Jornal da
ARQUIDIOCESE
FLORIANÓPOLIS, nº 209
FEVEREIRO DE 2015
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2015
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Cursos na FACASC
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Abba Pai
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Carnaval cristão
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Comunidade Bethânia
Ano da Vida Consagrada | 2
conheça e se inscreva | 5
central de voluntariado | 11
retiro para os dias de festa | 11
o abraço como auxílio | 12
CAMPANHA DA FRATERNIDADE:
UMA IGREJA SERVIDORA
Jornal da Arquidiocese, FEVEREIRO de 2015
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opinião
É hora de recomeçar! Leitor amigo, em janeiro você acompanhou a edição especial de verão, com matérias produzidas para quem passa as férias em Santa Catarina. Neste mês já iniciam os trabalhos em muitas frentes pastorais da Arquidiocese, como você vai ler nas próximas páginas. A Escola Diaconal concluiu a formação de 28 candidatos ao diaconato permanente. O ano formativo dos seminaristas começa em fevereiro. Na FACASC está aberta a inscrição para os cursos de extensão, como o de Teologia para Lideranças. Na Quarta-feira de Cinzas tem início a Quaresma e a Campanha da Fraternidade 2015 que este ano aborda o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade”. Uma das ações concretas da CF é a Coleta Nacional da Solidariedade que acontece sempre no Domingo de Ramos. Este ano será no dia 29 de março. Trata-se de um gesto real de partilha, amor e conversão feito em todo país, nas comunidades, paróquias e dioceses. O Arcebispo Dom Wilson fala exclusivamente da campanha deste ano e o livreto dos Grupos Bíblicos em Família também entram em sintonia com o tema. Leia a reportagem especial sobre a Comunidade Bethânia, em São João Batista, que tem na acolhida a força para ajudar na recuperação dos adictos do álcool e das drogas. Entre em contato conosco e envie suas sugestões e opiniões: imprensa@arquifln.org.br Excelente leitura!
Ano da Vida Consagrada O Papa Francisco proclamou 2015 como o “Ano da Vida Consagrada”. A abertura aconteceu no primeiro domingo do Advento, 30 de novembro de 2014. O encerramento será na Festa da Apresentação do Senhor, no dia 02 de fevereiro de 2016. No mundo existe aproximadamente 1,5 milhão de religiosos e religiosas. São mais ou menos 2 mil institutos, congregações, ordens e institutos seculares. O Ano da Vida Consagrada foi convocado no contexto da celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II. Os ensinamentos do Concílio sobre a vida religiosa estão no documento Perfectae Caritatis e no capítulo VI da Lumen Gentium. Estes conteúdos foram estudados no Sínodo dos Bispos sobre a vida religiosa, em 1994. Disso resultou a exortação apostólica Vita Consecrata, que apresenta o ensinamento da Igreja sobre a vida consagrada. O Papa Francisco convida
os religiosos a olhar o passado com gratidão, a abraçar o futuro com esperança para viver o presente com paixão. A vida consagrada é um elemento constitutivo do povo de Deus. Constitui a dimensão carismática da Igreja. Através dos carismas dos movimentos e congregações, tantas vezes o Espírito Santo revitalizou a caminhada dos cristãos. Os religiosos vivem o seu carisma em comunhão com a Igreja e no serviço à humanidade. O carisma de cada congregação mostra uma particularidade da pessoa de Cristo. Cada família religiosa vivendo o seu carisma torna Cristo mais conhecido na Igreja e acolhido de forma mais integral. A vida consagrada passa por um momento de crise. As vocações diminuíram significativamente. Há dificuldade na continuação de várias obras por causa da diminuição do número de religiosos. O ideal de vida religiosa que atraía um número expressivo de jovens
Nos caminhos de Francisco
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Celebração pela beatificação da doutora Zilda Arns
“Mais do que merecido, pessoa santa”! Lauro Alves, na página do facebook da Arquidiocese
A família é o maior tesouro de um país. Trabalhemos todos por defender e revigorar esta pedra angular da sociedade. 16 de janeiro, no twitter
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Quando de Roma vi esta catástrofe, senti que tinha que vir aqui. Muitos de vós perderam tudo. Eu não sei o que vos dizer. Permaneço apenas em silêncio, acompanho-vos com o meu coração em silêncio. 17 de janeiro, às vítimas do furacão Haiyan, nas Filipinas
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Quantas vezes esquecemos de nos concentrar naquilo que verdadeiramente conta! Esquecemo-nos de que somos filhos de Deus. 18 de janeiro, no twitter
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Não se pode fazer a guerra em nome de Deus.
Lançado site brasileiro para JMJ Cracóvia 2016
@pontifex_pt
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Que o Senhor nos envie o Espírito de verdade e nos guie rumo a uma maior caridade e unidade. 23 de janeiro, em um encontro ecumênico entre católicos e luteranos
21 de janeiro, em uma audiência geral
Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC, Fone: (48) 3224-4799 / 9982-2463
Assessoria de Comunicação
O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal da Arquidiocese de Florianópolis-SC.
e era vivido como um alegre desafio, hoje parece não ter o mesmo poder de atração. Assim, as congregações religiosas que tanto bem fizeram para a Igreja e a sociedade, passam por um momento de dificuldade. Papa Francisco convida toda a Igreja para, juntos com os religiosos, refletir em profundidade sobre o momento da vida consagrada. Que ela continue a ser sinal de comunhão na Igreja e no mundo.
Nas redes
Quantas pessoas inocentes e quantas crianças sofrem no mundo! Senhor, dai-nos a vossa paz. 1º de janeiro, no twitter
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Dom Wilson Tadeu Jönck,scj
Durante a manhã desta terça-feira, foi lançado um site brasileiro para a próxima Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em 2016: o Partiu Cracóvia! partiucracovia.com.br
Entrevista com Dom Azcona e Dom Alberto durante o 35º Renasem O Bispo da prelazia do Marajó, Dom José Luiz Azcona, e o Arcebispo de Belém (Pará) e assistente eclesiástico da RCC Brasil, Dom Alberto Taveira, concederam entrevista para a assessoria de comunicação da Arquidiocese de Florianópolis. arquifln.org.br
DIRETOR: Pe. Vitor Galdino Feller CONSELHO EDITORIAL: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Leandro Rech, Pe. Revelino Seidler, Pe. Vânio da Silva, A. Carol Denardi, Fernando Anísio Batista, Jean Ricardo Severino, Lui Holleben, Olga Oliveira JORNALISTA RESPONSÁVEL: A. Carol Denardi (SC 01843-JP) PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Lui Holleben
REVISÃO: Roberson Pinheiro COORD. DE PUBLICIDADE: Pe. Leandro Rech e Erlon Costa TIRAGEM: 24.000 exemplares IMPRESSÃO: Diário Catarinense EMAIL: imprensa@arquifln.org.br e midia@arquifln.org.br SITE: www.arquifln.org.br FACEBOOK: Arquidiocese de Florianópolis
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#compartilha Candidatos ao diaconato chegam ao final de mais uma Escola Diaconal Os candidatos ao diaconato da 15ª turma da Escola Diaconal São Francisco de Assis concluíram a formação com missa celebrada pelo Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, no dia 24 de janeiro. A celebração aconteceu na Igreja do Pronvincialado das Irmãs da Divina Providência, em Florianópolis. Concelebraram sacerdotes da Arquidiocese e de outras dioceses do Estado. Em seguida, os 28 candidatos ao diaconato participaram da formatura no auditório. Foram quatro anos de estudo. “É uma vocação estar a serviço, uma tarefa que o Senhor nos confiou para ajudar na evangelização”, comentou o Diác. Lino Dalpiaz, da Diocese de Joinville, coordenador do Regional de Diáconos do Estado.
