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No Circuito
LACTEC CRIA SOLUÇÕES PARA MANUTENÇÃO
centro de tecnologia Lactec, de
Curitiba (PR), em parceria com a Copel, desenvolveu uma técnica para monitorar de forma remota o desempenho de isoladores em linhas de transmissão e distribuição de energia para prevenir falhas e desligamentos na rede elétrica. A Copel investiu R$ 3,6 milhões no projeto, que integra o portfólio do programa P&D Aneel da estatal paranaense. “Essa solução permite inferir o momento ideal para manutenção nos isoladores, otimizando sua vida útil e reduzindo perdas técnicas no sistema elétrico de potência, além de atribuir inteligência para análise e diagnóstico de equipamentos de rede em tempo real sob o conceito de smart grids”, destaca o engenheiro Marcio Tonetti, gerente do projeto na Copel.
A ideia da pesquisa surgiu para facilitar o planejamento das idas a campo, já que a empresa opera e mantém com pessoal próprio 4,6 mil km de linhas de transmissão, e atualmente o desempenho dos isoladores erifi cado pelas equipes da Copel em inspeções presenciais. Por conta disso, foi proposto um método de análise de corrente de u a u o de corrente anormal ou indesejado em um circuito elétrico) que permite monitorar à distância a condição de isoladores.
Dessa forma, os pesquisadores da Copel e do Lactec criaram sensores que medem a corrente de fuga dos isoladores e enviam informações em tempo real para um software de supervisão, também desenvolvido pela equipe do projeto. Assim, é possível diagnosticar o estado dos equipamentos remotamente para subsidiar o planejamento das intervenções na rede.
Os sensores, o software e o sistema desenvolvidos estão patenteados. O sistema já está instalado em três cadeias de isoladores da LT 230 kV Bateias – Campo Comprido 3, em Curitiba. Os sensores têm núcleo adaptável e podem ser instalados em linhas energizadas, sem necessidade de desliga-
Tecnologia vai avaliar de forma remota o desempenho dos isoladores para evitar falhas e desligamentos na rede elétrica
Centro de pesquisa vai fazer estudos hidrológicos para o ONS
OLactec foi uma das empresas contratadas pelo O N S - O perador N acional do S istema E létrico para realizar consultoria e estudos hidrológicos que permitam consolidar a revisão das séries de vazões naturais de todos os aproveitamentos hidrelétricos do S IN - S istema Interligado N acional. O centro ficou responsável pela análise de bacias hidrográficas das regiões S ul e S udeste, que concentram 100 reservatórios de usinas hidrelétricas, com área de drenagem de aproximadamente 1,4 milhão de km2 .
A área de estudo sob responsabilidade do Lactec envolve as bacias dos rios Paraná, Paranapanema, Tietê, G rande, Paranaíba, Paraguai, C apivari, Iguaçu, Itajaí, Antas, Jacuí, U ruguai e Ijuí. O s estudos, já iniciados, irão se estender ao longo de 20 meses. “O que esse estudo vai mostrar é como os rios estão respondendo a alterações naturais ou antrópicas das bacias, não só por variabilidades ou mudanças climáticas, como também por alterações no uso da terra e crescimento das cidades, que modificam a dinâmica de escoamento da água até as calhas dos rios”, disse o coordenador do projeto com o O N S e pesquisador da área de M eio Ambiente do Lactec, João Paulo Jankowski S aboia.
As atualizações periódicas das vazões naturais médias mensais e das séries de usos consuntivos a montante das usinas hidrelétricas, segundo o O N S , servem de subsídio ao planejamento e operação do S IN . Além disso, é uma das atividades sob responsabilidade do O N S , que fazem parte do Plano de Ação para R evisão das G arantias Físicas das U sinas H idrelétricas proposto pelo M M E - M inistério de M inas e E nergia.
M irian Fichtner
O levantamento vai analisar bacias hidrográficas das regiões Sul e Sudeste
mento da rede ou atuação com equipe de linha viva. A solução também conta com fonte de alimentação autônoma sem fio, al m da comunica o remota e do software em nuvem.
