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No Circuito
EngErEy amplia unidadE fabril
AEngerey, fabricante de painéis elétricos com sede em Curitiba (PR), está ampliando sua unidade fabril. Segundo a empresa, a iniciativa foi motivada pelo crescimento da demanda por painéis elétricos e também pela ampliação da atuação da companhia em novas regiões. De acordo com o CEO, Fábio Amaral, a Engerey, até então fortemente concentrada no Sul do País, vislumbrou novos mercados para seus painéis certificados, quadros de distribuição, automação, tomadas e uma série de outros produtos voltados à gestão elétrica nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. “Durante a pandemia, nossa estratégia foi abrir novos mercados. Enquanto o Sul tinha suas atividades restringidas a ações de distanciamento social para contenção do coronavírus, focávamos nossa ação no Norte e Nordeste e vice-versa, por exemplo. Assim, mantivemos nosso faturamento durante o período de crise e, hoje, com a retomada, esta ação foi revertida em crescimento acelerado”, conta Amaral.
Além de expandir a área da fábrica, que agora totaliza 2,5 mil metros quadrados, a empresa contratou novos profissionais para a montagem de painéis e também representantes em diversas regiões do País para captação de novos clientes. Segundo a Engerey, com isso houve aumento de 20% na capacidade produtiva, que é o mesmo percentual de crescimento do faturamento esperado para o ano de 2021.
Segundo a companhia, uma das peças-chave para a expansão e a penetração em novos mercados é o foco na fabricação de painéis elétricos certificados. De acordo com o CEO da Engerey, áreas específicas têm optado mais por painéis ensaiados, pois são aplicações que exigem confiabilidade, como data centers, hospitais, aeroportos, shopping centers e indústrias, onde o custo é muito alto em caso de paralisação. “Contudo, estes produtos são indicados para todos os tipos de instalações: de residenciais até comerciais e industriais. Então, há muito o que avançar ainda no Brasil”, diz.
Atualmente, há duas normas em vigor no Brasil para painéis elétricos certificados: a ABNT NBR IEC 60439 – que deixará de ter validade no final do ano de 2021 – e a ABNT NBR IEC 61439, que foi publicada em 2016 e, após um período de adequação de cinco anos, em 2022 passará a ter obrigatoriedade de conformidade.
Com foco em novos mercados, empresa amplia fábrica e equipe
mErcado livrE impulsiona consumo dE EnErgia
Dados da CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, publicados no Boletim InfoMercado Mensal da entidade, mostram que, em fevereiro, o consumo de energia elétrica cresceu 1,8% em relação ao mesmo mês de 2020. De acordo com a CCEE, o aumento decorre, principalmente, de uma alta de 9,4% no Ambiente de Contratação Livre - ACL. Já o Ambiente de Contratação Regulado - ACR, em que estão os consumidores de pequeno porte, que adquirem energia das distribuidoras, registrou queda de 1,6%.
Segundo a Câmara, boa parte do crescimento do ACL se explica pela migração de consumidores entre os segmentos. Se esse efeito for excluído dos cálculos, o ambiente registra uma ampliação menor, de 4,2%, e o ACR passa a ter um aumento de consumo, de 0,8%.
Na análise regional feita pela CCEE, o submercado Sudeste/Centro-Oeste apresentou alta de 3,3%, influenciado pela expansão dos estados de Minas Gerais (5%) e São Paulo (6%), que, no período, representavam 38,5% do consumo do Sistema Interligado Nacional - SIN. Os resultados de ambas as regiões foram potencializados pelo desempenho dos setores de metalurgia e produtos de metal (5,3%) e de extração de minerais metálicos (10,7%).
Desconsiderando o efeito das migrações, 11 dos 15 ramos de atividades analisados pela CCEE apresentaram crescimento em fevereiro. Entre os eletrointensivos, apresentaram aumento de 9,5% para minerais não metálicos, 7% para metalurgia e produtos de metal, 6,4% para Químicos e 6% para extração de minerais metálicos. Os segmentos de serviços (-7,7%), transportes (-6,3%), comércio (-3,5%) e telecomunicações (-2,4%) registraram quedas no período.
