Jornal da Arquidiocese | nº 221 | março de 2016

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Jornal da

ARQUIDIOCESE

FLORIANÓPOLIS, nº 221

MARÇO DE 2016

Veja também nesta edição:

Domingo de Ramos Coleta da Solidariedade | 4

Procissão dos Passos

Programação começa dia 12 | 4

FACASC

Cursos de Extensão | 10

Cracóvia

Como ir para a JMJ | 11


Jornal da Arquidiocese, Março de 2016

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opinião

O cuidado com o planeta é responsabilidade de todos

Mistério Pascal

Na edição de fevereiro do Jornal da Arquidiocese, você entra no clima da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2016 que tem como tema: “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24). O professor aposentado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Daniel José da Silva, na Sessão Especial alusiva à CFE, no dia 23 de fevereiro, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), lembrou alguns dados alarmantes sobre o planeta. Com pós-doutorado em gestão social da água, pela Universidade do Canadá, Daniel afirmou que “25 bilhões de metros cúbicos de esgoto são produzidos todos os dias no Brasil. A cada dez pessoas, duas não têm acesso a água tratada. Apenas 20% do esgoto de Santa Catarina tem tratamento e coleta adequados”. Ele sublinhou que estuda, há seis meses, a Encíclica Laudato Si, do Papa Francisco. “Hoje estamos perdendo a cultura do cuidado, de que nos fala o Papa. Ele também nos dá a ideia do bem comum. O amor está para o humano, assim como o bem comum está para a humanidade”, destacou o professor. Nas páginas centrais desta edição, você confere dicas e exemplos de atitudes de como cuidar do meio ambiente, reciclar o lixo, priorizar e refletir o saneamento, enfim, colocar em prática o que a Campanha da Fraternidade Ecumênica propõe. Este mês acontece também a Coleta Nacional da Solidariedade, nos dias 19 e 20 de março, onde a sua contribuição vai ajudar a projetos sociais. Lembre-se de acessar o site arquifln.org.br e a fanpage fb/arquifloripa, para encontrar outras notícias. Boa leitura!

Quando falamos de Misté- vive o seu dia na certeza de rio Pascal estamos nos refe- ser amado por Deus. Desta rindo à morte e ressurreição forma, desenvolve a capacide Cristo. É o núcleo central dade de perceber os sinais que faz entender toda expe- do amor de Deus. E o mundo riência da vida cristã. Pela está cheio da misericórdia morte e ressureição, Cristo de Deus. Um dos sinais de comunica ao mundo a vida que a pessoa está crescendivina. Assim os homens, do na vida cristã é quando mortos para o percebe sempecado, são pre mais os configurados a sinais da preEle. “Não vivam “O mistério é conhe- sença do mismais para si, pascal de cido quando se entra tério mas para aqueCristo. nele e se deixa enle que morreu O mistério e ressuscitou volver por ele. Quan- não é entendipor eles” (2Cor do a partir de do se está dentro, 5,15). Cristo, fora, como se contempla-o e se morrendo, desfaz quando se deixa fascinar” truiu a morte quer conhecer e ressurgindo, uma coisa. O deu-nos a vida. mistério é coA vida nova nhecido quannão é conquista do ser hu- do se entra nele e se deixa mano por seus méritos. É envolver por ele. Quando obra de Deus no ser huma- se está dentro, contempla-o no, é graça. A atitude funda- e se deixa fascinar. Desta mental do ser humano, para forma é transformado pelo que aconteça esta trans- mistério. Assim, por este caformação, é a de sentir-se minho, o cristão é possuído acolhido por Deus. O cristão pela vida nova conquistada

Dom Wilson Tadeu Jönck, scj

Nos caminhos de Francisco

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Nas redes

“A mais bela herança, a maior herança que um homem, uma mulher pode deixar aos seus filhos é a fé”.

Arquidiocese perde Irmã Alzira Hoepers A Superiora Provincial das Irmãs Franciscanas de São José, da Província de Santa Catarina, Irmã Alzira Hoepers, faleceu no dia 19 de fevereiro, aos 73 anos de idade. A religiosa ficou internada para tratar de uma infecção generalizada e não resistiu. Ela trabalhou na Cúria Metropolitana por 30 anos.

04 de fevereiro, Missa na Casa Santa Marta

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“O santuário de Deus são as nossas famílias que precisam do mínimo necessário para se poderem formar e sustentar. O santuário de Deus é o rosto de tantos que encontramos no nosso caminho”.

facebook.com/arquifloripa

14 de fevereiro, Missa no Santuário de Guadalupe, México

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Não esqueçais que a misericórdia de Deus é o nosso escudo e a nossa fortaleza contra a injustiça, a degradação e a opressão. 17 de fevereiro, no Twitter

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“São as lágrimas que podem gerar uma ruptura capaz de nos abrir à conversão”. 18 de fevereiro, no Twitter

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“E proponho àqueles que entre estes são católicos que realizem um gesto corajoso e exemplar: que nenhuma condenação seja executada neste Ano Santo da Misericórdia”.

Padre Revelino fala sobre a avaliação do Plano Pastoral @pontifex_pt

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“Não há humildade sem humilhação, e se tu não fores capaz de ter algumas humilhações na tua vida, não serás humilde” 01 de fevereiro, Missa na Casa Santa Marta

21 de fevereiro, Angelus do II Domingo da Quaresma

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC, Fone: (48) 3224-4799 / 9982-2463

Assessoria de Comunicação

O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal da Arquidiocese de Florianópolis-SC.

por Cristo, por sua morte e ressurreição. Torna-se um com Cristo e recebe a salvação conquistada por sua morte e ressurreição. A Quaresma é o caminho de preparação para a celebração do Mistério Pascal. É tempo de intensificar os exercícios para perceber que somos tocados pela misericórdia de Deus. E seremos multiplicadores das obras de misericórdia. Somos convidados a reproduzir os gestos e palavras de Cristo para os homens do nosso tempo.

O coordenador arqudiocesano de pastoral, Pe. Revelino Seidler, gravou vídeo para o site da Arquidiocese explicando o processo da primeira avaliação do Plano de Pastoral que acontece este ano. youtube.com

Seminaristas no Propedêutico Nove vocacionados ingressaram, no dia 14 de fevereiro, no Seminário Propedêutico Monsenhor Valentim Loch, localizado em São José. Na foto, o formador Pe. Wellington Cristiano, com os seminaristas. facebook.com/arquifloripa

DIRETOR: Pe. Vitor Galdino Feller CONSELHO EDITORIAL: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Leandro Rech, Pe. Revelino Seidler, Pe. Vânio da Silva, A. Carol Denardi, Fernando Anísio Batista, Jean Ricardo Severino, Olga Oliveira e Roberson Pinheiro. JORNALISTA RESPONSÁVEL: A. Carol Denardi (SC 01843-JP) PROJETO GRÁFICO: Lui Holleben

DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO: Roberson Pinheiro COORD. DE PUBLICIDADE: Pe. Leandro Rech e Erlon Costa TIRAGEM: 24.000 exemplares IMPRESSÃO: Diário Catarinense EMAIL: imprensa@arquifln.org.br e comunicacao@arquifln.org.br SITE: www.arquifln.org.br FACEBOOK: Arquidiocese de Florianópolis


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#compartilha Curso debate alterações no processo de nulidade de matrimônio Foto: Marcelo Luiz - CNBB Sul 4

Retalhos do Cotidiano Prof. Carlos Martendal

Alimentação

A gaivota gosta do peixe, o sanhaçu prefere a fruta, o joão se delicia com o barro. Que Criador criativo!

