Domingos Pereira: uma vida missionária “por eles e por todos nós”
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Florianópolis, Julho de 2014 - Nº 202 - Ano XVIII
Igrejas históricas são restauradas Após longo período fechadas para restauração, as igrejas de São José e Nossa Senhora da Lapa foram reabertas para as comunidades Dom Wilson presidiu as Celebrações Eucarísticas, com a dedicação dos altares, das igrejas de São José, na cidade de São José, e N.Sra. da Lapa, em Florianópolis. As celebrações foram realizadas no dia 30 de maio. As duas igrejas estiveram fechadas para os fiéis durante o período de restauração. As obras foram realizadas pela empresa
Concrejato, a mesma que restaurou a Catedral, e os recursos (R$ 14 milhões) foram repassados pelo Governo do Estado. Agora os trabalhos se concentram na restauração da igreja São Francisco, no Centro de Florianópolis, que está na segunda fase das obras e se pretende concluir até o final de 2015. PÁGINA 09
Tema do Mês
Dom Afonso Niehues Pastor da Vinha do Senhor
Após seis anos fechada por problemas estruturais, a igreja N.Sra. da Lapa foi restaurada e entregue à comunidade
IVG apresenta relatório social 2013 PÁGINA 03
Participe do Jornal da Arquidiocese
Pastoral Carcerária inaugura Espaço Multiuso PÁGINA 05
Pastoral da Juventude realiza missão em Caçador PÁGINA 07
A Igreja diocesana de Florianópolis celebra o centenário de nascimento de Dom Afonso Niehues, bispo que deixou marcas na infraestrutura material e na ação pastoral da arquidiocese. Impossível entender a caminhada de nossa Igreja Particular sem referência a ele. Dom preparado por Deus na forja da educação familiar e seminarística. Dom que Deus nos fez num momento histórico da Igreja Universal, o tempo da recepção e da
RCC celebra o Cenáculo de Pentecostes PÁGINA 08
aplicação das diretrizes do Concílio Vaticano II (1962-1965). Dom de Deus a ser lembrado e agradecido por muito tempo em nossos corações. Após os 53 longos anos do governo de Dom Joaquim, de 1914 a 1967, é escolhido para sucedê-lo o seu discípulo Dom Afonso Niehues, que vai garantir continuidade, mas no rastro da transformação necessária para a inserção da Igreja no mundo novo que surgia. PÁGINA 04
Apostolado realiza Concentração Interdiocesana PÁGINA 12
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Opinião
Julho 2014
Palavra do Bispo
Dom Wilson TTadeu adeu Jönck
Jornal da Arquidiocese
Arcebispo de Florianópolis
Assembleia de Pastoral No próximo dia 31 de julho de 2014, a arquidiocese de Florianópolis estará realizando a Assembleia de Pastoral. É um momento fundamental de avaliação e de prospecção da caminhada pastoral da Igreja diocesana. O que foi projetado e consta do Plano de Pastoral será avaliado. O número 393 do Plano de Pastoral diz: “A avaliação é um aspecto constitutivo da ação pastoral. Avaliar é olhar a caminhada feita, procurando não perder a história construída e, acima de tudo, é olhar as perspectivas de futuro. É refletir sobre o processo em andamento e ver em que precisamos crescer”. O principal da Assembleia acontecerá em três blocos de estudo. O
primeiro é sobre a Pastoral Familiar. A família foi o tema escomiliar lhido como eixo transversal da caminhada pastoral. Será apresentado o projeto de implantação das Comissões de Vida e Família nas paróquias da arquidiocese. O segundo bloco de estudo será sobre as urgências da ação evangelizadora evangelizadora. A caminhada da Arquidiocese se apoia em grande parte sobre as cinco urgências apresentadas pelo documento de Aparecida. Delas depende o dinamismo da caminhada pastoral. Apontam o caminho para a conversão pastoral. Podem ser vistas nesta sequência: a) Igreja, casa da iniciação à vida cristã.
Palavra do Papa
Francisco
São Pedro e São Paulo Desde os tempos antigos, a Igreja de Roma celebra os apóstolos Pedro e Paulo em uma única festa, no mesmo dia. A fé em Jesus Cristo tornou-os irmãos, e o martírio os fez tornarem-se uma só coisa. São Pedro e São Paulo foram escolhidos pessoalmente pelo Senhor Jesus. Em ambos, a graça realizou grandes coisas, transformou-os. E como os transformou! Simão havia renegado Jesus no momento dramático da paixão; Saulo havia perseguido duramente os cristãos. Mas ambos acolheram o amor de Deus e se deixaram transformar pela sua misericórdia. Por isso, eles continuam a falar à Igreja, e ainda hoje nos indicam o caminho da salvação. Se também nós, hoje, por acaso caíssemos nos pecados mais graves e na noite mais escura, Deus é sempre capaz de transformar o nosso coração e perdoar tudo, transformando assim a nossa escuridão do pecado em uma aurora de luz. Deus é assim: transforma-nos, perdoanos sempre. O livro dos Atos dos Apóstolos mostra muitos traços de seus testemunhos. Pedro, por exemplo, ensina-nos a olhar para os pobres
com olhar de fé e a doar-lhes o que temos de mais precioso: o poder do nome de Jesus. Fez isto com aquele paralítico: deu-lhe tudo o que tinha, isto é, Jesus (cfr At 3, 4-6). De Paulo conta-se por três vezes o episódio do chamado no caminho de Damasco, que marca a reviravolta de sua vida, marcando nitidamente um antes e um depois. Antes, Paulo era um férreo inimigo da Igreja. Depois, coloca toda a sua existência a serviço do Evangelho. O encontro com a Palavra de Cristo é capaz de transformar completamente a nossa vida. Não é possível ouvila e continuar parado no mesmo lugar, ficar bloqueado nos próprios hábitos. Queridos irmãos e irmãs, esta festa nos coloca diante da obra da misericórdia de Deus no coração desses dois homens, que eram grandes pecadores. E também a nós Deus quer encher com essa mesma graça. A Virgem Maria nos ajude a acolhê-la como eles, com coração aberto, a não recebê-la em vão!
Adotar esta urgência pede uma remodelação metodológica de todo o sistema de catequese. O que se vislumbra é uma caminhada de cunho catecumenal. b) Igreja, lugar da animação bíblica da vida e da pastoral. É na Palavra de Deus que se buscará a inspiração para a vida cristã pessoal e da comunidade. c) Igreja, comunidade de comunidades. A busca da Palavra de Deus faz surgir a comunidade. A principal estrutura comunitária é a paróquia. Esta é formada por uma rede de pequenas comunidades. d) Igreja em estado permanente de missão. Esta urgência faz ver que a caminhada pastoral não se ocupa só com os que frequentam a Igreja.
Deve ir também aos que estão fora. e) Igreja a serviço da vida plena para todos. Trata da preocupação constante com os marginalizados, com os que precisam de ajuda.
“
O terceiro bloco tratará das estruturas pastorais e administrativas nistrativas. Aqui se pretende rever a divisão da diocese em comarcas. Será proposta a ampliação do número de comarcas, bem como a possibilidade de criar dois vicariatos pastorais. Convido a todos para acompanhar a preparação da Assembleia com orações. Que o Espírito Santo, que á a alma da Igreja, dirija os caminhos da nossa Igreja arquidiocesana.
Avaliar é olhar a caminhada feita, procurando não perder a história construída e, acima de tudo, é olhar as perspectivas de futuro”.
Opinião
Para você, qual a importância da Assembleia na vida pastoral da Arquidiocese? A Assembleia é, para mim, o grande DIÁLOGO do Pastor, que a ela preside, com as forças vivas que na realidade do cotidiano fazem acontecer a vida - o reino de Deus - na Igreja diocesana. O bispo se preparou - em comunhão mais próxima com seus auxiliares diretos; a comunidade eclesial da diocese se preparou – em muitas reuniões e encontros. Agora, o DIÁLOGO: ouvir e falar – com os olhos no amanhã. A Assembleia de Pastoral é importante porque têm a missão de avaliar a caminhada a luz do Pla-
Solenidade de São Pedro e Paulo, 29 de junho São Paulo
no de Pastoral aprovado e em vigência. Acolher a Igreja Arquidiocesana para juntos refletir sobre o andamento da vida pastoral. É muito importante a realização da assembleia para dar continuidade ao processo pastoral dentro daquilo que foi amplamente avaliado e aprovado para que o documento não fique no papel mas se torne vida e motor que impulsiona a vida pastoral evangelizadora.
Juliane Caroline de Souza, Souza Comunidade Divino Oleiro, Florianópolis
Olga Oliveira Pastoral da Comunicação
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Irmã Clea Fuck Pastoral dos Coroinhas
A assembleia é sempre uma oportunidade de rever, avaliar e vislumbrar a vida ativa da Igreja local. É sempre uma oportunidade de ponderar o quanto se alcançou e o quanto ainda pode-se alcançar. A vida pastoral de uma Arquidiocese é cheia de desafios que com certeza podem ser superados com esforço e principalmente unidade. Os agentes ativos presentes na vida pastoral de uma arquidiocese com uma assembleia têm a feliz oportunidade de somarem forças e assim se lançarem à missão.
Dire orial: Dom Wilson Tadeu Jönck, Pe. Leandro Rech, Dirett or: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Edit Editorial: Pe. Revelino Seidler, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva Luz, Carlos Martendal, João Augusto de Farias Jornalista R esponsáv el: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 - Coor Responsáv esponsável: Coor.. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Irmã Clea Fuck - Editoração e Fotos: Zulmar Faustino Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense
Jornal da Arquidiocese
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IVG apresenta relatório social 2013 No último ano, mais de 4.200 pessoas foram atendidas pelas entidades que compõem o Instituto Foto JA
O Instituto Vilson Groh (IVG) realizou na noite de 18 de junho o lançamento do Relatório Social 2013, com o resultado dos trabalhos sociais realizados pelas entidades que compõem a instituição. Durante o ano passado foram 4.227 crianças, adolescentes, jovens e adultos beneficiados pelos trabalhos das sete entidades que compõem a rede IVG. Realizado na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina - FIESC, a apresentação do Relatório Social reuniu parceiros, apoiadores e convidados do IVG. Durante a solenidade, que teve início às 20h, Walter Silva Koerich, diretor administrativo do Instituto, falou da importância do trabalho realizado para as comunidades. “Vemos uma grande transformação acontecer nas comunidades atingidas pelos projetos”, disse. Nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck também esteve presente ao evento e falou da alegria que sente no resultado dos trabalhos do Pe. Vilson Groh. “É exatamente esse tipo de iniciativa que a Igreja prega e que o Papa Francisco estimula a todo tempo”, acrescentou. Para o Pe. Vilson Groh, o que impulsiona o trabalho é a força da amorosidade. “Sem a amorosidade não é possível dedicar o nosso tempo, a nossa vida, nosso trabalho, investimento a esta causa”. Ele lembrou dos muitos jovens que passaram pelos projetos e, com isso, tiveram a oportunidade de uma vida melhor. “No instituto o que mais temos é alma, que é essa força motivadora que faz com que trabalhemos suadamente, e que está permeado de dois elementos: fadiga e prazer. O prazer de poder dar o seu trabalho com a fadiga do corpo, mas a beleza de ver o
Arquidiocese de Florianópolis
CONVOCAÇÃO
Durante apresentação, que contou com a presença de parceiros, apoiadores e convidados, Pe.Vilson Groh falou da importância do trabalho produto do processo. Nessa noite apresentamos a síntese desse processo”, acrescentou.
Homenagens Pe. Vilson ainda homenageou pessoas que de alguma maneira contribuem para o desenvolvimento da Rede IVG, seja por meio de voluntariado, doação ou tempo e dedicação, são instrumentos essenciais para tornar esse momento realidade. Irmã Teresinha recebeu a comenda em nome de Irmã Neves, falecida em novembro de 2013. Também o casal Ester e José Ferreira Macedo foram agraciados. Durante o evento, foi apresentado um vídeo institucional com os principais dados do Relatório Social. Também 25 crianças e adolescentes do CEDEP realizaram uma apresentação de dança. A diretoria e os colaboradores da Rede foram apresentados. Os participantes também receberam uma revista com os dados do Relatório e, ao final, participaram de um coquetel.
O IVG é formado por sete instituições da Grande-Florianópolis: Associação João Paulo II; Centro Cultural Escrava Anastácia (CCEA); Casa da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó (ACAM); Centro de Evangelização e Educação Popular (CEDEP); Centro Educacional Marista Lúcia Mayvorme; Centro Educacional Marista São José; e Centro Social Elisabeth Sarkamp.
Alongando os braços As entidades que compõem a Rede IVG realizam seus trabalhos nos municípios da Grande-Florianópolis. Mas os braços da Rede se alongam para além dessas fronteiras. Desde 2013, o Instituto custeia o estudo de 200 crianças e adolescentes em Guiné-Bissau, na África, além de comprar os materiais escolares para outros 600 estudantes do país. Pe. Vilson já visitou o país por três vezes. Lá estão o Pe. Lúcio Espíndola e três consagrados da Comunidade Divino Oleiro, da Arquidiocese.
