Confira os resultados deste ano do levantamento que avalia as marcas de produtos para instalações elétricas conforme a opinião do consumidor especializado
ARCOS ELÉTRICOS
Cálculo de energia incidente para geradores utilizando IEEE 1584-2018 (parte 1)
Os autores propõem nesta série uma metodologia para o cálculo de energia incidente do arco elétrico para os terminais de saída de geradores. Diferentemente de em circuitos de transmissão, distribuição e consumo, nos geradores o tempo de exposição de arco não pode ser relacionado com o tempo de sensibilização da proteção, mas fixado segundo interpretação de engenharia e análise da tarefa a ser executada.
GUIA
Baterias para armazenamento de energia
As baterias estacionárias são desenvolvidas para armazenar e fornecer energia de reserva com alta eficiência, oferecendo durabilidade e suportando ciclos profundos de carga e descarga. Neste guia, são reunidas opções existentes no mercado, detalhando as tecnologias (como chumbo-ácido, lítio-íon, níquel-cádmio, etc.), além das capacidades, vida útil, dimensões e peso de cada modelo, a fim de facilitar a escolha da solução mais adequada para as necessidades do usuário.
QUALIDADE DE ENERGIA
Estratégias para melhorar o fornecimento de energia
A qualidade do serviço no setor elétrico, regulada pela Aneel, é essencial para garantir a continuidade e a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica. Com foco nos indicadores DEC (Duração Equivalente de Interrupção) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção), este artigo analisa como práticas de manutenção preventiva, investimentos em tecnologia e a otimização das equipes de restabelecimento podem melhorar os serviços e reduzir os custos.
* Nesta edição, excepcionalmente não publicamos a seção “EM Profissionais”.
As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por EM podendo mesmo ser contrárias a estas.
Capa
Carta ao Leitor
Mauro Crestani editor de EM
Pela qualidade, a dos serviços de energia e a da informação
Durante 22 anos, de 1997 a 2018, a revista Eletricidade Moderna realizou e publicou o “Prêmio Eletricidade”, um ranking das distribuidoras de energia elétrica do Brasil segundo o desempenho destas em quatro campos específicos: de engenharia, de operação, de gestão comercial e de perdas. O prêmio foi uma importante contribuição ao mercado de energia durante duas décadas, e só deixou de ser realizado porque nesse período a transparência e os meios de acompanhamento do desempenho das distribuidoras evoluíram muito — a própria Aneel publica um ranking anual de continuidade, com critérios específicos. Mas uma coisa não mudou: os principais índices que permitem acompanhar a qualidade do serviço de distribuição continuam sendo o de duração equivalente de interrupção, o DEC, e o de frequência equivalente de interrupção, o FEC. Índices de qualidade do serviço exigem das distribuidoras eterna vigilância, de modo que sejam constantemente aprimorados. Como fazer isso? O artigo “Estratégias para melhorar o fornecimento de energia”, de Pedro Welson Molina, aqui publicado, aborda o assunto em detalhes e oferece estratégias para melhoria do serviço, da perspectiva de um profissional que se especializou no tema e atuou por quatro décadas no setor elétrico brasileiro, em empresas geradoras e distribuidoras. Molina aborda as disposições dos Prodist, os Procedimentos de Distribuição, e apresenta medidas como a revisão de estudos de proteção, manutenção preventiva, uso de religadores, divisão de circuitos, automação e self healing, para citar algumas. É quase um “manual” da qualidade do serviço de distribuição, para os interessados no tema.
Arco elétrico, este indomável? – Todo ano devem ser atendidas pelos serviços médicos cerca de 200 pessoas por queimaduras causadas por arcos elétricos no Brasil. “Devem” porque, à falta de estatísticas melhores, recorremos aqui a uma extrapolação canhestra de números fornecidos por publicações norte-americanas, que dão conta de 2400 internações anuais pelo mesmo motivo nos EUA. A violação dos requisitos de segurança elétrica está entre as transgressões de saúde e segurança no local de trabalho mais frequentemente citadas pelos órgãos competentes, sendo os requisitos de proteção contra arcos elétricos um ponto de grande atenção quando se trata de práticas inadequadas.
Dada a seriedade do problema, EM tem publicado com frequência artigos e reportagens sobre o assunto — a exemplo da matéria acerca da nova norma brasileira de gerenciamento de risco de energia incidente, publicada em EM no 579. Voltamos agora ao tema, desta vez com um alentado trabalho de especialistas brasileiros sobre cálculo de energia incidente do arco elétrico nos terminais de saída de geradores, utilizando a metodologia da norma IEEE 1584. Na verdade, nesta edição o artigo apenas se inicia, por assim dizer. Dada a grande extensão do trabalho, e considerando também sua qualidade e importância, a Redação de EM o está publicando como uma série, em três edições consecutivas, como explicado no próprio artigo.
DIRETORES
Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens
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ELETRICIDADE MODERNA , revista brasileira de eletricidade e eletrônica, é uma publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. TEL. + 55 (11) 3824-5300 em@arandaeditora.com.br | www.arandaeditora.com.br
Principais indicadores da indústria eletroeletrônica
Setor
eletroeletrônico cresce 11%
Em coletiva de imprensa realizada em dezembro, a Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica divulgou um crescimento (nominal e real) de 11% no faturamento da indústria elétrica e eletrônica na comparação com 2023. O segmento encerrou 2024 com receita de R$ 226,7 bilhões. Todas as áreas representadas registraram alta no faturamento. De acordo com Humberto Barbato, presidente executivo da Abinee, os números foram surpreendentes. “Não tínhamos essa expectativa”, disse. Apesar dos bons resultados, segundo ele, os empresários estão apreensivos com a política fiscal do país e com a desvalorização cambial. “A preocupação é a de que a alta do dólar traga novos impactos nos custos de matéria-primas e componentes importados em 2025”.
Ainda de acordo com a Abinee, os investimentos do setor eletroeletrônico alcançaram R$ 3,9 bilhões em 2024, com alta de 10%, e a utilização da capacidade instalada passou de 73% em dezembro de 2023 para 79% no final de 2024. Por sua vez, a produção física do setor aumentou 10,2% em relação a 2023. Já o número de empregados em 2024 teve alta de 7%, encerrando o ano com 284,2 mil trabalhadores, 18,7 mil vagas a mais que no final de 2023 (265,5 mil trabalhadores).
Entre os destaques de desempenho estão os crescimentos nas vendas externas de bens de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica - GTD (17%) e de Equipamentos Industriais (15%). Os motores e geradores foram os principais produtos exportados do setor, totalizando US$ 764 milhões, 17% acima do resultado de 2023. Os Estados Unidos foram o principal destino das exportações, correspondendo a 26% do total do setor. No total, as exportações do segmento eletroeletrônico aumentaram 4%, totalizando US$ 7,5 bilhões.
* Projeção
Já as importações cresceram 12%, somando US$ 47,9 bilhões. As áreas que apontaram as maiores taxas de crescimento foram Equipamentos Industriais (22%), Utilidades Domésticas (22%), Componentes Elétricos e Eletrônicos (19%) e Informática (18%). Individualmente, o produto mais importado foi o módulo fotovoltaico (US$ 2,7 bilhões), que ficou entre os dez produtos mais importados do Brasil. A maior parte (47%) das importações do setor é proveniente da China.
O déficit da balança comercial totalizou US$ 40,4 bilhões, resultado 14% superior ao apresentado em 2023 (US$ 35,5 bilhões).
Perspectivas para 2025 – De acordo com a Abinee, os principais indicadores da indústria eletroeletrônica deverão registrar no próximo ano incrementos mais discretos do que os verificados em 2024. O faturamento deverá somar R$ 241 bilhões em 2025, crescimento de 6% em relação a 2024, com taxas positivas em todas as áreas. A previsão é de que a produção física do setor cresça 5% e haja aumento também na mão de obra empregada no setor, que passará de 284,2 mil funcionários no final de 2024 para 290 mil no final de 2025. Já a utilização da capacidade instalada deverá se manter em 79%.
Os investimentos deverão totalizar R$ 4,2 bilhões, resultado 7% acima do verificado em 2024. A expectativa é de que as exportações continuem contribuindo com o de-
sempenho do setor, com elevação de 3%, e as importações cresçam 2%.
Abreme premia trabalho de fornecedores na cadeia de distribuição
A Abreme - Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos realizou em dezembro a 18ª edição do Prêmio Abreme Fornecedores, que visa apontar os melhores fornecedores de materiais elétricos na avaliação dos lojistas. A cerimônia reuniu representantes da indústria e do comércio do segmento de material elétrico.
O prêmio abrange cinco segmentos do ramo: iluminação, fios e cabos, dispositivos elétricos residenciais, dispositivos elétricos industriais e material de instalação. Para cada um deles, são consideradas categorias de apoio comercial, marketing e qualidade, com os pesos respectivos de 30%, 50% e 20%. A premiação é baseada numa pesquisa realizada pela empresa New Sense junto aos lojistas que fazem parte do cadastro da Abreme. Os respondentes são profissionais responsáveis pela definição ou compra de material elétrico nas empresas consultadas. O levantamento, realizado entre 19 de julho e 4 de setembro de 2024, coletou dados de 197 empresas.
Vencedores do Prêmio Abreme 2024
Segmento Categoria 1o lugar 2o lugar 3 o lugar
Geral Ledvance Avant Ourolux
Marketing Ledvance Avant Ourolux
Iluminação
Fios e cabos
Dispositivos residenciais
Dispositivos industriais
Instalação
Comercial Ledvance Avant Ourolux
Qualidade Ledvance Signify Ourolux
Geral Cobrecom Sil Prysmian
Marketing Cobrecom Sil Prysmian
Comercial Cobrecom Sil Prysmian
Qualidade Cobrecom Sil Prysmian
Geral Steck WEG Legrand
Marketing Steck WEG Legrand
Comercial Steck WEG Legrand
Qualidade Steck WEG Legrand
Geral WEG Siemens Schneider Eletric
Marketing WEG Siemens Schneider Electric
Comercial WEG Siemens Schneider Electric
Qualidade WEG Siemens Schneider Electric
Geral Tramontina Legrand Tigre
Marketing Tramontina Legrand Eletropoll
Comercial Tramontina Tigre Wetzel
Qualidade Tramontina Legrand Eletropoll
Melhor fornecedor WEG Cobrecom Sil
De acordo com a Abreme, a fim de garantir representatividade, os resultados consideram o porte das empresas, o número de empregados e o alcance de atuação, além de faturamento, com pesos totais variando de 1 a 8. Os pontos obtidos através dessas ponderações perfazem um total máximo de 10 mil para efeito de classificação, permitindo a criação de rankings.
Foram premiados os três melhores fornecedores em cada segmento e categoria. Também foi concedido o prêmio de melhores fornecedores do ano, independente das categorias. A lista com os vencedores pode ser conferida na tabela acima.
A entidade também oferece o prêmio Persona, que reconhece um empresário do segmento de material elétrico como a personalidade do ano. Nesta modalidade, o premiado é indicado pela diretoria da Abreme. Os ganhadores foram os sócios da Cobrecom: Gustavo Ruas, Rafael Ruas e Jackson Santos.
Panorama do segmento - Durante a cerimônia de premiação, foram apontadas, com base nos resultados da pesquisa, as dificuldades e as oportunidades do segmento. Dentre os desafios indicados pelos associados estão pressões decorrentes da legislação tributária – considerada um obstáculo crítico por 70,3% dos respondentes - e da venda
direta ao consumidor pelo fabricante, que promove impacto negativo no setor para 74,6% dos pesquisados, afetando, segundo a entidade, a rentabilidade e a estabilidade das empresas revendedoras e distribuidoras de materiais elétricos.
Por outro lado, os dados indicam um otimismo significativo: 79% dos participantes esperam um aumento no faturamento em 2025. Além disso, uma grande parcela das empresas participantes do levantamento (64%) registrou melhora no faturamento em 2024 em comparação com o ano anterior. Em contrapartida, 17,4% das revendas de material elétrico observaram queda nas vendas de um ano para outro.
Carga
do SIN vai
crescer 3,3% ao ano até 2029
A CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, o ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico e a EPE - Empresa de Pesquisa Energética divulgaram em dezembro as previsões de carga para o Planejamento Anual da Operação Energética 2025-2029. Segundo o estudo conjunto,
Projeção é do planejamento anual da operação energética para o período
a perspectiva é de uma expansão média anual de 3,3% da carga do SIN - Sistema Interligado Nacional. As análises consideram também a micro e minigeração distribuída (MMGD) e a integração de Roraima ao SIN em fevereiro de 2026.
Com o aumento do PIB brasileiro acima do esperado no segundo trimestre, a expectativa para o indicador em 2024 foi revisada de 2,2%, na época da segunda revisão quadrimestral, para 3,2%. Apesar da expectativa de arrefecimento da atividade econômica em 2025, a previsão de crescimento do PIB de 2025 foi mantida em 2,2%, por conta do aumento do carregamento estatístico. Para os anos subsequentes foram mantidas as premissas qualitativas e as projeções anteriores, que apontam um cenário macroeconômico mais estável e expansão mais significativa da demanda interna, sobretudo dos investimentos. Para 2024, os estudos apontam um crescimento da carga de 5,3% em relação a 2023, com o resultado chegando a 79.899 MW médios no final do ano. A projeção leva em conta os dados verificados até novembro e as previsões divulgadas no Programa Mensal da Operação (PMO) de dezembro. Em 2025, a alta estimada é de 3,5% frente a 2024, atingindo 82.690 MW médios. Em 2029, a carga alcançará 94.157 MW médios.
etanol
Entrou em operação no campus da USPUniversidade de São Paulo, na capital paulista, a primeira estação de abastecimento
No Circuito
O reformador de etanol vai abastecer ônibus circulares da Cidade Universitária e um rodoviário com autonomia de 450 km
de hidrogênio verde (H2V) a partir do etanol do mundo. O reformador de hidrogênio foi instalado em posto de abastecimento na Escola Politécnica da USP e é fruto de cooperação entre o RCGI-USP (Research Centre for Greenhouse Gas Innovation), Fapesp e Shell. A estação produzirá inicialmente 4,5 quilos de hidrogênio por hora – aproximadamente 100 kg por dia.