Pesquisadores do Lactec também desenvolveram um robô para rotinas de inspeção e de monitoramento em subesta es de e tra alta tens o kV). Dotados de sistemas de inteli ncia artificial, o rob , bati ado de LacBot, pode realizar as atividades de forma autônoma ou teleoperada, a partir de um centro de controle, identifi cando situações anormais e necessidades de intervenções para manutenção.
O sistema é equipado com câmeras termo ráfica e is el, para cap tar ima ens em alta defini o, em 360 graus, e outros dispositivos para medição de umidade, temperatura ambiente e de ruídos sonoros, para indicar anormalidades nas condições de operação dos equipamentos da subestação. Além da integração dos
elementos eletrônicos e elétricos presentes no robô, os pesquisadores do Lactec também desenvolveram uma estação base para o robô recarregar as baterias quando não está executando tarefas.
Segundo o Lactec, a aplicação de um robô terrestre móvel, além de aprimorar os processos de operação, monitoramento e manutenção de sistemas elétricos de potência, visa reduzir a exposição dos operadores aos riscos do ambiente de uma subestação de energia. O robô em desenvolvimento é capaz de operar em terreno irregular e desviar de obstáculos, executando rotas pré-agendadas ou sob demanda, para realizar o monitoramento termo ráfico, is el e sonoro dos di ersos equipamentos existentes no pátio da subestação.
Os dados obtidos são transmitidos a um operador remoto, responsável por realizar a análise das imagens e identificar e entuais anormalida des nos equipamentos. As inspeções de rotina são necessárias mesmo em subestações teleassistidas. Com a utilização do sistema robotizado de monitoramento, reduz-se a necessidade de deslocamento do eletricista até as subestações, que geralmente ficam em locais remotos e di cil acesso. O projeto, realizado no âmbito do neel, financiado em coo peração pelas empresas Matrinchã e Guaraciaba Transmissora de Energia - controladas pela State Grid Bra il e opel e pela arana ba rans missora de Energia e Luziânia-Niquelândia Transmissora de Energia, nas quais Furnas também integra a sociedade junto das duas empresas já mencionadas. O projeto está na fase final de desen ol imento do prot ti po experimental para testes e ajustes na integração das tecnologias. As próximas etapas incluem promover melhorias no protótipo, aperfeiçoar as atividades já executadas pelo robô e adicionar novas funcionalidades.
Duílio Moreira Leite e seu legado à engenharia elétrica
Em 19 de julho, a engenharia brasileira perdeu um dos seus ícones: faleceu, aos 91 anos, D uílio M oreira Leite, pioneiro das técnicas de proteção contra descargas atmosféricas e de ensaios em equipamentos elétricos no País. Engenheiro eletricista formado em 1957 pela E scola Politécnica da U S P, era descrito pelos colegas de profissão como de temperamento calmo e fonte de inspiração, sempre disposto a compartilhar seus sólidos conhecimentos. N ascido no interior de S ão Paulo, na cidade de B auru, também era considerado um contador de histórias.
Em sua trajetória profissional, D uílio uniu a teoria à prática. N a década de 90, presidiu a C omis são de Estudos de descargas atmosféricas no C obei/ AB N T e teve um papel marcante no alinhamento das normas brasileiras com a normalização internacional. N a sua longa gestão, foi elaborada a edição de 1993 da N B R 5419, que trouxe alterações relevantes nos conceitos de proteção, introduzindo no B rasil o modelo eletrogeométrico (esfera rolante), o uso dos elementos naturais de descida no S PD A, e os eletrodos de aterramento embutidos no concreto das fundações. “Ele foi responsável por uma grande mudança, introduzindo conceitos mais racionais”, conta João C unha, diretor da M i O mega, que foi aluno e colega de trabalho de D uílio. “Para realizar esse feito, era preciso uma pessoa com imenso conhecimento teórico, mas também com uma grande atuação de campo. Ele tinha os requisitos necessários para conduzir esse processo”.
