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No Circuito
IndústrIa eletroeletrônIca cresce 7% em 2021
De acordo com balanço anual da Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, a indústria eletroeletrônica encerrou 2021 com faturamento de R$ 214,2 bilhões e crescimento real (descontada a inflação do setor) de 7% na comparação com 2020. O resultado também é 6% maior do que o obtido em 2019. Os dados apontam ainda aumento de 3% da produção de bens do setor em 2021 em relação ao ano anterior, com elevação de 4% na área elétrica e incremento de 1% na área eletrônica. Além disso, a entidade detectou que a produção se recuperou da queda de 2020, ficando 1% acima do patamar apontado em 2019. “Conforme prevíamos no final de 2020, quando estávamos confiantes de que 2021 nos faria retomar os investimentos e os planos de expansão, tivemos um ano bom, com desafios superados e tantos outros que ainda temos pela frente”, disse o presidente do Conselho de Adminis tração da Abinee, Irineu Govêa.
Entre os principais problemas enfrentados pela indústria eletroeletrônica em 2021, a entidade destacou as dificuldades na aquisição de matérias-primas e componentes, principalmente semicondutores; e os gargalos logísticos, com o aumento expressivo dos preços dos fretes e a alta do dólar. Por outro lado, a utilização da capacidade instalada passou de 78% em dezembro de 2020 para 80% no final de 2021. O número de empregados no setor cresceu de 247,3 mil em dezembro de 2020 para 266 mil funcionários no final de 2021, representando elevação de 8%, ou seja, incremento de 19 mil trabalhadores. De acordo com a Abinee, com exceção do mês de dezembro de 2020, o nível de emprego da indústria eletroeletrônica tem aumentado a cada mês desde junho de 2020, acumulando incremento de quase 32 mil funcionários nos dois últimos anos.
Por sua vez, as exportações do setor cresceram 26% em 2021, passando de US$ 4,5 bilhões para US$ 5,6 bilhões, voltando aos níveis de 2019 (US$ 5,6 bilhões). Já as importações aumentaram 26%, de US$ 31,4 bilhões, em 2020, para US$ 39,4 bilhões este ano. Na comparação com 2019, o crescimento também foi expressivo, de 23%. Com isso, o déficit da balança comercial atingiu US$ 33,8 bilhões, 26% superior ao apresentado em 2020.
No caso das exportações, todas as áreas do setor tiveram alta, com variações entre 9% (GTD - Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica) e 44% (Utilidades Domésticas). Segundo a Abinee, os componentes para equipamentos industriais foram os itens mais exportados do setor, somando US$ 721 bilhões, 35% acima de 2020. Notou-se também elevação nas vendas para todas as regiões. Os principais destinos das exportações do setor continuaram sendo os países da Aladi e os Estados Unidos, que juntos representaram 71% do total.
Por sua vez, em relação às importações, a previsão é de que todas as áreas registrem taxas positivas, com destaque para GTD e Utilidades Domésticas, cujos incrementos atingiram 54%, nos dois casos. Os semicondutores foram os produtos mais importados do setor, totalizando US$ 5,5 bilhões (+23%). Houve também aumento expressivo nas compras externas de módulos fotovoltaicos (+98%), que passaram de US$ 1 bilhão em 2020 para US$ 2 bilhões em 2021. Os países da Ásia foram as principais origens das importações de bens do setor, participando com 73% do total, sendo que apenas a China representou 49%.
Em relação aos investimentos, as projeções apontam crescimento de 25%, totalizando R$ 3,6 bilhões, o que representa 1,7% do faturamento.
