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Vertiv apresenta serviço DCOM para data centers

As interrupções nos data centers podem representar enormes prejuízos e danos à imagem de uma corporação. Mas até mesmo os grandes players internacionais do setor, que investem em rigorosos critérios de redundância, relatam frequentes incidentes de indisponibilidade. Diante desse cenário, a Vertiv, fornecedora global de soluções de infraestrutura de missão crítica, está lançando no Brasil o serviço DCOM – gerenciamento, operação e manutenção de data centers, uma nova unidade de negócios capaz de elevar a confiabilidade das instalações ao alocar seus engenheiros e técnicos diretamente nos sites dos clientes, em regime 24x7, para monitorar de perto não apenas os equipamentos de energia e refrigeração fornecidos pela empresa, mas o complexo ambiente em operação ao longo dos anos. Com um trabalho baseado em processos, controle e análise de dados, os profissionais podem ter uma visão sistêmica integrada, detectar possíveis falhas e atuar imediatamente em caso de alguma ocorrência, eliminando qualquer risco de parada do data center.

“Além de desenvolver e fabricar os produtos, temos times altamente treinados, ferramentas de inteligência de dados e inúmeros recursos para monitorar a operação das instalações. Então decidimos reunir e oferecer toda essa expertise para resolver o principal desafio dos data centers”, diz Francisco Sales, diretor LATAM da área de serviços da Vertiv. De acordo com o Ponemon Institute, paradas totais de data centers centrais duraram em média 138 minutos em 2020. Estima-se que uma hora de interrupção represente uma perda da ordem de R$ 3 milhões.

A unidade recém-criada vai além dos contratos convencionais de pós-vendas e manutenção já fornecidos pela Vertiv, que incluem o suporte técnico aos equipamentos e visitas periódicas aos clientes. “No DCOM, entramos com equipes residentes. Por sermos fabricantes de cerca de 90% dos produtos para infraestrutura de data centers, oferecemos uma série de vantagens exclusivas com a oferta desse serviço. É como ter o pai e a mãe dentro do site”, afirma o executivo. Segundo ele, dos 12 principais fatores que podem gerar indisponibilidades nas instalações de missão crítica, a Vertiv é especialista em mitigar riscos de indisponibilidade em oito, como sistemas UPS, climatização e baterias.

A vertical de negócio é nova no Brasil, mas a atividade já está em andamento no México, Peru, Colômbia e Chile. “Como o nosso nome é muito forte no mercado brasileiro, o impacto está sendo bastante grande. Ressaltamos que este serviço se limita ao espaço de infraestrutura e não estamos avançando em uma área que é do cliente, o datahall”, afirma o diretor.

Uma outra condição bastante interessante para a execução do serviço DCOM é que o data center tenha um parque de equipamentos Vertiv relevante, no mínimo 50% do total. A empresa também atende clientes que pretendem fazer retrofit e trocar a base instalada por soluções da marca.

Entre as ferramentas usadas pelo time do DCOM está o software de gestão de ativos EAM – Enterprise Asset Management, desenvolvido pela própria Vertiv no Brasil, que acompanha todo o ciclo de vida de cada dispositivo, desde o início da operação até o descarte. “Muitas vezes o cliente não sabe o que fazer quando o equipamento chega ao fim da vida útil. Os produtos ficam armazenados e se tornam um problema. Nós também cuidamos da gestão e descarte ambiental, providenciando a destinação correta dos produtos e gerando, também, certificados”, diz Sales.

O software EAM agrega inteligência para o negócio. “A solução faz muito mais que o tradicional gerenciamento de ativos. É um inventário com sete níveis de informação, com detalhamentos que vão até o nível de spare parts, como localização e tipo de equipamento, que são rastreados online por QR Code. Isso permite fazer análises de dados com maior precisão”, diz Fabiano Azevedo, gerente do time de serviços da Vertiv Brasil.

Além de atuar na prevenção, a equipe residente pode realizar o atendimento imediato. Em caso de falha no equipamento, não é preciso chamar o fabricante para ter um diagnóstico do problema. “Em geral, os data centers contratam SLAs de 2 a 4 horas, que são caríssimos. Com nossos técnicos já alocados no cliente, eles podem fazer uma intervenção avançada e ter acesso a ferramentas exclusivas. O cliente não precisa acionar nenhuma empresa gerenciadora de facilities nem esperar horas para receber um especialista”, afirma Azevedo.

Segundo ele, exatamente por estar todos os dias no site, medindo parâmetros e coletando informações do data center, a DCOM pode trazer benefícios agregados e viabilizar outros projetos, como de eficiência energética. “O mercado oferece muitas tecnologias prontas, mas os clientes não usam por medo de perder redundância. Assim, acabam comprando equipamentos a mais e aumentando o consumo. Outros clientes ousam demais e acabam tomando decisões erradas. Então é preciso saber otimizar a performance. Nós podemos ajudá-los a ter, dentro do viés de disponibilidade, as melhores práticas e sustentabilidade ambiental em todas as fases do projeto, operação e manutenção”, diz Azevedo. Foi o que aconteceu em um de seus clientes no Brasil. No início dos trabalhos, o PUE era 2,2. Em cinco meses, passou para 1,7, com a adoção de medidas simples, como

Francisco Sales, diretor LATAM da área de serviços da Vertiv: equipe residente no cliente garante atendimento imediato

vedação de racks e posicionamento do insuflamento do ar-condicionado.

A Vertiv já tem cinco contratos de DCOM assinados. Com isso, a empresa mais que dobrou a equipe de serviços e expandiu sua capilaridade, com 16 pontos de serviço atuando em território nacional. Hoje são mais de 300 pessoas diretamente envolvidas, incluindo equipes volantes, operacionais residentes, gestores e coordenadores.

Além de garantir maior disponibilidade, a DCOM também resolve um outro problema atual: a falta de pessoal especializado. Na impossibilidade de preencher internamente esses cargos de profissionais técnicos, contar com os serviços de operação e de manutenção através de uma única empresa pode agregar valor aos negócios sem aumentar os custos.

Vertiv – Tel. (11) 3618-6600 Site: www.vertiv.com/pt-latam

ZTE quer fortalecer presença em 5G no Brasil

A ZTE Corporation, fornecedora internacional de soluções de tecnologia de telecomunicações, com sede na China e forte atuação no Brasil no mercado de banda larga fixa, em parceria com a MultiPRO (ex-Multilaser), quer intensificar sua presença no mercado de 5G. Embora ainda não tenha fechado contrato com as operadoras locais, a fabricante acredita no potencial do mercado. “As implantações no país estão apenas começando”, disse Yao Yu, chief marketing officer da ZTE Brasil.

Segundo ele, a empresa tem longa expertise com a tecnologia. Na China, possui participação de 33% do mercado de 5G. A ZTE fornece para as três principais operadoras (China Unicom, China Telecom e China Mobile), que juntas implantaram cerca de 2,1 milhões de estações base 5G para atender 200 milhões de assinantes. Mais 3,5 milhões estações base serão instaladas até 2026.

“A ZTE tem muitos negócios em FTTH no Brasil, com mais de 5 milhões de portas de OLT e 1,5 milhão de dispositivos Wi-Fi, mas a participação em redes móveis é ainda quase zero. Agora é a oportunidade de mudar esse cenário”, afirmou Yu. Hoje o mercado mundial de 5G conta com cerca de 200 redes em operação no mundo, com mais de 700 milhões de assinantes. Em cinco anos esse número irá dobrar.

“Estamos confiantes de que podemos prover soluções muito maduras para o mundo”, afirmou. Além das redes móveis, a ZTE aposta em soluções de acesso fixo (FWA) e redes privativas, com fornecimentos em países asiáticos, como a Tailândia e Malásia, e europeus, como Itália, Áustria e Hungria.

De acordo com o executivo, a empresa tem o compromisso de construir redes 5G mais simples e com maior eficiência energética. Entre os destaques está o UniSite NEO. Alimentada pela unidade de rádio integrada Série OmniUBR, a solução reduz as unidades de rádio de 18 para 5 e suporta um site de três setores de seis bandas com apenas cinco unidades, diminuindo significativamente o custo de aluguel do site em até 57% e consumindo 40% menos energia.

Além disso, a ZTE atualizou o portfólio 5G RAN com a série de produtos Massive Mimo de nova geração. “Fomos o primeiro vendor a propor o Massive Mimo no mundo, em 2014. Hoje as soluções 5G de todos os fornecedores internacionais incluem o recurso”, disse. O produto inclui AAUs 32TR e 64TR, com até 192 elementos de antena e 320 W, com o Massive Mimo pesando somente 9 kg, indicado para locais de alto tráfego com espaço limitado. “A atualização completa do portfólio de produtos da ZTE melhora o retorno de investimento para as operadoras”, disse.

Para redes privadas 5G, um gabinete compacto para indústrias inteligentes incorpora dezenas de aplicativos corporativos a serem lançados na nuvem, com servidor único para campus com segurança de dados e autoatendimento.

Além disso, a ZTE desenvolveu o VMAX para atender à crescente complexidade da O&M da rede, que é considerada um dos maiores problemas para as operadoras. “O VMAX pode ajudar a melhorar as experiências dos clientes, reduzir custos e melhorar o desempenho operacional”. O produto faz parte do uSmartNet, a solução de rede autônoma da ZTE, e transforma a operação de domínio único em uma perspectiva de todos os domínios fim a fim, fornecendo uma visão completa. Quando ocorrem erros de rede, o VMAX oferece suporte à autocorreção de serviço entre domínios. Ele chega à causa raiz do problema de serviço e da reclamação do cliente em minutos com mais de 80% de precisão de localização e aumento de eficiência em 30%. Além disso, pode interpretar a intenção do serviço, gerar sugestões de planejamento de rede com precisão com o mínimo de intervenção.

“O próximo passo na evolução do 5G é avançar para o modo autônomo usando a nova arquitetura de núcleo 5G que proporcionará experiências aprimoradas ao consumidor, com velocidades de pico mais rápidas, mais conexões disponíveis, menor latência e maior taxa de transferência, além de permitir o crescimento do setor em áreas como serviços industriais de IoT e nuvem”, disse. Na opinião do executivo, à medida que o mundo avança para o 5G autônomo, este será um passo significativo no próximo estágio da comercialização do 5G e na sua adoção mais ampla. “Este marco levará o ecossistema ainda mais longe no caminho da tecnologia, liberando mais benefícios para pessoas e indústrias e tornando o 5G uma proposta ainda mais atraente para operadoras e empresas”, concluiu. Equipamentos 5G da ZTE: solução fim a fim

Vero Internet segue em crescimento em 2022

Apesar da crise e estagnação do mercado de banda larga fixa, a Vero Internet, empresa de telecomunicações criada em 2019 a partir da fusão de oito provedores, controlada pela Vinci Partners e com atuação nos três estados do Sul e Minas Gerais, está encerrando 2022 com elevado ritmo de crescimento. A receita operacional líquida no terceiro trimestre atingiu R$ 185,8 milhões, um aumento de 82,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Já nos primeiros nove meses de 2022, a receita bruta alcançou R$ 631,8 milhões, enquanto a receita líquida foi de R$ 496,1 milhões, um incremento de 69,5% em relação ao mesmo período de 2021, quando registrou R$ 292,6 milhões. O Ebitda ajustado, por sua vez, somou R$ 254,2 milhões no 9M22, um salto de 86,2% comparado a 9M21, mantendo uma margem de 51,2%.

“Esses números demonstram a nossa forte disciplina financeira. Temos uma preocupação constante em acompanhar os custos e indicadores desde o início das operações. Seguimos uma engrenagem estruturada para que a companhia funcione bem em qualquer cenário. Como em qualquer provedor, é preciso fazer contas diárias, mas a Vero não foca somente em volume de assinantes, mas em crescimento rentável e sustentável”, diz o CEO Fabiano Ferreira.

Com a alta do custo de capital no último ano, a operadora revisou sua estratégia e implementou uma série de ações, como a política de crédito mais cuidadosa para frear inadimplências, a redução do custo de aquisição de cliente e aumento do retorno do investimento. “A elevada rentabilidade e o Ebitda são consequência dessas ações”, afirma o executivo. O churn caiu para 1,5% ao mês ou 18% ao ano. Para se ter uma ideia, a média do mercado é de 30%. E ARPU subiu para R$ 94,47 no 3T22, um aumento de 12,1% em comparação ao 3T21.

A Vero Internet está presente em 200 cidades e conta com 721,7 mil clientes, com 2,7 milhões de HP Homes Passed, uma expansão geográfica de 74,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A extensão da rede totalizou 29,6 mil km, combinando mais de 20,9 mil km de fibra óptica e 8,8 mil km de backbone.

De janeiro até o momento, a Vero iniciou operação em 12 cidades, sendo oito de Minas Gerais e quatro no Rio Grande do Sul. “Vamos continuar crescendo. Todos os meses praticamente a Vero aumenta a cobertura nas cidades onde já atua e nas localidades vizinhas. Em 2022, a média foi de uma cidade nova lançada por mês”, afirma. As adições líquidas orgânicas no terceiro trimestre atingiram 22,5 mil assinantes, ou 7,5 mil novos clientes por mês, o que representa 12,2% de crescimento em relação ao mesmo período do ano passado.

Além da expansão orgânica, as aquisições de provedores estão no radar do grupo, que realizou 17 aquisições ao

Fabiano Ferreira, CEO da Vero: disciplina financeira

longo destes três anos de atuação. “Vamos continuar realizando M&As. A Vero tem uma alta competência desenvolvida, um time de especialistas que sabem integrar empresas e escolher quem adquirir. Se não fizermos isso, não estaremos usando todo o potencial da companhia”, afirma. Segundo o executivo, ainda há boas oportunidades de consolidação no mercado. Entre as operações de maior potencial de compra estão os provedores em municípios fronteiriços em seu mapa de cobertura, como Rio de Janeiro e São Paulo. Para ampliar a capilaridade de fibra, serão construídas redes próprias e também alugadas redes neutras de parceiros como V.tal e Fibrasil.

No consolidado de 2022, os investimentos da Vero totalizaram R$ 425,5 milhões, sendo R$ 208,2 milhões, ou 48,9% do total, relacionados a atividades de M&A e integrações. Os aportes orgânicos das linhas de imobilizado e intangível em conjunto cresceram 64,9% e atingiram R$ 217,3 milhões.

A Vero oferece pacotes que vão de 300 Mbit/s a 2,4 Gbit/s, modem roteador de alto desempenho e repetidores para altas velocidades, que ampliam o sinal do Wi-Fi dentro de casa. Além disso, os planos são acompanhados de serviços digitais (SVA) com mais de 4 mil horas de conteúdo, como segurança digital integrada da McAfee, filmes, séries, desenhos e jogos, esporte e informação, além de streamings de conteúdo como Telecine, HBO, Globoplay e Premiere. “Praticamente não vendemos somente a banda larga”, ressalta.

Para 2023, o objetivo é atualizar o parque de equipamentos (inclusive a Vero divulgou agora uma RFP para compra de equipamentos de rede). Entre os planos estão a adoção de WiFi 6 nos assinantes premium; uso de OLTs XGS-PON com portas combo que permitem migração gradual da tecnologia GPON; e adoção de softwares para melhorar a gestão e a experiência do assinante, como ferramentas para aperfeiçoar a cobertura wireless nas residências e aplicativos de relacionamento com o assinante. Por meio do Whatsapp, hoje o cliente pode acessar contas e informações automatizadas, receber boletos mensais, além de aviso de quedas de sinal, reset de senhas, pagamento digital e reabilitação de serviços e consulta de visitas técnicas.

A diferenciação do serviços e qualidade do atendimento estão entre as prioridades da empresa, que mantém hoje 150 lojas presenciais e nove call centers rodando na nuvem e espelhados para redundância. “Com isso, mantemos a regionalização que sempre caracterizou o provedor e de fato resolvemos as necessidades dos clientes”, diz.