N a vida acadêmica, foi professor da FEI e da U nesp. N a U S P, dirigiu o Laboratório de Alta Tensão do IEE, hoje Instituto de Energia e Ambiente. Em outras passagens pelo instituto, também foi diretor da área de potência (1986-1990) e diretor de serviços de desenvolvimento (1994-1996). D edicou-se desde logo ao estudo dos Sistemas de Proteção contra D escargas Atmosféricas (S PD A), participando da IC LP - International C onference on Lightning Protection, e foi um dos mentores da conferência análoga no Brasil, o Sipda - Simpósio Internacional de Pro teção contra D escargas Atmosféricas, cuja primeira edição foi realizada em 1988.
R eferência na área de eletrotécnica do B rasil, escreveu livros e, em colaboração com a Aranda Eventos, ministrou uma extensa série de cursos de proteção contra raios, divulgando a norma AB N T por todo o B rasil. Também foi colaborador da revista Eletrici dade Moderna , tendo publicado diversos artigos de elevado nível técnico, abordando em diversas oportunidades a proteção contra descargas atmosféricas e a própria evolução da norma N B R 5419, sua revisão e a influência desta nos projetos de proteção das edificações, sua comparação com a IEC 62305 e vários outros temas. Além disso, foi durante muitos anos moderador do painel de Proteção contra D escargas Atmosféricas no Enie - Encontro N acional de Instalações E létricas (realizado com es se título de 1982 a 2018 pela Aranda Eventos e sucedido pelo atual Eletrotec - C ongresso e Feira), sempre prestigiado por numerosa afluência de público.
D uílio também trabalhou para diversas empresas da área elétrica, e contribuiu para o desenvolvimento de diversos equipamentos e ensaios, e participou de vários projetos de pesquisa. Foi ainda empreendedor com a fundação em 1989 da sua empresa, a Encontre Engenharia, C onsultoria e Treinamento.
C om uma vida dedicada à área elétrica, sempre foi figura renomada e reconhecida no meio técnico por sua contribuição inestimável para a evolução da engenharia no B rasil. S eu legado sempre será lembrado e certamente servirá de inspiração para as novas gerações de profissionais do setor elétrico.
WEG VAI FABRICAR AEROGERADOR DE 7 MW
AWEG lançou uma nova plataforma de aerogeradores, com potência de 7 MW e 172 metros de diâmetro de rotor. Segundo a empresa, a turbina eólica se tornará a maior máquina em operação no mercado brasileiro. A indústria catarinense atua no Brasil com a plataforma de 2,1 MW, que de acordo com a companhia já tem 650 MW em operação. ma no a am lia, mais potente, oi também recém-lançada, de 4,2 MW, com mais de 1 GW comercializado.
Diferente da plataforma de 4,2 MW, fabricada atualmente pela WEG e que se destaca pelo oco nas especificidades
Depois de lançar turbina eólica de 4,2 MW, empresa catarinense amplia possibilidade de potência
de vento e condições climáticos do Brasil, o novo aerogerador tem características adaptadas para também atender outros mercados, com ista e porta o.
Ele conta com tecnologia de acionamento Medium-Speed Geared (MSG), aliada a um conversor de potência plena, ue permite intercone o sua e rede el trica e e ibilidade para se adaptar e cumprir di erentes c di os de rede de cada país. Outra funcionalidade é sua capacidade de fornecer energia reativa mesmo sem ento, ue pode iabili ar outras receitas além da produção de energia.
O novo projeto contempla ainda modularidade em seus componentes para simplificar a logística, como torre mais alta e um conceito de montagem mais fácil especialmente para relevos acidentados. A fabricação dos novos aerogeradores acontecerá inicialmente no Brasil, em Jaraguá do Sul (SC), onde a empresa á produ aero erado res e conta com centro de operações e lico para reali ar o controle, monito ramento e análise de sua frota no País.
OCEAN WINDS INAUGURA SUBSIDIÁRIA
Ocean Winds , joint venture global entre a francesa Engie e a portu uesa para a onte e lica offshore, inaugurou sua operação local, a OW Brasil. A entrada no País, considerada estratégica para os planos da empresa, é representada por cinco projetos já em processo de licenciamento no Ibama, que avalia atualmente 56 projetos de 133 GW no total para a fonte.
