Jornal da Arquidiocese | nº 224 | junho de 2016

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Jornal da

ARQUIDIOCESE

FLORIANÓPOLIS, nº 224

Mutirão de Formação

Fotos: Gabriella Fernandes e Grupos de Casais Aliança

Evento acontece em junho | 4

JUNHO DE 2016

Carmelo de Itajaí

Arrecadação para reformas | 9

Jornada Mundial

Jovens preparam viagem à Polônia | 11


Jornal da Arquidiocese, Junho de 2016

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opinião

Uma edição literalmente dedicada à família

Tópicos de Amoris Laetitia

Amoris Laetitia, sobre o amor na família. Essa é a Exortação Apostólica Pós-Sinodal que o Papa Francisco lançou no mês de abril. Dele, a Igreja já vem se servindo, principalmente nos cursos de preparação para a vida matrimonial. “Os noivos deveriam ser incentivados e ajudados a poderem expressar o que cada um espera de um eventual matrimônio, a sua maneira de entender o que é o amor e o compromisso” (AL, 209). Um documento que realça o matrimônio como sinal precioso, porque, como cita Francisco, “quando um homem e uma mulher celebram o Sacramento do Matrimônio, Deus, por assim dizer, ‘espelha-se’ neles, imprime neles as suas características e o caráter indelével do seu amor” (AL, 121). Uma exortação com dicas para os pais quanto à educação dos filhos, sobre os desafios da família, perspectivas pastorais, os modos de viver o amor. Nas páginas centrais desta edição, você encontra testemunhos e trabalhos de pessoas que falam a linguagem do amor em família. E que contam com a ajuda das sábias palavras do Papa Francisco contidas nesse documento. Você sabia que jovens e adultos da Arquidiocese embarcam no mês de julho para Cracóvia, para participar da Jornada Mundial da Juventude? Então veja como está a preparação, na página 11. Nos dias 25 e 26 de junho, a Arquidiocese se prepara para o 2º Mutirão de Formação de Lideranças. Os temas serão: a Exortação Amoris Laetitia e o estudo da Sagrada Liturgia. Confira na página quatro, detalhes da inscrição e como você pode participar. Uma excelente leitura e que a Sagrada Família de Nazaré rogue por todas as famílias!

A exortação pós-sinodal O documento papal susobre a família, lançada pelo pera um modo imperfeito de Papa Francisco, não inovou descrever as famílias. De um sobre a doutrina. Confirmou lado são colocadas as famíaquilo que sempre foi o ensi- lias “normais”, as que obedenamento da Igreja a respeito do cem às normas, onde tudo está matrimônio e a família. A novi- bem. Do outro, estão as famílias dade está na linguagem usada “irregulares”, que são tratadas e nas propostas pastorais. O como problemas. Desse modo, Papa apresenta estes podem se o matrimônio de sentir “excluíuma forma leve, dos” diante dos É preciso levar em ensinamentos da atraente e positiva. Uma Pastoral consideração a rea- Igreja. lidade concreta em da Família não Não se pode pode pensar so- que se encontram as falar em nova mente nos mempessoas e as famí- evangelização bros do próprio evangelizar lias. É o trabalho do sem grupo. Deve ocuas famílias em acompanhamento” meio às dificulpar-se de todas as famílias, mesdades do mundo mo aquelas que de hoje. Aquilo estão esfaceladas. que se encontra no seio da faNo trabalho pastoral com mília é o que se reflete na soas famílias não basta se fixar ciedade. A família é o grande apenas nos aspectos doutri- meio de transformação da sonais e morais. É preciso levar ciedade. em consideração a realidade O Papa apresenta alguns concreta em que se encon- princípios de ação pastoral. O tram as pessoas e as famí- primeiro é a integração, que lias. É o trabalho do acompa- perpassa todo o documennhamento. to. A ação pastoral procura

Dom Wilson Tadeu Jönck, scj

Nos caminhos de Francisco

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Nas redes

“O Espírito Santo que nos fez conhecer Jesus”, concluiu o Papa, “é o mesmo que nos impele a torná-lo conhecido, não tanto com palavras, mas com o testemunho de vida”

Divino Oleiro inicia curso na missão da África Dando continuidade aos projetos em andamento na localidade de Tite, em Guiné-Bissau, na África, teve início, em maio, o curso de informática básico para os professores da Escola de Auto-Gestão “Gino Ambrosi”, sob a responsabilidade administrativa da Comunidade Católica Divino Oleiro.

02 de maio, na Missa na Casa Santa Marta

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Aquilo que dizemos e o modo como o dizemos, cada palavra e cada gesto deveria poder expressar a compaixão, a ternura e o perdão de Deus.

facebook.com/arquifloripa

11 de maio, no Twitter

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De fato, ser cristãos não significa principalmente pertencer a uma certa cultura ou aderir a uma certa doutrina, mas sim ligar a própria vida, em todos os seus aspectos, à pessoa de Jesus e, por meio dele, ao Pai. 15 de maio, no Ângelus

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Amar e perdoar constituem o sinal concreto e visível de que a fé transformou os nossos corações. 19 de maio, no Twitter

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Num mundo dividido, comunicar com misericórdia significa contribuir para a proximidade entre os filhos de Deus.

A família é homenageada por vereadores na Capital @pontifex_pt

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Nós devemos caminhar com estas duas coisas que Jesus nos ensina: a verdade e a compreensão. 20 de maio, na Missa na Casa Santa Marta

23 de maio, no Twitter

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC, Fone: (48) 3224-4799 / 9982-2463

Assessoria de Comunicação

O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal da Arquidiocese de Florianópolis-SC.

sempre incluir, ninguém deve se sentir julgado ou marginalizado. Outra orientação é o acompanhamento. É preciso que seja a partir da situação concreta em que se encontram as pessoas e as famílias. Discernir é mais uma indicação pastoral. Há sempre algo de bom nas pessoas e nas famílias, mesmo as que vivem de modo “chamado” irregular. E, por fim, o critério primeiro do agir pastoral é a misericórdia. A Igreja não é alfândega, é a casa que acolhe a todos.

No dia 18 de maio, a Câmara de Vereadores de Florianópolis promoveu Sessão Solene em homenagem ao Dia Internacional da Família, comemorado em 15 de maio. Estavam presentes integrantes do Movimento de Irmãos da Arquidiocese, de pastorais, novas comunidades, leigos, o arcebispo e padres. facebook.com/arquifloripa

Paróquia promove exposição sobre Nossa Senhora Durante o mês de maio aconteceu, na Igreja Matriz da Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista, em Palhoça, uma exposição sobre Nossa Senhora. Foram disponibilizados textos e fotos a respeito das aparições de Maria, os títulos, devoções, imagens e o Rosário. twitter.com/arquifloripa

DIRETOR: Pe. Vitor Galdino Feller CONSELHO EDITORIAL: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Leandro Rech, Pe. Revelino Seidler, Pe. Vânio da Silva, A. Carol Denardi, Fernando Anísio Batista, Jean Ricardo Severino, Olga Oliveira e Roberson Pinheiro. JORNALISTA RESPONSÁVEL: A. Carol Denardi (SC 01843-JP) PROJETO GRÁFICO: Lui Holleben

DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO: Roberson Pinheiro COORD. DE PUBLICIDADE: Pe. Leandro Rech e Erlon Costa TIRAGEM: 24.000 exemplares IMPRESSÃO: Diário Catarinense EMAIL: imprensa@arquifln.org.br e comunicacao@arquifln.org.br SITE: www.arquifln.org.br FACEBOOK: Arquidiocese de Florianópolis


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#compartilha Colaboradores da Mitra celebram Ano Santo da Misericórdia Foto: Roberson Pinheiro

Retalhos do Cotidiano Prof. Carlos Martendal

Via-Sacra foi conduzida por representantes das 13 foranias até a gruta de Angelina

Aproximadamente 330 pessoas foram até o Santuário Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Angelina, no dia 02 de maio, para participar do Jubileu dos Colaboradores da Mitra, conforme programação do Ano Santo da Misericórdia, na Arquidiocese de Florianópolis. Colaboradores da Cúria Metropolitana, das paróquias, seminários, Tribunal Eclesiástico, ações sociais, religiosas, diáconos e padres, de 30 municípios que fazem parte da Arquidiocese, estiveram presentes. Na programação, o vigário geral, Pe. Vitor Feller, fez uma reflexão sobre a misericórdia. “Um jubileu para a gente praticar, essa é a insistência do Papa Francisco”, explicou. Ao falar sobre a Bula da Misericórdia, Pe. Vitor falou de situações que impedem de viver a misericórdia de Deus, como o individualismo, capitalismo, espiritismo e pelagianismo. E deixou algumas dicas para viver a misericórdia. “Ler e me-

ditar a Palavra de Deus, voltar-se para os Sacramentos, como a Reconciliação e a Eucaristia, praticar as obras de misericórdia corporais e espirituais e ter zelo pela acolhida nos trabalhos da Mitra nas paróquias”, finalizou. O ecônomo arquidiocesano, Pe. Leandro Rech, durante a condução da Celebração Penitencial, lembrou que “Deus se alegra com cada pessoa que se converte. Alegremo-nos, porque Deus quer nos transformar com seu amor e misericórdia”. Os 30 padres presentes em Angelina e o Arcebispo atenderam os colaboradores em confissão. Um dos momentos mais esperados foi a meditação da Via-Sacra conduzida pelas 13 foranias, até a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes. Em seguida, todos passaram pela Porta Santa do Santuário, onde uma Missa, presidida pelo Arcebispo e concelebrada pelos padres, encerrou a programação.

“Esta escultura chama-se Amor. Seu criador é o artista ucraniano Alexander Milov. Percebe-se o conflito entre duas pessoas, e também a expressão interior da natureza humana. Dois adultos se dão as costas, mas as crianças interiores procuram se aproximar. Que nossas crianças interiores aproximem-se umas das outras e que o mundo tenha mais PAZ!” Encontrei essa beleza na internet e logo me senti impelido a levá-la a vocês. Que bela reflexão se pode fazer!

Rede IVG divulga relatório social de 2015 Foto: Divulgação

Semana de Oração pela Unidade Cristã acontece em maio A Arquidiocese de Florianópolis, através da Comissão Arquidiocesana para o Diálogo Ecumênico e Inter-Religioso (CADEIR), participou, de 08 a 15 de maio, da Semana de Oração pela Unidade Cristã. A semana especial contou com celebrações em diversas igrejas da Grande Florianópolis, além da Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC). Durante o período, celebrações foram realizadas na FACASC; no Seminário Teológico Convívio Emaús; na Capela Nossa Senhora Aparecida, no estádio do Figueirense; na Igreja Evan-

gélica de Confissão Luterana do Brasil, em Campinas, São José; no Templo Ecumênico de Jurerê Internacional; na Igreja Presbiteriana Independente, na Coloninha; e na Igreja Ortodoxa Siriana, da comunidade Jardim Cidade de Florianópolis. Participaram das celebrações representantes da Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Evangélica de Confissão Luterana, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Ortodoxa Grega, Igreja Presbiteriana Independente e Igreja Ortodoxa Siriana – Maria Mãe de Deus.

Acesse o documento em redeivg.org.br

No dia 18 de maio, o Instituto Vilson Groh (IVG) realizou o evento de lançamento do seu relatório social, uma forma de prestar contas para parceiros e sociedade, das atividades desenvolvidas no ano de 2015. Na ocasião estiveram presentes mais de 130 pessoas, como representantes do Governo Municipal e Estadual, empresários, organizações da sociedade civil, da Arquidiocese de Florianópolis, com a presença do Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, bem

como os colaboradores e voluntários da Rede IVG. A Rede, composta por sete entidades, investiu R$ 18.826.078,34 em projetos sociais. Destes R$ 560.454,03 foram provenientes de repasses de doações. “Atrás de cada número contido no relatório, há uma pessoa com nome, endereço e que deseja ser ouvida na ‘casa comum’ para materializar o direito de ser e viver”, destaca o presidente da Rede IVG, Pe. Vilson Groh.


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#compartilha Arquidiocese prepara 2º Mutirão de Formação de Lideranças Junho é o mês do Mutirão Arquidiocesano de Formação de Lideranças. O evento acontece nos dias 25 e 26, no Centro de Evangelização Angelino Rosa (CEAR), em Governador Celso Ramos. Toda a Arquidiocese é convidada a participar enviando representantes das paróquias e das pastorais e movimentos. “A formação tem ponto de partida, mas não tem ponto de chegada, pois a formação é contínua, a catequese é permanente”, justifica o 13º Plano de Pastoral da Arquidiocese, com vigência até 2022. Os temas de evidência do mutirão de 2016 são: a Exortação Apostólica Pós Sinodal do Papa Francisco, Amoris Laetitia, sobre o amor na família; e o estudo sobre a Sagrada Liturgia. Além disso, o encontro pretende “celebrar a caminhada da ação evangelizadora na Arquidiocese”, explica o coordenador arquidiocesano de pastoral, Pe. Revelino Seidler. Para apresentar os temas centrais estará presente o Dr. Pe. Wladimir Porreca, da Diocese de São João da Boa Vista (SP), psicoterapeuta e dou-

Pastoral Carcerária promove encontro anual em junho No dia 25 de junho, o Santuário do Bom Jesus da Santa Cruz vai sediar o 25º encontro anual arquidiocesano da Pastoral Carcerária (PCr). O local escolhido se deve ao fato de lá perto estar localizado o Complexo Penitenciário de São Pedro de Alcântara, uma penitenciária com 1.200 detentos, a maior na Arquidiocese. O evento começa às 08h30 e termina às 15h. Na pauta do dia estão previstas a partilha da situação e das experiências locais e pessoais e o sentido, a mística e a dinâmica da PCr. “Dois momentos caracterizarão este encontro: a abertura, que será uma experiência do Jubileu, com o ingresso pela Porta Santa do Santuário, e o final, que será uma visita conjunta à Penitenciária. Estará presente o coordenador regional da PCr, Pe. Almir José de Ramos”, informa o coordenador arquidiocesano da PCr, Pe. Ney Brasil Pereira. Deverão participar os membros integrantes ou simpatizantes da PCr das várias paróquias onde há instituições penais: Itajaí, Balneário Camboriú, Brusque, Tijucas, Itapema, Biguaçu, Palhoça, São Pedro de Alcântara, e Florianópolis. Confirmação de presença e outras informações no telefone (48) 3879-2168.