Para Ori de Souza, da Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, de Palhoça, “o amor pela liturgia me atraiu ao diaconato, como a caridade e a parte social da Igreja”. No discurso que encerrou a formatura, o diretor, Pe. Valter Goedert, lembrou que dos 328 candidatos que passaram pela Escola Diaconal, 210 foram ordenados diáconos. “Quero agradecer a Deus em primeiro lugar que na sua providência jamais nos faltou. Sou grato às lições de amor fraterno”, destacou. A ordenação dos futuros diáconos da Arquidiocese será no dia 20 de junho, às 15h, no Centro de Evangelização Angelino Rosa (CEAR), em Governador Celso Ramos.
Retalhos do Cotidiano Prof. Carlos Martendal Escada
É preciso aprender a subir e é necessário saber descer. A subida não pode fazer-nos orgulhosos nem a descida há de se transformar em tristeza. Sejamos humildes numa e noutra situação. E não esqueçamos que aqueles que encontramos descendo quando estávamos subindo poderão ser os mesmos que encontraremos subindo quando estivermos descendo.
Liberdade
O amor liberta na medida em que a gente se faz oferenda.
Caminho
Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve! E quantos, infelizmente, seguem os que não sabem para onde vão... E acabam indo para um precipício... Ao contrário, como escreveu Antoine Saint-Exupéry, “o mundo inteiro se abre quando vê passar uma pessoa que sabe aonde vai”!
Perseguição
Como é bom ser perseguido pela graça de Deus...
Assobio
O assobio do meu pai era sempre um convite à alegria, ao encontro! O Senhor também assobia para nós, e de muitas formas: o remorso, as inquietações, as dificuldades... tudo isso é convite para voltar ao seu encontro, à sua alegria, à vida plena!
Renúncia
A autoridade que renuncia perde a autoridade, mas o cristão que renuncia a si mesmo, ganha-a. Porque fala pela vida que leva!
Mudança no episcopado catarinense Renasem supera expectativa de público na capital De 12 a 16 de janeiro aconteceu no Colégio Catarinense, em Florianópolis, a 35ª edição do Renasem – Retiro Nacional de Seminaristas, promovido pelo Ministério para Seminaristas da Renovação Carismática Católica (RCC). Participaram 312 pessoas entre seminaristas, diáconos, padres e bispos. O pregador foi o bispo da Prelazia do Marajó, Dom José Luiz Azcona. Esta edição ficou conhecida como “Renasem da Ressurreição”, em memória ao seminarista catarinense Luiz
Gustavo Eccel, morto em um grave acidente em Palmas (TO), quando preparava o Renasem do ano passado. Paralelamente ao Renasem ocorreu o retiro nacional de sacerdotes e diáconos da RCC, tendo como pregador, o Arcebispo de Belém (Pará) e assistente eclesiástico da RCC Brasil, Dom Alberto Taveira. O próximo Renasem acontecerá em Natal, Rio Grande do Norte, em janeiro de 2016.
No dia 22 de fevereiro, às 15h, no Sisos Hall, em Criciúma, acontece a ordenação episcopal de Monsenhor Onécimo Alberton, nomeado Bispo de Rio do Sul pelo Papa Francisco. E no dia 15 de março ele celebra missa que marca o início do ministério pastoral na Catedral São João Batista, em Rio do Sul, às 15h. No oeste catarinense, Dom Odelir José Magri tomou posse como bispo da Diocese de Chapecó no dia 1º de fevereiro. Ele
era bispo da Diocese de Sobral, no Ceará. Já o atual Bispo da Diocese de Tubarão, Dom João Francisco Salm, será também o Administrador Apostólico da Diocese de Blumenau, vacante com a nomeação de Dom José Negri como Bispo de Santo Amaro (SP). Ele já foi apresentado oficialmente na Catedral de Blumenau no dia 25 de janeiro, quando celebrado o dia do padroeiro, São Paulo Apóstolo.
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#compartilha
Ano formativo dos seminaristas inicia em fevereiro
Os quatro seminários da Arquidiocese já estão preparados para receber os 49 vocacionados O seminário é o espaço necessário para o discernimento da vocação sacerdotal. Os primeiros passos acontecem através do Grupo de Orientação Vocacional (GOV), do Seminário Menor e do Propedêutico. A Igreja procura oferecer aos candidatos uma formação que envolva as seguintes dimensões: humano-afetiva, comunitária, espiritual, intelectual e pastoral-missionária. O seminário é um processo de cultivo, discernimento e amadurecimento. Seminário Menor O Seminário Menor Metropolitano Nossa Senhora de Lourdes é o lugar dos primeiros anos da formação. É o local especial para cultivar a vocação. Está localizado em Azambuja, Brusque. Os destinatários são os jovens vocacionados do ensino médio. Tem como meta o aprofundamento da vocação cristã, o desenvolvimento da vocação presbiteral e os estudos preparatórios ao seminário maior. Neste ano os nove seminaristas iniciam as atividades no dia 05 de fevereiro. Estudarão no Colégio João Becker. Para as crianças e adolescentes que pensam em ingressar no seminário acontecerão dois encontros do Grupo de Orientação Vocacional, com local ainda a definir, nos dias 02 de maio e 27 de junho. Além disso, acontecerá o Encontrão Vocacional em Azambuja, no dia 15 de novembro. Fone para contato: (47) 3396-6276 / 3351-4992.
Padres se preparam para o primeiro retiro do ano Em meio aos ruídos do mundo, alguns padres da Arquidiocese se retiram para fazer uma experiência especial de encontro com Deus. De 09 a 12 de fevereiro acontece o primeiro retiro dos presbíteros, tendo como local o Recanto Champagnat, Morro da Lagoa, em Florianópolis. Terá como pregador o Arcebispo de Maceió, Dom Frei Antonio Muniz Fernandes. O retiro também é aberto aos padres religiosos.
Seminário Propedêutico Esse período é um tempo de preparação humana, cristã, intelectual e espiritual para os candidatos ao seminário maior. O ingresso no propedêutico deve ser precedido por um processo de discernimento vocacional e o tempo de duração é um ano. O Seminário Propedêutico Monsenhor Valentim Loch está localizado na Ponta de Baixo, em São José (Casa Santa Maria). Os seminaristas propedêutas iniciam as atividades no dia 11 de fevereiro. Para ingressar no propedêutico, os encontros vocacionais para os jovens que estão no terceiro ano do ensino médio ou já completaram serão realizados na Casa Santa Maria. Estes serão conduzidos em forma de retiros vocacionais e acontecerão nas seguintes datas: 03 de maio, 07 de junho, 06 de setembro, 04 de dezembro, 31 de outubro e 1º de novembro. Fone para contato: (48) 3259-5591. Seminário de Filosofia O seminário maior de filosofia está localizado também em Azambuja, Brusque. Nesta etapa ingressam aqueles já concluíram o seminário menor ou o propedêutico. Os estudos filosóficos têm duração de três anos e representam um dos elementos constitutivos da formação. As atividades da filosofia começam no dia 15 de fevereiro. Neste ano serão 27 seminaristas, 21 da Arquidiocese de Florianópolis e seis da Diocese de Tubarão. Estudarão na Faculdade São Luiz, no centro de Brusque.
