pargas devem situar-se em locais arejados e drenados. Sempre que possível deverá ser realizada uma sementeira de tremocilha ou trevos para favorecer o enriquecimento com azoto dos solos. Também se pode introduzir estilha ou mulch.

A evitar: o

As pargas deverão ter de altura máxima 1,50 m, exceto se acordado com a fiscalização outra altura;

o

Não devem ser depositados materiais em cima das pargas;

o

Não é permitido que máquinas e/ou outros equipamentos em obra danifiquem as pargas; Deve ser evitada a compactação e contaminação das pargas.

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

o

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A receção do material vegetal deverá ser realizada com o conhecimento da fiscalização, e deverão ser aprovados ou rejeitados os diversos elementos de acordo com diversas características.

RECEÇÃO DO MATERIAL VEGETAL

A receção do material vegetal deverá ocorrer com pelo menos 90 dias de antecedência em relação à da data prevista para a conclusão dos trabalhos. Estes 90 dias proporcionaram às espécies vegetais a aclimatação mínima e sua preparação para plantação.

Receção do material vegetal Aquando da chegada do material vegetal deverão ser verificados os seguintes elementos: o o

Certificado/ Passaporte fitossanitário Etiqueta com o nome botânico, com indicação ao género, espécie e variedade

O material vegetal deverá ser entregue em lotes por espécie, variedade ou cultivar, não devendo ser aceites entregas de indivíduos isolados. Modus operandi da receção do material vegetal

VIVEIRO DE OBRA

o o

Aspetos gerais da parte aérea - verificar as alturas, calibres, silhuetas, densidade de ramagens e ramificações, feridas em troncos e ramos, doenças, fuste e flecha. Aspetos gerais na parte subterrânea - dimensão do torrão/vaso, dimensão e condições da raiz nua, condição das raízes, doenças nas raízes.

Classificação do material vegetal Estrutura da árvore Flecha definida

Tronco equilibrado

Flecha indefinida

Tronco mal formado

Estrutura das raízes envasadas

Estrutura das raízes em crescimento livre


Armazenamento das plantas de acordo com a raiz Plantas produzidas em contentor

Plantas em torrão

Plantas em raiz nua

Dever-se-á colocar a planta na vertical, e bem estabelecida no chão.

Dever-se-á pousar a planta no chão contiguamente. Deve ser coberta com palha, areia ou terra fina de modo a proteger o torrão das adversidades climatéricas.

Dever-se-á abacelar a planta em valas, alinhadas e revestidas com terra de modo a que fiquem totalmente cobertas.

Material vegetal durante o período em viveiro de obra Durante o tempo que o material vegetal se encontre abacelado em viveiro de obra, este deverá ser cuidado de acordo com os seguintes requisitos:

VIVEIRO DE OBRA

o o o o o

Regas; Mondas; Colocação de tutores; Atilhos; Entre outros cuidados a ter para manter o bom estado fitossanitário do material vegetal.

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA Os talhões de amostragem deverão ser realizados em locais com as mesmas características dos locais a implementar em obra e verificados semanalmente.

TALHÕES DE AMOSTRAGEM

Os talhões de amostragem deverão ser realizados no viveiro de obra e, caso não seja possível, devem ser realizados num espaço próximo do local da obra.

Talhões de amostragem Os talhões deverão ter 1,00 m2 (1,00 m X 1,00 m)

Dever-se-á executar pelo menos 1 talhão por espécie a semear.

VIVEIRO DE OBRA

Dever-se-á executar pelo menos 1 talhão por módulo de plantação

Exemplo da organização de 25 talhões de amostragem

Caso se execute mais de 1 talhão por módulo de plantação ou sementeira devem-se realizar talhões com distintas percentagens das diferentes espécies.

Cuidados a ter com os talhões de amostragem Dever-se-á dotar a mesma quantidade e tipo de distribuição de água nos talhões, de acordo com as condições em que ficam as espécies em local definitivo.

Período de germinação - Sementes Durante o período de germinação / crescimento do material vegetal, dever-se-ão recolher dados, como: o o o o o o o o o o o o o o o

Pureza da semente; Peso da semente; Evolução da germinação das sementes; Número de folhas; Crescimento e tempo necessário para chegar ao estado de maturidade; Mortalidade; Consumo de água de rega; Temperaturas observadas durante a realização dos talhões; Humidade relativa/absoluta; Determinação dos solos aplicados; Densidade de plantação; Altura; Poda; Outros.


VIVEIRO DE OBRA

Os talhões de amostragem devem ser estabelecidos no início da obra e ter duração superior a 3 meses, podendo ficar estabelecidos durante todo o período da obra.

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA As escavações deverão ser efetuadas com a aprovação da fiscalização sobre a piquetagem. Dever-se-á ter em atenção os levantamentos das pré-existências do local.

ESCAVAÇÕES

1

2

3

Camião

RetroEscavadora

Martelo Hidráulico

4

Motobomba

O trabalho de escavação incluí:

MOVIMENTO DE TERRAS

o o o o

Piquetagem Colocação dos terrenos às cotas do projeto; Modelação dos taludes; Garantia da drenagem nas áreas planas.

Escavações de áreas planas

Todas as superfícies planas devem ser modeladas de modo a ficarem com pendentes entre 1,5 a 2%, de modo a garantir a drenagem das águas superficiais. No caso de se pretender uma cota inferior à existente e proposta em projeto, as terras deverão ser removidas para vazadouros.