tor em psicologia (USP) e serviço social (UNESP) e pesquisador da temática família. E, também, o Frei Joaquim Fonseca de Souza, ofm, professor de Liturgia e Arte Cristã na Faculdade Jesuíta (FAJE) e no Instituto Santo Tomás de Aquino (ISTA), em Belo Horizonte. “Pretendemos com este encontro promover a formação e a comunhão dos cristãos leigos, discípulos missionários de Jesus Cristo que vivem a fé a serviço da Igreja e da sociedade”, argumenta Pe. Revelino. A programação nos dois dias tem início às 07h30 e conclusão, no dia 25 (sábado), às 19h30, e no dia 26 (domingo), às 17h. As inscrições - que variam de R$ 60,00 a R$ 150,00 de acordo com as opções de alimentação e hospedagem - devem ser entregues até o dia

Última formação para missionários que vão para Bahia acontece no dia 19 Foto: COMIDI

Padre Josemar Silva conduziu os encontros missionários do ano

As pessoas que se inscreveram para acompanhar as missões na Bahia, no mês de julho, estão convidadas a participar da formação prática que vai acontecer no dia 19 de junho, na Paróquia Sant’Ana, em Canelinha. “O encontro é próprio para quem vai à Bahia, pois vamos dar orientações de como será a missão, apresentar o valor da passagem, entre outros assuntos”, argumentou o coordenador do Conselho Missionário Diocesano (COMIDI), Pe. Josemar Silva. Cerca de 130 pessoas se inscreveram para participar das missões populares na Bahia este ano. Se esse número se confirmar, deverão ir dois ônibus para a Diocese da Barra e um para a Diocese de Barreiras.

Imagem: Roberson Pinheiro

Leigos reunidos no encontro de 2015

10 de junho nas secretarias paroquiais, para serem enviadas aos Vigários Forâneos. Outras informações estão disponíveis na coordenação arquidiocesana de pastoral pelo telefone (48) 3224-4799 ou e-mail pastoral@arquifln.org.br.

Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem celebra Jubileu de Ouro Localizada no bairro Saco dos Limões, em Florianópolis, a Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem celebra, no dia 13 de junho, 50 anos de evangelização. A Missa Solene do Jubileu de Ouro será presidida pelo arcebispo, às 20h, na Igreja Matriz. Na ocasião, Dom Wilson fará a consagração do altar. A matriz tinha um altar provisório, de madeira, mas agora foi trocado por um de pedra, juntamente com a mesa da Palavra. Na celebração eucarística do jubileu será colocada uma relíquia de Santa Paulina no altar, doada pelas Irmãzinhas da Imaculada Conceição, de Nova Trento. Foto: Everton Marcelino

Igreja matriz com presbitério novo, todo em pedra


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nossa fé

Misericórdia e diálogo Pe. Vitor Galdino Feller Imagem: OSS_ROM

Festas populares e o consumo consciente Fernando Anísio Batista

Papa Francisco se encontra com o Grão-Imame da Mesquita de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayeb, no Vaticano

Na bula Misericordiae Vultus de proclamação do Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco lembra que “a misericórdia possui uma valência que ultrapassa as fronteiras da Igreja” (MV, n. 23) e sugere aos católicos irem ao encontro das igrejas e religiões para aprendermos juntos a praticar a misericórdia divina.

Lutero e a misericórdia No ano que vem celebraremos 500 anos da Reforma Protestante. Lutero, que exaltou muito a misericórdia divina, foi chamado de homem de Deus pelo Papa Bento XVI. O documento preparatório desse quinto centenário, “Do conflito à comunhão”, destaca que hoje, “o caminho do ecumenismo possibilita a luteranos e católicos apreciarem juntos as visões de Lutero e

sua experiência espiritual no Evangelho da justiça, que é também misericórdia” (n. 244).

ro Testamento, para encontrar nele, na forma de anúncio, os símbolos de Cristo e da Igreja.

Judaísmo e misericórdia

Islamismo e misericórdia

O Papa Francisco ressalta que “Israel foi o primeiro [povo] que recebeu esta revelação [da misericórdia], permanecendo esta na história como o início duma riqueza incomensurável para oferecer à humanidade inteira. As páginas do Antigo Testamento estão permeadas de misericórdia, porque narram as obras que o Senhor realizou em favor do seu povo, nos momentos mais difíceis da sua história”. São Paulo insistia que recebemos de Israel a lei e as promessas, os patriarcas e os profetas, o próprio Cristo e os seus apóstolos. Para conhecer e amar o Deus misericordioso do Novo Testamento, é necessário voltar ao Primei-

O papa salienta ainda que “o islamismo coloca entre os nomes dados ao Criador o de misericordioso e clemente. Esta invocação aparece com frequência nos lábios dos fiéis muçulmanos, que se sentem acompanhados e sustentados pela misericórdia na sua fraqueza diária. Também eles acreditam que ninguém pode pôr limites à misericórdia divina, porque as suas portas estão sempre abertas”. Ouvimos todo dia notícias de fanatismo e violência de grupos autodenominados islâmicos. No entanto, convém considerar que não agem em nome do Deus clemente e misericordioso, invocado pelos verdadeiros fiéis dessa religião.

Encontre esse e outros artigos em: www.arquifln.org.br

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O mês de junho é marcado pela realização de grandes festas de santos populares: Santo Antônio (13/06), São João (24/06), São Pedro e São Paulo (29/06). As programações oferecidas ao público são recheadas de muita comida, bebida, apresentações, fogueiras, barraquinhas, entre outras. É fato que existe uma grande preocupação dos organizadores para que tudo ocorra da melhor forma possível. Mas a destinação do lixo produzido nessas festas também é pensada com antecedência? Neste momento em que a Igreja se volta a refletir profundamente sobre as questões sociais e ambientais, onde o Papa Francisco nos convoca a cuidarmos da nossa casa comum, o ideal é que cada comissão organizadora das festas possa elaborar um pequeno plano de como fará o gerenciamento do lixo produzido, levando em conta alguns hábitos e atitudes de consumo, que possam diminuir o processo de degradação do meio ambiente, tais como:

- Reduzir o consumo de produtos desnecessários para a realização da festa, evitando o desperdício. - Reutilizar materiais existentes nas paróquias e casas, evitando a aquisição de produtos novos. - Reciclar os resíduos orgânicos e secos recicláveis. Os orgânicos servem para fazer compostagem e adubar a terra. Já os secos podem se transformar em novos produtos. E, dessa forma, evitar a retirada de mais matéria-prima do meio ambiente. - Recusar os produtos que agridem a saúde ou o meio ambiente ou, ainda, que prejudiquem os trabalhadores envolvidos com sua produção. O Papa lembra que “a espiritualidade cristã propõe uma forma alternativa de entender a qualidade de vida, encorajando um estilo de vida profético e contemplativo, capaz de gerar profunda alegria sem estar obcecado pelo consumo” (LS, 222). Que possamos rever algumas práticas na realização das festas, considerando o limite da terra, e fonte de vida.


