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Vertiv: mercado de data centers segue aquecido em 2021

A Vertiv, fornecedora global de soluções para infraestrutura digital crítica e continuidade, com sede nos EUA e fábrica em Sorocaba, SP, vive uma fase extremamente aquecida em 2021, com volume de negócios e contratação de projetos muito maiores do que nos últimos dois anos. “Não falta demanda em processamento de dados. E o melhor: há muitos investidores dispostos a injetar capital no setor, o que deve manter o mercado em alta pelos próximos meses”, diz Rafael Garrido, Vice-presidente da Vertiv LATAM.

Segundo ele, o processo de digitalização vem ocorrendo de forma consistente desde o início da pandemia, em março de 2020, nas empresas de todos os portes. Muitas se viram obrigadas a acelerar a jornada à nuvem e migrar suas soluções para data centers de terceiros, uma vez que não podiam depender de equipes internas para cuidar dos equipamentos. Esse movimento trouxe reflexos diretos nos serviços de hosting e colocation das estruturas que abrigam os grandes provedores de nuvem. “Os recursos alocados em 2020 são maiores que em 2019, e quase o dobro de 2018. O segmento continua promissor e os investimentos só crescem”, afirma.

Com produção nacional de soluções de corrente contínua, gabinetes outdoor, sistemas de distribuição AC e data centers modulares, a Vertiv manteve a fábrica 100% operacional para dar conta dos pedidos. “Fizemos adequações na linha fabril para garantir a segurança dos colaboradores, mas não paramos nenhuma vez. Também asseguramos nossos serviços externos para atender os clientes, que lidam com operações críticas e precisam manter a disponibilidade das aplicações”, diz.

Apesar dos esforços locais, uma preocupação é o desabastecimento da cadeia global de commodities, em especial do chumbo, aço e cobre, matérias-primas fundamentais para os equipamentos de infraestrutura. “Os prazos de entrega aumentaram bastante no último ano por conta dos protocolos sanitários e barreiras anti-Covid adotadas nos portos em diversos países”, diz. Houve ainda um aumento de até dez vezes no custo do frete nos últimos dois anos. “A pressão no supply chain se agravou neste ano, com impacto não apenas no mercado de telecomunicações, mas em vários segmentos industriais, como automotivo”, diz o executivo, que espera a regularização do cenário internacional no início ou meados do próximo ano. Para garantir os compromissos de entrega de equipamentos aos clientes, a Vertiv vem se preparando com a organização de forças-tarefas dedicadas, antecipação de compras de insumos, planejamento de escala e diversificação de produtos nacionalizados.

Além do aquecimento dos negócios no mercado brasileiro, a América Latina está trazendo bons resultados à Vertiv, principalmente com a recente expansão das empresas de colocation para o Chile, Colômbia e México. O mais novo hub de data centers é Querétaro, um importante polo industrial e tecnológico no México, local que os especialistas do mercado classificam como a nova “Alphaville/Barueri”, região na Grande São Paulo que concentra os principais data centers do Brasil. Para atender os novos contratos, a Vertiv está reforçando a organização do time e dos serviços no México. “Nossas equipes trabalham em conjunto”, ressalta. Sob a gestão de Garrido, inclusive, a Vertiv na América Latina deixou de ser organizada por países para se tornar um negócio regional. “Temos as entidades legais em cada localidade, mas a gestão de liderança é única e verticalizada justamente para garantir que, quando chegasse este momento de expansão dos clientes para os territórios vizinhos, nós pudéssemos assegurar o mesmo nível de suporte a todos”, diz.

Com as dificuldades de deslocamentos de equipes e fronteiras ainda fechadas, os engenheiros da Vertiv discutem projetos remotamente usando ferramentas como óculos de realidade aumentada e virtual para visualização remota das instalações. Em um grande data center de colocation em Bogotá, na Colômbia, os técnicos foram capazes de visualizar os equipamentos e suportar uma sequência bem complexa de operações a partir da base em São Paulo. “O serviço foi um sucesso e tudo funcionou como se estivéssemos fisicamente no local”, diz.

Uma outra aposta da Vertiv é o mercado de edge computing, tendência que deve ganhar impulso com a chegada do 5G eproliferação de aplicações de IoT – Internet das Coisas, que demandarão processamento mais próximo da borda para reduzir a latência de resposta. “O perfil dos clientes está mudando. Não temos mais o investimento puro e único em telecomunicações ou puro e único em data centers. É um mix disso e precisamos estar preparados para absorver as demandas de uma infraestrutura cada vez mais digital”, finaliza Garrido.

Rafael Garrido, da Vertiv: demanda por processamento impulsiona investimentos

Rittal e Klint fazem parceria para edge data centers

A transformação digital nas empresas, as novas ferramentas e as aplicações da indústria 4.0, IoT – Internet das Coisas e 5G irão demandar, cada vez mais, comunicação em tempo real, com coleta e processamento de dados na borda da rede, ou seja, no local onde ocorre a operação, de forma a reduzir a latência no tempo de resposta. Para atender esse crescente potencial de negócios, a Rittal, fabricante de origem alemã com 60 anos de mercado, desenvolveu uma solução de edge data center que reúne, em uma única plataforma, produtos como rack, PDUs (distribuição de energia), refrigeração e monitoramento, garantindo a segurança e disponibilidade dos ativos de TI em ambientes indoor e outdoor, sem a necessidade de salas especiais ou estruturas de alvenaria.

“É um sistema aberto, modular e flexível, pronto para uso e que pode ser configurado para atender aos requisitos específicos de todas as indústrias”, diz Leandro Toledo Sussi, executivo de TI na Rittal para o Brasil, empresa com planta industrial há 25 anos em São Paulo. Para comercializar a solução, a fabricante fechou uma parceria com a Klint, distribuidora com atuação nacional, e já está realizando treinamentos técnicos junto a instaladores e integradores.

As novidades fazem parte do plano estratégico mundial da Rittal de aumentar a participação da divisão de TI. Hoje o carro-chefe do grupo é a divisão de elétrica, com a produção de painéis e quadros para elétrica e automação, responsáveis por 85% da receita. “Já temos uma consolidação nesse segmento. Com a pandemia, a matriz identificou um grande potencial em infraestrutura de TI e data centers, que são as bases que sustentam as novas tecnologias”, diz Sussi. Além da ampliação de portfólio, uma outra decisão importante diz respeito ao fortalecimento dos canais de distribuição. “No passado a cultura da empresa era focada na venda ao cliente final. Não havia uma política comercial de distribuição, mas desde o início do ano estamos apostando na capilaridade para acelerar esse crescimento”, afirma.

Embora seja um lançamento, o edge data center integra os principais produtos que a Rittal já fornecia separadamente, como ar condicionado de precisão, PDUs, racks e sistema de monitoramento ambiental remoto. A solução começa com um rack de 24U ou 42U, podendo chegar até 8 racks (micro data center). O ar condicionado ocupa 0U e é do tipo inverter, com heat pipe e potências de 1,6; 3; e 6 kW. O insuflamento de ar frio ocorre pela lateral e o tratamento do ar é realizado no próprio rack, que possui uma separação interna para evitar a mistura de ar quente e frio. Como a condensadora é integrada, não há necessidade de tubos de cobre, reduzindo a complexidade da instalação.

Com a parceria assinada com a Klint, a ideia é que a distribuidora faça integração com outros produtos de seu portfólio, como soluções ITMAX para data centers e GPON Laserway da Furukawa. “Podemos rechear o rack conforme necessidade do cliente e entregar um produto completo”, diz Marco Pacchioni, diretor de negócios da Klint. Um bom exemplo é a oferta da linha de cabeamento da Furukawa. Por exemplo, numa indústria 4.0 e automatizada, o data center da Rittal pode ser integrado com o GPON LaserWay da Furukawa. “Basta colocar o edge data center em qualquer local, instalar a OLT e desse ponto distribuir a fibra óptica no chão de fábrica”, sugere Pacchioni. Com IP55 (proteção contra pós e jatos de água), o rack está preparado para uso em ambientes industriais.

Solução modular já vem com ar condicionado, PDUs, racks e sistema de monitoramento ambiental

Rittal – www.rittal.com.br Klint – www.klint.com.br

Cabo óptico subaquático 100% nacional reduz custos de projetos

A expansão de redes ópticas muitas vezes requer a travessia por rios, estuários, lagos e regiões molhadas para levar conectividade a todas as localidades. Se a tecnologia dos cabos submarinos importados tem custos inviáveis para os provedores regionais, um desenvolvimento 100% nacional chega ao mercado para mudar esse cenário. Com vantagens como o menor custo e a facilidade de execução, o novo cabo subaquático foi patenteado pela Superfície Engenharia, empresa especializada em infraestrutura portuária, de Porto Alegre, RS. A Suptec Superfície Tecnologia é o braço do grupo responsável pela montagem dos cabos, com aliança comercial junto à Supribem Telecom, de Sorocaba, SP, empresa especializada em consultoria e representação de produtos de telecomunicações e conectividade.

Lançada no início do ano, a solução transforma um cabo óptico aéreo convencional em subaquático com a incorporação de várias camadas externas de proteção e vedação de aço e polímeros, assegurando a estanqueidade do produto ao longo de sua vida útil, além de peso suficiente para a ancoragem no leito de rios, lagos e até mesmo no mar. O processo de extrusão é realizado nas instalações da Suptec, utilizando cabos ópticos

Instalação de cabos subaquáticos

O cabo óptico recebe várias camadas externas de proteção e vedação de aço e polímeros

de fabricantes nacionais. “A Superfície Engenharia tem equipes de especialistas, máquinas e experiência com lançamentos. Podemos fazer o reforço mecânico e estrutural em qualquer cabo, de qualquer fabricante e dimensões”, diz Felipe Mazzer, CTO da Supribem.

Segundo ele, devido aos elevados custos de cabos submarinos, todos importados, é comum no mercado o uso de soluções improvisadas para a passagem dos cabos, como a amarração com cordoalhas de aço, sem garantia de vedação, ou uso de materiais muito leves, incapazes de ancorar as redes no leito do rio, dificultando a estabilização do sistema. Em operação nos rios e mares há ainda desafios como as fortes correntezas, impactos e tração dos cabos, que podem causar o rompimento das fibras ao longo do tempo.

“Observamos que havia uma demanda por esse tipo de solução e nos tornamos uma ponte forte entre as necessidades brasileiras”, afirma o executivo. Além da produção local, as empresas contam com um time especializado no lançamento aquático, com embarcações próprias registradas, balsas e rebocadores, bem como aprovação junto aos órgãos de Marinha, prefeituras e meio ambiente, publicação em documentos náuticos e respaldo jurídico. As operadoras Br.Digital, Mhnet e ALT Telecom, com sede no Sul do país, instalaram recentemente 3 km de cabos ligando a Ilha de Florianópolis, SC, ao continente. No Paraná, o trecho submarino foi implantado entre Guaratuba e Matinhos. A BR. Digital ainda possui uma travessia de 7 km ligando Porto Alegre à cidade de Guaíba, no sul do Rio Grande do Sul. Obra similar foi executada pelos provedores Guaíba Telecom, Mhnet, Ozir Net e Tecmidiaweb. “Também estamos em diversas negociações com operadoras do Norte do país, que estão sempre buscando levar maior conectividade à população ribeirinha”, finaliza Mazzer.

Supribem – Tel. (12) 98247-8035 Site: www.supribemtele.com.br

Zyxel anuncia fabricação local em Manaus

A Zyxel, multinacional taiwanesa especializada em soluções de conectividade e redes corporativas, iniciou a fabricação dos produtos no Brasil, na Zona Franca de Manaus, AM.

A Zyxel atualmente possui centros de distribuição no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, escritório em São Paulo e, para este ano, a estimativa é que a filial brasileira dobre seu faturamento em comparação ao ano anterior.

Inicialmente, estão sendo produzidos alguns modelos de roteadores e

produtos de linha GPON, todos voltados para provedores de Internet, e a previsão de entrega do primeiro lote é ainda neste mês. Giovani Pacifico, De acordo com da Zyxel Brasil: dados divulgados entregas mais rápidas para provedores recentemente pela Abrint Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações, o aumento na demanda por provedores locais cresceu cerca de 47% desde o início da pandemia. Segundo a Anatel Agência Nacional de Telecomunicações, 60% da conexão do país vem dos provedores locais.

“A fabricação desses produtos no país vai alinhar a produção da Zyxel com as demandas de funcionalidade dos equipamentos, além de tornar as entregas mais rápidas e reforçar nosso compromisso com o mercado brasileiro e com os provedores locais”, comenta Giovani Pacifico, diretor de produtos e vendas da Zyxel Brasil.

