Jornal da Arquidiocese | nº 260| Setembro 2019

Page 1

Jornal da

ARQUIDIOCESE

FLORIANÓPOLIS, nº 260

20 anos

Encontro Arquidiocesano de Coroinhas | 3

SETEMBRO DE 2019

Queimadas

Levante a voz pela Amazônia | 5

25ª edição

Romaria da Terra e das Águas | 10

MÊS DA BÍBLIA

“Nós amamos porque Deus primeiro nos amou” (1Jo 4,19)


Jornal da Arquidiocese, setembro de 2019

2

opinião Servir com amor: Obrigado, Mateus!

Maturidade humana e cristã Dom Wilson Tadeu Jönck, scj

Após três anos, o assessor de comunicação Mateus Peixer se despede da Assessoria de Comunicação da Arquidiocese. Neste período, o jovem trabalhou em todas as mídias da Arquidiocese de Florianópolis. Mateus se alegra pela oportunidade de conhecer várias igrejas, projetos, histórias e pessoas. Sobretudo, entender a dimensão da Igreja e amá-la ainda mais. “Obrigado a todos os leitores que acompanharam mensalmente este jornal, que contribuíram com sugestões de pauta, críticas construtivas e elogios. Claro, não poderia deixar de agradecer o Núcleo de Comunicação, Pe. Leandro Rech que me concedeu a honra de trabalhar na Cúria, Dom Wilson que foi um grande pai neste processo, mas sobretudo, a jornalista Carol Denardi. Ela que foi a presença de Deus no meu dia-a-dia e me ensinou a ser um verdadeiro jornalista. Louvo a Deus pela vida de cada um!”, agradece Mateus. O jovem confessa que o coração está apertado, mas que está muito feliz e certo de que cumpriu a missão de evangelizar pelos meios de comunicação. “Saio daqui ainda mais confiante para o novo desafio que Deus me chama!”, finaliza.

Amadurecer é um processo de crescimento. Madura é uma pessoa que cumpre as tarefas próprias de uma pessoa adulta. Como a maturidade é uma meta muito difícil de alcançar, no itinerário educacional se estabelece como objetivo, não a maturidade, mas o amadurecimento. Afinal, a pessoa está sempre em processo. Os aspectos do amadurecimento humano e cristão se desenvolvem ao mesmo tempo na vida da pessoa. Para se chegar à maturidade cristã é preciso passar pelos caminhos da maturidade humana. O amadurecimento espiritual acontece quando a pessoa passa a viver a partir do centro dinâmico da fé em Cristo. Pode-se falar em crescimento da fé. João Batista usou a expressão “é preciso que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30). São Paulo afirma que devemos formar Cristo em nós. Jung define amadurecimento como um caminho de individuação. Cada pessoa avança do eu exterior, que sustenta a

Foto: Carol Denardi

sua imagem, rumo ao seu interior onde encontra o verdadeiro eu. Em um primeiro momento a pessoa se empenha em modelar sua personalidade de acordo com o papel social, desenvolve instrumentos para enfrentar o mundo. Desta forma constrói a sua identidade. Em um segundo momento o caminho de amadurecimento se caracteriza pela relativização da imagem de si. Passa a aceitar os lados obscuros e ainda não vividos da sua personalidade. É chamada a integrar as forças que agem dentro de si (sentimentos, emoções, sexualidade). Desta forma vai oferecendo, sempre mais, um espaço para construir a imagem de Deus na sua vida. A construção do ser humano se torna um nascer de Deus no coração. Na sua reflexão, Jung lembra que somos o estábulo onde Deus nasceu. Sozinhos não conseguiremos ser palácio. O estábulo representa as coisas corriqueiras e cotidianas que, muitas vezes, queremos escon-

Nas redes

Nos caminhos de Francisco

1

“Espírito Santo, dai-nos a alegria da ressurreição, a perene juventude do coração”.

2

“Não esqueçamos: sempre a mão estendida para ajudar o outro a se erguer; é a mão de Jesus que, através da nossa mão, ajuda os outros a se levantar”.

der. É justamente no estábulo que Deus quer nascer em nossa vida. Ali onde Deus nasce, dentro da pessoa, ela entra em contato com seu verdadeiro ser. O caminho do amadurecimento não exige que a pessoa seja perfeita, sem defeitos, mas que seja íntegra. Enraizada em Deus ela exalta os traços humanos. Mostra equilíbrio ao enfrentar conflitos, apresenta disposição para lutar para melhorar a comunidade, assume responsabilidades, é atencioso nas relações, desenvolve o lado criativo e artístico.

2 de agosto, no Twitter

7 de agosto, na Audiência Geral

3 4 5

“Peçamos a Nossa Senhora que nos guarde e nos sustente; que tenhamos uma fé forte, alegre e misericordiosa; que nos ajude a ser santos, a encontrar-nos com ela, um dia, no Paraíso”.

@pontifex_pt @franciscus

Morre Dom Walmir Alberto Valle, bispo emérito de Joaçaba

Dom Wilson celebra 16 anos de ordenação episcopal

twitter.com/arquifloripa

instagram.com/arquifloripa

Inscrições abertas para a VI edição do Prêmio Dom Afonso Niehues

Vídeo do Papa: As famílias, um laboratório de humanização

facebook.com/arquifloripa

youtube.com

16 de agosto, no Twitter

“Na incerteza que sentimos dentro e fora de nós, o Senhor nos dá uma certeza: Ele se recorda de nós”.

20 de agosto, no Twitter

6

“Estamos todos preocupados com os grandes incêndios que se desenvolveram na Amazônia. Oremos para que, com o empenho de todos, sejam controlados o quanto antes. Aquele pulmão de florestas é vital para o nosso planeta”. 25 de agosto, no Angelus

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC, Fone: (48) 3224-4799 / 99673-1266

Assessoria de Comunicação

O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal da Arquidiocese de Florianópolis-SC.