Fone para contato: (47) 3396-6276 / 3351-4992. Seminário de Teologia O seminário maior de teologia, chamado Convívio Emaús, está localizado em Florianópolis. Nesta etapa ingressam aqueles que já concluíram o estudo da filosofia. Os estudos teológicos têm duração de quatro anos e são realizados na Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC). O estudo da teologia busca desenvolver uma consciência aprofundada dos mistérios da fé cristã, para orientar a vida e o ministério do futuro presbítero. As atividades da teologia iniciam na Quarta-feira de Cinzas, 18 de fevereiro. Neste ano serão 13 seminaristas, 10 da Arquidiocese de Florianópolis e três da Diocese de Tubarão. Fone para contato: (48) 3234-4443. Ordenação Depois dos estudos teológicos seguem o estágio pastoral, a ordenação diaconal e a ordenação presbiteral. “Neste ano nos seminários da Arquidiocese de Florianópolis teremos 49 seminaristas. Que nossas paróquias e comunidades continuem atentas ao convite do Mestre de pedir ao Senhor da messe que envie mais operários. É preciso rezar pelas vocações e apoiar nossos seminaristas”, disse Pe. Alcides Albony Amaral, orientador espiritual do curso de filosofia do Seminário de Azambuja.
Aberta a inscrição para os cursos na FACASC A Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC) abre o ano com novidades. Estão abertas as inscrições para os Cursos de Teologia para Lideranças. A FACASC promove os seguintes cursos de extensão: Canto e Música Litúrgica I, Bíblico-Catequético I e Teologia I. Além disso haverá dois cursos de especialização. No primeiro semestre, sobre Família e Evangelização; no segundo, sobre Apocalíptica e Apocalipse. As aulas serão na FACASC, às segundas-feiras, das 19h30 às 22h, nos meses de março a novembro. Para 2015 também estarão disponíveis as inscrições para os cursos de pós-graduação em Comunicação e Evangelização; Doutrina Social da Igreja na realidade brasileira; Estudos Bíblicos; Juventude, Religião e Cidadania.
Novena em honra à padroeira de Florianópolis No dia 20 de fevereiro acontece a instalação da Forania Florianópolis Centro-Sul. A Celebração Eucarística acontece na Catedral de Florianópolis, às 20h. Também nesse dia, na Catedral, tem início a novena em honra a Nossa Senhora do Desterro que segue até 28 de fevereiro. A missa de abertura será presidida pelo Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, scj. Nossa Senhora do Desterro é a padroeira de Florianópolis e a data oficial em homenagem a ela é 17 de fevereiro.
Cursos de Teologia para Lideranças 2015
Dom Frei Antonio Muniz Fernandes
Inscrição: até 02 de março, das 08h às 16h Valor da inscrição: R$ 80,00 (com direito à assinatura da revista Encontros Teológicos para 2015) Taxa de investimento: R$ 80,00 mensais (durante nove meses de aula) Informação: (48) 3234-0400 ou pelo email: extensao@facasc.edu.br
Murillo – Fuga para o Egito Museum of Fine Arts, Budapeste
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nossa fé
Comunidade, lugar da fraternidade Pe. Vitor Galdino Feller
Em seu último documento, Gaudium et Spes, o Concílio Vaticano II (19621965) expressou de modo claro a relação que existe entre a missão própria da Igreja e a responsabilidade que ela tem de colaborar com a sociedade. A Campanha da Fraternidade deste ano celebra os 50 anos da conclusão do Concílio e retoma a caminhada dessa nova relação entre Igreja e mundo.
Serviço, diálogo e cooperação Novas palavras e atitudes marcam a relação da Igreja com o mundo e a sociedade. Servindo-se da metodologia ver-julgar-agir, os membros da Igreja procuram conhecer o mundo em suas luzes e sombras, analisar a sociedade à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja e apontar sugestões práticas para transformar a realidade, de modo que
nosso mundo e sociedade se tornem sinal da comunhão definitiva no Reino de Deus.
Sinais dos tempos e conversão pastoral O Documento 100 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), – “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia. A conversão pastoral da paróquia” – situa o lugar das comunidades no serviço à sociedade. A Igreja não existe para dentro, mas para fora; não existe para si, mas para os outros. Toda comunidade, grande ou pequena, encontra seu sentido no serviço, no diálogo e na cooperação com a sociedade. Diz o documento: “O Concílio Vaticano II propõe o diálogo na relação da Igreja com a sociedade. Assim, a Igreja é chamada
2015: um ano dedicado à paz Fernando Anísio Batista
a reconhecer os sinais dos tempos, pois a história é rica em sinais da presença de Deus. O Concílio destacou a pastoral e a ação evangelizadora da Igreja para que esta seja sinal de Cristo no mundo” (n. 9).
Dignidade humana, bem comum e injustiça social Assim, a comunidade cristã deve estar sempre atenta aos desafios postos pela sociedade, acolhê-los como questionamentos que o Senhor nos coloca, dispor-se a resolvê-los na linha da promoção da vida e da dignidade humana, do bem comum e da justiça social. A comunidade cristã é semente do mundo novo, é germe da nova sociedade, é instrumento da fraternidade universal, é sacramento do Reino de Deus.
A 52ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de 2014, aprovou, por unanimidade, a realização do Ano da Paz. Teve início no primeiro domingo do Advento, 30 de novembro de 2014, e encerrará no Natal de 2015. Entre diversos elementos que justificam tal decisão está o aumento da violência em todos os níveis nas pequenas e grandes cidades brasileiras. As atitudes do Papa Francisco na promoção da paz também servem de inspiração para essa decisão. Basta lembrar a realização da vigília pela paz na Praça São Pedro, no dia 07 de setembro de 2013, e a oração na Mesquita em Istambul na viagem feita a Turquia, de 28 a 30 de novembro. Na abertura do Ano da Paz, o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, explicou que esse tema no país pode auxiliar na reflexão sobre os motivos que produzem violência: “Um ano da paz pode nos ajudar a refletir sobre o porquê da violência e a necessidade da paz. Mas também busca, junto às nossas comunidades, momentos onde as pessoas possam expressar que desejam viver em harmonia e fraternidade”, afirmou.
O Brasil é um dos países mais violentos do mundo, com alta taxa de homicídios, acidentes automobilísticos, sem contar outras expressões da violência como a moral, sexual e social. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocupa a 11ª maior taxa de homicídios do mundo. Não existe apenas uma causa que gera violência; são várias situações. No entanto, a falta de uma cultura da paz é o elemento central, gerador de toda violência. Na Exortação Apostólica Alegria do Evangelho, Papa Francisco ressalta que enquanto não se eliminarem a exclusão social e a desigualdade dentro da sociedade, e entre os vários povos, será impossível erradicar a violência que, venenosamente, consome vidas, mata sonhos e atrasa avanços. O Ano da Paz pode ser vivido e celebrado de diferentes formas nas paróquias, comunidades e grupos. Não se trata de grandes eventos, mas debates e encontros que promovam a disseminação de uma cultura da paz, contra as diversas formas de violência, em seus diferentes graus e estágios.
Jornal da Arquidiocese, FEVEREIRO de 2015
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capa
CF 2015 intensifica diálogo entre Igreja e sociedade Campanha abre discussão sobre as necessidades do próximo e convida o povo a ajudar quem precisa Coleta Nacional da Solidariedade
Servir significa estar a serviço de alguém, ser servo, basicamente, ser útil. Estar de prontidão para ajudar na sociedade, na economia, política, cultura, Igreja, na família, junto aos mais necessitados. A Campanha da Fraternidade (CF) deste ano aborda o precioso ensinamento de Jesus sobre o servir, o estar em constante estado de missão em favor do próximo. A fé sem obras é morta, ensina a carta de São Tiago (Tg 2,17). Fé necessita tocar no ser humano, gerar vida. O cristão batizado assumir a esta missão de ser luz do mundo e estar a serviço do outro. A Campanha da Fraternidade 2015 busca refletir, meditar e rezar a relação entre Igreja e sociedade. O tema desta edição é “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e o lema “Eu vim para servir!” (cf. Mc 10,45).Tem por objetivo geral aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus. O Papa Francisco disse na Exortação apostólica Evangelli Gaudium: “prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida”. “A CF desse ano é uma ocasião para retomar os ensinamentos do Concílio Vaticano II. Ensinamentos que levam a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa, samaritana”, afirmou o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steiner. Essa campanha pretende encontrar novos métodos e atitudes na missão da Igreja de Cristo de levar a Boa Nova a cada pessoa e à sociedade. “Atuar profeticamente, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para o desenvolvimento integral da pessoa e na construção de uma sociedade justa e solidária”, segundo cita um dos objetivos específicos do texto-base organizado pela CNBB.
