Jornal da Arquidiocese | nº 219 | dezembro de 2015

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Jornal da

ARQUIDIOCESE

FLORIANÓPOLIS, nº 219

Iniciativa Solidária

Prêmio Dom Afonso Niehues | 3

DEZEMBRO DE 2015

Tempo do Advento

A feliz espera do Senhor | 8

Evangelização com os jovens Jesus no Litoral | 11


Jornal da Arquidiocese, Dezembro de 2015

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opinião

1º de janeiro - por um mundo de paz

Jubileu da Misericórdia

O Dia Mundial da Paz foi instituído pelo Papa Paulo VI e é celebrado todos os anos, no dia primeiro de janeiro. O tema eleito pelo Papa Francisco para o 49º Dia Mundial da Paz, 1º de janeiro de 2016, será: “Vence a indiferença e conquista a paz”. Ao divulgar a mensagem do Papa, o Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz, recorda que a “indiferença em relação aos flagelos de nosso tempo é uma das causas fundamentais que vai em detrimento da paz no mundo. É frequentemente vinculada a diversas formas de individualismo que produzem isolamento, ignorância, egoísmo e isto leva ao desinteresse”. A nota publicada pelo Pontifício Conselho explica ainda que “a paz deve ser conquistada: não é um bem que se obtém sem esforços, sem conversão, sem criatividade e sem dialética”. Cristo é o Shalom, a paz que a humanidade necessita. A verdadeira paz não vem dos homens, mas de Deus. Jesus convida o ser humano a ser discípulo e ministro da paz. A conversão do coração é o percurso da paz. No Jubileu Extraordinário da Misericórdia que toda a Igreja no mundo começa a viver, a partir do próximo dia 08 de dezembro, o Papa faz um apelo para um coração misericordioso, como o de Deus, que ama e perdoa sem medidas. A misericórdia é, ao mesmo tempo, fonte e fruto da paz. Que no ano de 2016, o Senhor possa encher o coração de cada um de paz e misericórdia. E, assim, todos possam transbordar na humanidade mais amor, que vence toda e qualquer indiferença. Feliz e abençoado Ano Novo!!!

No dia 08 de dezembro de preensível aos homens do 2015 tem início o “Ano San- seu tempo. to da Misericórdia”. A ceriO “Ano Santo” quer comônia de abertura da “Porta locar em evidência, também, Santa” na Basílica de São que a Igreja tem a missão de Pedro marca o começo. O ser testemunha da miseri“Ano Santo” se estenderá até córdia de Deus no mundo. É a festa de “Cristo Rei”, no dia chamada, neste período de 20 de novembro grandes mudande 2016. ças, a oferecer O Papa Franmais vigorosacisco tem alguns mente os sinais “A Igreja tem a propósitos ao da presença e missão de ser proclamar o “Ano proximidade de Santo”. O primeiDeus. O Papa testemunha da ro, e mais imporpensou o jubileu misericórdia de tante, é realçar os como um cami50 anos da connho espiritual de Deus no mundo” clusão do Concíconversão, de lio Vaticano II. O fixar-se no esPapa quer encosencial. É o temrajar os cristãos po para a Igrea continuarem a obra iniciada ja reencontrar o sentido da pelo Concílio. Começava aí missão que recebeu do Seuma nova etapa de evange- nhor: ser sinal e instrumento lização na Igreja. Era neces- da misericórdia do Pai (cf Jo sário anunciar e testemunhar 20,21-23). com mais entusiasmo e conFrancisco propõe uma sévicção a sua fé. Os padres rie de atividades para o “Ano do Concílio tinham sentido Santo”. Uma delas é que seja forte a exigência de falar de um tempo de exercício do Deus de um modo mais com- perdão. Recomenda para

Dom Wilson Tadeu Jönck, scj

Nos caminhos de Francisco

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Nas redes

Se aprendermos a pedir desculpas rapidamente e a doar o perdão recíproco, as feridas se cicatrizam, o matrimônio se fortalece e a família se torna uma casa sempre mais sólida.

Arquidiocese celebra 04 anos da chegada de Dom Wilson Dia 15 de novembro completaram-se 04 anos da posse de Dom Wilson Tadeu Jönck na Arquidiocese Florianópolis. Na data festiva, diversas pessoas deixaram sua mensagem de congratulação ao Arcebispo.

04 de novembro, na Audiência Geral na Praça São Pedro

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Amar a Deus com todo o coração significa confiar nele, na sua providência, e servi-lo nos nossos irmãos mais pobres sem esperar nada em troca.

facebook.com/arquifloripa

08 de novembro, no Ângelus

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Assessoria lança vídeo especial do dia do leigo

Todas as pessoas – verdadeiramente todas – são importantes aos olhos de Deus.

@pontifex_pt

19 de novembro, no Twitter

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Educar de modo cristão não é fazer uma catequese, proselitismo, é levar avante os jovens e as crianças nos valores humanos em toda a realidade. E uma dessas realidades é a transcendência. 21 de novembro, no Congresso Mundial de Educação Católica

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Quando a Igreja não é fiel ou não é muito fiel ou não tem muita fé no amor de seu Senhor procura se arranjar com outras coisas, com outras seguranças, mais do mundo que de Deus.

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Todos nós, cristãos, somos chamados a imitar o Bom Pastor e cuidar das famílias feridas. 12 de novembro, no Twitter

23 de novembro, Missa na Casa Santa Marta

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC, Fone: (48) 3224-4799 / 9982-2463

Assessoria de Comunicação

O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal da Arquidiocese de Florianópolis-SC.

isso a busca intensa do sacramento da reconciliação. Deseja que haja um sair da situação de comodismo para um testemunho de fé mais vibrante. A peregrinação aos santuários seja um sinal externo desta disposição. Incentiva ainda a busca das indulgências. Por fim, apresenta as obras de misericórdia como o grande caminho para viver o espírito do “Ano Santo”. A prática das obras de misericórdia corporais e espirituais será o grande sinal da presença de Deus no mundo, desejado pelo Concílio Vaticano II.

Os leigos Carlos Medeiros, Itajaí, Umberto Sell, Camboriú, e Dona Zita, Florianópolis, fizeram parte do vídeo especial sobre a vocação leiga, lançado no canal do Youtube da Arquidiocese. Padre Sérgio de Souza também participou da gravação. youtube.com

Bispo ortodoxo visita Florianópolis No dia 23 de novembro, o Arcebispo Metropolita de Buenos Aires, Dom Tarasios, Primaz e Exarca da América do Sul (Patriarcado Ecumênico de Constantinopla), da Igreja Ortodoxa Grega, visitou Dom Wilson Tadeu Jönck, scj. Dom Tarasios esteve acompanhado dos Arquimandritas Agathangelos e Serafim. facebook.com/arquifloripa

DIRETOR: Pe. Vitor Galdino Feller CONSELHO EDITORIAL: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Leandro Rech, Pe. Revelino Seidler, Pe. Vânio da Silva, A. Carol Denardi, Fernando Anísio Batista, Jean Ricardo Severino, Olga Oliveira e Roberson Pinheiro. JORNALISTA RESPONSÁVEL: A. Carol Denardi (SC 01843-JP) PROJETO GRÁFICO: Lui Holleben

DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO: Roberson Pinheiro COORD. DE PUBLICIDADE: Pe. Leandro Rech e Erlon Costa TIRAGEM: 24.000 exemplares IMPRESSÃO: Diário Catarinense EMAIL: imprensa@arquifln.org.br e comunicacao@arquifln.org.br SITE: www.arquifln.org.br FACEBOOK: Arquidiocese de Florianópolis


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#compartilha Entidades são beneficiadas com o Prêmio de Iniciativa Solidária Foto: Roberson Pinheiro

Retalhos do Cotidiano Prof. Carlos Martendal

Natal 1

Uma mulher, a Mãe; um Menino, o Filho! Nessa mulher se realiza aquele que o Papa João Paulo II, visitando Nazaré, chamou de “o maior milagre da história”. Essa mulher, que pressentindo a necessidade da velha prima Isabel vai, grávida, oferecer-lhe ajuda, faz o que Bento XVI denominou de “a primeira procissão eucarística”! Grandes coisas, de fato, fez nela o Poderoso!

Natal 2

Diác. Francisco de Sousa, representando a Ação Social de Areias, recebeu o prêmio das mãos do Pe. Leandro Rech

A Ação Social Arquidiocesana (ASA) fez a entrega, no dia 24 de novembro, do Prêmio Dom Afonso Niehues a três iniciativas solidárias da Arquidiocese. Foram premiadas a Associação Casa Irmã Dulce, de Tijucas, a Ação Social de Areias, São José, e a Pastoral do Migrante, de Florianópolis. A entrega aconteceu dentro da programação da Festa de Santa Catarina de Alexandria, padroeira do Estado, da Arquidiocese e da Ilha de Florianópolis. No auditório da Catedral, mais de 200 pessoas prestigiaram o momento celebrativo. “Acreditamos que muitas iniciativas são desenvolvidas. Com o prêmio queremos partilhar e dar visibilidade a estas ações, além de contribuir para sua execução”, enfatiza o técnico em projetos sociais, Luciano Leite. Além do troféu, os premiados receberam um valor em dinheiro para a manutenção do projeto. Algumas personalidades também foram homenageadas na noite de terça-fei-

ra: o Pe. Vilson Groh, o Pe. Joaquim Roque Filippin, Diác. Juarez Blanger, a leiga Leila Pizatto, o Juiz-Corregedor Alexandre Takaschima e o empresário Glauco José Côrte. “Consideramos esses nomes como personalidades que se destacam por suas ações de inclusão social, de superação da pobreza, de geração de trabalho e renda, e de promoção de grupos na participação em espaços de construção da cidadania”, conclui Luciano. Festa de Santa Catarina

Natal 3

Ele, o Senhor, humilha-se para exaltar-nos; priva-se de comida e de bebida para saciar-nos; nasce “o mais belo dos filhos dos homens” (cf. Sl 45[44],3) para morrer “tão desfigurado, que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano” (Is 52,14); quando surge para os seus, os seus não o conhecem (cf. Jo 1,11); Ele é luz e as trevas não o compreendem (cf. Jo 1,4-5).

Natal 4

Jesus sabia o que ia sofrer, mas o amor era infinitamente maior. Deuse. Amou até o fim (cf. Jo 13,1). O amor fez-se menino; o Criador, tornou-se criatura! Feliz Natal!!

Igreja Matriz de Itajaí celebra 60 anos de fundação

As festividades começaram com a novena no dia 16 de novembro. A cada noite os presentes eram convidados a refletir algum tema de relevância na sociedade – como saúde, educação, juventude etc. No dia 25, às 18h30, aconteceu a Missa Festiva e a procissão pelas ruas do centro da capital, encerrando as comemorações.

Sistema prisional foi pauta na Reunião do Clero em novembro A última reunião geral dos padres e diáconos deste ano aconteceu no dia 17 de novembro e contou com aproximadamente 180 participantes. Eles se encontraram no Centro de Evangelização Angelino Rosa (CEAR), em Governador Celso Ramos. A condução dos trabalhos ficou a cargo da Coordenação Arquidiocesana de Pastoral. Na abertura, o Arcebispo Dom Wilson Jönck destacou a importância da reunião, que abrange trabalho e confraternização. O encontro contou com a participação

Qual é o nosso desejo, neste Natal? Quais são os desejos de Natal que estão no coração dos pobres esfomeados, dos ricos saciados, dos que gozam a vida, dos que sofrem? Quais os desejos de Natal dos que esperam jubilosos a vinda do Menino, dos que ajudam os irmãos, dos que servem sem esperar outra coisa que a felicidade dos que são servidos, seus irmãos?

da Dra. Branca Bernardi, que falou sobre a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC). A juíza, do município de Barracão (PR), apresentou os benefícios do projeto e disse que “com a APAC, o envolvimento dos presos com a sociedade muda totalmente”. Os padres e diáconos aprovaram uma ajuda para a construção da sede desta associação em Florianópolis. Iniciação à Vida Cristã, prestação de contas e Jubileu da Misericórdia também entraram na pauta do encontro do clero.

Foto: Fotomestria

Autoridades e centenas de fiéis participaram da Celebração

A Igreja Matriz da Paróquia Santíssimo Sacramento, centro de Itajaí, comemorou 60 anos de fundação no dia 15 de novembro, com Missa em ação de graças presidida pelo Arcebispo, Dom Wilson Tadeu Jönck. Concelebraram os padres David Antônio Coelho, Siro Manoel de Oliveira, Isaltino Dias, Vânio da Silva, Valmir Debarbi, Francisco Wloch, Márcio Lacoski, Josemar Silva, Afonso Molinari, Eduardo Bastos e Márcio Bolda. Participaram, ainda, diáconos, re-

ligiosas, lideranças, representantes das paróquias, fiéis, o prefeito de Itajaí, Jandir Bellini, e sua esposa, e outras autoridades. Segundo o pároco, Pe. Sérgio José de Souza, esta Celebração Eucarística representou o grande obrigado ao próprio Deus. “Como Igreja, somos o povo de Deus, reunido para louvar e agradecer pelos 60 anos de história de fé, amor, serviço e doação. É a Igreja viva que está presente no coração de cada um”, destacou.


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#compartilha FACASC forma primeira turma de Teologia após reconhecimento do MEC Treze alunos da Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC) serão formados no curso de Teologia no dia 12 de dezembro. “Esta formatura é um marco para a faculdade, pois trata-se da primeira turma reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC)”, destaca o coordenador de comunicação da entidade, Pe. Domingos Nandi. O curso de Teologia da FACASC foi autorizado em 2012, por meio da aprovação do corpo docente e técnico-administrativo e da organização didático-pedagógica da instituição. No final do ano passado, aconteceu uma segunda avaliação para verificar se foi cumprido o projeto apresentado para autorização e reconhecer o curso. “Avalio de maneira muito positiva o curso da FACASC. Há um bom empenho da parte dos profissionais e temos professores capacitados nas áreas em que lecionam. Além disso, percebemos a pre-

ocupação constante com os alunos”, comenta o formando Dyego Delfino. Dyego também se prepara para o sacerdócio assim como boa parte dos alunos da Faculdade Católica. Agora, como teólogo, ele acredita que um bom caminho que ele e seus colegas de classe devem trilhar é “ajudar as pessoas a dar razões para a sua fé, por meio de diálogos. Outra maneira é estarmos atentos aos sinais dos tempos e procurar iluminar cada pessoa”. A formatura terá início, às 08h30, com a Missa em ação de graças, no Provinciliado das Irmãs da Divina Providência. Haverá após a colação de grau.

