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OCTUBRE 2021 N.278

ST YL E

OCT.21

ESPECIAL

MIGUEL HERRÁN ÚRSULA CORBERÓ ESTHER ACEBO PEDRO ALONSO TONY LEUNG SALEHE BEMBURY ISHOD WAIR & MAGNUS WALKER




N O W

E N ’S

0 2 E l g e e n d e

3 . T O N Y m e jo r a c n e r a c ió n M a r v e l– lo s D ie z

L E U N to r h o n a t e r r iz c o n S h A n illo s

G

.

g k o n é s d e s u a e n H o lly w o o d – y a n g - C h i y la le y e n d a

0 3 0 D io r n u e v J o n e

. 'S N E A K E R S ' B 3 0 : in s p ir a c ió n r e t r o p a r a la s a s z a p a t illa s d e p o r t iv a s d e K im s .

0 3 4 G e n s u s F ra n p o u

. D A M io y f ig c e re z o c ia g r a r l 'a r t c

IE N u ra , s e n c ia s o n te

H I e l flo a m

R S T a r t is r p o la F o p o ra

0 3 5 . R E L O J E S E l ir r e s is t ib le c la s ic L o n g in e s H e r it a g e B la c k B a y 3 2 / 3 6 /4 1 A u d e m a r s P ig u e t R y U ly s s e N a r d in M a r e n o v a d o B e ll & R o d o b le h u s o h o r a r io 0 4 0 H u b m á s n u e

N O W

N º 2 7 8

Q U A R T E R L Y

0 4 A ñ s e s in

. D J S N A K lo t s e a s o c e s c u c h a d v a e d ic ió n

4 . o y c re t ie

J A m to m

M E S e d io m á s p o p

t a in g lé s e x p o n e r p r im e r a v e z e n n d a t io n C a r t ie r in .

is m o d e C la s s ic y . L o s n u e o y a l O a k r in e T o r p s s B R 0 5 .

T h e T u d v o s O ff ille u G M

o r s h o re r; y e l T c o n

E

ia c o n e l a r t is t a f r a n c é s o d e l m u n d o p a r a la lim it a d a d e s u B ig B a n g .

B O d e fa m a ra

N s p o m

D u é s y e l a g e n te s o d e l p la n e t a s ig u e o r ir.

0 4 6 . Á L E X G O N Z Á L E Z E l a c t o r m a d r ile ñ o p r o t a g o n iz a la p e líc u la F u im o s C a n c io n e s .

P O R T A D A

0 4 L a h e F u c o

8 . E X P O S IC in c r e íb le c o rm a n o s M o r n d a c ió n L o u n s u c o m is a

0 5 S i le a m

3 . C tú m c a n t a d a

IÓ le c o z o is V r ia .

N c ió n d e lo s v a t e r r iz a e n la u it t o n . H a b la m o s

A M IL O e d ic e s v e n , lo d e jo t o d o , a e l a r t is t a c o lo m b ia n o a s u … y a L a L ig a d e f ú t b o l.

M A T T D A M O N F r u s t r a d o p o r la f a lt a d e o p o r t u n id a d e s e n H o lly w o o d , a lo s v e in t it a n t o s e s c r i b i ó j u n t o a s u a m i g o B e n A ff l e c k e l g u io n d e E l in d o m a b le W ill H u n t in g . E l é x it o d e a q u e l f ilm e lo c a t a p u lt ó a la lis t a A d e H o lly w o o d , d e la q u e n o s e h a m o v id o e n d é c a d a s , a p e s a r d e p o lé m ic a s y p a r o n e s p a n d é m ic o s . L o fo t o g r a f ia m o s e n L o s Á n g e le s , c o n L a c h la n B a ile y d e t r á s d e l o b je t iv o , e n u n e t e r n o v e r a n o q u e , c o n lo s p r im e r o s f r ío s d e l o t o ñ o , a p e t e c e r e c u p e r a r m á s q u e n u n c a . E n la p o r t a d a v is t e c a m is a P r a d a , s h o r t s P o lo R a lp h L a u r e n y c in t u r ó n J . C r e w .

F O T O G R A F Í A : L A C H L A N B A I L E Y . M A T T D A M O N V I S T E S U É T E R D E N O B I L I A R Y P A R T I C L E , C A M I S A L O U I S V U I T T O N M E N 'S , P A N T A L O N E S V I N T A G E R A G G E D Y T H R E A D S , C I N T U R Ó N V I N T A G E J .C R E W , A N I L L O J . E . C A L D W E L L & C O . E N W I L S O N 'S E S T A T E J E W E L R Y .

G E N T L E M



G E N T L E M

S Y E

E N ’S

L

N º 2 7 8

Q U A R T E R L Y

T O C T .2 1

0 5 R e p o s u e s s o

6 . M A T T D A s t a b le c id o d lé m ic a s y r e p r o fe s ió n . M t á d e v u e lt a rp re n d e .

M O N e s u s c o n c ilia d o c o n a tt D a m o n y t o d a v ía n o s

0 7 L a d e c o

4 . L A C A S A D E P s e r ie e s p a ñ o la m t o d o s lo s t ie m p o n u n f in a l d e f ie s t y f u lg u r a n t e . H a b la m a lg u n o s d e s u s p r o t 0 8 2 . N S a b o re m a s iv a A h o ra , h a c ie n m ú s ic a

IN A P E ó la s m c o n T h e n s u m d o – y e d e s d e

A P E á s e s te a é p o s a g o

R S S O N ie le s d e e C a r d ig a d u re z , n s e ñ a n d S u e c ia .

la a s o

L x it o s a r m in a ic o c o n n is t a s .

fa m a n s . ig u e

0 8 6 . C IN E K IN K I A n t o lo g ía d e u n g é n e r o m u y n u e s tro .

S T Y L E

0 9 T o d la s y o p ie

2 . T E o lo p a s a rd e n rd a s

N D E N C IA S q u e s e h a v is t o r e la s , in t e r p r e t a d o p a ra q u e n e s t e o t o ñ o / in v

1 0 0 L a s Iv y d e s c o m

. E S T IL u n iv e r s L e a g u e a fo ra d o o re fe r

O

'P R E P id a d e s d y lo s y u p s d e lo s e n te s d e

e n a d o o te ie r n o .

P Y ' e la p ie s 9 0 re g re s a n e s t ilo .

1 0 2 . Z A P A T IL L A S T o d a s la s s n e a k e r s q u e d e b e s c o n o c e r e s ta te m p o ra d a . 1 0 6 . L O D e s d e K p a s a n d o y p o r s u E s to s s o in f lu e n c

S + a n y p o p u e n lo e rs

IN e r s s d

F L U Y E N T E S h a s t a C h a la m e t , L il N a s X , D r a k e t o H a r r y S t y le s . v e rd a d e ro s e la m o d a .

1 0 8 . 'O U T E R W E A ¿ Q u ie r e s s a lir a la in v ie r n o s in p a s a r s a c r if ic a r n i u n á p É s t a e s t u s e c c ió n

R ' c a lle e s t e f r ío y s in ic e t u e s t ilo ? .

F O T O G R A F ÍA : F A N N Y L A T O U R - L A M B E R T . H E R R Á N V IS T E C A M IS A IS A B E L M A R A N T Y P A N T A L O N E S L A N V IN . Ú R S U L A V IS T E C A M IS A , P A N T A L O N E S Y P E N D IE N T E S G U C C I. E L A N IL L O

R E P O R T A J E S

E S D E E L L A .

E S P E C IA L



E N ’S

N º 2 7 8

Q U A R T E R L Y

S T Y L E

1 1 2 . A L a c o D o lc e e n V e v u e lv

L T le c & n e e n

A S c ió G a c ia lo s

A R T O R IA n m á s e x c lu s iv a d e b b a n a s e p re s e n tó c o n u n re c a d o : d e s f ile s .

1 1 6 . S A L E H E B E M B U R C o m o n o e x is t ía , t u v o in v e n t a r la a s u im a g e n s e m e ja n z a : la p r o fe s ió d e d is e ñ a d o r e s t r e lla d z a p a t illa s . 1 2 2 . C O L o s m u n h e a d s ' y e s tá n c a c o n e c ta M a g n u s

1 4 3 . J N i p id c u lp a ic o n o r e p it e

A R e p b le c la c o

1 4 8 . B E l a rte m a n e r c o m a r G ir o n a 1 5 0 . P h a n la n z a m á s D e s c

R A d e a a c a , p

L E ó n a rt d e u c

V A h a rte d e a ra

N A R IZ c e r p e r s a n a l, d l A lt E m e l m u n

R ro o d .

1 5 2 S E A c o c A ro e l s

. U R T re h e s n a , e g m

B A N n u e v u rb a p a ra e n to

1 5 8 E m p ie to d

. T p e e s o s

C N r e á s s to

1 6 2 . G F u t ilid T it á n , c o m o

A S in a s m a rc m o

E D e rd . E l s ta n G

P A C O to m p m ie n t in n o v a ú b r e lo

E z a m e

e

L E C C IO N IS M O d o s d e lo s 'p e t r o ll o s 's n e a k e r h e a d s ' d a v e z m á s d o s . Is h o d W a ir y W a lk e r s o n la p r u e b a .

1 2 6 . 'O U T O F S E A p re n d e a c o m b c r e a c io n e s d e lo d is e ñ a d o r e s y m e s t e e d it o r ia l d e d e te m p o ra d a .

E N D

n

Y q u e y

T O , n i is t a H o c i G

A B A N m e te d e fra o r d e l

s e m lly u

d e c la r a á s w o o d ilt y .

fu m e s d e e s d e la p o rd à , e n d o .

N E s e r e l g a n c ia a ñ o .

O S a s u g a m a d e n o s , e l Ib iz a y e l s e g u ir lid e r a n d o .

O L O G l o to ñ o f á c il g s g a d g

A B IN a d o e u n a o p ro fé

O N ' r la s e jo r e s a s c o n d a fu e ra

E T E l h u b ra t ic a .

ÍA

c o n b u e n r a c ia s a e ts .

P O P n d im ie n t o d e l t a n in q u ie t a n t e

F O T O G R A F ÍA : C O R T E S ÍA D E G U C C I.

G E N T L E M



G Q @ c o n d e n a s t .e s ESPAÑA

N º 2 7 8

D ir e c t o r

D IR E C T O R A C O M E R C IA L D E G Q

E S T H E R G O N Z Á L E Z C E A

M A D R ID

J e fe d e p u b lic id a d A M A IA M U R U A M E N D IA R A Z

B A R C E L O N A

J e fe J U D B R U N O E

D A N IE L B O R R Á S

d a n ie l.b o r r a s @ c o n d e n a s t .e s

S

D ir e c t o r c r e a t iv o Á N G E L P E R E A M A L O a n g e l.p e r e a @ c o n d e n a s t .e s

Y

L E

D ir e c t o r d e a r t e F E R V A L L E S P ÍN f e r n a n d o .v a lle s p in @ c o n d e n a s t .e s

T

S

id a d G E L IS Á L E Z

C O O R D IN A C IÓ N

M A R ÍA F E R N Á N D E Z

D E L E G A C IÓ N IT A L IA

E L E N A M A R S E G L IA (IT A L IA )

E D IT O R E J E C U T IV O

N O E L C E B A L L O S n c e b a llo s @ c o n d e F . J A V IE R G IR E L A jg ir e la @ c o n d e n a s J U A N C L A U D IO M ju a n .m a t o s s ia n @ c N É S T O R P A R R O N n e s to r.p a r r o n d o @

J O R G E M (S U B D IR (D IR E C T (D IR E C T R U T H V A Y E D IC IÓ (P R O D U

n a s t .e s t .e s A T O S S IA N o n d e n a s t .e s D O c o n d e n a s t .e s

E M IL Y S U S S M A N

IN T E R N A C IO N A L

C R E A T IV E S T U D IO

A D R ID E C T O R O R G L O O R D E A R IL L A S N G R Á C C IÓ N

(D A ), B A R T (D F IC Y E

IR E C T O R ), M A J U A N M IG U E L L D E D IS E Ñ O ) E ), IS A B E L A C IR E C T O R A D E A ), C R IS T IN A D IC IÓ N G R Á F

R ÍA J IM É L A P ID O , X A B IE R E R E T E (D P R O D U C S E R R A N IC A ) O

N E Z M A U L E Ó N IS E Ñ O ), C IÓ N

S Y N D IC A T IO N & P H O T O

R E Y E S D O M ÍN G U E Z (D IR E C T O R A ), C R IS T IN A V E R D

R E L A C IO N E S P Ú B L IC A S

V E R E N A B U S T IL L O , M IG U E L IB Á N G A R C ÍA - L O M A S

J e fa d e m a q u e t a c ió n C R IS T IN A G O N Z Á L E Z V IE C O c g o n z a le z @ c o n d e n a s t .e s

P R O D U C C IÓ N

F E R N A N D O

D is e ñ E L E N e le n a A N A a m u n

A D M IN IS T R A C IÓ N

R O C ÍO

a d o ra s A C A L V .c a lv o @ M U Ñ O Z o z m o ra O

c o n d e n a s t .e s M O R A G A g a @ c o n d e n a s t .e s

© H A N C O L A B O R A D O

b lic S E A N N Z

E S P E C IA L

R e d a c t o r je fe H É C T O R IZ Q U IE R D O h iz q u ie r d o @ c o n d e n a s t .e s

A R T E

p u M A D E G O

O C T .2 1

D ir e c t o r a d e m o d a J O A N A D E L A F U E N T E jd e la f u e n t e @ c o n d e n a s t .e s

R E D A C C IÓ N

s d e IT H N O L IA

B O H Ú A

L O Z A N O

E D IC IO N E S C O N D É N A S T , S . A . D E P Ó S IT O

L E G A L : M -2 5 9 2 4 -2 0 1 2

E N E S T E N Ú M E R O

R E D A C C IÓ N

B E L É N A F O N S O , G U IL L E R M IN A C A R R O , V ÍC T O R M . G O N Z Á L E Z , D A V ID L Ó P E Z

A R T E

J U A N M A N U E L V A L L E S P ÍN

M O D A

N A T A L IA T O R R E S P O L O (P R O D U C C IÓ N ), J U A N L U IS A S C A N IO , J E S Ú S C IC E R O (E S T IL IS T A S )

F IR M A S

L A C A L E R IC H E A L A M A L B P E A S A L

P R E S ID E N T A Y C E O

H L X A A R T H , F E R R S A Z

A N N D D O , S A N T O O N A R

B A IL E Y , J U L E R C H E E , G E F . C O L M E N E A M U E L H IN E N Y L A T O U R M IR A N D A , G , D A N IE L R IE , S IL V IA S U Á

IA N B E R M A N , O R G E C O R T IN R O , P A B L O G A , M A N U E L J A B L A M B E R T , J E S A B R IE L L A P A I R A , B E A T R IZ R R E Z , J A C K Y T A

N A T A L IA G A M E R O

M A R T IN B R O W N , A , J O A N D IV Í, N D ÍA , C H R IS O IS , IS S A C S IC A L E H R M A N , E L L A , J E S S E O L D Á N , O C T A V IO M , C A M W O L F

M A D R ID P A R ÍS N U E V A Y O R K

P A S T E L 3 , A 1 W

E O .: + 3 V E N O R L

D E 4 9 U E D T

L A 1 7 H O R A

C A 0 0 C D E

S T E L 4 1 7 0 H E . 7 C E N

L A . E 5 0 T E

N A , 9 -1 1. 2 - M A IL : G Q 0 8 P A R IS . R . N E W Y O

8 0 4 6 @ C O T E L .: R K , N

M A N D E + 3 3 Y 1 0

D R ID . N A S T .E S (0 )1 5 3 4 3 6 9 5 1. 0 0 7 . T E L .: + 1 (2 1 2 ) 2 8 6 - 2 8 6 0 .

D IR E C T O R G E N E R A L D E F IN A N Z A S Y O P E R A C IO N E S J U A N M A N U E L M A R T ÍN - M O R E N O D IR E C T O R A G E N E R A L D E M A R K E T IN G , P R O D U C T O Y D A T A B E A T R IZ S Á N C H E Z G U IL L É N D IR E C T O R A C O M E R C IA L E L E N A F E R R E R A S P E O P L E D IR E C T O R D A V ID D E L A IG L E S IA D IR E C T O R A C N C O L L E G E A N A G A R C ÍA S IÑ E R IZ C H IE F D IG IT A L O F F IC E R L IN A C A L Z A D O D IR E C T O R A A D J U N T A D E M A R K E T IN G , P R O D U C T O Y D A T A S U S A N A IB Á Ñ E Z D IR E C T O R A F IN A N C IE R A E L E N A A E M M E R D IR E C T O R D E T E C N O L O G ÍA (C T O ) R A F A E L M A R T ÍN E Z D IR E C T O R D E C O M U N IC A C IÓ N A L B E R T O P E R E IR A

D E L C A S T IL L O

e s u n a e m p r e s a s o s t e n ib le c e r t ific a d a p o r

A c c e s o a l c e r t ific a d o e n la p á g in a w e b d e la r e v is t a

C H A IR M A N O F T H E B O A R D

J O N A T H A N N E W

H O U S E

G Q ra d P ro y e C E

n o s e h o re s e n h ib id a s n c u a lq u D R O s i n

a c e n e c e s a r ia m s u s a r t íc u lo s . © u c it a , r e p r o d u ie r s o p o r t e s in e c e s it a r e p r o d

e n te E d ic c c ió n la a u u c ir a

re s p o n s io n e s C o , e d ic ió n t o r iz a c ió lg ú n f r a g

a b le n d é o tra n e s c m e n

d e N a n s r it to

la s o p in io n e s t, S .A . R e s e m is ió n t o t a l a d e E d ic io n d e e s ta o b ra

s v e rv a d o p a e s C : w w

r t id a s p o r lo s c o o s t o d o s lo s d e r c ia l p o r c u a lq u o n d é N a s t, S .A . w .c o n lic e n c ia .c

la b re c ie r D ir o m

o h o s . m e d io íja s e a .


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L A

E N T R E V IS T A

p o n i e s n e e s

r q u e n o t ie n e n a d a d e e s o . N i In s t a g r a m F a c e b o o k n i T w it t e r. L a r a z ó n , c o n f ie s a , q u e n o t ie n e s e n t id o p a r a é l; e s t á c o c t a d o c o n la g e n t e c o n la q u e n e c e s it a t a r c o n e c t a d o . E n v iv o , e n d ir e c t o . N o p r e c is a m á s . L a s d o s a n é c d o t a s t ie n e n m u c h o s e n t id o y s e e x p lic a n b ie n ju n t a s . S u p o n g o q u e h e m o s p e r d id o la c a p a c id a d d e s e n t ir a la g e n t e a lr e d e d o r, d e e m o c io n a r n o s a l e s t a r c e r c a d e a lg u ie n , d e n o m e d ir la v id a e n lik e s . S ie m p r e h e f a n t a s e a d o c o n n o t e n e r m ó v il, s o b r e t o d o p o r q u e e n lo s in ic io s d e l m ó v il t u v e u n o y m u y p r o n t o d e jé d e u s a r lo , e n t e n d ie n d o q u e n o lo n e c e s it a b a y q u e m e p o d ía p e r m it ir s e g u ir t o c a n d o e l t im b r e e n la s p u e r t a s d e lo s a m ig o s , y q u e lo s a m ig o s p o d ía n lla m a r m e a l f ijo s i e r a n e c e s a r io . D e s p u é s e l m ó v il v o lv ió y n o p a r o d e p e n s a r e n m a r c h a r m e a u n s it io p e q u e ñ it o c o n m a r y d e s c o n e c t a r lo p a r a s ie m p r e . L a ú n ic a r a z ó n p o r la q u e n o lo h a g o e s p o r q u e e s t o y s e g u r o d e q u e la g e n t e q u e m e q u ie r e m e e n c o n t r a r ía , p e r o la g e n t e q u e q u ie r e t r a b a ja r c o n m ig o n o s a b r ía c ó m o h a c e r lo . Y e n t o n c e s n o t r a b a ja r ía . Y e n t o n c e s n o p o d r ía v iv ir e n n in g ú n s it io . E s c o m p lic a d o , s í.

r p d o s p m m E n n n q y v t p s g n L e t f

U n o im a g in a q u e D a m o n n o t ie n e e d e s s o c ia le s p o r q u e e l d ir e c t o r d e s u r ó x im a p e líc u la n o n e c e s it a e n c o n t r a r le e m a n e r a f r ía ; é l y a s a b e d ó n d e e s t á . Y c u rre c o m o ta n ta s o tra s v e c e s y p e n a m o s lo q u e p e n s a m o s s ie m p r e , q u e o b r e s r ic o s f a m o s o s q u e p u e d e n p e r it ir s e h a c e r c o s a s d e n o - r ic o s y n o - f a o s o s p o r q u e , u p s , r e a lm e n t e s í lo s o n . n la e n t r e v is t a c o n e l a c t o r, e n c a m b io , o e s d if íc il v e r u n c la r o im p u ls o d e h o e s t id a d , a s í q u e lo q u e e lijo e s im a g ia r m e a M a t t h a c ie n d o e x a c t a m e n t e lo u e le d a la g a n a c o n s u s a m ig o s B o n o B e n ( A ff l e c k ) , l l o r a n d o c u a n d o l a g e n t e u e lv e a a b r a z a r le , y c r e a n d o u n a c u e n a p r iv a d a d e In s t a g r a m d o n d e o t r a s 7 6 e rs o n a s , n a d a m á s , c o m p a rte n fo to s d e u s h ijo s . P o r q u e la v id a d e b e r ía s e r, s e u id o r a r r ib a s e g u id o r a b a jo , m á s o m e o s e s o . N o n e c e s it a r ía m o s m u c h o m á s . lo r a r, p e r d e r n o s , c o m p a r t ir c o n p o c o s , s t a r s e g u r o s d e q u e la d e c is ió n d e v iv ir r a n q u ilo e s la q u e n o s v a a c o n d u c ir a la e lic id a d .

D a n ie l B o r r á s H e a d o f E d it o r ia l C o n t e n t G Q

E s p a ñ a

IL U S T R A C IÓ N : B IG

d e p o rta d a d e e s te n ú m e ro d e o c tu b re d e G Q E s p a ñ a , e l a c to r M a tt D a m o n c u e n ta c ó m o , tra s la p a n d e m ia y lo s c o n f in a m ie n t o s , s u p r im e r a a p a r ic ió n p ú b lic a , e l p r im e r a p la u s o d e s p u é s d e q u e s e t e r m in a r a n d e g o lp e lo s a p la u s o s , le p r o v o c ó u n a s e n s a c ió n e x t r a ñ a y n o p u d o e v it a r llo r a r. L lo r a r n o s ig n if ic a d e m a s ia d o – llo r e n , llo r e n p o r c u a lq u ie r c o s a , e s b u e n o , y a v e r á n – p e r o s í e s s in t o m á t ic o , u n a a la r m a , u n a lu z q u e s e e n c ie n d e t a m b ié n p a r a c o s a s b u e n a s . D a m o n h a b ía v u e lt o a s e n t ir c o s a s q u e h a c ía m e s e s q u e n o s e n t ía , h a b ía v u e lt o a l c a lo r, a l s o n id o , a la in t e r a c c ió n . E s m u y f á c il o lv id a r s e d e t o d a s e s a s c o s a s . E l a c t o r n o t ie n e r e d e s s o c ia le s , a lg o q u e , c o n f ie s o , e s u n a u t é n t ic o d r a m a p a r a n o s o t r o s : c a d a v e z q u e p u b lic a m o s u n a im a g e n d e p o r t a d a e n In s t a g r a m s u p r o t a g o n is t a lo h a c e t a m b ié n , lo q u e m u lt ip lic a n u e s t r a v is ib ilid a d e n m illo n e s , lit e r a lm e n t e , d e p e r s o n a s q u e n o la h a b r ía n v is t o q u iz á d e o t r o m o d o . E s u n p o c o c o m o 'p o r f a , M a t t , s u b e la f o t o , t ío , n o s v a a v e n ir g e n ia l'. M u c h a s v e c e s le s m a n d o D M (a u n q u e n o c o n te s te n ) p a ra re c o rd á rs e lo , e s a s í. P e r o c o n M a t t n o e s p o s ib le E N

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EL CORTE INGLÉS, S.A. C/ Hermosilla 112, 28009 Madrid

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E J E M P L A R D E P A L E T IS M O P O R M A N U E L J A B O IS

Yo, como he dejado dicho muchas veces, soy un gran lector de periódicos, a los que debo mi educación: la buena y la mala. No he dicho tantas veces que los periódicos que leo no son los de hoy, sino los de ayer. Me aprovecho de circunstancias estupendas como las hemerotecas de diarios que, como La Vanguardia o Abc, se remontan a más de un siglo. También, claro, leo la hemeroteca de mi periódico, El País, si bien éste nació en democracia, hace sólo algo más de 40 años, y eso pesa a la hora de hacerse una idea de este país (si bien también describe con solemnidad muchos de nuestros actuales vicios y pecados). En el siglo XIX, por ejemplo, La Vanguardia tenía una sardónica sección de textos fugaces en la mejor tradición quevedesca. Como hay tanto que buscar, yo he buscado mi ciudad para encontrar verdaderas joyas universales que serán fácilmente identificadas por cualquier lector de cualquier ciudad, también de fuera de España. Mi ciudad es, orteguianamen-

te, Pontevedra y sus circunstancias. Hay una noticia, pongo por caso, en que se da cuenta de una familia de Cambados a la que llaman, con intención, conservadora. "No desempeña más que los siguientes cargos", dice La Vanguardia. Y enumera: alcalde (Antonio Caamaño), secretario (un cuñado del alcalde), escribiente (el hijo del secretario), administrador de Correos (el suegro del secretario), llavero de la cárcel (un sobrino del alcalde). Claro que nada comparable a este fabuloso suelto: "El alcalde de Pontevedra se ocupa actualmente de visitar las tabernas para analizar los vinos que en ella se expenden. He aquí un alcalde modelo. Porque lo general es que visiten las tabernas para pedir el voto al tabernero". Y la visita de un duque de la Torre: "En Lourizán ha sido muy agasajado y en Pontevedra se le obsequió con un baile. Nos gustaría ver al duque bailando. A bien que debe ser maestro en el oficio, pues en toda su vida no ha hecho otra cosa".

Un día de 1912, el corresponsal de La Vanguardia en Pontevedra "entregó en la Depositaría municipal 500 pesetas que le remitió un admirador del insigne violinista pontevedrés Manolo Quiroga para la suscripción abierta a fin de regalarle a éste un Stradivarius". Por cierto que ese día, "disputaron" Juan Fontán y Eugenio Otero en Sanxenxo ("disputar" era darse de hostias), y la riña acabó cuando el primero le abrió la cabeza al segundo con un palo y huyó perseguido por la Guardia Civil. El siglo anterior hubo asamblea en el pueblo de O Rosal: "Más de mil mujeres armadas con palos, hoces y azadas se reunieron (¡se reunieron!) para pedir que la recaudación de consumos de esta población no fuese adjudicada por subasta". Para acabar este repaso histórico en La Vanguardia, deja uno recuerdo de un artículo de homenaje que el periódico barcelonés hizo en los años sesenta a la prensa local a cuenta del cierre de Diario de Pontevedra. Después de citar firmas históricas (Valle, Camba), hace el articulista del periódico catalán este precioso homenaje: "A mí me agrada leer mañanero los diarios de los pueblos y cuando vaya a Pontevedra no tendré esa satisfacción. Dirán algunos que soy un ejemplar de paletismo, pero entiendo que el primer contacto con las pequeñas ciudades debe hacerse con la lectura de su periódico".

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Tal vez no he sido tan consciente del paso del tiempo, en el sentido más agónico del término, como cuando hace unas semanas recibí una atenta carta de la Consejería de Salud de mi Comunidad autónoma en la que, al constarles que ya había llegado a los 50, sería conveniente que me hiciera un análisis para descartar el cáncer de colon. Una carta en la que, como si fuera un niño pequeño, me daban todo tipo de instrucciones y facilidades para que, obediente, pasara por el control médico. Algo que a mí siempre, como hombre que sigue aferrado a su masculinidad omnipotente, me ha supuesto un ejercicio incómodo de superación. Yo también soy de esos hombres, y me consta que somos muchos, miedosos ante la enfermedad, cobardes ante las agujas y, lo que es peor, en batalla continua frente a la necesidad de autocuidado que siempre hemos entendido como una especie de menoscabo de nuestra virilidad. Sin embargo, cuando pasas la barrera de los 50, múltiples señales, incluida la publicidad en la que antes no te fijabas, te dan una bofetada de realidad y te alertan de la fragilidad que no queremos ver. Fue entonces también cuando yo, de nuevo un niño estricto cumplidor de las reglas, empecé a hacerme cada año un análisis para vigilar que mi próstata, ese reducto finalmente perverso de nuestra masculinidad venida a menos, no mostraba ningún indicio de deterioro alarmante.

HOM BRES DE 50 P O R O C T A V IO

S A L A Z A R

Todas estas lucecitas rojas que empiezan a encenderse cuando tú creías que ahora, justo ahora, la juventud podría ser un eterno tesoro retransmitido por las redes, te indican que empiezas otra etapa que, inevitablemente, y ojalá más tarde que pronto, te llevará al declive. Es como si empezaras a notar que la columna que siempre te elevó por encima del resto empieza a agrietarse, que el púlpito ya no te sostiene como antaño y que el héroe que creíste ser a duras penas remonta el vuelo. Y eso que nosotros, a diferencia de las mujeres, siempre hemos tenido como ventaja la madurez. Los años siempre nos hicieron atractivos, sabios y más poderosos. Como la cultura machista nos enseña, lo que a nosotros nos suma a ellas les resta. A pesar de que los avances médicos, al menos para los que vivimos en la parte privilegiada del planeta, nos permiten vivir más años, y que hoy los 50 casi se perciben como si fueran una suerte de segunda juventud, también es cierto que nuestro cuerpo no deja de ser una herramienta frágil. Que en ningún caso, pese a nuestra socialización heroica, es algo parecido a una máquina, de la que pode-

mos obtener día tras día el máximo rendimiento. Se impone pues una buena dosis de sensatez para que nos demos cuenta al fin, aunque sea obligados por la presión del Estado que actúa como un padre con nosotros, de que tenemos que empezar a reconciliarnos con nuestras debilidades, a percibir nuestro cuerpo como un instrumento que nos permite ser y sentir, estar y relacionarnos, y que para tan benditas funciones requiere ser tratado con mimo. Con la delicadeza con la que acariciamos las hojas de ese libro que nos gustaría nos sobreviviera. Cumplir los 50, incluidas las tensiones que en un hipocondríaco como yo generan los laboratorios y los análisis, puede ser pues una magnífica oportunidad para despojarnos de muchas tonterías, para situar nuestro ego narcisista en un lugar que no moleste mucho y para, a través del ejercicio que supone reconocer nuestra vulnerabilidad, ser también más conscientes de la de los otros. Reconciliados con el niño curioso y aprendiz que lo tenía todo por hacer y liberados progresivamente del fardo de masculinas potencias que son como células cancerígenas que nos van carcomiendo por dentro. Ése sería el mejor "negativo" que nos podrían dar en el informe médico que traduce en términos imposibles las interioridades de nuestras partes bajas. En las que durante siglos hicimos residir el centro del mundo.