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capa

Família: amor e misericórdia Ao escrever a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia sobre o amor na família, o Papa Francisco respaldou que esse documento adquire um significado especial porque é “uma proposta para as famílias cristãs, para que as estimule a apreciar os dons do matrimônio e da família e a manter um amor forte e cheio de valores como a generosidade, o compromisso, a fidelidade e a paciência”. São 199 páginas de rico material para os casais, agentes pastorais, juventude e toda sociedade. “Transmitir o amor das mais variadas formas”, destaca o casal Larissa e Pedro .

OS NOIVOS SE PREPARAM Nos encontros para os noivos que se preparam para o Sacramento do Matrimônio, Amoris Laetitia já é aplicada pelo casal coordenador da Comissão Arquidiocesana para a Vida e a Família (CAVF), Eluiza e Nilo Momm. Casados há 43 anos, eles afirmam que a ansiedade por esta preparação junto aos jovens é grande. Nilo Momm conta que ele e a esposa recebem o casal de noivos na própria casa, em quatro encontros, uma vez ao mês. São oferecidos temas com base antropológica. No primeiro, aborda-se a questão da dignidade humana. Na sequência, ele explica que “se cria uma entidade chamada ‘nós’. Abandona-se o eu e o tu, para construir o ‘nós’, que seria uma só carne”. No terceiro encontro se deixa claro o que é um amor conjugal. “Mais que amizade, paixão, é um amor total, para sempre. Inclui o exercício da sexualidade, aí se torna semelhante à Trindade, o amor do Criador”, argumenta. E, por fim, os fatores de conflito, como os problemas de sexualidade, a família de origem, dinheiro e princípios morais. Os noivos passam depois pela entrevista com o sacerdote e participam de um encontro na paróquia de origem. Nesse ano pretende-se dar um novo foco para a preparação para a vida matrimonial, em encontros personalizados nas comunidades. O casal Momm ressalta que “quanto mais perfeito a gente ama, mais semelhante a Deus nos tornamos, somos filhos dele”.

AS LINGUAGENS DO AMOR Casados há dois anos e meio, Larissa Cabral Crespi Reis, 27, e o bombeiro, Pedro Cabral Reis da Silva, 30, tem uma filha de nove meses. Eles participam do Movimento de Emaús e das Equipes de Nossa Senhora, em Florianópolis. A psicóloga relata que participaram, além do curso de noivos da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes e São Luiz, da Agronômica, dos encontros de preparação com Eluiza e Nilo Momm. Entre tantos temas que marcaram o casal, nos meses de preparação para receber o Sacramento do Matrimônio, um foi especial para Larissa: as diversas linguagens do amor. “Entendemos como podemos sentir e transmitir o amor das mais variadas formas. Se não soubermos a linguagem do amor do outro pode acontecer que não consigamos transmitir nosso amor de forma efetiva, pelo simples fato de o outro ter uma maneira de sentir o amor diferente da nossa”.

“Mais que amizade, paixão, é um amor total, para sempre”

DA SEGUNDA UNIÃO AO MATRIMÔNIO

Silvia e José, com os três filhos, no dia do casamento, em 2010 .

A secretária da Paróquia São Luís Gonzaga, de Brusque, Silvia Clérici, 48, era solteira quando começou a namorar José Almir Clérici, 50, na época separado. Ele já tinha entrado com o processo de nulidade do Matrimônio. Após três anos de namoro, decidiram morar juntos. Tiveram três filhos e se mantiveram atuantes na Comunidade São José, no bairro onde moram, 1º de Maio. Quando nasceu o terceiro filho, o casal participou do retiro para casais em segunda união, em Itajaí. Dois anos depois, eles levaram este grupo para a matriz da paróquia. Hoje, o retiro está na nona edição e por ele já passaram mais de 120 casais, que se reúnem mensalmente. Silvia conta que viveu tudo isso, sempre participando da missa, sem comungar. “Neste retiro, aprendemos mais sobre a comunhão espiritual. Precisase desejar receber o Cristo, porque às vezes a gente vai para a fila, sem se dar conta”, comenta a secretária. No dia de Nossa Senhora de Guadalupe, 12 de dezembro de 2009, chegou o documento da nulidade. E em março de 2010, eles selaram a união com o Sacramento do Matrimônio. “Não dá para falar sobre a emoção, depois de tanto tempo à espera. Os filhos, amigos, todos ansiosos e felizes. Com certeza, foi um tempo de aprendizado e amadurecimento espiritual muito grande”, lembra. Silvia sustenta que os casais em segunda união “são filhos muito amados de Deus, a Igreja não os rejeita, mas acolhe”. E sugere: “vivam bem esta união, criando os filhos na fé, participando das suas comunidades”. Acrescenta ainda que, quando possível, deve-se buscar a nulidade. “Vale a pena dar o pontapé inicial para a entrada no processo”.


7 A EDUCAÇÃO DOS FILHOS O Papa Francisco vem em auxílio dos pais, ao dizer, em Amoris Laetitia, que “o que interessa acima de tudo é gerar no filho, com muito amor, processos de amadurecimento da sua liberdade, de crescimento integral. Só assim esse filho terá em si mesmo os elementos de que precisa para saber defenderse e agir com inteligência e cautela em circunstâncias difíceis”. A psicóloga, assistente social e terapeuta de família e de casal, Jaira Freixiela Adamczyk, orienta que um dos maiores atos de amor que podem ser feitos pelos filhos é escutá-los verdadeiramente. E que os pais exerçam o papel de pais para que a família viva em harmonia. “Não é a escola que vai normatizar. A família tem a função normativa. A função de nutrir o diálogo, a interação do amor, despertar os vínculos de afetividade com o mundo, isso tudo está na família”, exemplifica Jaira. Ela continua ao destacar a família como um sistema onde o que acontece com um membro, afeta todos os demais. Assim, a psicóloga diz que a família é constituída por três subsistemas: o conjugal (o casal, marido e mulher), o parental (os pais) e o fraterno (que são os filhos). “Quando esses subsistemas não têm clareza dos seus papéis, a família fica exposta aos fatores de risco que existem em nossa sociedade compulsiva e obsessiva pelo ter. Há falta de hierarquia e a inversão de papéis”, menciona. A terapeuta de família afirma que “quando o casal decide ter uma família, tem que ter claro o papel como pai e como mãe. Aquilo que a gente faz é mais importante do que aquilo que se diz. Por isso, os pais devem colocar limites e serem firmes com coerência”, recomenda. E finaliza: “A alegria é o maior oxigênio na estrutura familiar”.

Serviço de Aconselhamento Familiar na Catedral Por iniciativa da Comissão Arquidiocesana para a Vida e a Família (CAVF) e com incentivo do Pe. Hélio Luciano, criou-se o Serviço de Aconselhamento Familiar (SAF), que atua na Catedral Metropolitana. Um grupo de casais passou por um curso de formação de seis meses e, em agosto de 2013, começaram os atendimentos. De segunda à quinta, das 09h às 18h, 12 casais se revezam para atender, com total sigilo, jovens, homens, mulheres, solteiros e casados, na faixa SAF funciona de segunda a quinta-feira . etária de 25 a 60 anos, que procuram o serviço. “Eles vêm em busca de uma palavra amiga e o ponto chave no nosso trabalho voluntário é a escuta. Ouvimos vários tipos de problemas. Mas não fazemos terapia, nossa missão é ouvir”, explica Hipólito do Vale Pereira Neto, que com sua esposa Ana Maria, coordenam o SAF. O coordenador enfatiza que os voluntários deste serviço na Catedral não fogem da doutrina da Igreja e utilizam as orientações do Papa sobre a família, como a nova Exortação Apostólica. Para Hipólito Neto, que atua desde o início do projeto, servir voluntariamente representa “um tempo que disponibilizamos para Deus, em função de tudo que recebemos dele, para os irmãos que precisam”.