Os projetos da OW para o Brasil, que buscam a licença prévia ambiental, somam pouco mais de 15 GW e se distribuem na costa do Sul, Sudeste e Nordeste. Entre os empreendimentos nordestinos, estão o Vento Tupi, de 999 MW, no Piauí, que deve ter 74 turbinas de 13,5 MW de potência cada. Outro na região é o Maral, a 17 km da costa do Rio Grande do Norte, com capacidade para 2,1 GW, com projeto de 149 aerogeradores de 13,5 MW.
No sul do País, são dois projetos. O maior deles é o Ventos do Sul, no Rio Grande do Sul, com potência de 6,5 GW. Seu planejamento contempla
Joint venture entre EDP e Engie para eólicas offshore entra no país com 15 GW de projetos em licenciamento
duas áreas fi adas no undo do oceano e uma utuante e en ol e turbinas em á uas de a metros de pro fundidade, dividindo mesma subestação em terra e linhas de transmissão terrestre. O segundo é o Tramandaí O shore, de , locali ado pr imo ao par ue e lico onshore da EDP Renováveis em Tramandaí. á no udeste, trata se de comple o e lico de , a apro imadamente km da costa do Rio de Janeiro. O projeto será desenvolvido em duas fases, sendo a primeira com 61 aerogeradores para uma capacidade total de e se unda com turbinas e licas para uma capacidade de 4172 MW.
A Ocean Winds tem uma carteira de pro etos e licos de , na ran a,
Bélgica, Espanha, Portugal, Reino Unido, Estados Unidos e Coreia do Sul. Segundo o CEO da empresa, Bautista Rodríguez, a empresa se posicionou como líder pioneira no setor eólico offshore e visa expandir seu pipeline de projetos. “A OW realiza uma análise e seleção rigorosas do mercado para garantir que somente países com fundamentos sólidos sejam selecionados, e desde 2020 o Brasil demonstra um alto potencial para projetos eólicos offshore”, diz. Segundo ele, é positivo o fato de o país estar avançando na questão regulatória, com a publicação em janeiro do Decreto 10.946/2022, que dá diretrizes para o setor.
VIBRA INVESTE EM ELETROPOSTOS ULTRARRÁPIDOS
AVibra prevê a instalação de 70 eletropostos até o fim de 2023 (50 em rodovias), a fim de criar um corredor elétrico do Brasil com quase nove mil quilômetros de extensão. A diversificação de serviços de energia nos postos faz parte de um plano estratégico da companhia que visa implementar uma plataforma multienergia para am pli- ção da oferta de energias de fontes renováveis. “A escolha de priorizar nossa atuação em postos rodoviários se deu porque identificamos que hoje a maior dificuldade dos usuários de veículos elétricos está relacionada à falta Companhia vai eletrificar 50 postos em rodovias, criando de infraestrutura de corredor elétrico com quase recarga fora dos nove mil quilômetros de centros urbanos, o extensão até 2023 que compromete a
Consumidores de países ricos querem carros elétricos
Uma pesquisa da consultoria E Y, que faz parte de index de acompanhamento dos hábitos de consumo do mercado de mobilidade, batizado de M C I - M obility C onsumer Index 2022, aponta que, pela primeira vez, mais da metade dos entrevistados (52% ) que pretendem comprar carros nos próximos 24 meses terão como escolha veículos elétricos, híbridos ou híbridos plug-in . D o total de quase 13 mil consumidores consultados em 18 países da América do N orte, E uropa e Á sia, 45% têm intenção de adquirir carros novos nesse período, o que representa aumento de 11% em relação a 2011.
H á também uma tendência de crescimento dos consumidores por carros totalmente elétricos, que passou de 7% , em 2020, para 20% , em 2022. Para a consultoria, à medida que a preferência por veículos elétricos aumenta, as motivações para escolher um modelo estão mudando. As preocupações ambientais estão se equiparando aos compradores com motivações financeiras.
Já a infraestrutura de carregamento continua sendo uma barreira para desenvolver o mercado, aponta o levantamento da E Y. O acesso e a velocidade de cobrança são o principal inibidor para possíveis compradores, já que outras preocupações sobre os altos custos iniciais e a ansiedade de alcance estão reduzindo.