O combustível será utilizado para o abastecimento de três ônibus urbanos que circularão pelo campus da USP, em São Paulo, e um rodoviário, com autonomia de 450 quilômetros. Segundo o diretor do RCGI, Julio Meneghini, estudos preliminares mostram que, se 18 ônibus urbanos movidos a diesel que circulam pela USP fossem hoje substituídos por versões abastecidas com hidrogênio, a universidade deixaria de emitir quase 3 mil toneladas de dióxido de carbono por ano.
Por meio de projetos realizados no âmbito do RCGI, os pesquisadores pretendem avaliar a eficiência desses ônibus urbanos movidos a hidrogênio. Segundo Meneghini, haverá condições de avaliar os veículos em um ciclo real. “Isso é muito importante para aplicação, porque na indústria automobilística, para chegar a uma produção em série de um veículo, é preciso ter os números muito bem determinados e definidos em operações reais”, disse.
A tecnologia empregada na planta-piloto para a conversão de hidrogênio a partir do etanol é baseada no uso de um reator desenvolvido pela startup Hytron, de Sumaré, SP, que foi adquirida pelo grupo alemão NEA e que conta com o apoio da Fapesp. No reformador, o etanol e a água são aquecidos a 750°C para desencadear rea-
ções químicas que resultam na quebra das moléculas de etanol – constituídas por átomos de carbono e de hidrogênio – e, consequentemente, na produção de hidrogênio e monóxido de carbono biogênico. No início da reação é utilizado o próprio etanol para chegar à temperatura de 750°C. Depois disso, são usados subprodutos como o metano e o CO para manter essa temperatura.
MME quer atrair investimentos para transição energética
O MME - Ministério de Minas e Energia, o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e os ministérios da Fazenda, Indústria e Comércio e do Meio Ambiente lançaram a Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e Transformação Ecológica (BIP, na sigla em inglês), cuja meta é atrair investimentos estrangeiros e nacionais de transição energética, indústria, mobilidade e soluções climáticas. Os projetos relacionados à transição energética que serão inseridos na plataforma deverão seguir as temáticas de combustíveis sustentáveis, soluções renováveis para sistemas isolados, hidrogênio de baixa emissão de carbono, tecnologias para redes elétricas de transmissão e distribuição, eólicas offshore, eficiência energética e minerais estratégicos para a transição.
Segundo o MME, a BIP foi criada para mobilizar capital nacional e internacional em apoio aos planos de transformação ecológica e transição climática do governo brasileiro, “reforçando o compromisso do
Iniciativa do governo federal visa investimentos em combustíveis sustentáveis, sistemas isolados, hidrogênio verde, eólica offshore, entre outros
país com a neutralidade de carbono até 2050”, disse o comunicado do ministério.
A plataforma dará visibilidade a projetos alinhados às políticas do governo federal, com investimentos iniciais de US$ 10,8 bilhões. “Firmamos uma parceria com o BNDES para acelerar a criação de um filtro de projetos estruturantes de transição energética, para atrair mais capital e investimento de forma mais rápida”, disse a assessora especial do MME, Mariana Espécie, durante a Conferência do Clima.
PUC-RS cria laboratório de tecnologias de baixo carbono
A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) inaugurou em Porto Alegre (RS) um laboratório de tecnologias de baixo carbono, e o projeto DAC.SI (do inglês Direct Air Capture System Integration), em parceria com a Repsol Sinopec Brasil.
O projeto DAC.SI se baseia na operação do primeiro equipamento de captura direta de ar (DAC) no Brasil. Desenvolvido pelo Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais (IPR) da PUCRS, em colaboração com a Repsol Sinopec, o sistema instalado na PUC-RS tem a capacidade de remover 300 toneladas de CO₂ anualmente, equivalente ao impacto de reflorestar 14 a 42 campos de futebol, dependendo da metodologia de plantio.
No centro de pesquisa em Porto Alegre, foi também instalado sistema de captura direta do ar de CO2
Divulgação
Já o laboratório de tecnologias de baixo carbono servirá como centro de inovação aberta dedicado ao desenvolvimento de novas estratégias e materiais para a captura de CO₂, além de outras tecnologias sustentáveis. O local será capaz de realizar experimentos em diferentes escalas, desde o nível de laboratório até sistemas de teste em escala real. Com equipamentos analíticos e acreditações internacionais, o laboratório vai atuar em pesquisas para otimizar processos de captura de carbono
Estão previstas pesquisas sobre mineralização de CO₂ em basalto, material abundante no Brasil e com potencial para armazenamento de carbono. Além disso, o laboratório deve atuar na capacitação e formação de pessoal, oferecendo cursos, workshops e programas de ensino.
Eletrobras antecipa obras para controle de tensão
A Eletrobras concluiu a entrega antecipada de novos equipamentos de grande porte de cinco subestações nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As obras envolveram R$ 300,6 milhões na modernização da infraestrutura das instalações próprias de Curitiba, Areia (Pinhão), Blumenau e Gravataí, além de Assis, onde a empresa opera como transmissora acessante do empreendimento.
As obras visam o controle de tensão do fornecimento para as regiões da área de influência das subestações, para dar confiabilidade e a segurança operacional ao SIN, informa a empresa em comunicado. As melhorias resultarão em incremento de R$ 45,5 milhões na receita anual permitida (RAP) destinada à Eletrobras CGT Eletrosul, subsidiária responsável pela operação das instalações.
Na região metropolitana de Porto Alegre, a Subestação Gravataí conta agora com autotransformador monofásico reserva, de 525/230 kV (224 MVA), sob investimento de R$ 22,3 milhões. Já na de Blumenau (SC) foi energizado novo banco de autotransformadores monofásico 5, de 525/230 kV (672 MVA) e na subestação Curitiba, com R$ 91 milhões, foi energizado o banco de autotransformadores monofásico 2, de 525/230 kV (672 MVA).
No município de Pinhão, na região centro-sul do Paraná, na subestação Areia, entrou em operação novo banco de autotransformadores monofásico 2, de 525/230 kV (672 MVA) e no sudoeste de São Paulo, em Assis, mais um banco de transformadores monofásico 1, de 440/230 kV (336 MA), e outro reserva de 440/230 kV (112 MVA), sob investimentos de R$ 57,1 milhões.
Descarbonização
do setor elétrico exige investimento
trilionário
Para o setor elétrico global conseguir zerar suas emissões de gases de efeito estufa até 2050 serão necessários investimentos anuais de US$ 2,2 trilhões, aponta estudo da consultoria Thymos Energia, feito em parceria com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
O montante seria necessário principalmente para a modernização e digitalização dos sistemas elétricos, que assim se adaptariam às novas tecnologias e formas de consumir energia. Outro ponto importante, além da ampliação de oferta de energia renovável, seria atender o aumento previsto de 150% no consumo de eletricidade até 2050, o que demandará investimentos em infraestrutura.
Para estudo da Thymos Energia seriam necessários US$ 2,2 trilhões por ano até 2050
Até 2050, será preciso dobrar a extensão das redes de transmissão e distribuição no mundo, com mais de 80 milhões de quilômetros com a substituição ou implementação de nova infraestrutura. O estudo da Thymos demonstra que os mercados de energia também deverão aumentar a flexibilidade dos seus sistemas para atender oscilações no consumo de energia no curto e médio prazo, além de lidar com a característica intermitente de algumas fontes renováveis, com o uso de sistemas de armazenamento.
“Os últimos dez anos foram os mais quentes já registrados e, entre janeiro e setembro deste ano, a elevação da temperatura média mundial foi de 1,54 o C. Isso significa que a meta central do Acordo de Paris pode estar em xeque se não forem adotadas medidas urgentes. Entendemos que o setor elétrico pode ter uma contribuição importante nesse aspecto”, disse o diretor de novos negócios da Thymos, Jovanio Santos.
O estudo também associa a abertura do mercado para o ambiente livre de contratação como fator importante para a descarbonização. Com levantamento da experiência de países totalmente liberalizados, como Austrália e Noruega, e outros em aprimoramento, como Israel, Rússia e Brasil, o estudo mostra essas tendências. Segundo Santos, permitir que o consumidor escolha seu fornecedor e soluções energéticas impulsiona a competitividade e a ino -
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vação no setor e acelera a adoção de fontes renováveis.
Copel investe em rede elétrica inteligente na Ilha do Mel
A Copel instalou medidores inteligentes em todas as unidades consumidoras da Ilha do Mel, um dos principais destinos turísticos do Paraná e referência nacional em conservação ambiental. A ação faz parte do Programa Rede Elétrica Inteligente. De acordo com a companhia, as instalações foram implementadas a tempo do início oficial do verão, a fim de garantir a qualidade do fornecimento de energia à população do Litoral e proporcionar conforto aos veranistas durante a temporada de férias. “Essa iniciativa coloca a ilha na vanguarda da modernização elétrica no Brasil, mostrando como é possível unir tecnologia e respeito ao meio ambiente”, destaca Rafael Radaskievicz, gerente do departamento de Projetos Especiais da Copel Distribuição.
A Rede Elétrica Inteligente da Copel abrangeu todas as 800 unidades consumidoras da Ilha do Mel, com a troca dos medidores de energia analógicos convencionais por modelos digitais inteligentes. Esses dispositivos transmitem informa-
ções em tempo real às centrais da Copel, permitindo uma leitura remota de diferentes parâmetros relevantes para a gestão do sistema elétrico e o consumo dos usuários. Os medidores registram a potência máxima utilizada em intervalos definidos, permitindo identificar picos de consumo. Também monitoram variações de tensão e corrente, que podem sinalizar problemas na rede ou em equipamentos, além de alterações na frequência, úteis para detectar instabilidades. Outro diferencial é o armazenamento de um histórico detalhado de consumo e eventos, com dados programáveis para análises futuras.
Com os novos medidores, a Copel consegue identificar automaticamente a extensão de um eventual desligamento e localizar sua origem com maior precisão, reduzindo o tempo para restabelecimento do fornecimento. Para os consumidores, a tecnologia traz a possibilidade de monitorar o consumo de energia em tempo real por meio do aplicativo da Copel, acessível em smartphones e outros dispositivos móveis.
Enel contrata eletricistas para melhorar serviço
A Enel Distribuição São Paulo vai contratar mais de 500 eletricistas para atender a sua área de concessão que abrange 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, e que tem sofrido com muitas falhas e apagões nos últimos anos.
No início de dezembro, a distribuidora divulga ter contratado 200 profissionais, atingindo no total mais da metade da meta final de cerca de 1.200 novos profissionais de campo até março de 2025. “Com a ampliação do quadro de funcionários próprios, nosso objetivo é agilizar o atendimento aos clientes, reduzindo o impacto em casos de falta de energia”, disse o presidente da distribuidora, Guilherme Lencastre.
Meta final é ter 1200 profissionais de campo até março de 2025
Segundo comunicado, o programa é uma etapa de plano de contratações que visa quase dobrar o número de colaboradores próprios para atendimento emergencial, manutenção, combate a perdas e melhoria da qualidade do serviço prestado. O projeto também tem a meta de formar mão de obra.
O processo seletivo conta com etapas de avaliação de certificados, entrevistas individuais e dinâmica de grupo. A empresa oferece um pacote de remuneração que inclui, além de salário-base “competitivo” e parcela variável, auxílio-transporte, vale- refeição/alimentação, benefício de academia e cursos na plataforma de treinamento online da companhia.
As vagas estão disponíveis no site da empresa e podem ser acessadas em https:// www.enel.com.br/pt-saopaulo/midia/ news/d202402-chance-de-trabalhar-naenel-confira-dezenas-de-vagas-abertas. html. Para se candidatar, os profissionais precisam ter ensino médio completo, CMRDA, NR 10 e NR 10 SEP.
Cemig investe na proteção de postes contra batidas
A distribuidora mineira Cemig está instalando defensas em seus postes para re-
Troca dos medidores de energia analógicos convencionais por modelos digitais inteligentes abrangeu todas as 800 unidades consumidoras da Ilha do Mel
No Circuito
duzir os impactos de eventuais colisões de veículos. A primeira fase do projeto envolve 65 dispositivos, que serão adaptados em suas sete regionais. O sistema envolve o poste, servindo de sinalização e proteção.
Segundo a Cemig, a ação faz parte de um projeto piloto da empresa que vai instalar estes dispositivos nos postes da rede de distribuição da empresa em áreas com altos índices de abalroamentos. Inicialmente, a empresa está investindo R$ 50 mil. Ainda de acordo com o comunicado, a meta é proporcionar mais segurança para a população, reduzir os danos aos postes e, consequentemente, eliminar as interrupções de energia aos clientes quando há ocorrência de trânsito com quebra do poste.
Só no último ano, a Cemig registrou cerca de 3.500 ocorrências de abalroamentos em postes em toda a sua área de concessão, o que teria prejudicado mais de 1,3 milhão de consumidores. Entre janeiro e agosto de 2024, foram mais de 2.400 episódios de batidas em postes, levando a interrupção de energia para mais 1 milhão de clientes, aproximadamente.
De acordo com o supervisor de relacionamento com clientes da Cemig, Alexandre Ribeiro, os equipamentos adquiridos foram enviados para as regionais, cujas equipes vão avaliar as melhores localizações para colocação das peças, de acordo com os índices de acidentes registrados em cada localidade.
“As defensas propiciam uma melhor visualização dos postes pelos motoristas devido à sinalização em faixas reflexivas, mitigando os abalroamentos e, consequentemente, a quebra e eventual substituição dos postes pelas equipes de manutenção. Assim, esperamos diminuir as trocas das estruturas danificadas e o tempo de duração de energia interrompida”, disse Ribeiro.
Notas
Certificação ISO – O grupo madeireiro Madem Reels, que atua na fabricação de bobinas de madeira para indústrias de cabos elétricos, foi aprovada na auditoria de verificação de inventário de gases de efeito estufa padrão ISO 14064-3:2023. A empresa DNV – Det Norske Veritas realizou as verificações de acordo com as especificações do programa GHG Protocol e da norma ISO 14064-3:2023. Na averiguação, confirmou-se que as emissões diretas totais de gases de efeito estufa, incluindo os escopos 1, 2 e 3, foram inferiores às remoções biogênicas de CO2 resultantes das áreas de florestas plantadas e áreas de conservação existentes nas propriedades do grupo Madem no Brasil, Bahrain, Estados Unidos, México e Colômbia. As emissões diretas de gases de efeito estufa somaram 4.352,193 tCO2e e as remoções biogênicas decorrentes da floresta plantada corresponderam a 209.841,469 tCO2e.