Ensino

Quem ensinou a rosa a primeiro se fechar e depois se abrir foi o mesmo que ensinou o repolho a primeiro se abrir e depois se fechar. Que Mestre interessante!

Sabiá

Padre Valdinei Ribeiro, de Curitiba (PR), conduziu os trabalhos nos dois dias de atividades

Nos dias 04 e 05 de fevereiro, os bispos das dez dioceses de Santa Catarina e outros padres e leigos ligados ao Tribunal Eclesiástico participaram de um curso sobre a reforma do processo canônico para as causas de declaração de nulidade matrimonial. O Motu Proprio Mitis Iudex Dominus Iesus, carta apostólica do Papa Francisco, lançada em 2015, que trata do assunto, foi o pano de fundo do debate, na Faculdade Católica de Santa (FACASC), em Florianópolis. A condução dos trabalhos ficou a cargo do Pe. Valdinei de Jesus Ribeiro, cmf, que é doutor em Direito Canônico, de Curitiba (PR). “A carta apostólica do Papa foi publicada no período em que a Igreja se preparava para o Sínodo dos Bispos realizado em outubro, no Vaticano. O Sumo Pontífice afirmou que a maioria dos seus ‘irmãos no episcopado im-

ploraram processos mais rápidos e acessíveis’. Dessa forma, ele decidiu emitir resoluções que favoreçam não a nulidade, mas a agilidade desse processo”, destaca o vigário judicial do Tribunal Eclesiástico Regional de Florianópolis, Pe. Tarcísio Pedro Vieira. O presidente do Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom João Francisco Salm, pontua que “é muito importante darmos celeridade a esses processos conforme alguns critérios que o Santo Padre acha fundamental e que conduziram o trabalho da reforma”. Entre os tópicos destacados, foi feita a abordagem sobre os casos onde o bispo diocesano - primeiro juiz - conclui os processos em que há certeza moral alcançada, nos termos do direito da sentença, de forma especial nos casos de nulidade mais evidentes, por exemplo.

Padre Ney Brasil: “A todos, minha reconhecida gratidão” “Não é tão comum chegar aos 60 anos de ministério presbiteral, ainda com saúde e disposição para continuar o trabalho. O Pai das misericórdias e Deus de toda consolação (2Cor 1,3) me concedeu esta graça”. Palavras do Pe. Ney Brasil Pereira que comemorou o Jubileu de Diamante Presbiteral, no dia 25 de fevereiro, com Missa especial na Catedral. Antes, porém, já no dia 22, Pe. Ney iniciou o tríduo vocacional em preparação para a data. Foi em 25 de fevereiro

de 1956, em Roma, que ocorreu a ordenação presbiteral. “A Ele, a seu Filho, e ao Espírito, com meu louvor e gratidão, também o meu pedido de perdão pelos pecados, certamente numerosos, especialmente pelas omissões. Mas Ele, que sabe do mal tirar o bem, terá com certeza complementado o que faltou. Por tudo isso, muito me alegrou a presença do que, na semana jubilar, quiseram associar-se às minhas celebrações de ação de graças. A todos, minha reconhecida gratidão”, destacou Pe. Ney.

Ele sabe voltar para casa quando o véu da noite começa a cobrir a terra e dorme a noite inteira sem cair do galho que o acolhe. Quando a cortina da manhã se abre no horizonte, voa, e canta, e se alimenta, cultivando a vocação para a qual foi criado. Não perde tempo nem sono, nem assume o que não pode, nem trabalha para acumular. Sábio, o sabiá, que vive o dia de hoje sem preocupar-se com o amanhã!

Mediocridade

É bem mais fácil viver na mediocridade: não requer o mínimo empenho...

Dar

“Deus só pede aquilo que já deu.” (Santo Agostinho)

Oferenda

No momento derradeiro, no momento em que “a vida não é tirada, mas transformada”, no momento em que o ser amado parte para encontrarse com Deus face a face, nesse momento fechar-lhe os olhos é viver aquele momento que não tem igual: o da oferenda do amor ao Amor!

Jubileu dos Enfermos é celebrado nas paróquias Foto: Joel Schvambach

Missa dos enfermos reuniu bom número de fiéis em Azambuja, Brusque

A Arquidiocese viveu na quinta-feira, 11 de fevereiro, o Jubileu dos Enfermos, como parte da programação do Ano Santo da Misericórdia. A Igreja lembra também o Dia Mundial dos Enfermos. Nesta data, o Arcebispo presidiu a Missa com a administração do Sacramento da Unção dos Enfermos no Santuário de Azambuja, em Brusque. Em Florianópolis, na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes e São Luiz, na Agronômica, ocorreu a tradi-

cional procissão solene. Os fiéis iniciaram a procissão na gruta do Hospital Nereu Ramos e seguiram até a Igreja Matriz da Agronômica, para a Celebração Eucarística. O pároco, Pe. Cláudio Zimermann, afirmou que foram nove dias de preparação e oração pelos enfermos, com a intercessão da padroeira, Nossa Senhora de Lourdes. Nas demais paróquias, a data foi marcada com Missa especial pelos doentes.


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#compartilha Igreja celebra o Mistério da Redenção A Semana Santa abre solenemente com o Domingo de Ramos – entrada de Jesus em Jerusalém. O centro dessa semana é o Tríduo Pascal: a Ceia do Senhor, sua Paixão e Morte e a Vigília pascal da Ressurreição com a Bênção do Fogo, a grande Liturgia da Palavra, a Benção da Água Batismal, a Renovação das Promessas do Batismo e o canto do Aleluia. Quinta-feira Santa - À noite da Quinta-feira Santa, a Liturgia celebra a Última Ceia, o Mandamento do Amor com o Lava-pés, a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Depois, a Igreja permanece em vigília diante do Santíssimo Sacramento para relembrar os sofrimentos de Jesus e agradecer a Eucaristia. Sexta-feira Santa – é o único dia do ano em que não são celebrados os Sacramentos. Às 15h, a assembleia cristã

celebra a Paixão, Morte e Sepultura do Senhor, proclama a Oração Universal da Igreja e do mundo, e adora a Santa Cruz. Sábado Santo – neste dia a Igreja guarda silêncio, venerando a sepultura do Senhor. Vigília Pascal - “É a mãe de todas as vigílias”, afirmava Santo Agostinho, pois nesta noite é celebrada a Páscoa de Jesus. Tem início com a Bênção do Fogo, pois a Ressurreição do Senhor fez desaparecer as trevas do pecado e a morte. A Palavra de Deus nos introduz no mistério da passagem da antiga para a nova Aliança, onde Cristo é o Cordeiro imolado. Nesta noite, crianças recebem o Sacramento do Batismo e todos renovam as Promessas Batismais. Grande momento é o Canto do Aleluia, silenciado por toda a Quaresma. É a Páscoa do Senhor, a passagem da morte para a vida.