Para conhecer a satisfação dos serviços, a Vero utiliza o NPS - Net Promoter Score, um serviço auditado por um instituto independente. O NPS das empresas de telecom de telefonia no Brasil tem uma média de 13, o de banda larga no mundo inteiro é 29. Na Vero, varia entre 38 e 65. Em cidades mais maduras o número é próximo a 38, em cidades recém-lançadas é NPS próximo a 65.

A empresa tem 2600 funcionários diretos dedicados ao cliente em call centers, vendas, pós-venda, marketing. “Não podemos simplesmente olhar o processo se não cuidarmos das pessoas”, finaliza o CEO.

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CommScope aposta em solução XGS-PON aberta

As novas gerações de redes caminham para arquiteturas abertas, desagregadas e virtualizadas, capazes de garantir a expansão dos sistemas de banda larga com menores custos de operação e maior flexibilidade e agilidade no provisionamento de serviços. O movimento cresce a cada dia, liderado por organizações internacionais, operadoras e fornecedores.

A CommScope também está apostando no desenvolvimento de componentes abertos e operação dinâmica baseada na nuvem. O portfólio de soluções XGS-PON Cloud to Edge, lançado nos EUA em maio de 2022, e já disponível para comercialização no Brasil, foi desenvolvido para atender às crescentes demandas do mercado por novas redes de fibra ou atualizações das existentes.

Capaz de suportar um futuro 10G, a PON de nova geração traz os benefícios da arquitetura definida por software (SDN), com sistemas abertos e flexibilidade do controle de rede. “Uma arquitetura tradicional é toda fechada, com interfaces proprietárias e funcionalidades dentro da mesma caixa. A interconexão dos módulos de hardware e software é feita pelo fabricante do equipamento. Já o novo approach é uma arquitetura desagregada, com a migração das funções de controle para a nuvem e o gerenciamento abstraído do hardware”, explica Eduardo Jedruch, arquiteto de soluções e desenvolvimento de negócios da CommScope CALA.

A solução compreende novos modelos de OLTs, como o XP6164S S2S, com fluxo de ar lateral, indicado para gabinetes que podem ser instalados na rua, e o XP6164S F2B, com fluxo de ar da frente para trás, para uso em centrais. Com formato pizza box (montado em rack de 19” de 1U), as OLTs oferecem 800 Gbit/s de capacidade de comutação, com 4 portas 100 Gbit/s e 16 portas x10Gbit/s por módulo (SFP, SFP+ ou SFP28) capazes de suportar várias tecnologias PON: ITU-T G.984GPON (2.5G/1.25G), ITU-T G.9807.1 XGSPON (10G/10G, 10G/2.5G), IEEE 802.3ah EPON (1G/1G, 2G/1G) e IEEE 802.3av10G EPON (10G/10G). A OLT tem alcance de até 40 km utilizando óptica de uplink de longa distância para instalações remotas, hubs, gabinetes e instalações do cliente em arquiteturas distribuídas.

A Cloud to Edge inclui ainda o software de gerenciamento multidomínio ServAssure para provisionamento e monitoramento de desempenho, além

de soluções de conectividade de fibra e serviços de gerenciamento de projetos e engenharia. “Juntos, eles permitem que os provedores acelerem o tempo de lançamento no mercado com uma solução flexível e escalável”, afirma. Para ativar portas ou serviços OLT adicionais não é preciso adicionar outro hardware de controlador físico adicional na central ou headend. O software oferece suporte à estratégia de microsserviço para ativar recursos adicionais rapidamente, além de reduzir o Capex, pois a capacidade licenciada fornece um modelo de pagamento à medida que a rede cresce. “A solução é à prova de futuro, permitindo que novas funções BBF sejam adicionadas conforme necessidade via OLT XP6164S S2S: formato pizza box e fluxo software”, diz o executivo. Com de ar lateral arquitetura de rede definida por software, o portfólio pode operar tanto em modelos agregados tradicionais como desagregados, facilitando a transição conforme as necessidades evoluem. O sistema é nativo da nuvem com implantação no local ou hospedada e permite interoperabilidade de vários fornecedores, com facilidade de integração de tecnologias futuras, como BNG, backhaul sem fio e outros serviços.

Segundo Jedruch, a CommScope foi uma das pioneiras no mercado de acesso GPON e EPON e agora está apresentando a nova fase da evolução com o pacote XGS-PON de próxima geração de nuvem a ponta. “O novo conjunto de soluções PON aproveita nossa experiência em rede de acesso para usar uma gama incomparável de recursos em soluções ativas e passivas em vários estágios e topologias de implantação de fibra”, finaliza.

CommScope CommScope CommScope CommScope CommScope – Tel. (11) 5105-5599 Site: www.commscope.com

AgroMobility leva Internet para o campo em poucos dias

A AgroMobility, uma startup que nasceu dentro da TecExpert Brasil, integradora especializada em conectividade sem fio, desenvolveu uma solução simples e capaz de levar Internet ao campo em poucos dias.

“O produtor rural hoje tem dificuldades de conexão de Internet com qualidade para realizar a emissão de notas fiscais eletrônicas, estabelecer uma comunicação mais direta com as filiais, escritórios e armazéns logísticos, implantar câmeras de segurança e sistemas de monitoramento da propriedade e sensoriamento nos equipamentos do campo”, diz Ricardo Oliveira, sócio da TecExpert Brasil, de São Paulo, com implantações de conectividade sem fio em diversos setores industriais, incluindo o GP Brasil de F1 2021 e o novo trecho (Nova Serra) da Rodovia dos Tamoios (SP-99 São Paulo), com mais de 300 switches instalados ao longo de 12 km de vias e túneis.

A solução AgroMobility é fornecida em duas versões: móvel, que compreende um repetidor Wi-Fi com cobertura de 1 km e IoT - Internet das Coisas LoRaWAN de 5 a 10 km montado em uma carreta móvel de fácil engate em

Investimento começa a partir de US$ 4000 por estação

tratores ou utilitários; e fixa, com mastro de 7,5 m para cobertura sem fio na propriedade, seja em frentes de trabalho, pequenas propriedades e centros públicos rurais (postos de saúde e escolas). Na sede da fazenda, a conexão de Internet pode ser via satélite, 3G/LTE, fibra ou rádio ponto a ponto, um trabalho que também pode ser realizado pela equipe.

O investimento parte de aproximadamente US$ 4000 por estação. “O custo é reduzido pois usamos produtos de mercado”, diz. O custo de manutenção também é baixo, uma vez que a solução é alimentada por bateria e energia solar, com opções que permitem até 28 dias sem necessidade de carga. “Os gastos com conectividade de banda larga ou satélite podem ser compartilhados com diversos repetidores a um único modem”, diz Oliveira.

Segundo ele, com as coordenadas da propriedade, a empresa desenvolve o projeto de forma remota. “Enviamos a lista de equipamentos a nosso parceiro local de instalação e, quando necessário, um especialista vai até a propriedade, para acompanhamento do processo de implementação”, afirma. O gerenciamento da rede de repetidores pode ser realizado através do NOC da AgroMobility.

A empresa oferece ainda a possibilidade de integração com provedores regionais, uma solução white label ou em modelo de franquia. “Licenciamos operadoras interessadas a complementar seu portfólio com a solução de conectividade dentro do campo, com suporte, gestão e engenharia através de nossa equipe de especialistas”, diz.

Segundo o executivo, a solução AgroMobility foi destaque nos âmbitos de inovação em Conectividade para o Campo, dentro do espaço de Startups presentes nas 24ª e 26ª edições do Show Tecnológico Copercampos, realizado em Campos Novos, SC. Foi selecionada para compor a Missão Brasileira na Província de Santa Fé, Argentina, durante o Programa Diplomacia Inovação, organizado pelo Ministério de Relações Exteriores e operacionalizado pela Embaixada do Brasil na Argentina. E a versão fixa da solução AgroMobility foi reconhecida em programas de Apoio, Mentoria e Aceleração para Startups do Mercado Agro no Brasil.

A startup está sediada em São Paulo, além de estar incubada no Polo de Campos Novos, SC, por conta da demanda por conectividade nas propriedades rurais do estado, onde o desafio é maior devido à topografia acidentada. “Já temos diversos testes em andamento na região”, finaliza o diretor.

AgroMobility AgroMobility AgroMobility AgroMobility AgroMobility - www.agromobility.com.br

MDA Telecom anuncia aquisições e investimentos em produção

A MDA Telecom, uma indústria 100% nacional, no mercado desde 2014 com o fornecimento de peças plásticas e metálicas para a área de telecomunicações, com sede em Curitiba, PR, está se mudando para uma nova planta de 20 mil metros quadrados, quatro vezes maior que a estrutura atual, para abrigar a expansão da linha de produtos voltados para operadoras e provedores de Internet. A empresa comprou recentemente a operação comercial da TMM, de Santa Rita do Sapucaí, MG, fabricante de CTOs, e também fechou a compra de um fabricante de cabos drop e ASU do

interior de São Paulo. “Ainda não podemos divulgar os detalhes pois estamos em fase final de contrato”, diz André Dias de Melo, CEO da MDA Telecom.

Segundo ele, o objetivo é centralizar toda a produção em Curitiba, o que deve ocorrer até fevereiro de 2023. “Estamos apostando forte no mercado de fibra óptica”, diz. A MDA iniciou suas atividades com a linha de injeção e estamparia de peças plásticas, como SUPA, esticadores e suportes dielétricos.

André Dias de Melo, CEO da MDA Telecom: aposta no mercado de fibra óptica

Depois expandiu para as ferragens e na sequência para a extrusão (cordoalhas, tubos espirais, fitas e fios).

Os cabos ópticos darão um novo impulso aos negócios. “Estimamos um crescimento no faturamento de duas a três vezes no próximo ano com a entrada dessa linha”, afirma. Para dar conta da expansão, a empresa está estruturando seus times de engenharia, qualidade, vendas e marketing, com a contratação de profissionais especializados do mercado. Atualmente a MDA conta com 150 colaboradores diretos e 140 indiretos.

A MDA é homologada e fornece para as principais operadoras de telecomunicações do país. Além das operadoras, a empresa quer fortalecer a presença no mercado de provedores e distribuidores e na América Latina. Hoje já atende com fornecimento contínuo para quatro países na América Latina e planeja expandir futuramente com uma fábrica nova em um desses países. “Nosso objetivo é nos transformar em uma das maiores fabricantes da América Latina, com uma gama completa de produtos, que vão desde plaquetas de identificação até ativos e materiais para 5G”, finaliza o CEO da MDA Telecom.

MDMD MDMD MDA TA T A TA T A Telecomelecom elecomelecom elecom – Tel. (41) 3117-2247 Site: https://mdatelecom.ind.br/ Vaisala: transmissores e sensores garantem eficiência em data centers

Instalações de missão crítica demandam o monitoramento constante dos ambientes e equipamentos para garantir a eficiência

e segurança das operações. A Vaisala, multinacional especializada em medições industriais, ambientais e meteorológicas, fundada há mais de 85 anos na Finlândia, está apresentando ao mercado brasileiro sua linha de transmissores e sensores para diversos segmentos industriais, como data centers e salas limpas.

Há alguns anos a empresa montou um escritório no Rio de Janeiro, com equipes comercial e de engenharia, para desenvolver o mercado local, dentro de um plano estratégico lançado em 2016 para ampliar a presença na América Latina, com foco no México e Brasil - até então, a região era abastecida por meio da filial da Vaisala nos Estados Unidos. “No passado a atuação da empresa era mais reativa, sob demanda. Hoje estamos com uma abordagem mais direta junto ao mercado, incluindo uma nova rede de distribução para atendimento local e a tradução dos materiais de divulgação e site para o português, visitas a clientes e participação em eventos. Em razão da Covid-19, planos como o de abertura de um novo escritório em São Paulo sofreram um certo atraso, mas agora estão sendo retomados”, diz Diego Hara, gerente de vendas e aplicações da Vaisala no Brasil.

O mercado de data centers é uma das prioridades do grupo finlandês, considerando a crescente demanda por processamento de dados e aumento dos custos de energia.

Transmissor de temperatura da Vaisala

Com a refrigeração e utilização de ar condicionado (HVAC) responsáveis por cerca de 40% do uso de energia, essa infraestrutura deve ser gerenciada da forma mais eficiente possível. Com o uso de medidores e sensores fornecidos pela Vaisala, é possível controlar rigidamente os sistemas de ventilação e refrigeração e, com isso, aumentar a eficiência das instalações.

Entre os produtos fornecidos estão os transmissores de umidade e temperatura da série HMT120/130 com sondas de medição inteligentes e intercambiáveis em campo. As opções de parâmetros disponíveis são umidade relativa, ponto de orvalho/ponto de geada, temperatura de bulbo úmido, entalpia, umidade absoluta, proporção de mistura, pressão de vapor e pressão de vapor de saturação. Os produtos têm uma garantia de cinco anos e são comercializados no Brasil por meio de distribuidores.

Os instrumentos são instalados em pontos críticos do data center, e/ou junto do sistema de ventilação, nos racks de servidores e nos dutos de entrada e saída para o melhor controle do ar.

De acordo com o gerente, a umidade baixa aumenta o risco de eletricidade estática e a umidade alta pode causar condensação. Temperaturas incorretas ou flutuantes também podem danificar os dispositivos de TI ou reduzir sua vida útil. “Portanto, é extremamente importante que os sistemas de monitoramento e controle sejam apoiados por sensores estáveis, precisos e confiáveis a longo prazo”, diz. Os dispositivos Vaisala são capazes de medir a temperatura com precisão de até ±0,1°C e a umidade com precisão de até ±0,8% de UR, o que é ideal para os centros de dados.

Um dos clientes da Vaisala estimou que o resfriamento excessivo de apenas 1°C poderia aumentar os custos anuais de energia em até 8,5%. Para colocar isso em perspectiva, o aumento dos custos de energia para um pequeno data center seria de mais de 400 mil euros (R$ 2,2 milhões) em 10 anos, e para um grande site custaria mais de 4 milhões de euros (R$ 22 milhões). A Vaisala também é fabricante de equipamentos de monitoramento meteorológico, o que é importante porque muitos centros de dados medem o ambiente externo para aprimorar a otimização das condições internas e, desse modo, melhorar a eficiência energética.

Além de data centers, a Vaisala tem fornecido suas soluções para outros mercados no Brasil, com destaque para as indústrias farmacêutica e alimentícia. “Estamos presentes em todos os segmentos em que é necessário medir umidade, temperatura ou pressão”, diz Hara.

VV VV Vaisala aisala aisala aisala aisala – Tel. (21) 2263-3006 Site: www.vaisala.com/pt

Accedian apresenta soluções para monitoramento e segurança de redes

A Accedian, fornecedora canadense de soluções para o gerenciamento de redes fim a fim, apresentou duas soluções voltadas para monitoramento de desempenho e segurança.

Uma delas é o Skylight Interceptor, ferramenta baseada em nuvem voltada à proteção de redes em provedores de serviços e empresas. O produto fornece alertas de incidentes priorizados que aceleram a detecção e a resposta às ameaças de segurança desde o dia zero.

“O Skylight Interceptor utiliza IA – Inteligência Artificial e machine learning para aprender os padrões da rede e detectar mudanças em tempo real, o chamado NDR – Network Detection and Response. Quando uma anomalia é encontrada, é possível isolar aquele ponto ou tomar outras providências”, explica Antonio Zamprogno, vice-presidente de vendas e gerente geral da Accedian no Brasil. Para expandir ainda mais o seu portfólio, a Accedian fechou uma parceria com a Cisco Crosswork Network Automation para uma solução de automação de Service Assurance. O objetivo é elevar a satisfação dos usuários com maior visibilidade de performance de redes e insights ao automatizar a experiência em microssegundos, inclusive em sistemas autônomos 5G e Open RAN.