Saudando-o com alegria, tenho a satisfação de convocá-lo para participar da 28ª Assembleia de Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis. Data: 31 de julho de 2014, quinta feira. Horários: início às 08h e término às 19h. Local: Centro de Evangelização Angelino Rosa – CEAR. Av. Papemborg, s/n, Areias de Baixo – Governador Celso Ramos. Taxa de alimentação: R$ 30,00 por pessoa (café da manhã, almoço e dois coffee break). Confirmação: todos deverão confirmar sua participação, enviando o nome completo para a Coordenação de Pastoral até o dia 21 de julho. Faz-se necessário para a preparação de material e alimentação. Objetivos: 1) Fortalecer a unidade eclesial à luz do 13º Plano de Pastoral. 2) Apresentar e encaminhar projetos pastorais a partir do eixo transversal e das urgências da ação evangelizadora. 3) Encaminhar o processo de implantação de novas estruturas pastorais. Participantes: Arcebispo e Bispo Auxiliar Emérito; Padres e Diáconos; dois leigos(as) por paróquia; os membros do Conselho Arquidiocesano de Pastoral; o coordenador(a) arquidiocesano de cada pastoral, movimento, serviço e organismo; um representante de cada “Nova Comunidade”; um(a) Religioso(a) por Congregação presente na Arquidiocese; seis seminaristas de Teologia e três da Filosofia da Arquidiocese. (É importante que os participantes tenham acompanhado o processo do planejamento e a execução do Plano Arquidiocesano de Pastoral). Preparação: todas as comunidades e paróquias da Arquidiocese são convidadas a rezar pelo bom êxito da Assembleia. Programação: 07h – Chegada, recepção, credenciamento e café 08h – Apresentações 08h10 - Oração: Laudes Sessão: abertura (memória da última Assembleia, 08h30 – Primeira Sessão regimento, pauta e metodologia de trabalho) 09h – Segunda Sessão Sessão: Eixo Transversal do Plano de Pastoral: Família 10h – Pausa para lanche ceira Sessão erceira Sessão: as urgências da ação evangelizadora 10h30m – Ter 12h30m – Pausa para almoço 13h30m – Continuidade da Terceira Sessão Sessão: estruturas pastorais e administrativas 15h15m – Quarta Sessão 16h30m – Pausa para lanche 17h – Continuidade da Quarta Sessão 18h – Encaminhamentos Finais 18h30m – Celebração de envio (referência ao centenário de Dom Afonso e Dom Joaquim) 19h - Encerramento Conto com sua presença e orações. Em Cristo Jesus Florianópolis, 25 de junho de 2014.
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Tema do Mês
A Igreja diocesana de Florianópolis celebra o centenário de nascimento de Dom Afonso Niehues, bispo que deixou marcas na infraestrutura material e na ação pastoral da arquidiocese. Impossível entender a caminhada de nossa Igreja Particular sem referência a ele. Dom preparado por Deus na forja da educação familiar e seminarística. Dom que Deus nos fez num momento histórico da Igreja Universal, o tempo da recepção e da aplicação das diretrizes do Concílio Vaticano II (1962-1965). Dom de Deus a ser lembrado e agradecido por muito tempo em nossos corações. Nasceu a 23 de agosto de 1914, dias antes da posse de seu antecessor, Dom Joaquim Domingues de Oliveira. No dia 7 de setembro de 1914, Dom Joaquim, vindo de São Paulo, é recebido como bispo de Florianópolis. Após os 53 longos anos do governo de Dom Joaquim, de 1914 a 1967, é escolhido para sucedê-lo o seu discípulo Dom Afonso Niehues, que vai garantir continuidade, mas no rastro da transformação necessária para a inserção da Igreja no mundo novo que surgia.
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DOM AFONSO NIEHUES Pastor da vinha do Senhor Dom Afonso, dom de Deus a ser lembrado e agradecido por muito tempo em nossos corações.
Tempo de Preparação
Grandes homens não surgem do acaso. Seu caráter é formatado na história da família e do povo, no cadinho da disciplina e da ascese. Assim é que Dom Afonso deixou-se guiar pelo Espírito Santo para ser o grande dom de Deus à Igreja de Florianópolis na conturbada época do final do século XX. Nascido em São Ludgero, frequentou a escola paroquial, espelhando-se no exemplo sacerdotal do pároco. Surgiu aí sua vocação ao sacerdócio. Pertenceu à turma pioneira que criou o Seminário de Azambuja, sofrendo as agruras dos tempos de carestia e alegrando-se com as grandes conquistas de quem abre caminhos. Deixou-se forjar na disciplina rígida, nos trabalhos, nos estudos, na camaradagem e na docilidade discipular. Diante de si tinha sempre as figuras do pároco da infância, Pe. Frederico Tombrock, do reitor do seminário, Pe. Jaime de Barros Câmara, e do arcebispo, Dom Joaquim. Seus estudos em Roma, na área da teologia e do direito canônico, ampliaram-lhe o olhar e o coração para os desafios da Igreja Universal. Ordenado diácono e padre em Roma, na nobre simplicidade de liturgias desprovidas de espetáculos e grandiosidades, foi orientado a dedicar todo o seu ministério presbiteral à formação de futuros presbíteros. Foi reitor do Seminário de São Ludgero e, depois, do Seminário de Azambuja.
Tempo em que aprendeu a conviver com conflitos, superando-os, porém, no discernimento do Espírito Santo e na fidelidade à Igreja, atento aos grandes valores da Tradição, mas aberto às urgências dos novos tempos.
Tempo de Renovação
Em 1959, no ano em que completaria 45 anos, foi nomeado bispo auxiliar de Lages. Aí trabalhou seriamente na pastoral vocacional, no cuidado com a espiritualidade, a disciplina e a formação do seminário diocesano, nas visitas pastorais às paróquias, e na organização da estrutura administrativa da diocese. Foi nesse tempo que ele participou das três primeiras sessões do Concílio Vaticano II. Com os bispos do mundo inteiro, refez toda a sua teologia adaptando-a à nova configuração que o Concílio propunha à Igreja: mistério divino en-
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Grandes homens não surgem do acaso. Seu caráter é formatado na história da família e do povo, no cadinho da disciplina e da ascese.”.
carnado na história, ícone terreno da comunhão trinitária, povo santo de Deus inserido na caminhada da história humana, na igualdade fundamental de todos os batizados e na diversidade de funções e ministérios. Costumava dizer que as intervenções e os debates na sala conciliar e, principal-
mente, as conferências de famosos teólogos, promovidas pelo episcopado brasileiro em Roma, foram para ele e seus irmãos no episcopado, um verdadeiro curso de atualização teológica e pastoral. Pe. José Artulino Besen, historiador da Igreja, escreve que “Dom Afonso chegou em Roma como um zeloso bispo de cristandade e de lá retornou um Dom Afonso pastor do povo de Deus”. A autoridade tornava-se serviço, e os padres e leigos eram convocados a participar ativamente das discussões e decisões pastorais. Dom Afonso assimilou na mente e no coração a grande novidade do Concílio: a renovação na grande Tradição da Igreja.
Jornal da Arquidiocese
posse, participou ainda da quarta e última sessão do Concílio, em Roma. Como arcebispo coadjutor, cabia-lhe com todos os direitos o governo da arquidiocese. Foi aí que ele começou a realizar sua grande obra. Com espírito de humildade e respeito diante do velho arcebispo Dom Joaquim, mas também com disposição para a aplicação imediata e séria das decisões conciliares, Dom Afonso foi o grande estimulador da renovação conciliar em nossa arquidiocese. Com a morte de Dom Joaquim em 1967, Dom Afonso torna-se arcebispo metropolitano. Inspirado no conceito conciliar de Igreja povo de Deus, colocou marcos que ainda hoje delimitam a vida de nossa arquidiocese: criou o Secretariado Arquidiocesano de Pastoral; nomeou um coordenador arquidiocesano de pastoral; constituiu as comissões de liturgia e de catequese; reorganizou em moldes jurídicos e pastorais a Ação Social Arquidiocesana; fundou uma livraria para venda de subsídios de renovação pastoral; iniciou a publicação da “Revista de Pastoral de Conjunto”, substituída em 1993 pelo Jornal da Arquidiocese; constituiu as instâncias colegiadas sugeridas pelo Concílio: o Colégio de Consultores, o Conselho Presbiteral e o Conselho Arquidiocesano de Pastoral; reformou e ampliou a residência episcopal; instituiu o Arquivo Histórico e Eclesiástico de Santa Catarina; criou a Escola Diaconal São Francisco de Assis e ordenou o primeiro diácono permanente do Brasil; estimulou a vinda de inúmeros movimentos de leigos para a arquidiocese; erigiu três santuários marianos e 24 paróquias; realizou a visita pastoral, em pelo menos três vezes, a todas as paróquias; reformulou o regime disciplinar e educacional do Seminário de Azambuja; empenhou-se pela unidade de seu clero; ordenou dezenas de padres e diáconos permanentes; incrementou a pastoral social; visitava anualmente a Penitenciária e a Cadeia Pública de Florianópolis. À frente do episcopado catarinense, incentivou a criação do Regional Sul IV da CNBB, da Fundação Dom Jaime de Carros Câmara, do ITESC e do SEFISC, do Projeto Igrejas-irmãs com as dioceses da Bahia. Que neste centenário de seu nascimento e da posse de seu antecessor, nossa Igreja diocesana se volte para essas duas grandes personalidades de nossa história para conhecer seu legado espiritual e pastoral e relançá-lo para as novas gerações.
Tempo de Ação
No segundo semestre de 1965, foi nomeado arcebispo coadjutor com direito à sucessão em Florianópolis. Antes de tomar
Pe. Vitor Galdino Feller Vigário Geral da Arq., Prof. de Teologia e Diretor da FACASC/ITESC Email: vigariogeral@arquifln.org.br
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Pastoral Carcerária inaugura Espaço Multiuso Local será destinado a atividades recreativas e educacionais de 60 detentos do presídio de Florianópolis Divulgação/JA
A Pastoral Carcerária da Arquidiocese realizou, no dia 24 de junho, às 15h, a inauguração do Espaço Multiuso destinado aos detentos da Galeria E do Presídio Masculino de Florianópolis. O evento contou com a presença do nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, da direção do Presídio e Penitenciária, representantes do Ministério Público Federal e Estadual, representantes do CEJA e voluntários. Com 45 m2, o Espaço Multiuso será destinado à realização de atividades educacionais e laborais, como forma de transformação na vida intra e extramuros dos 60 detentos que serão beneficiados pela obra. A obra foi realizada com recursos de projeto social aprovado pela 7ª Vara Criminal Federal, e recursos próprios da Pastoral, que realiza bazares com materiais doados pela Fundação Nova Vida. “Nosso interesse é fomentar a inclusão social desse público, tendo em vista a necessidade de profissionalização e o acesso à edu-
Vai acontecer...
Infância Missionária
Inauguração do espaço reuniu o nosso arcebispo, direção do presídio, representantes do Ministério Público Federal e Estadual e voluntários cação, que se apresentam como ação social de extrema relevância para a prevenção à reincidência criminal, bem como atender aos preceitos dos Direitos Humanos”, disse Taíse Zanotto, assistente social da Pastoral Carcerária. Segundo Leila Pivatto, presidente da Associação Beneficente São Dimas, mantenedora das obras sociais da Pastoral, a obra
possibilitará o protagonismo social dos presos por meio do desenvolvimento de habilidades, da geração de renda e da inclusão no mercado formal de trabalho. “Deste modo, o projeto tem a pretensão de tornar acessível a profissionalização e a capacitação dos privados de liberdade, bem como seu acesso a informações e o resgate da cidadania”, acrescentou.
Emaús realiza retiro para novos membros Divulgação/JA
Nos dias 05 a 08 de junho o Movimento de Emaús promoveu o 84º Emaús Masculino. Realizado na Casa de Encontros Vila Fátima, no Morro das Pedras, em Florianópolis, o evento reuniu 25 rapazes a partir dos 18 anos de idade. Durante os quatro dias, eles receberam formação sobre os valores humanos e cristãos, e fizeram uma experiência de fé e de vida, estimulados a se tornarem mais participativos na sua comunidade, trabalho, faculdade e, especialmente, na sua própria família.
A Infância e Adolescência Missionária realizará, nos meses de julho, agosto e setembro, formação para as lideranças que já trabalham ou que queiram atuar na Pastoral em sua comunidade. O evento será realizado em três etapas: A primeira, no dia 27 de julho, na igreja São Francisco de Assis, no Kobrasol, em São José. A segunda etapa será no dia 17 de agosto, na igreja Bom Jesus, da Paróquia São Francisco de Assis, em Aririú, Palhoça. E a terceira etapa será no dia 21 de setembro deste ano, na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, na Prainha, em Florianópolis. Todas elas serão realizadas das 8h às 17h, e terão a assessoria de Zenaide Busarelo, coordenadora do Regional Sul IV da Infância
e Adolescência Missionária. A formação tem por finalidade despertar o ardor missionário por meio do conhecimento e aprofundamento da Obra Pontifícia, adquirindo uma visão clara do carisma, história, metodologia e espiritualidade desta obra em favor das crianças e adolescentes de nossas paróquias. A formação é voltada às comarcas do sul da Arquidiocese (Ilha, Estreito, São José, Biguaçu e Santo Amaro), já que as do norte receberam a formação em março, mas todos podem participar. O custo é de R$ 10,00 por etapa. As inscrições devem ser feitas até o dia 12 de julho, pelos fones (48) 32380316 ou 9621-3770 (TIM), ou ainda pelo e-mail tia_matilde@ hotmail.com hotmail.com.
