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Informações
TelComp e Fitec desenvolvem ferramenta para registro e fiscalização de postes
O cenário caótico da ocupação dos postes nas cidades está prestes a encontrar uma luz no fim do túnel. A TelComp – Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas vem realizando desde o começo do ano uma série de ações com o objetivo de promover uma melhor organização das redes aéreas, uma convivência mais pacífica com as distribuidoras de energia e, consequentemente, a expansão da banda larga e do 5G no país.
“Há muitas críticas nos setores e acusações de que nada é feito para resolver o problema. Queremos mudar essa percepção com a execução de medidas concretas e um trabalho robusto, inclusive já com resultados reais”, diz Luiz Henrique Barbosa da Silva, presidente da TelComp.
Dentro desse plano, o primeiro projeto sob o comando da entidade foi batizado com o nome de Reordenamento Ágil. Adotado por sete de suas associadas com presença em São Paulo, o programa prevê um trabalho em conjunto: quando pelo menos duas operadoras (e no máximo quatro) forem acionadas pela distribuidora para regularização da rede em uma área comum, o trabalho será feito de forma coordenada e pela mesma empreiteira contratada especificamente para esse fim. Somente quando o prazo for emergencial, por exemplo, com poucos dias para execução, a própria operadora realizará o ajuste, pois não há tempo para o planejamento compartilhado. Os resultados são positivos: de julho a setembro de 2021, já foram reorganizados cerca de 2800 postes na região metropolitana. “A resolução atual estabelece a meta de regularização de 2100 postes por ano. Em três meses de atuação conseguimos fazer mais do que isso”, compara o presidente da TelComp, que está apresentando a ideia às associadas do Nordeste e Sul para possível replicação nas regiões.
Uma outra frente da entidade, com a consultoria do engenheiro de telecomunicações Marcius Vitale e parceria da Fitec – Fundação para Inovações Tecnológicas, de Campinas, SP, é o desenvolvimento de um software para fiscalização do uso dos postes. “Não basta ordenar a rede. É preciso manter atualizado o banco de imagens dos postes ordenados de forma georreferenciada, onde, no caso de mudanças ou ocupação irregular, a empresa poderá atuar rapidamente e evitar que a situação se agrave”, afirma Vitale.
Baseado em imagens e inteligência artificial, o software permite cadastrar os cabos, postes, pontos de fixação e equipamentos a partir das BAPs (abraçadeiras) ou plaquetas de identificação. Os elementos são
fotografados e registrados no sistema, que roda na nuvem e poderá ser acessado a qualquer momento. “Com as informações integradas, será possível visualizar o mapa dos postes em um município, fazer recortes de uma determinada área de interesse e gerar dashboard com os principais indicadores”, diz José Luiz Malavazi, diretor de negócios da Fitec, entidade que também desenvolve ferramentas semelhantes para inspeção de linhas de transmissão de energia por meio de drones. Além da precisão muito superior em relação às inspeções manuais, a ferramenta oferece uma elevada produtividade: estimase que uma dupla de técnicos, em carros equipados com Dispositivos de captura e fiscalização dispositivos de captura, consiga vistoriar 1200 postes por dia, 12 vezes mais que no método convencional. “Com o sistema de captura e rápido processamento de imagens, as empresas poderão registrar as áreas pós-arrumação e depois manter a fiscalização contínua das redes”, diz Malavazi. Por fim, uma terceira ação da TelComp voltada para o compartilhamento de redes é a realização de testes de campo com postes em situação real, sob diversas configurações e cenários. O trabalho também será executado pela Fitec, que montará o ambiente de provas no campus da PUC de Campinas, com a participação de professores e especialistas das Faculdades de Engenharia Civil, Elétrica e Mecânica. Todas as atividades levam em consideração o atendimento às normas técnicas e de segurança do trabalho, como NR-01, NR-10 e NR-35. Com início previsto para o final de janeiro de 2022 e duração de seis meses, os ensaios serão realizados com experimentações práticas de cabos instalados em Detecção de faixas de ocupação e de BAPs postes nos diversos cenários da
infraestrutura de redes detectados em campo, que passarão por testes de esforços mecânico e uso de ancoragem em final de ramal de emendas e reservas, derivações, caixas subterrâneas próximas ao poste e fio drop. Também está previsto o desenvolvimento de suportes e ferragens especiais, capazes de suportar, por exemplo, o aumento da quantidade de ocupantes (atualmente são permitidos seis), o tamanho da faixa destinada às operadoras de telecomunicações (hoje são 50 cm) e até mesmo o uso de postes mais altos.
Os resultados e pareceres técnicos da prova de conceito fornecerão subsídios à comissão de estudos da NBR 15.214/2005 – Rede de distribuição de energia elétrica – Compartilhamento de infraestrutura com redes de telecomunicações, atualmente em processo de revisão na ABNT. “Essa norma está muito desatualizada e poderá ser complementada num futuro próximo, com os estudos em desenvolvimento na prova de conceito em curso, os quais irão atender integralmente os preceitos técnicos fundamentados nas práticas da boa engenharia. Os ensaios de campo realizados pela Fitec permitirão uma avaliação bastante confiável e imparcial das limitações técnicas e possibilidades”, diz Silva, da TelComp. De acordo com ele, as distribuidoras de energia renovam em média 2% a 3% de seu parque de postes a cada ano. “Se em 10 anos conseguirmos que troquem 30% de seus postes por versões mais robustas, será um grande avanço”, diz.
A ANEEL colocou em Consulta Pública no dia 2 de dezembro (CP ANEEL 73/2021, com prazo até 2 de fevereiro de 2022) a proposta de aprimoramentos da regulamentação de compartilhamento de postes. O tema também será objeto de Consulta Pública da Anatel, uma vez que se trata de normativo conjunto entre as duas agências. “O compartilhamento de postes é um tema crítico para garantir a expansão da conectividade e do 5G no Brasil”, finaliza Silva.
Fabricante chinesa YOFC anuncia produção de cabos ópticos no Brasil
De olho no potencial do mercado de banda larga e 5G no Brasil, a YOFC - Yangtze Optical Fiber and Cable Joint Stock Company, fabricante global de preformas, fibras e cabos ópticos e soluções integradas de telecomunicações, sediada em Wuhan, China, anunciou a instalação de uma planta industrial em Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, a cerca de 200 quilômetros de São Paulo. O terreno, com 50 mil metros quadrados de área total, já foi adquirido pelo grupo chinês.
“Pouso Alegre está em uma região competitiva, possui mão de obra qualificada, acesso à energia, estrutura logística, competitividade tributária e uma política de desenvolvimento e incentivos, educação e saúde”, diz Reinaldo Jeronymo, CEO da YOFC no Brasil, que está liderando a implantação do projeto de telecom na região. Contratado em junho último, o executivo tem vários anos de experiência no mercado de cabos ópticos, com passagem por fabricantes como Alcatel, Draka, Prysmian e MPT.
Segundo ele, o investimento ocorrerá em três fases: início da construção em 2022, comercialização em 2023 e consolidação de todo o projeto entre 2025 e 2026. O investimento inicial é de R$ 75 milhões, com a geração de 120 empregos e faturamento de R$ 200 milhões. Com a finalização da terceira fase, a estimativa é de chegar a uma receita de R$ 400 milhões, com 300 a 350 postos de trabalho. “Os planos são agressivos. O objetivo é conquistar 15% de participação no mercado brasileiro de cabos ópticos no prazo de quatro anos”, diz o CEO.
Já na primeira fase, a YOFC produzirá uma linha completa de cabos multimodo, monomodo, aéreos, enterrados, drop e microcabos. Depois, com a chegada de novas máquinas, passará a fabricar cabos especiais, como OPGW, marítimos e híbridos (energia + fibra óptica). A YOFC também produz e vende diferentes tipos de transceptores ópticos, fibras ópticas especiais,
cabos coaxiais RF e acessórios, que serão fornecidos no Brasil via importação. “Temos expertise em soluções e serviços de integração de sistemas e design de engenharia de comunicação”, diz Jeronymo. Fundada há mais de 30 anos, a empresa conta com 750 patentes autorizadas. Com mais de 7000 colaboradores e presente em 70 países, a YOFC é cotada na bolsa de Shangai (601869.SH) e Hong Kong (06869.HK). É a única empresa com dupla listagem de ações na indústria de fibras e cabos ópticos da China, bem como a primeira na província de Hubei. Além da China, possui fábricas na África do Sul e Indonésia. A unidade de Pouso Alegre é a primeira no continente americano. Por isso, futuramente, a produção local, no futuro, também servirá como hub de exportações para a América Latina. Em junho de 2021 o grupo YOFC adquiriu a Poliron, fabricante de cabos industriais, de Diadema, SP. “Esse movimento confirma a Reinaldo Jeronymo, estratégia de CEO da YOFC no internacionalização e Brasil: 15% de possibilitou uma entrada participação no mais rápida no mercadomercado brasileiro de cabos ópticos em quatro anos brasileiro”, afirma o CEO. Enquanto a fábrica de Pouso Alegre não fica pronta, a sede da Poliron servirá de base para as equipes que estão sendo contratadas, treinamentos e implantação de laboratório para certificação de operadoras e provedores. Por enquanto, os produtos estão sendo importados diretamente da China e fornecidos por dois distribuidores no Brasil: Filadelfia Info e FiberX. A nacionalização permitirá o rápido atendimento ao mercado, com benefícios fiscais de produção local, como PPB –Processo Produtivo Básico e Tecnologia Nacional. Com a entrada em operação das redes 5G, a expectativa de negócios do mercado de fibra é ainda maior. “Atualmente, mesmo com alguns fabricantes produzindo localmente, já existe uma grande demanda, com longos prazos de entrega. O mercado é enorme e tende a crescer ainda mais. Ter a produção local será um importante diferencial”, finaliza o executivo. YOFC Poliron – Tel. (11) 4092-9000 Site: www.yofc.com
Raisecom entra no nicho de roteadores residenciais
A Raisecom, fabricante global de equipamentos para redes de fibra óptica, anunciou a sua entrada no mercado brasileiro de roteadores residenciais, com o lançamento de dois modelos de alta capacidade, ambos Wi-Fi dual-band (gerações Wi-Fi 5 e 6). A empresa já é conhecida pela oferta de equipamentos de infraestrutura de núcleo, como OLTs, ONUs e transponders DWDM.
De acordo com Victor Fila, diretor da Raisecom Brasil, o objetivo do lançamento é apoiar os provedores que passaram a oferecer aos assinantes planos de Internet mais sofisticados, com maiores volumes de dados. Para esses competidores, o roteador doméstico é visto como oportunidade de novas receitas de vendas, suporte e fidelização do assinante. “As opções hoje disponíveis de roteador Wi-Fi doméstico, vendidas pelos prestadores, só são economicamente vantajosas quando compatíveis com a escala das operadoras ou provedores de grande porte. Mas o mercado está exigindo uma revisão dessa lógica”, comenta o diretor.
Entre os destaques estão os modelos Wi-Fi 6 AX 1800 e Wi-Fi 5 AC1200. “São equipamentos adequados ao avanço do trabalho remoto e a novos fatores de consumo, como a popularização da TV sob demanda, streaming de áudio, jogos, conferência e conexões com aplicação em nuvem”, comenta.
Na linha de infraestrutura principal, a Raisecom fornece o terminal de rede óptica
(OTN) modelo TQ5D para transporte inteligente, compatível com a alta demanda de tráfego gerenciado em data centers ou serviços em nuvem, e com capacidade de até 1,6 Tb num único equipamento compacto. Ao lado dele, o modelo XT4D tem caraterísticas igualmente avançadas e suporte a redes de curta distância ou até 2400 km sem perda de eficiência, preparando a rede dos provedores para um crescimento estruturado e para o advento das redes 5G.
Wi-Fi dual band AX1800 da Raisecom
Raisecom – Site: www.raisecom.com.br
Pinpoint oferece soluções SD-WAN como serviço
É cada vez maior o número de corporações interessadas em migrar seus links dedicados MPLS para soluções SDWAN, atraídas por vantagens como redução de custos, eficiência e flexibilidade. Para que elas possam realizar esse processo de forma segura e assim garantir os melhores resultados para o negócio, a Pinpoint, de São Paulo, que atua há 12 anos no mercado de redes e infraestrutura de TI, está oferecendo a opção de SD-WAN como serviço, em parceria com a fabricante norte-americana Fortinet. “A solução une a expertise das duas empresas para a adoção inteligentes da SD-WAN. Criamos um serviço único, capaz de se adaptar a qualquer ambiente e apoiar equipes nessa jornada de transição”, diz Ricardo Pierini, Diretor de Vendas da Pinpoint.
Com uma base superior a 600 pontos já implantados e gerenciados pelo Brasil, a Pinpoint realiza a execução de toda a rede SD-WAN para o cliente, acompanhando etapas que vão desde o auxílio na contratação dos links de Internet até a integração com a LAN, data
centers e nuvem, configuração dos equipamentos e monitoramento das operações em tempo real dos ambientes de TI após a entrada em operação do sistema. “Nosso conhecimento multidisciplinar permite ter uma visão ampla e integrada do processo”, afirma o Diretor de Produtos e Marketing Artur Araújo. Além da expertise técnica dos sócios e das equipes em monitoramento de infraestrutura de TI, redes e aplicações, a empresa possui um NOC em sua sede, que garante a continuidade dos negócios a mais de 300 companhias em variados tipos de serviços.
Segundo Araújo, o interesse pela plataforma SD-WAN é crescente. “Espera-se que em três anos cerca de 90% das conectividades sejam feitas com essa tecnologia, que ficou madura o suficiente para evitar quaisquer riscos”, diz Araújo. Por serem definidas por software, as redes SD-WAN, ao contrário das tradicionais WAN, conseguem distribuir o tráfego a vários locais de forma dinâmica, atendendo às políticas de aplicativos e de segurança. A crescente adoção da nuvem é um outro motivador, uma vez que este é o caminho mais rápido para uma filial acessar os recursos, e não pela matriz da empresa.
A redução dos custos da SD-WAN é de até 25% quando comparada com os links MPLS contratados junto às operadoras, segundo um estudo realizado pela Pinpoint envolvendo diversas verticais de negócios e regiões, que analisou o desempenho de 400 links MPLS e 700 links IP/Internet ao longo de seis meses.
Ainda de acordo com o relatório, a disponibilidade das duas tecnologias foi semelhante, mas o esforço de analistas de NOC aumentou de três a cinco vezes quando comparada ao
MPLS, dependendo da estrutura de sustentação desses links. Em alguns casos, onde não havia ociosidade considerável no NOC, foi necessária a contratação de novos analistas. “Isso mostra que nem sempre adianta fechar pacotes padrão com operadoras, por exemplo, sem dimensionar equipe e NOC da Pinpoint em São Paulo: mais de 300 clientes atendidos considerar a terceirização como opção muitas vezes mais vantajosa”, diz Araújo. Já com a SD-WAN, a automatização torna as operações de ajuste de tráfego de link mais eficazes e proporciona uma melhor experiência do usuário. A solução oferecida pela e Fortinet e Pinpoint contém features de segurança integradas e um modelo aberto de interoperabilidade e colaboração. “O cliente não precisa colocar mais uma camada de segurança, pois o firewall e a conectividade vêm juntas no mesmo equipamento”, afirma Pierini. As soluções podem ser usadas por empresas de qualquer porte e número de filiais. O processo de migração leva em média 30 dias para ser concluído. Há projetos que demandam mais tempo em função da distribuição geográfica do cliente e das complexidades de acesso. Pinpoint – Tel. (11) 2359-0440 Site: www.pinpoint.com.br Gigaclima cresce com produção nacional de condicionadores de ar A Gigaclima, fabricante de condicionadores de ar de precisão para painel elétrico, rack e gabinete, trocadores de calor, sistemas de ventilação e resfriadores de líquido, sediada em Americana, interior de São Paulo, quer aumentar sua participação no mercado de data centers, telecomunicações e indústrias com a oferta de uma linha completa de produtos indoor e outdoor. A empresa foi fundada em 2011 com objetivo de atender exclusivamente os fabricantes de racks, gabinetes, contêineres e
montadores de painéis elétricos em O&M. “Mas em 2016 tomamos a decisão de ampliar o foco e aumentar nosso leque de clientes com o fortalecimento de nossa marca própria”, diz o engenheiro Márcio Carvalho, que atua no mercado há mais de 23 anos, com passagem por importantes fabricantes de racks, para quem trabalhava na manutenção e depois desenvolvendo projetos de refrigeração antes da Gigaclima.