“Existem três grandes pilares em segurança: pessoas, ferramentas e processos. Se um deles falhar, gera uma vulnerabilidade. Todos precisam funcionar em conjunto para que a rede fique protegida”, afirma Zamprogno.

Com mais de 300 funcionários ao redor do mundo, sendo 11 no Brasil, a Accedian atende mais de 50 empresas em território nacional, a maioria composta por grandes operadoras e provedores de serviços. Para 2023, a meta é crescer até 30%, incluindo a operação brasileira.

Antonio Zamprogno, da Accedian: segurança de rede ampliada com processos de monitoramento integrados

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Solução da A10 amplia velocidade de provedores em nuvem

Thunder for Bare Metal, solução que amplia a velocidade de provedores em nuvem e auxilia no gerenciamento de protocolos IP.

O produto inclui as ferramentas Thunder ADC e AGN. A primeira fornece aplicativos escaláveis e balanceamento de carga do servidor. Já a segunda permite estender a conectividade IPv4, bem como a transição para IPv6.

“A solução trata tráfego com baixíssima latência via hardware de terceiros como Supermicro e Dell. Com isso, temos flexibilidade de acordo com a demanda e a disponibilidade de equipamentos”, explica Ivan Marzariolli, country manager Brasil da A10 Networks.

As aplicações Thunder for Bare Metal se beneficiam de maior desempenho, pois têm acesso direto e completo ao hardware subjacente. Além disso, são alimentadas pela arquitetura ACOS – Advanced Core Operating System também da A10, que entrega precisão de memória compartilhada, escalabilidade e processo de fluxo avançado. “Antigamente, era comum os Ivan Marzariolli, da A10 Networks: gerenciamento de endereços IP via equipamentos terem uma limitação de carga. Hoje, o contratante pode adquirir mais CGNAT licenças ou fazer um upgrade de CPU, sem trocar o produto ou criar um cluster, procedimento que aumenta o consumo de energia e o número de dispositivos no rack”, lembra Marzariolli.

Com relação à taxa de transferência, a ferramenta trabalha com taxas de 10 até 100 Gbit/s e possibilita mitigar a exaustão de redes IPv4 via CGNAT, bem como gerenciar a transição para IPv6. Quando necessário, o usuário pode aproveitar as atualizações no servidor e evitar paradas por questões de incompatibilidade entre IPv4 e IPv6.

“Sem CGNAT os provedores não crescem. Uma operadora com 2 mil assinantes precisa de um endereço IPv4 para cada usuário, algo inviável em virtude da escassez do protocolo. Em alguns casos, o CGNAT consegue homologar diversos assinantes em um único IP”, finaliza o country manager.

A10 Networks A10 Networks A10 Networks A10 Networks A10 Networks – Tel. 0800-020-1547 Site: www.a10networks.com

Playhub pretende atingir novos mercados em 2023

A Playhub, fornecedora de conteúdo OTT como SVA para provedores, planeja oferecer seus conteúdos para novos mercados no próximo ano. Uma das estratégias é trabalhar com setores que possam bonificar os usuários com os aplicativos,

caso das instituições bancárias e plataformas de e-commerce.

“Bancos e plataformas de e-commerce, por exemplo, podem oferecer os produtos da Playhub para agregar valor aos clientes, com objetivo de: retenção e aumento de base, incrementar tíquete médio e se diferenciar da concorrência. É perfeitamente possível”, explica Rômulo Carvalho, CO-CEO da Playhub.

Outro objetivo é mais do que dobrar a atual base de clientes. Com aproximadamente 450 provedores atendidos por todo o Brasil e 850 mil aplicativos ativos, a empresa tem ampliado o seu portfólio de conteúdo. Recentemente, a Playhub fechou um acordo de exclusividade com a NBA, a liga norte-americana de basquete, para oferecer a opção aos provedores regionais.

“Sabemos que o brasileiro ama esportes, tanto que o país é o segundo maior consumidor de jogos da NBA. Pretendemos estender a parceria e mirar outros esportes que fazem sucesso no país atualmente, como a NFL, de futebol americano, e Fórmula 1”, explica o CO-CEO.

Com uma gama de produtos que envolvem filmes, séries, documentários e ferramentas como Deezer (música), Doutor Pass (telemedicina), Ubook (leitura) e Kasperksy (antivírus), os aplicativos distribuídos pela Playhub podem ser acessados Rômulo Carvalho, da mediante login e senha Playhub: novos em um portal totalmente mercados para SVAs white label. Na plataforma, o usuário escolhe um conteúdo para utilizar por 30 dias. Após o período, o cliente pode optar por outro aplicativo do portfólio fornecido pelo provedor. “Trabalhamos com uma área de estratégia responsável por estruturar os combos de acordo com a região e o valor oferecido pela concorrência. Costumamos sugerir ao provedor que monte planos de Internet de menor velocidade com nossos aplicativos de entrada. Assim, ele pode fidelizar o assinante e realizar o upselling, que é a migração do cliente para ofertas mais altas”, finaliza o executivo. Playhub Playhub Playhub Playhub Playhub – Tel. (11) 95021-2536 nn nn n Site: www.playhub.com.br

NOTAS

Correção – Na matéria 7AZ: pagamentos por PIX de QRCodeDinâmico (RTI RTI RTI RTI RTI 270, Novembro 2022, página 18), o nome correto e a cidade do provedor onde foi criada a 7AZ é Mhnet Telecom, de Chapecó, SC, e não MegaNet Telecom, de Canoinhas, SC. Lamentamos o equívoco e pedimos desculpas aos leitores e à empresa.

Nova norma – A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas lançou a NBR 17060:2022 – Acessibilidade em Aplicativos de Dispositivos Móveis –Requisitos. Segundo a entidade, a regulamentação estabelece requisitos para facilitar e otimizar o acesso de pessoas com deficiência a ambientes virtuais, com o objetivo de eliminar ou mitigar barreiras na utilização de páginas web e de aplicativos em dispositivos móveis, sejam eles nativos, aplicações web (WebApps), ou híbridos, incluindo sites acessados pelo celular. O desenvolvimento contou com o apoio do Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

Marcas de Destaque nos Provedores de Internet – 6ª edição

Os provedores de Internet são responsáveis pelo processo de aceleração digital do país, levando conectividade a zonas rurais, comunidades e municípios afastados dos centros urbanos. Dada sua importância para o mercado, a revista RTI realiza desde 2017 uma pesquisa anual para conhecer as marcas mais usadas por essas empresas em 28 categorias de produtos. Veja os ganhadores deste ano da pesquisa, que tabulou indicações de quase 160 provedores de todo o país.

Juntos, os provedores regionais detêm 47,5% do mercado de Internet fixa no país, o dobro do que possuíam há cerca de quatro anos e superam conjuntamente Claro (23,2%), Vivo (15,1%) e Oi (12,1%), de acordo com dados compilados pela consultoria Teleco.

Segundo a Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações, a quantidade de acessos de banda larga fixa no Brasil cresceu de 16,6 milhões em março de 2020, quando a OMS declarou oficialmente a pandemia do coronavírus, para 43,9 milhões em agosto de 2022. Outro destaque é o número de acessos realizados com tecnologia de fibra óptica, que já somam 28,1 milhões de conexões contratadas, dos quais as operadoras competitivas representam 17,69 milhões de conexões de fibra.

Depois de um ano marcado por muitas fusões e aquisições e entrada de investidores, em 2022 o setor não se mostrou tão aquecido como no início da pandemia. Mas os investimentos continuam acontecendo. Apesar da consolidação do mercado, há muitas empresas novas surgindo. Uma distribuidora que atua nesse segmento mapeou, somente no raio de 100 km de São Paulo, cerca de 1100 provedores. Com a expansão do 5G, as oportunidades de negócios devem crescer ainda mais, graças aos backbones e redes de fibra óptica construídos pelos provedores.

Importante mercado comprador de equipamentos, sistemas e outros insumos, o provedor regional é estratégico para os fornecedores, tanto

nacionais quanto estrangeiros, que expandem suas linhas de produção, investem em máquinas e equipamentos e desenvolvem novas tecnologias. Por isso, conhecer as marcas líderes no mercado e as que vêm crescendo é fundamental para as compahias traçarem suas estratégias de vendas e marketing para os próximos anos.

Para mapear as marcas mais usadas para a construção, operação e manutenção de suas redes, a revista RTI realiza todos os anos, desde 2017, um levantamento inédito no setor: a Pesquisa Marcas de Destaque nos Provedores, agora em sua sexta edição.

Levantamento exclusivo para provedores de Internet, o objetivo não é saber a opinião, mas realmente o que é usado por essas empresas. Para colher a informação, foram selecionados, do cadastro de RTI, 4270 provedores de Internet. Eles receberam um e-mail que explicava os objetivos da pesquisa com um convite a preencher o questionário. Basicamente, o questionário trazia a pergunta: “Da relação dos produtos abaixo, quais marcas você utiliza? A lista trazia 28 produtos e equipamentos, os mais usados na operação de um provedor, como equipamentos GPON, cabos ópticos, caixas de emenda, instrumentos de testes e software de gestão de rede. Para cada item, reservou-se no questionário um espaço para que o

consultado escrevesse o nome da marca usada. 155 provedores participaram da pesquisa. Resultados

Os resultados do Prêmio Marcas de Destaque nos Provedores 2022 são apresentados a partir da página 24. Cada item traz o seu universo, isto é, o número de empresas, dentre as que informaram a marca usada sobre aquele item – os consultados foram orientados a só se manifestarem sobre os produtos realmente usados em suas instalações. Os volumes de indicações recebidas por cada marca são dados em porcentagens dos respectivos universos.

Há tabelas em que a soma dos percentuais atribuídos a cada marca é maior que 100%. Isso acontece porque, como a pesquisa não dirige nem limita a resposta dos consultados, alguns deles usam mais de uma marca para um mesmo produto. Nessas situações, todas as marcas são consideradas. Por outro lado, nem todas as marcas indicadas estão presentes nas tabelas. Por razões de espaço, adotou-se o critério de excluir da apresentação as que não obtiveram no mínimo 2% das indicações do universo respectivo. Portanto, em algumas tabelas a soma dos percentuais de todas as marcas listadas é menor do que 100%.

Vale ressaltar que, em todos os casos, os percentuais de indicações são somados e todas as diferentes denominações são relacionadas –inclusive com o cuidado de fazer constar, em primeiro lugar, o nome que recebeu mais indicações, seguido do segundo mais indicado e assim por diante.

É considerado empate quando a diferença entre as primeiras colocadas é igual ou inferior a 3%. Nesses casos, as marcas ganhadoras são identificadas nas tabelas com bold e logotipo do Prêmio.

O levantamento traz ainda os resultados do ano anterior das marcas citadas, permitindo que o leitor avalie a evolução e se ela ganhou ou cedeu terreno junto aos provedores.

Por fim, na página 30 há uma lista dos números de telefone dos fornecedores (fabricantes e/ou importadores) das marcas listadas em todas as tabelas de produtos.

A relação com os nomes dos provedores participantes da pesquisa está disponível no site: http://www.arandanet.com.br/ revistas/rti/md2022

Onde estão as Marcas de Destaque

Publicamos aqui os números de telefones para atendimento ao cliente de todas as marcas citadas nas tabelas da pesquisa.

2Flex----------------------------------------(21) 3527-0052 4Lan-----------------------------------------(11) 5521-2522 ALGcom-----------------------------------(54) 3201-1903 Anritsu-------------------------------------(11) 3283-2511 Aprimorar----------------------------------(51) 3191-9398 Aquário-------------------------------------(44) 3261-7336 ARJ Company-----------------------------(11) 2193-9288 ATN Telecom-----------------------------(51) 3470-0000 Autocad------------------------------------(11) 5501-2500 Azlink---------------------------------------(11) 4010-0820 B4 Solution------------------------------(11) 93767-2525 Belluno-------------------------------------(55) 3281-9200 Betel-----------------------------------------(11) 4901-2133 Bosch---------------------------------------0800 704 5446 Branco--------------------------------------(41) 3211-4040 Bit Trainer--------------------------------(33) 98416-5250 Buffalo--------------------------------------(41) 3091-5600 Cablena-------------------------------------(11) 2175-9223 Cambium-----------------------------------(21) 4042-1290 Caterpillar------------------------------+1 (309) 675-1979 CCN-----------------------------------------(35) 3471-1034 CDNTV------------------------------------(51) 3392-9584 Ceragon-------------------------------------(11) 4689-4800 CG3 Telecom------------------------------(11) 5555-4051 Ciclops------------------------------------(31) 99114-0054 Ciena----------------------------------------(11) 4765-2333 Cisco----------------------------------------0800 891 4972 Clamper-------------------------------------(31) 3689-9500 Clube Certo------------------------------(31) 99402-0965 CM Comandos----------------------------(11) 5696-5000 Comba--------------------------------------(11) 3509-4813 Condutti------------------------------------(11) 2066-9090 Cral--------------------------------------------14 2106-3200 Cummins-----------------------------------0800 286 6467 D-Link-------------------------------------(11) 3003-1440 Datacom-----------------------------------(51) 3933-3000 Dell------------------------------------------0800 970 3355 Delta Cable--------------------------------0800 604 3021 Dicomp-------------------------------------(44) 4009-2826 Digistar-------------------------------------(51) 3579-2200 DPR-----------------------------------------(11) 3934-2000 Duracell--------------------------------------08000135 530 Eaton---------------------------------------(11) 3616-8500 Elgin----------------------------------------0800 70 35 446 Elite Soft-----------------------------------(43) 3322-9593 Eltek----------------------------------------(11) 4525-1570 Embrastec---------------------------------(16) 3103-2021 Ensy---------------------------------------(11) 97452-3050 Ericsson------------------------------------(11) 2224-2000 Exfo-----------------------------------------(11) 5103-3260 F2 Home---------------------------------(31) 99976-4400 Fiberhome---------------------------------(11) 3938-9133 Fibersul-------------------------------------(41) 3275-4301 Fibracem-----------------------------------(41) 3661-2550 Fibratech-----------------------------------(47) 2125-1876 Finisar--------------------------------------(19) 3201-3075 Fitel Furukawa----------------------------(19) 3246-3327 Fluctus-------------------------------------(47) 3021-4277 Fluke Networks--------------------------(11) 3759-7600 FonNet-------------------------------------(85) 3494-2077 Fortics--------------------------------------0800 367 8427 Freedom/Clarios-------------------------(15) 2102-2700 Fujikura-------------------------------------(11) 3939-1249 Furukawa----------------------------------0800 041 2100 Garra----------------------------------------(61) 3233-1100 GeoGrid Maps----------------------------(48) 3622-0702 Geosite-------------------------------------(31) 3263-1100 Glaper--------------------------------------(11) 2061-7859 Goldentech--------------------------------(11) 2256-5944 GP Racks----------------------------------(11) 2061-7859 Graciella------------------------------------(16) 3253-9388 Greatek-------------------------------------(12) 3932-2501 Hero-----------------------------------------0800 774 0400 Hepso---------------------------------------(11) 4173-3950 HT Cabos----------------------------------(35) 3422-6342 Huawei-------------------------------------(11) 5105-5105 Hubsoft-------------------------------------(37) 3415-1100 Ideal Antenas------------------------------(35) 3449-9688 Ilsintech-------------------------------(+1) 972 556 0916 Infinera-------------------------------------(11) 3572-6200 Infortel-------------------------------------(51) 3076-3800 Intelbras------------------------------------0800 724 5115 Intracom---------------------------------(44) 98458-7751 Iron Racks---------------------------------(11) 2780-0359 ITTV--------------------------------------(79) 99903-3819 IXCSoft------------------------------------(49) 3199-2580 JFA----------------------------------------(31) 98323-1100 Kawashima--------------------------------(41) 3136-9100 Kayama-------------------------------------(21) 3639-3366 KL Industrial------------------------------(41) 3643-5002 Lacerda-------------------------------------(11) 2147-9777 Lanexpert--------------------------------(11) 99142-8186 Leaf Tecnologia---------------------------(71) 4040-4028 Leveduca-----------------------------------(35) 3729-7244 Logmaster----------------------------------(51) 2104-9005 Looke---------------------------------------(11) 5053-5031 Mazda---------------------------------------(11) 4441-6500 Megatron-----------------------------------(11) 4636-1920 Mercusys-----------------------------------(11) 4007-2276 Microtelefonia------------------------------(51) 3066-1011 Mikrotik---------------------------------- (44) 3838-1030 Miljet-----------------------------------+1 (407) 930 7141 MK-Auth---------------------------------(43) 98807-6866 MK Solutions------------------------------(51) 3740-2900 Motomil------------------------------------(47) 2103-4150 Moura---------------------------------------(11) 3090-5555 MPT-----------------------------------------(19) 3936-9383 MRC-----------------------------------------0800 494 2127