Dra. Jaira Freixiela orienta que é preciso escutar verdadeiramente os filhos .

A MISERICÓRDIA COMO BASE O assessor eclesiástico da Comissão Arquidiocesana para a Vida e a Família (CAVF), Pe. Hélio Luciano, pondera que sempre tem problema na família, mas isso não faz desejar deixar de ser família. Ele relata que o ser humano é complicado, mas Deus é simples, misericórdia e amor. Padre Hélio argumenta que misericórdia não é um julgamento. “É esse corpo a corpo, alma a alma, olhar o que podemos fazer juntos. Essa é a misericórdia. E vamos esquecendo como se vive a família. É o meu whatsapp, meu face, meu e-mail, o meu, meu. Vamos brigando para ver quem está mais ocupado. Mas será que não é necessário ter tempo para brincar com nosso filho, nossa filha, ficar com o esposo, a esposa? Precisamos voltar a nos encontrar. Família, volte a se encontrar!”, alerta o assessor. Dedicar tempo, cuidar do outro, isso é misericórdia verdadeira.

“Precisamos voltar a nos encontrar. Família, volte a se encontrar!”

Famílias participam de Festival em Florianópolis Aproximadamente duas mil pessoas participaram da missa presidida pelo bispo emérito, Dom Vito Schlickmann, no Festival da Família, na Beira Mar Continental, em Florianópolis, no dia 22 de maio. Na quarta edição do evento, também foi celebrado o Jubileu da Misericórdia da Família, como parte da programação do Ano Santo na Arquidiocese. O assessor eclesiástico da Comissão Arquidiocesana para a Vida e a Família (CAVF), Pe. Hélio Luciano, lembrou na homilia que a família é uma das imagens que se usa para falar da Santíssima Trindade, solenidade celebrada na liturgia deste domingo. “Nem todo tipo de associação é família. Ela não é uma montagem cultural. Temos famílias feridas, em crise. Viver como família exige, mas todo

mundo quer uma”, observa. Antes de encerrar a missa, Dom Vito sustentou que é importante a presença da Pastoral Familiar nas paróquias e deixou uma dica essencial. “A oração é o fundamento das famílias e da Igreja”, finalizou. “É preciso chamar a sociedade para dizer que a família tem voz e vez, que ela está viva e forte. Quando a família é forte, a sociedade também é”, observou Eluiza Momm, coordenadora, juntamente com o esposo Nilo, da CAVF. Uma ampla estrutura foi montada, com praça de alimentação e barracas das pastorais, movimentos, serviços e novas comunidades, de diversos lugares da Arquidiocese. Artistas locais e brincadeiras entre pais e filhos animaram a parte da tarde.

Evento chega a sua quarta edição na Arquidiocese .


Jornal da Arquidiocese, Junho de 2016

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bíblia Lectio Divina

Natividade de São João Batista No mês de junho celebramos em nossa Igreja alguns santos populares e estimados pelo povo: dia 13, Santo Antônio de Pádua; 24, a natividade de João Batista; e dia 29, São Pedro e São Paulo. São João Batista – “o maior dos profetas nascido entre as mulheres” e que foi enviado “para preparar os caminhos do Senhor” – e a Virgem Maria são os únicos de quem a liturgia lembra o nascimento. Os outros santos são comemorados no dia da sua morte. No caso de João Batista, a liturgia celebra, no dia 24 de junho, o nascimento, e o seu martírio, em 29 de agosto. A celebração da natividade de João Batista evoca a manifestação da graça e bondade de Deus. O próprio nome – Yohanan – significa “Deus se mostrou misericordioso”. É muito importante lembrar que seus pais, Zacarias e Izabel, eram idosos e a sua mãe, estéril. Portanto o nascimento de João revela o po-

Pe. Wellington Cristiano da Silva

der e a misericórdia de Deus Pai e é um sinal claro da importante missão que a ele é confiada. No Evangelho de Lucas, o canto de Zacarias louva a Deus Pai pelo nascimento do filho João Batista: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo”. Um pouco mais adiante, ele exclama: “E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo porque irás adiante da face do Senhor a preparar os seus caminhos” (Lc 1,68.76). João Batista é testemunha da Luz, sobretudo, por ter apontado Cristo entre os povos. Ele encarna a plenitude do Antigo Testamento e a preparação para o Evangelho. E teve a graça de batizar o próprio Cristo, marcando o início da missão do divino Salvador. O evangelista Marcos começa o Evangelho apresentando João Batista que “pregava o batismo de penitência para remissão dos pecados” (Mc 1,4). O próprio Jesus dá seu testemunho sobre a missão de João quando deseja ser por ele batizado. São João Batista foi um homem de coragem, enfrentou autoridades e poderosos, denunciando erros e injustiças. Nesse sentido, a mensagem de João se faz atual e contundente. Ele convida todos a se empenharem na construção de uma nova sociedade, sem violência, sem miséria, que ofereça condições de vida digna para todos.

Por Pe. Élio Luís Grings Paróquia São João Batista, em São João Batista

missão consiste em ir adiante do Senhor para preparar os seus caminhos, anunciando ao seu povo a salvação, pelo perdão de seus pecados (Lc 1,76-77).

Oratio (oração) “Senhor, fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!” (Sl 138,13-14).

Lectio (leitura) “Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho (...) Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: ‘João é o seu nome’. E todos ficaram admirados” (Lc 1,57.63).

Meditatio (meditação) O nascimento de João Batista anuncia a chegada dos tempos messiânicos. Alguns sinais acompanham este marcante momento da história da salvação: a esterilidade de Isabel é transformada em fecundidade e a mudez de Zacarias em manifestação profética. O nascimento do menino é cumprimento da promessa feita por Deus. O nome João significa “o Senhor é favorável”. De fato, a natividade de João é fruto do favor divino e advento do tempo da graça (Kairós). Ainda no seio de sua mãe, ele exultou de alegria com a vinda do Salvador. Precursor do Messias esperado, João Batista é consagrado por Jesus “como o maior entre os nascidos de mulher” (Lc 7,28). Zacarias, seu pai, o proclama “profeta do Altíssimo”, pois sua

Contemplatio (contemplação) Ao venerarmos com amor o nascimento do menino profeta, contemplamos o autor da vida, que nos concede a graça do novo nascimento.

Missio (missão) O nascimento de uma criança é sempre motivo de grande alegria e esperança. A existência de todo ser humano é querida por Deus. Antes de nascermos, o Senhor já nos chamou. Desde o ventre de nossas mães, ele já tinha em mente nossos nomes (Is 49,1). O seu amor já havia sido derramado em nossos corações, antes mesmo de sermos concebidos. O dom da vida é expressão da infinita misericórdia de Deus. Por isso, como profetas de nossos tempos, somos enviados em defesa da vida. Reagindo contra toda espécie de ameaça ao precioso dom da existência humana, queremos continuar proclamando que a vida é inviolável, que todos possuem o direito de desfrutar, com alegria, desta graça insondável.