A aposta foi acertada. Em 2020, em pleno ano de pandemia, a empresa teve um aumento de 32% na carteira de pedidos. Para 2021 a previsão é de crescer mais 49%. A área fabril, hoje de 1000 m2, já foi verticalizada, mas está ficando pequena para dar conta das encomendas. “Estamos planejando a mudança para um galpão maior no próximo ano”, afirma.
Com as novas estratégias comerciais e o mercado aquecido, a Gigaclima tem realizado fornecimentos para data centers, eletrocentros, fabricantes de máquinas, indústrias, empresas de energia e telecomunicações, com destaque para os provedores de Internet. “Temos atendido provedores de todo o país com modelos capazes de trabalhar em locais remotos sem necessidade de intervenções manuais. Os condicionadores são equipados com dispositivos de segurança, alarmes, sensores, atuadores e comunicação TCP/IP”, diz. A empresa também desenvolveu modelos para a indústria 4.0 com possibilidade de comunicação de rede, com protocolo aberto, que permite o monitoramento contínuo das máquinas e programação de manutenção preditiva. Dessa forma, ajuda o cliente a monitorar a abertura das portas do gabinete, horas de funcionamento do condicionador de ar e do compressor, verificar a eficiência do trocador externo e determinar a real necessidade de manutenção ou planejar o momento certo para a tarefa.
Segundo o executivo, componentes como controladores digitais, entradas para porta aberta e/ou parada de emergência, filtros de ar, defletor na saída e alarmes (temperatura, pressão e obstrução do ar) são Planta fabril da Gigaclima, em Americana, SP fornecidos como padrão e não como acessórios. “É um valor agregado muito maior que possibilita um melhor custo/ benefício para o cliente”, diz. Os equipamentos têm fácil acesso aos componentes internos e pintura RAL 7035 (com a possibilidade de outras pinturas ou chaparia em aço inox). “Usamos peças e componentes de primeira linha, como Danfoss, ebm papst, Wago e Coel”, diz. O portfólio a Gigaclima compreende modelos com capacidades de 0,2 a 26 TR, com expansão direta ou refrigerados a água gelada, wall mounted ou split. “Por sermos fabricantes, temos estamparia própria e podemos desenvolver qualquer tipo de projeto de refrigeração”, diz o engenheiro. Para uma mineradora de cobre na Mongólia, por exemplo, a empresa produziu dois condicionadores de 5 TR
cada, totalmente em aço inox 316 à prova de corrosão para instalação em uma mina a 1200 m de profundidade.
Uma outra vantagem da produção nacional é a linha de crédito do BNDES e o rápido atendimento ao mercado, sem dificuldades logísticas de transporte e oscilações do dólar. Por conta da pandemia, muitos produtos que dependem de importações têm sofrido com o desabastecimento de insumos.
A empresa está desenvolvendo modelos para edge computing, ou seja, gabinetes já refrigerados e prontos para instalação, que deverão ser lançados em março de 2022, de olho no 5G, que demandará infraestrutura com grande capilaridade para atender as novas aplicações de alta velocidade.
Ainda dentro da estratégia de crescimento, a Gigaclima está montando um caminhão showroom com suas principais linhas de produtos que levará até os clientes em qualquer lugar do país. “Assim as empresas poderão conhecer melhor o acabamento do produto, a marca e as soluções em operação”, finaliza o engenheiro.
Gigaclima – Tel. (19) 99474-5049 Site: www.gigaclima.com
ALLREDE incorpora mais cinco provedores no Centro-Oeste
Poucos meses depois de somar os ativos de quatro provedores com atuação no Centro-Oeste para formar a ALLREDE Telecom, sediada em Goiânia, GO, a empresa anuncia agora a incorporação de mais cinco operações no Distrito Federal, que juntas contam com uma carteira de 82 mil clientes em Brasília e cidades satélites. Somados os esforços, a ALLREDE alcança agora o número total de 152 mil clientes e cerca de 1000 colaboradores.
As empresas incorporadas são a LogtelL, Ti5 Telecom, Skill.Net, OBTI e K&G, que iniciaram operação na região em 2006. Os valores envolvidos não foram divulgados. Alguns proprietários assumirão diretorias na ALLREDE. “Com presença em mais de 70 municípios, interligados por um backbone óptico de mais de 6500 km de alta capacidade, ALLREDE se posiciona como braço de consolidação do mercado de telecomunicações na região Centro-Oeste”, diz Vinicius Borges, CEO da ALLREDE.
Vinicius Borges, CEO da ALLREDE: plano é continuar expansão em 2022
A ALLREDE Telecom nasceu a partir da soma dos ativos de quatro provedores: Via Telecom, Ligo, Unilink e Infortek, com uma cobertura que se estende em 46 municípios pelo Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Distrito Federal, Goiás e Triângulo Mineiro. O processo de fusão levou 14 meses e teve o início da gestão compartilhada em junho.
Segundo ele, a ALLREDE se prepara para lançar novos produtos que complementam com sua malha de rede, e abre atuação em novos municípios já no início de 2022. “Para o próximo ano, os números vão aumentar ainda mais. A companhia caminha com seu plano de expansão no crescimento orgânico e segue com sua estratégia de aquisições de outras operações”, finaliza o CEO.
ALLREDE - Site: www.allrede.com.br
CPFL Soluções conclui venda de I-RECs para Ascenty
A CPFL Soluções, empresa do grupo CPFL Energia, acaba de concluir a venda de Certificados Internacionais de
Energia Renovável (I-REC) com volume total de 368.018. Os certificados atenderão as unidades de Hortolândia, Sumaré, Vinhedo, Osasco, Rio de Janeiro, Jundiaí, Maracanaú, Campinas e Paulínia da Ascenty, empresa de colocation com 27 data centers próprios no Brasil, Chile e México, sendo 17 em operação e 10 em construção.
A certificação atesta que a energia utilizada em suas unidades, de janeiro a dezembro de 2020, é limpa e rastreável, proveniente de uma fonte renovável. A iniciativa também colabora para a redução de emissões de GEE, e a melhora de indicadores em programas como o Carbon Disclosure Program (CDP), o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e o Down Jones Sustainability Index (DJSI).
O I-REC é uma das opções oferecidas pela CPFL Soluções, em parceria com o Instituto Totum e International REC Standard. Para adquiri-lo, os interessados devem acessar o site da CPFL Soluções. Cada certificado equivale a 1 MWh de energia renovável consumida, e é possível adquirir certificados na mesma quantidade de energia que a empresa consome.
“O nosso objetivo é oferecer as melhores soluções de baixo carbono para os clientes que querem participar da transição energética para uma matriz mais limpa”, diz Flávio Souza, diretor comercial da CPFL Soluções. “Além de estar em linha com o nosso plano de sustentabilidade, a empresa observa todas as oportunidades de mercado que podem beneficiar os seus clientes”, acrescenta. A CPFL Energia, há 109 anos no setor elétrico, atua nos segmentos de distribuição, geração, transmissão, comercialização e serviços. Desde 2017, o grupo faz parte da State Grid, estatal chinesa que atende 88% do território chinês e com operações na Itália, Austrália, Portugal, Filipinas e Hong Kong.
Data center da Ascenty em Vinhedo, SP
A Mercusys, empresa chinesa com unidade brasileira em São Paulo, aposta na fabricação e venda de roteadores com tecnologia beamforming para solidificar o seu nome no mercado.
Com foco no consumidor final, a marca foi criada em 2001 e pertence ao Grupo TP-Link, empresa voltada ao mercado corporativo. Ambas dividem o mesmo escritório na capital paulista, onde contam com 66 colaboradores. O compartilhamento se estende para a fábrica em Shenzen, na China, onde os equipamentos são produzidos.
“Nosso parque fabril ocupa uma área de mais de 1 milhão de m2. A operação brasileira teve início em 2016, com foco em um público que busca por produtos de alta performance, custo/benefício e que atenda todos os tipos de conexões”, diz Alexandre Nogueira, gerente executivo nacional de vendas e trade marketing da Mercusys.
Além de Brasil e China, a Mercusys, junto com a TP-Link, está presente em mais de 180 países, com 48 escritórios internacionais e mais de 30 mil colaboradores. Seu portfólio inclui soluções de rede como roteadores, repetidores, adaptadores e switches com tecnologias como mesh, Wi-Fi 6 e principalmente beamforming.
“Ao enviar dados, os roteadores primeiro detectam a localização dos dispositivos e coletam outras condições relacionadas aos caminhos de transmissão. De acordo com essas variáveis, os equipamentos podem ajustar e focar seus sinais para direcioná-los aos usuários, resultando em conexões mais rápidas e
MR30G, da Mercusys
estáveis. A diferença do beamforming é que ele direciona seus feixes em vez de irradiar dados em todas as direções, o que faz com que os sinais de Wi-Fi cheguem mais longe. Isso também reduz a colisão entre diferentes transmissões de dados”, explica Nogueira.
Em 2021, um de seus principais lançamentos que utilizam o beamforming foi o roteador MR30G. O modelo apresenta velocidades de até 1,2 Gbit/s, sendo 867 Mbit/s na banda de 5 GHz e 300 Mbit/s na banda de 2,4 GHz, quatro antenas de 5 DBi com beamforming, portas full Gigabit, suporte a IPTV e IPv6, além de tecnologia MU-MIMO, que permite ao dispositivo se comunicar com diversos aparelhos ao mesmo tempo.
“Todos os produtos contam com garantia de três a cinco anos. O longo período é justificado pois acreditamos na qualidade de nossos equipamentos”, afirma Sofia Páez, gerente de marketing da Mercusys do Brasil.
Desde 2016, ano de sua chegada ao Brasil, a Mercusys já comercializou mais de 5,4 milhões de unidades. Para 2022, a meta é obter um índice de crescimento no país de 20%.
Mercusys – Tel. 4007-2276 Site: www.mercusys.com.br
Pure Storage divulga previsões para 2022
A Pure Storage, fornecedora norte-americana de plataformas de dados em flash, com escritório em São Paulo, divulgou as suas previsões para o mercado em 2022.
Segundo a companhia, o próximo ano ressalta a tendência das empresas em investir ainda mais na infraestrutura com tecnologias modernas e colocar em ação planos que podem garantir competitividade e liderança.
Uma das apostas é o aumento no uso dos Kubernetes, um sistema de orquestração de contêineres open-source que automatiza a implantação, o dimensionamento e o gerenciamento de aplicativos em contêiner. De acordo com o levantamento Kubernetes Adoption Survey 2021, da Portworks, mais de 90% dos novos aplicativos disponíveis no mercado são desenvolvidos em contêineres.
“A Portworks, companhia que adquirimos no final de 2020, tem uma plataforma para o gerenciamento de serviços Kubernetes. Ela permite que o processo de controle das atividades dos Kubernetes e contêineres seja bem mais amigável”, diz Paulo de Godoy, country-manager da Pure Storage.
Outra tendência apontada é o aumento na oferta de soluções as a Service. Alguns canais da empresa afirmam que 75% de sua receita passou a vir de serviços gerenciados em comparação aos métodos tradicionais de revendas. Com a mudança no mercado de trabalho em decorrência da pandemia, a empresa também aposta que os modelos de STaaS – Storage as a Service serão oferecidos no início do processo de licitação, e não como uma opção adicional de última hora ao final de uma negociação de preço.
Em 2021, a Pure Storage manteve o seu índice de crescimento anual de 30%, obtendo um faturamento de aproximadamente US$ 2,1 bilhões. O ano também foi marcado por parcerias de distribuição, como a feita com a Ingram Micro Brasil.
“Estimativas apontam que o mercado de storage tem um potencial em torno de US$ 50 bilhões. Do total,
Godoy, da Pure Storage: aumento no uso de soluções de armazenamento em flash
aproximadamente US$ 10 bilhões são oriundos de armazenamento externo, vertente em que a Pure Storage está inserida. Algumas previsões indicam que alcançaremos a marca de 175 ZB até 2025. É um volume de dados que demandará uma infraestrutura que ainda não existe, o que abre espaço para um grande crescimento na parte de armazenamento”, projeta Godoy.
Pure Storage - Tel. (11) 2844-8366 Site: www.purestorage.com
net2phone: PABX em nuvem e comunicação unificada
A net2phone, empresa norte-americana com escritório em São Paulo, fornece soluções de voz e comunicação unificada. Pertencente ao Grupo IDT Corporation, a marca está presente há mais de 15 anos no mercado brasileiro.
Com licenças da Anatel para a prestação de STFC – Serviço Telefônico Fixo Comutado e SCM – Serviço de Comunicação Multimídia, a net2phone atua como operadora de telecomunicações com CSP – Código de Seleção de Prestadora 26 para chamadas nacionais e internacionais em São Paulo e Campinas, SP, e nas principais capitais.“Temos uma taxa anual de crescimento de 300%”, afirma o diretor-geral Eliseu Carnizello. Atualmente, a companhia oferece soluções de telefonia PABX, SIP Trunking e call center, além de serviços de integração de voz com Microsoft Teams, Zoho, Salesforce e Zapier. Todos os serviços são em nuvem, Eliseu Carnizello, dispensando hardware ou espaço da net2phone: físico para serem implementados. plataforma própria “Trabalhamos com um programacom comunicação inteligente de canais que oferece todo o suporte aos parceiros autorizados com as melhores comissões do mercado. Além disso, recebem suporte da equipe de marketing, seja com materiais de vendas, programas personalizados, campanhas, treinamentos técnico e comercial sempre que precisarem para alcançar novos negócios e aumentar suas vendas”, explica Carnizello.
Presente em países como Argentina, México, Espanha e Canadá, a net2phone conta com mais de 1300 colaboradores no mundo, sendo 80 no Brasil. Para 2022, a companhia tem como meta ampliar a infraestrutura no País, da rede de agentes autorizados e equipes operacionais para fornecer uma solução abrangente em cada cidade atendida, seja com o PABX em nuvem e call center, ou até mesmo com as novas integrações oferecidas aos clientes.
net2phone – Tel. 0800 580 2607 Site: www.net2phone.com.br
Marcas de Destaque nos Provedores de Internet – 5ª edição
Publicamos a seguir os resultados da pesquisa anual realizada pela RTIRTI RTIRTI RTI para conhecer as marcas mais usadas pelos provedores de Internet. O levantamento compreende 28 categorias de produtos essenciais para suas operações, como equipamentos GPON, cabos ópticos, gabinetes, antenas e roteadores, além de software de gestão comercial e serviços de call center.
O mercado de provedores de Internet se destacou ainda mais em 2021. Segundo um levantamento recente realizado pela Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações, houve um salto de 35,6 milhões para 39,6 milhões de acessos de banda larga fixa entre setembro de 2020 e setembro de 2021. Os contratos de fibra óptica alcançaram 22,647 milhões em julho (57% da base). O crescimento anual da tecnologia é de 61,7%. As adições líquidas em 2021 somam 5,638 milhões, incluindo novos clientes ou aqueles que migraram de outras tecnologias, como rádio e cobre, para a fibra.
Os provedores regionais somam 17,197 milhões de contratos. Desse total, 14,297 milhões são de fibra óptica. Prova da atração do setor é a atenção de agentes financeiros e grupos econômicos dispostos a investir no setor. O ano foi marcado por importantes IPOs - Initial Public Offerings e uma verdadeira avalanche de M&As – fusões e aquisições, ajudando a trazer mais recursos e investimentos ao setor.
Importante mercado comprador de equipamentos, sistemas e outros insumos, o provedor regional está cada vez mais na mira da maioria dos fornecedores. Por isso, conhecer as marcas líderes no mercado e as que vêm crescendo é fundamental para as empresas que atuam no setor traçar suas estratégias de vendas e marketing.
Para mapear as marcas mais usadas pelos provedores para a construção, operação e manutenção de suas redes, a revista RTI realiza anualmente um levantamento inédito no mercado: a Pesquisa Marcas de Destaque nos Provedores, agora em sua quinta edição.
Levantamento exclusivo para provedores de Internet, o objetivo não é saber a opinião, mas realmente o que é usado por essas empresas.
Para colher a informação, foram selecionados, do cadastro de RTI, 4531 provedores de Internet. Eles receberam um e-mail que explicava os objetivos da pesquisa com um convite a preencher o questionário. Basicamente, o questionário trazia a pergunta: “Da relação dos produtos abaixo, quais marcas você utiliza? A lista trazia 28 produtos e equipamentos, os mais usados na operação de um provedor. Para cada item, reservou-se no questionário um espaço para que o consultado escrevesse o nome da marca usada. 249 provedores participaram da pesquisa. Origem geográfica dos provedores que participaram da pesquisa
Resultados
Os resultados do Prêmio Marcas de Destaque nos Provedores 2021 são apresentados a partir da página 24. Cada item traz o seu universo, isto é, o número de empresas, dentre as que informaram a marca usada sobre aquele item –os consultados foram orientados a só se manifestarem sobre os produtos realmente usados em suas instalações. Os volumes de indicações recebidas por cada marca são dados em porcentagens dos respectivos universos.