Escavações de áreas inclinadas Quando são realizadas escavações em locais inclinados, dever-se-á garantir que as áreas das superfícies ficam com rugosidades de modo a que posteriormente, aquando a colocação da terra vegetal a mesma contenha mais aderência.

5

Martelo Pneumático


Abertura de caboucos e sapatas Na abertura de caboucos, por ser uma escavação com mais profundidade, dever-se-á ter em atenção: o o o o o o

Redes de água; Redes de gás; Redes de eletricidade; Redes de esgotos; Hidrologia do terreno; Outros.

A abertura dos mesmos, realiza-se com o recurso a uma escavadora ou de forma manual.

MOVIMENTO DE TERRAS

Escavações em afloramentos rochosos No caso dos afloramentos rochosos, quando existir necessidade devido à extensão de área a intervir dever-se-á utilizar máquina equipada com martelo hidráulico. Quando a extensão de área não o justifique serão então utilizados martelos pneumáticos para posterior remoção do material resultante deste trabalho.

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA Os aterros deverão ser efetuados com a aprovação da fiscalização sobre a piquetagem. Os mesmos deverão ser implementados através de camadas a verificar pela fiscalização.

ATERROS

1

2

3

Camião

Escavadora

Escarificador

7

8

Trator

Cisterna

4

5

Motoniveladora Rolo Compactador

6

Placa Compactadora

MOVIMENTO DE TERRAS

Preparação do terreno para aterro A preparação do terreno para aterros passa pela limpeza e remoção de quaisquer detritos orgânicos ou vegetais que possam existir no terreno.

Execução do aterro A execução dos trabalhos referentes ao aterro, consiste em piquetagem e modelação do terreno. São depositados aterros controlados sobre o solo e nivelados até à cota do projeto. Os aterros são posteriormente sujeitos à regularização e posterior compactação obtendo-se 98% de compactação de acordo com o ensaio de proctor. Dever-se-á ter em atenção que nos espaços destinados às zonas verdes e áreas com árvores não se deve proceder à compactação.

Aterro com menos de 0,30 m: Antes de se aplicar aterros, dever-se-á proceder a uma escarificação, regularização e compactação do terreno natural à profundidade de 0,50 m e posterior aplicação do aterro a altura dos 0,30m. Aterro com cerca de 0,30 a 0,40 m: Dever-se-á aplicar aterro, regar e compactar. Este processo é realizado por camadas de 0,20 m e nunca superiores até finalizar o aterro. Aterro com cerca de 0,50 a 0,60 m: Esta altura de aterro já é considerada a máxima viável para a aplicação de aterros, devendo-se sempre favorecer os 0,40 m de espessura. A sua aplicação realiza-se com camadas de 0,20 m com incorporação da rega e da compactação.


Escarificação – Uso do escarificador

0,50 m

MOVIMENTO DE TERRAS

Regularização do Aterro – Uso da motoniveladora

Compactação do Aterro – Uso do Rolo Compactador e/ou Placa compactadora

Regularização de Taludes

Colocação de aterro para posterior corte. Este aterro deverá ser regado com água de origem adequada e compactado por camadas

Terreno Natural

Corte do aterro e formação do talude

Aprovação de aterros A aprovação dos aterros e respetivos trabalhos deverá ser de acordo com o projeto.

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA As medidas preventivas a tomar na abertura de valas e caboucos surgem devido a proteção individual do trabalhador que execute o trabalho e condição do projeto.

1

2

3

4

5

6

Escadas

Tapumes

Cintas

Escoras

Pás

Proteção de Valas

7

8

Escavadora

Retro-escavadora

Medidas Preventivas Específicas Instalação de escadas em valas com altura superior a 1,25 m

Escavações a realizar em taludes e suportar com escoras

>1,25 m

MOVIMENTOS DE TERRAS

VALAS

Medidas mínimas de afastamento onde são realizadas escavações Mínimo 2H Metade de H

H Profundidade de Escavação

Proteção e/ou sinalização de buracos


Valas em situações específicas Escavações que levem ao risco de queda de árvores e necessidade de realizar ancoragem da árvore

MOVIMENTOS DE TERRAS

Proteção de escavações profundas e com dimensões reduzidas com a colocação de proteção de valas e linha de vida para segurança do trabalhador

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A piquetagem e abertura de valas para a instalação de tubagem deverá ser realizada de acordo com os solos existentes.

1

2

3

4

5

6

Estacas

Fita Métrica

Abre covas

Compactador Manual

Materiais de Jardinagem

Martelo Pneumático

A abertura de valas será realizada após aprovada a piquetagem, pelo que se terão de colocar estacas para marcar a sua localização. A piquetagem é realizada de acordo com o projeto. As valas e aplicação de tubagens serão preferencialmente localizadas nas zonas verdes, evitando-se a instalação de tubagem sob os pavimentos. Contudo, não deverão estar próximas das árvores de modo a se evitarem danos no sistema radicular. A vala uma vez aberta deverá ser utilizada para a colocação do maior número de tubos.