Conhecendo o livro dos Salmos Pe. Ney Brasil Pereira

Salmo 119 (118): O Salmo da Lei (V) Chegamos ao quinto artigo sobre o “Salmo da Lei”. No artigo anterior recorremos a Santo Agostinho, para refletir sobre o modo como Jesus rezava este salmo, e como ele agora, junto ao Pai, o reza, conosco e por nós. Continuemos, pois, a inspirar-nos nas considerações do santo doutor: “Ele, o Cristo, ora por nós como nosso Sacerdote; ora em nós como nossa Cabeça; e recebe a nossa oração como nosso Deus. Reconheçamos nele a nossa voz, e em nós a sua voz. [...] É a ele que toda a criação serve, porque todo o universo é obra de suas mãos”. “Por isso, contemplamos sua divindade e majestade, quando ouvimos: No princípio era a Palavra, e a Palavra se dirigia a Deus; e a Pala-

vra era Deus. No princípio estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez (Jo 1,1-3). Mas, se nesta passagem contemplamos a divindade do Filho de Deus que supera as mais excelsas criaturas, ouvimos também em outras passagens da Escritura o mesmo Filho de Deus que geme, ora e louva”. “Hesitamos então em atribuir-lhe tais palavras, porque nosso pensamento reluta em passar da contemplação de sua divindade à sua humilhação, como se fosse uma injúria reconhecer como homem aquele a quem orávamos como a Deus. Por isso, nosso pensamento fica muitas vezes perplexo e até se esforça por alterar o sentido das palavras”. Mas não lhes alteremos o sentido. Também neste “Salmo da Lei”.

Leia os versículos do 129 ao 152 e reflita: 1) A que leva o assombro do salmista, perante a Lei? 2) Que significa o reconhecimento de Deus como “justo”? 3) Em que sentido o “zelo” devora o salmista? 4) Que significa a proximidade de Deus, diante da aproximação dos inimigos? 5) Em que sentido o “conhecimento” dos “testemunhos” divinos deve ser ético, não apenas teórico?

A análise completa desse salmo se encontra no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br.


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evangelização

Pedro – Paulo – Francisco: do primeiro papa até os dias de hoje Homens alcançados pela graça de Deus que fecundam a Igreja Foto: Divulgação

Em 29 de junho, Dia do Papa, celebramos o martírio de Pedro e Paulo, ocorrido no ano 67. Roma é de Pedro e de Paulo, da instituição/governo e do carisma/liberdade espiritual. Não há Pedro sem Paulo, os dois apóstolos vivendo a unidade: Pedro, o apóstolo dos judeus, e Paulo, o apóstolo rejeitado pelo seu povo e consagrado a levar o Evangelho às nações. Pedro sente-se ligado às tradições religiosas de Israel; Paulo é fiel à Lei, mas abre-se à Graça que não pertence a nenhum povo, mas a todos os povos. De origens diferentes, foram tocados pela graça. Pedro, humilde pescador da Galiléia, cheio de boa vontade, impetuoso, generoso e interesseiro, corajoso e covarde, mas aberto ao olhar misericordioso do Senhor. Sua instrução foi aquela de todo judeu piedoso: a escuta da Palavra de Deus no culto das sinagogas e nas visitas ao Templo de Jerusalém. Paulo vem do mundo culto do Império Romano, da cosmopolita Tarso, cidadão romano, doutor da Lei em Jerusalém. Galileu, Pedro logo ouviu falar do Nazareno e aceitou o convite ao discipulado; Paulo, ao contrário, vivendo em ambiente culto de Jerusalém nem sequer tinha ouvido falar de Cristo. O que os uniu e transformou foi o amor do Senhor que recorda a Pedro que foi o Pai que está nos céus que revelou-lhe a identidade de Cristo (Mt 16,17); Paulo, perseguidor

de cristãos, afirma com gratidão que foi a graça que se dignou revelar nele o Filho de Deus (Gl 1,15-16). Primeiro rejeitaram o Senhor, para depois amá-lo até a morte. Pedro, o amado que trai o amor e é amado; Paulo, o ódio transformado em amor de discípulo. Pedro, obra da graça; Paulo, obra da graça. Igreja-carisma e instituição “Tu és Pedro e nesta pedra eu irei construir minha Igreja e as portas do inferno nunca hão de vencê-la” (Mt 18,18), afirmamos nós, cristãos, porém sabendo que isso acontece na fidelidade à grande tradição, conforme Paulo ensinou: “Transmiti-vos, em primeiro lugar, o que eu recebi” (1Cor 15,3). Em Roma, Pedro simboliza a instituição, guarda as chaves, garante a unidade e a fidelidade à tradição, e hoje recebe o nome de Francisco. Francisco é servidor da unidade na caridade, é ícone de Pedro e de Paulo, do carisma e da instituição, purifica

Pe. José Artulino Besen Paróquia Nossa Senhora de Fátima e Santa Teresinha do Menino Jesus, Florianópolis

Foto: Divulgação / Carmelo

Carmelo em Itajaí precisa de apoio para reconstrução O Carmelo Santa Teresa e da Divina Misericórdia, localizado em Cabeçudas, Itajaí, pretende nos próximos meses ampliar e reformar o mosteiro. Neste projeto estão previstas a construção de novos quartos e a reconstrução dos já existentes para melhorar a ventilação e a iluminação solar. “Da forma que está, a falta de ventilação pode oferecer riscos à saúde das irmãs, principalmente doenças respiratórias”, explicou a Madre Priora Cristy Maria. A religiosa convida a comunidade arquidiocesana para angariar fundos para a

as tradições que ocultam a face misericordiosa do Senhor. Pedro e Paulo fecundaram Roma com seu sangue, receberam o prêmio do martírio e ali estão sepultados. Pedro papa, pai; Paulo, pai, doutor da graça; Francisco papa, pai e irmão.

ções do povo da Alemanha e tem 44 anos de uso. Informações de como ajudar no telefone (47) 3348-7343. O Carisma

Projeto da reforma do mosteiro

realização da obra. A previsão de início é o mês de agosto. Atualmente, no Carmelo Santa Teresa de Itajaí residem 14 religiosas. Elas trabalham na confecção de escapulários, terços, bordados, restauração de imagens e atendimento às pessoas que procuram ajuda espiritual.

O Carmelo foi inaugurado no dia 1º de janeiro de 1986, no bairro da Fazenda, numa casa alugada. No dia 18 de outubro de 1991, passou para o bairro de Cabeçudas, em uma casa residencial que foi adaptada para as necessidades mais urgentes. Parte dessa casa foi comprada com doa-

A carmelita tem a vocação do apostolado universal, que atinge todas as almas pela ação oculta da oração, e o dom total de todo o seu ser a Deus e a serviço da Igreja. O carmelo continua o mistério do cenáculo em que, perseverando em oração com Maria, mãe de Jesus, a Carmelita implora o fogo do Espírito Santo sobre a humanidade inteira. Assim, participam do carisma teresiano e continuam a inspiração primitiva do carmelo, envoltas pela presença e pelo mistério do Deus vivo. Diariamente são oferecidas missas nas intenções de todos os benfeitores do carmelo.