Curso de Iconografia Nos dias 10 a 16 de julho será realizado em Florianópolis o Curso de Iconografia - Técnica Russo-Bizantina. Realizado no Convívio Emaús, das 8h às 12h, e das 14h às 18h, somando 56
horas/aula. A formação terá a orientação da iconógrafa Rosalva Rigo. O custo é de R$ 1.500,00, que já inclui todo o material usado para o ícone. Informações pelo fone (48) 9164-2443.
FALSO PADRE Fazemos saber que Pe. Wagner Neto e Diácono Glauco Melegari Melegari, da Comunidade Missionária Santo Expedito, que se apresentam para fazer casamentos e outros ritos religiosos, não são padres da Igreja Católica Apostólica Romana. Oferecem serviços de casamento re-
ligioso, com efeito civil, a ser realizado em qualquer lugar ou ambiente, tanto para solteiros como para divorciados. Advertimos, ainda, que os casamentos e outros sacramentos oficiados por eles não são reconhecidos pela Igreja Católica. Esses sacramentos não são válidos.
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Bíblia
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Jornal da Arquidiocese
Conhecendo o livro dos Salmos (72)
Salmos 99 e 100 (98 e 99) Divulgação/JA
SALMO 99 (98): SANTO, SANTO, SANTO! Foi esse o clamor impressionante dos serafins, ouvido pelo profeta Isaías, no templo de Jerusalém (Is 6,3). Clamor de força tal que “as portas do Templo começaram a tremer em seus gonzos” e o próprio Templo “encheu-se de fumaça”. Quanto a Isaías, ante essa proclamação da santidade de Deus, isto é, da Sua transcendência, ele teve uma viva experiência da sua própria pequenez e do seu pecado (Is 6,5). E percebeu também que essa santidade atingia, devia atingir, todo o povo de Deus, chamado a ser “santo” como Ele, Deus, é “santo” (cf Lv 19,2). Santo, transcendente, puro, mas ao mesmo tempo ligado, por uma aliança indelével, a esse povo, o seu povo: por isso cabialhe em verdade, como Isaías o reafirma mais de trinta vezes no seu livro, o título de “Santo de Israel”. Pois bem, este salmo caracterizase exatamente pela tríplice afirmação da santidade de Deus: no v. 3, no v. 5, e no v. 8. Além disso, é o último dos salmos da “realeza” divina, culminando a sequência iniciada com o salmo 93.
O Senhor é Rei 1. O Senhor é Rei, os povos tremem, / sobre os querubins está sentado, / a terra estremece. 2. Grande é o Senhor em Sião, / excelso sobre todos os povos. 3. Louvem o seu nome, grande e terrível: / Ele é santo santo. O salmo começa com a pro-
SALMO 100 (99): ACLAMAI AO SENHOR Este salmo, tão breve, mas transbordante de entusiasmo e querendo abarcar a “terra inteira”, impressiona pela insistência com que convida seus ouvintes a “aclamar” o Senhor, a “servi-lo”, a “ir até Ele”, a “ficar sabendo”, isto é, tomar consciência, de quem Ele é, a “entrar por suas portas, a “louvá-lo” e “bendizer o seu nome”... porque – e aí vem a motivação conclusiva – porque “Ele é bom” e “sua misericórdia e sua fidelidade” perduram para sempre.
Aclamai, terra inteira! 1. Aclamai ao Senhor, terra inteira,
clamação do reinado efetivo, já instaurado, do Senhor. Ele exerce a realeza, “é Rei”, governando, “sentado sobre querubins”. Diferentemente de Isaías, que fala em “serafins”, personagens angélicos “ardentes”, de fogo, o salmista menciona aqui os querubins, que aparecem muitas vezes na Bíblia: desde os querubins do paraíso (Gn 3,24) e os da arca da aliança (Ex 25,18), até os querubins de Ezequiel (cf Ez 10). São também personagens angélicos, mas, em Ezequiel e, depois, no Apocalipse (Ap 4,7), têm a aparência de animais fantásticos alados. Eles suportam o trono da divindade. A “teofania”, ou seja, a manifestação de Deus, produz os efeitos costumeiros do “tremor”, nos povos, e do “estremecimento”, da terra. Ela acontece em Sião, Jerusalém, que no Sl 48,3 é chamada a “capital do grande Rei”. O v. 3 passa da pessoa para o “nome”, “grande e terrível”, de Deus, nome também santo, que, como insiste Ezequiel, não pode ser profanado (cf Ez 36,22-23).
“Aclamai”, literalmente, prorrompei em aclamações expansivas de júbilo, ó “terra inteira”: não só Israel, mas todos os outros povos e nações.
Servi ao Senhor 2. servi ao Senhor com alegria,/ ide a Ele gritando de júbilo. “Servir”, com dois sentidos: o “serviço” cultual, da liturgia, e o “serviço” da obediência, aos mandamentos. “Serviço”, porém, não de escravos, como eram os hebreus no Egito, mas de pessoas livres, que se põem a serviço “gritando de júbilo”. “Livres para servir”, como nos dirá São Paulo, na carta aos gálatas: “chamados à liberdade, fazei-vos servos uns dos outros, pelo amor” (Gl 5,13).
Rei de justiça 4. Rei poderoso, tu amas a justiça, / estabeleces o que é reto, / direito e justiça exerces em Jacó. 5. Exaltai o Senhor, nosso Deus, / prostrai-vos ante o estrado de seus pés; / ele é santo santo. O salmista em pessoa voltase agora para Deus, reconhecendo-o como rei e, como tal, proclamando que ele “ama a justiça” e “estabelece o que é reto”, qualidades essenciais num rei. Mais ainda, ele “exerce o direito e a justiça” no meio do seu povo, chamado agora “Jacó”, equivalente de “Israel” como povo escolhido ideal, sem divisão de reinos. A seguir, a interpelação ao próprio povo, talvez reunido numa celebração no Templo, convidando-o a “exaltar” o Senhor, e a “prostrar-se ante o estrado de seus pés”: neste caso, um “estrado” celeste, sustentado pelos querubins, ou o “estrado” terrestre, situado no próprio Templo. No fim do versículo, a segunda afirmação, neste salmo, da
Sabei quem Ele é 3.Sabei que o Senhor é Deus; / Ele nos fez e somos seus, / seu povo e rebanho da sua pastagem. “Sabei”, ou “ficai sabendo”: é um imperativo raro. No saltério, encontramo-lo só mais duas vezes: no Sl 4,4 e no Sl 46,11, chamando a atenção para conteúdos centrais da fé. Aqui, além da unicidade de Deus, o reconhecimento de que Ele é o Criador, de cada um e do seu povo – “Ele nos fez” – e é o Pastor desse mesmo povo, que é o seu “rebanho”.
Ele é bom, misericordioso, fiel 4.Entrai por suas portas, dando graças; / pelos seus átrios, com cantos de louvor; /
“santidade” de Deus.
Moisés e Aarão, e Samuel 6.Moisés e Aarão estavam entre seus sacerdotes; / Samuel, entre os que invocavam seu nome; / invocavam o Senhor e Ele respondia. 7. Falava com eles numa coluna de nuvens; / obedeciam a seus preceitos / e à Lei que lhes tinha dado. 8.Senhor, nosso Deus, tu os escutavas, / eras para eles um Deus clemente, / mesmo castigando seus pecados. Estes três versículos, fazendo referência à história do povo, de certo modo interrompem o pensamento dominante do salmo, que é a exaltação da santidade divina. Os três personagens são deveras significativos: Moisés, o mediador da Lei; Aarão, o representante do sacerdócio; e Samuel, o juiz e profeta. Se quisermos uni-los na intercessão, citemos Nm 14,5: “Moisés e Aarão lançaram-se com o rosto por terra diante de toda a comunidade de Israel”; e 1Sm 7,9: “... e Samuel clamava ao Senhor por Israel e o Senhor o atendeu”. Quanto à promulgação da Lei por intermédio de Moisés, veja-se Ex 19,7-9. Deus, portanto, mesmo sendo “santo”, e mantendo a distância e o mistério na “coluna de nuvens”, não é inacessível aos que o invocam: “invocavam o Senhor e ele respondia”. Pelo contrário, Ele “escuta e perdoa”, “mesmo castigando seus pecados”. Pois Ele, mesmo sendo justo, é “um Deus clemente” (v.8).
louvai-o, bendizei o seu nome! 5.Pois o Senhor é bom, eterna é a sua misericórdia / e sua fidelidade se estende a todas as gerações. O salmo termina insistindo, em imperativos, a entrar no Templo “pelas portas”, “pelos átrios”, dando graças e louvando. A motivação vem no último versículo, começando com a bondade de Deus, tantas vezes afirmada no saltério: cf Sl 106,1; 107,1; 118,1; 136,1. Além da bondade, o salmista lembra a “misericórdia” e a “fidelidade”, que resumem a própria essência de Deus, segundo Ex 34,6. No prólogo de João, esse binômio é traduzido como “graça” e “verdade”, trazidos a nós por Jesus Cristo, a Palavra eterna do Pai (Jo 1,14.17).
Santo é o Senhor 9. Exaltai o Senhor, nosso Deus, / prostrai-vos ante seu santo monte, / porque santo é o Senhor, nosso Deus. A conclusão do salmo retoma o convite já feito no v. 5, o convite a “exaltar” o Senhor e a “prostrarse” diante dele: agora, “ante seu santo monte”, o monte Sião, que de certo modo participa da santidade de Quem nele habita, no seu Templo. A motivação, pela terceira vez, é essa mesma santidade do Senhor, aquele de quem se proclama: é “o nosso Deus”.
Sede santos! A exigência de “santidade”, que Deus faz a seu povo, como já lembramos acima (cf Lv 19,2), é reafirmada no Novo Testamento, que acentua a dimensão ética da santidade, como nos exorta a primeira carta de São Pedro: “Da mesma forma como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa conduta, porque a Escritura diz: Sereis santos porque Eu, o vosso Deus, sou santo” (1Pd 1,15-16). No evangelho segundo Mateus, Jesus traduz a santidade do Pai como “perfeição”: “Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,47); e, no evangelho segundo Lucas, a santidade é “misericórdia”: “Vós, portanto, sereis misericordiosos, como vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36). Concluindo, não adiantaria proclamar a santidade de Deus, como o fazemos no tríplice “Santo” do início da oração eucarística, se não a buscarmos nós em nossa vida.
Pe. Ney Brasil Pereira Professor de Exegese Bíblica na Faculdade de Teologia de SC - FACASC email: ney.brasil@itesc.org.br
Para refletir: 1) Como o salmo 99 proclama, no seu texto, a santidade de Deus? 2) Qual o significado da menção de Moisés, Aarão e Samuel? 3) Qual a consequência, para nós, de proclamarmos a santidade de Deus? 4) O que mais impressiona você no breve salmo 100? 5) Quais as verdades de fé expressas no v. 3 e no v. 5?
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4ª Missão Jovem é realizada em Caçador Nos quatro dias da missão, mais de 500 jovens de todo o Estado visitaram as 16 comunidades da paróquia Divulgação/JA
Durante quatro dias, de 19 a 22 de junho, cerca de 500 jovens de todo o Estado estiveram reunidos em Caçador, para participarem da 4ª edição da Missão Jovem da Pastoral da Juventude em Santa Catarina. A Arquidiocese de Florianópolis foi representada por 35 participantes. A experiência missionária foi realizada na Paróquia São Francisco de Assis, em Caçador. Durante os quatro dias, os jovens visitaram as 16 comunidades da paróquia, totalizando cerca de 6 mil famílias e estabelecimentos visitados. Além disso, os missionários conviveram com realidades bem distintas: do meio urbano e comercial aos assentamentos de reforma agrária do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), nas Linhas Aparecida e São Roque. Com o objetivo de “Tecer relações mais fraternas, justas, solidárias e igualitárias”, esta missão superou todas as expectativas. Dos ansiosos pela primeira missão, como Débora Adriano, de São Carlos, que “mal conseguia dormir à noite”, aos que já participam da terceira Missão Regional. Dierry Telles, coordenador da Pastoral da Juventude da Arquidiocese, foi um dos participantes. Para ele, a Missão fortalece o trabalho da PJ. “Vi jovens comprometidos com o reino de Deus, e uma
CNBB seleciona jovens para Missão na Amazônia Dos 74 selecionados de todo o país, três representarão a Arquidiocese de Florianópolis A primeira Missão Jovem na Presença da Arquidiocese
Pastoral da Juventude realizou a missão pela quarta vez no Estado visão de Igreja missionária, seguindo o desafio que Papa Francisco nos deu de não ficarmos parados e sairmos em missão”, disse. Para Ana Maria Cordeiro, de Paulo Lopes, uma experiência missionária é sempre algo que mexe com nosso interior, e em Caçador não foi diferente. O frio não nos desanimou, os sorrisos dos que nos receberam em suas casas para as orações, e o abraço da comunidade que nos acolheu com certeza aqueceram a todos os missionários. A PJ, por meio da Missão Jovem, nos chama a sair da zona de conforto e pensar no outro, somos chamados a seguir os passos de Jesus, o missionário dos missionários”, acrescentou.
