22 minute read
No Circuito
EnEl X E Estapar invEstEm Em rEcarga sEmipública
EDP lança app para localização de eletropostos públicos
AEnel X, empresa de soluções energéticas da Enel Brasil, e a rede de estacionamentos Estapar firmaram um acordo para criar a primeira rede de carregamentos de veículos elétricos semipública do Brasil. As duas empresas vão viabilizar, em uma etapa inicial, 250 estações de recarga em cerca de 100 pontos localizados em estacionamentos da Estapar nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Distrito Federal. O projeto deverá ser concluído em fevereiro de 2021.
As estações serão equipadas com dispositivos que contam com carregamento inteligente semirrápido, abastecendo 80% da bateria de automóveis elétricos e de híbridos plug-in em aproximadamente 3 horas. O acordo entre a Enel X e a Estapar estabelece gratuidade do serviço de carregamento dos veículos elétricos para clientes das empresas parceiras do projeto, em especial as companhias do setor automotivo. O modelo de negócio prevê que as fabricantes de automóveis e outros interessados, com base em uma assinatura mensal, concedam esse benefício aos seus clientes. Para usufruir da gratuidade, o usuário deverá se cadastrar no aplicativo Vaga Inteligente da Estapar para confirmar a sua elegibilidade de acesso ao sistema. Neste caso, o proprietário do veículo não terá custo adicional além do valor de estacionamento durante o período do benefício.
Segundo a empresa, um dos diferenciais do projeto idealizado entre a Enel X e a Estapar é a experiência proporcionada ao cliente, que poderá visualizar em tempo real os pontos de recarga, chamados de Ecovagas, dirigir-se até o local e recarregar seu veículo em poucos minutos. De acordo com a Enel, as Ecovagas contam com a segurança de profissionais para o gerenciamento das instalações, manutenção da rede real time, energia e gerenciamento por meio de tecnologia e software que permitem o nível de serviço e de funcionamento dos equipamentos. As 250 Ecovagas serão instaladas em estacionamentos premium administrados pela Estapar, como shopping centers, aeroportos, hospitais, arenas, prédios comerciais e instituições de ensino. As estações de recargas serão disponibilizadas em 23 cidades em 10 estados, como São Paulo (SP), Guarulhos (SP), Barueri (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Aracaju (SE), Recife (PE), Salvador (BA), Brasília (DF), Campinas (SP) e Fortaleza (CE). No médio e longo prazo, a intenção das duas empresas é expandir a quantidade de pontos da rede de recarga para outros locais, como restaurantes, outras redes de estacionamento e locais públicos.
aEDP Smart lançou recentemente no Brasil o aplicativo EDP EV. Charge Br, que tem o objetivo de facilitar o planejamento das recargas, permitindo a visualização da rede de eletropostos públicos da EDP, acompanhamento do histórico de recargas e a realização do desbloqueio dos equipamentos para uso a partir do celular. De acordo com a empresa, o app disponibiliza, em tempo real, informações sobre o status dos eletropostos (se há veículos carregando, ou se o equipamento conta com eventual problema ou limitação); mapa das estações de recarga (com localização e horário de funcionamento); notificações sobre o andamento do abastecimento; monitoramento do histórico de recargas e suporte em caso de dúvidas. Além disso, é possível solicitar o EDP EV.Card, cartão utilizado para iniciar as recargas nos eletropostos em modo offline, para os casos onde o usuário não esteja com o celular disponível. O cartão é enviado gratuitamente para o endereço selecionado pelo cliente.
A tecnologia do aplicativo foi desenvolvida pela Voltbras, startup focada no gerenciamento da recarga de carros elétricos, por meio do conceito de inovação aberta, com a integração dos profissionais da EDP e da Voltbras. “Hoje, contamos com um time de desenvolvedores com know how do setor que consegue atender da melhor forma pequenas e grandes empresas com tecnologia nacional, agilidade e abertura para customização”, afirma Bernardo Durieux, fundador da Voltbras.