Menor diâmetro e maior densidades de fibras para microdutos

Zyxel – Tel. (11) 3078-2345 Site: www.zyxel.com.br

Prysmian expande a abrangência dos cabos para microdutos

Fabricante mundial de sistemas de cabos para energia e telecomunicações, o Grupo Prysmian expande a abrangência dos cabos para microdutos Sirocco HD. A nova versão comporta de 96 até 576 fibras em um diâmetro total de 9,5 mm, proporcionando uma densidade de 8,1 fibras por mm2 , instalável em um duto de 12 mm.

Os cabos para microduto foram desenvolvidos para receber a fibra insensível à curvatura BendBright-A2 200 µm monomodo (ITU-T G.657.D, G.657.A2) do Grupo Prysmian, oferecendo uma solução já atualizada para os sistemas de transmissão de dados do futuro.

“Para acompanhar o crescimento exponencial do tráfego de dados e a adoção de novas tecnologias, é imprescindível aumentarmos a capacidade das redes ópticas mundiais. Os sistemas de cabos ópticos precisam oferecer métodos de implantação mais rápidos, mais confiáveis e rentáveis para que tenham, realmente, um futuro garantido”, afirma Ian Griffiths, diretor de P&D e Telecom do Grupo Prysmian. “Os cabos para microduto Sirocco HD permitem a contagem máxima de fibras e sistemas em um diâmetro reduzido, de forma a atender a demanda atual por capacidade maior de largura de banda nas instalações dos dutos”, completa.

Em conformidade com as normas internacionais de desempenho óptico e mecânico, os cabos Sirocco HD também utilizam a tecnologia PicoTube do Grupo Prysmian, tornando-os 20% menores do que os cabos para microdutos comercializados anteriormente. Isso possibilita colocar mais fibras em espaços

congestionados e o uso de dutos menores para novas instalações, resultando em menores custos de instalação e utilização de menos matérias-primas.

Prysmian – Tel. (15) 3500-0530 Site: https://br.prysmiangroup.com/

Intelbras recebe certificação nacional para produtos de combate a incêndio

A Intelbras desenvolveu com a associação ABIPCI - Associação Brasileira das Indústrias de Prevenção e Combate a Incêndio um programa de certificação nacional para seus produtos e soluções de prevenção de incêndio. A ação, que é primeira no Brasil uma vez que as outras certificações disponíveis são internacionais, visa elevar a segurança dos equipamentos e fixar a responsabilidade da fabricante e demonstrar a evolução da linha de prevenção de incêndio da companhia.

A certificação nacional é recente: apenas em 2021 teve início o processo de acreditação estruturado que possa validar de forma voluntária os fabricantes que se preocupam com a qualidade das suas soluções. Essa realidade se tornou possível e vem sendo coordenada por um grupo de empresas nacionais e que têm como maior interesse o desenvolvimento de um processo de certificação de produto, podendo atestar que a solução tem o selo de conformidade

Centrais de incêndio endereçáveis certificadas da Intelbras

da certificadora e que o produto ofertado atende os requisitos conforme a ABNT NBR 7240, norma que especifica diretrizes e definições para o sistema de detecção e alarme de incêndio.

“A certificação é um mecanismo crucial de avaliação da conformidade, com base em normas nacionais, internacionais e regulamentos técnicos. O processo consiste em uma avaliação que garante que os equipamentos atendem a todos os requisitos das normas aplicáveis e ensaios laboratoriais”, afirma Paulo Daniel Correa, diretor de Controle de Acesso da Intelbras.

A certificação dos produtos de prevenção de incêndio é válida por cinco anos e, durante esse período, serão realizadas avaliações anuais de qualidade. Neste momento, três centrais de incêndio endereçáveis (modelos CIE 1125, CIE 1250 e CIE 2500) levarão o selo de conformidade.

“Geralmente o mercado só procura certificações se existir obrigatoriedade, portanto a iniciativa voluntária da Intelbras é pioneira e importante. A ação demostra os valores da empresa e o seu comprometimento com a segurança”, diz Vladson Athayde, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da GTM, certificadora acreditada pelo Inmetro.

Intelbras – Tel. (48) 3281 9500 Site: www.intelbras.com/pt-br/

Grupo Binário fornece proteção anti-DDoS da Corero

Com sede em São Paulo, o Grupo Binário provê diversas soluções para o mercado de telecomunicações. Sua estrutura é formada pela integradora Binário, a prestadora de serviços QoS e pela fornecedora de aplicações em nuvem Binário Cloud.

O portfólio do Grupo Binário é composto por equipamentos de 24 fabricantes, com marcas como Aruba, Fortinet, Netscout e Juniper Networks. Recentemente, a companhia passou a comercializar a solução antiDDoS –Distributed Denial of Service da Corero.

“A parceria com a Corero se deu por intermédio da Juniper. Suas soluções podem ser integradas a roteadores de diversos fabricantes”, explica Wallace Rodrigues, gerente de negócios sênior do Grupo Binário.

Focado em provedores de Internet, data centers e empresas de hospedagem, o Corero anti-DDoS é on premises. No entanto, o backup na nuvem está disponível como opção, com centro de operações em São Paulo. Presente em mais de 40 países, a solução oferece três modos de design: Inline, Virtual Inline e Scrubbing Center. Os dois primeiros realizam DPI – Deep Packet Inspection em cada pacote na taxa de linha, possibilitando que os sistemas Corero tomem decisões de mitigação em segundos, com latência de 60 microssegundos ou menos. Já o terceiro oferece alta escalabilidade para proteger até multi Tbit/s de tráfego, com poucos falsos positivos.

Segundo Rodrigues, uma das vantagens é a proteção contra os mais recentes tipos de ataques curtos e explosivos que muitas vezes podem passar despercebidos pelos sistemas de proteção DDoS legados. “Durante a pandemia da Covid-19, os invasores aumentaram a quantidade e o tamanho dos ataques DDoS. Os hackers estão se infiltrando em telefones celulares, câmeras IP, servidores de mídia e outros terminais conectados e, em seguida, lançam ataques utilizando centenas de milhares ou até milhões de dispositivos IoT – Internet das Coisas infectados. Chegamos ao ponto em que a proteção DDoS se tornou uma necessidade para todas as empresas”, alerta.

Os Corero SOC – Service Operations Centers estão localizados em Boston e Massachussetts, EUA, e em Edimburgo, na Escócia, com suporte 24 horas, sete dias por semana. Já o Grupo Binário, além da unidade paulistana, tem escritórios em Joinville, SC, Londrina, PR, e Brasília, DF.

Wallace Rodrigues, do Grupo Binário: proteção DDoS para provedores

Grupo Binário – Tel. (11) 3704-0400 Site: www.binarionet.com.br

Newco lança plataforma OTT para provedores

A Newco, com sede em São Paulo, lançou em setembro uma plataforma OTT para provedores. Parte do Grupo Bandeirantes, a companhia iniciou a sua operação em 2001 focada em TVs por assinatura. Na época, a empresa criou o BandNews, canal com notícias 24 horas.

Desde então, a Newco passou a criar diversos canais, todos com temáticas diferentes. Além do BandNews, a empresa oferece os canais BandSports (esportes), Arte1 (arte), Agro+ (agronegócio), Terraviva (pecuária), Smithsonian (documentários), Sabor&Arte Newton Suzuki, (gastronomia) e da Newco: SexPrivé plataforma de (conteúdo adulto).conteúdo própria para provedores “Estamos presentes em todas as operadoras de TV por assinatura do Brasil, sendo que 70% delas trabalham com todos os nossos canais e 30% transmitem apenas alguns”, explica Newton Suzuki, diretor de distribuição e relacionamento com as afiliadas da Newco.

Chamada de AstaPlay, a plataforma da Newco é voltada para provedores regionais e oferece o mesmo conteúdo comercializado

em TVs por assinatura. Para evitar problemas de latência, o conteúdo está presente em diversas CDNs espalhadas pelo país.

“A operadora poderá agregar diversos conteúdos com nossos canais, além de filmes, séries e documentários em formato SVOD – subscription vídeo on demand. Tudo isso comercializado no modelo white label”, finaliza Suzuki.

Newco – Tel. (11) 2186-6658 Site: newcopaytv.com.br

Licitações atraem fornecedores estrangeiros de equipamentos VSAT

Em junho de 2021, o Governo Federal sancionou a MP 1018/20, que incentiva a diversificação dos meios de acesso à conexão de alta velocidade, reduzindo impostos cobrados sobre antenas de banda larga via satélite de pequeno porte (VSAT). Segundo o Ministério das Comunicações, o Brasil dispõe de 350 mil pontos VSAT e a estimativa é que com a nova lei o número passe para 750 mil.

A ampliação do número de pontos VSAT no Brasil atraiu a atenção de uma fornecedora chinesa de antenas para redes satelitais. Sem uma sede no país, a companhia é representada pela Storage Telecom, empresa nacional com escritório em Niterói, RJ.

“A empresa fabrica antenas do tipo USAT. Entre suas características está a ausência de instalação, além de virem com tecnologia IoT – Internet das Coisas e equipamentos embarcados, como modems e roteadores”, afirma Aristóteles Gomes Rocha, da Storage Telecom.

Além da companhia asiática, a Storage Telecom trabalha com outra fornecedora para conexões via satélite, porém inglesa. Seu foco é uma possível licitação de lotéricas que poderá ser realizada pela Caixa Econômica Federal.

Segundo Aristóteles, o último leilão para o fornecimento de Internet para lotéricas venceu em agosto de 2020. Na época, o contrato acabou sendo renovado por falta de concorrência. “A expectativa é poder atender os mais de 35 mil terminais lotéricos instalados no país. No quesito segurança, a conexão VSAT é melhor que a fibra óptica pois é um link que vai direto para o satélite e segue para o data center da Caixa Econômica Federal em Brasília”, explica.

Os equipamentos VSAT da empresa inglesa utilizam os satélites de órbita baixa Intelsat 14 e 28, cobrindo todo o território nacional. De acordo com o representante, outro projeto nacional que está no radar da fabricante inglesa é a instalação de antenas VSAT nos arquipélagos de Trindade, ES, e São Pedro, RN. A licitação seria feita pela Caixa Econômica Federal a pedido da Marinha. “Infelizmente, ainda não temos informações sobre as condições climáticas das ilhas, como a velocidade do vento. São regiões que ficam a uma distância de mais de 1000 quilômetros da costa brasileira e trazem desafios consideráveis”, finaliza.

Storage Telecom – Site: http://storagetelecom.net

DPR lança caixa terminal óptica para postes

A DPR, fabricante e distribuidora de soluções para telecomunicações, lançou a CTO-P – Caixa Terminal

Óptica para Postes. Com mais de 15 processos de patentes, o produto pode ser expandido de 8 para 16 assinantes em até dois minutos.

Segundo Marco Silva, diretor comercial da DPR, a solução chega para facilitar o dia a dia de técnicos dos provedores de Internet e inovar as instalações de redes FTTH. “Além da redução no custo de implantação e retorno de investimento garantido, o lançamento supre uma demanda do mercado ao trazer inovação e atender necessidades técnicas e operacionais bastante específicas, como a sua durabilidade por conta da exposição às intempéries da natureza”, afirma.

O produto atende a topologias GPON e XGPON e vem com suporte opcional na base para acomodação de sobras de cabos alimentadores e derivações. Sua bandeja é projetada CTO-P da DPR para acomodar até 36 fusões, sejam elas diretas ou derivadas, mais 2 fusões alimentadoras do módulo e 2 splitters. Já o sistema de fechamento da tampa utiliza quatro travas para fornecer maior durabilidade e vedação.

A CTO-P da DPR possibilita ao usuário substituir a carcaça em caso de dano físico, sem provocar interrupções na rede. Além disso, a caixa pode ser fixada em postes circulares ou duplo T, seja com fita de aço ou abraçadeira tipo BAP. Entre as patentes, Marco Silva destaca o sistema de vedação unificado. “É único no mercado e reduz significativamente a falha humana na instalação e manutenção, assim como elimina a necessidade de corte da borracha e a acomodação do drop”, explica.

Com sede em Sorocaba, SP, a DPR manufatura suas soluções em um parque fabril próprio na cidade, com mais de 9.000 m2 de área construída. “Nos últimos cinco anos, a DPR cresceu aproximadamente 100% ao ano em termos de faturamento. Além do desenvolvimento de novos produtos, temos investido na capacitação de pessoas em parceria com o Inatel e a Facens. Até o final de 2021, pretendemos apresentar outras soluções e conceitos que estarão disponíveis ao mercado em 2022”, projeta Vander Stephanin, vicepresidente da DPR.