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evangelização

Arquidiocese participa de Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais em Chapecó Evento proporcionou momento de alegria e reencantamento das CEBs e GBFs em Santa Catarina Imagem: Maria Glória da Silva

De 20 a 22 de maio, a Diocese de Chapecó acolheu o 12º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e Grupos Bíblicos em Família (GBFs), em Chapecó (SC). O evento reuniu lideranças de nove dioceses de Santa Catarina que refletiram sobre o tema “CEBs e os desafios no mundo urbano”. Cerca de 500 delegados de todo o Estado discutiram seis temáticas centrais: campo, periferia, litoral, condomínios, centro urbano e migrantes. Além de muitos padres, participaram também os bispos Dom Odelir, da Diocese de Chapecó, e Dom Severino, da Diocese de Caçador. Da Arquidiocese de Florianópolis foram 53 representantes, na maioria animadores dos GBFs e das CEBs, lideranças de outros segmentos eclesiais, religiosas e religiosos, seminaristas, além dos padres Vilson Groh e João Bernardes Alves. Durante o encontro, o assessor nacional do setor CEBs da Conferência

Caridade social

Nacional dos Bispos do Brasil, Celso Carias, destacou: “Estamos num momento de reencantamento e opção fundamental, que é o seguimento de Jesus Cristo na proposta do Reino. Senti em Santa Catarina uma força e uma articulação muito capaz de revigorar as CEBs do Regional Sul 4”. O evento proporcionou aos participantes uma reflexão sobre os desafios no mundo urbano e reafirmou o desejo de fortalecer sempre mais as CEBs, os GBFs nas paróquias da Arquidiocese. “Na volta, no ônibus, foi conversado sobre o processo de continuidade com formação permanente a partir da metodologia do seguimento de Jesus, com as pessoas que se identificam e caminham com as CEBs e com os animadores dos GBF, para intensificar e fortalecer as ações que já existem, fomentando a mística e a espiritualidade”, contou a coordenadora arquidiocesana dos GBFs, Maria Glória da Silva. Ao final do encontro foi redigida uma

O assessor do evento, Celso Carias, expressou entusiasmo ao ver a participação dos fiéis catarinenses .

carta compromisso assinada pela equipe arquidiocesana das comunidades eclesiais de base e dos grupos bíblicos, onde aponta: “Nosso sonho é alimentado pela Palavra de Deus, por uma espiritualidade libertadora, animada pelos símbolos, lutas e a opção pelos pobres, tendo à frente Jesus de Nazaré, como

nosso mestre e companheiro. Sob inspiração do lema: ‘Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-los’ ( Ex. 3,7), assumimos os desafios no mundo urbano com um novo olhar e ouvidos atentos aos clamores desta realidade para construir práticas libertadoras e fortalecer a rede de solidariedade”.

Cuidado com os necessitados é missão da Fraternidade “O Caminho”

A Fraternidade dos Pobres de Jesus Cristo, conhecida como “O Caminho”, chegou em Florianópolis há três anos e de lá para cá tem buscado corresponder ao chamado de seu carisma: “Jesus todo, todo de Jesus”. O instituto secular nasceu em 1991, em São Paulo, e, atualmente, está presente em quatro países e 25 dioceses brasileiras. No equilíbrio entre oração e trabalho, as missionárias realizam diversas ativi“Nosso objetivo é ser luz”, conta Irmã Maria Dolores dades sociais, principalmente ligadas aos mais pobres, marginalizados, moradores de rua e presidiários. “Nosso objetivo é ser luz nesses lugares, um sinal de Deus para eles”, explica a consagrada Irmã Maria Dolores do Coração Eucarístico, de 25 anos. A jovem pertence à fraternidade há oito anos e já fez os votos temporários de pobreza, obediência, castidade e disponibilidade. Aliás, o sorriso e a alegria das moradoras da casa de formação, na capital catarinense, refletem a grande disponibilidade e satisfação que elas têm no atendimento aos necessitados. “Semanalmente, também, visitamos famílias que vivem na favela, rezamos com elas, e colaboramos com doações de alimentos”, complementa Irmã Maria. Sobre a Pastoral de Rua – tarefa executada pelas irmãs semanalmente –, a inten-

ção é mostrar para as pessoas que estão em situação de rua que “Deus também olha por elas”, expressa Maria Dolores. Com o pretexto de levar comida, elas acabam anunciando o Evangelho. “Nossa intenção não é, necessariamente, tirar eles dali, até porque muitos nem querem sair. Queremos ser luz! E para aqueles que desejam mudar de vida, apresentamos um caminho”, argumenta. Para conhecer mais sobre o instituto, entre em contato pelo telefone (48) 33485062. São bem-vindas doações de roupas e alimentos não perecíveis, que são destinados ao apoio dos mais necessitados. Fotos: Divulgação / Fraternidade

Atendimento a famílias carentes é feito semanalmente pelas missionárias


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evangelização Jovens arrecadam recursos para irem à Polônia Peregrinos pretendem participar da Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia, de 25 a 31 de julho Foto: Pascom / Paróquia da Ponte

Cronograma de junho 01 a 05/06 | Visita Pastoral de Dom Wilson - Capoeiras | Florianópolis 02/06 | Jubileu da Misericórdia dos Presbíteros | Azambuja 02 a 05/06 | 480º Cursilho Masculino | Florianópolis 02 a 05/06 | 481º Cursilho Feminino | Brusque 03 a 05/06 | Retiro diáconos e esposas | Provincialado

Jovens do grupo de oração da Paróquia da Ponte vendem doces para ajudar nas despesas com a JMJ

Desde março do ano passado, jovens da Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista, da Ponte do Imaruim, Palhoça, estão se mobilizando para angariar fundos em vista da viagem à Polônia. Rifas, pedágios, venda de trufas e doces no final das missas, festas e eventos, dentro e fora da paróquia, têm ajudado os peregrinos que se preparam para a 31ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ). “Espero que seja uma viagem espetacular, porque é uma nova experiência que a pessoa tem de ser Igreja”, comenta o paroquiano Tahyron Lichtenfelz, 16. Frequentador do Grupo Anjos da Fé, ele não esconde sua felicidade em viajar para a JMJ. “Esse sonho começou desde jornada no Rio de Janeiro, em 2013. Como eu não pude participar, resolvi me planejar para ir à Cracóvia”, revela. A mobilização para enviar jovens à Jornada Mundial da Juventude também aconteceu em outras paróquias da Arquidiocese. O jovem Lucas Zunino, 21, da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes e São Luiz, da Agronômica, na capital, também tem grande expectativa e curiosidade para ir à JMJ. “Essa é minha primeira jornada e estou bastante animado para ver toda essa união da Igreja Católica com a juventude”. Com um grupo auxiliado pelos padres Luiz

Chang e Philippe Roche, da Fraternidade Santo Ivo, eles promoveram alguns eventos para arrecadar recursos, tais como café colonial e rifa. Na Arquidiocese se formaram ainda alguns grupos independentes, com jovens de várias paróquias e movimentos, que se organizaram para acompanhar este grande encontro da juventude católica.