Imagem: Novo Amanhecer

Coleta da Solidariedade ajuda projetos sociais

Procissão do Senhor Bom Jesus dos Passos 2016

Dom Wilson escreve prefácio de livro sobre Jerusalém

No final de semana em que a Igreja celebra o Domingo de Ramos, dias 19 e 20 de março, ocorre o gesto concreto da Campanha da Fraternidade, através da Coleta Nacional da Solidariedade. O objetivo é apoiar os projetos sociais e de geração de trabalho e renda, na Arquidiocese e em todo Brasil. Todas as doações financeiras desta data farão parte dos Fundos Nacional e Diocesano de Solidariedade. Com a receita arrecadada pela Coleta em 2015, a Arquidiocese apoiou 28 projetos sociais e repassados recursos às entidades, pastorais e ações sociais paroquiais homenageadas na segunda edição do Prêmio de Iniciativa Solidária Dom Afonso Niehues.

A primeira e mais antiga Procissão do Senhor Jesus dos Passos completa 250 anos em 2016. Ligada à tradicional Irmandade que lhe dá o nome e ao Imperial Hospital de Caridade, tem início no dia 06 de março, sendo que o ápice será no final de semana, dias 12 e 13, em Florianópolis.

“Belém é o ponto onde a terra se encontra com o céu e a divindade com a humanidade”. Este é um dos trechos do prefácio escrito por Dom Wilson Tadeu Jönck, no livro do Frei Ibrahim Faltas que tem como título: “Do cerco da natividade ao cerco da cidade: Belém 2002 – 2015”, publicado no Brasil pela Editora Univali. A obra será lançada no dia 09 de março, às 18h30, no auditório do Campus da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), naquela cidade. “É um livro histórico”, segundo o reitor da Universidade, Mario dos Santos. O livro, de 288 páginas, relata o cerco realizado por tropas israelenses, à igreja construída sobre o local onde, segundo a tradição, nasceu Jesus. É um diário de fé e humanidade. Pode ser adquirido pela site da Editora Univali: www.univali.br/editora.

Confira a programação 12 de março 07h30 - Missa e procissão do carregador 18h – Missa em honra do Senhor Jesus dos Passos 20h – Transladação das imagens do Senhor Jesus dos Passos e de Nossa Senhora das Dores da Capela Menino Deus para a Catedral Metropolitana 13 de março 9h30h – Missa na Catedral com a participação da Irmandade do Senhor Jesus dos Passos – Celebrante: Dom Wilson Tadeu Jönck 16h – Procissão do encontro das imagens do Senhor Jesus dos Passos com a de Nossa Senhora das Dores. Pregador: Padre Márcio Alexandre Vignoli Mais informações arquifln.org.br/festas-e-procissoes.


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nossa fé

Misericórdia com a criação

Educação e espiritualidade ecológica

Pe. Vitor Galdino Feller

Fernando Anísio Batista

Neste Ano da Misericórdia, a Campanha da Fraternidade Ecumênica propõe o tema “Casa comum, nossa responsabilidade”. O Papa Francisco, na encíclica Laudato Sì, nos pede que sejamos cuidadosos com a mãe natureza. Juntando as ideias e as sugestões que o papa e as igrejas do CONIC nos apresentam, podemos lançar a todos o convite para sermos misericordiosos com a natureza. Isso implica cuidado, atenção, respeito. Também carinho e ternura. A criação, que é obra de Deus, precisa também de nossas obras de misericórdia. Que poderíamos chamar de obras de misericórdia ecológicas.

Convite à coerência Todo domingo, na missa, confessamos: “Creio em Deus Pai, criador de todas as coisas”. Durante a semana, talvez sem nos

apercebermos, agredimos a natureza criada por Deus. A atitude consumista nos torna agentes de poluição e depredação da obra divina. Manifestamos, assim, a incoerência de nossa fé. Professamos a fé em Deus criador e destruímos a obra por ele criada. Nossa fé nos convida à coerência. Somos interpelados a viver o que professamos.

Deus e a criação As Escrituras falam muito da misericórdia de Deus com sua criação. Ele propõe descanso absoluto para a terra no ano sabático (Lv 25,4) e no ano jubilar (Lv 25,11); dá alimento aos animais (Sl 104,27-28; 145,1516; 147,9); ama tudo o que existe e é amigo da vida (Sb 11,24-26); condena os seres humanos como responsáveis pela destruição da natureza (Os 4,1-3); é misericordioso com todos os seres vivos (Eclo 18,12). Encontre esse e outros artigos em: www.arquifln.org.br

Como Deus é misericordioso com sua criação, também nós somos convidados a cuidar da natureza.

Obras de misericórdia ecológicas Levando em conta a realidade de nossa região, presenteada por Deus com tão bela natureza, com suas praias e serras, costões e matas, somos chamados a preservar a obra criadora de Deus. Por isso, propomos estas obras de misericórdia ecológicas: 1. Controlar o desperdício de água; 2. Evitar o desperdício de alimentos; 3. Evitar desperdício de energia; 4. Fazer coleta seletiva do lixo; 5. Preservar a limpeza dos locais particulares e públicos; 6. Cuidar do patrimônio comum; 7. Evitar o consumismo. Cabe à criatividade de cada um descobrir meios e modos de ser misericordioso com a criação. Compartilhe ArquiFloripa

Na Encíclica Laudato Si, o Papa Francisco fundamenta a necessidade de mudança na humanidade. Ele salienta que para haver essa mudança é preciso percorrer um caminho educativo e uma espiritualidade ecológica. O caminho educativo é aquele que aponta para outro estilo de vida, não obsessivamente consumista. Uma mudança no estilo de vida poderá exercer uma pressão salutar sobre os que detém o poder político, econômico e social. Dentre os desafios apontados pelo Papa está à promoção de outros hábitos em uma geração em que muitos lutam pela defesa do meio ambiente, mas que cresceram numa sociedade altamente consumista. A verdadeira educação ambiental inclui críticas aos mitos da modernidade (individualismo, progresso ilimitado, concorrência, consumismo) e tende a recuperar distintos níveis de equilíbrio ecológico (o interior consigo mesmo, o solidário com os outros, o natural com todos os seres vivos, o espiritual com Deus). O Papa fala das motivações que derivam da espiritualidade e alimentam uma paixão pelo cuidado do mundo. Ele apresenta um itinerário para a conversão

ecológica que necessariamente passa pelas seguintes atitudes: a) Viver o domingo como dia de cura das relações com Deus, consigo, com os outros e com o mundo, e como dia de descanso; b) Acreditar em um Deus que é comunhão trinitária e compreender que toda a realidade contém uma marca trinitária e de relações; c) Confiar no auxílio de Maria e trabalhar a exemplo de José; d) Unir-nos para cuidar desta casa que nos foi confiada sabendo que o que há de bom nela será assumido na festa do céu. O apelo do Papa Diante de tanta destruição e maus tratos com a mãe terra, o Papa Francisco convida a uma reconciliação com a criação divina. A aceitação ao convite depende de uma radical mudança de vida e atitudes, inclusive com a negação do modelo de sociedade que vivemos: consumista e depredadora. Como cristãos somos chamados a cuidar da criação. Este cuidado passa necessariamente pela educação e espiritualidade ecológica, seguindo os ensinamentos de São Francisco de Assis.


