Jornal da Arquidiocese | nº 263 | Dezembro 2019

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FLOR I A NÓPOLIS, nº 263

Jornal da

DEZE M BRO DE 2019

ARQUIDIOCESE Vocação Pe. Clóvis é ordenado em Garopaba | 3

GBF Livreto de Advento e Natal já disponível | 4

Santa Catarina Catedral celebra festa da padroeira | 10


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Editorial

Jornal da Arquidiocese, DEZEMBRO DE 2019

Sol da meia noite

Natal: tempo de acolhida e esperança Refletindo sobre o nascimento de Jesus, queremos olhar com atenção para a Sagrada Família, que nos seus primeiros passos precisou sair de sua terra, e se tornar estrangeira no Egito. Certamente no tempo em que permaneceram como estrangeiros passaram por dificuldades, sentiram saudade de seus amigos e familiares. Sob esta visão, iremos trazer nesta edição histórias de outras famílias que tiveram que deixar seus lares para fugir da guerra, da fome e da miséria. A decisão de partir da própria terra é sempre dolorosa, mas também é confortada pela esperança em encontrar novas oportunidades. Assim como estamos preparando nosso coração para a chegada do Menino Jesus, devemos estar com o coração aberto para acolher nossos irmãos imigrantes, já que Santa Catarina é um dos estados brasileiros que mais recebem imigrantes, e nós cristãos somos chamados a olhar com caridade para esses irmãos. A Igreja sendo peregrina neste mundo compreende a necessidade de estar perto dos que deixam a sua terra. Através da Pastoral do Imigrante realiza diversas ações para promover a vida e dignidade daqueles que a buscam. Desejamos a você uma boa leitura. Abençoado Natal e feliz Ano Novo. Que o Menino Jesus habite na sua casa e traga paz a todos.

D O M W I L S ON T A DE U J ÖNC K , S C J A liturgia da noite de Natal apresenta a leitura do Profeta Isaías: “o povo que jazia nas trevas viu uma grande luz”(Is 9,1). Uma claridade desconhecida ilumina as trevas que envolviam Belém. Os pastores envolvidos por esta luz, escutam a mensagem e vão encontrar o menino que está envolto em faixas, deitado em uma manjedoura. Ele é o sol que ilumina a gruta e o mundo todo. É a luz que não se apaga, como o sol da meia noite nos polos, nunca se põe. O cristão é chamado a ser luz em um mundo tomado pelas trevas. “Outrora éreis trevas, agora sois luz no Senhor” (Rm 13,12). A escuridão que toma conta do mundo pode ser identificada no consumismo, no individualismo, na competição. O povo de Belém também só pensava nos seus interesses e não viu Cristo nascer. A escuridão se manifesta também na corrupção, na falsidade e na mentira. Pode ser vista até na liturgia cheia de superficialidade. O templo todo enfeitado também

Nos caminhos de Francisco

será destruído. Cristo veio para superar toda treva. Herodes tenta apagar esta luz. Mas a necessidade do homem acaba sendo a oportunidade de Deus. A estrela dos magos supera os planos macabros de Herodes e chega a Belém. Nenhuma força contrária há de apagar esta luz. Todo ser humano é um Cristo em formação. Nele Cristo- luz se faz presente. Para perceber Cristo no mundo é preciso mudar o olhar e o coração. Quando o cristão comunga o corpo de Cristo, vive como Ele e faz as coisas que Ele fazia é uma luz presente no mundo. As pessoas que se reúnem para escutar a Palavra de Deus formam um clarão no meio da sociedade. Os gestos de caridade que se multiplicam nas comunidades são luzes que enchem o mundo de esperança. Como no Natal, quando o divino toca a terra, aí se acende uma luz. Sem a luz, que é Cristo, o cristão será sempre uma estrebaria fria e escura, sem o

canto dos anjos e dos pastores. Já dizia Péguy: “há algo pior do que ter uma alma perversa, é ter uma alma habituada a quase tudo”. O Natal é envolto na superficialidade e consumismo. Seria muito ruim se o Natal não trouxesse nada de novo. Os anjos anunciam aos pastores uma grande alegria. Deixemo-nos surpreender pelo mistério de Belém. Deus se fez criança!

Nas redes

“Uma casa é uma igreja doméstica “Não será apenas Deus a nos

onde deve-se viver a comunhão

acolher no Paraíso, mas também

e oferecer o culto da vida vivida

aqueles com quem compartilhamos,

com fé, esperança e caridade.”

administrando bem o que o Senhor

13 de novembro, na Audiência Geral

colocou em nossas mãos.” 18 de novembro, no Twitter

“O discípulo missionário é um

“A santidade é o fruto da graça de Deus e da nossa livre resposta a ela. A santidade é dom e chamado.” 4 de novembro, no Twitter

mendigo que reconhece que

Última reunião geral do ano do clero da Arquidiocese

Dom Wilson participa do VII Encontro Inter-Religioso

lhe faltam os irmãos, as irmãs

instagram.com/arquifloripa

twitter.com/arquifloripa

Vídeo do Papa: Diálogo e Reconciliação no Oriente Médio

CNBB disponibiliza vídeo da Campanha da Fraternidade 2020

youtube.com/arquidiocesedeflorianopolis

facebook.com/arquifloripa

e as mães com quem celebrar e festejar o dom da reconciliação, que Jesus oferece a todos.” 21 de novembro, durante viagem à Tailândia

“O Senhor estende a mão: é um gesto gratuito, não devido. É assim que se faz. Não somos chamados a fazer bem só a quem nos ama. Retribuir é normal, mas Jesus pede para ir mais longe: dar a quem não tem para restituir, isto é, amar gratuitamente.” 17 de novembro, Dia Mundial dos Pobres

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC,

(48) 3224-4799 / 99673-1266 Email: imprensa.arquifln@gmail.com Site: www.arquifln.org.br

Diretor: Pe. Vitor Galdino Feller

Diagramação: Fabíola Goulart e Giovanna Dutra

Conselho Editorial: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Revelino Seidler, Pe. Sedemir de Melo, Fabíola Goulart, Giovanna Dutra, Fernando Anísio Batista.