“Quem se aproxima de Deus não desanima, vai em frente: recomeça, tenta de novo, reconstrói”. 26 de agosto, no Twitter

DIRETOR: Pe. Vitor Galdino Feller CONSELHO EDITORIAL: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Tarcísio Pedro Vieira, Pe. Revelino Seidler, Diác. Sedemir de Melo, Carol Denardi, Fabíola Goulart, Fernando Anísio Batista e Mateus Peixer. JORNALISTA RESPONSÁVEL: Carol Denardi (SC 01843-JP) PROJETO GRÁFICO: Lui Holleben

DIAGRAMAÇÃO: Mateus Peixer COORD. DE PUBLICIDADE: Pe. Tarcísio Pedro Vieira e Erlon Costa TIRAGEM: 24.000 exemplares IMPRESSÃO: Diário Catarinense EMAIL: imprensa.arquifln@gmail.com SITE: www.arquifln.org.br


Jornal da Arquidiocese, setembro de 2019

3

#compartilha Mais de cinco mil pessoas participam do encontro de coroinhas e da abertura do Mês Vocacional Foto: Victor Souza

Retalhos do Cotidiano Professor Carlos Martendal

Esquecimento

Se for para amar e servir, não esquecer nunca; se tiver rancor, ressentimento no coração, ser sábio e santo: esquecer sempre!

Olhando

Ver a Terra um pouco com os olhos de Deus, vê-la com todo amor e admiração, sem se cansar, sem se deixar derrotar pela rotina ruim que empalidece as cores mais belas, tingindo-as de preto e branco... No olhar de Deus o amor resplandece, a compreensão emite raios de acolhimento, a bondade abre os braços, o coração se enternece e vibra de júbilo, pois tudo se lhe afigura belo: “Deus contempla a sua obra, e vê que tudo é muito bom”, revela o Gênesis 1,31!

Crueldade

A abertura do mês vocacional 2019 na Arquidiocese foi celebrada com uma grande festa, no dia 3 de agosto, reunindo os coroinhas de muitas paróquias no CEAR, em Governador Celso Ramos, para comemorar os 20 anos da Pastoral de Coroinhas. Com os coordenadores dos grupos de coroinhas e da pastoral vocacional das paróquias, o encontro contou com a participação de mais de cinco mil pessoas que lotaram o local do evento. Na programação, missa, adoração ao Santíssimo Sacramento, muita alegria e a bênção da Cruz Missionária, que

vai acompanhar os eventos arquidiocesanos e peregrinará nas paróquias em que há hospitais, presídios, centros de tratamento de pessoas com dependência, casas de acolhida de idosos, universidades e colégios católicos. “A alegria sentida durante todo o encontro enche de ânimo nossa Igreja arquidiocesana e nos compromete no empenho vocacional, para que momentos como este sejam oportunidade de fazer chegar ao coração de nossas crianças e adolescentes o chamado de Jesus”, afirmou o assessor da Pastoral dos Coroinhas, Pe. Paulo Stippe Schmitt.

Jesus, que eu não seja cruel comigo mesmo, adorando-me; faz-me parecido contigo: adorador do Pai, que encontro em seus filhos, meus irmãos.

Bondade

Cada um é dono da bondade que Deus colocou em si. Não sejamos avarentos, mas distribuidores desse dom.

Igreja Santa Catarina de Alexandria tem novo reitor Foto: Acervo Colégio Catarinense

Fotos: Victor Souza

O Pe. Ednardo Serafim de Sousa é o novo reitor da Igreja Santa Catarina de Alexandria, do Colégio Catarinense. Nascido no Ceará, mas criado em São Paulo desde criança, tem 55 anos de idade e 33 de Companhia de Jesus. Durante sua juventude, colaborou na Pastoral do Menor e de Jovens da região de Belém, na Arquidiocese de São Paulo. Tem mestrado em Teologia Espiritual e pós-graduação em Psicologia, pela Universidade de Comilhas, em Madri. No Juniorado Interprovincial (Seminário Propedêutico), em João Pessoa, foi orientador espiritual, pároco

e reitor. Em julho de 2008, transferiu-se para o Rio de Janeiro, como administrador da Província do Brasil Central, sendo nomeado Provincial no início de 2009. Em seguida, ocupou o cargo de administrar da Futura Província do Brasil até 2012. Transferiu-se novamente para João Pessoa, onde realizou diversas funções. E desde o dia 17 de agosto, assumiu a reitoria da Igreja Santa Catarina de Alexandria, em Florianópolis. Padre Ednardo ficará no lugar do Pe. Cledinei Clóvis de Melo Cavalheiro, que se dedicará aos estudos do doutorado.


Jornal da Arquidiocese, setembro de 2019

4

#compartilha

Diácono Sedemir de Melo será ordenado presbítero no dia 21 deste mês Foto: Arquivo pessoal

No dia 21 de setembro, Dom Wilson Tadeu Jönck vai ordenar padre o Diác. Sedemir Valmor de Melo, que escolheu o lema: “Essa é minha alegria e ela é completa, que ele cresça e eu diminua” (Jo 3,29c30). A celebração será às 15h, no Centro de Evangelização Angelino Rosa (CEAR), em Governador Celso Ramos. As primeiras missas presididas pelo futuro padre serão no dia seguinte, 22. Uma será às 10h, também no CEAR, e outra às 20h, no Santuário Sagrado Coração de Jesus, nos Ingleses, em Florianópolis. Histórico Natural da capital do Estado, Sedemir é da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus. Porém, toda

Apostolado da Oração promove encontro arquidiocesano no CEAR No dia 8 de setembro, o Apostolado da Oração promove a concentração arquidiocesana do movimento, no Centro de Evangelização Angelino Rosa (CEAR), em Governador Celso Ramos. Promovido pela coordenação arquidiocesana do movimento, o evento favorece um encontro festivo com Jesus e com todos os participantes do Apostolado espalhados pela Arquidiocese. O tema deste ano será “Um coração para amar e servir – Um caminho com Jesus em disponibilidade apostólica”. O encontro terá início às 8h, com a acolhida aos participantes de todas as paróquias. A concentração termina às 16h com a missa presidida pelo Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, sjc, e concelebrada pelos sacerdotes presentes. O valor do almoço será de R$ 20,00. A animação fica por conta do grupo de Música Maranatá, de São João Batista.

sua história vocacional se passa na Paróquia de Santo Antônio, em Campinas, São José. Lá ele foi batizado, fez a Primeira Eucaristia e a Crisma, participou de grupos de jovens e de diversas pastorais. Sedemir foi ordenado diácono em março de 2006, e exerceu o diaconato na Paróquia São Cristóvão, em Itajaí, até setembro de 2007, quando pediu dispensa dos compromissos assumidos. Ele foi readmitido ao ministério diaconal no dia 24 de junho deste ano. Na ocasião, o Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, comunicou oficialmente que o Santo Padre, o Papa Francisco, por meio da Congregação para o Clero, acolheu o pedido de Sedemir para a readmis-