Diferentes tipos de Valas - Dimensões Na abertura de valas dever-se-á ter em atenção a sua localização, solos e forma de aplicação da tubagem. Desse modo, podem-se indicar quatro tipos de valas:

Execução das valas específicas Valas para tubagem em zonas verdes

2

Valas para tubagem e acessórios em zonas verdes

Terra vegetal

Terra vegetal

Terra de superfície

Terra de superfície

Terra do fundo de vala Terra isenta de pedras

0,40m

Tubo PEAD

0,60m

1

0,40m

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

PIQUETAGEM E VALAS PARA A INSTALAÇÃO DE TUBAGEM DA REDE DE REGA

Terra do fundo de vala

Tubo PEAD

Massame de betão

0,60m


3

Valas para tubagem sob pavimentos

4

Valas para tubagens em situações de solo específicas

Camada de desgaste

Terra vegetal Terra da superfície

1,00m

0,80m

Terra do fundo de vala

Terra do fundo de vala

Tubo PEAD

Terra isenta de pedras

Terra isenta de pedras

Tubo PEAD Rocha ou lodo Tubo de encamisamento

0,60m

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

0,60m

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA O fecho de valas fazer-se com as terras. Os trabalhos deverão ser monitorizados pela fiscalização.

ENSAIOS E FECHO DE VALAS DA REDE DE REGA

1

Compactador

2

Materiais de jardinagem

3

Crivo

4

Bobcat

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

Os ensaios às tubagens certificam que não existem fugas. Os ensaios são realizados com o recurso a ar que é inserido na tubagem à pressão adequada à tubagem, verificando-se a estanquicidade na tubagem e respetivos acessórios. Caso existam fugas deverão ser corrigidas e realizado novo teste. Após a aprovação da fiscalização poder-se-á proceder ao fecho das valas, nunca num prazo superior a 4 dias para não ocorrerem dilatações.

Fecho de valas Dever-se-á iniciar pela colocação de terras, crivadas no caso de existência de pedras. Esta camada inicial irá até meio do tubo.

Realiza-se a compactação da camada anterior, nas laterais da vala, proporcionando o ajuste entre a terra e a tubagem.

Após a operação anterior, o enchimento é realizado através de camadas realizando-se a compactação das terras com o recurso a um maço.

Por fim, a vala deverá ser fechada através de camadas e compactação de modo a evitar abatimentos posteriores.


INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA Os trabalhos que incidem sobre a instalação do tubo de polietileno deverão ser monitorizados pelas equipas de fiscalização de modo a verificarem-se as características e instalações do mesmo.

INSTALAÇÃO DO TUBO DE POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE - REGA

1

2

Tubo PEAD

Uniões

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

Armazenamento em obra

O armazenamento deverá ser em local coberto e fora da exposição direta da luz solar. Dever-se-á tomar precauções quanto ao calor excessivo e agentes atmosféricos.

Tubos em polietileno de alta densidade Os tubos deverão encontrar-se com as seguintes características: o o

o o

Marca do fabricante; Letras PEAD, indicativas de polietileno de massa volúmica alta; Diâmetro exterior nominal; Classe de pressão.

Os tubos fornecidos e a sua respetiva matéria prima de fabrico, deverão obedecer as Normas em vigor.

Polegadas


Ligação por união autoblocante

Ligações por colagem

Ligações por roscagem

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

Uniões e maciços de ancoragem (a-largura da tubagem /b-dimensão do massame de ancoragem)

Aquando existam passagens de tubos por pavimentos, o tubo deverá ser encamisado por um outro de diâmetro superior e mesma classe de resistência.

União em “T” Época de Execução:

Tubagem com “joelho”

Encamisamento Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A instalação de aspersores, pulverizadores e boca de rega deverão obedecer ao caderno de encargos. A sua montagem deverá ser realizada antes da aplicação das terras vegetais.

INSTALAÇÃO DE ASPERSORES, PULVERIZADORES E BOCA DE REGA

1

2

3

4

5

Aspersor/ Pulverizador

Braço articulado

Tubo PEAD

Uniões

6

Boca de Rega Joelho orientável

Instalação do Braço Articulado

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

Após a instalação da tubagem principal, dever-se-á começar a instalar os elementos de rega. No caso dos pulverizadores e aspersores estes devem ser instalados sobre um “Braço Articulado”, que tem como função o ajuste ao terreno sem danificar o equipamento.

Equipamento Braço articulado Ligação à tubagem

Instalação do Aspersor/Pulverizador Vista lateral

Vista superior

1

3 4 2

5

6

Legenda: 1: Aspersor/ Pulverizador 2: Joelho 3: Válvula anti retorno 4: Ponta de tubo 5: Braço articulado 6: “Tê”


Instalação da Boca de Rega Vista lateral

Vista superior

1 4 2 4

6 4

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

3 4

4

Legenda: 1: Boca de rega 2: Tubo 3: Joelho 4: Braço articulado 5: “Joelho” ou “Tê” 6: Brita

5

Quando for necessário a colocação de um dos equipamentos atrás apresentados juntos a muros e/ou a pavimentos, dever-se-á manter uma distância de 0,05 m dos mesmos.

Boca de rega após instalação

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A instalação das electroválvulas deverá ser acompanhada pela instalação das caixas, devido aos trabalhos terem de ser executados em simultâneo.

ELECTROVÁLVULAS E CAIXAS DE ALOJAMENTO DE ELECTROVÁLVULAS

1

2

Electroválvulas

3

Caixas

4

Ferramenta Ferramentas de jardinagem de rega

Electroválvulas

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

As electroválvulas são colocadas dentro de caixas que protegem e abrigam as válvulas. Não devem ficar instaladas a profundidades superiores a 0,50 m de modo a facilitar posteriores trabalhos de manutenção.

Instalação das electroválvulas Tampa anti vandalismo a montar a -3cm da cota final do terreno

Ligação à rede elétrica/Pilhas Electroválvula Ligação à conduta principal

Brita ou gravilha Altura de10 cm Fluxo da água


INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

Imagem representativa da válvula de corte

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A correta instalação das válvulas de secionamento servem como ajuda na manutenção de tubagens, setores de rega entre outros.