Coord. Publicidade: Pe. Tarcísio Pedro Vieira e Erlon Costa

Jornalista Responsável: Fabíola Goulart (MTB 06647/SC) e Giovanna Dutra (MTB 06675/SC) Projeto Gráfico: Lui Holleben/Gustavo Huguenin

Tiragem: 24.000 exemplares Impressão: Gráfica Soller O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal , de distribuição gratuita, da Arquidiocese de Florianópolis.


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Arquidiocese celebra ordenação presbiteral do Pe. Clóvis Martins

Retalhos do Cotidiano Foto: Pascom Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré

P R OF E S S OR C A R L O S M A R T E N DA L Fotografias

Fotografias que gostaria de ter batido: a de Maria grávida e a do Menino nos braços de José.

Gravações

Conversas que gostaria de ter gravado: a de Maria com o Anjo, as de Maria com José e a do choro de Jesus, bebê com cólicas, pedindo “socorro” à Mãe.

Canto

O canto que gostaria de ter ouvido: o canto dos anjos, na noite em que Jesus nasceu.

Natal 1

É tempo de Natal, o Aniversariante está no meio de nós, e quem precisa do Presente somos nós!

Natal 2

Jesus nasceu: Maria o alimenta e José prepara o varal que irá receber as brancas fraldas do Menino. Quanta ternura! E o sol vem secar as santas roupinhas do Sol sem ocaso. Feliz Natal, irmãos!

Ano Novo

Que em 2020 cada um de nós possa ver a mão de Deus na tecedura da nossa vida!

Seminaristas recebem ministério de Leitorado e Acolitado A Igreja Matriz da Paróquia São Joaquim, em Garopaba, estava lotada para celebrar o sim do novo sacerdote.

A Arquidiocese de Florianópolis conta com mais um presbítero: Pe. Clóvis Martins foi ordenado, no dia 15 de novembro, na Igreja Matriz da Paróquia São Joaquim, em Garopaba. A emocionante celebração foi presidida pelo arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, scj. O sonho de ser padre Como lema de sua ordenação presbiteral, Pe. Clóvis escolheu a passagem que está em João 17, 21: “Para que todos sejam um como tu Pai estás em mim e eu em Ti”. A escolha veio ao encontro do seu anseio de estar totalmente ligado a Cristo, para assim servir o povo onde for necessário. “Escolhi este lema porque significa muito para mim. Quero ser um com Cristo e, sendo um com Ele, ser um também com o povo de Deus a mim confiado. Tenho a certeza de que Cristo que é fundamento da nossa fé e não nos abandona, está sempre nos fortalecendo para sermos anunciadores do seu Evangelho”, destaca ele. A oração do terço e a participação na

vida da comunidade foram muito importantes para o despertar da sua vocação. Pe. Clóvis conta que uma lembrança marcante de sua infância era a visita que os padres de sua paróquia faziam aos doentes. Quando tinha oportunidade, ele os acompanhava e ficava encantado com o carinho e dedicação que os padres tinham com essas pessoas. Quando questionado que tipo de padre deseja ser, Pe. Clóvis diz que se sente muito feliz em poder dar o seu sim a Deus e a missão que lhe será dada. “Como padre, quero estar a serviço da Igreja onde ela de mim precisar. Administrar os sacramentos, motivar o povo de Deus, ser um em Cristo e com toda a comunidade”, afirma. Os pais do neo-sacerdote estava emocionados. “Estamos muito felizes que esse dia chegou. O Clóvis será um padre maravilhoso e que vai fazer o bem pra muita gente”, desabafa a mãe Maria de Lourdes Martins. A primeira missa do novo sacerdote aconteceu no dia 16 de novembro, na Comunidade Senhor Bom Jesus, bairro Macacu, em Garopaba, sua terra natal.

No encerramento do Mês Missionário Extraordinário, oito seminaristas da Arquidiocese receberam o ministério do Leitorado ou do Acolitado. A celebração foi presidida pelo arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, e concelebrada por padres convidados, dentre eles, o formador e reitor da etapa da configuração, Pe. Vanio da Silva. O rito aconteceu no dia 31 de outubro, na Paróquia São Francisco Xavier, no Monte Verde, em Florianópolis. “Para mim, receber o Ministério do Acólito é uma graça. É Deus que chama, capacita e concede a oportunidade de, a cada dia, configurar-me mais a ele, o Bom Pastor. Ser acólito é

procurar viver em intimidade maior com o Mestre cada dia, com as alegrias e sacrifícios, buscando a perfeição cristã. É estar disponível para servir ao povo que tanto carece de Deus, que tanto busca essa experiência verdadeira”, conta Joel José Schvambach, seminarista do terceiro ano de Teologia, que recebeu o ministério do Acolitado. Receberam o ministério do leitorado: Cleiton Rodrigues Imamura, Fábio Guerrero de Almeida, Guilherme Acácio Nascimento, Ricardo José Inácio e Rodrigo Laufer. Receberam o ministério do acolitado: Joel José Schvambach, José Vitor Fernandes Azevedo e Wagner da Silva. Foto: Tiago Vicente Santana

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Livreto de Advento e Natal conduz reflexões dos GBF Foto: Arquivo