Segundo Dom Severino Clasen, bispo da Diocese de Caçador, a presença dos jovens trouxe entusiasmo às comunidades de Caçador: “jovem é igual a alegria e esperança”, e é isso que ele pediu nas visitas. Em suas falas, o bispo ainda ressaltou a necessidade “do rosto da juventude, que olha para a frente e segue”, tanto no convívio social, quanto religioso. Uilian Dalpiaz, Secretário da Pastoral da Juventude em Santa Catarina, visitou as 16 comunidades em missão. Para ele, além do número expressivo de jovens, a experiência missionária foi especial, pois “pude ver a alegria estampada no rosto de quem fez e de quem acolheu a missão”, declarou.
Maranatha de São João Batista reuniu comunidade de Emaús Todos os anos, o Movimento de Emaús, em todas as suas comunidades espalhadas pelo Brasil, promove a Maranatha de São João Batista, que é a festa do seu padroeiro. Em Florianópolis caracterizase também como uma festa junina, por realizar-se sempre no mês de junho, proporcionando integração e confraternização à comunidade, familiares e amigos. No ano em que o Secretariado do Emaús Floripa comemora seus 40 anos, foi realizada, no dia 28/06, na ASBADESC, um belo “Arraiá” com comidas, decoração e trajes típicos.
Amazônia, organizada pelas Comissões Episcopais para a Juventude, Amazônia, Ação Missionária, Missão Continental e Pontifícias Obras Missionárias (POM), selecionaram jovens de todas as regiões do Brasil e diversas expressões eclesiais para participarem dessa experiência missionária, de 31 de novembro a 15 de dezembro, em comunidades ribeirinhas e indígenas da Amazônia, nas dioceses de Borba, Parintins, Coari e Boa Vista. Inscreveram-se pelo site www. jovensconectados.org.br cerca de 2.800 jovens, fato que aumentou a certeza de que a Igreja é viva e repleta de jovens que, assim como Isaías, respondem prontamente “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,9). Os critérios de seleção utilizados foram: a idade entre 18 e 35 anos; que representassem a diversidade das expressões distintas que se inscreveram, abarcando movimentos, pastorais da juventude, novas comunidades, congregações religiosas, organismos e outras dimensões eclesiais; representantes de todos os Estados do Brasil, contemplando o máximo de Dioceses, visto que houve mais de 150 representadas nas inscrições, além de vagas iguais para moças e rapazes.
A Arquidiocese de Florianópolis estará representada pelos jovens Guilherme Gevaerd Silvestrin Pontes, Jean Ricardo Antunes e Fabíola Lara Goulart. Eles foram os selecionados entre os 74 jovens de todo o Brasil para participar da primeira Missão Jovem na Amazônia. Com 23 anos, Jean Ricardo é uma liderança juvenil atuante no município de Garopaba. Foi secretário paroquial da Pastoral da Juventude e atualmente é vice-coordenador do CPP e vereador. “Missão é sempre partir, mas não devorar quilômetros. É sobretudo abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e encontrá-los. E se, para descobri-los e amá-los, é preciso atravessar os mares, então missão é partir até os confins do mundo”, disse. Guilherme P ont es Pont ontes es, 27 anos, foi coordenador arquidiocesano da PJ. Participou de duas Jornadas Mundiais da Juventude, além de eventos e formações em nível nacional. “Mais que tudo isso, acredito que foi vontade de Deus eu ter sido escolhido para participar desta grande missão. Deus me quer na Amazônia para me dar novas lições por meio daqueles que lá vivem”, disse. Mais informações no site www.jovensconectados.com
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Geral
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RCC celebra o Cenáculo de Pentecostes Evento levou os fiéis a encontrar a verdadeira alegria que Jesus pode dar por meio do Espírito Santo Foto JA
Mais de duas mil lideranças da Renovação Carismática Católica da Arquidiocese estiveram reunidas no dia 22 de junho para viverem juntas o Cenáculo de Pentecostes, evento anual do movimento. Esta edição foi realizada no Centro Multiuso de São José e teve como tema: “Os discípulos, por sua vez, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo” (Atos 13, 52). Os fiéis foram convidados a encontrar a verdadeira alegria que Jesus nos pode dar através do Dom do Espírito Santo. O Pe. André Luiz, do Rio de Janeiro, e o casal Airton e Marly, de Maringá-Paraná, foram os pregadores convidados para participar do Cenáculo de Pentecostes. Pela manhã, todos os participantes do evento foram convidados a cultivar a alegria que Deus semeia em cada coração, pois “Deus nos promete a alegria como fruto, e isso significa ir atrás da felicidade, porque um fruto precisa germinar”, explica Pe. André. Com a alegria crescendo, o próximo passo deve ser o de se entregar inteiramente nas mãos de Cristo e com ele sonhar mais alto. Marly desafia os participantes a ir além: “a fé que eu tenho deve me fazer olhar além do que está à minha frente”. Na parte da tarde, após experimentar a verdadeira alegria vinda do Coração de Jesus Cristo, e
Itapema prepara peregrinação a Santa Paulina
Pe. André Luiz, do Rio de Janeiro, foi um dos assessores do evento que reuniu mais de dois mil participantes de toda a Arquidiocese de se lançar nas mãos de nosso Senhor, os carismáticos foram convocados a espalhar a boa nova aos quatro cantos do mundo. Sair em missão em suas comunidades, famílias, universidades, para que muitos outros possam ser atingidos pela alegria que agora transborda de todos os corações. Pe. André diz que “precisamos sair dos nossos ‘esconderijos’ para iluminarmos tudo e todos ao nosso redor”. Assim seremos instrumentos do Único que pode mudar a realidade do mundo em que vivemos. Para encerrar o dia de Cenáculo de Pentecostes, foi celebrada a Santa Missa que foi presidida pelo Arcebispo Dom Wilson
Tadeu. Em sua homília, ele fez com que todos recordassem a missão que a RCC tem dentro da Igreja. Aos participantes convidou a continuarem a seguir Jesus Cristo com toda a determinação e serem espelho da alegria e da graça d’Ele no mundo. Para Lidiane Silva Cunha, coordenadora arquidiocesana da RCC, o encontro foi bastante positivo, e as lideranças corresponderam. Segundo ela, quando sugeriu realizar no Centro Multiuso, alguns não acharam conveniente pelo tamanho. “Penso que, se continuarmos pensando grande para o Senhor, as pessoas vão corresponder, e foi o que aconteceu”, disse.
Adiamento do Encontro Estadual de Jovens As horas que antecediam a viagem das caravanas das dez dioceses do Estado de Santa Catarina foram de tensão e desespero. Os noticiários alarmavam calamidades em muitas rodovias do oeste catarinense, alagamentos, desmoronamentos, e por aí vai. A chuva que caía dificultava o andamento daquilo que estava programado. Diante da triste realidade, o Encontro Estadual de Jovens da Renovação Carismática Católica, que estava previsto para acontecer nos dias 27 a 29 de junho, em
Vai acontecer...
Chapecó/SC, foi adiado. Foi uma decisão tomada pela equipe de organização, depois de muita oração e escuta, na certeza de que
Deus tem planos maiores para esse evento. Foram dias de preocupação. Santa Catarina vinha sofrendo com fortes chuvas, sendo a Região Oeste a mais atingida, especialmente a cidade de Chapecó. Por amor e zelo a todo o grupo de jovens catarinense que, no dia 27 estaria viajando para aquela região do Estado, a coordenação do encontro decidiu pensar uma nova data ainda a ser definida. Oportunamente novas informações serão divulgadas e para a juventude sentinela de Santa Catarina .
A Paróquia Santo Antônio, em Itapema, realizará nos dias 19 e 20 de julho a 11ª Caminhada “Peregrinando Queremos Ver Jesus”. O evento está com as inscrições abertas para as pessoas interessadas em participar. As inscrições são limitadas a 300 pessoas e devem ser feitas até o dia 13 de julho. Podem ser feitas pelo site www.peregrinandoque remosverjesus.com ou pelo fone (47) 3268-0723. A Peregrinação é uma parceria entre a Paróquia Santo Antônio/ Itapema, Paróquia Nossa Senhora Imaculada da Conceição/Bombinhas, e Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos/Porto Belo. O evento já tradicional teve início em 2004, quando um grupo de 35 pessoas decidiu fazer essa experiência de reflexão e encontro consigo mesmo e com o outro, e até mesmo testar seus limites, tanto físicos quanto emo-
cionais e espirituais. A proposta é Evangelizar. A caminhada é realizada utilizando acessos do interior dos municípios, antes testados por uma equipe para avaliar as condições. Durante o trajeto, há paradas pelo caminho, em igrejas, para descanso, hidratação e alimentação, a cada cerca de seis quilômetros. A caminhada é acompanhada por equipe de segurança e médica. Há o apoio da Polícia Militar, e uma ambulância acompanha os peregrinos, além de outras equipes que ficam nos locais de parada.
Bênção da Pedra Fundamental O Carmelo Santa Teresa, em Itajaí, realizará no dia 25 de julho, às 19h, a bênção da Pedra Fundamental para a reforma e ampliação do Mosteiro. A cerimônia será presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck
e terá a oração de Santa Teresa de Jesus com a Bênção da Relíquia exposta. Todos são convidados a participar do evento. Informações pelo fone (47) 33487343 ou pelo e-mail carmelo santateresa@yahoo.com.br
Estudo Bíblico Catequético A Coordenação de Catequese da Arquidiocese realizará no dia 12 de julho mais uma edição do Estudo Bíblico Catequético, em Perequê, Porto Belo. O evento será realizado das 08h30 às 17h, com reflexão sobre o Livro 03 - Uma introdução à Bíblia: Formação do Império de Davi e Salomão. A as-
sessoria ficará por conta da Irmã Mari Luzia Hammes. São convidadas a participar todas as lideranças da Pastoral Catequética da Arquidiocese. A formação tem o custo de R$ 20,00. Mais informações pelo fone (48) 3224-4799 ou marlene@ pelo e-mail arquifln.org.br
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Duas igrejas restauradas são entregues aos fiéis Igrejas de São José e Nossa Senhora da Lapa passaram por longo e cuidadoso processo de restauração é de 1765, iniciaram no final de 2009, e a igreja fechou as suas portas em fevereiro de 2010. Nesse período, as celebrações foram realizadas no salão paroquial. A obra foi realizada em três etapas de construção, em que foi recuperado o telhado, a estrutura interna e externa, e os altares. O investimento total foi de R$ 7,5 milhões de recursos do Governo do Estado, repassados após a conclusão e prestação de contas de cada etapa. Para o Pe. José Silva de Paiva Paiva, pároco anfitrião, a reabertura da igreja é uma explosão de alegria, principalmente por ser na véspera da Festa do Divino Espírito Santo, tradição da comunidade. “Há tempos os fiéis ansiavam por voltar a receber os sacramen-
Foto JA
Uma Celebração Eucarística presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, realizada no dia 30 de maio, reabriu para as comunidades duas igrejas históricas: a Igreja Matriz da Paróquia de São José, no município de São José, e a Igreja Matriz da Paróquia de N.Sra. da Lapa, em Florianópolis. Foram obras de engenharia executadas pela empresa Concrejato, a mesma que restaurou a Catedral. Agora os trabalhos se concentram na igreja de São Francisco, no Centro de Florianópolis. Pela manhã, a solenidade, com a dedicação do Altar, foi realizada em São José, acompanhada por padres, diáconos, autoridades políticas e fiéis da comunidade. Os trabalhos de restauração da igreja, que
Fiéis festejaram a reabertura e dedicação do altar da igreja de São José tos na sua igreja. Agora vamos retomar a normalidade da caminhada pastoral”, comemorou. Foto JA
No Ribeirão da Ilha, igreja foi reaberta aos fiéis após seis anos
Templo e Patrimônio Histórico Como templos religiosos, as igrejas são de responsabilidade da Igreja Católica, mas quando esses imóveis são tombados pelo patrimônio histórico, o poder público passa a ter responsabilidade sobre eles. É por isso que o Estado participa do processo de restauração. Mas realizar esse trabalho não é fácil. Cada trabalho deve ser feito com o aval dos órgãos reguladores do município e do Estado. Segundo a arquiteta Mariana Nunes Elias Elias, responsável pela restauração da Igreja de São Francisco, mas que também trabalhou na restauração da Catedral, São José e N.Sra. da Lapa, antes da execução de cada trabalho é feita uma pesquisa documental e
histórica, que conta com a participação arquitetos, historiadores, arqueólogos, engenheiros e restauradores participam de todo o processo. Depois o projeto é encaminhado para o Instituto do Planejamento Urbano - IPUF, em Florianópolis, e para a Fundação Catarinense de Cultura, para a sua aprovação. “Nos trabalhos de restauração procuramos adotar materiais e cores no que encontramos e o que é viável no que há disponível hoje”, disse Mariana. Segundo ela, de cada parte recuperada é retirada uma pequena amostra que vai para o laboratório para identificar os materiais utilizados e se utiliza o que de mais próximo existe hoje.