Centro de pesquisa para o clima – A Ambipar, em parceria com a USPUniversidade de São Paulo inaugurou recentemente o Centro de Pesquisa e Inovação em Clima e Sustentabilidade (USPproClima). A Ambipar investirá R$ 5 milhões nos próximos cinco anos e apoiará a USP no desenvolvimento de iniciativas de descarbonização para que a universidade seja carbono neutro até final de 2025. O USPproClima terá cinco áreas de pesquisas: Gerenciamento de Carbono e Soluções Baseadas
Projeto piloto envolve investimento inicial em 65 defensas para implementação nas sete regionais da distribuidora
No Circuito
na Natureza, Prevenção de Desastres, ESG, Economia Circular, além de Gestão de Resíduos Sólidos e Geração de Energia Renovável. Entre as tecnologias utilizadas estão a energia fotovoltaica e biodigestor.
IA e análise de dados para atendimento a clientes – A Reymaster, distribuidora de materiais elétricos e industriais, está investindo em tecnologias para modernizar suas operações, como a ferramenta Salesforce CRM, equipada com inteligência artificial, que, de acordo com a empresa, oferece insights estratégicos para melhorar o relacionamento com os clientes e personalizar o atendimento. Segundo a companhia, o Tableau Analytics permite análises avançadas que auxiliam na tomada de decisões, e o Slack otimiza a comunicação interna, garantindo um fluxo de trabalho mais eficiente e colaborativo entre as equipes. A empresa também está desenvolvendo algoritmos inteligentes para gestão de estoque.
Aquisição de usina – A Eneva, operadora privada de gás natural onshore do Brasil, comprou recentemente a usi-
na Geradora de Energia do Maranhão (Gera Maranhão). A negociação envolve a aquisição de ações representativas de 50% do capital social da usina, que eram de titularidade dos acionistas que exerceram o direito de tag along em decorrência da aquisição, pela Eneva, em 14 de novembro de 2024, dos 50% de participação detida pelo BTG Pactual Holding Participações. A Gera Maranhão é um parque térmico de geração de energia situado em Miranda do Norte, a 120 km de São Luís, no Maranhão. Possui duas plantas gêmeas (Geramar I e Geramar II) com uma capacidade total de 332 MW.
Ampliação de subestação – A ISA Energia Brasil, que atua na transmissão de energia, ampliou a subestação Replan, localizada em Paulínia, SP. Com investimento de cer-ca de R$ 55 milhões, o empreendimento aumentará, de acordo com a empresa, a contingência do sistema elétrico de 440 kV do Estado de São Paulo, melhorando a flexibilidade operativa e a confiabilidade no fornecimento de energia para os municí-pios de Paulínia, Santo Angelo
e Araras. A ampliação da subestação agregará à companhia uma RAP (Receita Anual Permitida) estimada de R$ 8,64 milhões.
Nova LT – A CPFL Santa Cruz concluiu a obra da linha de transmissão entre Itaí e Holambra, cujo objetivo é contribuir para o aprimoramento da qualidade dos serviços prestados pela distribuidora e garantir maior resiliência ao sistema elétrico da região, especialmente em cenários de aumento da carga e eventos climáticos extremos. Com nível de tensão de 69 kV e capacidade de 35 MVA, a linha conta com dois circuitos, e extensão de 23,7 km. A companhia investiu R$ 52 milhões no empreendimento.
Mercado livre
O ACL – Ambiente de Comercialização
Livre já representa 40% do mercado de energia do Brasil. Enquanto o País aguarda, em clima de forte tensão, as definições e detalhamentos dos comandos legais que o conduzirão em 2025, a inércia dos vetores do passado segue invadindo o futuro. A mudança de consumidores de energia elétrica para o mercado livre — hoje ali estão alocados 60 mil unidades, apenas entre agentes consumidores, sendo que 22 mil migraram em 2024 ou 58% a mais do que no ano anterior — vem batendo recordes e segue em alta, com todos os riscos e imprevisibilidades. Por exemplo, os curtailments não apareciam claramente nos contratos dos geradores. Esta indefinição judicializou a questão: quem deve pagar pelos danos, o consumidor ou o gerador?
Clima
A Alager – Associação Latino Americana de Geração de Energia Renovável divulga que está em estudos a força e o abrandamento da corrente marítima oceânica de Circulação Meridional de Capotamento do Atlântico (AMOC), que controla a distribuição de calor das regiões atlânticas da Europa Ocidental. Esse sistema distribui o calor, a umidade e os nutrientes do Oceano, regula o clima e as condições meteorológicas da Terra. O degelo dos polos sobre os oceanos sobre a AMOC pode ter consequências catastróficas sobre o planeta. Mas a métrica da AMOC não mudou nos últimos 60 anos.
Biometano
A Petrobras passa a comprar o biometano. Como se trata de primeiro edital que deverá ser seguido por outros chamamentos
neste setor em expansão, é preciso saber quanto pretende pagar e em que contornos e detalhamentos. Por ora, está disponível com o especialista Heleno Quevedo, da Abiogás, entidade do setor, uma modelagem matemática de Hashimoto na digestão anaeróbia e cases de produção eficiente e eficaz do insumo nos reatores.
Por sua vez, a especialista Cristiane Fiorzino Flor, da mesma entidade, publicou extenso estudo sobre as perspectivas para o setor de biogás nos Estados Unidos, em 2025, abordando descentralização, inovação tecnológica e impacto econômico.
Em São Paulo, a Necta e a Scania Vabis, com apoio do InvestSP, colocarão em operação dois mil caminhões movidos a gás natural e biometano.
O estado também avança nessa direção com suas duas novas plantas de biometano, em Guatapará e Piratininga, operadas pela Horizon e pela Estre.
Pesquisa
A valorização e o reconhecimento das marcas pelos consumidores são objetivos comuns a todos os fabricantes, que utilizam estratégias diversificadas, explorando múltiplos canais e abordagens para atingi-los. No entanto, como medir se esses esforços têm gerado os resultados desejados? Desde 1978, a pesquisa Prêmio Qualidade tem cumprido essa função, avaliando a percepção das marcas pelos profissionais especializados e fornecendo insights valiosos para o aprimoramento das estratégias adotadas pelos fornecedores de materiais elétricos. As empresas que se destacam na premiação costumam ser aquelas que combinam qualidade superior com inovação, estratégias bem planejadas e um relacionamento cuidadoso com o consumidor, tanto antes quanto depois da venda.
Um dos principais diferenciais do levantamento é considerar a visão do público especializado. Ou seja, profissionais que atuam em indústrias, comércios, órgãos e empresas de administração pública, companhias de
Prêmio Qualidade
Confira os resultados deste ano do levantamento que avalia as marcas de produtos para instalações elétricas conforme a opinião do consumidor especializado
da Redação de EM
energia elétrica, etc., como usuários finais, responsáveis pela manutenção e/ou operação de sistemas elétricos nesses locais, bem como especificadores em empresas de serviços técnicos especializados (projetos, consultoria, montagens e manutenção).
Na edição de 2025, 347 profissionais participaram da pesquisa. Engenheiros, técnicos, tecnólogos e eletricistas de diferentes áreas responderam à pergunta central da pesquisa: “Qual é, em sua opinião, a marca de melhor qualidade para cada um dos produtos listados?”. Com 62 itens avaliados, os participantes deram respostas espontâneas, sem indução, permitindo que as marcas mais presentes em suas memórias fossem destacadas. Um perfil desse universo, com gráficos ilustrando origem geográfica das respostas, áreas de atuação, formação, tipos de empresas, está na página 24. E a lista com os nomes das empresas, órgãos e entidades em que os consultados atuam pode ser acessada no endereço eletrônico http://www.arandanet.com.br/ revista/em/pesquisas/pq2025.
Os resultados estão organizados em tabelas detalhadas, com comparativos entre as edições de 2024 e 2025. Pois, além de ser uma das pesquisas mais tradicionais no setor de produtos elétricos, Prêmio Qualidade acompanha o desempenho das marcas ao longo do tempo. Com base nesse histórico de evolução e adaptação, os resultados refletem as mudanças mais recentes no mercado e as percepções dos profissionais especializados. Na tabela da página 23, são destacadas as marcas vencedoras em cada categoria, reconhecidas pela sua qualidade nos itens avaliados.
É importante observar que cada tabela de produto é baseada em um universo específico, que é definido pelo número de questionários, entre os 347 recebidos, que continham indicações para o item em questão. Portanto, os percentuais apresentados em cada tabela referem-se ao universo de respostas de cada produto. Aparecem listadas apenas as empresas que obtiveram ao menos 2% das indicações em cada categoria.
As marcas vencedoras de “Prêmio Qualidade 2025”
Produto Marca
Abraçadeiras e identificadores para fios e cabos
Barramento blindado
HellermannTyton
Beghim e WEG
Baterias estacionárias Moura
Bornes/conectores para trilhos
Botões, botoeiras e sinalizadores
Weidmuller Conexel
WEG e Schneider
Electric
Cabos de potência isolados para média tensão Prysmian
Canaletas metálicas para instalação aparente Dutotec
Canaletas plásticas para instalação aparente Legrand
Chaves seccionadoras de baixa tensão (ação rápida)
Siemens e WEG
Comutadores (chaves rotativas) WEG
Conduletes
Wetzel e Tramontina
Conectores de média tensão Intelli
Conectores e terminais de baixa tensão Intelli
Contatores WEG
Disjuntores de média tensão
Siemens
Disjuntores de potência BT Siemens
Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) Clamper
Siemens
Dispositivos DR
Dutos para redes subterrâneas de distribuição Kanaflex
Eletrocalhas
Dispan e Elecon
Eletrocentros WEG
Eletrodutos isolantes Tigre
Eletrodutos metálicos Elecon
Emendas e terminações para cabos 3M
Estações de recarga de veículos elétricos WEG
Ferragens para redes aéreas de distribuição Romagnole
Fios e cabos (BT) Prysmian
Fusíveis de baixa tensão tipo NH Siemens
Grupos geradores Stemac
Hastes de aterramento Intelli
Instrumentos de medidas elétricas para painéis Kron
Produto Marca
Instrumentos de teste e medição de equipamentos MT Fluke
Interruptores e tomadas para instalação predial Legrand
Inversores de frequência WEG
Lâmpadas LED Philips
Leitos para cabos
Dispan, Elecon e Eletropoll
Luminárias para iluminação pública Philips
Material elétrico à prova de explosão Telbra
Material elétrico à prova de tempo Wetzel
Minidisjuntores (disjuntores modulares) Siemens
Motores elétricos de indução BT WEG
Para-raios de distribuição Balestro/Hubbel
Perfilados Real Perfil
Plugues e tomadas industriais Steck
Poliméricos para redes compactas PLP
Prensa-cabos metálicos Wetzel
Prensa-cabos plásticos Steck
Quadros de distribuição para instalação predial Legrand
Relés de média tensão Pextron
Relés fotoelétricos Exatron
Relés para proteção de linhas Siemens e Schweitzer
Relés para proteção de motores WEG
Religadores Schneider Electric
Seccionadores/chaves seccionadoras de média tensão ABB e Siemens
Sensores/detectores de presença Exatron e Intelbras
Sistemas de para-raios prediais (sistema completo) Termotécnica
Soft-starters WEG
Temporizadores/relés de tempo WEG
Transformadores BT WEG
Transformadores de média tensão a óleo WEG
Transformadores de potência a seco WEG
UPS Schneider Electric
(*) Os empates menos evidentes foram decididos por análise estatística das proporções, com o uso de um programa especialmente desenvolvido para os objetivos da pesquisa.
Pesquisa
Universo consultado
Os gráficos abaixo oferecem dados sobre os profissionais de eletricidade participantes da pesquisa “Prêmio Qualidade 2025”.
Fig. 1 – Origem das respostas
Fig. 2 – Formação profissional
Fig. 3 – Cargos e/ou funções exercidas
Fig. 4 – Atividade-fim das empresas da categoria “usuárias finais” (155 empresas)
Marcas mais reconhecidas e produtos mais utilizados
Como mais uma demonstração do impacto das marcas de produtos elétricos, a tabela I apresenta as dez marcas com maior volume de indicações em um único pro -
duto, especificando os itens associados a esse desempenho e os percentuais correspondentes em relação ao total de respostas da pesquisa. Além disso, a tabela II desta -
Tab. I – As 10 marcas que receberam mais indicações em um único produto
ca os itens mais utilizados e presentes no cotidiano dos profissionais, sendo esses os produtos sobre os quais houve maior número de manifestações.
Tab. II – Os 10 produtos de uso mais difundido entre os profissionais
A qualidade que transforma o setor Transmissão & Distribuição de se transforma em reconhecimento.
1º Lugar nas categorias: Transformadores Secos e Transformadores à Óleo (baixa e média tensão)
Por mais um ano, os produtos WEG conquistaram o 1º lugar no Prêmio Produto do Ano da Revista Eletricidade Moderna, nas categorias Transformadores Seco e Transformadores a Óleo. Essa conquista é motivo de orgulho e reforça nossa motivação para investir em qualidade e inovação todos os dias, com o objetivo de entregar as melhores soluções para o mercado de Transmissão & Distribuição de Energia.
Driving efficiency and sustainability
Seccionadores/chaves seccionadoras de média tensão
FORTALEZA, BRASIL, CENTRO DE EVENTOS DO CEARÁ
INTERSO LA R SUM MI T NOR DESTE O P RINCIPAL
EVENTO DO S ETOR SO LA R BRASILEIR O PO TE NCIALIZA OS NEGÓCI OS FV N O NOR DES TE
INTERSO LA R SU MIT NOR DESTE BRAZIL’S
MO ST S UC CESSFUL SOLAR EV EN T BO OS TING NOR TH EA ST’S PV BUSINESS
Conheça o potencial do Nordeste
O congresso de alto nível receberá 500 congressistas e 30+ palestrantes de primeira linha para discutir não só políticas, desafios jurídicos e marcos regulatórios, como também financiamento e soluções de integração com a rede. A missão do Intersolar Summit Brasil Nordeste é trazer informações aprofundadas, facilitar oportunidades de contatos de alta qualidade, expandir o uso de tecnologias FV nos âmbitos regional e nacional.