Para utilizar o app, o usuário pode fazer o download na AppStore ou PlayStore e realizar seu cadastro. No eletroposto desejado, o desbloqueio do equipamento pelo app é feito por meio de um QR Code ou um código numérico de seis dígitos. O download do app EDP E.V Charge Br está disponível em https://play.google.com/store/apps/details? id=pt.edp.evcharge.br ou https://apps.apple. com/br/app/edp-ev-charge-br/id153894 3600. A EDP possui atualmente 50 pontos de carregamento ativos no País. Até o final de 2022, a companhia espera triplicar os pontos de carregamento. Por meio da EDP Smart, a empresa também comercializa carregadores elétricos residenciais.
A recarga de 80% da bateria de automóveis elétricos e de híbridos plug-in deve ocorrer em aproximadamente 3 horas
IndústrIa eletroeletrônIca cresce 1% em 2020
Ofaturamento da indústria eletroeletrônica fechou 2020 com R$ 173,4 bilhões, o que representa crescimento nominal de 13% em relação a 2019 (R$ 153 bilhões), de acordo com balanço realizado pela Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica. Em termos reais, ou seja, descontando a inflação do setor, que em 2020 atingiu 12% de acordo com o IPP - Índice de Preços ao Produtor do IBGE, o incremento é de 1%. Segundo a entidade, o setor eletroeletrônico iniciou o ano com expectativas favoráveis, mas já em fevereiro começou a sentir os efeitos da Covid-19, representada pelas dificuldades de abastecimento de componentes da China. A retomada da atividade foi iniciada a partir do 3o trimestre de 2020, de acordo com a Abinee.
Os dados apontam que a produção industrial de bens eletroeletrônicos apresentou queda de 2% em 2020 em relação ao ano anterior. Já a utilização da capacidade instalada passou de 78% no final de 2019 para 75% no final de 2020. Por sua vez, o número de empregados no setor aumentou de 234,5 mil em 2019 para 243,0 mil no final de 2020, representando elevação de 4%. Entre os meses de março e maio, o nível de emprego teve fortes quedas, chegando a perder 14 mil postos de trabalho no período. Porém, a partir de junho do ano passado, o número de empregos voltou a crescer, ultrapassando patamares registrados antes do início da pandemia.
As exportações recuaram 21% em relação a 2019, passando de US$ 5,6 bilhões para US$ 4,4 bilhões. Apenas a área de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica (GTD) apresentou crescimento (18%), com a elevação de 171% nas exportações de grupos eletrogêneos. Nas demais, as quedas nas vendas externas variam entre -13% (Utilidades Domésticas) e -51% (Automação Industrial). A retração nas exportações atingiu quase todas as regiões, com exceção dos demais países da Ásia exceto a China (+12%). Porém, a participação destes países no total das exportações de bens do setor não foi muito expressiva em relação às demais regiões, atingindo 6%, aponta o balanço. Os principais destinos das exportações do setor continuaram sendo os Estados Unidos e Aladi, que juntos representaram 70% do total.
As importações registraram queda de 10%, passando de US$ 32 bilhões, em 2019, para US$ 28,9 bilhões, em 2020, o que reflete o baixo nível de atividade da indústria. A desvalorização cambial também provocou a retração das importações, uma vez que o dólar em 2019 estava sendo cotado a R$ 3,95 e em 2020 atingiu R$ 5,17 (média anual). A queda de importações foi verificada em todas as áreas do setor, que variaram entre -1% (Telecomunicações) e -17% (Utilidades Domésticas).