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El otro día me di cuenta de que al final todos nos abonamos a las teorías conspiranoicas. Seamos serios. Por mucho que señalemos al que dice que la Tierra es plana y la Nasa lo niega, o que Bill Gates nos iba a implantar un microchip con la vacuna del coronavirus, o que el Aserejé de las Ketchup es una canción satánica, o que Jesucristo tuvo hijos, al final, un día llega el camarero y atiende antes a otro que llegó más tarde que usted, y ya se siente ultrajado por una élite que controla el Bar Mariano, que no sólo es atendida antes, sino que probablemente toma el café con leche a mitad de precio que usted. Y así con todo. Cuenta Noel Ceballos en El pensamiento conspiranoico que "es más tranquilizador pensar que hay un plan oculto en lugar de que estamos en manos del caos". Y en el fondo es un pensamiento de lo más optimista; ya que si somos incapaces de aceptar el caos generado por los propios seres humanos, incluyendo los supuestos alienígenas que viven entre nosotros, mal vamos a aceptar el caos en el universo, o la ausencia de sentido de nuestra existencia en el cosmos. De hecho ésta sería la última frontera de la conspiración, porque aunque viniese el mismísimo Dios a decirnos que no hay nada más después de la muerte, lo pondríamos en duda, o diríamos que es un enviado de George Soros. Decía Rust Cohle, el persona-

VAGOS P O R R IC A R D O

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je interpretado por Matthew McConaughey en True Detective, que "trabajamos bajo la ilusión de tener un yo; una acumulación de sentidos, experiencias y sentimientos, programados con total garantía de que somos alguien, cuando en realidad no somos nadie". Las cosas pasan por algo, dicen los optimistas. La chica no estaba en el lugar indicado a la hora indicada, donde tú apareciste milagrosamente porque estaba previsto que en ese mismo instante estuvieras en otro lugar; porque probablemente en ese otro lugar lo que había era otra chica. El conspiranoico es la persona más optimista que existe con respecto a la especie

humana, y ya no digamos con respecto a la clase política. Basta verles un rato en el telediario para dar por acreditado que nuestros líderes mundiales serían incapaces de ejecutar ni la tercera parte de las conspiraciones que somos capaces de imaginarles. Yo soy más de la teoría de Adrian Boseman, el abogado del bufete de The Good Fight. Hay un episodio en el que investigan una conspiración relacionada con el suicidio en prisión de Jeffrey Epstein. O muchas conspiraciones, porque de hecho las investigan todas: negligencias carcelarias, cámaras que no funcionan, guardas dormidos en el peor momento. De repente todo cuadra bajo una avalancha de negligencias sospechosas, hasta que Boseman les pone a todos de ejemplo un fontanero que le vino un montón de veces a arreglar el mismo grifo: "A todo el mundo le gustan los puzles, lo entiendo. Pero no llamemos conspiración a incompetencia. La gente hace lo justito para ir tirando. Así es América". Yo no tengo claro que todo lo malo que nos sucede, incluso todo lo bueno que nos sucede, sea consecuencia del caos; pero de lo que estoy seguro es de que es una consecuencia de una sucesión de negligencias. La humanidad va a lo fácil. Muy lejos de una arquitectura intelectual diseñada para provocar una reacción en cadena mundial, como puede ser un virus. La humanidad va tirando, que diría Boseman.

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m p le ta p a r a lo a s e n la s m e jo r a r a m á ste r p r e d e in s c r ip c ió n

s d ir e s e m se n c a b ie

ig e n te s d e l fu tu r o . p r e s a s d e l se c to r. ia l y e n r e m o to . r to .

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U I N N A T E L R E P Y R E E N T D A A C I D Ó E N

E N H O L L Y W O O D

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POR ALEXANDER CHEE

TONY LEUNG FOTOGRAFÍA ISSAC LAM

ESTILISMO JACKY TAM


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E L 'C H IC O N U E V O ' D E M A R V E L C h a q u e ta , ta n k to p y p a n ta lo n e s G I V E N C H Y . P á g . a n c h a q c a m is a S A L A U R E N A N T H V A C C A R E

te r io r : u e ta y I N T T B Y O N Y L L O .


T o e l h o s u e

in d u e e u

n y L e u n g , m e jo r a c t o r n g k o n é s d e g e n e r a c ió n ic o n o d e l c in t e r n a c io n a l, e b u t a e n n a p e líc u la s t a d o u n id e n s ir r u m p e e n e n iv e r s o M a r v e

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se reunieron por primera vez para discutir el reparto de la última película de Marvel, Shang-Chi y la leyenda de los Diez Anillos, el productor Jonathan Schwartz le preguntó al director del filme, Destin Daniel Cretton, quién era su primera opción para interpretar al villano. Wenxu, el padre distante del héroe de la película, es muchas cosas –un distinguido jefe de los bajos fondos, un ancestral guerrero chino y un poderoso hombre moderno–, así que Cretton necesitaba a alguien versátil. Inmediatamente, pensó en uno de sus actores favoritos. "Tony Leung", le dijo, "pero no querrá hacerlo". Schwartz le contestó: "Vamos a intentarlo". El actor hongkonés más ilustre de su generación y una de las mayores estrellas del cine internacional, Tony Leung Chiu Wai, de 59 años, se mueve con el encanto discreto y sutil de los galanes antiguos. Sus interpretaciones hacen que sus películas parezcan un género propio, ya sean sagas de kung-fu, dramas policiales o historias de amor de cine negro. En las últimas cuatro décadas, ha sido muso de algunos de los grandes directores asiáticos, entre ellos Ang Lee, John Woo, Andy Lau, y su amigo y colaborador habitual Wong Kar-Wai. Las películas de Wong, en particular, marcaron el rumbo de la carrera de Leung. El bigote lápiz y la personalidad caballerosa que creó para su personaje en la épica y C

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surrealista 2046 le granjearon un apodo que traslada su carisma a la audiencia occidental: el Clark Gable de Asia. Leung siempre había querido hacer una película en Hollywood –soñaba con trabajar con Martin Scorsese, o protagonizar la adaptación de alguna novela criminal de Lawrence Block–. Pero nunca se le había presentado la oportunidad. Tradicionalmente, las producciones estadounidenses han tenido muy poco que ofrecer a los actores asiáticos, y Leung no pensaba que pudiera existir un papel para un actor chino de su talla y de habla cantonesa en una película americana de gran presupuesto. Cretton, el primer director asiático-americano que dirige

una película de Marvel, propuso un enfoque diferente. "Si vamos detrás de un actor como él, el personaje tiene que estar a la altura. Así que tener a Tony como faro, incluso antes de que dijera que sí, nos animó a crear un personaje que mereciera la pena". ¿Cuántas películas de superhéroes fichan primero a sus villanos? Haciéndolo así, Cretton esperaba resolver el problema de los asiático-americanos con el material de partida. Marvel Comics creó al personaje de Shang-Chi a comienzos de los 70 como el hijo de un villano asiático típico a más no poder: Fu Manchú. Medio siglo después, Marvel ya no tenía los derechos de Fu Manchú y tampoco los quería, así que Cretton y su

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e ta , is a a ta C I .


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equipo necesitaban un personaje totalmente nuevo. Así nació Wenxu, un padre con un ancestral pasado criminal ahora a los mandos de una moderna organización terrorista. Como Leung recuerda, cuando se reunió por primera vez con Cretton para hablar de la propuesta, el director le advirtió: "Aunque no eres un superhéroe, eres un personaje con muchas capas". Intrigado por la complejidad del villano y la actitud franca y honesta de Cretton, Leung dijo que sí, y se pasó los dos meses previos al rodaje preparándose para el papel. "Sinceramente, no era capaz de imaginar a alguien con superpoderes en el mundo real", nos contó a través de un Zoom hace algunas tardes, desde su casa de Hong Kong. "Pero sí puedo imaginarme a alguien como él, un proscrito, un padre fracasado". Vestido cómodamente con una camiseta blanca y una delgada cadena dorada debajo, muestra la sonrisa fácil y dispuesta de un niño, con una colección de urnas y jarrones de elegante porcelana colocadas en un estante a su espalda. Cree que, en realidad, a Wenxu lo movía no el mal, sino el amor por sus hijos, lo que le otorga un toque de humanidad. "Por un lado, es un mal padre", explica Leung, "pero por otro, lo veo como a alguien que ama a su familia profundamente". Y añade: "No creo que haya aprendido a quererse a sí mismo". de Tony Leung se parece mucho a una película de Tony Leung. Cuando tenía siete años, su padre, gerente de un local nocturno, abandonó a su madre por tercera y última vez. Esto fue en el Hong Kong de finales de los 60, un mundo donde las familias rotas eran una excepción, y el abandono convirtió a Leung en una persona huraña y reservada. "No sabía cómo lidiar con la gente L A

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“ U n a c o s a e s v e r e s a m ir a d a e n p a n t a lla , y o t r a m u y d if e r e n t e t e n e r la f r e n t e a t i” —

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después de que mi padre me abandonara", dice. "Cuando eres niño, todos hablan de sus padres, de su familia, de lo felices que son, de lo buenos que son sus padres. Creo que a partir de ese momento dejé de comunicarme con la gente. Me volví muy reservado". Esa tristeza desaparecía cuando acompañaba a su madre al cine, donde el joven Leung se enamoró de las películas de Robert De Niro, Al Pacino y Gene Hackman. Especialmente de la estrella favorita de su madre, Alain Delon, el guapísimo galán del París de los 60, con esos atrevidos ojos azules que brillaban como zafiros y su gusto por fumar cigarrillos con una intimidad casi erótica, como si lo mantuvieran con vida. Por aquel entonces, Leung aún no soñaba con ser actor. Era vendedor de electrodomésticos viejos cuando, en 1982, un conocido, el actor Stephen Chow, le sugirió que hiciera una audición para la escuela de interpretación de la reputada Television Broadcast Limited de Hong Kong. Para su sorpresa, lo aceptaron, y durante un año ensayó seis días a la semana todas las disciplinas de la actuación, incluyendo kung-fu, antes de participar en su primer programa televisivo. Aquel trabajo le conectó con una parte de sí mismo que había mantenido oculta, y aprendió a dirigir su ira y su miedo al interior de sus personajes. "Encontré una forma de expresarme", asegura, "de llorar delante de los demás, de soltar mis emociones sin resultar tímido". De adolescente, Leung solía hablar consigo mismo frente al espejo, pero casi nunca lo hacía con los demás, y aprendió a canalizar ese método hacia su profesión. En la película de Wong Kar-Wai Chungking Express, de 1994, interpreta a un policía con

mal de amores que se pasa tres minutos hablando con una pastilla de jabón, un Garfield de peluche y una camiseta tirada en el suelo. Les habla como si fueran amigos a los que quiere animar, bromeando sobre su peso y su higiene y haciéndoles algunas confesiones personales –esta actuación dejó una marca imborrable en Cretton, director de Shang-Chi–. Wong y Leung siguieron trabajando hasta hacer un total de siete películas juntos, incluyendo The Grandmaster, donde da vida a Ip Man, el legendario entrenador de artes marciales de Bruce Lee, y 2046, una surrealista película sin guion y con una producción que duró hasta cuatro años. Pero fue el filme de Wong Deseando amar, de 2000, el que dio a conocer a Leung a la audiencia mundial, y le concedió el premio al mejor actor de Cannes. Leung encarna a un escritor cuya esposa viaja mucho, y que empieza a quedar con su vecina, interpretada por Maggie Cheung, cuyo marido también viaja mucho. Cuando descubren que sus respectivos están teniendo una aventura, también se enamoran, para disgusto mutuo. Esta película es una obra maestra tanto por su tono como por la interpretación de Leung –su habilidad para sentarse frente a la cámara y transitar de la desolación al deseo pasando por la ternura y la furia callada, sólo con sus ojos, en una sola escena, es hipnótica–. Leung cambió de tercio hacia el villano en Deseo, peligro, un drama de Ang Lee, de 2007, ambientado en la época de la Segunda Guerra Mundial, en el que interpretó a un oficial del gobierno chino en la Shanghái ocupada por los japoneses, que se embarca en una tórrida aventura con una aprendiz de asesina. Al ver la película, Leung se sorprendió a sí

C h a q u e t c a m is a p a n ta lo n e T O M F O R D

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A b r ig o D I O R M E N y g a fa s d e s o l T O M F O R D .

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mismo. No sabía de dónde había nacido aquel personaje. Aquella interpretación le pareció ideal, porque encontró una parte de sí mismo que no había visto antes, como si fuera un explorador en un mundo desconocido. Leung es reservado de una forma que resulta inusual en 2021. Su esposa, Carina Lau, es muy activa en redes sociales, pero a él es casi imposible verlo en ellas. En la publicación de Instagram que ella compartió por el 58º cumpleaños de él, aparece montando en monopatín en un solar vacío, lo que captura su esencia a la perfección. Pareja desde finales de los 80, se casaron en 2008, en una ceremonia que Wong Kar-Wai organizó para ellos en Bután. A lo largo de su relación, han aparecido juntos en muchas películas, la más reciente 2046, y Leung agradece tener una mujer que pueda trabajar a su lado, que entienda la entrega de su profesión y que pueda cultivarla ella misma. Leung y Lau no han tenido hijos, por ahora, y a él es difícil verlo haciendo de padre en la pantalla. "Una vez me propusieron interpretar a un padre desastroso", cuenta Leung, "pero lo rechacé porque no quería recordar cómo me trató el mío". Leung enumera muchos recuerdos felices sólo en Tokio y Hokkaido, registrándose en un hotel con una novela bajo el brazo, montando en bici durante horas, visitando galerías de arte y museos, tomando izakayas después, bebiendo sake y comiendo vísceras (hígado, intestinos y lengua de buey, que eran los favoritos de su padre). Para entrenar, tiene una afición de especialista de cine con los deportes extremos: esquí, snow, surf… Pero se apresura a señalar que le gustan estos hobbies por su naturaleza solitaria. "Tal vez es por las vivencias de mi infancia, que me hicieron distanciarme de la gente", reconoce. "Desde entonces, he aprendi-

do a disfrutar haciendo las cosas solo. No puedes depender de los demás para ser feliz, ¿verdad?". en el rodaje de Shang-Chi y la leyenda de los Diez Anillos, en Sídney, Leung salió de su tráiler, vestido y dispuesto, y pidió poner su silla cerca de la cámara. Repitió el mismo proceso todos los días. "Nunca lo veía al teléfono", dice Cretton. "Venía y se sentaba todo el día, mirando todo lo que hacíamos –qué toma estábamos preparando, qué hacíamos con los dobles de luces…–. Cuando terminábamos, literalmente no se me ocurría nada que decirle. Al principio, yo le decía: 'Vale, esto es lo que he pensado'. Y él respondía, muy educadamente: 'Lo sé. Lo he estado viendo todo este tiempo'. Cuando llegó el momento de rodar una escena de Leung (después eliminada), según Cretton se creó en el set una respetuosa calma. Era un día muy caluroso, pero más todavía para el actor. Llevaba las largas vestiduras y la peluca necesarias para interpretar a Wenxu de joven, cuando era un ladrón de ganado, en lo que luego se convierte en una gran escena de batalla. Inmediatamente después del primer corte, Cretton se dirigió a Schwartz, el productor: "No sé qué decirle, no hacen falta más tomas. Sería una pérdida de tiempo". Simu Liu, el actor chino-canadiense de 32 años que da vida a Shang-Chi, es incontenible cuando habla de la talla de Leung, comparándolo con "Leonardo DiCaprio, Marlon Brando, Brad Pitt, George Clooney, todos en uno". A veces le cuesta creer que hayan actuado en la misma película. "Un día estás en una comedia que funciona genial y al siguiente estás en Australia con uno de los héroes de tu infancia, Tony Leung, a quien admiro desde pequeño". Lo que más le sorprendió a Liu fue la actitud modesta de Leung. "Si coincides con él y no sabes quién es, lo que por supuesto es E N

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muy difícil si vives en Asia, pensarías que es un tipo cualquiera de la calle. Fue tan amable e irradiaba esa energía paternal asiática que conozco tan bien y hacia la que me siento tan atraído". Incluso compartiendo escenas con Leung, Liu pronto se encontró a sí mismo en un duelo que jamás habría imaginado, frente a esos ojos espectaculares que veía en el cine cuando era niño. "Es capaz de transmitir tanto con una sola mirada", dice Liu. "Una cosa es verla en pantalla, y otra muy diferente tenerla frente a ti, introduciéndose en lo más profundo de tu alma". Entre toma y toma, Liu escuchaba las historias que Leung contaba sobre sus pinitos en TVB, señalando las diferencias entre el trabajo de su doble de acción de Marvel, con sus arneses y efectos especiales, y las películas de acción del Hong Kong antiguo, donde utilizaban cables tan finos que parecía que se iban a romper. Leung se muestra alegre y emocionado por lo que su llegada a Hollywood significa para sus fans de Hong Kong. "Desde el comienzo de mi carrera en aquellas series de los 80, casi todos mis fans son madres y padres o abuelas y abuelos, y muchos me tratan como si fuera su hijo. En plan: 'Te has ido a estudiar al otro lado del mundo a una universidad muy famosa. Estamos muy felices y orgullosos de ti". Leung, por su lado, se plantea si interpretar a más villanos. Le pregunto si éste es el comienzo de una nueva etapa, y responde sencillamente que "sí". Después de una carrera tan amplia, es un terreno a explorar, repleto de retos que a estas alturas todavía pueden asustarlo. "Los malos suelen tener caracteres y motivaciones más complejos", asegura. "Es difícil experimentar eso en la vida real, porque casi siempre hay consecuencias. Pero en el cine, puedes explorar las historias sin ellas". A L E X A N D E R C H E E E S N O V E L IS T A , E N S A Y IS T A Y B E N E F IC IA R IO D E L A B E C A G U G G E N H E IM

P A R A II H A IR & N A IL . M A Q U IL L A J E : C A R M E N L A W . S A S T R E R ÍA : M R S . L A M . P R O D U C C IÓ N : C A R M E N C H A N / M A T IK .

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L A N U E V A Z A P A T I L L A B30 de Dior, presentada en el marco de la colección Resort 22 de la casa de lujo, es uno de los modelos más deportivos de la marca. Con una clara inspiración en la estética retro del running de los años 80, las sneakers B30 conjugan materiales técnicos de excepción, como la microfibra y la malla, para ofrecer ligereza. Además, cuentan con paneles de cuero en el borde, el talón y

tilla (las iniciales también están presentes en la suela y el talón). Está disponible en cinco colores: negro, blanco, oliva, beige y lima. ¿Cuál le sienta mejor a este modelo? Ésa será tu decisión, pero nosotros apostamos por el blanco roto.

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v e n t a r u n a m o m e n t á n e a m e n t e id e a liz a d a ? L o q u e m u c h o s o s e s t a r é is p r e g u n t a n d o e s q u é t ie n e q u e v e r t o d a e s t a c h a p a c o n m is je fe s . T ie n e s e n t id o . L le v o 1 1 a ñ o s d e d ic á n d o m e a lo s t r a p o s y e s in e v it a b le e s t a r c o n c e n t r a d o g r a n p a r t e d e l t ie m p o e n u n a v is ió n id e a liz a d a d e la m o d a , la c u a l c o m p o n e n la s p a s a r e la s , la s c a m p a ñ a s p u b lic it a r ia s , lo s e d it o r ia le s d e fo t o s ... M ir a s y a n a liz a s c o n s t a n t e m e n t e la s t e n d e n c ia s e in c lu s o a v e c e s u n o m is m o s e u t iliz a d e c o n e jillo d e in d ia s p a r a p r o b a r la s . L o q u e e s t á c la r o e s q u e e n o c a s io n e s s e p ie r d e e l fo c o , h a s t a q u e a lg u ie n lle g a y t e s a c a d e t u e n a je n a c ió n . B a s t a c o n t o c a r la s t e c la s c o r r e c t a s . L a p r e g u n t a h a b it u a l p a r a r o m p e r e l h ie lo c o n a lg u ie n q u e t r a b a ja e n la in d u s t r ia la m o d a " s u e le s e r " ¿ q u é s e lle v a a h o r a ? " . T ú r e s p o n d e s c u a t r o c o s a s , s ie m p r e c o n t r a s t a d a s , y e l in t e r r o g a n t e q u e d a s a t is fe c h o . S in e m b a r g o , e l in t e r é s d e a q u e l je fe d e l q u e h a b lo ib a u n p o c o m á s a llá , n o e r a u n a p r e g u n t a c o m ú n . S in s e r a lg u ie n d e s a liñ a d o , s in o p r e o c u p a d o p o r s u im a g e n d ia r ia , s u c u e s t ió n f u e : ¿ Q u é m e p o n g o p a ra e s ta r g u a p o ? E l r e s o r t e , o b v ia m e n t e , s a lt ó . E l fo c o e r a d is t in t o : n o q u ie r o s a b e r q u é s e lle v a , q u ie r o s a b e r q u é v a c o n m ig o , q u e e s m u y d ife r e n t e . E l c e n tro s o y y o y n o a l re v é s . É s e fu e e l m o m e n to e n e l q u e d e c id í q u e n o m e in t e r e s a b a la m o d a , s in o q u e m e in t e r e s a b a y o y lu e g o , e l r e s t o . N o q u ie r o e s t a r b ie n p a r a u n a fo t o , q u ie r o v e r m e b ie n c u a n d o m e r e fle jo e n u n e s a 2 5 8 .4 1 5 p e r s o n a s c a p a r a t e , e n la v e n t a n illa d e u n c o c h e a p a r c a d o o e n e l e s p e jo d e l b a ñ o d e la o fic in a a n t e s d e e n t r a r e n u n a r e u n ió n im p o r t a n t e . V e r m e y d e c ir : "J o d e r, c h a v a l, ¿ d e d ó n d e h a s s a lid o ? " , y e n t o n c e s , s a b ie n d o q u e n a d ie e s a je n o a la v a n id a d , t o m a r u n s e lf ie p a r a d e s p u é s s u b ir lo o q u iz á n o . Q u ie r o v e r m e b ie n t o d o e l d ía , a p e s a r d e m is d ía s m a lo s , q u e n a d ie e s t á a s a lv o . N o e s t o y d is p u e s t o a d e p e n d e r d e u n o b je t iv o p a r a p r e p a r a r t o d o e l a r t e f a c t o p a r a u n a im a g e n t o m a d a e n u n m in u t o , t e n e m o s q u e q u e r e r n o s u n p o c o m á s y d a r le la v u e lt a a la t o r t illa . P o r c ie r t o , q u é r ic a la t o r t illa p a r a c o m é r s e la , n o p a r a la fo t o .


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B L A U E R N in g u n a f ir m a a c u m u la la e x p e r ie n c ia d e B la u e r f a b r ic a n d o c h a q u e t a s im p e r m e a b le s p a r a lo s m a r in e s , la a r m a d a y e l e jé r c it o e s t a d o u n id e n s e . Y e l v e r d e m ilit a r v u e lv e r a s e r t e n d e n c ia e s ta te m p o ra d a , a s í q u e s i q u ie r e s u n a p r e n d a t é c n ic a d e e s t e c o lo r, y a s a b e s a q u ié n e n c o m e n d a rte .


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F E N D I E l b o ls o B a g u e t t e d e F e n d i lle g a p a r a c o n s o lid a r s e c o m o u n a c c e s o r io f u n d a m e n t a l m a s c u lin o p o r d is e ñ o y f u n c io n a lid a d . E v o c a n d o lo s b o ls o s c lá s ic o s it a lia n o s d e m e n s a je r o , e s in c r e íb le m e n t e lig e r o , t o t a lm e n t e a ju s t a b le y f a b r ic a d o e n E c o n y l, u n t e jid o d e n y lo n e c o ló g ic o c o n fe c c io n a d o a p a r t ir d e p lá s t ic o d e s e c h a d o , c o m o e l p r o c e d e n t e d e la s r e d e s d e p e s c a , q u e s e p u e d e r e c ic la r la s v e c e s q u e s e q u ie r a . Y a d e m á s e s p r e c io s o .

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L O U IS V U IT T O N S a b e m o s q u e e l o to ñ o n o h a h e c h o m á s q u e e m p e z a r, p e r o p a r e c e o b lig a t o r io p r e s t a r le y a a t e n c ió n a la p r e c o le c c ió n d e p r im a v e r a 2 0 2 2 d e L o u is V u it t o n . C o n t in ú a e l d iá lo g o e n t r e s u d ir e c t o r a r t ís t ic o , V ir g il A b lo h , y e l n ip ó n N ig o (H u m a n M a d e ) p a r a p r e s e n t a r s a s t r e r ía o c c id e n t a l d e lo s a ñ o s 5 0 y 6 0 c o m b in a d a c o n u n a fo r m id a b le s e n s ib ilid a d ja p o n e s a .


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ya que Damien Hirst (Bristol, Inglaterra, 1965) es uno de los artistas vivos más importantes del mundo. También es uno de los más ricos, con un patrimonio que se calcula que asciende a casi 400 millones de dólares, según The Sunday Times. Sus obras, con la muerte (en todas sus facetas, incluida la belleza que hay detrás de ella) como eje central recurrente, han dado la vuelta al mundo y son conocidas en todo el planeta. Sin embargo, nunca le habían brindado la oportunidad de exponerlas en un museo francés. Hasta ahora: Hervé Chandès, director general de la Fondation Cartier pour l'art contemporain, se lo propuso durante una reunión en Londres en 2019 y este año por fin se ha hecho realidad. La muestra se llama Cherry Blossoms y se puede contemplar en la impresionante Fondation Cartier, situada justo al lado del archiconocido cementerio parisino de Montparnasse, hasta el 2 de enero de 2022. Se compone de 30 cuadros, seleccionados por Chandès y Hirst, que forman parte de una serie de 107 (todos presentes en el catálogo de la exposición). Son gigantescos lienzos –divididos en paneles individuales, dípticos, trípticos, cuadrípticos e incluso un hexáptico, pero siempre en gran formato– en los que el artista plasma, con guiños tanto al impresionismo como al puntillismo, cerezos en flor a través de densos colores vivos. Tratándose de Hirst, no hablamos de pintura paisajista al uso: "Los cerezos en flor representan la belleza, la vida y la muerte. Son extremos, hasta el punto de que casi rozan lo vulgar", dice el artista. A

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de la firma del reloj de arena alado (es, por cierto, el logo registrado más antiguo todavía en uso: data de 1889) da mucho de sí y hoy en día se antoja más relevante que nunca. Este año hemos visto resurgir con fuerza gran parte de su savoir-faire de la primera mitad del siglo XX en nuevos relojes que sacan a relucir lo mejor de aquellas décadas. Ahí está la colección DolceVita, que grita años 20 a través de sus formas rectangulares y sus líneas italianas. O el Longines Silver Arrow, que mira a los años 50 con un diseño de caja y unas agujas que remiten a los bólidos que dominaban los circuitos de carreras de aquel entonces. También hemos disfrutado de un nuevo The Longines Legend Diver Watch, que bucea en la gran herencia de relojes de submarinismo de la manufactura; y de un rutilante Spirit con esfera verde, fantástico homenaje a los pioneros de la conquista del aire y de la exploración, como Amelia Earhart o Paul-Émile Victor. Ahora nos detenemos sin embargo en los años 30 y prestamos

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atención al nuevo integrante de la familia The Longines Heritage Classic, inspirado directamente en modelos de aquella época, en el apogeo del movimiento art déco y en la elegancia de los relojes con esferas por sectores. En 2019, Longines lanzó un modelo con esfera plateada y ahora nos llega uno con esfera negra, con más clase si cabe. Es una pieza de 38,50 mm, un tamaño muy medido y muy acorde a los códigos vintage y a las tendencias que imperan actualmente, en un momento en el que los aficionados a los relojes demandan volver a las proporciones de antaño. Juega con líneas y círculos para crear un efecto relieve y la esfera por sectores se compone de varias zonas, cada una con un acabado distinto. El círculo central en mate permite que las finas agujas plateadas resalten gracias al contraste. Se corona con un círculo horario antracita con acabado cepillado circular y el contador del segundero está surcado. La posición de éste es más baja con respecto al eje central, con lo que se acerca aún más al diseño de la pieza original. Un gran retorno al pasado.


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de Tudor ha cre cido de manera esplendorosa este año. Hemos visto llegar nuevos modelos en oro, plata y bronce (con un inteligentísimo giro en el uso de estos materiales) de Black Bay Fifty-Eight, el modelo que mejor bebe de la insuperable estética de los relojes de submarinisL A

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T u d o r B la c k B a y 3 2 /3 6 /4 1 , c o n e s fe r a p la t e a d a , e s t á d is p o n ib le c o n b r a z a le t e d e a c e ro , c o rre a d e c u e r o o d e t e jid o (d e s d e 2 .3 9 0 € ).

mo de la manufactura de los años 50; también han aparecido nuevas versiones del Black Bay Chrono con esfera panda y esfera panda invertida, perfectos tributos a la edad de oro de los cronógrafos y al mundo del motor. El brillo de éstos no nos puede, sin embargo, hacer perder de vista el lanzamiento de una nueva iteración del Black Bay "a secas", el hermano más sobrio de la familia, sin bisel rotatorio y con un estilo tan minimalista como polivalente, apto tanto para looks deportivos como elegantes y clásicos, tanto para hombres como para mujeres. Hasta ahora, existía en versiones con esfera lacada en negro o azul –en tres tamaños de caja: 32, 36 y 41 mm– y sube de perfil este año con una nueva esfera plateada con acabado efecto rayos de sol, que hará a buen seguro que más y más gente se fije en este precioso reloj. Es una gran puerta de entrada a la manufactura gracias a su precio, diseño atemporal y rendimiento: presenta un movimiento automático (T600) con 38 horas de reserva, cristal de zafiro y hermeticidad hasta 150 metros; e integra por supuesto las siempre deseadas agujas angulosas tipo 'Snowflake', gran seña de identidad de los Black Bay.

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deportivos de lujo de grandes dimensiones y personalidad que han protagonizado las últimas décadas no existirían sin el Audemars Piguet Royal Oak Offshore. Es la evolución del icónico Royal Oak original –ya de por sí el primer modelo deportivo de lujo de la historia– y, desde su aparición en 1993, nos sigue sorprendiendo con cada nueva encarnación. Tiene la virtud de seguir conquistando (quizá con más fuerza que nunca) a las nuevas generaciones y a las principales celebrities de la cultura y el deporte. Este otoño vuelve a impactarnos con la aparición de nuevos modelos muy ergonómicos y con una estética hiperatractiva: cinco con caja de 43 mm en titanio, oro rosa de 18 quilates o acero inoxidable; y dos en 42 mm –el tamaño original, muy demandado por los fans–, equipados con el último movimiento cronógrafo flyback integrado (4404). L O

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E l d is e ñ o d e lo n u e v o s A u d e m P ig u e t R o y a l O a k O ff s h o r e e m á s r e fin a d o y e r g o n ó m ic o , c ta m a ñ o m á s m p e r o s in t r a ic io s u g r a n d ís im a p e r s o n a lid a d .

