Encontros para Grupos Bíblicos em Família (GBF) Tempo da Quaresma e Páscoa – 2017
Novo Céu e Nova Terra
Arquidiocese de Florianópolis
Apresentação O livreto do GBF para o tempo da Quaresma convida a integrar a espiritualidade da Quaresma, as lições do Ano Mariano e a proposta de reflexão da Campanha da Fraternidade. O tempo quaresmal é propício para a revisão de vida. Desta forma somos interpelados a reconhecer as agressões que cometemos contra a natureza criada. O ser humano tem o direito de buscar o seu sustento nos recursos naturais. Por outro lado, é preciso encontrar um modo de manter e proteger as características da região. O direito de posse não é absoluto. O modo como é usado um imóvel deve favorecer o conjunto de vidas do bioma. É o que se chama de desenvolvimento sustentável. Um dos grandes desafios é como organizar a vida nas cidades sem ameaçar os recursos naturais. O que importa é aprender a usar os recursos do bioma sem comprometer o equilíbrio das vidas ali existentes. Quando se estuda um bioma, não se busca só estilo de vida ou as várias espécies que existem. O importante em um bioma é que cada espécie de vida depende das outras para se desenvolver. Quando algumas espécies ou situações são ameaçadas, isso afeta o equilíbrio de todas as espécies. Para nós, catarinenses, é importante conhecer o bioma Mata Atlântica. Nele estamos situados. Nossa Senhora Aparecida nos acompanhará no caminho para instaurarmos a ordem desejada por Deus no nosso planeta. D. Wilson Tadeu Jönck
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Sumário Orientação para animadores e animadoras.............................................4 VIA-SACRA..................................................................................................6 Celebração inicial: FÉ E CONVERSÃO.................................................21 1º Encontro: A CRIAÇÃO DO UNIVERSO: DÁDIVA DE DEUS........27 2º Encontro: DEFESA DA VIDA.............................................................32 3º encontro: VIVER O AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO.................38 4º Encontro: MARIA AOS PÉS DA CRUZ............................................42 5º Encontro: O SEGUIMENTO DO BOM PASTOR............................46 6º Encontro: CELEBRANDO A PARTILHA..........................................50 7º Encontro: A MISSÃO DE MARIA......................................................55 8º Encontro: A CASA CONSTRUÍDA SOBRE A ROCHA................59 9º Encontro: NOVO CÉU E NOVA TERRA..........................................63 10º Encontro: O RIO E A ÁRVORE DA VIDA.....................................68 11º Encontro: MARIA NA VIDA DA IGREJA.....................................72 12º Encontro: A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO...................................76 Anexo 1: Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos....................82 Anexo 2: Caminhada dos Profetas, Santos e Mártires ........................83 Equipes: Elaboração, Revisão e Editoração...........................................84 Equipe de articulação ...............................................................................85 Avaliação......................................................................................................87
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Orientação para Animadores e Animadoras Os Animadores e Animadoras dos Grupos Bíblicos em Família e das Comunidades Eclesiais de Base exercem um ministério bonito e importante na nossa Igreja arquidiocesana. As orientações sejam vistas como lembretes, como ajuda na sua missão de dinamizar o funcionamento dos Grupos. Nossa proposta para o Livreto da Quaresma e Páscoa é fazermos uma intensa caminhada de fé, refletindo os textos bíblicos e a temática da Campanha da Fraternidade em preparação para a Páscoa do Senhor e seguindo até a solenidade da festa de Pentecostes. Os doze encontros que meditaremos e refletiremos nos passos da Leitura Orante iluminarão nossa caminhada quaresmal e pascal na esperança e na alegria do encontro com Jesus Cristo, o Ressuscitado. Vivenciando o Tempo Pascal, fortalecidos pelo dom da fé, queremos cultivar o caminho do seguimento de Jesus Cristo, sendo uma voz profética que clama em meio a uma sociedade injusta e excludente. 1. Celebração inicial e final: Reunir os vários grupos da comunidade ou da paróquia para fazê-la em comum. A Coordenação ou o Animador(a) deve preparar bem a Celebração Inicial e também o último encontro, que pode ser um momento celebrativo com toda a comunidade. 2. Cantos: Quando são desconhecidos, poderão ser rezados ou substituídos por outros que o grupo conhece. 3. Tarefa do Animador(a): Envolver todos os participantes, distribuindo res ponsabilidades. Dar atenção especial aos jovens e crianças e visitar as famílias da comunidade, convidando-as a participar dos GBF. 4. Grupos grandes: Quando o grupo for muito grande, propomos que dois membros, já bem familiarizados com a vida dos grupos, se disponham a iniciar novos grupos na comunidade. É importante que os mesmos se encontrem periodicamente para fortalecer o próprio grupo. 5. Questões da comunidade: Unir fé e vida. O grupo deve estar sempre atento às necessidades da comunidade (água, esgoto, coleta de lixo, saúde, segurança, tráfico e uso de drogas, violência familiar, locais para celebrações, catequese e lazer...). 6. Compromissos: Insistir neles, pois a reflexão em grupo não pode ficar restrita à oração e reflexão desligada da realidade em que vivemos. O compromisso deve partir da Leitura Orante e sempre ligar fé e vida, oração, reflexão e ação. 7. Continuidade: Manter o grupo unido e articulado durante todo o ano. Para isso, a equipe de redação prepara os 03 livretos: Advento e Natal; Quaresma e Páscoa; e Tempo Comum. 8. Planejamento Paroquial: Para o bom funcionamento, as atividades dos GBF devem ser planejadas ao longo do ano e ser inseridas na vida da comunidade em nível paroquial, visando à formação de novos grupos, para que o anúncio da Palavra de Deus chegue a todas as famílias. 9. Avaliação: É importante fazer a avaliação dos encontros, conforme está no final do livreto, e entregar para a coordenação arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família. Que a Palavra seja lâmpada para nossos pés e luz para nossos caminhos! Animadores e animadoras, obrigada pela sua valiosa colaboração, e bom trabalho! Equipe de Revisão
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Tempo da Quaresma “Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único...” (Jo 3,16).
A Quaresma nos provoca e convoca à conversão, mudança de vida: cultivar o caminho do seguimento de Jesus Cristo rumo ao Reino definitivo. Neste tempo forte da Quaresma, as comunidades e os GBFs rezam e meditam a Via-Sacra de maneira intensa, recordando, em 14 estações, os passos da Via Dolorosa de Jerusalém; na 15ª estação confirmamos a alegria da ressurreição de Jesus Cristo, o salvador do mundo. A devoção da Via-Sacra consiste na contemplação do sofrimento de Jesus, acompanhando-o em seu caminho da Cruz, a partir do Tribunal de Pilatos até o Monte Calvário. Rezando a Via-Sacra, seguimos os passos de Jesus, pedindo a ele a graça de encontrarmos, na sua paixão e morte, a vida nova da ressurreição. Aqui oferecemos um modo de rezar e meditar a Via-Sacra. Ela pode ser feita em qualquer dia da semana na Quaresma, especialmente nas sextas-feiras ou na Sexta-feira Santa.
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Via-sacra
Jesus, caminho, verdade e vida Ambiente: Cruz, vela, cartaz da Campanha da Fraternidade, pano roxo e branco.
Animador(a): Irmãs e irmãos, a via-sacra significa o caminho da cruz. É o trajeto seguido por Jesus Cristo carregando a sua pesada cruz, desde o julgamento, quando foi condenado à morte, até o Monte Calvário. Lá é pregado na própria cruz que carregava. Neste caminho, em cada estação, vamos fazer uma parada para meditar sobre a paixão de Jesus, a vida das pessoas, a preocupação com a Casa Comum e o compromisso com a defesa da vida. Iniciemos: Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. A: Jesus, manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
Canto: Dentro de mim existe uma luz, que me mostra por onde deverei andar. Dentro de mim também mora Jesus, que me ensina a buscar o seu jeito de amar. /: Minha luz é Jesus. E Jesus me conduz pelos caminhos da paz. :/
1ª Estação: JESUS É CONDENADO À MORTE A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos. T:
Porque, pela vossa Santa Cruz, salvastes o mundo.
A: No Domingo de Ramos contemplamos Jesus entrando triunfalmente em Jerusalém, aclamado como Rei. O povo aclamava: T:
“Hosana! Bendito aquele que vem em nome do Senhor!”
A: Agora, Jesus está diante de autoridades e de uma multidão que o acusa e condena à morte. Certamente essa multidão não é aquela que o aclamava quando entrava em Jerusalém, mas outra multidão que não entendeu o projeto de Jesus, que era vida plena para todos.
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L:
Hoje, muitas comunidades, que seguem o caminho de Jesus e atualizam sua prática, que querem caminhar com a força no Espírito de Jesus, também sofrem as mesmas condenações que ele.
L: Essas pessoas que defendem com muita coragem essa caminhada são as mais atingidas, como é o caso de muitos cristãos que morreram derramando o sangue em favor de uma causa justa. São os nossos mártires. A: Jesus, manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Canto: 1. Por causa de um certo Reino estradas eu caminhei, buscando sem ter sossego o Reino que eu vislumbrei. Brilhava a estrela d’alva, e eu, quase sem dormir, /: buscando este certo Reino, a lembrança dele a me perseguir. :/
2ª Estação: JESUS CARREGA SUA CRUZ A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos. T: Porque, pela vossa Santa Cruz, salvastes o mundo. A: Diante do interrogatório, Jesus não diz nada. Aceita pacificamente os insultos. Ironicamente saudavam-no exclamando: “Salve, rei dos judeus”! L:
Na atitude silenciosa de Jesus frente aos maus tratos vemos milhares de pessoas que também tomam suas cruzes e caminham em busca de terras onde existem melhores possibilidades de vida.
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L:
São os migrantes, que deixam sua terra natal, irmãos brasileiros que carregam a cruz do desemprego, da exclusão, da violência, da fome...
L: Os imigrantes que saem de seus países, fugindo do terror das guerras. A: O amor tornou-se visível e palpável em toda a vida de Jesus. A sua pessoa não é senão amor, um amor que se dá gratuitamente até na cruz. T:
“Alegrai-vos por participar dos sofrimentos de Cristo, para que possais também exultar de alegria na revelação de sua glória. Se sofreis injúrias por causa do nome de Cristo, sois felizes, pois o Espírito de Deus repousa sobre vós” (1Pd 4,13-14).
A: Jesus, manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Canto: /: Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente :/ 1. Eu passei fazendo o bem, eu curei todos os males; hoje és minha presença junto ao povo sofredor. Onde sofre o teu irmão, eu estou sofrendo nele.
3ª Estação: JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos. T:
Porque, pela vossa Santa Cruz, salvastes o mundo.
A: Continuemos na estrada de Jesus até a cruz. No caminho, tomado pelo cansaço, Jesus cai pela primeira vez. L:
Também nós estamos sujeitos às quedas, quando abraçamos a cruz do dia a dia, na família, nos grupos, nas nossas comunidades.
L:
Mas, no dia a dia da vida, quem se arrisca a seguir o caminho de Jesus, por ele não é desiludido. E quando se dá um pequeno passo em direção a ele, descobre-se que ele já nos aguarda de braços abertos, amparando-nos em nossas quedas.
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A: Um povo que luta por um ideal tem desejo de construir um mundo melhor, mais justo, e não aceita a indiferença, a violência e a exclusão. É um povo resistente, não quer deixar-se cair. T: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11,28-30). A: Jesus, manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Canto: 1. Vejam, eu andei pelas vilas, apontei as saídas como o Pai me pediu. Portas, eu cheguei para abri-las. Eu curei as feridas como nunca se viu. /: Por onde formos também nós, que brilhe a tua luz! Fala, Senhor, em nossa voz, em nossa vida. Nosso caminho então conduz, queremos ser assim! Que o pão da vida nos revigore no nosso sim. :/
4ª Estação: JESUS SE ENCONTRA COM MARIA, SUA MÃE A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, T: Porque, pela vossa Santa Cruz, salvastes o mundo. A: Maria, a mãe de Jesus, sempre esteve presente na caminhada de seu filho. Nesse momento de dor, ela não poderia ficar ausente nem indiferente aos fatos que estavam acontecendo. L:
O amor de Jesus por nós é tão profundo e tão grande que supera todos os limites e atinge muita gente. E sua mãe sabe disso melhor que todos que estavam ali. Mesmo diante
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da dor, ela não pode fazer nada, somente sentir misericórdia por seu filho. A: Recordando o que nos diz o Papa Francisco sobre Maria, que é a Mãe da Misericórdia, rezemos: T:
Salve Rainha...