VÁLVULAS DE SECCIONAMENTO

1

2

Válvula de Tubo PEAD seccionamento

3

Uniões

Aplicação As válvulas de seccionamento deverão ser instaladas nos seguintes locais:

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

o o o

Ligação ao sistema de rega principal; Derivações da rega principal; Nas entradas dos setores.

As válvulas só poderão ser instaladas após aprovação da fiscalização dos trabalhos a realizar.

Instalação das válvulas de seccionamento Tampa anti vandalismo a montar a -3cm da cota final do terreno

Brita ou gravilha Altura de10 cm

União Tubo PEAD Válvula de Corte


INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A instalação do controle automático permite a suspensão da rega de acordo com as condições meteorológicas. Este poderá estar ligado a um único setor ou a todos os setores de rega.

CONTROLE AUTOMÁTICO

1

2

3

4

5

Cabos elétricos

Controlador eletrónico

Pluviómetro

Cabo uni condutor

Pilhas

Controlador eletrónico

O controlador eletrónico poderá ser instalado num compartimento técnico ou no exterior de acordo com o modelo. O controlador fica ligado ao quadro elétrico, às electroválvulas de cada setor e ao pluviómetro.

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

Fixação (Compartimento ou caixa)

Pluviómetro / Sensor de Chuva

Fixação (Postes de iluminação, muros, fachadas)


Cabos elétricos

Os cabos elétricos deverão sempre ter isolamento duplo e de baixa voltagem (<30V). Quando for necessário a passagem de cabos elétricos por baixo de locais pavimentados, deverão ser encamisados de modo a facilitar operações de manutenção. Os cabos elétricos serão ligados ao quadro elétrico.

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

A instalação dos elementos apresentados deverá ser aprovada pela fiscalização. Deve-se ter em atenção a instalação do pluviómetro em local discreto.

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A ligação à rede geral de água e eletricidade, poderá instalada em armários ou edifícios destinados a esse fim.

LIGAÇÃO À REDE GERAL

1

2

3

4

5

Quadro elétrico

Armários

Controlador eletrónico

Contador

Válvula de corte

6

Válvula antiretorno

7

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

Cabo uni condutor Instalação do contador/ válvula anti-retorno e válvula de corte

Válvula anti-retorno

Junção

Válvula de Corte

Sentido da água

Instalação do quadro elétrico

Instalação do controlador eletrónico


INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

Instalação do armário e elemento construtivo auxiliar aos equipamentos

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA O furo artesiano a efetuar deverá corresponder ao especificado no caderno de encargos, e fiscalizada a execução dos trabalhos por parte da fiscalização.

FURO ARTESIANO

1

2

Compressor de “Bit” alta pressão

3

4

5

Equipamento de perfuração

Eletrobomba Tubo de emboquilhamento

6

Filtro

Exemplo de perfuração pelo processo de roto-percussão pneumática

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

2

3 1

4

5

Legenda: 1: Compressor de alta pressão 2: Torre 6

3: Cabeça rotativa para a entrada de ar 4: Guincho 5: Compressor de percussão 6: Varas de sondagem

7 8

7: Martelo de fundo de furo 8: “Bit”/Broca


INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

Execução da perfuração

1 2

Montagem do equipamento de perfuração.

3

Fim da perfuração, e injeção de ar comprimido com fim de limpeza e verificação das instabilidades das paredes. Encamisamento do furo em caso de instabilidade das paredes.

4

Verificação do caudal e captação através de uma eletrobomba e acessórios ao seu bom funcionamento.

5

Aplicação do maciço filtrante de modo a evitar a entrada de partículas finas. Ligação à rede elétrica e a rede de hidráulica.

6

Fornecimento e colocação da caixa e tampa de proteção.

Execução do furo através do processo de roto-precursão pneumática e colocação de um tubo de emboquilhamento.

Antes de se proceder à utilização da água extraída pelo furo, dever-se-á proceder a análise da mesma. Após certificação da água ser potável, dever-se-á proceder a análises periódicas.

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA No final de todo o sistema de rega instalado, deverão ser executados os ensaios finais de rega a fim de serem realizadas algumas afinações a bicos dos pulverizadores e aspersores.

ENSAIOS FINAIS DA REDE DE REGA

1

Ferramenta de Rega

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

O ensaio de rega deve efetuar-se sempre com maior brevidade possível. Pretende-se com o ensaio final de rega, a verificação da capacidade dos bicos e a correção de irregularidades que possam ocorrer.

Um correto ensaio de rega, levará a um bom funcionamento durante a instalação das espécies vegetais.


INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA O fornecimento e colocação de terras vegetais antecede alguns trabalhos. A fiscalização deverá fiscalizar a qualidade das terras vegetais e sua aplicação.

FORNECIMENTO E COLOCAÇÃO DE TERRA VEGETAL

1

2

3

4

Camião

Motoniveladora Retroescavadora Cilindro

7

8

Ripper

Ferramentas de Jardinagem

5

6

Trator

Escarificador

PREPARAÇÃO DO SOLO

Execução dos trabalhos A terra a aplicar está sujeita à apresentação de amostras e de relatório de análise. A terra deverá encontrar-se isenta de pedras, lixos, materiais estranhos e elevado teor de infestantes.