Com exceção da Argentina, recuaram as compras externas de todas as regiões analisadas. Contudo, a participação desse país no total das importações do setor foi de apenas 0,5%, aponta a Abinee. Os países da Ásia foram as principais origens das compras externas de bens do setor, participando com 73% do total, sendo que apenas a China representou 47%. Com isso, o déficit da balança comercial atingirá US$ 24,5 bilhões, resultado 8% inferior ao apresentado em 2019 (US$ 26,5 bilhões). Desempenho por áreas - O faturamento real da área de GTD apresentou estabilidade em 2020, de acordo com a Abinee. No caso da Geração, houve expansão de investimentos para atender o mercado livre. Na Transmissão, o faturamento foi resultado dos negócios já em andamento, decorrentes dos leilões dos últimos anos, especialmente, de 2017 para cá. E na Distribuição, observou-se aumento dos investimentos das distribuidoras com o objetivo de garantir o fornecimento de energia durante a pandemia. De acordo com Marcelo Machado, diretor da área de GTD da Abinee, a evolução desse segmento está conectada à sua essencialidade durante a pandemia. “Observamos
Indicadores da indústria elétrica e eletrônica que os players do mercado de Indicador 2019 2020 2020 x 2019 infraestrutura do setor eléFaturamento nominal 153007 173408 13% trico estavam preocupados Faturamento (US$ milhões) 38774 33516 -14% em evitar problemas com a Produção física (variação no ano) 0,2% -2,0% - operação do sistema. E por Exportações (US$ milhões) Importações (US$ milhões) 5579 4393 -21% 32032 28858 -10% isso a importância de manter Saldo (US$ milhões) -26453 -24464 -8% os investimentos. Então, boa Número de empregados (mil) 234,5 243,0 4% parte do que era planejamenUtilização da capacidade instalada (%) 78% 75% - to de investimentos foi feito; Investimentos (R$ milhões) 2754 2913 6% em alguns aspectos, houve Investimentos (% do faturamento) 1,80% 1,68% - até incremento para garantir o desempenho do sistema”, afirmou. Já no segmento de energia renovável, segundo Machado, embora alguns leilões tenham sido cancelados, muitos projetos já estavam no planejamento do setor, fruto até de leilões anteriores, e foram mantidos. Além disso, de acordo com o diretor, a expectativa para 2021 é positiva. “Recentemente, foi publicado no Diário Oficial da União o planejamento dos leilões de compra de energia, o que oferece sustentação a esse segmento. Há ainda há perspectiva de continuidade de investimentos nessa área pelo setor privado”. Já o faturamento real da área de Material Elétrico de Instalação caiu 3%. Segundo a Abinee, o segmento não sofreu oscilações tão bruscas pois
as lojas de materiais de construção foram consideradas essenciais e continuaram abertas mesmo durante a quarentena, e houve aumento das pequenas obras e reformas durante o período de isolamento social.
Os desempenhos das empresas fabricantes de bens de Automação Industrial (-5%) e Equipamentos Industriais (-2%) variaram de acordo com os tamanhos dos projetos e com os segmentos de atuação. Os projetos grandes e de ciclo longo continuaram em andamento mesmo durante o pior momento da pandemia, afirma a entidade. Os efeitos mais nocivos foram verificados nos projetos menores e de ciclo curto, principalmente no 2o trimestre de 2020, porém já apresentando recuperação a partir do 3o trimestre. Também foi observado aumento nos negócios voltados a alguns segmentos de atuação, como alimentos, bebidas, farmacêuticos, ou seja, áreas que tiveram aumento na demanda durante a pandemia.
No segmento de Componentes Elétricos e Eletrônicos, a área de Informática (+17%) foi a única a apresentar crescimento em termos reais, em função principalmente do aquecimento do mercado de notebooks decorrente do home office e do ensino à distância na pandemia. A área de Telecomunicações teve queda real de 1%, o que representa crescimento nominal de 11%. O incremento é devido ao acréscimo de 19% no faturamento de telefones celulares, visto que o segmento de infraestrutura recuou 9%, segundo o relatório.
Perspectivas – Para 2021, esperase elevação de 12% no faturamento do setor eletroeletrônico, que deverá alcançar R$ 194 bilhões, com incremento em todas as áreas do setor, com variações entre +5% (Componentes Elétricos e Eletrônicos) e +20% (Informática). Descontando a inflação do setor, o crescimento real da indústria eletroeletrônica deverá ficar em 7%. Para este ano, a perspectiva é de que haja crescimento do PIB de 3,5%, in-
Marcelo Machado, diretor de GTD da Abinee: “Os players do mercado de infraestrutura do setor elétrico mantiveram investimentos. Em alguns aspectos, houve até incremento para garantir o desempenho do sistema.”
flação em torno de 3,3% ao ano e taxa Selic no final do período de 3% ao ano.