A geração, por sua vez, avançou 1,9%, no SIN. Foram produzidos 70.670 MW médios e consumidos 66.810 MW médios em fevereiro. Com as restrições hídricas do período, a geração térmica aumentou 35,2%, já considerando as importações de 923,69 MW médios no mês de fevereiro. As eólicas novamente apresentaram um aumento expressivo, de 34,2%. Já as hidráulicas tiveram redução de
5,6% e a fonte solar fotovoltaica registrou queda residual de 0,2%.
SiemenS: programa de capacitação profiSSional
ASiemens lançou um programa de capacitação profissional no País. Parte da plataforma global Power Academy, de treinamentos voltados ao setor de energia elétrica do grupo alemão, o programa envolve cursos de curta, média e longa duração. O serviço educacional já foi implementado em outros 15 países.
A Power Academy inicia as atividades com um portfólio de 29 módulos distribuídos em três áreas principais: sistemas de proteção, automação de subestações e qualidade de energia. Serão ofertados três tipos de treinamento ao mercado. O primeiro é o chamado padrão, com inscrições em turmas abertas para profissionais e grupos de empresas interessados em cada tema ou turmas exclusivas solicitadas por empresas. O segundo é o customizado, onde é desenvolvido um conteúdo exclusivo para atender a uma demanda específica de um cliente. Por fim, o terceiro tipo de curso é para formação profissional, com programa de longa duração, cujas atividades abrangem diversos módulos de trei-
A plataforma global Power Academy, com 29 módulos de treinamentos, estreou no Brasil e é disponível em versões presenciais e online
CPFL e Nari apoiam ensino universitário
oCentro Universitário Facens, de Sorocaba, SP, se uniu à CPFL e à empresa chinesa Nari para promover treinamento e profissionalização de engenheiros elétricos nas competências de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. A parceria envolve a construção de uma subestação, provida pela CPFL, no campus do centro universitário.
Segundo a Facens, o convênio dará origem a uma universidade corporativa, que oferecerá dados e treinamentos para professores, pesquisadores, alunos e colaboradores da distribuidora de energia e para profis-
sionais do mercado em geral. A subestação de energia elétrica será doada pela CPFL.
A Nari, empresa chinesa localizada em Soro caba desde 2014, fornecerá um laboratório de automação com um sistema de controle, proteção e supervisão de subestações de energia. A ideia é integrar os sistemas para manuseio da subestação. O objetivo central da cooperação é diminuir a defasagem técnica de mão de obra especializada no setor de energia, de acordo com comunicado da Facens. Essa primeira cooperação visa também aperfeiçoar o curso de pós-graduação da universidade voltado para instalações elétricas de baixa e média tensão.
A parceria entre Facens, CPFL e Nari foi realizada por intermédio do IP Facens, um Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento, certificado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, desde 2002, para uso dos recursos da Lei da Informática e outros fomentos. O objetivo do IP Facens é o desenvolvimento de projetos e parcerias com empresas, a fim de aproximar a academia do mercado e do governo.
Parceria com centro universitário Facens visa aperfeiçoar engenheiros elétricos para as competências de GTD
namento em uma área específica de conhecimento para maior aprofundamento no tema.
Os treinamentos poderão ser realizados na modalidade presencial — na unidade da Siemens em Jundiaí (SP), nas sedes das empresas contratantes ou em outro local predeterminado — ou virtualmente. Dos 29 módulos disponíveis, metade já está disponível ao mercado, com turmas abertas.
Para mais informações sobre conteúdos e valores dos cursos, acesse siemens.com/poweracademy/br.
iSa cteep inaugura interligação elétrica
Atransmissora ISA Cteep iniciou recentemente a operação parcial da Interligação Elétrica (IE) Aguapeí, no interior de São Paulo, seis meses antes do prazo estipulado pela Aneel. O projeto está totalmente energizado e beneficia a região de Araçatuba e Presidente Prudente.
A IE Aguapeí tem mais de 120 km de linhas de transmissão e duas subestações com 1400 MVA de potência, Alta Paulista e Baguaçu, sendo que a primeira foi energizada em janeiro deste ano. A obra recebeu aporte de R$ 360 milhões, uma redução de mais de 40% em relação ao capex Aneel, e tem Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 60 milhões para o ciclo 2020-2021. O projeto foi arrematado no lote 29 do leilão de transmissão no 05/2016.