Composição das terras a aplicar As terras a aplicar deverão ostentar as seguintes características: o Conteúdo em pedra: > 2 mm 30% > 20 mm 10% >25 mm 0% o

Valor de PH: 5,5 – 7,5

o

Textura: Terra franca ou arenosa

Alturas da terra vegetal a aplicar Zonas planas: 0.40 m Taludes: 0.20 m Covas das árvores: 1.00 m


Processo de aplicação de terras vegetais Surriba (1,00 m)

Escarificação (0,50 m)

A realizar aquando os solos se encontram compactados em profundidade. Realizar em linhas cruzadas se possível.

A realizar aquando existam raízes superficiais de modo a não as danificar.

Cava (0,20 m)

A realizar aquando existam raízes superficiais de modo a não as danificar.

PREPARAÇÃO DO SOLO

Regularização do terreno

Colocação de Terra vegetal

O espalhamento da terra vegetal deverá ser realizado de forma manual quando existirem árvores e arbustos a manter, deixando a superfície rugosa. Níveis de terra após a colocação: o o o o

Áreas semeadas: 25 mm acima de pavimentos, caixas, lancis, entre outros; Áreas plantadas: 50 mm abaixo de pavimentos, lancis, entre outros; Áreas com raízes: não alterar a terra existente; Encontrar-se intimamente ligadas com as áreas estabilizadas.

Aplicação de terra vegetal – Taludes

Terra do terreno natural 0,20 m de terra vegetal

A aplicação de terra vegetal em taludes, deverá ser assegurada pela rugosidade do terreno natural. Dever-se-á realizar a regularização e colmatação em casos como ravinas e sulcos.

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA Após os trabalhos de colocação da terra vegetal, procede-se à regularização final do solo, mobilização, desprega e fertilização do mesmo de acordo com o caderno de encargos.

REGULARIZAÇÃO FINAL DO SOLO, MOBILIZAÇÃO, DESPEDREGA E FERTILIZAÇÃO

1

2

Ferramentas de jardinagem

Cilindro

3

Grade de discos

4

Escarificador

5

Trator

6

Motoniveladora

Execução dos trabalhos

PREPARAÇÃO DO SOLO

Após a colocação de terra vegetal procede-se à regularização, mobilização, desprega e por fim a fertilização. Estas operações podem ser realizadas manualmente ou mecanicamente.

Regularização do solo até 0,20 m de profundidade

Escarificação/ Gradagem/ Recava até 0,10 m de profundidade

Despedrega até 0,15m superficiais para remoção de elementos estranhos com 0,05 m

Regularização do terreno às cotas finais e fertilização


As adubagens a aplicar devem respeitar os resultados das análises realizadas ao solo. A título exemplificativo indica-se para adubação química o Adubo composto (NPK 7-21-21), e para

PREPARAÇÃO DO SOLO

adubação orgânica Ferthumus ou equivalente.

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A plantação de árvores deverá ser realizada após a receção do material em viveiro de obra e sua adaptação e aclimatação.

PLANTAÇÃO DE ÁRVORES

1

2

Trator

Cisternas de Água

3

4

Ferramentas Camião de jardinagem

5

6

Cintas

Retroescavadora

TRABALHOS DE REVESTIMENTO VEGETAL

Os exemplares sujeitos à plantação, não devem conter defeitos, deformações, feridas, abrasão na casca, queimaduras, doenças, pragas entre outros tipo de problemas.

Transporte e Descarga As árvores a plantar deverão já estar em viveiro de obra num período mínimo de 90 dias. Deverão ser transportadas para locais de plantação, sem apresentar feridas ou cortes nos ramos, troncos ou raízes. Árvores em torrão são manuseadas através da parte radicular. A colocação da árvore na cova de plantação deverá ser de acordo com a posição que a árvore apresente no viveiro de obra.

Descarga e Acondicionamento

Transporte sem aclimatização

Torrão mal formado

Torrão bem formado

Abertura das covas para árvores Dever-se-á proceder à piquetagem das árvores de acordo com o plano de plantação. A abertura das covas para árvores deverá ter diâmetro e profundidade adequados à dimensão e espécie. Fundo e paredes da cova deverão ser picados até cerca de 0,10 m de profundidade de modo a se assegurar melhor aderência das terras e drenagem de águas.


Fertilização e correção dos solos para enchimento de covas

Nesta etapa os fertilizantes indicados em projeto deverão ser misturados com a terra vegetal a colocar nas covas de plantação. Poderá ser adicionada turfa. Privilegiar a aplicação de adubos de libertação controlada.

Enchimento das covas As covas de plantação deverão ser preenchidas com a mistura de solos húmida ou encharcada e compactada a pé, através de camadas.

TRABALHOS DE REVESTIMENTO VEGETAL

Plantação

1

2

3

4

5 c d

Abre-se uma cova (1) e utiliza-se a terra para realizar uma mistura melhorada do solo (2). Coloca-se de novo na cova o solo melhorado (3). Abre-se nova cova com as dimensões do torrão (4) e procede-se à sua plantação e posterior compactação (5). Colo 5cm acima da cota do solo; definir caldeira perimetral ao tronco da árvore para rega.

A plantação de árvores em torrão ou raiz nua deverá seguir os passos indicados. Após a plantação dever-se-á proceder sempre à rega para melhor adaptação da raiz e melhor compactação do solo.

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A tutoragem das árvores deverá proceder de acordo com os trabalhos de plantação. Deverá ser verificada a qualidade dos tutores.