Reaberta após seis anos
Após seis anos fechada, a Igreja Nossa Senhora da Lapa, no Ribeirão da Ilha, Florianópolis, foi reaberta para os seus fiéis. A celebração de inauguração, com a dedicação do altar, foi realizada na noite de 30 de maio, presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson. A igreja havia sido interditada pelo município em 2008 por problemas estruturais que colocavam os fiéis em risco, mas só em 2010 teve início a restauração. A igreja estava lotada de fiéis, padres, diáconos e outras autoridades que queriam prestigiar a reabertura da igreja, construída em 1809. A obra também foi realizada em três etapas. Além da igreja, também houve a recuperação do Império do Divino, uma construção anexa, que agora servirá para exposições e eventos. O investimento total foi de R$ 6,3 milhões. Para o Pe. Mauricio Serafim da Costa Costa, MSC, o pároco, a Igreja e a comunidade ganharam muito com essa obra. As imagens, que antes só ficavam nos altares em momentos especiais, por conta do medo de serem roubadas, agora poderão permanecer lá. Isso porque foi instalado um sistema de segurança especial. “Agora as pessoas poderão rezar mais despreocupadas”, disse Pe. Maurício.
Igreja São Francisco
Com a conclusão das obras de
restauração das duas igrejas, a empresa Concrejato concentrará suas atenções na igreja de São Francisco da Ordem Terceira, no centro de Florianópolis. As obras iniciaram em maio de 2012 e estão na segunda fase. Na primeira, foi o trabalho na cobertura e torres; na segunda, a equipe está concentrada nas alvenarias – esquadrias internas, forros, pisos e instalações prediais. A expectativa é concluir esta fase ainda este ano e logo em seguida iniciar a terceira fase, para que a igreja seja entregue à comunidade até o final de 2015. Diferente das outras, a maior parte dos trabalhos serão realizados com a igreja aberta aos fiéis. No momento, a igreja está fechada porque a equipe está recuperando o assoalho, mas em poucos dias os fiéis poderão voltar a rezar dentro dela. Apesar de fechada, boa parte dos serviços religiosos continuam sendo realizados em uma barraquinha na área externa da igreja.
Arquidiocese tem 90 igrejas centenárias Na Arquidiocese de Florianópolis, de acordo com o Anuário 2014, há 90 igrejas centenárias. Dessas, 15 foram construídas no século XVIII, 49 no século XIX e outras 29 no início do século XX. Além delas, há construções no entorno que datam da mesma época. Muitas delas, já degradadas pelo tempo e pela falta de manutenção, estão propensas a passar pelo mesmo processo de restauração. Mas falta serem tombadas. Para que uma obra seja restaurada com recursos do poder público, ela deve antes ser considerada patrimônio histórico. Isso se dá por meio de processo de tombamento que deve ser solicitado pelo responsável pela paróquia ou pela própria comunidade. No entanto, boa parte das igrejas da Arquidiocese ainda não passaram por esse processo. “Isso depende de quem está à frente da paróquia, que deve fazer esse tipo de solicitação junto ao Patrimônio Histórico do município e do Estado”, disse Roberto Bentes de Sá Sá, coordenador da Comissão de Restauração das quatro igrejas restauradas na Arquidiocese. A partir das restaurações feitas, os padres passaram a se preocupar com isso. Segundo ele, o foco agora está na restauração da Igreja São Francisco, em Florianópolis. Depois pretende buscar recursos para a realização da quinta fase da restauração da Catedral, que prevê a recuperação do auditório (Cine Rox) e da casa paroquial. Mais adiante pretende dar início à restauração da Igreja Nossa Senhora das Necessidades, em Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis.
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Ação Social
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Arquidiocese apresenta resultado da Coleta da Solidariedade 2014 Foram arrecadados R$ 256.922,04 através das paróquias e entidades. Desse valor, 60% irão compor o Fundo Arquidiocesano de Solidariedade e 40% o Fundo Nacional de Solidariedade. A Coleta da Solidariedade, decorrente da Campanha da Fraternidade, realizada anualmente no Domingo de Ramos, tem o objetivo de apoi-
ar Projetos Sociais e de Geração de Trabalho e Renda, na abrangência da Arquidiocese de Florianópolis. No ano de 2013, o Fundo Arquidiocesano de Solidariedade (FAS) apoiou 24 projetos sociais. Em 2014, a Coleta da Solidariedade obteve uma arrecadação maior do que em 2013, possibilitando beneficiar um número mai-
Coleta da Solidariedade 2014
or de projetos sociais no decorrer deste ano. O Conselho do FAS já realizou duas reuniões de avaliações de projetos e estará se reunindo novamente nos meses de setembro e dezembro. Ao lado, a relação dos valores arrecadados na Coleta de 2013 e 2014, viabilizados pelas Paróquias e outras entidades.
Grupo de Mulheres de Biguaçu se destaca na produção ecológica Divulgação/JA
A Associação das Fazendeiras Amigas Guerreiras e Otimistas AFAGO é um grupo formado por mulheres agricultoras da comunidade Fazenda de Dentro em Biguaçu que, diante da realidade em que viviam, se reuniram em busca de alternativas para melhoria da renda e auto-estima. Já existente há sete anos, recebeu apoio, anteriormente, do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade (FAS), e acompanhamento da Ação Social Arquidiocesana e de outros projetos e instituições, possibilitando o fortalecimento do grupo. A Associação é um dos grupos acompanhados pelo projeto Fortalecendo Experiências de Economia Solidária – FORTEES, desenvolvido pela Caritas Brasileira Regional de Santa Catarina e executado pela Ação Social Arquidiocesana – ASA. A dedicação em cada trabalho realizado, como o Bordado à mão, Pintura, a confecção de sacolas ecológicas, na reciclagem do papel, da folha de bananeira, da pa-
Com sete anos de existência, AFAGO é formada por mulheres agricultoras lha do milho, folhas secas, transforma tudo em belas peças artesanais, como, por exemplo, agendas e porta-retratos. Enfim, tudo o que sobra da natureza, ou do descarte de outras produções, é transformado por essas guerreiras em peças/objetos de uso ou simplesmente decorativas. Sentindo a necessidade de aprimorar seus produtos, o grupo
solicitou uma assessoria no que diz respeito à combinação de tecidos e cores, e com a assessoria do designer de moda Reidaviqui, puderam ampliar as ideias nas diferentes produções. Esse momento veio agregar valor nas peças desenvolvidas e, especialmente, valorizar ainda mais as ideias de cada integrante do grupo.
Entidades apoiam refugiados e migrantes da Síria e do Haiti Nos últimos meses, vários Estados do Brasil têm recebido centenas de refugiados da Síria e do Haiti. São pessoas que estão fugindo da guerra civil na Síria, que já conta com mais de 4 milhões de refugiados, e do Haiti que, infelizmente, não conseguiu se recuperar do terremoto de 2010, que teve milhares de vitimas fatais. Diante da realidade de necessidades que esses refugiados en-
contram quando chegam ao Brasil, como no entendimento da língua, documentação, moradia, trabalho e alimentação, a Ação Social Arquidiocesana, juntamente com outras entidades que compõem o grupo de apoio aos imigrantes e refugiados, lançou em maio uma campanha de arrecadação de recursos financeiros, roupas de cama e banho, produtos de higiene e limpeza e alimentação.
Nesse curto espaço de tempo, houve a adesão de diversas entidades que se sensibilizam com a causa e contribuíram com os imigrantes e refugiados nesse momento inicial em Florianópolis e Região. Dentre os apoiadores desta campanha registramos nossos agradecimentos à Sociedade Divina Providência, à Pastoral Universitária, a partir do Trote Solidário, à Defesa Civil de Florianópolis, a diversas paróquias e pessoas que contribuíram com a doação de alimentos, roupas de cama e banho, colchões e camas. A campanha continua por tempo indeterminado, sendo que outras informações poderão ser obtidas diretamente na Ação Social Arquidiocesana, pelo Fone: (48) 3224 8776 ou pelo e-mail: asa@arquifln.org.br
Jornal da Arquidiocese
PARÓQUIA Angelina Anitápolis Antônio Carlos Balneário Camboriú – Santa Inês Balneário Camboriú – São Sebastião Balneário Camboriú – Vila Real Biguaçu Bombinhas Botuverá Brusque – Águas Claras Brusque – Azambuja Brusque – Dom Joaquim Brusque – Santa Teresinha Brusque – São Luís Gonzaga Camboriú – Divino Espírito Santo Camboriú – Monte Alegre Canelinha Florianópolis – Agronômica Florianópolis – Balneário Florianópolis – Canasvieiras Florianópolis – Capoeiras Florianópolis – Catedral Florianópolis – Coloninha Florianópolis – Coqueiros Florianópolis – Estreito Florianópolis – Ingleses Florianópolis – Jardim Atlântico Florianópolis – Lagoa Florianópolis – Monte Verde Florianópolis – Prainha Florianópolis – Ribeirão da Ilha Florianópolis – Saco dos Limões Florianópolis – S. C. DE Alexandria Florianópolis – Santo Antônio Florianópolis - Trindade Garopaba Governador Celso Ramos Guabiruba Itajaí – Cordeiros Itajaí – Dom Bosco Itajaí – Fazenda Itajaí – Itaipava Itajaí – Santíssimo Sacramento Itajaí – São João Itajaí – São Vicente Itapema Itapema – Meia Praia Leoberto Leal Major Gercino Nova Trento Palhoça – Aririú Palhoça – Centro Palhoça – Enseada de Brito Palhoça – Ponte do Imaruim Paulo Lopes Porto Belo Santo Amaro da Imperatriz São Bonifácio São João Batista São José – Campinas São José – Centro Histórico São José – Colônia Sant’Ana São José – Forquilhinhas São José – Procasa São José – Rosário São José – Sagrados Corações São José – Santa Cruz São José – São Judas Tadeu São Pedro de Alcântara Tijucas Santuário Santa Paulina Carmelo Cristo Redentor Convívio Emaús Associação Antônio Vieira - Fpolis Comunidade Católica Shalom Sociedade Caritativa N. Sra. do Carmo e Sta. Teresa de Jesus T OTAL:
2013 3.335,25 522,40 5.604,00 6.452,00 4.048,25 3.891,60 9.547,45 3.651,50 1.503,85 2.748,30 6.506,00 3.070,20 3.269,25 11.952,30 5.885,80 2.009,25 558,35 9.214,00 2.181,50 7.863,10 2.444,00 2.251,00 698,50 2.154,00 3.030,00 2.130,25 1.342,85 1.584,00 1.236,20 300,00 2.810,70 2.044,65 1.200,00 3.540,00 9.007,65 3.164,50 1.100,00 4.337,00 4.823,30 1.479,90 2.017,70 1.750,00 4.990,00 1.965,00 3.243,80 2.356,00 2.391,70 1.065,90 611,00 4.720,00 4.965,00 5.754,50 1.286,65 3.756,00 734,50 2.313,50 7.300,00 1.449,65 2.250,70 5.855,20 5.534,00 2.039,00 5.673,00 745,00 3.373,35 3.871,25 4.043,17 2.400,00 1.996,00 2.522,00 5.000,00 1.000,00 380,40
2014 3.879,00 720,70 7.000,30 7.644,00 6.006,10 4.482,35 8.434,70 3.185,05 2.508,00 3.632,15 5.923,00 7.448,18 5.190,00 14.930,25 9.400,20 1.108,08 1.147,00 8.542,80 1.316,85 7.136,35 3.294,80 2.725,00 1.218,00 3.035,00 5.315,00 2.050,00 1.071,00 1.280,00 447,65 1.314,00 3.387,85 1.892,00 1.850,00 1.015,00 9.600,00 2.111,00 1.100,00 4.063,90 5.027,85 2.689,00 1.598,20 2.320,00 6.973,30 2.272,00 4.372,37 1.574,15 953,00 1.755,30 618,00 5.010,00 3.100,00 3.334,90 1.124,65 2.305,85 717,00 2.342,00 7.450,00 3.334,75 1.231,36 6.871,75 5.300,00 1.270,00 4.591,00 1.607,00 3.298,00 3.188,85 3.650,80 800,00 875,00 1.092,00 6.031,00 628,00 1.850,00 209,70 1.000,00
2 43.8 46,82 256.922,04
Jornal da Arquidiocese
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I Retiro arquidiocesano dos animadores(as) dos GBF/CEBs Divulgação/JA
Nos dias 14 e 15 de junho realizou-se o I Retiro dos GBF/CEBs com o tema “MISSÃO”, um chamado à vida a ser vivida na relação consigo mesmo, com o outro, com a natureza e com Deus. Com a presença de 45 animadores (as), o retiro foi conduzido pela Ir. Teresa do Nascimento que, através da Leitura Orante da Palavra, nos levou a fazer um encontro pessoal com Deus, com nós mesmos, com a família, o grupo, a comunidade, e as outras lideranças... Ela nos fez refletir sobre: O que é missão? Quem são os protagonistas e os parceiros de Deus na missão? E diz: A Palavra aquece o nosso coração, ilumina os nossos olhos, e conduz os nossos passos na direção do Projeto de Deus. Na oração do Salmo 23 (Bom Pastor), nos passos da Leitura Orante, contextualizamos e identificamos Deus como Pastor, hospedeiro que abre as portas (acolhe), aquele que dá colo e se preocupa com suas ovelhas (nós); na meditação e no silêncio da oração escutamos sua voz, deixamos que ele cuidasse do nosso coração e trabalhasse todo o nosso ser, indicando o caminho do compromisso e da missão. Durante o sábado conhecemos um pouco a missão e o itinerário de Moisés (Ex 33, 7-23), aquele a quem, na trajetória de sua vida e missão, Deus confiou conduzir a vida do seu povo. Um líder tomado por uma dupla paixão: pelo Deus
do povo e pelo Povo de Deus. Moisés nos remete à imagem de um Deus itinerante, sempre presente e atuante, caminheiro e peregrino junto ao seu povo. Moisés, como mediador entre Deus e seu povo, como amigo e confidente, solicita muitas coisas ao Senhor, nas horas difíceis de sua missão. Deus o ouve, vem ao seu encontro, dialoga e mostra o caminho por onde seguir. Contemplar a atitude de Moisés na relação de amigo de Deus (Ex 33,1-3.13-15.18-20) nos faz entender que devemos vivenciar essa experiência nas alegrias, angústias, esperanças, interrogações, sonhos e desejos que marcam a nossa caminhada pessoal de vida e de missão junto à família, no GBF e na comunidade. No domingo caminhamos com Jesus, refletindo sua “vocação e
missão consigo mesmo e com o Pai, com os discípulos e com o povo”. Num ato de confiança, deixamo-nos envolver pelo amor incondicional de Jesus, que transforma o nosso coração com sua terna e amorosa presença na nossa história, na vida e na missão. Saboreamos essa experiência de encontro com Jesus, deixandonos transformar pela força da sua Palavra. Retornamos às nossas famílias e à comunidade motivados, confiantes e animados para vivermos a alegria da fé e o desejo de sermos animadores e animadoras comprometidos com a alegria do Evangelho, que enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Deus. “O discípulo missionário se nutre da luz e da força do Espírito Santo” (Papa Francisco).