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capa

O que fazemos com nossa Casa Comum?

A CAMPANHA

Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 convida ao debate sobre responsabilidade com o meio ambiente Pela quarta vez, representantes do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) se unem para mais uma Campanha da Fraternidade Ecumênica. Este ano tem como objetivo geral “assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum”, esclarece o texto -base lançado pelo CONIC. A Campanha da Fraternidade é uma iniciativa dos bispos do Brasil e acontece nacionalmente desde 1964. “O tema do saneamento básico e o cuidado amplo com o meio-ambiente, de modo sustentável, foi escolhido pela Assembleia do CONIC há dois anos. Nesse período tivemos a feliz atitude do Papa Francisco em lançar a Encíclica Laudato Si, que aborda questões ecológicas”, comenta o Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck. “A violência, que está no coração humano ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doenças que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos”, aponta Francisco na encíclica. O texto da carta do Papa relaciona-se com o que está sendo proposto na campanha deste ano, que traz como tema “Casa comum, nossa responsabilidade” e lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não secou” (Am 5,24). Ponto de destaque Dom Wilson observa que “é necessário tomarmos uma atitude diferenciada do

que fizemos até agora, tanto a população, como as autoridades. Devemos criar uma mentalidade sobre a condução correta do lixo, a importância da água potável em toda parte, e que também tenham esgotos na área urbana”. Manejo do lixo, água potável e saneamento básico são palavras-chaves na discussão deste ano da CFE. Estima-se que no mundo, cerca de um bilhão de pessoas faz suas necessidades a céu aberto e, só na América Latina, aproximadamente 120 milhões não têm acesso a banheiros. Se falarmos em lixo, o Brasil gera cerca de 150.000 toneladas diárias de resíduos sólidos e as 13 maiores cidades do país são responsáveis por 31,9% de todos os resíduos sólidos no ambiente urbano brasileiro (os dados completos e referências estão no texto-base da CFE 2016, Edições CNBB). Por conta de números como esses – e outros ainda mais graves – é que se fala em saneamento. No Brasil, esse é um direito assegurado pela Constituição e definido como o conjunto dos serviços, infraestrutura, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais. A coordenadora da Campanha da Fraternidade em Santa Catarina, Adelir Raupp, aponta a inevitabilidade da ação: “Assumir ações concretas diante da urgência do tema é tarefa desafiadora e que exige iniciativas individuais e necessárias para que as mudanças aconteçam. Cada um de nós é Igreja. É a partir daí que somos chamados à realização de gestos concretos, não porque a Igreja vá determiná-los, mas ela nos interpela a esta realidade”. Saneamento é o conjunto de medidas que visam preservar ou modificar as condições do meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a qualidade de vida da população e facilitar a atividade econômica.

Viver a Campanha da Fraternidade Nesse período se fortalecem os espaços de diálogo e o trabalho conjunto em favor do bem comum;

Conhecer a realidade onde se vive Lembre-se: o saneamento básico envolve o poder público, mas também cada individuo em particular. É importante que se verifique – a partir da sua casa e estendendo-se a toda a cidade – como ter hábitos e práticas mais sustentáveis com a água e o lixo.

INICIATIVAS

Foto: Cláudia Martins

Lixeiras para coleta estão distribuídas nas dependências da Paróquia São Judas

Este ano, a Paróquia Sagrados Corações, de Barreiros, São José, começou um novo projeto no Morro Solemar. Vendo a necessidade dos moradores da região e buscando uma alternativa para o aumento de renda, a Paróquia começou a articular um programa de arrecadação de latas de alumínio, garrafas pet e papelão. “Estamos apenas no início, poucas pessoas por enquanto fazem parte, mas desejamos ampliar com o tempo”, comenta o Diácono Osmar Matucheski, um dos encarregados da iniciativa. A ideia surgiu do pároco Pe. Alceoni Berkenbrock. “Ele conversou com a gente e fizemos uma movimentação para começar esse trabalho”, esclarece o diácono. “Escolhemos o morro porque é uma região mais carente, e eles também viam a questão do lixo que não era organizado, mas deixado na rua. Assim, articulamos

uma forma de organizar isso e conseguir recursos”, pontua. Outra atividade com lixo reciclável acontece na igreja vizinha, a Paróquia São Judas Tadeu, também no bairro Barreiros, em São José. “Em nossa paróquia realizamos a coleta de alguns materiais recicláveis: pilhas, baterias, celulares, óleo vegetal usado, papel, plástico, vidro e metal para reciclagem”, esclarece a secretária paroquial, Cláudia Martins. A proposta garante que o material coletado seja destinado a um local que não causará danos ao meio ambiente e, ainda, gera uma consciência de sustentabilidade. “A comunidade é convidada a deixá-los nos recipientes na entrada da igreja e no salão paroquial ou, em horário comercial, na secretaria paroquial”, conclui.


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O lixo reciclável

Educar para a sustentabilidade Insista sempre em boas práticas como: ao escovar os dentes, não deixe a água correndo, feche a torneira; apague as luzes nos cômodos vazios; separe o lixo de acordo com o que está sendo descartado; mantenha o quintal limpo; entre tantas outras.

Participar das reflexões sobre saneamento básico Pesquise se há conselhos na sua cidade que discutam o tema. Proponha debates em ambientes públicos e ajude a encontrar soluções viáveis.

OPORTUNIDADES

Dicas de como contribuir

Fundada em 1999, a Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis (ACMR) trabalha com a separação do lixo, em vista do comércio com empresas especializadas em reutilização de recicláveis. Localizada no bairro Itacorubi, em Florianópolis, a ACMR abriga 70 associados que tiram dali seu sustento. “Uma empresa terceirizada traz o lixo reciclável para cá – cerca de 500 toneladas/mês (60% do que é coletado na capital) – e então os coletores fazem uma triagem, individualmente, ganhando por aquilo que separam”, explica o presidente da ACMR, Volmir Rodrigues dos Santos. Na sede da Associação pode ser levado todo tipo de resíduo reciclável. Atualmente, são separados cerca de 70 tipos diferentes de material para ser comercializado. Porém, Volmir aponta uma problemática: “Apesar de recebermos aqui o que já é previamente separado, cerca de 25% acaba sendo descartado e virando rejeito, pois o reciclado vem com mistura de lixo orgânico e inviabiliza a separação”, expõe. O presidente da ACMR revela que a captação de lixo reciclável poderia ser maior se

as pessoas, nas residências, tomassem mais consciência da importância da separação. “Claro que já melhorou muito desde 1999 quando começamos o trabalho, mas ainda muita gente pensa que não vale a pena separar apenas uma garrafa pet ou uma latinha de alumínio e acaba jogando isso em meio ao lixo orgânico. A questão é que se todo mundo pensar assim, acaba que muito lixo reciclável se perde e poderia ser recuperado”. Em Florianópolis existem três associações que fazem coleta e separação de lixo, o que, além de dar um destino correto aos resíduos, também gera renda e auxilia famílias necessitadas. “Se cada um fizer seu pouquinho, vai ajudar bastante”, conclui Volmir.