TRABALHOS DE REVESTIMENTO VEGETAL

TUTORAGEM

1

2

3

Tutores

Cinta elástica

Materiais de jardinagem

Os tutores a aplicar devem seguir as seguintes indicações: o Os seus topos devem estar cortados, limpos e retos; o Deverão ser diretos, secos, limpos de nós; o Deverão ser de seção circular ou hexagonal; o Quando de madeira deverão ter estado em contato com o sulfato de cobre 5% pelo menos no período de 2horas.

Tutoragem simples – 1 Tutor

Imagens representativas de má tutoragem

Atilho ou cinta Tutor

Terra vegetal


Tutoragem dupla – 2 Tutores

Borracha de proteção entre a régua e a árvore Atilho ou cinta

TRABALHOS DE REVESTIMENTO VEGETAL

Régua de madeira

Tutor

Terra vegetal

A tutoragem a aplicar nas árvores nunca deverá danificar a parte radicular da espécie. Deverá fornecer à planta elasticidade suficiente de modo a não se provocar danos no tronco.

Atilho ou cinta elástica, ou cinta geotêxtil/serapilheira biodegradável O elemento final a aplicar deverá ser uma cinta de modo a fazer a ligação entre o tutor e o tronco da árvore. A cinta deverá permitir elasticidade suficiente ao tronco de modo a evitar danos.

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A plantação de arbustos e herbáceas deverá ser procedida aos trabalhos de piquetagem e abertura de covas. Esses trabalhos deverão ser controlados pela fiscalização.

PLANTAÇÃO DE ARBUSTOS E HERBÁCEAS

1

Materiais de jardinagem

PLANTAÇÃO DE ARBUSTOS E HÉRBACEAS

Os exemplares sujeitos à plantação devem encontrar-se sem defeitos, deformações, feridas, abrasão na casca, queimaduras, doenças, pragas entre outros danos. Os exemplares deverão apresentar-se bem conformados e ramificados e com o sistema radicular bem desenvolvido. Não deverão apresentar ramos partidos ou danos ao longo da planta. Não se aceita plantas estioladas. Os arbustos a plantar deverão já estar em viveiro de obra num período mínimo de 30 dias. Deverão ser transportadas para os locais de plantação, sem existir danos nos ramos, tronco e raízes e com três ramos basais.

Acondicionamento

Abertura das covas ou covachos de plantação Dever-se-á proceder a piquetagem para as covas e posterior aprovação pela fiscalização de acordo com o plano de plantação. A abertura das covas deverá conter mais 15 cm de largura e respetivos 20 cm de profundidade de acordo com a espécie a plantar.


Nesta etapa os fertilizantes indicados em projeto deverão ser misturados com a terra vegetal, a colocar nas covas de plantação.

Enchimento das covas As covas de plantação deverão ser preenchidas com a mistura húmida ou encharcada e compactada através do calcamento, e por fim realizar-se uma rega abundante.

TRABALHOS DE REVESTIMENTO VEGETAL

Plantação

15 cm 20 cm

Abrir a cova de plantação com os requisitos já mencionados

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Colocar a planta e tapar com terra vegetal

Primavera

Verão

Por fim, regar

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA As sementeiras a realizar deverão ser executadas com sementes que contenham poder germinativo alto e elevado grau de pureza.

SEMENTEIRAS

1

2

Máquina de Ancinho hidrossementeira

3

Carrinha

4

Rolo

5

Cilindro

TRABALHOS DE REVESTIMENTO VEGETAL

As sementes a utilizar para as sementeiras deverão ter grau de pureza e poder germinativo admitidas pela legislação em vigor. O período de tempo em que se deverão realizar as sementeiras de sequeiro é entre outubro e março (época das chuvas). Caso não seja possível e sejam realizadas sementeiras noutro período de tempo deverão ser executadas regas semanais e/ou diárias quando indicadas, para proporcionar o poder germinativo das sementes.

Sementeiras

Os trabalhos de sementeira implicam 3 etapas: regularização do terreno, compactação e correções ao terreno em caso de abatimentos.

Após efetuada a preparação do terreno, iniciam-se as sementeiras. Segue-se o enterro das sementes com recurso a um ancinho nos 0,01 e 0,02 m do solo. Por fim realiza-se a rolagem.


Hidrossementeira Para se realizada a hidrossementeira é necessário a preparação de uma calda. Essa calda contém na sua composição: o o o o o o

Mulch Fixador Coloração verde que não seja tóxica Fertilizante de libertação lenta Fertilizante de cristais solúveis Lote de sementes

TRABALHOS DE REVESTIMENTO VEGETAL

Coloca-se dentro da tombola da máquina de hidrossementeira a mistura pretendida completando-se o restante espaço com água. A mistura assegurará uma calda homogénea. Procede-se à execução dos trabalhos com passagem da hidrossementeira de forma cruzada nos espaços a semear.

Imagens representativas da execução de uma hidrossementeira

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A aplicação do revestimento do solo com mulch e gravilhas só deverá ser efetuado, após a finalização de todos os trabalhos.

REVESTIMENTO DO SOLO COM MULCH E GRAVILHAS

1

2

Ferramentas de Mulch jardinagem

3

Gravilhas

A colocação de gravilhas e/ou mulch, é uma operação a realizar no final da obra, após realizadas as plantações, sementeiras e todos os trabalhos de construção civil.

REVESTIMENTO DO SOLO

Aplicação de Mulch A aplicação de mulch sobre a terra vegetal, será em canteiros de herbáceas e arbustos que não apresentem uma inclinação superior a 5%.