IV Interdiocesano dos GBF/CEBs O Encontro Interdiocesano acontece de dois em dois anos, organizado em 04 grandes regiões de Santa Catarina, reunindo as dioceses por aproximação: Chapecó, Joaçaba e Caçador; Lages e Rio do Sul; Joinville e Blumenau; Florianópolis, Tubarão e Criciúma. A Arquidiocese de Florianópolis forma um bloco junto com as dioceses: Tubarão e Criciúma, e o Interdiocesano deste ano se realizará no dia 14 de setembro, das 08hs00min às 16hs00min, na Diocese de Tubarão, em Rio Fortuna. O nosso encontro tem por objetivo celebrar e fortalecer a missão dos Grupos Bíblicos em Fa-
mília e das Comunidades Eclesiais de Base, na alegria do
Evangelho, refletindo ‘Igreja e Missão’, com o lema: “Com Jesus Cristo renasce sem cessar a alegria” (Papa Francisco). Para que a nossa Igreja arquidiocesana seja bem representada em Rio Fortuna, temos que nos empenhar desde já, convidando as pessoas dos nossos Grupos e das Comunidades para participarem desse Encontro. Portanto, divulguem e se organizem, em caravanas, para representar bem a Arquidiocese. Entrem em contato com os coordenadores (as) paroquiais e comarcais dos grupos, para reservar seu lugar nos ônibus.
Seminário regional dos GRF/CEBs A equipe de coordenação regional dos GBF/CEBs promoveu um seminário em preparação ao IV Interdiocesano, nos dias 20 a 22 de junho, com a participação de animadores(as) das comunidades das dioceses do Regional Sul 4. O tema Eclesialidade e Missão das CEBs e dos GR/F foi abordado pelo assessor Sergio Coutinho, do setor CEBs da CNBB Nacional. Sergio conduziu o tema no enfoque do VER – JULGAR – AGIR, iniciando com uma reflexão sobre a realidade social do contexto em que vivemos, situando Igreja x mundo - a vida eclesial nos dias de hoje, norteada pelos documentos da Igreja (Concílio Vaticano II, Medelin, Aparecida, Evangelii Gaudium, Comunidade de comunidades) e pela missão profética de Jesus libertador. Em meio a uma sociedade movida pelo individualismo, consumismo, comodismo e poder, encontramos hoje muitos desafios no modo de ser Igreja viva e atuante. Como reconstruir o jeito normal de ser Igreja – a comunhão eclesial e o mundo urbano? Como fortalecer a dimensão social, profética e orante das CEBs e GR/F no seguimento de Jesus? Sergio nos provoca, dizendo que a opção pelos pobres é questão de justiça, e pergunta: Como Igreja, fazemos a opção pelos pobres? Quem são os pobres nas nossas comunidades e nos grupos? Na época em que vivemos, a evidente crise social e espiritual torna-se um desafio pastoral, que interpela a ação evangelizadora
da Igreja na sua missão de portadora da Boa-Noticia do Evangelho da vida na história e no mundo. As comunidades de base, pela ação do Espírito, acendem um novo ardor evangelizador e uma capacidade de diálogo com o mundo, que renovam a Igreja. Essa reflexão nos levou a compreender melhor a missão da Igreja na sociedade e no mundo. Compreendemos também as características da Comunidade Eclesial de Base: comunhão, testemunho, anúncio, celebração e compromisso sócio-transformador, onde são inseridos os Grupos Bíblicos em Família–a Igreja doméstica, a catequese, a liturgia, as pastorais, os movimentos, os ministérios... Nessa relação Igreja x mundo lembramos as atitudes do Papa Francisco, que nos fala da alegria do Evangelho, dizendo com firmeza e convicção: “A Igreja é chamada a ser sempre a casa aberta do Pai. Não é uma alfândega, é a casa paterna, onde há lugar para todos com a sua vida fadigosa. Repito para toda a Igreja: prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Queridos irmãos, eis a nossa alegria: andar com Jesus. Não é fácil, não é confortável, porque a estrada que Jesus escolheu é a da cruz. Não resistamos ao Espírito, mas sejamos dóceis à sua ação que renova a nós mesmos, a Igreja e o mundo” (Evangelii Gaudium). Divulgação/JA
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Jornal da Arquidiocese
Corpus Christi reúne três mil fiéis na Catedral Tapetes e trilhos cobriram os cerca de 600 metros no entorno da Praça XV de Novembro, em Florianópolis Foto JA
Nem mesmo o frio e o vento foram empecilho para os mais de três mil fiéis que participaram na tarde do dia 20 de junho da celebração de Corpus Christi na Catedral de Florianópolis. A solenidade, realizada dentro da igreja, teve início às 15h, com a missa presidida pelo bispo auxiliar emérito Dom Vito Schlickmann e concelebrada por padres e diáconos. Em sua homilia, Dom Vito afirmou que celebrar o Corpus Christi é celebrar o amor de Cristo por nós. “O amor total do Senhor Jesus por nós manifestou-se em grau inimaginável, de forma especial, no último momento de convivência com os seus queridos discípulos, na última ceia pascal, na véspera de sua sagrada Paixão e Morte”, disse. Na sequência foi realizada a procissão, em que o bispo conduziu o Santíssimo Sacramento pelos tapetes e trilhos confeccionados no entorno da Praça XV de Novembro. O trabalho foi realizado por 34 equipes formadas por pastorais, movimentos, organismos e serviços da Catedral, além de colégios católicos do Centro,
Assistência Jurídica Gratuita: um cenário ainda precário
Mais de três mil pessoas acompanharam a procissão na Catedral do Movimento de Jovens Emaús e por fiéis da Paróquia da Prainha. Durante a Procissão, houve três paradas para a Adoração e Bênção do Santíssimo. O encerramento foi realizado em frente à Catedral na porta de entrada, quando Dom Vito deu a bênção final aos milhares de fiéis que ocupavam a escadaria e a praça da igreja.
Confecção dos tapetes
Os cerca de 600 metros de tapetes e trilhos confeccionados Foto JA
34 equipes, com mais de 500 pessoas, confeccionaram os tapetes
no entorno da Praça XV de Novembro foram realizados por cerca de 500 lideranças da Igreja. Elas estavam distribuídas em 34 equipes, formadas pelas pastorais, movimentos, organismos e serviços da Catedral. Regina Ester Koerich de Andrade participa da confecção dos tapetes há 34 anos. Nesse ano ela se uniu a cerca de 20 colegas do Movimento de Irmãos e iniciaram os trabalhos a partir das 8h da manhã. Segundo ela, o Corpus Christi é a procissão das procissões. “É Cristo que passa pelos tapetes que confeccionamos. Temos que dar o melhor de nós para que ele passe. É o divino passando sobre o trabalho que nós imperfeitos fazemos”, informou. A jovem Tatiane Tramontin da Silva Nunes participa da confecção dos tapetes desde os oito anos de idade, quando fazia a catequese. Herdou a prática da mãe, que a iniciou na vida cristã. “Quando tiver os meus filhos, também pretendo passar a eles essa prática da confecção dos tapetes e participação ativa na vida da Igreja”, disse.
Emaús Copa reuniu comunidade de Emaús O evento aconteceu no dia 15 de junho com divertidas competições de futebol, canastra, tênis e dominó. Em clima de Copa do Mundo, o Movimento Emaús Floripa promoveu a Emaús Copa. O evento esportivo fez parte das comemo-
Artigo
rações dos 40 anos do Secretariado de Emaús em Florianópolis, contando com a participação de mais de 100 pessoas. As competições acorreram no Lagoa Iate Clube (LIC), nas modalidades: futebol masculino, canastra, tênis e dominó.
O torneio teve como objetivo proporcionar um momento de lazer e confraternização entre os antigos e novos integrantes do Movimento Emaús Floripa, permitindo também a vivência junto aos seus familiares e amigos.
Quem caminha com a população carente, acompanhando suas lutas judiciais (civis, penais e de interesse coletivo, por exemplo), sabe o sofrimento e os danos que a falta de assistência jurídica gratuita causa àqueles que não podem pagar pelos serviços de um advogado. Minha formação jurídica e a ação missionária pela Comunidade Católica Abbá Pai aproximaram-me dessa realidade, especialmente pelo voluntariado que a Abbá Pai presta em parceria com a Associação em Defesa da Família e a Pastoral Carcerária, entidades que procuram voluntários para prestar assistência jurídica gratuita a seus assistidos. Nas últimas décadas, acompanhei a Professora Graça Pereira, Presidente da Associação em Defesa da Família, em muitas de suas moções populares por mais defensores públicos, e a atuação do Padre Ney Brasil junto à Pastoral Carcerária, buscando uma defensoria adequada aos presidiários. Santa Catarina foi o último dos Estados brasileiros a implantar uma defensoria pública (instituição pública que presta assistência jurídica gratuita), o que já demonstra um descaso histórico. Antes, aqueles que não tinham condições financeiras para custear o auxílio de um advogado, eram atendidos por um sistema de defensoria dativa, ligado à OAB, ou buscavam encontrar amparo nas entidades religiosas e/ou filantrópicas. Somente em agosto de 2012 entrou em vigor a Lei Complementar Estadual nº 575, que criou a Defensoria Pública em Santa Catarina. Hoje, além da sede, na Capital, existem 20 núcleos de atendimento espalhados pelo Estado. Em Florianópolis, o atendimento ao público, das 13 às
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Consulte-nos (048) 3248-1222 Rua Profº Sofia Quint de Souza, 544 Capoeiras - Florianópolis - SC Paralela a Via Expressa Site: www.mvsseguros.com.br E-mail: mvs@mvsseguros.com.br
17 horas, acontece na Avenida Othon Gama d’Eça, nº 622 – Ed. Luiz Carlos Brunet – Centro, e/ ou pelo fone 3665-6370. Entretanto, estima-se que seriam necessários cerca de 300 defensores públicos para garantir um atendimento mínimo no Estado, enquanto estão na ativa, recém-empossados, menos de 60 profissionais. A solução, para alguns, seria a manutenção paralela da defensoria dativa, como acontece no Estado de São Paulo. Todavia, este não tem sido o entendimento do judiciário, conforme as últimas decisões con-
“
Estima-se que seriam necessários cerca de 300 defensores públicos para atender o Estado, enquanto só foram empossados 60 profissionais ”.