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Fabricante / País estrangeiro
Da Redação de EM
Tecnologia
As baterias estacionárias são desenvolvidas para armazenar e fornecer energia de reserva com alta eficiência, oferecendo durabilidade e suportando ciclos profundos de carga e descarga. Neste guia, são reunidas opções existentes no mercado, detalhando as tecnologias (como chumbo-ácido, lítio-íon, níquel-cádmio, etc.), além das capacidades, vida útil, dimensões e peso de cada modelo, a fim de facilitar a escolha da solução mais adequada para as necessidades do usuário.
Chumbo-ácida Íons de lítio (Li-ion) Lítio-Fosfato de ferro (LiFePO4) Íons de sódio (Na-ion) Redox-Flow Outra (especificar)
Dimensões
nominal (V)
Nota: (*) A empresa procura por representante para o Brasil. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 62 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, Janeiro / Fevereiro de 2025. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
nominal (C100) (Ah) Número de ciclos de descarga (20% prof. Descarga)
Fomos reconhecidos
mais uma vez !
Prêmio Qualidade 2025: conquistado após pesquisa realizada junto a engenheiros e projetistas.
Produtos do Ano 2024: a CLAMPER é Campeã na Categoria DPS
Cálculo de energia incidente para geradores utilizando IEEE 1584-2018 (parte 1)
Luiz Henrique Zaparoli e Luciano Borges Piva, da Eletrobrás; Filipe Barcelos Resende, da Vale; e Giovani Zaparoli, da Enel.
Ametodologia de cálculo de energia incidente do arco elétrico mais utilizada para tensões c.a. entre 0,208 e 15 kV é a da norma IEEE 1584-2018 Guide for Performing Arc–Flash Hazard Calculations. Essa metodologia tem como dados de entrada dos cálculos, entre outros, a corrente de curto-circuito trifásico franca de regime permanente, a distância entre fases dos eletrodos, a tensão nominal, as configuração dos eletrodos, as dimensões do invólucro (largura, altura e profundidade), a distância de trabalho e o tempo de exposição ao arco.
Quando tratamos de circuitos de transmissão, distribuição e consumo, o tempo
Os autores propõem nesta série uma metodologia para o cálculo de energia incidente do arco elétrico para os terminais de saída de geradores. Diferentemente de em circuitos de transmissão, distribuição e consumo, nos geradores o tempo de exposição de arco não pode ser relacionado com o tempo de sensibilização da proteção, mas fixado segundo interpretação de engenharia e análise da tarefa a ser executada.
de exposição deve ser considerado como sendo o tempo de sensibilização da proteção somado ao tempo de abertura dos disjuntores/dispositivos de proteção do circuito. Além disso, nestes casos a corrente do curto a ser considerada é a corrente de regime permanente.
No entanto, quando temos que executar, por exemplo, cálculos de energia incidente nos terminais de saída de um gerador, não podemos definir o tempo de exposição de arco relacionando este à proteção elétrica, uma vez que, mesmo com a desconexão do gerador do sistema elétrico, o ponto de incidência do arco continuará a ser alimentado pelo gerador.
Dessa forma, o tempo de exposição deverá ser fixado segundo uma interpretação de engenharia juntamente com uma análise da tarefa a ser executada. Por este motivo não se fazem necessários cálculos de energia incidente utilizando a corrente de arco mínima Iarcmin, uma vez que, para um mesmo valor de
Uma série em três partes
Em vista da extensão deste importante e oportuno artigo, a Redação de EM decidiu publicá-lo em três edições consecutivas, sendo:
• Parte 1 (aqui publicada): Exposição da metodologia da IEEE 1584 para cálculo de energia incidente entre 600 a 15000 V;
• Parte 2 (a ser publicada em EM n0 582): Exemplos de utilização da metodologia; e Análise dos cálculos;
• Parte 3 (a ser publicada em EM n0 583): Identificação dos equipamentos; e conclusões.
lg = logaritmo de 10; Ibf = corrente de curto-circuito trifásico franco (kA); G = distância entre fases; k1 até k10 = índices da tabela 1 da IEEE 1584-2018.
Iar c_2700 – Iarc_600
Iarc_1 = (Voc – 2,7) + Iarc_2700 (2a) 2,1
Eletrobrás, que geram em 13,8 e 15 kV, portanto o foco será dado na metodologia da IEEE1584 que calcula a energia incidente entre 0,6 e 15 kV.
Metodologia IEEE 1584 para cálculo de energia incidente entre 600 a 15000 V
Iarc_2 = (Voc – 14,3) + Iarc_14300 (2b)
Iarc_14300 – Iarc_2700 11,6
Iarc_3 = + (2c)
Iarc_1 (2,7 – Voc) Iarc_2 (Voc – 0,6) 2,1 2,1
onde Voc = valor da tensão nominal (kV).
k1+k2lg G+
E600 = T × 10 (3)
para E600, k1 a k13 são obtidos na tabela 3 da IEEE 1584.
(k1+k2lg G+
E2700 = T × 10 (4)
para E2700, k1 a k13 são obtidos na tabela 4 da IEEE 1584.
para E14300, k1 a k13 são obtidos na tabela 5 da IEEE 1584.
Nas equações (3) a (5):
T = duração do arco para a corrente de arco Iarc - Tiarc ; G = distância entre fases; Ibf = curto-circuito trifásico simétrico; D = distancia de trabalho; lg = log10; CF = fator de correção calculado conforme IEEE 1584-2018 para VCB, HCB e VCBB (CF = 1 para VOA e HOA).
tempo de exposição, a corrente de arco Iarc sempre apresentará o maior valor de energia incidente calculada.
Além disso, devido à proximidade elétrica do gerador, devemos considerar o efeito das correntes subtransitórias, transitórias e componente c.c. que ocorrem no gerador durante uma falha. Neste artigo propomos uma metodologia para o cálculo de energia incidente do arco elétrico para os
terminais de saída de geradores, ou qualquer ponto elétrico entre esta saída e o primeiro dispositivo de proteção. Dessa forma, este estudo pode ser replicado para cálculos de energia incidente em barramentos blindados, cubículos de surto, terminais de transformadores de excitação, entre outros.
Utilizaremos como exemplos para a simulação geradores de grande porte da
Cálculo da corrente de arco para tensão nominal entre 600 V < Voc ≤ 15 000 V
A corrente média de arco intermediário Iarc_Voc é calculada segundo a equação (1). [Nota do Editor: Por injunções da diagramação, decorrentes do tamanho das equações, as de números (1) a (5) foram reunidas no boxe ao lado.]
Deve-se calcular Iarc_Voc para 600, 2700 e 14 300 V. Os resultados desses cálculos serão nominados Iarc_600, Iarc_2700 e Iarc_14300. E através da interpolação de Iarc_600, Iarc_2700 e Iarc_14300 pode-se obter os valores de Iarc_1, Iarc_2 e Iarc_3 equações (2a), (2b) e (2c) [N. do E.: Veja boxe o mencionado.]
Para a determinação do valor de Iarc a ser considerado nos cálculos de Energia Incidente e Limite Seguro de Aproximação, utilizamos a seguinte regra:
se 0,6 < Voc ≤ 2,7, então Iarc = Iarc_3 se Voc > 2,7, então Iarc = Iarc_2
Energia Incidente para tensão nominal entre 600 V < Voc ≤ 15 000 V:
Inicialmente realiza-se o cálculo de E 600, E2700 e E14300 com as equações (3), (4) e (5) [N. do E.: Veja o boxe mencionado]. Com os valores de E600, E2700 e E14300 calculados, pode-se obter E1, E2 e E3 através das equações (6a), (6b) e (6c)
Arcos elétricos
E2700 – E600
E1= (Voc – 2,7) + E2700 (6a) 2,1
E14300 – E2700
E2= (Voc – 14,3) + E14300 (6b) 11,6
Ey=((U + Xd × I × sen )2+(Xd × I × cos )2)1/2 (10) ᵩ
Já a tensão pré-falta de regime transitório: E’y=((U + X’d × I × sen )2+(X’d × I × cos )2)1/2 (11) ᵩ ᵩ
E1 (2,7 – Voc) 2,1 2,1
E2 (Voc – 0,6)
E3 = + (6c)
Para a determinação do valor de Efinal para Iarc, utiliza-se a seguinte regra:
se 600 < Voc ≤ 2700, E = E3;
se Voc > 2700, E = E2 .
Método de cálculo para geradores
Cálculo da corrente de curto-circuito em geradores
As correntes de curto-circuito subtransitória, transitória e permanente de um gerador podem ser calculadas da seguinte forma:
• corrente de curto permanente:
E a tensão pré-falta de regime subransitório:
E”y=((U + X”d × I × sen )2+(X”d × I × cos )2)1/2 (12) ᵩ ᵩ
Nas equações (10) a (12), U é a tensão nos terminais do gerador e I é a corrente de carga do gerador antes da falta, em p.u..
Para o cálculo das correntes de curto totais, devemos considerar o gerador conectado ao sistema e também o gerador isolado. No caso do gerador isolado da rede, a fórmula de cálculo é única e varia do instante zero da falha até o fim do tempo de exposição:
i(t)=(((Ik – Ik) e +(Ik – Ik) e +Ik)2 + 2(Ik e )2) (13) -(t t”d) -(t ta) / -(t ’d) / ½
com t variando de 0 até TEA (tempo de exposição ao arco).
Ey ( ( Xd + Zn √ 2
Ik = (7)
• corrente de curto transitória:
Já para o gerador conectado à rede utilizaremos duas fórmulas, sendo uma válida do instante zero da falha até o momento da atuação da proteção (gerador + sistema):
i(t)=(((Ik” – Ik) e +(Ik’ – Ik) e +Icc)2 + 2(Ik” e )2) (14) ‘ -(t ”d) -( ta) -(t ’d) / ½
Ik’ = (8)
E’ y ( ( Xd ’ + Zn √ 2
• corrente de curto subtransitória:
com t variando de 0 até TAP (tempo de atuação da proteção).
E outra da atuação da proteção até o fim do tempo de exposição (gerador):
i(t)=(((Ik” – Ik) e +(Ik – Ik) e +Ik)2 + 2(Ik” e )2) (15) -(t t”d) -(t ta) -(t d) / ½
Ik” = (9)
E” y ( ( Xd ” + Zn √ 2
Nas equações acima:
E = tensão pré-falta em por unidade (p.u.);
Xd = reatância de eixo direto em regime permanente, em p.u.;
Xd’ = reatância de eixo direto período transitório, em p.u.;
Xd” = reatância de eixo direto período subtransitório, em p.u.;
Zn = impedância externa ao gerador até o ponto da falha, em p.u..
A tensão pré-falta de regime permanente pode ser calculada da seguinte forma:
com t variando de TAP+1ms até TEA.
Para a corrente de curto em amperes:
I(tamp) = i(t) ∙ In (16)
Nas equações (13) a (16):
t’d = constante de tempo transitória de eixo direto;
t”d = constante de tempo subtransitória de eixo direto;
ta = constante de tempo de enrolamento de armadura;
In = corrente nominal do gerador, em amperes;
Icc = corrente de curto-circuito trifásica simétrica franca em regime permanente.
Cálculo da energia incidente do arco elétrico em geradores
Inicialmente deve-se calcular as correntes de curto I(tamp) desde o instante de início do arco elétrico até o fim do tempo de exposição, variando este tempo de 1 em 1 ms. Para tanto utilizaremos as equações (7) a (16), acima mostradas.
Com os resultados obtidos, realizamos o cálculo de IarcVoc (equação (1)) para 600, 2700 e 14300 V, também variando de 1 em 1 ms, utilizando para tal os valores de I(tamp) previamente calculados.
Para todos valores de Iarc_600, Iarc_2700 e Iarc_14300 obtidos, deve-se realizar a interpolação (equações (2a, 2b e 2c)) para obter os valores de Iarc_1, Iarc_2 e Iarc_3 e a escolha do Iarc segundo o critério:
se 0,6 < Voc ≤ 2,7, então Iarc = Iarc_3 ; e
se Voc > 2,7, então Iarc = Iarc_2
Para cada Iarc calculado com a variação de 1 em 1 ms, deve-se calcular E600 , E2700 e E14300 (equações (3), (4) e (5)).
Para todos os valores de E600 , E2700 e E14300 obtidos, deve-se realizar a interpolação (equações (6a, 6b e 6c)) para obter os valores de E1, E2 e E3 e a escolha do E segundo o critério descrito na formulação.
Por fim, deve-se somar todos os valores de E calculados para cada ms, para obter a energia incidente do gerador naquele tempo de exposição, a qual chamaremos neste documento de Efinal
Cálculo do limite seguro de aproximação para geradores
Para o cálculo do limite seguro de aproximação, deve-se repetir o cálculo descrito acima incrementando o valor da
distância de trabalho D em 10 mm a partir daquela utilizada nos cálculos de E600, E2700 e E14300 (equações (3), (4) e (5)).
A cada incremento de D, verifica-se o resultado de Efinal. O primeiro valor de D que resultar em um Efinal menor ou igual a 1,2 cal/cm2 será considerado o limite seguro de aproximação
A exemplo deste processo interativo, que utilizamos para encontrar o limite de aproximação seguro, a metodologia permite identificar a distância mínima de segurança para a utilização de uma determinada vestimenta, bastando modificar a comparação de 1,2 cal/cm2 para o ATPV (Arc Thermal Performance Value) da vestimenta.
Esta série continua na próxima edição, EM n o 582, com exemplos de utilização da metodologia exposta.
Qualidade da energia
Estratégias para melhorar o fornecimento de energia
Pedro Welson Molina, engenheiro eletricista e de segurança do trabalho
Em um mundo competitivo, a qualidade deve estar presente em todas as atividades, e em evolução constante, motivada pela competição e atendimento das exigências da sociedade. No setor elétrico, área estratégica que influi em outras cadeias produtivas, a qualidade do fornecimento de energia elétrica para os consumidores finais é regulada e fiscalizada pela Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, a qual estabelece dois grupos de indicadores para essa análise: Qualidade do Produto e Qualidade do Serviço.