As obras tiveram início no terceiro trimestre de 2019 e geraram por volta
A interligação elétrica Aguapeí tem mais de 120 km de linhas de transmissão e duas subestações
Santa Catarina terá novas subestações
aNeoenergia obteve a licença de instalação da nova subestação Indaial, além da ampliação da SE Gaspar 2 e da SE Rio do Sul, partes integrantes do projeto de transmissão Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Emitida pelo IMA - Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina, a autorização deu início à mobilização para as obras do empreendimento que faz parte do Lote 1 do leilão realizado pela Aneel em dezembro de 2018.
A subestação Gaspar 2 terá novo pátio com tensão em 525 kV e transformação 525/230 kV com (6+1 res.) x 224 MVA. O empreendimento Indaial terá transformação 230/138 kV com potência 2 x 225 MVA. O projeto prevê ainda a implantação de 673 quilômetros de linhas de transmissão, além de três novas subestações de energia (Joinville Sul, Jaraguá do Sul e Itajaí 2) e ampliação de outras três subestações (Areia, Itajaí e Biguaçu).
No mesmo leilão de 2018, foram adquiridos pela companhia mais três projetos. No lote 14 (Lagoa dos Patos), estão previstos 770 quilômetros de linhas de transmissão entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Já em construção estão as subestações Marmeleiros e Livramento, além do trecho de linha Santa Maria-Livramento. Estão em processo de licenciamento ambiental os lotes 2 (Guanabara, com 328 quilômetros de extensão em circuito duplo, no Rio de Janeiro) e 3 (Itabapoana, com 239 quilômetros, também em circuito duplo, passando pelo Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais).
Obras fazem parte de sistema de transmissão do Vale do Itajaí, de leilão de 2018
de 500 empregos, com mão de obra local. Segundo a empresa, foram adotadas ações inovadoras para minimizar impactos ambientais, como o aumento da distância das torres de transmissão em relação ao solo e o lançamento de cabos com drones, o que evitou intervenções em cerca de 25 hectares de Mata Atlântica.
Além de realizar a compensação ambiental com o plantio de 4,95 hectares de vegetação nativa, em acordo com o órgão ambiental paulista, a Cetesb, a companhia e as empresas contratadas para a construção do empreendimento doaram cinco mil mudas para o município de Flórida Paulista, no interior do estado. Outra ação ambiental envolveu a reciclagem total dos resíduos para a construção do empreendimento.
EnErgisa univErsaliza EnErgia no Pantanal
Ogrupo de distribuição de energia Energisa e o governo do estado do Mato Grosso do Sul anunciaram que, a partir de julho, implementarão um programa de universalização de energia elétrica na região do Pantanal. Segundo comunicado do grupo de energia, a maioria das unidades consumidoras atendidas, hoje fora da rede, terão instalados microssistemas de geração solar fotovoltaica e de armazenamento da energia excedente em baterias.
Sob investimento de R$ 134 milhões da empresa, serão beneficiadas 2167 unidades consumidoras até 2022, o que representa em torno de 5 mil habitantes, espalhados por uma área de 90 mil km², nos municípios de Corumbá, Aquidauana, Coxim, Ladário, Porto Murtinho, Rio Verde e Miranda. Desse grupo, 77 famí-
Os excluídos da energia na Amazônia
um estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema) mapeou as populações sem acesso à energia na Amazônia. Segundo o levantamento, não contam com os serviços 212.791 moradores de assentamentos rurais, 78.388 indígenas, 59.106 habitantes de unidades de conservação (UCs) e 2555 quilombolas. As estimativas foram feitas por meio de metodologia georreferenciada especialmente desenvolvida para o trabalho. Ao todo, são 990.103 os excluídos de eletricidade, o que corresponde a 3,5% da população local.