Multitel-------------------------------------(51) 3030-3070 Multirede-----------------------------------(11) 3040-7647 Multiway-----------------------------------(11) 3437-5600 Mundial-----------------------------------(41) 99108-5256 MWM--------------------------------------0800 0 110 229 Nagano-------------------------------------(11) 5089-2590 Nazda---------------------------------------(44) 4009-2826 NEC----------------------------------------(11) 3897-4122 Neoway------------------------------------(48) 3333-2030 Newave--------------------------------------800 887 1673 Nexans-------------------------------------(11) 3084-1600 Next-----------------------------------------(43) 3029-1000 NHS-----------------------------------------(41) 2141-9200 Nilko----------------------------------------(41) 3661-1800 Noggin Paramount-----------------------(11) 3866-1730 Nokia---------------------------------------(11) 2947-8133 Nucleo Telecom---------------------------(51) 3030-3050 Oetel----------------------------------------(35) 3012-2485 Optlaser------------------------------------(71) 3402-0400 Orientek------------------------------------(16) 3363-8001 Otech---------------------------------------(11) 3384-3371 Overtek-------------------------------------(44) 3838-1022 Ozmap/Devoz----------------------------(48) 3364-4120 Padtec--------------------------------------0800 771 9009 Parks----------------------------------------(51) 3205-2100 Playhub-----------------------------------(11) 95021-2536 PHB Eletrônica---------------------------(11) 3648-7830 Pier Telecom-------------------------------(13) 3345-6012 Pioneiro-------------------------------------(49) 3537-7500 Planet---------------------------------------(41) 3040-6100 Presley--------------------------------------(11) 2542-5548 Proeletronic--------------------------------(11) 4693-9300 Prysmian-----------------------------------(11) 4998-4000 Proteco-------------------------------------(11) 5564-9633 Qualifica----------------------------------(31) 98725-1535 Radiusnet-----------------------------------(19) 3396-6800 Ragtech-------------------------------------(11) 2147-3000 Radwin-------------------------------------(31) 3046-6100 Redex---------------------------------------(11) 2175-2333 Rosenberger Domex---------------------(12) 3221-8500 Routerbox----------------------------------(44) 3015-8900 Schneider Electric------------------------0800 7289 110 SEI Brasil----------------------------------(15) 3416-7100 Seicom--------------------------------------(51) 3326-1720 SER Telecom------------------------------(44) 3015-8920 SIAE----------------------------------------(11) 4873-9001 Siemens--------------------------------------0800 11 94 84 Skylane-------------------------------------(19) 3514-6000 SMS/Legrand------------------------------(11) 4075-7069 SGP---------------------------------------(83) 99606-6939 Soprano-------------------------------------(54) 2109-6464 Steck----------------------------------------(11) 5365-6960 Stemac--------------------------------------0800 723 3800 Studio Bara--------------------------------(11) 4210-2352 Sumec----------------------------------+86 25 8441-5642 Sumitomo----------------------------------(19) 3273-1034 Super Comics------------------------------(11) 3209-6714 Super Conhecimento---------------------(46) 2555-9700 Tenda----------------------------------------(11) 3262-3361 Think Technology------------------------(35) 3473-0762 Tivea----------------------------------------(11) 2401-5151 Tivit-----------------------------------------(11) 3757-2222 Tomodat------------------------------------(42) 3252-1180 TopSapp------------------------------------(66) 3211-0010 Toyama-------------------------------------(41) 3595-9800 TP-Link------------------------------------(11) 4007-2172 Triunfo-------------------------------------(41) 3347-1850 TS Shara------------------------------------(11) 2018-6000 Tudor------------------------------------------0800 135530 Ubiquiti-------------------------------- (48) 99149-2304 Uhome--------------------------------------(85) 3253-1376 União Eletrometais----------------------(35) 3471-7772 Unicoba-------------------------------------(11) 5078-5555 Upcall---------------------------------------(41) 3797-9757 Vertiv---------------------------------------(11) 3618-6600 Viavi Solutions----------------------------(11) 5503-3800 Voalle---------------------------------------(55) 3220-1350 Volt------------------------------------------(35) 3471-3042 Watch Brasil-------------------------------(41) 3797-9977 WEC-------------------------------------- (15) 3228-1254 WEG---------------------------------------(47) 3276-4000 WI2BE-------------------------------------(41) 3512-6500 Womer--------------------------------------(11) 5522-2699 Yanmar-------------------------------------(19) 3801-8954 Yokogawa----------------------------------(11) 5681-2400 Zenvia--------------------------------------0800 6464 777 ZTE-----------------------------------------(11) 4208-1888 ZTT-----------------------------------------(12) 2138-8282

SVOD: a nova geração de SVA para provedores

As plataformas de streaming por assinatura estão presentes em 74% dos lares com Internet fixa nos principais mercados da América Latina. Dentro desse cenário, vale destacar a SVOD - oferta de vídeo sob demanda a partir de assinatura. A modalidade permite aos provedores compor um portfólio de SVA abrangente, manter o cliente fidelizado, reduzir o churn e aumentar a base de assinantes.

David Nagib, Responsável pela Área de Desenvolvimento de Negócios da NxTV

Omercado de banda larga cresce de maneira exponencial e os principais atores neste setor, os provedores de Internet, estão conseguindo excelentes resultados ao incluírem em suas estratégias a oferta de novos serviços digitais aos clientes.

Para se ter uma ideia do potencial desse mercado, ao final do ano de 2021, o número de domicílios com acesso à Internet no Brasil chegou a 90%, segundo a PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [1]. Um dado que chama a atenção nesse censo do IBGE é o número de domicílios com acesso à Internet, que é muito próximo daqueles que possuem um aparelho de TV: de 2019 a 2021, o número de domicílios com TV no país subiu de 68,4 milhões para 69,6 milhões. No entanto, a proporção de domicílios com TV recuou de 96,2% para 95,5% do total.

Outro aspecto que deve ser ressaltado: as smart TVs, os aparelhos com acesso à Internet, estão presentes em 61% dos lares brasileiros, segundo um estudo realizado pela Nielsen e MetaX [2]. Os números estão aí para serem analisados pelas empresas de banda larga em suas estratégias.

Tem sido um aprendizado muito grande para poder contribuir com esse processo de evolução dos provedores na utilização de SVA - Serviço de Valor Agregado ao longo dos últimos anos e de participar de vários projetos, muitos deles em andamento e que prometem movimentar ainda mais a cadeia produtiva.

Para onde vai o mercado de provedores de Internet?

O SVA – Serviço de Valor Agregado é definido pela Anatel como toda e qualquer prestação de serviço auxiliar às atividades de telecomunicações. Não é um serviço de telecomunicação em si, mas um serviço que é disponibilizado atrelado ao serviço principal de telecom. É disso que estamos falando quando nos referimos aos serviços adicionais que os provedores devem entregar aos seus clientes. Quem tem um

plano de Internet deseja, na verdade, acessar diversos serviços online, seja para fazer uma pesquisa sobre qualquer tema ou de preços de produtos, realizar compras, ler as notícias do dia, marcar consulta e ver resultados de exames, ter aulas online, ver filmes e séries e muito mais. De nada adianta pagar pelo acesso se não puder ter esses serviços. Assim, o provedor que deseja crescer tem que ter isso em mente: o seu cliente quer muito mais que pagar a sua fatura todo mês. É a hora dos serviços digitais que podem ser entregues juntamente com os planos contratados.

SVA para além da commodity de Internet

Já é consenso no setor que a Internet se tornou uma commodity e que as empresas que atuam nesta área necessitam oferecer mais do que maior velocidade de Internet, que já vem elevada para a grande maioria dos lares brasileiros, com conectividade suficiente para poder vídeos em alta resolução e todos os pontos de acesso dentro da residência.

O fato é que os clientes querem mais e mais. Não basta o provedor oferecer planos variados de até (ou acima) de 1 Gbit/s para aumentar a sua carteira de assinantes. Hoje (e amanhã também) é necessário que seja colocado à disposição o maior número de opções de serviços. Não apenas porque o cliente deseja, mas também porque a competição no setor é altamente acirrada. Se o provedor não se mexer, poderá sair perdendo muito, até mesmo tendo que sair do mercado. Há casos de cidades brasileiras com mais de uma dezena de empresas se digladiando pelos clientes, onde a briga por preço pode ser fatal para as pretensões de crescimento dessas operadoras locais.

Os primeiros serviços complementares oferecidos ao plano de banda larga foram os de telefonia e TV, resultando em uma estratégia denominada triple-play, ou seja, o empacotamento de três serviços básicos. Isso teve início há mais de 15 anos e, de lá para cá, foram inúmeras outras iniciativas, agora centradas na disponibilização de aplicativos que entregam uma infinidade de serviços digitais e de conteúdo de entretenimento, cultura, esportes, saúde, ensino a distância, entre outros. Oferta de vídeo sob demanda a partir de assinatura (SVOD)

Recentemente surgiram as plataformas OTT - over-the-top para oferecer streaming de TV aberta e paga, filmes e séries a preços que cabem no bolso dos clientes de todo o país, e tudo junto com os planos de Internet ou via contratação avulsa, sob demanda. Essas plataformas passaram a permitir que o provedor pudesse adicionar conteúdo local envolvendo as igrejas, corporativo, artístico e cultural, esportes, etc., e a partir de uma negociação direta entre provedores e esses produtores, sem as amarras dos tradicionais pacotes de TV por assinatura.

Esta modalidade permite aos provedores compor um portfólio de SVA abrangente e capaz de atender a diversos públicos que formam a carteira de clientes. Com isso, passaram a ganhar mais poder de negociação para manter o cliente fidelizado, reduzir o churn, aumentar a sua base de clientes e se fortalecer para enfrentar outros desafios além da competição, tais como

planejamento tributário, preparação para fusões e aquisições e captação de investidores.

O importante aqui é que o provedor leve em consideração o custo/ benefício que cada uma delas oferece para a composição do preço final para o seu cliente. Há muitos casos de produtores que não conseguiram fechar a conta depois de alguns meses. Afinal, nem sempre o que custa mais é o melhor para o seu perfil de clientes.

Alguns números que ajudam a pensar no assunto

Este é um mercado em franca expansão, caso o provedor tenha interesse em analisar alguns números oferecidos pela consultoria BB Media [3]: as plataformas de streaming por assinatura estão em 74% dos lares com Internet fixa nos principais mercados da América Latina (Brasil inclusive). São, em média, 2,6 plataformas SVOD por domicílio. Ou seja, os clientes de Internet contratam mais de um serviço de SVOD. Qual o significado disso? Mais oportunidade de negócios para os provedores de Internet.

Ainda segundo a consultoria BB Media, somente no início de 2022, foram contabilizadas 228 plataformas OTT ativas em 18 países da América Latina, sendo 59 pertencentes às operadoras de TV paga, 83 a programadoras e 86 a outras companhias. Especificamente para o SVOD existem mais de 100 plataformas disponíveis. Esperamos que esse número aumente ainda mais nos próximos anos, mas, certamente acreditamos que haverá uma consolidação de mercado. Restarão apenas aquelas que ofereceram melhores condições para que os provedores possam sobreviver em um ambiente altamente concorrido.

O que movimenta o setor são as alianças entre quem produz, quem distribui e quem faz a entrega desses serviços na última milha, onde os provedores se posicionam em melhores condições de contribuir com este crescimento.

REFERÊNCIAS

[1] https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/ agencia-noticias/2012-agencia-denoticias/noticias/34954-internet-ja-eacessivel-em-90-0-dos-domicilios-dopais-em-2021. [2] https://static.poder360.com.br/ 2022/08/Pesquisa-Nielsen-MetaXCTV.pdf. [3] https://bb.vision/soluciones-po.

Entendendo a perda de retorno

A perda de retorno está entre os efeitos mais importantes que afetam a transmissão de sinais em cabos metálicos e ópticos. Em geral, as reflexões são os problemas mais sérios em telecomunicações. O artigo discute a perda de retorno em cabos de cobre, suas características, causas, comportamento e como minimizar os efeitos em instalações.

Paulo S. Marin, Doutor em EMI/EMC aplicada à infraestrutura de TI

Aperda de retorno pode ser definida como a reflexão de um sinal que se propaga em um canal de transmissão devido ao descasamento de impedâncias nesse canal. O sinal refletido retorna à sua fonte geradora em forma de ruído, de modo que uma parcela menor é entregue ao receptor, degradando, portanto, o desempenho do sistema de comunicação. Por isso, a perda de retorno deve ser controlada e mantida dentro de níveis adequados, conforme especificações de normas técnicas para cabos, hardware de conexão, patch cords, canais e enlaces permanentes. Como esclarecimento, é comum encontrarmos a perda de retorno referida como RL - Return Loss em equipamentos de testes em campo, literatura técnica, manuais, catálogos, etc. Ao longo deste artigo vou utilizar o termo em português.

Há diversos fatores que afetam a transmissão de sinais em canais de transmissão, a saber: • Atenuação (ver RTI setembro). • Ruído de fundo e longitudinal. • Ruído impulso. • Ruído devido à perda de retorno. • Diafonia (ver RTI abril). • Atraso de propagação (ver RTI agosto). • Interferência eletromagnética. • Distorção de fase. • Jitter (falha de sincronismo entre transmissor e receptor).

A figura 1 apresenta um esquema de sistema de comunicação, incluindo os efeitos mencionados anteriormente e as características intrínsecasdo canal.

O canal tem suas próprias características, representadas na figura por seus parâmetros primários (R, L, G e C) e secundários (impedância característica - Z0, atenuação - α, e deslocamento de fase - β). Os demais efeitos são provenientes de fontes externas, sejam elas os equipamentos ativos da rede, equipamentos e dispositivos operando no ambiente de instalação, práticas de instalação, etc.

Um efeito indesejado importante em comunicações digitais por cabos metálicos devido à perda de retorno é a introdução do jitter de fase, que indica que as bordas dos pulsos digitais variam aleatoriamente no tempo em torno de suas posições ideais. Esse efeito é responsável pela geração de atrasos não uniformes nos diversos componentes de frequência do pulso digital transmitido, conhecido como distorção de fase ou atraso de grupo que, consequentemente, é responsável pela interferência intersimbólica (ISI - Intersymbol Interference).

Na transmissão de um pulso digital, todos os componentes de

Fig. 1 – Esquema de um sistema de comunicação e os efeitos que degradam a qualidade do canal de transmissão

frequência são atrasados uniformemente, mantendo uma relação de fase constante entre si. Quando ocorrem atrasos não lineares ao longo do canal devido ao jitter, as características do sinal recebido na outra extremidade são muito diferentes daquelas transmitidas (no domínio do tempo), não sendo possível a detecção do sinal transmitido pelo circuito receptor, ou introduzindo erros de decodificação no sinal recebido. De forma bastante simples, a ISI ocorre quando há inversão de fase que, em comunicação digital significa que um “1” lógico pode ser interpretado como um “0” lógico e vice-versa.