Desempenho por áreas - A área de GTD - Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica registrou elevação do faturamento de 3%. No caso da Geração, a iminência da crise hídrica antecipou projetos eólicos, termoelétricos e solares, de acordo com a entidade. O segmento de Transmissão contou com negócios
Irineu Govêa, presidente do Conselho de Administração da Abinee: “Tivemos um ano bom, com desafios superados e tantos outros que ainda temos pela frente”
Principais indicadores da indústria eletroeletrônica
Indicador 2019 2020 2021 2021* x 2020
Faturamento (R$ milhões) 153007 173192 214234 24%
Faturamento (US$ milhões) 38774 33579 39820 19% Produção física (variação % no ano) 0,1 -2,2 3,0 Exportações (US$ milhões) 5631 4478 5630 26% Importações (US$ milhões) 32034 31401 39453 26% Saldo (US$ milhões) -26403 -26923 -33823 26% Número de empregados (mil) 234,5 247,3 266,0 8% Utilização da capacidade instalada (%) 78 78 80 Investimentos (R$ milhões) 2754 2910 3642 25% Investimentos (% do faturamento) 1,80 1,68 1,70 *projeção
decorrentes dos leilões que foram retomados em 2018. Por sua vez, em Distribuição, observou-se, em 2021, a retomada de investimentos que não foram realizados em 2020 devido à queda abrupta do consumo decorrente da pandemia.
Os negócios da área de Material Elétrico de Instalação (+1%) contaram com o aumento das pequenas obras e reformas, conhecidas como “formiguinhas”, estimuladas pelo home office. Esse comportamento já havia sido observado no ano passado e permaneceu, principalmente, no 1º semestre de 2021, aponta a Abinee. O mercado de bens de Automação Industrial (+7%) permaneceu aquecido devido à aceleração da transformação digital ocorrida nesses dois últimos anos em função da pandemia, que exigiu operações mais remotas e mais digitais. Os negócios da área de Equipamentos Industriais (+9%) foram beneficiados por investimentos de setores exportadores como papel e celulose, mineração, siderurgia e proteína animal.
O desempenho das indústrias fabricantes de Componentes Elétricos e Eletrônicos (+13%) variou de acordo com o ramo de atividade, com destaque para o aquecimento nas vendas de componentes destinados a bens de informática. A área de Informática (+17%) apontou resultado positivo novamente neste ano, registrando a maior taxa de incremento do setor, impulsionada pelo aquecimento do mercado de notebooks, decorrente do home office e ensino à distância, em função das medidas de isolamento decorrentes da pandemia de Covid-19. Conforme os dados do IDC, o mercado de notebooks cresceu novamente em 2021, com incremento de 35%, atingindo 6,8 milhões de unidades. A área de Telecomunicações teve crescimento real de 1%, o que representa incremento nominal de 12%. A elevação deve-se ao acréscimo de 12% no faturamento de telefones celulares e aumento de 11% no segmento de infraestrutura.
2022 - O setor eletroeletrônico espera um crescimento real (descontada a inflação) de 2% no faturamento, que deve alcançar R$ 233,3 bilhões em 2022. A Abinee também projeta elevação de 2% na produção e aumento de 2% no nível de emprego, que deve passar de 266 mil para 272 mil trabalhadores. As exportações devem crescer 5% (US$ 5,9 bilhões) e as importações, 7% (US$ 42,2 bilhões). Já a utilização da capacidade instalada deve apresentar elevação de 80% para 82%. Os investimentos deverão passar de 1,70% do faturamento para 1,72%, totalizando R$ 4 bilhões. Esse resultado deverá ser 10% acima do verificado em 2021.
Todas as áreas deverão apontar crescimentos em termos reais, exceto a de Informática, que deverá registrar queda de 5% em termos reais, que significa crescimento de 1% em termos nominais, após os incrementos significativos apontados nos últimos dois anos. As demais áreas deverão registrar crescimentos entre 2% e 7%, em termos reais (descontada a inflação).
Segundo a entidade, contudo, 2022 será um ano com muitos desafios, uma vez que os indicadores econômicos, conforme Boletim Focus do Banco Central, mostram um cenário de incertezas, com crescimento do PIB mais modesto, por volta de 0,5%, inflação em torno de 5% ao ano e taxa Selic no final do período de 11,25% ao ano. Outros pontos de atenção para 2022 são a oscilação da taxa de câmbio; crise hídrica e incertezas políticas, visto que 2022 será ano eleitoral. Mesmo com esses entraves, as sondagens realizadas pela Abinee indicam que 74% das empresas entrevistadas pretendem ampliar os investimentos em 2022 e 73% têm a intenção de aumentar o quadro de funcionários. Ainda para 2022, 65% das empresas projetam crescimento nas vendas/encomendas comparadas a 2021, 29% estabilidade e apenas 6% preveem queda.