A: Jesus, manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Canto: Imaculada, Maria de Deus, coração pobre acolhendo Jesus. Imaculada, Maria do povo, mãe dos aflitos que estão junto à cruz! 1. Um coração que era sim para a vida, um coração que era sim para o irmão. Um coração que era sim para Deus. Reino de Deus renovando este chão.
5ª Estação: SIMÃO CIRINEU AJUDA JESUS A CARREGAR A CRUZ A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, T:
Porque, pela vossa Santa Cruz, salvastes o mundo.
A: Jesus sofre tanto que, já no começo do caminho, não tinha mais condições de carregar a cruz nos próprios ombros. L:
Um homem do campo, Simão, o Cirineu, estava passando por ali. As autoridades, sentindo que Jesus não suportava mais o sofrimento, intimaram aquele homem a ajudar Jesus a carregar a cruz.
L:
Mesmo forçado a ajudar Jesus a carregar a cruz, Simão Cirineu foi solidário com ele.
A: Jesus sempre foi solidário com os pobres e oprimidos; curou os doentes, restituiu a visão ao cego, chorou pela morte do amigo Lázaro, amparou a viúva, devolveu a dignidade das mulheres... E, em todos os momentos, Jesus está presente entre nós, sendo solidário com o sofredor, na Eucaristia e na Palavra, e reza conosco, quando nos dirigimos ao Pai com suas palavras. Por isso, digamos juntos: T:
Pai nosso...
A: Jesus, manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
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Canto: Eu confio em Nosso Senhor, com fé, esperança e amor. 1. A meu Deus fiel sempre serei. Eu confio em Nosso Senhor. Seus preceitos, oh, sim, cumprirei! Com fé, esperança e amor.
6ª Estação: VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos. T:
Porque, pela vossa Santa Cruz, salvastes o mundo.
A: Imaginemos a cena, vendo Jesus cansado e desfigurado no caminho da cruz. Qual seria a nossa reação? Com certeza, sentiríamos muita compaixão. Verônica, tomada por esse sentimento, enxuga o rosto de Jesus. T:
“Ele não parecia mais gente, tinha perdido toda a sua aparência humana” (Is 52,14).
L:
Caminhando com Jesus, queremos ter em nossas mãos a toalha, ou um pano da compaixão e da solidariedade de Verônica, reconhecendo o rosto de Jesus na face, no corpo e na vida de muitas pessoas desfiguradas pela fome, pela doença, pela guerra, pelo mau atendimento em hospitais.
A: Também vemos muitas Verônicas “anônimas”, e muitos “Cirineus”, matando a fome de muitas pessoas de rua, voluntários em hospitais, em entidades filantrópicas e em nossas comunidades, atendendo pessoas necessitadas. T:
“Sede bons uns com os outros, sede compassivos; sede imitadores de Deus, como filhos e filhas que ele ama e se entregou a si mesmo a Deus por nós, em oblação e sacrifício de suave odor” (Ef 4,32-51).
A: Jesus, manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Canto: /: Quem nos separará, quem vai nos separar do amor de Cristo, quem nos separará? Se ele é por nós, quem será, quem será contra nós? Quem nos separará do amor de Cristo, quem será? :/ 1. Nem a angústia, nem a fome, nem a nudez ou tribulação, perigo ou espada, toda perseguição.
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7ª Estação: JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, T:
Porque, pela vossa Santa Cruz, salvastes o mundo.
A: A caminhada de Jesus até a cruz continua difícil, e ele cai pela segunda vez. L:
Muitas vezes andamos desanimados no caminho da evangelização na comunidade. Parece que nada está dando certo, e corremos o risco de cair.
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Olhando para a realidade do mundo, vemos a falta de cuidado com a terra, a água e a vida.
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Mas há também muitos que, a exemplo das primeiras comunidades cristãs, veem os grandes sinais de Deus na coragem e na força de vontade por lutar por um ideal, que vai além de nossas próprias forças.
A: A Campanha da Fraternidade deste ano tem como objetivo geral: “Cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho”. L:
São nossos biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.
A: A Igreja Católica já há algum tempo tem sido uma voz profética a respeito da questão ecológica. Grita para que nosso meio ambiente não seja destruído. T: “Cuidar dos biomas brasileiros, além de ser uma ação de fé e cidadania, é uma demonstração de comprometimento com o Criador, que espera a conversão de seus filhos e filhas, criados à sua imagem e semelhança” (Papa Francisco). A: Jesus manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Canto: 1. Louvado sejas, ó Senhor, pela mãe terra, que nos acolhe, nos alegra e dá o pão. Queremos ser os teus parceiros na tarefa de cultivar e bem guardar a criação. /: Da Amazônia até os Pampas,
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do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/
8ª Estação: JESUS CONSOLA AS MULHERES DE JERUSALÉM A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos. T: Porque, pela vossa Santa Cruz, salvastes o mundo. A: Imaginemos quantos curiosos estavam assistindo à passagem de Jesus pela via da cruz! Muitos daqueles que o acusaram estavam ali. Muitas mulheres piedosas, tomadas de compaixão, também estavam ali, batiam no peito e choravam por Jesus. T: “Mulheres de Jerusalém, não chorem por mim! Chorem por vocês mesmas e por seus filhos!” (Lc 23,28). A: O Documento de Aparecida diz: “É imperativo tomar consciência da situação precária que afeta a dignidade de muitas mulheres”. L:
Dentro e fora de casa, algumas mulheres, desde crianças e adolescentes, são submetidas a múltiplas formas de violência: tráfico, escravização e assédio sexual, desigualdade no trabalho, na política e na economia, exploração pelos meios de comunicação social que as tratam como objetos de lucro.
T:
Assim como as piedosas mulheres de Jerusalém, somos levados a contemplar com muita compaixão o rosto sofredor de Jesus nos rostos daqueles e daquelas que sofrem todo tipo de violência.
A: Jesus, manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
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Canto: /: Quero uma Igreja solidária, servidora, missionária, que anuncia e saiba ouvir. A lutar por dignidade, por justiça e igualdade, pois eu vim para servir :/. 1. Os grandes oprimem, exploram o povo, mas entre vocês bem diverso há de ser. Quem quer ser o grande se faça de servo: /: Deus ama o pequeno e despreza o poder:/.
9ª Estação: JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, T:
Porque, pela vossa Santa Cruz, salvastes o mundo.
A: O grande cansaço de Jesus torna-o incapaz de prosseguir nessa dura estrada até a cruz. Cai pela terceira vez, mas não fracassa. L:
Na vida da gente continuamente aparecem muitas dificuldades: doenças graves, separação matrimonial, que abala a estrutura familiar, a morte de quem amamos, e fracasso por causa da mesquinhez humana.
L:
Assim como Jesus, que levanta e continua a caminhada no sofrimento e na dor, pela fé que temos nele, devemos nos levantar sempre, pois nossa missão não termina com os possíveis fracassos.
A: Jesus, manso e humilde de coração, revesti-nos de sentimentos de misericórdia, mansidão e humildade e tornai-nos pacientes e compassivos para com todos. T: Jesus, ensinai-nos a ajudar os pobres e sofredores, e assim vos imitarmos na misericórdia, sendo “bom samaritano” na comunidade. A: Jesus, manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Canto: /: Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão. :/ 1. Eis que eu vos dou o meu novo mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado. 2. Vós sereis os meus amigos, se seguirdes meu preceito: amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado.
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10ª Estação: JESUS É DESPIDO DE SUAS VESTES A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, T:
Porque, pela vossa Santa Cruz, salvastes o mundo.
A: Antes de ser crucificado, tiraram a roupa de Jesus. L:
Mesmo despido de suas vestes, Jesus continua sendo o verdadeiro rei. Um rei que veio para servir e não para ser servido.
A: A vida plena que Jesus veio nos oferecer consiste no ensinamento de que todos somos iguais, temos a mesma dignidade como filhos e filhas de Deus. Diante disso, ninguém nos pode tirar essa dignidade que o Senhor nos confere. T: “Cristo sofreu por vós deixando-vos um exemplo, para que sigais os seus passos. Ele não cometeu pecado algum, mentira nenhuma foi encontrada em sua boca. Quando injuriado, não retribuía injúrias; atormentado, não ameaçava; antes, colocava a sua causa nas mãos daquele que julga com justiça. Carregou nossos pecados em seu próprio corpo, sobre a cruz, a fim de que, mortos para os pecados, vivamos para a justiça. Por suas feridas fostes curados” (1Pd 2,21-24). A: Jesus, manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
Canto: /: Quero ver, como fonte, o direito a brotar, a gestar tempo novo; E a justiça, qual rio em seu leito, dar mais vida pra vida do povo. :/
11ª Estação: JESUS É PREGADO NA CRUZ A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, T:
Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.
A: Jesus chega ao fim da estrada da cruz, no monte Calvário. Aí crucificaram Jesus. Eram nove horas da manhã. L:
Mesmo sofrendo os horrores da crucificação, Jesus sente misericórdia por aqueles que o crucificaram.
T:
“Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem” (Lc 23,34).
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A: Um dos ladrões que foi crucificado com ele reconhece Jesus como Filho de Deus. Assumindo sua culpa por estar ali, pede a Jesus: L:
“Jesus, lembra-te de mim, quando começares a reinar”! (Lc 23,42).
A: Jesus respondeu: T:
“Em verdade te digo: hoje mesmo estarás comigo no paraíso” (Lc 23,43).
A: Quem deseja viver com dignidade, e em plenitude, como Jesus, não tem outro caminho senão reconhecer o outro e buscar o seu bem. Assim, Jesus agiu em favor do ladrão arrependido. T:
Assisti, ó Deus, aqueles que vos suplicam e guardai com solicitude os que esperam em vossa misericórdia, para que, libertos de nossos pecados, levemos uma vida santa e sejamos herdeiros das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
A: Jesus, manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Canto: 1. A ti, meu Deus, elevo meu coração, elevo as minhas mãos, meu olhar, minha voz! A ti, meu Deus, eu quero oferecer meus passos e meu viver, meus caminhos, meu sofrer. /: A tua ternura, Senhor, vem me abraçar, e a tua bondade infinita me perdoar. Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração. Eu quero sentir o calor de tuas mãos. :/
12ª Estação: JESUS MORRE NA CRUZ (Façamos um silêncio profundo)
A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, T:
Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.
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A: “Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena” (Jo 19,25). L:
A morte de Jesus não é o fim de tudo. Fica-nos a certeza e o consolo de que todos nós vamos fazer parte de sua vida na sua ressurreição.
L:
No rosto de Jesus, morto e maltratado por nossos pecados, mas glorificado pelo Pai, com olhar da fé podemos ver o rosto humilhado de tantos homens e mulheres de nossos povos clamando por justiça e também almejando sua dignidade pessoal.
A: Vamos trazer a lembrança de pessoas falecidas de nossas famílias, amigos, e de nossa comunidade de pessoas que foram assassinadas por causa da luta em defesa da vida, da Casa Comum, nosso planeta... (Momento para falar)
A: Jesus, manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Canto: 1. Um certo dia, ao tribunal alguém levou o jovem galileu. Ninguém sabia qual foi o mal, o crime que ele fez, quais foram seus pecados. Seu jeito honesto de denunciar mexeu na posição de alguns privilegiados. E mataram a Jesus de Nazaré, e no meio de ladrões puseram sua cruz, mas o mundo ainda tem medo de Jesus que tinha tanto amor. /: E seu nome era Jesus de Nazaré. Sua fama se espalhou e todos vinham ver o fenômeno do jovem pregador que tinha tanto amor. :/
13ª Estação: JESUS É DESCIDO DA CRUZ A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, T:
Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.
A: Aquelas mulheres e o discípulo amado que estavam diante da cruz no momento da morte de Jesus, não abandonaram Jesus. L:
Aparecem também mais dois amigos de Jesus: Nicodemos e José de Arimateia que, movidos de compaixão, retiraram da cruz o corpo de Jesus, entregando-o à sua mãe.