O Advento prepara nosso coração para acolher o Deus Menino que vem nascer entre nós. Portanto, é um tempo de alegre expectativa e comemoração pela vinda de Jesus de Nazaré. Pensando nessa preparação, a coordenação arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família lançou o livreto para o Tempo do Advento e Natal. São quatro encontros que propõem um caminho missionário, baseado nos quatro pilares das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária. Os textos que serão trabalhados nos quatro encontros do livreto Advento/Natal não serão os da liturgia do Advento como de costume. Os textos estão relacionados com os quatro pilares, que constroem a casa das Comunidades Eclesiais Missionárias, chão

de vida da ação evangelizadora dos GBF. A cada encontro os participantes são levados a refletir sobre a missionariedade no dia-a-dia. “Cristo quer nascer no nosso coração. Quer fazer da nossa vida, que é uma estrebaria, um palácio para Deus morar. Esta é a missão de Cristo. Vemos que, para isso acontecer, é preciso retirar muito entulho do nosso coração. A missão, em todos os tempos, é preparar o coração dos seres humanos para que Deus possa nele morar. Desta forma o Natal acontece”, afirma Dom Wilson na apresentação do livreto. Para adquirir o livreto basta procurar a secretaria da sua paroquia ou os Grupos Bíblicos em Família da sua comunidade. O livreto também está disponível em nosso site: www.arquifln.com.br

Itajaí recebe a 29ª edição do Louvor de Verão

Dom Murilo Krieger celebra Jubileu de Ouro em Brusque Foto: Arquivo

O Centreventos Governador Luiz Henrique da Silveira, em Itajaí, se prepara para receber pelo segundo ano consecutivo a 29ª edição do Louvor de Verão. O encontro vai reunir mais de 200 Grupos de Oração da Renovação Carismática Católica (RCC) da Arquidiocese, no dia 19 de janeiro (domingo), a partir das 8h, e contará com animação, apresentação de dança, louvor e pregação da palavra. De acordo com a presidente do Conselho Arquidiocesano da RCC, Thais Furquim, o Louvor de Verão é o evento que abre as atividades do movimento dentro da Arquidiocese de Florianópolis. “É um momento de agradecer e pedir a força do Espírito Santo para que seja um ano repleto da graça de Deus. Então é muito importante iniciarmos 2020 juntos e unidos, louvando ao Senhor”, comenta.

Nesta edição, haverá estandes e um espaço para crianças de 4 a 12 anos, com brincadeiras e dinâmicas focadas na evangelização. O evento contará com a de presença diversas comunidades de vida e aliança da Arquidiocese e será encerrado com a santa missa.

Terceiro arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, scj, celebra em 2019 o seu Jubileu de Ordenação Sacerdotal. Parte das comemorações será em Brusque, na Igreja Matriz da Paróquia São Luís Gonzaga, no dia 12 de dezembro, às 19h. Catarinense de Brusque, onde nasceu a 19 de setembro de 1943, Dom Murilo teve a vocação sacerdotal despertada ainda quando criança. Realizou os estudos no Seminário de Corupá, na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Em 1964, ingressou nessa congregação, onde teve seus estudos em filosofia e teologia. Dom Afonso Niehues foi quem presidiu sua ordenação presbiteral em 7 de dezembro de 1969, em Brusque. Sua ordenação episcopal aconteceu também em Brusque, no dia 28 de abril de 1985, presidida por Dom Afonso. Escolheu como lema episcopal: “Deus caritas est” (1Jo 4,16).

Dia 20 de fevereiro de 2002 foi nomeado arcebispo de Florianópolis, assumindo essa arquidiocese no dia 27 de abril de 2002. Quase nove anos depois, em 12 de janeiro de 2011, o Papa Bento XVI o nomeou arcebispo de São Salvador da Bahia, Arquidiocese Primaz do Brasil, onde atua até hoje.


Nossa fé

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Igreja samaritana PA DR E V I T OR G A L DI NO F E L L E R Foto: Paróquia Santa Catarina/Brusque

As dioceses de nosso estado acabam de publicar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja em Santa Catarina para os anos de 2020 a 2023. A proposta de nossa Igreja Católica para esse quadriênio é que se formem, por toda a parte, muitíssimas pequenas comunidades eclesiais missionárias. Comunidades Eclesiais Essas pequenas comunidades “são formadas por pessoas discípulas missionárias de Jesus Cristo nos condomínios, nas ruas, nos grupos por afinidade, nos bairros, nas aldeias... Caracterizam-se como comunidades de portas abertas para acolher a todos e para sair ao encontro das pessoas” (n. 105). Nossos bairros e ruas, condomínios e edifícios, favelas e tifas podem ser marcados por inúmeras comunidades de fé e de culto, alimentadas pela Palavra e pela Eucaristia e consolidadas pela Caridade e pela Missão. Pequenas Igrejas Como no tempo dos primeiros cristãos, que se reuniam nas casas e andavam pelas ruas a pregar o Evangelho, também hoje. Essas pequenas comunidades eclesiais missionárias já existem: as comunidades de base, os grupos bíblicos em família, os grupos de oração,

os grupos de jovens, de casais, os pequenos grupos que se constituem ao redor de um movimento, de uma associação, os grupos de catequese. A criatividade popular, guiada pelo Espírito Santo pode levar-nos à formação das mais diversas maneiras de agrupamentos de fé e de culto. Importante é que sejam marcados pela comunhão e pela missão, de portas abertas para sair em missão e para acolher os que se sentem chamados. Hospedarias da Caridade Cada pequena comunidade é chamada se expressar na forma de uma hospedaria, “lugar onde o Divino Samaritano continua a exercer (através de cada um de nós) sua ação salvadora, dialogando, ensinando, perdoando, curando, libertando promovendo relações de justiça e de fraternidade” (n. 103). Para isso, nossos corações e comunidades precisam estar sempre abertos, num jogo de relações amorosas com todas as pessoas que encontramos em nossos caminhos. Numa sociedade marcada por tantas doenças da alma, como depressão, estresse, egoísmo, nossas comunidades são chamadas a ser oásis de acolhida e bem-estar, de encontro com Jesus Cristo, o único que pode dar sentido a nossas vidas.