Parceria amPlia eletroPostos em estradas
AEcoRodovias firmou uma parceria com a Volvo Car Brasil para a instalação de eletropostos em rodovias. Pelo acordo, a montadora vai disponibilizar carregadores para carros elétricos nas bases de atendimento ao usuário das nove concessionárias da EcoRodovias. “Em uma situação de baixa carga durante a viagem, os usuários de carros elétricos terão mais pontos de recarga disponíveis em nossas rodovias evitando, assim, as chances de uma pane”, avalia João Paulo Capelatto, gerente de Infraestrutura e Inovação na EcoRodovias.
A previsão é de que os equipamentos (wallbox) sejam instalados este ano na malha do grupo, que conta com rodovias de alto volume de tráfego como os sistemas Anchieta-Imigrantes, Ayrton Senna-Carvalho Pinto e a BR 101. Os pontos têm a finalidade de prover cargas para veículos de qualquer montadora e não terão custo para os usuários das rodovias. De acordo com Rafael Ugo, diretor de marketing Latam Hub da Volvo Car Brasil, a companhia instalará o mesmo modelo dos carregadores que já
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Carregadores para carros elétricos serão disponibilizados nas bases de atendimento ao usuário das concessionárias da EcoRodovias
possui espalhados por todo o Brasil em shoppings, supermercados, hotéis, etc.
De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o total de automóveis e comerciais leves eletrificados já em circulação no Brasil chega a quase 73 mil. Segundo a entidade, o número está em constante crescimento.
Plataforma avalia eficiência de edificações
Em um convênio entre o Procel - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, da Eletrobras, e o CBCS Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, passou a ser disponibilizada na internet uma nova plataforma eletrônica para avaliar o consumo de energia em edificações. Tratase da plataforma De sem penho Energético Operacional (DEO), que pode ser acessada gratuitamente no site https://plataformadeo.cbcs.org.br/.
A ferramenta contempla 17 tipologias de edifícios e permite avaliar o nível de eficiência energética das unidades, com meta de auxiliar na implementação de medidas de adequação do gasto de energia. Foram desenvolvidas equações de benchmark para cada tipo de edificação, que funcionam como referências de consumo de energia.
Nesse universo de edificações, há modelos para agências bancárias, vários tipos de hotéis (resort, vertical de médio e grande porte, de pequeno porte e pousada), shopping centers, supermercados, comércio de varejo de pequeno e grande porte, restaurantes e preparação de alimentos, escolas, universidades e instituições de ensino técnico, hospitais, posto de saúde e de assistência social e data centers. Há também modelos para edifícios corporativos e públicos.
Com as equações da ferramenta, e a inserção dos dados das edificações nas
Procel coordena coleta pública de sugestões
aEletrobras, por meio do Procel - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, recebeu contribuições do público em geral sobre eficiência energética em edificações para o desenvolvimento de uma Análise de Impacto Regulatório (AIR) da compulsoriedade do Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações (PBE Edifica) e de um plano de implementação, a fim de guiar os agentes públicos.
O intuito da tomada de subsídios da AIR, com a coleta pública de sugestões, é impulsionar a conservação de energia dos edifícios, com a definição de um modelo obrigatório de avaliação da eficiência energética das edificações construídas no País. Atualmente, a avaliação é feita voluntariamente pelo PBE Edifica.