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A: Na nossa doação em favor dos outros, a vida se fortalece. Aqui descobrimos outra profunda lei da realidade: A vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros. L:
Assim, os gestos e atitudes dos amigos de Jesus nos mostram que devemos fazer o mesmo com nossos semelhantes, principalmente com os irmãos e irmãs da comunidade.
A: Jesus, manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
Canto: 1. Virgem dolorosa, que aflita chorais, repleta de angústias, bendita sejais. /: Bendita sejais, Senhora das Dores. Ouvi nossos rogos, mãe dos pecadores. :/
14ª Estação: JESUS É SEPULTADO A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, T:
Porque, pela vossa morte e ressurreição. salvastes o mundo.
A: Já é a tardinha de sexta-feira. As luzes que se acendem já anunciam o dia de sábado. Por isso, antes de escurecer, era preciso sepultar Jesus. L:
Ainda tomados de compaixão e solidariedade, os amigos tomaram o corpo de Jesus, enrolaram-no num lençol e, acompanhados por aquelas mulheres, sepultaram o corpo de Jesus.
A: Bendigamos ao Pai, porque, entre as dificuldades e incertezas da vida, toda pessoa, aberta sinceramente à verdade e ao bem comum, pode chegar a descobrir o valor sagrado da vida humana. L:
Bendigamos ao Pai, pelo dom maravilhoso da vida, e por aqueles que a honram e a dignificam, ao colocá-la a serviço das pessoas necessitadas.
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L:
Bendigamos ao Pai, pelos homens e mulheres que, movidos por sua fé, têm trabalhado incansavelmente na defesa da dignidade da pessoa humana, especialmente dos pobres e marginalizados.
T: Senhor, nosso Deus, amar-vos acima de tudo é ser perfeito; multiplicai em nós a vossa graça, e concedei aos que firmamos nossa esperança na morte do vosso Filho, alcançarmos por sua ressurreição aqueles bens que na fé buscamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! A: Jesus, manso e humilde de coração, T:
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
Canto: 1. Ele assumiu nossas dores, veio viver entre nós, santificou nossas vidas, cansadas, vencidas de tanta ilusão. Ele falou do teu Reino e te chamava de Pai, e revelou tua imagem e deu-nos coragem de sermos irmãos. Ousamos chamar-te de Pai, ousamos chamar-te Senhor. Jesus nos mostrou que tu sentes e ficas presente onde mora o amor. Pai nosso, que estás no céu, Pai nosso, que estás aqui.
15ª Estação: JESUS RESSUSCITA PARA A VIDA A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo. A: “No primeiro dia da semana, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, Maria Madalena foi ao túmulo e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo” (Jo 20,1). T: Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus! Canto: Vitorioso, ressuscitou. Após três dias a vida ele voltou. Ressuscitado, não morre mais, está junto do Pai, pois ele é o filho eterno. Mas ele vive em cada lar e onde se encontrar um coração
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fraterno. Proclamamos que Jesus de Nazaré, glorioso e triunfante, Deus conosco está. Ele é o Cristo e a razão da nossa fé, e um dia voltará! A: A nossa verdadeira vida é a vida do Ressuscitado em nós. A liturgia da Páscoa, que nos conduz pelos passos de Cristo, nos ensina o caminho que também é nosso. T: Procuremos, portanto, estar em sintonia com este tempo favorável, com a vida na graça que Jesus Ressuscitado nos oferece. A: Rezemos: T:
Creio em Deus Pai...
Bênção A: O Senhor nos abençoe e nos guarde. T:
Amém!
A: O Senhor faça brilhar sobre nós a sua face e nos seja favorável. T:
Amém!
A: O Senhor dirija a nós o seu rosto e nos dê a paz. T:
Amém!
Canto: /: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou. Eu vejo sua luz no povo, por isso alegre estou. :/ 1. Em toda pequena oferta, na força da união, no pobre que se liberta, eu vejo ressurreição. 2. Em todos que estão unidos com outros, partindo o pão, nos fracos fortalecidos, eu vejo ressurreição. 3. Na fé dos que estão sofrendo, no riso do meu irmão, na hora em que está morrendo, eu vejo ressurreição. A: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! T:
Para sempre seja louvado.
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Celebração inicial
Fé e Conversão “Convertei-vos” (Mc 1,15). Ambiente: Bíblia, casinha, vela, água, imagem de Nossa Senhora Aparecida, símbolos do Tempo Pascal e da Campanha da Fraternidade (Biomas – Meio Ambiente). Acolhida: A cargo dos animadores(as).
Animador(a): Irmãos e irmãs, é bom estarmos juntos. Iniciemos a caminhada do Tempo Pascal com a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Jesus Cristo, que nos reúne no amor e na comunhão do Espírito Santo. Saudemos a Trindade Santa. Todos(as): Pai, Filho e Espírito Santo. Amém! Canto: 1. Bendito és tu, ó Deus criador, revestes o mundo da mais fina flor. Restauras o fraco, que a ti se confia, e junto aos irmãos, em paz, o envias. /: Ó Deus do universo, és Pai e Senhor, por tua bondade recebe o louvor! :/ A: Animados pelo Deus da vida, neste Tempo Pascal estaremos rezando e refletindo sobre três assuntos: a Quaresma – tempo de conversão; a temática da Campanha da Fraternidade – compromisso com a criação; e o Ano Mariano – os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. (Entram os símbolos, menos a Bíblia, casinha e vela)
Canto: 1. Dom da vida, ó Pai, celebramos, na alegria de irmãos a cantar, por teu Filho Jesus te louvamos, e queremos com força aclamar. /: Ó Senhor, nós queremos a vida por Jesus que se faz nosso irmão. Em seu povo, na fé reunido, na partilha do amor e do pão. :/ Leitor(a): A Quaresma inicia com a celebração da imposição das cinzas. Quaresma é um tempo de oportunidades para nos reconciliar com
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Deus e com os irmãos e irmãs. É um tempo forte de penitência, oração, jejum e caridade. Uma preciosa oportunidade para ouvirmos o apelo de Jesus, e assumir com entusiasmo a missão que ele nos confiou – o cuidado com o próximo e com a criação. T:
“Convertei-vos e crede no Evangelho”! (Mc 1,5).
A: Relembrando Cristo, a água viva, acolhemos a água, fonte de vida, elemento vital para a terra e toda a criação. Ela também é símbolo do nosso batismo e de conversão. Vamos pedir a Deus a bênção da água, que será usada para nos purificar. (Alguém ergue a água)
T: Senhor Deus, origem de toda a vida, abençoai esta água que vamos usar, confiantes no perdão dos nossos pecados, para alcançar a proteção da vossa graça. Concedei, ó Deus, que, por vossa misericórdia, jorrem sempre em nossa vida as águas da salvação, para que possamos nos aproximar de vós com o coração convertido. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém. A: Elevemos a Deus a nossa súplica de forma espontânea, pedindo perdão das nossas falhas, limitações e fraquezas para com os irmãos e irmãs, e toda a criação. (Momento de silêncio, para pensar e pedir perdão. Ao terminarem todas as preces, seremos aspergidos, enquanto cantamos)
Canto: 1. Senhor, que viestes salvar os corações arrependidos: /: Piedade, piedade, piedade de nós! :/ 2. Ó Cristo, que viestes chamar os pecadores humilhados: /: Piedade, piedade, piedade de nós! :/ 3. Senhor, que intercedeis por nós junto a Deus Pai que nos perdoa: /: Piedade, piedade, piedade de nós! :/ A: Reconciliar-se com Deus é buscar o perdão oferecido por Jesus, o Salvador, é viver a vida nova que ele nos propõe. Na certeza de que Deus acolhe nossas súplicas e nos perdoa com seu infinito amor misericordioso, vamos nos preparar para ouvir a sua Palavra. Pedimos ao Espírito Santo que nos ilumine e nos ajude a interpretar o texto bíblico, relacionando fé e vida.
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Canto: /: Vem, Espirito Santo, vem. Vem iluminar! :/ 1. A nossa vida vem iluminar. Nosso caminho vem iluminar. O nosso encontro vem iluminar. Nossas ideias vem iluminar. Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 1,14-15. (Ouviremos com atenção a leitura do texto bíblico)
A: O retorno de Jesus para a região da Galileia marca o início da sua missão, o anúncio da Boa Nova. (Em silêncio vamos ler, relembrando o texto)
Canto: Eis o tempo de conversão. Eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão! A: Conversão e fé é o ponto central do discurso de Jesus na proclamação do Reino. O anúncio de Jesus nos chama à conversão e nos oferece vida nova num Reino de justiça, paz, fraternidade e solidariedade. a) Como podemos viver a conversão, pessoal e comunitária, no dia a dia? b) O que fazemos de concreto para tomar visível o Reino que Jesus anunciou? (Vamos conversar com quem está ao nosso lado e depois partilhar o que refletimos)
Canto: Eis o tempo de conversão. Eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão! A: O Evangelho, além da fé, exige de nós o desejo de conversão. Jesus disse que o Reino de Deus deve ser buscado como prioridade na nossa vida. Viver o Reino também é sensibilizar-se com a vida da criação, é refletir com responsabilidade a temática da Campanha da Fraternidade, o cuidado com a Casa Comum.
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T:
Tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”; Lema: “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15).
L:
Viver o Reino de Deus inclui conhecer a realidade dos nossos biomas: a Amazônia, a Caatinga, o Cerrado, o Pantanal, a Mata Atlântica e os Pampas do Sul.
Canto: 1. Louvado sejas, ó Senhor, pela mãe terra, que nos acolhe, nos alegra e dá o pão. Queremos ser os teus parceiros na tarefa de cultivar e bem guardar a criação. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/ A: Precisamos viver o Reino anunciado por Jesus, mas na prática às vezes recusamos esse Reino. O que essa reflexão e o próprio texto bíblico nos levam a rezar a Deus? (Conversar com Deus em silêncio)
A: Rezemos a oração da Campanha da Fraternidade, pedindo ao Senhor que nos ajude a cuidar de nossa Casa Comum e dos irmãos e irmãs excluídos da sociedade. Lado A: Deus, nosso Pai e Senhor, nós vos louvamos e bendizemos por vossa infinita bondade. Criastes o universo com sabedoria e o entregastes em nossas frágeis mãos, para que dele cuidemos com carinho e amor. Lado B: Ajudai-nos a ser responsáveis e zelosos pela Casa Comum. Cresça, em nosso imenso Brasil, o desejo e o empenho de cuidar mais e mais da vida das pessoas e da beleza e riqueza da criação, alimentando o sonho do novo céu e da nova terra que prometestes. T:
Amém!
Canto: /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/ A: A nossa reflexão de hoje nos motiva a viver a Quaresma em preparação para a Páscoa do Senhor. Também nos desafia a viver o cuidado com a criação, de modo especial os biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho. Que ação concreta podemos assumir e praticar durante todo o ano? (Momento para assumir um compromisso pessoal e comunitário)
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Bênção A: Saudemos Nossa Senhora Aparecida, neste Ano Mariano em que celebramos os 300 anos do encontro da sua imagem pelos pescadores no Rio Paraíba do Sul, e peçamos sua intercessão por todos. (Ergue-se a imagem enquanto cantamos)
Canto: Santa Mãe Maria, nessa travessia cubra-nos teu manto cor de anil. Guarda nossa vida, Mãe Aparecida, santa padroeira do Brasil. /: Ave, Maria! Ave, Maria! :/ A: O Deus da paz, da esperança e da alegria permaneça conosco e nos acompanhe. T:
Amém.
A: Deus Pai, Filho e Espirito Santo nos abençoem e nos guardem. T:
Amém.
Canto: 1. Louvado sejas, ó Senhor, pela mãe terra, que nos acolhe, nos alegra e dá o pão. Queremos ser os teus parceiros na tarefa de cultivar e bem guardar a criação. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/ 2. Vendo a riqueza dos biomas que criaste, feliz disseste: tudo é belo, tudo é bom! E pra cuidar a tua obra nos chamaste a preservar e cultivar tão grande dom. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/ 3. Por toda a costa do país espalhas vida; São muitos rostos – da Caatinga ao Pantanal: Negros e índios, camponeses: gente linda, lutando juntos por um mundo mais igual. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/ 4. Senhor, agora nos conduzes ao deserto e, então nos falas, com carinho, ao coração, pra nos mostrar que somos povos tão diversos, mas um só Deus nos faz pulsar o coração. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/
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5. Se contemplamos essa mãe com reverência, não com olhares de ganância ou ambição, o consumismo, o desperdício, a indiferença se tornam luta, compromisso e proteção. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/ 6. Que entre nós cresça uma nova ecologia, onde a pessoa, a natureza, a vida, enfim, possam cantar na mais perfeita sinfonia ao Criador que faz da terra o seu jardim. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
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1º Encontro
A Criação do Universo: Dádiva de Deus “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31). Ambiente: Bíblia, casinha, cruz, vela, água, vegetais, fotos de homens, mulheres e animais. Acolhida: Pela família que recebe.