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im á g e n e s o d u c c ió n u e v o s T o r p ille u r, a n d o g ía y ía .

celebra en 2021 su 175º aniversario, 175 años haciendo historia en la alta relojería. La manufactura lleva el nombre de su fundador, quien, junto con su descendiente Paul-David Nardin, cimentó la reputación de la firma como principal fabricante de cronómetros marinos de altísima calidad para armadas de todo el mundo. Esa reputación perduró hasta el siguiente siglo, y ya en la época actual hemos visto nacer en 2017 la colección Marine Torpilleur, compuesta por modelos de nueva generación que rinden tributo a ese rico legado tan vinculado al mar. Este año, para conmemorar la efeméride, la familia pasa a tener siete nuevos miembros, siete grandiosos Marine Torpilleur que homenajean además a los otros grandes pilares de la manufactura, como el uso de la tecnología del silicio, la herencia del tourbillon y de la astronomía, el cronógrafo, el esmalte y el diseño. Entre ellos, uno con esfera panda, dos U ly s s e N a r d in esmaltes grand feu con esferas en M a r in e T o r p ille u r negro y azul, cronógrafos anuales y M o o n p h a s e 4 2 m m , lim it a d o modelos con fase lunar. Así se celea 3 0 0 p ie z a s . ( 8 .6 0 0 € ) . bra un aniversario tan especial. U L Y S S E

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está a punto de cumplir 30 años creando relojes profesionales de altísimo rendimiento. Sus modelos más conocidos destacan por un diseño de caja cuadrada, que ya está sin duda entre los más reconocibles de la relojería y que ha trascendido su función para convertirse en icono de estilo. Esta faceta se reforzó en 2020 con la aparición del BR 05, su primer instrumento urbano. Es un reloj para exploradores de la ciudad, con la fiabilidad, resistencia y precisión habituales, pero con la estética contundente y urbanita que demanda el cliente actual. Ahora su vocación urbana se vuelve también global y viajera gracias al lanzamiento del BR 05 GMT, con una aguja adicional de ajuste rápido independiente que muestra un segundo huso horario; una función que en este modelo es extremadamente legible gracias a su escala bicolor de 24 horas (para distinguir las horas del día de las de la noche) y a su diseño de esfera tan práctico como atractivo, algo de lo que siempre hace gala Bell & Ross. B E L L

B e ll & R o s s B R 0 5 G M T , c o n c a ja d e 4 1 m m h e r m é t ic a h a s t a 1 0 0 m , e s t á y a a la v e n t a y d is p o n ib le c o n b r a z a le t e d e a c e r o p u lid o y s a t in a d o (4 .9 9 0 € ) o c o rre a d e c a u c h o n e g r o (4 .5 0 0 € ).

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que entabla Hublot para lanzar ediciones especiales o limitadas son siempre muy interesantes y, sobre todo, estimulantes. Lo son porque siempre se adentran en terrenos y disciplinas inéditas o poco transitadas por la relojería, lo que impulsa a su vez al sector para que sea cada vez parte más esencial de las corrientes contemporáneas de la moda y el streetwear. La última novedad de la manufactura representa un paso más en ese sentido: Hublot Big Bang DJ Snake, fruto de la asociación entre la manufactura y el artista francés más escuchado del mundo, que ha colaborado con músicos de la talla de Selena Gomez, Cardi B, Justin Bieber u Ozuna (y que es autor de megaéxitos como Taki Taki, Loco Contigo o Turn Down for What). L A S

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Hublot ya entró de lleno en el mundo del arte a través de asociaciones con Richard Orlinski o Takashi Murakami, pero es la primera vez que colabora con una estrella de la música de alcance tan global. El resultado es una de las versiones más coloridas que existen del icónico Big Bang de la manufactura. Para conseguir que "mil colores" se reflejen en él, el bisel y los componentes de titanio de su caja de 45 mm han sido sometidos al "efecto Newton", que se consigue utilizando cargas de color y orientando con precisión los componentes en una posición determinada para obtener el tono deseado. Eso es lo que brinda al reloj un llamativo aspecto iridiscente, con tonos que cambian según el ángulo de visión y la iluminación. Tan espectacular como el protagonista que le da nombre.

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IL U S T R A C IÓ N : J U A N M A V A L L E S P ÍN .

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p r in c ip io s d e 2 0 0 9 , u n g r u p o d e p r o g r a m a d o r e s , b a jo e l p s e u d ó n im o d e S a t o s h i N a k a m o t o , s e n t ó la s b a s e s d e la s c r ip t o m o n e d a s c o n e l B it c o in . M á s d e u n a d é c a d a d e s p u é s , s u v o la t ilid a d o t r a n s p a r e n c ia s ig u e n s ie n d o o b je t o d e p o lé m ic a , lo q u e n o h a im p e d id o q u e h a y a n s u r g id o d e c e n a s , c o m o E h e r e u m y m u c h a s o t r a s . L le v a d a a la m ic r o e s c a la r e lo je r a , la c o n t r o v e r s ia n o s t r a s la d a a l d e b a t e s o b r e la e x p e r ie n c ia d e c o m p r a e n d ir e c t o o v ir t u a l. E n p le n a p a n d e m ia , c u a n d o la s b o u t iq u e s d e lu jo e s t a b a n c e r r a d a s a c a l y c a n t o , e l e - c o m m e r c e d e la s m a r c a s s e v io fo r z a d o a e x p e r im e n t a r u n a e v o lu c ió n a c e le r a d a . E s t a r e a lid a d f u e a u m e n t a d a p o r la t e c n o lo g ía b lo c k c h a in – u n a b a s e d e d a t o s p ú b lic a , c o m p a r t id a y d e s c e n t r a liz a d a q u e f u n c io n a c o m o u n lib r o d o n d e s e r e g is t r a n o p e r a c io n e s d e c o m p r a v e n t a o c u a lq u ie r o t r o t ip o d e t r a n s a c c ió n , y q u e e s la b a s e d e l f u n c io n a m ie n t o d e la s c r ip t o m o n e d a s – . A s í, c o n la v e n t a d e u n r e lo j e n la r e d o f ic ia l d e U ly s s e N a r d in s e g e n e r a u n c e r t if ic a d o d e e x t e n s ió n d e g a r a n t ía g r a t u it a y a p r u e b a d e f a ls if ic a c io n e s , r e g is t r a d o e n la b lo c k c h a in p ú b lic a m á s u t iliz a d a y r o b u s t a . U n m o d o d e a s e g u r a r s e la a u t e n t ic id a d d e s u s p r o d u c t o s t a m b ié n e m p le a d o p o r o t r a g r a n f ir m a : B r e it lin g . P e r o v o lv ie n d o a la s c r ip t o m o n e d a s , ¿ s e p u e d e h o y p o r h o y c o m p r a r u n r e lo j d e lu jo c o n B it c o in s o E t h e r e u m s ? L a r e s p u e s t a e s s í. E n ju n io d e 2 0 1 8 , H u b lo t p r e s e n t ó la p r im e r a b o u t iq u e d ig it a l d e la in d u s t r ia r e lo je r a y s e a s o c ió c o n O c t a g o n S t r a t e g y L im it e d (O S L ), la c o r r e d u r ía d ig it a l d e a c t iv o s m á s g r a n d e d e A s ia , c o n s e d e e n H o n g K o n g , c o n e l o b je t iv o d e p e r m it ir lo s p a g o s e n c r ip t o m o n e d a s . E l r e lo j q u e a p o y ó e s t e p r o y e c t o f u e u n a v e r s ió n e n e d ic ió n lim it a d a d e l B ig B a n g M e c a -1 0 P 2 P c o n c a ja y b is e l d e c e r á m ic a n e g r a y u n a a u t o n o m ía d e 1 0 d ía s – p a r a r e m e m o r a r lo s e n t o n c e s 1 0 a ñ o s d e e x is t e n c ia d e l B it c o in – . C a d a r e lo j d e la e d ic ió n d e 2 1 0 p ie z a s c o n t a r ía c o n e l n ú m e r o d e id e n t if ic a c ió n ú n ic o d e la t r a n s a c c ió n r e a liz a d a , g r a b a d o e n e l b o r d e d e l b is e l. E s e m is m o a ñ o , la t a m b ié n m a r c a s u iz a C h r o n o s w is s c r e ó u n a c o le c c ió n e x c lu s iv a q u e p o d ía a d q u i-

r ir s e c o n B it c o in s : la S e r ie B lo c k c h a in , q u e c o n s t a b a d e c in c o r e lo je s e n e d ic ió n lim it a d a . S e f a b r ic a r o n 1 0 1 p ie z a s d e c a d a e d ic ió n . L a B it c o in - t h e C u r r e n c y f u e la p r im e r a e n s a lir a la v e n t a c o n s u r e lo j F ly in g R e g u la t o r O p e n G e a r – y u n p r e c io a p r o x im a d o d e 1 0 .3 0 0 € – . E n 2 0 1 9 , e l m o d e lo V a n g u a r d E n c r y p t o d e F r a n c k M u lle r, e l p r im e r r e lo j B it c o in f u n c io n a l d e l m u n d o , s e la n z ó e n c o la b o r a c ió n c o n la p la t a fo r m a d e c o m e r c io d e c r ip t o m o n e d a R e g a l A s s e t s . P r e s e n t a b a e l lo g o d e B it c o in y e l c ó d ig o Q R d e l b lo q u e g é n e s is d e B it c o in e n la e s fe r a g r a b a d o a lá s e r, m e d ia n t e e l c u a l s e p o d ía d e p o s it a r B it c o in s y c o m p r o b a r e l s a ld o d e la c u e n t a . E l V a n g u a r d E n c r y p t o e s t á a ú n d is p o n ib le e n a c e r o in o x id a b le , o r o r o s a , t it a n io y c a r b o n o . S u s f u n c io n e s in c lu y e n h o r a s , m in u t o s , s e g u n d o s y fe c h a . E n 2 0 2 1 y b a jo e l n o m b r e F r e e t h e M o n e y , F r e e t h e W o r ld , o t r o in s t r u m e n t o d e a lt a t e c n o lo g ía d e F r a n c k M u lle r p e r m it e c o m p r o b a r e l s a ld o d e B it c o in s e n c u a lq u ie r p a r t e , a d e m á s d e le e r la h o r a c o m o c o n u n r e lo j n o r m a l. C a d a r e lo j v ie n e e n u n ju e g o d e d o s p ie z a s 'D e e p C o ld S t o r a g e '. T ie n e s u p r o p ia d ir e c c ió n p ú b lic a ú n ic a g r a b a d a e n la e s fe r a d e 4 1 m m y u n U S B s e lla d o q u e c o n t ie n e u n a c la v e p r iv a d a . R e a liz a d o e n t it a n io c e p illa d o r e c u b ie r t o d e D L C n e g r o , e n s u fo n d o d e z a f ir o s e p u e d e v e r e l lla m a t iv o lo g o t ip o d e B it c o in , m ie n t r a s e n e l in t e r io r s e a lo ja u n m o v im ie n t o a u t o m á t ic o s u iz o c o n 4 2 h o r a s d e r e s e r v a . E l r e lo j c u e s t a 9 .0 0 0 € y , c o m o e r a d e e s p e r a r , s ó lo s e p u e d e c o m p r a r c o n c r ip t o s . H e m o s lle v a d o a c a b o u n a e n c u e s t a p r iv a d a y n o p a re c e q u e o tra s m a rc a s s e v a y a n a e m b a rc a r e n b r e v e e n e l u n iv e r s o c r ip t o m o n e d a , p e r o lo q u e s í s e p u e d e h a c e r, n o o b s t a n t e , e s c o m p r a r m o d e lo s d e c a s a s c o m o R o le x , B r e g u e t , O m e g a , B r e it lin g , T A G H e u e r, R o g e r D u b u is , P a t e k P h ilip p e , C h is t o p h e C la r e t o A u d e m a r s P ig u e t e n s it io s w e b c o m o B it D ia ls , la p r im e r a b o u t iq u e d e lu jo d e B it c o in d e l m u n d o f u n d a d a e n F r a n k f u r e n 2 0 1 6 p o r d o s a m a n t e s d e la r e lo je r ía . S e a n c u a le s s e a n la s r e a lid a d e s q u e le e s p e r a n a l s e c t o r e n e l f u t u r o – ¿ q u e A m a z o n t e e n t r e g u e t u c a le n d a r io p e r p e t u o ? – , lo c ie r t o e s q u e la r e lo je r ía s e g u ir á d e s p e r t a n d o d u r a n t e m u c h o s a ñ o s t a n t a o m á s p a s ió n q u e la s c r ip t o m o n e d a s .


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u e v o s r e d a r in d e lu s iv a s a s a s m e r i ié n , c ó m n c ia e s t é n t e z m e c

lo je s e d ic ió n n p le it e s ía s o c ia c io n e s t o r ia s . o n o , a la t ic a y la á n ic a .

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E s t o s 2 1 r e lo r e f le c t a n t e , e s t r ic t a s e s d e l s e r v ic io in c lu y e n in d "h o ra d o ra d ( 2 .9 0 0 € ) .

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F r u t o d e s u c o la c o n P ir e lli, e s t á e n t r e s c o lo r e s . c a u c h o d e n e u m c o m p e t ic ió n y c d e la c a ja in t e r c ( 7 8 .0 0 0 € ) .

E d ic ió n A M G o la b o r a c ió n c c e d e s -A M G , e e r P ilo t d e 4 3 r p o r a e l c a lib a n u fa c tu ra y u c a ja . ( 9 .9 0 0

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E n e d ic ió n d e 1 0 0 p ie z a s y r e a liz a d o e n p la t in o , e s t e c e n t e n a r io r e lo j c o n c a ja t ip o c a m p a n a c o n s e r v a lo s a c a b a d o s d e l o r ig in a l. M o v im ie n t o d e m a n u f a c t u r a . ( 3 2 .1 0 0 € ) .

E l c ro n ó g s e te n te ro ú lt im a e d 1 0 0 p ie z a c o lo r e s m y tu rq u e s (1 4 .4 0 0 €

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ser Blofeld. Interpretado, en su última encarnación, por Christoph Waltz, esta quintaesencia absoluta de la supervillanía pulp es ampliamente considerada como la némesis perfecta de James Bond. El Moriarty de su Holmes, por así decirlo. Podríamos proponer otros cuantos supervillanos como horma del zapato (o, por seguir surfeando la ola del espionaje pop, del zapatófono) de 007, pero ahora sabemos que no ha habido mayor archienemigo para el espía más famoso de todos los tiempos que el maldito coronavirus. Sin tiempo para morir, la última aventura de Daniel Craig en la piel del señor Bond, debería haberse estrenado en abril L A

R E S P U E S T A

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F O T O G R A F ÍA S : C O R T E S ÍA D E U N IV E R S A L .

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DanielCraig no estará solo en su última aventura como James Bond. RamiMalek, uno de los talentos más sobresalientes de Hollywood, actúa como su antagonista. Y Ana de Armas, que ya coincidió con Craig en Puñales por la espalda, interpreta a una agente de la CIA.

007 de 2020. En lugar de eso, nos llega en octubre de 2021 y en un mundo muy diferente… pero, al mismo tiempo, más necesitado que nunca del tipo de escapismo elegante que sólo el agente secreto imaginado por Ian Fleming sabe servirnos. Bienvenido de nuevo a bordo, James. Y date prisa, que hay mucho trabajo que hacer. CANTO DEL CISNE

Para empezar, Sin tiempo para morir es el saludo final de Craig sobre el escenario, o la entrega exacta en la que, tras las crisis de identidad sufridas en Skyfall (2012) y Spectre (2015), lleva su versión del mítico personaje hasta las últimas consecuencias. En cierto sentido, la película dirigida por Cary Joji

Fukunaga (autor de la primera temporada de True Detective) es el cierre de un ciclo abierto en 2006 con la extraordinaria Casino Royale. Daniel Craig renuncia aquí a su licencia para matar, en pocas palabras. Y es evidente que toda una generación de adictos a 007 quiere estar ahí, centrada y en primera fila de la sala de cine más grande posible, para verlo. Por supuesto, Bond no estará solo. Aparte de Waltz, Naomi Harris, Ralph Fiennes, Jeffrey Wright y Léa Seydoux, caras conocidas de la etapa Craig, Sin tiempo para morir cuenta con la colaboración de dos de las mayores estrellas del firmamento hollywoodiense actual. De un lado tenemos a Ana de Armas, revelación absoluta de Puñales por la espalda (2019), que asume aquí el papel de agente de la CIA con más de un truco bajo la manga. Y del otro tenemos a Rami Malek, oscarizado actorazo que no dudó en aceptar uno de esos papeles por los que muchos compañeros de profesión darían la vida: principal antagonista en una película de 007. Sumémosle a todo ello un guion supervisado por la mismísima Phoebe Waller-Bridge y obtendremos como resultado un blockbuster que necesitamos… para ya. Y sin más retrasos, por favor.


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S u n u e v a p e líc u la p a r a N e t fl ix c o n c e n t r a la s d o s e n t r e g a s d e ‘C a n c io n e s y r e c u e r d o s ’, d íp t ic o s u p e r v e n t a s d e E lís a b e t B e n a v e n t , y le p e r m it e c o m p a r t ir p la n o s c o n M a r ía V a lv e r d e . S o b r e t o d o , é l e s t á f e liz d e p o d e r p a r t ic ip a r e n u n a c o m e d ia r o m á n t ic a c o n t a d a d e s d e u n p u n t o d e v is t a f e m e n in o . P O

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Así, sin rodeos, es cómo Álex González define el reto que la directora Juana Macías, conocida sobre todo por Planes para mañana (2010), le planteó al pedirle que interpretase a Leo en Fuimos canciones, comedia romántica (con un punto trágico y gran componente generacional) con la que Netflix estrecha su colaboración creativa con la escritora Elísabet Benavent. Al contrario de lo que sucede con Valeria, aquí el objetivo no era convertir las dos entregas de Canciones y recuerdos en una serie de largo recorrido, sino resumirlas en una única película donde, por supuesto, él debe encarnar a un personaje que ya vivía de alguna manera en la cabeza de tantísima gente. De ahí lo de la responsabilidad, "porque sé que es una adaptación muy esperada", pero también había, según nos confiesa, algo de dificultad: "Me gusta poder acceder siempre al centro ideológico de mis personajes, ser capaz de entenderlos sin necesidad de juzgarlos, pero en el caso de Leo me resultó muy difícil… Al final, trabajando con Juana, me di cuenta de que es un hombre eternamente en contacto con el deseo, sólo que unido además a una inmadurez muy grande que no le permite expresarlo como debería. Creo que siente mucho amor por Maca, la protago" R E S P O

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S A B I L I D

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Cuando le preguntamos por su rom-com favorita, González lo tiene claro: Love Actually (2003).

º 2 7 8


F O T O G R A F ÍA S : C O R T E S ÍA D E N E T F L IX .

nista, pero al final siempre le puede el egoísmo. Por eso toma las decisiones que toma. Trabajar esa relación con María Valverde fue un regalo: la admiro mucho y tenía muchas ganas de trabajar con ella. Ha sido divertido poder contar esta historia a su lado, porque ésta no es la historia de Leo. Es la de Maca y, por tanto, la de María, para quien ha sido un rodaje duro, al tener que estar presente en todas las secuencias. Yo siento que mi labor ha sido más de apoyo, de esperar a ver qué necesitaba María, pero también he disfrutado con ella". G Q : E s r o q u e m u y fe fu tu r o h a n p e s e r e fie

in t e r e s a n t e S o m o s c a n m e n in o , in c d e u n t ip o c a d o d e r a n r e ?

q u c io lu s d e c ia

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c la is t a s e l c e s e r o

Álex González: No necesariamente, porque tenemos clásicos como Sexo en Nueva York, pero sí me parece que proyectos como éste suman otro grano de arena que nos permite seguir avanzando en materia de igualdad. De hecho, una de las razones por las que tenía muchas ganas de estar en él era saber que prácticamente todos los puestos de poder iban a ser ocupados por mujeres. Sé que hace muy pocos años algo así hubiese sido completamente impensable, pero ahora ya estamos ahí. ¿ Q u é a p r e n d is t e d e t r a b a ja r c o n la d ir e c t o r a d e la p e líc u la , J u a n a M a c ía s ?

Yo a Juana la bauticé como "la guerrera invisible": no habla mucho, pero sabe escuchar como nadie y siempre está pendiente de hasta el más mínimo detalle de su trabajo. Después es tan certera en sus palabras, en lo que dice y en cómo lo dice, que me parece realmente admirable. En sus platós no hay gritos, no hay luchas de ego. No necesita nada de eso, muy al contrario de lo que sucede en otros rodajes. Es curioso, ¿verdad? Cuando quienes están al frente de todos los departamentos de una producción son mujeres, desaparecen por completo los egos y las batallas de poder. Es como si se neutralizasen. ¿ C ó g it a m u c z a s t

m o le s h o e e

v a e n la n e

lo r a s la ir r u p c ió n d e la s p la t a fo r m a s d ie l p a n o r a m a a u d io v is u a l? ¿ H a c a m b ia d o s it u a c ió n c o n r e s p e c t o a c u a n d o e m p e s to ?

Sí, ha habido una gran evolución. Hace diez años, cuando Jeff Bezos empezó a hablar de la frontera digital, dijo una frase que se me quedó grabada: "Todo aquel que haya nacido al otro lado de esa frontera, morirá". Por suerte, nuestra industria ha conseguido dar el salto, así que no entiendo por qué tanta gente piensa que el cine se muere. Puede que desaparezcan las salas, lo cual me daría una pena tremenda, pero a nivel industrial estamos trabajando más que

nunca, estamos atreviéndonos a contar historias que antes no se contaban con presupuestos que antes no teníamos, estamos logrando que el cine y las series españolas se vean en todo el mundo. E n t o n c e s , ¿ e l s e c r e t o e s c o n t a r h is t o r ia s lo c a le s c o n a s p ir a c io n e s g lo b a le s ?

Totalmente. Una película como Somos canciones se podría haber hecho igual hace cuatro o cinco años, y nosotros estaríamos teniendo esta misma conversación… con algunas diferencias: hablaríamos de un estreno en cines y, con suerte, la productora estaría pensando si venderla al mercado francés, por ejemplo. Ahora siento que estoy ayudando a contar historias que no se piensan únicamente para los espectadores españoles, sino que las posibilidades son infinitas. Es la efervescencia de saber que tu trabajo se va a ver, de entrada, en toda Latinoamérica. Luego podrás tener un éxito tan rotundo como el de La Casa de Papel o no, porque eso ya son palabras mayores, pero con Netflix tienes esa posibilidad desde el principio. Y resulta fascinante.


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de las obras tengan 150 años o que sus autores fallecieran hace un siglo. La luz de los lienzos que conforman La Colección Morozov: iconos del arte moderno sigue provocando turbulencias similares a esa "impresión" que describió el crítico de arte Louis Leroy cuando se refirió por primera vez al movimiento impresionista. Desde el 22 de septiembre hasta el 22 de febrero de 2022, la Fundación Louis Vuitton de París nos invita a sentir emociones parecidas y nos abre las puertas de un enigmático universo donde las únicas sombras que hay son las de la pandemia, la misma que ha obligado a retrasar esta cita un par de veces. Por fin, la inmortalidad de Matisse, Degas, Monet, Malévich o Larionov ve la luz en 200 obras maestras que llevan el sello de los hermanos Mikhaïl e Ivan Morozov, seguramente los mecenas más influyentes del siglo XX. Fueron ellos quienes en su día consiguieron hacerse con las joyas que hoy la comisaria Anne Baldassari ha ordenado y descifrado. Hablamos con ella para saber más sobre Picasso, la España de Mérimée, los Morozov y la que probablemente sea la exposición más importante de 2021. G Q : n o ', g r a n p a r e

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Anne Baldassari: Una generación separa a Serguéi Shchukin, nacido en 1854, de los hermanos Mikhaïl e Ivan Morozov, nacidos

La calle (1910), Martirós Sarián.

PIERRE-AUGUSTE RENOIR

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Mujer sosteniendo una fruta (1893), PaulGauguin. Naturaleza muerta en la pañería (1892-1894), Paul Cézanne. Un pajar cerca de Giverny (18831889), Claude Monet.


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50

La ronda de los presos (1890), Vincent Van Gogh.

Nº278


en 1870 y 1871 respectivamente. Tuvieron una gran relación, porque sus familias compartían negocios (fábricas de algodón) y porque los tres coleccionaban arte moderno occidental y les gustaban los mismos artistas: Monet, Sisley, Renoir, Gauguin, Van Gogh, Cézanne o Matisse. Además, tanto Shchukin como los Morozov acordaron legar su colección a la galería Tretyakov cuando murieran. Por lo tanto, estas obras estaban destinadas a formar un todo armonioso, coherente y complementario. Hablemos de 'La Colección Morozov: iconos del arte moderno', que por fin ha podido inaugurarse. ¿Qué verá el visitante?

Nada más y nada menos que una selección de las obras más importantes de la historia del arte moderno occidental y ruso. Cinco salas estarán dedicadas a grandes conjuntos de Bonnard, Gauguin, Cézanne, Matisse y Denis, y otras cinco salas serán temáticas, dedicadas a grandes géneros como el paisaje o el desnudo. Los criterios que he elegido para diseñar la exposición cumplen tres objetivos principales: dar cuenta de que los hermanos Morozov coleccionaron arte occidental con una vocación didáctica; enfatizar la dinámica de influencia entre el arte moderno francés y el ruso; y, por último, reflexionar sobre lo burgués y el mundo tan concreto de los Morozov y la audacia artística de su colección.

FOTOGRAFÍAS: SUCCESSION MARTIRÓS SARIÁN, CORTESÍA DE LA FUNDACIÓN LOUIS VUITTON.

¿Cómo han sido las relaciones con el museo Hermitage, el Bellas Artes Pushkin y la galería Tretyakov, colaboradores necesarios de esta muestra?

Las relaciones con los principales museos socios han sido excelentes. El proyecto de la exposición de Shchukin que coorganizamos en 2016 fue una experiencia excepcional y allanó un marco de diálogo que ha facilitado cada paso sobre los préstamos y la programación de la muestra de Morozov. Es así como los sucesivos aplazamientos pandémicos han podido transcurrir sin dificultades. Más allá de estas circunstancias, compartimos el mismo objetivo de presentar al gran público las magníficas obras de arte occidentales de la colección Morozov que se conservan en los museos rusos. Como a Merimée, también te encanta España. Un país que has descubierto a través de la obra de Picasso. ¿Qué significa su trabajo para ti?

Amo España y guardo un bonito recuerdo de las conversaciones que lideré con el Museo Reina Sofía o el Museo del Prado para la gran retrospectiva de Picasso que comisarié en 2008. Lo cierto es que para mí Picasso es un artista que cambió el concepto mismo de arte y ayudó a fundar el arte moderno en su sentido más radical. Comprendió y practicó el arte como un lenguaje y lo emancipó de todas las recetas y procesos técnicos reduccionistas, de todas las funciones miméticas y formas de esclavitud pseudoteóricas o filosóficas. Su libertad, su humor, su fantasía, su toxicidad agregaron una dimensión única a sus experimentos plásticos. Su papel en la historia del arte moderno, cuyos medios ha revolucionado continuamente a lo largo del siglo, es tan esencial que lo sitúa fuera del ámbito de las afiliaciones nacionales. Picasso no es sólo español, habla con fluidez este nuevo idioma, una especie de lengua nativa del arte.

Retrato de Mikhaïl V. Matiouchine (1913), Kazimir Malévich.

Jeanne Samary con vestido escotado (1877), Pierre-Auguste Renoir.


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P A R A L O S M Á S C A F E T E R O S

A sus 57 años, Brad Pitt está en su mejor momento, físico e interpretativo. Es más que probable que haya firmado un acuerdo con eldiablo –qué otra posibilidad cabe–, pero, por elmomento, sólo ha trascendido su fichaje por De'Longhi.

¿ U N C A F É , M R . P I T T ? P O

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espresso. Porque Clooney será Cloo-

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térprete saboreando un espresso en el salón de su casa. Lo de la excelente factura no lo decimos por decir. Dirige Damien Chazelle, la fotografía está a cargo del oscarizado Linus Sandgren y la música –también de Oscar– corre a cargo de Justin Hurwitz. Un elenco de ensueño –los recordarás por La La Land– para quitarte el sueño. Con un perfetto espresso.

FOTOGRAFÍAS: CORTESÍA DE DE'LONGHI.

B r c a líd d o e s s a

o por guapo y encantador. ¿Quién rechazaría tomarse un café con George? Mucho habría que apostar para que otro actor famoso le hiciera competencia en su terreno. Y eso


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bigote daliniano ya le hace competencia en el imaginario colectivo a las máscaras de los protagonistas de La casa de papel. En la última década, Camilo Echeverry Correa (conocido como Camilo a secas, sin más) ha pasado de ser un artista apenas escuchado en los límites de las fronteras de su Colombia natal (allí ganó la versión nacional del talent show Factor XS con 13 años) a una superestrella planetaria que fue nominada este año al Mejor álbum de música latina en los Grammy. Le bastaron dos sílabas, Tutu, para asaltar las listas de streaming de todo el mundo (por esa canción obtuvo además el Grammy Latino a la Mejor canción pop). Y como la cosa le funcionó tan bien, repitió fórmula con KESI, otro temazo rompepistas que, con ligeras variaciones, se ha convertido el tema oficial de la competición liguera nacional para poner a bailar a ritmo de reguetón a las estrellas del fútbol patrio. "Si tú me dejas te invito a que dejemos todo a un lado, que empieza La Liga", canta ahora el músico medellinense. Habrá que permanecer atentos a este chaval de 27 años y simpatía contagiosa. Kesi Camilo ha sido representa su salto al mainstream elartista elegido en España, pero es sólo un single para ponerle música y letra a de su disco Mis manos, que merece La Liga española la pena escuchar… y perrear. de fútbol. S U

FOTOGRAFÍAS: CORTESÍA DE SONY MUSIC.