Esse efeito é o principal fator limitativo de desempenho de sistemas VoIP - Voice Over Internet Protocol (voz sobre IP) em sistemas de cabeamento estruturado, que são sensíveis às distorções de fase e atraso de propagação. Uma técnica bastante eficiente para a avaliação da ISI é o diagrama do olho, mostrado rapidamente na figura 2.

O diagrama do olho é uma ferramenta bastante útil para a avaliação da interferência por distorção de fase, que tem relação direta com as reflexões e, portanto, com a perda de retorno. Quanto maior a abertura do olho, melhor a relação sinal/ruído do canal. Um pouco mais adiante neste artigo, voltarei ao diagrama do olho e como ele se comporta em função do descasamento de impedâncias.

A perda de retorno varia sensivelmente com a frequência. Pequenas variações no valor da impedância característica ao longo do canal de transmissão afetam a perda de retorno. Por esse motivo, cabos e hardware de conexão de características elétricas iguais devem ser utilizadas em conjunto. Outra fonte de perda de retorno mais significativa na prática é a qualidade dos serviços empregados na instalação, fator que afeta o desempenho do canal de transmissão de forma bastante importante. Em termos simples, o mau contato nas terminações é uma importante fonte de reflexões indesejadas e degradação do desempenho de transmissão do canal.

Portanto, em todas as localidades do canal de transmissão onde houver a introdução de conexões (e potencial para mau contato), haverá descasamento de impedâncias e reflexão de sinais, representada pela perda de retorno. Em outras palavras, interrupções no canal de transmissão causam perda de retorno. A figura 3 mostra uma topologia de cabeamento estruturado com os pontos nos quais isso ocorre.

Avaliando somente a parte do cabeamento entre dois pontos bem definidos no canal (distribuidor de piso e tomada de telecomunicações na área de trabalho, por exemplo), onde há um transmissor (Tx) e um receptor (Rx), conforme representado na figura 4, um canal com bom acoplamento apresenta baixa reflexão.

No caso de uma terminação malfeita, na qual há mau contato, a amplitude de tensão do sinal entregue à extremidade onde se encontra o receptor é tão baixa que o sinal é interpretado como ruído, gerando um erro de comunicação (figura 5).

As redes Ethernet são muito sensíveis a reflexões, de modo que o instalador deve assegurar que as terminações sejam de boa qualidade, algo muito dependente da mão de obra, e sempre realizar testes de certificação, que incluem o teste de perda de retorno. Este é o único parâmetro (entre os avaliados na certificação do cabeamento) capaz de mostrar ao instalador um mau contato em alguma terminação quando isso ocorrer.

As normas técnicas de cabeamento estruturado não especificam que as conexões devem ser feitas com ferramentas e tampouco condenam conectores terminados sem o uso das clássicas ferramentas punch-down cujas lâminas, quando pressionadas contra o conector, fazem a terminação IDC dos condutores do cabo, aplicando um golpe mecânico e cortando o excesso dos condutores. Os componentes que podem ser terminados sem o uso de ferramentas específicas, identificados no mercado como tool less (sem ferramenta), são reconhecidos por normas técnicas de cabeamento.

Os valores das impedâncias nas terminações, ou seja, nos conectores que fazem a interface entre o cabeamento e os equipamentos ativos de rede, devem ser iguais à impedância característica do canal de transmissão, dentro de certa tolerância, conforme especificado em normas técnicas. Um bom casamento entre a impedância característica do canal e da tomada que conecta o conector do equipamento ativo oferece boa transferência de potência no canal, minimizando as intensidades dos sinais refletidos.

Voltando ao diagrama do olho; a qualidade das terminações pode ser avaliada por meio dessa ferramenta, conforme mostrado na figura 6. O diagrama do olho pode ser observado por meio de um osciloscópio no qual a base de tempo é sincronizada com a frequência de transmissão do canal e o sincronismo vertical Fig. 3 – Cabeamento horizontal e pontos de perda de retorno por descasamento de impedâncias com o sinal transmitido por ele. A base de tempo é normalmente limitada à largura de dois períodos de símbolo ou de bits e o trigger do osciloscópio é acionado para iniciar a amostragem no centro dos picos (pontos de amostragem). Conforme a discussão sobre o diagrama do olho e sua representação (ver figura 2), vemos na figura 6 que, quanto mais deficiente for a terminação do canal, representada pela influência do mau contato e descasamentos de impedâncias em suas terminações, mais fechado o olho será (figura 6a). Da mesma forma, quanto melhores as terminações do canal, mais aberto o olho será (figura 6b). Assim, conseguimos uma boa visualização da relação sinal/ruído do canal em função da perda de retorno, entre outros fatores. Para efeito de testes, a perda de retorno trata da medição de todas as reflexões Fig. 4 – Transmissão com baixa reflexão e bom desempenho de perda de retorno

(analisadas sob um espectro de frequências) causadas por anomalias de impedância característica ao longo de um segmento de cabo, em decibel (dB).

A perda de retorno pode ser analisada por meio da relação entre a tensão do sinal refletido e a tensão do sinal incidente, devido aos descasamentos de impedâncias, ou por meio dos descasamentos de impedâncias propriamente ditos.

Com base no descasamento de impedâncias, a perda de retorno é função de quanto os valores de impedância característica ao longo de um canal se aproximam de seus valores nominais. Como exemplo, no caso do cabo balanceado de 100 Ω, esta é sua impedância nominal. Dessa forma, a perda de retorno pode ser determinada pela seguinte relação:

sendo: • Z0: impedância característica medida do canal (em Ω). • Z0nom: impedância característica nominal (especificação) do canal (em Ω). • PR: perda de retorno (em dB). O sinal negativo na fórmula acima é para indicar que o valor calculado desse parâmetro representa uma perda. Como sabemos, o mau contato nas Fig. 5 – Problema de comunicação devido à alta reflexão na terminação do lado do transmissor conexões (ou terminações) em um canal de cabeamento estruturado leva ao descasamento de impedâncias. Do ponto de vista elétrico, o mau contato é representado como uma impedância muito elevada na conexão, tendendo ao infinito (teoricamente), ou ao circuito aberto na prática. Para exemplificar o efeito do descasamento de impedâncias e sua resposta em termos de perda de retorno, consideremos os casos exemplificados a seguir.

Caso 1 – Casamento de impedâncias ideal (ΔZ0 = 1%)

Este caso representa um canal com terminações ideais, com desvio de impedância característica de 1%. É importante explicar que a impedância característica é um parâmetro que tem uma tolerância média típica de 15% em relação ao seu valor nominal. Portanto, o cenário representado aqui não poderia ser real. Z

0nom = 100 Ω

Z

0 (medida) = 101 Ω

Caso 2 – Casamento de impedâncias aceitável (ΔZ0 = 20%)

Este caso representa um canal com terminações aceitáveis (serviço bem feito), desvio de impedância característica realista e conexões casadas com componentes bem ajustados. Z

Fig. 6 – Exemplo de diagrama do olho para canais com terminação deficiente (a) e adequada (b)

0nom = 100 Ω

Z

0 (medida) = 120 Ω

Caso 3 – Casamento de impedâncias deficiente (ΔZ0 >>> 100%)

Este caso representa uma conexão malfeita na qual há um mau contato muito importante. Eletricamente, ele pode ser interpretado como um circuito aberto, embora o efeito possa ser ainda pior na prática. De qualquer maneira, isso não será discutido em maiores detalhes neste artigo. Z

0nom = 100 Ω

Z

0 (medida) = 10000 Ω

Quando analisado em função da reflexão de sinais, o que é feito na prática em testes de certificação em campo do cabeamento estruturado, o teste de perda de retorno mede a diferença entre a amplitude do sinal de teste e a amplitude das reflexões desse

Tab. I – Perda de retorno em função da porcentagem do sinal refletido

Nível de reflexão Nível de reflexão Nível de reflexão Nível de reflexão Nível de reflexão Perda de retorno Perda de retorno Perda de retorno Perda de retorno Perda de retorno (em %)(em %) (em %)(em %) (em %) (em dB)(em dB) (em dB)(em dB) (em dB) 1 40 5 26 10 20 20 14 30 10 50 6 100 0

Fig. 7 – Limite de perda de retorno para um canal classe E

sinal ao longo do canal. Embora analisados com base em reflexão de sinais, os resultados do teste da perda de retorno indicam quão bem a impedância característica do canal corresponde aos seus valores nominais para uma dada faixa de frequências. A perda de retorno, como discutido extensivamente até aqui, é um fator limitante de desempenho de um sistema de comunicação digital.

A perda de retorno pode ser expressa, em termos de relações entre as tensões refletida e incidente, como:

sendo: • V r: amplitude de tensão do sinal refletido (em V). • Vi: amplitude de tensão do sinal de teste incidente (em V). • PR: perda de retorno (em dB).

Para compreender melhor a resposta de perda de retorno em dB, consideremos uma reflexão de 5% em relação ao sinal de teste. Nesse caso, teremos uma perda de retorno de 26 dB, conforme mostrado na expressão abaixo. [6]

Embora as melhores relações entre as tensões do sinal refletido e do sinal de teste sejam aquelas cujas reflexões sejam as menores possíveis, seus valores correspondentes em dB são numericamente maiores. Em outras palavras, uma perda de retorno de 26 dB é melhor que uma perda de retorno de 20 dB.

A tabela I mostra as relações entre os níveis das reflexões (em relação ao sinal de teste) e os valores de perda de retorno correspondentes.

Com base na tabela I, o leitor pode estar se perguntando qual é um bom valor para esse parâmetro em sistemas de cabeamento estruturado. Isso é o que discutiremos a seguir.

A perda de retorno e as classes de cabeamento

Conforme mencionado no início deste artigo, a perda de retorno varia sensivelmente ao longo de uma faixa de frequências. Esse comportamento é representado na curva mostrada na figura 7 para um canal classe E, dentro de uma faixa de frequências entre 1 e 250 MHz, de acordo com especificações das normas ISO/IEC 11801:2017 – Generic Cabling for Customer Premises e NBR 14565:2019 Cabeamento estruturado para edifícios comerciais.

Podemos notar na figura 7 que a perda de retorno apresenta um comportamento linear para uma pequena faixa de frequências (até 10 MHz), com decaimentos importantes, 3 dB entre 10,5 e 40 MHz, e 8 dB entre 40,5 e 250 MHz. Como a curva é logarítmica, a melhor forma de analisar esse comportamento é recorrendo à tabela I.

Até 10 MHz, a taxa de reflexão do sinal transmitido deve estar próxima a 10% (19 dB), até 40 MHz a reflexão aumenta para 18% (15 dB), chegando a 40% (8 dB) em 250 MHz.

Como lembrete, enquanto os componentes do cabeamento são especificados por suas categorias de desempenho (5e, 6, 6A, 7, etc.), o cabeamento (que é a associação de cabos e componentes para formar canais) é especificado por sua classe de aplicação (D, E, EA, F, etc.). A tabela II resume as categorias de desempenho e as classes de aplicação.

A especificação de perda de retorno mostrada na figura 7 é para o modelo de teste de canal. É importante lembrar que os limites para os testes de certificação em campo do

Tab. II – Categorias e classes do cabeamento

PR = - 20 log(0,05) = 26 dB

Frequência máxima (MHz) Frequência máxima (MHz) Frequência máxima (MHz) Frequência máxima (MHz) Frequência máxima (MHz) Categoria de desempenho Categoria de desempenho Categoria de desempenho Categoria de desempenho Categoria de desempenho Classe do cabeamento Classe do cabeamento Classe do cabeamento Classe do cabeamento Classe do cabeamento de componentes individuais de componentes individuais de componentes individuais de componentes individuais de componentes individuais (cabo + componentes) (cabo + componentes) (cabo + componentes) (cabo + componentes) (cabo + componentes)

100 Cat. 5e Classe D

250 Cat. 6 Classe E

500 600 1000 2000 Cat. 6A Cat. 7 Cat. 7A Classe EA Classe F Classe FA

Tab. III – Valores de perda de retorno em frequências críticas – Fonte: ISO/IEC 11801:2017

FrequênciFrequênci FrequênciFrequênci Frequênciaa aa a (MHz) (MHz) (MHz) (MHz) (MHz)

CC CC C DD DD D Perda de retorno mínima (dB) Perda de retorno mínima (dB) Perda de retorno mínima (dB) Perda de retorno mínima (dB) Perda de retorno mínima (dB) EE EE E

EE EE EAA AA A FF FF F

FF FF FAA AA A

1 16 100 250 500 600 1000 2000 15 15 17 17 10 19 18 12 8 19 18 12 8 8 8 19 18 12 8 8 8 19 18 12 8 8 8 8 Classe IClasse I Classe IClasse I Classe I Classe IIClasse II Classe IIClasse II Classe II 19 18 16 13,4 10,7 10 8 6,2

cabeamento estruturado (que é um requisito de normas técnicas para todo sistema de cabeamento instalado) são determinados com base em dois modelos de testes básicos: enlace permanente e canal. Para conhecimento, há outros modelos definidos em normas para topologias e aplicações específicas.

Para finalizar a discussão sobre esse importante efeito que é a perda de retorno, o leitor pode estar se perguntando como avaliar qual é o melhor valor para esse parâmetro em um teste de certificação do cabeamento. Bem, com base em tudo o que foi exposto neste artigo, não há como conhecer esse valor, ou melhor dizendo, não é possível que um valor seja adotado como padrão, pois isso vai depender da faixa de frequências considerada. Como referência, a tabela III, derivada da norma ISO/IEC 11801:2017, apresenta valores mínimos de perda de retorno especificados para frequências críticas, para cada classe de cabeamento. Conclusão

Neste artigo, apresentei resumidamente os fatores que afetam a transmissão de sinais em canais de transmissão e foquei nos efeitos das reflexões, representadas pela perda de retorno.

Discutimos os métodos de avaliação da perda de retorno, que podem ser o descasamento de impedâncias ao longo do canal ou a medição do sinal refletido com base em um sinal de teste com características bem definidas. Este é o método utilizado nos testes de certificação em campo do cabeamento instalado.

Vimos que as reflexões (representadas pela perda de retorno) são fontes de jitter de fase, que por sua vez, distorce os sinais que se propagam pelo canal levando a interferência intersimbólica (ISI) e consequentes

falhas de comunicação em sistemas digitais. Uma ferramenta eficiente para a avaliação desse efeito nesses sistemas é o diagrama do olho, discutido ao longo do artigo.

Analisamos os pontos no cabeamento estruturado onde as reflexões ocorrem. Esses pontos são todos aqueles nos quais há conexões e terminações. Vimos que os descasamentos de impedâncias nesses pontos são os responsáveis pelo desempenho do canal quanto à perda de retorno. Na prática, conexões e terminações malfeitas, ou seja, o mau contato, são o principal fator que prejudica a perda de retorno e a qualidade do canal de forma global. Portanto, uma forma simples e eficaz para se obter bom desempenho para perda de retorno é o uso de mão de obra qualificada nas instalações, assim como ferramentas, cabos e componentes de boa qualidade e bem ajustados para configurar as conexões casadas.

Para finalizar, avaliamos o comportamento da perda de retorno com base em limites estabelecidos por normas técnicas para diferentes classes de cabeamento. Como a perda de retorno varia com a frequência, valores mínimos estabelecidos para frequências críticas foram revisados aqui para referência.