Foto: Ellinton Souza

Serviço Formatura Facasc 12 de dezembro | 08h30 Provincialado das Irmãs Divina Providência (Florianópolis)

Alunos do curso de Teologia da FACASC vieram de diversas regiões de Santa Catarina

Livreto do Advento destaca Ano Santo da Misericórdia

Ser sacerdote para sempre: padres celebram jubileu de prata e de ouro

Presbíteros da Arquidiocese lançam livros

A equipe arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família (GBF) lançou o livreto “A alegria do Advento”, com a celebração inicial e os quatros encontros do novo Tempo Litúrgico. O material ainda traz subsídios sobre o Jubileu de Misericórdia e a Campanha da Fraternidade do ano que vem. O livreto pode ser adquirido no valor de R$ 1,80 na Coordenação Arquidiocesana de Pastoral ou diretamente nas secretarias paroquiais. “Em meio às tribulações e a correria do dia a dia, a nossa missão de animadores e animadoras dos GBF, nesse tempo, é proporcionar às pessoas a abrirem o coração e a casa para acolher com alegria Jesus de Nazaré, o Emanuel – Deus Conosco”, observa a coordenadora arquidiocesana, Maria Glória da Silva. Na apresentação do livro, o Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, deu destaque ao Jubileu da Misericórdia e desejou “que os encontros dos GBF de preparação para a festa do Natal nos ajudem a entrar no espírito do Ano Jubilar”.

O mês de dezembro é marcado pelo aniversário de ordenação de alguns padres. No dia da Solenidade da Imaculada Conceição, 08, o reitor do Seminário de Teologia de Criciúma, com sede em Florianópolis, Pe. Oscar Paulo Pietsch, comemora 25 anos de sacerdócio. No sábado, 12, Elói Comper, da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, completa 25 anos de ordenação presbiteral. Natural de Botuverá, atualmente ele é o vigário da Paróquia São José, daquele município. Já no dia 18, Pe. Valdir Staehelin, de São Pedro de Alcântara e atual vigário da Paróquia São João Evangelista, em Biguaçu, celebra o jubileu de ouro sacerdotal, com Missa às 19h30 na Igreja Matriz. No dia seguinte, 19, a Celebração Eucarística será às 10h30, na Paróquia São Pedro de Alcântara.

No dia 10 de dezembro, às 07h30, a Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC), em Florianópolis, lançará o livro “História de Padres em Santa Catarina”, escrito pelo Pe. José Artulino Besen. A obra traça a biografia de 69 padres que trabalharam no Estado. É o primeiro volume de uma série que o autor passa a publicar, fruto de uma pesquisa iniciada em 1980 onde fez o levantamento dos padres entre 1500 e 1983, um pouco mais de 1.750 presbíteros. Na mesma ocasião, Pe. José apresenta a terceira edição, atualizada, do livro “Com Francisco, Viver a Misericórdia”. O Padre Valdir Staehelin, vigário na Paróquia São João Evangelista, em Biguaçu, também lançou neste final de ano, em comemoração aos seus 50 anos de sacerdócio, a obra “Coisas Novas e Velhas”. Ele retrata poesias e mensagens sobre o Natal, Dia das Mães e dos Pais e a Páscoa, além de sonhos que teve ao longo da vida e demais mensagens.


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nossa fé

Comunidade e encarnação

Catástrofe em Mariana: Por uma ecologia integral

Pe. Vitor Galdino Feller

Fernando Anísio Batista

No Natal celebramos a solenidade da encarnação de nosso Deus. A Palavra eterna do Pai, o Filho amado gerado pelo Pai desde toda a eternidade, entra em nossa história humana, fazendo-se carne no ventre de Maria e assumindo a nossa condição humana. Em tudo igual a nós, menos no desumano do pecado (Hb 4,15).

O mistério da encarnação Em sua encarnação, assumiu tudo o que é humano, coisas boas e ruins: crises e esperanças, decepções e alegrias, tentações e vitórias, morte e vida. Assumiu para redimir. Este é o processo de nossa caminhada de fé e do anúncio do Evangelho: que o Evangelho precisa ser inculturado, para assumir tudo o que é humano e transformá-lo na dinâmica da vida nova em Cristo.

Comunidades encarnadas Como a Palavra de Deus feita carne em Jesus de Nazaré, também nossas comunidades são convocadas a se encarnar em nossas realidades sociais e culturais, em nossos bairros, periferias e cidades, na vida de nossos povos. Na exortação apostólica Evangelii Gaudium, o Papa Francisco ensina que cada comunidade e paróquia “é presença eclesial no território, âmbito para a escuta da Palavra, o crescimento da vida cristã, o diálogo, o anúncio, a caridade generosa, a adoração e a celebração” (EG n. 28). Cada comunidade assume o jeito de ser e viver, de cantar e sofrer, de amar e lutar, o jeito de ser de seu povo. Isso é encarnação, inculturação.

Difícil encarnação Em seu processo de encarnação, as comuniEncontre esse e outros artigos em: www.arquifln.org.br

dades são o sacramento da Palavra, da Liturgia e da Caridade da Igreja. O documento 100 da CNBB – “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia” – reconhece: “Há séculos a paróquia tem sido a presença pública da Igreja nos diferentes lugares. Ela é referência para os batizados”. E lembra a dificuldade atual para que essa inculturação continue acontecendo em nossos tempos. “Sua configuração social, entretanto, tem sofrido profundas alterações nos últimos tempos. A mudança de época da sociedade e o processo de secularização diminuíram a influência da paróquia sobre o cotidiano das pessoas” (n. 1). Que o Natal do Senhor nos ensine a vencer desafios, para que nossas comunidades e paróquias sejam encarnadas e enraizadas na vida de nosso povo! Compartilhe ArquiFloripa

A sociedade brasileira - e mundial - ainda está perplexa em relação às gravíssimas consequências socioambientais causadas pelo rompimento da barragem em Mariana (MG). Os impactos e a destruição são incalculáveis. São pessoas cujas suas vidas foram ceifadas, famílias que perderam tudo que tinham e o meio ambiente que não tem mais vida. Em nota de solidariedade à Arquidiocese de Mariana, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirma que “se a contemplação da imensidão do ‘lago de rejeitos’ destas barragens, antes do rompimento, já revelava um cenário de morte, onde nada permanecia vivo, pior e mais dolorosa é, e continuará sendo por muitos anos, a visão desoladora da devastação da vida de pessoas, de animais, de plantas e do comprometimento de um rio que, até então, era portador de vida”. O apelo do Papa Na Encíclica Laudato Si,

o Papa Francisco apresenta uma visão inovadora em relação ao meio ambiente, a qual compreende que tudo está interligado, sendo que somos parte da natureza, não algo separado dela como a sociedade de consumo busca apresentar. Sim, a catástrofe de Mariana está interligada com o modelo de sociedade que vivemos e a forma como nos relacionamos com a natureza, onde a obtenção de lucros muitas vezes é mais valorizada do que a preservação da vida. O Papa afirma que “o custo dos danos provocados pela negligência egoísta é muitíssimo maior do que o benefício econômico que se possa obter” (…), “por isso, não podemos ser testemunhas mudas das gravíssimas desigualdades, quando se pretende obter benefícios significativos, fazendo pagar ao resto da humanidade, presente e futura, os altíssimos custos da degradação ambiental” (LS 36).