DPR – Tel. (11) 3934-2000 Site: www.dpr.com.br

Consolidação de provedores de Internet

Grupos econômicos, investidores e fundos de infraestrutura nacionais e estrangeiros estão de olho nos provedores de Internet. Muitas empresas já foram compradas e outras estão em processo de diligência. Com as recentes aberturas de capital (IPOs) da Brisanet, Unifique e Desktop, a injeção de recursos deve acelerar ainda mais a consolidação do setor, com a fusão de empresas e compra de operações menores.

Sandra Mogami e Fábio Laudonio, da Redação da RTIRTI RTIRTI RTI

Por conta da crise deflagrada pela pandemia da Covid-19, o segmento de provedores de Internet é um dos que mais se destacaram no mercado brasileiro. A contratação de acessos de banda larga fixa junto a essas empresas teve expansão de 28% em 2020 em relação ao ano anterior. Comparativamente, as grandes operadoras de telecom cresceram no mesmo período 2,2%. O market share dos provedores aumentou de 14% em 2015 para 41% em 2020.

O aquecimento tem despertado a atenção de agentes financeiros e grupos econômicos dispostos a investir no setor, um processo que se intensificou a partir de 2018. Os especialistas preveem uma verdadeira avalanche de M&As –fusões e aquisições de pequeno porte nos próximos três anos. Em especial os grupos que estão capitalizados (via private equity ou IPOs - Initial Public Offerings) farão cada vez mais aquisições de pequenas operações para aumentar a abrangência geográfica e driblar a competição em determinadas localidades. Os primeiros IPOs da Brisanet, Desktop e Unifique realizados em agosto movimentaram cerca de R$ 5 bilhões, com as três empresas conjuntamente atingindo algo em torno de R$ 12 bilhões em valor de mercado. Capitalizados, os grupos já anunciaram suas primeiras aquisições pós-abertura de capital.

Milhares de provedores, no entanto, são de pequeno porte. Para que se tornem atrativos para uma futura venda ou entrada de capitais, é fundamental o suporte de empresas especializadas em M&A. A seguir, mostraremos um pouco da atuação das principais consultorias do país.

Advisia Investimentos

Há 18 anos no mercado, a Advisia Investimentos tem expectativa de assessorar neste ano cerca de R$ 1,5 bilhão entre fusões e aquisições em telecom no país.

“Apoiamos em toda a estruturação do plano de negócios, projetando o crescimento da operação e servindo como apoio na formalização de processos internos. Quando a empresa está organizada e preparada, ou quando uma boa oportunidade de negócios surge, debatemos uma potencial operação”, diz André Alves, sócio da Advisia à frente dos negócios de telecomunicações.

A empresa realizou o processo de fusão e compra das oito empresas de Minas Gerais pela Vinci Partners, criando a Vero Internet, em 2019. Mais recentemente, atuou na

Laura Rodrigues, da Advisia: R$ 1,5 bilhão entre fusões e aquisições no país neste ano

assessoria da venda da Desktop para o fundo HIG; da Conexão para o fundo Acon; nas consolidações do grupo Blink, de Belo Horizonte, MG; e da Proxxima Telecom, de Campina Grande, PB.

Segundo Laura Rodrigues, vice-presidente da Advisia, um diferencial da empresa está no traquejo de consultoria estratégica existente no grupo, que conta com a Advisia OC&C Strategy Consultants. “Essa visão é fundamental para robustecer o provedor ao escrutínio de um potencial comprador”, diz.

Como a maioria das empresas nascem pequenas, com estrutura familiar e poucos recursos, muitas vezes o crescimento não é ordenado, podendo depreciar o valor do negócio em taxas que variam de 20% a 30%. Com o apoio da consultoria, essa perda não acontece. Para que a operação atinja o patamar desejado pelo empreendedor, a Advisia faz uma análise minuciosa não apenas do balanço financeiro e contábil, mas também dos aspectos técnicos, um trabalho que pode levar de seis meses a dois anos para ser concluído.

A Advisia tem sido muito procurada para compra e venda de ativos e para fusão de provedores de menor porte, por exemplo, com 10 mil a 30 mil acessos. Com isso, as empresas ganham poder de mercado e ficam prontas para uma passagem de bastão.

AtosMobile

A AtosMobile já realizou cerca de 70 captações de recursos para expansões em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Tocantins, Paraná e Minas Gerais. Entre as operações executadas recentemente, totalizando cerca de 120 mil assinantes, estão as vendas da Infovale, Socitel, Axion e WSCAN, todas do interior de São Paulo.

“Temos em carteira mais de 40 provedores atendidos, com 5 mil a 150 mil assinantes, distribuídos nas regiões Sul, Sudeste, CentroOeste e Nordeste”, diz o diretor José Jairo Martins.

Na sua opinião, é importante que os provedores avancem na agenda de crescimento conjugado com profissionalização, ou seja, com governança corporativa, regularidade contábil e fiscal, previsibilidade de fluxo de caixa, estrutura societária e montagem de parque de equipamentos de primeira linha. “Preparamos as empresas ao longo de um a dois anos para atingirem maturidade para um M&A. Atualmente ainda é pequeno o número de provedores que podem ser classificados como

Gustavo Freitas e José Jairo Martins da AtosMobile: ajuda na criação de valor nas empresas

profissionalizados, ou seja, com balanços auditados, ERPs robustos funcionando, redes ópticas regularizadas, compliance fiscal e governança corporativa”, diz Martins.

A AtosMobile também ajuda os executivos e equipes gerenciais a buscarem conhecimento das dores e necessidades dos consumidores, melhorando a experiência e rentabilidade, além de avaliar o mercado e os competidores. Com uso de ferramentas de data & analytics e recursos de análises lógicas, a empresa é capaz de gerar novos vetores de criação de valor, desde estratégias mais eficientes de aquisição de assinantes até o desenvolvimento de modelos de negócios, como SVAs e IoT – Internet das Coisas. “Vários de nossos clientes, que antes registravam expansão de 20% a 30%, passaram a crescer de 100% a 150% nos últimos dois anos. E em 2021 tendem a apresentar patamares ainda maiores”, complementa o sócio Gustavo Freitas.

Esses resultados se tornam ainda mais importantes diante de um cenário de consolidação. “Visualizamos uma verdadeira avalanche de M&As de pequeno porte nos próximos três anos”, afirma Freitas.

As empresas regionais passaram a estar presentes no radar de investidores de todos os portes, principalmente fundos de infraestrutura e de private equity. “Ainda existe um enorme potencial de crescimento para os provedores em fibra óptica, no entanto, a janela de oportunidade pode se fechar entre dois e cinco anos. Provavelmente o Brasil estará majoritariamente atendido por fibra nesse prazo. Para expandir as operações para regiões desabastecidas, os provedores terão que tomar decisões em menor tempo e com maior precisão lastreada em estudos de mercado. “Os que chegarem primeiro em uma região com fibra inibirão que os outros players criem redes sobrepostas e competição exacerbada”, finaliza Freitas.

Biancamano Capital

A Biancamano Capital começou no segmento de provedores de Internet há cerca de 18 anos, com foco em consultoria tributária. Em 2008, passou a prestar serviços de assessoria para facilitar as transações entre os próprios provedores. “Pegamos já a primeira onda de aquisições, no início do movimento de consolidação, na época ainda sem a participação dos fundos de investimentos”, conta o diretor e fundador Marcelo Biancamano.

No final de 2014 e início de 2015 a empresa estruturou as primeiras operações no segmento envolvendo investidores externos. “O movimento ainda era tímido, com cerca de uma ou duas operações por ano, mas a partir de 2018 os fundos de private equity enxergaram o potencial desse mercado. Desde então as negociações têm crescido ano a ano”, diz o executivo.

Em 2020 a Biancamano Capital assessorou algo em torno de R$ 1 bilhão em nove transações do segmento de provedores. Para este ano a expectativa é chegar perto de R$ 1,8 bilhão, com cerca de 8 a 10 operações no Sul, Sudeste e Nordeste. “Atendemos de ponta a ponta, desde a preparação da empresa, avaliação, prospecção de compradores, negociação e acompanhamento até o fechamento”, diz.

Entre seus clientes está a Unifique, de Florianópolis, que desde 2018 adquiriu cerca de 20 empresas. Uma semana após o IPO, a Unifique comprou no início de agosto a TKNet Telecom, de Taquari, RS, com 15 mil assinantes, transação que teve a assessoria financeira da Biancamano.

Um outro cliente é a Mhnet Telecom, de Maravilha, SC. Fundado em 2002 e presente em mais de 120 cidades, o provedor conta hoje com 260 mil acessos de banda larga. No total, foram 11 incorporações desde 2020.

Para Biancamano, o movimento de consolidação está indo agora para um outro estágio, com as recentes aberturas de capital e fortes investimentos em crescimento orgânico e inorgânico. “Tudo indica que vamos continuar vivendo uma fase de aquisições de provedores, mas principalmente a consolidação de alguns consolidadores”, diz.

O mercado de M&A segue aquecido. “Não vejo tendência de queda, mas talvez mude o perfil, com negociações mais complexas entre os próprios consolidadores”, afirma. Uma fusão entre os grupos poderia reduzir o gap que ainda existe entre eles e as grandes operadoras, como Claro, Vivo e TIM. “Telecom é um mundo de escala e capital intensivo. Uma aliança pode tornar as empresas mais competitivas”, afirma.

Marcelo Biancamano, da Biancamano Capital: tendência de consolidação dos consolidadores

Brasa Capital

O Brasa Capital traz na bagagem a experiência no setor de telecomunicações de seus sócios Celio Nunes e Rodrigo Leite, que atuaram por vários anos na Advisia Investimentos antes de abrirem a nova empresa.

Conta com uma equipe de 10 pessoas e deve encerrar 2021 com 10 a 15 transações, totalizando um volume de R$ 3 bilhões. A empresa prestou a assessoria financeira no processo de IPO da Unifique.

“Há diversas operações em andamento, atraindo interesse de investidores nacionais e fundos internacionais de infraestrutura”, afirma o cofundador e diretor Rodrigo Leite. O Brasa Capital

está trabalhando no momento em uma importante transação que deve ser concluída nas próximas semanas e que marcará a estreia no país de um grupo com presença internacional no mercado de fibra óptica.

O Brasa assessora os provedores a se organizaram para levantar capital até uma operação de saída ou abertura de capital. Para as empresas de menor porte, ajuda a crescer de forma sustentável e a se preparar para uma operação futura.

Um modelo criado pelo próprio executivo é a fusão sem cessão de controle para um investidor institucional, ou seja, sem cash. Hoje há pelo menos cinco exemplos bem-sucedidos no país desse tipo de modelo e que o diretor recomenda para os provedores. Ao alinhar um plano de negócios com estratégias, prazos e planos de remuneração entre seus sócios, a operação tende a se valorizar em até quatro vezes. Uma negociação em andamento envolvendo quatro provedores de um município no Sudeste, a valuation das empresas soma R$ 150 milhões, quando analisadas separadamente. Quando considerada a nova formação, o valor sobe para R$ 500 milhões, tornando-se muito mais atrativa para a entrada de um investidor.

De acordo com o diretor, as regiões Sul, Sudeste e Nordeste estão liderando o movimento de fusões e aquisições, mas o Centro-Oeste é a próxima área a ser explorada. “O Centro-Oeste é uma extensão fácil para os consolidadores”, afirma.

Para o provedor, a consultoria de uma empresa como o Brasa Capital é importante para ajudar a diferenciar e compreender os objetivos de cada tipo de investidor. “Os tipos de captação variam bastante. Enquanto um fundo de infraestrutura trabalha com retorno a longo prazo, o mercado de capitais quer resultados mais rápidos”, exemplifica. Em alguns casos, a estruturação de dívida em banco pode ser a melhor opção, uma vez que não há diluição de ações e o provedor pode continuar com o controle da empresa. “Por isso é fundamental o acompanhamento de consultorias especializadas nesse segmento, que trazem a experiência de outros modelos de sucesso”, finaliza.

Rodrigo Leite, do Brasa Capital: fusão entre provedores pode valorizar a operação em até quatro vezes IT Investimentos

No mercado desde 2013, a IT Investimentos é uma empresa especializada em M&A e captação de recursos no mercado de tecnologia e telecomunicações. Em 2017, após a venda de participação minoritária da distribuidora WDC Networks para o fundo 2B Capital, passou a atuar com maior ênfase no segmento de provedores de Internet.

Com mais de 20 transações concretizadas em torno de 18 meses, somente neste ano de 2021 a IT Investimentos movimentou o equivalente a R$ 1,259 bilhão. “Somos a butique de M&A com maior valor em negócios de telecom em 2021. Ainda há algumas operações que estão por vir e vamos passar de R$ 3 bilhões até o final do ano”, diz o CEO e fundador Gustavo Barros.