A pesquisa mostra que o desejo do consumidor por veículos elétricos seria maior na Itália, E spanha e N oruega, na E uropa; e na Á sia, na C hina, C oreia do S ul e C ingapura. Já o interesse na América do N orte é menor, com intenção abaixo da média nos E stados U nidos, C anadá e M éxico.
Segundo pesquisa da EY, 52% dos que querem comprar carro novo preferem elétricos, híbridos ou híbridos plug-in
experiência do usuário em longas distâncias, uma vez que são pouquíssimas as opções disponíveis de pontos de recarga nas estradas brasileiras”, afirma Wilson Ferreira Junior, presidente da Vibra.
O primeiro a receber o eletroposto Vibra é o Posto Arco-Íris Roseira, localizado na Rodovia Presidente Dutra, km 82, em Roseira (SP), no sentido Rio de Janeiro. Contará com um carregador ultrarrápido com três pontos de recarga, com plugues dos padrões CCS-2, CHAdeMO e conector Tipo 2, com potência máxima de saída de 150 kW em corrente contínua e 43 kW em corrente alternada, o que proporcionará aos usuários, dependendo da capacidade do veículo, o carregamento de 80% da bateria em até 20 minutos – o que permite, por exemplo, que a maioria dos veículos chegue ao Rio de Janeiro sem a necessidade de uma nova recarga.
A companhia tem como meta disponibilizar o serviço de recarga de veículos elétricos em 25% da sua rede de postos até 2030. O projeto compreende também soluções de recarga em locais públicos como estacionamentos, pontos comerciais, shoppings e condomínios, por meio da parceria com a EZVolt. O objetivo da Vibra é ser o principal provedor de soluções de recarga e suprimento de energia do Brasil. De acordo com o presidente da companhia, um estudo realizado pela BCG indica que veículos elétricos e híbridos representarão aproximadamente 30% das vendas de veículos novos e participação de mais de 10% na frota circulante a partir de 2030. “O setor de transporte passará por mudanças
com a transição energética, tendências de mobilidade e con eni ncia desafia rão a distribuição de combustíveis nos moldes do que temos hoje, visando a ampliação no consumo de renováveis. A Vibra tem em mente que o carro elétrico é uma alternativa aos veículos movidos à combustão. No entanto, essa é uma mudança gradativa e de lon o pra o , afirma.
A WEG é a responsável pelo fornecimento das estações de recarga ultrarrápida. Já a EZVolt será a responsável pela operação e manutenção da rede de eletropostos Vibra e também pela integração do software com o app do Premmia, programa de relacionamento da rede de postos Petrobras. Os clientes cadastrados no Premmia, que recarregarem seus veículos no posto acumularão dez vezes mais pontos no programa. No futuro, o app do programa de relacionamento funcionará de forma integrada, permitindo além do pagamento pela recarga, o planejamento de viagens com a programação de paradas para recarga em eletropostos Vibra.
UFSM E CPFL CRIAM LABORATÓRIO DE ARCOS ELÉTRICOS
Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM), do Rio Grande do Sul, e a CPFL Energia inauguraram um laboratório para estudo de arcos elétricos. Projetado pelo centro de tecnologia da UFSM e financiado pela CPFL, o empreendimento contou com investimento de R$ 1,31 milhão, oriundo do programa de P&D Aneel da empresa de energia.
O novo centro de pesquisas permite a realização de testes para diferentes confi ura es e condi es climáticas. Durante os ensaios, será possível medir a energia térmica irradiada na ocorrência de um arco (energia incidente), observar o alcance do arco e o seu comportamento em ambiente controlado.
A ideia central do laboratório é entender os efeitos da exposição do trabalhador à energia incidente, a distância de trabalho apropriada e os requisitos de equipamentos de proteção individual (EPI). Os estudos vão replicar condições reais oriundas da ocorrência de um curto-circuito, reiterando o caráter prático de seus resultados.
“O laboratório vai permitir o desenvolvimento de metodologias que con-
Ideia é simular situações reais para estudar efeitos da exposição e medidas preventivas
sideram a realidade brasileira, clima e características das redes de energia elétrica. Até hoje, contávamos com referências estrangeiras, pouco relacionadas com a aplicação prática no setor elétrico. Esse cenário começa a mudar a partir de agora”, afirmou o diretor de engenharia da CPFL Energia, Caius Malagoli.