Participe da Corrida do Bem Etapa Florianópolis A nona edição da Corrida do Bem ocorre no dia 22 de setembro, às 8h, na Beira Mar Continental, em Florianópolis. As inscrições podem ser feitas nas paróquias, colégios católicos, e no site do evento, até o dia 18 deste mês. Promovido pelo Serviço Social da Indústria (SESI), entidade da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), o Circuito Corridas do Bem tem a parceria da Ação Social Arquidiocesana (ASA). Além de motivar as pessoas à prática da atividade física, parte do valor das inscrições será revertido para as ações sociais da Arquidiocese de Florianópolis. Saiba mais através do site: www.sesisc.org.br/corridas-do-bem. Foto: Thiago Braga

Informações: (48) 9 9912-5870 No ano passado, o evento também foi realizado na Beira Mar Continental

são ao exercício do ministério ordenado, como diácono. Além de atuar na Paróquia do Divino Espírito Santo, em Camboriú, o diácono é consagrado da Comunidade Divino Oleiro e exerce atividades na Rádio Conceição, de Itajaí, e na Rádio Divino Oleiro, de Camboriú. Foto: Arquivo pessoal

Diácono Sedemir em missão na Bahia, no ano de 2014

Diácono Antônio Camilo comemora Jubileu de Prata Diaconal O Diácono Antônio Camilo dos Santos, da Paróquia Santo Antônio e Santa Maria Goretti, da Coloninha, completará, neste mês, 25 anos de ordenação diaconal. A celebração do jubileu será no dia 10 de setembro, às 19h, na Igreja Matriz da Paróquia, na Coloninha, em Florianópolis, com missa solene presidida pelo Arcebispo. O lema de sua ordenação diaconal “O Senhor é meu pastor e nada me faltará!” (Sl 22) o guiou nas atividades desempenhadas ao longo destes 25 anos. Além de uma ativa participação na vida da comunidade paroquial da Coloninha, ele exerceu funções na Comissão Arquidiocesana do Diaconato Permanente (CADIP), da qual é atualmente secretário, e também junto à Comissão Regional e Nacional dos Diáconos Permanentes. Diácono Camilo, como é popularmente conhecido, é casado há 40 anos com Hilma Kammers dos Santos. O casal tem dois filhos e dois netos. “Celebrar o jubileu de prata é reconhecer a presença fiel e constante do bom, belo e justo pastor em minha vida e em meu ministério”, afirma o Diácono Camilo.


Jornal da Arquidiocese, setembro de 2019

5

nossa fé

O mistério da Igreja

Levante a voz pela Amazônia

Padre Vitor Galdino Feller

Fernando Anísio Batista Imagem: Larissa Lima

O Concílio Vaticano II (1962-1965) apresenta a Igreja como mistério. Após o Concílio de Trento (1545-1563), a Igreja vinha se configurando como instituição, uma sociedade tão perfeita como qualquer organização humana, com leis específicas sobre a pertença eclesial: a prática dos mesmos sacramentos (sobretudo o Batismo, a Eucaristia e o Matrimônio), a profissão da mesma fé, recitada no credo, e a obediência à mesma hierarquia, centrada na figura do papa. Volta às fontes No Concílio Vaticano II há uma volta às grandes fontes da fé, a Bíblia e a Tradição, para tirar desse tesouro a riqueza de uma antiga, mas sempre nova, concepção eclesiológica: a Igreja como mistério. Sendo imagem da Santíssima Trindade, ela é uma comunidade missionária, é o sacramento da união dos homens com Deus e entre si, é germe e sinal e instrumento do Reino de Deus. Refletindo esta ideia, o Documento de Aparecida (2007) dirá: “A Igreja é comunhão no amor. Esta é a sua essência e o sinal através do qual é chamada a ser reconhecida como seguidora de Cristo e servidora da humanidade” (DAp 161).

Imagem da Trindade A Igreja é na terra o sinal que reflete a comunhão das pessoas divinas, é o ícone terreno da Trindade celeste. A Trindade é a origem, a forma e o destino da Igreja. Assim, a Igreja vem de Deus-Trindade, vive em Deus-Trindade e vai para Deus-Trindade. Em Deus Trindade, somos unidade, mas não uniformidade; somos diversidade, mas não divisão; somos comunhão, mas não confusão. A Santíssima Trindade é a perfeita comunidade missionária, modelo para todas as comunidades e paróquias e dioceses, para a Igreja em todo o mundo.

Encontre esse e outros artigos em: www.arquifln.org.br

Mistério e história A dimensão mistérica da Igreja não anula a dimensão institucional, mas a precede e supera. Assim, a Igreja equilibra-se por essa dupla referência: o mistério e a história, a dimensão espiritual e a dimensão institucional. O mistério da Igreja, fundado na Trindade, se encarna na história. Não é um mistério abstrato, descolado do concreto e do cotidiano da história. Em comparação com o mistério da encarnação, em que a pessoa divina do Verbo assume a natureza humana em Jesus de Nazaré, também a Igreja assume realidades materiais para poder anunciar e realizar no mundo o Reino de Deus.

Compartilhe ArquiFloripa

A situação das queimadas voz, no cumprimento da tarefa no Brasil, especialmente na missionária e de evangelização Amazônia, despertou atenção de preservar a vida a partir do do mundo nos últimos dias. Os respeito ao meio ambiente. registros de focos de incêndios Na convocação do Sínodo, registraram um aumento de em outubro de 2017, o Papa 82% em relação ao mesmo perí- Francisco ressaltou que o obodo de 2018, um total de 71.497 jetivo principal da assembleia focos no período de janeiro a é identificar novos caminhos agosto deste ano, contra 39.194 para a evangelização daquela no ano passado. porção do povo de Essa é a maior alta Deus, especialmene também o maior te dos indígenas, número de registros frequentemente em sete anos no “Essa é a maior alta esquecidos e sem e também o maior perspectivas país. de Em nota divulga- número de registros um futuro sereno, da dia 23 de agosto de focos de incên- também por causa de 2019, a CNBB da crise da Floresta dio em sete anos convoca todos a Amazônica, pulmão no país” “‘levantar a voz pela de capital importânAmazônia’: é hora cia para nosso plade falar, escolher e neta. agir com equilíbrio A Amazônia é e responsabilidade, uma grande oportupara que todos assumam a no- nidade para a Igreja encontrar bre missão de proteger a Ama- os caminhos para uma ecologia zônia... Sem assumir esse com- integral, conforme a Encíclica promisso, todos sofrerão com Laudato Sì. Por outro lado, sua perdas irreparáveis”. destruição é, sem dúvida, uma O Sínodo dos Bispos para ameaça para a manutenção a Amazônia será realizado em da vida no planeta. É hora de outubro próximo. Trata-se de levantar a voz, de defender a uma grande oportunidade para Amazônia, que é pulmão vital a Igreja do mundo levantar sua para nosso planeta. Foto: Victor Moriyama/ Greenpeace