As marcas mais indicadas e os produtos mais utilizados
Há tabelas em que a soma dos percentuais atribuídos a cada marca é maior que 100%. Isso acontece porque, como a pesquisa não dirige nem limita a resposta dos consultados, alguns deles usam mais de uma marca para um mesmo produto. Nessas situações, todas as marcas são consideradas. Por outro lado, nem todas as marcas indicadas estão presentes nas tabelas. Por razões de espaço, adotou-se o critério de excluir da apresentação as que não obtiveram no mínimo 2% das indicações do universo respectivo. Portanto, em algumas tabelas a soma dos percentuais de todas as marcas listadas é menor do que 100%.
Vale ressaltar que, em todos os casos, os percentuais de indicações são somados e todas as diferentes denominações são relacionadas – inclusive com o cuidado de fazer constar, em primeiro lugar, o nome que recebeu mais indicações, seguido do segundo mais indicado e assim por diante.
Neste ano temos um item novo (Retificadores/Inversores de energia). Neste caso, trazemos somente os resultados de 2021.
É considerado empate quando a diferença entre as primeiras colocadas é igual ou inferior a 3%. Nesses casos, as marcas ganhadoras são identificadas nas tabelas com negrito e logotipo do Prêmio.
O levantamento traz ainda os resultados do ano anterior das marcas citadas, permitindo que o leitor avalie a evolução e se ela ganhou ou cedeu terreno junto aos provedores.
Por fim, na página 30 há uma lista dos números de telefone dos fornecedores (fabricantes e/ou importadores) das marcas listadas em todas as tabelas de produtos.
Sorteio
Para incentivar os provedores a participarem da pesquisa, a revista RTI sorteou uma viagem para Fortaleza, CE, com tudo pago e direito a acompanhante, para participar do XI Congresso RTI Provedores de Internet, que acontecerá nos dias 27 e 28 de abril de 2022 no Centro de Eventos de Fortaleza. O sorteado foi Juliano Alves Fernandes, diretor da NET UAI Internet Provider, de Lagoa
Onde estão as Marcas de Destaque Publicamos aqui os números de telefones para atendimento ao cliente de todas as marcas citadas nas tabelas da pesquisa.
2Flex------------------------------------------(21) 3527-0052 4Lan------------------------------------------(11) 5521-2522 Aceplus--------------------------------------(11) 2344-1130 Actioncall-----------------------------------(11) 4063-5423 ALGcom------------------------------------(54) 3201-1903 Anritsu--------------------------------------(11) 3283-2511 Aprimorar-----------------------------------(51) 3191-9398 Aquário--------------------------------------(44) 3261-7336 ARJ Company------------------------------(11) 2193-9288 Astro-----------------------------------------(81) 3037-1005 Atrium---------------------------------------(31) 3589-4000 ATN Telecom------------------------------(51) 3470-0000 Autocad-------------------------------------(11) 5501-2500 Azlink----------------------------------------(11) 4010-0820 Belluno--------------------------------------(55) 3281-9200 Bosch------------------------------------------0800 704 5446 Branco--------------------------------------(41) 3211-4040 Buffalo--------------------------------------(41) 3091-5600 Cablena-------------------------------------(11) 2175-9223 Cambium-----------------------------------(21) 4042-1290 Caterpillar-------------------------------+1 (309) 675-1979 CCN------------------------------------------(35) 3471-1034 CDNTV-------------------------------------(51) 3392-9584 Ceitel-----------------------------------------(31) 3449-1000 Ceragon-------------------------------------(11) 4689-4800 CG Ferragens-------------------------------(42) 3227-9032 CG3 Telecom-------------------------------(11) 5555-4051 Ciclops-------------------------------------(31) 99114-0054 Ciena-----------------------------------------(11) 4765-2333 Cisco-------------------------------------------0800 891 4972 Clamper-------------------------------------(31) 3689-9500 Click-------------------------------------------(11) 4210 0372 Conduspar----------------------------------(41) 2109-6000 Connect Master---------------------------(21) 3027-0207 Coppersteel---------------------------------(19) 3765-9800 CPE Brasil----------------------------------(41) 3033-6883 Cummins--------------------------------------0800 286 6467 DKL------------------------------------------(19) 3289-1454 D-Link---------------------------------------(11) 3003-1440 Datacom------------------------------------(51) 3933-3000 Dell---------------------------------------------0800 970 3355 Delta Cable-----------------------------------0800 604 3021 Desterro-------------------------------------(48) 3247-6811 Dicomp-------------------------------------(44) 4009-2826 Digistar--------------------------------------(51) 3579-2200 DPR------------------------------------------(11) 3934-2000 DZS------------------------------------------(11) 3294-6204 Eaton----------------------------------------(11) 3616-8500 Elite Soft------------------------------------(43) 3322-9593 Eltek------------------------------------------(11) 4525-1570 Embrastec----------------------------------(16) 3103-2021 Engetron------------------------------------(11) 4506-3120 Ericsson-------------------------------------(11) 2224-2000 Exfo------------------------------------------(11) 5103-3260 Extreme-----------------------------------+1 888-257-3000 Fastwireless---------------------------------(19) 3829-2740 Fiberhome----------------------------------(11) 3938-9133 Fibersul--------------------------------------(41) 3275-4301 Fibracem------------------------------------(41) 3661-2550 Fitel Furukawa-----------------------------(19) 3246-3327 Fluke Networks----------------------------(11) 3759-7600 FonNet--------------------------------------(85) 3494-2077 Freedom/Clarios--------------------------(15) 2102-2700 Fujikura-------------------------------------(11) 3939-1249 Furukawa-------------------------------------0800 041 2100 Gassen---------------------------------------(49) 3646-0109 GeoGrid Maps-----------------------------(48) 3622-0702 Geosite--------------------------------------(31) 3263-1100 Gerenet------------------------------------(11) 98126-7175 Greatek--------------------------------------(12) 3932-2501 Hisence--------------------------------------(11) 31040-355 HPE--------------------------------------------0800 892 4990 Hepso----------------------------------------(11) 4173-3950 Huawei--------------------------------------(11) 5105-5105 Hubsoft-------------------------------------(37) 3415-1100 Ideal Antenas-------------------------------(35) 3449-9688 Ilsintech----------------------------------(+1) 972 556 0916 Infortel--------------------------------------(51) 3076-3800 Inter-Service--------------------------------(11) 4771-2276 Intelbras---------------------------------------0800 724 5115 ITTV----------------------------------------(79) 99903-3819 IXCSoft-------------------------------------(49) 3199-2580 JFA-------------------------------------------(31) 98323-1100 Jilong-----------------------------------------(11) 3567-4712 Juniper Networks--------------------------(11) 3818-8999 Kayama-------------------------------------(21) 3639-3366 KL Industrial-------------------------------(41) 3643-5002 Lacerda--------------------------------------(11) 2147-9777 Lanexpert----------------------------------(11) 99142-8186 Logmaster-----------------------------------(51) 2104-9005 Martini--------------------------------------(44) 3052-2901 Matrix----------------------------------------(31) 2517-3550 Maxi TV-------------------------------------(85) 4042-2060 Megatron-----------------------------------(11) 4636-1920 Mercusys------------------------------------(11) 4007-2276 Matrex Oetel-------------------------------(35) 3012-2485 Metalfiber-----------------------------------(15) 3291-1087 Metro Network----------------------------(47) 3047-8400 Microtelefonia-----------------------------(51) 3066-1011
Mikrotik------------------------------------- (44) 3838-1030 Miljet--------------------------------------+1 (407) 930 7141 MK Solutions------------------------------(51) 3740-2900 Motomil-------------------------------------(47) 2103-4150 Moura----------------------------------------(11) 3090-5555 MPT------------------------------------------(19) 3936-9383 MRC-------------------------------------------0800 494 2127 MWM-----------------------------------------0800 0 110 229 Nagano--------------------------------------(11) 5089-2590 Nazda----------------------------------------(44) 4009-2826 NX TV--------------------------------------(11) 97476-2733 Nexans--------------------------------------(11) 3084-1600 Next------------------------------------------(43) 3029-1000 NHS------------------------------------------(41) 2141-9200 Nilko-----------------------------------------(41) 3661-1800 Nokia-----------------------------------------(11) 2947-8133 Nucleo Telecom---------------------------(51) 3030-3050 OIW------------------------------------------(51) 3653-6800 Olé TV--------------------------------------(48) 3028-0000 Optlaser-------------------------------------(71) 3402-0400 Orientek-------------------------------------(16) 3363-8001 Otech----------------------------------------(11) 3384-3371 Overtek--------------------------------------(44) 3838-1022 Ozmap/Devoz-----------------------------(48) 3364-4120 Padtec-----------------------------------------0800 771 9009 Parks------------------------------------------(51) 3205-2100 Pematel--------------------------------------(19) 3236-1050 PHB Eletrônica----------------------------(11) 3648-7830 Planet----------------------------------------(41) 3040-6100 Presley---------------------------------------(11) 2542-5548 Proeletronic--------------------------------(11) 4693-9300 Prysmian------------------------------------(11) 4998-4000 Proteco--------------------------------------(11) 5564-9633 Protectm------------------------------------(14) 3481-8700 Rackbras------------------------------------(51) 2111-3661 Radiusnet-----------------------------------(19) 3396-6800 Raisecom------------------------------------(11) 5042-1183 Ragtech-------------------------------------(11) 2147-3000 Redex----------------------------------------(11) 2175-2333 RFS-------------------------------------------(11) 4785-2433 Rosenberger Domex----------------------(12) 3221-8500 Routerbox----------------------------------(44) 3015-8900 RP Network--------------------------------(17) 3235-2398 Sat TV---------------------------------------(54) 3201-5900 Schneider Electric---------------------------0800 7289 110 SEI Brasil------------------------------------(15) 3416-7100 Setplex-------------------------------------+1 855-738-7539 SIAE------------------------------------------(11) 4873-9001 Siemens----------------------------------------0800 11 94 84 Skylane--------------------------------------(19) 3514-6000 SMS/Legrand------------------------------(11) 4075-7069 SGP------------------------------------------(83) 99606-6939 Soprano-------------------------------------(54) 2109-6464 Stavix-----------------------------------------(12) 3932-2500 Stemac-----------------------------------------0800 723 3800 Sumec-------------------------------------+86 25 8441-5642 Sumitomo-----------------------------------(31) 2511-6468 Tenda----------------------------------------(11) 3262-3361 Think Technology-------------------------(35) 3473-0762 Tivea-----------------------------------------(11) 2401-5151 TIP Play-------------------------------------(19) 3090-2255 Tomodat------------------------------------(42) 3252-1180 Toyama--------------------------------------(41) 3595-9800 TP-Link-------------------------------------(11) 4007-2172 Triunfo--------------------------------------(41) 3347-1850 TS Shara-------------------------------------(11) 2018-6000 Tudor--------------------------------------------0800 135530 Ubiquiti------------------------------------ (48) 99149-2304 Unifibra------------------------------------- (16) 3663-8001 União Eletrometais-----------------------(35) 3471-7772 Unicoba-------------------------------------(11) 5078-5555 Unocena------------------------------------(11) 3172-5342 Upcall---------------------------------------- (41) 3797-9757 Veex------------------------------------------ (19) 3237-4092 Vertiv-----------------------------------------(11) 3618-6600 Viavi Solutions-----------------------------(11) 5503-3800 Vigo Tecnologia---------------------------(66) 3521-4530 Voalle----------------------------------------(55) 3220-1350 Volt-------------------------------------------(35) 3471-3042 WEC----------------------------------------- (15) 3228-1254 WEG-----------------------------------------(47) 3276-4000 WI2BE---------------------------------------(41) 3512-6500 Womer---------------------------------------(11) 5522-2699 Xtreme--------------------------------------(55) 3313-1528 Yokogawa-----------------------------------(11) 5681-2400 You Cast------------------------------------(11) 2959-0355 ZTE------------------------------------------(11) 4208-1888 ZTT------------------------------------------(12) 2138-8282
Os desafios na infraestrutura de telecomunicações para redes 5G
Vertiv
Conforme o 5G ganha impulso, as operadoras de telecom se deparam com inúmeros desafios que precisam ser abordados tanto em sites greenfield (nova construção) como brownfields (modernizações), principalmente com relação à alimentação e refrigeração das instalações, os altos custos de energia e a necessidade de gerenciar múltiplos sites de acesso.
Aimplementação do 5G terá, sem dúvida, um impacto na infraestrutura das redes de telecomunicações existentes. O 5G habilitará pelo menos três importantes casos de uso: banda larga móvel aprimorada (eMBB), comunicações de baixa latência e ultraconfiáveis (URLLC) e comunicações massivas do tipo máquina (mMTC). Todos os casos citados demandarão um aumento de desempenho da rede de pelo menos 10 vezes, o que inclui velocidade, latência e confiabilidade das aplicações. Sob essa ótica, as operadoras precisam investir em domínios de rede, incluindo infraestrutura de redes centrais e de acesso por rádio (RAN).
Investir em uma nova infraestrutura pode ser caro. Para algumas operadoras, uma outra opção seria melhorar as infraestruturas existentes, medida que será adotada por diversas delas no início da implementação do 5G. As operadoras precisam avaliar os seguintes itens quando estiverem preparando a infraestrutura de rede para a implementação de 5G: • Garantir a capacidade adequada de alimentação e refrigeração –Implementar sistemas de fonte de alimentação de energia ininterrupta (UPS) em CC para lidar com o grande aumento da densidade de potência e fazer o upgrade das baterias de VRLA para íon-lítio. Até investirem em novas técnicas de refrigeração para combater os aumentos esperados nos custos com energia, as operadoras precisarão adotar novas soluções para dar suporte à demanda esperada da tecnologia 5G. • Preparar os sites existentes para a arquitetura e implementação – Embora seja esperado que a transição da infraestrutura de 4G para 5G não seja imediata, as operadoras precisarão reavaliar seus sites 4G existentes para garantir que serão capazes de lidar com as fases iniciais da implementação do 5G. Isso pode ser
abordado através de retrofits, sem precisar estabelecer ou investir imediatamente em implementações de novos sites. • Gerenciamento e monitoramento de múltiplos sites de acesso – Para lidar com as implementações e a infraestrutura de 5G, as operadoras podem considerar implantações massivas de infraestrutura em curtos períodos para atender à demanda. Como resultado, há um número esperado de sites de acesso que precisarão ser monitorados e mantidos. Uma solução de gerenciamento remoto será essencial para minimizar os custos operacionais e garantir que todos os sites sejam administrados de forma inteligente e eficaz.
• Mitigar os custos altos com energia –As operadoras precisarão ser mais agressivas na implementação de tecnologias que economizam energia. O movimento para o 5G deve aumentar o consumo total de energia da rede em 150% a 170% até 2026, com os maiores aumentos nas áreas de data centers, nós e rede. • Expandir a capacidade existente das baterias para a continuidade da alimentação – De acordo com a 451 Research, upgrades de baterias de VRLA para íon-lítio devem aumentar de 66% para 81% em cinco anos. Elas serão uma ferramenta importante conforme as redes se densificarem para acomodar as distâncias menores que as ondas milimétricas de 5G podem se deslocar. • Minimizar o custo dos investimentos –Com as oportunidades apresentadas pelo 5G, as operadoras precisarão saber minimizar os investimentos na arquitetura da tecnologia. Prontidão da infraestrutura básica, acesso ao site e interconexão de qualidade serão as principais considerações para implementar, de forma eficaz, as topologias de edge e 5G.
Durante os estágios iniciais de implementação, muitos dos desenvolvimentos acontecerão na infraestrutura: fazer o upgrade de infraestruturas existentes e investir em novo hardware para dar suporte à maior demanda. Pelo lado dos serviços, os consumidores não devem notar uma diferença drástica entre o 4G e o 5G.
A mudança para o edge
Para entregar Internet de alta velocidade para os consumidores, as tecnologias de acesso por rádio do 5G usarão o espectro de ondas milimétricas (onda mm > 6 GHz) para habilitar a capacidade de largura de banda (~1 Gbit/s) para transferir dados. Ondas milimétricas são consideravelmente menores do que o espectro sub-milimétrico (como 700 MHz) usado no 4G e nas gerações anteriores de celular e melhorarão exponencialmente a velocidade e o controle de dados.
Devido ao seu tamanho e características de propagação, ondas milimétricas não podem se deslocar tão longe quanto as de rádio tradicionais e podem ser mais facilmente bloqueadas ou perturbadas por chuva, árvores, paredes de concreto, etc. É sob essa ótica que as torres celulares tradicionais, normalmente localizadas em áreas grandes e remotas, precisarão mudar para locais menores, mais densamente povoadas e que sejam mais próximas dos usuários. De acordo com a
451 Research, essa “densificação massiva provavelmente exigirá que as operadoras dobrem o número de localizações de acesso por rádio ao redor do mundo nos próximos 10 a 15 anos”.