Segundo a TTR – transactional track record, plataforma global de transações financeiras, a IT Investimentos ocupa o oitavo lugar no ranking geral no país e lidera no mercado de provedores. Entre os principais clientes da área de telecom estão a Mob Telecom, Sumicity, Wirelink, Desktop, WKVE Telecom, C-Lig, Univox, Click Telecom, Nettel Internet, Ligue Telecom e Starweb.

A IT Investimentos fornece serviços como assessoria financeira, negociação, auxílio na venda e aquisição, coordenação de processos de due diligence e assessoria legal e contábil. “Buscamos a melhor oferta entre players estratégicos e fundos de investimentos”, diz o executivo. Na avaliação de empresas, realiza a construção de modelos financeiros baseados no histórico e projeções de crescimento.

O volume de negócios tem crescido tanto que a empresa está mudando para um escritório três vezes maior em São Paulo e aumentando equipes, hoje com um time de 20 pessoas.

JMB Advisors/Solintel

No mercado desde 2013, a JMB Advisors é uma empresa focada exclusivamente em transações de fusões e aquisições para diferentes setores da economia. Diante do crescimento do segmento de banda larga e do recente movimento de consolidação, a companhia fez há cerca de três anos uma parceria com a Solintel, especializada em telecomunicações e com atuação junto a provedores de Internet em todo o país.

Com um time multidisciplinar de profissionais das áreas contábil, tributária, financeira e operacional, a JMB Advisors oferece assessoria em fusões, joint ventures e captação de recursos, transações que somam até hoje mais de US$ 2 bilhões. “Somos membros exclusivos da World M&A Alliance no Brasil, que conta com estrutura capaz de acessar as melhores opções de investidores locais e internacionais e compradores em nível global”, diz o diretor e um dos sócios Evandro Bazan de Carvalho Júnior.

Segundo ele, a companhia tem sua metodologia própria para geração de valor no processo de M&A, que envolve uma diversidade de trabalhos quanto à gestão do processo e negociação e estruturação da operação. Mas nas transações envolvendo provedores de Internet há um desafio adicional: a avaliação dos aspectos técnicos, como a topologia de rede, splitagem da fibra e tecnologias. “Uma fase muito importante é a preparação da empresa, que demanda uma grande expertise técnica que a nossa parceira Solintel é capaz de prover. Então complementamos nossas atividades no mundo de telecom”, define o executivo.

A JMB começou a estudar o mercado de provedores regionais há cerca de cinco anos. “Percebemos elementos que apontavam para a consolidação. Antes o setor era muito fragmentado e a transição da tecnologia de rádio para fibra mostrou a necessidade de elevados investimentos para expansão das redes”, diz Fernando Kireeff, também sócio e diretor da JMB Advisors.

Segundo ele, o movimento de M&A está muito aquecido nos provedores de todos os portes e as empresas têm hoje diversas transações em andamento. Entre os clientes da JMB/Solintel está a Starnet Telecom, provedor de fibra óptica que atende a região de Atibaia, SP, e que vendeu em agosto a totalidade das suas ações para a Desktop, companhia de capital aberto investida pelo fundo de private equity HIG Capital, por R$ 51,5 milhões. “Na ponta da pirâmide estão os maiores aportes e fundos de investimentos. Mas pequenas empresas também estão se juntando ou vendendo suas carteiras”, diz Leonardo Reis, supervisor de operações da Solintel. Ele lembra que a consolidação gera uma grande vantagem para o provedor, com ganhos de escala e aumento de competitividade.

Para os executivos, uma consultoria especializada em M&A é fundamental para encontrar as melhores condições para o cliente em processo de consolidação. “Conhecemos a dinâmica do mercado e todos os players. Buscamos quem tem maior potencial de adequação estratégica e de valorizar a operação em negociação”, finaliza Kireeff.

N&R Capital

A N&R Capital é uma nova empresa no mercado de fusões e aquisições especializada em provedores de Internet. Foi fundada em 2021 por uma equipe com mais de 20 anos de experiência em engenharia de telecomunicações, liderada pelo CEO Fábio Roland; Gabriel Nicolodi, CMO - Chief Marketing Officer; e Miria Bloedow, na posição de COO - Chief Operating Office.

A expectativa é de movimentar mais de R$ 100 milhões em M&A até 2022 através da N&R. “O mercado está movimentado, porém os investidores estão atentos para realizar compra de negócios

Ações que valorizam a operação do provedor

• Implementação de planejamento estratégico. • Aperfeiçoamento das demonstrações contábeis. • Montagem de estrutura societária com foco no crescimento e transparência. • Estudos de mercado e avaliação de rentabilidade de cada novo projeto ou expansão. • Reforço e treinamento das equipes financeiras para o novo cenário de crescimento e competitividade. • Contratação de auditorias independentes para validação e aperfeiçoamento das demonstrações contábeis. • Aumento do portfólio de serviços/ produtos aos clientes. • Adequação/aperfeiçoamento das estruturas de negócio para regularidade fiscal. • Implantação de ERPs operacionais e financeiros para suportar o crescimento das operações. • Aquisição de equipamentos de primeira linha para montagem de redes ópticas. • Captação de recursos financeiros adequados em taxas, prazos e garantias para expansão sustentável das operações. • Redes regularizadas junto à distribuidora de energia.

rentáveis. Muitos provedores estão ainda estão em fase de organização, seja em relação à documentação e qualidade de rede, seja quanto a questões contábeis e financeiras, que poderão comprometer essas oportunidades de investimentos”, diz o CMO Gabriel Nicolodi.

Segundo ele, a empresa fortaleceu suas operações por meio de alianças com investidores no mercado e parcerias com consultores estratégicos de diferentes regiões do Brasil. “As fusões e aquisições estão em alta e existem diversos motivos para a realização de processos de M&A, com a soma de esforços entre as empresas, gerando assim maior sinergia ou ganho de eficiência”, afirma.

Entre os motivos considerados criadores de valor para os investidores, está a economia de escala: a combinação de um ou mais provedores reduz custos em departamentos instalações duplicadas, enquanto a fonte de receita é mantida.

Um outro ponto positivo é a combinação de know-how, com a transferência de tecnologia e conhecimento entre os provedores, e a diversificação, com atuação em novas regiões e oferta de produtos ou serviços adicionais.

“Muitas empresas irão se consolidar no mercado e outras irão atravessar um processo de fusão com empresas mais estruturadas e já consolidadas no mercado. Estamos preparados para auxiliar os provedores nesse processo”, diz o CEO Fábio Roland.

Gabriel Nicolodi (à esq.), Miria Bloedow e Fábio Roland, da N&R Capital, novo player do mercado de fusões

Prosper Capital

A Prosper Capital conta com mais de 25 anos de experiência em consultoria e assessoria para diversos segmentos. Desde 2018, a companhia especializou-se em atender provedores de Internet e companhias de tecnologia e já captou, investiu ou economizou mais de R$ 2,7 bilhões para mais de 60 clientes espalhados pelo Brasil. Além da América Latina, a empresa possui relação com investidores na América do Norte, Europa e Ásia.

A Prosper Capital concentra sua expertise em fusões e aquisições, otimização tributária, estratégia e finanças corporativas. Presta serviços de assessoria empresarial tanto na preparação para venda quanto em aquisições realizadas pelos seus clientes, sejam investimentos ou fusões. Já a otimização tributária é feita com auxílio do algoritmo Einstein, tecnologia desenvolvida pela própria Prosper Capital e customizada com foco em parcerias e resultados acima da média. Para isso, a solução estuda o negócio junto aos gestores e elabora, de forma individual, uma dinâmica que envolve reorganização societária, inteligência tributária e segurança jurídica.

“Os resultados falam por nós, com mais de 50% de incremento no lucro líquido dos clientes em média, além de total conformidade com os fiscos. Nos últimos 18 meses, geramos uma economia em tributos próxima a R$ 200 milhões para os clientes. A otimização tributária, de forma sistêmica, também acelera o crescimento dos provedores, uma vez que a formalização oportuniza maior acesso a crédito longo e barato”, afirma Sandro Schleder, sócio e cofundador da Prosper Capital.

Um dos principais pontos trabalhados é o crescimento de seus clientes. Segundo a empresa, alguns provedores costumam encontrar barreiras no Supersimples, programa criado em 2007 pelo Governo Federal com o intuito de facilitar o recolhimento de tributos em micro e pequenas empresas.

“Apesar do limite do Supersimples ser de R$ 4,8 milhões de receita bruta acumulada em 12 meses, alguns provedores encontram dificuldades quando atingem R$ 3,6 milhões no período, o que praticamente inviabiliza as operações devido à alta carga tributária. Neste faturamento, apontado como o sublimite para a maioria dos estados passarem a cobrar impostos como se as operadoras já estivessem fora do Simples Nacional, as empresas se deparam com cobranças de ICMS com alíquotas de 25% a 37%”, explica Schleder.

Para auxiliar os provedores a crescerem sem sofrer com o aumento de tributação, a Prosper Capital criou uma solução chamada PASS. Com ela, a operadora consegue permanecer dentro do Supersimples até atingir o limite máximo de R$ 4,8 milhões, com carga total inferior a 10%.

Além de poder crescer sem preocupações e com baixa carga tributária, todas as operações do provedor passam a ser devidamente contabilizadas, permitindo que a empresa demonstre sua realidade e, assim, tenha acesso a crédito longo de fornecedores e bancos para investir mais e expandir com maior rapidez.

“O PASS representa o primeiro estágio de organização societária, contábil e tributária, que deixa o provedor preparado para migrar do Supersimples para o Regime Geral”, pontua o cofundador.

Para provedores que já faturam anualmente mais de R$ 4,8 milhões, a Prosper Capital oferece o SuperPASS. Criado há 25 anos para setores como indústrias, comércio, distribuidoras, financeiro e importadores/exportadores, o produto vem sendo modelado exclusivamente para o setor de provedores desde 2018, viabilizando o crescimento rápido e ilimitado, além de manter a carga tributária total entre 12% e 15%.

“Um dos principais problemas enfrentados pelos provedores regionais é o desconhecimento sobre a possibilidade de atender a todas as exigências legais e fiscais com alta performance. Regimes tributários equivocados, caixa pressionado, impossibilidade da captação de crédito por não poder comprovar a receita, perda de 50% do lucro em recolhimentos equivocados são algumas das dores que encontramos de forma recorrente e as quais solucionamos”, ressalta Schleder.

A implantação das soluções PASS e SuperPASS costuma levar em torno de 90 dias. Em seguida, os próximos passos são o crescimento orgânico e aquisições de operações menos competitivas, ou por fusão com empresas com as quais haja sinergia de negócios e compatibilidade entre seus sócios. A organização promove, em média, um incremento de 70% no valor de mercado dos provedores em acordos de fusões e aquisições.

Entre seus clientes está o grupo gaúcho Brasil TecPar, que já adquiriu nove operações espalhadas pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo. Uma das transações mais recentes é da Intnet, provedor que fornece Internet fibra óptica para mais de 40 mil residências em Araruama, Saquarema e Rio Bonito, RJ.

Sandro Schleder, da Prosper Capital: assessoria empresarial e consultoria tributária para provedores

RTL Consulting/Setup Capital

A RTL Consulting, especializada em gestão fiscal e tributária para pequenas e médias empresas, trabalha com provedores de Internet desde 2017.

Criada com foco em outsourcing de BPO – Business Process Outsourcing, em pouco tempo a RTL abriu um braço de assessoria para acompanhamento financeiro e captação de recursos para atender os provedores regionais.

Em 2018, a RTL assessorou a venda da Smart Telecom, de Recife, PE, para a Algar Telecom. Logo na sequência vieram outras operações, como da Outcenter para o Grupo Conexão. A empresa também intermediou a venda de uma startup de tecnologia para a Embratel. Atualmente está com oito operações em andamento. Diante do grande movimento de consolidação

Rafael Tenório, da RTL: aumento de 40% na demanda dos serviços

do mercado, em 2020, foi fundada uma nova empresa, a Setup Capital, especializada em fusões e aquisições.

“No ano passado, tivemos um aumento de 40% na demanda. Saímos de um time de 15 para 33 colaboradores”, afirma o executivo. Com uma carteira de 300 provedores atendidos em 15 estados, a empresa atende operações de todos os portes, desde quem está começando do zero até grupos de 180 mil assinantes. “Temos uma solução de contabilidade para o pequeno provedor já iniciar suas atividades de forma correta, com orientações sobre que tipo de nota usar, que impostos pagar e como realizar a organização dos investimentos. Esse cuidado gera um valor que muitas vezes o provedor desconhece no momento, mas lá no futuro, no momento de uma possível venda, por exemplo, esse cuidado vai facilitar e valorizar a operação”, finaliza Tenório.

Vispe Capital

A Vispe Capital é especializada em assessorar empresas de tecnologia na estruturação dos negócios, captação de recursos financeiros e em todas as etapas do processo de M&A.