Saiba Mais: ACMR - Associação de Coletores de Materiais Recicláveis Endereço: Rod. Admar Gonzaga, 72 Itacorubi, Florianópolis - SC Telefone:(48) 3024-5591 Foto: Roberson Pinheiro

Em espaços individuais, trabalhadores fazem processo de seleção de tipos de materias recicláveis

O óleo de cozinha

Foto: Michele Monteiro

Para se cadastrar como ponto de coleta voluntário, basta entrar em contato com a ACIF

A Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), por meio da Câmara da Mulher Empresária, implantou o ReÓleo, um programa de coleta e reciclagem do óleo de cozinha. Desde 1998, o programa já evitou o descarte inadequado de mais de três milhões de litros de óleo de cozinha usado, deixando de emitir mais de 35 mil toneladas de CO2 no meio ambiente. Entre os principais efeitos danosos do óleo vegetal descartado inadequadamente no meio ambiente, está a formação de uma película superficial que dificulta a troca gasosa entre o ar e a água, o que provoca a morte de plantas e animais aquáticos, além da impermeabilização das raízes das plantas impedindo a absorção de nutrientes por elas. Atualmente, o Programa ReÓleo envolve mais de 1.300 estabelecimentos da região,

além de mais de 250 Pontos de Entrega Voluntários (PEVs) – entre eles: escolas, postos de gasolina, supermercados e a coleta em condomínios residenciais. Mensalmente, são coletados cerca de 30 mil litros de óleo.

Saiba Mais: Programa ReÓleo Endereço: Rua Emilio Blum, 121 Centro, Florianópolis - SC E-mail:reoleo@acif.org.br Telefone:(48) 3084-9458

Com informações da Assessoria de Comunicação da ACIF


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bíblia Lectio Divina

Tempo da Páscoa A liturgia do domingo da oitava da Páscoa coloca diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la; e o discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta. O segundo domingo da Páscoa sublinha que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã. É à volta dele que a comunidade se estrutura e é dele que ela recebe a vida que a anima e lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. O terceiro domingo apresenta os discípulos em missão, continuando o projeto libertador de Jesus. Mas avisa que a ação dos discípulos somente terá êxito se eles souberem reconhecer o Ressuscitado junto deles e se deixarem guiar pela sua Palavra. O quarto domingo apresenta Cristo como o Bom Pastor, cuja missão é

Pe. Wellington Cristiano da Silva

trazer a vida plena às ovelhas do seu rebanho. As ovelhas, por sua vez, são convidadas a escutar o Pastor, a acolher a sua proposta e a segui-lo. É dessa forma que encontrarão a vida em plenitude. No quinto domingo, Jesus se despede dos seus discípulos e deixalhes em testamento o “mandamento novo”: “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. É nessa entrega radical da vida que se cumpre a vocação cristã e que se dá testemunho no mundo do amor materno e paterno de Deus. No sexto domingo das Oitavas de Páscoa, Jesus diz aos discípulos como se hão de manter em comunhão com ele e reafirma a sua presença e a sua assistência através do “paráclito”, o Espírito Santo. No sétimo domingo celebramos no Brasil a ascensão do Senhor. A liturgia nos apresenta as palavras de despedida de Jesus que definem a missão dos discípulos no mundo. Faz, também, referência à alegria dos discípulos: essa alegria resulta do reconhecimento da presença no mundo do projeto salvador de Deus e do fato da ascensão de Jesus ter acrescentado à vida dos crentes um novo sentido. A celebração de Pentecostes apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado para receber o Espírito Santo. Para João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É o Espírito que permite aos fiéis superar o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor que Jesus viveu até às últimas consequências.

Por Pe. Valter Goedert - Professor da FACASC

Lectio (leitura) E disse Jesus a seus discípulos: “Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz” (Jo 13,14-15).

Meditatio (meditação) Na véspera de sua paixão, Jesus se reúne com seus discípulos e celebra com eles a Última Ceia. Ele vive intensamente a sua passagem deste mundo para o Pai (cf. Jo 13,1a). No Evangelho de João, Jesus se apresenta como servidor da humanidade. No gesto concreto de lavar os pés de seus discípulos, Cristo, humilde e pobre, quer mostrar aos seus que aquele que ama coloca-se a serviço. Em Jesus, o amor é traduzido em serviço e doação plena de si mesmo aos outros. Ser mestre e senhor, para Jesus, não significa adquirir uma postura privilegiada, mas assumir uma atitude de serviço e amor. Ele nos deixou o exemplo para que façamos a mesma coisa.

Oratio (oração) “Eis que sou o vosso servo, ó Se-

nhor, quebrastes os grilhões da escravidão!” (Salmo 115,16).

Contemplatio (contemplação) Contemplemos o exemplo de amor e humildade deixado por Jesus na Última Ceia, quando Ele mesmo, Senhor e Servo, lavou os pés feridos da humanidade sofredora, simbolizada em seus discípulos.

Missio (missão) “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1b). Jesus nos deixou como herança o mandamento do amor. Amar como Ele nos amou é a nossa grande tarefa. O amor tem sua origem primeira em Deus mesmo, porque Deus é amor (1Jo 4,8). Amar é sempre uma decisão pessoal, uma escolha concreta e livre. O amor brota de um coração disponível e servidor. No ato de entrega e doação, o amor assume sua verdadeira face e plenitude. Empenhemo-nos, pois, na prática sincera do amor, tendo a certeza de que “aquele que permanece no amor, permanece com Deus, e Deus permanece com ele” (1Jo 4,16).