“No Brasil, o setor de edificações é responsável por mais de 50% do consumo de energia elétrica, sendo um setor estratégico para potenciais melhorias e ganhos de eficiência no contexto da transição energética. O sucesso desse projeto depende da participação da sociedade para juntos construirmos um futuro mais eficiente e limpo em nossas cidades”, explica Estefânia Neiva de Mello, arquiteta e urbanista da Eletrobras e coordenadora do Grupo Técnico para Eficientização de Energia em Edificações.
plataformas, é possível fazer a comparação entre edifícios da mesma tipologia, levando em consideração características específicas, como localização geográfica, sistemas instalados, envoltória e entorno da construção. Além disso, os gestores de edificações também podem utilizar as equações disponíveis para formar seu próprio banco de dados de consumo.
Segundo divulgação do Procel, a plataforma funciona como primeira etapa de análise de desempenho energético de uma edificação. A partir daí, com os resultados, torna-se possível entender se o uso da energia está adequado em comparação com outras edificações de mesma tipologia e, se neces-
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Disponível de forma gratuita na internet, o sistema DEO foi criado em parceria do Procel com o CBCS para avaliar o consumo de energia em edificações
sário, planejar a realização de medidas para a otimização do consumo.
SP vai financiar PeSquiSaS Sobre energia doS reSíduoS
Aagência paulista de fomento à pesquisa, a Fapesp, e a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo lançaram chamada conjunta para apoiar projetos de pesquisa na área de valorização de resíduos urbanos e agroindustriais com aplicação em bioenergia. O edital faz parte do Bioen Programa de Pesquisa em Bioenergia e recebe propostas até 31 de março de 2022.
Com reserva de R$ 13 milhões para apoiar os projetos aprovados, os interessados devem elaborar propostas de pesquisa em uma das cinco áreas temáticas da chamada: tratamento e pré-processamento de resíduos; desenvolvimento de rotas de conversão e aplicação de conceitos de economia circular com fins de redução do impacto ambiental; otimização dos sistemas regionais de coleta e tratamento com vista à produção de bioenergia; superação de barreiras culturais, institucionais e políticas para a implantação desses sistemas; e processos de produção e uso de biometano e hidrogênio a partir de biogás.
A chamada tem também cinco modalidades de apoio. Três são instrumentos de fomento a trabalhos de pesquisadores e as outras duas de fomento à inovação, com apoio voltado à pesquisa científica e tecnológica em micro, pequenas e médias empresas no estado de São Paulo. Mais informações podem ser obtidas em https://fapesp.br/15182/chamada-depropostas-fapespbioen-pesquisas-emvalorizacao-de-residuos-urbanos-eagroindustriais-para-bioenergia.
gruPo gera inveSte em eficiência energética
OGrupo Gera, companhia nacional que atua com comercialização e geração de energia renovável, vai investir R$ 10 milhões na startup Diel Energia, desenvolvedora de plataforma de gestão de refrigeração para o mercado corporativo, com o objetivo de ampliar as soluções de eficiência
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Startup Diel Energia, desenvolvedora de plataforma de gestão de refrigeração para o mercado corporativo, vai receber o investimento com o objetivo de ampliar as soluções de eficiência energética para equipamentos de climatização no País
energética para equipamentos de climatização no País. Com os recursos, a startup pretende expandir as operações para todo o Brasil, passando dos atuais 5 mil para 30 mil dispositivos instalados no setor privado. Segundo a Diel, a parcela de consumo elétrico destinado à refrigeração em diversos segmentos pode corresponder de 60% a 80% do total da fatura. A empresa estima, em média, que seu serviço promove redução de 15% no consumo de energia dos seus clientes, podendo em alguns casos reduzir até 40% do total da fatura.
A Diel Energia também planeja executar projetos-pilotos em grandes players do varejo nacional, além de promover mais melhorias na ferramenta e no software, como por exemplo a integração com sistemas de monitoramento já existentes, sendo possível monitorar qualquer tipo de máquina de ar-condicionado. “Todas as empresas com operação crítica que dependem do bom funcionamento do sistema de refrigeração possuem o desafio de aumentar a eficiência energética. Nesses casos, é necessário que os equipamentos estejam sempre funcionando para o sucesso da operação, como é o caso, por exemplo, de hospitais, clínicas e frigoríficos”, comenta Victor Arcuri, diretor e fundador da Diel Energia. No último ano, a startup registrou um crescimento de mais de dez vezes nos negócios, impulsionado pela maior busca por redução de custo na conta de luz e o consequente aumento de competividade no setor produtivo.