“Agora é um ótimo momento para realizar a venda da empresa. A quantidade de recursos injetados no mercado de provedores no Brasil inteiro nos próximos meses será na grandeza de bilhões”, diz o CEO Droander Martins.

Para suprir essa demanda, a Vispe aposta na contratação de novos executivos, ampliação da carteira de finders e uma plataforma digital para intermediação de negócios (marketplace onde investidores poderão acessar todas as oportunidades à venda).

No último ano a consultoria realizou uma média de duas a três negociações por mês e a meta é triplicar a média até o final de 2021. “Estamos conversando com provedores de todo o Brasil para uma etapa de organização e preparação para venda. Já são mais de 200 no portfólio. Até o segundo semestre de 2022, a empresa estima

Droander Martins, da Vispe Capital: 200 provedores à venda no portfólio

que irá ampliar este número para 600 provedores à venda.

“Interagimos com as partes e defendemos interesses de vendedores e investidores mantendo a neutralidade no processo”, diz o executivo. Mesmo que alguns provedores não tenham porte para participar de uma negociação de M&A com os fundos de investimentos, eles precisam ficar atentos a essas oportunidades, pois é muito comum que, após a aquisição por um grupo maior, este compre outros menores para incorporar à estrutura principal investida pelo fundo.

Na sua opinião, há um grande mercado a ser explorado. Estima-se que mais de 50% dos movimentos de consolidação sejam baseados em aquisições de operações de pequenos provedores (entre 1000 e 10 mil assinantes), o que abrange a grande

maioria do setor no Brasil. “Como muitas plataformas de investimento já estão formadas e existe uma escassez de operações médias e grandes aptas a serem investidas, o foco está voltado para pequenas operações bem-organizadas ou passíveis de organização”, afirma.

Para que essa consolidação ocorra com sucesso e beneficie todos os players do setor, um fator decisivo é o preço das empresas. “Atualmente muitos provedores estão com uma visão distorcida quanto ao valor de suas operações. Alguns muito acima da média de mercado sem possuírem justificativas coerentes para um preço tão elevado e outros com diferenciais incríveis e uma expectativa abaixo do valor de mercado, arriscando perder dinheiro em uma negociação”, afirma.

Diversos fatores impactam no valor de uma empresa, como a quantidade de rede regularizada na concessionária de energia, tipos de equipamentos

Empresas de M&A especializadas no mercado de provedores

EmpresaEmpresa EmpresaEmpresa Empresa

SedeSede SedeSede Sede Advisia Investimentos São Paulo

ContatoContato ContatoContato Contato http://advisiainvest.com.br AtosMobile São Paulo www.atospartners.com.br

Biancamano Capital Florianópolis, SC www.linkedin.com/company/biancamano-capital Brasa Capital Belo Horizonte, MG www.brasacapital.com IT Investimentos São Paulo https://itinvestimentos.com.br

JMB Advisors/Solintel Londrina, PR www.jmba.com.br e www.solintel.com.br N&R Capital Canoas, RS https://linktr.ee/NRCapital Prosper Capital Porto Alegre, RS www.prospercapital.com.br RTL Consulting/Setup Capital Ribeirão Preto, SP www.rtlconsulting.com.br Vispe Capital Porto Alegre, RS www.vispe.com.br

utilizados na infraestrutura de rede, estrutura societária, contabilidade estruturada, ativos de rede, capacidade disponível para expansão, tíquete médio de venda, gestão, governança, compliance, entre outros.

Existe um passo a passo que os investidores seguem para avaliar um negócio e em cada etapa a empresa deve estar preparada, munida de todas as informações indispensáveis para o êxito da transação. Ao orientar o provedor sobre quais diretrizes seguir, a chance de sucesso se torna muito maior. “Realizar uma estruturação prévia atrelada a um advisor qualificado facilita muito esse processo”, finaliza Martins.

Consolidação de provedores: a visão dos investidores

O mercado de banda larga vem ganhando visibilidade e o interesse de investidores e grupos dispostos a comprar o controle de provedores de Internet. Um dos aspectos mais valorizados na avaliação do negócio é a organização da empresa, seus processos e governança. Essa é uma condição importante não apenas para uma potencial venda de operação, mas também para enfrentar a competição que tende a ficar mais acirrada com a consolidação do setor.

Sandra Mogami, da Redação da RTIRTI RTIRTI RTI

Os provedores de Internet, que até há poucos anos sofriam com a dificuldade de acesso a crédito para expansão de suas redes, agora estão entre os principais segmentos de interesse de investidores e grupos econômicos com apetite em aportar recursos e comprar operações.

O fundo de private equity EB Capital, com sua empresa EB Fibra, já realizou sete aquisições e outras estão em negociação. “O mercado está explodindo de forma vertiginosa em função da demanda por fibra. Começamos com uma pequena operação em 2018 e hoje já somos o maior provedor do país, com mais de 800 mil acessos em junho e quase 80 mil km de backbone. Até o final do ano a meta é entregar mais de 1 milhão de assinantes”, disse Felipe Matsunaga, CFO do EB Fibra e sócio do fundo EB Capital, durante o webinar sobre consolidação de provedores realizado no dia 31 de agosto pela revista RTI.

Segundo ele, o objetivo é atuar nacionalmente, mas com modelo de regionais, mantendo diferentes marcas embaixo da EB Fibra. “A companhia é descentralizada do ponto de vista de atendimento ao mercado, mas centralizada porque diversas partes da

O webinar RTIRTI RTIRTI RTI sobre consolidação de provedores foi realizado no dia 31 de agosto, com mediação de Droander Martins, CEO da IPV7 e Vispe. O vídeo pode ser acessado no canal da Aranda Eventos no YouTube ou no link: www.youtube.com/watch?v=1JwKCCh9ANs

operação são decididas dentro da holding”, disse. A trajetória do grupo começou, nesse segmento, com a compra da Sumicity, operadora com sede em Carmo, RJ, e depois a Mob Telecom, de Fortaleza, CE. Na sequência vieram a Vip Telecom, de Mauá, SP, a Click e Univox, de Minas Gerais, e a Wirelink, também de Fortaleza.

“Somos nacionais, mas damos mais valor a empresas que estão próximas de nossas operações e de nosso backbone”, disse o executivo, com relação a novas aquisições no radar. São analisadas todas as oportunidades, sejam elas atividades voltadas para o varejo (B2C) ou mercado corporativo (B2B), de pequeno ou grande porte. “Queremos ser o maior consolidador do país e temos capacidade para isso”, disse. A EB Fibra captou cerca de R$ 1,5 bilhão no mercado financeiro no começo deste ano. “O nível de alavancagem é ótimo. Não precisamos abrir capital para levantar recursos, mas estamos sempre prontos para não ignorar o mercado”, disse Matsunaga, ao ser questionado sobre um possível IPO da empresa.

Outro importante player no mercado é o BTG Pactual e os fundos de investimentos sob sua gestão. O primeiro ingresso no setor foi com a compra de 100% da Globenet, operadora de cabos submarinos, em 2014, exclusivamente voltada para o atacado. A mais nova aposta ocorreu em julho, quando adquiriu os ativos de infraestrutura de fibra da Oi (InfraCo), hoje denominada V.tal, para criação de uma rede neutra nacional de fibra. A transação ainda aguarda a aprovação das agências reguladoras, o que deve ocorrer em breve. “Investimos quase R$ 13 bilhões para uma participação de controle e pretendemos colocar aproximadamente R$ 30 bilhões no programa de Capex nos próximos cinco anos”, afirmou Pedro Henrique Fragoso, sócio do BTG Pactual, que atua na área de capital privado (private equity, infraestrutura e venture capital). A V.tal conta com cerca de 400 mil km de fibra óptica em 2300 cidades e 12 milhões de HP (casas passadas) e um ritmo de crescimento de 500 mil HP por mês. “Decidimos apostar na V.tal por ser o veículo capaz de oferecer maior escala e governança adequada para um ambiente multi-tenant nacional. Queremos o Brasil no rol dos países com as maiores infraestruturas em fibra do mundo”, disse Fragoso.

De acordo com ele, a V.tal já nasce com o conceito de rede neutra. “Nós, como controladores, não vamos economizar esforços para mostrar ao mercado que podemos ser os viabilizadores do crescimento mais acelerado dos provedores. Com isso, pretendemos ´commoditizar´ a fibra, ou seja, disponibilizar a rede e possibilitar que escalem cada vez mais rápido, com baixo risco de execução e também diminuindo o risco de cauda de questões de informalidade, fiscais e tecnológicas.

“O real valor agregado será o produto entregue ao cliente final”, disse. Com infraestrutura white label e uma rede pronta para o futuro, capaz de atender crescentes velocidades, como 1 Gbit/s no assinante, um diferencial da V.tal é a cobrança baseada na taxa de sucesso da operação, reduzindo os custos de investimento dos provedores e oferecendo um modelo de parceria.

Embora muitos provedores acreditem que precisam ser donos da rede para terem melhor avaliação de seu negócio, com resistência à ideia de redes neutras, para Valder Nogueira, Head de Investment Banking para o setor de telecom do Santander, banco que liderou o IPO da Brisanet, o importante é ter uma forma de fazer alocação de recursos e atender o cliente de uma forma mais eficiente em termos de custos e capital. “O retorno para servir um cliente é, basicamente, a soma da remuneração dos meios usados para prover o serviço. É matemática simples. O provedor pode fazer isso sendo 100% dono ou alugando, fazendo swap ou até tendo contratos que tragam essa capilaridade na forma e no timing necessário”, disse.

Para Leonardo Moura, sócio de Investment Banking da XP Inc, responsável pelas transações de mercado de capitais & fusões e aquisições do setor de telecomunicações, o segmento conquistou uma grande relevância no mercado de capitais nos últimos anos. A expansão dos provedores regionais na pandemia chamou a atenção dos investidores. “No passado esse segmento acessava pouco capital. Em 2018 foi realizada a primeira emissão de debêntures, para a Mob Telecom. Desde então as transações começaram a deslanchar, com vários bancos dando suporte em termos de crédito”, afirmou. A XP participou de inúmeras operações com empresas de fibra óptica, como os recentes IPOs da Unifique e Brisanet. “Temos mais de R$ 800 bilhões sob custódia, ou seja, quase R$ 1 trilhão em favor de boas teses de investimento em telecom. O cenário é muito bom e promissor”, afirmou.

Para Valder Nogueira, do Santander, de fato existe um mercado pujante e ávido por novos players. “Telecom tem o seu papel econômico e social, ao promover a inclusão digital no país. Temos uma cabeça bastante construtivista e queremos continuar a ser fomentador não apenas de crédito, mas, principalmente, de parcerias”, disse. De acordo com o executivo, o sucesso do IPO da Brisanet trouxe ‘músculo’ para o mercado e maior visibilidade ao setor.

Maior consolidação e competição

Para os especialistas, a tendência para os próximos anos é de uma consolidação ainda maior e aumento de competição. “As grandes empresas estão cada vez mais fortes. E as menores precisam se preparar para enfrentar grupos estruturados e com mais capital”, disse Matsunaga, da EB Fibra.

Um dos grandes desafios para os provedores é melhorar sua gestão, contabilidade, auditorias, balanço e práticas tributárias. O cenário de informalidade vem mudando, mas ainda há muitas empresas sem processos e governança. “O mercado está cada vez mais profissional e vai procurar quem faz certo. Não adianta a operação ser brilhante apenas para os donos do negócio. É preciso estar

Light Wave: fundo especializado em fibra

Oaquecimento do mercado de telecom motivou a criação de um fundo especificamente voltado para investimentos em fibra óptica no Brasil. A Light Wave Capital, de Florianópolis, SC, foi fundada em 2019 com investidores americanos e brasileiros dispostos a comprar o controle de provedores de Internet.

“Muitos compradores do mercado são agnósticos e investem em tudo. A Light Wave tem interesse em apenas um tipo de ativo”, diz Ricardo Montes, fundador e gestor, com experiência no mercado de telecomunicações e no setor financeiro, onde estruturou operações de fusão e aquisição de provedores para um grande fundo.

Segundo ele, as empresas de fibra de médio porte, com faturamento entre R$ 30 milhões e R$ 100 milhões, estão entre os principais targets da Light Wave. “Não temos filtro com relação à atuação, atacado ou varejo, mas a localização geográfica é o que valoriza uma operação de telecomunicações”, diz. Seja no Nordeste ou no Sul do país, será analisada a demanda por fibra na região, bem como o potencial de crescimento nos próximos anos.

Em pesquisas de mercado realizadas pela Light Wave, há ao menos 100 provedores que se enquadram, preliminarmente, nos requisitos do fundo. Há diversas transações em negociação, por enquanto em confidencialidade, mas o executivo espera que em outubro os acordos já possam ser divulgados.