Animador(a): Irmãos e irmãs, somos chamados a vivenciar a Quaresma, tempo de conversão e de intensa alegria. Alegria, porque iniciamos nossa caminhada rumo à Páscoa de nosso Salvador, Jesus. Nesta Quaresma, a Igreja nos apresenta a necessidade de olharmos para a grande dádiva de Deus: a criação. O que estamos fazendo com a nossa Casa Comum, o planeta Terra? (Silêncio para refletir)
A: Saudemos a Deus Pai criador, a Jesus salvador e ao Espírito santificador: Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. A: “No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra estava vazia, as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas” (Gn1,1-2). Neste momento pedimos que esse mesmo Espírito nos ilumine e nos torne mais sensíveis à obra da criação. Rezemos: T:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo Senhor nosso. Amém.
Canto: Eis, ó meu povo, o tempo favorável da conversão que te faz mais feliz, da construção de um mundo sustentável, “Casa comum” é teu Senhor quem diz.
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/: Quero ver, como fonte, o direito a brotar, a gestar tempo novo: e a justiça, qual rio em seu leito, dar mais vida pra vida do povo. :/ A: A conversão quaresmal é um voltar-se para Deus, para o próximo e para a vida da criação que nos cerca. Como pessoas de fé que somos, ao fazermos nossa caminhada rumo à Páscoa, não podemos ficar indiferentes à realidade da maneira como são tratados os biomas brasileiros. Leitor(a): Bioma é a vida que se manifesta em um conjunto semelhante de vegetação, água, superfície e animais. É uma “paisagem” que mostra uma unidade entre os diversos elementos da natureza. L:
Um bioma é formado por todos os seres vivos de uma determinada região, cuja vegetação é similar e contínua, cujo clima é mais ou menos uniforme, e cuja formação tem uma história comum (Texto-base – CF).
A: No Brasil temos seis biomas: a Mata Atlântica, a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal, a Caatinga e o Pampa. Nestes biomas vivem pessoas e povos resultantes da imensa miscigenação brasileira. T:
Como é extraordinária a beleza e a diversidade da natureza do Brasil!
A Palavra de Deus ilumina A: O texto que vamos ouvir é parte do belíssimo hino sobre a obra de Deus: a criação. Tudo o que Deus criou é bom, especialmente o ser humano. Lembremo-nos de nossa profissão de fé (Credo) que iniciamos, dizendo: “Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da Terra”. Canto: /: Bendita, bendita, bendita a Palavra do Senhor. Bendito, bendito, bendito quem a vive com amor. :/ Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do Gênesis 1,26-31. (Silêncio para interiorizar)
A: Esta primeira narrativa da criação não é uma explicação de “como” Deus criou o mundo, mas mostra simplesmente o significado que isso tem para nós. É um texto que testemunha a fé do povo de
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Israel, mostrando a certeza de que o Senhor, o Deus de Israel, é o criador de tudo o que existe e vive. T: “Bendizei ao Senhor, todas as obras do Senhor; aclamai e escutai-o para sempre!” (Dn 3,57). A: Vamos reler o texto e comentar os versículos 26 a 28. (Momento para comentar)
T:
Deus criou o ser humano à sua imagem, homem e mulher ele os criou (Gn 1,27).
Canto: 1. Fiz o homem e a mulher à minha imagem; por amor e para o amor eu os criei. Com meu povo celebrei uma aliança. O caminho da justiça eu ensinei. /: Ponho, então, à tua frente dois caminhos diferentes: vida e morte, e escolherás. Sê sensato: escolhe a vida! Parte o pão, cura as feridas! Sê fraterno e viverás. :/ A: Continuando nossa reflexão, vejamos o que o texto bíblico diz para nós hoje. a) A terra é mãe e nos dá o alimento. Como percebemos o tratamento que ela está recebendo, hoje? b) A água é elemento indispensável para a vida. Porém, podemos observar rios poluídos, desmatamentos, esgoto e lixo jogados nos rios e no mar... Como isso tudo está afetando a vida da gente? c) Deus entregou a terra e toda a natureza nas mãos da humanidade. Como nós estamos cuidando deste dom tão precioso, que é a base da nossa vida? (Momento para responder)
Canto: Louvado sejas, ó Senhor, pela mãe terra, que nos acolhe, nos alegra e dá o pão. Queremos ser os teus parceiros na tarefa de cultivar e bem guardar a criação. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/ A: Animados pelo Espírito Santo, e em comunhão com todos os defensores da natureza e da vida, peçamos a Deus coragem para uma conversão ecológica. Rezemos com fé.
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L:
Deus de bondade, ensina-nos a respeitar a mãe Terra, para que ela possa produzir alimentos saudáveis. Rezemos.
T:
Ajuda-nos, Senhor, a proteger a natureza.
L:
Deus de amor, ensina-nos a cuidar da água, pois ela é um elemento indispensável para a vida. Rezemos.
T:
Ajuda-nos, Senhor, a proteger a natureza.
L:
Deus de misericórdia, a natureza geme de dor, dá-nos força e coragem para lutar por sua preservação. Rezemos.
T:
Ajuda-nos, Senhor, a proteger a natureza.
L:
Deus de ternura, os biomas brasileiros pedem socorro, dá-nos sabedoria para conhecê-los melhor e assim termos mais condições de protegê-los. Rezemos.
T: Ajudai-nos a ser responsáveis e zelosos pela Casa Comum. Amém.
Compromisso A: Que compromisso vamos assumir para uma “conversão ecológica”, mudar de rumo e de estilo de vida? Que tal: – Reduzir o uso de água, energia e combustíveis; reutilizar materiais, roupas, plásticos, eletrônicos, garrafas, papéis, móveis; reciclar o lixo, separando o orgânico do lixo comum. (Momento para refletir e assumir compromisso)
Bênção A: “Maria, mãe de Jesus, nos acompanhe no caminho de conversão! Jesus Cristo crucificado-ressuscitado, que transformou todas as coisas, nos desperte para a participação no cuidado com a obra criada” (Texto-base da CF). (Aspersão com água)
T:
Abençoe-nos Deus Pai criador, Jesus Cristo salvador e o Espírito Santo santificador. Amém.
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Canto: 1. Senhora da Esperança, o povo te saúda com grande confiança, hoje pede a tua ajuda. /: Senhora da Esperança, ó mãe de Deus criança, protege o nosso povo com teu grande amor. :/ 2. Senhora da Esperança, divina padroeira, és mãe que não se cansa de ser nossa medianeira. 3. Senhora da Esperança, não olhas cor nem raça, por ti o povo alcança todo bem e toda graça.
CAMINHADA DOS PROFETAS, SANTOS E MÁRTIRES PARTICIPE DA CAMINHADA!!! “Se me matam, vou ressuscitar na luta do meu povo!” (D. Oscar Romero) Convidamos todas as pessoas para estar presentes na caminhada!!! A caminhada será no dia 26 de março de 2016. Iniciará às 09 horas na Comunidade do Monte Serrat e terminará no Alto da Caiera, na Igreja Nossa Senhora Aparecida onde se encontram os quadros com as imagens de alguns Mártires, Santos e Profetas da nossa história. Veja anexo na página 83.
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
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2º Encontro
Defesa da Vida “O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden, para o cultivar e guardar” (Gn 2,15). Ambiente: Bíblia, casinha, cartaz da CF 2017 (se possível), uma planta verde nativa (se possível) ou vaso com flores, jarra com água. Acolhida: Pelas pessoas da casa.
Motivação e oração inicial Animador(a): Que alegria estarmos mais uma vez reunidos, neste tempo forte da Quaresma, para rezar a vida, a Palavra de Deus e a nossa caminhada dos Grupos Bíblicos em Família! Já nos sentimos acolhidos e acolhidas neste lar, junto a esta família que nos recebe. Saudemos a Trindade Santa. Todos(as): Em nome do Pai... Leitor(a): Mais uma vez a Igreja nos convoca a voltarmos nosso olhar e coração para a nossa Casa Comum, nesse ano especialmente, para nossos biomas brasileiros que estão ameaçados diariamente pela ganância do capital e a degradação ambiental. T:
Fraternidade: Biomas brasileiros e a defesa da Vida.
L:
A Igreja Católica tem sido uma voz profética a respeito da questão ecológica! Quantas Campanhas da Fraternidade já realizamos, em que a preocupação com a vida do planeta surge como centro de toda a reflexão.
T:
“Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15).
A: Juntos rezemos a Oração da Campanha da Fraternidade. Lado A: Deus, nosso Pai e Senhor, nós vos louvamos e bendizemos por vossa infinita bondade. Criastes o universo com sabedoria e o entregastes em nossas frágeis mãos, para que dele cuidemos com carinho e amor.
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T:
Ajudai-nos a ser responsáveis e zelosos pela Casa Comum.
Lado B: Cresça, em nosso imenso Brasil, o desejo e o empenho de cuidar mais e mais da vida das pessoas, e da beleza e riqueza da criação, alimentando o sonho do novo céu e da nova terra que prometestes. T:
Amém!
Canto: 1. Louvado sejas, ó Senhor, pela mãe terra que nos acolhe, nos alegra e dá o pão. Queremos ser os teus parceiros na tarefa de cultivar e bem guardar a criação. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais. Chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/ A: Também, neste Ano Mariano, celebramos com alegria os 300 anos da aparição da imagem da Mãe Aparecida aos pescadores do Rio Paraí ba. Que Maria, Mãe de Jesus, nos acompanhe nessa caminhada de conversão e no cuidado com a obra criada. T:
Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós.
A Palavra de Deus ilumina A: Peçamos as luzes do Espírito Santo, para que possamos estar com nossos corações e mentes abertos para o entendimento da leitura do Gênesis que vamos ouvir. Mas, antes, acolhamos a Palavra de Deus que passará de mão em mão, enquanto cantamos: Canto: /: A nós descei, divina luz. A nós descei, divina luz. Em nossas almas acendei o amor, o amor de Jesus. :/ Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do Gênesis 2,8-9.15. “Depois, o Senhor Deus plantou um jardim em Éden, a oriente, e colocou ali o homem que havia formado. O Senhor Deus fez brotar do solo todo
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tipo de árvores agradáveis aos olhos e boas para alimento. E no meio do jardim, a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo” (Gn 2,8-9.15). (Um breve silêncio)
A: Façamos novamente a leitura do texto, agora com mais calma, saboreando cada frase, com nossos ouvidos bem abertos, para que possamos entender cada palavra. (Reler o texto)
A: Com especial carinho, Deus encerra a sua obra, colocando ali homem e mulher, para que possam desfrutar de todas as maravilhas ofertadas no Éden. A criação é uma obra-prima das mãos de Deus. T:
O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden, para o cultivar e guardar (Gn 2,15).
A: Esse jardim não é apenas o local do qual o ser humano retira o seu alimento, mas é ambiente do encontro com Deus e da vivência da fraternidade. T:
“Cultivar” quer dizer lavrar ou trabalhar um terreno, e “guardar” significa proteger, cuidar, preservar, velar (Papa Francisco).
L:
O jardim, nosso planeta, precisa ser cultivado com o mesmo amor com que foi criado, para continuar frutificando, e deve ser guardado com cuidado, para que as relações entre as pessoas também sejam fecundas. a) Estamos conseguindo cumprir o nosso papel de guardiães da Casa Comum, da obra criada por Deus? b) O que Deus está nos falando? (Conversar e partilhar)
Canto: 1. Com carinho, desenhei este planeta. Com cuidado, aqui plantei o meu jardim. Com alegria, eu sonhei um paraíso para a vida, dom de amor que não tem fim. /: Ponho, então, à tua frente dois caminhos diferentes: Vida e morte, e escolherás. Sê sensato: escolhe a vida! Parte o pão, cura as feridas! Sê fraterno e viverás. :/ A: Cuidar do jardim que Deus criou é preservar o nosso bioma da Mata Atlântica, no qual nós, catarinenses, estamos inseridos, e
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que vem sofrendo degradação desde o período da colonização dos portugueses, com a derrubada de árvores e plantas nativas, dando lugar ao plantio de cana-de-açúcar, café, fumo e outras formas de monocultura. L:
Com o tempo, a degradação continua com a exploração da agricultura e agropecuária, além do uso de agrotóxicos e transgênicos, e tantos outros modos que poluem o ar, as águas e o solo.