Conforme o 5G progride, a infraestrutura de telecomunicações também deve utilizar a virtualização das funções da rede (NFV) e redes definidas por software (SDN) para possibilitar que as operadoras proporcionem serviços rapidamente com uma implementação “tipo de nuvem”. O 5G e o edge computing trabalharão de mãos dadas já que o edge é capaz de processar, gerenciar e analisar conteúdo digital em tempo quase real, mais perto de onde as aplicações são acessadas e os dispositivos localizados. Além disso, as operadoras precisarão implementar sites de edge menores caracterizados por micro data centers ou nós para dar suporte ao processamento de dados, os quais os data centers tradicionais podem não ser capazes de manusear.
Percebendo os potenciais benefícios e impactos das aplicações de edge para o 5G, as operadoras estão levando a sua nova infraestrutura de rede e os serviços para data centers regionais e redes locais localizadas mais próximas dos usuários. De acordo com a Omdia, “a mudança para o 5G está provocando mais dessa transformação e permite que os provedores injetem novos recursos de rede em diferentes locais ao longo de seu footprint”.
Dados os casos de uso acima e o papel que o 5G desempenhará em habilitá-los ou dar suporte, é importante que as operadoras considerem investir em infraestrutura para suas aplicações de edge: • Micro data centers flexíveis e de alta eficiência - Para apoiar as implementações de edge, as abordagens tradicionais à infraestrutura precisarão ser revistas. Elas mudarão de designs de construção convencional para micro data centers, que serão completamente integrados e fáceis de implementar e que podem ser praticamente implementados em qualquer lugar. Os micro data centers proporcionam computação, armazenamento e acesso para reduzir a latência e dar suporte às aplicações de 5G e IoT – Internet das Coisas. • Localização – Um dos desafios que as operadoras de telecom enfrentam é identificar onde instalar as localizações de edge. Devido ao custo, instalar um novo data center pode não ser atrativo para alguns. Mas para outros, uma alternativa seria instalar micro data centers na base de suas torres celulares para economizar e também otimizar os investimentos em infraestrutura. Já outras operadoras devem optar por instalar micro data centers em áreas de grande tráfego, uma vez que estão mais próximas dos usuários e solucionariam problemas de latência. • Provisão de velocidade e escalabilidade para crescimento futuro – Graças à explosão de dados que se espera será trazida pelas aplicações de 5G, o desafio é encontrar a escala necessária para dar suporte a essas aplicações. Portanto, a infraestrutura no edge deve ser projetada para trazer flexibilidade e escalabilidade. Micro data centers baseados em racks e filas necessitam de pouco espaço e podem ser escalados facilmente dependendo da demanda. • Maior inteligência para o gerenciamento remoto de diversos sites – Conforme novas localizações de edge se materializem com o 5G, a capacidade de monitorar e gerenciar remotamente essas localizações se tornará crítica pois será difícil administrar a quantidade absoluta
dessas localizações através de visitas humanas regulares. O gerenciamento de infraestrutura de data centers (DCIM) será crítico para o sucesso das redes 5G no edge.
Casos de uso de edge computing
Para melhor compreender como o 5G e o edge computing trabalharão juntos, a Vertiv analisou 100 casos de uso de edge onde o 5G terá um papel crítico. Alguns precisarão da tecnologia para alcançar o desempenho necessário para suportar a adoção, enquanto outros estão trabalhando atualmente sem 5G, mas serão inerentemente aprimorados pelos recursos que a rede entrega. Esses arquétipos ajudarão as operadoras identificar a infraestrutura necessária para habilitar esses casos de uso: • Intenso em dados – Inclui casos onde questões como o volume de dados, o custo ou a largura de banda tornam impraticável fazer a transferência sobre a rede diretamente para a nuvem ou da nuvem para o ponto de uso. Exemplos incluem cidades, fábricas, casas e edifícios inteligentes, distribuição de conteúdo em alta definição, computação de alto desempenho, conectividade restrita, realidade virtual e digitalização do setor de óleo e gás. • Sensível à latência humana – Casos em que qualquer coisa, exceto a entrega rápida de dados, teria um impacto negativo na experiência do usuário com a tecnologia reduzindo potencialmente, por exemplo, as vendas e a lucratividade de um varejista. Exemplos incluem o varejo inteligente, realidade aumentada, otimização de websites e processamento de linguagem natural. • Sensível à latência M2M - máquina a máquina – Inclui situações definidas pela velocidade, pois máquinas são capazes de processar dados muito mais rápido do que humanos. Exemplos incluem o mercado de arbitragem, rede elétrica, segurança inteligente, analytics em tempo real, distribuição de conteúdo com baixa latência e simulações das forças de defesa. • Crítico para a vida – Engloba casos de uso que impactam diretamente na saúde e segurança humana e onde a velocidade e a confiabilidade são vitais. Exemplos são o transporte inteligente, saúde digital, carros conectados e autônomos, drones e robôs.
Conclusão
Ainda não sabemos quais serão os impactos reais do 5G na infraestrutura de telecomunicações como um todo. O que está claro é a necessidade de haver uma mudança na abordagem dos designs e upgrades, tanto na infraestrutura da rede como na TI, para acomodar e possibilitar o 5G e as aplicações para as quais ele dará suporte. Também é certo que as ferramentas IoT, 5G e M2M demandarão que enormes quantidades de dados sejam processadas e armazenadas no edge. Portanto, haverá uma mudança de data centers centralizados para sites de edge com serviços de baixa latência. Há a necessidade premente de reimaginar e reavaliar a estratégia da infraestrutura e prepará-la para o futuro de uma eventual implementação de 5G.
Evolução dos sistemas DWDM e o fim do grid fixo no Brasil
O cenário nacional apresenta um forte crescimento das redes de transporte óptico utilizando a tecnologia DWDM, com destaque para os provedores regionais de Internet. O artigo apresenta as vantagens do grid flexível que, apesar do maior custo inicial em relação às tradicionais divisões de espectro fixas, é capaz de suportar os avanços das camadas de serviço de forma mais dinâmica e econômica ao longo do tempo.
Camilo Damião, Engenheiro de Telecomunicações especializado em redes ópticas de transporte (DWDM)
As redes DWDM - Dense Wavelength Division Multiplexing (multiplexação densa por divisão de comprimento de onda) estão operando comercialmente há aproximadamente 25 anos. Ganharam bastante tração a partir do início dos anos 2000, com a introdução da padronização dos grids (ou grades) de frequência pela norma ITU-T 694.1, de 2002. O documento previa uma divisão “fixa” do espectro óptico com espaçamento mínimo entre os canais de 12,5 GHz, ancorados à frequência central de 193,1 THz (Banda C ~ 1552,52 nm). Além disso, definiu grids que poderiam ser múltiplos inteiros desse espaçamento mínimo (25 GHz, 50 GHz e 100 GHz).
Esta padronização de frequências permitiu que os operadores de rede projetassem topologias que permitiam a adição e a extração de tráfego (canais) ao longo da rede através multiplexadores ópticos fixos (FOADMs). Isso facilitou a integração das redes DWDM e alavancou potencialmente a implementação da tecnologia ao redor do mundo.
O grid que se tornou amplamente utilizado foi o de 100 GHz, pois permitiu que lasers e filtros passivos ópticos fossem fabricados em volume com ampla margem (menor precisão) sem afetar o funcionamento dos sistemas que, à época, transmitiam sinais de baixas taxas e consequentemente baixa ocupação espectral.
As melhorias nos projetos de estabilidade dos lasers, junto com os avanços das tecnologias de multiplexação óptica (para aumentar o isolamento entre os canais DWDM adjacentes), levaram a implementações utilizando grids de espaçamento mais estreito, como o de 50 GHz.
Isso não só permitiu dobrar a capacidade de transmissão dos sistemas DWDM, mas também atualizar as redes ópticas de 100 GHz de espaçamento para 50 GHz à medida que a demanda de largura de banda crescia, através da instalação do interleaver (intercalador), componente que possibilitava a multiplexação do que chamamos de banda “par” e banda “ímpar” (figura 1).
Ou seja, imagine um sistema operando com espaçamento espectral de 100 GHz cujo multiplexador óptico tem suas frequências centrais operando na chamada banda “par” (192,1 THz; 192,2 THz; 192,3 THz...). Para atualizar esse sistema para um grid de 50 GHz, bastava colocar um novo multiplexador óptico com as frequências centrais em banda ímpar (192,15 THz; 192,25 THz; 192,35 THz...) e interligá-lo ao previamente instalado através do interleaver, que seria o responsável por multiplexar as bandas par e ímpar em um único sinal.
Anos 2010 - A ascensão do grid flexível e tecnologias de transmissão coerente
Se os anos 1990 a 2000 ficaram conhecidos como a era do grid fixo, no início de 2010 foi introduzida a primeira WSS - Wavelength Selective Switch de grid flexível. Em 2012 houve uma atualização do padrão ITU-T G.694.1, incluindo as regras que definiam os grids flexíveis, dando assim início ao que chamamos hoje de “redes elásticas”, que se utilizam da possibilidade trazida por essa nova geração de WSS de multiplexar sinais de diferentes ocupações espectrais em “porções” desiguais de espectro para um melhor aproveitamento do espectro óptico.
Após contextualizar a evolução das tecnologias de multiplexação óptica, vamos nos concentrar no progresso da capacidade de transmissão de um único comprimento de onda.
Na década de 2010 houve uma confluência de avanços tecnológicos, onde observamos também a ascensão das tecnologias de transmissão coerente, auxiliadas por desenvolvimentos dos componentes CMOS DSP (para implementar algoritmos complexos de detecção e correção de erros), que atenuaram os efeitos de dispersão usando processamento digital de sinal. A capacidade de transmitir taxas acima de 100 Gbit/s por longas distâncias foi possibilitada com esquemas de modulação muito mais complexos do que OOK, DPSK e DQPSK utilizados anteriormente.
As primeiras soluções coerentes adotavam modulação de ordem e taxa de transmissão de símbolos fixas. Com novos avanços na tecnologia dos DSPs, essas ordens de modulação e taxas de transmissão de símbolos se tornaram
programáveis através de software. O conceito criou soluções hoje conhecidas como “multi-haul”, por sua adaptabilidade a diversos cenários utilizando um mesmo hardware (transponder). Esse tipo de solução, com modulações de ordens e taxas de transmissão de símbolos selecionáveis, pavimentou o caminho para Fig. 1 - O interleaver (intercalador) possibilita a redes elásticas mais eficientes multiplexação das bandas “par” e “ímpar” em termos de ocupação espectral (figura 2). Com o constante aumento na demanda por banda, os esforços no desenvolvimento das tecnologias de transmissão tinham sempre dois objetivos principais: • Melhorar a eficiência espectral: foco das tecnologias que possibilitam a implementação de redes de grid flexível (evolução das tecnologias de multiplexação e WSS). • Reduzir o custo de transporte por bit: atingido com a rápida evolução das tecnologias dos DSPs, cada vez menores e mais velozes, capazes de enviarem mais símbolos por segundo, possibilitando o aumento da capacidade de transmissão e melhor relação custo versus capacidade de transmissão versus alcance.
Evolução dos DSPs: baudrate, modulação, capacidade de transmissão e ocupação espectral
Vamos nos aprofundar um pouco na razão pela qual um dos principais fatores na evolução dos DSPs utilizados na transmissão de sinais em redes DWDM é o aumento da capacidade de envio de símbolos por segundo (baudrate).
As primeiras gerações de tecnologias coerentes utilizavam DSPs capazes de operar em 32 Gbauds, ou seja, 32 G símbolos por segundo. Isso possibilitava transmitir 100 Gbit/s utilizando DP-QPSK como modulação. • DP - Dual Polarization (modulam-se as duas componentes do sinal óptico) = 2 • QPSK - Quadrature Phase Shift Keying (utiliza 2 bits por símbolo) = 2 • 32 Gbauds = 32 G símbolos enviados por segundo, logo:
Fig. 2 - Redes elásticas mais eficientes em termos de ocupação espectral
2 (duas polarizações da luz) x 2 (bits por símbolo) x 32G (baudrate)= 128 Gbit/s
Para transmitirmos um sinal de 200 Gbit/s usando esse mesmo DSP, o sinal precisaria ser modulado em DP-16QAM (4 bits por símbolo):
2 (duas polarizações da luz) x 4 (bits por símbolo) x 32G (baudrate)= 256 Gbit/s
Porém, ao utilizarmos uma modulação mais densa, diminuímos a tolerância desse sinal ao ruído, pois populamos a constelação do sinal com mais bits, o que faz com que tenhamos os bits mais próximos uns dos outros. A diminuição da tolerância ao ruído (OSNR) nos leva a um alcance menor.
Então como podemos melhorar essa relação de alcance versus capacidade de transmissão?
A resposta está no aumento da taxa de símbolos enviados por segundo. Se utilizarmos um DSP capaz de atuar com 64 Gbauds, poderíamos transmitir 200 Gbit/s utilizando uma modulação menos densa, mais tolerante ao ruído e,
consequentemente, com um alcance superior aos 200 Gbit/s modulados em DP-16QAM do exemplo acima.
2 (duas polarizações da luz) x 2 (bits por símbolo) x 64G (baudrate)= 256 Gbit/s
Os avanços tecnológicos dos DSPs também possibilitaram a diminuição do custo de transporte por bit. O aumento da taxa de envio de símbolos por segundo não encarece esse componente proporcionalmente ao aumento da relação da capacidade de transmissão. Logo podemos dizer que DSPs mais “rápidos” aumentam a capacidade de transmissão e possibilitam também a utilização de modulações menos densas, que por sua vez aumentam o alcance, tendo por fim uma redução do custo por bit transmitido (figura 3).
Porém, devemos lembrar que a taxa de envio de símbolos de um transponder é proporcional à sua ocupação espectral. Quanto mais dados queremos transportar pelo maior alcance possível, mais espectro vamos utilizar. Dessa forma, para podermos gerenciar o espectro de maneira mais eficiente, a implementação do grid flexível é imprescindível.
Fig. 3 - Os avanços tecnológicos dos DSPs também possibilitaram a diminuição do custo de transporte por bit
Fig. 4 - Recorde de tráfego registrado no Brasil no dia 7 de março de 2021
Cenário brasileiro Problemas atuais e o fim do grid fixo
O cenário nacional apresenta um crescimento muito forte em redes de transporte óptico utilizando DWDM, com destaque para os provedores regionais de Internet, que se tornaram os principais responsáveis pelo crescimento da malha óptica no país. Juntamente com essa tendência, iniciou-se um processo de popularização da tecnologia DWDM. Esse movimento foi novamente acelerado pelo súbito aumento de demanda por banda causado pela pandemia em 2020 (figura 4) e continuou em alta com a iminência da implantação das redes 5G no país.
O mercado de provedores no Brasil segue um processo natural de maturação e historicamente não estava habituado a lidar com projetos DWDM, que exigem um processo de compras mais estruturado, em que se deve buscar sempre o melhor TCO – custo total de aquisição e não somente o menor custo dos equipamentos que compõe a solução inicial (Capex), de forma a possibilitar o máximo retorno financeiro sobre o investimento ao longo dos anos.
Isso levou à implementação de muitas redes de longa distância utilizando grid fixo nos últimos anos, devido ao menor custo de Capex. Como já pontuado neste artigo, redes de grid fixo impõem limitações à utilização das tecnologias capazes de prover comunicações de maiores taxas de transmissão com maiores alcances e custos reduzidos. Essa limitação é mais impactante num país de dimensões continentais, que exige desenhos de redes de transporte que possam oferecer a melhor relação quanto ao custo, capacidade de transmissão e alcance, como mencionado anteriormente.
Muitos provedores já estão sofrendo com as redes recentemente implantadas e estão se vendo obrigados a reinvestir para adequar
suas redes DWDM de maneira que possam suportar os avanços tecnológicos das camadas de serviço. Isto é motivado principalmente pelo fator financeiro. Com a crescente demanda por banda, impulsionada pela chegada do 5G e ainda pelo reflexo da pandemia, a melhor solução para atender à necessidade de maiores capacidades de transporte são as redes de grid flexível.
Para entender um pouco do impacto financeiro causado pela escolha de uma rede de grid fixo no cenário atual, vamos observar o gráfico da figura 5. A linha azul representa um projeto de grid fixo de longa distância, que suportaria apenas expansões em canais de 100 Gbit/s ao longo do tempo. A linha rosa um projeto de grid flexível, que suportaria canais de 400 Gbit/s neste primeiro momento (com o passar dos anos novas tecnologias podem surgir e reduzir ainda mais o custo de transporte desta rede).