100% organizada. Muitas vezes encontramos excelentes teses e players, mas sem nenhuma estrutura. Com uma empresa bem estruturada, a valoração da companhia tende a ser maior”, disse o CFO da EB Fibra.

“Quando uma empresa é liderada somente pelo empreendedor, muitas vezes ele faz as coisas do jeito dele, sem passar por um processo. Isso pode funcionar muito bem para uma companhia com 1000 assinantes, mas no momento em que precisa escalar, o empreendedor precisa ter processo e governança para que de fato as atividades se perpetuem de maneira correta. Esse ponto é chave na presença de um private equity como um sócio”, afirmou Moura, da XP.

Arrumar a casa é muito importante para um próximo salto na operação. “Se fala muito no mercado dos múltiplos de Ebitda para calcular o valor do negócio, mas muitas vezes o provedor se esquece do Ebitda e pensa apenas no multiplicador. Os sócios investidores querem saber se ele consegue transformar o resultado em Ebitda recorrente de qualidade e de longo prazo e avaliar sua capacidade de crescimento”, ressaltou Fragoso, do BTG.

Segundo Nogueira, do Santander, existe disponibilidade de crédito, seja de banco, agência de fomento, ou fundos, mas nada disso pode ser acessado sem um bom plano de negócio. “O provedor interessado em buscar recursos no mercado de capitais precisa mostrar seu modelo, o valor de sua rede, os diferenciais e, principalmente, a governança. Nem tudo que reluz é ouro”, ressaltou. Não adianta somente engordar o negócio para passar para frente, mas mostrar que existe uma execução e um racional econômico e de retorno de capital por trás. Os provedores precisam estruturar a operação não apenas para ser vendida, mas também para continuar com ela no longo prazo.

“O dinheiro é finito e nem todos serão vendidos. O provedor tem que montar um plano de negócios para enfrentar a concorrência. Todos esses investimentos que estão entrando não são apenas para o crescimento inorgânico. Uma hora o competidor vai chegar na cidade”, disse Matsunaga.

Há muitas oportunidades no mercado, mas o provedor precisa estar bem assessorado para que, na pressa, não perca dinheiro na transação ou até mesmo a negociação como um todo.

Melhoria no gerenciamento de infraestrutura de redes de TI

Abner Mateus Alves Silva, analista de segurança e redes da Danresa Security & Network, e Rodrigo Rodrigues, professor de cursos de TI do centro universitário ENIAC

O artigo traz um estudo de caso de uma escola cuja infraestrutura de redes não atendia de forma efetiva seus colaboradores, sendo insuficiente nos critérios de disponibilidade, integridade e confiabilidade. A implantação de novos equipamentos e protocolos melhorou o desempenho e agregou segurança e redundância à rede local.

Aescola municipal utilizada como estudo de caso apresenta diversas imperfeições em sua estrutura de rede, a começar pelo acesso à Internet com apenas um link. Em uma manutenção, falha de equipamentos ou indisponibilidade da operadora, a equipe ficava sem acesso.

Outro problema era a falta de proteção. É importante ressaltar que a ruptura da segurança da informação não ocorre apenas de fora para dentro, mas também por erros nos processos internos, como um colaborador com um pendrive infectado. O colégio não contava com um servidor de arquivos ou drive compartilhado, gerando um problema de intensa circulação de documentos pela rede.

Para solucionar as questões, foram implantados equipamentos e protocolos que, atuando em conjunto aprimoram a LAN - Local Area Network, agregaram segurança, redundância e disponibilidade.

Desenvolvimento

O projeto aplicou o software de emulação de redes de computadores EVE-NG, com imagens simuladas de switches e roteadores Cisco. Já a VM – Virtual Machine utilizou uma máquina virtual com licença teste do firewall Fortigate, da Fortinet. Por fim, foi aplicado o Windows Server 2016 com licença de avaliação.

Resultados

Para embasar os conhecimentos sobre as tecnologias apresentadas no projeto, é importante a revisão

dos protocolos atualizados na estruturação da topologia.

OSI - Open System Interconnection

Padroniza a comunicação de dados, permitindo a interação de dispositivos independentemente de seu fabricante.

O modelo foi dividido em sete camadas: aplicação, sessão, apresentação, transporte, rede, enlace e física, cada uma contendo protocolos, funcionalidades e regras diferentes. É um modelo de referência não obrigatório, tanto que também existem os chamados protocolos proprietários cujo funcionamento é aplicado somente em equipamentos de um mesmo fabricante.

Switch

Equipamento de rede que atua na camada 2 do OSI. Sua vantagem em relação a um modem é possibilitar a segmentação de domínios broadcast por meio da configuração de VLANs.

VLANs

As VLANs permitem a segregação de domínios de broadcast, ou seja, a segmentação do switch em diferentes redes. O setor de marketing da escola, por exemplo, está na VLAN 10 e rede 10.10.10.0/24. Com isso, não enxerga a área de administração na VLAN 20 com a rede 10.10.20.0/24. Foram utilizadas quatro VLANs no estudo de caso: direção, secretaria, servidor e gerência do switch.

Para uma VLAN ter um IP ou poder conversar com outras VLANs, é necessário um equipamento de camada 3, no caso aqui o firewall onde cada interface VLAN se torna o DHCP

Fig. 2 – Etherchannel entre o switch e o firewall

Fig. 3 – Configuração de SD-WAN (portas)

Fig. 5 – Regra de saída para Internet

Server da respectiva VLAN. Foram criadas regras de firewall que permitem a comunicação das VLANs da secretaria e direção com a VLAN do servidor, mas a comunicação foi negada entre secretaria e direção (figura 1)

Etherchannel e LACP –Link Aggregation Control Protocol

A tecnologia Etherchannel possibilita a agregação de links, transformando duas interfaces físicas de 10 Mb em uma virtual de 20 Mb. Sua vantagem é permitir a utilização de duas até oito

Fig. 6 – Cenário proposto

interfaces redundantes de um equipamento para o outro, aplicado aqui entre o switch e o firewall (figura 2).

O protocolo que possibilita o funcionamento e configuração do Etherchannel é o LACP, padronizado pela IEEE (802.3ad). A Cisco possui a sua própria versão, que é o PAgP – Port Aggregation Protocol, mas que não atende ao cenário do projeto pois o Etherchannel foi fechado entre equipamentos Cisco e Fortinet.

LAN para WAN

Para o acesso das redes locais foi adicionado um segundo link de Internet, visto que um dos requisitos de melhoria do projeto era trazer a redundância de acesso.

Após a resolução do problema de redundância, foi aplicada a tecnologia SD-WAN para permitir uma configuração que atendesse ao quesito disponibilidade.

SD-WAN – Software Defined WAN

Acrônimo de Wide Area Network, a WAN é uma rede que abrange uma grande área geográfica, diferente da LAN, que é a rede local. Já a SD-WAN é uma tecnologia responsável por decisões e definições de tráfego interno para externo aplicada via software, acrescentando inteligência ao roteamento (figuras 3 e 4).

Uma das vantagens da SD-WAN é a medição da qualidade via um ping para um endereço externo, como o DNS do Google. A tecnologia determina a latência, jitter e perda de pacotes de cada link, tomando, de forma dinâmica, uma melhor decisão sobre qual usar. Assim, um link degradado sofre o chaveamento automático, sem a necessidade de uma configuração manual, como ajuste de prioridade de links.

NAT – Network Address Translation

O acrônimo é uma tradução de endereço de rede. Para um IP privado trafegar na Internet, ele precisa sofrer uma transformação para endereço público (figura 5). Tal mudança é configurada no dispositivo que faz a conexão entra LAN e a WAN.

Windows Server

Para que os colaboradores da escola pudessem acessar os arquivos, foi implantado o Windows Server na topologia. Com isso, usuários foram criados como acessos e permissões adequadas para todos os documentos.

O Windows Server exerce a tarefa de gerenciar os usuários na rede. É também o servidor de arquivos do colégio, onde cada setor acessa somente o que lhe é permitido (figura 6).

Conclusão

O projeto de melhoria de infraestrutura de redes foi desenvolvido para uma escola municipal. As tecnologias, protocolos e equipamentos instalados e configurados atendem aos requisitos de disponibilidade, integridade, confidencialidade, redundância e segurança, e podem ser implementados em qualquer segmento profissional por serem escaláveis.

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Testes de cabeamento em data centers

Os testes e medições para certificação das redes de cabeamento em cobre e fibra óptica em um data center garantem a qualidade e confiança em termos de velocidade de transmissão, latência e robustez no tráfego de dados. Os instrumentos não se destinam somente a técnicos especialistas e gerentes de projetos, mas também são usados para localização de falhas além da certificação.

Rodrigo Matos, Belver Instrumentos

As redes de cabeamento em cobre e fibra óptica nos data centers necessitam ser testadas e certificadas para o uso adequado, atendendo aos requisitos do projeto. Porém, há vários desafios aos testes: • A rede suporta os padrões atuais de velocidade e frequência? • O orçamento de potência está dentro dos parâmetros predefinidos? • A inspeção e limpeza de conectores ópticos estão dentro dos procedimentos? • Como estão as medidas de atenuação e perda da rede e seus respectivos conectores e emendas? • Quais são as melhores conexões e emendas ópticas nos data centers? • Como testar 10G, 40G, 100G e 400G?

Este artigo apresenta os testes e medições que podem ser feitos em um data center para garantir a qualidade e confiança em termos de velocidade de transmissão, incluindo latência e robustez no tráfego de dados.

Certificação da rede de cobre

Os “certificadores” possibilitam o teste e a certificação de cabos de par trançado para várias implementações de Gigabit Ethernet e suportam qualquer categoria de cabeamento, como Cat. 5e, 6, 6A, 8 ou Classe FA e I/II.

Certificar um cabo é uma das partes do processo que começa com o projeto do sistema e termina com a aceitação. Quanto mais rápido se concluir o processo, mais rentável ele será. Portanto, testes automatizados e relatórios completos com resultados tipo PASSA/FALHA são imprescindíveis na certificação de um data center.

Os testadores devem certificar o cabeamento de cobre e estar em conformidade com todos os padrões internacionais. Esses instrumentos não se destinam somente a técnicos especialistas e gerentes de projetos. São usados para localização de falhas além da certificação. Técnicos podem melhorar a configuração, a operação, o relatório de teste e ao mesmo tempo gerenciar diversos projetos.

Em um data center são três os níveis de testes:

Verificação

O enlace instalado atende aos requisitos básicos de continuidade?

Este tipo de teste não implica nenhuma medida de qualidade de transmissão ou largura de banda, apenas a verificação de continuidade do sinal.

Qualificação

O enlace de cabeamento instalado transmite dados com sucesso dentro de um padrão específico de rede, por exemplo, 100Base-TX?

Neste caso não se testa a compatibilidade com outros padrões, apenas a tecnologia do teste em questão.

Certificação

O enlace instalado atende aos critérios de desempenho de transmissão como definidos pela norma aplicável? Os resultados são documentados e listados de acordo com a norma?

Neste caso sim, o teste verifica os critérios e normas de desempenho de acordo com os padrões internacionais, com geração de um relatório completo final.

Necessidade de certificação da instalação

Fig. 1 - Resíduos como gordura ou sujeira deixados no núcleo podem danificar as faces dos conectores ópticos quando unidos durante o processo de conexão

Os componentes individuais, como bobinas de cabo, patch panels, tomadas, conectores e patch cords, são fornecidos direta e separadamente na obra.

O cabo de cobre é lançado e terminado (conectorizado) na instalação. O “produto final” entregue no data center é o sistema de cabeamento instalado, com todos os seus componentes interligados e integrados (cabos, racks, painéis, tomadas, etc.). Este “produto final” deve obrigatoriamente ser testado para verificar se atende às especificações de desempenho desejadas.

Os principais testes realizados em uma certificação do cabeamento de cobre são os seguintes: • Mapa de fios (wiremap) • Comprimento do cabo • Resistência • Perda de inserção • Perda de retorno • NEXT - Interferência entre pares (Near End Cross Talk) • PS-NEXT - Power Sum NEXT • ACR-N e ACR-F (Attenuation Crosstalk Ratio - Far, End) • PS ACR-N e PS ACR-F (Power Sum ACR - Far, End) • HDTDR (High Definition Time Domain Reflectometer) • HDTDX (High Definition Time Domain XTalk)

Os certificadores emitem um relatório conclusivo, com todos os testes realizados e seus respectivos PASSA/FALHA.

Certificação da rede de fibra

Abordaremos aqui alguns requisitos de desempenho, testes em campo, certificação e técnicas, além de instrumentos de localização de falhas para garantir que o cabeamento de fibra óptica suporte aplicações com elevadas taxas de dados.