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capa

Eu vi o rosto da misericórdia... Em diferentes histórias, o amor de um Deus que não se cansa de manifestar compaixão

Misericórdia, segundo o Papa Francisco, é o ato último e supremo de Deus que vem ao encontro de cada pessoa. É o percurso que une Deus e o homem, porque abre o coração do homem à esperança de ser amado para sempre, apesar da limitação do próprio pecado. No dia 08 de dezembro, o Pontífice abre oficialmente o Ano Santo. Na bula, que proclamou sobre este Jubileu Extraordinário, observa-se que “a misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado. Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai. Com a sua palavra, os seus gestos e toda a sua pessoa, Jesus de Nazaré revela a misericórdia de Deus”.

“É com eles estar em família, quando muitos não têm mais” A coordenadora da Casa de Acolhimento para Pessoas em situação de rua, Rosilene Maria Alves, vive diariamente, e não apenas no Natal, a misericórdia. “O cara recaiu, mas vamos escutar e perceber o tempo das pessoas. É triste para alguém reconhecer a dor do vício e que é aquilo que o colocou na rua. Não só a drogadição, mas outras dores ele carrega”, afirma Rosilene, da casa no Monte Serrat, em Florianópolis. O local tem capacidade para abrigar 20 pessoas, homens e mulheres que perderam tudo e hoje vivem na rua. O foco deste trabalho que faz parte do Instituto Padre Vilson Groh é a possibilidade de inserção no mercado de trabalho e de devolução da dignidade perdida. A teóloga explica que a misericórdia é a chance de dar acesso àquilo que as pessoas em situação de rua perderam pelo caminho. Hoje elas estão sem nada, até sem relacionamentos, pois a grande maioria apresenta problemas com a família. “O Pai nos permite conviver com ele na forma humana, na pessoa de Jesus. Aqui falamos desse Deus feito homem. É com eles estar em família, quando muitos não têm mais. É saber que neste Natal eles não vão estar sós, mas com as pessoas daqui. Aquilo que tenho em mim e divido com eles. É se colocar nesse humano que sou eu e é ele”, comenta Rosilene, mais conhecida por Leninha. Na Bula do Ano Santo, Francisco afirma isso em outras palavras. “Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai”.

“Quando vim para cá estava abandonado, desorientado. Aos poucos fui resgatando meus valores, minha dignidade” O colaborador voluntário do Instituto Kairós, no Centro de Tratamento Recanto Silvestre, em Biguaçu, viu o rosto da dor e ao mesmo tempo, da esperança, no dia 08 de outubro de 2012, quando foi diagnosticado com câncer maligno de laringe. Começava então o tratamento com rádio e quimioterapia. Na época, Aldo Manoel de Amorim também colaborava com o Pe. Luiz Prim, no Centro de Tratamento Paz e Bem, Morro dos Cavalos, em Palhoça – atualmente as atividades daquele local estão centralizadas no Recanto Silvestre. No dia de São Brás do ano seguinte, 03 de fevereiro de 2013, Aldo fazia mais uma sessão de quimio no Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), enquanto na mesma hora, Pe. Prim presidia uma Missa para os adictos. Em determinado momento, o padre pediu para todos intercederem pela cura do paciente. “A verdadeira graça aconteceu. Eu vi o rosto da misericórdia lá no Cepon. Com a agulha na veia, senti algo diferente. Fui saber dessa intercessão uma semana depois”, explica Aldo. Alcóolatra desde os 13 anos, parou de beber em 2011, quando se internou no Recanto Silvestre. Hoje, aos 59 anos, ele faz exames regularmente e não tem mais o câncer. “O adicto chega destruído, deixado pela família, como foi meu caso, porque a dependência química é algo doloroso. Quando vim para cá estava abandonado, desorientado. Aos poucos fui resgatando meus valores, minha dignidade. Fiquei oito anos sem ver meus filhos. Hoje eles me chamam de pai novamente. Eu vejo a mão de Deus aginda todo dia aqui dentro. A cada passo, você vê o homem novamente em um lar, trabalhando, reerguendo-se”. No próximo dia 08 de dezembro, o Papa Francisco vai abrir a Porta Santa, “será então uma Porta da Misericórdia, onde qualquer pessoa que entre poderá experimentar o amor de Deus que consola, perdoa e dá esperança”. Ele continua ao dizer que com a Porta Santa, temos “plena confiança de ser acompanhados pela força do Senhor Ressuscitado”. Rosilene e Aldo tomaram a decisão de um dia adentrar também por uma porta: a da misericórdia e confiança em um Deus que ama e intervém, sempre em favor do ser humano.

Acesse: arquifln.org.br/jubileudamisericordia


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“Eu aprendi a misericórdia de um ponto de vista religioso, mais profundo”

“O amor misericordioso de Deus realmente me alcançou, foi um consolo diante da perda do meu pai”

É por uma porta no Lar Santa Maria da Paz, em Tijucas, que todos os dias entra Leondina Fatima de Souza Sônego. Ao adentrar, Dina, como é conhecida, vê a misericórdia de Deus no rosto do idoso com ou sem dor, alegre ou triste, mas que a acolhe com um bom dia, “como se a gente fosse a própria família deles”. A assistente administrativa do Lar em Tijucas cuidou do Monsenhor Afonso Emmerdoerfer durante um ano e oito meses, na fase terminal. Ele faleceu no dia 11 de dezembro de 2013. “Eu aprendi a misericórdia de um ponto de vista religioso, mais profundo. Eu como filha e ele como um pai espiritual. Como padre, ninguém sabia acolher como ele”, relata. Dina diz que vê o rosto da misericórdia também nos olhos das pessoas que contrata para trabalhar. “Você nunca conhece uma pessoa quando oferece um trabalho. Depois você vai descobrindo que é uma vida muito sofrida. E, com o olhar de fé, você a acolhe com um trabalho e descobre que há uma história muito triste por trás”. No Lar Santa Maria da Paz, Dina vive na prática o que cita o papa na Bula do Jubileu: “somos chamados a viver de misericórdia, porque, primeiro, foi usada misericórdia para conosco”. São João Paulo II, na Encíclica “Dives in misericórdia” (sobre a misericórdia divina), indica que “o próprio mistério de Cristo obrigame a proclamar a misericórdia como amor misericordioso de Deus”.