Em resumo, a perda de retorno é um dos efeitos mais importantes em sistemas de comunicação e deve ser controlado no processo de fabricação de cabos e componentes da infraestrutura de cabeamento, assim como no projeto do canal, por meio da especificação de cabos e componentes fabricados para acoplamento ótimo em conexões casadas.

No processo de instalação, o instalador deve cumprir com os requisitos e recomendações do fabricante do sistema de cabeamento quanto ao método de terminação (“conectorização”), ferramentas, cuidados, etc. de modo a garantir a melhor continuidade elétrica em conexões e terminações.

Por apresentar um comportamento dependente da frequência, ou seja, quanto maior a frequência, pior a resposta para a perda de retorno, uma atenção especial deve ser dispensada ao processo de instalação do cabeamento. Isto é especialmente crítico para aplicações que têm requisitos de largura de banda mais ampla, como Ethernet a 10 Gbit/s (10GBase-T), a 25 Gbit/s (25GBase-T), a 40 Gbit/s (40GBase-T), entre outras. Além disso, aplicações PoE Power Over Ethernet são bastante dependentes de conexões bem-feitas, com acoplamento ótimo e, portanto, baixas reflexões (altas perdas de retorno, em dB). Nesses casos, mais que afetar o bom desempenho de transmissão, o mau contato causa perdas importantes na entrega de alimentação em corrente contínua pelo cabeamento estruturado e danos físicos permanentes a tomadas e conectores.

A influência do 5G na infraestrutura de TIC

Com velocidades até 100 vezes maior que no 4G, chegando a 10 Gbit/s, e latências de apenas 1 ms, o 5G está entre as tech trends no momento. O artigo apresenta as principais mudanças de infraestrutura no sistema de telecomunicações para que a tecnologia funcione de forma eficiente e cumpra todas as promessas de um mundo mais conectado, rápido e inteligente.

Luiz Puppin, Head of Training Center na FiberX

OO OO O 5G está entre as tech trends do momento. A quantidade de informações que esse salto na comunicação móvel irá causar em nossas vidas é enorme: semáforos que se ajustam ao tráfego, veículos autônomos, cidades inteligentes, enfim, tudo conectado e numa velocidade até 100 vezes maior. Ótimo, mas até aí estamos falando da parte aérea da tecnologia, ou seja, antena (ERB - estação radiobase) até o smartphone do cliente final (terminal de acesso).

Mas o que para fazer tudo isso funcionar? Que mudança de infraestrutura no sistema de telecomunicações, como conhecemos hoje, será necessária para que o 5G funcione de maneira geral e cumpra todas as promessas de um mundo mais conectado, rápido e inteligente?

Para facilitar, vamos dividir este artigo em três partes, cada uma dedicada a um dos três pilares que sustentam o IETF Internet Engineering Task Force IMT-2020/ 5G: eMBB -Enhanced Mobile Broadband; mMTC -Massive Machine Type Communications; e URLLC - Ultra-Reliable Low-Latency Communication. eMBB - Enhanced Mobile Broadband

Em tradução livre, dentro do contexto da tecnologia 5G, eMBB é a “Banda larga ainda mais larga” ou a “Banda larga aprimorada” que afeta diretamente a forma como nos comunicamos e acessamos a Internet pelos dispositivos móveis. Por isso, esse pilar é o mais conhecido e terá, no início, maior atenção. O eMBB é responsável por uma maior largura de banda, o que chamamos de velocidade de acesso, para ser dividida entre os dispositivos que estiverem conectados em uma mesma área de cobertura. Em pleno funcionamento, haverá a possibilidade de termos até 10 Gbit/s disponíveis para navegação, o que representa Fig. 1 – Três pilares que sustentam o IETF IMT-2020. Fonte: ITU R.M. (IMT.Vision)

Fig. 2 – Super banda C usa a banda C ultra-larga (C120) além da tradicional banda C (C80) e a banda C estendida (C96) aproximadamente 100 vezes mais do que a disponibilidade existente no 4G.

Mas para suportar esse maior volume de dados, a infraestrutura de backhaul – o ponto que interliga as ERBs aos equipamentos da espinha dorsal da rede, o backbone – deve ser melhorada e é por isso que algumas tecnologias estão em processo de implantação acelerado.

Para curtas distâncias (até 100 km), as tecnologias de interfaces Ethernet de 400 e 800 Gbit/s, já existentes há algum tempo, começaram a entrar em pauta urgente, por conta da necessidade de aumento da capacidade. Com o maior demanda por esse tipo de interface, o custo já começou a baixar, o que facilita a utilização massiva em nossas redes.

Para longas distâncias ou mesmo regiões metropolitanas com restrição na quantidade de fibras disponíveis, o método mais eficaz de transmissão são os equipamentos WDM - Wavelength Division Multiplexing, muito utilizados nas infraestruturas de rede, uma vez que possibilitam a adoção de vários comprimentos de onda (espectro óptico) no mesmo par de fibra. Também estão passando por uma revolução para suportar o crescimento esperado. Uma das novidades é a melhoria das atuais codificações NRZ (10 Gbit/s por λ) e PDM-QPSK (100 Gbit/s por λ) para modulações mais densas, como PDM16QAM até PDM-64QAM, o que já possibilita um salto de 100 para 400 Gbit/ s por λ em redes de longa distância e até 800 Gbit/s por em redes metropolitanas. Outra novidade é a adoção da chamada banda Super-C, que aumenta o espaço de canalização dos atuais 4 para 6 THz, e o uso da banda L, que aumenta para 12 THz, possibilitando um expressivo crescimento do número de canais concorrentes dentro de um mesmo sistema de fibras ópticas.

mMTC - Massive Machine Type Communications

Esse pilar é o que comanda a comunicação entre as máquinas, a tão falada “Internet das Coisas”. Inicialmente, a maior parte das aplicações que vão precisar dessa melhoria não necessitam ser criadas pelo simples fato de já existirem e poderem ser adaptadas. São aplicações tipo leitores residenciais de consumo de água, eletricidade e gás, já utilizadas hoje, mas que por limitações na tecnologia 4G (LTE) não conseguem ser implementadas em larga escala nas cidades.

Enquanto no 4G é possível ter apenas 10 mil dispositivos conectados por km², no 5G esse número é 100 vezes maior, o que possibilita 1 milhão de dispositivos na mesma área.

Para suportar a diversidade de aplicações em um mesmo ambiente, muitas delas de outras empresas e até de concorrentes, será necessário que as redes adotem tecnologias como o network slicing, que possibilita segregar instâncias diferentes com isolamento total de tráfego, até mesmo com priorização ou garantia de recursos em cima de uma mesma estrutura de

Fig. 3 – Infraestrutura física do 5G comunicação. Com o aumento da complexidade pela adoção dos inúmeros segmentos numa mesma rede, precisaremos de tecnologias SDN Software Defined Network contribuindo na gestão mais eficiente e adoção de IA Inteligência Artificial para trazer agilidade, eficiência e previsibilidade na operação e manutenção desses ambientes.

URLLC - Ultra-Reliable Low-Latency Communication

O terceiro, mas não menos importante pilar do 5G, traz a possibilidade de uma comunicação de baixa latência ultra confiável, como o próprio nome diz (URLLC). A latência, como sabemos, é o tempo que um pacote de dados demora para ir de um dispositivo ou servidor para outro dispositivo, que no 5G pode chegar a apenas 1 ms, contra 40 ms em média no 4G.

Assim como no mMTC, as primeiras aplicações a aproveitarem essa redução de latência poderão ser adaptadas ao 5G. No 4G, essas aplicações sofrem no mínimo 50 ms de atraso na transferência de informação; já no 5G esse valor pode baixar para 1 ms.

Mas, na prática, o que isso quer dizer? É simples: algumas funcionalidades de aplicações utilizadas em atividades que oferecem risco aos trabalhadores (mineração, por exemplo) e que precisam ser operadas remotamente não eram totalmente confiáveis ou não podiam ser utilizadas em 4G porque o tempo de transferência de informação geraria uma ação de resposta era muito longo. Com o 5G, a informação que gera a ação é praticamente imediata.

Mas de que adianta termos um meio aéreo provendo apenas 1 ms se o acesso ao processamento de dados e ao comando e controle implicar um atraso que prejudique a operação? Para reduzir a demora e possibilitar a eficiência máxima do 5G, será preciso implementar tecnologias como SRv6 (Segment Routing v6), que diminui a quantidade de protocolos e implementa uma engenharia de tráfego mais inteligente. Também será preciso o monitoramento por telemetria, capaz de alertar, em segundos, possíveis problemas ou sobrecargas na rede, diferente do SNMP utilizado hoje, que é capaz de gerar os mesmos alertas, porém em escala de minutos.

Edge computing

Outra ação importante para a redução de atraso é a adoção da edge computing, ou computação de borda, onde é necessário que o poder computacional das aplicações fique fisicamente localizado o mais próximo possível do usuário final. Todos

os benefícios citados até agora não estarão totalmente disponíveis se o local onde os dados são processados para enviar as respostas aos clientes estiver a centenas ou milhares de quilômetros de distância, devido ao longo tempo de propagação do sinal.

Mas nem tudo sobre 5G está diretamente relacionado à tecnologia de transmissão: o impacto ambiental que será gerado por todo o acréscimo de equipamentos que o 5G exige tem de ser considerado. Será Fig. 4 – Casos de uso para edge computing preciso mais espaço, mais energia elétrica e tecnologia, minimizando o impacto obras de infraestrutura. Uma maneira de ambiental, é a adoção de data centers minimizar parte dos impactos é a adoção modulares. Eles podem ser construídos de baterias de íons de lítio, principalmente em seis meses (hoje em dia, leva-se em as do tipo LFP (LiFePO4), que ocupam média 24 meses), ocupam menos 32% menos espaço, 77% menos peso e espaço e podem ficar mais próximos do são até cinco vezes mais duráveis do que cliente final. Esse modelo de data center as tradicionais de chumbo-ácido. também utiliza inteligência artificial para

Outra maneira de aliar o avanço da reduzir o consumo de energia por meio de um sistema de refrigeração inteligente do ambiente e uma previsão de falhas simples, como a antecipação de defeitos em peças vitais meses antes de serem aparentes aos olhos dos encarregados das vistorias preventivas. Conclusão

Quando surgiu o primeiro telefone celular, ninguém previu em um único artigo toda a revolução que viria em seguida. Da mesma maneira, não se conhecem ainda as portas que o 5G vai abrir e, provavelmente, ainda não temos todas as chaves. Mas o que podemos prever é que um mundo novo está a caminho e, provavelmente, na velocidade do 5G.

Agentes limpos para extinção de incêndio em sites de missão crítica

Os sistemas de combate a incêndio por agentes limpos são utilizados mundialmente na proteção de data centers e demais ambientes de missão crítica. Os gases são seguros para pessoas, livres de agressão ao meio ambiente e não danificam placas de circuito impresso dos equipamentos elétricos, eletrônicos e dados armazenados em mídias. Extinguem o fogo mais rápido do que a água, não conduzem eletricidade, não deixam resíduos e são aprovados por agências ambientais internacionais.

Claudemir Mantovam, Diretor da SMH Sistemas

Ambientes de missão crítica são suscetíveis a incêndios devido as suas características como grande quantidade de materiais inflamáveis e elevadas concentrações de cargas elétricas sujeitas a curtos-circuitos, aquecimentos e faíscas que podem ocasionar um princípio de combustão. Esses fatores tornam essencial o investimento em sistemas de prevenção e combate a incêndios, que poderão salvar vidas, evitar interrupções ou descontinuidade das operações, além de prejuízos incalculáveis, danos aos equipamentos e à imagem da empresa.

Os sistemas de combate a incêndio por agentes limpos são utilizados mundialmente na proteção de ambientes de missão crítica e caracterizam-se como uma solução ecologicamente correta e segura para as pessoas, equipamentos (mesmo em funcionamento) e ativos de alto valor agregado.

Os agentes químicos limpos (HFC 227, HFC 125 e fluido FK 5.1.12) recebem esse nome por se tratar de gases criados em laboratórios. São livres de agressão ao meio ambiente, à integridade física humana (pois não causam asfixia) e às placas de circuito impresso dos equipamentos elétricos e eletrônicos. Além disso, não deixam resíduos no ambiente.

Os gases extinguem o fogo mais rápido do que a água, não conduzem eletricidade, são aprovados por agências ambientais internacionais, indicados para projetos que demandem a certificação LEED e regulamentados pela NFPA 2001: Standard on Clean Agent Fire Extinguishing Systems. Uma outra vantagem é que, ao ser descarregado, o gás/agente limpo é extremamente volátil e, deste modo, não deixa resíduos, não necessitando de limpeza após a descarga, possibilitando a rápida retomada às atividades, minimizando as perdas, danos ou processos por conta de um possível sinistro. Atualmente os agentes mais utilizados para a supressão de incêndio em data centers são o HFC-227/ FM-200, HFC 125/ FE-25, fluido FK 5-1-12 / fluido 3M®Novec 1230® e o gás inerte IG-541/ Inergen, que serão detalhados neste artigo. Gases inertes IG-541 Uma solução utilizada na proteção dos ambientes de missão crítica são os sistemas de supressão de incêndio por gases inertes, que são encontrados naturalmente na atmosfera. Não são combustíveis, não são corrosivos e nem reagentes com a maioria das substâncias. Destacam-se pela sustentabilidade, pois não contribuem para o aquecimento da atmosfera/efeito estufa e não representam risco para a camada de ozônio. A utilização dos gases inertes é regulamentada pela NFPA - National Fire Sistema de proteção contra incêndio com gases inertes

Protection Association, NFPA 2001 Standard on Clean Agent Fire Extinguishing Systems (Norma Internacional para Sistemas de Extinção de Incêndio por Agente Limpo).

São ideais para proteger áreas de missão crítica que demandam um agente extintor de incêndio limpo e não condutivo, para grandes volumes e ambientes onde é necessário alocar a bateria de cilindros fora da área de proteção.

Conhecido comercialmente como Inergen, o IG-541 é o sistema fixo de supressão de incêndio por gases inertes mais utilizado. É um sistema de alta pressão (@200/300 bar) que utiliza cilindros contendo uma mistura de três gases: nitrogênio (52%), argônio (40%) e dióxido de carbono (8%). Extingue incêndios reduzindo o nível de oxigênio no ambiente abaixo do ponto de sustentação da combustão.

É totalmente seguro para seres humanos e espaços ocupados, pois ao ser descarregado no ambiente agrega uma mistura de gases que permitem a respiração em uma atmosfera com baixo nível de oxigênio, estimulando a capacidade do corpo humano de assimilar o oxigênio.

Para a segurança do ambiente em virtude da alta pressão do sistema com gases inertes IG541 @ 200/300 bar é obrigatória a instalação de dampers de alívio de pressão nos locais protegidos. HFC-227

O gás supressor de incêndio HFC-227ea, comercialmente conhecido como FM-200, NFAS227 e MH227E, é usado em sistemas de combate a incêndio em todo o mundo e se enquadra na categoria de agentes limpos, regulamentados pela NFPA 2001. O HFC-227 ou FM-200 foi a primeira opção não agressiva à camada de ozônio em substituição ao Halon 1301. Quando descarregado, não deixa resíduos, partículas, água ou materiais corrosivos nos bens ou equipamentos, podendo ser removido do ambiente pela simples ventilação.

O HFC-227 ou FM-200 não obscurece a visão, não causa asfixia e é inofensivo para as pessoas presentes no local, caracterizando-se como um agente limpo/gás para supressão de incêndio ambientalmente correto.

É recomendado para a proteção contra incêndio de ambientes que abriguem equipamentos de alto valor e dados vitais ao funcionamento de uma empresa, como data centers, salas de controle, provedores de Internet, salas de geradores, salas de testes de máquinas, centros cirúrgicos, acervos culturais e arquivos de documentos, entre outros.