EmaE modErnizará usina subtErrânEa
AEmae - Empresa Metropolitana de Águas e Energia vai investir R$ 105 milhões na modernização das seis unidades geradoras da usina subterrânea do Complexo Henry Borden, em Cubatão. Segundo a empresa, a mudança, que inclui a substituição de equipamentos obsoletos e em final de vida útil, proporcionará a atualização tecnológica e adequação de processos. Serão trocadas peças como reguladores de velocidade e tensão e inseridos sensores nas máquinas para possibilitar a digitalização das informações, proporcionando uma operação remota e automatizada. Do total de geradores, dois deles (15 e 16), que estão em operação desde 1960, passarão por um retrofit, incluindo a modernização dos enrolamentos estatóricos e rotóricos, o que resultará na sua repotenciação. A expectativa é que haja um acréscimo de 3 MW nos geradores 15 e 16, ou seja, cada gerador passaria de 70 MW para 73 MW, com o mesmo volume de água passando pelas turbinas. O acréscimo de potência será aferido durante os testes operacionais em carga das unidades, quando será verificado o aumento da eficiência do conjunto turbina-gerador. Com isso, a potência da seção subterrânea passaria de 420 MW para 426 MW. Entre outros benefícios das substituições, a companhia destaca o aumento da confiabilidade operacional e menor necessidade de manutenção dos equipamentos, bem como a possibilidade de os operadores trabalharem de outros locais, fazendo a operação remota da usina. O consórcio formado pelas empresas Voith Service Voith Hydro foi o vencedor do processo licitatório e realizará o projeto. Os trabalhos deverão ser iniciados em fevereiro e finalizados em 36 meses.
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Troca de equipamentos e atualização tecnológica devem aumentar potência do empreendimento de 420 MW para 426 MW
EnErgisa dEsEnvolvE rEligador
AEnergisa inaugurou recentemente em Atibaia, SP, uma fábrica que produzirá religadores monofásicos em parceria com a HartBR, desenvolvedora do equipamento e responsável pela sua produção e comercialização. O empreendimento é resultado de um projeto de pesquisa que criou, segundo a empresa, um novo modelo de religador.
Denominado religador Rocket 1, o equipamento é o primeiro produto comercial da Energisa criado a partir de recursos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica. Além de utilizar os equipamentos em suas distribuidoras, a Energisa também os comercializa para outras concessionárias que atuam nos mercados brasileiro e estrangeiro. Segundo a empresa, a instalação dos religadores melhora a qualidade da prestação do serviço de distribuição de energia para os clientes e garante a melhoria dos indicadores
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Unidade tem capacidade de produzir até 250 religadores por mês Portugal, Es panha, Reino Unido, Moçambique e Angola. A Energisa também firmou parceria com a multinacional Hubbell, com matriz nos Estados Unidos, para distribuição dos produtos em território norte-americano e também no Canadá.
de continuidade do serviço na faixa de 60% a 70% nos pontos onde são instalados. “O novo religador representa uma solução concreta para melhorar a gestão da rede de distribuição e consequentemente a qualidade do serviço prestado aos nossos clientes. Adicionalmente diversifica as oportunidades de negócio com a comercialização de produtos”, afirma Alexandre de Castro, Gerente de Inovação da Energisa.
O modelo desenvolvido pela companhia possibilita operação remota por meio de um rádio embarcado no próprio equipamento, sem a necessidade de utilizar nenhum componente adicional instalado no poste, garante a Energisa. Além disso, armazena energia em supercapacitores que, diferentemente de baterias, foi projetado para ter o mesmo tempo de vida útil do equipamento e não requer substituições periódicas. Segundo a empresa, essas duas características reduzem consideravelmente os custos de manutenção das concessionárias. Outro destaque é que, após suas operações e tentativa de religamento de energia, ele não se desconecta fisicamente da rede, o que permite ao operador do sistema enviar comando remoto ao religador e reestabelecer o fornecimento de energia à distância mais rapidamente, evitando a necessidade de envio de uma equipe ao local de instalação do equipamento e reduzindo custos.