T:
“Cultivar” quer dizer lavrar ou trabalhar um terreno, e “guardar” significa proteger, cuidar, preservar, velar (Papa Francisco).
L:
Muitas comunidades tradicionais, entre elas as pesqueiras, quilombolas e indígenas, buscam estabelecer relação de harmonia e guarda, proposta pelo Deus Criador. São centenas de comunidades que vivem dos manguezais, do mar e dos rios.
L:
Para essas comunidades, o manguezal, o mar e os rios não são apenas lugares dos quais retiram o seu sustento, não são vistos apenas com o olhar econômico; eles fazem parte de seus territórios e de sua existência, são lugares sagrados e de grande valor.
Canto: 2. Vendo a riqueza dos biomas que criastes, feliz dissestes: tudo é belo, tudo é bom! E pra cuidar a tua obra nos chamastes a preservar e cultivar tão grande dom. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais. Chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/ A: Sabemos que somos falhos no cultivo e guarda da obra de Deus, mas que sempre podemos ter novos olhares e práticas, se de fato nos convertermos para uma nova vida. A partir do que lemos e refletimos, o que o texto nos faz dizer a Deus neste tempo quaresmal? (Em forma de prece, façamos os nossos pedidos. Após cada prece, rezemos)
T:
Ajudai-nos, Senhor, em nossa missão de cuidar e guardar a nossa Casa Comum!
Compromissos A: Durante o período da Quaresma e ao longo do ano, precisamos ter uma atuação mais profética em defesa da vida que está ameaçada, sobretudo o nosso bioma da Mata Atlântica. Algumas sugestões para praticar na medida do possível.
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– Participar dos espaços de defesa do bioma, tais como conselhos do meio ambiente, comitês, fórum de mudanças climáticas, micro-bacias, entre outras iniciativas. – Denunciar todas as formas ilegais de construções e ocupações de áreas de preservação (manguezais, dunas, áreas verdes). – Consumir produtos agroecológicos e apoiar a agricultura familiar, como alternativa ao latifúndio e ao agronegócio. – Estudar o texto-base da Campanha da Fraternidade na sua comunidade e paróquia e conhecer a realidade de seu bairro e município. – Conhecer o Plano Diretor de seu município, participar e acompanhar os projetos ambientais aprovados na Câmara de Vereadores.
Bênção A: Juntos estendamos as mãos para a jarra de água e digamos: T: Senhor Deus todo-poderoso, fonte e origem de toda a vida, abençoai esta água que vamos beber. Concedei, ó Deus, que, por vossa misericórdia, jorrem sempre para nós as águas da salvação, para que possamos nos aproximar de Vós com o coração puro e evitar todo perigo do corpo e da alma. Cuidai de nosso planeta, nossa Casa Comum, fazendo-nos verdadeiros guardiães de vossa obra. Por Cristo, nosso Senhor. Amém (Beber a água ou levar para casa)
A: O Senhor Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz. T:
Ele que é Pai, Filho e Espírito Santo, Amém.
Canto: 1. Louvado sejas, ó Senhor, pela mãe terra, que nos acolhe, nos alegra e dá o pão. Queremos ser os teus parceiros na tarefa de cultivar e bem guardar a criação. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/ 2. Vendo a riqueza dos biomas que criaste, feliz disseste: tudo é belo, tudo é bom! E pra cuidar a tua obra nos chamaste a preservar e cultivar tão grande dom. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/
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3. Por toda a costa do país espalhas vida; São muitos rostos – da Caatinga ao Pantanal: Negros e índios, camponeses: gente linda, lutando juntos por um mundo mais igual. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/ 4. Senhor, agora nos conduzes ao deserto e, então nos falas, com carinho, ao coração, pra nos mostrar que somos povos tão diversos, mas um só Deus nos faz pulsar o coração. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/
Bioma é um grande conjunto de ecossistemas interligados. Ecossistema, por sua vez, é um sistema ecológico onde existem vida e interação entre os seres vivos em um determinado espaço, podendo variar de tamanho, desde uma poça d’água até uma grande floresta. Podemos dizer que os Biomas são grandes espaços geográficos que compartilham das mesmas características físicas, biológicas e climáticas, existindo um grande número de espécies de plantas e animais.
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
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3º Encontro
Viver o Amor a Deus e ao Próximo “Não existe outro mandamento maior do que estes” (Mc 12,30). Ambiente: Bíblia, casinha, vela, cruz, imagem de Maria. Acolhida: Pelas pessoas da casa.
Motivação e oração Animador(a): Queridos irmãos e irmãs, sintam-se bem acolhidos em nosso encontro de reflexão e partilha da Palavra de Deus. Estamos vivendo a Quaresma, tempo forte de nos consagrarmos mais à escuta da Palavra de Deus e à oração, para nos converter a Cristo e ao serviço generoso dos irmãos e irmãs. É neste período que revivemos os quarenta dias que Jesus passou no deserto, preparando-se para sua missão. Com coração aberto para acolher o que Deus quer nos dizer, iniciemos nosso encontro, rezando: Todos(as): Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. A: Neste período quaresmal somos chamados a viver os dois maiores mandamentos deixados por Jesus, que se resumem em amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo. Rezemos: T:
Ó Deus de ternura e compaixão, tu és a fonte de toda ação justa e de toda palavra boa. Neste tempo de deserto, ensina-nos a rezar; neste tempo de penitência, ensina-nos a praticar o verdadeiro jejum; neste tempo de caridade, ensina-nos a repartir com os irmãos e irmãs. Por Cristo Jesus, nosso Senhor. Amém!
Canto: 1. Somos gente da esperança, que caminha rumo ao Pai. Somos povo da Aliança, que já sabe aonde vai. /: De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar o novo hino de unidade, amor e paz. :/
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2. Todo irmão é convidado para a festa em comum: Celebrar a nova vida, onde todos sejam um. A: Estamos vivenciando o Ano Mariano. Que ele possa ser de intensa evangelização com Maria, contando com a sua proteção, seguindo os seus exemplos, como Igreja em saída e misericordiosa, que, a exemplo de Nossa Senhora, vai ao encontro dos irmãos e irmãs para compartilhar a alegria do Evangelho de Jesus. (Enquanto cantamos, a imagem de Maria passa de mão em mão)
Canto: /: Pelas estradas da vida nunca sozinho estás. Contigo, pelo caminho, Santa Maria vai. Oh, vem conosco, vem caminhar, Santa Maria, vem. :/
A Palavra de Deus ilumina A: No Evangelho de Marcos, o ensinamento de Jesus apoia-se em dois pilares: o amor a Deus e o amor ao próximo. Cantando, aclamemos a Palavra de Deus. Canto: /: Fala, Senhor, fala da vida,/ só tu tens palavras eternas queremos te ouvir. :/ 1. Teu povo aqui reunido procura a vida nova. Tu és a esperança, o Deus que nos consola. Leitor(a) da Palavra: Leitura do Evangelho de Mc 12,28-34. (Pausa para reler e meditar o texto)
A: Neste texto de Marcos que acabamos de ler e refletir, Jesus é questionado sobre qual é o maior mandamento. Sabendo das verdadeiras intenções dos doutores da lei, responde com sabedoria. a) Quem são as pessoas que interrogam Jesus? b) Qual era a verdadeira intenção daquelas pessoas ao interrogarem Jesus? c) Qual foi a resposta de Jesus? (Para responder)
Canto: /: Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão. :/
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A: O diálogo entre Jesus e o doutor da lei deixou claro que não é possível viver o primeiro mandamento sem também viver o segundo. a) Como podemos vivenciar esse ensinamento em nossa vida cotidiana? b) Quais são os desafios, ao vivermos esses dois mandamentos? (Momento para conversar)
A: Jesus nos dá exemplo de amor a Deus e ao próximo, quando se põe a caminho na direção das “periferias geográficas e existenciais”, aproximando-se das pessoas indefesas e desprotegidas e acolhendo a todas as que o procuram. L:
Jesus nos dá exemplo de amor a Deus e ao próximo, quando se dirige ao paralítico, ordenando: “Levanta-te, toma o teu leito e vai para a tua casa”. Jesus lhe oferece o perdão dos pecados, restabelecendo a unidade interior e a confiança absoluta em Deus, fonte de vida e salvação.
L:
Jesus nos dá exemplo de amor a Deus e ao próximo, quando acolhe a pecadora arrependida que lhe lava os pés e os enxuga com seus cabelos.
L:
Jesus nos dá exemplo de amor a Deus e ao próximo, quando visita a casa de Zaqueu, dando-lhe a possibilidade de começar uma nova vida. Resgata a dignidade dos filhos e filhas de Deus, restabelece a fraternidade e a justiça.
Canto: /: Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente. :/ A: Através de seu exemplo, Jesus nos convida a viver como ele viveu, sendo fiéis aos dois maiores mandamentos. Ele não realiza apenas gestos pontuais de amor misericordioso, mas se dá por inteiro. Nesse sentido, o que podemos dizer a Deus? (Expressemos nossas preces em forma de louvor, súplica)
Canto: /: De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar o novo hino de unidade, amor e paz. :/
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Compromisso A: Jesus se movimenta com seus discípulos como peregrino, portador da graça de vida e de salvação para todos; ele aproveita os espaços e os momentos, tornando-os propícios para a propagação da proposta do Reino de Deus, Reino de amor, justiça e paz. Diante do que refletimos, que compromissos podemos assumir? (Vamos conversar e ver o que assumir de concreto)
Bênção A: Colocando a mão no ombro da pessoa ao lado, rezemos juntos: T:
O Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor te mostre a sua face e se compadeça de ti. O Senhor volva seu rosto para ti e te dê a paz. O Senhor te abençoe, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém!
Canto: /: O amor, o amor, o amor não há de acabar jamais, o amor, o amor: por ele Deus vai nos julgar. :/ 1. O meu mandamento é este: Amai-vos como eu vos amei, e nisto conhecerão todos que vós sois discípulos meus. 2. Da grande família de Deus nós somos pequena porção; vivendo este amor e a união levamos o Cristo ao irmão. 3. A paz eu vos dou, eu vos deixo, mas não como o mundo a dá. Importa seguir e doar-se e o reino de Cristo implantar.
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
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4º Encontro
Maria aos Pés da Cruz “Mulher, eis aí teu filho. Filho, eis aí tua mãe” (Jo 19). Ambiente: Bíblia, casinha, vela, cruz, imagem de Maria. Acolhida: Pelas pessoas da casa.
Animador(a): Amigos e amigas, sejam bem-vindos ao nosso encontro. Somos felizes, porque Jesus nos deu Maria por Mãe. Neste Ano Mariano, vamos contemplar as atitudes de Maria e pedir que ela nos ensine a ser verdadeiros discípulos e discípulas de seu Filho. Temos a certeza de que Jesus e Maria nos acompanham, dando força e esperança na nossa caminhada, com suas alegrias e dores, sombras e luzes. Saudemos a Trindade Santa, cantando: Todos(as): Em nome do Pai... A: Neste momento podemos partilhar alguns acontecimentos e notícias relacionados à comunidade, ao nosso país e ao mundo. (Vamos partilhar)
A: Saudemos Maria, rezando: T:
Salve Rainha, mãe de misericórdia...
Canto: /: Vem, Maria, vem, vem nos ajudar nesse caminhar, tão difícil, rumo ao Pai. :/
A Palavra de Deus ilumina A: O texto do Evangelho de João, que vamos ouvir, apresenta Maria ao pé da cruz. Ela está acompanhada de outras mulheres e do discípulo que Jesus amava. Maria, a mãe, solidária com seu filho até à morte e morte de cruz, é uma mulher sofrida, mas que não se deixa vencer pela dor. Vamos nos preparar para acolher a Palavra, cantando:
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T:
Bendita, bendita a Palavra do Senhor. Bendito, bendito quem a vive com amor.