A Qualidade do Produto está relacionada com a variação de uma grandeza elétrica: a tensão, dada em volts. A maioria dos aparelhos elétricos funcionam perfeitamente em uma pequena faixa de variação desta grandeza; já aparelhos do tipo bivolt admitem maior oscilação. A Qualidade do Serviço, tema deste artigo, relaciona-se com a descontinuidade do atendimento ou falta de energia. Este quesito é o mais perceptível pelos usuários de energia elétrica e o que causa maior transtorno aos consumidores, haja vista que a sociedade moderna é dependente da eletricidade nos vários aspectos da vida: trabalho (indústrias, comér-
A qualidade do serviço no setor elétrico, regulada pela Aneel, é essencial para garantir a continuidade e a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica. Com foco nos indicadores DEC (Duração Equivalente de Interrupção) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção), este artigo analisa como práticas de manutenção preventiva, investimentos em tecnologia e a otimização das equipes de restabelecimento podem melhorar os serviços e reduzir os custos.
cios, atividades in home), deslocamento (metrô), conforto (climatização, elevadores), comunicação, etc.
Qualidade do serviço
A Qualidade do Serviço é aferida através de dois indicadores de continuidade coletivos, denominados Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) e Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC), os quais são estabelecidos através
Tab. I – Limites para unidade consumidora ou central geradora situada em área não urbana com tensão contratada ≥ 2,3 kV e < 69 kV
de variação dos limites anuais de indicadores de continuidade dos conjuntos
do Anexo VIII da Resolução Normativa n0 956, de 7 de dezembro de 2021 – Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional –Prodist Módulo 8 – Qualidade do Fornecimento de Energia Elétrica.
DEC e FEC
Para o cálculo do DEC, há uma fórmula no Prodist Módulo 8. No entanto, para melhor compreensão, pode-se estabelecer que se trata da duração ou período, em média, da interrupção de energia ao consumidor durante o ano; ou seja, soma-se todos os períodos dos eventos em que os consumidores tiveram sua energia interrompida, e divide-se pelo número de consumidores, obtendo então o resultado do DEC.
A definição de conjunto é circunscrita por cada subestação que atende um conjunto de consumidores, sendo que a maioria das concessionárias possui um ou mais conjuntos, e, a partir da média ponderada de todos conjuntos, tem-se o resultado médio por concessionária. Deve-se lembrar que muitas vezes a média não reflete as insatisfações pontuais dos consumidores.
Qualidade da energia
O FEC, por sua vez, reflete a média de frequência ou quantidade de vezes que o consumidor teve a energia interrompida durante o ano.
Critérios para apuração
De modo resumido, todos os desligamentos com tempo de duração acima de 3 minutos são computados para o cálculo de DEC e FEC – inclusive aqueles causados por situações não gerenciadas pelas concessionárias, como, por exemplo, abalroamento em postes ou derrubada de árvores na rede. Algumas situações são expurgadas do cálculo, como calamidade pública, defeito nas instalações do consumidor ou a pedido do consumidor. Essas causas estão listadas no item 187 do Prodist Módulo 8.
Para cada conjunto de consumidores, a Aneel estabelece limites de continuidade gerais do DEC e FEC para o período anual. Há faixas que são apuradas mensalmente, conforme o nível de tensão e a localização (rural ou urbano). Quando os limites preestabelecidos são ultrapassados, os consumidores são compensados monetariamente em suas contas de energia (para fins de ilustração, veja tabelas 3 e 4 do Prodist, reproduzidas aqui como I, na página 42, e II).
Supondo-se que um consumidor na área urbana BT, atendido por um conjunto cujos limites anuais de DEC e FEC são, respectivamente, 10,5 e 6,7 em um determinado mês, a apuração mensal do DIC é 9 e o FIC, 6. Nota-se a partir da tabela II que o limite do FIC mensal é 4. Neste caso, o consumidor será compensado no FIC (visto que atingiu 6,7), mas não no DIC, cujo limite mensal é 10. Um DIC de 9 é resultado de seis desligamentos com os tempos em horas (0,5, 2,5, 5,00 e 1,00); neste caso, o DMIC (Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora ou por
Tab. II – Limites para unidade consumidora ou central geradora situada em área urbana com tensão contratada < 2,3 kV
grupos: acima e abaixo de 400 mil consumidores.
O DGC é resultado da soma das frações do DEC apurado dividido pelo DEC limite e do FEC apurado dividido pelo FEC limite, cujo resultado é dividido por 2:
DGC= + 2 DEC apurado DEC limite FEC apurado FEC limite
O resultado do DGC é um quociente adimensional, ou seja, não tem nenhuma unidade que o defina; é um número sem grandeza física.
Ponto de Conexão) é 5,00, que é inferior ao limite mensal, correspondente a 7,00 (tabela II).
DGC
O DGC - Desempenho Global de Continuidade foi instituído pela Aneel para classificação das concessionárias conforme o seu desempenho em relação aos limites de DEC e FEC. As distribuidoras de energia são divididas em dois
Apesar de a Aneel divulgar o ranking das distribuidoras anualmente, o DGC reflete o desempenho das distribuidoras em relação aos limites de cada uma, sendo que um número acima de 1,00 significa que a concessionária está acima do DEC ou do FEC, ou de ambos ao mesmo tempo. Uma distribuidora pode performar um DGC baixo em relação a outra distribuidora; no entanto, isso não significa que a distribuidora com menor DGC tenha melhor qualidade de DEC e FEC, pois os limites da distribuidora
Qualidade da energia
com maior DGC podem ser mais baixos que os da anterior. Se os limites estabelecidos fossem os mesmos para todas as concessionárias, ou seja, mesma base, o DGC poderia comparar a qualidade entre elas (veja figuras 1, na página 44, e 2).
Penalidades e compensações
Os indicadores de DEC e FEC podem penalizar a distribuidora, compensando os consumidores pelo seu mau desempenho, ou afetar o fator X, que impõe diminuição ou aumento da tarifa.
Compilando as informações do site da Aneel de uma amostra de concessionárias e com base no ranking do DGC 2023, é possível verificar as compensações de 2023, 2024 (parcial), o número de consumidores (base 2024), e os números absolutos das compensações pagas aos consumidores, como também
Tab. III – Comparativo de compensações DIC, FIC e DMIC x DGC
a razão de compensação total dividida pelo total de consumidores da concessão (veja tabela III).
Esta compensação não significa que cada consumidor recebeu em média o valor da divisão, mas é uma base de comparação dos custos para as concessionárias. Como cada distribuidora tem quantidade diferente de consumidores, não é possível uma comparação com a compensação absoluta.
Observa-se que as piores companhias classificadas no ranking têm as maiores compensações por consumidor, e a melhor classificada tem a menor compensação por consumidor. No entanto, as posições intermediárias não obedecem essa regra devido aos limites dos indicadores (veja tabela III).
Desligamento das redes elétricas
A energia elétrica proporciona conforto e bem-estar, mas também é um insumo que oferece perigo a pessoas e equipamentos. Para a operação segura, são necessários dispositivos que identifiquem eventuais falhas/defeitos e interrompam o fornecimento de energia.
Para a análise dos problemas, as causas, quando identificadas, são registradas e agrupadas conforme Prodist Módulo 8, a fim de facilitar o diagnóstico e atuar na correção de falhas. A partir dos conceitos e causas de DEC e FEC, é possível identificar os defeitos e direcionar esforços para melhorar os indicadores de continuidade.
A tabela IV (página 48) apresenta alguns fatos que geram interrupções no fornecimento de energia.
Estratégias para melhoria de indicadores
Revisão dos estudos de proteção
Os sistemas de distribuição são dinâmicos, com crescimento constante e, em alguns casos, com sazonalidades. Os sistemas de proteção necessitam de uma revisão periódica em relação aos ajustes das curvas de religadores e da coordenação dos fusíveis, tanto para o crescimento das cargas como dos níveis de curto-circuito. Os profissionais devem observar quando uma chave começa a operar frequentemente em determina-
Fig. 2 – Ranking DGC Aneel 2023 (zoom)
Qualidade da energia
Tab. IV – Lista de fatores geradores para classificação de interrupções do fornecimento de energia elétrica
Origem Tipo Causa
Alteração
Programada
Manutenção
Meio ambiente
Terceiros
Interna
Não programada
Falha operacional
Próprias do sistema
Detalhe
Para melhoria
Para ampliação
Corretiva
Preventiva
Poluição
Corrosão
Queima ou incêndio
Inundação
Erosão
Árvore ou vegetação
Descarga atmosférica
Animais
Vento
Vandalismo
Abalroamento
Roubo
Acidente
Objeto na rede
Defeito cliente afetando outros
Ligação clandestina
Empresas de serviços públicos ou suas contratadas
Defeito interno não afetando outras unidades consumidoras
Interferência de terceiros
Erro de operação
Serviço mal executado
Acidente
Subtensão
Sobretensão
Sobrecarga
Desligamento para manutenção emergencial
Desligamento por segurança
Falha de material ou equipamento
Atuação de SEP – Sistema Especial de Proteção
Não identifica
Alívio de carga –Não classificada –
Próprias do sistema
Externa Programada – –Não programada
Atuação de SEP – Sistema Especial de Proteção
Não classificada –
do horário ou época do ano e conferir, em primeira instância, se os fusíveis estão adequados para suportar as cargas estimadas de seus respectivos kVAs à jusante das chaves.
Planejamento da manutenção preventiva
Para o planejamento da manutenção preventiva, deve-se priorizar as manu-
tenções que oferecem os melhores resultados com os recursos disponíveis; a melhor estratégia é utilizar a metodologia da regra de Pareto 80/20, onde 80% dos problemas estão em 20% das causas ou das redes.
Ao se elaborar uma classificação dos alimentadores por extensão (tronco mais ramais) e número de consumidores em quaisquer conjuntos, nota-se que entre 5 e 15% da extensão das redes concentra 50% dos consumidores. Ou seja, a melhor estratégia é direcionar prioritariamente as manutenções preventivas para esses grupos de alimentadores, garantindo que não sofram desligamentos devido à falta de manutenção e contribuindo para a redução de DEC e FEC.
Equipe de operadores
As equipes de operadores necessitam ser capacitadas, treinadas e preparadas
para analisarem em tempo real a melhor logística de atendimento, avaliando cada desligamento, levando em conta a distância das equipes de restabelecimento, a fim de obter o melhor resultado nos indicadores.
Além do das equipes de eletricistas dedicadas ao restabelecimento de energia, os profissionais devem auxiliar na identificação de causas, revisitando as ocorrências registradas e verificando se houve algum desligamento semelhante anteriormente com as correntes de curto.
Pós-análise de ocorrências
A equipe de pós-análise de ocorrências é fundamental para a melhoria contínua dos processos, auxiliando a engenharia na distribuição dos grupos de restabelecimento, na revisão de eventuais coordenações das proteções, no
direcionamento da manutenção preventiva nas redes, nas proposições de novos equipamentos, nas análises dos limites operativos dos equipamentos e necessidades de reforços das redes.
Instalação de equipamentos religadores
Se a energia for restabelecida em tempos inferiores a 3 minutos, o DEC e FEC não são contabilizados. A instalação de religadores automáticos com recursos de telecomando e telessupervisão, que identificam defeitos passageiros e reconectam a rede com sucesso, podem diminuir os indicadores DEC e FEC.
Divisão de circuitos
A divisão de alimentadores em circuitos menores, tanto em extensão quanto em
Qualidade da energia
número de consumidores, reduz principalmente o FEC – e o DEC, por consequência – além de diminuir perdas. São ações que devem ser previstas no planejamento e expansão da rede. Esta divisão também pode ser realizada através de religadores.
Manutenção preventiva
A substituição de cruzetas deterioradas nas redes nuas, podas de árvores, limpeza de faixa, aliada a manutenções preditivas com inspeções termográficas, diminuem o FEC e, principalmente, o DEC.
Um fator que agrava os defeitos são os esforços dinâmicos devido aos curtoscircuitos, podendo gerar outras falhas e defeitos latentes em função do afrouxamento de conexão de chaves ou emenda, rompimento de cabos, soltura de cabos de isolador, etc.
Aumento ou realocação de equipes
O DEC e o FEC são impactados pelos desligamentos, mas apenas o DEC é afetado pela rapidez no restabelecimento da energia aos consumidores, enquanto essa agilidade não tem influência sobre o FEC. Pode-se afirmar que o número de equipes de eletricistas dedicadas ao restabelecimento de energia, normalmente chamadas de “plantões”, e sua
distribuição na área de concessão, impactam diretamente no tempo de reconexão e, consequentemente, no DEC. O aumento das equipes de restabelecimento reduz o DEC, pois o foco é restabelecer a energia rapidamente. No entanto, essa mão de obra é a mais ineficiente e cara, já que a manutenção preventiva gera resultados mais eficientes e melhora tanto o DEC quanto o FEC. Por isso, deve ser vista como o último recurso. A realocação de equipes pode corrigir desbalanceamentos na distribuição, uma medida que pode ser implementada praticamente sem custo.
Circuitos em anéis com chaves telecomandadas
Este recurso diminui o FEC, pois isola o trecho com defeito, atendendo as cargas remanescentes por outro circuito, através de informações da rede que identificam o local da falha. Essa tarefa pode ser feita através do COD - Centro de Operação da Distribuição em menos de 3 minutos, sem a necessidade de inspeções das redes para localizar o problema.
Automatismo e self healing
O self healing (chamado de recomposição na área elétrica) diminui o FEC, pois restabelece automaticamente o for-
necimento de energia nas regiões, com a detecção do trecho defeituoso, verificação de alimentação através de outras alternativas e análise dos limites operativos, sem intervenção da equipe de operadores do COD. Esse recurso exige circuitos em anéis nas redes com chaves telessupervisionadas e telecomandadas.
Técnicas de linha viva
A manutenção preventiva com técnicas de linha viva reduz o DEC e o FEC, pois é executada sem o desligamento da rede.
Condição n-1
A quantidade de alimentadores deve ser suficiente e eficiente para suportar a condição n-1. Ou seja, com o desligamento de um dos alimentadores de suprimento, os alimentadores remanescentes devem suportar as cargas totais sem restrição de capacidade ou superação de seus limites operativos.