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A D E P p á g . 0 8 6 A K E R W E A R M B U R F S E A

A P E L p á g . 0 7 4 T E N D E N C I A S ’ p á g . 1 0 2 L O S ’ p á g . 1 0 8 D O L Y p á g . 1 1 6 M A G S O N p á g . 1 2 6

I N A p á g . 0 9 2 M Á S C E & N U S S

N




-

termina siendo -

& Patio Café. Nadie logra atrapar –flo- ocultarte. Pero Damon está lejos de ser tando en la cálida brisa del océano, por tan controlador o tan directo. encima del zumbido de los coches de la Damon y su familia pasaron la primePacific Coast Highway y las ráfagas de ra parte del año en lo que podríamos llaolas rompiendo a lo lejos– ningún retazo mar el santuario de Australia por razones de conversación que pudiera inclinarle a a las que llegaremos más adelante, pero mirar dos veces: hace unas tres semanas regresaron al he"…Quiero decir, Bono vivía calle misferio norte. "Ha sido un torbellino", abajo…". comienza a decirme, aunque ninguno de "…Llegó un momento en el que cam- los dos sabemos todavía la brusquedad bié de categoría, pasé a ser el hombre ex- con que lo azotarán estos vientos. "De perimentado frente a los chicos nuevos. la relativa calma de un continente libre ¿Sabes?, nunca tuve claro cuándo suce- de covid", continúa, "a Los Ángeles y dió. Me desperté un día y ya era así…". luego a Francia…" –para el Festival de "…En los últimos días de rodaje, sa- Cine de Cannes– "…y luego de regreso bíamos que nos iban a confinar…". aquí. Ya sabes, para lidiar con todo esto". "…Simplemente me otorgan dema- Enfermedad en la familia, preocupación, siado mérito por cosas que normalmen- cuarentena. "Ha sido demasiado, como te no lo tienen. 'Oh, eres tan agradable' pasar de cero a cien otra vez. Estaba –en realidad no soy tan agradable…–". emocionado de reengancharme al munPor el contrario, Matt Damon se las do, pero se me olvidó lo rápido que se arregla para llegar aquí, hablar de casi mueve". todo durante dos horas y marcharse sin que nadie le moleste. La mascarilla D A M O N F U E A L Festival de Cine de ayuda, obviamente. La está usando para Cannes a promocionar el largometraje nuestra entrevista porque su hija de 12 Stillwater. Y ofreció una posible señal de años, Gia, tiene covid. Aunque ha estado lo desorientado que estaba en su particuaislada en su habitación y no ha sufrido lar reentré en el mundo durante la ovanada más que una fiebre baja, y aunque ción del público al final de la proyección todos en la casa se hacen pruebas PCR de la película: fue muy comentado que cada 18 horas, hasta ahora todas negati- Damon lloró. Me asegura que ni siquievas (aparte de Gia), la precaución dicta ra se dio cuenta de que lo había hecho que mantengamos las mascahasta que se lo dijeron desrillas puestas y que nos senpués. "Si no hubiera sido por C a m is a v in ta g e temos a la mesa en posición el flash que me iluminaba y la S T O C K diagonal. Esto lo hace todo V I N T A G E , s h o r t s cámara que estaba literalmenP O L O R A L P H sólo un poco más extraño. te a medio metro de mí en ese L A U R E N , g a fa s d e s o l (e n Antes de conocerlo, pensé momento", dice, "te garantito d o e l r e p o r ta je ) que Damon podría ser uno de zo que nadie se habría dado J A C Q U E S esos famosos resabiados que M A R I E M A G E . cuenta. Pero sí, me sentí un te bombardean de una manepoco abrumado, en un sentido ra tan afable y articulada con S u é t e r H E R M È S . positivo".

"…¡por tantísimos putos años! Y ahora dicen, 'Bah, a la mierda, ya no me voy a preocupar por eso". Hace algún tiempo, Damon contó la historia de otra vez que lloró, justo al comienzo de su carrera. El origen de El indomable Will Hunting es ahora leyenda de Hollywood: los dos amigos adolescentes de Boston, Damon y Ben Affleck, ambos decididos a forjarse una carrera como actores, que compartieron todo mientras intentaban abrirse paso (su cuenta conjunta de BayBank tenía el código 'River P': "Porque", dice Damon, "él era el tipo que conseguía todos los trabajos que queríamos, era el mejor actor de nuestra generación y lo admirábamos"); cómo a los 20 años, frustrados por la falta de oportunidades, decidieron que la única forma de seguir adelante era escribir su propia película para protagonizarla; los años que los dos pasaron perfeccionando un guion sobre un niño de Boston pisoteado pero sobrenaturalmente talentoso; su disposición a rechazar grandes sumas de dinero si no se les permitía aparecer en la película. Todo aquello acabó de manera triunfal. No sólo llevó a Damon a su primera nominación al Oscar como actor, sino a una victoria compartida por el guion, lo que convirtió a Damon en la segunda persona más joven en ganar un Oscar como guionista (Ben era más joven aún). Las lágrimas llegaron el primer día de rodaje. Frente a la cámara estaban Robin Williams y Stellan Skarsgård. Damon y Affleck se sentaron a mirar. Por fin había comenzado todo. "A veces la vida te sorprende", reflexiona Damon. "Y ése fue uno de esos momentos que pensábamos que nunca



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cia asombrosamente parecida iba a llegar. Ver no sólo a los C h a q u e ta P A U L en varios aspectos a lo que actores, sino a esos actores, reS T U A R T . C a m is a y estaba por venir. Después de citando las cosas que habíamos s h o r ts v in ta g e Contagio, Damon se mantuvo escrito, fue como… Joder. SuH E R M È S . en contacto tanto con el guiopongo que era una mezcla de nista Scott Burns como con alegría e incredulidad. Y alivio. Y gratitud. Probablemente sería todo el virólogo Ian Lipkin, contratado como eso. Fue un episodio realmente agrada- asesor técnico para guiar los aspectos científicos de la película. A lo largo de ble. No me avergüenza decirlo". Le pregunto a Damon si Affleck tam- los años, cada vez que algún tipo de brote o epidemia parecía amenazante, Damon bién lloró. "Lo recuerdo llorando. Ahora bien, consultaba con ellos para "obtener inforsabemos que la memoria es caprichosa, mación sobre lo que estaba ocurriendo". Cuando surgieron los primeros ruasí que se lo tendrás que preguntar a él, pero tengo la imagen de que ambos llora- mores en China, Damon se puso en mos. Sí. Según recuerdo, puse mi mano contacto con Burns para preguntarle en su brazo, mientras ellos hablaban. En qué estaba diciendo Lipkin. "No, éste es real", recuerda que le dijo Burns. "Esto su hombro. Como: 'Hostias…". Más tarde, le pregunté a Affleck, es exponencial: el mundo va a ser completamente diferente en dos semanas". quien lo corroboró: "Ambos lloramos". Le pregunto también a Affleck si se Damon estaba en Francia, filmando The Last Duel con el director Ridley Scott. sorprendieron al verse llorar. "No, sabía que Matt era muy emocio- Se apuraron para completar las vitanal y un…", responde, dejando la oración les tomas exteriores. El plan era que la colgando, sin necesidad de un sustantivo. producción se trasladara a Irlanda, pero "No, no me sorprendió en absoluto se hizo cada vez más obvio que aquello ver a Matt llorando. Me sorprendió un podría no suceder de inmediato. El día poco llorar junto a él, pero tal vez él se antes del traslado, a principios de marzo, sintió igual". Affleck también me expli- el rodaje se suspendió. La esposa de Damon y sus tres hijos có por qué les afectó tanto ese momento: "No pensábamos en otra cosa, estába- menores estaban con él en Francia y tumos totalmente centrados en eso, y aún vieron una reunión familiar. ¿Deberían así nunca creímos que fuera a suceder de volar de regreso a Estados Unidos mienverdad. Y en cierto modo representaba tras pudieran o viajar en el vuelo chárter la suma total de todo lo que queríamos del equipo a Irlanda y esperar allí? Elihacer. Sabes…" –Affleck se ríe aquí, tal gieron Irlanda. Fue una buena decisión. "Tuvimos vez con un poco de ironía–. "…Podríamos haber llorado por diferentes moti- mucha suerte", dice Damon. "Tuvimos vos si hubiéramos podido ver el futuro una cuarentena mejor de lo que podría-

completo". C U A N D O

razón muy

L L E G Ó

mos haber esperado". Además de la casa que los alojó en la comunidad costera de Dalkey, dispusieron de las que había alquilado el elenco y el equipo que regresó a Estados Unidos. Todas estaban ahora vacías, por lo que había mucho espacio para que los Damon se esparcieran. En una casa, por ejemplo, Damon instaló a los maestros con los que habían estado viajando, lo que permitió a sus hijos tener una escuela privada propia a la que podían ir caminando a diario. Su asistente y entrenador también consiguieron espacios propios. Dentro de los dos kilómetros que les permitían moverse, podían nadar en el mar y hacer largas caminatas por la campiña irlandesa. Fue un tiempo alejado del mundo. "Hubo como un silencio", reflexiona Damon. "No se enviaban guiones, ni había trabajo por hacer, ni personas que necesitaran respuestas para algo. Era simplemente llevar a los niños a la escuela y luego ir a entrenar o salir a caminar. Fue muy sencillo. Esa parte fue reveladora de cara al futuro, en términos de cómo me gustaría pasar mis días". Mientras tanto, la gente en otros lugares estaba viendo a un Damon más joven lidiar con circunstancias pandémicas mucho más desgarradoras, ya que Contagio se convirtió en un éxito de nuevo. Sorprendentemente, a estos espectadores se les unió el propio Damon. "Estábamos viendo Apple TV y nos la encontramos", recuerda. "La gente estaba un poco hambrienta de información, y la información escaseaba al principio. Y entonces, no sé, creo que probablemente pasamos por


S u é te r P R y c B R U N E C U C I N E

A D A a m is a L L O L L I .



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el mismo tipo de proceso consciente o subconsciente por el que todo el mundo pasó y simplemente le dimos al play". Damon admite que le sorprendió lo que vio. "Pensé: ¡Es mejor de lo que recordaba! Cuando la estrenamos, creo que se entendió más como una película de ciencia ficción. Se pensó que era mucho más descabellada de lo que realmente era". Pronto se corrió la voz de que Damon y su familia estaban allí: en el mundo al revés de la primavera de 2020, esta casualidad acabó saltando a las páginas de The New York Times. El artículo, titulado Un pueblo costero irlandés adopta a Matt Damon, detalla algunos avistamientos de Matt en Dalkey y explica cómo una foto del actor sosteniendo una bolsa del supermercado irlandés SuperValu "parece haber sido su boleto para la aceptación de los lugareños", lo que llevó a una proliferación de "memes y artículos entusiastas en la prensa irlandesa". La particular excitación que provocó la imagen de SuperValu, que llevaba implícita la constatación "los-famosos-son-como-nosotros", llevó a muchos a pensar que Damon se había vuelto gloriosamente local, con su bolsa de plástico llena de latas de cerveza y dispuesto a pegarse un buen homenaje. Uno de los vecinos de Damon de esa época me recordó las disrupciones causadas por la inesperada presencia de esta estrella de cine estadounidense: "He vivido en ese pueblo, o al lado de ese pueblo, durante 30 años; ¡ese cabrón pasa ahí tres meses y ya lo hacen el rey de Dalkey! Es increíble. Le pillan en una especie de sesión de fotos local con una bolsa de plástico de SuperValu, se desata el rumor de que lleva unas latas, y de repente tiene toda la credibilidad que algunos de nosotros no hemos tenido en nuestra vida. ¡Lo aman! Quiero decir, le van a hacer una estatua allí. No sé a qué fue ni qué hizo. Pero me molesta mucho. No estoy nada contento". El que dice esto es Bono. Su ira –"¡30 años he estado en ese pueblo de pescadores, y de repente el pescador de hombres se lo apropia!"– es, por supuesto, teatral. Damon y Bono son amigos S u d a desde hace algún tiempo. De L O U hecho, según Damon, Bono V U I T fue indirectamente el respon- M E N ' S sable de inspirar el tercer gran v i n G t a E g N e F E pilar de la vida adulta de DaS T O

mon, además de su carrera como actor y su familia: su trabajo en la expansión del acceso global al agua, principalmente a través de la organización water.org. Sucedió en 2006. Damon estaba pensando en viajar a África con la fundación de Bono. Planeaba ir tan pronto como pudiera encontrar el momento. Fue entonces cuando, según Damon, Bono aplicó sus reconocidos poderes de persuasión: "Me llamó y le dije: 'No, no sé sé si voy a ir', y él me contestó: 'No, vas a ir ahora'. Le dije: 'No, no, no puedo, mi esposa está embarazada'. Me respondió: 'Siempre habrá una excusa, y tienes que ir ahora'. Y tenía razón. Eso fue el comienzo de todo. No iba a empezar hasta que yo fuera allí. No iba a pasar nada hasta que comenzara a involucrarme, y creo que él lo sabía". (Por su parte, Bono minimiza su papel en la historia –"Creo que me da demasiado crédito"–, pero exalta los logros posteriores de Damon en este campo: "Creo que es mejor en esto que yo, más sutil, menos intimidante, muy efectivo"). Cuando hablamos, Bono también me ofreció algunas reflexiones más generales sobre Damon, que me dieron mucho que meditar. "Desde hace una hora, con vistas a esta llamada, he estado pensando en qué es eso que le hace especial", dice Bono. "Y me he dado cuenta de que tiene eso que todo el mundo quiere: tiene libertad. Es la cosa más cautivadora de todas. Y eso, muy pocas personas tan famosas lo tienen. No padece inseguridades. Para ser un hombre que se mira en el espejo para ganarse la vida, no es ni siquiera un poco inseguro, me he dado cuenta. A ver, yo creo que tengo libertad, pero soy inseguro. Cuando entro en una tienda, me veo a mí mismo entrando en la tienda, ¿sabes a lo que me refiero? Él es realmente él mismo". Posteriormente, Bono agrega a esto un pensamiento adicional: "Hay algunas cosas en las que no deberías ser demasiado bueno. Ser famoso es una de ellas". Le pregunto a Bono si está diciendo, de la manera más educada posible, que Damon no es muy bueno siendo famoso. "Sí, podría ser", responde Bono, y compara ese tipo de mirada d e ra vidriosa que ha aprendido a I S reconocer en algunos políticos T O N que conoce con el afecto de aly s h o r ts R O N T guien como Damon. "No es un R A L profesional", sugiere Bono. "Él R E .

está mucho más allá de eso. Es un amateur, y siempre debería serlo, en lo que respecta a ser famoso. Ya sabes, bastante bueno durante los fines de semana, probablemente no tanto durante la semana. Pero el respeto por las personas y por la vida humana, eso es absolutamente fundamental para quién es él. Y sólo está tratando de ser útil. Tratando de ayudar". D E S P U É S D E T R E S meses en Dalkey –por cierto, la bolsa SuperValu estaba llena de toallas de playa para los niños–, Damon y su familia regresaron a Los Ángeles, aunque volverían a Irlanda dos meses más tarde para rematar The Last Duel. Hacia el final de ese rodaje, Damon cumplió 50 años, pero la producción estaba bajo un estricto protocolo de cuarentena, por lo que no podía haber fiestas. En cambio, recurrió al grupo de mensajes de texto de sus antiguos compañeros de cuarto de la universidad: "Sólo les envié mensajes diciendo que había pulverizado su 50 cumpleaños estilo covid. Justo estaba filmando una escena de batalla en The Last Duel, en la que mataba a nueve personas. Nos reíamos de eso: 'Esta es la mejor crisis de los 50 de la historia. Estoy atravesando la crisis a espadazo limpio". Luego, a finales del año pasado, surgió la posibilidad de una nueva escapatoria. Damon había hecho una aparición breve y surrealista en Thor: Ragnarok (2017), de Taika Waititi, como el "actor Loki". Ahora Waititi estaba preparando una secuela, Thor: Love and Thunder, que se filmaría en los primeros meses de 2021 en Australia, y le preguntó a Damon si consideraría repetir su cameo anterior. No fue difícil encontrarle el atractivo. Australia, como veremos pronto, era un lugar con el que él y su familia ya tenían una historia cercana. También era uno de los lugares más seguros y menos infectados por el virus del planeta (y, en consecuencia, no era un lugar fácil de visitar). Damon accedió a asumir el papel si podía llevar a su familia. Comenzaron las negociaciones y se le concedió el permiso. "Hubo funcionarios del gobierno que me llamaron y me explicaron en términos inequívocos: la única razón por la que estás entrando es porque esta producción genera empleos", explica Damon. "Ahora, ¿podría la producción vivir sin mí? Sí. Pero si empiezas a apartar las bromas de



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algo que es divertido, al final ya no lo es, ¿sabes a qué me refiero?". Una vez más, las cosas salieron bien. Aunque sólo lo necesitaron en el set durante dos días, Damon pudo quedarse allí con su familia durante cinco meses. Interpretó su papel en pantalla como se requería –"Es muy graciosa y será una película realmente buena, así que siempre estoy dispuesto a hacer proyectos así"– y hay evidencia circunstancial de algo de socialización: apareció una foto de Damon en una fiesta de cumpleaños con temática de los años 80 para uno de los amigos de Chris Hemsworth, en donde está vestido como… Bueno, mejor que él lo explique. "No sabía qué diablos comprar", dice sobre la preparación para esa cita. "Así que me inspiré en Run DMC y me compré el chándal de Adidas con la gorra Kangol, que era prácticamente el look de los 80 donde crecí. Creo que mi esposa compró una cadena de plástico en internet que usé como accesorio. Y, curiosamente, Idris Elba llegó vestido exactamente igual". Pero pasaba la gran mayoría del tiempo en familia y muy alejado de lo que estaba sucediendo en otros lugares. "Así que de nuevo tuvimos mucha suerte", reconoce. "Es decir, hemos tenido tanta suerte como es posible a lo largo de esta pandemia". Lo cual, por un lado, es evidentemente cierto. Aunque, por otro lado, el hecho de que esté diciendo esto cuando una de sus hijas ha dado positivo y se está aislando en casa, y cuando su hija mayor –quien estaba en Nueva York al comienzo de la pandemia– tuvo su propio encontronazo con el covid en marzo de 2020, también puede mostrar cuánto hemos aprendido a recalibrar.

hacer un tatuaje'. Y le contesC U A N D O D A M O N y yo haS u é te r v in ta g e y s h o r ts P O L O té: 'Está bien'". Damon dice blamos por segunda vez, unas R A L P H que sólo puso una condición, 38 horas después de esa primeL A U R E N . Z a p a to s v in ta g e que cumplieran una promesa ra entrevista, ya se ha quitado B R O O K S que él había hecho. "Tenemos la mascarilla (se ha realizado B R O T H E R S un amigo nuestro que le hizo suficientes pruebas y ha pasa- d e M e l e t M e r c a n tile y c a lc e tin e s todos los tatuajes a Heath Ledo la cuarentena necesaria), y A M E R I C A N dger", dice Damon, "y le dije estamos a 2.500 km de Malibú. T R E N C H . que si alguna vez me hacía un Hoy nos vemos para un brunch en el restaurante Osprey en Brooklyn tatuaje, él sería la primera persona a la que llamaría". Esa llamada se hizo debiBridge Park. Éste es el nuevo barrio de Damon. Él damente y el amigo, Scott Campbell, lley su familia han vivido principalmente gó en bicicleta desde Brooklyn y diseñó en Los Ángeles durante algunos años, el nombre "Lucy". Le pregunto por el tatuaje solitario pero ahora están en proceso de regresar a Nueva York. "Una gran transición para en la parte superior del brazo de Damon los niños, nuevas escuelas, nuevo todo", que no parece ser un nombre: una línea dice, y explica cómo le gustaría que tu- extraña que se dirige hacia su hombro. vieran el tipo de independencia que per- Resulta que éste también se lo hizo ese mite un entorno menos dominado por los mismo día de 2013 y viene con su proautomóviles. "Así que 'fluyendo' sería pia historia: "Eso es algo que Heath lleprobablemente la mejor descripción de vaba en el brazo. Heath era una persona mi vida personal. Pero no me refiero a increíblemente inquieta y creativa. Por que no estamos emocionados, estamos ejemplo, hablé con la persona que lo peinó en El patriota y me dijo que Heath muy emocionados". Damon y su esposa, Lucy, tienen odiaba tanto estar sentado sin hacer nada cuatro hijas (la mayor, Alexia, anterior que cuando terminaba de ponerle la pea su relación con el actor). Sus nombres luca, arreglarla y todo eso, se levantaba y están escritos con tinta, uno encima del resultaba que había hecho una escultura otro, ocultos en lo alto del brazo derecho con las horquillas. Era muy sensible. Esde Damon: "Alexia", "Isabella", "Gia", tas cosas simplemente fluían de él. Era "Stella", aunque veo a Damon momentá- realmente especial. Sólo quería tener neamente desconcertado cuando lo men- algo que Heath tuviera. Scott me mostró ciono, como si no estuviera seguro de que su portátil y le dije: 'Scott, ¿qué es eso?' fuera de dominio público. "¿Mostré mis Y me dijo: 'No tengo ni idea, creo que es tatuajes?", reflexiona. "Supongo que sí". sólo un garabato que hizo Heath'. Y yo Agregó estos cuatro nombres hace le dije: 'Eso es lo que quiero". Lucy, que un par de años, pero su primer tatuaje, también era amiga de Heath, se hizo el en la misma parte superior del brazo, se mismo tatuaje en el pie. "Así que ambos lo hizo en 2013. Fue idea de su esposa. tenemos eso", dice Damon. "Es como "Ella simplemente lo anunció", dice. una pequeña bendición creativa. Es "Estábamos en nuestro apartamento en como un ángel que cuida de todos estos Manhattan, y me dijo: 'Nos vamos a nombres que están en el brazo". A

D A M O N le pidieron por primera vez que leyera el libro de Eric Jagger The Last Duel –sobre un episodio oscuro y dramático en la Francia del siglo XIV– en 2011, pensando en su potencial cinematográfico. Se negó. Al escuchar que Martin Scorsese ya tenía los derechos, pensó que sería una pérdida de tiempo: "Le dije: 'Bueno, si Marty lo tiene, lo hará con Leo". Siete años después, con los derechos disponibles, accedió. Al principio, no lo veía claro. "A las 20 páginas ya estaba pensando: 'no podemos hacer esto", dice. "Estos tipos



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son unos completos salvajes. Nacieron en medio de una guerra de cien años, no han hecho nada más que violar y saquear y luchar durante toda su vida…". Pero entonces la historia central lo cautivó: trataba sobre dos hombres, uno acusado de violación por la esposa del otro y la mujer como centro de todo. "Ella, corriendo un gran riesgo para su reputación y para sí misma, se levantó y dijo la verdad, una y otra y otra vez", dice Damon. "Fue bastante impresionante". Le envió el libro a Ridley Scott, con quien había querido volver a trabajar desde su exitosa colaboración en The Martian. Scott compartió su entusiasmo. Ahora necesitaban un guion. Una noche, Damon cenó con Ben Affleck. Durante años, los amigos de la adolescencia se han mantenido cercanos, de una manera que –como reconocen los dos– se asemeja a la representación de dos mejores amigos en las caricaturas de Hollywood. "No quiero ser su amigo en público, ¿sabes a lo que me refiero?", dice Damon. "Es una amistad demasiado importante para eso, y va más allá de esta carrera o de cualquier otra cosa. Es una parte importante de mi vida y no está destinada para el consumo público". "No puedo hablar por Matt", dice Affleck, "pero mi cordura y salud mental se beneficiaron de tener a alguien con quien crecí y a quien conocí de niño, que también estaba pasando por algo similar –este viaje de más de 20 años bajo el escrutinio del público–, con quién podía reflexionar sobre esto de forma honesta, hablarlo, ser yo mismo, alguien que sabía la razón detrás de nuestra amistad, la razón de por qué mostraba interés, la razón de por qué nos queremos. A menudo pienso en personas que tienen éxito y luego se ven envueltas en esto, y pienso: '¿Cómo lo hacen sin tener a alguien con quien hablar? ¿En quién pueden confiar? ¿Alguien que los conocía antes?'. Ha sido una gran ventaja para mí –y creo y espero que para Matt también– esta amistad que hemos mantenido". Los dos han seguido siendo compañeros de trabajo de vez en cuando –comparten una compañía de producción–, pero tras ganar su Oscar por El indomable Will Hunting no intentaron colaborar en otro guion. En gran medida, esto fue consecuencia de lo bien que funcionó su estrategia: impulsados por el éxito de la

película, ambos estuvieron ocupados durante mucho tiempo con el tipo de proyectos que antes sólo podían soñar. Pero también sentían que lo que habían hecho entonces parecía demasiado complicado como para repetirlo. "El proceso de escritura nos consumió mucho tiempo cuando lo hicimos, con 22 y 20 años", dice Damon. "No teníamos trabajo, no teníamos nada más que hacer", dice Affleck. "Nos tiramos dos años para lograr hacer un borrador, y luego otro –pasando el tiempo sentados y tomando cerveza, hablando sobre los temas, jugando a videojuegos y actuando como si supiéramos algo–". "Realmente entendíamos a los personajes, así que los poníamos en diferentes escenarios", explica Damon, "y luego, al final, mezclamos esas partes desarticuladas en lo que podría funcionar como una especie de narrativa. Y ésa es una forma realmente ineficaz de escribir. Y creo que ambos sentimos intuitivamente: 'Bien, nunca vamos a tener tiempo suficiente para hacer eso de nuevo". Pero durante esa cena, Damon le habló a Affleck de The Last Duel, y al

final de la comida le prestó su copia del libro. "Había dejado la bebida recientemente", recuerda Damon. "Y cuando está concentrado, realmente ve las cosas claras. A las siete en punto de la mañana siguiente, me llamó, se había ido a casa y lo había leído, y me dijo: 'Deberíamos escribir esto". Affleck me confiesa que se quedó despierto hasta las tres o cuatro de la madrugada, leyendo. Cuando Damon había solicitado su opinión sobre un material en el pasado, Affleck no siempre había sido "superentusiasta", dice. Esta vez fue diferente. "De repente lo tuve muy claro. Esto es una película, y así es como deberíamos hacerla. Me emocionó. Y la historia de esta mujer y lo que había experimentado y la valentía que había exhibido y la resistencia y la fuerza de carácter que debió haber sido necesaria para pasar por ello… Me quedó muy muy claro de inmediato cómo podría funcionar en una película". Se sintió poseído por un gran sentido de la urgencia: "Tenemos que hacer esto y hacerlo ahora", y necesitaba que Damon lo compartiera. "Tiene una vida ajetreada, está en todas partes", ex-


plica Affleck, "y, francamente, buena. Veremos lo que piensa C a m is a requiere que se le den órdenes P R A D A , s h o r t s la gente". v in ta g e para concentrarse". Entonces Tanto Damon como Affleck P O L O R A L P H Affleck presentó un plan de acse imaginan ahora colaborando L A U R E N d e F ro n t ción: "Está bien, así es como lo juntos más frecuentemente en G e n e ra l S to re , haremos: vamos a trabajar cuael futuro. "El descubrimienc in tu r ó n v in ta g e tro horas al día, lo voy a proto, creo, para los dos", dice J .C R E W . gramar, voy a ir para allá…". Affleck, "fue: es mucho más Desde el principio, se enagradable, gratificante y maracontraron en un ritmo muy diferente al villoso ir a trabajar con las personas a las de la última vez. "Realmente encajaba que amas". Pero, por ahora, Damon no con nuestras vidas", dice Damon. "Nos tiene nada planeado más allá del lanzalevantábamos, llevábamos a los niños miento de The Last Duel. Le gustaría paa la puerta, hacíamos todo lo que nece- sar el resto del año en Nueva York. Si hay sitábamos hacer en nuestras vidas per- algo adecuado que pueda hacer en prisonales, y luego nos reuníamos en un mavera, lo hará; si no lo hay, no lo hará. ambiente muy relajado, trabajábamos En algún momento del camino, quiere durante cuatro o cinco horas, luego re- dirigir. Estuvo cerca un par de veces, gresábamos y cumplíamos con todas pero se hizo a un lado. Inicialmente iba nuestras obligaciones en casa". Describe a dirigir Tierra prometida, una película estas sesiones diciendo que implicaban sobre el fracking, la técnica para extraer caminar muchio, recrear escenas, antes petróleo y gas del subsuelo a través de de que una de los dos consolidase lo que la fractura hidráulica, que escribió junto tenían. "Él es mejor tecleando que yo", a John Krasinski, y también se suponía dice Damon. "Pero a veces yo estoy más que dirigiría Manchester frente al mar, cerca del ordenador". que se basaba en una idea que KrasinsTambién se dieron cuenta pronto de ki le había propuesto durante una cena. que necesitaban algo más. La propuesta Pero cuando Kenneth Lonergan presentó inicial de Damon había sido que debían el guion que habían encargado, Damon contar la historia desde las diferentes tuvo claro que Lonergan debía dirigirlo. perspectivas de los personajes principa- (Le gusta bromear diciendo que la mejor les, y se hizo obvio que necesitaban un decisión que hizo como productor de la tercer colaborador, alguien que pudiera película fue despedirse a sí mismo como escribir la historia de la esposa agravia- director). Sin embargo, lo más probable da de una manera que ellos nunca po- es que trabaje más como actor. "Siento drían. Fue entonces cuando trajeron a la que he mejorado constantemente en mi directora y escritora Nicole Holofcener. profesión a lo largo del tiempo", dice. "Y "Qué gran historia, una historia tan única eso es una gran sensación". Reflexiona y tan feminista que contar", dice Holof­ sobre cómo a veces, a pesar de todo el cener. "Fue abrumador, porque ella era esfuerzo de uno, las películas aún pueden una persona real, y me sentí honrada y fallar. "Realmente quiero que la gente se aterrorizada de encargarme de hacerle preocupe tanto como yo por las cosas justicia y dejar muy claro que su verdad que saco", dice. "Y, ya sabes, algunas era la verdad, y convertirla en una per- han funcionado, y otras no". sona completa. Fue extraordinaria por No hay nadie que esté haciendo pedecir la verdad, a pesar de las horribles lículas y que lo haga bien siempre. Él consecuencias si se decidía que estaba asiente. "Eso es lo que creo que es tan mintiendo". Por la forma en que los co- interesante, es imposible hacerlo a la laboradores hablan de ello, su objetivo perfección. Te mantiene enganchado, es trasciende el clásico enfoque de él-dijo/ como una adicción. Sabes más y más, él­dijo/ella­dijo y pone de manifiesto al- pero también sabes que nunca sabes lo gunas de las consecuencias tóxicas que suficiente". se derivan sólo de permitir que una historia sea enmarcada de esa manera. "Si A N T E S D E L A P A N D E M I A , también Sin perdón es el anti-western de los wes- hubo una pausa prolongada, más de 18 tern", dice Damon, "entonces ésta es la meses entre finales de 2016 y el verano anti-caballería de las película de caballe- de 2018, en la que Matt Damon dejó de ría… Creo que es una película realmente hacer películas. El primer año de este

periodo lo pasó en Boston, cerca de su padre Kent durante su enfermedad. "Alquilamos un apartamento a una manzana del suyo", dice Damon, "así que si estaba lo suficientemente bien, venía a cenar, y si estaba lo suficientemente bien para que lo fuéramos a visitar, íbamos a cenar con él". Cuando su padre estaba en el hospital, Damon estaba allí todos los días. Fue un momento intenso no sólo para Damon, sino también para su esposa e hijos. "Ellos lo vivieron también. Tuvieron un asiento de primera fila en el proceso, por lo que fue un año duro para ellos. Para toda nuestra familia, fue un evento sísmico". Los ecos de esa época resuenan a lo largo de nuestras conversaciones. "Recuerdo que mi padre dijo en su último año de vida", menciona Damon, "que no se sentía viejo. Su espíritu se sentía igual". El padre de Damon murió de mieloma múltiple el 14 de diciembre de 2017. Esa misma semana, la órbita de la vida de Damon también se vio desviada de una manera completamente diferente. Es importante señalar que, aunque Damon apunta que estos dos eventos ocurrieron al mismo tiempo, nunca los vincula explícitamente más allá de eso. Específicamente, no intenta eludir ninguno de los problemas que le caerían en cascada, como quizás podría hacerlo, excusándose como un hombre distraído por el dolor. Hasta ese momento, en la carrera de Matt Damon había habido muy pocos contratiempos significativos: en general, parecía que había dominado con fluidez cómo presentar su lado más encantador al mundo, y el mundo había correspondido al ser debidamente deleitado. Hasta esa semana. Para promocionar la película Una vida a lo grande de Alexander Payne, filmada el año anterior, Damon había ido a grabar una entrevista para Popcorn With Peter Travers, cuya primera parte apareció en la cadena ABC la mañana de la muerte de su padre. En la entrevista, Travers le hizo a Damon una serie de preguntas sobre la ola de acusaciones de #MeToo que arrasaba con Hollywood. Damon respondió extensamente y con aparente confianza, de una manera que a mucha gente le parecería presuntuosa, como si él tuviera las respuestas que todos habían estado esperando y como si asumiera que le darían las gracias, no