Em 2021, são previstos ainda crescimento de 6% na produção, aumento da mão de obra empregada no setor, que passará de 243,0 mil funcionários no final de 2020 para 249,5 mil no final de 2021, e elevação de 75% para 78% na utilização da capacidade instalada. As exportações deverão crescer 7% (US$ 4,7 bilhões) e as importações aumentarão 10% (US$ 31,6 bilhões). Conforme Sondagem realizada com os associados da Abinee, 75% das empresas projetam crescimento nas vendas/encomendas para 2021 em relação a 2020; 22%, estabilidade e apenas 3%, queda.
O relatório completo da Abinee pode ser acessado no link: http://www.abi nee.org.br/abinee/decon/decon15.htm.
Brametal entra no segmento de IlumInação PúBlIca
Com seu mercado com potencial de R$ 27,8 bilhões — valor correspondente à virtual modernização dos quase 19 milhões de pontos de luz do País, segundo levantamento do Banco Mundial —, a iluminação pública vem despertando interesse crescente de investidores e empresas de outros segmentos. A Brametal, que atua principalmente na área de estruturas metálicas para redes de transmissão de energia elétrica, anunciou recentemente o
Divulgação
No segmento de IP, a Brametal tem planos de dominar 50% do mercado nos próximos cinco anos, diz Alexandre Schmidt , diretor comercial e de marketing da Brametal
início de fabricação de postes, braços e suportes de iluminação pública, atraída por um mercado que fatura aproximadamente R$ 300 milhões por ano. “Prevemos faturar já neste ano R$ 58 milhões no segmento, correspondentes a 20% do mercado, e nosso pla nejamento é de chegar a 50% em cinco anos”, informa o diretor Comercial e de Marketing da empresa, Alexandre Queiroz Schmidt.
A Brametal está investindo R$ 8 milhões na montagem da nova fábrica, sendo a maior parte dos recursos destinados à compra de máquinas no Brasil e no exterior, pincipalmente para dobra dos perfis de aço. A fábrica está sendo instalada na unidade da empresa em Linhares, no Espírito Santo (a empresa tem outras unidades fabris, em Criciúma, SC, e Sabará, MG), num espaço antes destinado a suprimentos e almoxarifado, transferidos para outro local. Também foi estruturado um time de engenharia e uma equipe de vendas e marketing com experiência na área, além de 15 representantes que já atuavam com outras marcas no setor de IP. O novo negócio terá como gerente comercial Ernesto Ullrich, que possui 25 anos de experiência em vendas no segmento de iluminação pública e, segundo a empresa, é especialista em migração para tecnologia LED e em automação e telegestão de IP.
A empresa também contratou uma assessoria de marketing técnico para fazer o planejamento estratégico da atuação no novo mercado. “Chegaremos prontos”, diz Alexandre Schmidt. Uma das principais formas de atuação será a parceria com empresas vencedoras das licitações PPPs de iluminação pública das prefeituras.
De acordo com Schmidt, a fábrica ficará pronta em junho, mas a produção de braços e suportes terá início já em março. O diretor destaca ainda o design dos novos itens, inteiramente elaborado pela engenharia da Brametal, que resultou em produtos “mais resistentes e mais leves”. Um dos diferenciais é a galvanização própria a fogo, uma vez que a empresa á uma das maiores galvanizadoras das Américas, com cinco linhas de galvanização.
A produção da Brametal ultrapassa 180 mil toneladas/ano, e seu faturamento em 2020 foi de R$ 1,2 bilhão, sendo 95% provenientes do mercado de transmissão elétrica e o restante dividido entre os de telecomunicações e geração de energias renováveis, com o fornecimento de estruturas de suporte. Uma vantagem adicional da nova fábrica de produtos para IP é que as máquinas adquiridas são adequadas também a produção de estruturas para sistemas solares fotovoltaicos, informa Schmidt. “Com a demanda prevista para os próximos anos de energia solar, vai faltar fábrica no Brasil. As novas máquinas vão permitir um aumento da capacidade de estruturas para FV e acelerar a produção.”