Leitor(a) da Palavra: Leitura do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João 19,25-27. (Silêncio para deixar a Palavra cair no coração)
A: Vamos recordar o texto: – Quem estava ao pé da cruz junto com Maria? – Quais foram as palavras de Jesus dirigidas aos que ali estavam? (Momento para responder)
Canto: 1. Virgem dolorosa, que aflita chorais, repleta de angústia, bendita sejais. /: Bendita sejais, Senhora das Dores, ouvi nossos rogos, mãe dos pecadores. :/ A: Tanto o Evangelho de João, como os outros três, mostram que Maria, a Mãe de Jesus, e tantas outras mulheres, permaneceram fiéis a Jesus, acompanhando-o do início ao fim de sua missão, nos momentos de tristeza e de dor. Mas elas experimentam, também, a alegria da ressurreição. – O que aprendemos com a atitude dessas mulheres que perseveraram junto a Jesus, ao pé da cruz? – Conhecemos mulheres do nosso tempo que são exemplo para nós, por sua luta, coragem e perseverança na fé, diante do sofrimento e das provações da vida? (Vamos conversar e lembrar nomes de mulheres do nosso tempo)
A: O povo venera Nossa Senhora das Dores, ou da Piedade, porque se identifica com ela nas dificuldades da vida. Maria está junto à cruz de Jesus. L:
O texto representa Maria como Mãe das Dores, mas não desesperada e vencida pelo sofrimento. É nesse momento que Jesus a entrega como mãe de João, o qual representa a comunidade cristã.
T:
Mãe, eis aí teu filho!
L:
Maria é forte e corajosa, assume a missão de ser mãe da comunidade, para unir e animar os seguidores de Jesus. O gesto dela e das outras mulheres, de permanecerem junto à cruz, demonstra persistência e perseverança na fé e no amor a Jesus.
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Canto: /: Imaculada Maria de Deus, coração pobre acolhendo Jesus. Imaculada Maria do povo, mãe dos aflitos que estão junto à Cruz. :/ A: Diante do que refletimos, elevemos nossa oração de gratidão a Deus e a Maria, mãe de Jesus e nossa mãe. L:
Maria, que bom poder chamar-te de mãe! Que bom receber-te como nossa mãe e educadora na fé!
L:
Saber que tu recrias em nós as mesmas atitudes que criaste em Jesus: o amor ao Pai, a disponibilidade ao Reino e a sensibilidade aos pobres e pecadores.
L:
Tu foste a primeira agraciada por Deus, a bem-amada. Ilumina-nos, para que sejamos discípulos e discípulas amados do Senhor, como seus servidores e amigos.
L: Ensina-nos a perseverar na fé, a sustentar nosso seguimento a Jesus, até na hora da cruz. L:
Mantém-nos de pé, como tu ficaste. Faze-nos solidários na morte e na ressurreição do Senhor.
T:
Amém. (Ir. Afonso Murad)
Canto: /: Eu canto louvando Maria, minha mãe. A ela um eterno “obrigado” eu direi. Maria foi quem me ensinou a viver, Maria foi quem me ensinou a sofrer. :/
Compromisso A: Conhecemos famílias e pessoas na nossa comunidade, que passam por momentos de sofrimento, doença grave, e que precisam da nossa solidariedade, conforto e esperança. Diante disso, que compromisso o grupo assume? (Conversar e assumir uma ação concreta)
Bênção A: Concluindo o nosso encontro, unamo-nos à Virgem das Dores em oração, em favor das mães que vivem angustiadas e de todas as pessoas que sofrem com as injustiças do mundo. Rezemos: T:
Ave Maria...
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A: Pedimos a bênção de Deus. T:
Abençoai-nos, Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Canto: 1. Virgem dolorosa, que aflita chorais, repleta de angústia. Bendita sejais. /: Bendita sejais, Senhora das Dores, ouvi nossos rogos, Mãe dos pecadores. :/ 2. Com a cruz às costas, Jesus encontrais. Que dor indizível! Bendita sejais.
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
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5º Encontro
O Seguimento do Bom Pastor “Eu sou o bom pastor” (Jo 10,14). Ambiente: Bíblia, vela, casinha, imagem do Bom Pastor e símbolos da Páscoa. Acolhida: Pelas pessoas da casa que acolhem
Motivação e oração Animador(a): Queridos irmãos e irmãs, é Páscoa! Sejam bem-vindos ao nosso encontro de reflexão da Palavra de Deus em nossas famílias. Com o coração convertido, vivemos a alegria da Páscoa, a ressurreição de Cristo. Nesse espírito pascal, nessa certeza de que Jesus ressuscitou e caminha conosco, queremos iniciar este encontro, rezando: Todos(as): Em nome do Pai que nos criou, e do Filho que nos salvou, e do Espírito Santo que nos une no amor. Canto: /: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou. Eu vejo sua luz no povo, por isso alegre sou. :/ 1. Em toda pequena oferta, na força da união, no pobre que se liberta, eu vejo ressurreição. A: Estamos vivenciando o Ano Mariano. Somos convidados a viver intensamente esse momento tão importante para nossa Igreja, e, assim, crescer ainda mais no fervor e na devoção à mãe de Jesus e nossa mãe. Canto: 1. Ensina teu povo a rezar, Maria, mãe de Jesus. Que um dia teu povo desperta e na certa vai ver a luz. Que um dia teu povo se anima e caminha com teu Jesus. Maria de Jesus Cristo, Maria de Deus, Maria mulher. /: Ensina teu povo o teu jeito de ser o que Deus quiser. :/ A: Na alegria da ressurreição de Cristo, continuamos também refletindo sobre a Campanha da Fraternidade, conscientizando-nos,
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à luz da fé, da situação atual dos nossos biomas e dos povos que neles vivem. Rezemos a Oração da Campanha da Fraternidade. T:
Deus, nosso Pai e Senhor, nós vos louvamos e bendizemos por vossa infinita bondade.
Lado A: Criastes o universo com sabedoria e o entregastes em nossas frágeis mãos, para que dele cuidemos com carinho e amor. T:
Ajudai-nos a ser responsáveis e zelosos pela Casa Comum.
Lado B: Cresça, em nosso imenso Brasil, o desejo e o empenho de cuidar mais e mais da vida das pessoas e da beleza e riqueza da criação, alimentando o sonho do novo céu e da nova terra que prometestes. T:
Amém!
A Palavra de Deus ilumina A: No Evangelho de João, o bom pastor conhece suas ovelhas e elas o conhecem, e ninguém pode arrebatá-las de sua mão. Cantando, aclamemos a Palavra de Deus. Canto: /: Bendita, bendita, bendita é a Palavra do Senhor. Bendito, bendito, bendito quem a vive com amor. :/ Leitor(a) da Palavra: Leitura do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João 10,11-15. (Pausa para reler e meditar o texto)
A: O texto que acabamos de ler indica que Jesus é o Bom Pastor que estabelece relação de conhecimento e amor recíproco com suas ovelhas.
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a) Quais são os elementos e personagens que se apresentam neste texto? b) Quais são as características do Bom Pastor? c) O que acontece com as ovelhas, quando são cuidadas por quem não é pastor? (Vamos responder)
Canto: /: Sou bom pastor, ovelhas guardarei. Não tenho outro oficio nem terei. Quanta vida eu tiver eu lhes darei. :/ A: A Palavra de Deus apresenta alguns personagens que já citamos: o Bom Pastor, as ovelhas, o mercenário, o ladrão. a) O que significa ser bom pastor em nossa sociedade, em relação ao cuidado com a vida das pessoas, da nossa mãe Terra e de toda a criação? b) Quem são os ladrões e os mercenários que atuam em nossa sociedade? c) Quem são os bons pastores? d) Que desafios o rebanho do Bom Pastor enfrenta na realidade atual? (Vamos conversar)
A: O Bom Pastor é aquele que está profundamente unido às suas ovelhas e cuida de toda a criação. Ouvindo a voz do Bom Pastor, temos a corresponsabilidade de respeitar a criação que Deus nos deu. T:
Todos nós somos convidados a ser bons pastores para cuidar da criação.
L:
Ser bom pastor no nosso tempo é preocupar-se com vida digna para todas as pessoas. É atender também ao apelo da Campanha da Fraternidade para conhecer melhor e proteger o bioma de nossa região, a Mata Atlântica.
T:
Todos nós somos convidados a ser bons pastores para cuidar da criação.
A: Vimos que a prática de Jesus é a do carinho e do amor de um pastor. Diante do que refletimos e conversamos, o que vamos dizer a Deus? (Expressemos nossa prece espontânea a Deus em forma de louvor, perdão, gratidão)
Canto: /: Tu és, Senhor, o meu Pastor, por isso nada em minha vida faltará. :/
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Compromisso A: A Igreja Católica tem sido uma voz profética a respeito da questão ecológica. O sonho de Deus é que todas as pessoas tenham vida plena: saúde, educação, família, comida, casa, lazer, convivência humana na igualdade e na fraternidade. Que gestos concretos podemos fazer em nossa comunidade, em nosso bairro ou em nossa rua, para que o cuidado com as pessoas e o meio ambiente se torne prioridade em nossos trabalhos pastorais? (Vamos conversar e ver o que assumir de concreto)
Bênção A: Quem segue Jesus Cristo, o Bom Pastor, é chamado a praticar as palavras dele e assumir as atitudes dele nas atividades cotidianas. T:
Concede-nos, Senhor, a coragem de promover a vida em todas as suas manifestações, de sermos solidários com os mais desprezados e rejeitados pelos poderes do mundo. Bom Pastor, te pedimos que sempre nos conduzas e nos livres de todo o mal. Abençoa-nos, Senhor, tu que és Deus com o Pai e o Espírito Santo. Amém.
Canto: /: Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente. :/ 1. Reconstrói a tua vida em comunhão com teu Senhor, reconstrói a tua vida em comunhão com teu irmão. Onde está o teu irmão, eu estou presente nele. 2. Eu passei fazendo o bem, eu curei todos os males. Hoje és minha presença junto a todo sofredor. Onde sofre o teu irmão, eu estou sofrendo nele.
É Páscoa! Pela conversão de nosso coração, estaremos vivenciando a alegria da Páscoa, do Cristo ressuscitado, na vida dos irmãos e irmãs, e na beleza da criação. Desejamos uma feliz e abençoada Páscoa do Senhor!
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6º Encontro
Celebrando a Partilha “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). Ambiente: Bíblia, vela acesa, casinha e pão para partilhar. Acolhida: Pela família que acolhe o grupo.
Motivação e oração Animador(a): Sejam todas e todos bem-vindos! Celebrar a Páscoa é recordar o mistério pascal de Cristo, fazer memória, confrontando-o com as nossas angústias, lutas e sofrimentos, e ligando-o com os sinais de ressurreição, vitórias, conquistas, sonhos e esperança de um mundo melhor para todos. Na alegria de nos encontrar e partilhar a vida, saudamos a Santíssima Trindade: Canto: Em nome do Pai... A: Confiantes de estarmos na presença da Santíssima Trindade, vamos nos sentar confortavelmente, procurar relaxar, colocar-nos inteiramente diante de Deus e conversar com ele. Canto: /: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós. :/ A: Estamos aqui, Senhor, diante de ti tal como somos. Lado A: Eis-nos, agora, tranquilos na tua presença, deixando-nos conduzir... Concede-nos a graça de nos deixar tocar e de sermos tocados por ti. Tu és nossa respiração, nossa força e nossa luz. Que tua paz, meu Senhor, tome conta de nós. Amém! Lado B: Maria, nossa intercessora, acolheu a Palavra de Deus, colocou-a em prática, caminhando com Jesus. Hoje, ela nos conduz a ele através da nossa oração: Todos(as): Que a luz do Espírito Santo desça sobre nós, nos ilumine, e nos dê sabedoria para interpretar, meditar, rezar e viver a Palavra de Deus.