Fig. 5 – Comparativo de Capex do DWDM Inicialmente, num horizonte curto, o projeto de grid fixo oferece menor custo, porém, conforme a demanda por banda aumenta e o sistema começa a transportar mais canais e dados, o custo do grid flexível tornase cada vez menor em relação ao primeiro projeto e essa distância só aumenta. Isso sem considerar que a capacidade total de transmissão é muito superior. Isso ocorre porque o transponder é o componente de maior valor dentro de uma solução DWDM. Logo, faz sentido pagar mais incialmente em uma camada óptica de grid flexível que possibilite a aquisição de transponders de custo cada vez menor ao longo do tempo. Observando a figura 5, fica evidente que não há mais espaço para o grid fixo em redes DWDM de longa distância. Quem quer extrair o máximo de suas redes de transporte deve investir em soluções que suportem grid flexível.
Camilo Damião é Engenheiro de Telecomunicações formado pelo Inatel. Conta com mais de 10 anos de experiência, tendo atuado em praticamente todos os setores dentro da área de redes ópticas de transmissão e nos principais fabricantes. Responsável por capacitar mais de 1000 alunos para atuar com redes DWDM. Site: www.cursodwdm.com.br
Publicada a revisão da norma brasileira de caminhos e espaços –ABNT NBR 16415:2021
O artigo traz as principais alterações da primeira revisão da ABNT NBR 16415:2021, norma brasileira de caminhos e espaços para cabeamento estruturado, publicada no dia 20 de outubro de 2021. Engenheiros, arquitetos e outros profissionais de engenharia de telecomunicações e redes encontrarão no documento o que precisam para projetar caminhos e espaços para sistemas de cabeamento estruturado em edifícios monousuário e multiusuários.
Paulo S. Marin, Doutor em EMI/EMC aplicada à infraestrutura de TI e Coordenador da CE 003:046.005 ABNT/Cobei
AABNT NBR 16415:2021 Caminhos e espaços para cabeamento estruturado especifica a estrutura e os requisitos para os caminhos e espaços, dentro ou entre edifícios, para troca de informações e cabeamento estruturado de acordo com a ABNT NBR 14565 (cabeamento estruturado para edifícios comerciais). Em outras palavras, ela especifica a infraestrutura através da qual os cabos são lançados para interligar os espaços de telecomunicações dentro de edifícios e se aplica a redes locais e redes de campus. Como todas as normas de cabeamento estruturado, a ABNT NBR 16415:2021 não se aplica a redes metropolitanas, sendo então restrita a ambientes delimitados em propriedades privadas, ou seja, aquelas sobre as quais o proprietário ou operador da rede tem total controle.
Como costumo fazer cada vez que apresento uma nova norma ou revisão, como é o caso aqui, começo com uma breve revisão do funcionamento do sistema brasileiro de normalização. A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas é o foro nacional de normalização, ou seja, uma norma brasileira deve, necessariamente, ser homologada e publicada pela ABNT para receber o status de norma brasileira. O conteúdo de uma norma brasileira é de responsabilidade dos comitês brasileiros (ABNT/CB) e as normas são elaboradas normalmente por comissões de estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalização. A propósito, eu publiquei um vídeo em meu canal no YouTube explicando esse processo (https://youtu.be/ bMVS32AGNQY).
Portanto, a CE 003:046.005 é uma comissão de estudo que pertence ao CB-3 da ABNT, que é o Cobei Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações. As normas brasileiras de cabeamento estruturado são desenvolvidas por essa CE.
Ainda, tratando do tema normalização no Brasil, é importante explicar como nasce uma norma ABNT NBR. Há basicamente dois caminhos para o desenvolvimento de uma norma brasileira, ela pode ser elaborada a partir de: • Uma necessidade local e sem relação com outras normas internacionais (ISO, IEC, ISO/IEC). • Uma norma internacional similar publicada.
Quando uma norma brasileira é baseada em uma norma internacional, há ainda dois outros caminhos possíveis. Ela pode: • ser uma tradução exata e integral da norma ISO, IEC ou ISO/IEC utilizada como referência, gerando uma norma ABNT NBR ISO, ABNT NBR IEC ou ABNT NBR ISO/IEC mantendo o código da norma original;
• utilizar partes traduzidas e/ou adaptadas da norma internacional utilizada como referência juntamente com conteúdo novo gerado dentro de uma comissão de estudo, dando origem a uma norma nova ABNT NBR, com um código novo designado pela ABNT.
A maioria das nossas normas é baseada em ISO/IEC com adaptações e inclusões de conteúdos locais.
A ABNT é membro fundador da ISO International Organization for Standardization. Portanto, apenas ISO, IEC ou ISO/IEC podem ser utilizadas como referência para a geração de normas ABNT NBR. Normas desenvolvidas por outras associações locais ou regionais de outros países (TIA, BICSI, CSA, Cenelec, etc.) não podem ser utilizadas como referência para a geração de normas brasileiras ABNT NBR.
Publicada em 20 de outubro de 2021, esta norma é um excelente recurso para o projetista do edifício para que este esteja preparado para atender aos requisitos dos sistemas de telecomunicações que serão distribuídos aos seus usuários.
Conforme mencionado na introdução deste artigo, o escopo da NBR 16415:2021 é a especificação da estrutura e requisitos para caminhos e espaços, dentro e entre edifícios, para troca de informações e cabeamento estruturado. Como acontece com todas as especificações que compõem o conjunto de nossas normas para cabeamento estruturado, a NBR 16415 utiliza a NBR 14565 (cabeamento estruturado para edifícios comerciais) como base e, portanto, considera os subsistemas de cabeamento especificados nela, assim como meios físicos, configurações de distribuição, ensaios, etc.
A NBR 16415:2021 está organizada em seis seções, conforme detalhado a seguir: 1. Escopo 2. Referências normativas 3. Termos, definições, símbolos e abreviaturas 4. Requisitos gerais 5. Espaços para cabeamento estruturado 6. Caminhos para cabeamento estruturado
E quatro anexos: • Anexo A: Infraestrutura comum em edifícios multiusuários • Anexo B: Ocupação de eletrodutos, eletrocalhas, canaletas e pisos monolíticos • Anexo C: Dimensionamento de prumadas • Anexo D: Sistemas corta-fogo
Bibliografia As seções compõem o texto-base da norma, ou seja, o núcleo do documento com todas as especificações e recomendações que se aplicam ao seu objeto. Os anexos são complementares ao texto-base e divididos em dois tipos: informativo e normativo. Um anexo informativo é para conhecimento e tem a função de recomendação. Um anexo normativo, por outro lado, tem a função de especificar uma prática, técnica ou metodologia. A figura 1 mostra a distribuição de caminhos e espaços dentro de um edifício monousuário, conforme especificado pela NBR 16415. Conforme a figura 1, os espaços são posicionados dentro do edifício para a distribuição dos subsistemas Fig. 1 – Estrutura de caminhos e espaços para cabeamento estruturado em edifícios monousuário. Fonte: de cabeamento e serviços correspondentes. Os caminhos ABNT NBR 16415:2021 fazem a conexão física entre os espaços de telecomunicações dentro de um edifício e entre edifícios, em uma configuração de rede de campus. Os espaços são classificados em dois tipos: espaços de telecomunicações (todos os espaços utilizados para a distribuição de telecomunicações) e espaços de telecomunicações que contêm os distribuidores do cabeamento estruturado; exemplos destes são a sala de equipamentos e as salas de telecomunicações. Portanto, os seguintes espaços são definidos e especificados na NBR 16415:2021, entre outros: • Sala de entrada: espaço que recebe os cabos de backbone de campus, de edifício e das operadoras. • Sala de equipamentos: espaço que abriga equipamentos ativos, terminações de cabos e distribuidores. • Sala de telecomunicações: espaço responsável pela distribuição do subsistema de cabeamento horizontal.
Fig. 2 – Distribuição de cabeamento com salas de telecomunicações adjacentes
• Área de trabalho: espaço no qual os usuários da rede interagem com os serviços distribuídos por meio do cabeamento estruturado no edifício. • Área de cobertura: espaço no qual dispositivos do sistema de automação do edifício, entre outros, são conectados ao cabeamento estruturado. • Espaço da operadora: recebe os circuitos e serviços provenientes das operadoras de telecomunicações para distribuição ao longo do edifício. • Espaços alternativos: espaços que podem ser utilizados como alternativa aos espaços de telecomunicações definidos na norma, quando estes não são viáveis.
Normalmente, um edifício ou campus tem uma sala de equipamentos e diversas salas de telecomunicações. Em uma configuração ótima, cada pavimento de um edifício monousuário (figura 1) deve ter uma sala de telecomunicações para a distribuição do subsistema de cabeamento horizontal, pois os caminhos horizontais devem terminar nela. Em casos em que essa configuração não seja possível, a norma prevê a alocação de salas de telecomunicações em pavimentos adjacentes aos que são atendidos por elas. Como exemplo, em configuração ótima, um edifício de cinco pavimentos deve ter cinco salas de telecomunicações. No entanto, segundo a NBR 16415, duas salas de telecomunicações podem dar conta da distribuição do cabeamento horizontal dos cinco pavimentos, conforme mostrado na figura 2.
Entre as recomendações da ABNT NBR 16415:2021, algumas são de fundamental importância para o bom desempenho do projeto: • os espaços de telecomunicações devem ser localizados em posições centrais em relação às áreas atendidas por eles; • deve ser mantida pressão de ar positiva nos espaços de telecomunicações para evitar o ingresso de poeira e contaminantes diversos; • encanamentos de água e drenos não devem passar pelos espaços diretamente sobre o cabeamento, racks, gabinetes, equipamentos, etc.
Entre as especificações e recomendações que se aplicam aos espaços de telecomunicações, a NBR 16415:2021 traz o dimensionamento de portas (altura e largura mínimas), altura livre mínima do piso elevado, requisitos de iluminação, requisitos ambientais (nos espaços que requerem climatização), dimensões de racks e gabinetes, requisitos de distribuição elétrica, etc.
Para finalizar a discussão sobre os espaços de telecomunicações, apresento um exemplo de dimensionamento de um espaço de telecomunicações que contém distribuidores (figura 3).
As dimensões mostradas na figura 3 estão sujeitas a regras e especificações detalhadas na norma, que também especifica as posições das luminárias, eletrocalhas, portas (e aberturas de portas), aberturas para passagens de cabos, interruptores e tomadas elétricas, etc. no interior dos espaços de telecomunicações.
Caminhos para cabeamento estruturado
A ABNT NBR 16415:2021 estabelece que os caminhos sejam projetados e instalados para oferecer proteção adequada ao cabeamento para assegurar seu desempenho de transmissão esperado durante seu ciclo de vida. Devem ser projetados conforme os requisitos do cabeamento a ser instalado em conformidade com as normas ABNT NBR 14565 (cabeamento estruturado para edifícios comerciais), ABNT NBR 16264 (cabeamento estruturado residencial), ABNT NBR 16521 (cabeamento estruturado industrial) e ABNT NBR 16665 (cabeamento estruturado para data centers), de acordo com o ambiente de instalação. O planejamento dos caminhos e a seleção da estrutura de caminhos mais adequada devem ser feitos com base nos subsistemas do cabeamento, ou seja, backbone de campus (quando aplicável), backbone de edifício e cabeamento horizontal.
As quantidades e as dimensões dos cabos, seus raios mínimos de curvatura, bem como previsão para expansão futura,
devem ser considerados para o dimensionamento do caminho e estar em conformidade com as instruções fornecidas pelos fabricantes ou fornecedores dos cabos e sistemas de caminhos.
A norma especifica os seguintes tipos de estruturas de caminhos, entre outros: • Canaleta: estrutura metálica ou não metálica com um ou mais compartimentos para a passagem de cabos, com ou sem tampa. • Eletrocalha: estrutura com uma base e laterais que oferece compartimentos para a passagem de cabos. Pode ser em chapa metálica ou não, perfurada ou lisa, com ou sem tampa. • Leito: estrutura aberta composta por laterais longitudinais unidas por barras transversais. Pode ser do tipo metálica e não metálica. • Eletroduto: estrutura fechada de seção circular, metálica ou não. • Piso elevado: pode ser instalado com placas removíveis ou monolítico para a passagem de cabos em seus vãos livres. • Caminhos em mobiliários de escritório: canaletas construídas dentro dos móveis de escritório destinados à passagem de cabos do cabeamento estruturado.
A ABNT NBR 16415:2021 traz especificações e recomendações para o dimensionamento dos diversos caminhos reconhecidos, determinação de suas capacidades, tanto em termos de carga quanto quantidade de cabos, empilhamento máximo, distâncias entre suportes, etc.
No caso de uso de eletrodutos, as distâncias máximas entre caixas de passagem, quantidades e tipos de curvas, ocupação máxima, etc., são especificadas na norma. A norma reconhece também os ganchos tipo “J”, estruturas de caminhos não contínuos utilizados em cabeamento aéreo e sob pisos elevados. As especificações e recomendações para o uso desses suportes são detalhadas no texto-base da norma.
Os caminhos subterrâneos são especificados na norma e, ao serem projetados, os locais dos pontos de acesso e as distâncias entre eles devem considerar o tipo de cabo (e sua classificação ambiental), sua tensão máxima de tração, o método de instalação mais adequado, os requisitos para expansão futura do cabeamento, etc. Os caminhos subterrâneos podem ser implementados por meio de eletrodutos colocados em valas e cobertos por terra ou por cabos enterrados diretamente. Nesse caso, cabos fabricados para essa finalidade específica devem ser utilizados. Portanto, as profundidades de caminhos subterrâneos abaixo da superfície acabada do solo são especificadas na NBR 16415:2021. Essas distâncias são definidas para localidades de acesso de pessoas, estacionamentos, ruas, áreas de jardins, etc.
A NBR 16415:2021 especifica caminhos aéreos para a passagem de cabos de telecomunicações e do cabeamento estruturado entre postes. Os caminhos aéreos podem ser compartilhados ou dedicados. Ambos os tipos são cobertos pela norma. Vários fatores devem ser considerados no projeto e na instalação de caminhos aéreos de cabos, como carga mecânica, distância entre postes, umidade, temperatura, esforços causados por ventos, etc. O cabeamento de telecomunicações deve ser instalado abaixo dos cabos de energia elétrica quando houver
compartilhamento de poste. No entanto, os critérios de separação entre cabos de telecomunicações e cabos da rede elétrica devem estar de acordo com regulamentações locais. A rota do cabeamento de telecomunicações deve manter as alturas livres mínimas, ou seja, distância entre o plano do piso acabado e os cabos aéreos, conforme especificações detalhadas na NBR 16415:2021. Para finalizar a discussão sobre caminhos do cabeamento estruturado, a norma cobre instalações externas (ou planta externa), conforme mostrado na figura 4.
Os caminhos de cabos entre edifícios podem usar uma variedade de estruturas subterrâneas, aéreas e espaços como caixas de passagem, poços de visita, etc., construídos para auxiliar na instalação dos cabos e sistemas de cabeamento estruturado e de telecomunicações. Os caminhos e espaços subterrâneos podem ser dedicados ao cabeamento estruturado ou compartilhados, como um túnel.
Fig. 3 – Exemplo de dimensões de um espaço de telecomunicações que contém distribuidores. Fonte: ABNT NBR 16415:2021
Infraestrutura comum em edifícios multiusuários
O Anexo A (normativo) cobre o projeto do cabeamento estruturado em espaços comuns em edifícios multiusuários tais como edifícios residenciais, comerciais e ambientes de campus. Ao contrário de edifícios monosuário (ver figura 1), os edifícios multiusuários são utilizados por diversos usuários, inclusive em um mesmo pavimento, de modo que os espaços de telecomunicações devem ser projetados e
implementados de forma adequada a esses ambientes.
A figura 5 mostra um exemplo de distribuição de caminhos e espaços em edifícios multiusuários.
Os espaços de telecomunicações de uso comum são identificados pela letra “C”, como em CTR (commom telecommunications room) e CER (commom equipment room). Esses espaços são similares em natureza às salas de telecomunicações (TR) e às salas de equipamentos (ER), porém com critérios específicos de dimensionamento, planejamento da instalação, layout, etc. O Anexo A cobre esses aspectos em detalhes.
Fig. 5 – Caminhos e espaços de uso comum em edifícios multiusuários. Fonte: ABNT NBR 16415:2021 ie x Hie) e cabos balanceados de quatro pares sem blindagem (U/UTP) com 6 mm de diâmetro externo, teremos como resultado que 70 segmentos desses cabos poderão ser instalados nessa eletrocalha, considerando o fator de ocupação especificado na norma.