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Em cada paróquia, uma obra social F E R N A N D O A N Í S IO B A T I S T A As novas diretrizes da CNBB (2019-2023) apresentam a Caridade como um pilar da ação evangelizadora. A casa (Igreja) construída sem esse pilar não terá sustentação, é ele que sustenta o acolhimento fraterno e o cuidado com as pessoas, especialmente os mais frágeis e excluídos e invisíveis. A dimensão da caridade é constitutiva da Igreja e também deve se tornar um pilar também na vida de cada pessoa, se tornando um sinal do amor de Deus - amor ágape. Ao estruturar a Ação Social na Arquidiocese na década de 60, Dom Afonso Niehues entendendo o espírito do Concílio Vaticano II, buscou a propagação da caridade em todas as paróquias, por isso, fez um pedido aos presbíteros que se organizasse uma obra social em cada paróquia, que seria a expressão do amor de Deus junto aos pobres e marginalizados. Esse desejo evangélico permanece até os dias atuais e é rea-

firmado pelo nosso pastor Dom Wilson Tadeu Jönck, pela CNBB e pelo Santo Padre Papa Francisco e tem sido atendido com muito carinho pelo clero Arquidiocesano, tornando a Igreja cada vez mais viva, solidária e missionário. Aos poucos, todas as paróquias estão organizando suas obras sociais, quer seja uma ação social paroquial, entidade social ou pastoral social. A celebração do Dia Mundial do Pobre na maioria das paróquias mostra a resposta ao convite do Papa Francisco para ir ao encontro do pobre e “estender nossas mãos para reerguer, entregar nosso coração para sentir novamente calor e afeto e se fazer presente para superar a solidão”. Mesmo assim, há muito a ser feito. Há muitas periferias territoriais e existenciais que carecem de uma presença amorosa de pessoas caridosas para fixar pilares de caridade e construir comunidades eclesiais missionários. Foto: Paróquia Santo Antônio

Você também pode conferir este e os demais artigos no site da Arquidiocese:

www.arquifln.org.br.

Celebração do Dia Mundial dos Pobres na Paróquia Santo Antônio, em Campinas, São José.


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Especial

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Quando fui estrangeiro, tu me acolheste... Antes mesmo do nascimento de Jesus, a Sagrada Família era estrangeira em Belém. E esta história continua a se repetir nos dias de hoje. José bateu de porta em porta em busca de um lugar para a mãe e o menino, mas não encontrou. Sem alternativa, Maria deu à luz numa estrebaria, e o recém-nascido foi colocado numa manjedoura. A dura realidade da Sagrada Família continua a se repetir quando milhares de pessoas se veêm forçadas a deixar tudo para trás e sair em busca de acolhida para um recomeço. Sobella Cañizalez, que prefere ser chamada de Bella, nasceu em Maturin, Venezuela. Formada em Engenharia de Petróleo, teve de deixar seu país em 2018. Atualmente Bella reside na Grande Florianópolis e trabalha na Casa de Apoio São José, que acolhe os acompanhantes do Hospital Regional. Uma das características marcantes dela é seu sorriso fácil e seu olhar cheio de esperança. Com muita gratidão, Bella relembra sua trajetória, desde a saída da Venezuela até sua chegada em Florianópolis. “Entrei no Brasil por Roraima, mas eu e os que estavam comigo não queríamos permanecer por lá. Era difícil conseguir emprego e nos faltava tudo”. Sem emprego ou local digno para morar, a solução encontrada foi se mudar novamente. Em uma pesquisa na internet, Bella conhece Santa Catarina como um dos estados brasileiros com menor índice de violência do Brasil e com boas oportunidades para os imigrantes. E foi assim que arrumou o pouco que tinha e veio

para Florianópolis na esperança de uma vida melhor. Atualmente existem 5.762 pessoas com histórias semelhantes a da Bella, segundo dados divulgados em setembro deste ano pelo governo estadual. São homens, mulheres e crianças de 85 nacionalidades diferentes, que deixaram casa, familiares, amigos e carreira em busca de uma vida melhor em Santa Catarina. A chegada de Bella à Ilha aconteceu no 21 de dezembro de 2018. Na época, alguns dos seus familiares já haviam chegado ao Brasil, porém seus pais ainda não. Juntamente com um outro grupo, ela foi direcionada

Engenheira de petróleo na Venezuela, Bella escolheu Florianópolis para viver.

até o então Centro de Referência e Ajuda ao Imigrante (CRAI), onde foi acolhida até se estabelecer na nova cidade. Sem os seus pais, as comemorações do Natal foram tristes para Bella naquele primeiro ano. “Costumávamos nos reunir e compartilhar tudo. Nossa casa era muito grande, então vinham todos os parentes e amigos. Para mim, foi muito triste passar o Natal em uma cidade estranha, com pessoas desconhecidas e que não tinham os mesmos costumes. Foi muito forte para mim não poder compartilhar esse dia tão especial com quem mais amo”, relembra. Assim como Bella, José Javier Hurtado Marcano e sua esposa, Darling Gabriela Garcia, deixaram a Venezuela a cerca de um ano e meio em busca de um recomeço no Brasil. Antes de chegar a Florianópolis, o casal passou pelos estados de Roraima, Rondônia e Amazonas. A viagem até a capital catarinense foi feita de ônibus e levou cerca de nove dias. José Javier conta que aos poucos está se acostumando com a cultura do novo país, mas no início foi muito difícil. “É muito complicado estar longe do seu país, com uma cultura que não estamos acostumados. É preciso aprender todos os dias alguma coisa nova”, complementa. Mesmo com sua esposa, passar o Natal como imigrante foi doloroso: “o primeiro Natal que passamos no Brasil foi muito triste para mim, minha