E no mistério do nascimento de Jesus nascia a única filha do casal Cleonice Feller Ribeiro e Giovane Ribeiro. Pertencentes à Paróquia São Vicente, em Itajaí, Cleonice conta que viu concretamente o rosto da misericórdia em 2011. Com três meses de gravidez, perdia o pai, em junho daquele ano. Porém, no dia 24 de dezembro nascia a Eduarda, com 3,1 kg e 49 centímetros. “O amor misericordioso de Deus realmente me alcançou, foi um consolo diante da perda do meu pai. Não tem alegria maior do que o nascimento de um filho. Ainda mais, na véspera do nascimento do nosso Salvador”, descreve a mãe. O modo como Deus ama “Misericórdia”! É esse o modo de amar de Deus, segundo o Arcebispo de Florianópolis. Ele explica que, às vezes, o ser humano ama aquilo que é amável, que tem uma resposta gratificante. “Amar quando não vem nada em troca. Esse é o amor misericordioso. É desse jeito que devemos aprender, porque é assim que Deus nos ama. Se não aprendermos esse amor misericordioso, não aprenderemos o que é o cristianismo”, comenta Dom Wilson Tadeu Jönck. “Deus é amor” (1 Jo 4,8.16), sinaliza Francisco na Bula do Jubileu do Ano Santo. Um amor que se tornou concreto em toda a vida de Jesus. Tudo em Jesus expressa misericórdia. “A sua pessoa não é senão amor, um amor que se dá gratuitamente. Os sinais que realiza, sobretudo para com os pecadores, as pessoas pobres, marginalizadas, doentes e atribuladas, são caracterizados pela misericórdia. Nele, nada há que seja desprovido de compaixão”.

Manjedoura da misericórdia A palavra misericórdia tem origem no latim e é composta pelos termos latinos “miseratio”, derivado de “miserere” que significa “compaixão”. E “cordis”, derivado de “cor”, “coração”. Em outras palavras, é a compaixão do coração. Ser misericordioso como Deus que é a eterna misericórdia e, assim, dar espaço no coração ao próximo e acolhê-lo em compaixão, apesar dos seus limites e fraquezas. Deus, em sua infinita misericórdia para com a humanidade, enviou o Verbo para nascer do coração imaculado e compassivo de Maria Santíssima. Jesus Cristo, o Filho de Deus, nasceu na mais pequena simplicidade, uma manjedoura. Para construir a manjedoura da misericórdia dentro de si, o ser humano precisa de pouca coisa física, mas de uma enorme montanha desta “compaixão do coração”. No Natal, mas também em todos os dias, Jesus nasce no coração de cada homem e mulher. E este coração precisa estar livre de tudo aquilo que possa impedir o nascimento do Filho de Deus. Jesus vai nascer, nada mais importa. É tempo de evangelizar, de ser e agir com misericórdia. Segundo o Papa Francisco, há três modos de viver o Natal de forma digna: rezar, agradecer a Deus e ajudar os outros. “Rezemos nestes dias, demos graças a Deus e depois pensemos: como levar alívio a quem sofre? Ajudar os outros. Assim, chegaremos ungidos ao nascimento de Cristo, o Ungido”, afirmou Francisco. Com oração, gratidão e misericórdia, a manjedoura estará pronta para receber Jesus Menino, o Filho do Deus vivo.


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bíblia Lectio Divina

O Tempo do Advento Aproxima-se a celebração do Natal do Senhor. Nesta época do ano, costumam acontecer trabalhos de avaliação, celebrações e festividades de encerramento. No afã de tantos afazeres, porém, é preciso lembrar-nos de que estamos iniciando o precioso tempo do Advento. Como viver na fé estes dias que antecedem o Natal do Senhor? Deus não nos deixou sozinhos A palavra Advento, que pode ser traduzida como chegada, vinda, já indica o significado deste tempo: trata-se da expectativa pela vinda de Cristo, pela chegada do Salvador. Deus sempre visitou o seu povo, de muitos modos. Na plenitude dos tempos, Deus veio a nós enviando-nos o seu Filho. Trata-se do mistério da encarnação, que professamos no símbolo da fé: “e por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da virgem Maria, e se fez homem”. Também os textos da Escritura, lidos no Advento, nos atestam que a vinda do Messias foi longamente preparada, por meio de “ritos e sacrifícios, figuras e símbolos” (cf. Catecismo da Igreja Católica, 522-524). Tudo isso é um convite para percebermos a presença de Deus, que nos visita de muitos modos.

Pe. Wellington Cristiano da Silva

Cristo virá novamente, em sua glória O Advento também nos lança na contemplação da vinda de Cristo em sua glória, no final dos tempos. A fé na segunda vinda de Cristo torna-se a súplica de toda a Igreja, que deve se preparar bem para ir ao seu encontro. Esta prece, já expressa na Escritura, “Vem, Senhor Jesus”, nos indica o sentido da obra redentora de Cristo e do intercâmbio dos dons celestes: “Revestido de sua glória, ele virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos que hoje, vigilantes, esperamos” (cf. Prefácio do Advento I). Esta é a esperança cristã, que nos dá sabedoria para viver bem nosso presente. Deus quer habitar entre nós O Advento quer ser para nós um tempo de preparação intensa para o Natal do Senhor. Ele quer habitar entre nós, numa perene presença. Que as quatro semanas do Advento nos ajudem a fazer uma revisão de vida, tendo em vista a chegada de Jesus em nossa casa, em nossa família! Que sua vinda também nos converta aos valores do reino de Deus, e não das vontades humanas! Que Maria, a Mãe de Deus, e que é também nossa mãe, conduzanos neste itinerário de fé.

Por Pe. Jonathan S. Thiesen Jacques

Lectio (leitura)

Oratio (oração)

“A Palavra se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).

Meditatio (meditação) João, no início do Evangelho, apresenta-nos um fascinante hino, conhecido como prólogo. Este hino é como o resumo de todo o Evangelho. Nele, João revela o mistério da Palavra Divina que se fez carne e habitou entre nós. Esta Palavra – o Verbo – é preexistente em Deus e partícipe da obra criadora. Ela foi enviada à terra para cumprir a missão que recebeu de junto do Pai. A Palavra encarnada é Deus e é pessoa distinta do Pai; é Jesus, o Emanuel, o Deus conosco (Mt 1,23). Vindo do Pai, Jesus assume nossa pobre humanidade, no seio de Maria Virgem, para nos salvar de nossos pecados (Mt 1,21). Sua encarnação é mistério de infinito amor. O Filho Unigênito de Deus se torna para nós o filho de Maria, o verdadeiro homem novo. Ele habitou entre nós – literalmente “armou sua tenda no meio de nós” – para ser presença divina no nosso meio.

“Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados” (Lc 2,14).

Contemplatio (contemplação) A Palavra se encarnou. “E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho Unigênito, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,14).

Missio (missão) A Palavra encarnada veio nos revelar o rosto de Deus, um rosto brilhante como o sol (Mt 17,2). Nela está a vida e a luz verdadeira. Na noite de Natal, com o céu vestido de luz, nossos olhares se voltam para a Luz que brilha nas trevas, dissipando-as para sempre. Como João Batista, somos enviados por Deus, para dar testemunho da luz; daquele que é a luz de verdade que, vindo ao mundo, iluminou todo ser humano (Jo 1,8-9).