Para o estudo do Iema, quase metade dessas pessoas, 409.593, vivem no Pará. Os municípios mais afetados em toda a região amazônica são Breves (PA), Portel (PA), Coari (AM) e Curralinho (PA). O Pará ainda lidera as populações sem energia divididas nos três dos quatro grupos citados: 2.234 quilombolas, 23.309 habitantes de unidades de conservação e 107.889 de assentados rurais. No entanto, o estado com maior porcentagem de excluídos elétricos é o Acre, com 10% de sua população no escuro.
O Acre fica em segundo lugar em relação aos moradores de unidades de conservação (10.898) e de assentamentos rurais (31.247). Já o Amazonas tem a maior população indígena sem acesso público à energia elétrica: 23.897 pessoas. Para o Iema, os dados ressaltam a desigualdade social brasileira. Indígenas, habitantes de UCs como reservas extrativistas, assentados e quilombolas, mais uma vez, estão marginalizados no acesso ao serviço público essencial.
Os dados do estudo podem ser conferidos no infográfico disponível no link: http:// energia eambiente.org.br/produto/amazonia- legal-quem-esta-sem-energia-eletrica.
lias já foram atendidas por rede de distribuição convencional e agora 2090 serão atendidos por sistemas individuais cuja fonte de energia é solar.
A universalização do Pantanal teve início com um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D Aneel) da Energisa. Em uma primeira fase, a empresa realizou um censo da região, para colher informações socioambientais, analisar o ambiente regulatório e, por fim, diagnosticar o atendimento e o zoneamento. A pesquisa identificou aproximadamente 3,4 mil moradores que vivem na região isolada do Pantanal, sendo que 45% deste total são ribeirinhos.
Em 2018, começou a etapa piloto do projeto, em que 23 unidades, entre casas, escolas e propriedades rurais, espalhadas por quase 90 mil km², receberam sistemas de geração solar fotovoltaica e armazenamento de energia, atendendo a cerca de 100 pessoas. Foram beneficiadas populações de áreas de difícil acesso, nas margens do Rio Paraguai e em Taquari, Nhecolândia e Paiaguás.
Plano em cooperação com governo sul-matogrossense envolve instalação de microusinas solares e baterias e 2167 unidades consumidoras
EDP invEstE Em hiDrogênio vErDE E batErias
Ogrupo português de energia EDP lançou duas unidades globais de negócios para explorar duas grandes tendências energéticas globais: o hidrogênio verde e os sistemas de armazenamento de energia. A H2 Business Unit (H2BU) será o novo braço do grupo para desenvolver projetos de H2 verde, e a EDPR NA será a unidade que terá a meta de atingir a capacidade de 1 GW em armazenamento de energia no período de cinco anos.
Com a H2BU, a EDP mira a integração do hidrogênio verde em seu portfólio, promovendo o investimento nas renováveis que permitem a produção do gás verde. A unidade de negócios será liderada pela executiva Ana Quelhas, até então diretora de planeamento energético.
Segundo comunicado da empresa, a H2BU tem foco no desenvolvimento de oportunidades de hidrogênio verde junto a setores promissores, como a
Grupo português criou duas unidades globais de negócios para promover as tecnologias
indústria do aço, química, refinarias e cimentos, e em transportes pesados de longo curso. Os mercados prioritários serão os Estados Unidos e a Europa, aproveitando o pipeline de renováveis e ativos existentes e complementando as soluções de descarbonização.
Já a unidade de armazenamento de energia, a EDPR, se dedicará ao desenvolvimento de tecnologias. A sua base estará associada à operação da subsidiária nos Estados Unidos. A criação desta unidade dá corpo ao plano que a empresa tem naquele país, denominado Re-charge, cujo objetivo é alcançar 1 GW em projetos de armazenamento de energia até 2026.
O compromisso da EDPR com a tecnologia de armazenamento de energia foi reforçado com a inauguração, em 2018, de uma instalação de estoque de energia eólica em baterias no parque de Cobadin, na Romênia. Já em 2019, a divisão lançou um sistema de baterias associado a um parque solar, também na Romênia, tendo ainda anunciado o desenvolvimento do projeto solar Sonrisa, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, correspondendo a um PPA de 200 MW e armazenamento de energia de 40 MW.