Sentido do cartaz da CF 2015 O cartaz traz o Papa Francisco lavando os pés de uma pessoa na Quinta-feira Santa de 2014. Segundo o texto-base da Campanha da Fraternidade, “a Igreja atualiza o gesto de Jesus Cristo ao lavar os pés dos discípulos. O lava-pés é expressão de amor capaz de levar a pessoa a entregar sua vida pelo outro. É com esse amor que todo ser humano é amado por Deus em Jesus Cristo. Ao se entregar à morte na cruz e ressuscitar, como celebrase na Páscoa, Jesus leva em plenitude o ‘Eu vim para servir’” (cf. Mc 10,45).
Uma das ações concretas promovidas pela Campanha da Fraternidade é a oferta de doações em dinheiro na coleta da solidariedade. Trata-se de um gesto real de partilha, amor, conversão e fraternidade, feito em todo país, nas comunidades cristãs, paróquias e dioceses. Neste ano, a coleta nacional da solidariedade será no dia 29 de março, Domingo de Ramos. Os valores recebidos na coleta da solidariedade, com ou sem envelope, são encaminhados à Diocese. Do total arrecadado, a Diocese deve encaminhar 40% ao Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), administrado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Os outros 60% permanecem na Arquidiocese para atender projetos locais pelos Fundos Arquidiocesanos de Solidariedade (FAS). Os recursos são destinados preferencialmente a projetos que atendem aos objetivos propostos pela Campanha da Fraternidade 2015. Doações para o Fundo Nacional de Solidariedade da CNBB, destinados aos projetos sociais, podem ser efetuados na seguinte conta, durante todo ano de 2015:
Coleta da Solidariedade p/ quem desejar depositar Caixa Econômica Federal, Agência 3248 – Conta Corrente – 08056-0 Enviar comprovante do depósito para e-mail: asa@arquifln.org.br Contato: (48) 3224-8776
A Igreja Católica, através das comunidades, participa das alegrias e tristezas do povo brasileiro. O Concílio Vaticano II veio iluminar a missão evangelizadora da Igreja. Evangelizar pelo testemunho, no diálogo com as pessoas e a sociedade. No diálogo, a Igreja está a serviço de todas as pessoas. Neste servir, ela participa da construção de uma sociedade justa, fraterna e pacífica. No serviço, a Igreja edifica o Reino de Deus.
Cartazes e lemas da CF nas últimas 11 edições:
2004
2005
Água, fonte de vida
Felizes os que promovem a paz
2006
2007
Levanta-te, vem para o meio!
Felizes os que promovem a paz
2008 Escolhe, pois, a vida
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Viver o amor e sair de si são algumas das dicas do Arcebispo para a Campanha da Fraternidade 2015 O Arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, concedeu entrevista para jornalistas sobre a Campanha da Fraternidade 2015 que tem como tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir!” (cf. Mc 10,45). A mesma entrevista também foi concedia para a Revista A Palavra, de Brusque, e o Jornal Voz do Divino, de Santo Amaro da Imperatriz. Jornal da Arquidiocese: A Campanha da Fraternidade traz algo atual no contexto social para ser debatido. O que o lema quis abordar? Dom Wilson: O objetivo principal é chamar atenção para algo muito importante. A Igreja está presente na sociedade e recebe influência dela, mas também influencia a sociedade. Há uma relação muito importante entre a sociedade como um todo e a fé dos cristãos. A presença da Igreja no mundo deve tornar o mundo melhor. O importante nessa CF é mostrar que a Igreja sempre esteve presente, atuou na sociedade. Não no sentido de buscar poder político, mas no sentido de servir a sociedade. A Igreja sempre esteve presente muito forte na assistência aos doentes, por exemplo. O hospital é uma criação da Igreja. O Estado passou a se preocupar há cerca de 50 anos, e há 2000 anos a Igreja cuida dos doentes. Um outro campo onde a Igreja sempre esteve presente foi na educação. Pense um pouco o que seria da educação no Brasil sem a presença da Igreja? Se hoje a Igreja fechasse as escolas, a educação no país entraria num “curto circuito”. O principal da Igreja é que a pessoa de fé quer o bem comum, e isso exige atitudes políticas que tornem a sociedade melhor. Essas atitudes serão sempre apoiadas pela Igreja. Se olharmos hoje, a Igreja sempre esteve envolvida com os menos favorecidos. Quando houve a questão da AIDS, por exemplo, a primeira instituição que organizou um trabalho para exames foi a Igreja. Algumas coisas evoluíram na questão da saúde, pois não trabalhamos apenas recebendo os doentes, mas também na prevenção da saúde. A Pastoral da Saúde é uma inovação por tratar das pessoas, lidar com recursos da natureza em vista da saúde, a fitoterapia. A entrada na política também é importante, pois é através disso que temos uma grande influência de como a sociedade deve viver. Não só atender necessidades, mas traçar planos. Por isso a Igreja insiste na participação em conselhos políticos: comunitários, da saúde, do idoso, do adolescente. A
Igreja deve estar ali dentro para ser presença cristã. Vida cristã não é só eu e Deus. Esse eu e Deus me obriga a olhar para o lado e lutar pelo bem estar do próximo. Nisso consiste o amor ao próximo.
o Instituto Pe. Vilson Groh. Mas, às vezes, na comunidade se vai perguntar onde pode achar uma casa de acolhimento, muitas vezes não se sabe, pois não se tem uma consciência disso.
JA: A CF traz a questão missionária. Papa Francisco fala sobre sair de uma Igreja de conservação para uma pastoral missionária. Onde o senhor vê que a Arquidiocese pode chegar com essa Campanha?