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sólo por intervenir y decirlo directamente, sino también por aclarar algunas otras cosas. La respuesta tanto a lo que dijo Damon como al hecho de que creyera que era apropiado decirlo fue rotunda. "A ver, todos somos un puto desastre cuando venimos al mundo, ¿sabes a qué me refiero?", dice ahora. "Y cometemos errores. Incluso cuando intentamos hacerlo lo mejor posible, cometemos terribles errores". Damon no estaba acostumbrado a la reacción que provocaron sus palabras. "Fue doloroso", dice. "Es difícil encajar golpes por las cosas que… Esa persona de la que estaban diciendo 'no entiende nada, y es un…', ya sabes, a mí tampoco me gusta. Así que se hace difícil escuchar esas cosas sobre ti mismo". Una vieja amiga convenció a Damon de que debía contener cualquier impulso de volver a implicarse en la polémica. "Me dijo: 'No respondas. Te sentirás inclinado a decir: Si soy una buena persona…. No hagas eso. Quédate en silencio durante al menos un mes y escucha. Escucha los comentarios a lo que dijiste. Trata de entender por qué molestaste a la gente'. Y eso es lo que hice. El consejo de mi amiga fue bueno, en el sentido de no ponerme a la defensiva, porque esa era mi reacción natural, y cuando estás a la defensiva no escuchas. Por más dolorosa que sea, la única forma de avanzar es poner empeño en ello, comprender lo que has hecho y reflexionar". Aunque Damon todavía podría estar en desacuerdo con gran parte de lo que le dijeron –"el 95% de las cosas que leí me resultaron completamente inútiles, eran sólo críticas en Twitter, lo que me puso a la defensiva, porque piensas, 'Eso son tonterías"–, las críticas más sólidas lo golpearon con fuerza. "Se escribieron artículos sobre cosas que dije, sobre cómo abordar una agresión sexual desde el punto de vista del hombre. Y yo me dije: 'Vaya, sí que lo hice. Adopté enteramente la perspectiva de él. Me puse en su posición. Y no pensé en esas mujeres… Porque al tratar de ponerme en situación me identifico con la persona que tiene más en común conmigo. Pero al hacerlo, estoy perjudicando no sólo a las personas que lo han vivido, sino a cualquiera que haya estado en una situación parecida y pueda pensar: 'Otra vez me van a ignorar'. Así que cambié mi modo de ver algunas de estas cosas. Espero que me haga más empático".

taban haciendo ampollas a los Un mes después de la entreC a m is a diez pasos, y con un sombrero vista inicial, Damon resurgió P R A D A , de vaquero, rígido en la cabes h o r ts v in ta g e para promocionar una camP O L O R A L P H za, con esa sensación de que paña de water.org y abordó L A U R E N no podía venderle nada a nadie brevemente la cuestión: "Me d e F ro n t G e n e r a l S t o r e y y estaba a punto de fingir que disculpé sinceramente porque c in tu r ó n v in ta g e no quería agravar el dolor de podía. Y como no sentía que J .C R E W . nadie. Lo cual es cierto. No fuera capaz, tendría que fingir. creo que fuera particularmente Y recuerdo pensar: 'Éste es un revelador. Creo que la mayoría de no- trabajo realmente estúpido". sotros diría lo mismo. Pero quería dejar ¿Actuar? bien claro que lo sentía de verdad; que no "Sí, todo en general. En plan: 'No me había sido mi intención hacer aquello". puedo creer que esto sea lo que he deciY luego desapareció. dido hacer con mi vida". Fue la esposa de Damon quien le suLa primera escena de Damon fue girió que fueran a Australia. Este viaje, con "un gran actor de Georgia" llamado que duró varios meses, fue sobre todo, Ray McKinnon. Por casualidad, Damon dice Damon, una respuesta al "final de un había trabajado con McKinnon a los 19 año jodidamente horrible que pasé en el años, en una película para televisión llahospital con mi papá… Pensé: 'Vámonos mada Rising Son, uno de sus primeros a la otra esquina del mundo, sólo nuestra trabajos (Damon, naturalmente, era el familia, y construyamos recuerdos con hijo). De alguna manera eso le ayudó. los niños. Vivamos una aventura". La "Había algo especial en volver al punto reciente tormenta mediática le propinó de partida y hacer una escena con Ray. Y un impulso adicional. "Creo que habría- él es tan bueno que me dije: "Está bien, mos ido de cualquier manera. Pero sí que tal vez esto no sea lo más tonto que se pensé: 'Nadie necesita saber de mí por lo puede hacer en el mundo…". menos durante un año". La siguiente escena de Damon fue En Australia, la familia Damon viajó, con su coprotagonista Christian Bale, se instaló en campamentos, encontró pla- "uno de mis actores favoritos", dice, y yas e islas remotas…, antes de regresar a una de las principales razones por las que un puerto seguro en Byron Bay, donde se había comprometido con la película. le esperaban unos amigos comprensivos. "Seis meses antes, pesaba 111 kg", dice "Toda la familia Hemsworth", dice Da- Damon. Bale había estado interpretando mon, "y todos sus amigos, les aprecia- a Dick Cheney en Vice. "…ese día no pemos mucho, fueron un gran apoyo para saba un gramo por encima de los 77 kg. nosotros". Salí y le vi con su bonito bronceado, con En aquel entonces, un año después de ese mono que parecía haber estado usanla muerte de su padre, Damon no sabía do toda la vida, y ese sombrero que estacuándo volvería a trabajar. Pero final- ba hecho una mierda, y se notaba la atenmente le llegó un guion que le atrajo: ción que había puesto en cada detalle. Ford v Ferrari. No obstante, su transi- Cada detalle. Fue jodidamente hermoso. ción a lo que solía ser su trabajo no fue Y me dije: 'Ok. Por esto lo hacemos. Esto tan fácil como Damon había anticipado. es algo increíble a lo que dedicar mi vida. Interpretaba al engreído ex piloto, ahora Porque le contamos historias a la gente, diseñador de coches de carrera, Carroll le contamos historias a la gente, y eso es Shelby. lo más humano que hay'. Y si vas a con"Llegué allí y me enrolé en el pro- tar historias, cuéntalas bien". yecto, pero no me encontré a gusto. Se Había vuelto por sus fueros. Él era suponía que debía interpretar a un tipo Matt Damon y, al menos por el momenque podía venderle cualquier cosa a to, sabía qué hacer. cualquiera, pero en ese momento no me sentía capaz de venderle nada a nadie. M A T T D A M O N no tiene redes sociales. Realmente era así. Y pensé: 'No estoy "Nunca les he visto el sentido", dice. "Y listo para trabajar'. Y recuerdo que salí me siento cada vez mejor con esa decide la caravana, y era verano, por lo que sión a medida que pasa el tiempo. Endebía hacer más de 37 grados. Caminé tiendo al que quiere estar conectado con hacia el set con mis botas, que ya me es- todo el mundo en Facebook, pero tengo


una vida llena y estoy conectado de verdad con toda la gente con la que necesito estar conectado. Y luego está Twitter. He reflexionado sobre ello, y no creo que mi primera respuesta instintiva a algo sea necesariamente una cosa que deba compartir con todo el mundo". Pero luego Damon menciona que, no obstante, tiene "una cuenta de Instagram muy privada", una que usa para ver a los hijos de sus amigos crecer alrededor del mundo, y en la que sólo publica muy ocasionalmente. Le pregunto cuál sería una de sus publicaciones típicas. Para mi sorpresa, saca su teléfono. "Te lo voy a enseñar", dice. Cuando se abre la aplicación, lee sus estadísticas: "Tengo 76 seguidores y he hecho 40 publicaciones desde 2013". Luego me muestra la foto más reciente. Una foto de Isabella, de 15 años, en su cumpleaños. "Eso es lo que hace", dice, a modo de explicación, "cada vez que le tomamos una foto últimamente". En la foto, su hija está mirando a la cámara, y a su padre, mostrando dos dedos levantados. Días después de nuestra entrevista final, estalla otro escándalo, y me viene a la cabeza el modo en que Damon oscila entre la reserva y la franqueza. La historia se origina en algo que Damon ha contado sobre su familia. En una entrevista en el periódico británico The Sunday Times, se cita al actor explicando cómo, unos meses atrás, una de sus hijas se había levantado de la mesa después de que él hiciera una broma usando lo que él dijo que ella denominó "el insulto faggot dirigido a un homosexual"; cómo posteriormente le había escrito una carta explicándole su error, y cómo Damon había aceptado que ella tenía razón y que no volvería a usar la palabra. Tal vez su intención era que esta historia sirviera para mostrar que todos debemos seguir aprendiendo, adaptándonos, escuchando y esforzándonos por ser mejores (y tal vez también para mostrar aprecio y deferencia por la sabiduría de las hijas), pero no fue así como fue percibida. El mensaje que llegó fue: Matt Damon ha estado usando alegremente esa palabra hasta hace unos meses (y también podría ser un homófobo irredento). A raíz de la cobertura desfavorable que siguió, Damon emitió un comunicado. En él, eludió una disculpa, defendiendo las buenas intenciones detrás de la historia de padre

e hija que había contado, disputando su estatus de "recién iluminado", negando que usase "insultos de cualquier tipo" y afirmando: "Apoyo a la comunidad LGBTQ+". No obstante, dejó un lío incómodo y sin resolver. Cuando GQ trató de discutir más sobre esto con Damon, se negó. En ese vacío, me encontré pensando en esto y en otros momentos en los que bajó la guardia durante las conversaciones que mantuvimos. Me hizo pensar en cómo, a pesar de todo su equilibrio y porte, podría haber algo de inocencia en Damon; y si había algún aspecto de sí mismo que lo hacía vulnerable a meterse en esos líos que los hombres más hábiles y cínicos saben cómo evitar. También me hizo preguntarme si una celebridad que evita las redes sociales también podría exponerse a no aprender a protegerse contra los peligros que acechan ante los juicios del mundo moderno. Y me hizo reflexionar nuevamente sobre la observación de Bono sobre cómo Damon no era bueno siendo famoso. Bono claramente lo dijo como un cumplido, pero quizás esas

mismas virtudes que Bono ve a veces pueden tener su propio coste, aquí con el resto de los mortales. Antes, en los últimos minutos de nuestro brunch en Brooklyn, le había preguntado a Damon si alguna vez se había sentido incomprendido. Al responder, una vez más hizo referencia a sus errores de 2017. "Sentí que me representaron como algo con lo que no me identificaba en mi corazón", dijo. "Y los medios de comunicación son muy poderosos, son como un embudo que concentra toda la atención de un modo agobiante. Incluso cuando es bueno, es realmente abrumador. A algunas personas les encanta, y se nota que lo están buscando y lo necesitan, están constantemente tratando de obtener más. No estoy emitiendo ningún juicio sobre eso, simplemente yo no soy así. Algunas personas aman tener un gran foco sobre ellas. Nunca he sido ese tipo de persona. Lo único que he querido siempre es trabajar. Tenía muchas ganas de trabajar. Pero no quería la otra parte". CHRIS HEATH ES COLABORADOR DE GQ



C ó m o 'L a c a s a d e p a p e l'— u n p e q u e ñ o d ra m a e s p a ñ o l— s e c o n v ir t ió d e p ro n to e n u n a d e la s s e r ie s m á s v is t a s d e la h is t o r ia d e N e t fl ix y e n u n fe n ó m e n o m u n d ia l.

P o r G a b r ie lla P a ie lla F o t o g r a fía s : F a n n y L a to u r-L a m b e rt R e a liz a c ió n : J o a n a d e la F u e n te


"L a g e n te c o r r ía d e t r a s d e n o s o tro s c o m o s i f u é r a m o s lo s R o llin g S t o n e s . P e n s a m o s , e l m u n d o e s tá a l re v é s . ¿ Q u é e s tá p a s a n d o ? "

los ratings

Pero de que comenzara, Pina le

streaming tenía una relación 3 y Pina. "Lo vi en el avión y supe que ha-

O D O F E N Ó M E N O M U N D IA L que comenzar en algún lugar y, en este caso, ese lugar es una hamaca en una playa de Panamá. Ahí está Álex Pina, tratando de imaginar su próximo proyecto. Era 2016 y el productor español acababa de terminar Vis a vis, un drama brutal sobre la vida diaria en una prisión de mujeres. Quería que esta nueva aventura fuera más ligera en tono y necesitaba que tuviera bajos costes de producción –algo que pudiera filmar en un estudio pero con una premisa tan explosiva que te haría olvidar que estabas encerrado entre las mismas cuatro paredes–. ¿Qué tal… un asalto? Está bien, sí, un asalto. Pina se juntó con su equipo a crear. El robo tendría lugar dentro de la Fábrica Nacional de Moneda y Timbre (la cual cumplía con los requerimientos de estudio en la vida real), donde los perpetradores tomarían a los empleados como rehenes e imprimirían miles de millones de euros para ellos mismos. La serie tendría los flashbacks y el atrevimiento de Reservoir Dogs, sazonados con la comedia negra surrealista de Luis García Berlanga. ¿Los personajes? Una pandilla marginada de criminales, unida por una figura cerebral conocida como El Profesor. A todos se les asignó un nombre en clave correspondiente a una ciudad: Tokio, Río, Berlín, Moscú, Nairobi, Helsinki, Oslo y Denver, una decisión aleatoria que resultaría inadvertidamente presciente. Un guardarropa de monos carmesí y máscaras de Salvador Dalí le darían al show una estampa fuerte de iconografía pop. El producto final, La casa de papel, se estrenó en la cadena española Antena 3 en 2017 y le fue… ¡bastante bien!

streaming le pidió geribles –de 15 episodios largos a 22– y añadió subtítulos y doblaje, unas pequeñas modificaciones que lo preparaban para una audiencia potencial mucho más grande. Para los mercados de habla

Á L E X P IN A


C h a q u e ta y s h o r ts D O L C E & G A B B A N A .

M ig u e l v is te c a m is a I S A M A R A N T p a n ta lo n e s L A N V I N C H U R C H Ú r s u la v is te c a m is a , p a n y p e n d ie n te G U C C I . E e s d e e lla . E s th e r v is te c h a q u e ta G P e d r o v is te m o n o P R A p a n ta lo n e s S A I N T L A U R E N A N T H O N V A C C A R A b r ig o p a n ta lo S A I N L A U R A N T H V A C C y b o ta s C H U R T

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inglesa, la serie fue renombrada Money Heist, que se traduce como robo de dinero, un título tan graciosamente simple que se vuelve hasta salvaje y brillante. Más allá de eso, Ávalos me dice que se invirtió "cero dólares de promoción" para la primera temporada. Fue una astuta adición al catálogo de Netflix. Para 2018, La casa de papel se catapultó como el programa más visto de habla no inglesa en la plataforma (en 2021 esa distinción le perteneció a Lupin) y llegó al top 5 de las series más vistas en total. La posibilidad de seguirla viendo sin cortes resultó ser lo que le faltaba a la serie. "Tener que esperar hasta la siguiente semana la hace parecer fragmentada", dice Pina. "Esto provoca que el espectador no entre en la serie o en un estado de adicción". Desde entonces, Netflix ha lanzado dos temporadas más para satisfacer la demanda, y ahora los fans están esperando impacientes la quinta y última temporada, la cual llegará en dos partes: cinco episodios en septiembre y cinco en diciembre. La seguridad con la que Netflix guarda sus números de streaming es más dura que la de la Fábrica Nacional de Moneda y Timbre, pero se ha revelado que 65 millones de hogares vieron la temporada cuatro después de su lanzamiento. Si fundaras la República de los Espectadores de La casa de papel, sería el vigésimo tercer país más poblado del mundo, justo entre Reino Unido y Tanzania. Las estadísticas son una cosa, la ola cultural masiva que desató la serie es otra. Están los atuendos únicos que usan los personajes como disfraz, idea del director Jesús Colmenar. "George Lucas dice: 'Todos conocen el aspecto de los personajes de Star Wars. Yo quería lo mismo". Y funcionó: los trajes rojos y las máscaras de Dalí comenzaron a aparecer en todos lados, desde protestas contra líderes sexistas y homófobos en Puerto Rico a partidos de fútbol en Grecia. Criminales de la vida real en Brasil, India y Francia planificaron robos similares inspirados en la serie. Stephen King y Neymar apoyaron el programa y Bad Bunny hizo referencia a él en varias canciones. El himno del show, Bella Ciao –una canción folk de protesta escrita por

"T e n g o la im p r e s ió n d e q u e 'L a c a s a d e p a p e l' h a c a m b ia d o la fo r m a e n q u e la g e n t e p e r c ib e la fi c c ió n e n E s p a ñ a . E s u n a v e n ta n a q u e s e h a a b ie r t o " — Ú R S U L A C O R B E R O

proletarios en la Italia del siglo XIX y que después fue adoptada por partisanos antifascistas en la II Guerra Mundial– se convirtió en un hit revitalizado e inspiró varias covers, incluido un remix de Steve Aoki. En la televisión, la banda de ladrones termina ganándose los corazones del público. Lo mismo sucedió en la vida real. Los actores experimentaron una fama instantánea y rara –aún más extraña por el hecho de que era un trabajo que ya habían dejado atrás–. Úrsula Corberó, quien interpreta a la ruda narradora de la serie, Tokio, estalla en una risa eléctrica cuando recuerda cómo se dio cuenta de su estatus de celebridad. A finales de 2017, estaba en una fiesta de Año Nuevo en Uruguay con su novio y su familia. "De pronto todos comenzaron a acercarse a mí diciendo 'Tokio, eres una diosa, eres increíble. Te amo", me cuenta Corberó. Sin entender muy bien lo que sucedía, pensó: '¿Qué probabilidades hay de que las cuatro personas que han visto la serie estén en esta fiesta ahora mismo?'. Miguel Herrán, el actor detrás de Río, un hacker juvenil y el interés amoroso de Tokio, dice que vio sus seguido-

res de Instagram pasar de 50.000 a un millón a lo largo de un viaje en coche de 45 minutos. Esther Acebo, o Estocolmo, llamada así porque es una empleada de banco que había sido rehén antes de cambiar de bando, también estaba abrumada por su súbito éxito en las redes sociales. "Mi teléfono comenzó a sonar como loco, como una máquina de casino en la que se alinean todas las cerezas", dice. "Luego simplemente se apagó". Pedro Alonso, quien interpreta a Berlín, el sociópata residente de la pandilla, asegura que estaba en Florencia admirando la estatua de David, "sólo estudiando esa hermosa escultura", cuando de pronto se dio cuenta de que todos los demás en la Galleria dell'Accademia di Firenze lo miraban a él en vez de a la obra maestra de Miguel Ángel. Pina recuerda un viaje por Italia con los actores poco después de que los fans comenzaran a perder la cabeza. "La gente corría tras nosotros como si fuéramos los Rolling Stones", me dice. "Pensamos: el mundo está al revés. ¿Qué está ocurriendo?". P E R O , ¿ P O R Q U É La casa de papel? ¿Y por qué –no, mejor cómo– nos mantuvo así de cautivos en esta era en que la tentación del entretenimiento constante está a un smartphone de distancia y todos tenemos la capacidad de atención de un pez dorado en una pecera? Bien, para empezar, la serie te atrapa desde el primer minuto y te mete dosis de acción de alto octanaje sin parar por vía intravenosa. Los giros son constantes e inteligentes: piensa en Steven Soderbergh, pero con el melodrama elevado al cuadrado. Además, también conecta con el cabreo general y la indignación que siguió a la crisis financiera mundial. "El propósito de la serie es entretener, pero hay una idea que subyace. El escepticismo hacia los gobiernos, el banco central, el sistema", le dijo Pina a The Guardian el año pasado. ¿Otro atractivo universal? Los personajes son brillantes, bien escritos y, seamos francos, genéticamente bendecidos. Si hay una cosa en que la humanidad puede estar de acuerdo, a pesar de las diferencias, es que disfrutamos de ver a gente guapa peleando y teniendo sexo.


Herrán viste camisa ISABEL MARANT y pantalones LANVIN. Úrsula viste camisa, pantalones y pendientes GUCCI. Elanillo es de ella.


"N o q u ie r o q u e la g e n t e c r e a q u e s ó lo p o r s e r fa m o s o y a e re s f e liz .Y q u e e l a m o r, e l d in e r o , e l tra b a jo y la v id a e s t á n g e n ia l p o r q u e e r e s p o p u la r " —

Después del éxito de las dos primeras entregas, Netflix llegó a Pina con una propuesta para revivir el show de cara a una tercera temporada. Así que en la segunda mitad de 2018, volvió a juntar a la plantilla, satisfaciendo sus ganas de atracar, presentándolos en un intento de robo al Banco de España, en particular sus reservas de oro. Atrás quedaron los días de mecerse en una hamaca tratando de encontrar formas de ahorrar costes. El apoyo de Netflix implicaba algo importante: dinero. Muchísimo. Javier Gómez Santander, el guionista jefe, recuerda los efectos más inmediatos de este cambio. "Siempre me pregunté: '¿Cómo sería escribir con un gran presu-

A b r ig o B O S S , b o d y W O L F O R D , p a n ta lo n e s D I O R y z a p a to s G U C C I .

puesto?", dice. "Y te das cuenta de cómo es cuando escribes en tu guion que realmente lloverá dinero y sucede. Cuando escribes en el guion, 'Esto se lleva a cabo en Panamá o en las Filipinas', y nadie dice que no. Realmente sucede". Aunque La casa de papel concluye este invierno, su éxito global será estudiado en años venideros por los ejecutivos. Es evidente que las reglas del entretenimiento han cambiado en tiempo real, y Netflix, presente en más de 190 países y con un algoritmo tan poderoso que da miedo, es el gigante indisputado en este

M IG U E L H E R R Á N

nuevo panorama. La plataforma hace que sea posible ir de un lugar a otro para ver la República de Weimar desde Alemania (Babylon Berlin), una serie de terror sobrenatural de Egipto situada en los años 60 (Paranormal) o un drama medieval zombie de Corea del Sur (Kingdom), todo desde la comodidad de tu sofá. El streaming hace una abolladura en la hegemonía cultural estadounidense al permitir a los espectadores acercarse a historias de todo el mundo directamente –aunque no siempre en su forma original–. Los programas extranjeros se muestran doblados en la aplicación para quienes los ven por primera vez, por ejemplo, debido a la suposición basada en datos (aunque quizá no siempre correcta) de que esto hará que más personas los vean. La casa de papel, en parte, impulsó a Netflix a invertir en la calidad y la amplitud de sus opciones en otros idiomas, expandiendo la noción de la audiencia target de un programa. También expandió la idea de lo que convierte una historia en global. Netflix le proporcionó una audiencia masiva a los creadores de La casa de papel, pero no alteró su ADN. "No queríamos darle la espalda a España. Tenemos esta pasión latina", explica Coleman. "No traicionamos esta esencia en la tercera y cuarta temporadas. De hecho, en realidad tuvi-


mos referencias españolas muy específicas, incluso más de las que incluimos en las primeras dos temporadas". En vez de reducir las idiosincrasias culturales buscando llegar a un común denominador grande y vacío, triunfaron al emplear algo de sabiduría clásica: Lo particular es universal. Y el éxito de La casa de papel es una lección que siempre vale la pena ver fuera de tu burbuja, especialmente si tu burbuja es un país que cree que es el centro del universo. Es decir: a la serie no le fue tan bien en las áreas de habla inglesa como en otras partes del mundo, pero aún así superó a Tiger King en espectadores. México quizá tuvo que ver al respecto, ya que es una de las audiencias más grandes de Netflix. Para Netflix, La casa de papel no cambió su estrategia per se, pero sí la reafirmó. "Sólo ratifica el hecho de que una gran historia puede venir de cualquier lugar", dice Ávalos. "Ya no es sólo Hollywood quien decide las historias que funcionan en todo el mundo". Los actores sienten el cambio también. "En España puedes escuchar a la gente decir 'Oye, me gusta la serie aunque sea española'. Ésa era la forma en la que se hablaba de ella", dice Acebo. "Tengo la impresión de que La casa de papel ha cambiado la forma en que la gente percibe la ficción en España. Es una ventana que se ha abierto". Eso incluye espacio para la crítica: Herrán, por ejemplo, piensa que su personaje pudo haber sido "mucho más" interesante. "Soy un hacker que, en cuatro temporadas, nunca toca una computadora", dice sonriendo. "También, la forma en que manejo mi relación con Tokio. Hay cosas que personalmente hubiera hecho diferentes. Pero, de nuevo, quizá por eso la serie es un éxito, porque los profesionales son los que la manejan". La serie ha reorientado las carreras de sus actores de maneras muy significativas. Antes, para tener éxito internacional tenías que pasar por Hollywood o por Pedro Almodóvar. Pero hablemos de Úrsula, que ha protagonizado la cinta de acción Snake Eyes este verano y tiene el potencial más alto de pasarse a ese lado. "Imagina que eres una actriz española. Antes, si querías trabajar en Estados

Unidos, tenías que ir a Estados Unidos", dice. "Ahora, sin dejar sus hogares, ellos ven una serie en Estados Unidos que ni siquiera es en inglés. Es una serie española. Esto me llena de orgullo". U N O S D Í A S A N T E S de que se filmara el final de La casa de papel, todo el guion fue desechado y se empezó desde cero. Los escritores siempre habían trabajado todo hasta el último minuto, a la vez que la filmación, pero esta presión era algo más. Después de todo, estaban tratando de clavar el final mientras un porcentaje formidable del planeta les miraba, como si estuvieran llegando a la Luna. "No dormíamos", me dice Gómez Santander. "Estábamos todos al teléfono desde primera hora de la mañana. Estábamos obsesionados. Le dije a Álex que no iba a tener una noche decente de sueño en mi vida hasta que escribiéramos algo que nos gustara". Corberó asegura: "No sé qué me pasó en las últimas dos semanas, pero no podía dejar de llorar. Incluso tuvieron que dejar de filmar". Herrán cree que a los espectadores les gustará el final, "pero por una simple razón: a la mayoría de la gente le gusta lo que a mí no, como las series y cosas cuyo éxito es un misterio. Así que me preocuparé el día en que crea que algo va muy bien".

"U n a g ra n h is t o r ia p u e d e v e n ir d e c u a lq u ie r lu g a r. Y a n o e s s ó lo H o lly w o o d q u ie n d e c id e q u é h is t o r ia s f u n c io n a n e n to d o e l m u n d o " D IE G O Á V A L O S

Las estrellas de La casa de papel aún están procesando cómo ser famosas. Corberó y Herrán, los dos nombres más importantes, me dicen que han pasado la mayor parte del tiempo en sus hogares de Madrid para evitar llamar la atención. Corberó dice que buscó terapia para procesar el cambio. "Es importante hacer cosas como ésa, para mantener los pies en el suelo". Herrán, mientras tanto, ha sido muy abierto sobre el efecto de la fama en su salud mental. "Siempre le pregunto a la gente cosas que me parecen interesantes en redes sociales, como '¿Eres feliz con la sociedad en la que vivimos?', y la gente no es feliz", dice. "No quiero que la gente crea que sólo por ser famoso ya eres feliz. Y que el amor, el dinero, el trabajo y la vida están genial porque eres popular. Soy humano como todos los demás". Los fans piden spin-offs, y aunque Pina no confirma si tiene algo entre manos, dice que cree que Tokio, El Profesor, Berlín y Denver podrían tener uno. En cualquier caso, la máquina de perpetuo movimiento de Netflix sigue funcionando: está en proceso de producir un remake en Corea del Sur liderado por el director Kim Hong-sun. Los creadores mantienen los detalles de la última temporada de La casa de papel en secreto, pero me dicen que ha sido pensada como una especie de guerra. Como el punto de quiebra más alto entre los amados personajes y el Estado, con todo el desorden, intensidad y complejas decisiones que ello desencadena. Es una última oportunidad de presumir un poco, de mostrar lo grande que se ha hecho desde los primeros días. "Construimos un set entero –este set enorme que sólo duró un minuto y medio antes de que lo hiciéramos explotar", comparte Ávalos emocionado. Y también, inevitablemente, incluirá algo de dolor o, como dice, Colmenar: "Una guerra sin víctimas es difícil de hallar". Pero sin importar el resultado, han logrado convencer al mundo de que contemple una pequeña historia local. ¿No es eso en sí mismo una victoria? GROOMING: AMPARO SÁNCHEZ PARA XARTIST MANAGEMENT. MAQUILLAJE Y PELUQUERÍA: RAQUEL ÁLVAREZ PARA XARTIST MANAGEMENT (ESTHER). MAQUILLAJE Y PELUQUERÍA: IVÁN GÓMEZ PARA XARTIST MANAGEMENT (ÚRSULA). SASTRERÍA BY MARÍA ISABEL MADRID. PRODUCCION: NORTH SIX. LOCALIZACIÓN: LECLAB MADRID.




M U C H A S C O S A S H A N C A M B I A D O desde que hace 25 años su single Lovefool sonase en las emisoras de medio mundo, otorgando a la joven banda recién establecida en Mälmo una fama mundial repentina y duradera hasta el día de hoy. Al margen del receso que la banda se ha tomado desde hace 16 años, Persson ha estado ocupada editando un disco en solitario (Animal Heart, 2016), además de empezando otra formación –A Camp– junto a su marido (el productor estadounidense Nathan Larson) y el músico sueco Niclas Frisk. Además, tras más de diez años viviendo en Nueva York, en 2015 trasladó definitivamente su residencia familiar a su Suecia natal, donde desde principios de año compagina sus horarios de mentora en el Conservatorio Superior de Copenhague. Dibuja una mueca divertida al mencionar el puesto, como si en cierto modo aún le costase creérselo. "Es curioso, porque está siendo un ejercicio realmente enriquecedor. Creo que acepté el puesto porque yo carezco de formación académica musical, así que estoy aprendiendo mucho de este trabajo y de mis alumnos". En este sentido, la pandemia le ha dado una nueva perspectiva a su profesión, sobre todo desde el punto de vista personal. "Creo que siempre he preferido la composición, ya que era el momento en el que tenía más libertad. Ir de gira siempre era muy exigente", explica. "Pero creo que ahora el proceso se ha invertido un poco", dice entre risas.

C O M O C A S I T O D O L O Q U E H A C E , Nina trabaja de una forma bastante única: no tiene agente de booking ni promo, es totalmente independiente. Algo impensable cuando empezó en los 90, en una industria que, según dice, ha cambiado "sustancialmente en los últimos diez años". "En especial por la tecnología. Creo que ahora es mucho más fácil establecerte por tu cuenta si eres mujer, porque no necesitas ese tipo de supervisión", declara. "Espero que también se traduzca en más oportunidades para jóvenes intérpretes y productoras". Viviendo de la cuna de la producción de éxitos pop, surge la duda de si no ha valorado establecerse por su cuenta y producir a otras bandas. "No creo que sea lo mío, la verdad. Hay cosas que es mejor dejar como hobbies… Por ejemplo, he empezado un taller de cerámica, pero no pretendo hacer carrera de ello", dice bromeando. "De igual modo, producir me sale de manera natural con mis temas, porque en cierto modo sé que tratamiento darles, pero es un poco como vestir a mi hijo; no sé si podría hacerlo con los hijos de otros". Todo queda en familia. Sobre todo, desde que su pareja entró a formar parte de la composición y producción de Animal Heart, el primer (y hasta la fecha, único) disco en solitario de la cantante. "Gra-

FOTOGRAFÍA: CORTESÍA DE FESTIVAL CONTRAST IBIZA.

en punto cuando Persson (Örebro, 1974) saluda en la pantalla desde el escritorio de su casa de Mälmo con un suéter otoñal, una fina sonrisa bajo sus gafas de pasta y el pelo recogido en una coleta. "Realmente vengo de una familia muy musical, en la que se escuchaba mucho folk y música instrumental, aunque nadie tocaba ningún instrumento", recuerda sobre sus inicios en The Cardigans, banda para la que fue reclutada por tener un vinilo de The Stone Roses y compartir fanatismo por The Smiths con el resto de miembros del grupo. "De hecho, nunca toqué ningún instrumento ni pensé en formar una banda, fue algo bastante inesperado".