NeoeNergia cria simulador de futuro
Por meio de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Neoenergia está desenvolvendo uma solução que avalia cenários de mercado, de tecnologia, de regulação e comportamento do consumidor. Chamada de Smart F - Si mulação e Modelagem do Am biente Regulatório e Tecnológico Futuro, a ferramenta computacional de simulação analisa de maneira integrada os impactos econômicos e técnicos de novas tecnologias e marcos regulatórios, com o objetivo de criar um modelo sustentável de negócio diante das mudanças do setor elétrico. A previsão é de que o projeto, que está na etapa inicial de pesquisa para identificar cenários internacionais de marcos regulatórios e comportamento do consumidor, seja concluído até o final de 2022.
De acordo com a companhia, a solução permite, por exemplo, simular o interesse dos clientes por sistemas solares de energia e a quantidade estimada de instalação de painéis fotovoltaicos, para então definir um roteiro de redes inteligentes para a empresa e avaliar quanto investimento será necessário e quais mudanças podem ser realizadas no ambiente regulatório para que isso aconteça, resultando em informações que podem subsidiar iniciativas em prol do setor junto aos órgãos reguladores. “Dessa forma, a distribuidora tem uma visão ampla do impacto desses fatores na atuação da empresa e pode tomar decisões a partir daí, com um planejamento mais assertivo considerando todas as possibilidades de futuro”, diz José Antônio Brito, gerente corporativo de Pesquisa e Desenvolvimento da Neoenergia. Além disso, de acordo com Raphael Carvalho, gerente do projeto na Neoenergia, o programa fornece simulações abrangentes e detalhadas, que levam em conta uma grande quantidade de dados e informações, gerando modelos de planejamento técnico e econômico assertivos.
Na ferramenta, serão analisadas situações relacionadas a recursos energéticos distribuídos, como sistemas de armazenamento, veículos elétricos e geração solar. Toda modelagem de veículos será construída a partir dos resultados obtidos no projeto Corredor Verde da Neoenergia, a primeira eletrovia de mobilidade elétrica do Nordeste que vai ligar Salvador a Natal, passando por seis capitais da região. Outro aspecto vinculado aos clientes que será considerado são os investimentos e benefícios associados à digitalização do relacionamento com o consumidor com base nos dados do Conexão Digital, a plataforma de atendimento digital da Neoenergia..
Ferramenta computacional analisa impactos econômicos e técnicos de novas tecnologias e marcos regulatórios
aBNt puBlica Nova Norma para equipameNtos ex
Odocumento ABNT IEC TS 60079-43 - Atmosferas explosivas - Parte 43: Equipamentos em condições adversas de serviços, que era inicialmente uma especificação técnica, foi publicado como norma técnica pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas em janeiro. Previsto para ser utilizado em conjunto com outras normas das séries ABNT NBR IEC 60079 e ABNT NBR ISO/ IEC 80079, o texto apresenta orientações aos equipamentos para instalação em atmosferas explosivas em ambientes que podem apresentar temperaturas ambiente abaixo de –20 °С e condi-
ções adversas adicionais, incluindo aplicações marítimas. Seu objetivo é apresentar recomendações a serem consideradas nas etapas de projeto, fabricação e montagem de equipamentos e instalações Ex neste tipo de condições ambientais.
Condições ambientais extremas, co mo em regiões polares, a exemplo da Sibéria, ou em regiões desérticas, como nas instalações terrestres nos países do Golfo Pérsico, são preocupantes para a tecnologia de proteção Ex contra a ocorrência de uma fonte de ignição ou de explosão de uma atmosfera explosiva que possa estar presente no local da instalação. Além disso, temperaturas muito baixas e condições climáticas, da ordem de – 60 ºC tornam difíceis o processamento de hidrocarbonetos em áreas de processamento ao tempo, representando dificuldades adicionais para a seleção, projeto e operação de equipamentos e instalações Ex. Medidas para tratar estas dificuldades em temperaturas muito baixas são denominadas aclimatação ou climatização.
De acordo com especialistas, a publicação do documento se justifica pelo fato de existirem no Brasil indústrias nacionais de equipamentos Ex que fabricam produtos projetados para instalação também em temperaturas muito baixas, da ordem de – 60 °C, destinados para instalações na indústria do petróleo e gás em outros países.