Conhecendo o livro dos Salmos Pe. Ney Brasil Pereira

Salmos 118 (117): O Salmo Pascal Por quê, “salmo pascal”? Assim o interpretou a tradição cristã, desde o Novo Testamento que, além de lembrar que Jesus o rezou após a última ceia (cf Mt 26,30), cita vários dos seus versículos. Assim, o v. 22, sobre a “pedra rejeitada”, em diversas passagens é interpretado cristologicamente. Também, nos quatro Evangelhos, a aclamação do Domingo de Ramos – bendito o que vem em nome do Senhor – é uma citação do v. 26. De fato, este salmo ajuda-nos a reviver as etapas principais do mistério pascal do Senhor: sua angústia na Paixão, sua confiança no Pai, o assédio dos inimigos, a superação da morte, a entrada no Templo celeste. Assim, com Jesus glorificado e por ele, nós

também damos graças ao Pai, “porque ele é bom, porque é eterna a sua misericórdia”. Quanto ao gênero literário do salmo, que conclui o conjunto chamado “Hallel” (salmos 113-118), podemos classificá-lo como “liturgia de ação de graças”, pois apresenta indicações precisas para a sua execução. O conteúdo é de ação de graças individual. Não sabemos, porém, quem historicamente foi o personagem que fala em primeira pessoa. Em todo caso, é alguém com liderança reconhecida pela comunidade, que superou com a ajuda divina graves perigos e vem dar graças publicamente. Como foi dito acima, a leitura cristológica impôs-se espontaneamente à comunidade cristã.

Leia o salmo e medite: 1) Por que esse salmo é o “salmo pascal” por excelência? 2) Por que podemos classificá-lo como “liturgia de ação de graças”? 3) Em que sentido o salmista pôde dizer: “O Senhor é meu canto”? 4) Qual é o sentido da “porta” do Senhor? E da “pedra rejeitada”? 5) Qual o sentido das três últimas exclamações da assembleia (vv.24-26)?

A análise completa desse salmo se encontra no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br.


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Jornal da Arquidiocese, Dezembro de 2015

evangelização

Iniciativas ligadas ao Ano da Misericórdia são prioridades para Ação Social Acompanhamento das iniciativas solidárias nas paróquias também continuam no escopo de trabalho da ASA Foto: Divulgação ASA

paroquiais, trabalho que até então era feito pela equipe executiva contratada. Agora outras atividades, principalmente ligadas ao Ano Santo da Misericórdia, estão programadas para 2016. Um grande avanço nos trabalhos do projeto é a ampliação do Fórum das Pastorais Sociais, envolvendo as entidades e ações sociais paroquiais. “Essa ação possibilitou interação, divulgação e fortalecimento de iniciativas sociais”, explica o presidente da ASA, Diácono Djalma Lemes. Encontro da Dimensão Social 2015, realizado em Palhoça, no dia 14 de novembro Atualmente a Arquidiocese é composta de mais de 100 organizações Como parte das urgências do 13º Plano Passociais, o que representa mais de 11.000 pessotoral, o projeto Caridade Social continua o proas atendidas por mês, cerca de 1.500 voluntácesso de estruturação e acompanhamento mais rios e aproximadamente 400 funcionários atuandireto das iniciativas solidárias na Arquidiocese. do nessas organizações. O primeiro passo dado foi organizar um novo for“Neste momento, estamos num processo de dimato para a Ação Social Arquidiocesana (ASA). vulgação da enorme riqueza dos trabalhos sociais Em cada forania, um diácono ficou encarregadesenvolvidos em toda Arquidiocese. Para isso, do de estreitar o contato com as ações sociais foi elaborada a 2ª edição da revista da Ação Social

e realizado o II Encontro da Dimensão Social da Evangelização”, observa o Diác. Djalma. Encontro Com o propósito de reunir as organizações de caridade social, a Arquidiocese realizou no dia 14 de novembro, em Palhoça, o II Encontro da Dimensão Social da Evangelização. Na acolhida aos participantes, o Arcebispo, Dom Wilson Tadeu Jönck, destacou a importância de “viver a caridade como um elemento constitutivo de nossa fé, sendo essa uma dimensão que como cristãos batizados não podemos deixar para outros fazerem”. Já o presidente da ASA concluiu destacando que “há nos participantes do encontro uma identidade comum, que é a força do espírito que impulsiona para o acolhimento aos empobrecidos e a prática da caridade como discípulos e missionários de Jesus Cristo”. O evento teve caráter formativo, com estudos sobre a encíclica do Papa Francisco Laudato Si e o Ano da Misericórdia. Houve também vários espaços de partilha, apresentações e trabalhos em grupo, além de momentos celebrativos, principalmente no encerramento, com a Missa. Imagem: CAVF

O que significa a ideologia de gênero? – uma pergunta não respondida Muito se tem falado sobre a chamada ideologia de gênero. Isso se deve, de um modo especial, às votações dos Planos de Educação em âmbito nacional, estadual e municipal que, em alguns lugares, tentou incluir a questão de gênero. Mesmo depois de tantas discussões, creio que uma pergunta pode ainda estar presente: o que é a ideologia de gênero? Esta falta de clareza da definição sobre o gênero é uma das principais dificuldades para lidar com este problema. Identifico aqui três modos distintos em que a questão de gênero pode ser usada. O primeiro modo é usar a palavra gênero para se referir ao masculino ou feminino. O segundo modo seria para evitar todo tipo de discriminação injusta

contra as mulheres ou contra as pessoas com tendência homossexual. Por fim, o terceiro modo seria uma tentativa de desconstrução da sexualidade, seria dizer que ninguém nasce homem e ninguém nasce mulher, que os comportamentos masculino ou feminino são absolutamente desvinculados dos fatos biológicos e que só existem porque foram incutidos nas pessoas por causa da educação. Isso não se trata de ficção ou de uma questão inventada pelo cristianismo. Em vários países esta terceira interpretação de gênero já foi implementada e tem efeitos catastróficos. Crianças crescem sem saber algo que lhes é fundamental: sua identidade sexual. Na adolescência deverão simplesmente “decidir” o

que serão e como se comportarão socialmente, como se a identidade sexual fosse uma mera decisão. Isso gera conflitos enormes adicionados aos que já existem na adolescência. Assim surge um grande problema: se o uso da palavra gênero é tão amplo e impreciso, por que colocarmos essa palavra em uma lei? Ninguém quer discriminações injustas, mas também ninguém quer que uma criança cresça sem saber

sua identidade sexual. Colocar a questão de gênero em uma lei ou nas nossas práticas educacionais – ainda que a intenção inicial seja a de evitar discriminações injustas – deixaria aberta a possibilidade de que nossas crianças cresçam sem saber se são meninos ou meninas e que ninguém mais possa ser educado de acordo com o sexo com o qual nasceu.