03 a 05/06 | Congresso de Casais – Com. Divino Oleiro | CEAR 04/06 | Reunião das Forças Vivas da Arquidiocese | Estreito 05/06 | Setor Juventude – Enc. Formativo Lideranças Foranias | Palhoça 10 a 12/06 | Retiro para casais – Com. Shalom | Florianópolis 11 a 12/06 | Fim de Semana Original – Enc. Matrimonial Mundial | Palhoça 18/06 | Escola de Liturgia da Arquidiocese | Barreiros 19/06 | Formação Missionária – Missões Bahia | Canelinha 19/06 | Escola de Formação Catequética para Multiplicadores | Tijucas 24 a 26/06 | Encontro de Espiritualidade para Jovens – Magis Brasil | Florianópolis 25/06 | Encontro Arquidiocesano da Pastoral Carcerária | São Pedro Alcântara 25 a 26/06 | Mutirão Arquidiocesano de Formação | CEAR Acesse o calendário completo em www.arquifln.org.br

Cursilhistas evangelizam na Arquidiocese Imagem: Divulgação / MCC

Informações sobre a JMJ Quem não conseguir ir para a Polônia poderá acompanhar as notícias do que vai acontecer por lá através do site http://www.krakow2016.com/pt. Atualmente, já é possível saber a respeito do dia a dia do Comitê Organizador Local que apresenta detalhes da organização do evento. Outras informações estão disponíveis na fanpage facebook.com/ jornadamundialdajuventude. Jubileu da Juventude No dia 21 de agosto, os jovens da Arquidioese se reúnem para o Jubileu da Juventude. O dia celebrativo será também um espaço para que alguns peregrinos que terão ido para a JMJ na Cracóvia possam partilhar suas experiências na jornada. O jubileu acontece no Santuário Santa Paulina, em Nova Trento.

Próximo Encontro Diocesano Jovem está previsto para 05 e 06 de novembro, no Sitio das Figueiras, em Biguaçu

Presente na Arquidiocese de Florianópolis desde agosto de 1970, o Movimento Cursilho de Cristandade (MCC) já acumula 45 anos de evangelização, com mais de 470 retiros para homens, mulheres e jovens, levando cerca de 20 mil batizados a uma experiência de proximidade com Cristo. “Buscamos batizados afastados da Igreja e, também, formamos novas lideranças que tentem tornar a realidade do mundo um pouco melhor, pois temos Cristo no centro de todas as nossas atividades”, explica a representante jovem do MCC na

Arquidiocese, Franciele Lemes. Para participar do movimento é necessário fazer um dos seis retiros anuais. E, depois, frequentar as escolas e eventos do movimento ou formar novo grupo. Sobre a metodologia dos encontros, Franciele explica que utilizam o método ver, julgar e agir. Isso é feito durante o retiro de três dias e continua nos encontros posteriores ao cursilho. “O movimento é bem estruturado com pessoas capacitadas para o pré-cursilho e o pós-cursilho. Basta mesmo o jovem querer caminhar com o movimento, que atividades não faltam”.


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geral

Pastoral do Migrante é destaque no Fórum Social da Arquidiocese

O ROSTO DA MISERICÓRDIA Pe. Vitor Feller

Foto: Divulgação / ASA

Síntese da Bula do Jubileu da Misericórdia

Como viver o Ano Santo da Misericórdia Pastorais, entidades e ações sociais terão novo encontro em 18 de agosto

A Ação Social Arquidiocesana (ASA) promoveu, no dia 18 de maio, o Fórum das Pastorais Sociais, Entidades e Ações Sociais Paroquiais, na Paróquia São Judas Tadeu, em Barreiros, São José. Reuniu aproximadamente 40 representantes de diferentes paróquias da Arquidiocese. O tema principal do encontro foi o trabalho desenvolvido pelas paróquias com os imigrantes. Houve, também, a partilha sobre a atuação com os estrangeiros na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, da Prainha. Em média, 70 imigrantes são atendidos diariamente na paróquia com demandas de regularização de documentos e atendimento das necessidades básicas como alimentação, vestuário, moradia, cursos de língua portuguesa e emprego. Na ocasião ainda foram apresentados orientações e procedimentos de atendimento aos estrangeiros. Como encaminhamento, sugeriu-se criar um grupo de apoio aos imigrantes e refugiados na Forania de Itajaí. “Como também, fomentar grupos nas paróquias que trabalham com a demanda desses estrangeiros. Outra ideia é a promoção de uma audiência pública sobre o tema”, disse o secretário executivo da ASA, Fernando Batista. O próximo fórum acontecerá na Paróquia São Vicente, em Itajaí, no dia 18 de agosto e terá como tema “a Pastoral da População

em Situação de Rua”. II Encontro da Caridade Social nas Foranias Nos meses de junho e julho, a Ação Social Arquidiocesana promove quatro encontros de formação e troca de experiências da dimensão social da evangelização nas foranias. O tema principal é “a mística de Jesus no caminho da misericórdia”, tendo como assessor o Pe. Vilson Groh. Podem participar diretorias, voluntários e lideranças, das pastorais e movimentos da Arquidiocese. Agenda dos encontros 04/06 - 08h30 – Paróquia Santíssima Trindade - Foranias de Florianópolis Centro Sul, Norte e Continente. 18/06 - 08h30 – Paróquia de Tijucas Foranias de Itapema, Biguaçu e Tijucas. 09/07 - 08h30 – Paróquia Monte Alegre - Foranias de Itajaí, Brusque e Camboriú A definir – Paróquia Santa Cruz - Foranias de São José, Palhoça, Barreiros e Santo Amaro.

O Papa Francisco sugere diversos meios de vivência do Jubileu da Misericórdia. 1) A escuta da Palavra. Para isso, é preciso recuperar o valor do silêncio, para acolher, rezar, meditar e praticar a Palavra que nos é dirigida (n. 13). 2) A peregrinação. A vida é uma peregrinação e o ser humano é viajante, é peregrino rumo à eternidade. A peregrinação à Porta Santa, tanto em Roma como em cada um dos lugares escolhidos por cada diocese, é sinal de que a misericórdia é uma meta a alcançar através de renúncias e sacrifícios (n. 14). 3) O amor cristão. Para viver a misericórdia divina é preciso habituar-se a não julgar nem condenar, perdoar sempre, evitar sentimentos de ciúmes e invejas, valorizar o que há de bom em cada pessoa, aproximar-se de todas as pessoas (n. 14). 4) O encontro com os que vivem nas periferias existenciais. Trata-se de ir ao encontro dos que vivem em situações de precariedade e sofrimento. Dar voz aos que sofrem na carne e

cujo grito de dor não é mais ouvido por causa da indiferença dos ricos. Cuidar das feridas do próximo oferecendo-lhe o óleo da consolação, a solidariedade e o cuidado. Abrir os olhos para ver as feridas dos irmãos privados da própria dignidade. Ouvir o grito dos necessitados e romper a barreira da indiferença diante de seus sofrimentos (n. 15). 5) As obras de misericórdia corporais e espirituais. Cada fiel poderia tomar a peito o propósito de viver durante o ano uma destas obras de misericórdia. Será um modo para despertar nossa consciência adormecida diante do drama da pobreza e para entrar no coração do Evangelho. As obras de misericórdia corporal são: dar comida aos famintos, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, acolher o estrangeiro, assistir os doentes, visitar os presos, sepultar os mortos. As obras de misericórdia espiritual são: aconselhar os duvidosos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as injustiças, rezar pelos vivos e pelos mortos. Programação do Jubileu: 02 de junho Jubileu da Misericórdia dos Presbíteros Azambuja


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