Thyssenkrupp invesTe em hidrogênio verde
Adivisão de produtos de hidrogênio verde da Thyssenkrupp Uhde Chlorine Engineers fechou um contrato de engenharia para instalar uma planta de eletrólise da água de 88 MW para a empresa canadense de energia HydroQuébec, que é uma empresa estatal e uma das maiores fornecedoras de energia hidrelétrica da América do Norte. A usina de eletrólise da água será construída na cidade de Varennes, Quebec, e deverá produzir 11100 toneladas métricas de hidrogênio verde anualmente. Tanto o hidrogênio quanto o oxigênio, subprodutos do processo de eletrólise, serão usados em uma fábrica para produzir biocombustíveis a partir de resíduos para o setor de transporte. Segundo a empresa, a planta será uma
AES Tietê investe em geração com hidrogênio
aAES Tietê fechou uma parceria com a empresa Hytron e o Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI) para investir em um projeto de P&D Aneel para geração de energia com hidrogênio. A empresa pretende desenvolver um kit de adaptação para uso de H2 em grupo motogerador - GMG) e um eletrolisador nacional com o objetivo de viabilizar a produção de hidrogênio a custos compatíveis com o diesel. “O projeto visa substituir parcialmente o combustível fóssil e diminuir consideravelmente as emissões atuais de gases de efeito estufa. Hoje, é comum a utilização de sistemas de GMG a diesel principalmente como backup de energia, em horários de pico, zonas rurais e, também, em sistemas isolados, gerando impacto ambiental muito alto”, explica Julia Rodrigues, coordenadora de P&D e Inovação da AES Tietê.
Com investimento de aproximadamente R$ 4,2 milhões, a unidade de demonstração será construída, testada e avaliada. À Hytron foi destinada a tarefa de desenvolver o eletrolisador de baixo TCO (total cost of ownership), com materiais preferencialmente nacionais. Já o IATI está projetando um kit de conversão para que geradores a diesel possam atuar de forma híbrida, 50% H2 e 50% diesel, para ser utilizado nos ativos já existentes e depreciados.
Empresas da cadeia produtiva de GMG estimam que o tamanho desse mercado, no Brasil, gira em torno de 12 mil novas unidades por ano, assim como um parque instalado de 200 mil unidades. “Hoje não existem sistemas comerciais que permitam a utilização do hidrogênio em substituição ao diesel em GMG. Nossa estimativa de comercialização dos kits e eletrolisadores é de 0,1% do mercado no primeiro ano, com crescimento de 10% ao ano”, conclui Julia.
Unidade da STEAG, localizada em DuisburgWalsum, na Alemanha
das primeiras e maiores instalações de produção de hidrogênio verde do mundo. Denis Krude, CEO da Thyssenkrupp Uhde Chlorine En gineers, afirmou em nota que a região de Quebec e a parceria com a Hydro-Québec oferecem condições ideais para instalação da tecnologia de eletrólise da água em escala multimegawatt. O co mis sionamento está pro gramado para o fim de 2023. Segundo a Thyssenkrupp, a tecnologia de eletrólise da água fornecida pela empresa viabiliza módulos padrão de grande porte, que podem ser combinados para atingir capacidades nas faixas de multi-megawatts e gigawatts. “Com a expansão de nossa cadeia de fornecimento anual para um gigawatt, nossos grandes módulos-padrão e a presença global de nossa empresa como fornecedora EPC, já temos uma posição inicial ideal em um mercado que está se tornando mais dinâmico”, afirmou em nota Christoph Noeres, head de hidrogênio verde da Thyssenkrupp Uhde Chlorine Engineers.