Conhecendo o livro dos Salmos Pe. Ney Brasil Pereira

Salmos 119 (118): O amor à Lei (II) Continuamos a estudar e meditar o salmo 119 (118), com suas 22 estrofes de oito versículos cada uma, todas dedicadas ao tema do “amor à Lei”. Já vimos que seu autor, engenhosamente, para indicar totalidade, propôs-se igualar o número das estrofes ao número das letras do alfabeto da sua língua, o hebraico. E, mais engenhosamente ainda, quis que essa mesma letra iniciasse cada um dos oito versículos que constituem cada uma das estrofes. Infelizmente, na tradução, não podemos perceber essa refinação literária. Mas o que percebemos, sim, é o fervor e a piedade do salmista, falando incessantemente da Lei com todos os seus possíveis sinônimos, es-

trofe por estrofe. A propósito, essa devoção peculiar à Lei não poderia denotar ou favorecer, certo legalismo? Poderia, sem dúvida, mas não necessariamente. Uma coisa é o legalismo, preocupado exclusivamente com a letra da Lei, esquecendo-se ou descuidando do seu espírito. Esse legalismo, segundo os Evangelhos, caracterizava bom número de fariseus, e foi firmemente denunciado por Jesus. Por outro lado, o mesmo Senhor Jesus, segundo suas próprias palavras, não veio “abolir a Lei” que, no seu espírito, é a expressão da vontade do Pai, mas veio “levar a Lei à perfeição”. Nesse sentido, Jesus amava a Lei.

Leia o salmo e medite: 1) Que é o “legalismo”? Jesus demonstrase “legalista” nos Evangelhos? 2) “Seguir a Jesus” é seguir o caminho dos mandamentos? Como? 3) Que significa, hoje, “falar dos ensinamentos de Deus” “diante dos reis”? 4) Qual a importância da memória na vida de fé? 5) Em que sentido “a terra toda” está “cheia” da misericórdia do Senhor?

A análise completa desse salmo se encontra no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br.


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Jornal da Arquidiocese, Março de 2016

evangelização

Projeto de Animação Missionária prossegue com iniciativas formativas Comissão arquidiocesana visa agora a implantação de equipes de articulação nas foranias O ano passado foi de organização da equipe arquidiocesana Conselho Missionário Diocesano (COMIDI), além do acompanhamento e auxílio na divulgação das experiências missionárias nas paróquias. Para 2016, “daremos continuidade a esse trabalho, porém com foco na organização das equipes missionárias nas foranias”, explica o coordenador do COMIDI, Pe. Josemar Silva. A Animação Missionária é uma das urgências da Arquidiocese de Florianópolis contemplada no 13º Plano de Pastoral. Desde 2012, quando o plano foi aprovado, tem se intensificado o trabalho de articulação e divulgação das missões populares. Dentre às atividades desse projeto, se destacam as formações missionárias que ocorrem, em geral, duas vezes ao ano – sendo uma na área norte e outra na região sul da Arquidiocese. O acompanhamento dos grupos que fazem missão na Diocese da Barra (BA) também está nas prioridades da equipe de articulação. “Este ano pretendemos enviar três ônibus com missionários da Arquidiocese para o trabalho de evangelização na Bahia, no período de 11 a 16 de julho”, observa Pe. Josemar.

Foto: Divulgação

Experiência paroquial Há cinco anos a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em São José, realiza a semana missionária, “um encontro de irmãos onde surge a unidade, a partilha, a solidariedade, o re-encontro entre nós e com Deus”, como define o coordenador da equipe de articulação paroquial, Marciel Linhares. “Vemos as comunidades mais integradas, as pessoas firmes em sua caminhada de fé. Alguns, depois das visitas, passam a participar da vida Participantes das Santas Missões Populares na paróquia paroquial, inclusive fazendo missões no ano seguinte ou até assumindo Quem deseja participar das missões na Bahia funções de liderança na comunidade”, explica Mardeve prioritariamente participar das formações des- ciel, que também faz parte do COMIDI. te ano, que acontecem dia 10 de abril em São José Outras paróquias da Arquidiocese igualmente ree dia 24 de abril, em Itajaí. Esses encontros, apesar alizam projetos missionários. Veja na secretaria pade serem pré-requisito para poder ir a missão em roquial se haverá missões em alguma comunidade Muquém de São Francisco (BA), são abertos a toda próxima de você ou se inscreva nas iniciativas misa comunidade. Logo, mesmo pessoas que não te- sionárias da Arquidiocese. Mais informações pelo nham interesse em ir para a Barra, podem partici- telefone (47) 3241-2742 com o Padre Josemar.

Padre Rafael Aléx volta de Roma após concluir doutorado em liturgia A Paróquia São Judas Tadeu, em Barreiros, São José, conta com novo administrador paroquial. É o Pe. Rafael Aléx Lima da Silva, que retornou de Roma, após oito anos de estudos Natural de Palhoça, foi ordenado presbítero em 22 de maio de 2005. No mesmo ano, foi um dos formadores no Seminário Nossa Senhora de Lourdes e vigário do Santuário, em Azambuja. Em 2006 trabalhou como vigário da Paróquia São Joaquim, em Garopaba, e no ano seguinte, mudou-se para Roma para fazer doutorado em Liturgia. Confira como foi sua experiência de estudos e a expectativa para este

par das formações que visam formar anunciadores do Evangelho.

recomeçar na Arquidiocese. Jornal da Arquidiocese – Onde o senhor estudou na Itália? Conte-nos como foi a experiência lá? Padre Rafael Aléx da Silva – Fiz o mestrado em liturgia no Pontifício Ateneu Santo Anselmo, em Roma, uma instituição mantida pelos monges beneditinos. Tendo depois a confirmação da bolsa de estudo, então foi possível dar continuidade com o doutorado, na mesma instituição. Além dos estudos, desenvolvi também trabalho pastoral. Foram praticamente oito anos como vigário paróquial na mesma paróquia, em uma diocese vizinha a Roma.

JA - De que forma estes novos conhecimentos ajudarão na liturgia da Arquidiocese ou mesmo nas aulas como professor da FACASC? Padre Rafael – Precisamos construir um discurso teológico a partir da liturgia. Nós ainda somos muito acostumados na missa parte por parte. E aí cai muito facilmente no pode ou não pode. Não temos tantas produções nossas e traduções que marcam o pensar litúrgico. Espero contribuir com isso. JA – Qual a expectativa para este novo tempo em sua vida, como administrador da Paróquia em São José e professor de liturgia na FACASC? Padre Rafael - Como administrador é uma experiência nova, nunca trabalhei nesta área. Espero caminhar junto com a comunidade. Como professor desejo ajudar nes-

Foto: João Augusto de Farias

Arquidiocese acolhe com alegria Padre Rafael

te crescimento no discurso teológico-litúrgico para os futuros padres e os leigos.

Confira a entrevista completa no site da Arquidiocese.