Além disso, os idosos estão aumentando consideravelmente. As famílias tem menos gente e muito idoso ficando em casa o dia todo, as vezes até na cama. Temos que nos organizar no sentido de dar atenção a esses idosos, sobretudo os mais necessitados, pois se trata de um contato humano. Estamos pensando qual é a melhor forma, pois os asilos estão todos cheios. O Governo se preocupa com excelência, mas acaba sendo um entrave. Qual o idoso ou a família que consegue pagar R$ 4.000 (quatro mil reais)? As pessoas começam a
DW: A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nos traz as cinco urgências. E uma delas é exatamente a “vida para todos”. Outra urgência é ter uma missão permanente. O Documento de Aparecida fala sobre sair da mera conservação para uma Igreja missionária. A mera conservação seria uma Igreja cuidando de suas celebrações internamente. O Papa tem insistido que isso acomoda, apodrece, conforta, deixa doente. A pessoa tem que sair para fora, tem uma missão a construir perante a sociedade. Se nós vivermos o amor para o outro, construiremos uma sociedade melhor. Ser missionário é sair. Sair da sacristia, sair de onde estamos para o meio da sociedade e torná-la melhor. A presença do cristão deve fazer diminuir a violência, a droga, os necessitados. JA: O plano pastoral da Arquidiocese fala sobre a caridade. Como a CF pode ser aproveitada para trabalhar esta frente? DW: Já existem muitas alternativas na Diocese. Temos a ASA (Ação Social Arquidiocesana) presente em todas as 70 paróquias, por exemplo. Muitas tem atendimento a pessoas que precisam de comida, roupa, assistência, crianças que necessitam de maior atenção. São essas coisas que sustentam a sociedade. A Igreja não é única, mas eu diria que é a principal força. A CF insiste: onde tiver uma iniciativa boa, a Igreja vai apoiar. JA: Como vai ser trabalhada a Campanha da Fraternidade nas paróquias? DW: A Campanha propõe a reflexão do conteúdo. Tomar consciência que temos papel na sociedade. Temos que ler, refletir, até para entender historicamente a percepção que a Igreja sempre teve. Uma vez tomada essa consciência, cada comunidade vai entender quais serão suas ações, ver as necessidades, onde se devem incrementar as atividades. JA: Quais são as maiores necessidades da Arquidiocese, onde a Igreja pode estar mais presente? DW: Como falei, a política é uma presença não suficiente. Além disso, Florianópolis e arredores tem uma população de rua que está sendo atendida. Se faz um bom trabalho, especialmente com
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A paz é fruto da justiça
Economia e Vida
Fraternidade e a Vida no Planeta
ser desencorajadas diante disso. Outra proposta que está surgindo será a de fazer um asilo tipo creche. Durante o dia se acolhe, de noite fecham. Seria um custo menor. Atenderia uma boa parte da população. JA: A CNBB promove a coleta da fraternidade como um dos gestos concretos da Quaresma. Qual a importância da coleta desse ano? DW: A finalidade é sempre a mesma. A coleta tem um significado dentro da campanha, ou seja, deve ser fruto do espírito com o qual se vive a Quaresma. A coleta é feita toda para fins sociais, ou seja, 40% vão para as obras da CNBB nacional e 60% fica para a Arquidiocese. Então, constituemse os fundos nacional e diocesano de solidariedadede. A partir disso, desenvolvem-se projetos sociais. Na Arquidiocese são 20 ou 30 projetos que se fazem a partir desses fundos. Uma pessoa é encarregada disso e as paróquias e comunidades apresentam os projetos. Há todo um regulamento de como aplicar esse dinheiro.
2012
2013
Fraternidade e saúde pública
Eis-me aqui, envia-me!
2014
É para a liberdade que Cristo nos libertou
Jornal da Arquidiocese, FEVEREIRO de 2015
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bíblia Família unida na Palavra
Lectio Divina
A conversão é agora
Pe.Wellington Cristiano da Silva
Lectio (leitura)
Neste início de Quaresma lemos na Bíblia alguns textos inspiradores para aprofundarmos nossa vivência cristã. Em tempos que se buscam mais e mais realizações exteriores, a ponto de muitos não reservarem mais momentos para si, seus familiares e sua comunidade, a Palavra de Deus convida a uma revisão. E o faz com sua característica intensidade. As leituras da Quarta-feira de Cinzas mostram o sentido: buscar com ousadia a interioridade, mesmo em meio aos compromissos cotidianos e profissionais. As realizações visíveis e valorizadas abram caminho para as escondidas e, muitas vezes, desvalorizadas. Tal é a disposição de abrirmo-nos à presença divina, voltando-nos para Ele de todo o coração. O próprio Jesus nos convida e conduz ao Seu encontro, na oração viva e pessoal, em nosso quarto, no mais íntimo de nosso ser: os elogios não nos alcançam. Uma conversa sincera abre nosso interior à misericórdia e à consolação divinas. Levam-nos a abandonarmos a rou-
pagem velha tecida somente pelo público, de ideias, posturas, sentimentos e ações. “Como mudaria o mundo se cada um de nós começasse já a cuidar seriamente de si próprio e a cuidar generosamente da sua própria relação com Deus e com o próximo; se olhássemos para o outro, especialmente o mais necessitado, com olhos de bondade e de ternura como Deus olha para nós, nos espera e nos perdoa; se encontrássemos na humildade a nossa força, o nosso tesouro”, diz o Papa Francisco. Correspondamos ao olhar divino para conosco e encorajemo-nos! Acumulemos o tesouro da humildade e da ternura para restaurar a relação com Deus e com o próximo. A Palavra de Deus insiste que agora é o momento favorável, agora é o dia da conversão. Ele nos ouve neste tempo e nos ajuda a recomeçarmos. Senhor Jesus, converte meu coração!
Pe. Isaltino Dias,
Vigário na Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista, Ponte do Imaurium, Palhoça
“Rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo” (Jl 2,13).
Meditatio (meditação) A invasão de gafanhotos que aflige a terra de Judá oferece ao profeta Joel ocasião de exortar o povo à conversão. Em tom de penitência e súplica, Joel motiva o povo a se voltar para o Senhor e a confiar na divina misericórdia. O sinal concreto da pessoa arrependida é a conversão profunda do interior, o ato de “rasgar o coração”. Benigno e compassivo, o Senhor Deus acolhe o coração contrito que errou e quer voltar. Eis que diante da pequenez e fragilidade humana, Deus se inclina para resgatar, em seu amor, o pecador arrependido!
Oratio (oração) “Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido” (Sl 50,3.12).
Contemplatio (contemplação) No sinal das cinzas, reconhecemos que somos pó e que ao pó voltaremos. Contemplemos, neste tempo favorável (cf. 2Cor 6,2), o Autor de nossa salvação e libertação, que nos chama à penitência e à conversão.
Missio (missão) A Quarta-feira de Cinzas abre, para nós, um tempo de graça e reconciliação. Motivemo-nos a ingressar com fé neste êxodo quaresmal rumo à nossa libertação. Para bem realizarmos esta caminhada de conversão, a Igreja nos ensina três práticas fundamentais que nos servem de remédio: a esmola, a oração e o jejum. Esses sinais quaresmais nos lançam o compromisso de intensificar nossas orações, impulsionar nossas ações de solidariedade e fraternidadee renunciar às realidades que nos prendem e escravizam, como denúncia profética de toda autossuficiência, egoísmo e ganância. Rasguemos, pois, nesta Quaresma, nossos corações!
Conhecendo o livro dos Salmos 105 (104): O Salmo do puro louvor Pe. Ney Brasil Pereira Esse salmo é um dos salmos “históricos” do saltério, como o são o Sl 78 e o Sl 106. Diferentemente desses, porém, não faz nenhum aceno aos pecados e à infidelidade do povo. Seus primeiros 15 versículos, de um total de 45, são integralmente citados pelo Cronista (1Cr 16,8-22) como sendo o cântico com o qual Asaf e seus irmãos, por ordem de Davi e a seu exemplo, “deram graças” ao Senhor no dia da entronização da Arca em Sião. Notar igualmente que seu primeiro versículo é citado literalmente no meio do “cântico de libertação” que conclui a primeira parte do livro de Isaías (Is 12,1-6: cf v. 4). Quanto ao conteúdo, é interessante compará-lo com o salmo que precede, o Sl 104, que celebra a ação de Deus na criação, enquanto este Sl 105 o celebra na história. É, aliás, o que faz BenSirá, o Sirácida,
na última parte do seu livro, constituída de um longo hino a Deus: primeiro, exaltando -o pela obra criadora (Eclo 42,15—43,33) e, a seguir, pela história do seu povo (Eclo 44,1—49,16). Já o Sl 136 celebra o Senhor “porque ele é bom, porque seu amor é para sempre” - e isso na criação, na história, e no momento presente. Chama a atenção o longo invitatório (vv.1-7), convidando e incentivando a “descendência de Abraão” a louvar, celebrar, cantar. Os vv. 8-11 propõem o tema da Aliança e a Promessa da Terra. Seguem as andanças dos Patriarcas (vv. 12-15), a história de José (vv. 16-22), a entrada no Egito, a opressão, Moisés, as pragas (vv. 23-36), e então o Êxodo e o deserto (vv.37-41). Enfim, com a entrada na Terra prometida, o cumprimento da Promessa (vv. 42-45).