SHELL BRASIL E PORTO DO AÇU ANUNCIAM PROJETO DE H2V
AShell Brasil e o Porto do Açu assinaram um Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) para o desenvolvimento conjunto de uma planta-piloto de geração de hidrogênio verde nas instalações do porto do Açu, localizado na região norte do estado do Rio de Janeiro. O objetivo do projeto é funcionar como um laboratório de pesquisa para aprendizado, realização de testes de descarbonização e impulsionamento dessa indústria no País.
Os recursos para a construção da unidade vêm da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que determina a aplicação obrigatória de um percentual da receita bruta da produção em projetos que estimulem a pesquisa e a adoção de novas tecnologias no setor de energia. A Shell Brasil deverá investir entre US$ 60 milhões e US$ 120 milhões em PD&I em 2022.
A previsão é de que a planta-piloto fique pronta em 2025, e tenha capacidade inicial de 10 MW, podendo chegar a 100 MW, obedecendo o plano de expansão da unidade. Inicialmente, a energia elétrica oriunda da rede nacional será conectada à planta de eletrólise, que terá como principal produto o hidrogênio renovável. Parte deste hidrogênio gerado será destinado à armazenagem e posterior envio a potenciais consumidores. O hidrogênio remanescente será destinado à planta de geração de amônia renovável. “Almejamos com este piloto fomentar todo o desenvolvimento da cadeia de valor da geração de hidrogênio renovável, desde os fornecedores da tecnologia, passando pelo domínio da operação de planta até a formação de mãode-obra especializada. Além disso, pretendemos viabilizar uma série de provas de conceito referente à descarbonização de setores. Será um verdadeiro laboratório de geração de conhecimento e valor tanto para a Shell quanto para o país,” declarou o presidente da Shell Brasil, André Araujo.
Globalmente, a Shell tem projetos de geração de hidrogênio na Alemanha, Países Baixos e China. O Porto do Açu é uma plataforma multinegócios, desenvolvida pela Prumo Logística, controlada pela EIG Energy Partners, investidor institucional líder no mercado global de energia e infraestrutura. O empreendimento portuário já possui projetos em hidrogênio verde, energia solar e eólica offshore
Siemens e Air Liquide formam joint venture para hidrogênio verde
Aalemã S iemens E nergy e a francesa Air Liquide formalizaram na E uropa joint venture dedicada à produção em série de eletrolisadores de hidrogênio verde em escala industrial. A produção dos sistemas deve começar no segundo semestre de 2023 e aumentar para uma capacidade anual de 3 G W até 2025.
A Air Liquide ficará com 25,1% e a S iemens com os restantes 74,9% da joint venture, cuja criação ainda está sujeita à aprovação das autoridades europeias. A sede da nova empresa será em B erlim, assim como a fábrica multi gigaw atts, que produzirá os módulos de eletrólise (stacks). E ste complexo fornecerá módulos de eletrólise aos clientes de ambos os grupos controladores.
A parceria envolve o portfólio de projetos de hidrogênio, combinando os dutos da Air Liquide e da S iemens E nergy, visando grandes projetos de hidrogênio verde. U m dos primeiros projetos é o eletrolisador Air Liquide N ormand’H y. Localizado na N ormandia, na França, o empreendimento conta com capacidade de 200 M W prevista na primeira fase e tem montagem dos sistemas eletrolisadores prevista para ser feita no mesmo local.
A tecnologia que será produzida pela fábrica em B erlim é a de eletrólise de membrana de troca de prótons (PE M ), com stacks com alto grau de eficiência, considerados ideais para coletar energia renovável volátil. Além disso, no âmbito da parceria, a Air Liquide e a S iemens E nergy concordaram em dedicar capacidades de P& D ao co-desenvolvimento da próxima geração de tecnologias de eletrolisadores.