HFC125

O agente limpo/gás supressor de incêndio HFC125, comercialmente conhecido como FE-25, NAFS25, MH125 ou Ecaro25, é usado em sistemas de combate a incêndio e se enquadra na categoria de agentes limpos, regulamentados pela NFPA 2001.

O HFC125/FE-25 absorve calorias em nível molecular mais rápido do que a geração de calor, impossibilitando a sustentação do fogo. Além disso, forma radicais livres para intervir quimicamente na reação em cadeia do processo de combustão.

É um agente químico com grande poder de extinção e alta performance hidráulica, pois requer menor quantidade de gás e diâmetro de tubulações, possibilitando flexibilidade de adequação aos layouts a serem protegidos ou retrofit dos sistemas de Halon 1301 existentes (mediante um novo cálculo hidráulico e a substituição dos difusores).

O HFC125/ FE-25 é uma opção não agressiva à camada de ozônio em substituição ao Halon 1301. Além disso, não deixa resíduos nos equipamentos após a descarga, caracterizando-se como um agente para supressão de incêndio ambientalmente correto, seguro para pessoas e equipamentos.

Fluido FK 5-1-12

O fluido FK 5-1-12 é conhecido comercialmente como fluido 3M®Novec 1230®, MH5112, Luke5112 e Orient 5112. Trata-se de um agente supressor de incêndio limpo e econômico e se enquadra na categoria

de agentes limpos regulamentados pela NFPA 2001. Seguro para seres vivos e não agressivo ao meio ambiente, é indicado para projetos que demandem a certificação LEED (que adotam práticas de Green Building).

Realiza a extinção do incêndio através do efeito de resfriamento, atuando como um gás, ainda que seja fluido a temperatura ambiente. É fácil de manusear e transportar, pois não é armazenado ou transportado em cilindros pressurizados. Permite uma utilização mais eficiente do espaço, quando comparado ao sistema de gás inerte.

Funcionamento do sistema fixo de combate a incêndio

No sistema fixo de supressão de incêndio por gases inertes com IG-541/Inergen, o sistema é composto por cilindros que armazenam 16 m3 do gás a uma pressão de @ 200/300 bar. A infraestrutura é construída com tubulações SCH 80 providas de conexão de alta pressão com rosca NPT. A pressão de armazenamento no cilindro é de @200/300 bar e na rede de @60 bar. Um dos principais benefícios na utilização dos gases inertes de alta pressão é poder compartilhar uma única bateria de cilindros para a proteção de diversas áreas, redirecionando o gás para o ambiente protegido através de válvulas direcionais.

Nos sistemas de supressão que utilizam os agentes limpos HFC-125, HFC-227 e fluido FK 5-1-12, o fluido é armazenado em cilindros de aço conectados a uma rede de distribuição hidráulica devidamente dimensionada e provida de difusores em suas extremidades. O dimensionamento da rede, quantidade de agente extintor para supressão do incêndio e diâmetros dos difusores são obtidos através de cálculos hidráulicos e isométricos elaborados em um software específico e com aprovações internacionais. A descarga total do agente de supressão de incêndio ocorre em até 10 segundos após o disparo que pode ser manual, manual/automático ou automático por detecção de fumaça ou calor. O sistema de supressão atua de maneira uniforme no ambiente protegido, inundando totalmente o local e combatendo o princípio de incêndio ao permanecer ativo no ambiente por até 10 minutos.

Conclusão

Os sistemas de combate a incêndio por agentes limpos são utilizados mundialmente na proteção de ambientes de missão crítica e caracterizam-se como uma solução ecologicamente correta e segura para as pessoas, equipamentos (mesmo em funcionamento) e patrimônio.

Cada um dos sistemas acima descritos possui pontos positivos e fatores de atenção. Por isso, é fundamental que os sistemas sejam projetados e instalados por empresas especializadas em engenharia de incêndio e que possuam, além de experiência, conhecimento técnico, treinamento e os softwares de cálculo hidráulico para o dimensionamento da infraestrutura.

Indicadores KPI e SMART para provedores

Com o aumento da concorrência no mercado de banda larga, os provedores de Internet precisam se organizar para crescer e expandir sua base de assinantes. Além da implantação de gestão profissional, a empresa deverá adotar medidas de análise de desempenho, com destaque para os indicadores KPI e SMART. As métricas fornecem visibilidade do negócio, direcionando e apontando o caminho para ajustes de processos e procedimentos.

Claudio Placa, CEO da AONET Internet

Em uma mudança do estilo de gestão, por exemplo de um ambiente familiar para um profissional, itens como cultura, metas, objetivos, processos, passam a ser revisados e em muitos casos alterados, causando principalmente desconforto na equipe de colaboradores. Nós, humanos, temos a tendência de desconfiar das mudanças, de nos assustar com elas e preferir que não ocorram. Lógico que não estou generalizando nesse sentido, porém, a maior parte das pessoas tem medo do novo.

A mudança de gestão tem vários desdobramentos na organização que, se não forem analisados com cuidado, podem causar desde queda de produtividade, insatisfação e perda de confiança das equipes, perda de identidade como empresa e, principalmente, impacto junto ao cliente/assinante. Tudo isso junto traz muitas dúvidas no processo de mudança, uma vez que à primeira vista o sentimento será “Antes não era assim” ou “Não acontecia isso antes da mudança” até “Será que devo continuar a migrar a gestão da empresa?”.

Sim, é preciso continuar a migração da gestão da empresa, porém esse tipo de questionamento, causado por inúmeros casos resumidos nos itens anteriores, pode ser minimizado, seguindo alguns passos, principalmente adotado um planejamento para aplicação dessas etapas.

O planejamento consiste em uma importante tarefa de gestão e administração, que está relacionada com a preparação, organização e estruturação de um determinado objetivo. É essencial na tomada de decisões e execução dessas mesmas tarefas. Posteriormente, o planejamento também inclui a confirmação se as decisões tomadas foram acertadas (feedback).

Mas por que usar e para que usar o planejamento nessa migração de gestão familiar para gestão profissional? Por um motivo simples, porém complexo: minimizar o impacto da identidade da empresa, a parte cultural em questão. A gestão profissional a ser implantada precisa estar alinhada com os valores da empresa, para não causar uma disruptura social logo no início da implementação.

KPIs

Eu utilizo muito uma frase do estatístico William Edwards Deming, considerado o pai da qualidade total: “Sem dados você é apenas uma pessoa qualquer com uma opinião. ”

E nesse contexto os KPIs – Key Performance Indicators (em português, Indicador Chave de Desempenho) nos tiram do achismo, do feeling apenas, e trazem um direcionamento concreto para tomada de decisões. As métricas fornecem visibilidade sobre o desempenho de determinado negócio e seu impacto na organização. Geralmente, os KPIs são controlados e exibidos em dashboards ou scorecards, garantindo que todos os níveis hierárquicos e departamentos compreendam a forma como seus trabalhos influem e contribuem para o sucesso ou fracasso do cumprimento dos objetivos da companhia.

Os KPIs facilitam a transmissão da visão e missão de uma empresa para os colaboradores que não ocupam cargos elevados. Dessa forma, todos os colaboradores de vários escalões hierárquicos são envolvidos na missão de alcançar os alvos estratégicos estabelecidos pela empresa. O KPI funciona como um veículo de comunicação, garantindo que os profissionais entendam como os seus trabalhos são importantes para o futuro da organização.

Mas não basta ter KPIs se não souber o que fazer com eles, como construir e para que os utilizaremos. O KPI não substitui a ação e efetivação das atitudes, ajustes de processos e procedimentos, porém direciona e aponta o caminho.

O KPI mostra a temperatura/ problema do paciente, mas a solução/ tratativa é preciso descobrir e saber aplicar. Ou seja, precisamos ter a clareza de que a utilização do KPI precisa ser feita de forma planejada, principalmente considerando nessa migração de gestão, como uma forma de comunicação, direcionamento e ajustes nos objetivos. Por isso precisamos ter em mente alguns passos básicos para construir os KPIs: • O valor do KPI deve ser estratégico: quaisquer medições realizadas através de indicadores pontuais devem estar conectadas com os valores identificados no planejamento estratégico da empresa realizado pela alta administração. • O KPI pressupõe além responsabilidade, mas também autoridade: os elementos que são responsabilizados pelo desempenho de KPIs e suas várias métricas indicadoras devem também possuir autoridade para o gerenciamento das melhorias. • O KPI deve ser sistêmico: um KPI nunca pode ser visto isoladamente e sim integrado ao conjunto de KPIs da empresa, bem como integrado a outras áreas da empresa. Da mesma forma, o conjunto de indicadores métricos de um KPI deve estar convergente com o direcionador de seu valor. • Os valores de desempenho devem ser desdobrados: as metas dos valores desejados pela alta administração da empresa e suas respectivas métricas de desempenho devem ser repartidas entre as partes intervenientes de cada processo. • Deve ter um modelo robusto: os modelos utilizados em um KPI devem ser robustos para proporcionar resultados coerentes e verdadeiros. Deve-se tomar cuidado para que não sejam muito complexos, pois isto dificultaria a sua aplicação. • O modelo deve ser de fácil assimilação e obtenção: o modelo utilizado nos indicadores de um KPI deve ser simples o suficiente para que todos os responsáveis pelo seu desempenho possam compreendê-lo. Além disso, precisa ser obtido de forma fácil, preferencialmente através de sistemas computacionais.

Alta administração se refere aos executivos C-Level e diretores, que precisam definir muito claramente seus objetivos, em consonância com os objetivos trilhados pelo conselho administrativo da empresa. Para isso recomendo sempre a utilização da metodologia SMART para definição dos objetivos, consecutivamente à criação dos KPIs.

SMART

A metodologia SMART baseia-se em cinco aspectos que devem ser levados em consideração para planejar metas, auxiliando

as organizações sobre como fazer os KPIs que realmente possam ser efetivos. O acrônimo “SMART” é formado por cada um desses cinco aspectos: • Specific (Específica): as metas que serão monitoradas utilizando KPIs devem ser descritas com o máximo de precisão, sem que haja ambiguidades, facilitando o entendimento por todos. • Measurable (Mensurável): o resultado a ser atingido precisa ser mensurável. É justamente a capacidade de medir uma meta que nos permite saber o quão distantes estamos do resultado esperado. • Attainable (Atingível): metas que não são alcançáveis destroem a motivação das equipes. Utilizar dados históricos da empresa ou do mercado pode auxiliar na criação de metas que realmente possam ser atingidas. • Realistic (Realista): as metas devem ser equivalentes à capacidade de realização da empresa, considerando pessoal qualificado, investimentos e infraestrutura. • Time-bound (Temporal): toda meta é alcançável com tempo infinito, mas obviamente nenhuma empresa dispõe de tempo infinito. Por isso é fundamental que qualquer meta tenha um prazo para ser realizada.

Utilizando esses cinco preceitos, as organizações podem definir metas corretas, auxiliando-as em como fazer KPIs que levem ao aperfeiçoamento da gestão.

Dentro dos cinco itens acima, temos três itens que sempre causam erro no KPIs são o Atingível e Temporal. O que é preciso atingir nem sempre está dentro do tempo disponível ou desejado para isso, causando descompasso com o item Realista.

O conjunto dos cinco itens por isso só precisa ser bem ajustado para o pleno funcionamento e implantação dos KPIs, por isso seguir as recomendações da metodologia SMART é um ótimo caminho para sanar de vez as dúvidas sobre como fazer KPIs realmente efetivos.

Uma vez que definimos os objetivos SMART, a criação dos KPIs passa a ser mais tranquilo, realmente procurando trazer de fato dois objetivos: produtividade e qualidade. Então o propósito dos KPIs é registrar e mostrar os dados críticos de forma que: • Possamos ver como está o desempenho em relação às metas. • Ver as preocupações em tempo real e tomar as ações corretivas de forma rápida e ágil. • Conseguir gerenciar os objetivos SMART.

A implantação dos KPIs, juntamente com os objetivos SMART, é fundamental para a implementação do novo modelo de governança da empresa. O principal desafio é profissionalizar sem perder a essência (o DNA construído até então). Para isso uma excelente comunicação com o time se faz necessária, colocando todos para colaborarem em prol de um mesmo objetivo. Como William Edwards Deming definia: “Não se gerencia o que não se mede. Não se mede o que não se define. Não se define o que não se entende. Não há sucesso no que não se gerencia.”

Avanços tecnológicos do rádio LTE-250 MHz no agronegócio

Furukawa Electric LatAm

Utilizando a frequência de rádio destinada ao SLP - Serviço Limitado Privado, o rádio LTE 250 MHz pode atender grandes áreas de cobertura com dispositivos a 100 quilômetros de distância do eNodeB, com até 15 Mbit/s, e capacidade de suportar até 10 mil terminais registrados e 100 comunicando simultaneamente por célula. A tecnologia atende às principais necessidades do agronegócio, com suas amplitudes e velocidades necessárias para cada aplicação.

Em constante busca por otimizações na produtividade, o agronegócio sempre foi um dos setores mais receptivos às inovações. No século XXI, recebeu diversos aportes tecnológicos. De acordo com a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a integração da informação e dados no campo tem possibilitado melhor direcionamento de investimentos e da tomada de decisão para fazendeiros e empresários, aumentando a eficiência da operação e gestão de suas terras.

Em função dessa demanda, o mercado vem reconhecendo a necessidade de conectividade, que é atendida por plataformas multisserviços wireless, capazes de atingir a largura de banda exigida pelas principais aplicações do agro, unindo as informações de maquinários, colheita, irrigação e segurança, entre outros serviços no campo. Assim, a tecnologia de rádio ponto-multiponto LTE - Long Term Evolution ganha espaço e vem revolucionando os processos, ao trazer mais informações que permitam a tomada estratégica de decisões nas várias áreas de atuação do setor.

Histórico do LTE Funcionamento

A rede é composta pelos UEs equipamentos do usuário, eNodeBs e o EPC - Evolved Packet Core. As eNBs apresentam as interfaces S1 que são interligadas por uma rede ETH ao EPC instalado em um servidor, gerando uma arquitetura plana, como pode ser visto na figura 1.

A razão para distribuir a inteligência entre as estações base em LTE é acelerar a configuração da conexão e reduzir o tempo necessário para um handover, troca da fonte emissora de sinal para um equipamento em movimento entre regiões atendidas pelas eNodeBs. Em

A comunicação LTE ou EUTRAN - Envolved Universal Terrestrial Access Network foi reconhecida e padronizada pelo 3GPP - 3rd Generation Partnership Project no Release 8, em 2008. A motivação para a criação da tecnologia foi a continuação e competitividade do 3G, a demanda do usuário por maiores larguras de banda e a qualidade do serviço, baixa complexidade e o objetivo de evitar fragmentações desnecessárias nas bandas de operação.

O 4G LTE é a parte de acesso do EPS - Evolved Packet System, sendo esse puramente baseado em protocolo IP. Os principais requisitos para a nova rede de acesso são as elevadas taxas de dados de pico e eficiência espectral, curto tempo de transmissão, bem como flexibilidade na frequência e largura de banda.

telecomunicações celulares, o handover, ou handoff, é o processo de transferência de uma chamada ou sessão de dados de uma conexão ativa na célula atual para outra sobreposta ou adjacente.

A eNodeB pode receber o EPC incorporado a seu hardware, sem necessidade de outros equipamentos para o funcionamento (fora os UEs), facilitando a instalação e reduzindo a complexidade do sistema de comunicação. Em relação a outras funções que a eNodeB comporta, temos: • RRM - Radio Resource Management, que atribui aos UEs os recursos físicos no uplink/downlink: controle de acesso e de mobilidade. • Compressão de dados, que maximiza a quantidade de dados que podem ser transferidos no recurso atribuído, processo realizado pelo PDCP - Packet Data Convergence Protocol. • Proteção de dados, que busca proteger a integridade e criptografar a sinalização RRC - Radio Resource Control e os dados do usuário na interface aérea. • Roteamento, onde ocorre o encaminhamento do plano de controle, tráfego de sinalização para o MME Mobility Management Entity e do plano de usuário, dados, para o SGW Serving Gateway.