Enquanto o cabeamento de cobre permite uma conectividade até aproximadamente 100 metros em redes locais (LANs), a fibra é o meio preferido para distâncias superiores, como prumada em edifícios.

A “certificação” garante uma instalação de qualidade, com documentação oficial e comprovação de que os requisitos estabelecidos pelos vários comitês normativos foram plenamente atendidos.

As fibras ópticas exigem cuidados especiais para evitar ou minimizar falhas causadas por problemas como contaminação e sujeira na terminação até o excesso de perdas.

Inspeção dos conectores ópticos

Uma inspeção adequada pode ajudar a detectar as causas de falhas mais comuns e também as mais fáceis de evitar: faces de conectores ópticos danificados por rebarbas, riscos, trincas no núcleo da fibra e sujeira acumulada entre duas extremidades de conectores ópticos.

Resíduos como gordura ou sujeira no núcleo (figura 1) podem danificar as faces dos conectores ópticos quando unidos na conexão. As fontes de contaminação estão em todo lugar, seja no toque de um dedo ou no contato com o tecido de roupas, além das partículas de pó em suspensão no ar. Os terminais estão sujeitos à mesma contaminação, mas costumam ser negligenciados. A união de um conector limpo com um terminal sujo não só contamina esse conector, como também pode causar danos ou falhas na fibra. Mesmo as capas protetoras dos conectores e conjuntos disponíveis no mercado podem provocar contaminação, em função da natureza do processo de produção e dos materiais. Assume-se, em geral, que uma rápida verificação visual das

faces de extremidade é suficiente para garantir a limpeza, mas os núcleos dessas fibras são extremamente pequenos, entre 9 e 62,5 μm. Para encontrar defeitos ou sujeiras nas faces dos conectores é necessário um microscópio.

Limpeza de conectores ópticos

Na prática, conectores ópticos sujos podem acrescentar mais de 1 dB de perda óptica por conexão, muitas vezes até mais. Há risco de comprometer o projeto da rede óptica, indicando FALHA no teste de atenuação do enlace.

O hábito da limpeza dos conectores deve ser frequente quando se manipulam fibra e conexões ópticas.

É importante escolher com critério os métodos e ferramentas de limpeza, além de evitar os maus hábitos. O erro mais comum talvez seja empregar ar comprimido para limpar conectores ou portas ópticas. Embora seja útil para remover grandes partículas de pó, é ineficiente no caso de óleos, resíduos ou diminutas partículas com carga estática, que também contribuem para causar falhas.

O mesmo problema ocorre ao se utilizar mangas de camisa ou panos “limpos” para limpar os conectores; de fato, a carga estática e os fiapos irão provavelmente aumentar a contaminação em vez de reduzi-la. O álcool isopropílico, que tem sido visto historicamente como um solvente aceitável, já provou ser inferior às soluções especialmente formuladas, incapaz de dissolver compostos não iônicos, como lubrificantes de puxamento de cabos ou géis de proteção, além de um processo de evaporação que deixa resíduos. Para a maioria dos trabalhos e projetos de cabeamento, é suficiente a combinação de limpadores isentos de fiapos e hastes revestidas, molhadas em solventes específicos, agora encontradas em kits para inspeção, certificação e limpeza de fibras.

Fig. 3 - As conexões de fibra óptica envolvem a passagem de luz de um núcleo de fibra a outro

Teste de atenuação em enlaces ópticos

Deve-se realizar continuamente o teste de verificação de fibras (incluindo inspeção e limpeza da terminação). Durante todo o processo de instalação de cabos e

antes da certificação, a perda nos segmentos de cabeamento deve ser medida. Em geral, esse tipo de teste é realizado por um OLTS - Optical Loss Test Set, basicamente um conjunto contendo um medidor de potência óptica e uma fonte de luz.

As ferramentas para o teste de verificação de fibras são relativamente de baixo custo. Servem também para diagnosticar e resolver problemas nos enlaces com defeito. Uma rápida inspeção da perda “ponta a ponta” no enlace pode fornecer uma indicação de que o cabo de fibra óptica está com uma perda óptica acima do aceitável.

O OLTS determina a perda de luz total em um enlace de fibra, empregando uma fonte de luz com potência (dBm) conhecida em uma ponta da fibra e um medidor de potência na outra. Mas antes que o teste seja realizado, como descrito anteriormente, o nível de potência de referência a partir da fonte é medido e registrado, a fim de estabelecer uma base para se calcular a perda de potência. Uma vez estabelecida essa referência, o medidor e a fonte de luz são acoplados em lados opostos do enlace de fibra a ser testada. A fonte emite uma luz contínua no comprimento de onda selecionado. No outro extremo, o medidor mede o nível de potência óptica recebida e o compara com o nível de referência, para calcular a perda total de luz. Se essa perda total estiver dentro dos parâmetros especificados para enlaces sob teste, o teste é considerado como PASSA.

Após ser feita a referência do cordão de teste, conectam-se os instrumentos em cada ponta e assim se verifica quanto de potência sai do transmissor e quanto de potência chega ao receptor.

Os conjuntos de teste OLTS atualmente armazenam os resultados e emitem relatórios para facilitar o trabalho do técnico. Os resultados podem ser armazenados na nuvem e os relatórios configurados para emitir um laudo tipo PASSA/FALHA.

Embora conveniente, a verificação básica da perda “ponta a ponta” com um conjunto OLTS não especifica onde estão as áreas problemáticas; apenas sabemos que existem problemas. Mesmo nos casos em que a perda encontra-se dentro do limite especificado, esse instrumento não fornece qualquer alerta ou indicação sobre o local provável de um defeito. Em outras palavras, mesmo que todo o enlace seja aprovado no teste, é possível que emendas ou conexões individuais não estejam em conformidade com as especificações do setor.

Isso pode gerar um problema no futuro, quando vários conectores sujos são agrupados, causando uma falha maior. Para isto, uma outra ferramenta, conhecida como OTDR - Refletômetro Óptico no Domínio do Tempo, é a mais adequada para apontar locais (conexões) que exibem perda ou refletância elevada.

O OTDR é muito popular no Brasil, em especial nas redes de telecom. No data center, além da localização de falhas, ele faz a certificação da rede, colocando-a dentro dos padrões e normas internacionais para cabeamento estruturado.

Como certificar o cabeamento óptico com OTDR

A TIA 568C.0 TSB 140 e ISO 14763-3 recomendam o teste com OTDR como um procedimento complementar para assegurar que a qualidade das instalações de fibra atenda às especificações dos componentes. Essas normas não estabelecem limites de PASSA/FALHA para tal teste; elas recomendam que sejam levados em conta os requisitos genéricos de cabeamento para os componentes e os critérios de projeto da tarefa específica. Pode-se utilizar o OTDR como testador a partir de uma só extremidade ou também de forma bidirecional, se desejado.

Até algum tempo atrás, os OTDRs eram equipamentos de laboratório, difíceis de operar e inviáveis para uso em campo. Eram grandes, pesados e complexos demais para técnicos inexperientes, pois era difícil compreender os resultados e gráficos após a realização dos testes. Hoje em dia, porém, são pequenos, leves e fáceis de usar. No entanto, é muito importante entender alguns conceitos relativos ao instrumento: • Operação básica: todo OTDR mede a perda e refletância e localiza eventos ao longo da rede. Envia pulsos de luz laser por uma fibra e utiliza um sensível fotodetector para captar as reflexões e traçá-las graficamente ao longo do tempo. Por isso o nome refletômetro no domínio do tempo. • Curva ou gráfico do OTDR: durante o teste uma curva de refletância e perda é montada ao longo do tempo, formando um “traço” gráfico da fibra. Técnicos experientes podem interpretar o gráfico. Na figura 2, por exemplo, um olho experiente é capaz de perceber que uma conexão está exibindo uma perda excessiva. • Software de análise e geração de relatórios: os OTDRs atuais incluem um software sofisticado, que automatiza a análise da curva e a configuração dos parâmetros de teste. Normalmente esses softwares

ficam em nuvem e permitem a exportação/importação dos resultados do OTDR de campo para este software centralizado. • Zona morta: como o nome diz, é o comprimento de fibra que não pode ser detectado ou medido pelo OTDR após um evento reflexivo. É possível descrevê-la também como a distância que segue um evento reflexivo, até que se possa detectar uma outra reflexão seguida. Todos os OTDRs possuem zonas mortas e para minimizar ou anular essa característica intrínseca, pode ser

Fig. 4 - Desalinhamento dos núcleos de fibras

Fig. 5 - O OTDR controla a chave óptica e esta comuta fibra por fibra, permitindo o teste automatizado de todas as fibras

utilizada uma fibra de lançamento adequada, de forma a medir a primeira conexão do enlace. Essa fibra de lançamento nada mais é que uma bobina de alguns metros (100, 500 m) colocada na saída do OTDR, onde via software é configurado para que o OTDR desconsidere esse lance de fibra e inicie a medida a partir do fim dessa bobina. • Faixa ou range dinâmico: determina o comprimento de fibra que pode ser testada, pois está relacionada à potência do laser. Quanto maior a faixa dinâmica, mais longa pode ser a fibra sob teste. OTDRs comerciais podem ter várias faixas dinâmicas, partindo de 20, 36, 40 e até 50 dB para enlaces de longas distâncias. Com o aumento da faixa dinâmica, porém, o pulso do OTDR torna-se mais largo e mais potente, tendo como consequência o aumento da zona morta.

A certificação em uma rede de cabeamento em fibra óptica é dividida em Tier 1 e Tier 2, e para isto se utilizam instrumentos e ferramentas distintas.

Tier 1

• Normalmente chamado de OLTS Optical Loss Test Set. • Usa uma fonte de luz e um power meter. • Reporta a diferença entre a potência de entrada e a de saída em dB. • Testadores duplex (duas fibras) podem também medir o comprimento.

Tier 2

• Nessa modalidade se utiliza o OTDR. • Injeta uma série de pulsos de luz em uma fibra e mede a reflexão que retorna à porta do OTDR, traçando assim um gráfico no domínio do tempo. • Teste a partir de apenas uma extremidade, mas pode ser feito em ambos os sentidos. • Estima a perda com base na mudança do espalhamento entre eventos.

Resumo da certificação

• Os traços do OTDR caracterizam os componentes individuais de um enlace de fibra: conectores, emendas e outros eventos de perda. A certificação completa compara os dados com as especificações de tais eventos, para determinar se são aceitáveis. • É crítica porque identifica falhas que podem ser invisíveis à certificação básica. • Fornece evidências indicando que cada componente de um sistema de cabeamento com fibras ópticas está adequadamente instalado.

Falhas comuns em cabeamentos de fibra óptica

• Baixa potência, instabilidade no sinal, falhas em conexões, desestabilizam a transmissão óptica. • As conexões de fibra óptica envolvem a passagem de luz de um núcleo de fibra a outro. • Para minimizar a perda de potência do sinal, é preciso ter uma boa combinação entre duas terminações de fibra, ou seja, núcleo com núcleo (figura 3). • Conexões de fibra contaminadas: como mencionado, poeira, impressões digitais e outras contaminações oleosas provocam perda excessiva e danos permanentes nas faces dos conectores.

Fig. 6 – Os conectores SOC vêm desmontados, fornecidos em cartela, e após a fusão é feita a montagem

• Excesso de conexões em um enlace: embora simples, é importante considerar a perda máxima permitida (conforme a norma de aplicação desejada) e a perda típica para cada tipo de conector. Mesmo que os conectores sejam terminados de forma apropriada, a perda poderá exceder as especificações se houver muitos deles em um canal. • Desalinhamento dos núcleos: a melhor forma de se obter bom alinhamento consiste em fundir as duas fibras utilizando máquinas de emenda precisas (figura 4). Porém, as conexões mecânicas são largamente utilizadas. Existem muitos tipos de conectores no mercado. As especificações típicas de perda são uma boa indicação de sua capacidade de alinhar as fibras. • Conectores de baixa qualidade ou terminações defeituosas. Conectores de boa qualidade

apresentam tolerâncias rigorosas, de modo a manter um alinhamento preciso.

O gerenciamento de cabos, o projeto do sistema ou cabos danificados também causam falhas nos sistemas de cabeamento com fibra. Embora as fibras apresentem uma elevada resistência à tração, são suscetíveis a esmagamentos e quebras em caso de abuso.

A dispersão modal causada pelas limitações de distância em fibras multimodo faz com que os vários modos de luz viajem em velocidades diferentes dentro da fibra, causando uma distorção no sinal recebido.

Reflexões provocadas por um excesso de conectores altamente refletivos aumentam os erros de bits decorrentes de uma elevada perda de retorno.

