Centro Cultural George Pompidou

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RENZO PIANO – RICHARD ROGERS


Em 1970 foi lançada uma competição de arquitetura baseada em um programa para construir um complexo cultural e artístico no centro histórico de Paris instaurado pelo presidente francês George Pompidou. Os vencedores do prêmio escolhidos pelos júris foram

Renzo Piano,

Richard Rogers e Gianfranco Franchini. O trabalho de construção começou em abril de 1972 e o trabalho com a estrutura metálica em setembro de 1974. No dia 2 de fevereiro de 1977, o Centro Pompidou é inaugurado. Localizado em Les Halles na cidade de Paris, esta área economicamente e socialmente deprimida, tinha a intenção de revitalizar a competição centro cultural. O Centro Pompidou ocupa pouco menos da metade de seu lote. A parte que sobra é uma enorme praça pública considerada parte do edifício.


A EVOLUÇÃO DA CAIXA “O momento crucial da evolução do museu como

contêiner foi quando esta tradição de caixa eclodiu no edificio-massa do Centro Pompidou em Paris (19721977), de Renzo Piano e Richard Rogers, um centro de arte multifuncional e popular idealizado pelo museologo Pontus Hulten.” (pag.40) MONTANER, Josep Maria. Museus para o século XXI. Barcelona: GG, 2003.





Renzo Piano (78 anos), é vencedor do Prêmio Pritzker, nascido em Gênova, Itália. A tradição da família de Piano levava a crer que ele seria mais um construtor, no entanto, optou por estudar arquitetura em Milão. Embora não seja reconhecido por nenhum estilo pessoal, a variada obra de Piano - do Centro Pompidou, projetado em parceria com Richard Rogers quando tinha apenas 35 anos, ao reverenciado Menil Collection em Houston mostra seu domínio sobre os elementos menos tangíveis da

ar. Na realidade, segundo Piano, sua única constante é "a ideia de fazer um edifício voar - criando algo com gravidade zero." E é por isso que as melhores obras de Piano arquitetura, como a

luz

e o

parecem transcendentais - mais próximas de uma "harmonia refinada do que de um exibicionismo virtuoso."


Richard Rogers (82 anos), é um dos líderes do movimento High-Tech britânico. Rogers se tornou conhecido nas décadas de 70 e 80 por projetar e construir edifícios como o Centre Georges Pompidou em Paris e a sede do Banco Lloyd em Londres. Na década de 1990 Rogers recebeu um convite do governo para assumir a direção da Urban Task Force, que em 1998 desenvolveu uma pesquisa sobre as causas da decadência urbana e esboçou uma visão para o futuro das cidades britânicas. Por oito anos Rogers também assumiu o posto de Assessor Chefe de Arquitetura e Urbanismo da Prefeitura de Londres. Nos últimos anos, Rogers continuou a produzir

trabalhos de grande mérito, vencendo o

Stirling Prize

em 2006 e o Prêmio Pritzker em 2007.



O conceito de Piano e Rogers para o Centro de Pompidou teve grandes influências nas obras de Cedric Price que experimentou nos anos 60 formas abertas

e espaços

flexíveis.

Para aumentar o espaço interno, eles transformaram a construção de dentro para fora expondo o esqueleto brilhante de tubos coloridos para sistemas mecânicos. Os dutos que estão fora da edificação possuem classificações por cores: azul para ar, verde para fluídos, amarelo para cabos de eletricidade e vermelho para movimento e fluxo (elevadores e escadas) e segurança (extintores contra incêndio). Assim como o Fun Palace de Price, um projeto inacabado, a prioridade era maximizar

o movimento e o fluxo funcional, liberando mais espaço interno e facilitando a interação entre diferentes áreas.






Um elemento bem mais importante foi à intenção do arquiteto em criar um espaço de encontro não somente para admiradores da arte, mas também para a população local. A larga praça pavimentada em frente à edificação faz esse papel introduzindo com vida a

estrutura high-tech

do prédio nos tradicionais arredores e ruas de Paris. No site de Rogers, uma nota diz:

“Pompidou prova que a modernidade e a tradição rentável podem interagir e melhorar as cidades históricas”.



TORRE EIFFEL

LOUVRE

POMPIDOU




O prédio foi desenhado nas linhas de um “diagrama

envoltório espacial” em duas partes: primeiramente, uma infraestrutura em três andares abrigando as instalações técnicas e áreas de serviços; em segundo lugar, uma vasta superestrutura em vidro e aço com sete andares, incluindo um terraço e um mezanino, centrando grande parte das áreas de atividade do Centro. A armação de metal da edificação possui 14 pórticos com 13 baías, cada uma estendida por 48 metros a 12 metros de uma para outra. No topo dos postes, de cada andar, existem cabidesfeixe moldados em aço, medindo 8 metros de comprimento e pesando 10 toneladas. Grandes vigas de 45 metros de altura repousam sobre os cabides-feixes, os quais dispersam a pressão nos postes equilibrados por vigas protendidas ancoradas em barras transversais. A altura de piso a piso é de 7 metros. A superestrutura de vidro e aço

envolve os espaços livres abertos.



O Centro Pompidou abriga um museu de arte moderna, uma biblioteca de referência, um centro de design industrial, o espaço de exposições temporárias, uma biblioteca infantil com centro de arte, audiovisual, um centro de investigação (IRCAM) e restaurantes. Submeteuse a renovação 1996-1999 e reaberto em 01 de janeiro de 2000. Em 2010, uma

Pompidou,

extensão do Centro

projetado pelo arquiteto japonês Shigeru Ban aberto como o Centro Pompidou Metz, no oeste da França.



Nível 0

Nível 1


Nível 2

Nível 3


Nível 4

Nível 5


Nível 6



Centro Pompidou Metz


Com isso, é possível concluir que o Museu de Arte Moderna de Paris é um imponente centro artístico e cultural, um verdadeiro exemplar do estilo da arquitetura que vigorava na década de 70, e que nos dias atuais ainda é muito utilizado, o high tech, que em português significa alta tecnologia, que é caracterizado por ser um novo estilo para interiores. Este tipo de estilo está baseado na exploração do meio estético de recursos industriais e tecnológicos, o que conferiu ao museu um ar de funcionalidade. O Museu foi considerado um projeto bem ousado, que foi planejado durante um momento considerado decisivo de toda a arquitetura moderna, sendo por isso visto como um projeto extremamente polêmico. Segundo alguns historiadores e estudiosos, a construção do mesmo foi uma inovação e ainda um sinal de emergência dado pela arte pós-modernismo.


Vale ressaltar ainda que o Museu é bem acessível para pessoas que possuam deficiências físicas. Por ser de um estilo totalmente diferente das edificações do seu entorno, o museu se destaca facilmente, por sua forma, materiais e cores. É um projeto inovador, com uma ousadia consciente. Enquanto inovar for um dos compromissos do projeto, ousar será uma característica do arquiteto. É preciso sair do padrão, ir além, a ousadia é um nível maior de demonstração de personalidade e também de estilo.


http://pt.slideshare.net/BRUYEL/centro-pompidou7824577 https://pt.wikiarquitectura.com/index.php/Centro_Cultur al_George_Pompidou#Localiza.C3.A7.C3.A3o http://pointdaarquitetura.blogspot.com.br/2012/08/cen tre-pompidou-super-estruturas-em-aco.html http://www.tublogdearquitectura.com/?p=3929 http://www.archdaily.com.br/br


MATHEUS SIQUEIRA VIEIRA – AUM7


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