A classificação de pacotes e a QoS Policy Enforcement são realizadas pela “marcação” de pacotes de uplink com base em informações de assinatura ou política do prestador de serviços local.

O MME é a principal entidade controladora no EPC para a rede de acesso LTE. Com ele, é possível realizar a autenticação e autorização dos pacotes, a seleção do PGW (PDN Gateway) e do SGW, a seleção do MME para handover com troca de MME e funções de gerenciamento de portadora, incluindo o estabelecimento do portador dedicado.

A autenticação e autorização de pacotes são importantes se o registro de novos equipamentos do usuário (UEs) também estiverem seguros. E essa é uma das principais funções do HSS Home Subscriber Server. Ele também comunica com o MME utilizando o Diameter, protocolo para autenticação, autorização e accounting. O registro dos UEs na rede é Fig. 1 – Topologia de rádio LTE com n eNodeBs feito através das informações contidas no SIMCARD, que guarda as seguintes informações necessárias para se registrar na rede: IMSI, K, OPC. O HSS na sua base de dados também contém essas informações dos SIMCARDs habilitados para entrar na rede. A validação do registro na rede é feita através de um protocolo de desafio/resposta chamado MILENAGE, mantendo, assim, a rede segura de possíveis intrusos.

Por que 250 MHz?

Para permitir uma possível implantação em todo o mundo, suportando o maior número possível de requisitos regulamentares, o LTE foi desenvolvido e normalizado pelo 3GPP

para várias bandas de frequência (bandas operacionais EUTRAN), atualmente variando de 450 MHz a 2,7 GHz. As larguras de banda disponíveis também são flexíveis (1,4 a 20 MHz). O LTE foi desenvolvido para suportar a tecnologia duplex de divisão de tempo (TDD) e divisão de frequência (FDD). No Release 8 existiam 15 bandas especificadas para FDD e oito bandas para TDD. Já no Release 9, foram adicionadas mais quatro bandas para FDD. E assim foi evoluindo a tecnologia com o mercado e suas aplicações para multisserviços, até o Release 14, onde o 3GPP trouxe algumas melhorias importantes para a aplicação do LTE no ramo do agronegócio.

Com a melhoria constante na tecnologia de transmissão e adaptando às necessidade de suas aplicações, o Release 14 trouxe um LTE com menor latência, reduzindo o intervalo de transmissão para 0,5 ms ou menos, características de transmissão massiva de antenas, conhecido como Massive MIMO ou full dimension MIMO, utilização de espectro não licenciado e possibilidade de agregar aos espectros licenciados. Também foram adicionados novos casos na área de ITS Sistemas de Transporte Inteligente, incluindo comunicações veículo a veículo e veículo a infraestrutura.

O que o rádio LTE 250 MHz agrega ao agro?

Utilizando as novas funcionalidades de transmissão de dados triple play e sua comunicação nomádica entre as eNodeBs, foi possível gerar uma solução de rádio que comportasse as principais necessidades do agronegócio, com suas amplitudes e velocidades necessárias para cada aplicação. Utilizando a frequência de rádio destinada ao SLP - Serviço Limitado Privado, o LTE 250 MHz pode atender grandes áreas de cobertura com dispositivos a 100 quilômetros de distância do eNodeB, com até 15 Mbit/s, e capacidade de suportar até 10 mil terminais registrados e 100 comunicando simultaneamente por célula (eNB).

A possibilidade de escolher um eNodeB com EPC embutido no mesmo produto facilita e agiliza a instalação e o início de operação da rede, reduzindo a necessidade de um data center mais complexo na fábrica ou empresa. O acompanhamento de dados e informações do campo somente são úteis com uma plataforma de configuração e controle de informações online. Um colaborador com acesso à Internet pode acompanhar o plantio, colheita, irrigação e outros processos. O controle de dados deve ser configurado junto com o EPC do eNodeB, porém de forma facilitada, para que a maioria dos instaladores possa realizar o start-up da tecnologia em campo.

Com esse estudo, foi possível constatar que, unindo três fatores (captação e transmissão de dados de rádio LTE, utilização da banda 250 MHz e uma plataforma multisserviço), o agronegócio poderá se beneficiar de uma revolução tecnológica, transformando a tomada de decisão, direcionamento de investimentos e melhoria na produção.

As cinco principais inovações do sistema DWDM

O artigo mostra a evolução do sistema DWDM no mercado, com destaque para aspectos como maximização de capacidade de transmissão dos sinais ópticos coerentes, permitindo redes ópticas abertas, e a minimização do custo total de propriedade.

Andrés Madero, CTO da Infinera para América Latina e Caribe

Embora grande parte da atenção da indústria tenha se concentrado na evolução dos sinais ópticos coerentes, com os mecanismos incorporados agora capazes de fornecer 800 Gbit/s e plugáveis compactos para atuar com 400 Gbit/s, os sistemas de linha DWDM que transportam esses comprimentos de onda também vêm evoluindo. Entre os fatores mais importantes do aperfeiçoamento estão a maximização da capacidade de transmissão dos sinais ópticos coerentes, permitindo redes ópticas abertas, e a redução do custo total de propriedade (TCO). A inovação do sistema de linha ocorre no nível do componente: chave seletora de comprimento de onda (WSS), amplificador, interruptor multicast, monitor de canal óptico (OCM), canal de supervisão óptica (OSC), refletômetro óptico no domínio do tempo (OTDR), etc. Também ocorre no nível de sistemas: fator de forma de chassis e módulo, software de controle de link, interfaces de gerenciamento etc. Considerando esses dois tipos, seguem abaixo as cinco principais áreas de inovação de sistemas de linha.

WSS

Os ROADMs utilizam a tecnologia WSS e são o principal tipo de sistema de linha para muitas aplicações, incluindo equipamentos terminais de linhas metropolitanas, de longa distância e submarinas (SLTE). Enquanto os ROADMs iniciais alavancavam as tecnologias de bloqueio de comprimento de onda e circuitos de ondas de luz planar, as principais tecnologias WSS atuais são espelhos de sistemas micro eletromecânicos, incluindo processamento de luz digital (DLP), cristal líquido (LC) e cristal líquido em silício (LCoS). Em um número baixo de conexões normalmente o DLP ou LC de custo mais acessível é aproveitado, enquanto em um alto número de conexões normalmente é aplicado o LCoS mais caro. As WSS também evoluíram em termos de número de portas, de 1×2 para acima de 1×30, e rumam para contagens ainda maiores (48, 60, etc.) no futuro. A quantidade de espectro de banda C aumentou de 3200 para 4800 GHz. Os aprimoramentos recentes incluem 6000 GHz na banda C e 9600 GHz com banda C+L, que por sua vez está evoluindo de WSSs separadas para uma única WSS C+L. As WSS MxN, com e sem contenção, surgiram para habilitar a inserção/remoção escalável sem direção e incolor, assim como adição/subtração sem direção, incolor e sem contenção.

O espaçamento de canal passou de 100 para 50 GHz para grade flexível, primeiro com granularidade de 12,5 GHz

Fig. 1 – Principais componentes de um sistema de linha baseado em ROADM e depois de 6,25 GHz, com granularidade de 3,125 GHz tornando-se um requisito para aplicativos SLTE. O desempenho foi aperfeiçoado com melhor escalabilidade, permitindo mais WSS no caminho do comprimento de onda, uma vez que as penalidades de estreitamento de filtro foram reduzidas com uma forma de banda de passe mais quadrada. A área de cobertura da WSS diminuiu drasticamente, especialmente com o advento de WSS otimizados para bordas (ou seja, 1×4). As chaves gêmeas seletoras de comprimento de onda (WSS) reduziram o espaço necessário ROADMs de roteamento e seleção. Os equalizadores de ganho dinâmico (DGE) que utilizam a tecnologia de WSS também estão permitindo um maior alcance quando integrados com amplificadores em linha (ILAs) em redes de longa distância.

Além da evolução dos componentes da WSS, o fator de forma para ROADMs evoluiu. O fator de forma original para ROADMs foram módulos individuais para cada componente de ROADM de grau (figura 1). Isso tem vantagens em termos de poder misturar e combinar a partir de uma ampla gama de amplificadores, mas normalmente resulta em uma grande área de ocupação, bem como em uma instalação mais complexa, com a necessidade de conectar corretamente todos esses módulos. Uma abordagem alternativa chamada ROADMon-a-blade foi desenvolvida por volta de 2007, onde todos os componentes necessários para um ROADM (WSS, amplificadores de entrada e saída, OCM, OSC, etc.) estão alojados em um único módulo. Em 2015 surgiu uma terceira alternativa, originalmente apenas para WDM fixo com WSS vindo mais tarde, que colocou os componentes individuais do sistema de linha em plugáveis de camada óptica compacta.

Amplificador

Os amplificadores evoluíram em termos do ganho que podem proporcionar. Um fator-chave que contribui para o aumento é a adoção de arquiteturas ROADM-on-a-blade integradas com conexões internas aos amplificadores, permitindo níveis de potência mais altos. Eles também melhoraram em termos de ruído de emissão espontânea amplificado adicionado para um determinado ganho. Outra evolução tem sido a de amplificadores de ganho fixo para os de ganho variável. Os amplificadores de ganho variável normalmente cobrem uma faixa de perda de amplitude específica, com pelo menos três tipos necessários (por exemplo, 0-18 dB, 14-25 dB, 22-35 dB). Isso evoluiu para amplificadores de ganho comutáveis com um único número de peça capaz de cobrir uma faixa de perda de amplitude muito ampla (ou seja, 0-32 dB). Além disso, existe uma tendência para amplificação híbrida combinando a amplificação de fibra dopada de érbio (EDFA) com Raman para reduzir o ruído. Uma inovação final é a recente disponibilidade de EDFAs resistentes (ou seja, -40°C a + 65°C), simplificando a implantação de DWDM amplificado em instalações de rede que não possuem controle de temperatura, como em redes de borda metropolitanas e em alguns ambientes específicos de longa distância (por exemplo, ILAs no deserto).

Modular compacto

As plataformas de sistema de linha evoluíram de transporte tradicionais baseados em chassis com profundidade inferior a 300 mm e fluxo de ar lateral. A primeira mudança foi a de chassis grandes (acima de 12U) para mais compactos (cerca de 5U) por volta de 2007, praticamente na mesma época do ROADM-on-a-blade. Plataformas modulares compactas de 600 mm de profundidade com fluxo de ar “front-to-back” foram lançadas em 2015 e agora são capazes de fornecer funcionalidade completa de sistema de linha, incluindo ROADM, além de uma ampla gama de funções (ou seja, transponder/muxponder) em módulos independentes. Em termos de área de cobertura do sistema de linha, passou de cerca de 6U por ROADM de grau para longa distância e 3U por ROADM de grau para área metropolitana no período de 2005-2010 para ROADM de grau 2 em 1U com modernas plataformas modulares compactas de 600 mm. A versão modular compacta de 300 mm é a próxima evolução. Um aspecto adicional dessa melhora consiste em plataformas específicas de aplicativos para uma única plataforma comum que pode suportar aplicativos desde o “edge” metropolitano passando pelo “core” metropolitano, até as de longa distância e SLTE.

Linha aberta

Com benefícios que incluem inovação acelerada, redes otimizadas e economia transformada, a rede óptica aberta está sendo adotada por muitas operadoras de rede. Portanto, os sistemas de linha estão se tornando mais abertos, com OCMs integrados, atenuação baseada em WSS e controle de link compatível com comprimento de onda estrangeira, simplificando o suporte para comprimentos de onda de terceiros, enquanto as capacidades de rede flexível fornecem um caminho para serviços de espectro. As interfaces de gerenciamento como TL1 e

Fig. 2 – Sistema de linha aberta

SNMP estão evoluindo para APIs abertas (NETCONF, RESTCONF, gRPC, gNMI, etc.) com modelos de dados padronizados (Open ROADM MSA, OpenConfig). O Open ROADM MSA também fornece padrões para interoperabilidade de linha entre ROADMs metropolitanos de diferentes fornecedores, com especificações que abrangem o controlador de domínio SDN, controle de links, níveis de energia, segurança a laser, monitoramento de desempenho, detecção de falhas e OSC (figura 2). Operações aprimoradas e capacidade de gerenciamento

Uma série de inovações aborda a necessidade de reduzir custos operacionais e melhorar a capacidade de gerenciamento. Por exemplo, um OTDR transmite impulsos de luz para a fibra em teste e, em seguida, analisa a luz que é devolvida através de dispersão e reflexos. Os casos de uso incluem a identificação da localização de cortes de fibra, a detecção de aumento da perda de fibras e a detecção de intrusão. O OTDR integrado começou a surgir como uma opção ROADM por volta de 2015. Mais recentemente, os OTDRs baseados em SFP forneceram uma alternativa mais compacta, mas de fibra única, aos fatores de forma OTDR de alto desempenho que suportam múltiplas fibras através de um interruptor óptico. Agora estão disponíveis SFPs que integram o OSC e o OTDR, com o SFP atuando como um OSC até que haja

um corte de fibra e, em seguida, mude para um OTDR fora de serviço. Os OTDRs coerentes são outra inovação recente. Enquanto os OTDRs tradicionais podem medir a perda, os OTDRs coerentes também podem medir parâmetros como dispersão cromática, dispersão do modo de polarização e mudanças no estado de polarização. Com a capacidade de passar por amplificadores, eles podem ser utilizados para monitorar a extensão de uma fibra transoceânica com repetidores. Outras aplicações potenciais para OTDRs coerentes incluem préaviso de cortes de fibra terrestre com base em vibrações da atividade de construção e o monitoramento submarino da atividade sísmica.

Como outro exemplo de uso, os OCMs fornecem a capacidade de monitorar o nível de potência de cada comprimento de onda. Essa informação pode então ser usada pelo controle de link para atenuar cada comprimento de onda com WSS em sites locais ROADM ou DGEs em sites ILA para otimizar o nível de potência de cada comprimento de onda. Os OCMs também podem ser aplicados para solucionar problemas na rede. As inovações recentes incluem OCMs de rede flexível e OCMs coerentes de alta resolução. Os OCMs coerentes oferecem precisão sub-GHz e monitoramento de potência altamente preciso de fatias espectrais finas, independentes da potência do canal adjacente. Eles reduzem o tempo de varredura da banda C de segundos para centenas de milissegundos, e fornecem processamento avançado de características espectrais, tais como detecção de canal válido, comprimento de onda central e relação sinal/ruído óptico.

Como exemplo final, o OSC fornece um canal de comunicação entre nós adjacentes que pode ser usado para funções que incluem controle de link, gerenciamento em banda, plano de controle (ou seja, ASON/GMPLS) e medição de perda de amplitude. As taxas de dados do OSC evoluíram de ~2 Mbit/s para ~100-155 Mbit/s, e posteriormente para 1 Gbit/s. A localização do OSC passou do controlador de prateleira para o cartão ROADM e, mais recentemente, para os plugáveis SFP, que também permitem diferentes tipos de OSC que atendem a requisitos específicos de aplicação e interoperabilidade.

Conclusão

As inovações citadas estão proporcionando às operadoras de rede uma série de benefícios importantes, incluindo aumentos de capacidade de alcance do sinal óptico coerente, de capacidade de fibra, maior grau e flexibilidade de adição/eliminação, menor ocupação de espaço, maior disponibilidade de rede, custos operacionais mais baixos e inovação acelerada da rede óptica aberta. Juntos, esses benefícios estão permitindo que as operadoras reduzam significativamente o TCO de sua rede óptica.

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