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A Palavra de Deus ilumina Canto: /: A nós descei, divina Luz! A nós descei, divina Luz! Em nossas almas acendei o amor, o amor de Jesus :/ A: No texto da multiplicação dos pães, Jesus tem compaixão do povo e dá de comer a todos que esperam nele, que buscam vida nova, justiça e libertação. Acontece o milagre da vida na festa da partilha e da comunhão. Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo narrado por Mateus 14,13-21. (Um breve silêncio para interiorização)
A: Vamos reler o texto, contar com nossas palavras e repetir alguns versículos ou palavras mais fortes. (Momento para partilhar)
A: Qual a atitude de Jesus? Qual foi a proposta dos discípulos? Como o milagre aconteceu? (Vamos responder sem sair do texto)
Canto: 1. Tem gosto de Deus o pão que a gente parte e reparte. Tem gosto de céu o pão que se ganhou com suor. Tem gosto de paz o pão que o povo não desperdiçou. /: Tiveste pena do povo, mandaste dar de comer. Alguém falou que era pouco, tu nem quiseste saber. Mandaste o povo sentar, mandaste alguém começar, alguém te obedeceu... Foi milagre, foi milagre, o milagre aconteceu! :/ A: O milagre está claro: partindo e repartindo. Partilhando o pouco que tinham, foi possível saciar cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças... A partilha faz milagres! Eis mais um sinal de Deus revelado em Jesus para um povo faminto! No milagre da multiplicação, Jesus provoca em nós atitudes de comprometimento com a fome do povo e sua dignidade. a) Hoje a justiça precisa acontecer urgentemente. Como podemos fazer acontecer o milagre da multiplicação na realidade em que vivemos? (Momento para conversar)
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Canto: /: É Jesus este pão de igualdade. Viemos pra comungar com a luta sofrida de um povo, que quer ter voz, ter vez, lugar. Comungar é tornar-se um perigo. Viemos pra incomodar. Com a fé e a união, nossos passos um dia vão chegar. :/ A: O projeto de Deus, “vida em abundância para todos”, está longe de ser vivido na sociedade em que vivemos. Jesus viu e sentiu a necessidade do povo, alimentou-os com o pão da esperança e da vida nova. L:
Jesus cuidou para que nada se perdesse e que as sobras fossem recolhidas, sem desperdícios. Ele respeitou a vida em todos os sentidos.
L:
Ele nos deixou a incumbência de nos empenharmos nas iniciativas para diminuir a fome no mundo. Não aceitou a desculpa dos discípulos, a proposta de mandar o povo para casa, mas disse a eles e também a nós:
T:
“Dai-lhes vós mesmos de comer”.
A: Diante da atitude de Jesus e de tudo o que refletimos hoje, o que vamos falar com Deus? Interiorizando tudo o que sentimos, com muita liberdade de filhas e filhos, coloquemos diante do Senhor nossas dúvidas, alegrias, agradecimentos, pedidos e louvores espontâneos. (Um breve silêncio)
A:
Vamos continuar conversando com Deus, rezando, em dois lados, alguns versículos do Salmo 144.
Lado A: Ó Deus, quero exaltar-te e bendizer teu nome eternamente e para sempre. O Senhor ampara todos os que caem e reergue todos os abatidos. T:
Os olhos de todos em ti esperam, e tu lhes forneces o alimento na hora certa. Abres a mão e sacias o desejo de todo ser vivo. O Senhor é justo em todos os seus caminhos, santo em todas as suas obras.
Lado B: O Senhor está perto de todos os que o invocam, dos que o invocam de coração sincero. Satisfaz o desejo dos que o temem, escuta o seu clamor e salva-os.
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T:
Todo ser vivo bendiga seu nome santo, eternamente e para sempre. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no principio, agora e sempre. Amém.
A: Por meio da leitura orante do texto da multiplicação dos pães, renovemos em nós a consciência de um mundo fraterno e solidário, e do nosso compromisso com a defesa da vida. Que compromisso podemos assumir na comunidade, para que nossos gestos sejam parecidos com os de Jesus? (Conversar e ver que compromisso pode ser assumido)
Canto: 1. Participar é criar comunhão, fermento no pão; é saber repartir, comprometer-se com a vida do irmão, viver a missão de amar e servir. /: Mas é preciso que o fruto se parta e se reparta na mesa do amor. :/ A: Em silêncio, vamos olhar os símbolos que estão no ambiente e façamos uma ligação entre eles e o que refletimos. (Pausa)
Bênção A: Vamos pedir as bênçãos de Deus sobre nós e sobre o pão, que em seguida será partilhado. T: Que o Senhor nos abençoe e abençoe o pão, sinal de partilha, solidariedade e comunhão. Que nossas mãos estejam estendidas para acolher e alimentar os famintos. Que estejam sempre abertas para acolher os irmãos e irmãs. Que nossa vida seja sempre um sinal da Eucaristia que comungamos. Isso te pedimos, ó Deus Pai, Filho, Espírito Santo. Amém! Canto: 1. A mesa tão grande e vazia de amor e de paz, – de paz! Lá onde há luxo de alguns, alegria não há, – jamais! A mesa da Eucaristia nos quer ensinar – ah, ah, que a ordem de Deus, nosso Pai, é o pão partilhar. /: Pão em todas as mesas, da Páscoa a nova certeza: a festa haverá, e o povo a cantar, aleluia! :/
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2. Que em todas as mesas do pobre haja festa de pão, – de pão. E as mesas dos ricos, vazias, sem concentração, – de pão! Busquemos aqui, nesta mesa do Pão redentor – do céu, a força e a esperança que anima o povo de Deus! 3. Bendito o ressuscitado, Jesus vencedor, – ô, ô. No pão partilhado, a presença nos deixou, – deixou! Bendita é a vida nascida de quem se arriscou, – ô, ô, na luta pra ver triunfar, neste mundo, o amor! (Fazer a partilha do pão)
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
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7º Encontro
A Missão de Maria “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5). Ambiente: Bíblia, casinha, vela, cartaz da CF, jarra com água, suco de uva, imagem de Nossa Senhora... Acolhida: Pelo animador(a) ou pela família da casa
Motivação e oração Animador(a): Irmãos e irmãs, sejamos todos e todas bem-vindos a este encontro do nosso grupo. Hoje vamos rezar e refletir sobre o milagre das bodas de Caná, quando Jesus transformou água em vinho, quando Maria disse aos serventes: Todos(as): “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5 ). A: Lembrando o sinal da água transformada em vinho da melhor qualidade, vamos recordar e partilhar entre nós algum fato positivo que aconteceu na comunidade na semana que passou. (Momento para partilhar)
A: Agradecidos pelas muitas bênçãos e graças em nossas vidas, que são vinho bom para nós no dia a dia, saudemos a Trindade Santa. T:
Em nome do Pai...
Canto: /: Ó Trindade, vos louvamos, vos louvamos pela vossa comunhão. Que esta mesa favoreça, favoreça nossa comunicação. :/ 1. Deus nos fala na história e nos chama à conversão: Vamos ser palavras vivas, proclamando a salvação. A: Vamos preparar o nosso coração e fazer uma boa reflexão da Palavra de Deus, e assumir nossos compromissos de fé, para cultivar e guardar a criação com que Deus nos presenteou. Rezemos:
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Lado A: Nós vos agradecemos por tanto amor e carinho para conosco e com o mundo em que vivemos. Lado B: Dai-nos o vinho novo da vossa graça, que resgate a nossa fé batismal e restaure o mundo em que vivemos conforme a ordem original da vossa criação. T:
Que Maria, vossa primeira discípula missionária, nos inspire e ajude nesta missão.
Canto: /: Maria, Medianeira divinal! Se pedes, teu Jesus atenderá. Repete o teu apelo maternal, assim como nas bodas de Caná. :/
A Palavra de Deus ilumina A: A passagem do evangelho que vamos ouvir nos relata o primeiro grande sinal do Reino realizado por Jesus: a transformação da água em vinho novo da melhor qualidade. Aparece também com muito destaque a atitude assumida por Maria, quando disse aos serventes: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Preparemos nosso coração para acolher a Palavra de Deus, cantando. Canto: /: Fala, Senhor, fala da vida. Só tu tens palavras eternas, queremos ouvir. :/ Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João, 2,1-12. (Momento de silêncio para interiorização da Palavra)
A: Jesus, Maria e os discípulos estavam participando de uma festa de casamento. Vamos reler o texto proclamado e depois conversar. (Momento para reler o texto)
A:
Diante do fato acontecido numa festa de casamento, vamos recordar o texto: – Qual foi o imprevisto da festa? – O que disse Maria aos serventes? – O que disse Jesus aos serventes? (Momento para responder)
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A: Jesus veio trazer vida nova em abundância para a humanidade e para o mundo. A água transformada em vinho significa a alegria da Boa Nova da salvação para toda a humanidade. – Como Maria, estamos atentos às necessidades e problemas da vida dos nossos irmãos e irmãs? De que forma reagimos? – Manifestamos para nossos irmãos e irmãs o vinho novo da fé? Como? – Maria se preocupou com a falta de vinho na festa. Nós também nos preocupamos com a vida dos irmãos e irmãs e com a vida da natureza? O que fazemos? – O que estamos fazendo para que a nossa mãe natureza continue sempre como vinho novo, pois não pode acabar e nem ser destruída?
(Momento para conversar)
A: O que o sinal de Jesus nas bodas de Caná nos leva a dizer a Deus, no tempo em que vivemos? (Preces espontâneas)
Canto: /: Nossa alegria é saber que um dia todo esse povo se libertará: Pois Jesus Cristo é o Senhor do mundo, nossa esperança realizará. :/
Compromisso A: Ser cristão significa fazer tudo aquilo que Jesus ensinou: Amar a Deus, os irmãos e irmãs e defender a vida. Sugestões: – Manter os olhos abertos e as mãos estendidas para as necessidades do próximo. – Criar e consolidar o hábito de separar o lixo orgânico do lixo reciclável. – Evitar o desperdício de qualquer tipo de alimento e de água. – Ver no rosto dos sofredores a face de Cristo. (O grupo pode formar outros compromissos conforme sua realidade)
Bênção A: Maria entendeu a sua missão de apresentar Cristo ao mundo. Nós devemos ser imitadores de Maria, mostrando ao mundo o
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vinho novo, que é Jesus, através de nossa vivência concreta da fé na família, na Igreja e na comunidade. L:
O papa Francisco nos diz que a ecologia deve ser integral, entrelaçando todas as dimensões do ser humano com a natureza.
A: Inspirados na luz das palavras de Maria, de Jesus, e do Papa Francisco, peçamos a Deus que nos abençoe e guarde em seu amor: T:
Em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Amém.
Canto: 1. Companheira Maria, perfeita harmonia entre nós e o Pai. Modelo dos consagrados, nosso ‘sim’ ao chamado do Senhor confirmai! /: Ave Maria, cheia de graça, plena de graça e beleza, queres com certeza que a vida renasça. Santa Maria, Mãe do Senhor, que se fez pão para todos, criou mundo novo só por amor! :/ 2. Intercessora Maria, perfeita harmonia entre nós e o Pai! Justiça dos explorados, combate o pecado, torna todos iguais! 3. Transformadora Maria, perfeita harmonia entre nós e o Pai! Espelho de competência, afasta a violência, enche o mundo de paz!
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
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8º Encontro
A Casa Construída Sobre a Rocha “... as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento” (Mt 7,28). Ambiente: Bíblia, casinha, vela, flores, pedras, tijolo, areia, fotos de casas em perigo, inundações...
Motivação e oração Animador(a): Estamos em pleno Tempo Pascal, no Ano Mariano dos 300 anos de Aparecida, vivendo o desafio da CF 2017. De alguma forma, os temas se entrelaçam na constante preocupação com a vida em plenitude. Lembremos brevemente nosso encontro passado – o que nos ficou dele? e como vivemos o compromisso assumido? (Tempo para lembrar e falar)
A: É Tempo Pascal. A Igreja nos convida a viver a alegria da ressurreição, num tempo de 50 dias pascais, até a festa de Pentecostes. Hoje queremos falar sobre uma casa e uma rocha, lendo e ouvindo um breve texto de Mateus, em que Jesus aparece falando “como quem tem autoridade”. Iniciemos, rezando: Todos(as): Em nome do Pai... A: Com o salmista (Sl 71) queremos louvar o Senhor, que é a rocha firme da nossa vida desde o seio materno. T:
És tu, Senhor, a minha esperança, és minha confiança, Senhor, desde a minha juventude.
L:
Em ti me refugio, Senhor, que eu não seja confundido para sempre. Liberta-me, defende-me pela tua justiça, atende-me e salva-me.