A empresa também firmou uma parceria com a Thyssenkrupp Steel e a companhia de energia STEAG para elaborar um estudo de viabilidade com o objetivo de construir uma planta de eletrólise da água na unidade da STEAG na cidade alemã de Duisburg, a qual deverá fornecer hidrogênio verde e oxigênio para a usina siderúrgica da Thyssenkrupp Steel, no distrito de Bruckhausen. A usina de eletrólise projetada na unidade da STEAG deverá ter capacidade de até 500 MW, produzindo até cerca de 75 mil toneladas de hidrogênio verde por ano. Em nota divulgada à imprensa, Arnd Köfler, diretor de tecnologia da Thyssenkrupp Steel, afirmou que o hidrogênio é a chave para reduzir as emissões de CO2 na indústria siderúrgica. “Devemos definir o rumo do fornecimento hoje para que possamos produzir amanhã o aço neutro para o clima. Neste contexto, a cooperação entre três empresas sediadas na região é um elemento importante, lançaremos as bases de uma economia de hidrogênio”, disse. As parceiras planejam participar como investidoras e buscar financiamento privado e público para o projeto. A perspectiva é de que a Thyssenkrupp Steel aumente a demanda por hidrogênio verde. Nos próximos anos, a empresa espera que a conversão de um altoforno resulte em uma demanda anual de cerca de 20 mil toneladas de hidrogênio verde. A companhia prevê que essa demanda aumentará para cerca de 720 mil toneladas por ano até 2050, como resultado da conversão gradual das plantas e equipamentos.
EngiE lança app para Eficiência EnErgética
AEngie, que atua em geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas, lançou recentemente a Energy Planner, uma ferramenta virtual gratuita que ajuda estabelecimentos comerciais na identi-
Simulador permite consultar dados e gerar um relatório personalizado do consumo de energia da empresa
ficação de oportunidades de redução de consumo de energia elétrica. Segundo a empresa, o simulador permite consultar dados e gerar um relatório personalizado do consumo de energia de uma companhia. “Um bom gestor precisa conhecer os principais custos de uma empresa e quanto ela despende nas contas essenciais, como gasto de energia, por exemplo. Essa ferramenta será muito útil neste sentido para quem quiser usar a energia de maneira mais eficiente”, ressalta Matheus Amorim, diretor comercial de Soluções da Engie.
O ponto de partida para utilizar o app é o preenchimento de um questionário, que permite à ferramenta disponibilizar um breve diagnóstico energético automático, onde é possível ver o valor gasto com os diferentes grupos de consumo, como refrigeração, iluminação, ar-condicionado, entre outros, além das despesas totais em termos percentuais de cada item. O relatório também estima o volume de emissões de CO2 da empresa pelo consumo de eletricidade, o que permite um planejamento do negócio para uma transição energética rumo a uma economia de baixo carbono, afirma a companhia. O documento realiza ainda uma comparação com outros estabelecimentos comerciais do mesmo porte e região e analisa gastos com energia e utilidades.
Os consumidores do mercado cativo de energia elétrica contam também com análise de custo para migração para o mercado livre no app. O simulador inclui ainda análises de diversas soluções, como energia solar, eficiência energética e automação. Inicialmente, a ferramenta é voltada a setores como varejo, shoppings centers, supermercados, hotéis e hospitais, mas a previsão é que, a partir de março, esteja disponível também para segmentos industriais. O simulador está disponível em https://energyplanner. engie.com.br.
NeoeNergia: sistema para moNitorar barrageNs
ANeoenergia, da espanhola Iberdrola, desenvolveu equipamentos no Brasil para automatizar o monitoramento hidrológico de barragens e rios nas áreas onde estão localizadas as suas usinas hidrelétricas. Por meio de um projeto de Pesquisa e De senvolvimento (P&D Aneel) iniciado em 2017, foram criadas duas embarcações com equi-
Projeto P&D da Aneel permitirá previsão de volume e condições da água de reservatórios de suas hidrelétricas
pamentos para medir vazão e sedimentação, além de promover análise da qualidade da água de forma automatizada.
Com meta de criar tecnologia até dez vezes mais barata do que as importadas hoje utilizadas no País, os estudos vão gerar soluções para a previsão do volume e das condições da água que chegará aos reservatórios das hidrelétricas, o que influencia no aproveitamento dos recursos para geração de energia.