Mulch Camada com mínimo de 5cm Terra Vegetal

As gravilhas devem ser: o o o o o

Rijas; Lavadas antes da aplicação; Não se devem apresentar margosas; Não se devem apresentar geladiças; Devem apresentar-se isentas de substâncias impróprias.

Estas serão aplicadas nos locais definidos em projeto preenchendo a totalidade da área com a granulometria e cor indicadas.


REVESTIMENTO DO SOLO

Aplicação de Gravilhas e Mulch

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A abertura de caldeiras para árvores deverá ser realizada após executada a piquetagem. Só podem prosseguir os trabalhos após a aprovação pela fiscalização.

CALDEIRAS PARA ÁRVORES

1

2

Ferramentas de jardinagem

Camião

3

Abre covas

4

Bobcat

Execução dos trabalhos

REVESTIMENTO DO SOLO

Os trabalhos a executar sobre a abertura e fecho de caldeiras, devem passar pelas seguintes fases: o o o o o o

Piquetagem e aprovação da Fiscalização; Abertura da caldeira; Colocação de contenção periférica; Remoção da terra existente e transporte para local licenciado; Plantação e recolocação de terra vegetal; Limpeza.

Processo de abertura da caldeira A abertura da caldeira deverá ser realizada com os meios adequados a cada local. Após a abertura dever-se-á rasgar tanto o fundo da caldeira como as paredes laterais em cerca de 0,2 m. Esta operação facilitará a drenagem das águas e a penetração das raízes.

Dever-se-á proceder a colocação de terra vegetal, já melhorada através de fertilizantes e matéria orgânica. Posteriormente efetua-se a plantação (Ficha da plantação de árvores).

Após os processos descritos anteriormente estarem concluídos, proceder-se-á a colocação de camada de acabamento (Mulch ou gravilha).


Colocação de gravilhas – exemplo de camada de acabamento

Gravilha Camada com mínimo de 5cm

Lancil Massame de betão

REVESTIMENTO DO SOLO

Terra Vegetal

Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente


MANUAL DE FISCALIZAÇÃO - ARQUITETURA PAISAGISTA A limpeza final da obra deverá ser realizada após a finalização de todos os trabalhos. A obra deverá ficar isenta de lixos entre outros.

LIMPEZA FINAL DA OBRA

1

2

3

Contentores

Vassoura

A limpeza que se deve efetuar consistirá:

DIVERSOS

o o o o

Na remoção de entulhos e lixos; A proteção das áreas limpas; Lavagem de pavimentos; Outros.

Limpeza durante a execução da obra Durante a execução da obra, deverão ser implementados os contentores necessários em local a definir de acordo com a fiscalização, com a finalidade de remover os lixos diários provenientes da obra. Os trabalhadores deverão manter a obra sempre limpa e organizada.

Limpeza final da obra A limpeza final de obra deverá consistir na remoção dos contentores e limpeza de restantes lixos.

Imagens representativas de obras após a limpeza final


DIVERSOS Época de Execução:

Inverno

Classificação da Fiscalização

Primavera

Verão

Outono

Indiferente




GLOSSÁRIO A Abacelamento: Operação de plantação provisória de espécies vegetais e que consiste na proteção das raízes através da colocação de terra sobre as mesmas, até ao momento de as plantar em local definitivo. Abate: Operação de corte total de árvores e de arbustos pela base do tronco ou colo dos mesmos seguindo-se a remoção da parte radicular. Arboricultor: Técnico com conhecimentos específico sobre tratamento e conservação de árvores, garantindo o seu equilíbrio fisiológico, sanitário e estético. Arbustos: Planta normalmente com menos de 2 metros de altura, lenhosa e que ramifica a partir do colo da árvore, não contendo um tronco principal. Árvore: Planta normalmente com uma altura superior a 2 metros de altura em estado adulto, frequentemente não ramificada no tronco e contém uma copa bem desenvolvido. É uma planta lenhosa de grande porte com haste simples ou ramificada.

B Bifurcação dos ramos principais: A bifurcação ocorre aquando os ramos de primeira ordem surgem do tronco.

C Caboucos: Áreas de terreno abertas manualmente ou mecanicamente que servem para a implantação de estruturas, sistemas de rega entre outros. Calda: Mistura de produtos concentrados (soluções em pó ou líquidas) com água para a aplicação de produtos fitofarmacêuticos. Caldeira: Vala realizada sobre o solo, que poderá ser retangular, quadrangular, circular ou hexagonal que é utilizada para regar e/ou fertilizar. Caudal: Volume de água que passa durante uma unidade de tempo numa dada seção e que se mede em metros cúbicos por segundo. Cava: Operação que consiste em revolver o solo até uma profundidade de cerca de 30 cm com o objetivo de destorroamento. Cirurgião de árvores: Técnico com conhecimentos específico sobre tratamento e conservação de árvores, garantindo o seu equilíbrio fisiológico, sanitário e estético. Cinta elástica: Elemento utilizado para fazer a ligação entre o tutor e a árvore, sem provocar danos na mesma.


Colo da árvore: O colo da árvore/tronco é o local onde o tronco alarga na base da árvore. Após a plantação este ponto deverá ser visível. Compactação: Operação a realizar sobre o solo e que consiste na aplicação de cargas mecânicas ou manuais de formas continuas, de forma a que exista consolidação do solo.