trárias à medida, enquanto o executivo não acena a pretensão de organizar novo concurso para suprir o atual e notório déficit de defensores públicos. Além de perpetuar uma dívida histórica com os hipossuficientes catarinenses, a permanência da precariedade do sistema de defensoria contraria preceito constitucional e compromete a garantia do exercício da cidadania plena, ofendendo a dignidade daqueles que são lançados à margem de um sistema que não lhes garante meios para a ampla defesa de seus direitos. Simone Pereira Escritora Jurídica e Fundadora da Comunidade Católica Abbá Pai
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Jovens participam de encontro de opção de vida Jovens e adolescentes participaram do encontro realizado no Santuário Santa Paulina Divulgação/JA
A Pastoral Vocacional da Arquidiocese promoveu, no dia 31 de maio, dois encontros para os Grupos de Animação Vocacional Madre Teresa de Calcutá, voltado às mulheres, e João Paulo II, para os homens. Os encontros foram realizados em dois locais da Arquidiocese: para a Região Sul, o evento foi realizado na Paróquia São José e Santa Rita de Cássia, em Florianópolis; na Região Norte, o encontro foi no Santuário Santa Paulina, em Nova Trento. Em Florianópolis, o encontro reuniu 40 jovens e adolescentes. Durante o dia, eles tiveram apresentações muito criativas. O evento foi acompanhado dos seminaristas de Teologia e do Propedêutico, além de irmãs de diversas congregações, que auxiliaram na acolhida e acompanhamento dos vocacionados. “A paróquia do Jardim Atlântico recebeu a todos com muita alegria e generosidade”, avaliou Pe. Vânio da Silva, coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional. Já o Santuário Santa Paulina reuniu 184 participantes. Eles foram acolhidos pelos Padres Dehonianos e pelas Irmãzinhas da Imaculada Conceição. Durante o dia, foram divididos em grupos de acordo com a faixa etária e participaram de palestras direcionadas para cada fase da
Na região norte da Arquidiocese, GOV foi realizado no Santuário de Santa Paulina e reuniu mais de 180 jovens e adolescentes adolescência e juventude. Eles ainda participaram de Celebração Eucarística, com a Coroação de N. Sra. de Lourdes. Após o almoço, puderam visitar os ambientes e recantos do Santuário guiados por Irmãzinhas. À tarde houve animação com a Banda Vida Nova e depois apresentação das diversas Congregações presentes. “O dia foi de intensa atividade; esses encontros servem para estimular o despertar vocacional nos jovens e adolescentes, auxiliando numa escolha de vida mais acertada”, destacou Irmã Célia Bispo Rosa, coordenadora de pastoral do Santuário.
Mês Vocacional No dia 01 de agosto, às 19h, será realizada a abertura do Mês Vocacional na Arquidiocese, na Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça. O tema é “Ide e anunciai” (Cf. Mt 11,4b). São convidados a participar desse evento todos os animadores e animadoras vocacionais das paróquias, congregações e comunidades de vida. Durante o evento, quatro seminaristas de Teologia receberão o Ministério do Acolitato. São eles: Murilo Guesser, Anderson Cardoso Costa, Ismael Weiduschath e Dyego Delfino.
Serviço de Aconselhamento Familiar Você que mora na Grande Florianópolis e está necessitando partilhar dificuldades ou problemas de seu relacionamento familiar e conjugal, esclarecer dúvidas ou receios em sua vida pessoal ou mesmo ser acolhido para um diálogo: o Serviço de Aconselhamento Familiar (SAF) tem casais à disposição para o/a escutar com total sigilo. Trata-se de um projeto idealizado pela Comissão Arquidiocesana de Vida e Família, da Arquidiocese de Florianópolis, por inspiração do arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, e vem sendo realizado na Catedral Metropolitana. O atendimento é prestado de segunda a quinta-feira, das 9h às 20h, sem intervalo para o almo-
ço, e com a facilidade de agendamento prévio pelo telefone (48) 3224-3357. O atendimento teve início em setembro de 2013, e nesses primeiros meses de serviço o SAF já acolheu dezenas de pessoas que saem dos atendimentos sentindose mais alegres e animadas e com
a certeza de que em Deus podem buscar a força necessária para prosseguirem a sua caminhada. Os principais problemas relatados nos atendimentos são: dificuldades no relacionamento conjugal; vícios de álcool e outras drogas; divergências sobre valores morais e religiosos; desemprego e dificuldade de sustentar a família; falta de diálogo e isolamento dentro do próprio lar. “Estou vivendo um momento de muita tristeza na minha vida e me sentindo sem forças para prosseguir, sem sentido para existir. No atendimento encontrei pessoas que me escutaram e se preocuparam comigo. Só isso já me deu outro ânimo para viver”, relatou um idoso que procurou o SAF para desabafar.
Igrejas se unem na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos “Acaso Cristo está dividido?” (1Cor 1,1-17), esse foi o tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, realizado entre os dias 01 e 08 de junho. Promovido pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs – CONIC, na Arquidiocese, ele foi dinamizado pela Comissão Arquidiocesana para o Diálogo Ecumênico e Inter-Religioso – CADEIR. A cada dia foi realizado um culto ecumênico em uma Igreja Cristã da região de Florianópolis, sempre às 20h. Um deles foi presidido por nosadeu so arcebispo Dom Wilson TTadeu Jönck Jönck, que celebrou no Templo Ecumênico da Comunidade Cristã de Jurerê Internacional, em Florianópolis. O culto ecumênico foi acompanhado pelo Pe. Alceoni Berkenbrock Berkenbrock, delegado arquidiocesano da CADEIR, Diácono Ricardo José de Souza, da Paróquia dos Ingleses, Pastor Anildo Wilbert, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil – IECLB, Padre Celso Alves, da Igreja Católica Ortodoxa Ciriana, Reverendo Luiz Carlos Vieira Silva, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil – IEAB. Em sua homilia, Dom Wilson disse que somos divididos, sim, mas não é Cristo que é dividido,
apenas os cristãos. “Isso acontece porque ou não entendemos o que Cristo nos ensinou ou porque nos colocamos acima daquilo que Ele nos ensinou por causa dos nossos interesses”, disse. Segundo ele, uma das coisas que provoca a divisão é quando queremos nos sobrepor aos outros. “Foi por esse tipo de coisa que aconteceram até mesmo as guerras”, acrescentou. Ao final, foi oferecido um coquetel com salgados, doces e refrigerante aos participantes. Na avaliação do Núcleo Ecumênico de Florianópolis, a SOUC teve um bom clima entre as pessoas, sobretudo de acolhida e de entrosamento. Também houve a participação de Igrejas que até então não tinham participado da Semana de Oração. A equipe também considerou que as pregações foram muito ricas, tanto em relação ao Tema da Semana como na direção do Ecumenismo. “A acolhida e ambientação das igrejas, e a confraternização após as celebrações foram outros ponto positivo destacado pelo Núcleo”, disse Pe. Alceoni. Segundo ele, a equipe ainda levantou sugestões para a próxima Semana de Oração e para os encontros que realizam periodicamente. Foto JA
Culto Ecumênico em Jurerê teve a pregação do arcebispo Dom Wilson
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Geral Domingos Pereira
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Missionário por eles e por vocês Esta é a frase que permeia o trabalho do Sr. Domingos, que há 14 anos organiza as visitas dos missionários da Arquidiocese à Diocese de Barra, na Bahia. Com 67 anos, casado há 40, pai de dois filhos e com duas netas, aposentado há dois anos, Domingos dedica boa parte do seu tempo para ajudar as pessoas que vivem na Bahia. O trabalho não se restringe às visitas uma vez por ano, que organiza. Durante o ano também organiza doações de roupas e calçados, já ajudou na reforma de igrejas e na construção de um engenho. Também, todos os anos, no mês de janeiro, realiza visita a localidades da Diocese de Barra. “Ser missionário é ter a alegria de evangelizar”. Em entrevista, ele fala sobre esse trabalho, da sua importância, dos benefícios para as paróquias que recebem os missionários e para as comunidades daqui e que missão não é só feita em terras distantes. Jornal da Arquidiocese - O senhor coordena as visitas missionárias que os leigos da Arquidiocese todos os anos realizam à Diocese de Barra na Bahia. Fale-nos desse trabalho. Domingos - As visitas de missionários leigos iniciaram no ano 2000. A primeira, nos dias 22 a 30 de julho, na Paróquia São Francisco das Chagas. Antes já havia visitas, mas esporádicas e sem uma organização daqui. A partir desse ano, a Diocese de Barra começou a
definir, durante a Assembleia de Pastoral, uma paróquia para ser visitada, e passamos a organizar as pessoas daqui dispostas a fazer as visitas. Hoje temos muito mais pessoas dispostas a participar das visitas do que as paróquias que serão visitadas podem receber. JA - Como o senhor começou a participar disso? Domingos - Recebi o convite em uma reunião da Comarca do Estreito, realizada no dia 14 de abril de 2000, em que eu representava a paróquia São Judas Tadeu, em São José. Já tinha recebido um convite 10 anos antes pelo Pe. Cláudio Cadorin. Ele era meu pároco e ia fazer missão de um mês na Paróquia de Oliveira dos Brejinhos, na Diocese de Barra. Na época não pude participar, e ficou aquele desejo. Algum tempo depois, ele acabou indo para a Missão em Jacobina, na Bahia, onde faleceu em 30 de novembro de 1994. JA - Qual a importância desse trabalho? Domingos - Aqui temos tudo o que precisamos para viver, enquanto lá há tantas pessoas que precisam receber a Palavra de Deus e têm carência financeira. Realizando as visitas missionárias, passamos a dar mais valor às coisas que temos. Há uma missionária que disse que costumava reclamar da chuva. Participando das missões, falou que nunca mais reclamaria, por ter percebido o quanto a água é rara naqueles lugares e ter visto as dificuldades que as pessoas enfren-
“
Domingos com uma família baiana em uma das suas visitas missionárias
Nas visitas, as pessoas ficam iluminadas pela Palavra de Deus e mais animadas para a vida na Igreja”.
tam para consegui-la. JA - Que contribuições esse trabalho traz para as paróquias que recebem as visitas? Domingos - Uma delas é o entusiasmo missionário. Há comunidades que passam até três anos sem receber a visita de um padre, por o espaço territorial ser muito grande, poucos padres e a dificuldade de acesso. As visitas trazem vigor para as comunidades. As pessoas ficam iluminadas pela Palavra de Deus e mais animadas para a vida na Igreja. As pessoas de lá têm dificuldade de leitura e de interpretação das Escrituras. Quando um missionário, mesmo leigo, faz isso, eles gostam. Eles dão muito valor à escuta da Palavra. JA - Diz-se que quem reali-
Retalhos do Cotidiano Se vivo fosse, faria 100 anos neste 7 de julho. Homem de pouco estudo e muita sabedoria. Homem de muitas virtudes, deixounos herança valiosa: a fé, a importância do amor, o valor do servir. Homem forte, o cansaço nunca o abateu nem a preguiça o visitou. Amigo devotado, foi no separar briga de dois deles que deslocou a clavícula, onde se originou o câncer que o vitimou. Sempre disponível para o próximo. Amou e foi amado. Uma bênção para nós, uma bênção para muitos. Ninguém viveu em vão quando a vida foi assim. Obrigado, Senhor, por Leonardo, meu querido pai!
Tempo É tempo de aproveitar o tempo. Para fazer o bem!
JA - O lema do centenário da Arquidiocese era: “De graça recebestes, de graça dai!”.
A evangelização aqui foi realizada pelos missionários que vieram da Europa. Mas temos poucas pessoas que se dedicam à missão. O que falta para isso? Domingos - Acredito que falta um pouco de discipulado, porque ninguém é missionário sem aprender com Jesus Cristo o que é ser missionário. Outra questão é a formação dos nossos seminaristas. As casas de formação deveriam incentivar cada vez mais os nossos futuros padres para ser mais missionários. Na Arquidiocese temos uma caminhada boa nesse sentido, pois todos os nossos seminaristas estão participando das visitas missionárias na Bahia. JA - Quando se fala em missão, sempre se imagina ir para longe. É possível ser missionário em nossa própria comunidade? Domingos - Sim. Principalmente após a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, do Papa Francisco, onde ele diz que não deixemos que nos roubem a alegria de evangelizar e ser missionários. Até mesmo porque devemos dar um pouco do que temos de espiritualidade missionária, dessa vontade de ir um pouco mais além. Nos trabalhos que realizo na minha comunidade, percebo como as pessoas estão necessitadas de evangelização. Isso podemos fazer em qualquer lugar, seja nas nossas comunidades de origem ou numa comunidade distante. Até aproveitando os Grupos Bíblicos em Família, podese fazer um bonito trabalho missionário. O material dos GBFs já é uma inspiração missionária, já que ele não é uma celebração, mas um instrumento de evangelização.
Carlos Martendal
Divulgação/JA
Meu pai
za um trabalho missionário, mais recebe do que dá. Quais são os benefícios de participar de um trabalho missionário? Domingos - Começa pela humildade e generosidade. Embora eles sejam pobres, bem mais que nós, são generosos em tudo. Dividem o pouco que têm. Isso os missionários aprendem com eles e se tornam mais solidários, receptivos, percebem mais as carências dos outros e buscam ajudar. Também contribui para as Santas Missões realizadas nas nossas paróquias. Hoje, a maioria das missões realizadas aqui são animadas pelos missionários que voltam das missões na Bahia.