Segundo a Neoenergia, os novos equipamentos permitem a melhoria contínua da qualidade do trabalho de monitoramento hidrológico. Além disso, com a automação, há aumento da segurança dos colaboradores, que não precisam entrar nos rios para executar as medições.
Em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e outras instituições, a embarcação inclui, além dos equipamentos de medição da vazão e da qualidade da água, um microscópio que permite a análise da maior parte das partículas presentes na água, reduzindo a necessidade de avaliações em laboratório. Outra embarcação para avaliar o transporte de sedimentos nos rios foi produzida junto ao Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (Inesc TEC), de Portugal.
Os três produtos serão utilizados nas medições de campo feitas trimestralmente. Os protótipos serão testados em 2021 na Usina Hidrelétrica de Itapebi, no rio Jequitinhonha, entre Minas Gerais e Bahia. Em seguida, poderão ser utilizados nos demais ativos de geração hídrica da companhia – Baguari, Baixo Iguaçu, Belo Monte, Corumbá, Dardanelos e Teles Pires.
NOTAS
Programação diária – O ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico oferece uma nova funcionalidade no aplicativo ONS+ que permite aos usuários visualizar todas as fases (as atividades já concluídas e as pendências) da Programação Diária. O recurso possibilita ainda que os agentes confiram as informações estatísticas do que já foi enviado e acompanhem o andamento do estágio pós-Dessem. O aplicativo ainda deve receber novos recursos este ano, como um que deverá viabilizar a comunicação entre o Operador e os agentes, possibilitando trocar mensagens entre ambas as partes pelo próprio app, e outro que permita envio de ofertas e comentários por meio da ferramenta.
Inauguração – A distribuidora de materiais elétricos Elétrica Neblina inaugurou uma nova unidade em São Paulo, SP, com o objetivo de facilitar o atendimento e a disponibilidade de produtos. No novo espaço, o público terá um portfólio de produtos com mais de 30 mil itens, além de autoatendimento e profissionais especializados para auxiliar nos projetos elétricos e de iluminação. Em breve, a empresa deve oferecer o sistema de delivery para entregas em um raio de até 10 km.
Nacionalização – O Grupo Nordex obteve recentemente no Brasil o credenciamento do modelo de aerogerador N163/5.X junto ao BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, possibilitando a aquisição dos equipamentos por meio da linha de crédito Finame. Para obter o credenciamento, o Grupo Nordex desenvolveu, em parceria com seus fornecedores locais, dezenas de componentes que serão fabricados com certos níveis de material nacional e mão de obra brasileira. As naceles e hubs do modelo N163/5.X serão produzidos na fábrica da empresa localizada na Bahia, e as pás serão fabricadas por um fornecedor brasileiro habitual. Já as torres de concreto serão fornecidas por unidades da companhia localizadas no entorno dos parques eólicos.
Crescimento – A Schmersal espera crescer 13% no Brasil em 2021. Para tanto, a empresa projeta aumentar sua atuação no segmento de agronegócio, bem como nos mercados Ex, conhecidos como áreas classificadas, que incluem o próprio agronegócio e óleo e gás, por exemplo. A companhia também pretende mirar no mercado externo, como Estados Unidos e América Latina, especialmente México, Colômbia e Chile, com foco nos segmentos de mineração, alimentos e bebidas. Este ano, a Schmersal deve investir em torno de 5,5% do faturamento, principalmente em TI, para segurança de sistemas e melhoria/automação dos processos.
Nova subestação – A Elektro concluiu a construção da nova subestação Guarujá 04, que deverá beneficiar cerca de 109 mil clientes da cidade do Guarujá. Com capacidade de 33 MVA, distribuídos em cinco alimentadores de 13,8 kV, a nova subestação conta com a tecnologia GIS - Gas Insulated Switchgear, que, de acordo com a companhia, permite que possíveis ocorrências sejam solucionadas mais rapidamente, reduzindo o tempo de espera para o restabelecimento da energia. Além disso, o sistema automatizado dispensa a presença de eletricistas e operadores na subestação para efetuar manobras, sendo realizadas diretamente pelo Centro de Operação da Distribuição (COD) da Elektro, em Campinas, por comunicação via satélite.