Na nova fábrica, são feitos a montagem e os testes de produção dos equipamentos. A unidade tem capacidade de produzir até 250 religadores por mês. Segundo a companhia, há contratos com distribuidoras na Colômbia, México, Costa Rica,
Copel vai investir r$ 2 bilhões em 2022
ACopel anunciou investimentos de R$ 2,067 bilhões nos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia em 2022. A maior parte dos recursos (77%) será aplicada na ampliação e melhoria da rede de distribuição, que atende 393 dos 399 municípios do Paraná. “Estes investimentos vão garantir a continuidade do plano de modernização da nossa rede de distribuição, reforçando a capacidade de fornecer energia com qualidade e o mínimo de interrupções possível”, explica o presidente da Copel, Daniel Slaviero.
A distribuição de energia tem sido um dos focos da concessionária. Entre 2019 e 2022, os investimentos destinados à área somam R$ 4,8 bilhões, quase 60% do total aportado pela companhia em quatros anos. Um dos destaques é o programa Paraná Trifásico, que está substituindo a rede rural existente por uma rede mais moderna, com cabos protegidos e capacidade de comunicação remota. Ao todo, serão investidos R$ 2,1 bilhões em obras no programa. Em 2021, o projeto concluiu mais de 6 mil quilômetros de redes, ou 25% do total em todas as regiões do Estado, afirma a companhia.
Outro destaque nos investimentos da Copel é o programa Rede Elétrica Inteligente, que foi lançado em 2020 e está promovendo a automatização
Companhia avança na construção de complexo eólico no RN
até maio, a Copel pretende inaugurar o Complexo Eólico Jandaíra, no Rio Grande do Norte. Estão sendo instalados 26 aerogeradores divididos em quatro parques eólicos nos municípios de Jandaíra e Pedra Preta, somando potência total de 90,1 MW, suficiente para atender ao consumo de 250 mil pessoas. Junto aos parques, estão sendo instaladas uma subestação e uma linha de transmissão de 16 km que vai operar em 230 kV e escoar a energia elétrica a ser gerada no Complexo para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Os cabos de energia já estão sendo lançados. As obras da nova subestação Jandaíra atingiram 60% de execução e devem ser concluídas até março.
O complexo eólico está orçado em R$ 411 milhões. A futura produção de energia elétrica foi vendida pela Copel pelo preço de R$ 98,00 o MWh no leilão de energia nova A-6, promovido no dia 18 de outubro de 2019, pela Aneel - Agência Nacional de Ener gia Elétrica. Os contratos terão 20 anos de duração e o início do fornecimento está previsto para 2025.
na rede do Estado. De acordo com o presidente da Copel, já na primeira fase, 151 municípios das regiões Leste, Centro-Sul, Sudoeste e Oeste vão receber a rede de distribuição de energia automatizada. Estão sendo aplicados nesta primeira etapa R$ 820 milhões. Com o novo sistema, as unidades consumidoras estão recebendo medidores digitais, que se comunicam diretamente com a central de operação da Copel. Segundo a companhia, a tecnologia reduz o tempo de desligamento provocado por intempéries e outros fatores externos ao sistema. Além disso, torna possível a leitura de consumo à distância e permite que o cliente tenha autonomia para monitorar seu consumo de energia, entre outros benefícios.
EngiE Brasil no ranking gloBal dE sustEntaBilidadE
Elaborado pela Corporate Knights, empresa canadense de consultoria em mídia e investimentos, o ranking das 100 empresas mais sustentáveis do mundo em 2022 traz a Engie Brasil Energia na 23a posição. A Corporate Knights elaborou a lista com base em uma avaliação de 6914 empresas de todo o mundo com mais de US$ 1 bilhão em receitas. As empresas do Global 100 de 2022 obtêm 47% de seus ganhos de produtos ou serviços classificados como “limpos” e direcionam 48% de seus gastos de capital, P&D e aquisições para investimentos limpos. Cada corporação é avaliada por um conjunto de até 23 indicadores ambientais, sociais e de governança em relação aos seus pares da indústria, utilizando informações publicamente disponíveis.