Leia o salmo e medite: 1) Por que este Sl 105 pode ser chamado “o salmo do puro louvor”? 2) Como e para quem se expressa a Aliança divina? 3) Como é apresentada a figura de José do Egito? 4) Como o salmista resume a travessia do deserto? 5) Qual é a finalidade da entrada na Terra? Como a expressa o cântico de Zacarias?
A análise completa deste salmo se encontra no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br
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evangelização
O cristão é chamado a crer para ver a glória de Deus O já tradicional Louvor de Verão reúne mais de três mil pessoas em Camboriú O ginásio Irineu Bornhausen, no município de Camboriú, foi sede do 24º Louvor de Verão promovido pela Renovação Carismática Católica (RCC), da Arquidiocese de Florianópolis. O evento, no dia 18 de janeiro, abre o calendário anual da RCC. Nesta edição participaram cerca de 3.500 pessoas que vieram de todas as foranias da Diocese e também das vizinhas. A pregação ficou com Vera Casagrande, do Paraná, que serve no Ministério de Oração de Cura e Libertação. Vera exortou que é preciso dar permissão para Jesus entrar em suas vidas e nas famílias. “Só assim alcançaremos o que tanto pedimos a ele”, afirmou. O assistente eclesiástico da RCC na Arquidiocese, Pe. Leandro Rech, presidiu a missa de encerramento. “O que vivi hoje aqui é o reavivamento da minha fé, do convite que Deus me fez”, disse Eloisa Souza, 40 anos, do município de São José, região metropolitana de Florianópolis. Natan Dias, 19 anos, do grupo de jovens da forania de Barreiros, em São José, comentou que neste louvor realmente viu aquele Jesus do
O tempo é superior ao espaço Dom Wilson apresenta o cronograma de atividades em 2015 Como já é tradição, todo ano, a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral produz o cronograma com as datas dos principais eventos da Arquidiocese de Florianópolis. Nesta edição foram acrescentados os projetos pastorais para 2015. O Arcebispo, Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, faz a apresentação deste cronograma de 112 páginas com uma reflexão sobre o tempo e o espaço. “Os números 222 a 225 da Evangelii Gaudium, do Papa Francisco, falam do tempo e do espaço, as duas coordenadas que enquadram todas as ações que desenvolvemos neste mundo. E afirmam que o tempo é superior ao espaço. O Papa diz que este princípio tem uma importância muito grande no modo como impostar o trabalho pastoral. Permite superar a obsessão por resultados imediatos e estabelecer metas a longo prazo. Quando se privilegia o espaço, tende-se a proceder como loucos para resolver tudo no momento presente, para tomar posse de todos os espaços de poder e autoafirmação. Procuram-se resultados imediatos que gerem ganhos políticos rápidos. Por sua vez, quando se prioriza o tempo, busca-se muito mais iniciar processos do que conquistar espaços. Os processos ordenam os espaços e os transformam em elos de uma cadeia. Privilegiam as ações que geram novos dinamismos. Envolvem as pessoas e os grupos. Estas ações frutificam em acontecimentos histó-
ricos, tudo isto sem ansiedade, mas com convicções claras. É comum a frase ‘não tenho tempo’. Nas comunidades se escuta muitas vezes: não tenho tempo para assumir uma responsabilidade, uma coordenação, para reuniões enfim, para a comunidade. Estes são sintomas de uma comunidade doente, e é doença grave. A ação evangelizadora consiste em se deixar envolver pela novidade, é ver a realidade com outros olhos, é se encantar com a possibilidade de servir aos outros. A vida cristã não é um ponto de chegada ou uma conquista realizada. É sempre um processo em andamento, um projeto em construção. Muito mais do que obter resultado, é ter disposição para caminhar e continuar o caminho. Os Evangelhos esclarecem o que é o processo quando dizem que existiam coisas que os discípulos ainda não podiam entender. Também quando afirmam que é preciso deixar o joio e o trigo crescerem juntos, para depois fazer a separação. Que a agenda da programação pastoral do ano 2015 possa nos ensinar a fazer processo”, completa o Arcebispo. O cronograma 2015 está à disposição na coordenação de pastoral localizada junto à Cúria Metropolitana, em Florianópolis, no valor de R$ 3,00. Mais informações: (48) 3224-4799.
Evangelho que cura as pessoas. “Este é o ano dos milagres. Começou e vai terminar com milagres. Deus é e basta”. Já Paulo Xavier, 73 anos, que participa do grupo de oração do Santuário Nossa Senhora de Fátima, no Estreito, em Florianópolis, comentou que “quando a gente tem este encontro com Deus tem que falar deste amor, desta maravilha que é a experiência com Jesus vivo e ressuscitado. Nem o calor incomodou, porque o amor por Deus é bem maior”. “É o Louvor de Verão que dá o impulso para começarmos o ano, para dar vigor e para que o povo possa louvar e bendizer o nome do Senhor”, explicou a coordenadora da RCC na Arquidiocese de Florianópolis, Lidiane Silva Cunha. No dia 15 de março acontece mais um evento arquidiocesano na forania de Brusque. O pregador será Luis Cesar, do Ministério Nacional de Intercessão. “Convidamos a todos e já estamos intercedendo”, conclui Lidiane.
Colaboração: Giovanna Dutra e Juliano Nystrom (RCC SC)
Celebrações dão início às atividades nas foranias Novo ano, tempo de graças na Igreja de Florianópolis. As foranias da Arquidiocese serão instaladas oficialmente com Celebrações Eucarísticas nos próximos dias. Os respectivos vigários forâneos receberam a provisão no dia 1º de janeiro de 2015. As missas de instalação das atividades das foranias de Florianópolis Continente, de Barreiros e Itajaí, ocorreram no dia 05 de fevereiro. Confira as datas das celebrações que marcam o início dos trabalhos pastorais nas demais foranias: - 20 de fevereiro, 20h, Catedral - Florianópolis Centro-Sul; - 14 de fevereiro, 08h, Igreja Matriz de Santo Amaro – Santo Amaro - 13 de fevereiro, 19h30, Igreja Matriz da Paróquia Santo Antônio - São José - 27 de fevereiro, 19h, Igreja Matriz da Paróquia São João Evangelista - Biguaçu - 19 de fevereiro, 19h, Santuário de Azambuja – Brusque. - 22 de fevereiro, às 19h, Igreja Matriz da Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré - Palhoça - 19 de março, às 20h, Igreja de Nossa Senhora das Necessidades, Santo Antônio de Lisboa – Florianópolis Norte. Nas foranias de Tijucas, Camboriú e Itapema, as missas serão em fevereiro com data a ser confirmada.