A ABNT IEC TS 60079-43 representa uma orientação para as condições adversas de serviço, por exemplo, para equipamentos Ex considerados “especiais” de acordo com o especificado na ABNT NBR IEC 60079-0. O documento é aplicável ao projeto, fabricação, instalação, inspeção e utilização destes equipamentos Ex. São apresentadas orientações sobre os materiais a serem utilizados e informações específicas sobre os motores elétricos Ex para baixas temperaturas. É previsto que na próxima edição deste documento sejam incluídas outros tipos de condições ambientais “adversas”, como temperaturas muito elevadas.
Mais informações sobre a norma ABNT IEC TS 60079-43 estão disponíveis em www.abntca talogo. com.br/norma.aspx?ID=461395.
EnEl invEstE R$ 75 milhõEs Em consERvação
AEnel Distribuição São Paulo investiu R$ 75,2 milhões na realização de 15 obras e projetos de eficiência energética nos 24 municípios da sua área de concessão, entre 2019 e 2020. Os projetos foram financiados com recursos do PEE - Programa de Eficiência Energética da Aneel, correspondente a 0,5% da receita operacional líquida das distribuidoras de energia.
Nos dois últimos anos, a concessionária realizou a instalação de 2591 módulos solares, substituiu 608 mil lâmpadas antigas por modelos LED e trocou 16,7 mil geladeiras e 1,3 mil aparelhos de ar condicionado antigos por modelos mais econômicos. As ações beneficiaram clientes residenciais, comerciais, de serviços e do poder público atendidos pela distribuidora.
Recursos obrigatórios do PEE Aneel foram em sua maioria para projetos residenciais, com trocas de geladeiras, lâmpadas e aparelhos de ar-condicionado
CPFL realizará chamada pública de eficiência energética
aCPFL Energia abrirá chamada pública para projetos de eficiência energética a serem contratados em 2021. O edital da chamada e os valores disponíveis para cada segmento estão prometidos para publicação em 31 de maio, sendo que o prazo final para a submissão das propostas será no dia 30 de julho.
Na edição de 2021, as iniciativas podem incluir a substituição de equipamentos obso-
letos por modelos mais eficientes, como a modernização de sistemas motrizes e de iluminação, instalação de aquecedores solares e/ou de sistemas fotovoltaicos, entre outros tipos de projetos.
As propostas recebidas na chamada de 2021 serão avaliadas em quatro fases: documental (análise dos documentos solicitados), técnica (avaliação da viabilidade), compliance (avaliação do cliente sob a ótica das leis anticorrupção) e ranking (pontuação e classificação). O resultado será publicado no dia 5 de novembro, e até o final do mesmo mês serão assinados os contratos com os clientes. Os projetos aprovados e selecionados serão executados no ano de 2022.
Em 2020, segundo a CPFL, 36 projetos foram selecionados e receberão um investimento total de R$ 34,4 milhões ao longo deste ano. Foram 13 projetos de iluminação pública, 13 de poder público ou serviço público e 10 projetos para os segmentos comercial ou industrial.
Entre os projetos contemplados, a CPFL destaca um apresentado pelo Hospital do Amor, de Barretos (SP), que prevê a substituição de 2957 lâmpadas por LEDs, substituição da central de água gelada do sistema de ar condicionado e implementação de gerador fotovoltaico de energia.
O cronograma completo e mais informações sobre a Chamada Pública de Projetos da CPFL podem ser encontrados em https:// www.cpfl.com.br/chamadapublica.
Iniciativas devem incluir a modernização de sistemas motrizes e de iluminação, instalação de aquecedores solares e/ou de sistemas fotovoltaicos, entre outros tipos de projetos
Segundo a Enel, todos os projetos geraram economia de 67,4 GWh/ano, o suficiente para abastecer em um ano 28 mil residências com consumo mensal de 200 KWh. Do ponto de vista financeiro, a economia prevista é de R$ 43,5 milhões na conta de luz dos clientes beneficiados.