Por Pe. Hélio Luciano


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evangelização

Dízimo: Um caminho bíblico e abençoado de partilha! “Poderoso é o Senhor para acumular-vos com toda espécie de benefício” (2Cor 9,8) Imagem: Divulgação

A Palavra de Deus, referindo-se ao dízimo é sempre positiva, alegre e edificante, trazendo em seu exercício, as bênçãos do céu ao homem! Em Prov. 3,9-10, lemos: “Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda e se encherão fartamente os teus celeiros e transbordarão de vinho os teus lagares”. O povo de Israel, em sua tradição e escritura, tinha uma consciência bastante clara sobre o sentido e o significado da Palavra de Deus sobre a gratidão, pelos benefícios que recebiam de Deus. Esta consciência os fazia partilhar o produto de suas colheitas, os seus animais, pois sentiam a presença e a bênção do Senhor, derramada sobre seus trabalhos e sobre os seus bens. Em Eclo. 35,12-13, percebe-se que o povo judeu, mesmo entendendo a partilha (dízimo) mais no plano material, dos bens e das plantações, apresentava

Caridade social

suas oferendas ao altar do Templo. Era o seu louvor ao Deus Criador e Senhor do céu e da terra. São Paulo, inspirado nos textos sagrados do Antigo Testamento, incentiva os cristãos de Corinto, afirmando que “poderoso é o Senhor para cumular-vos com toda a espécie de benefícios, para que, tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda a espécie de boas obras” (2Cor. 9,8-9). É uma referência às bênçãos de Deus, para todo aquele que realiza as boas obras, entre as quais, as da partilha. Portanto, quando partilhamos ou doamos, não reduzimos os nossos bens, pois eles serão aumentados pela generosidade do Senhor. Da boca do profeta Malaquias saíram estas palavras inspiradas: “Pagai integralmente os dízimos ao tesouro do Templo, para que haja alimento em tua casa. Fazei a experiência, diz o Senhor dos exércitos, e vereis se não derramo a minha bênção sobre

vós muito além do necessário. Para vos beneficiar afugentarei o gafanhoto, que não destruirá mais os frutos de vossa terra e não haverá no campo vinha improdutiva” (Mal. 3, 10-11). Por isso, não podemos ver no dízimo um peso, uma dificuldade. Mas sim, uma grande bênção do Senhor,

comprovada nos escritos sagrados que acabamos de ver. Fica esta breve reflexão como um incentivo para que todos possam fazer parte da grande família dizimista que partilha, oferecendo o seu dízimo com alegria.

Por Diác. João Flávio Vendruscolo

Kombi da sopa: projeto leva comida à população de rua em Itajaí

“Quanto mais se dá, mais se ganha. Deus nunca deixa vencer-se em bondade. Ele sempre vai ser melhor para ti. Nós nunca vamos chegar aos pés de Deus em bondade”. Com essa máxima selada no coração, o Diácono Juarez Carlos Blanger, da Paróquia São Vicente de Paulo, em Itajaí, iniciou o projeto chamado “Kombi da sopa”. A ideia, que surgiu no Corpus ChrisPara ajudar ou ser voluntário, ligue (47) 9607-3195 ti de 2013, era fazer algo para a população que vive na rua. Ele conversou com a “tia Jadna” e pediu ajuda para fazer a comida, juntamente com Dona Olímpia. O esposo da tia Jadna, conhecido por “Totoca”, emprestou a Kombi para distribuir a sopa. E, assim, começava o projeto na capela da Comunidade Santa Clara de Assis, em Itajaí. Depois de três meses com o veículo emprestado, conseguiram comprar uma Kombi velha, com o recurso da Associação Maria Mãe de Jesus, à qual o projeto hoje é vinculado. Atualmente, com ajuda de doações da comunidade, compraram uma Kombi um pouco melhor. No inverno, as cinco cozinheiras, Jadna Santos Laureano, Maria Ferreira, Angela da Silva, Angela Hasper e Rita Geartner, dedicam-se à produção de

sopa. E no verão, a marmita muda para carne, arroz e feijão. Um trabalho que começa às 18h, toda quarta-feira, na cozinha da Capela Santa Clara. Tia Jadna, voluntária desde o início, afirma que é uma bênção. “Todas nós saímos de casa muito felizes e viemos com bastante amor e carinho para fazer a janta”, destaca. A alimentação é doação da comunidade. São produzidas 65 marmitas e entregues em viadutos ou onde estiverem as pessoas em situação de rua. Roupas e cobertores também são distribuídos. Fotos: Divulgação / Ação Social

Voluntárias preparam a janta todas às quartas-feiras


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evangelização Setor Juventude aponta metas para os próximos anos Rota 300 e Dia Nacional da Juventude estão na programação Foto: Amauri Almeida

Cronograma de dezembro 5/12 | Grupo de reflexão e estudo bíblico-catequético | Porto Belo 8/12 | Início do Jubileu da Misericórdia | Vaticano 8/12 | Jubileu de Prata Presbiteral do Pe. Oscar Paulo Pietsch | Diocese de Criciúma 8/12 | Imaculada Conceição 12/12 | Jubileu de Prata Presbiteral do Pe. Elói Comper, scj | Botuverá 12/12 | Formatura de Teologia FACASC | Florianópolis 13/12 | Abertura do Ano da Misericórdia | Catedral e Santuários 14/12 | Abertura do Ano da Misericórdia | Igreja Santíssimo Sacramento Itajaí 18/12 | Jubileu de Ouro Presbiteral do Pe. Valdir Staehlin | Biguaçu 24/12 a 03/01 | Recesso da Cúria de Florianópolis 25/12 | Natal 28/12 | Aniversário Natalício de Dom Vito

Equipe do Setor Juventude é composta por representantes das diversas expressões juvenis da Arquidiocese

Em 2016 as atividades do Setor Juventude ganham novo ritmo a partir da visita da Imagem de Nossa Senhora em Santa Catarina, no mês de agosto. “Com os 300 Anos do encontro da Imagem da Mãe Aparecida, a juventude de nossa Arquidiocese abraça o Rota 300. Esse projeto quer trazer o jovem para próximo da Mãe Aparecida e da dimensão missionária”, explica o Assessor Eclesiástico, Pe. Ewerton Gerent. O Setor Juventude é o organismo que se empenha na evangelização dos jovens na Arquidiocese de Florianópolis. Desde 2012 essa equipe realiza um trabalho de mobilização e revitalização nas expressões juvenis. Histórico Nos primeiros anos, o Setor desenvolveu um trabalho de comunhão entre os segmentos juvenis e a preparação para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Estiveram à frente dos trabalhos o Pe. Josemar e o jovem Felipe Candini. Desde o final de 2013, Pe. Ewerton e João Augusto seguem com essa tarefa. “Em 2013, vivíamos um momento significativo após a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro.

Nosso empenho inicial foi traçar um plano de evangelização, que não deixasse a chama da JMJ apagar, mas que trouxesse de volta um ritmo mais paroquial ao trabalho dos jovens”, comentou João Augusto. Em comunhão com a Comissão para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foram direcionadas metas para a melhor evangelização da juventude. O Setor procurou dar foco na organização em nível paroquial, mostrando a necessidade de valorizar a riqueza que há nas diversas expressões presentes na Igreja. Em 2015, a direção foi na estruturação das foranias, a união juvenil com as Jornadas Arquidiocesanas, realizada no sábado de Ramos, e a realização do Dia Nacional da Juventude, em outubro e novembro. Nos próximos anos serão privilegiadas a dimensão missionária, de assessoria e estruturas de acompanhamento. Atividades como a formação para assessores jovens e adultos; a Romaria Nacional da Juventude, em abril; a visita da Imagem Jubilar de Nossa Senhora Aparecida e o Jubileu da Juventude; o Dia Nacional da Juventude; e, em 2017, a primeira Jornada Nacional da Juventude, farão parte da pauta do Setor.