O Anexo B (normativo) da NBR 16415:2021 traz especificações para a determinação da taxa de ocupação dos caminhos de cabos reconhecidos pela norma. Os caminhos sujeitos às especificações desse anexo são aqueles constituídos por eletrodutos (circulares), eletrocalhas e canaletas (em perfil “U”) e pisos monolíticos.
Ao contrário da revisão anterior, em vez de trazer tabelas com as ocupações de eletrodutos, eletrocalhas, canaletas e pisos monolíticos com base na categoria de desempenho de cabos balanceados de quatro pares (categoria 5e, categoria 6, categoria 6A, categoria 7, etc.), a NBR 16415:2021 traz conjuntos de fórmulas e métodos de aplicação para a determinação da capacidade desses elementos de caminhos com base nos diâmetros externos dos cabos. Para facilitar a aplicação do anexo, exemplos práticos de cálculos de ocupação são apresentados.
A figura 6 mostra um exemplo de uma eletrocalha em perfl “U”.
Aplicando-se o método de determinação de ocupação de eletrocalhas do Anexo B para uma eletrocalha com dimensões 100 mm x 50 mm (L
Dimensionamento de prumadas para edifícios
O Anexo C (informativo) traz recomendações sobre o dimensionamento de prumadas em edifícios e cobre edifícios monousuário e multiusuários. Entre as recomendações e especificações, esse anexo trata dos seguintes temas, entre outros:
• Como dimensionar os shafts com base na área útil de piso. • Como dimensionar a quantidade de shafts por piso. • Onde os shafts devem ser posicionados no edifício. • Dimensões de perfurações de lajes para passagens de cabos. • Como e onde conectar shafts localizados no mesmo piso. • Como posicionar as CTR e CER em relação aos shafts em edifícios multiusuários.
Sistemas corta-fogo
O Anexo D (informativo) traz orientações quanto ao uso de sistemas corta-fogo em edifícios nos quais são lançados cabos de telecomunicações e de cabeamento estruturado. Entre suas recomendações estão: • Todas as aberturas, perfurações, cortes para passagens de caminhos de cabos devem prevenir a propagação de gases tóxicos e fogo através delas.
• Todos os espaços de telecomunicações e outros espaços da rede devem ser considerados no sistema corta-fogo. • Sistemas de vedação corta-fogo devem ser instalados em sistemas de eletrodutos, eletrocalhas e cabos para proteção contra fogo, gás e água.
As recomendações sobre o tempo de contenção da propagação de fumaça, fogo e gases tóxicos são também detalhadas nesse anexo, assim como as classificações ambientais dos materiais utilizados no sistema corta-fogo.
Para finalizar este artigo, a ABNT NBR 16415:2021 é bastante abrangente e ao mesmo tempo de aplicação prática. Com 46 páginas e em fase com a normalização internacional do setor, ela é uma norma essencial ao projetista do edifício que receberá o cabeamento de telecomunicações e também ao profissional de cabeamento estruturado.
Enfim, engenheiros civis, engenheiros eletricistas, arquitetos e outros profissionais de engenharia de telecomunicações e redes certamente encontrarão na NBR 16415:2021 o que precisam para projetar caminhos e espaços para sistemas de cabeamento estruturado em edifícios monousuário e multiusuários.
Fig. 6 – Exemplo de canaleta em perfil “U” e sua seção transversal. Fonte: ABNT NBR 16415:2021
Micro-POP: solução convergente de vBNG e OLT
Este artigo descreve uma abordagem que combina funções de redes OLT e vBNG em um único e consolidado elemento de rede baseado em software, chamado de Micro-PoP, que simplifica o acesso banda larga apoiado em tecnologias PON e incrementa a qualidade de conexão à Internet em locais como parques industriais ou zonas rurais.
Ricardo Pianta, CEO da Venko Networks
Um PoP - Ponto de Presença para tecnologia FTTx é usualmente composto de uma série de dispositivos para executar as funções necessárias de provimento de acesso à Internet aos usuários finais. Suas funções básicas são: • AAC - Autenticação/Autorização/ Contabilização - Identificação dos clientes e autenticação para acessar um serviço específico. • Atribuição de endereço - O processo AAC colabora com servidores RADIUS para assinalar endereço de um grupo específico de assinantes. • Gerenciamento de banda/QoS - A função assegura que cada cliente receba acesso banda larga de acordo com seu respectivo contrato. • OLT – O ponto físico final de uma rede passiva óptica, que converte o sinal elétrico em sinais ópticos usados em uma rede PON. • Agregação – Conjunto de diversas OLTs em um único gateway de rede banda larga (BNG).
Tipicamente, essas funções são realizadas por elementos específicos da rede, os quais podem estar distribuídos entre diferentes sites. Estabelecer um PoP não é trivial e envolve dispositivos distintos como OLTs, switches, roteadores e servidores. Os PoPs também podem variar bastante em termos de tamanho, atendendo de algumas centenas até vários milhares de clientes. Em uma abordagem tradicional, um grande e escalável BNG – Broadband Network Gateway está localizado no provedor regional central, com as OLTs distribuídas geograficamente.
Em circunstâncias em que a concentração de assinantes é pequena ou a infraestrutura local restrita, o Micro-PoP pode ser mais adequado. Ele representa um serviço completo de acesso banda larga em uma única caixa, com todos os componentes requeridos, suportando até 256 assinantes em um acesso compartilhado de 10 Gbit/s.
Fig. 2 – Acesso dedicado banda larga em fibra para pequenas comunidades
Como alternativa, é possível incorporar um modem 5G como redundância ou o principal uplink de transporte banda-larga. O Micro-PoP pode ser apropriado em locais como áreas rurais com pequenos vilarejos, parques industriais, condomínios ou telhados de prédios comerciais e regiões portuárias.
Na perspectiva de negócios, o Micro-PoP permitiria a pequenos empreendedores implementar serviços de acesso banda larga com um pequeno investimento. Já para o usuário final, a velocidade de 10 Gbit/s traria benefícios para pequenas localidades e ofereceria alcance expandido para áreas remotas ou rurais.
O papel do software
Uma abordagem orientada a software permitiu um espectro de modelos de implementação e tecnologias a serem adotadas, provendo inúmeros benefícios aos provedores regionais, como maior eficiência de espaço, energia e escalabilidade granular, além de facilidades de manutenção e atualizações.
A performance para essa abordagem é muito acelerada por tecnologias como o DPDK - Data Plane Development Kit, o qual provê processamento altamente otimizado de pacotes em software, intimamente ligado a um processador com instruções nativas e funcionalidades que aceleram o processamento de pacotes para funções de acesso de rede como o vBNG Gateway de Rede Banda Larga Virtual.
A flexibilidade de uma abordagem centrada no software também provê significativos benefícios para os provedores de serviços com soluções consolidadas, como BNG e OLT-PON.
Casos de uso para o Micro-PoP
A solução proposta requer uma mínima infraestrutura que permite conectividade para áreas remotas onde o pequeno número de assinantes inviabilizaria uma implementação tradicional. Por exemplo, em um complexo residencial ou pequeno vilarejo, o Micro-PoP poderia derivar acesso de um provedor centralizado e distribuí-lo (figura 1).
Tecnologias como XGS-PON de 10 Gbit/s são capazes de atender uma distância de até 20 km entre usuários mais afastados, habilitando uma grande área geográfica coberta (figura 2).
O suporte à conectividade simétrica faz das soluções XGS-PON especialmente adequadas para aplicações corporativas como conexões LAN a LAN. O Micro-PoP é, portanto, apropriado para áreas com alta demanda de banda larga, como parques industriais, onde há concentração de empresas em uma localidade específica.
Com a inclusão de uma tecnologia de acesso no Micro-POP, como 4G ou 5G, a solução pode trazer benefícios adicionais em locais onde a presença de fibra é restrita. A possibilidade de incluir diferentes tecnologias de acesso possibilita habilitar estratégias de alta disponibilidade baseadas em SD-WAN.
Em um cenário típico, todo tráfego deve ser desviado para a Internet o mais próximo possível do Micro-PoP. Isto não é necessariamente preciso para controle de tráfego, o qual pode ser centralizado de forma a melhorar o gerenciamento de implementações em alta escala.
O plano de controle do Micro-PoP pode ser centralizado e rodar, por exemplo, na nuvem pública (figura 3). Nesse cenário, um cliente de VPN Ethernet local (EVPN) cria uma camada adicional de rede LAN que faz uso de múltiplos uplinks (tipicamente um uplink de fibra de alta velocidade com redundância móvel 4G ou 5G). Através de uma EVPN redundante e alta disponibilidade de todos os uplinks, o Micro-PoP tem um alcance incrementado, mesmo no caso de falhas em links. Ao mesmo tempo, o desvio para Internet assegura que o custo de tráfego para as infraestruturas de nuvem mantém-se competitivo.
Fig. 4 - Silicom Cordoba e Madrid, uCPE baseado em processador Intel Atom
Fig. 5 - Micro OLT plugável Tibit Fig. 6 – Arquitetura de software do Micro-PoP
Em combinação com o cliente SD-WAN rodando no Micro-PoP, o princípio de CUPS - Separação de Controle e Plano de Usuário é explorado para reduzir os custos operacionais pelo gerenciamento remoto de centenas de pequenos dispositivos.
A centralização de controle também leva ao melhor suporte para mobilidade dos usuários. Novas abordagens de arquitetura, as quais apontam na direção da integração de redes de acesso fixas em redes centrais 5G, são simplificadas pelo uso de túneis de overlays. Contudo, o plano de controle do Micro-PoP pode permanecer fisicamente colocalizado com o plano de dados, como possivelmente será o caso de pequenas instalações com somente poucos Micro-PoPs (figura 3).
Visão geral da solução Micro-PoP
A seguir serão apresentados os componentes principais de hardware e arquitetura de software de um projeto de solução Micro-PoP.
Componentes de hardware
Os componentes de hardware da solução proposta são os seguintes: • uCPE Silicom uCPE 1U. • Fonte de energia interna com fonte externa opcional para redundância. • Processador Intel Atom C3000 Series ou Processador Intel Xeon D. • 2x Tibit MicroPlug OLT SFP. • 4 x 10GbE Intel Ethernet Server Adapter X710 SFP+. • 1GbE Admin Port. • Dual 4G/5G sim card.
Um Micro-PoP baseado no processador Intel Atom pode ser implementado nos uCPEs da plataforma Silicom Cordoba ou Madrid (figura 4).
Uma inovação chave dessa solução é a inserção de um OLT plugável, o MicroPlug OLT (figura 5), em duas portas de propósito geral, como um Intel Ethernet 700 Series Network Adapter 4x10G NIC.
O MicroPlug OLT Tibit é um pequeno dispositivo plugável, de baixa potência e custo, que permite uma porta Ethernet de alta performance se transformar em uma porta XGS-PON. Ele provê grande flexibilidade na ponta, habilitando switches, roteadores, ou praticamente qualquer dispositivo com uma porta Ethernet se tornar um aparato FTTx. Por definição, é uma solução de rede definida por software (SDN) que pode ser gerenciada de qualquer local do provedor de serviço de infraestrutura, até mesmo na nuvem. A arquitetura de software da solução Micro-OLT é mostrada na figura 6.
Conclusão
A tendência da desagregação no setor de telecomunicações criou um grande espaço para inovação. Quando agregamos peças separadas, enormes oportunidades de combinação criativas são possíveis, aproveitando também as vantagens de equipamentos de alta performance e a flexibilidade do software como protagonista da solução.
A crescente disponibilidade de redes de fibra oferece perspectiva de acessos de ultra banda larga onde a concentração de clientes não é suficiente para implementação em escala. Nessa situação, o uso do Micro-PoP é ideal, uma vez que demanda pouco investimento e inclui toda a flexibilidade de configurações necessárias aos provedores regionais em oferecer seus serviços.
O conceito do Micro-PoP traz uma possibilidade concreta para os provedores aumentarem substancialmente sua potencial base de clientes, com uma solução elegante, economicamente atraente e de alto valor agregado em tecnologia.
Artigo resumido e adaptado do white paper Micro-PoP – A Converged vBNG and OLT Solution, produzido por um grupo de profissionais da Venko Networks, Intel, Tibit, Silicom e BISDN. O documento original em inglês está disponível em: https://intel.ly/3luzbVn.
Gestão de infraestrutura automatizada (AIM)
A cada ano as redes se tornam mais complexas. Possuem mais dispositivos, mais usuários e mais problemas potenciais. Os sistemas de gestão de infraestrutura automatizada (AIM) simplificam a administração graças a suas capacidades de monitoramento do cabeamento em tempo real. Padronizada internacionalmente, a solução reduz os processos manuais demorados, geram ordens de serviço eletrônicas e permitem a administração guiada de mudanças de conectividade.
Àmedida que o mundo dos negócios e da tecnologia continua a evoluir, a infraestrutura de rede deve melhorar. Não temos escolha. Temos que conectar mais pessoas em maiores velocidades em mais lugares do que nunca.
No entanto, à medida que o desempenho da rede aumenta, a complexidade aumenta. A arquitetura leaf-spine em malha e as conexões ponto-multiponto dificultam o gerenciamento e a supervisão ordenados dessas redes. Além disso, o espaço está cada vez mais caro, o que gera densidades mais altas nas portas nos racks e um aumento na chance de erros humanos. E com equipes cada vez menores, a pressão sobre as pessoas é maior.
Felizmente, os gerentes de rede têm sistemas de gestão de infraestrutura automatizada (AIM) para apoiá-los e essa tecnologia revolucionária é descrita em mais detalhes neste artigo.
Vamos começar com a definição formal de AIM pela ISO/IEC: uma solução de gestão de infraestrutura automatizada (AIM) é um “sistema de hardware e software integrado que detecta automaticamente a inserção ou remoção de cabos e documenta a infraestrutura de cabeamento, incluindo equipamentos conectados, permitindo o gerenciamento da infraestrutura e a troca de dados com outros sistemas”. Com suas capacidades variadas e poderosas, desde o gerenciamento e integração de conectividade até a redução de MTTR – tempo médio entre reparos, a AIM desempenha um papel importante no planejamento, administração e crescimento de redes corporativas.
Os sistemas AIM permitem que as equipes vejam, gerenciem e otimizem o ambiente conectado em tempo real, aprimorando a capacidade de gerenciar os seguintes problemas: • Documentação da infraestrutura de cabeamento. • Detecção automática da inserção e remoção de cabos. • Descoberta de dispositivos de rede e informações de sua localização. • Monitoramento em tempo real das alterações de conectividade.
CommScope
Como é um sistema AIM?
A camada física da rede (cabeamento estruturado) é equivalente à rede rodoviária local. Fornece os meios para transportar pacotes. Se isso compreendesse apenas estradas, saídas e rotatórias, seria fácil e atenderia ao propósito pretendido sem problemas.
No entanto, todas as nossas infraestruturas estão ficando mais inteligentes. Estamos adicionando sensores de tráfego, câmeras para monitorar a ocupação e detectar
Fig. 1 – Sem AIM, há apenas uma conexão elétrica/óptica entre os equipamentos nas extremidades
problemas, painéis eletrônicos para alertar os motoristas e até mesmo câmeras de velocidade. Tudo isso para gerenciar melhor a complexidade da “malha viária”.
Um sistema AIM é a sobreposição inteligente na rede de cabeamento. Descreveremos os principais elementos mais tarde, mas consiste em hardware (painéis inteligentes, controlador e servidor do sistema) e software de gerenciamento, cuja função é ser o cérebro do sistema.
Os sistemas AIM documentam a infraestrutura de cabeamento fim a fim, incluindo: • Dispositivos conectados à rede. • Monitoramento e gerenciamento em tempo real da conectividade em toda a rede. • Topologias de cabeamento diversificadas e complexas. • Redes em edifícios inteligentes, data centers e campi inteligentes.
É importante observar que, embora a detecção inicial de conectividade geralmente seja realizada por meios elétricos, eletrônicos, eletromecânicos ou ópticos, as diferentes funções e recursos que usam esses dados são implementados no software.
À medida que mais aplicativos e serviços chegam ao mercado, cada um oferecendo vantagens em tempo, dinheiro ou eficiência, logo torna-se impraticável monitorar e gerenciar a rede manualmente. Graças a vários padrões TIA, Cenelec e ISO, como ISO/IEC 18598, o papel e o potencial das soluções AIM em edifícios conectados e eficientes estão agora estabelecidos, revelando um mundo potencial para empresas.
É possível gerenciar uma infraestrutura sem AIM?
A melhor maneira de responder a esta pergunta é perguntar àqueles que estão trabalhado com AIM há algum tempo; a maioria deles não gostaria de voltar ao velho e tradicional método para gerenciar a infraestrutura.