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O ranking foi criado em 2005, mas empresas nacionais ou com operações brasileiras passaram a ser reconhecidas em 2010. A Engie Brasil, subsidiária brasileira do megagrupo de energia francês Engie, aparece no ranking pela terceira vez. As outras duas empresas brasileiras na lista deste ano são o Banco do Brasil, na 21a posição, e a Natura, na 88a .
A gigante dinamarquesa Vestas Wind Systems, fabricante de turbinas eólicas, é a primeira colocada da lista de 2022, que conta com outras multinacionais da área de energia elétrica, como a francesa Schneider Electric (3a), a espanhola Iberdrola (25a), a francesa Legrand (31a), a norte-americana SunPower (39a) e as chinesas LONGi (47a) e BYD (100a).
A lista completa pode ser consultada no website da Corporate Knights: https://www.corporateknights.com.
NOTAS
Fornecimento – A Siemens entregou 180 painéis isolados a gás de média tensão para uma planta da Bracell, produtora de celulose solúvel. Os equipamentos do modelo 8DA10 foram instalados na unidade localizada em Lençóis Paulista, no interior de São Paulo. O projeto envolveu ainda o fornecimento de relés de proteção, cabeamento, automação elétrica e sistemas de medições. O fornecimento dos painéis 8DA10 pela Siemens integra um projeto mais amplo voltado para a unidade da Bracell de Lençóis Paulista e que envolve também a Siemens Energy. A companhia entregou para a empresa de papel e celulose três turbogeradores a vapor com capacidade de geração total de quase 420 MW, produzidos na unidade fabril da Siemens Energy em Jundiaí. O fornecimento incluiu ainda uma subestação turnkey de 440 kV com quadro isolado a gás (GIS), fabricada em Xangai, na China. Biogás – A Vivo inaugurou recentemente em Santos sua primeira usina de geração distribuída de biogás no estado de São Paulo. Construída em parceria com o Grupo Gera, a usina está instalada em uma área de 1490 metros quadrados, junto ao aterro Terrestre Ambiental, e produzirá 20.850 MWh/ano, que suprirá o consumo de mais de mil unidades da Vivo, como lojas, escritórios, antenas e equipamentos de transmissão, localizados na área de concessão atendida pela distribuidora CPFL Piratininga. A iniciativa integra a estratégia da Vivo para ampliar a produção própria de energia de fontes renováveis. A empresa já conta com 21 usinas em operação, produzindo energia a partir de fontes solar, hídrica ou de biogás. Juntas, elas já abastecem 7450 unidades consumidoras da empresa e produzem 187.289 MWh/ano. Outras 62 usinas serão implantadas pela Vivo em 2022.
Suporte – A Rockwell Automation desenvolveu um novo modelo de suporte chamado Acordo de Serviços Integrados, com objetivo de simplificar o acesso a serviços críticos, diminuir custos e fornecer suporte prioritário aos clientes. A iniciativa permite que as empresas selecionem um pacote de acordo com suas necessidades, fazendo com que qualquer serviço selecionado seja facilmente acionado através de um único número de telefone. Desta forma, os clientes são atendidos por especialistas e recebem atendimento prioritário. A solução permite ainda que as empresas obtenham suporte técnico 24 horas por dia em 7 dias por semana, além de garantir serviços de campo, remanufatura, relatórios e análises, e-learning, entre outros. Segundo a companhia, o contrato de suporte possibilita ainda melhorar a eficiência operacional, fornecendo visibilidade quanto à utilização dos serviços e os dados necessários para a tomada de decisões, proporcionando ferramentas de suporte virtual, recursos de aprendizagem e modernas ferramentas de treinamento às empresas, entre outros benefícios.