Fundamentos e dicas de troubleshooting

• Manter a instalação limpa: conexões sujas constituem a principal causa de falha em conexões e dos problemas de teste. Deve-se limpar as fibras sempre que for conectá-las. • A poeira bloqueia a transmissão de luz, a oleosidade dos dedos reduz a transmissão de luz e a sujeira nos conectores de fibras espalha-se para

outras conexões. Faces de extremidade contaminadas dificultam os testes. • Deve-se inspecionar os terminais dos equipamentos, uma vez que esses terminais (em roteadores, switches, NICs) também ficam sujos. • Adotar a configuração de teste correta: um padrão de teste de acordo com as especificações garantirá resultados mais precisos, consistentes, compreensíveis e repetíveis. • Manter os cordões limpos e trocá-los sempre que mostrarem sinais de desgaste. • Escolher limites de teste que sejam apropriados tanto para as normas genéricas de cabeamento quanto para as normas de aplicação.

Medidas em cabos ribbon e MPO

Fig. 7 - Exemplo de setup de um teste de throughput no data center

Para aumentar a capacidade de transmissão e reduzir o espaço físico nos data centers, começaram a ser utilizados cabos onde várias fibras são acomodadas lado a lado, formando o equivalente a um flat cable (ribbon).

Os cabos MPO - Multi-fiber Push On podem oferecer transmissão de alto desempenho de até 4, 8, 12, 24 e mais fibras.

As fibras para envio e recebimento são codificadas por cores, vermelho e verde, respectivamente.

A conexão com cabos MPO é feita através de adaptadores macho (com pinos na ponta) e fêmea (com buracos). A conexão deverá ser na ordem MPO macho com MPO fêmea. O cabo MTP - Multi-fiber Termination Push-on usa um conector MPO designado para melhor desempenho mecânico e óptico, portanto está em total conformidade com todos os padrões de conectores MPO. As medidas em cabos ribbon são feitas da mesma forma comparadas ao single fiber, utilizando também OTDRs. Porém alguns OTDRs possuem acessórios como uma chave óptica controlada, que permite sequenciar o teste de cada fibra automaticamente. O OTDR então testaria de forma sequencial as 12 fibras, armazenando o resultado de cada medição. O OTDR controla a chave óptica e esta comuta fibra por fibra, permitindo o teste automatizado de todas as fibras (figura 5).

Máquinas de emendas de fibra óptica por fusão e SOC (Splice On Connector)

No data center, muitas vezes são necessárias conexões e emendas para as fibras ópticas, realizadas por máquina de fusão ou conectores ópticos (de forma mecânica fazem com que as fibras se “encostem” umas nas outras, permitindo a passagem da luz).

Máquina de fusão para uma fibra

É o modelo mais comum nos data centers, com capacidade para emendar uma única fibra por vez, multimodo ou monomodo. Nesse modelo é importante se atentar à qualidade da emenda e atenuação causada pela fusão.

Características como velocidade da fusão e do forno de aquecimento do tubete, baixa atenuação e robustez do equipamento devem ser levados em conta no momento da aquisição.

Máquina de fusão para cabos ribbon

Permite a fusão de várias fibras simultaneamente, proporcionando ganho de escala e produção. Está se popularizando com o uso de cabos ribbon e MPO dentro dos data centers.

SOC - splice on connector

Um acessório importante para as máquinas de emenda no data center é o SOC - splice on conector. Trata-se de um conector óptico (por exemplo, SC) com o lado da fibra polida e instalada dentro do ferrolho, e do outro lado uma fibra nua, clivada em 90 graus, pronta para receber uma emenda por fusão. Serve para conectorizar o cordão óptico e assim minimizar as sobras de fibra, economizando espaço.

O SOC é uma forma fácil e confiável de ter uma emenda por fusão dentro de um conector óptico, eliminando o uso de jumper pré-conectorizado. Uma forma de reduzir espaço e evitar conexões mecânicas dentro do data center.

Normalmente, o SOC vem em kit e com passo a passo para montagem e fusão do conector. É usado em data centers, FTTx e outras aplicações relevantes, com polimento UPC e APC para fibras monomodo e multimodo (figura 6).

Medidas de taxas de transmissão de 10G, 100G e até 400G

Com a explosão do crescimento de serviços de alta velocidade, incluindo 5G, serviços baseados e conectados na Internet, foi exigida das operadoras de telecom, dos data centers e do mercado de comunicação em geral, a atualização para os próximos estágios de agregação nas tecnologias de comutação e transporte. Atualmente a taxa é de 400GE (Gigabit Ethernet).

Como as tecnologias baseadas em PAM4 400GE QSFP-DD e OSFP estão se tornando comerciais, as necessidades de teste e verificação passam a deixar os laboratórios de P&D e manufatura e partem para os testes e avaliações de campo. Nem todas as aplicações de teste e medição são as mesmas. Aplicações como verificação do link e troubleshooting, data center intra e interconexões, manufatura e P&D podem ser feitas por instrumentos portáteis de campo em vez de grandes equipamentos de bancada e laboratório.

Atualmente os data centers utilizam taxas de 40GbE e 100GbE, mas seguramente já estão se preparando para sua atualização até os 400GbE.

Testadores de throughput e BER 100G

Dentro do ambiente de data center, novas tecnologias permitem novas arquiteturas e aumentam o desempenho. Tecnologias a 10G, 25G, 40G, 50G e 100G aumentam a largura de banda e densidade da capacidade dos data centers.

Instrumentos portáteis são utilizados para testes de throughput e BER (Bit Error Rate) no link, podendo ser testado nas camadas 1 (física), camadas 2 (MAC) e 3 (IP).

Outra função importante para o testador é a capacidade de ter duas portas de teste, requerida para testes em cabos ativos (ópticos e cobre) AOC e DAC.

Configuração de um teste de throughput

O instrumento deve suportar múltiplos transceivers utilizados largamente no mercado, facilitando assim o teste das diversas interfaces encontradas em data centers, como: • CFP4 (1): 100GbE, OTU4 • QSFP28 (2): 100GbE, 50GbE, OTU4 • QSFP+: 40GbE, OTU3 • SFP28 (2): 25GbE, 32G Fibre Channel • SFP+/SFP: 100Base-FX, 1000Base-X, 10GE, OTU1/2/2e, 1/2/4/8/10/16G Fibre Channel, STM-64/16/4/1/0, OC-192/48/12/3/1, CPRI

Testes nas interfaces CFP4, QSFP28, QSFP+: • Verificação de transceptor e cabo AOC/DAC • Faixa óptica BERT • Teste de camada PCS com geração/ monitoramento de distorção • Medição de potência óptica Tx/Rx • Testes totalmente independentes • Mútiplas interfaces oferecem 2 testes com tecnologias mistas

Testes em cabos AOC e DAC

Outra aplicação muito importante para esses testadores são os testes em cabos AOC (Active Optical Cables) e DAC (Direct Attach Cables). Muito utilizados em data centers, este tipo de cabo é difícil de testar e principalmente de ser reparado. O teste e identificação de falhas neste tipo de cabo economizam tempo e dinheiro na manutenção de data centers.

Artigo resumido e adaptado do e-Book Testes em Datacenters – Conceitos de Testes em Cabeamento e Transmissão de Dados, publicado pela Belver Instrumentos. A versão na íntegra pode ser baixada no link: www.belver.com.br

Fluxo do ar de refrigeração de data centers

Refrigerar o data center e manter a temperatura dos equipamentos de TI na faixa ideal vai muito além de simplesmente ter um sistema de climatização corretamente dimensionado e instalado. Três pontos são importantes para garantir a eficiência da instalação: ar frio desviado, recirculação de ar quente e pressão negativa.

Marcelo Barboza, da Clarity Treinamentos

Um data center é um ambiente de missão crítica com diversas particularidades. Equipamentos de TI como servidores, dispositivos de armazenamento e de comunicação precisam ser refrigerados por esquentarem durante suas operações (figura 1). Caso o excesso de calor não seja removido, os equipamentos podem falhar ou desligar automaticamente, causando prejuízos aos serviços prestados pelo site.

Para refrigerar os equipamentos de TI, os data centers contam com diversos tipos de ar-condicionado. De vez em quando, acontecem alguns problemas que afetam o fluxo de ar frio fornecido pelo CRAC – Computer Room Air Conditioner captado pelos equipamentos de TI e o ar aquecido que deve retornar ao CRAC para ser resfriado novamente. O resultado são prejuízos na eficiência do sistema de refrigeração e aumento de custos, uma vez que o consumo de energia dos CRACs é

Fig. 1 – Ciclo fechado de refrigeração de equipamentos de TI Fig. 2 – Ar frio desviado

Fig. 3 – Piso desalinhado

elevado. Podemos dividir os problemas em três tipos: • Ar frio desviado • Recirculação de ar quente • Pressão negativa

Fig. 4 – Furo para passagem de cabos por onde o ar é desviado

Ar frio desviado

Nem todo o ar resfriado pelo CRAC chega até os computadores. Uma parte acaba se misturando com o ar quente que retorna ao CRAC (figura 2).

Quando isso acontece, menos ar resfriado chega aos equipamentos de TI, além de diminuir a temperatura do ar que retorna ao CRAC. Uma das consequências é o aumento da temperatura, uma vez que não chega ar suficiente para resfriá-los. Para compensar, é preciso aumentar a potência das ventoinhas do CRAC, elevando também o seu consumo elétrico.

Outra consequência é a diminuição da temperatura do ar de retorno ao CRAC. Como o ar desviado se mistura a esse retorno, sua temperatura acaba ficando inferior à do ar que sai dos equipamentos de TI. Isso diminui sua eficiência e “engana” o sistema, pois, como o ar chega mais frio, pode camuflar algum hot spot no data center.

O ar frio é desviado para locais onde os equipamentos de TI não podem captá-lo, como placas de piso perfuradas onde não ocorre o corredor frio, furos de passagem de cabos abertos atrás dos racks ou quando o piso elevado não está bem alinhado (figura 3). Também pode ocorrer de o ar frio escapar por cima ou pelas laterais do corredor frio sem ser captado pelos equipamentos de TI (figura 4). A figura 5 apresenta uma solução para fechamento do furo para passagem de cabos.

Fig. 6 – Recirculação de ar quente

dentro, por cima ou pelas laterais dos racks (figura 6). Para evitar isso, é preciso haver uma separação entre os lados de trás do rack (corredor quente) e da frente (corredor frio), com cuidado para não instalar no rack equipamentos de TI que tenham seu fluxo de ar divergente do padrão. Uma solução é a instalação de placas cegas nas posições não utilizadas, evitando aberturas entre elas (figura 7).

Pressão negativa

Abaixo do piso elevado, nas proximidades do CRAC downflow, o

Recirculação de ar quente

Idealmente, todo o ar quente que sai dos equipamentos de TI deveria retornar ao CRAC, porém isso nem sempre acontece. Uma parte acaba recirculando pelo próprio equipamento de TI e entrando novamente por sua captação de ar frio. Consequentemente, a temperatura do ar que entra pelo equipamento de TI acaba aumentando, o que pode provocar sobreaquecimento, desligamento, diminuição de vida útil e falhas. Isso demanda um aumento na potência de resfriamento do CRAC e, por consequência, o seu consumo elétrico.

O ar quente pode retornar para os próprios equipamentos de TI por

ar ainda está com muita velocidade e possui menos pressão do que se estivesse parado. O ar flui de um local com mais pressão para um com menos. Caso uma placa de piso perfurada seja colocada a menos de 1,8 m do CRAC, irá gerar uma “pressão negativa” (menos pressão abaixo do piso do que acima), sugando o ar do ambiente (figura 8).

Depois de sugado, o ar ambiente mais quente “contaminará” o recém-resfriado fornecido pelo CRAC, aumentando sua temperatura. Os efeitos serão semelhantes aos do ar quente recirculado, com o aumento da temperatura do ar fornecido aos equipamentos de TI. Para compensar, é preciso esfriar ainda mais a sala, consumindo mais energia.

É recomendado nunca posicionar as placas de piso perfuradas muito perto dos CRACs. Um projetista de sistema de climatização experiente saberá calcular a distância mínima necessária.

Fig. 8 – Pressão negativa

Conclusão

Refrigerar o data center e manter a temperatura dos equipamentos de TI na faixa ideal vai muito além de simplesmente ter os CRACs corretamente dimensionados, instalados e operacionais. O fluxo de ar é parte integrante do sistema de climatização, e há muitos detalhes que devem ser observados para que os objetivos do sistema sejam alcançados.

Marcelo Barboza é instrutor da área de cabeamento estruturado desde 2001, certificado pela BICSI, Uptime Institute e DCPro (Data Center Specialist –Design). Instrutor autorizado para cursos da DCProfessional, Fluke Networks, Panduit e Clarity Treinamentos. Site: www.claritytreinamentos.com.br.

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