Especial

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Pastoral do Migrante: acolhimento e doação Coordenador da Pastoral do Migrante de Santa Catarina, Pe. Marcos Mário Bubniak, cs, está familiarizado com histórias como a de Bela, José e Darling. “Neste período de Natal logicamente se recorda muito da família, e muitos desses imigrantes estão longe dos seus familiares. Essa desagregação familiar requer uma atenção diferente de nós, a atenção humana. É preciso escutar e acolher para gerar um ambiente de integração”, descreve. A pastoral atua na Arquidiocese de Florianópolis há mais de dez anos e realiza serviços de integração entre os imigrantes e a cultura local. Atualmente a pastoral concentra suas atividades na Igreja Matriz da Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, na Prainha, em Florianópolis. São oferecidos cursos de português para estrangeiros, aulas de violão, entre outras atividades. Outras paróquias da Arquidiocese também realizam trabalhos de acolhida e capacitação de imigrantes. Um exemplo é a Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, no bairro Saco dos Limões, que identificou as famílias venezuelanas da região e fez um cadastro para poder ajudá-las. Lá os que desejam podem receber os sacra-

mentos e encontrar ajuda para obter trabalho. As ações realizadas por essas paróquias são invisíveis aos olhos humanos, mas visíveis aos olhos de Deus, segundo Pe. Marcos. Como foi feito no ano passado, a pastoral irá realizar neste Natal uma confraternização com os voluntários da pastoral e as famílias que participam das atividades. “Será algo simples, mas feito com muito carinho para que essas famílias se sintam acolhidas em nosso meio”, finaliza.

AJUDE A PASTORAL DO MIGRANTE! Para doações ou fazer voluntariado: /pastoraldomigrantefloripa (48) 3225-7043

Sugestões para viver bem o Natal • Aprofundar no verdadeiro sentido do Natal A solenidade do Natal “é uma expressão do amor infinito de Deus que ‘tanto amou o mundo que nos deu o seu Filho único”, como nos exorta o Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia da Santa Sé. Por isso devemos ter a consciência de que o Natal não é uma festa comum, seu sentido é profundo. Toda a Igreja celebra o nascimento de Jesus Cristo, que se fez homem para trazer a salvação a humanidade, este é o sentindo verdadeiro do Natal.

O casal venezuelano José e Darling viverão de maneira ainda mais especial com a chegada dos gêmeos.

esposa e também para nossos conhecidos. Nunca passamos tanto tempo longe da nossa família. Nesse período, a saudade fica mais forte e temos a vontade de dar aquele abraço apertado em quem mais amamos, mas estamos longe”.

Com Jesus Menino, nasce a alegria verdadeira Apesar de todas as situações da vida de imigrante, Bella, José e Darling nunca perderam a esperança e sempre trouxeram em seus corações a certeza de que dias melhores viriam. Com o passar do tempo, foram dando passos para a reconstrução de suas vidas e neste ano a festa de Natal será muito especial. Com muito esforço, Bella conseguiu trazer seus pais da Venezuela. “Agora que me estabeleci em Florianópolis consegui trazer minha família para cá, principalmente meu pai e minha mãe. Neste Natal, graças de Deus, vamos estar todos juntos para celebrar”. Ela ainda conta que a ceia neste ano será farta e que mesmo longe da Venezuela vai poder reviver os bons momentos em que esteve lá. Para José e Darling, o Natal será comemorado em dose dupla. Há alguns meses nasceram os gêmeos Santiago e Sebastian, primeiros filhos do casal. Com a chegada das crianças a certeza de que tudo ficará bem se fortaleceu e eles estão esperançosos para seguir a vida em solo catarinense.

• Fazer uma reflexão sobre o valor da vida A vida humana tem sido atacada de tantas formas em nosso tempo, fome, violência, aborto... Somos chamados a refletir sobre o valor sagrado da vida e levar a Boa Nova do nascimento de Jesus aos que perderam a esperança. O Natal é tempo propício para sair do nosso egoísmo e levar a vida a quem mais necessita. • Celebrar com simplicidade Com a chegada do Natal somos tentados a ceder ao consumismo que é comum neste período. É corriqueiro que a primeira coisa que nos vem à mente quando pensamos nesta festa sejam as compras e os presentes. Porém, é preciso viver o Natal com simplicidade e humildade, assim como Jesus, que mesmo sendo Deus, nasceu em uma estrebaria e foi colocado em uma manjedoura. • Rezar em família O Natal é uma excelente ocasião para unir a família para rezar. A oração eleva o nosso coração a Deus. Uma boa dica é ler a passagem do nascimento de Jesus segundo São Lucas e incentivar os presentes a refletir e partilhar o que sentem diante da escritura. • Participar da Missa Somos convidados a participar da missa na véspera e no dia de Natal. A liturgia desta solenidade é bela e nos leva a interiorização do sentido do Natal, em que “o verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).