D Desmonte: Método realizado no abate da árvore, através do corte inicial dos diversos ramos superiores e só posteriormente procedendo-se ao corte do tronco. Desprega: Operação que consiste na limpeza dos solos, onde os elementos granulados tais como pedras são removidos com o auxílio de um ancinho. Destroçar: Operação que consiste em desfazer materiais vegetais em pequenos pedaços, podendo os mesmos ser reutilizados em obra. Dono de Obra: Entidade para quem a obra é executada com base num contrato.

E Empreiteiro: Entidade que executa a obra de acordo com o projeto apresentado pelo projetista respeitando a lei em vigor. Escarificação do terreno: Operação utilizada para a descompactação do terreno à superfície através de ferramentas mecânicas designadas por “escarificador”. Esta técnica é realizada a cerca de 50 cm do solo. Estado fitossanitário: Estado das espécies vegetais a nível de fungos, feridas e podas mal efetuadas. O estado fitossanitário indica-nos o estado de saúde da planta a responder a esses fatores. Estolhos: Hastes que nascem em direção ao solo e que desenvolvem raízes, sendo possível formar uma nova planta a partir do mesmo.

F Fiscalização: Entidade que representa o dono de obra e os seus interesses, fiscalizando o progresso da empreitada de acordo com o projeto, leis em vigor e caderno de encargos. Flecha: Corresponde à guia terminal onde se situam meristemas responsáveis pelo crescimento primário longitudinal da árvore.

G Gradagem: Operação realizada de forma mecânica, utilizando-se uma grade de discos ou fresa que consiste em desfazer torrões entre outros. Esta operação é utilizada na preparação do solo.


Gravilhas: Material pétreo de diversos tamanhos e composições utilizados como elementos decorativos, componentes de substratos, pavimentos, revestimentos, entre outros.

H Herbácea: Planta tenra com cor semelhante à das ervas, não lenhosa ou pouco lenhosa em tons verdes. É uma planta que não forma caule lenhoso. Hidrossementeira: Consiste na operação de distribuição de sementes através da projeção de uma calda sobre uma superfície através de um “hidrossemeador”. Geralmente a calda é composta por uma mistura fibras, sementes, fertilizantes.

M Mondas: Operação que consiste na remoção das espécies designadas como nocivas ou infestantes na sua totalidade (Parte aérea e parte radicular). Mulch: O mulch é um material orgânico geralmente composto por cascas de madeira, normalmente pinheiro utilizadas para aumentar o teor de matéria orgânica e a capacidade de reter água no solo.

P Pargas: Estruturas de depósito de terras vegetais resultantes da terra viva decapada. Parte aérea: Na planta é considera a parte aérea, todas as ramificações situadas acima do colo da planta. Parte radicular: Na planta é considerada a parte radicular, todas as raízes e elementos que se considerem subterrâneos. Passaporte fitossanitário: Documento que acompanha as espécies vegetais e que contém vários parâmetros de qualidade e controlo das mesmas. Piquetagem: A piquetagem é uma operação utilizada em obra para a marcação de cotas altimétricas e planimétricas de elementos do projeto através de verguinhas, estacas de madeira, pregos, marcos entre outros. Este método é utilizado nos trabalhos de escavações, aterros, plantações entre outros. Poda aérea: Método que consiste na extração de todos os ramos mortos, esgaçados, danificados das árvores de modo a aligeirar a copa da árvore. No caso de podas de transplantes serve para reduzir o tamanho da sua copa de modo a proporcionar um crescimento dos ramos secundários. Poda radicular: Método que consiste no corte de raízes de forma seletiva. Esta operação tem como objetivo estimular o crescimento de raízes secundárias e/ou para o crescimento da raiz principal. Esta técnica leva ao aumento do torrão. Projetista: Entidade composta por uma equipa de projetistas que realiza o projeto de forma técnica.


R Raiz nua: Plantas que são fornecidas do viveiro em raiz nua são plantas que não contêm qualquer tipo de terra na sua raiz. Regularização do terreno: Operação que é realizada sobre o solo de modo a atingir as cotas propostas em projeto. Podem ser realizados de forma manual ou mecânica. Rizomas: São um tipo de caules que se formam nas plantas. É considerado um caule subterrâneo e que contém um crescimento horizontal, ou seja, paralelo ao solo. Roto-precursão pneumática: Método utilizado na abertura de furos que consiste na ação principal de esmagamento, rotação e corte por uma ferramenta acionada por ar comprimido.

S Surriba: Operação que se realizar no solo para descompactação em profundidade. Esta operação é utilizada em linhas cruzadas e poderá ir até 1,00 metro de profundidade proporcionando a descompactação e drenagem do solo. Sementeira: Operação que consiste em atirar e espalhar sementes sobre o terreno preparado. Poderá ser realizado de forma manual ou mecânica.

T Torrão: Técnica de preparação da raiz para transplante. Consiste em desenvolver um volume adequado de solo e raízes em função da espécie e dimensão das plantas que permite realizar o transporte e o transplante. Turfa: Material orgânico resultante de terrenos que contém diversos elementos vegetais em decomposição e que proporcionam um elevado teor em matéria orgânica. Esses elementos vegetais podem por exemplo, ser folhas, frutas entre outros. Tutor: Estaca normalmente de madeira, cravada no solo e que serve de asuporte/guia à planta enquanto se encontra em instalação evitando a queda e a oscilação de raizes.

V Vala: Escavação longa para receber ou conduzir águas da rega. Viveiro de obra: É o local em que se poderá encontrar dentro dos limites da obra ou exterior, que serve para a receção, aclimatação e preparação do material vegetal até à altura de ser efetuada a plantação no seu local definitivo.



http://www.lauraroldaocosta.com/


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