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evangelização
Grupos Bíblicos em Família em unidade com o novo período litúrgico da Igreja O livreto dos GBF aborda a Campanha da Fraternidade em preparação para a Quaresma Depois de um período de descanso retornamos fortalecidos na fé para continuar com alegria a missão que Jesus nos confiou. Todos os anos, por ocasião da Quaresma, a Igreja nos convida a uma revisão sincera de nossas atitudes chamandonos à conversão. Os encontros do livreto da Quaresma e Páscoa “Eu vim para servir!”, preparam para a grande festa da Páscoa do Senhor, a ressurreição de Cristo. Inicialmente a Quaresma nos lembra sacrifício, jejum, penitência. Mas não podemos ficar só olhando a dor, o sofrimento, a Via-Sacra de Jesus. Como diz o Papa Francisco, “o cristão não pode ter cara de Quaresma sem Páscoa”, não podemos nos revestir de cinzas e permanecer na tristeza, pois a Quaresma nos conduz à grande notícia que as mulheres anunciaram com alegria aos discípulos: Jesus ressuscitou! “A ressurreição de Jesus Cristo mexe com a nossa
Caridade social
vida, porque tudo deve ter sentido novo, provocando uma alegria que invade o coração das pessoas de fé” (Papa Francisco). Durante a Quaresma, a Igreja no Brasil vive a Campanha da Fraternidade, que há 52 anos acontece em todas as dioceses brasileiras. Traz sempre um tema importante para a vida da Igreja e da sociedade. “A Igreja deve ser o lugar da misericórdia gratuita, onde todos possam sentir-se acolhidos, amados, perdoados e animados a viverem segundo a vida boa do Evangelho” (Evangelli Gaudium). O livreto do Tempo Pascal é um instrumento preparatório para viver com convicção a fé no tempo quaresmal. Preenche o nosso coração com a esperança de vivermos um empenho eclesial e social para a transformação de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. O livreto aborda a temática da Campanha da Fraternidade que
nos ajuda no esforço de conversão própria da Quaresma, numa dimensão comunitária e de forma bem concreta que expressa nossa comunhão e solidariedade com os irmãos que vivem em situações difíceis. Assim, pela conversão de nosso coração, estaremos dando um passo importante para a transformação da sociedade, vivenciando a alegria da Páscoa, a vida nova em Cristo ressuscitado. Queremos ser protagonistas e mensageiros para anunciar o amor de Deus e o verdadeiro sentido da Páscoa, confirmando com alegria a nossa fé no mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo Jesus. Com entusiasmo e alegria continuaremos nossa missão no valioso serviço de evangelização nas casas. Que a graça do Senhor Jesus Cristo esteja sempre conosco ao longo deste ano! Maria Glória Silva Coordenadora dos GBFs/CEBs
Instituição em Palhoça promove a dignidade dos mais vulneráveis Foco na qualificação profissional e educação é uma das metas da fundação “Fé e Alegria”
Em novembro do último ano foi entregue o Prêmio de Iniciativa Solidária Dom Afonso Niehues para instituições que contribuíram com a cultura da solidariedade. Doze instituições participaram da primeira edição do Prêmio. O primeiro lugar ficou com a fundação Fé e Alegria do Brasil, de Palhoça, e o segundo com a Associação Beneficente São Dimas. Esta última presta apoio à Pastoral Carcerária. Na coluna Caridade Social deste mês, você conhece um pouco mais sobre a vencedora. Teve início no ano de 1954, quando o sacerdote da Companhia de Jesus, Pe. José María Vélaz, fundador da Fundação Fé e Alegria, visitou junto com um grupo de universitários o bairro de Cátia, em Caracas, na Venezuela. Escreve o Pe. Vélaz que ao terminar a jornada, ele e os estudantes concluíram que era necessário desenvolver um trabalho com essas pessoas para que elas conseguissem melhorar a condição de vida. Então nasceu a ideia de “Fé e Alegria”. Pe. Vélaz faleceu em 1985, na Venezuela. A obra que ele deu origem está presente em 20 países e atende mais de dois milhões de pessoas no mundo. Em Santa Catarina, a fundação chegou em 1993 e se instalou no município de Palhoça, em 2005. Iniciou com uma pesquisa nas comunidades e em 2008 começou o atendimento direto nas
Fundação “Fé e Alegria” Rua Américo Vespúcio, 350 Barra do Aririú - Palhoça (48) 3344-1033 www.fealegria.org.br
comunidades dos bairros do Rio Grande e Barra do Aririú. É um movimento de educação popular integral e de promoção social. Impulsionada pela fé cristã, dirige-se de forma co-participativa aos setores empobrecidos, principalmente, crianças e jovens, privilegiando grupos que sofrem discriminação. Tem como objetivo desenvolver ações sociais e educativas para que as crianças, adolescentes e famílias em situação de vulnerabilidade social das comunidades da Palhoça, superem os riscos pessoais e sociais a que estão expostos e se tornem cidadãos críticos, autônomos e incluídos no mundo do trabalho. Sejam capazes de intervir e contribuir positivamente na família e em suas comunidades. A iniciativa solidária da fundação em Palhoça é intitulada “Formando Comunidades”. Tem o foco em cursos de qualificação profissional e formação humana para promover o acesso da população empobrecida à inclusão no mundo do trabalho. Conta com apoio da Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral (Agreco), da prefeitura de Palhoça, do Mesa Brasil SESC e da Ação Social Arquidiocesana (ASA).
Jornal da Arquidiocese, FEVEREIRO de 2015
evangelização Retiros de carnaval na Arquidiocese Encontros organizados por movimentos católicos são oportunidade para viver um carnaval cristão
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Cronograma de fevereiro 3/2 | 08h30 | Reunião do Secr. Arquid. de Pastoral | Cúria 7/2 | 14h | Reunião Arquid. de coord. GBF/CEBs Foranias | Biguaçu 9 a 13/2 | 12h | Retiro dos Presbíteros | Recanto Champagnat 10/2 | 19h30 | Reunião Setor Juventude | Provincialado 12/2 | Reunião da CADIP | Biguaçu 14/2 | RCC Reunião Geral do Conselho Arquid. | Brusque 14 a 17/2 | Retiros de Carnaval (conferir ao lado) 18/2 | Lançamento CF 2015 | Cúria 19/2 | 19h30 | Reunião CADEIR | Casas Membros 21/2 | 08h30 | Encontro c/ Padres, Religiosos novos na Arq. | Cúria 26/2 | Reunião do Conselho Presbiterial | Cúria
O carnaval antecede o Tempo da Quaresma. Durantes esses dias, muitos católicos preferem se retirar para refletir sobre a caminhada na Igreja e ter maior intimidade com Deus. Através dos retiros das novas comunidades, por exemplo, os fiéis também já se preparam para a Quarta-feira de Cinzas. O assistente eclesiástico do Setor Juventude da Arquidiocese de Florianópolis, Pe. Ewerton Gerent, explica que o carnaval é a festa da “despedida da carne. Era o último dia que se comia carne antes do jejum proposto pela Quaresma. É um tempo favorável para uma preparação à Quaresma, para já adentrar no mistério que nós cristãos vivemos. Por isso são importantes os retiros e as evangelizações nesses dias. Diante da ‘festa’ que o mundo vive, as pessoas também têm a oportunidade de fazer a experiência com aquele que nos proporciona a verdadeira festa”. Confira os principais retiros de carnaval na Arquidiocese de Florianópolis:
Comunidade Oleiro
Católica
Divino
Retiro e acampamento de jovens
Data: 14 a 17/02/2015 Local: Recanto Divino Oleiro, em Camboriú
Obs.: Inscrição com alimentação, alojamento e peregrinação a Nova Trento - R$ 70,00 Inf.: (47) 3365-1884 ou 33651047
Retiro para adultos
Data: 14 a 17/02/2015 Local: CEAR - Vila do Divino Oleiro, em Governador Celso Ramos Obs.: Inscrição com alimentação, hospedagem em suíte (triplo) mais peregrinação a Santa Paulina - R$ 200,00 Inf.: (48) 3296-1511 / 3224-6476 / 3025-3750
Comunidade Católica Shalom