Modernização das redes de operação
As redes nuas em média tensão estão sujeitas à ação de diversos agentes: animais (pássaros, gambás, raposas, etc.), toques acidentais de vegetações, descargas atmosféricas, etc. Já as redes compactas têm melhor desempenho e possuem atualmente custo final, considerando
Fig. 3 – DEC e FEC anualizados
Fig. 4 – Descolamento do DEC em relação ao FEC (boca de jacaré)
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Qualidade da energia
capex e opex, inferior ao das redes nuas. Por sua vez, as redes multiplexadas MT são praticamente imunes a desligamentos devido aos agentes citados anteriormente, mas sua aplicação é restrita em função do custo. Finalmente, as redes subterrâneas, devido a custos de capex e opex, têm aplicações específicas e necessitam de escala, e não são imunes à inundação. Nos sistemas secundários, as redes multiplexadas têm excelente desempenho. As redes antigas BT nuas serão substituídas ao longo do tempo através de melhorias no sistema elétrico.
Comportamento do DEC e FEC
O acompanhamento da curva anualizada do DEC e FEC permite inferir as principais ocorrências em nível macro do conjunto.
A figura 3 mostra um gráfico do DEC e FEC anualizado. Verifica-se que, no período de dezembro de 2013 a dezembro de 2016, o FEC era superior ao DEC e com indicadores incontroláveis em relação aos limites estabelecidos. Nesse sistema, havia três alimentadores de suprimento para conjunto que não suportavam a condição n-1, limitando as manutenções que necessitavam de desligamentos e alternativas de manobras. A inflexão ocorreu com a entrada em operação de um novo bay e respectivo alimentador e a divisão de circuitos com instalação de mais religadores. A partir de fevereiro de 2017, observa-se a queda acentuada dos indicadores de DEC e FEC e a inversão de posição de FEC em relação ao DEC. Ou seja, faltava para a rede a condição n-1, equipamentos religadores, telecomando e telessupervisão.
No período de fevereiro de 2017 a dezembro de 2020, houve a divisão de circuitos, manutenção preventiva com duas equipes de roçada e a instalação de mais equipamentos religadores. O FEC se manteve inferior ao DEC, e ambos ficaram abaixo dos limites estabelecidos.
No período de janeiro de 2021 a dezembro de 2023, foi dispensada uma das equipes de roçada. Também houve acréscimo da demanda e necessidade de melhorar a condição n-1. A ação (equivocada) de diminuir a manutenção preventiva resultou no descolamento do DEC em relação ao FEC (figura 4), que só não foi maior pois houve investimentos de religadores Trip Savers monofásicos na área rural e instalação de redes compactas em alguns trechos.
No período de janeiro de 2023 a dezembro de 2024, foi reativada uma das equipes de roçada, e em setembro de 2023 entrou em operação mais um bay e respectivo alimentador, reduzindo o FEC em 2024. Por sua vez, o DEC voltou a se aproximar do FEC.
Além da avaliação individual do conjunto, deve-se analisar conjuntos semelhantes das concessionárias (mesma potência instalada, número de consumidores, quantidade de alimentadores), comparando o desempenho e a relação de DEC e FEC, para eleger o benchmark e aplicar melhorias contínuas citadas neste artigo.
Para um salto de qualidade em alguns sistemas, são necessários investimentos em tecnologia da rede, como pode-se observar na figura 5.
A partir do gráfico, nota-se ainda que o Sistema A é um conjunto com poucos recursos construtivos e opções de interligação, não satisfazendo a condição n-1.
Já o Sistema B possui várias opções de interligação, recursos construtivos atualizados, satisfaz a condição n-1, e conta com redes MT compactas, BT multiplexada, ou parte da rede MT multiplexada. Para melhorar a qualidade do serviço do sistema A e avançar do ponto 1 ao 2, será preciso elevar a despesa em O&M, tanto em manutenção preventiva quanto corretiva (aumento do número de plantões). Para avançar do ponto 1 ao 4 ou do ponto 3 ao 5, exige-se investimento em tecnologia, automatismo e modernização da rede (por exemplo, rede multiplexada e compacta, multiplexada MT ou subterrânea, e circuitos em configuração anel).
Conclusão
Este artigo apresenta diversas técnicas para melhoria da qualidade do serviço na área de distribuição de energia, considerando investimentos prudentes, como a revisão dos estudos de proteção e o planejamento da manutenção preventiva, cujos custos são baixos.
As melhorias, mesmo singelas, aumentam recursos que não são tangíveis, mas que devem ser medidos, pois ajudam a reduzir o número de ocorrências e, consequentemente, as horas extras de plantões e as despesas com deslocamento. Em alguns casos, as realocações dos plantões podem ser revistas, alterando a distribuição e logística das equipes, e utilizando a mão de obra para manutenções preventivas, criando-se um ciclo virtuoso de melhoria.
Fig. 5 – Comparação de sistemas com e sem tecnologia
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Gestão Ex
Estellito Rangel Júnior
A elaboração de um Programa de Gestão de Segurança em Áreas Classificadas (PGSAC) passa pela análise de risco na execução dos serviços, e deve levar em conta as informações sobre os processos da empresa, visando elencar as medidas de segurança adequadas e os recursos necessários.
Sobre os processos, os documentos de classificação de áreas devem evidenciar as diversas situações em condições normais e anormais de operação, e serem consultados em primeiro lugar.
O PGSAC inclui várias etapas, dentre elas, destacam-se:
• identificar os riscos;
• relatar as ações técnicas para mitigação dos riscos;
• consolidar o estudo de classificação de áreas, confirmando sua validade em função das características atuais da planta (esta etapa é particularmente importante, pois muitas vezes a redundância leva ao desperdício de dinheiro que poderia ser utilizado na gestão);
• combinar soluções técnicas após amplo debate com profissionais, como engenheiro de processo, engenheiro eletricista, engenheiro de segurança e os gestores dos departamentos, para elaborar os procedimentos de segurança dos trabalhadores; e
• definir o programa de treinamento dos empregados.
O treinamento: pilar fundamental
O programa de treinamento dos empregados deve usar uma linguagem acessível, pois, geralmente, eles não possuem conhecimentos que permitam entender fórmulas aplicáveis aos gases inflamáveis, sendo o mais importante saber o que fazer, qual equipamento usar, como ler um explosímetro e como verificar se o tipo de proteção está adequado à área, entre outros aspectos.
Um programa de treinamento objetivo permite que o pessoal se interesse pelo assunto, desperta a curiosidade, e melhora a preservação dos equipamentos, entre outras ações benéficas. Portanto, o bom treinamento não desperdiça dinheiro, devendo ser encarado como um investimento.
O gerente: peça-chave
É de primordial importância confiar a gerência do PGSAC a um especialista no tema, com experiência na área. O profissional deve saber se “movimentar” nos processos industriais, ser capaz de identificar e avaliar os riscos, e implementar medidas de proteção e técnicas que visem eliminar os riscos ou diminuir o seu gradiente, adotando também modificações nos processos ou nos sistemas de controle. É importante também que ele esteja
atualizado com os produtos para esse fim e conheça sua evolução tecnológica.
O controle do acesso: vital
Outra tarefa importante do gerente do PGSAC é verificar quem entra nas áreas classificadas — em especial, de empresas terceirizadas. Não faz sentido construir sistemas caros, comprar equipamentos fixos, móveis e transportáveis adequados ao local, e não encontrar nas maletas de ferramentas dos terceirizados a adequabilidade dos equipamentos fornecidos para a realização do trabalho.
Os profissionais terceirizados também devem ter treinamento, em especial com a formação adequada ao tipo de trabalho que desenvolverão.
A sinalização: aliada incondicional
A sinalização das áreas classificadas é outra tarefa do gerente do PGSAC, que vai fixar placas conforme os documentos de classificação de áreas, e, em caso de acidente, colocará em ação o plano de emergência.
A sinalização é muito importante, devendo seguir as recomendações ISO e conter as informações de zona, grupo de gás, classe de temperatura e número do desenho de classificação de áreas (conforme já abordado na EM Ex edição 405), e deverá ser reconhecida por todos, incluindo os visitantes.
Carga e descarga: atenção redobrada
Os caminhões-tanque de inflamáveis, ao entrarem na empresa, deverão parar no estacionamento e desligar os motores, para serem submetidos a uma verificação. Nas áreas de descarga ou carga de inflamáveis, recomenda-se a presença de pessoa qualificada para monitorar a conformidade aos procedimentos.
As ligações temporárias à terra dos caminhões-tanque (garras de aterramento) devem estar sempre disponíveis e em perfeitas condições. A área de carga/ descarga de inflamáveis é uma das mais envolvidas em eventos de explosão.
Conclusão
A Gestão de Segurança em Áreas Classificadas é um tema complexo e com muitas variáveis. Cada empresa tem particularidades sobre seus riscos, processos, colaboradores e procedimentos.
O gerente do PGSAC deve conscientizar a alta direção que a explosão é um dano destrutivo, mas, com conhecimento e sinergia com pessoas capacitadas e responsáveis, pode-se evitar sua ocorrência. Estellito Rangel Júnior, engenheiro eletricista, primeiro representante brasileiro de Technical Committee 31 da IEC, apresenta e discute nesta coluna temas relativos a instalações elétricas em atmosferas potencialmente explosivas, incluindo normas brasileiras e internacionais, certificação de conformidade, novos produtos e análises de casos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail em@arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” EM-Ex.
EM Aterramento
Todos os caminhos partem do gerenciamento de risco
Sergio Roberto Santos
Como a instalação da proteção contra descargas atmosféricas (PDA) não é um fim em si mesma, mas tem por objetivo reduzir os riscos associados à incidência das descargas atmosféricas em uma estrutura, é necessário avaliar precisamente, numérica e qualitativamente, onde, quando, como e porque devem existir um sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) e as medidas de proteção contra surtos (MPS).
Por isso, para auxiliar a tomada de decisões em um projeto de PDA, existe a parte 2 da norma técnica ABNT NBR 54192:2015 Versão Corrigida:2018 Proteção contra descargas atmosféricas Parte 2: Gerenciamento de risco, que fornece uma ferramenta eficiente para a definição:
1) Da necessidade ou não da PDA, ou seja, de um SPDA e/ou das MPSs; e 2) Caso seja necessária, das suas características.
Em termos mais precisos, segundo a norma ABNT NBR 5419:2015, o Risco (R) corresponde ao valor da perda média anual provável (de pessoas e bens) devido às descargas atmosféricas, em relação ao valor total (pessoas e bens) da estrutura a ser protegida.
As fontes (Source (S)) de danos, as causas de problema, são:
a) S1: descargas atmosféricas na estrutura;
b) S2: descargas atmosféricas perto da estrutura;
c) S3: descargas atmosféricas na linha;
d) S4: descargas atmosféricas perto da linha.
Os tipos de danos (Damage (D)), os problemas criados, são:
a) D1: ferimentos aos seres vivos por choque elétrico;
b) D2: danos físicos;
c) D3: falhas de sistemas eletroeletrônicos.
As perdas (Loss (L)), as consequências dos danos, são:
a) L1: perda de vida humana (incluindo ferimentos permanentes);
b) L2: perda de serviço ao público;
c) L3: perda de patrimônio cultural;
d) L4: perda de valores econômicos (estrutura, conteúdo, e perdas de atividades).
Como não existe risco zero, a norma ABNT NBR 5419:2015 apresenta valores de risco considerados razoáveis (Risco Tolerável (Rt)), na prática extremamente baixos, que:
a) Caso sejam atingidos sem a necessidade da PDA, esta não será necessária;
b) Serão obtidos através da PDA indicada pelo resultado do gerenciamento de risco (GR).
Como existem diferentes perdas, existirão também diferentes riscos, cada um avaliado e, se necessário, reduzido através da PDA, independentemente dos outros:
a) R1 - Risco de perda de vida humana (incluindo ferimentos permanentes) em uma estrutura, Rt = 10-5
b) R2 - Risco de perda de serviço ao público em uma estrutura, Rt = 10-3
c) R3 - Risco de perda de patrimônio cultural em uma estrutura, Rt = 10-4
d) R4 - Risco de perda de valor econômico em uma estrutura. Definido em comum acordo com o cliente, sendo por isso facultativo. Caso seja necessário, a norma sugere um valor de Rt = 10-3.
Em relação a esses valores, cabe ressaltar a coerência deles, já que o valor do risco tolerável para a perda de vidas humanas é muito mais baixo do que os outros, e os valores de riscos de perdas que são permanentes (R1 e R3) mais baixos do que os de riscos de perdas que são temporárias (R2 e R4), sendo que este último (R4) não necessita obrigatoriamente ser reduzido, já que as suas consequências serão assumidas pelo responsável pela edificação.
O GR é baseado em informações objetivas sobre os fatores que influenciarão o risco existente em uma edificação, tais como a Ng = densidade de descargas atmosféricas para o solo (no local ocorrem mais ou menos raios), as dimensões da edificação (a probabilidade dela interceptar uma descarga atmosférica) e a vulnerabilidade do que deve ser protegido (a estrutura, seres vivos e instalações elétricas). Tais fatores avaliados em conjunto e ponderados em relação à importância de cada um deles para a segurança responderão às duas questões formuladas anteriormente.
Desta forma, é fundamental que o projetista da PDA obtenha todas as informações necessárias para a elaboração do GR, o que nem sempre é fácil, rápido e feito corretamente. Enquanto algumas informações podem ser obtidas de forma independente, como o valor de Ng, outras dependem totalmente do cliente, como
o tempo de permanência das pessoas na edificação.
Embora seja natural que o cliente deseje que a PDA da sua edificação não seja necessária, ou tenha a menor complexidade possível (níveis III e IV de proteção), a responsabilidade pelo GR é do projetista, o que implica que esse profissional tenha a certeza de que as informações recebidas sejam verídicas e por isso devidamente documentadas. Preferencialmente, já no envio da proposta técnico-comercial do serviço, devem ser encaminhadas as per-
guntas que deverão ser respondidas, a observação sobre a relação entre prazo de conclusão do GR e o tempo que o cliente levará para responder completamente o questionário e, enfaticamente, a responsabilidade dele na exatidão das respostas fornecidas.
Sendo o GR um avanço da versão de 2015 da norma ABNT NBR 5419, suas consequências devem ser respeitadas, não cabendo ao cliente, com a ajuda do projetista, tentar modificá-las com o objetivo de eliminar a necessidade da PDA, ou re-
Engenheiro eletricista da Lambda Consultoria, consultor da Embrastec e mestre em energia pelo Instituto de Energia e Ambiente da USP, Sergio Roberto Santos apresenta e analisa nesta coluna aspectos de aterramento, proteção contra descargas atmosféricas e sobretensões transitórias, temas aos quais se dedica há mais de 20 anos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail: em_ aterramento@arandaeditora.com.br, mencionando “EM-Aterramento” no assunto.
duzir os custos em implementá-la. Um exemplo de tal equívoco seria omitir a existência de um ambiente com atmosfera explosiva para que a PDA necessária não seja classificada como nível I ou II.