N O E S L A P R I M E R A V E Z Q U E P E R S S O N explora otros caminos profesionales dentro del espectro artístico. En 2006 protagonizó la cinta sueca God Willing y apareció en un documental basado en la figura de Dolly Parton (I’m My Own Dolly Parton), en el que habla abiertamente sobre la enfermedad que superó (tuvo cáncer cervical) junto a otras cinco mujeres que también exponen su experiencia de un modo resiliente y ejemplar. "Son diferentes facetas que en su momento me apetecía probar. El papel en la película fue una forma de probarme a mí misma que podía hacerlo y, de paso, reforzar unas capacidades que podía llegar a perfeccionar", explica. "Siento que la interpretación o el teatro que estudié cuando era joven son herramientas que me han ayudado a desarrollarme como artista después". Se refiere, sobre todo, a su faceta musical en solitario, algo que siempre ha afrontado "más cohibida en el escenario que con la banda". "Aún recuerdo lo liberador que fue cuando pude soltar el micrófono y dar vueltas o saltar por el escenario".


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que Persson fundó en 1998], y después, porque él tiene una sensibilidad extraordinaria sobre todo a la hora de trabajar con mujeres compositoras. Es algo realmente sobresaliente", comenta la artista. A D E M Á S D E L A R S O N Y F R I S K , M A R K L I N K O U S (productor de A Camp y también de su proyecto homónimo en solitario) o Nick Seymour (Crowded House) son quienes habitualmente rodean a la intérprete, aunque más recientemente haya sido Martin Hederos (teclista de The Soundtrack of Our Lives) el responsable de acompañarla al piano en sus más recientes shows en solitario. Con él ya visitó Mallorca hace unos meses ("¡en el primer día sin confinamiento!", recuerda emocionada) y ahora pasará por la edición ibicenca del Festival Contrast, el 16 de octubre. "Ha sido muy divertido preparar este formato en directo con Martin, porque Lovefool tiene un estilo muy particular, así que es todo un reto y a la vez algo que nos apetecía mucho adaptar después de… ¿30? No, espera sólo 25 años", dice con un ligero tono de incredulidad. En el repertorio incluirán versiones de algunas de las canciones favoritas de ambos, como las de Leonard Cohen o Rufus Wainwright; un elemento que no sorprende en absoluto

teniendo en cuenta que The Cardigans tuvieron un éxito considerable en sus inicios gracias a algunas covers (como las de Black Sabbath). "Ha sido como hacer una playlist conjunta", añade, divertida. Tampoco sabe con quién le gustaría colaborar ("ésta es siempre la pregunta más difícil", añade), quizá por sus prolíficas y también encontradas experiencias hasta la fecha con algunos de sus artistas favoritos. A lo que añade escuetamente: "A veces sigo pensando que es mejor no conocer a los artistas… Ya sabes, quedarse con ser sólo un fan". A U N Q U E A S E G U R A N O disponer de música nueva en el horizonte, al menos antes de que acabe el año todavía tiene que retomar una gira con The Cardigans (pospuesta por la pandemia) y una colaboración a dúo junto a la cantautora sueca Julia Logan, que se estrena en octubre. "Además ahora trabajo para el gobierno, así que este trabajo tampoco me va a durar para siempre", apunta riendo.


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P O C O D E S P U É S D E R E C A L A R en el barrio de La Mina, en San Adrián de Besós (Barcelona), un muchacho de 15 años llamado Juan José Moreno Cuenca robó un coche junto a su particular banda de hermanos. Todos ellos menores de edad, todos ellos delincuentes, todos ellos adictos. La noche terminó con los chicos atropellando reiteradas veces a una mujer hasta matarla, suceso que (tras el desgarrador testimonio en prensa de su marido) sirvió para poner de manifiesto una realidad de la que Moreno Cuenca, alias "El Vaquilla", se convirtió en mascarón de proa: la aguda sensación de crisis económica e incertidumbre social propias del tardofranquismo habían creado, especialmente en las zonas más depauperadas de ciudades industriales, un nuevo tipo de criminal. Chicos y chicas marginales, sin esperanza en un futuro inexistente, que vivían a salto de mata y sólo podían pensar en cómo el siguiente tirón de bolso podría darles suficiente pasta como para pasar un fin de semana de éxtasis químico. Y vuelta a empezar, al menos hasta que la sobredosis o la cárcel entrasen de golpe en la ecuación de sus días salvajes. Javier Cercas se inspiró en la vida, milagros y golpes de "El Vaquilla" para crear a Zarco, el alegre bandolero protagonista de su novela Las leyes de la frontera (Mondadori, 2012). En concreto, el escritor se preguntó cómo era posible que él mismo, joven emigrante extremeño en la Gerona de los años 70, no hubiera acabado siendo uno de los protagonistas de la exposición Quinquis dels 80. Cinema, premsa i carrer, que el CCCB inauguró en primavera de 2009. En ella se exploraban las conexiones entre esa delincuencia menor que copaba los titulares de la prensa sensacionalista durante los primeros años de la Transición y un tipo de cine popular que, a raíz de la fundacional Perros callejeros (1977), mitificó en tiempo real a estos quinquis de barrio, llegando a crear en torno a ellos todo un star system de derribo. No es de extrañar, pues, que Las leyes de la frontera también haya acabado convirtiéndose en película, si bien al director Daniel Monzón y a su guionista, Jorge Guerricaechevarría, sólo parece haberles interesado su primera parte, más trepidante y romántica que el resto de un libro que funciona como contrapunto social, casi a pie de calle, del apasionante ejercicio de exhumación histórico-ideológica que fue Anatomía de un instante (2009). Tiene sentido, en realidad: si "El Vaquilla" debía volver a caminar por la gran pantalla reencarnado en Zarco (atención, por cierto, al enmudecedor trabajo que realiza el joven actor Chechu Salgado), estaba claro que debía imprimirse la leyenda. La chispa de Perros callejeros y, por tanto, de todo el cine quinqui, fueron precisamente las historias que los jóvenes de La Mina le contaron a su di-

rector, José Antonio de la Loma, sobre noches como aquella del atropello con ensañamiento. Veterano del género criminal —suyos son los guiones de clásicos como Almas en peligro (1951) o El presidio (1954) —, De la Loma decidió pasarse a la crónica del lumpen y, aún más importante, contar con Ángel Fernández Franco, alias "El Torete", como protagonista, decisión que marcaría un antes y un después en el cine español. Así, un quinqui se interpretó a sí mismo en un drama social con generosas dosis de paternalismo impostado que, a la postre, estaba basado en las andanzas de

otro icono de la generación perdida. Su éxito fue tal que no sólo propició una secuela directa, Perros callejeros II (1979), sino que también animó a otros cineastas a valerse de la misma fórmula ganadora para retratar una realidad recién extraída de las páginas de sucesos. A U N Q U E L O A P A R E N T E , Las leyes de la frontera no es una película quinqui. Monzón retrata la época desde la distancia del presente y con una sensibilidad muy distinta a la de, por ejemplo, Eloy de la Iglesia, el otro gran autor del cine quinqui. Títulos


FOTOGRAFÍAS: ÁLBUM ONLINE, CORTESÍA DE WARNER.

como Navajeros (1980), Colegas (1982) o El pico (1983) se acercan al mismo problema desde una óptica más naturalista. En ocasiones, sobre todo en lo referente a las drogas o el sexo, su cine parece más interesado en la denuncia social que el de De la Loma, quien nunca pudo esconder cierta vena sensacionalista. De la Iglesia se sentía más próximo a sus personajes, para lo bueno y para lo malo, por lo que la cruedeza de algunas imágenes servía en todo momento para reforzar una tesis incómoda: que los crímenes quinquis no eran más que una consecuencia aberrante de la desigualdad generada por la clase política, las fuerzas del orden o la burguesía, que siempre aparecen como estamentos opresores y podridos por la corrupción. Si Monzón se ha fijado en algún hito de esta edad de oro, ése podría haber sido Deprisa, deprisa (1981), de Carlos Saura, brillante estudio de la marginación juvenil que trasciende las vicisitudes de su argumento para alzarse como una de las mejores películas sobre un país que experimentó graves problemas de crecimiento social tras

A la izquierda, Begoña Vargas se apoya en una recreativa durante una pausa en el rodaje de Las leyes de la frontera. Abajo, la actriz se une a Xavier Martín, Chechu Salgado y Marcos Ruiz para completar la banda: cámbiese de acera silos ve venir de lejos, pues nunca llevan buenas intenciones.

pasar 40 años sepultado. O quizá en la Barcelona Sur de Jordi Cadena, estrenada también en 1981 e interesada en la perspectiva de unos personajes femeninos que, como el interpretado por Begoña Vargas en Las leyes de la frontera, tienen una identidad real, algo raro de ver en el cine quinqui. N O H A Y M E J O R anécdota para ilustrar la estrecha relación de simbiosis entre cine y realidad que recordar cómo José Antonio de la Loma llegó a asumir la tutoría legal de Juan José Moreno Cuenca. Su relación creativa cristalizaría finalmente en Yo, "El Vaquilla" (1985), biopic oficial con el que podemos considerar que se cierra el cine quinqui de primera generación (después vendrían apropiaciones más o menos afortunadas, pero desligadas ya del fenómeno real). En él, así como también en Las leyes de la frontera, se intenta explicar por qué estos navajeros quisieron vivir tan deprisa como John Dillinger: al igual que él, sabían que la muerte era preferible a un sistema penitenciario que, en fin, nunca les dio una maldita oportunidad.

Sesión triple en elcine de barrio: con Perros callejeros (1977), José Antonio de la Loma acuñó una mezcla entre escapismo y cinema verité que tendría en las posteriores Navajeros (1980) y Yo, "El Vaquilla" (1985) dos de sus ejemplos más representativos. Viéndolas, tienes la sensación de que son pelis peligrosas.


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a tu E v a n M o c k , , desde las pasarelas hasta la pr e r b o o t a o g t o d n e i s G t a o s d s e i lp de moda pronta de la esquina, te G i r l . H a r r y S t y l e s , de que el estilo college ha hc h o a m l e e c n o a j d e e a n p d u o n t e o l c o n varsity con iniciales o v e j a s q u e p o p u l a r i z ó pechera, L a d y D i , i c o n o f a s h i o n in d is c u tib le . J o h n J o h n de punto, polos de rugby, K e n n e d y y C a r o l y n en tonos pastel, pantalones B e s s e t t e , l a p o w e r c o u p le d e lo s 9 0 . tines odas estas prendas representan hoy códigos fashionistas que se concretan y sintetizan en una corriente estética prácticamente inmortal: el preppy. Puestos a buscar las razones de este regreso, señalar al reboot de la serie Gossip Girl es la más sencilla de ellas. Sin embargo, aunque es una de las causalidades, tanto la vuelta del show como el estilo preppy son sólo la punta del iceberg del "nuevo" gusto que se nos viene encima. Durante meses estuvimos confinados en casa surfeando el coronavirus y haciendo del chándal nuestro uniforme de trabajo. Por ello, llegados a este punto y transcurrido un año y medio de aquel encierro, surge la necesidad de quitarse el pijama, vestirse con algo diferente y, por supuesto, salir de casa a pavonearse; y esta idea de buscar justicia para el año que la pandemia nos robó es lo que se ha bautizado como "compra por venganza". Vuelve el deseo por dejarse ver y ser visto, aunque sea en un paseo de camino al baño del restaurante, como declaraba el diseñador Michael Kors. ¿Esto qué significa, se nos ha olvidado ya la idea de consumo responsable –compra menos pero compra mejor– que llevan predicando las marcas desde hace tiempo? No del todo. El aumento de las cifras de ventas en el mundo del S I

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FOTOGRAFÍAS: GETTY IMAGES, CORTESÍA DE LAS MARCAS, SIMBARASHE CHA (IMAGEN DE STREET STYLE).

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lujo –potenciada principalmente por el mercado en China– corrobora que esta máxima sigue vigente. Esto es, el consumo de piezas se ha reducido en favor de invertir en otras de mayor precio pero más atemporales y perdurables en el tiempo. Por eso muchas firmas de lujo han apostado por reeditar sus clásicos, para hacer caja. La gente comienza a invertir, como si de oro se tratase, en prendas que duran mucho tiempo y, a la vez, son iconos reconocibles, lo que además otorga el valor añadido del estatus, del poder. Esto es, la inversión ya no tiene únicamente un componente responsable, sino de demostrar el poderío y que llevas la billetera bien aireada. De ahí que vuelvan todos aquellos referentes que, además de iconos de estilo, se consideraban niños bien: los preppies en los 60 o los yuppies de los 80 con John John Kennedy a la cabeza, sin obviar a la siempre presente Lady Di. No es casualidad que la Generación Z haya comenzado a buscar en tiendas de segunda mano todas esas piezas para emular a estos referentes. Unos referentes que hasta ahora eran ajenos a su ideario, pero que reconocen como símbolo de poder gracias a la cultura popular. Se rifan las camisetas, gorras o sudaderas serigrafiadas con logos de las universidades de la Ivy League o de empresas que cotizaban al alza en los mercados bursátiles. En este caso la rapidez de las redes sociales se adelantó a las creaciones de las firmas, las cuales se apresuran ahora a reproducir esos códigos. La logomanía que se estampa en todas las colecciones es quizá la respuesta más evidente a esta fiebre juvenil, porque no hay nada más clásico, reconocible y poderoso que mostrar un logo multiplicado cientos de veces. P 0 R

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, no es de extrañar que además de

estas prendas logografiadas, hayan vuelto (ya despojadas de sus etiquetas negativas de irritante pijerío) prendas como el Barbour –que ahora redibujan firmas streetwear como Noah o Supreme–, las sudaderas universitarias –que Jacob Elordi y Kaia Gerber, la power couple del momento, no dejan de llevar– o los mocasines de niño bien que hoy calzan los tipos más cool del planeta con calcetines blancos. Por no mencionar los trajes oversize, preferiblemente cruzados, que los yuppies de principios de los 90 convirtieron en su uniforme de mercenario capitalista. Nos vendieron retorcidamente que el menos es más. Sin embargo, ese sibilino minimalismo escondía entre sus entretelas una doblez mayor. Los años 90 nos despojaron del exceso evidente, pero con cada puntada se confeccionaba una red de dinero, exceso y poder estético. Aunque más sencillos en apariencia, los trajes tenían más tela, los relojes brillaban más y las acciones se vendían a voz en grito en Wall Street. Ahora aquella vida con dinero rebosante en los bolsillos apenas es un espejismo. Sin embargo, el deseo de amasar el poder nunca ha desaparecido de nuestra sociedad. Hoy en día, llevar una sudadera de la Ivy League o de una empresa de yates ni te convierte en alumno preppy ni en propietario de un yate, pero te asocia de alguna manera a sus connotaciones socio-culturales históricas. Por ello, aunque la moda diga misa, llegado el momento de regresar a la calle y pavonearse, siempre volvemos a aparentar aquello que nos hizo sentir que un día fuimos poderosos. 1 0 1

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FOTOGRAFÍAS: CORTESÍA DE LAS MARCAS. COLLAGE: JUAN LUIS ASCANIO.

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El cantante cerró el año 2020 en la portada de Vogue, con un vestido de Gucci y siendo la persona más influyente del mundo de la moda. Muchos aseguraron que fue su año, pero lejos de ser flor de un día, el artista no se ha quedado rezagado en 2021. Cada aparición suya supone un revuelo fashionista que derriba convenciones sobre lo que debemos o no debemos vestir, y su punto álgido del año (por el momento) han sido los looks de Gucci que llevó en los Premios Grammy, concretamente las boas de plumas con las que remató sus trajes, una en lila para su americana amarilla de cuadros y otra en verde para su traje de cuero negro. El artículo se agotó tras su actuación y las visitas a las páginas de boas de plumas se dispararon más de un 1.500% en las 48 horas siguientes a su actuación.

u e m ’. a r e n lo lo s a n . r s ’.

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A la iz d a ., H a r r y S ty le s c o n s u s b o a d e p lu m a s . A la d c h y d e a r r ib a a b a jo : D r a k e , g e n io d e l m e r c h a n d is in g ; L il N a s X , c o n u n a d e s u s fa ld a s ; K a n y e W e s t, a b s o lu to r e y s tr e e tw e a r ; y T im o t C h a la m e t, e l c h ic o d e o ro .

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Su último álbum, Certified Lover Boy, ha roto el récord de escuchas al convertirse en el más reproducido en sus primeras 24 horas. Un título que el cantante ha revalidado, puesto que ya lo ostentaba con su disco Scorpion de 2018. ¿Qué tiene que ver esto con la moda? Que a esta nueva compilación la acompaña una colección cápsula de merchandising diseñada en colaboración con Nike y que ya ha causado furor entre sus seguidores: justo después del anuncio, las búsquedas de la firma americana subieron un 37 % en Lyst y crecieron hasta un 58% el día de la publicación del disco. Tras el éxito con la división fashionista de OVO, su proyecto discográfico, y la línea Nocta, creada también con la casa del swoosh, se espera que las camisetas de Certified Lover Boy se conviertan en las piezas de merchandising más deseadas de la historia.

ra a pasos agigantados. Prueba de que, según The Lyst Index,

The Tonight Show de Jimmy Fallon una falda tableada de Louis V te queer y

tres looks icónicos de Versace, firma cuyas búsquedas crecieron un 45% después de ver al cantante de Montero.

FOTOGRAFÍAS: GETTY IMAGES.

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Cada movimiento del rapero se estudia de manera asbolutamente escrupulosa, tanto en lo musical como en lo estético. Se puede decir que, con sus looks, es uno de los responsables de impulsar la corriente streetwear que ha dominado con firmeza la última década. Prueba de ello es el imperio de zapatillas Yeezy que ha creado junto a adidas, el cual crece de manera exponencial con cada drop que lanza. Su último delirio creativo han sido las fiestas de escucha de su polémico álbum Donda. Para ello, West estrenaba nuevo armario cubriéndose, literalmente, de pies a cabeza. pesar de su vanguardista imagen, sus seguidores no cejaron en su intento por copiar al ídolo, y tras su evento en Atlanta las búsquedas de cazadoras rojas crecieron un 73%. ¿La razón? El artista apareció luciendo la round jacket que había creado para la colección cápsula Yeezy x GAP.

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Para presentar la película Dune en el Festival de Venecia, el actor escogió un total look negro repleto de lentejuelas y firmado por Haider Ackermann. Inmediatamente se convirtió en la última sensación causada por Chalamet. Las imágenes se repartieron entre halagos por todo Instagram e inspiraron a los consumidores de moda masculina: las visitas para la marca crecieron un 138% en las 24 horas siguientes y la demanda de los anillos y pulseras como los que lucía el intérprete aumentaron colectivamente un 40%. No todo queda ahí. Días después se presentó en la MET Gala con chaqueta de esmoquin del mismo diseñador, pantalón de chándal y las clásicas Converse Chuck 70. Justo después de que pisara la alfombra roja, las búsquedas de estas zapatillas en internet crecieron un 191%. Y aún queda Chalamet para rato. 1 0 7



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ESTILISMO: BJELLAND + CLOSMORE.

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FOTOGRAFÍAS: MARTIN BROWN. ESTILISMO: JOHNNY MACHADO PARA JUDY CASEY INC. (LORO PIANA, ISABEL MARANT Y THOM BROWNE). CORTESÍA DE LAS MARCAS (LOUIS VUITTON MEN’S, EMPORIO ARMANI, BRUNELLO CUCINELLI, OMEGA, PRADA, LOEWE, 1017 ALYX 9SM, CANADA GOOSE Y GRAMICCI).

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G E N T L E M A N D R I V E R E l le g a d o d e K r is V a n A s s c h e e n B E R L U T I s ig u e v iv o e n p ie z a s c o m o e s te a b r ig o a c o lc h a d o p a r a c o n d u c ir : e n s ó lo tr e s a ñ o s , e l d is e ñ a d o r b e lg a h iz o q u e e l p rê t-à -p o r te r d e la m a r c a lla m a r a ta n to la a te n c ió n c o m o s u c é le b r e c a lz a d o . M

I M S p c FOTOGRAFÍAS: MARTIN BROWN. ESTILISMO: JOHNNY MACHADO PARA JUDY CASEY INC. (FENDI MEN'S Y ALEXANDER MCQUEEN). CORTESÍA DE LAS MARCAS (BERLUTI, DUNHILL, DOLCE & GABBANA, NEEDLES, DIESEL, BODE, HERNO, MONCLER, BALLY, JACQUEMUS Y GIVENCHY).

a e M m e S N O W P A N T S C o n o c e m o s D I E S E L p o r s u d e n im , p e r o e s ta te m p o ra d a q u é d a c o n e s to s p a n ta lo d e e s q u í lig e r a m e a c a m p a n a d o s , q u p u e d e s lle v a r c o m u n o s je a n s n o r m a

S I N G É N E R O P a ñ u e lo s e n la c a b p e r la s , e n o r m e s g a fa s d e s o l y a h o e s te é p ic o c á r d ig a d e D O L C E & G A B B A N A c o n b ro c h e s e n v e z b o to n e s . P o d e m o s d a r p o r te r m in a d o a s a lto a l a r m a r io d la a b u e la .

B O I N A V S u a v e y e n c o m o u n a b o in a d e in N E E D L E u n a c h a q u d e p e lo la r c a b e z a .

E J O R P O S I B L E e g u ro q u e e s tá s e n s a n d o q u e e s ta h a q u e ta d e s e d a c o lc h a d a a z u l lé c tr ic o d e F E N D I E N n o p u e d e s e r e jo r. P u e s a p u n ta s to : e s r e v e r s ib le .

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ST YL E

VENECIA

OCT.21

ESPECIAL

OTOÑ0 / INVIERNO

UNA

GQ STYLE

DOLCE La pandemia nos ha mostrado que necesitamos muy poco para vivir. Y la moda, quizás, es la más importante de las cosas sin importancia. Pero una cosa es vivir y otra ser felices. Una cosa es vestir y otra es celebrar. Sin la extravagancia de lo innecesario, qué sería de la belleza, del arte, de la artesanía, de todo aquello por lo que merece la pena respirar… Dolce & Gabbana lo sabe muy bien. Y su desfile de Alta Sartoria, inspirado en Venecia, es el vivo ejemplo. POR REDACCIÓN GQ


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FOTOGRAFÍAS: CORTESÍA DE DOLCE & GABBANA.

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a una crisis no es el éxito: es la felicidad. Después de meses sin poder salir, de miedo, de pérdidas, de incertidumbre, toca reponerse y sí, volver a ser felices. Después de meses sin desfiles de moda –a pesar de que muchos replantearon su necesidad o apostaron por fórmulas diferentes– parece que las marcas han decidido que su éxito, y su felicidad, pasan por volver a levantar el telón como siempre han hecho. Y en el caso de Dolce & Gabbana, que suelen apostar siempre todo a doble o nada, que han hecho del riesgo su virtud, esa vuelta a la normalidad pasaba por hacer el desfile… más grande de su historia. Felicidad, pero a lo grande. Así que su Alta Sartoria de este año no fue –sólo– un desfile como tal, sino una experiencia de varios días en la localización más fastuosa y bella posible. Hubo moda, bailes y presentaciones con Venecia como telón de fondo. Un momento que ya era especial, pero que lo fue de una manera, quizá, inesperada: con la advertencia del riesgo de lluvia sobre la mesa, los Dolce & Gabbana decidieron adelantar una hora el desfile…, pero llovió. Y lejos de traer el desastre, la lluvia trajo consigo un momento icónico. Si querían que el desfile se recordara, la meteorología les dio incluso cierta eternidad. Al tiempo que los modelos empezaban a pasear por una gigantesca pasarela de espejo en mitad del Arsenal de L O


“Hacemos lo que hacemos porque es lo que se debe hacer, porque nos encanta”, aseguró Domenico Dolce tras el desfile de Alta Sartoria.

Venecia, el cielo se oscureció; y mientras un trío de modelos saltaba a la pasarela con unos lujosos trajes de satén, el cielo desató una descomunal tormenta de granizo. No una lluvia sencilla que invita a bailar. Granizo. Pero qué maravilla. Cada temporada de Alta Sartoria incluye referencias artísticas y artesanales de la ciudad donde se presenta, y Venecia tenía el oro, los cristales, los diamantes, las plumas, el exceso bien entendido, la fiesta, la belleza de lo antiguo. También un cielo color vino que cientos de pintores han retratado. Llovió, sí, pero la experiencia fue un increíble juego de referencias a la arquitectura y la artesanía. Una representación literal del Puente Rialto bordada en los jerséis, chaquetas y vestidos de noche; la construcción de sus monumentales iglesias y palacios representada con cuentas, piedras y cristales; una recreación de los mosaicos de piedra que adornan la fachada de la Basílica de San Marcos, pero con cristal de Murano… Sin duda, Venecia era la inspiración y no la excusa de un escenario bello. La colección es puro Dolce & Gabbana, lo que significa también puro goce (la Alta Sartoria entendida como el placer de disfrutar de las cosas bien hechas, de los tejidos, de la sensualidad del tacto, el arte de la artesanía) y por extensión, pura felicidad. Porque necesitamos ser felices y porque era lo que tenían que hacer, ¿no? "Hacemos lo que hacemos porque es lo que se debe hacer, porque nos encanta", dijo Domenico Dolce tras el desfile. Qué importa la lluvia cuando nos estamos jugando nuestra alegría. Una vez que llueve… ¿y vamos a escondernos?

La ciudad de Venecia queda retratada por sus monumentos históricos, como el Puente Rialto, pero también por eloro, los diamantes, las plumas, elexceso bien entendido, la fiesta, la belleza de lo antiguo y su cielo color vino.


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Nueva York, el diseñador de sneakers Salahe Bembury, que vive en Los Ángeles, decidió que quería ver a su viejo amigo Action Bronson. Ambos se encontraron en una piscina de olas de Nueva Jersey para hacer bodysurfing y luego fueron juntos a ver partidos de los Knicks con entradas casi a pie de pista. Durante uno de los encuentros, Bronson, quien vestía una camiseta de Patrick Ewing de los 90, se llevó una ovación cerrada del público. En la retransmisión también se pudo ver a Bembury con el gorro que ha convertido en una de sus señas de identidad. La

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relación entre Bembury y Bronson comenzó, como le suele ocurrir al primero, a raíz de unas sneakers. "Muchas de mis relaciones empiezan con un 'Hey, te mando unas zapatillas", cuenta. "Y ahora tengo unos cuantos amigos que son bastante conocidos". El propio Bembury ya empieza a ser bastante famoso gracias a su posición como uno de los colaboradores más demandados de la industria sneaker. No gestiona una marca o una tienda de lujo, simplemente es muy bueno diseñando y vendiendo zapatillas, algo que aprendió en el sello Yeezy de Kanye West antes 1 1 6

B e lo s d e h a s u S p

m b u ry , c o n p a n ta lo n e s c h á n d a l q u e c re a d o p a ra p r o p ia m a r c a , u n g e .

de construir el catálogo de sneakers de Versace. Por el camino se granjeó un perfil público que le identifica con una nueva estirpe de diseñadores de zapatillas que son casi tan famosos como las celebrities que luego compran sus creaciones. Ahora persigue ambiciones aún más grandes en solitario. Nos encontramos ya de vuelta en Los Ángeles en una de las rutas de senderismo favoritas de Bembury. Guarda su existencia con celo, temeroso de que la gente intente averiguar dónde se encuentra. Cuando llegamos a la cima, Bembury se aposenta en su lugar de reposo predilecto. Se trasladó a Los Ángeles hace seis años y camina prácticamente cada día hasta ese lugar para meditar y relajarse. Se siente cómodo cuando está solo. Algo inusual ocurrió sin embargo durante esa última escapada a Nueva York: la gente le empezó a reconocer constantemente. "Se acercaban a mí por la calle cada tres o cuatro manzanas, lo que me empezó a asustar", asegura. Los jóvenes le pedían zapatillas o que les enseñara sus diseños. Estaban siempre encima suyo, aunque él pidiera que le dejaran solo. A pesar de que acumula un cuarto de millón de seguidores en Instagram, le sorprende esta atención. "Siempre me coge con la guardia baja. Cuando alguien se acerca a mí, lo primero que pienso es: '¿Qué demonios querrá?'. Y luego caigo en que es por lo de las zapatillas". Teniendo en cuenta el papel prominente que las sneakers desempeñan en nuestra cultura desde hace tres décadas, extraña un poco que percibamos como una novedad que un diseñador importante sea reconocido por la calle. Pero, hasta hace muy poco, los diseñadores de zapatillas eran gente anónima que trabajaba en grandes marcas globales. Si estabas muy metido en el mundillo, puede que te sonara Tinker Hatfield, el legen-



T R E V I S T A E N O V I E R N / I N 0 Ñ T O O S T Y L E Q G

dario diseñador de Nike responsable de las Jordan 3 y Air Max 1. Ahora, sin embargo, gracias al impulso decisivo de las redes sociales y los influencers, alguien como Bembury puede alcanzar el estatus de celebridad, al menos en los sectores afines a los sneakerheads. En el momento actual, para legiones de fans del streetwear, ser diseñador de sneakers es el trabajo soñado. Implica rodearse siempre de gente famosa y que suba tu caché digital, al mismo tiempo que te da acceso a uno de los bienes más codiciados de nuestro tiempo: las sneakers más raras del planeta. Y Salehe Bembury está viviendo ese sueño. De hecho, él fue prácticamente quien lo inventó a través de sus influyentes posts sobre zapatillas en Instagram. Bembury está aprendiendo sin embargo que su trabajo implica mucho más que diseñar zapatillas. Exige plena dedicación: requiere rodearse de la gente adecuada, acudir a los eventos adecuados y luego publicar las fotos adecuadas. Con el tiempo, pasar el rato con amigos se vuelve una tarea profesional más. Bembury se prepara ahora para subir de nivel. Mientras los jóvenes sueñan con convertirse en él, él sueña con algo completamente diferente, con un trabajo que no sea diseñador de sneakers, sino simplemente diseñador. Es decir, alguien que pueda hacer lo que quiera. Puede sonar grandilocuente, pero, ¿por qué no tener ambición? Cuando Bembury llega a una cima, siempre busca la siguiente montaña que escalar. Después de nuestra caminata, regresamos a la oficina de Bembury. Se ducha, se calza unas chanclas de Yeezy y me hace un tour del lugar, que es como la Batcueva del hype: en una esquina se apilan cajas sin abrir que contienen sneakers por las que sacaría una fortuna en el mercado secundario. En otra, una vitrina encapsula una par de zapatillas (no diseñadas por Bembury) autografiadas por LeBron James. Estos trofeos son fruto de la constancia a lo largo de su carrera. Después de licenciarse en diseño industrial en la Universidad de Syracuse, consiguió un primer trabajo que no tenía mucho que ver con el actual: crear nuevas configuraciones de color para zapatillas que ya existían. Aun así, Bembury se sentía en el cielo sólo por trabajar en algo que tenía que ver con el mundo del calzado.