Acesse o calendário completo em www.arquifln.org.br

Jovens organizam evangelização em Itapema Inspirados pela Evangelli Gaudium, a coordenação do Ministério Jovem da Renovação Carismática Católica de Santa Catarina reestruturou as formações do “Jesus no Litoral” (JNL). A edição 2015/2016 do projeto acontece de 27 de dezembro a 03 de janeiro, nas praias de Itapema. Cerca de 300 missionários são esperados para viver esses dias de missão. A ideia é que os jovens saiam todos os dias na praia e nas casas de Itapema, abordando as pessoas para fazer um anúncio querigmático da Boa Nova de Deus. “Ao falar para as pessoas que Deus as ama, também vamos com o objetivo de ouvi-las”, comenta o assessor de formação do MJ, Pierre Pires. “É mais frutuoso emprestar os ouvidos para que elas possam partilhar das angústias que trazem em seus corações”, destaca. Pierre defende que a experiência de evangelização continua ecoando na vida dos participantes do projeto, mesmo depois da missão. “Eles voltam para casa com o

Imagem: Divulgação

Cartaz oficial do evento

impulso missionário fortalecido, promovendo outros projetos a exemplo do Jesus no Litoral. Além disso, com a formação que recebem sobre discipulado, perseveram no caminho buscando aprofundar-se nos estudos sobre a Igreja e práticas espirituais”, conclui. A programação do JNL ainda conta com shows, grupos de oração e Missas diárias que mobilizam a cidade e os turistas. Serviço Período de missão: 27/12 a 03/01 Praias de Itapema (SC) Informações: www.rccsc.com.br


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geral O ROSTO DA MISERICÓRDIA

Igreja adota novas medidas para a declaração de nulidade matrimonial

As mudanças do Papa Francisco em relação aos processos de nulidade matrimonial entrarão em vigor no dia 08 de dezembro de 2015, data da Solenidade da Imaculada Conceição de Maria e início do Ano Jubilar da Misericórdia. A partir de então, todas as Igrejas Particulares (Dioceses) deverão se adequar à nova normativa. Tudo será feito de forma gradual e dentro das condições de cada Diocese. A Igreja não anula casamento, mas declara a “nulidade do matrimônio”, ou seja, após conhecer os fatos e aplicar a lei ao caso concreto, um tribunal para isso designado “declara”, a partir do quanto foi provado nos autos, que um matrimônio foi nulo desde o seu início. As mudanças foram promulgadas em dois documentos: ‘Mitis Iudex Dominus Iesus’ (Senhor Jesus, manso juiz) – para a Igreja Latina, e ‘Mitis et Misericors Iesus’ (Jesus, manso e misericordioso) – para as Igrejas Católicas Orientais. O objetivo das novas medidas desejadas pelo Papa Francisco é tornar mais célere o processo e permitir que todas as pessoas possam ter acesso ao Tribunal Eclesiástico. Alguns pontos essenciais desses dois documentos do papa: 1) Uma só sentença favorável para a nulidade executiva: não será mais necessária a decisão de dois tribunais. Com a certeza moral do primeiro juiz, o matrimônio será declarado nulo. 2) Juiz único sob a responsabilidade do Bispo: no exercício pastoral da própria ‘autoridade judicial’, o Bispo deverá assegurar que não haja atenuações ou abrandamentos.

3) O próprio Bispo será o juiz: ele mesmo ofereça um sinal de conversão nas estruturas eclesiásticas e não delegue à Cúria a função judicial no campo matrimonial. Isto deve valer especialmente nos processos mais breves, em casos de nulidade mais evidentes. 4) Processos mais rápidos: nos casos em que a nulidade do matrimônio for sustentada por argumentos particularmente evidentes. 5) O apelo à Sé Metropolitana: este ofício da província eclesiástica é um sinal distintivo da sinodalidade na Igreja. 6) A missão própria das Conferências Episcopais: considerando o afã apostólico de alcançar os fiéis dispersos, elas devem sentir o dever de compartilhar a ‘conversão’ e respeitarem absolutamente o direito dos Bispos de organizar a autoridade judicial na própria Igreja particular. Outro ponto é a gratuidade dos processos. 7) O apelo à Sé Apostólica: será mantido o apelo à Rota Romana, no respeito do antigo princípio jurídico de vínculo entre a Sé de Pedro e as Igrejas particulares. 8) Previsões para as Igrejas Orientais: considerando seu peculiar ordenamento eclesial e disciplinar, foram emanadas separadamente as normas para a reforma dos processos matrimoniais no Código dos Cânones das Igrejas Orientais. Por fim, é importante recordar o valor do Sacramento do Matrimônio e que nada foi alterado quanto à doutrina sacramental, sobretudo quanto às propriedades essenciais, isto é, a unidade e a indissolubilidade.

Programação de abertura do Ano Santo na Arquidiocese A abertura do Jubileu Extraordinário da Misericórdia será no dia 13 de dezembro, na Catedral e nos Santuários da Arquidiocese. E na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento, de Itajaí, na segundafeira, 14 de dezembro. Confira os horários em cada um destes locais: Catedral Metropolitana: Nossa Senhora do Desterro – Florianópolis Início da solenidade: Igreja São Francisco de Assis, Rua Deodoro 135, Centro. 15h30 - Recepção dos fiéis com Ministério de Música 16h - Início da celebração 16h15 - Procissão solene até a Catedral 16h45 - Abertura da Porta da Misericórdia 17h - Missa Santuário Nossa Senhora da Imaculada Conceição – Angelina 14h – Acolhida 14h45 – Abertura da Porta da Misericórdia 15h – “Misericordiosos como o Pai” - Celebração Penitencial - Confissões (todos os presbíteros presentes) - Adoração ao Santíssimo 16h – Oração do Terço 17h – Missa

Santuário Bom Jesus da Santa Cruz – São Pedro de Alcântara 08h – Exposição do Santíssimo e Adoração 14h – Atendimento de confissões 15h - Bênção do Santíssimo Sacramento 15h30 – Celebração de abertura da Porta da Misericórdia 16h – Missa Santuário Nossa Senhora de Fátima – Estreito – Florianópolis 19h30 – Abertura da Porta da Misericórdia e Missa Santuário Santa Paulina – Nova Trento 16h – Abertura da Porta da Misericórdia e Missa Santuário Nossa Senhora de Azambuja – Brusque 15h – Momento Mariano e confissões 16h – Abertura da Porta da Misericórdia e Missa 17h15 – Cantata de Natal Igreja Santíssimo Sacramento – Itajaí 14/12 – Segunda feira 19h - Oração do terço (em frente à Igreja) 20h – Abertura da Porta da Misericórdia e Missa


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