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Bíblia

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Lectio Divina

Santos inocentes mártires

PA DR E PAU L O S T I P P E S C H M I T T

No dia 28 de dezembro, a Igreja lembra nas. O “Herodes” do lucro fácil é capaz de os Santos Inocentes, considerando már- entregar seus inocentes à prostituição. O tires as crianças que foram mortas pelo “Herodes” da ganância facilmente sacrirei Herodes, no lugar do Menino Jesus. fica crianças no trabalho escravo, e uma “Quando Herodes percebeu que havia infinidade de outras crueldades. sido enganado pelos magos, ficou furioEnquanto o rei dos tempos bíblicos enso e ordenou que matassem todos os me- viou seus soldados com suas espadas runinos de dois anos para baixo, em Belém dimentares, os novos “Herodes” são cada e nas proximidades” (Mt 2,16) vez mais criativos e ousados na tentativa Sem entender a verdade do Reino de de exterminar Jesus da sociedade. Eles Deus e com medo de perder seus privi- criam redes sociais que disseminam nolégios de rei, Herotícias falsas e propades não hesitou em gam um mundo sem matar os meninos Deus, comercializam Despertemos em nós a menores de dois abortivos proibidos, solidariedade e unamos anos, na intenção financiam pesquinossas vozes e nossas ações às de eliminar Jesus e sas em universidadesses inocentes que seguem os riscos que ele redes e propagam suas presentava. Mas José morrendo no lugar de Cristo. mentiras por toda a foi avisado por Deus parte, eliminando e fugiu com Jesus e Cristo da vida de Maria para o Egito, e os inocentes foram muitas pessoas e dando vida a outros sacrificados no lugar de Jesus. “Herodes” cada vez mais cruéis. A celebração litúrgica deste aconteciNeste dia dos Santos Inocentes, rezemento tão cruel quer nos fazer refletir mos por nossas crianças, mas também também sobre a realidade atual de por nossas autoridades. Não permaneçatantas crianças inocentes, violentadas, mos indiferentes ante a esses genocídios. perseguidas e assassinadas, vítimas do Despertemos em nós a solidariedade e descaso, do aborto, da fome e da violên- unamos nossas vozes e nossas ações às cia, sob a crueldade dos “Herodes” dos desses inocentes que seguem morrendo nossos dias, capazes de sacrificar nossos no lugar de Cristo. inocentes por motivos tão torpes quanto “Ouviu-se uma voz em Ramá, choro e os do rei dos tempos de Jesus. grande lamentação; é Raquel que chora O “Herodes” contemporâneo do culto por seus filhos e recusa ser consolada, ao corpo é capaz de abortar para não ficar porque já não existem” (Mt 2,18). com estrias. O “Herodes” da liberdade e dos direitos sem deveres é capaz de abanPe. Sedemir Melo donar um inocente, para não assumir as Vigário na Paróquia responsabilidades maternas ou paterDivino Espírito Santo - Camboriú

CONHECENDO AS CARTAS DE SÃO PAULO

Lectio (leitura): Mateus 1,18-24 4º domingo do Advento

O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados”. Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta: “A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus conosco’”. Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa. Meditatio (meditação) Detenhamo-nos sobre a postura de São José frente à ação de Deus. O pai putativo de Jesus, com silêncio e em profunda escuta, acolhe a mensagem do anjo, que revela o mistério da Encarnação. Oratio (oração) Senhor Jesus, acolhemos teu Natal entre nós. És Deus conosco, nosso Salvador. Como tua mãe, pomo-nos disponíveis a acolher a vontade de teu Pai também em nós. Como teu pai, José, obedeceremos a tua voz e procuraremos realizar teu plano em nossa vida. Vem, Senhor Jesus. Contemplatio (contemplação) Façamos da cena uma imagem para a contemplação: José e o anjo em diálogo. Contemplemos esta passagem bíblica com fé, meditando sua grandeza paradoxalmente simples.

Missio (missão) Acolhamos este Advento como tempo propício para preparar bem a celebração do Natal em nossas casas e em nossas comunidades. Nossa Senhora e São José são nossos intercessores neste caminho.

P OR PA DR E G I L S ON M E U R E R

Colossenses: Cristo, imagem do Deus invisível (parte 2) Após um olhar sobre o contexto histórico, nessa edição analisamos o conteúdo da carta aos Colossenses. Após saudar os “santos que estão em Colossas”, São Paulo rende graças a Deus pelo exemplo de fé, esperança e amor (1,4) que eles manifestam na força do Evangelho que receberam, e sobretudo, por terem sido “arrancados do poder das trevas e transportados para o Reino do Filho amado, no qual temos a redenção” (1,13). Com isso, o apóstolo faz a ponte para a parte dogmática da carta (1,15-3,4), dedicada justamente a enfatizar a função preeminente de Cristo na obra da redenção. Com efeito, alguns membros da comunidade exageravam no poder sobre a vida humana de práticas ascéticas, de cultos judaicos, de forças cósmicas, de astros, de anjos, como se essas coisas que governassem tudo (2,16-23). Paulo, porém, começando por um belo “hino cristológico” (1,15-20), afirma que Cristo é “imagem (gr. eikon = ícone) do Deus invisível”, ou seja, a manifestação visível

de Deus. Ele é o “primogênito de toda criatura” (1,15), isto é, tal como os filhos primogênitos na família israelita, ele tem a primazia da honra e toda a autoridade, pois “nele, por ele e para ele” tudo, criaturas materiais e espirituais, foi criado. “Ele é a cabeça da Igreja, que é o seu corpo” (1,18), fazendo da Igreja, pois, extensão de Cristo, e também ela um “ícone” seu. Com isso, São Paulo reafirma Cristo como a pedra angular da redenção, do qual todos os outros elementos recebem sustentação e graça. Não existe força no universo que possa redimir sem Jesus Cristo. Esse hino, de fato, é lido na solenidade de “Jesus Cristo, Rei do Universo”. É através da obra redentora de Cristo que somos salvos, e a Igreja e os apóstolos participam dessa obra. Afirma o apóstolo: “completo o que falta às tribulações de Cristo em minha carne pelo seu corpo, que é a Igreja” (1,24) (tradução da “Bíblia de Jerusalém”, 2002). Certamente não se deve pensar que as tribulações de Cristo

foram incompletas, mas que falta a Paulo completa-las em sua carne, por amor da Igreja. Ou seja, o sofrimento que o apóstolo passa em sua faina evangelizadora, ele retém como participação no sofrimento de Cristo. A outra parte da carta, mais exortativa (3,5-4,6), o autor admoesta para que vivamos, de fato, a vida nova com a qual Cristo nos revestiu, marcada por sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-nos e perdoando-nos mutuamente. Em casa, marido e mulher, pais e filhos, são chamados ao bem-querer e respeito mútuos (3,18-21). Os servos obedeçam aos seus senhores, e os senhores dêem aos servos o justo e o equitativo, sabendo que temos um Senhor nos céus (4,1). O autor nos convida a perseverar na oração, a vigiar em ação de graças, a usar de palavra sábia (4,2-6). Enfim, a epístola se encerra com notícias e saudações finais (4,7-18).