Reviver – Retiro para todas as idades Data: 15 a 17/02/2015 Local: Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, centro de Palhoça Obs.: Para todas as idades - Entrada franca Inf.: (48) 3223-7801 / 9919-1277
Irmãs Carmelitas DCJ Retiro de Carnaval: Jovem, é tempo de agir Data: 14 a 16/02/2015 Local: Casa de retiros das Irmãs Carmelitas DCJ, Rua Padre João Batista Réus, 980, Caminho Novo, Palhoça Obs.: Idade permitida dos 14 aos 30 anos - R$70,00
Voluntariado: estava sozinho e fui visitado No agitado ritmo da atualidade, tarefeiro e frenético, em que até os momentos de descanso e ócio são preenchidos por redes sociais e outras mídias, observa-se a escassez de disposição para a solidariedade, especialmente quando se trata da partilha de tempo, afeto, escuta e abraço. E, nesse contexto, visitas a acamados, presos e reclusos de toda a ordem acabam sendo realizadas ocasionalmente sem continuidade e comprometimento, enquanto mais de 90% dos abrigados em instituições de apoio sofrem de solidão pela falta ou escassez de visitas de familiares e amigos. Todavia, a assistência voluntária cristã não pode ser entendida como um hobby, uma atividade extracurricular, mas como uma resposta ao chamado: “... adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me” (Mateus 25,36). Buscando atender a esse apelo e preencher essa lacuna social, a Central de Voluntariado da Comunidade Católica Abbá Pai, inaugurada há 13 anos (dois anos após a fundação da fraternidade), completou 15 mil horas de voluntariado em entidades assistenciais, com grupos de visita e trabalho semanal direcionados para a inclusão afetiva, a formação humana e espiritual dos assistidos, além de auxílio material e profissional. Consagrados, noviços e aspiran-
tes do Carisma Abbá Pai são permanentes voluntários, contando com a participação de amigos e simpatizantes. São jovens, adultos e idosos que reservam um tempo mínimo de uma hora em sua rotina semanal, estudantil e profissional, para estar com deficientes físicos e mentais, idosos, hospitalizados e presidiários, em instituições governamentais e filantrópicas, lugares em muitos dos quais a carência estrutural é agravada pela solidão. Perseverar em um serviço de voluntariado continuado requer desapego, humildade, comprometimento, disciplina e sincera generosidade, porque é uma “missão sem neon”, sem visibilidade, sem aplausos, mas que se reverte em sorrisos e abraços, pulverizando afetividade e esperança. Simone Pereira Fundadora da Comunidade Católica Abbá Pai
Central de Voluntariado Abbá Pai (48) 3034 2417 (das 13h30 às 17h30) abbapai@abbapai.org www.abbapai.org
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geral
Comunidade Bethânia: lugar da acolhida Há 19 anos a Comunidade auxilia na recuperação de adictos do álcool e das drogas
Noite de Adoração na Comunidade Jeferson, 37 anos, adicto do crack e do álcool. Tatiane, 38 anos, adicta do álcool e cigarro. O que o casal que está junto há um ano e nove meses tem em comum, além da adicção? Eles fazem tratamento há nove meses na Comunidade Bethânia, em São João Batista, distante cerca de 77 quilômetros de Florianópolis. Tudo começou quando eles foram pedir ajuda na Igreja São Judas Tadeu, em Joinville. Jeferson e Tatiane viviam como mendigos, perderam tudo devido às drogas. “Muitos projetos, sonhos, tudo perdido até então. Mas agora a vida está sendo reconstruída, pela graça e misericórdia de Deus”, observa Jeferson. Tatiane conta que passou dificuldade nos três meses iniciais do tratamento. “A gente tem que ser forte. Peço a Deus que me dê força. Aqui é um aprendizado. Tenho que saber dobrar meus joelhos pelas alegrias e tristezas. Hoje em dia sou uma nova mulher”, afirma. O casal tem planos de arrumar emprego, constituir um lar, ter paz e perseverar na caminhada na Igreja. “Não quero me dispersar de Deus. Quero viver Bethânia lá fora. Sou um novo homem. Antes eu era evangélico, hoje me batizei, fiz a Primeira Comunhão e Crisma aqui”, disse Jeferson. Assim como o casal, outros 27 homens e dez mulheres atualmente fazem tratamento na Comunidade Bethânia, fundada pelo Pe. Léo, da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus.
O dia a dia em Bethânia De segunda a sexta-feira, os internos acordam às 07h e às 07h20 vão para o terço de Bethânia, oração e missa diária, quando é celebrada pela manhã. Em seguida o café e, às 09h, os trabalhos na fazenda. “O trabalho é visto como valor para o ‘filho’ (os adictos são chamados ‘filhos e filhas’ de Bethânia), redescobrir a graça de lavrar a terra, cuidar dos animais. Ajuda na desin-
Sede de Bethânia em São João Batista vista do alto toxicação”, explica a missionária Fabíola Gomes Borba, 33 anos, há quatro em Bethânia. O terço da providência é rezado às 12h, antes do almoço. À tarde, trabalhos novamente, prática de esporte e a missa, quando não ocorre pela manhã. Todas as noites são feitas diferentes atividades. Nas quintas-feiras, os internos participam da adoração ao Santíssimo Sacramento. Fabíola explica que os filhos de Bethânia tem ajuda de assistente social e psicóloga, além dos missionários que se tornam como família para eles. Aos sábados a mesma rotina e aos domingos, serviços fixos como cozinha e tratar os animais. “Pe. Léo viveu em Bethânia para depois expressar o valor. Aqui é o toque, o abraço, o carinho.”, argumenta Fabíola que foi adicta das drogas desde os 14 anos de idade e há dois está recuperada.
“
Vivo no meio de jovens drogados, prostituídos, aidéticos. Tento ser um deles e eles me ensinam muito Pe. Léo
”
Os adictos permanecem 11 meses no recanto de São João Batista que é conhecido como a “Casa Mãe”, pois foi a primeira a ser construída. Não se paga mensalidade, tudo é doação.
Comunidade Bethânia Nasceu a partir da inspiração que o Espírito Santo despertou no coração do Pe. Léo, como resposta concreta à necessidade de combater o problema das drogas, o aumento de soropositivos e o grande número de adolescentes grávidas solteiras abandonadas. Sacerdote da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, teve a oportunidade de atuar como diretor no Colégio São Luiz,
O fundador, Pe. Léo, falecido em 2007 de Brusque, onde também prestava atendimento espiritual às famílias e jovens da região. Dentre os acompanhados que Pe. Léo ouvia e orientava, notou-se que a questão das drogas precisava ser combatida. Assim, inspirada na Bethânia bíblica, olhando para os irmãos Marta, Maria e Lázaro, esta Comunidade nasceu há 19 anos como casa de acolhida dos diversos marginalizados da sociedade. A Comunidade Bethânia não é um centro de recuperação e nem uma clínica onde se internam pessoas para tratamento. Bethânia é um recanto onde se acolhe quem chega até lá, como o próprio Cristo, e com Ele ser família. Não há pacientes, mas sim, filhos e filhas. Pe. Léo sempre deixou claro que os missionários de lá não curam ninguém. Na Comunidade todos têm o compromisso de oferecer amizade, orações e uma oportunidade para cada um trilhar seu caminho, segundo o próprio esforço e persistência. Não existem curas mágicas para a dependência química ou qualquer outra. Em Bethânia, cada um deve ser o primeiro responsável em se ajudar. Em resposta ao apelo do Espírito Santo ao coração do Pe. Léo, muitas pessoas abraçaram esse mesmo ideal. Em São João Batista, o fundador foi presenteado com um terreno, onde a Comunidade Bethânia concretamente iniciou seus trabalhos de acolhimento. Hoje existem oito missionários solteiros em formação e seis famílias que moram em São João Batista. Todas as quintas-feiras a comunidade faz entrevistas com aqueles que desejam iniciar o trabalho de desintoxicação.
Dia do pré-acolhimento Data: todas às quintas-feiras Local: Comunidade Bethânia, em São João Batista Contato: (48) 3265-4416 | www.bethania.com.br