Jornal da Arquidiocese, setembro de 2019

6

mês da bíblia

Setembro, um mês para se familiarizar

com a Palavra de Deus

A maneira como você se relaciona com a Bíblia influencia sua vida; e principalmente sua fé. Mas como cultivar uma profunda amizade com a Palavra? O Concílio Vaticano II colocou a Bíblia nas mãos dos leigos. A partir daí surgiram os estudos bíblicos nas paróquias, na catequese, nos diversos grupos de reflexão, nas pastorais e nos movimentos de evangelização. A Igreja no Brasil teve a feliz iniciativa de, no ano de 1971, determinar que o mês de setembro fosse declarado como o “Mês da Bíblia”. O livro escolhido para 2019 foi a 1ª Carta de João com o tema - “Para que n’ele nossos povos tenham vida” e o lema - “Nós amamos porque Deus primeiro nos amou”. A Palavra de Deus provoca mudanças em nossa vida, nos tira da zona de conforto e nos envia como agentes de transformação social em uma luta contínua para que o Reino de Deus aconteça e se torne realidade entre nós. Tendo sido amados por Deus, somos convidados a retribuir com amor. Isto se manifesta quando nos empenhamos para que nossos irmãos tenham vida em plenitude, de acordo com o projeto de Deus. Na medida em que nos deixarmos envolver pelo plano amoroso de Deus, não nos faltará o necessário para sermos instrumentos na luta para que “os povos tenham vida”. Quando estudamos um texto bíblico são necessários três passos: 1º: exegético – colocar o texto no contexto da época em que foi redigido. 2º: vital – relacionar o texto

com a vida da comunidade e 3º: mistagógico - suscitar uma atitude de fé a partir do texto em estudo. A oração é de fundamental importância para todos nós. O próprio Jesus sentia a necessidade de estar a sós com o Pai para escutá-lo. A melhor forma para escutarmos o que Deus nos quer falar é a prática diária da Leitura Orante (Lectio Divina). Escutar para melhor servir. A lectio é um método que nos ensina a rezar e nos leva a praticar atos que estejam de acordo com a Palavra de Deus e produzirmos frutos de boas obras. É um instrumento necessário para que identifiquemos, na Sagrada Escritura, a boa notícia que esta nos traz. Com a Leitura Orante, podemos “saborear” a Palavra e não apenas escutá-la. Esta prática nos leva a confrontar o texto sagrado com a nossa vida e a tomarmos posições com relação ao que precisa ser mudado. Para viver intensamente este Mês da Bíblia, faz-se necessário cultivar uma profunda amizade com a Palavra. Ter tempo para a meditação pessoal, conversar com o texto sagrado. A Igreja nos motiva a participar dos grupos bíblicos em família existentes nas Paróquias. E ler a Palavra em comunidade é importante, pois é na comunidade que Deus se revela. O tempo em que vivemos exige dos cristãos testemunhos de autenticidade.

Foto: Arquivo pessoal

Não podemos brincar de faz de conta. As forças contrárias ao Evangelho atuam com verdadeiras avalanches destruindo tudo o que foi plantado. Na 1ª carta de João percebemos que as primeiras comunidades cristãs fundamentavam a sua fé na experiência da ressurreição. Fazer a experiência do ressuscitado é o necessário para que descubramos que devemos amar porque “Deus primeiro nos amou”. Que a Palavra de Deus nos anime e nos dê força e coragem para que sejamos cristãos alegres e apóstolos da esperança. Por Pe João B. Assunção Capelão do Hosp. Marieta Konder Bornhausen Vigário da Paróquia São João Batista - Itajaí

Diante desta reflexão do Pe. João Assunção sobre a Palavra de Deus, o Jornal da Arquidiocese foi às ruas para conversar com os fiéis e fez a seguinte pergunta: Partindo do lema do Mês da Bíblia - “Nós amamos porque Deus primeiro nos amou” (1Jo 4,19) - , como você expressa seu amor ao próximo, seja a um conhecido ou a um estranho?

Vamos aprender a Lectio Divina (Leitura Orante da Palavra)? O método que será citado nesta edição nasceu no século XII com o monge Guigo, que sistematizou em quatro passos a Lectio Divina. “Lectio Divina é um exercício de escuta pessoal da Palavra de Deus. Funciona como uma escada de quatro degraus espirituais: leitura, meditação, oração e contemplação. ‘Buscai na leitura e encontrareis na meditação; batei pela oração e encontrareis pela contemplação’” (Monge Guido II, Idade média). Em alguns lugares se acrescenta um quinto passo: a ação. Na página 8, na coluna do Pe. Paulo Stippe Schmitt, todo mês você tem um exemplo concreto da Lectio Divina.


Jornal da Arquidiocese, setembro de 2019

7

mês da bíblia Paróquia São Sebastião Ariribá – Balneário Camboriú

Paróquia N. Sra. da Imaculada Conceição Angelina

Cid Kadomoto, 54 anos, corretor de imóveis, Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão na Paróquia e pregador da Renovação Carismática Católica (RCC)

Maria Helena Koester Westphal, 63 anos, aposentada, catequista da Comunidade Imaculado Coração de Maria

Foto: Arquivo pessoal

Uma maneira de expressar o amor ao próximo é orar por ele, interceder pelas necessidades dos irmãos. Para isso se faz necessário parar, dar atenção e ouvir as pessoas. Assim conheceremos a história, as dores e as carências dos irmãos. Orar, desejar o bem, orientar e ajudar o próximo. Essa ajuda precisa ser a mais ampla possível: espiritual, emocional, física e material. Uma outra expressão de amor ao próximo é através do perdão. Essa exige mais trabalho. Perdoar e amar àqueles que nos ferem é tarefa para quem deseja o céu. É tarefa para quem almeja a eternidade junto ao Senhor Jesus. Amar quem nos persegue, amar quem nos amaldiçoa, amar quem nos prejudica. Somente com a ajuda do Espírito Santo isso é possível. Anunciar corajosamente a Palavra de Deus é uma belíssima expressão de amor: amor a Deus e amor aos irmãos. Deus primeiro nos amou e Jesus deu a vida por nós quando ainda éramos pecadores. Façamos igual ao Senhor!

Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos Porto Belo Matheus Gabriel Paulo, 24 anos, relações públicas, coordenador paroquial de liturgia Foto: Arquivo pessoal

Expressar o amor ao próximo no mundo atual é uma urgência, é preciso ir ao encontro do outro, das pessoas que precisam de uma ajuda, uma palavra ou até mesmo de um simples gesto. Olhar com misericórdia por aquelas pessoas que muitas vezes sofrem no silêncio e buscam uma ajuda. Isso é expressar o amor. É preciso se colocar a serviço do outro, dessa forma, é uma oportunidade de doar o nosso tempo e os dons que recebemos de Deus. Colaborar com causas importantes que precisam da nossa colaboração é expressar o amor ao próximo. Doar-se é manifestar o verdadeiro amor daquele que nos amou primeiro e se entregou por todos nós na cruz. Que esse exemplo seja seguido e também propagado cada vez mais, pois somente dessa forma construímos uma sociedade, uma Igreja, um mundo onde o amor, a doação, a caridade esteja cada vez mais presente.

Os passos são: 1) Leitura: O que fala o texto? É

necessário estar atento aos detalhes: o ambiente, o desenrolar dos acontecimentos, os personagens, os diálogos, as palavras e trechos que chamam mais atenção.

2) Meditação: O que

diz o texto de forma pessoal para mim? Na meditação se confronta a passagem com a própria vida, por meio do Espírito Santo.

Foto: Arquivo pessoal

Você me ama? Você se conhece? Amarás teu próximo como a ti mesmo. Você é importante para Deus! Amar ao próximo é o segundo maior mandamento. Jesus é o modelo e a origem do nosso amor e, com a força do seu Espírito, nos capacita para amar nossos irmãos como ele nos amou e se entregou por cada um de nós. Eu não posso amar ao próximo se não me amar primeiro. E através deste amor eu consigo dar atenção ao estranho, ao peregrino, acolher com alegria e ajudar no que for preciso. Seja com um abraço, um sorriso e, muitas vezes, é isto que eles precisam. O amor é a força que nos une uns aos outros. Amenos uns aos outros, como Deus nos amou primeiro.

Paróquia São Joaquim Garopaba Antônio Júlio Sausen, 66 anos, aposentado, coordenador paroquial do Grupo Bíblico em Família (GBF) Foto: Arquivo pessoal Através dos encontros dos Grupos Bíblicos em Família (GBF) posso, junto com meus irmãos, lendo a Palavra, partilhando os ensinamentos que ela nos traz, fortalecer a minha fé. E assim partir para a prática, como fazer visitas às pessoas idosas e doentes, participar nas diversas atividades pastorais da Igreja, ajudar nas necessidades materiais das pessoas ou famílias mais carentes, envolvendo-me na busca de alimentos, roupas e até outros bens de consumo ou duráveis, de acordo com a situação que se apresenta. Como ainda, participar nas discussões das audiências públicas, nas conferências municipais, sugerindo meios para melhor utilização dos recursos públicos. Todo este envolvimento e relacionamento com as pessoas é muito gratificante. Com isso, sinto-me abençoado por Deus, mas também, gera sentimentos de impotência diante de algumas situações mais difíceis em relação aos moradores de rua e aos drogados. Por enquanto, paro com eles para conversarmos e dizer que Deus os ama e quer o seu bem. Mesmo na situação em que se encontram, busquem na Palavra e na oração a força que precisam para saírem desta situação.

3) Oração: O que o texto me faz

responder a Deus? A oração nasce como fruto da meditação. Os sentimentos O que diz o texto de forma pessoal para mim? Na meditação se confronta a passagem com a própria vida, por meio do Espírito Santo.

4) Contemplação:

O que a Palavra faz em mim? É permitir a ação de Deus que recebe a sua oração e a leva ao seu coração.

5) Ação: O que a

Palavra me pede para fazer? Através de gestos concretos, vai-se conformando à vida à vontade de Deus.


Jornal da Arquidiocese, setembro de 2019

8

bíblia

São Mateus, apóstolo e evangelista Foto: divulgação

No dia 21 de setembro, a Igreja celebra a festa de São Mateus, um dos 12 apóstolos e um dos quatro evangelistas. Seu nome, em hebraico, significa “presente de Deus”. Tendo sido um dos primeiros apóstolos chamados por Jesus (Mt 9,9), Mateus é também identificado pelo nome de Levi (Mc 2,14 e Lc 5,27). Ele exercia o ofício de coletor de impostos e, por isso, era considerado pecador, publicano, pois se enriquecia cobrando os impostos do povo hebreu, no seu posto de coletoria que ficava em Cafarnaum, na Palestina, e entregando-o ao opressor, neste caso, Herodes Antipas, o tetrarca da Galiléia. Assim que teve seu encontro pessoal com Jesus, sentindo-se chamado, Mateus acolheu o convite do Mestre: “segue-me”. Aban-

donou a coletoria de impostos e todas as benesses de sua função e seguiu Jesus. Foi num banquete na casa de Mateus que Jesus disse aos fariseus: “Não são os saudáveis que precisam de médico e sim os enfermos” (Lc 5,27-32). Mateus deu testemunho de Jesus anunciando o Evangelho por cerca de 15 anos, até ser martirizado, provavelmente na Etiópia. O Evangelho de Mateus é o primeiro dos quatro, não por ter sido o primeiro a ser escrito, mas por ser considerado o mais completo. Mateus apresenta Jesus com o título de Emanuel (Deus conosco) e procura deixar claro que Cristo é a realização de tudo o que previa o Antigo Testamento. Ele quer mostrar que a Boa Nova do Reino dos Céus dá-se na pessoa de Jesus Cristo e que, portanto, o Reino dos Céus profetizado no Antigo Testamento já está entre nós, porque Jesus é o cumprimento de todas as profecias. Mateus registra que Jesus quis formar uma comunidade para continuar sua missão de anunciar a Boa Nova e propagar do Reino de Deus, e que chamou essa comunidade de “Igreja” e a colocou sob a liderança do apóstolo Pedro (Mt 16,18). Ele encerra seu Evangelho com Jesus enviando os apóstolos mundo afora para batizar e ensinar, formando novos discípulos e com a promessa de estar conosco todos os dias, até o fim dos tempos (Mt 28,19-20).