É difícil imaginar residências sem acesso banda larga ou viver sem smartphones. No entanto, embora a AIM esteja sendo amplamente adotada em empresas e data centers, os métodos manuais persistem. As planilhas são frequentemente usadas para manter um registro “analógico” de sistemas de conectividade, mas as desvantagens estão cada vez mais sendo destacadas.
Os métodos tradicionais de documentação manual são menos eficientes, propensos a imprecisões e mais demoradas. Além disso, não importa o quão diligente, cuidadoso seja a equipe, erros humanos surgirão. Os sistemas de gestão de infraestrutura automatizada não são apenas eficientes e economizam tempo; eles estão se tornando indispensáveis para apoiar as necessidades de documentação da rede com alto grau de confiabilidade e disponibilidade.
Algumas tarefas não são possíveis sem o AIM
Rastreamento de circuito fim a fim
Todo gerente e técnico de cabeamento sabe como pode ser frustrante rastrear um circuito fim a fim. O circuito inteiro pode abranger vários andares e vários patch panels sem mencionar a bagunça criada pelos incontáveis patch cords na parte
frontal de um rack. A maioria dos sistemas AIM avançados fornece uma maneira mais inteligente e fácil de rastrear circuitos completos.
Uma função de rastreamento é iniciada pressionando um botão da porta que corresponde a uma extremidade de uma conexão do patch cord. Como resultado, o sistema acenderá os LEDs da porta correspondendo a ambas as extremidades de um patch cord, tornando a tarefa de rastreamento de circuito muito rápida e eficiente. Além disso, todas as informações do rastreamento do circuito fim a fim
serão mostradas na tela do controlador. Isso facilita a visualização e gerenciamento da conectividade física entre dispositivos conectados à rede e todas as tarefas podem ser realizadas diretamente no controlador do rack.
Ordens de serviço eletrônicas
Outro recurso importante de qualquer sistema AIM, especialmente (mas não apenas) quando é preciso gerenciar vários sites remotos ou campi espalhados, é a capacidade de definir e agendar mudanças de conectividade necessárias usando o software e, em seguida, enviar essas instruções eletronicamente para os controladores. Assim uma pessoa responsável por implementar mudanças de conectividade poderia facilmente recuperar essas instruções diretamente na tela do controlador e, em seguida, ao selecionar uma ordem de serviço específica, o sistema fornecerá orientação visual iluminando os LEDs da porta que correspondem a ambas as portas. Assim que uma ordem de serviço for concluída, o sistema enviará automaticamente uma notificação ao software e atualizará o banco de dados de conectividade.
Objetivos do AIM
Se isso acontecer em sua rede física, o sistema AIM saberá. E não apenas pode enxergar profundamente a camada física complexa e interdependente da rede e os inúmeros dispositivos conectados, mas também fornecer percepções acionáveis,
mostrando exatamente o que você tem e como diferentes peças interagem.
Mas qual é a vantagem de ter esse tipo de gerenciamento de rede automatizado? Em termos gerais, traz três vantagens críticas de TI:
Otimização de capacidade
Com sua capacidade de rastrear a utilização de portas de painéis e switch, a AIM fornece dados em tempo real sobre como os ativos da camada física estão sendo usados enquanto auxilia no processo de planejamento. Isto pode ajudar a enfrentar os desafios de capacidade sem investimentos à infraestrutura adicional; em vez disso, as ferramentas dentro do sistema devem revelar componentes ativos para mostrar onde é possível obter mais da infraestrutura existente.
Otimizar a disponibilidade
A visibilidade de circuitos fim a fim significa que todas as alterações são documentadas de forma completa e automática. E, no caso de uma falha de rede, uma análise da causa raiz pode ser estabelecida para ajudá-lo a voltar a ficar online rapidamente.
Otimizar a eficiência e produtividade
As soluções AIM reduzem os processos manuais demorados, gerando ordens de serviço eletrônicas e permitindo a administração guiada de mudanças de conectividade, implantação otimizada de servidor e processos de descomissionamento, minimizando o erro humano e reduzindo o possibilidade de tempo de inatividade. Usando sistemas AIM que fornecem esse recurso, o gerenciamento em tempo real da camada física também garante que as portas de switch trançadas sejam identificadas e reaproveitadas, em vez de permanecer ociosas consumindo energia.
Fig. 3 – A AIM permite o rastreamento do circuito ponta a ponta Aplicações do AIM
Sem um sistema AIM instalado, é muito difícil, senão impossível, supervisionar a camada física da rede de forma adequada se você estiver fora do local, seja trabalhando fora do horário comercial, durante feriados, ou simplesmente lidando com locais remotos.
Tradicionalmente, umadas aplicações de AIM tem sido sinalizar qualquer desconexão não planejada de um sistema essencial. O gerenciamento de sites remotos se torna muito mais fácil quando o status pode ser constantemente monitorado de qualquer lugar. Uma vantagem da AIM torna-se uma necessidade se os locais remotos são de pequeno porte e não justificarem a presença contínua no local da equipe de TI.
Os sistemas AIM são projetados para o gerenciamento e monitoramento remoto de todo o cabeamento, conectividade e desempenho da infraestrutura. Por exemplo, alguns sistemas AIM podem gerar ordens de serviço eletrônicas e enviá-las diretamente aos controladores.
Os controladores então exibem instruções na tela, eliminando assim a necessidade de instruções em papel, enquanto os patch panels inteligentes rastreiam a implementação dessas ordens de serviço em tempo real e permitem que o sistema registre automaticamente a conclusão bem-sucedida do trabalho.
O uso de AIM também pode minimizar e até mesmo eliminar uma série de viagens ao local por técnicos de TI não locais para implementar ordens de serviço. Ao fornecer instruções fáceis e claras de seguir diretamente nos racks, o sistema pode suportar a implementação de ordens de serviço de conectividade por quase qualquer pessoa, de engenheiros ao pessoal de segurança.
Sistemas AIM fornecem visibilidade em tempo real, o que significa que, se a tarefa não for realizada de acordo com as instruções, o solicitante será notificado em tempo real e pode entrar em contato com a pessoa no local para resolver quaisquer dificuldades.
Nos últimos anos, soluções de gerenciamento de rede remota provaram ser cada vez mais valiosas, permitindo que equipes de tecnologia trabalhem com mais rapidez e eficiência. Em 2020, esses sistemas rapidamente se tornaram um item essencial para um gerenciamento seguro e responsivo do data center. Em abril de 2020, o Data Center Knowledge informou: “Os provedores de colocation estão usando portais de clientes de gerenciamento online de infraestrutura de data center para monitoramento remoto e tíquetes de suporte de TI ... Os provedores de colocation também estão realizado seus serviços de forma remota, incluindo mudanças e acréscimos de equipamentos de TI.”
Aplicações em edifícios comerciais Gerenciamento de PoE Power over Ethernet Com o rápido crescimento em dispositivos e aplicações PoE, algumas soluções AIM fornecem a capacidade de monitorar a energia distribuída pelo cabeamento estruturado – dos equipamentos de fonte de alimentação (PSE) até Fig. 4 – Monitoramento e gestão remota (múltiplos sites) dispositivos energizados (PD). Plataforma de gerenciamento única para aplicações prediais À medida que mais e mais aplicações prediais (como Wi-Fi, segurança IP, iluminação LED e áudio/visual de alta definição) utilizam cabeamento de par trançado, a AIM fornece a plataforma de gerenciamento única para a camada física, rastreando o que historicamente eram redes separadas de TI e instalações. Dispositivos finais de rastreamento Com a proliferação do número e variedade de tipos de dispositivos em
edifícios inteligentes, a AIM pode fornecer informações de localização em todos os dispositivos conectados até a tomada. A localização dos dispositivos sem fio pode ser feita até o ponto de acesso Wi-Fi com o qual eles se conectam. Esse nível de percepção pode ajudar a identificar e localizar rapidamente dispositivos e usuários que podem não estar em conformidade com as políticas de utilização da rede corporativa, computadores infectados por vírus ou dispositivos que não estão autorizados a se conectar à rede.
Aplicações no data center: gerencia densidades de porta de fibra cada vez mais altas
A AIM ajuda a gerenciar sistemas de altísimas densidades. Por exemplo, algumas soluções podem lidar com até 576 linhas de fibra em uma configuração 4U LC duplex. O menor espaço físico ajuda a conter os custos de espaço de rack, reduzindo o risco de erro manual no patching em um ambiente de altíssima densidade. Gerencia conexões ponto-multiponto
A AIM ajuda a gerenciar a conectividade ponto a multiponto, que se tornou comum com o advento de conexões Ethernet 40G, 100G e 400G emergentes.
Gerencia a malha de switches para arquiteturas leaf-spin
Fornece visibilidade, inteligência e controle para enfrentar os desafios associados ao rastreamento de alto número de interconexões na arquitetura leaf-spine, que se tornou uma arquitetura de rede comum.
Monitorando PoE - Power Over Ethernet
Como a infraestrutura de rede é cada vez mais usada para transportar energia e dados, a tarefa de gerenciamento se torna mais complexa. Um sistema de gestão de infraestrutura (AIM) pode automatizar a manutenção de registros para ajudar a garantir que projetos compatíveis com os padrões sejam documentados. Ele faz isso correlacionando o uso de energia do switch em tempo real por porta com o tamanho do feixe de cabos e o tipo de cabo, uma vez que os tamanhos recomendados são estipulados nos padrões TIA, ISO/IEC e Cenelec.
O número de cabos em um feixe é estático; no entanto, o status do cabeamento relacionado a PoE e entrega de dados muda devido à natureza dinâmica da conectividade entre as portas do switch e do painel.
Sempre que são feitas alterações de conectividade, o sistema AIM atualiza automaticamente o status do cabo, fornecendo assim um visualização em tempo real do estado PoE de cada feixe de cabos.
A maioria das diretrizes em padrões de cabeamento define um tamanho máximo de feixe de cabos com base no cenário mais exigente de ter todos os cabos em um pacote fornecendo corrente de Classe 8 PoE (90 W), conforme
definido pelo IEEE 802.3bt. No entanto, na prática, nem todos os cabos em um feixe podem ser energizados ou, se estiverem energizados, podem não estar no nível da corrente Classe 8 PoE.
Os sistemas AIM monitoram automaticamente o estado PoE de cada cabo dentro de um feixe em tempo real, para que os tamanhos dos feixes não tenham que ser restringidos pelo tamanho máximo de acordo com as diretrizes. Em vez disso, os gerentes de rede têm a flexibilidade de usar qualquer tamanho de feixe adequado para essa instalação.
O Power over Ethernet está evoluindo rapidamente e o número e a variedade de dispositivos compatíveis com PoE na empresa continuam a aumentar, destacando o necessidade de ferramentas de gerenciamento automatizadas sofisticadas. Vários fatores estão impulsionando isso, incluindo:
• Padrão 4PPoE (IEEE P802.3bt), fornecendo até 90 W para dispositivos finais. • Convergência de TI e instalações em uma plataforma IP/Ethernet comum. • A IoT - Internet das Coisas e seu ecossistema cada vez maior de dispositivos conectados. Painéis inteligentes
Os patch panels inteligentes ajudam a gerenciar de forma inteligente a infraestrutura de cabeamento de cobre e fibra óptica. Trabalhando em coordenação com os controladores do
sistema e software de gerenciamento, os painéis fornecem acesso em tempo real às mudanças que ocorrem na camada física da infraestrutura de cabeamento.
É importante ter um amplo portfólio de painéis inteligentes disponíveis para evitar a limitação das opções de projeto e a flexibilidade e adaptabilidade da infraestrutura de rede. Para conectividade de cobre, normalmente você teria opções para painéis 1U de 24 portas ou 2U de 48 portas, retos ou angulados, que suportam desempenho de transmissão categorias 6 e 6A.
Com relação à conectividade de fibra e considerando como um sistema AIM pode ser fundamental para qualquer data center, é importante contar com uma variedade de interfaces de conector possíveis, como conectividade simplex e duplex LC e MPO com suporte para fibra OM3/4/5 ou monomodo.
Controlador de sistema
O controlador atua como gateway para o sistema de AIM, fornecendo as informações em tempo real necessárias para assumir o controle preciso sobre os processos de rede.
O controlador simplifica a supervisão das alterações de conectividade de rede exibindo as ordens de serviço geradas pelo software de gerenciamento. Para operações ad hoc, todas as alterações de conectividade são detectadas pelo
controlador e encaminhadas para o software de gerenciamento, que gera notificações que são enviadas aos administradores de sistemas.
O controlador pode usar, por exemplo, uma interface de usuário capacitiva com tela sensível ao toque, apresentando mais informações do que seria possível usando etiquetas tradicionais de porta ou cabo, permitindo assim que os usuários rastreiem facilmente as conexões existentes e os locais dos patch cords e dispositivos conectados.
Fig. 5 - O número de cabos em um pacote é um número estático; no entanto, o status do cabeamento relacionado à PoE e entrega de dados muda devido à natureza dinâmica da conectividade entre o switch e as portas do painel
A tecnologia por trás do AIM
Os sistemas AIM foram desenvolvidos pela maioria dos principais fornecedores do mercado de cabeamento estruturado e consistem em três componentes inter-relacionados: • Painéis de cobre e prateleiras de fibra inteligentes que monitoram o uso da porta. • Controladores que monitoram e rastreiam todas as mudanças em tempo real na camada física. • Software de gerenciamento, que correlaciona dados de conexão com informações de equipamentos de rede, terminais IP e outros sistemas, fornecendo uma visão de como a camada de dispositivos conectados à rede mapeia para a camada física.
Fig. 6 - Gerenciamento automatizado de incidentes com sistema AIM Software de gerenciamento
O software de gerenciamento permite documentar e monitorar a infraestrutura de cabeamento e rede por meio de um navegador da web padrão, fornecendo uma visão completa da infraestrutura física.
O software recomenda conexões ideais e inicia ordens de serviço eletrônicas para operadores, o que é particularmente útil para aplicações de data center onde um novo servidor requer seis ou mais conexões. O software rastreia o status de cada ordem de trabalho e pode alertar um gerente de operações se um trabalho não for concluído dentro do cronograma.
Quando novas conexões são feitas, o software rastreia remotamente o caminho completo de um dispositivo final (servidor, estação de trabalho, telefone IP ou impressora) para a porta de fornecimento de serviço em um switch.
Para estar em conformidade com a norma ISO/IEC para AIM, o software precisa fornecer APIs SOAP ou RESTful para integração com sistemas e aplicativos externos, como NMS, CMDB, DCIM, gestão de ativos e muito mais. Benefícios intrínsecos de escolher AIM
O padrão ISO/IEC 18598 subdivide esses benefícios intrínsecos nas seguintes áreas:
Documentação precisa
Esta é a capacidade do sistema de detectar e documentar conexões dentro da infraestrutura e atualizar automaticamente o banco de dados à medida que ocorrem alterações. Isso inclui a capacidade de documentar automaticamente o rastreamento de conectividade de um dispositivo de ponta a ponta, mapear a localização física de todos os elementos conectados e exibir sua localização nos planos e layouts do edifício. Os recursos de documentação automatizada de uma solução AIM normalmente podem reduzir drasticamente ou talvez praticamente eliminar a taxa de erro esperada associada a sistemas de infraestrutura gerenciados manualmente, que podem ser executados a cerca de 10%, conforme um relatório da Digital Realty Trust.
Gestão de ativos
Uma solução AIM também fornece informações detalhadas sobre todos os switches de rede e dispositivos finais.
De acordo com a ISO/IEC 18598, isso inclui identificar a localização física de cada ativo em rede (sala, rack, servidor e porta), bem como propriedades do dispositivo, como nome do host, endereço MAC, WWN e endereço IP. Entre os benefícios óbvios de Opex dessa capacidade granular estão o MTTR - tempo médio de reparo mais rápido e menos tempo gasto em auditorias de rede. Além disso, a gestão de ativos facilita o suporte e a aplicação das políticas BYOD (traga seu próprio dispositivo), permitindo que a equipe de TI identifique e localize rapidamente dispositivos não autorizados.