Intenção dos grupos é atingir capacidade anual de 3 GW em eletrolisadores até 2025 SCHNEIDER AMPLIA CONSULTORIA EM RENOVÁVEIS
ASchneider Electric anunciou recentemente que vai dobrar os serviços de consultoria em sustentabilidade no Brasil e também ampliará sua assessoria em Power Purchase Agreements (PPA) – contratos de longo prazo para compra e venda de
energia renovável. O objetivo, de acordo com a empresa, é fomentar o desenvolvimento do segmento no País.
Segundo a Schneider, a modalidade de compra de energia renovável está se consolidando no mercado livre de energia. Um estudo da BloombergNEF aponta que em 2021 foram assinados e registrados 31,1 GW de capacidade em PPAs corporativos de energia renovável, o que representa um salto de 24% no recorde do ano anterior, que foi de 25,1 GW. No Brasil, de acordo com a consultoria Cela - Clean Energy Latina America, o aumento foi de 2,6 GW (37%) entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2022. A capacidade instalada desses projetos é de 10,7 GW, o que equivale a 41% da capacidade instalada de energia eólica e solar no Brasil (26,1 GW).
A Schneider Electric atua em mais de 450 negociações de contratos no modelo de PPAs, dos quais 300 já foram assinados. No Brasil, presta assessoria de compra de energia para mais de 5 TWh anualmente e para mais de 15 TWh no mundo.
Entre as parcerias, destacam-se o suporte ao Walmart na redução de 1 gigaton (ou seja, 1 bilhão de toneladas métricas) de dióxido de carbono da cadeia de valor global da empresa até 2030 e com a PepsiCo, que visa aumentar o acesso dos parceiros da cadeia de valor à eletricidade renovável. Incluindo esse projeto, a empresa prestou assessoria para mais de 150 compras de PPA em escala de serviços públicos na América do Norte, Europa, Índia, Austrália e América Latina, totalizando mais de 11 mil megawatts de energia eólica e solar.
ABB INVESTE EM FÁBRICA DE CARREGADORES
AABB E-mobility inaugurou um novo centro de produção de carregadores rápidos em corrente contínua para carros elétricos em Valdarno, na Toscana, Itália. A linha completa de soluções de carregamento da ABB será produzida no local, apoiando Unidade na Toscana tem capacidade para produzir um carregador para carros elétricos a a eletrificação de todos os cada 20 minutos setores de transporte.
Segundo comunicado da empresa, já foram vendidos mais de 680 mil carregadores, em mais de 85 mercados. Sob investimento de US$ 30 milhões, a capacidade da em-
presa mais do que dobra, em comparação aos últimos dois anos, com a abertura de novos 16 mil m da planta em Valdarno, permitindo a fabricação de mais de 10 mil carregadores adicionais por ano.
A fábrica produzirá um carregador rápido a cada 20 minutos, graças às suas sete linhas de produção. Além disso, segundo a empresa, 15 instalações de teste serão capazes de simular mais de 400 sessões de carregamento por dia, enquanto soluções de automação integradas conectarão o chão de fábrica ao armazém automático, o que garante controle de estoque otimizado, rastreabilidade e operações mais eficientes.
A nova instalação também terá preocupação com iniciativas de inovação. Com 14% das receitas de 2021 investidos em P&D, a unidade de Valdarno abrigará um espaço de 3200 para desenvolvimento e prototipagem. Além disso, cerca de 70 dos mais de 500 funcionários do site serão dedicados à implementação de soluções inovadoras, novos softwares e ferramentas de gerenciamento do ciclo de vida do produto para integrar totalmente as atividades de P&D com a fabricação. ara finali ar, a ábrica inclui ornecimento de ener ia por meio de usina solar fotovoltaica, com capacidade para gerar 720 MWh de eletricidade por ano.