Por último, mas muito importante, apesar da existência de programas e planilhas para elaboração do GR, a leitura completa de todas as quatro partes da norma ABNT NBR 5419:2015, ou da versão vigente na época do projeto, é fundamental para que o resultado obtido seja aquele que fornecerá a proteção realmente necessária. A elaboração do GR apenas preenchendo os dados solicitados no programa, ou planilha, pode levar a equívocos, comprometendo o projeto da PDA. Neste caso, como na aplicação da norma como um todo, o que está escrito deve ser interpretado, sejam as informações fornecidas para o GR, sejam aquelas obtidas pelo seu resultado.
No Brasil
Eletrotec – Os interessados em apresentar trabalhos na edição 2025 do Eletrotec, que será realizado de 26 a 28 de agosto, em São Paulo, SP, podem submeter resumos até 14 de março. As versões finais deverão ser enviadas até 28 de abril, e os trabalhos completos para publicação nos anais, até 26 de maio. Os resumos devem detalhar os objetivos do trabalho, o problema proposto, as conclusões alcançadas e as soluções apresentadas. As áreas de interesse incluem instalações de baixa tensão, sistemas de carregamento de veículos elétricos, energia renovável, raios e sobretensões, além de soluções voltadas para a automação e eficiência energética em ambientes industriais e comerciais, entre outros temas. Os resumos podem ser enviados para o e-mail congressoeletrotec@arandaeventos.com.br. Feicon – A 29a edição da Feicon - Feira Internacional da Construção Civil será realizada de 8 a 11 de abril, no SP Expo, em São Paulo, SP. Com organização e promoção da RX Brasil, o evento visa promover lançamentos de produtos e tecnologias, inovações, oportunidades de negócios e apresentação de conteúdos de relevância para o mercado. São esperados aproximadamente 100 mil visitantes compradores do Brasil e de 70 países. Mais informações em www.feicon.com.br
Intersolar Summit NE – O Intersolar Summit Brasil Nordeste acontecerá no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, em 23 e 24 de abril. Constituído de congresso e feira, o evento enfocará energia solar, armazenamento de energia, H2V e outros assuntos. Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos. Informações: https:// www.intersolar-summit-brasil.com/nordeste
Sendi – A edição de 2025 do Sendi - Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica será realizada entre 26 e 30 de maio, no Expominas, em Belo Horizonte. A programação inclui palestras com especialistas nacionais e internacionais cobrindo quatro áreas principais: Comercial, Inovação, Institucional e Técnica. As categorias contemplam mais de vinte temas relacionados à infraestrutura de fornecimento de energia, novas tecnologias, operação e gestão de sistemas, qualidade e eficiência energética, sustentabilidade, entre outros. Mais informações: sendi.org.br. Enase – O Enase – Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico acontecerá nos dias 11 e 12 de junho no Hotel Windsor Oceânico, no Rio de
Janeiro, RJ. O evento pretende discutir as perspectivas para o setor elétrico, visando networking e negócios. Serão realizados painéis com a presença de especialistas e autoridades no setor. Mais informações em www.enase.com.br.
The smarter E – O evento The smarter E South America vai acontecer de 26 a 28 de agosto em São Paulo, SP. Realizado no Expo Center Norte, congregará os eventos: Intersolar South America - A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America - Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; e Eletrotec+EM-Power South America - Feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia. A organização é da Solar Promotion International GmbH e da Freiburg Management and Marketing International, com coorganização pela Aranda Eventos & Congressos. Informações: www. thesmartere.com.br.
FIEE – A 32a edição da FIEE - Feira Internacional da Industria Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade, organizada pela RX Brasil e a Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, vai ser realizada de 9 a 12 de setembro, no São Paulo Expo. O evento, que apresenta equipamentos, produtos, soluções e tendências em instalações elétricas e eletrônicas para a indústria de todos os segmentos, pretende abordar a transformação digital da indústria, sustentabilidade, conectividade e tecnologia. Mais informações em https://www.fiee.com.br.
ESW Brasil – De 7 a 9 de outubro será realizado no auditório do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo a 12a edição do Electrical Safety Workshop Brasil (ESW Brasil), um seminário dedicado totalmente à segurança em eletricidade. O evento é organizado bianualmente desde 2003 pelo IEEE - Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos - Seção Sul Brasil, através do capítulo IAS - Sociedade de Aplicação Industrial, em parceria com a Abracopel - Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade. Outras informações em www.ieee.org.br/eswbrasil.
SNPTEE 2025 – O XXVIII Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica ocorrerá de 19 a 22 de outubro, no Recife Expo Center, em Recife, PE. Promovido pelo Cigre-Brasil, esta edição, organizada pela Eletrobras, pretende promover a inovação, o compartilhamento de conhecimento técnico entre profissionais, especialistas, acadêmicos e jovens talentos. A progra-
mação contará com 98 temas distribuídos entre 16 grupos de estudo e diversos painéis especiais, reunindo cerca de 3000 participantes, e com uma feira de negócios, reunindo cerca de 100 expositores. Informações sobre o evento e inscrições: www.snptee.com.br.
Intersolar Summit Sul – Em 28 e 29 de outubro será realizado no Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre, RS, a segunda edição do Intersolar Summit Brasil Sul, em formato congresso & feira, abordando entre outros temas solar FV com armazenamento, agrivoltaicos, FV off grid, etc. Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos. Informações: https://www.intersolarsummit-brasil.com/sul .
Cursos
Dimensionamento de cabos – A Cobrecom, fabricante de fios e cabos elétricos de baixa tensão, oferece o curso Dimensionamento de fios e cabos elétricos, que aborda aspectos como escalas, pontos de carga e diagramas, quedas de tensão, circuitos de iluminação, seções dos condutores, entre outros. O curso é gratuito e on-line, e está disponível no site https://parceirodaconstrucao.com.br. A empresa também oferece outros três cursos por meio da plataforma Parceiro da Construção, que tratam de temas como “Condutores elétricos: o que é preciso saber na hora de instalar”; “Condutores Elétricos: Aplicação dos Fios e Cabos” e “Introdução à Eletricidade”. Mercado de créditos de carbono – A Universidade do Carbono, instituição educacional que visa capacitar profissionais para o mercado de ativos ambientais, vai realizar o curso, em formato online, Soluções baseadas na Natureza: mercado e projetos de carbono, que abordará, entre outros temas, as mudanças climáticas, o planejamento financeiro de projetos, a regulamentação do mercado e técnicas de monitoramento e mensuração florestal. As aulas, que contam com tradução simultânea português-inglês, ocorrem ao vivo aos sábados, das 8h às 12h, com duração de 18 meses. As inscrições estão disponíveis em https:// conteudo.pecege.com/universidade-do-carbonomercado-e-projetos-de-carbono. Mais informações: universidadedocarbono@pecege.com ou (19) 2660-3337.
Energia na América Latina – A Olade - Organização Latino-Americana de Energia oferece um
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A M A IO R F E I R A & C ONGR E SS O D A A M É RIC A L AT I N A
PA R A O S E T O R SOL A R
L ATA M’ S L AR GE S T EX HIB ITIO N A N D C ONFERENC E
F O R TH E SOL A R I ND U ST RY
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IN TE R S O LA R: CO N EC TAND O O SE TO R S O LA R
A Intersolar é a principal feira para o setor solar, com foco em fotovoltaica, tecnologias termossolares e usinas de energia solar. Desde sua fundação mais de 30 anos atrás, a Intersolar tornou-se a mais importante plataforma para fabricantes, fornecedoras, distribuidoras, instaladoras, prestadoras de serviços, desenvolvedoras de projetos, planejadoras, além de novas empresas no setor solar.
Agenda
programa de formação executiva, que abrange diversos temas relacionados ao desenvolvimento energético da região através de 16 cursos, organizados em cinco eixos temáticos: tecnologias, hidrocarbonetos, transição energética, políticas energéticas e integração energética regional. Os cursos serão ministrados em diferentes modalidades (e-learning, virtuais e semipresenciais, webinars e oficinas de trabalho). Para mais informações, acesse https://capevlac.olade.org
Elétrica e iluminação – A Tramontina realiza o Educa+, plataforma virtual de cursos e treinamentos gratuitos. A iniciativa está dividida em ambientes, entre os quais se destaca o Conectar+, com conteúdos sobre elétrica e iluminação. Os cursos e treinamentos EAD (Educação a Distância) disponíveis nessa seção são direcionados a eletricistas, instaladores, arquitetos, decoradores, estudantes e clientes da marca, abordando normas e especificidades de produtos utilizados em instalações elétricas residenciais, comerciais e industriais. Para participar dos cursos, basta acessar a plataforma e criar um login no site https:// global.tramontina.com/educa.
Treinamento Ex – A Tramontina mantém a Cabine de Treinamento para instalações em ambientes com atmosferas explosivas e áreas industriais, localizada em Carlos Barbosa (RS). O ambiente está equipado com painéis, luminárias, botoeiras, caixas de ligação, plugues e tomadas com proteções “Ex e” (segurança aumentada), “Ex d” (à prova de explosão) e “Ex t” (proteção contra ignição de poeiras), a fim de proporcionar uma experiência prática e teórica aos participantes. Os interessados podem obter mais informações por meio do site https://global.tramontina.com/atmosferasexplosivas ou telefone (54) 99981.1022. Indústria e energia – A Siemens promove cursos presenciais e à distância com o objetivo capacitar clientes, estudantes e interessados em temas de indústria e energia. Para processos produtivos, com linha de produção de uma indústria que possui equipamentos ou sistemas Siemens, os cursos são ministrados no Sitrain, localizado na sede da companhia, em São Paulo. Na Power Academy, que fica na planta de Jundiaí, o destaque está no setor de energia, nos segmentos de geração, transmissão e distribuição com foco na digitalização de subestações. Os treinamentos e cursos disponíveis podem ser conferidos nos sites https:// www.siemens.com/br/pt/produtos/servicos/
energia/power-academy-brasil.html e https:// www.siemens.com/br/pt/produtos/servicos/ industria/servicos-treinamentos/sitrain.html. Proteção de sistemas de energia – A Universidade SEL oferece treinamentos em proteção de sistemas de energia, abrangendo tópicos que vão desde princípios fundamentais de sistemas de energia até aplicações e testes práticos de produtos SEL, em versões presenciais e on-line. O calendário completo está disponível em https://selinc. com/pt/selu/calendario.
Proteção – A Conprove Engenharia, de Uberlândia, MG, realiza treinamentos para qualificação profissional, dirigido a engenheiros, tecnólogos e técnicos, sobre vários temas, como geradores síncronos; transformadores e reatores de potência; subestações de média e alta tensão; relés de proteção; descargas parciais; transformadores de corrente e potencial convencionais e não convencionais; harmônicos, etc. Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas em https://conprove. com.
Indústria – A Mitsubishi Electric promove diversos webinars gratuitos, com carga horária aproximada de uma hora. As sessões online abordam inteligência artificial em inversores de frequência, redes industriais, regeneração de energia elétrica, robôs industriais, certificação LEED, entre outras. Inscrições no site mitsubishielectric.com.br/webinars. A companhia lançou recentemente mais um curso em sua plataforma EAD: Configuração Rápida do Inversor FR-E800, que visa abordar recursos como ligação de entrada e saída, parâmetros básicos para sua operação, configuração dos parâmetros, habilitação de seu funcionamento, parada de segurança e retomada dos parâmetros de fábrica. O curso está disponível no link https://mitsubishielectric.eadplataforma.app/. Capacitação técnica – Por meio da plataforma Centro de Treinamentos, a Schneider Electric oferece capacitações e cursos nas áreas técnicas para engenheiros, eletricistas, técnicos, operadores e estudantes da área de tecnologia. Os cursos – com duração média de dois dias – podem ser realizados no formato online (com aulas ao vivo), presencial (no Centro de Distribuição Inteligente e Innovation Hub de Cajamar – SP) ou nas locações dos clientes. São oferecidos cursos sobre controladores lógicos, interfaces gráficas, sistemas de supervisão, relés de proteção, equi-
pamentos de média e baixa tensão, sistemas de energia ininterrupta e monitoramento e ar-condicionado de precisão. Mais informações sobre os treinamentos estão disponíveis em https:// loja.se.com/software-e-servicos.
SPDA – A Termotécnica Para-raios realiza diversos cursos voltados a profissionais da área, como o curso de SPDA, que aborda, entre outros temas, estrutura e tabelas da nova norma, avaliação da necessidade de SPDA, análise do afastamento do SPDA das demais instalações e massas metálicas, dimensionamento do aterramento para dispersão da descarga atmosférica no solo, etc. Outro curso ministrado é o de MPS, que trata de características de um raio nas instalações de energia e de sinal, efeitos e danos de um raio em equipamentos eletroeletrônicos, princípios básicos e níveis de proteção de equipamentos, características dos protetores, etc. Informações: www.tel.com.br.
No Exterior
Energyear Colombia 2025 – Congresso voltado para o setor de energias renováveis ocorrerá nos dias 28 e 29 de maio, em Medellín, Colômbia. O evento tem como objetivo reunir profissionais e empresas da indústria de energias renováveis, oferecendo uma plataforma para discutir as principais tendências, desafios e oportunidades que estão moldando o mercado latinoamericano. Mais informações e inscrições em: energyear.com.
World Energy Congress – Considerado um dos maiores e mais importantes eventos globais voltados para o setor de energia, e organizado pelo World Energy Council (WEC), o congresso reúne líderes do setor de energia, governantes, acadêmicos e especialistas para discutir os maiores desafios e oportunidades no campo da energia mundial. A edição de 2025 será realizada em Riyadh, Arábia Saudita, de 26 a 29 de outubro de 2026. O evento atrai profissionais e líderes de empresas de energia, governos, organizações internacionais e a academia, proporcionando um ambiente de troca de conhecimento e networking. Informações em: https://www.worldenergy.org.