Se labró una exitosa trayectoria trabajando para firmas respetables que no estaban relacionadas con el hype, como Fortune Footwear, Cole Haan o Greats. A pesar de su ambición ilimitada, Bembury se sintió satisfecho en cada uno de estos lugares. Al fin y acabo estaba aprendiendo a hacer zapatillas, aunque no fueran las suyas. En 2015 le llegó la gran oportunidad, después de que uno de sus antiguos jefes en Cole Haan le recomendara para un nuevo trabajo. Kanye West estaba por entonces dando a conocer Yeezy y le gustaron los diseños de Bembury. Le ofreció un trabajo y, antes de darse cuenta, ya estaba en una rutilante nueva oficina en Calabasas, organizando su mesa y pegando sus diseños en una pared. Uno de esos días, cuenta Bembury, Kanye entró a verle. Comenzó entonces a recitarle unas palabras de agradecimiento que había memorizado y Kanye, levantando la mirada de su teléfono, sólo le dijo: "Ponte a cambiar el mundo", y se marchó. A partir de entonces la vida de Bembury no volvió a ser igual. Su principal aportación a Yeezy fue una bota militar en ese naranja que Kanye tanto adora. De repente, uno de los raperos más importantes del planeta llevaba sus diseños, incluso durante sus grandes shows de moda en el Madison Square Garden. Pronto todo esto se empezó a convertir en algo normal, incluso rutinario. La primera vez que Kanye le llamó un viernes por la noche sin avisar para embarcarse en un vuelo hacia Italia, Bembury se emocionó. Llamó a sus amigos para presumir y se llevó la mejor ropa que tenía. Más adelante, Kanye volvió a llamarle con la misma petición. Y luego otra vez y otra y otra… "Se volvió algo… Imagínate que estás en tu sofá, viendo tu peli favorita con un bol de helado y te llaman para decirte que te tienes que ir a Italia otra vez. Deja de ser divertido", cuenta. Después de algo más de un año en la firma, Bembury dejó Yeezy. Sin saber qué hacer después, le mandó un mensaje por LinkedIn a la directora de diseño de Versace, describiendo la gran oportunidad que podía tener la firma en el mundo sneaker. Tres días después, Donatella Versace contactó con él para organizar una reunión en Milán. Le contrató inmediatamente, respetando las condiciones que él propuso: se queda1 1 8

ría viviendo en Los Ángeles y viajaría a Milán una vez al mes. El diseño que conquistó a Donatella y que definió su etapa en Versace es el de una sneaker conocida como Chain Reaction. El diseño de la suela partía de un escaneado en 3D de un collar metálico de estilo cubano y luego la zapatilla integraba prints animales y motivos dorados que parecían haber sido sacados de la mansión Versace. Encapsulaba al fin y al cabo la filosofía de diseño de Bembury: "Necesitaba crear algo que fuera polarizante y que resultase familiar a la vez", cuenta. Lo familiar lo consiguió a través del empeine y los cordones, inspirados en las Adidas Ultra Boost. También tomó prestada la puntera de goma de "un modelo superventas", como admite Bembury con cautela. La parte polarizante la aportaba la exagerada suela, que le llevó luego a entablar una colaboración con 2 Chainz. En eso reside uno de los grandes activos de Bembury, en conseguir que lo extraño penetre en la consciencia colectiva. Para una colaboración con New Balance, cubrió una zapatilla con la clásica silueta conservadora con terciopelo naranja. En la reventa se pegaron por ella. Tampoco rehúye el print de leopardo y ahora está entusiasmado con una colaboración que va a hacer con Crocs. Las zapatillas que confeccionó


para Versace le granjearon una reputación propia de un diseñador que no teme asumir riesgos. "Cuando me reúno con las marcas, lo primero que me dicen es: 'Vas a crear algo muy loco, ¿verdad?", cuenta con una voz grave, imitando a un dirigente. Bembury tiene gracia cuando cuenta historias. Se considera a sí mismo un maestro de las presentaciones, en las que intercala pequeñas bromas en las diapositivas de PowerPoint. Incorpora también algo a sus creaciones que muchas marcas de sneakers prefieren evitar: el humor. Sus zapatillas son más divertidas y coloridas que las de la competencia. "El humor es un gran vehículo para ganarse la atención de la gente, para que entienda lo que haces e incluso para que se meta contigo", explica. En Versace, Bembury sintió cómo ascendía hacia la élite creativa global. "Volaba en primera clase a Milán y me recogían en un Tesla o un Mercedes; comía en los mejores sitios, toda esa mierda", cuenta. "Y disfruté mucho de todo eso". Sabía, además, que si compartía todo aquello con tacto sumaría puntos, así que Bembury documentó todos sus viajes en Instagram, consciente de que estaba construyendo su propia marca personal. Estaba dejando claro a sus seguidores que "era alguien valioso", alguien merecedor de ser tratado así por una gran firma de moda. Los raperos empezaron a compartir fotos con él, los integrantes de Migos se calzaron las Chain Reaction para ac-

S e r u n o d e lo s e x ito s o s y r e c o v e n ta ja s . E n tr e y e s tr e lla s d e H p r im e r a c la s e y c o le c c ió n d e 's

d is e ñ a d o r e s d e n o c id o s d e l p la e lla s , c o d e a r s e o lly w o o d , v ia ja , p o r s u p u e s to , n e a k e r s ' d ig n a

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tuar durante el All-Star de la NBA… La vida era realmente maravillosa. Con el tiempo, sin embargo, el trabajo soñado se convirtió en simplemente trabajo. "Durante un tiempo, estar rodeado de raperos significaba estar con la realeza y me sentía bendecido", cuenta. "Pero luego se vuelve algo normal y llega el tedio". Se tuvo que adaptar a otras cosas nuevas, como recibir aluviones de mensajes en Instagram de jóvenes pidiéndole sneakers. "La cantidad de mensajes de críos que me dicen que es su cumpleaños para que les mande zapatillas es alucinante", asegura. "Me llegan por lo menos diez al día. Tienen que entender que a nadie le importa una mierda que sea su cumpleaños". No quiere mostrarse maleducado ante los fans que le abordan por la calle, pero también quiere establecer límites. "Un amigo lo describió de la mejor manera posible: se creen que son dueños de un pedazo de ti sólo porque vives en su bolsillo",

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dice. Bembury dejó Versace en enero de este año para sacar adelante proyectos personales. Lo hizo cuando ya tenía pruebas de un probable éxito en solitario, como demostraron esas New Balance que diseñó con sombras naranjas inspiradas en el Valle del Antílope o esos zapatos de senderismo que confeccionó para el gigante chino Anta. Después de sacar adelante muchas sneakers para otros –él mismo admite que nunca se las pondría y que le parece increíble que haya clientes que las compren–, Salehe Bembury por fin pudo empezar a diseñar zapatillas para él. Bembury recorrió la misma ruta diariamente durante sus primeros años en Los Ángeles, pero después de que el covid obligase a cerrarla, otro amante del senderismo le descubrió otra más difícil y que llegaba más alto. Ésa es la que recorre ahora cada mañana y la cima está por encima del nivel de las nubes. Es tan escarpada que raramente se cruza con alguien y lleva una bocina y un cuchillo por si necesita defenderse de los animales salvajes. Andar es una herramienta esencial para su bienestar físico y mental, y toma tantas fotografías cuando lo hace que ya se ha convertido en parte de su marca

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T R E V I S T A E N O V I E R N / I N 0 Ñ T O O

personal. Sus fans escudriñan sus posts, divagando sobre si las nubes o los cactus que plasma en sus fotos inspirarán su siguiente creación. Algunos de sus fans más famosos, como John Mayer o la nominada al Oscar Cynthia Erivo, a veces le acompañan. Presume de sentirse cómodo con cualquiera: "Soy una de las pocas personas que puede estar con los Migos en el backstage o tomar el té con Donatella en su casa y sentirme siempre como que pertenezco a esos ambientes", asegura. Bembury es plenamente consciente de que el talento que le diferencia no tiene que ver necesariamente con diseñar sneakers. En realidad posee una serie de cualidades que no eran necesarias para un diseñador hasta ahora, que es cuando se han convertido en esenciales. "Hay diseñadores de sneakers con muchísimo más talento que yo, pero luego puede que no sean muy buenos en lo que se refiere al branding, las redes sociales o el marketing", explica. "Lo que me convierte en el diseñador que soy ahora es una combinación de 10 cosas. Hay diseñadores que diseñan de cojones, pero luego no son fáciles de tratar o no saben cómo vestirse; o la gente no quiere pasar tiempo con ellos. Es decir, que no tienen las otras nueve cosas". Publica en las redes sociales sólo lo que él quiere que veamos. "Ves la vida de Salehe Bembury, diseñador de zapatillas", cuenta. "Así que si estoy con alguien con el que tu esperas que esté, es probable que lo saque. Pero si estoy con alguien que no te debería importar, como cuando voy a ver por ejemplo a mi padre, no lo saco en Instagram". A Bembury no se le ocurre ningún diseñador contemporáneo con el que se

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le pueda equiparar. No porque se considere más talentoso que el resto, sino porque hizo un gran esfuerzo para encontrar su sitio en una escena nueva que florecía al mismo tiempo que él. Cuando estaba en Cole Haan, ya se aseguraba de que webs como Hypebeast supiesen que había trabajado en las LunarGrand de la marca, muy inspiradas por Nike. "Ésa fue mi puerta de entrada para conseguir hacerme un nombre", explica. Solía llevar un maletín de madera allá donde iba, lo que era un objeto tan extraño que era difícil de olvidar. Ahora prefiere llevar un gorro. Al mismo tiempo, las colaboraciones de Nike con diseñadores como Virgil Abloh demostraron que las figuras de la

moda podían promocionar sneakers de manera tan efectiva como las grandes estrellas del mundo del entretenimiento. Ésa es la razón que explica por qué el nombre de Bembury aparece en las zapatillas de New Balance en lugar de en un directorio empresarial. "Todo el mundo soñaba con trabajar en Nike, Jordan o Adidas", dice D'Wayne Edwards, el fundador de la academia de diseño de calzado Pensole. "Pero con los años los jóvenes han pasado a pensar: 'Quiero tener mi propia compañía". El auge de las colaboraciones ha propiciado que este sueño parezca al alcance de cualquiera, porque muchos se creen que sólo se trata de cambiar unos cuantos colores para dar con la clave. "Muchos de estos críos quiere una respuesta instantánea a la pregunta: '¿Qué tengo que hacer para convertirme en ti de la noche a la mañana?", dice por su parte Bembury. En el momento en el que tiene lugar nuestra conversación, él está lanzando su propia marca, a la que ha llamado Spunge. El nuevo sello le seguirá permitiendo colaborar con el mundo de las sneakers, pero también trascenderlo. Desde su estudio, nos trasladamos en su Jeep al sur de Los Ángeles, a un almacén en el que podemos ver su primera creación: unos pantalones de chandal cubiertos de piel de borrego. Bembury ha aprendido mucho durante su trayectoria en la industria de las sneakers, incluyendo cómo venderlas. Mientras ascendía en el sector, éste se


transformaba. Las plataformas de reventa como StockX, Goat o Grailed convirtieron las zapatillas en bienes codiciados, lo que intensificó la fiebre por ciertos modelos. Las marcas también aprendieron a avivar el fuego, filtrando a propósito fotos con antelación de los modelos más anticipados, según cuenta el propio Bembury. Lo mismo ocurre con esos bots que siempre dificultan la compra de esas Jordans que acaban de salir. "Mi mensaje para el consumidor es que muchas de esas cosas que le sacan de quicio están hechas a propósito", asegura. Bembury también aplicará esa sabiduría adquirida para vender otras cosas que no son sólo sneakers. Dice que su colaboración soñada sería con el jabón Dr Bronner's, lo que suena estúpido hasta que te acuerdas de que Abloh es consejero creativo del agua Evian. En algún momento dado, bromea Bembury, "voy a intentar sacar pasta a Disney". El diseñador Mike Amiri, uno de los amigos de Bembury, me dice que los jóvenes siempre se fijaban en los skaters o las estrellas de rock por ser los líderes culturales del momento. Las nuevas generaciones, sin embargo, reconocen como líderes a los diseñadores de moda y sneakers. Hoy en día, las fir-

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mas buscan gente como Bembury para convertirse en directores creativos y que creen un universo de marcas y logos, así como un lenguaje reconocible. Si puedes implementar símbolos en sneakers exitosas, ¿por qué no vas a poder hacer lo mismo con el catálogo de Disney? Muchos apuestan que Bembury va a ser quien dé ese siguiente paso. "Es increíble contemplar cómo todos los ojos están puestos sobre él mientras saca adelante proyecto tras proyecto, mejorando constantemente", dice Amiri. "Está marcando el camino". El músico will.i.am, también amigo suyo, se muestra aún más efusivo, citando una frase que le dijo el cofundador de Interscope Records, Jimmy Iovine, una de las figuras fundamentales del mundo de la música: "Puedes luchar por encontrar un sitio en la mesa o puedes luchar por convertirte en la mesa". La mesa, según explica, es la razón por la que todos están ahí, por la que se han reunido. Y will.i.am cree que nadie ve la

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mesa mejor que Bembury, ya que es alguien capacitado para hablar y crear una conexión con cualquiera: "Él va a ser el siguiente en marcar la pauta". Ésa es la clase de arco argumental que se le pasa por la cabeza a Bembury durante sus caminatas. Cuando llega a la cima, sin embargo, le gusta contemplar Los Ángeles desde las alturas y tomarse las cosas con calma. Volviendo a nuestra escapada, llega el momento de abandonar la meditación y ponerse en pie, justo cuando el sol se coloca sobre nuestras cabezas. Le echamos un último vistazo al horizonte y comenzamos el descenso. No cuesta comprender por qué le gusta venir aquí todos los días: la sensación de serenidad es plena. Mientras damos los primeros pasos de vuelta, Bembury hace una pausa. Se saca el teléfono del bolsillo, gira la cámara para tomar un selfie y dice: "Toca contarles a todos que estoy aquí". CAM WOLF ES REDACTOR DEL STAFF DE GQ


COLECCIONISMO

ST YL E OCT.21

OTOÑ0 / INVIERNO

ESPECIAL

KINGS OF THE ROAD El ‘skater’profesional Ishod Wair y el iconoclasta coleccionista de coches Magnus Walker comparten afición por los Porsches clásicos. Su colaboración en un nuevo modelo de Nike Dunk es muestra de la creciente fusión entre los mundos de los ‘sneakerheads’y los ‘motorheads’.

GQ STYLE

POR J ESSE PEARSON FOTO J ULIAN BERMAN

MAGNUS WALKER, coleccionista inglés y experto

restaurador de Porsches, baja el capó de un 911 T de 1971, color rojo fuego sobre una carrocería blanca como la leche, en la que destacan unos parachoques azules. Estamos en el garaje de 2.400 metros cuadrados donde este hombre de 54 años guarda una de las mejores colecciones de Porsches del mundo, t. Pero Walker quiere dejar claro que las 30 rarezas que están aparcadas aquí son algo más que piezas de museo. "Hay gente a la que le gusta ir al Concourse d’Elegance de Pebble Beach, exponer su coche en un campo de golf, que lo puntúen unos jueces con guantes blancos y le digan lo que está mal, y luego irse a casa con una plaquita. Yo no soy ese tipo de persona". Walker, a quien se conoce como Urban Outlaw por el título del documental que hicieron sobre él en 2012, es una

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E l d ú o W a lk e r W e ir s a c a s u s P o rs c h e s a p a s e a r, y W a lk e r n o s e n s e ñ a s u s n u e v a s N ik e D u n k .

clase muy diferente de persona. Con su melena voluminosa y su barba gris hasta el pecho, parece más ZZ Top que Top Gear. Este antiguo diseñador de moda británico, que se inspiró tanto en el metal de Sunset Strip como en el punk rock, es conocido por sus exclusivas customizaciones de Porsches de los 60 y 70. Interiores de pata de gallo, carrocerías pintadas de tres colores, guardabarros inspirados en los hot-rods. Es este enfoque iconoclasta hacia los coches clásicos lo que lo ha convertido en una leyenda y en maestro para una nueva generación de coleccionistas. Entre esos fieles se encuentra Ishod Wair, uno de los skaters profesionales más importantes del mundo, orgulloso porschista y, en esta tarde en particular, invitado de Walker en su garaje. 1 2 3

Wair, de 29 años, ha estado patinando profesionalmente durante una década (fue el skater del año de la revista Thrasher en 2013, el primer patinador negro en conseguir ese honor). Compró su Porsche 911 G-body Carrera de 1986 hace unos años. Dice que el razonamiento fue simple: "Quiero un Porsche. Creo que los Porsche son la hostia. Prefiero conseguir uno ahora que cuando sea mayor. Nunca se sabe cómo va a ir la vida. Joder. Voy a conseguir uno. Así que encontré uno en eBay y apreté el gatillo". A primera vista, pueden parecer un dúo extraño: Walker, con su barba de mago y su semblante de estadista maduro, y Wair, un rostro juvenil con toda la energía y el brillo que uno esperaría encontrar en un millennial exitoso. Pero además de los 911, comparten otra pasión. Ambos están inmersos en la cultura de las zapatillas, y por eso les pusieron en contacto


O I S M N I O C L E C O C O V I E R N / I N 0 Ñ T O O S T Y L E Q G

unos ejecutivos de Nike Skateboarding, que casualmente también eran fanáticos de Porsche, con la idea de que diseñaran una zapatilla juntos. Wair, que está patrocinado por Nike, siempre se ha involucrado en el proceso creativo de las zapatillas que llevan su nombre. Cuando llegó el momento de diseñar su último modelo, la gente de Nike, que había hecho su propio recorrido por el garaje de Walker en el distrito de las artes de Los Ángeles, pensó que estos dos obsesos de los 911 formarían un equipo creativo muy dinámico. Esta novedosa combinación es testimonio de la creciente superposición entre los mundos de la moda urbana y los coches antiguos. Puma ha lanzado una línea de zapatillas inspiradas en el 911 Turbo, y Aimé Leon Dore, la marca de ropa urbana con sede en Queens, ha creado una línea de camisetas, jerseys y chaquetas con la temática de Porsche, y ha personalizado un par de llamativos 911 Carrera, uno de los cuales se expuso en la galería Jeffrey Deitch en Nueva York. ¿Es realmente una sorpresa que estas marcas vean un parentesco entre los sneakerheads y los coleccionistas de coches? Son criaturas gemelas, centradas en el estilo y el diseño, siempre en busca de hallazgos raros y sorprendentes en Instagram o en las casas de subastas online. De hecho, los foros web para los cazadores de Porsche han transformado un mercado vintage activo en otro que está al rojo vivo. "Los 1 2 4

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Porsches clásicos nunca han formado parte de los lotes de coches de segunda mano", asegura Terry Shea, director de Subastas de Hemmings, "pero hace 10 años el mercado se volvió loco. Los coches que costaban 10.000 euros pasaron a venderse por 30.000, y los de 30.000 por 60.000. Los precios han subido y se mantienen". Bring a Trailer, la casa de subastas online fundada en 2014, ha vendido más Porsche que cualquier otra marca de automóviles, más de la mitad de ellos 911. "La marca ha sido durante mucho tiempo una de las favoritas de nuestra comunidad", dice Howard Swig, jefe de subastas del sitio, "y no es ninguna sorpresa que el mercado de Porsches de colección vuelva a estar por las nubes". En cuanto a la zapatilla que idearon Walker y Wair, la inspiración visual vino del bebé de Walker, ese Porsche 911 T rojo, blanco y azul de 1971, al que llama 277. Este automóvil está inextricablemente ligado a Walker. Incluso diseñó una versión para Hot Wheels, que se entrega como regalo de


E n la p á g in a a n te r io r, W a lk e r e n s u g a r a je d e L o s Á n g e le s c o n s u s P o rs c h e s 9 3 0 T u rb o d e 1 9 7 5 y 1 9 7 6 . A la d e r e c h a , W a lk e r c o n s u 9 1 1 S C d e 1 9 7 8 . A b a jo , W a ir c o n s u 9 1 1 G -b o d y C a rre ra d e 1 9 8 6 .

despedida a los que tienen la suerte de visitar su granja de Porsches. "Ha sido mío durante 22 de sus 50 años", dice. "Probablemente he tenido sesenta 911, pero si sólo me pudiera quedar con uno, no me hace falta ni pensarlo. Sería 277". Wair confió en Walker, su chamán en lo relativo a Porsche, para acertar con la zapatilla. "Se basaba en su coche", dice Wair, "así que pensé: 'Te voy a dejar hacer tu magia. Estoy seguro de que lo que se te ocurra será genial". Lo que se les ocurrió fue una Dunk High Decon de lona, en rojo, blanco y azul, con un forro de tartán y espuma expuesta para dar la impresión de desgaste y maltrato. Tiene un aire informal y vivido que desmiente los detalles de alto rendimiento típicos de la línea SB. Por supuesto, lo importante para Wair era que la zapatilla se adaptara al skate. Así que, ¿por qué una Dunk? "Me gusta el talón", dice Wair, "y la forma de la puntera. Puedes regular mejor cómo estás haciendo tus trucos que con una suela vulcanizada". Su Dunk es una zapatilla con suela de copa, que es más gruesa en la parte inferior –va cosida, no vulcanizada–. Muchos patinadores prefieren una base más delgada que les brinde más tracción, pero no Wair. "Toda esa goma te da más agarre", dice, "pero a mí personalmente me gusta poder atacar más fuerte o más suave dependiendo del truco que esté tratando de hacer". En un Porsche antiguo se puede sentir la carretera, y lo mismo ocurre con la zapatilla de Wair y Walker. La suela está hecha para darte una idea más precisa de lo que hay debajo de tus pies, dice Wair, aumentando tu conexión con la tabla y tu capacidad de respuesta. "Da igual cuánto modifiques un automóvil", dice Walker, "al final, el único punto de contacto con el suelo es la goma, la suela. Eso es lo que te dará agarre o no. Y al final, ése es el límite del rendimiento. O tienes agarre o no lo tienes". JESSE P ES EL FUNDADOR Y EDITOR DE LA REVISTA 'APOLOGY' Y PRESENTADOR DEL PODCAST 'APOLOGY'.

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Asistente de luces: ARNAU BACH

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E S P E C IA L

Maquillaje y peluquería: MÓNICA MARMO (Kasteel Artist Mangement) para Shu Uemura Art of Hair y Le Pure Modelo: NACHO PENÍN @ Clear Models Management Producción: NATALIA TORRES POLO Producción on set: JOANA BURGUÉS Agradecimientos: La Cúpula Garraf

(lacupulagarraf.com)




C h a C H E (e n

D O L G A B B q u e ta , p a n y c a m is a . Z E L I N E P H O M M D I S L I M to d o e l re p

C E & A N A ta lo n e s a p a to s O U R E B Y A N E o r ta je ).

Y O A M A m e r p a n ta lo n e s y c a m is a d e Y A M

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d e d e s c u e n to )


N.278

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OCT.21

GOURMET / BUSINESS / CUIDADOS / MOTOR / TECNOL OGÍA

JARED LETO

Presunto culpable El actor americano se sumerge de nuevo en el mundo DESINHIBIDO e iconoclasta de GucciGuilty, un universo que parece fabricado a la medida de un ARTISTA inasequible a las ataduras o los convencionalismos. por HÉCTOR IZQUIERDO


THE END

CUIDADOS

Jared Leto (Luisiana, Estados Unidos, 1971) le ha dado un nuevo significado a la palabra 'inclasificable'. De espíritu libérrimo y talento abarcador, representa como nadie la naturaleza líquida de nuestro tiempo. Su presencia en una película es sinónimo de éxito, y su aparición en cualquier alfombra roja acapara sin remedio todos los flashes. En estas lides le acompaña desde hace unos años su amigo Alessandro Michele, director creativo de Gucci. Y es precisamente esta firma la que lo trae a estas páginas con uno de sus últimos proyectos: ForeverGuilty, el filme que protagoniza, junto a Lana del Rey, para la fragancia Gucci Guilty.

versidad, me formé como director, y entonces me convertí en un actor, porque pensé que me ayudaría a conseguir trabajo dirigiendo. No me identifico con una más que con otras, pero probablemente la música es la más personal para mí, porque puedo trabajar con mi hermano.

ESPÍRITU LIBRE

GQ: Eres un artista multifacético que ha hecho prácticamente de todo en la vida. Pero, ¿con qué disciplina te identificas más?

Jared Leto: La etiqueta de artista funciona porque cubre muchas cosas diferentes. Toqué instrumentos y canté desde muy joven, estudié pintura en la uni-

¿Has explorado nuevas disciplinas artísticas durante el confinamiento y la pandemia? ¿Quizás la pintura, para la que te formaste…?

He disfrutado explorando nuevas formas de componer música y también he aprovechado para tomarme un tiempo de reflexión. Aprendí a meditar justo antes de la pandemia y ha sido una habilidad muy útil durante el último año y medio. Lana delRey y Jared Leto protagonizan ForeverGuilty, un colorido y alucinógeno viaje por elLos Ángeles menos convencional.

En tu carrera, ha habido periodos en los que te has centrado más en la música y otros en los que lo has hecho en el cine. ¿Cómo organizas esos periodos creativos? ¿De dónde surge la necesidad de hacer una u otra cosa?

Es bastante orgánico. Hay etapas en las que tiene sentido para mí centrarme en el cine y otras en las que


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tiene sentido hacerlo en la música. El cine necesita el concurso de mucha otra gente y a menudo me veo sujeto a sus horarios y agendas, mientras que la música es tan simple como coger mi guitarra y tocar. ¿Qué ingredientes ha de tener un proyecto para que te atraiga y quieras hacerlo?

Un gran guion. Como el increíble Denzel Washington dijo una vez, "Si no está en la página, no está en la pantalla". También es esencial que haya un gran director. Me siento agradecido de haber trabajado con muchos de ellos, Darren Aronofksy, David Fincher, Terence Malick, Denis Villeneuve, Jean Marc Vallee, y más recientemente uno de los mejores de la historia, Ridley Scott. Y la última pieza esencial para mí es el personaje. Tengo que ser capaz de encontrar algo en él que pueda ver con claridad. Como actor, has ganado casi todos los premios. ¿Qué importancia tiene para tila validación o el reconocimiento de tus colegas?

No puedes trabajar como actor en esta industria con la única meta de ganar premios. El objetivo tiene que ser


" A le s s a n d r o [ M ic h e le ] e s u n a m ig o m u y q u e r id o p o r m í. N o e s t o y s e g u r o d e q u e p e r t e n e z c a a s u t r ib u , p e r o v a lo r o s in c e r a m e n t e s u a m is t a d "

La masculinidad ha evolucionado mucho en los últimos años. ¿Podrías definir lo que significa para ti?.

No podría definirlo. También tengo la impresión de que eres una persona muy independiente que vive en los márgenes de las convenciones sociales. ¿Podría decirse que la última campaña de GucciGuilty está hecha a tu medida?

Soy una persona muy independiente, pero la campaña realmente es la visión de Alessandro y Glen [Luchford]. ¿Cómo fue trabajar con Lana del Rey para la campaña? ¿Os habéis hecho amigos?

Lana tiene un talento increíble, es una verdadera artista, una cantante y compositora alucinante. Ha sido genial colaborar con ella en esta campaña. El concepto de relación que muestra la campaña es desinhibido, casual y muy relajado. ¿Cómo es tu concepto del amor y de una relación?

La familia es la relación más importante para mí. Tengo mucha suerte de compartir esta vida con mi madre y mi hermano.

el trabajo y el proceso que lleva detrás. Por supuesto, siempre es agradable que te reconozcan y estoy muy agradecido por todo, pero lo más importante es el trabajo y poner todo lo que tienes en él.

La campaña se titula Forever Guilty. Para alguien que lo ha conseguido prácticamente todo en la vida, ¿cuál es tu placer culpable?

Uno de tus personajes más celebrados por los fans es el Joker, que también aparece por sorpresa en 'La liga de la justicia'. ¿Volveremos a verte como Joker en la gran pantalla, como todo parece indicar?

No creo que nunca puedas decir que lo has conseguido todo en la vida. Yo, desde luego, no lo he hecho. Mi placer culpable es la UFC. Tuve la inmensa suerte de poder asistir a la última pelea en Las Vegas.

¡Me acabas de ver en La liga de la justicia! En los próximos meses tengo House of Gucci, con un elenco absolutamente increíble, Lady Gaga, Adam Driver, Al Pacino, Jeremy Irons, Salma Hayek, Jack Huston y Ridley Scott al timón. Tengo Morbius, que es un personaje divertido, oscuro y con aristas que es parte del universo de Spiderman para Marvel/ Sony. Tengo Wecrashed, que es la historia de Adam y Rebekah Neumann, los fundadores de WeWork. Voy a trabajar al lado de una de las mejores actrices de nuestro tiempo, Anne Hathaway… Y luego tengo unas pocas cartas más en la manga. Tendrás que esperar para verlo.

Desde que Alessandro Michele llegó a Gucci, se rodeó de una especie de tribu de artistas talentosos e iconoclastas. ¿Te sientes parte de esta tribu?

Alessandro es un amigo muy querido por mí. No estoy seguro de que pertenezca a una tribu, pero valoro sinceramente su amistad. La última vez que te entrevistamos para GQ nos aseguraste que eras optimista sobre el futuro y sobre la condición humana. ¿Ha cambiado tu percepción este pequeño infierno que hemos atravesado durante este año y medio?

Siempre soy optimista sobre el futuro de la humanidad. Cada generación afronta enormes desafíos. Este es uno de los que nos ha tocado. Sigo creyendo que hay bondad, consideración, positividad y fuerza en la humanidad y que nos mantienen en movimiento.

En la última década, también te has convertido en un icono de estilo absoluto. ¿De qué modo le has dado forma a ese estilo, qué influencias puedes citar que hayan sido importantes para ti?

El estilo para mí es sentirte genial con lo que llevas y usarlo como una expresión de lo que eres. Sinceramente, no pienso en ello demasiado. Tengo la inmensa suerte de trabajar con Gucci, que me permite llevar sus hermosas creaciones, así que me llevo el beneficio añadido de que me vista el mejor diseñador del mundo, Alessandro Michele. Él es una persona maravillosa, tengo el gran orgullo de llamarle amigo.

La fragancia GucciGuilty Pour Homme se reinventa en clave hedonista y gender fluid, con ingredientes poco usados en perfumería masculina, como el absoluto de flor de naranjo.

Finalmente, eres un artista conocido por tu valentía y por ir siempre un poco más allá. ¿Hay algo que no hayas tenido la oportunidad de hacer? ¿Cuál sería para tiel gran desafío que te gustaría afrontar?

Hay algunos muros que me gustaría escalar y que no he podido todavía, algunos países que me gustaría explorar y algunos sueños que me gustaría hacer realidad.