NOTAS
Nova LT – A ISA CTEEP iniciou em junho a operação comercial do projeto Três Lagoas, com antecedência de mais de um ano em relação ao prazo estipulado pela Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica. Foram construídos 37 km de linhas de transmissão, partindo da subestação Ilha Solteira, na divisa dos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, até a subestação Três Irmãos (SP), interligando os municípios de Selvíria (MS), Ilha Solteira (SP), Itapura (SP) e Andradina (SP). De acordo com o planejamento da EPE - Empresa de Pesquisa Energética, a linha possui capacidade de 2031 MVA, podendo abastecer 200 mil residências. O empreendimento foi arrematado no lote 06 do leilão de transmissão realizado em dezembro de 2019 e faz parte da Interligação Elétrica Tibagi. O investimento foi de R$ 99 milhões e a Receita Anual Permitida (RAP) é de R$ 6 milhões no período 2021-2022. A companhia recebeu o Termo de Liberação Provisório (TLP) do ONS - Operador Nacional do Sistema, por meio do qual é recebido mais de 90% da RAP.
Mercado livre – A Neoenergia fechou contrato com a Ambev para a venda de energia renovável no mercado livre por dez anos. O acordo é no modelo PPA (no inglês, Power Pur-
chase Agreement) de longo prazo e prevê o fornecimento de 55 MW médios, entre 2024 e 2033, proveniente de fonte eólica. Além disso, a parceria contempla a emiss o de ertificados de ner ia eno á el , na si la em in l s para todo o período. O contrato soma 4,8 TWh de ener ia reno á el nos de anos, e ui a lentes a , milh es de s.
Estação conversora – A Hitachi ner ai ornecer uma esta o con ersora de para a ner ie garantir o fornecimento de energia para a rede erro iária da rande erlim, ue atende cerca de 3,5 milhões de pessoas. esta o con ersora de h ro , ao sul de erlim, permitirá eutsche ahn converter eletricidade da rede pública de distribui o de ener ia tri ásica, ue opera em uma re u ncia de , para , , e alimentar a rede el trica usada para trens e in raestrutura erro iária. solu o da itachi ner para a esta o con ersora h ro composta por tr s m dulos con ersores de re u ncia está tica compactos de , ue usam se micondutores de ener ia. O pro eto inclui um contrato de ser i o de anos e um pacote de di itali a o para ornecer eutsche ahn manuten o por deman da correti a e baseada na condi o dos e uipamentos e insights de dados sobre o status do sistema da esta o con ersora ao longo do ciclo de vida.
Veículo elétrico se associou recentemente lian a pela obilidade ustentá el, undada e liderada pela com o ob eti o, entre outros, de aumentar a participa o dos e culos el tricos entre carros no os e criar esta es p blicas de carre amento. m irtude da ades o, o modelo , e culo el trico eito sob medida pela BYD para atender o mercado de transporte por aplicativo, além do segmento corporativo e locadoras, come ou a circular na cidade de o aulo em ase de teste com um motorista da . O oi pro etado a partir de uma par ceria da com a i i hu in , em presa de mobilidade e proprietária da . O carro conta com baterias Blade com 53 h de capacidade, ue arantem auto nomia para m com uma car a pelo ciclo m .
Projeto eólico tlas ene able ner ad uiriu recentemente um pro eto e lico no estado de inas erais da oltalia. O pro eto, denominado u ramento, terá capacidade de era o de e será composto por turbinas eólicas. É o primeiro empreendimento eólico da empresa no Brasil. Anteriormente, a tlas ene able ner ha ia anunciado a assinatura de um ontrato de ompra de ner ia com a nel ner ia hile para o desen ol imento do port lio e lico de lpaca . uramento ai erar h por ano, evitando a emissão de mais de 120 mil toneladas de O , pre a companhia.
Guia de DPS de EM – Por um problema de cadastro, a C lamper, tradicional fabricante brasileira de dispositivos de proteção contra surtos, não recebeu convite para participar do guia desses produtos publicado às páginas 34 a 36 da edição de março-abril de 2022 da revista Eletricidad e Mo d erna (E M no 564). A empresa fabrica e comercializa D PS com as seguintes características: de acordo com norma AB N T N B R /IE C 61643-11; classe II; monopolares; tensão nominal de 75 a 460 V ; tensão máxima de regime permanente (U c) de 75 a 460 V ; N ível de proteção (U p) de 0,4 a 2,5 kV ; corrente nominal de descarga (In) de 15 a 45 kA; grau de proteção IP 20; com contato de sinalização; e com terminais de seções 4 mm² a 25 mm². Telefone (31) 3689-9500; vendas: www.lojaclamper.com.br.