Paróquias

Jornal da Arquidiocese, DEZEMBRO DE 2019

9 Foto: Arquivo

A Paróquia São João Batista e Santa Luzia, em Capoeiras, em Florianópolis, foi criada em 1º de maio de 1967. A Paróquia conta com três comunidades além da Igreja Matriz: Nossa Senhora dos Navegantes (Itaguaçu), Senhor Bom Jesus de Iguape (Abraão) e São Luís Orione (Flamenguinho). Para mais informações sobre os horários das missas, ligue: (48) 3244-0238.

A Infância e Adolescência Missionária também participaram ativamente dos eventos do Mês Missionário Extraordinário. Na foto, crianças saem em missão pelas ruas do Ribeirão da Ilha, em Florianópolis.

A Paróquia Santa Catarina de Alexandria, de Brusque, celebrou 50 anos de sua fundação no mês de novembro. Para celebrar foi realizada uma missa em honra a padroeira, que foi presidida pelo arcebispo Dom Wilson.

Muitas paróquias da arquidiocese realizaram ações para celebrar o Dia Mundial dos Pobres. Na foto, a Paróquia São Cristóvão, de Itajaí. Confira mais fotos em nosso site: arquifln.org.br.

16 A 19 DE JANEIRO

A Paróquia Nossa Senhora do Desterro e Santa Catarina, no centro de Florianópolis, foi criada em 1712. A atual igreja (Catedral) foi dedicada em 1922, mas historiadores afirmam que já pode ter havido uma igreja no local em 1651. A paróquia conta com 14 comunidades e capelas. Para mais informações sobre os horários das missas, ligue: (48) 3224-3357/99114-9448 ou acesse www.catedralflorianopolis.org.br.

No dia 23 de novembro, Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, a Paróquia São Virgílio, de Nova Trento, leigos assumiram o Ministério Extraordinário da Comunhão e da Palavra. A ocasião também foram acolhidos novos coroinhas.


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Jornal da Arquidiocese, DEZEMBRO DE 2019

Evangelização

Fiéis participam da Festa de Santa Catarina de Alexandria Novena e celebração em honra a padroeira do estado, da ilha e da Arquidiocese na Catedral. Fotos: Alexandre Verdin

O mês de novembro é especial para os fiéis da Arquidiocese de Florianópolis, pois, dia 25 de novembro é comemorado o dia de sua padroeira, Santa Catarina de Alexandria. As homenagens foram marcadas por muita fé e devoção. Como preparação para a festa foi realizada a novena em Honra a Santa Catarina, na Catedral Metropolitana, entre os dias 18 e 23 de novembro. A cada dia os participantes eram levados a refletir sobre as virtudes da padroeira e como aplica-las no dia-a-dia. Em decorrência do dia 25 de novembro cair numa segunda-feira, as comemorações foram realizadas no domingo anterior. Uma multidão de devotos se reuniu em frente a Igreja São Francisco das Chagas, no centro de Florianópolis, para a Oração do Ofício Divino e em seguida saíram em procissão até o largo São João Paulo II. Para finalizar as homenagens foi celebrada uma missa em frente à Catedral, que foi presidida por Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, e concelebrada pelo pároco Pe. David Antônio Coelho e outros padres da Arquidiocese.

CARIDADE SOCIAL

Campanha 10 milhões de estrelas: um gesto concreto para a promoção da paz As estrelas sempre encantaram a humanidade e estão presentes na espiritualidade de todos os povos. Como a estrela de Belém que guiou os magos para encontrar Jesus Menino na estrebaria. Inspirada nesse encantamento pelos caminhos que esses astros luminosos nos indicam, a Cáritas Brasileira lançou em 2014 o projeto 10 Milhões de Estrelas, que tem por objetivo unir cristãos e a sociedade em geral para rezar pela paz na noite de Natal. Neste ano, o projeto conta com o apoio da CNBB e da Rede Marista, e tem como lema “Vamos juntos a Belém, seguindo a estrela da justiça e da paz”, que firma o compromisso permanente do promoção da paz. Muito mais que arrecadar recursos, a meta é mobilizar mi-

lhares de orações e de pensamentos por um mundo mais justo e igualitário. A aquisição das velas fortalecerá ainda mais esse importante projeto, ampliando as orações e ao mesmo tempo colaborando com a mobilização de recursos em prol dos projetos sociais desenvolvidos pela Igreja Católica em todo o país. Para fazer parte desta luminosa campanha basta entrar em contato com a sua paróquia, ou ligue para Ação Social Arquidiocesana (ASA) através do telefone (48) 3224-8776, e faça o pedido das velas. Cada unidade custa R$ 5,00 (cinco reais), e os pedidos devem ser realizados coletivamente. Parte do valor arrecado com a vendas das velas é destinado a projeto sociais e evangelizadores.

