Estação Intermodal do Parque Teresa Cristina

A Estação Intermodal do Parque Teresa Cristina é um projeto de escala urbana inserido na região Oeste de Belo Horizonte, nos limites do Barreiro e da Cidade Industrial de Contagem, desenvolvido a partir estudos acerca da mobilidade urbana da Região Metropolitana e seus problemas e propostas existentes de planejamento, correlacionados com suas questões sociais e ambientais. Assim, a proposta visa criar uma nova centralidade de lazer ambiental e ampliar as centralidades comerciais já existentes na região de estudo, além de melhorar as conexões entre diversas áreas da Região Metropolitana de Belo Horizonte por meio do transporte público.

A primeira estação surge a partir da adoção do projeto da Linha 2 do Metrô da CBTU, em uma linha férrea já existente, permitindo o acesso a Estação Calafate, e consequentemente, ao metrô e a região centro/norte de Belo Horizonte. O percurso do metrô termina no complexo, e a partir dele adotou-se o Trem Urbano, na mesma linha férrea já existente, criando-se a Estação de Trem ao lado do Viaduto das Artes e permitindo a conexão entre Belo Horizonte e outras cidades da RMBH, como Ibirité, Sarzedo e Brumadinho. Esse modal também cria uma conexão turística e de lazer, uma vez que se conecta em partes à Serra do Curral e ao Inhotim.

Estação Intermodal do Parque Teresa Cristina

O terceiro modal se refere à estação BRT implantada no canteiro entre os retornos da Avenida Teresa Cristina, a partir de uma extensão do corredor principal do projeto já existente do SIM Contagem, possibilitando a interligação mais rápida de diferentes áreas de Contagem ao Barreiro e à Estação. Ademais, o projeto engloba um Mercado Distrital, que visa atrair a população e a expansão comercial para a localidade, e o Parque Teresa Cristina junto ao Córrego Arrudas, criando um espaço de lazer e permanência entre as estações.

HIPÓTESE MACRO

A partir da análise das dinâmicas urbanas da região, identificou-se as áreas do Centro de Belo Horizonte, Venda Nova, Eldorado e Cidade Industrial, Barreiro e o Centro de Betim como as principais centralidades na macro escala do estudo, as quais o acesso deve ser facilitado. Além disso, identificou-se as principais centralidades ambientais, que têm potencial turístico voltado à preservação ambiental.

Com base nisso e na análise da infraestrutura viária metropolitana, depreendeu-se quais eram as regiões deficitárias de transporte rápido coletivo e os principais fluxos de deslocamento a serem priorizados. A partir desse estudo, optou-se por conferir destaque ao Ferroanel e Rodoanel para absorção do volume de cargas, retirando essa função do Anel Rodoviário e de outros eixos estruturantes da cidade. Integrando essa proposta, propõe-se a implantação de uma linha de VLT - Veículo Leve sobre Trilhos na extensão do Anel Rodoviário, junto à uma reestruturação ambiental da via, a extensão da Linha 1 do metrô CBTU e a adoção da Linha 2, bem como a implantação de um Trem Urbano ligando a região da antiga Mannesmann à cidade de Ibirité. Ademais, propõe-se a adoção e ampliação da linha de BRT do SIM Contagem até a estação projetada.

PLANO DE MOBILIDADE HIPÓTESE MICRO-MESO

Em uma micro escala, pretende-se o incentivo à expansão comercial do Barreiro e do Betânia para a área da Mannesmann, através de um novo zoneamento, mas preservando a estrutura social do bairro, e a adoção de estratégias ambientais para preservação e requalificação da área.

E DIRETRIZES VIÁRIAS

ESTRATÉGIAS AMBIENTAIS

Como planejamento urbano, propõe-se, também, um novo zoneamento para a área a ser desocupada pelo Mannesmann, elaborado com base no Zoneamento de Belo Horizonte, nas dinâmicas ambientais e sociais do entorno e da intenção de se incentivar a ocupação mista na área.

Por sua vez, o Plano Ambiental se baseia na preservação das áreas ainda vegetadas, na preservação e requalificação das margens do cursos d’água e na adoção de estratégias para melhorar a drenagem da água da de chuva na região. Assim, foram propostos áreas de parques para preservação ambiental e o tratamento com arborização, mobiliário urbano e alargamento do leito ao longo dos córregos, além do destamponamento de uma parte da Teresa Cristina.

O plano de mobilidade micro destaca a tríade formada pelas estações do complexo intermodal e a sua conexão com o VLT proposto e as principais rotas de ônibus da região. Além disso, adotou-se diretrizes viárias a partir das vias internas da Mannesmann já existentes e novas rotas cicloviárias para agregar melhoria na mobilidade ativa da população local, além da qualidade ambiental do transporte por bicicletas. VIAS PERPENDICULARES VIAS PARALELAS

Quanto às estratégias de drenagem nas vias, tem-se, nas vias perpendiculares às curvas de nível e aos cursos d’águas, a implantação de calçadas sinuosas conectadas com jardins para aumentar o percurso da água, a vegetação com diferentes estratos vegetais (copas em diferentes alturas) e a curvatura das pistas para direcionar a água para as extremidades. Já nas vias paralelas, também há a curvatura da pista para as extremidades e diferentes estratos vegetais, bem como a implantação de jardins de chuva e piso drenante na rua e nas calçadas.

GLOSSÁRIO