Jornal da Arquidiocese
Dom
Amor
Que belo dom, o dom da vida; que bela vida a vida que se faz dom!
O amor verdadeiro não vai e volta, mas, se for o caso, sabe voltar quando se foi.
Cartas
Semear O que semeamos? E o que deixamos semear em nós? Na vida, todos somos semeadores. Uns semeiam flores e descobrem belezas, outros semeiam espinhos e se ferem nas suas
pontas agudas. Ninguém vive sem semear, seja o bem, seja o mal. Felizes são aqueles que, por onde passam, deixam sementes de amor, de bondade, de compreensão, de perdão.
O canto dos passarinhos é uma manifestação do amor de Deus, as nuvens brancas no céu azul, a beleza e o cheirinho gostoso das flores, as cores diferentes com que
Ele pinta a beterraba, a cenoura, a couve, a batata, tudo isso é delicadeza de Pai que ama os filhos e a eles se revela de maneira tão simples. São cartas de amor!
Quem ama
Semeador
Quem ama não se contenta com a mediocridade; quem ama não espera ser visto nem recompensado para fazer o bem. Jesus fez bem todas as coisas (Mc 7,37) e não é porque você e eu não sabemos apreciar a beleza do dia que nasce que Ele só faz a noite...
O bom semeador semeia em todos os tipos de ambientes, não apenas onde considera que seja solo bom. Semeia sementes de fé, semeia sementes de amor com as mãos cheias, o olhar amigo, os braços abertos, deixando a colheita com o Senhor. Não queiramos ser agricultores solitários...
Jornal da Arquidiocese
Geral 15
Julho 2014
Apostolado realiza Concentração Interdiocesana Evento reuniu em Gravatal seis dioceses celebrando a caminhada do Apostolado da Oração Divulgação/JA
O Santuário do Sagrado Coração de Jesus, em Gravatal, Diocese de Tubarão, foi pequeno para acolher os milhares de fiéis associados do Apostolado da Oração de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Eles participaram no dia 15 de junho da Concentração Interdiocesana do Apostolado da Oração. O evento reuniu associados do Apostolado das dioceses de Joinville, Tubarão, Lages, Criciúma, Porto Alegre e Florianópolis. Estivemos representados por mais de 400 participantes, que se deslocaram em cerca de oito ônibus. Durante o dia, os associados contaram com Celebração Eucarística, momento mariano com a oração do terço, palestra, coroação da imagem do Sagrado Cora-
Irmãs Catequistas Franciscanas CELEBRAM 100 ANOS DE HISTÓRIA
Arquidiocese esteve representada no envento por mais de 400 pessoas ção de Jesus e procissão pelo centro da cidade, com mais de 100 bandeiras do Apostolado. A Cele-
bração Eucarística foi presidida por Dom João Francisco Salm, bispo de Tubarão.
Romaria do Apostolado a Aparecida Milhares de associados de oito Estados A Arquidiocese foi representada por 800 participantes O Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, acolheu nos dias 14 e 15 de junho milhares de fiéis de todos os cantos do país que participaram da 36ª Romaria Nacional do Apostolado da Oração. A Arquidiocese de Florianópolis esteve representada por cerca de 800 associados/as, além da participação do Pe. Cledinei Clóvis de Melo Cavalheiro, SJ, diretor espiritual do AO da Arquidiocese.
C onhecendo as Forças Vivas da Arquidiocese
Tema central: ALEGRIA, inspirado no Documento do Papa Francisco, a Alegria de evangelizar. O Secretário Nacional do Apostolado da Oração (AO) e do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), Pe. Otmar Jacob Schwengber, SJ, e Dom Antônio Wagner da Silva, Bispo Referencial do AO, apresentaram no sábado as palestras que tiveram início às 9h, no Auditório do Santuário. Estiveram presentes representantes e coordenadoDivulgação/JA
Coordenação Arquidiocesana levou a nossa bandeira ao evento
res diocesanos de oito Estados. Os romeiros participaram, ainda no sábado, da missa das 18h presidida por Dom Antônio Wagner da Silva, bispo diocesano de Guarapuava (PR), e, logo após, seguiram em solene procissão luminosa. Na sequência, dois leigos falaram, dando um testemunho do seu trabalho: um pelo MEJ e outro pelo Apostolado. Tania Zimmermann Meurer, coordenadora arquidiocesana do Apostolado da Oração, deu o seu testemunho para os milhares de associados. Ela deu uma mensagem de otimismo. “Devemos confiar no amor do Coração de Jesus. Se nos colocarmos à disposição dEle, com confiança, Ele nos capacitará para o trabalho”, disse. Segundo ela, todos os anos uma diocese é convidada para apresentar o seu trabalho à frente do Apostolado. Para o próximo ano, a Arquidiocese de Florianópolis ficou encarregada de fazer essa apresentação. “Isso mostra que o trabalho realizado aqui está tendo visibilidade nacional”, acrescentou.
No início do século XX, Frei Polycarpo Schuhen, OFM, pároco em Rodeio, SC, dirigiu-se à Pia União das Filhas de Maria e à Ordem Franciscana Secular, em busca de colaboradores para as chamadas “escolas paroquiais” da região. A primeira jovem que se apresentou foi Amábile Avosani, seguida logo de sua irmã, Maria Avosani, e de Liduína Venturi. No dia 14 de janeiro de 1915, as três jovens, interrogadas por Frei Polycarpo, manifestaram sua decisão de dar continuidade ao trabalho nas escolas. De Maria Avosani veio o Sim decisivo: “Um ano não, padre. Nós queremos ficar sempre”. Foi o início da Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas. No primeiro tempo, o grupo contou com a orientação e apoio das Irmãs da Divina Providência, sobretudo de Irmã Clemência Beninca, presentes em Rodeio desde 1905 onde mantinham uma farmácia e uma escola. Em 1931, Dom Pio de Freitas, primeiro bispo de Joinville, informou a Congregação dos Religiosos sobre a existência do grupo de irmãs que, no início, se chamou de Companhia das Catequistas. Aos poucos o grupo foi crescendo e se expandindo para outras regiões, como, em 1947, para o então Estado do Mato Grosso; em1983, passamos a marcar presença missionária em Angola, África, e, em 1984, na Argentina. Ao celebrar os 75 anos de história, as-
sumimos a missão na Guatemala (1992), República Dominicana (1993), Bolívia (1996) e Paraguai (1997). Hoje estamos em 22 Estados do Brasil e em outros 10 países. Além dos já citados, Moçambique, Haiti, Chile e Peru. A partir de 1967, a Congregação se organizou em províncias, que hoje são seis. O projeto de vida das Irmãs Catequistas Franciscanas é seguir Jesus Cristo vivendo no meio do povo com simplicidade, alegria e disponibilidade, a serviço da vida, onde esta se encontra mais fragilizada. Para responder à perspectiva de uma caminhada mais aberta, plural e sintonizada com os apelos atuais, iniciou-se um trabalho de parceria com pessoas leigas, chamados Simpatizantes do Carisma. No dia 14 de janeiro de 2015, a Congregação celebra seu centenário. É uma celebração de louvor a Deus, por ter conduzido e inspirado essa história e caminhada. E de gratidão a todo o povo que acolheu e apoiou as irmãs e, juntamente com elas, contribuiu na trajetória de levar adiante o sonho das pioneiras. Que essa celebração seja, acima de tudo, compromisso a recomeçar sempre, sintonizando com os movimentos da história, através das vidas que em todos os tempos continuam a se doar, na simplicidade, no desapego, na alegria de servir e na busca da irmandade universal. Ir Ir.. Beatriz Catarina Maestri-CF Divulgação/JA
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Geral
Julho 2014
Jornal da Arquidiocese
Encontro Arquidiocesano da Pastoral Carcerária Evento reuniu 40 lideranças que atuam nas penitenciárias, presídios e outros estabelecimentos penais Divulgação/JA
A Pastoral Carcerária da Arquidiocese realizou no dia 21 de junho o seu 23º Encontro Arquidiocesano. O evento teve como sede a Paróquia São Sebastião, de Tijucas, e reuniu 40 lideranças que atuam nas penitenciárias, presídios e outros estabelecimentos penais da Arquidiocese. Também houve a presença do Pe. Almir Ramos, de Lages, coordenador estadual da Pastoral Carcerária. Durante o evento, os presentes tiveram momentos de formação e partilha de experiências locais e pessoais. Os participantes foram acolhidos pelo Pe. Elizandro Scarsi, pároco anfitrião, e pela equipe da Pastoral Carcerária de Tijucas. Em seguida, foi apresentada a nova apostila de formação da Pastoral Carcerária, que é uma revisão da apostila de 2005. Pe. Almir observou que certos problemas e desafios levantados no encontro são comuns às outras dioceses. “De modo geral, devem ser resolvidos no local, para isso servindo as reuniões da equipe, reuniões que devem ser pelo menos mensais”, disse. Pe. Revelino Seidler, coordenador arquidiocesano de Pastoral,
Durante o encontro, Pe. Ney apresentou a nova apostila de formação também esteve presente. Ele apresentou várias sugestões para o trabalho em nível de arquidiocese, segundo o 13º Plano Arquidiocesano de Pastoral. Lembrou também a importância da representação da PCr na próxima Assembleia de Pastoral da Arquidiocese, no dia 31 de julho. Virgínia, de Balneário Camboriú, e Maria Sakai, de Florianópolis, expuseram alguns elementos da Justiça Restaurativa Restaurativa, essa nova forma de administrar a Justiça, inspirada nos valores evan-
gélicos do perdão e da reconciliação, e que visa a não apenas punir o crime, mas restaurar a situação da vítima e do agressor. Henrique Aguiar, de Florianópolis, falou sobre a importância do Conselho da Comunidade em cada comarca. É um órgão previsto pela LEP, com a missão oficial de vistoriar a situação nos presídios, relatar ao Juiz da Execução Penal e contribuir para a solução dos problemas. Falou também sobre o proAC, Associação de Protejeto da AP APA ção e Assistência ao Condenado.
Pascom da Arquidiocese sediará II Muticom do Regional Um encontro realizado na manhã de 21 de junho deu mais um passo rumo à realização do II Mutirão de Comunicação do Regional Sul IV (SC). Realizado na Paróquia São Luiz Gonzaga, em Florianópolis, o encontro discutiu alguns assuntos pendentes para o evento que será realizado nos dias 14 a 16 de novembro, em Florianópolis. Participaram do evento Terezinha Campos, coordenadora da Pastoral da Comunicação do Regional; Olga Oliveira, coordenadora arquidiocesana da Pascom; Pe. Domingos Volnei Nandi, professor da Faculdade Católica de Santa Catarina – FACASC; lideranças locais da Pascom e convidados. Durante a reunião foi apresentado o que já está definido para o Mutirão e o que ainda está pendente. O II Muticom Regional terá como tema “Uma nova paróquia” e lema “Construindo em comunidade a cultura do Encontro”. A abertura, na noite de 14 de novembro, será realizada no auditório da Assembleia Legislativa de Santa Catarina – ALESC.
No sábado, pela manhã, haverá uma palestra sobre o Diretório de Comunicação, com o Pe. Clovis de Jesus Bovo, e a Irmã Elide Fogolare. À tarde serão oferecidas nove oficinas aos participantes. E à noite haverá um show humorístico “Rir, um santo remédio”, com o artista Fábio Borges, do Rio de Janeiro. No domingo será apresentado o resultado dos trabalhos das oficinas e será feito o encerramento. O local do encontro no sábado e no domingo depende de confirmação. Também foram apresentadas as mídias do evento: logo, cartazes, folderes, banner e outdoors. Terezinha acredita que o trabalho de organização está caminhando bem. “Estamos avançando na organização do evento e creio que teremos um excelente Muticom”, afirmou.A primeira edição do evento foi realizada em maio de 2011, em Joinville. Informações sobre o II Mutirão Regional de Comunicação no blog www.mutiraoregionaldecomu nicacaosc.blogspot.com.br Foto JA
Encontro Nacional da Pascom em Aparecida O 4º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação e o 2º Seminário Nacional de Jovens Comunicadores serão realizados de 24 a 27 de julho, em Aparecida (SP). “Comunicação, desafios e possibilidades para evangelizar na era da cultura digital” será o tema de reflexão nos seminários e painéis com a presença de pesquisadores da comunicação. Os eventos aguardam aproximadamente 800 agentes da Pascom, entre jovens comunicadores, profes-
sores, profissionais, pesquisadores da área da comunicação que atuam nos regionais, dioceses, comunidades, congregações, instituições e sociedade em geral.
O encontro contará com apresentação de relatos das experiências de profissionais e agentes da Pascom e a fundamentação teórica dos temas discutidos, bem como a apresentação do Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil. As inscrições para os encontros estão disponíveis até 23 de junho junho, com vagas limitadas. Confira os valores e a ficha de inscrição no hotsite http://encontro nacionalpascom.cnbb.org.br
Encontro reuniu coordenação Arquidiocesana, Regional e convidados