Foto: Arquivo


Evangelização

Jornal da Arquidiocese, DEZEMBRO DE 2019

Jovens de Governador Celso Ramos realizam evento “Na trilha” Fotos: Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes

O jovens da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, de Ganchos, promoveu o evento “Na trilha”, que tem como principal objetivo evangelizar e proporcionar através de uma atividade diferente um momento de interação entre os jovens levando-os a ter um encontro com Deus. Cerca de 100 jovens percorreram a trilha para a Praia dos ilhéus, na cidade Governador Celso Ramos. Ao final do percurso foi celebrada a missa, presidida pelo Pe. Wellington Cristiano da Silva, seguida da partilha de alimentos. “A ideia foi muito interessante, porque

Cronograma de dezembro de 2019 e janeiro de 2020 03/12 | Celebração dos 175 anos do Apostolado da Oração | Catedral 03/12 | Jubileu de Prata Sacerdotal do Pe. Isaltino Dias | Itajaí 03/12 | Jubileu de Prata Sacerdotal do Pe. Francisco Lawall, SCJ | Brusque 03/12 | Jubileu de Ouro Sacerdotal do Pe. Otmar Jacob Schwengber, SJ | Catedral 12/12 | Jubileu de Ouro Sacerdotal do Pe. Adilson José Colombi | Brusque 13/12 | Jubileu de Ouro Sacerdotal do Pe. Frei Conrado Lindmeier, OFM 14/12 | Jubileu de Ouro Sacerdotal do Pe. Frei Ghünter Max Walzer | Florianópolis 17/11 | Jubileu de Prata Sacerdotal do Pe. Élio Luís Grings | São João Batista 18/12 | Jubileu de Prata do Diác. Guilhermo Enrique Quezada | Itajaí 25/12 | Natal do Senhor Jesus 31/12 | Reveillon da Paz | Bom Abrigo - Florianópolis 16 a 19/01 | 11º Acamps | Biguaçu 27/01 | 28º Louvor de Verão | Itajaí

Forania de Santo Amaro realiza o 2º Acampamento FAC 2 além de ser algo que quebra a rotina, a trilha é um lugar em que os jovens se sentem mais à vontade. Na minha opinião, experiências assim ajudam os jovens afastados da Igreja a voltarem”, partilha Lucas Carminatti, integrante do Grupo de Jovens Ruah.

“Jesus no Continente” reúne jovens missionários da RCC A Renovação Carismática Católica (RCC) da Arquidiocese de Florianópolis promove, nos dias 14 e 15 de dezembro, a missão “Jesus no Continente”. A ação evangelizadora convoca a juventude carismática das 13 foranias a testemunhar seu caráter missionário. O evento será realizado no Santuário Nossa Senhora de Fátima, no bairro Estreito, em Florianópolis, e abre vagas para participação de 150 missionários.

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Nesta edição, o evento traz formação, partilha e um Grupo de Oração ao ar livre, no Santuário de Fátima. Os jovens missionários que desejam participar precisam atender alguns requisitos, por isso a inscrição deve ser realizada diretamente com os coordenadores do Ministério jovem da RCC nas foranias listados em: www.rccflorianopolis.com. br. Mais informações: rccfloripa.diocese@gmail.com ou (48) 99852-9891.

A Forania de Santo Amaro promoveu a segunda edição do acampamento FAC 2, entre os dias 15 e 17 de novembro, no Sítio São Padre Pio de Pieltrecina, na Comunidade Maracujá, em Anitápolis. Participaram cerca de 120 jovens entre 16 e 22 anos. O objetivo desta modalidade do acampamento é levar os jovens a ter um aprofundamento em sua espiritualidade e dar passos concretos rumo à santidade. O acampamento é um auxílio eficaz aos que desejam viver um encontro pessoal com Jesus Cristo. A experiência conduz a uma mudança na vida pessoal e comunitária, expressada na unidade e comunhão com cada comunidade

paroquial. Rafaela Kirchner, da Paróquia Santo Amaro, de Águas Mornas, participou do acampamento. “Deus me mostrou que precisamos tomar várias decisões, pois, não é fácil seguir firme; as provações são várias, mas a decisão é nossa; ele nos fez livres. ‘Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém’ (1Cor 6,12). Ele me mostrou que quer apenas tudo de mim. É decisão, não posso mais desistir. Foi uma experiência incrível”, detalha a jovem. A missa de encerramento do 2º Acampamento FAC 2 aconteceu no salão paroquial da Igreja Matriz São Sebastião, onde os campistas foram recepcionados por suas famílias e a comunidade. Foto: Divulgação


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Geral

Jornal da Arquidiocese, DEZEMBRO DE 2019

6ª edição Prêmio de Iniciativa Solidária Dom Afonso Niehues O Prêmio de Iniciativa Solidária Dom Afonso Niehues aconteceu no dia 22 de novembro, na Catedral de Florianópolis. O objetivo da premiação é homenagear pessoas e pastorias que atuam na promoção da cultura da solidariedade na Arquidiocese. Ao todo são três categorias prestigiadas: Entidade Social, Ação Social Paroquial e Pastoral Social ou Movimento Eclesial. Também foram homenageadas três pessoas que se destacaram no serviço aos que mais necessitam. Quem foi Dom Afonso Niehues? Foi Arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis de 14 de agosto de 1965 até 23 de janeiro de 1991. Como primeiro presidente da Ação Social Arquidiocesana, Dom Afonso Niehues incentivou as paróquias a formarem Ações Sociais Paroquiais para desenvolver atividades visando despertar a consciência para as questões sociais, intervir e transformar a realidade das comunidades mais empobrecidas.

Vencedores da edição junto com o arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck e convidados.

Além da entrega do prêmio, a Ação Social Arquidiocesana homenageou pessoas e instituições.

Confira as fotos dos premiados e homenageados:

Pastoral Social ou Movimento Eclesial: Pastoral do Povo de Rua

Categoria Clero: Pe. Alcione Berkenbrock

Ação Social Paroquial: Casa Madre Teresa de Calcutá

Categoria empresário: Angelino Rosa

Entidade Social: Associação Maria Mãe de Jesus de Itajaí

Categoria Voluntário: Melania Maria M. Kunrath

Hoje, o Filho de Deus nasceu: tudo muda. O Salvador do mundo vem para se tornar participante da nossa natureza humana: já não estamos sós nem abandonados. (Papa Francisco)


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