A concessionária ainda apurou que 77,6% dos investimentos foram realizados em ações voltadas aos clientes residenciais, totalizando R$ 57,6 milhões. Foram realizados cinco projetos voltados para o poder público, os quais totalizaram R$ 3,342 milhões em investimentos. Entre os destaques nesta linha estão as obras em dois prédios da Secretaria de Agricultura do Governo de São Paulo, que receberam, juntos, 730 módulos solares e tiveram trocadas 10,6 mil lâmpadas.
Para clientes comerciais e de serviços, quatro projetos demandaram R$ 4,5 milhões em investimento e, entre as ações realizadas, se destacam a substituição de 45 mil lâmpadas por LED e a troca do chiller da central de ar condicionado no Hospital Geral do Grajaú, e ainda o retrofit de 2,8 mil lâmpadas por LED na Santa Casa de Santo Amaro, ambos na capital paulista. Vale destacar também projetos de iluminação pública em São Bernardo do Campo, com a troca de 1722 lâmpadas, e um outro em São Caetano do Sul, com a substituição de 900 lâmpadas.
NOTAS
Raios – Um levantamento realizado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com dados de raios de outubro de 2011 a outubro de 2020, aponta os dias com maior número de raios em cada município brasileiro no período e também os maiores valores de raios registrados nas 26 capitais brasileiras em apenas um dia. De acordo com a pesquisa, Cáceres, no Mato Grosso, foi o município do País que registrou o maior número de raios, contabilizando 131.515 raios em um único dia na primavera de 2018. Além disso, no período estudado, o verão de 2020 teve alguns recordes entre as capitais: Porto Velho, capital de Rondônia, registrou o maior número de raios em um dia, com 44.575 raios, no dia 25 de janeiro de 2020, seguidos de Rio Branco, capital do Acre, com 30.010 raios, no dia 28 de janeiro de 2020. Rio de Janeiro é a cidade com maior número de raios em um dia no Estado: 4003 descargas atmosféricas, no verão de 2015, em 15 de fevereiro.
Veículos elétricos – A Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, está integrando em sua operação logística veículos elétricos. O objetivo é reduzir a emissão de carbono gerado pela companhia até 2025. Com capacidade para 720 kg de carga e 300 km de autonomia, os veículos começaram a realizar entregas na cidade de São Paulo em março.
Exposição virtual – Para comemorar seus 64 anos, Furnas lançou uma exposição virtual que conta a trajetória da empresa. Disponível em www.fur nas-nosso-brilho.com.br, a iniciativa compreende fotos e vídeos, além de imagens históricas da construção da empresa. O conteúdo da exposição foi organizado em quatro eixos temáticos, que abordam a cultura da empresa, seus valores e identidade; sua contribuição para a história e o desenvolvimento nacional; as pesquisas de ponta da empresa; e o legado da companhia.
Recarga de VE – Por meio de uma parceria entre a EDP Smart e a Porsche, os clientes que adquirirem um veículo elétrico da marca receberão um cartão personalizado (EV.Card) que permite utilizar um dos 50 pontos de carregamentos públicos ativos da EDP no Brasil por meio do aplicativo EDP EV. Charge Br. Até o fim de 2022, a EDP planeja triplicar os pontos de carregamento disponíveis com investimentos acima de R$ 50 milhões. O projeto principal, que tem a Porsche como parceira, prevê a instalação de 30 postos de carregamento ultrarrápido (150 kW e 350 kW), que vão cobrir todo o Estado de São Paulo. De acordo com a companhia, o projeto contará com investimento de R$ 32,9 milhões.
Óleo vegetal – A Emae - Empresa Metropolitana de Águas e Energia implantou na Usina de Henry Borden, em Cubatão, o primeiro transformador com óleo isolante vegetal do parque de geração de energia elétrica da empresa. Segundo a companhia, as usinas de Porto Góes, em Salto, e Pedreira, em São Paulo, também foram beneficiadas com o novo equipamento, que está substituindo transformadores a óleo mineral naftênico. O óleo vegetal possui elevada biodegradabilidade, além de não ser tóxico e apresenta melhores características térmicas e maior vida útil se comparados aos óleos minerais, afirma a Emae. A previsão é de que o óleo vegetal seja utilizado em todos os demais transformadores da empresa. Para o ciclo de investimentos até 2025, devem ser adquiridos pelo menos mais 15 desses equipamentos em Henry Borden.