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1 4 8 T H E E N D

C U I D A D O S

P E R F U M

E R Í A

N I C H O

f r ir rfu m , s e á s E

tra s to r ía n a t u h e c h o U IS IT O

El olor de los paisajes naturales E rn e o lf a t iv o q h

s to C a la u e , e u e c o

O n z n e

L L A a r u a p e n tre

D O n a n a s lo s

p a s ó fi rm a u n o s c lie n

d e d e a ñ te s

s u p e o s m

u n e r h a X Q

n o ra l u n S .

por PABLO GANDÍA

Ernesto Collado lanzó su primera fragancia en 2018. Sobre estas líneas, uno de sus mayores éxitos, Silvestre.

Imagínate que estás en la cama con tu pareja y empiezas a oler el jersey que siempre lleva un amigo. O pon que te subes a un avión, entras al baño y todo huele igual que tu pareja. A mí me pasó eso, y durante casi un año y medio lo viví en silencio". Lo que le pasó en 2014 a Ernesto Collado (Barcelona, 1974) es una alucinación olfativa que cada vez más gente está sufriendo a raíz del covid-19: el cerebro crea un olor que no existe en el ambiente. El trastorno se llama fantosmia. "Suena a broma, pero yo perdí el contacto con todo mi entorno", recuerda él por videollamada, ahora ya recuperado al 100% gracias a la medicación que el neurólogo le prescribió en su día. ¿La medicación? Entrenar la nariz con sesiones olfativas, que es lo que Collado hizo durante largas caminatas oliendo pinos rojos, romero, lavanda silvestre, casi todas las plantas y árboles que se encontraba por la comarca del Alt Empordà en Girona, donde vive. Un día, también oliendo, cayó en que su abuelo fue químico perfumista. Uno muy bueno además; A R O M A S D E V ID A

trabajó para Myrurgia –los clásicos jabones Maja los formuló él– y para Dana –firmando éxitos tipo Simpatía, que en los 70 aparecía en la tele como la colonia que cambia el humor de la gente–. Entre eso, la rehabilitación y que aparte el catalán pasaba por una crisis en su trabajo, la creación escénica, Collado se planteó lo siguiente: ¿es posible capturar el olor puro de un paisaje, su esencia aromática, y meterlo en una botella? Tardó de dos a tres años en saberlo, y de ahí salió en 2018 Bravanariz, una firma de perfumes naturales que responden con un sí a la pregunta de arriba. "A mi padre mucha gracia no le hizo", admite, "para él era como si estuviera profanando un templo. Supongo que pensaba: '¿Tú, un actor, un farandulero, te vas a dedicar a esto que hacía tu abuelo y que era un arte?'. Pero bueno, con el tiempo limamos asperezas". De hecho, hasta el padre le regaló una libretita en la que


FOTOGTRAFÍAS: CORTESÍA DE BRAVANARIZ, JOAN DIVÍ.

su abuelo anotaba fórmulas de perfumes que luego se comercializaban, y en la que aparecía escrita la base cítrica de una colonia con la que el señor quería conquistar a la abuela de Collado en 1923. "Y funcionó. Prueba de eso es que yo estoy aquí", dice riéndose. La colonia aún existe hoy, solo que él la ha reinterpretado sustituyendo la base sintética e inodora que suelen llevar las colonias por una 100% natural, hecha con tinturas e hidrolato puro de romero recolectado y destilado a mano. En vez de dosificador, Silvestre –así se llama la colonia– tiene un formato splash para que cualquiera pueda embadurnarse cuello y brazos al salir de la ducha. En Bloom, un santuario de la perfumería nicho en el Covent Garden de Londres, esta colonia figura entre los best sellers, junto a su nueva versión de lavanda. Lo mismo pasa en la tienda In Fieri de Los Ángeles, y en una catedral del sector en Ámsterdam, Perfume Lounge. Todas venden también la línea de perfumes con la que Bravanariz recrea el olor de sitios del Alt Empordà, de los bosques de la Albera y les Salines, el río Muga o las calas del Cap de Creus, utilizando las plantas que hay allí. "Luego están los Essais", añade Collado, "y ahí sí nos volvemos un poco más locos". Por locos se refiere a que él se salta las normativas que una fragancia debe cumplir para entrar en el mercado: "En las cajas de los Essais ya avisamos que no son perfumes. Yo los llamo digresiones olfativas". Se explica: "Son el recuerdo de una experiencia. Para Fum –la primera digresión que sacó– pasamos cuatro días a 1.300 metros de altura, acampados, destilando con el fuego la madera que cogíamos de los árboles caídos. Y recreamos eso, la sensación del humo en nuestra ropa". Fum se agotó en tan sólo tres meses, como muchos de los otros productos que la marca confecciona y que han alcanzado ya su prestigio, incluso entre gente a la que las fragancias de autor ni le van ni

¿Es posible capturar elolor puro de un paisaje y meterlo en una botella? Ésa es la pregunta que Collado trató de responder con Bravanariz.

le vienen. La prueba está en que el diario estadounidense The New York Times, este verano, ha entrevistado a Collado con los retratos que le ha hecho para la ocasión el fotoperiodista Samuel Aranda, ganador del World Press Photo 2011. Las grandes marcas de perfumes, ¿cómo ven lo tuyo? "Les caemos bien. Para ellas somos un bicho raro que hace cosas raras y ya está, no un competidor. Y eso ha hecho que nos acojan con una especie, digamos, de complacencia de hermano mayor, que a nosotros nos viene como anillo al dedo", considera. "Porque en Bravanariz", concluye, "seguimos haciendo lo que nos da la gana, con absoluta libertad, mientras penetramos en el mercado de forma potente".


150 CUIDADOS

PHANTOM

Un robot (fantasma) viene a verte desde el futuro No diremos que la última creación de Paco Rabanne nos SORPRENDE, porque lo sorprendente sería que no nos sorprendiera, pero superemos el trabalenguas para decir que Phantom, posiblemente, es el lanzamiento más INNOVADOR del año. Y que lo vas a querer tener en tu mesilla de noche… por múltiples razones. por HÉCTOR IZQUIERDO ilustración BIG LEO

RETROFUTURISTA

Desde 1966, Paco Rabanne nos tiene más que acostumbrados a su manera de forjar el presente con los mimbres del futuro. Lo ha aplicado a su costura y, cómo no, a sus fragancias (de las más antiguas, como Calandre o Pour Homme, a las más modernas, como One Million o Invictus). Phantom, sin embargo, parece a primera vista un paso más audaz. Una creación directamente anclada en el futuro, pero con los mimbres del presente y las referencias del pasado. Una genialidad que hay que descubrir por capas, porque nada está confeccio-

FOTOGRAFÍA: CORTESÍA DE PACO RRABANNE.

THE END


G Q .C O M

nado al azar en el universo (expandido) de esta nueva propuesta olfativa. El frasco, salta a la vista, es un robot con reminiscencias vintage, pero guarda en su tapón (en los formatos de 100 y 150 ml) un chip NFC al que puedes acercar el móvil para acceder a todo tipo de contenidos exclusivos. El jugo, por su parte, se ha encargado a cuatro perfumistas (Long Doc, Juliette Karagueuzoglou, Dominique Rapio y Anne Flipo), pero éstos han utilizado técnicas de Inteligencia Artificial para pulir la fórmula y maximizar los efectos de los ingredientes, de manera que generen la respuesta emocional deseada. Y la campaña, que

R E L L E N A B L E Elformato de 150 mlde Phantom es rellenable, para disminuir elimpacto medioambientaldel producto y hacerlo más sostenible.

está filmada por director de cine Antoine Bardou Jacquet, nos presenta al pequeño robot en una fiesta intergaláctica futurística, pero poblada de elementos que nos remiten a la iconografía pop y los clásicos de ciencia ficción. ¿Y a qué huele una fragancia tan poco convencional?, te estarás preguntando. Pues ciertamente a lo que promete: sensualidad, energía, con una salida dominada por el limón, notas de pachulí, un fondo de vetiver y, para redondearlo todo, una lavanda especialmente destilada para Phantom. Ingredientes, además, certificados. Porque el futuro, sin sostenibilidad, no es futuro.


1 5 2 T H E E N D

S E A T

M

I B I Z A

Y

O T O R

A R O N A

FOTOGRAFÍAS: CORTESÍA DE SEAT.

Ofensiva urbana L o s d o s s u p e r v e n t a s d e S E A T e n e l s e g m e n t o d e lo s c o c h e s u r b a n o s s e r e n u e v a n a la v e z . P e q u e ñ o s c a m b io s a q u í y a llá p a r a s e g u ir s ie n d o L ÍD E R E S e n e l m e r c a d o e s p a ñ o l. por HÉCTOR PALOMARES

El Ibiza es, con permiso del León, el coche más importante de SEAT. Si nos atenemos a los fríos números, desde 1984 la marca española ha vendido casi seis millones de unidades de este utilitario en el mundo, lo que representa un hito impresionante. Y, aun así, puede que su capacidad de liderar el mercado o de convencer a los compradores generación tras generación en un segmento muy competitivo no sea el principal activo del Ibiza. Porque sí, las ventas están bien, pero quizás la importancia de este modelo radica en el modo en que, durante casi cuatro décadas, ha impregnado a la marca de ese espíritu joven y pasional que aún hoy es una de sus principales señas de identidad (la media de edad de sus compradores es alrededor de una década menor que la del resto de competidores). Así que poca broma a la hora de actualizar un coche como el Ibiza para que siga seduciendo a un público cada vez más exigente durante –al menos– cuatro años más. Pero los tiempos cambian, y es sabido que los conductores siguen embarcados en esa mudanza hacia las carrocerías SUV, cuyo protagonismo crece sin parar. El Arona, como quien dice un recién llegado, se ha convertido en otro coche clave que sirve de puerta de entrada a la marca por el segmento B-SUV. No en vano, fue el coche más vendido en España entre los suyos en 2020, y SEAT tiene el firme propósito P E Q U E Ñ O S A L P O D E R

ElIbiza recibe algunos cambios cosméticos en el exterior, como el lettering trasero o las llantas. Si algo funciona, no lo cambies demasiado.


G Q .C O M

de que lo siga siendo –al menos– durante cuatro años más. Después de todo, Ibiza y Arona son casi hermanos –comparten plataforma MQB-A0 y múltiples elementos– y, a la fuerza, han de llevarse bien y aspirar al mismo éxito. A Ibiza y Arona, en definitiva, les tocaba lavarse la cara, desperezarse un poco y salir a la carretera de nuevo a comerse el mundo. Y eso es lo que han hecho. Lavarse la cara. En el caso del Ibiza, con unos faros 100% LED de serie, nuevas llantas de aleación o una trasera en la que ahora destaca su nombre con una tipografía manuscrita. En el del Arona, enfatizando su carácter de SUV, con un nuevo parachoques delantero con los antiniebla integrados, un difusor trasero más robusto y también, cómo no, con las letras manuscritas, las nuevas llantas de aleación y el logo bitono. En el interior hay otra pequeña revolución en ambos modelos, en términos de calidad de los materiales –más espacio para los plásticos blandos–, pantallas flotantes de mayor tamaño y mejor integradas en una posición ergonómica, un nuevo volante multifunción tapizado en Nappa y salidas de aire iluminadas que forman parte de un sistema de iluminación ambiental –muy cualitativo para el segmento–.

En elinterior, más que de evolución, casi se puede hablar de revolución. Mejora la calidad percibida, con plásticos más blandos, pantallas más grandes e iluminación ambiental.

C O N E C T I V I D A D . Cuanto más joven es el target de un coche, más importancia cobra. Y aquí encontramos ahora conexión inalámbrica –qué incomodidad los cables– Full Link con Android Auto y Apple CarPlay, nuevas pantallas de 8,25" y 9,2", y reconocimiento de voz con lenguaje natural que se activa con el ya clásico "Hola, hola". En el capítulo de seguridad activa, tanto Ibiza como Arona integran una capacidad de conducción semiautónoma nivel 2. Lo que implica el funcionamiento conjunto de sistemas como el control de crucero activo, el lane assist, el detector de coches en el ángulo muerto, el lector de señales de tráfico o las luces de carretera automáticas. Todo ello, a un precio muy competitivo. El Ibiza más barato está disponible por 16.200 euros (sin descuentos, con motor 1.0 MPI de 80 CV), mientras que el Arona se puede comprar por 19.870 euros en su acabado Reference con un motor 1.0 TFSI de 95 CV. Utilitario o SUV. Tú eliges, aunque equivocarse aquí es francamente difícil.


GOURMET

PLANES DE DOMINGO Domingo es eldía delvermú por excelencia. También es elnombre de uno de los vermuts españoles más clásicos y apreciados, ahora propiedad delGrupo Osborne. Y, empezando el3 de octubre, pone en marcha su iniciativa 'planes de Domingo', para disfrutar todo elotoño de actuaciones de monologuistas junto alaperitivo en los mejores locales madrileños de Chueca y Malasaña.

JARDINES ALHAMBRA Hasta el17 de octubre, la Nave de Fomento delMuseo delFerrocarril(Paseo de las Delicias, 61) acoge una nueva edición de Jardín Cervezas Alhambra en Madrid. Cuenta con una zona de restauración y acoge diversas iniciativas, entre las que destacan catas maridadas, experiencias gastronómicas exclusivas, talleres de artesanía, íntimos acústicos o sesiones con DJ.

NOVEDADES GASTRO

Grandes planes y mejores bebidas La mejor manera de combatir la melancolía otoñal es con INICIATIVAS que celebran la BUENA VIDA y el buen beber. Esta temporada, como te demostramos, no te van a faltar. por JUAN CLAUDIO MATOSSIAN

MARTINI MOMENTS Martiniy elfamoso fotógrafo y director de cine Greg Williams se unen para celebrar los reencuentros con amigos a través de una campaña de imágenes que retratan estos emotivos momentos. Tú mismo puedes participar etiquetando en Instagram tus fotos con amigos con elhashtag #MARTINIMoments y optar además a que Williams inmortalice vuestra próxima gran reunión.

LA NUEVA JOYA DE EDIMBURGO La capitalescocesa es también la capitalmundialdelwhisky, y ahora tiene una nueva "catedral": Johnnie Walker Princes Street, la nueva tienda experiencialconsagrada alScotch más vendido delmundo. Se compone de 6.000 m2 divididos en ocho plantas para disfrutar y descubrir todos los secretos deldestilado en este verdadero parque de atracciones delbuen beber.

FOTOGRAFÍAS E ILUSTRACIONEAS: CORTESÍA DE LAS MARCAS, 4.12 STUDIO.

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EL RON GASTRONÓMICO 'Brugal1888: ElRon Gastronómico' es una iniciativa con la que la marca recorrerá 100 grandes locales de hostelería a través de propuestas combinadas con este ron ultrapremium doblemente envejecido. Arranca con Quique Dacosta y un exclusivo plato, 'Flor de almendro con néctar de Brugal1888', que estará disponible en su triestrellado restaurante de Denia durante este otoño.

EL SONIDO DEL PERFECTO G&T ElDía InternacionaldelGin & Tonic es el 19 de octubre y The London Nº1, la ginebra azuloriginaly una de las mejores del mundo, lo celebra con un exclusivo kit de cinco copas realizadas en vidrio soplado, cuya forma y color han sido diseñados a partir de un estudio delsonido que produce cada uno de los elementos que componen elperfect serve de un G&T. Disponible en la web de González Byass.

PARA CELEBRAR TUS HITOS Bodegas Cepa 21, fundada en 2007, propiedad de José Moro y ubicada en Castrillo de Duero (Valladolid), pone en marcha la campaña #HITODETUVIDA para celebrar los logros deldía a día. Y la acompaña de un gran vino, Hito 2020, elaborado con uva tempranillo, equilibrado, de cuerpo medio y paso suave, que deja una agradable sensación en boca (y en elfinaldeldía).

COMO UN VOLCÁN Moët Hennessy acaba de traer Volcán de MiTierra a España, un tequila ultrapremium que se está consolidando como uno de los mejores delmercado a pesar de su juventud: fue creado en 2017 en Jalisco por la familia Gallardo, en tierras volcánicas, de ahísu nombre. Se compone de 100% agave azul, pero de dos agaves de diferentes regiones, lo que le confiere mucha complejidad.

MEJOR VINO DEL AÑO ElMinisterio de Agricultura, Pesca y Alimentación ha otorgado elPremio Alimentos de España alMejor Vino del año 2021 a Campillo 57, de Bodegas Campillo (DOCa Rioja). Es un Gran Reserva (añada 2013) de corte moderno y muy redondo; afrutado, potente e intenso, pero equilibrado y amable a la vez. Perdura en elpaladar y sobre todo en la memoria.


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H O T E L E S

Paredes de tela, techos de madera, barra de mármolnegro, tarima de roble… Todo irradia la atmósfera de un antiguo vagón de tren inglés.

Es por todos conocida la afición de Winston Churchill por la bebida de alta graduación. Desayunar con un whisky, debía de pensar el estadista, es otra forma de tomar cereales por la mañana. Lo que a lo mejor no sabes es que su madre, la neoyorquina Jennie Jerome, inventó el cóctel Manhattan después de mezclar precisamente whisky con vino dulce; o que al Premier británico le encantaba pintar, y pasó largas temporadas desde 1935 hasta que la II Guerra Mundial se cruzó en su camino en el Hotel La Mamounia de Marrakech, fascinado por la luz y los paisajes que le ofrecía la cordillera del Atlas. ¿Que por qué te contamos todo esto? Para que entiendas que si alguien se merecía un bar con su nombre en este establecimiento de cinco estrellas era el propio Churchill, y los propietarios lo han abierto como parte de la profunda renovación que ha tenido lugar en el hotel, de la mano del estudio Jouin-Manku. En este nuevo espacio selecto, noble y distinguido se pueden degustar exquisitos vinos –y, por supuesto, elaborados cócteles– mientras picas un poco de caviar. Seguro que el bueno de Winston le habría dado su aprobación.

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O U N I A

La pasión marroquí de Winston Churchill E l b a r L e C h u r c h ill, e n e l H o t e l L A M A M O U N IA , e n M A R R A K E C H , e s e l h o m e n a je d e l e s t a b le c im ie n t o a u n o d e s u s h u é s p e d e s m á s in s ig n e s y c o n m á s a fi c ió n a b e b e r b ie n . por REDACCIÓN GQ

FOTOGRAFÍAS: CORTESÍA DE HOTEL LA MAMOUNIA.

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Elogio de la pereza matutina S a lir b ru n S i e r p la n

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por REDACCIÓN GQ

Todos los dulces se elaboran en el obrador artesanal delhotela diario. Aparte, la sección de salados incluye todo tipo de carnes, pescados y embutidos, entre otros manjares.

Ahora que vuelven las madrugadas y el placer de dormir hasta tarde; ahora que recuperamos el pulso de nuestras mañanas de fin de semana más perezosas, es el mejor momento para degustar un plan hecho a la medida de bohemios cosmopolitas y gourmets: el brunch de los domingos del Hotel Wellington. Tanto si eres de dulce como si tiras por lo salado, encontrarás una variedad y calidad a la altura del establecimiento. En la parte del lunch, platos elaborados con las mejores carnes y pescados, mariscos y productos de la huerta; estaciones de quesos, sushi, y alimentos más tradicionales de la cultura española, como los surtidos de ibéricos y hasta un rincón dedicado a la paella. En la parte del breakfast, la pastelería que elabora a diario el obrador artesanal del hotel. Está disponible de 12:30 a 16 horas en el Salón Claridge, cuenta con música de piano en vivo y puedes disfrutarlo a un precio también muy apetecible: 60 euros para los adultos y 30 para los niños hasta 12 años. ¡Bendita resaca!

FOTOGRAFÍAS: CORTESÍA DEL HOTEL WELLINGTON.

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T E C N O L O G Í A

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G A D G E T S

Generación galáctica Q u e J e ff B e z o s n o t e e n g a ñ e : n u n c a v a s a v i a j a r a l e s p a c i o . L o q u e s í p u e d e s h a c e r e s D IS F R U T A R e n la T ie r r a d e g a d g e ts q u e te h a r á n S E N T IR q u e e s tá s e n o tr o s m u n d o s . por NÉSTOR PARRONDO 3

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FOTOGRAFÍAS: CORTESÍA DE LAS MARCAS.

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1. SAMSUNG GALAXY Z FLIP3 ¿Un smartphone que se pliega? Sí, y además aguanta el polvo y las salpicaduras de agua. (1.059 €). 2. SAMSUNG GALAXY Z FOLD3 Otro teléfono plegable, pero que esta vez se abre como un libro. (1.809 €). 3. SAMSUNG GALAXY BUDS2 Auriculares inalámbricos con cancelación de ruido. (149,89 €). 4. GOOGLE NEST DOORBELL Timbre con cámara inteligente. (199,99 €). 5. SONOS BEAM (GEN 2) Barra de sonido con Dolby Atmos. (499 €). 6. SAMSUNG GALAXY WATCH4 Relojinteligente con funciones f i t n e s s . (Desde 268,91 €). 7. XIAOMI M365 PRO 2 Patinete eléctrico que alcanza los 25 km/h y tiene 45 km de autonomía. (449 €). 8. JBL PARTYBOX 710 Altavoz dotado de cinco juegos de luces para ambientar. Sin duda, el alma de toda fiesta. (799,99 €).


O P I N I L O V E

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Los teléfonos plegables han dejado de ser una fantasía futurista que las marcas utilizaban para rascar publicidad gratuita en ferias tecnológicas y se han convertido en una realidad. Samsung lleva dos años comercializando este tipo de aparatos. La gran noticia de 2021 es que por fin se han democratizado… en el más amplio sentido de la palabra. Los f o l d a b l e s no sólo han bajado de precio, sino que se han vuelto mucho más robustos. Por ejemplo, Samsung Galaxy Z Flip3 5G es resistente al agua (no sólo a salpicaduras, también puede ser sumergido), y la bisagra está fabricada de manera muy robusta y no produce crujidos extraños. Otro aspecto importante de Samsung Galaxy Z Flip3 5G es que por fin podemos decir de un plegable que se trata, de verdad, de un teléfono de gama alta que tiene como ventaja que se puede doblar. Esa etiqueta significa que dispone de los lujos esperables en un teléfono que cuesta 1.000 euros, como una pantalla de 120 Hz o un sistema de cámaras que consigue imágenes de alta calidad. Pero la gran revolución de este producto es que, más allá de que que sus características técnicas sean muy buenas, se trata de un s m a r t p h o n e realmente bonito y práctico, un objeto con una gran estética que se aleja de los 'ladrillos negros' que casitodos usamos.

La industria de los teléfonos inteligentes se parece mucho a la de la moda. Ambas tienen líneas de productos estacionales (a menudo, en primavera y otoño); las dos comparten una amplia gama de precios para productos que hacen esencialmente lo mismo; y te animan a pagar un poco más por un logo que es sinónimo no sólo de calidad, sino también de estatus. Hay muchos otros paralelismos, pero la diferencia clave entre la moda y los teléfonos es que estos últimos se venden en función de su grado de innovación tecnológica. El teléfono de este año rinde más o es más rápido o tiene alguna cosa nueva que es capaz de hacer que el teléfono del año pasado no puede. Y aunque obviamente hay mejoras técnicas en la ropa, normalmente la principal razón para comprar una prenda es estar a la última. Con la moda, la pulsión es la de participar en lo que es nuevo y en lo que se lleva ahora. Los teléfonos suelen ser una forma de participar en el futuro. ¿Es el Z Flip3 más elegante que otros teléfonos? El gusto es algo absolutamente personal, por supuesto. Como mínimo, es un teléfono que rompe con la aburrida monotonía de cristal plano de todos los demás teléfonos inteligentes. Eso es significativo, y como la prenda perfecta, comunica algo sobre tia la gente que lo ve. Y en 2021, y en cuanto a móviles, eso significa estar a la última.

ILUSTRACIÓN: 4.12 STUDIO.

E S T A L Ú L T ( E N

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E D IC IO N E S C O N D É N A S T , S . A . P a s e o d e la C a s t e lla n a , 9 -1 1 . 2 8 0 4 6 M A D R ID T e l.: 9 1 7 0 0 4 1 7 0 - F a x : 9 1 3 1 9 9 3 2 5 P a s e o d e G r a c ia , 8 -1 0 - 1 º B . 0 8 0 0 7 B A R C E L O N A T e l.: 9 3 4 1 2 1 3 6 6 - F a x : 9 3 4 1 2 6 6 9 8

P U B L IS H E D B Y C O N D É N A S T C h i e f E x e c u t i v e O f fi c e r R o g e r L y n c h G l o b a l C h i e f R e v e n u e O f fi c e r & P r e s i d e n t , U . S . R e v e n u e P a m e l a D r u c k e r M a n n G l o b a l C h i e f C o n t e n t O f fi c e r A n n a W i n t o u r P r e s id e n t , C o n d é N a s t E n t e r t a in m e n t A g n e s C h u C h i e f F i n a n c i a l O f fi c e r ( I N T E R I M ) J a s o n M i l e s C h i e f M a r k e t i n g O f fi c e r D e i r d r e F i n d l a y C h i e f P e o p l e O f fi c e r S t a n D u n c a n C h i e f C o m m u n i c a t i o n s O f fi c e r D a n i e l l e C a r r i g C h ie f o f S t a ff S a m a n t h a M o r g a n C h i e f P r o d u c t & T e c h n o l o g y O f fi c e r S a n j a y B h a k t a C h i e f D a t a O f fi c e r K a r t h i c B a l a C h i e f C l i e n t O f fi c e r J a m i e J o u n i n g

ETERNO RIDLEY C A R T I E R . El director Ridley Scott se convirtió en el primer receptor del premio Cartier Glory to the Filmmaker en la 78ª edición del Festival Internacional de Cine de Venecia, en honor a sus sobresalientes contribuciones a la industria cinematográfica.

C h i e f C o n t e n t O p e r a t i o n s O f fi c e r C h r i s t i a n e M a c k C H A IR M A N O F T H E B O A R D Jo n a th a n N e w h o u s e W O R L D W ID E E D IT IO N S G Q , V a n it y F a ir, V o g u e , V o g u e C o lle c t io n s , V o g u e H o m m e s a n y : A D , G la m o u r, G Q , G Q S t y le , V o g u e : A D , C o n d é N a s t T r a v e lle r, G Q , V o g u e e lle r, E x p e r ie n c e Is , G Q , L a C u c in a It a lia n a , L ’ U o m o V o g u e , V a n it y F a ir, V o g u e , W ir e d J a p a n : G Q , R u m o r M e , V o g u e , V o g u e G ir l, V o g u e W e d d in g , W ir e d M e x ic o a n d L a t in A m e r ic a : A D M e x ic o a n d L a t in A m e r ic a , G la m o u r M e x ic o a n d L a t in A m e r ic a , G Q M e x ic o a n d L a t in A m e r ic a , V o g u e M e x ic o a n d L a t in A m e r ic a S p a in : A D , C o n d é N a s t C o lle g e S p a in , C o n d é N a s t T r a v e le r, G la m o u r, G Q , V a n it y F a ir, V o g u e , V o g u e N iñ o s , V o g u e N o v ia s T a iw a n : G Q , V o g u e U n it e d K in g d o m : L o n d o n : H Q , C o n d é N a s t C o lle g e o f F a s h io n a n d D e s ig n , V o g u e B u s in e s s ; B r it a in : C o n d é N a s t J o h a n s e n s , C o n d é N a s t T r a v e lle r, G la m o u r, G Q , G Q S t y le , H o u s e & G a r d e n , T a t le r, T h e W o r ld o f In t e r io r s , V a n it y F a ir, V o g u e , W ir e d U n it e d S t a t e s : A llu r e , A r c h it e c t u r a l D ig e s t , A r s T e c h n ic a , b a s ic a lly , B o n A p p é t it , C le v e r, C o n d é N a s t T r a v e le r, e p ic u r io u s , G la m o u r, G Q , G Q S t y le , h e a lt h y is h , H IV E , L a C u c in a It a lia n a , L O V E , P it c h f o r k , S e lf , T e e n V o g u e , t h e m . , T h e N e w Y o r k e r, T h e S c e n e , V a n it y F a ir, V o g u e , W ir e d .

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F r a n c e : A D , A D C o lle c t o r, G e rm In d ia It a ly : A D , C o n d é N a s t T r a v

P U B L IS H E D U N D E R J O IN T V E N T U R E B r a z il: C a s a V o g u e , G la m o u r, G Q , V o g u e R u s s ia : A D , G la m o u r, G la m o u r S t y le B o o k , G Q , G Q S t y le , T a t le r, V o g u e . N

ICONO INMORTAL

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El Reverso, uno de los relojes más importantes de la historia, cumple 90 años y para celebrarlo se podrá participar este otoño en un taller de descubrimiento y en una visita guiada a la manufactura que lo hizo posible, Jaeger-LeCoultre.

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U k r a in e : V o g u e , V o g u e M a n .

O F IC IN A S : F R A U S A : 1 G R A N B R E T A Ñ A IT A A L E M A N E S P A Ñ A : P A U S T R A L IA

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FOTOGRAFÍAS: CORTESÍA DE LAS FIRMAS.

C o n d é N a s t is a g lo b a l m e d ia c o m p a n y p r o d u c in g p r e m iu m c o n t e n t w it h a fo o t p r in t o f m o r e t h a n 1 b illio n c o n s u m e r s in 3 2 m a r k e t s . c o n d e n a s t .c o m

EMBAJADOR DE ALTURA L O N G I N E S . La manufactura tiene nuevo embajador y es uno de los actores del momento: Regé-Jean Page, cuyo caché se ha disparado a la estratosfera gracias a B r i d g e r t o n , el exitoso drama de época de Netflix.

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J A E G E R - L E C O U L T R E .

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O C T .2 1


Un apasionante repaso a la cara b de la historia reciente

GABINETE POP p o r N O E L

C E B A L L O S

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EL NAUFRAGIO DEL TITÁN El escritor norteamericano Morgan Robertson publica su novela corta F u t i l i d a d , o e l n a u f r a g i o d e l T i t á n , sobre un teniente taciturno que, tras caer en desgracia, busca trabajo a bordo de un transatlántico teóricamente insumergible. Robertson imaginó la historia nada menos que 14 años antes de la tragedia del Titanic, luego las comparaciones entre la realidad de 1912 y su ficción resultan altamente espeluznantes. El colosal barco de su obra, por ejemplo, también se hunde tras chocar contra un iceberg en el Atlántico norte, pero es que ambos, el real y el imaginario, fueron botados durante el mes de abril y poseían incluso el mismo número de mástiles. Por no hablar, claro, de la similitud casiexacta en sus nombres… Los editores de F u t i l i d a d se lanzaron a publicar una nueva versión (subtítulo: L a n o v e l a q u e p r e d i j o e l n a u f r a g i o d e l T i t a n i c ) para intentar aprovechar la popularidad del suceso en la prensa de la época, mientras que Robertson decidió pasar el resto de su carrera literaria mirando en su bola de cristal. El relato M á s a l l á d e l e s p e c t r o , sobre una guerra futura entre Estados Unidos y Japón a principios del siglo XX, no tuvo el mismo efecto sobre la realidad que su visionario Titán, pero el tipo se creía en racha. Incluso afirmó haber inventado el periscopio en un cuento sobre submarinos que escribió en 1905, pero no: la misma Marina a la que él perteneció en su juventud tenía registrada la patente desde hacía tres años. Es decir, que éste síque fue un caso del arte imitando a la vida. A Ñ O

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