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FORTALECENDO O SETOR DE INSTALAÇÕES E GESTÃO DE ELETRICIDADE
ELETROTEC+EM POWER destaca-se como a feira para o segmento de infraestrutura elétrica e gerenciamento de energia. Desenhada para profissionais de projeto, montagem, manutenção & amp; operação de instalações industriais e prediais de média e baixa tensão, abrange materiais, equipamentos e serviços, inclusive para subestações, SPDA e aterramento, além de sistemas para edifícios inteligentes.
Produtos
Lâmpadas “T”
A LEDVance lançou recentemente no mercado brasileiro uma nova geração das lâmpadas LED de alta potência “T”. Uma das novidades é o modelo em luz quente com temperatura de cor de 3000 K.
Antes, a empresa fornecia as lâmpadas “T” na versão luz fria, com temperatura de cor de 6500 K. Estão disponíveis em tensão 100-240 V, vida útil de até 25.000 horas, índice de proteção IP20 (proteção contra objetos sólidos maiores que 12 mm) e garantia de três anos (selo Value Class). www.ledvance.com.br.
Baterias blindadas
A UCB Power desenvolveu a Usafety, linha de baterias blindadas com resina ultrarresistente. Segundo a empresa, o produto cria uma barreira impenetrável, garantindo a integridade das
células sem alterar sua temperatura, prolongando sua vida útil e impedindo roubos. A solução também conta com serviços de monitoramento e rastreamento agregados, em tempo real, com a utilização do GPS integrado a uma central própria de monito -
ramento. A linha também conta dispositivo de detecção e supressão de incêndios que podem ser causados por calor excessivo e ou falhas elétricas. A blindagem segue a LPS 1175, norma de segurança britânica reconhecida internacionalmente, criada pelo LPCB (Loss Prevention Certification Board). www.ucbpower.com.br
Motor para geração de energia
A FPT Industrial fornece o R38 , um motor turboalimentado de 3,8 l, em conformidade com os padrões da UE, abrangendo saídas de 50 kVA e 60 kVA na linha de geração de energia e 55 kW e 65 kW na versão de unidade de
energia industrial. Apresenta um sistema de injeção mecânica robusto, e manutenção em um único lado, o que facilita e acelera as atividades de manutenção, destaca a empresa. Para a versão de geração de energia, o R38 pode ser alternado de 1.500 rpm a 1.800 rpm para minimizar os requisitos de estoque dos OEMs e é adequado para uma ampla gama de aplicações, desde backup estacionário até energia principal móvel. Outras características: potência stand-by 55 – 66 kW, potência prime 50 – 66 kW, nível de emissão UR, diâmetro x curso 102 x 115 mm, deslocamento 3.8 l, taxa de compressão 17.5:1,
quatro cilindros, duas válvulas por cilindro, aspiração com turbocompressor, flywheel 11.5”, carcaça do flywheel SAE 3, injeção direta/mecanismo. www.fptindustrial.com.
Iluminação industrial
A Soma Solution fornece um indicador luminoso, cujo objetivo é indicar o status de funcionamento das máquinas. Segundo a empresa, essa ferramenta (resistente a poeira, óleo e água) foi projetada para operar em ambientes internos e externos, garantindo uma iluminação uniforme e confiável em todas as direções. É
uma luminária flexível, ancorada em junta rotativa, permitindo a utilização em diferentes ângulos. Possui estrutura resistente a óleo e lubrificantes, dando suporte em atividades que exigem precisão e mobilidade. https://somasolution.com.br
UPS para datacenters
O Vertiv Trinergy, fonte de alimentação de energia ininterrupta (UPS) projetada para lidar com a demanda flutuante das cargas dos datacenters , fornecida pela Vertiv, conta com potências de 1500, 2000 e 2500 kVA. O sistema tem arquitetura modular que apresenta núcleos fisicamente segregados de 500 kW. Cada núcleo inclui os componentes de um UPS on-line: inversor, retificador, booster/carregador e controles dedicados e separados, permitindo que cada núcleo opere de forma independente. O equipamento possui eficiência no modo de dupla conversão de até 97,1%, que pode aumentar para até 99% no modo on-line dinâmico, reduzindo, de acordo
indicada para diversas aplicações industriais, como linhas de montagem e centros de usinagem. Já o botão multifuncional, com três cores (vermelho, amarelo e verde) em um único dispositivo, permite aos operadores uma visão clara e intuitiva do status das operações, assegurando, de acordo com a companhia, decisões rápidas e seguras no trabalho. A tecnologia de LED garante baixo consumo energético, afirma a Soma Solution. Por sua vez, a iluminação com braço articulado é
com a empresa, os custos operacionais e a dissipação de energia. Essa funcionalidade proporciona ainda, segundo a Vertiv, a redução do consumo do sistema de refrigeração, possibilitando diminuição do TCO geral e menor tempo de payback . www.vertiv.com
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E X P O CENTE R NO RT E, SÃO PAU LO, B RA SI L
O EV EN T O ESSE NC IA L PA R A B AT ER I A S E S ISTEM A S D E
AR M AZE N A M E N T O D E E N ER G I A N A A M É RIC A L AT I N A
L ATA M’S KE Y EV EN T F O R B ATTE RI E S & E N ER G Y S
A ees é a feira internacional de baterias e sistemas de armazenamento de energia, e reúne fabricantes, distribuidoras, desenvolvedoras de projetos, integradoras de sistemas, usuários profissionais e fornecedoras de tecnologias inovadoras de baterias e soluções sustentáveis de armazenamento de energias renováveis, tais como hidrogênio verde e produção eletrolítica de gás.
Parte de
Publicações
Transição energética
O livro Transição energética apresenta uma coletânea de artigos técnicos que apresentam resultados práticos de projetos aplicadas em diferentes empresas do setor elétrico brasileiro, realizados pela FITec - Fundação para Inovações Tecnológicas, em parceria com diferentes empresas do setor elétrico brasileiro e publicados em diferentes momentos e fóruns do setor de energia. As soluções para a transição energética aplicadas ao setor elétrico, citadas no livro, são voltadas aos Recursos Energéticos Distribuídos, à Tecnologia da Informação e Comunicação, à Medição Avançada e à Segurança Cibernética, potencializadas por tecnologias como 5G, Visão Computacional, IA e Conectividade IoT (Internet das coisas). De acordo com a autora e organizadora do livro, a visão da informação e do conhecimento como vantagem competitiva organizacional, aliada ao seu desdobramento em negócios que unem as capacidades de construir redes de informação e trabalhar inteligência de dados, potencializa cada vez mais a inovação habilitada pela tecnologia diante das incertezas. Assinam o livro a engenheira Astrid Maria Carneiro Heinisch, diretora
Índice de anunciantes
executiva da Fundação e professora da pós-graduação em Automação do Sistema Elétrico da PUC Minas Gerais, e os pesquisadores da FITec, Eugênio Lopes Daher, gerente de Projetos Sênior, especialista em Ciência da Computação e em Inteligência Artificial (IA); Leonardo Henrique de Melo Leite, doutor em Engenharia Elétrica e coordenador do Comitê de Estudos C6 do Cigre; Johnny J. Mafra Jr., mestre em Engenharia Elétrica, autor de patentes, e membro de Grupos de Trabalho da ABNT e do Inmetro; Tamires Martins Rezende, engenheira de Automação e doutora e mestre em Engenharia Elétrica; e Herbert de Oliveira Ramos, doutorando e mestre em Engenharia Elétrica e especialista em IA (Inteligência Artificial). No livro, editado e comercializado pela Editora Pontes, são apresentados artigos científicos em português e inglês, mantendo os conteúdos na íntegra, conforme originalmente publicados. A publicação pode ser adquirida no site https:// ponteseditores.com.br.
Impacto da IA no consumo de energia
A Schneider Electric elaborou dois novos relatórios sobre o impacto da inteligência artificial na sustentabilidade, com ênfase no consumo energético, através do seu Instituto de Pesquisa em Sustentabilidade (Sustainability Research
Institute – SRI). O primeiro estudo, chamado de Artificial Intelligence and Electriccity: a system dynamics approach, analisa quatro possíveis cenários para o uso de eletricidade pela IA na próxima década. Segundo a empresa, não se trata de previsões, mas de ferramentas para compreender fatores complexos que moldam o futuro, abrangendo uma série de possibilidades: desde o desenvolvimento sustentável da IA até limites de crescimento, incluindo cenários mais radicais como Abundance Without Boundaries (Abundância sem Limites) e até mesmo a possibilidade de crises energéticas causadas pela IA. Além das previsões e análises, o relatório oferece recomendações para formuladores de políticas e tomadores de decisão. Já o segundo documento, AI-Powered HVAC in Educational Buildings: a Net Digital Impact Use Case, demonstra como sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado (HVAC) movidos à IA podem aumentar a eficiência energética e a conservação ambiental em edifícios. Os sistemas HVAC são responsáveis por 35% a 65% do consumo total de eletricidade de um prédio. www.se.com
Os desafios na gestão do sistema elétrico
Paulo Ludmer
A gestão do SIN - Sistema Integrado Nacional está cada vez mais complexa e desafiante para o ONS - Operador Nacional do Sistema, que não dispõe de um arcabouço legal detalhado que ampare as suas difíceis opções. Vale dizer, a instituição está insuficientemente orientada.
A desorientação tem uma raiz ideológica. Uma parte do apoio do Poder Executivo
consecução da justiça social. Ou seja, não querem reinventar a roda.
Debaixo de diretrizes opostas e conflitantes das políticas públicas, cabe ao Operador manter as linhas de transmissão em operação otimizadas; a frequência e a tensão nos padrões desejados; a segurança e a disponibilidade tranquilas para a carga; as capacitâncias e reativos recomendados; as reservas girantes em bom nível; os síncronos e assíncronos na rede com harmônicas ameaçadoras à estabilidade no fornecimento. Tudo isso conjuminando com as bruscas e intensivas alterações das topologias de carga, a transição energética, a descarbonização, mudanças climáticas, ESG (meio ambiente, inclusão social e governança), num tablado sobretudo debaixo do equilíbrio econômico financeiro do sistema como um todo. São falsas as sensações de sobra de energia provocadas pelos bruscos cortes de geradores e o acionamento de outros a cada
“A causa real desse caos tem sido a falta de planejamento na expansão autorizada das fontes geradoras intermitentes”.
Paulo Ludmer é jornalista, engenheiro, professor, consultor e autor de livros como Derriça Elétrica (ArtLiber, 2007), Sertão Elétrico (ArtLiber, 2010), Hemorragias Elétricas (ArtLiber, 2015) e Tosquias Elétricas (ArtLiber, 2020). Website: www.pauloludmer.com.br.
acredita que o distributivismo da renda nacional reduz as desigualdades, e que cabe ao Estado promover o crescimento e o bem-estar econômico. Essa fração aceita, por exemplo, Maduro, ditador da Venezuela, para onde enviou delegação. Ou seja, superar a desigualdade vale mesmo que sacrificando a democracia. O déficit público não intimida, até porque não se acredita em nossa democracia injusta, imperialista, colonialista.
Outra parte do apoio do governo advoga que é necessário reconstituir os fundamentos da economia em clima de liberdade e participação privada. Essa turma, pura ou impura, põe o valor da democracia que temos como sendo o melhor para a
poente, quando os parques solares fotovoltaicos param de produzir kWh, obrigando alguns a ir comprar no mercado livre a parcela de energia firme que haviam prévendido ao SIN.
Há soluções rápidas com a introdução de grandes baterias elétricas, e a transformação de centrais hidrelétricas em usinas reversíveis, de modo que atuem como baterias nas madrugadas. Também existem outras soluções, como empresas renunciando e vendendo a energia que absorveriam nos horários de ponta. Tudo isso, claro, nas costas dos consumidores. Esta balbúrdia assegura às usinas termelétricas a função de fornecedoras essenciais nos horários de pico (entre 17 h e 21 h na
maioria das distribuidoras). Mas não evitam prejuízos de monta para os projetos geradores que querem transferir suas perdas bilionárias aos consumidores, num jogo de empurra que o Poder Judiciário terá de acolher. Desde logo, setores interessados e organizados lutam para salvar os resultados econômicos de seus empreendimentos geradores, transferindo para os consumidores a conta das perdas através de serviços de sistema, um encargo criado para outros fins.
As perdas se agravam quando o gerador debaixo do curtailment (com a atividade cortada pelo ONS) se vê obrigado a adquirir por um preço imprevisível, flutuante durante um único dia, em escalas mortais, a energia que vendera e não consegue entregar por si. Poucos imaginaram nos contratos que o curtailment adviria tão cedo na cena brasileira.
Na verdade, a causa real desse caos tem sido a falta de planejamento na expansão autorizada das fontes geradoras intermitentes, um câncer que não estancou. A EPE - Empresa de Pesquisa Energética –que executa com antecedência de dez anos o planejamento do setor – ficou de mãos atadas, tendo seus trabalhos técnicos e profissionais subvertidos por parlamentares ignorantes ou de má-fé que interferem e conturbam o setor elétrico, sem noção do que desarranjam.
Com a breve chegada de uma brutal frota de veículos elétricos, conjugada com a implantação das big datas – vorazes grandes consumidoras do insumo, que atenderão o universo cibernético (com inteligência artificial) –, é precoce falar em excedente na oferta de energia elétrica.
Outra fonte de distúrbio com a qual o Operador e as distribuidoras têm de lidar é a injeção de energia por parte das unidades residenciais na subtransmissão. Havendo sol e ociosidade, as casas (de praia, chácaras, pequenos comércios, etc.) inserem kWh nas redes, sendo as antigas pouco preparadas para este novo papel de coletoras. O modelo de negócio das distribuidoras segue em maus lençóis.
Tomadas de 16A até 125A
A Nova Linha de Tomadas e Plugues Industriais CEKTON, atende os mais rigorosos padrões de segurança exigidos nas instalações elétricas. Desenvolvidas para garantir segurança e proteção, com altíssima qualidade.
Buchas em Latão Niquelado com Anéis de Compressão
• Melhor condutividade
• Mantém excelente contato entre o pino e a bucha evitando aquecimento
em Latão Niquelado
• Alta resistência a abrasão e oxidação
• Maior durabilidade
• Maior Segurança
Confira os principais diferenciais desta linha:
Facilidade na manutenção por tampa de acesso ao miolo, que pode ser desmontado sem retirar a tomada do local (16A até 63A).
Tomadas e Plugues de 63A até 125A possuem pino piloto.