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evangelização

Faculdade Católica de Santa Catarina abre 2016 com expectativas Novo curso de graduação e de extensão estão na pauta da instituição Imagem: Divulgação

Com a aula inaugural sobre o Ano Santo da Misericórdia, no dia 15 de fevereiro, a Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC) começou oficialmente mais um ano letivo. A expectativa é grande para toda a comunidade acadêmica já que, neste ano, assume um novo diretor, o Prof. Dr. Pe. Edinei da Rosa Cândido. Padre Edinei faz parte do quadro de professores da instituição desde 1994 – quando ainda era Instituto Teológico de Santa Catarina – e, atualmente, ministra as aulas de História da Igreja e de Patrologia. “Meu sentimento é de atenção e responsabilidade diante da importância da FACASC, no contexto da Igreja de Santa Catarina, considerando que ali os futuros padres fazem sua etapa final de formação”, disse o novo diretor. “Nosso curso vive um processo de transformação, principalmente após o reconhecimento do Ministério da Educação. E sem dúvidas há um pro-

Caridade social

gresso”, comentou o presidente do diretório acadêmico de Teologia da FACASC, Edilson Ferreira. Há cinco anos a faculdade teve sua graduação reconhecida pelo MEC e agora parte para um novo desafio. “Após um longo processo, o MEC então agendou a visita à instituição em vista da implantação do curso de Administração Pública”, explicou Pe. Edinei. Cursos de Extensão Além da graduação, cinco cursos de extensão estão no currículo da faculdade para 2016: Teologia; Bíblia; Liturgia; Evangelização, Ecologia e Cidadania; Família, Igreja e Sociedade. “Esses temas foram escolhidos no ano passado a partir de sugestões levantadas pelos alunos da instituição”, explica a coordenadora dos cursos de pós-graduação, Irmã Teresa Nascimento. A professora explica que as aulas

Dom Severino Clasen, bispo da Diocese de Caçador foi o palestrante da aula inaugural

são voltadas para leigos e religiosos que desejam aprofundar a sua formação cristã nas áreas bíblica, teológica, do ensino social da Igreja, dos documentos do Magistério e sobre as diversas pastorais. “Contemplamos de modo especial as lideranças leigas engajadas nas pastorais, movimentos

e em outros serviços à comunidade”, comenta a religiosa. As aulas acontecem às segundasfeiras, das 19h30 às 22h, no período de março a junho e de agosto a novembro. Mais informações estão disponíveis no site facasc.edu.br ou envie e-mail para extensão@edu.org.br.

Instituição na Enseada de Brito atua na acolhida e ressocialização

A Associação Vida Nueva é uma entidade beneficente sem fins lucrativos que trabalha na ressocialização de moradores de rua. “A ideia da instituição foi uma inspiração ao ver as pessoas de rua recolhendo lixo para sobreviver, morando embaixo dos viadutos e marquises”, afirma o presidente e um dos fundadores, Frei Rogério Rubick. O objetivo da casa, que também acolhe adictos, é devolver a dignidade do Internos no trabalho de laboterapia ser humano e reinseri-lo na família e na sociedade. Conta atualmente com 17 internos que têm atividades como a laborterapia e formação humana. Uma vez por semana, Pe. Leandro Pereira da Silva trabalha a parte espiritual, com outros momentos de reflexão no início e fim de cada dia. Aos domingos, os internos participam da Missa e, uma vez na semana, passam pelo atendimento psicológico. O interno José Luiz Haschel, 49 anos, natural de Alfredo Wagner, sofria de depressão. Pensava que a bebida o ajudaria a ficar curado. Grande engano! Afundou-se no álcool e resolveu depois procurar ajuda. Ele está há dez meses na instituição. “É tão agradável que não vemos o tempo passar. Estar aqui enche a gente de esperança, mostra novos caminhos”, destacou José.

A entidade sobrevive de doações e eventos que promove. “Precisamos de voluntários de qualquer área. Também quem quiser colaborar financeiramente, com alimentos, roupas ou outros investimentos, nos procure”, explicou o tesoureiro, Frei Luiz Rubick. “Se alguém tem dificuldade em parar algum vício, procure essa ajuda como eu fiz, pois encontrará muita força e, com certeza, vai se recuperar e sair daqui um novo homem”, deixa a dica, José Luiz. Mais informações pelo telefone (48) 3286-8368. Fotos: Frei Luiz Rubick

Ajude, seja um voluntário da Vida Nueva


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evangelização

ia v ó ac

Falta pouco para o dia 26 de julho de 2016, data de abertura da 31ª Jornada Mundial da Juventude, na Polônia. Mas para quem ainda não se planejou para fazer a viagem para a Europa – e mesmo aqueles que já têm as coisas encaminhadas – o Jornal da Arquidiocese buscou algumas informações que podem ajudar na sua preparação para a ida a Cracóvia. As dicas são da consultora de viagens, Mariana Paraiso: Visto: Não é necessário em nenhum país da Europa para brasileiros. No entanto, é obrigatória a realização de uma assistência de viagem internacional (o conhecido seguro de viagem) com cobertura mínima de EUR 30 mil por pessoa. Essa assistência poderá ser cobrada na imigração na sua chegada a Europa. Variação cambial: Em época de alta instabilidade cambial, sugiro evitar gastos no cartão de crédito e gastar ao máximo em moeda em espécie – na Polônia é o Zloty –, maneira mais segura de evitar surpresas desagradáveis após o retorno da viagem. Tenha cuidado ao carregar dinheiro consigo, avalie as situações que passará e veja o que é melhor a fazer. Vouchers: Viaje com todos os seus vouchers, seguro e passagens impressos, pois podem ser solicitados na imigração quando você entrar na Europa. Bagagem: Leve na mala de mão itens pessoais de valor, documentos e remédios de uso contínuo. Se você tiver sua mala extraviada deve ter seus pertences mais importantes à mão. Além disso, voe o mais compacto possível, isso facilita no caso de locomação em trens ou para chegar no hotel. Para saber mais O Comitê Organizador Local da Jornada produz semanalmente o Minuto JMJ. A publicação dos vídeos acontece todas as sextas-feiras, a partir das 13h (horário de Brasília), tanto na FanPage quanto no canal oficial no Youtube. Já foram produzidos conteúdos que falam sobre transporte, alimentação, moeda, clima e outros temas, conforme esclarece a diretora do projeto, Fabíola Goulart. Confira a lista dos episódios em português no link goo.gl/LRa1o5. Confira algumas opções de pacotes para a JMJ: Arquidiocese - jmj2016euvou.com.br Comunidade Bethânia - jp2peregrinacoes.com Comunidade Shalom - comshalom.org/jmj

4 e 5/03 | Jubileu da Misericórdia “24 horas para o Senhor” | Paróquias 6/03 | Romaria dos Mártires | Florianópolis 8/03 | Dia Internacional da Mulher Imagem: Divulgação

r C u ti

r a P #

Cronograma de março

8/03 | Conselho Arquidiocesano de Pastoral | Biguaçu 11 a 13/03 | Seminário Regional Pastorais Sociais | Rio do Oeste 12/03 | Oficina de Elaboração e Gestão de Projetos Sociais | São José 12/03 | Reunião Comissão Forças Vivas | Santuário de Fátima 13/03 | Procissão Imagem do Senhor Jesus dos Passos | Florianópolis 15/03 | Reunião Geral dos Presbíteros | Brusque 18 a 20/03 | Com. Divino Oleiro – Acampamento Jovem | Camboriú 19/03 | Escola de Liturgia da Arquidiocese – Área Sul | São José 19 e 20/03 | Coleta da Solidariedade | Paróquias 20/03 | Escola de Formação Catequética para Multiplicadores | Tijucas 24/03 | Missa do Crisma | Catedral 24 a 27/03 | Com. Shalom – Retiro de Semana Santa | Florianópolis 30/03 | Concerto Espiritual da Páscoa – Corais | Catedral Acesse o calendário completo em www.arquifln.org.br