Lectio Divina Padre Paulo Stippe Schmitt Lectio (leitura) – Efésios 4,1-7.11-13 Irmãos: Eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: Com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor. Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos. Cada um de nós recebeu a graça na medida em que Cristo lha deu. E foi ele quem instituiu alguns como apóstolos, outros como profetas, outros ainda como evangelistas, outros, enfim, como pastores e mestres. Assim, ele capacitou os santos para o ministério, para edificar o corpo de Cristo, até que cheguemos todos juntos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do homem perfeito e à estatura de Cristo em sua plenitude.

Meditatio (meditação) Deus nos capacitou para o exercício dos ministérios na sua Igreja. Postos a serviço da comunhão, nossos dons colaborarão para que “che-

guemos todos juntos [...] à estatura de Cristo”. Todos os dons colaboram para a unidade, porque formamos um só corpo. Sou edificado pelos demais e chamado a colaborar para a edificação dos demais.

Oratio (oração) Obrigado, Senhor Jesus, pela graça do meu Batismo, que me fez membro do vosso corpo, da Igreja. Obrigado pelo meu chamado, minha vocação. Que eu seja promotor da unidade e da paz. Que eu seja sinal da esperança em vós diante do mundo. Dá-me amor aos irmãos, para ser edificado por eles e edificá-los, também, com os dons que me destes.

Contemplatio (contemplação) Contemplo o mistério da Igreja. É o Corpo de Cristo, do qual eu sou membro.

Missio (missão) “Para edificar o corpo de Cristo”, tomo consciência dos dons que ele me concedeu e quero colocá-los a serviço de todos. A que missão Cristo me chama, na sua Igreja?

Por Diácono Sedemir Valmor de Melo Paróquia do Divino Espírito Santo Camboriú

Conhecendo as cartas de São Paulo Padre Gilson Meurer

“Filipenses: Paulo chega a Europa (parte 1)” Filipos se tornou uma cidade florescente quando Filipe II, pai de Alexandre Magno, a edificou após a descoberta de ouro nas redondezas e a rebatizou com o seu nome no séc. IV a.C. Mas seu grande renome despontou quando, em 42 aC., tornou-se o palco da batalha romana de Marco Antônio e Augusto contra Bruto e Cássio, para vingar a morte de Júlio César (42 aC.) e debelar o movimento dos republicanos. Daí a cidade se tornou uma exponente colônia com língua e costumes romanos, contando, porém, com uma população bem heterogênea. Com efeito, o Panteão de Filipos abrigava divindades dos mais diversos povos romanos, gregos, asiáticos, egípcios. A comunidade judaica era discreta e sequer possuía uma sinagoga. Pelos idos dos anos 50 dC., após ter

em sonho uma visão de um macedônio suplicando o anúncio da salvação (At 16,9), Paulo viaja com Silas para Filipos, a primeira cidade europeia a receber deles o Evangelho (At 16,11-40). Os primeiros resultados não frustraram. Logo no sábado, junto às margens do rio Gangites, onde os judeus desciam para as abluções e para orações, o anúncio de Jesus Cristo converte Lídia, uma negociante de púrpura, com toda a sua família. Entretanto, o crescimento dos cristãos suscitou a oposição de quem se beneficiava com outros cultos nessa cidade eclética, e arrastaram Paulo e Silas ao tribunal da cidade, a ágora (praça), acusando-os de perturbação e de inculcar costumes não romanos. Foram, por isso, torturados e lançados na prisão. Fatos extraordinários fa-

zem o carcereiro se converter ao Senhor e a acolher em sua casa Paulo e Silas. Após a saída da cidade, Paulo ainda pôde visitar Filipos em outras viagens missionárias (At 20,1-2; 23,3-6), com quem estabeleceu uma profunda amizade, pois são para ele “irmãos amados e queridos, sua alegria e coroa” (Fl 4,1). A carta que lhes escreveu, aparentemente foi escrita durante o cativeiro em Roma, pelos anos 63 (alguns estudiosos a situam durante um cativeiro em Éfeso, pelos anos 55). Seu portador foi Epafrodito que trouxera ofertas dos filipenses, mas foi enviado de volta após adoecer (Fl 2,25). Nessa carta, cujo conteúdo trataremos na próxima edição do jornal, Paulo envia notícias de sua situação, agradece as doações recebidas, e alerta contra falsos mestres.

Você também pode conferir este artigo e os demais no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br.


9

Jornal da Arquidiocese, setembro de 2019

#paróquias Foto: Victor Souza

Foto: Paróquia Senhor Bom Jesus

A Paróquia Senhor Bom Jesus, Monte Alegre, em Camboriú, criada em 2008, é constituída por seis comunidades. A atual Igreja Matriz foi inaugurada em 1977. Para saber os dias e os horários das missas, ligue para o número: (47) 3363-9796 ou 32643448. Curta a fanpage da paróquia: facebook.com/ paroquiasrbomjesus.

A Paróquia Divino Espírito Santo, em Camboriú, criada em 1849, é constituída por 20 comunidades. A atual Igreja Matriz foi inaugurada em 1940 e fica localizada no centro da cidade. Para saber os dias e os horários das missas, ligue para: (47) 3365-1047. Curta também a fanpage da paróquia: facebook.com/paroquiadivinoespiritosantocamboriu.

Entre os dias 11 e 17 de agosto, ocorreu a Semana Nacional da Família. Todas as paróquias da Arquidiocese celebraram esse momento especial. Cada comunidade contou com uma programação, mas com o mesmo objetivo de refletir a temática “A família, como vai?”. Foto: Marcos Célio

Foto: Pascom - Paróquia N. Sra. do Carmo

A Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Coqueiros, Florianópolis, soltou mais de 300 balões com mensagens de esperança e alegria para as famílias.