Gestão de capacidade
Para reduzir o Capex, é fundamental otimizar o uso de ativos de conectividade, como portas de switch. Ao monitorar a utilização e o status em tempo real de todas as portas, patch panels, prateleiras e saídas da área de trabalho, as soluções AIM identificam portas de switch inativas, encontram espaço disponível em rack e localizam portas de painel não utilizadas. Essas informações podem ser úteis para a equipe de TI em seus esforços para maximizar os recursos existentes e potencialmente adiar atualizações de capacidade dispendiosas. Gestão de alterações
Mais do que nunca, os funcionários e seus dispositivos conectados estão constantemente em movimento. Uma seção importante das normas ISO/IEC para AIM descreve a capacidade do sistema de lidar com as movimentações, adições e alterações (Moves, Adds and Changes) de ativos conectados dentro da rede. Os padrões especificam a necessidade de informações de conectividade precisas e em tempo real, orientação técnica para minimizar erros humanos e a capacidade de suportar ordens de serviço eletrônicas e rastrear o histórico de ordens de serviço. O padrão também incentiva os usuários a procurar sistemas com serviço inteligente e provisionamento de circuitos, o que elimina a necessidade de selecionar manualmente caminhos e/ou elementos de conectividade ao adicionar dispositivos.
Gestão de incidentes
No contexto da infraestrutura de TI, um “incidente” é tipicamente definido como qualquer alteração não programada ou não autorizada no status de conectividade. De acordo com a ISO/IEC 18598, as soluções AIM devem ser capazes de detectar todos os incidentes e criar uma trilha de auditoria que os documente, bem como as ações corretivas tomadas. Isso requer um conjunto sofisticado de etapas automatizadas que devem ser concluídas em vários componentes da infraestrutura, em tempo real. Um exemplo dos recursos de gerenciamento automatizado de incidentes de AIM é mostrado na figura 6.
Conformidade com os padrões
Para obter o melhor uso da tecnologia de gestão de infraestrutura automatizada, os padrões precisam ser ratificados e observados. O setor de TI reconheceu a função importante que as soluções de infraestrutura inteligente podem fornecer e desenvolveu padrões que abrangem as capacidades e funções dessas soluções, incluindo os seguintes:
EUA • TIA 606-B: Norma de Administração para Infraestrutura Comercial de Telecomunicações, publicada em 2012. • ANSI/TIA-5048: Padrão AIM • ANSI/TIA-5017: Segurança de rede física.
Global ISO/IEC 14763-2: Tecnologia da informação –Implantação e funcionamento do cabeamento de instalações de clientes, Parte 2: planejamento e instalação, Emenda 1. • ISO/IEC 18598: Sistemas de gestão de infraestrutura automatizada (AIM) — Requisitos, troca de dados e aplicativos — publicado em 2016. • BICSI: Lista de ferramentas de gerenciamento recomendadas — BICSI 009-2019, práticas recomendadas de operações e manutenção de data centers
Europa
Fig. 7 – Uso de realidade aumentada
Cenelec EN 50667: Padrão AIM Integração com outros sistemas
Além dos benefícios intrínsecos integrados, as soluções AIM podem fornecer recursos e benefícios adicionais por meio da integração com outros sistemas e aplicativos.
O padrão AIM cobre a seguinte lista não exaustiva de sistemas e aplicativos devido à sua importância e impacto quando vinculados a sistemas AIM
Sistemas relacionados a TI: • Gerenciamento de telefonia de protocolo de Internet (IP). • Software de gerenciamento de rede (NMS). • Helpdesk ou aplicativos de gerenciamento de incidentes. • Sistemas de gestão de segurança da informação. • Sistemas de gestão de edifícios: gestão de energia, controle de iluminação. • Gerenciamento de infraestrutura de data center (DCIM).
Aplicativos de banco de dados de gerenciamento de configuração (CMDB). Por exemplo, o software de gerenciamento de rede pode ser integrado com soluções AIM para expandir sua capacidade existente de descobrir inventário de rede com base em um mapeamento lógico e detalhes sobre conectividade física entre dispositivos, juntamente com a localização física desses dispositivos. Além disso, uma integração com NMS permitiria a consolidação de todos os alertas relacionados aos elementos de rede em um único console para simplificar o gerenciamento de falhas correlacionando alertas recebidos de elementos de rede, bem como da infraestrutura de cabeamento. Isso é fornecido pela capacidade dos sistemas de AIM de gerar eventos sobre uma mudança de status na infraestrutura de cabeamento e encaminhar como interceptações SNMP para aplicativos de software de gerenciamento de rede.
Da mesma forma, os benefícios podem ser obtidos integrando a AIM aos fluxos de trabalho de TI por meio de aplicativos de suporte. Essa integração pode adicionar automação à criação de tíquetes de serviço, notificações em tempo real, monitoramento do progresso de sua implementação e atualização automática do status de um
tíquete de serviço e documentação de cabeamento após a conclusão das atividades. Os benefícios adicionais incluem a capacidade das operadoras de suporte em solucionar problemas remotamente e resolver quaisquer interrupções de serviço devido a problemas relacionados à conectividade.
O futuro do AIM
Realidade aumentada
As soluções AIM são projetadas para ajudar os gerentes de TI a monitorar e controlar a maioria dos aspectos de sua infraestrutura de rede, desde o rastreamento de uma porta de switch inutilizada até a solução de problemas de conectividade, em questão de minutos em vez de horas ou dias.
Mas a realidade aumentada dá um passo adiante. O que acontece quando você tem equipamentos e cabos escondidos atrás de paredes e tetos? E se você entrar em uma sala com vários painéis e portas sem nome ou marcação? Ao incorporar recursos de AR na AIM, as empresas estão buscando acelerar drasticamente as tarefas de solução de problemas e provisionamento.
O princípio é que, quando os gerentes de rede olham para algo como um rack contendo servidores e switches, o headset de AR sobrepõe os tipos de informações adicionais sobre o que eles estão vendo, como números de porta e outros dados. Da mesma forma, se eles entrarem em uma sala e olharem para o teto, seu headset de AR aumentará o que estão vendo com representações gráficas do que estiver escondido da vista, como cabeamento e outros equipamentos.
Desde 2018, a CommScope tem trabalhado com vários parceiros na exploração de casos de uso para a tecnologia de AR que potencialmente levariam a AIM a um novo nível para atender às necessidades dos clientes. Um bom exemplo seria permitir que um usuário identificasse, localizasse e navegasse de forma rápida para um equipamento defeituoso, identificasse a colocação e instalação precisas de novos equipamentos ou acessasse orientação passo a passo para tarefas de manutenção. Realidade aumentada na era da Covid
Devido à recente necessidade de trabalho remoto e distanciamento social, a CommScope tem usado uma plataforma de AR (uma solução pronta para uso de terceiros, não integrada com o sistema AIM imVision) para permitir que a equipe de campo se conecte com um especialista dentro da empresa para orientá-los na realização de atividades de manutenção a milhares de quilômetros de distância.
Os processos associados à configuração de componentes de hardware exigem um determinado conhecimento e conjunto de habilidades, e os clientes não conseguiram ter um especialista no local devido à pandemia. Através da plataforma de AR de terceiros mencionada acima, um especialista foi capaz de usar a ferramenta para orientar remotamente uma equipe menos experiente através da configuração de hardware. Os algoritmos de visão computacional permitem que o usuário anexe textos virtuais e símbolos como setas, sinais de aviso e círculos para fornecer e receber indicações durante sessões de suporte remoto.
Em um mundo pós-pandêmico, a AR ainda terá grandes vantagens econômicas. Realidade aumentada significa uma diminuição considerável nos custos de viagem e no tempo de conclusão da operação. Ao mesmo tempo, outras vantagens podem ser a transferência rápida e interativa de conhecimento e a capacidade de manter um alto nível de atendimento ao cliente. Seja qual for a forma como você olhar, a AR provavelmente tornará os sistemas de AIM mais eficazes, mais fáceis de usar e benéficos para o negócio.
AIM e robótica
A realidade aumentada não é a única nova tecnologia que vai melhorar a maneira como gerenciamos nossa infraestrutura de rede. Foram produzidos protótipos de robôs de data center que se integram aos sistemas de AIM, tirando suas instruções diretamente e fazendo os ajustes necessários no hardware. Sem erro humano.
Desafios na implantação da próxima geração PON
Wolfgang Moench, gerente sênior de produtos da Viavi, Douglas Clague, gerente de soluções de fibra na Viavi
As PONs - redes ópticas passivas são cruciais para as futuras redes de acesso banda larga. Com as redes de próxima geração (NG-PON), os provedores de Internet poderão oferecer melhor largura de banda e suporte aos serviços. O artigo apresenta os padrões definidos pela ITU e IEEE e os principais aspectos da evolução da tecnologia.
Como em qualquer rede, os equipamentos utilizados com a PON devem seguir padrões definidos pela ITU – International Telecommunication Union e IEEE – Institute of Electrical and Electronics Enginers. No caso da ITU, são incluídos os padrões GPON (Gigabit PON), XGS-PON (10 Gbit/s) e NG-PON 2. Os padrões atuais GPON e IEEE EPON não permitem escalonamento adicional de assinantes ou atingir os requisitos de largura de banda demandados pelo usuário.
Os próximos passos serão ampliar o atendimento e torná-lo simétrico. A tabela I ilustra os padrões, taxas e como a próxima geração PON aumentará parâmetros como capacidade e receita. A atual geração GPON oferece taxas de dados de 2,4 Gbit/s downstream e 1,2 Gbit/s upstream. Para atender às altas demandas de largura de banda da NG-PON 2, o padrão G.689 foi estabelecido pela ITU-T. Uma abordagem de multiplexação por divisão de comprimento de onda e tempo (TWDM) foi selecionada, agrupando diversos comprimentos de onda downstream e upstream. A largura geral de banda pode ser aumentada para 40 Gbit/s downstream e 10 Gbit/s upstream por meio de quatro canais/comprimentos de onda a taxas de 10/2,5 Gbit/s.
As redes de distribuição óptica (ODNs) respondem por 70% do investimento total na implantação de PONs. Portanto, é crucial que a evolução da NG-PON seja compatível com as redes já implantadas. Com a NG-PON 2 utilizando vários comprimentos de onda, há a necessidade de utilizar transceptores sintonizáveis nas ONTs instaladas no usuário. Atualmente, receptores sintonizáveis de baixo custo ainda não estão disponíveis. Com isso, muitas operadoras imaginam uma etapa intermediária utilizando XGS-PON antes de migrar para NG-PON 2. A XGS-PON demanda menos lasers e receptores fixos caros na banda C e, portanto, fornece um case de negócios mais adequado.
Os atuais sistemas GPON utilizam 1490 nm como canal downstream e 1310 nm para upstream. Já a XGS-PON utiliza 1578 nm downstream e 1270 nm upstream, permitindo sobrepor o serviço XGS-PON na mesma planta que o GPON. A NG-PON 2 utiliza o padrão G.989, um parâmetro de acesso de vários
Tab. I – Evolução das tecnologias PON
G-PONG-PON G-PONG-PON G-PON XGS-PON (simétrico) XGS-PON (simétrico) XGS-PON (simétrico) XGS-PON (simétrico) XGS-PON (simétrico) NG-PON 2NG-PON 2 NG-PON 2NG-PON 2 NG-PON 2 GE-PONGE-PON GE-PONGE-PON GE-PON 10G-EPON10G-EPON 10G-EPON10G-EPON 10G-EPON 100G-EPON 100G-EPON 100G-EPON 100G-EPON 100G-EPON Padrões ITU-T G.984 (2003) ITU-TG.9807.1 (2016) ITU-T G.989 (2015) IEEE 802.3ah (2004) IEEE802.3av (2009) IEEE 802.3ca (2019 TBD) Taxas de dados 2,4/1,2 Gbit/s 10/10 Gbit/s 40/10 Gbit/s 1,25/1,25 Gbit/s 10/10 Gbit/s Até 100/100 Gbit/s downstream/upstream Taxa de divisão (splitter) Até 1:64 (128) Até 1:128 (256) Até 1:64 Até 1:128 TBD – Transactions on Big Data Coexistência N/D Sim com G-PON N/D Sim com GE-PON
comprimentos de onda que suporta tecnologias TWDM (figura 1).
A ativação ou migração de serviços PON mais recentes, de forma física, demanda mudanças na rede, especialmente na central da operadora. Para aproveitar as ODNs existentes, é necessário um elemento de coexistência. Isso pode ter diferentes configurações dependendo das tecnologias que o provedor deseja ofertar. Essencialmente, é um acoplador óptico passivo que combina serviços de downstream e upstream de GPON, XGS-PON e NG-PON 2.
As novas transmissões NG-PON 2 permitem que os provedores aumentem a largura de banda de suas redes FTTH e reduzam custos de implantação ao compartilhar a fibra com mais clientes conectados, ou até dividindo redes com múltiplas operadoras. A NG-PON 2, com comprimentos de onda de transmissão na faixa de 1535 nm para upstream e 1600 nm para downstream, emprega mais da mesma fibra implantada e permite sobreposições contínuas de novos serviços às GPONs existentes.
Novos desafios
Independentemente da posição no ODN, a limpeza e a condição do conector são críticas. A fibra é frequentemente instalada em ambientes agressivos e conectores danificados ou sujos podem prejudicar gravemente o serviço. Apesar disso, os provedores ou seus instaladores podem optar por não testar todas as fibras. Um dos motivos é o tempo por trabalho, inspeção e número de conectores. Sem o teste, há risco de ter instalações de má qualidade e, consequentemente, serviço ruim, resultando em perda de clientes.
Existem diversos tipos de falhas que afetam os planos de implementação, como cronograma de migração, qualidade do serviço e taxas de rotatividade (figura 2). Alguns exemplos são: • Conectores sujos, emendas malfeitas e microcurvaturas adicionam perda, o que significa que a perda total de ODN não atende mais aos padrões. Tais condições levam a um serviço intermitente, ruim ou até mesmo ausente. • Os splitters podem estar com defeito. • Fibras transpostas por erro humano ao conectar uma fibra a uma porta errada do splitter. • ONTs com upstream fora do slot de tempo alocado, resultando em interferências com outras ONTs e quedas de serviço. • Dispositivos alheios à rede, onde um assinante instala acidentalmente outros equipamentos além de uma ONT (por exemplo, um conversor de mídia), podem enviar tráfego upstream contínuo que interfere em outras ONTs na PON e degradar ou interromper o serviço.
Conclusão
Vulnerabilidades ainda maiores existem em torno do cabeamento interno. Como acontece com qualquer conexão de fibra, é preciso certificar que as faces das
Fig. 2 – Níveis de vulnerabilidade extremidades estão limpas e livres de qualquer dano. Deve-se tomar cuidado para evitar as macrocurvaturas por más práticas de instalação do cabo na XGS e NG-PON 2, que usam bandas com maior comprimento de onda ( >1550 nm) e mais sensíveis à perda por flexão. Instaladores e assinantes podem simplesmente não estar cientes de que o pequeno raio de curvatura na instalação de cabos internos causará perda excessiva e degradará o serviço. Mesmo utilizando fibras G.657B insensíveis à curvatura, a perda pode chegar a mais de 1 dB quando o raio do cabeamento atinge valores <7,5 mm (por exemplo, em torno dos cantos). Fazer com que um instalador execute essa verificação como parte de um ritual, porém serviços feitos pelo próprio usuário eliminam essa garantia. A autoinstalação pode não ser a melhor abordagem para serviços de maior velocidade e receita como XGS-PON e NG-PON 2.
Embora redes e padrões em evolução signifiquem que o cenário está ficando mais complicado, os equipamentos de teste devem continuar simples de usar para garantir a eficiência e fluxo de trabalho. O teste leva tempo, mas instalações ruins resultam em retrabalho e atrasos na ativação. Os instaladores precisam inspecionar cada vez que fazem uma conexão. Qualificação adequada durante a construção significa fazer testes não apenas em 1310/1550 nm, mas também em 1625 para NG-PON 2, armazenamento de resultados de teste e, para instaladores e prestadores de serviços, fácil envio de resultados para receber o pagamento mais rápido.
Para a ativação, os níveis de downlink e uplink de todos os serviços devem ser verificados. Com novos comprimentos de onda para XGS-PON, bem como para NG-PON 2, há a necessidade de utilizar medidores de potência PON mais recentes que permitam medições de energia via modo seletivo de comprimento de onda.
O suporte para operações em andamento requer ferramentas que não causem interrupção dos serviços existentes, evitando os meios de comprimento de onda XGS-PON e NGPON 2 utilizando 1650 nm. Há também o monitoramento de PON centralizado para reduzir o tempo médio de reparo e garantir qualidade de serviço para redes de acesso de alta velocidade.
As PONs de próxima geração ajudarão os provedores a lançar e vender serviços sob demanda para seus clientes. No entanto, tecnologias inovadoras podem trazer desafios, especialmente durante o tempo de evolução de um padrão para outro. Embora a NG-PON 2 seja uma abordagem muito promissora, ela vem com novas considerações que são mais bem mitigados com testes básicos consistentes durante a construção, instalação e desenvolvimento. Afinal, capacidades mais altas significam mais serviços operando em suas redes e recompensas maiores, porém com riscos igualmente grandes.