Anitápolis promove Acampamento FAC Imagem: Divulgação

De 10 a 13 de março acontece em Anitápolis a primeira edição do Acampamento FAC – Formação de Adolescentes Cristãos. Na Arquidiocese, este encontro até então acontecia apenas na região de Brusque. Promovido por várias paróquias, tem como público-alvo adolescentes de 15 a 18 anos ou que estejam no segundo ano da catequese de Crisma. É um retiro em forma de acampamento, onde os campistas vivem momentos de oração, atividades, partilhas e muito lazer. O pároco da Paróquia de Anitápolis, Pe. Pedro Paulo Alexandre, explicou que o objetivo é levar os jovens da região a uma experiência profunda e inesquecível com Jesus e a Igreja. “Será um momento de reavivamento da fé, onde os jovens terão a oportunidade de construir relacionamentos duradouros. Todos os jovens que já participaram de encontros como esse voltam para suas comunidades desejosos de levar

Coordenadores do FAC da área sul da Arquidiocese

seus amigos, a viverem a mesma experiência de renovação e transformação interior”, disse Pe. Pedro. O Acampamento abrange várias fases, dos adolescentes até casais. Em Anitápolis, em setembro acontece a etapa sênior, para adultos a partir de 25 anos. 1º Acampamento FAC - Formação de Adolescentes Cristãos 10 a 13 de março Comunidade Maracujá - Anitápolis Insc. R$ 100,00 / Inf. (48) 3256-0124


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geral

Apoio nos momentos de perda e solidão

O ROSTO DA MISERICÓRDIA

Viúvos, separados e solteiros encontram no Movimento Comunidades N. Sra. da Esperança, um suporte para recomeçar

Pe. Vitor Feller

Foto: Sérgio Tavares

Síntese da Bula do Jubileu da Misericórdia

Por que um Jubileu Extraordinário da Misericórdia? Retiro anual dos coordenadores e participantes de 2015

Há oito anos, a funcionária pública do Ministério da Saúde, Augusta de Fátima Abreu Henn, 57, perdia o marido, Vilmar Henn, com 50 anos na época, vítima de meningite. “Tudo fazíamos em casal. Nós participávamos das Equipes de Nossa Senhora. Aí pensei: o que a Augusta vai fazer agora?” Ela explica que como as equipes de Nossa Senhora têm uma linguagem voltada para o casal, encontrou no Movimento Comunidades Nossa Senhora da Esperança, algo que preencheu sua vida, agora sem o esposo. Mãe de duas filhas e hoje avó, Augusta afirma que participar dos encontros mensais deste movimento, é uma espécie de psicoterapia em grupo. “Eu tinha uma história ao lado de uma pessoa e agora, essa história precisa continuar, sem o outro na caminhada. Nas reuniões, pelos desabafos, partilhas, percebemos que nossa dor é menor do que a do outro. Nossa carga fica mais leve”, enfatizou a senhora Henn. O Movimento nacional de apoio espiritual e religioso Comunidades Nossa Senhora da Esperança, veio para Santa Catarina há oito anos, por iniciativa do casal coordenador regional de Florianópolis e supra regional do Estado, Helenie de Lima Tavares e Sérgio Carneiro Tavares. É voltado para viúvos, separados e solteiros, homens e mulheres, de 40 a 80 anos, que

se encontram mensalmente para momentos de meditação, leitura do Evangelho e confraternização. Alegrias e tristezas são divididas. “Há uma troca de experiências. As pessoas percebem, pelas partilhas, pelos diferentes tipos de sofrimento, que a própria dor é infinitamente menor do que a do próximo”, explica Helenie Tavares. Hoje existem dois destes grupos de apoio na Ilha, dois no Continente e um em São José. O movimento também conta com grupos em Criciúma, Lages e Blumenau. Para Helenie, estar neste trabalho voluntário de apoio aos viúvos, separados e solteiros, “gera a alegria de ser útil, de saber que pude fazer alguma coisa por essas pessoas. Ver a mudança que ocorre em cada uma delas, após uma grande perda, isso deixa a gente feliz”. Se você deseja participar de um dos grupos de partilha, entre em contato: - Coordenação regional Helenie e Sérgio – (48) 3225-0372 - Coordenadores na Ilha Clemente e Afonso – (48) 3224-5607 - Coordenadores no Continente Iliete e Sebastião – (48) 3249-0784 - Coordenadores em São José Naime e João – (48) 3246-0429

Para recordar que a misericórdia é a síntese da revelação e da fé. Para o Papa Francisco, a misericórdia é a síntese da revelação de Deus. No seu lema episcopal – miserando atque elegendo – recorda o momento em que Jesus olhou Mateus com misericórdia e o escolheu. Aprendemos que Deus é todo -poderoso. Mas, insiste o papa, a onipotência divina se revela precisamente na misericórdia, no perdão, na paciência (nº 8). Para anunciar a misericórdia no mundo de hoje. O mundo de hoje tem uma carência muito grande do amor e da misericórdia de Deus. É escassa a experiência do perdão e da caridade. Já o papa São João Paulo II que a cultura atual esqueceu-se da misericórdia, que o desenvolvimento da ciência e da técnica faz o ser humano um dominador de tudo, que não deixa espaço para a misericórdia. Daí a necessidade de a Igreja centrar o anúncio do Evangelho na proclamação da misericórdia divina. Tudo e todos na Igreja devem irradiar misericórdia. Paróquias e comunidades, associações e

movimentos e todos os segmentos da Igreja devem tornar-se um oásis de misericórdia (nº 11-12). Para aprendermos a ser misericordiosos como o Pai. A misericórdia divina é o critério para saber quem são os verdadeiros filhos de Deus. Somos chamados a viver de misericórdia, porque, primeiro, foi usada misericórdia conosco. O perdão das ofensas e o amor misericordioso tornamse imperativo da vida cristã. A misericórdia é um ideal de vida e critério de credibilidade para a nossa fé. Se Deus foi misericordioso conosco e se experimentamos essa misericórdia, devemos também nós tornar-nos misericordiosos com os irmãos. Por tudo isso, o papa Francisco escolheu como lema do Jubileu a frase de Jesus: “misericordiosos como o Pai” (Lc 6,36) (nº 13-14). Para sermos nós mesmos um sinal de misericórdia. O papa pede que contemplemos sempre o mistério da misericórdia, a fim de que nós mesmos nos tornemos sinal eficaz do amor do Pai. O Jubileu da Misericórdia é um tempo favorável para que se torne mais forte o testemunho dos crentes a respeito do amor misericordioso do Pai (nº 2-3). Programação do Jubileu: 04 e 05 de março – 24 horas para o Senhor / Paróquias 03 de abril – Domingo da Divina Misericórdia / Igrejas Jubilares


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