Dom Wilson participou da abertura da semana na Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista, na Ponte do Imaruím, em Palhoça. A Missa foi celebrada na Comunidade Nossa Senhora Aparecida, no Jardim Eldorado.

Foto: Ideia Comunicação

Para celebrar este momento especial, a Paróquia São Luís Gonzaga realizou no 14 de agosto uma Missa, que foi presidida pelo vigário paroquial da Catedral de Rio do Sul, Pe. Josimar Baggio.

Sugestões, notícias e fotos da sua paróquia podem ser enviadas para: imprensa.arquifln@gmail.com.

Sugestões, notícias e fotos da sua paróquia podem ser enviadas para: imprensa.arquifln@gmail.com


Jornal da Arquidiocese, setembro de 2019

10

evangelização

Participe da 25ª Romaria da Terra e das Águas de Santa Catarina A Diocese de Lages já vive a ansiosa expectativa da realização da 25ª Romaria da Terra e das Águas de Santa Catarina. O evento ocorre no dia 15 de setembro, na praça da Igreja Matriz São Pedro, em São José do Cerrito. Várias foranias da Arquidiocese organizaram caravanas para participar. Tradicionalmente, as Romarias da Terra e das Águas de Santa Catarina percorrem as dez dioceses catarinenses, de dois em dois anos, nas proximidades da festa litúrgica da Exaltação da Santa Cruz. A última, realizada pela Diocese de Tubarão, no ano de 2017, reuniu mais de 10 mil pessoas na cidade de Pescaria Brava. A 25ª edição, que comemora o Jubileu de Prata das Romarias, vem sendo preparada desde agosto de 2018, quando durante a 52ª Assembleia Regional de Pastoral foi anunciada a Diocese de Lages como a organizadora da Romaria Jubilar. Com o tema ‘Semeando Vida no Campo e na Cidade’, e o lema “Toda a criação está gemendo como em dores de parto” (Rm 8,22), a 25ª Romaria da Terra e das Águas tem como objetivo alertar, como pede o Papa Francisco, para o cuidado com a Casa Comum, e o fortalecimento da mística e da espiritualidade ecológica, com atitudes que valorizem a agroecologia, a distribuição de mudas, as sementes crioulas e os alimentos saudáveis.

Seminário de Azambuja realiza encontro com ex-alunos Foto: Seminário de Azambuja

Nos dias 28 e 29 de setembro acontecerá nas dependências do Seminário de Azambuja, o encontro dos ex-alunos que passaram por aquela casa de formação. O evento é promovido pela Associação dos Ex-Alunos do Seminário de Azambuja (AESA), fundada em 1975, que tem como uma de suas finalidades promover a amizade e o intercâmbio dos ex-alunos e ex-professores entre si e do seminário com eles. Todo o evento ocorre nas dependências do seminário, que inclusive abriu suas portas para acolher quem desejar pernoitar de sábado para domingo e assim matar aquela saudade e relembrar como era dormir no seminário. Acesse o site www.arquifln.org.br para fazer a inscrição online. Mais informações: (47) 9 9946-8607. Colaboração Fabrício Luiz Rubk - Presidente da AESA

caridade social

Oficina de pintura em vidro capacita mulheres migrantes Foto: Círculos de Hospitalidade

Nos dias 4 e 18 de maio, a Pastoral do Migrante em Florianópolis promoveu duas oficinas de pintura em vidro para mulheres migrantes de cinco países: Haiti, Chile, Peru, Venezuela e Colômbia. As oficinas fazem parte do projeto Círculos Criativos, idealizado pela organização sem fins lucrativos Círculos de Hospitalidade, e realizada em parceria com o Ateliê Luz Violeta e a Pastoral do Migrante, e com o apoio do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade (FAS).

Para a professora voluntária Alessandra Caropreso, as aulas de pintura vitral, que é uma técnica que utiliza pigmentos em forma líquida para colorir uma superfície, estimulam a arte, o silêncio, a paciência e a concentração. Assim, as participantes podem vivenciar a experiência única de pintar e criar. As aulas, que acontecem regularmente no Centro e no Rio Vermelho, buscam criar um espaço de encontro e amizade, de arte e criatividade. Reina Bejarano, participante da oficina na Pastoral, enfatiza a importância de tais projetos sociais: “eu conheci mulheres venezuelanas, haitianas, chilenas, peruanas e brasileiras, num espaço de interculturalidade que uniu as afinidades de mulheres de diferentes países e culturas num só local”. O Círculos de Hospitalidade desenvolve iniciativas culturais, sociais e educacionais voltadas para populações refugiadas e imigrantes. Acredita-se na impor-

tância de aproximar a sociedade de acolhida de populações migrantes, a fim de promover a integração e convivência harmônica. Para saber mais, visite o site www.circulosdehospitalidade.org ou envie um e-mail para: contato@circulosdehospitalidade.org. Por Bruna Kadletz Foto: Círculos de Hospitalidade


Jornal da Arquidiocese, setembro de 2019

11

evangelização

No caminho da santidade Associação Marcelo Henrique Câmara convida para uma aventura edificante Imagem: divulgação

Cronograma de setembro 07/09 | Grito dos Excluídos | Monte Serrat 08/09 | Concentração Arquidiocesana do Apostolado da Oração | CEAR 09 a 12/09 | Retiro dos Presbíteros | Morro das Pedras - Florianópolis 11 e 12/09 | Fórum Regional das Pastorais Sociais | Lages 12/09 | Fórum Arquidiocesano das Pasorais Sociais | Florianópolis 13 a 15/09 | Retiro II – Diáconos e esposas | Provincialado 15/09 | 25ª Romaria da Terra e das Águas | Lages 28 e 29/09 | Abertura do Mês Missionário Extraordinário | Nas paróquias

Vem aí a Trilha da Paz, com lançamento do Acamp’s 2020 Foto: Comunidade Shalom

No dia 28 deste mês, data da abertura do seu processo de beaabertura do mês missionário ex- tificação”, disse a vice postuladotraordinário na Arquidiocese, será ra da causa, Maria Zoê Espíndola. realizada uma caminhada no tre- Paroquiano dos Ingleses, Marcelo cho correspondente ao Caminho adorava caminhar na praia e fazer Brasileiro de Santiago de Com- trilhas, rezando e contemplando a postela, no norte da Ilha de Flo- natureza. rianópolis. Em 25 de março deste ano, o O percurso inteiro é composto arcebispo Dom Wilson assinou o por cerca de 21 quilômetros. O edital tornando público o libelo de envio dos caminhantes será feito súplica apresentado pelo postuàs 8h, na Igreja Nossa Senhora lador da causa, Pe. Vitor Galdino de Guadalupe, em CaFeller, convidando tonasvieiras. A chegada dos os fiéis a forneceestá prevista para às rem documentos per15h, no Santuário dos tencentes ou referentes Ingleses, local onde às “Aproveite este dia ao servo de Deus e dar 16h será celebrada a para comprometer notícias úteis à causa, missa em ação de grase as tiverem. seus passos no ças pelos frutos da caNo momento, aguarcaminho da minhada. da-se o nihil obstat da santidade!” “Um desafio de muiSanta Sé, que possibilita oração, meditação e tará a abertura do prosuor! O objetivo deste cesso de beatificação dia é instigar os particina Arquidiocese. pantes a refletir sobre o chamado Aproveite este dia para colocar à santidade no mundo de hoje, seus passos no caminho da santendo como inspiração, o testemu- tidade! nho de vida do jovem leigo MarMais informações nas redes celo Câmara, que deixou esta vida sociais: www.instagram/marceliem 2008 com fama de santidade. É nhocamara e www.facebook.com/ também um convite a oração pela marcelohenriquecamara.

A Comunidade Católica Shalom promove, no feriado de 7 de setembro, a Trilha da Paz, com destino à Praia de Naufragados. Momento único de aventura, descontração e espiritualidade. A edição deste ano terá também como objetivo o lançamento do Acampamento de Jovens (Acamp’s) 2020, o maior evento para jovens realizado pela Comunidade Shalom. A trilha tem início às 9h com término às 16h. A inscrição se faz com a

doação de 1 Kg de alimento não perecível, com validade para fevereiro de 2020, a ser entregue no evento ou no Centro de Evangelização Shalom (Rua Crispim Mira, 174, centro). O transporte não está incluso. Menores de 18 anos devem levar Termo de Responsabilidade assinado pelos pais para entrega no local do evento. Mais informações: (48) 99810-9210 com Thainar ou (48) 99192-2255, com Guilerme. Foto: Comunidade Shalom


Jornal da Arquidiocese, setembro de 2019

12

geral

Arquidiocese em missão no sertão baiano

Missionários partilham suas experiências na Diocese da Barra, durante as Santa Missões Populares, em julho

A Arquidiocese de Florianópolis tem a Diocese da Barra, na Bahia, como Igreja-irmã, e mantém nesta diocese presbíteros, há mais de 35 anos. Desde o ano 2000, no mês de julho, um grupo de missionários, entre eles leigos, religiosas, diáconos, seminaristas e presbíteros participam das Santas Missões Populares, realizadas a cada ano em uma paróquia, na Diocese da Barra. De 11 a 24 de julho deste ano, 78 pessoas estiveram na Paróquia de São João Batista, no município de Ipupiara. O Conselho Missionário Diocesano (COMIDI) acompanha o processo de preparação e formação dos missionários. Eles são enviados por suas paróquias, dos seus espaços de atuação e inserção na igreja local. Este é um dos primeiros requisitos para participar desta missão. O ano de 2019 é marcante para a caminhada missionária da Igreja na Arquidiocese e de todo o mundo, em vista de o Papa Francisco ter convocado o Mês Missionário Extraordinário, a ser celebrado em outubro próximo. Coleta Missionária Todos são convidados a ajudar as missões e os missionários através da Coleta Missionária, realizada todos os anos no terceiro final de semana de outubro. Neste ano, será nos dias 19 e 20 de outubro, realizada nas Igrejas do mundo inteiro. Mês Especial A abertura do Mês Missionário Extraordinário será nos dias 28 e 29 de setembro, em todas as paróquias da Arquidiocese. Participe também das Santas Missões Populares que estarão acontecendo nas várias paróquias da Arquidiocese.

Moisés Tarcísio Merisio, 57 anos, Paróquia São Judas Tadeu, Águas Claras, Brusque Foto: Divulgação

Moisés com crianças do sertão baiano

Este ano foi a quinta vez seguida que participo desta experiência missionária. Sempre tive o desejo muito grande de ser missionário, e assim que recebi o convite, dei o meu sim com muita alegria. Os temas motivadores nas celebrações, orações e visitas foram a Celebração da Palavra e a importância da comunidade se reunir no domingo, a oração do ofício de Nossa Senhora aos sábados, a organização de grupos bíblicos, a catequese, o dízimo, a juventude, o cuidado da água, o terço dos homens. A prioridade dos trabalhos eram as visitas aos idosos e às crianças. Mas também realizamos atividades com casais, jovens, visitas às escolas e em todas as casas.

Eles partiram em missão... Joelma Cenedi dos Santos, 44 anos, Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Ingleses, Florianópolis

Edson Osni da Rosa, 46 anos, Paróquia São Francisco de Assis, Aririú, Palhoça Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Edson (segundo da direita para esquerda) em missão no nordeste brasileiro Visita às famílias era uma das atividades de Joelma (c), durante a missão

Em julho deste ano, foi a primeira vez que estive na Bahia. Lá, participei de várias atividades da semana missionária. Nas visitas na comunidade encontrei um coração cheio de esperança e comprometimento. Na minha caminhada como cristã, era vontade colocar o pé no chão e “tirar as sandálias”, porque o chão que lá se pisa é santo. É uma experiência que nos transforma, aprendemos mais que ensinamos. No que depender da minha vontade, com certeza quero ir todas as vezes que houver possibilidade.

Foi a primeira vez este ano que participei das missões, no sertão baiano. Na comunidade em que fiquei, estive mais à frente de trabalhos com a Infância e Adolescência Missionária, com encontros na escola, onde rezamos o terço missionário luminoso e fizemos várias brincadeiras. Também visitamos e promovemos encontros com as famílias. Aprendi muito com eles, principalmente que podemos viver com tão pouco e retirar somente o que é necessário da natureza. No que depender de mim, gostaria muito de ir novamente. Colaboração Zenir Gelsleichter – Secretária da Animação Missionária


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.