L:
Sobre ti me apoiei desde o seio materno, desde o colo de minha mãe és minha proteção. De teu louvor está cheia a minha boca, de tua glória, o dia todo.
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T:
Sê para mim uma rocha de defesa, uma fortaleza para a minha salvação, porque és meu rochedo e meu refúgio.
L:
Tu me instruíste, ó Deus, desde a minha juventude, e ainda hoje proclamo os teus prodígios. Cantando os teus louvores, exultarão meus lábios.
L:
A tua justiça, ó Deus, é alta como o céu, fizeste coisas grandes: quem é como tu, ó Deus? Também minha língua o dia todo proclamará tua justiça.
T:
Sê para mim uma rocha de defesa, uma fortaleza para a minha salvação, porque és meu rochedo e meu refúgio.
Canto: /: Vinde e vede, vinde! Ele está no meio de nós. Ele está no meio de nós! :/
A Palavra de Deus ilumina A: Motivados pela nossa frase-inspiração e pelas palavras do Salmo que rezamos, vamos dispor-nos a ouvir com atenção e admiração o ensinamento de Jesus que nos é transmitido pelo evangelista Mateus, num pequeno texto com duas fortes imagens, na conclusão do longo Sermão da Montanha. Aclamemos a Palavra, cantando. Canto: /: Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor. Lâmpada para meus os pés, Senhor, luz para o meu caminho. Lâmpada para meus os pés, Senhor, luz para o meu caminho. :/ Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus 7,24-29. (Breve silêncio para lembrar e imaginar as cenas do texto)
A: O nosso texto diz que o povo ficava admirado com o ensinamento de Jesus. E Jesus havia falado sério, dando dois exemplos muito concretos: não basta “ficar admirado”, mas é preciso “ouvir e pôr em prática” as suas palavras. Como exemplo, Jesus fala de dois homens: – Que tipo de pessoa são os dois homens? O que fazem? – Era previsível o que aconteceu – o que foi? – Como Jesus ensinava? (Tempo para responder)
Canto: /: Jesus Cristo ontem, hoje e sempre! Ontem, hoje e sempre, Aleluia! :/
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A: Olhemos para a nossa casinha que sempre nos acompanha nos encontros. Ela é símbolo da nossa casa, das casas dos nossos encontros, da Igreja nas casas, da Casa Comum em que vive a humanidade. – Com qual das duas casas do cenário do evangelho a nossa casa deve parecer-se? Por quê? – Sobre que rocha nós nos firmamos, quando caminhamos de casa em casa, levando a Palavra? – Como valorizamos esta casa em que nos encontramos agora, aqui? O que significa encontrar cada semana uma porta aberta, uma casa acolhedora? – Como acolhemos e pomos em prática o ensinamento de Jesus nos encontros GBF? Em nossa vida de família? Na vida de (em) comunidade? Na casa-Igreja, na Palavra e na Eucaristia? No cuidado com a natureza? (Tempo para refletir e partilhar)
Canto: 1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram / em torno da Bíblia, Palavra de Deus. Refletem, conversam, e rezam, e cantam, / na prece entrelaçam a terra e os céus. /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/ A: Refletimos e conversamos entre nós. Por que não fazer Jesus tomar parte nessa conversa? Se também ficamos admirados como as multidões, se o ensinamento que ouvimos nos tocou e queremos pôr em prática, se dissemos no Salmo que ele é nossa rocha, vamos dizer isso a Jesus com muita simplicidade. (Tempo para a conversa com Jesus)
Canto: 3. Igreja nas casas! Modelo é a Trindade. Pessoas diversas constroem comunhão. Partilham suas buscas, seus sonhos, problemas, e tudo se torna fraterna oração. /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/
Compromisso A: Alguma coisa do que dissemos a Jesus, alguma ideia que nos veio ao longo deste encontro poderia tornar-se um compromisso para a semana, para “pôr em prática” o que ouvimos. O que? De que modo? (Tempo)
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Bênção A: No final deste encontro, vamos olhar mais uma vez para a nossa casinha, para o nosso ambiente todo, esta casa onde estamos reunidos – e olhar para nós, para cada pessoa do nosso grupo: T: Obrigado, Senhor Jesus, por seres a rocha da nossa casa e da nossa vida! Abençoa-nos com a bênção do teu amor. A: Desça sobre nós a bênção do Pai, do Filho e do Espírito Santo. T:
Amém.
Canto: /: Procuro abrigo nos corações, de porta em porta desejo entrar. Se alguém me acolhe com gratidão, faremos juntos a refeição. Se alguém me acolhe com gratidão faremos juntos a refeição. :/ 1. Eu nasci pra caminhar assim dia e noite; vou até o fim. O meu rosto o forte sol queimou, meu cabelo o orvalho já molhou: eu cumpro a ordem do meu coração. 2. Vou batendo até alguém abrir. Não descanso, o amor me faz seguir. É feliz quem ouve a minha voz e abre a porta, entro bem veloz: Eu cumpro a ordem do meu coração. 3. Junto à mesa vou sentar depois e faremos refeição nós dois. Sentirá seu coração arder e esta chama tenho de acender; eu cumpro a ordem do meu coração.
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
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9º Encontro
Novo Céu e Nova Terra “Esta é a morada de Deus com os seres humanos...” (Ap 21,3). Ambiente: Bíblia, cruz, imagem de Nossa Senhora e vela. Espalhar palavras que expressem um mundo novo: paz, justiça, alegria, amor fraterno, sobriedade, cuidado, respeito... Acolhida: Boas-vindas pelos moradores da casa.
Motivação e oração Animador(a): Irmãos e irmãs muito amados! O Tempo Pascal é uma oportunidade muito bonita que Deus nos dá para nos tornarmos pessoas melhores. Jesus está em nosso meio, nos ama e nos acolhe como seus irmãos e irmãs. Ele caminha conosco, nos ajuda, nos protege e nos fortalece. Ele nos ensina como podemos construir um novo céu e uma nova terra. Iniciemos, cantando: Canto: Em nome do Pai... A: Através da Bíblia, Deus comunica sua vontade para todos nós. Oferece todas as condições para o ser humano viver com dignidade e paz. Neste ano estamos refletindo sobre a temática da Campanha da Fraternidade. Deus nos dá uma grande missão. T:
Cultivar e cuidar da criação é vontade de Deus e responsabilidade de todos nós.
A: Louvemos a Deus, agradecendo a sua divina criação, cantando ou rezando o Canto das Criaturas. Canto: Onipotente e bom Senhor, a ti a honra, glória e louvor! Todas as bênçãos de ti nos vêm e todo o povo te diz: Amém! 1. Louvado sejas nas criaturas, primeiro o sol, lá nas alturas. Clareia o dia, grande esplendor, radiante imagem de ti, Senhor. 2. Louvado sejas pela irmã lua, no céu criaste, é obra tua. Pelas estrelas, claras e belas, tu és a fonte do brilho delas.
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3. Louvado sejas pelo irmão vento e pelas nuvens, o ar e o tempo. E pela chuva que cai no chão, nos dá sustento, Deus da criação. 4. Louvado sejas, meu bom Senhor, pela irmã água e seu valor. Preciosa e casta, humilde e boa, se corre, um canto a ti entoa. 5. Louvado sejas, ó meu Senhor, pelo irmão fogo e seu calor. Clareia a noite robusto e forte, belo e alegre, bendita sorte. 6. Sejas louvado pela irmã terra, mãe que sustenta e nos governa. Todos os frutos nos dá, o pão com flores e ervas, sorri o chão. 7. Louvado sejas, meu bom Senhor, pelas pessoas que, em teu amor, perdoam e sofrem tribulação. Felicidade em ti encontrarão. 8. Louvado sejas pela irmã morte, que vem a todos, ao fraco e ao forte. Feliz aquele que te ama, a morte eterna não o matará. 9. Bem-aventurado quem guarda a paz, pois o Altíssimo o satisfaz. Vamos louvar e agradecer com humildade ao Senhor bendizer.
A Palavra de Deus ilumina A: Iluminados pelo Espírito Santo, preparemo-nos para refletir sobre o grande sonho que Deus tem para toda a humanidade. Vamos acolher a Palavra de Deus que nos enche de alegria e de esperança. Canto: /: Pela palavra de Deus, saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar. :/ Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do Apocalipse 21,1-5. (Breve silêncio para meditar sobre a Palavra ouvida)
A: O livro do Apocalipse pertence à comunidade e foi escrito pelo final do primeiro século. Os cristãos estavam sendo perseguidos e muitos foram mortos pelo império romano. Tudo parecia perdido. A maldade era muito grande. A terra estava dominada pela violência e pela ganância. L:
Numa situação dessas, as pessoas se perguntam: Onde está Deus? Será que ele abandonou esta terra e todas as suas criaturas?
A: Quem escreveu o Apocalipse pertencia à comunidade de João evangelista. O Espírito Santo lhe concedeu uma visão, mostrando
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o sentido de tudo o que estava acontecendo e do que vai acontecer no futuro. Ele viu “um novo céu e uma nova terra”. Vamos ver na nossa Bíblia o que diz o texto. – Como é apresentada a nova Jerusalém? – O que diz a “voz forte que vem do trono”? – O que Deus pode mudar nessa realidade de “novo céu e nova terra”? (Vamos conversar a partir das perguntas, sem sair do texto)
A: No texto, a nova Jerusalém representa toda a humanidade. Ela é a imagem da renovação da Aliança com Deus. O novo céu e a nova terra, em outras palavras, é o Reino de Deus presente já neste mundo. Deus orienta os seus filhos no caminho da vida. Vamos aprofundar o texto que ouvimos, trazendo para hoje: – O que o texto do Apocalipse diz para nós hoje? – Novo céu e nova terra! Acreditamos que isto seja possível já neste mundo? Como? (Tempo para conversar)
Canto: /: Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra, um novo mar, e nesse dia os oprimidos, a uma só voz, a liberdade irão cantar. :/ A: Esse texto do Apocalipse nos enche de esperança de que é possível tornar real o sonho de Deus. Ele ilumina e fortalece a cada um de nós para construir uma nova realidade: um mundo de justiça e de paz. L:
Ele nos ilumina e fortalece, para sermos responsáveis e zelosos pela Casa Comum; para agirmos em favor de todos os habitantes da terra, pensando também nas futuras gerações.
L:
Precisamos abandonar também o caminho do individualismo. O papa insiste no amor fraterno: O cuidado da natureza faz parte de um estilo de vida que implica a capacidade de vivermos juntos o sonho de Deus.
L:
Precisamos abandonar o caminho da violência, da agressividade, da insensibilidade, da discriminação, da corrupção.
T:
“É necessário voltar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabilidade para com os outros e o mundo, que vale a pena ser bons e honestos” (Papa Francisco).
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A: É necessário que os governos e os grandes empresários se comprometam com a defesa do meio ambiente, saneamento básico, preservação dos biomas, como pede a Campanha da Fraternidade deste ano. T:
Cultivar e cuidar da criação.
A: Jesus lembra que temos Deus como nosso Pai comum e que isso nos torna irmãos e irmãs. Também são nossos irmãos e irmãs: a água, o sol, o ar, o fogo, as árvores, os pássaros e todas as demais criaturas. Elevemos a Deus nossas preces de louvor. (Seguem as preces de louvor espontâneas)
A: Que Deus nos ajude a caminhar na esperança de um mundo novo, com alegria, entusiasmo e perseverança. Rezemos a oração da Campanha da Fraternidade: T:
Deus, nosso Pai e Senhor, nós vos louvamos e bendizemos por vossa infinita bondade. Criastes o universo com sabedoria e o entregastes em nossas frágeis mãos para que dele cuidemos com carinho e amor. Ajudai-nos a ser responsáveis e zelosos pela Casa Comum. Cresça em nosso imenso Brasil o desejo e o empenho de cuidar mais e mais da vida das pessoas e da beleza e riqueza da criação, alimentando o sonho do novo céu e da nova terra que prometestes. Amém!
Canto: 1. Louvado sejas, ó Senhor, pela mãe terra, que nos acolhe, nos alegra e dá o pão. Queremos ser os teus parceiros na tarefa de cultivar e bem guardar a criação. /: Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto pela vida e pela paz. :/
Compromisso A: Cada um de nós é corresponsável pela construção do Reino de Deus no mundo, para que aconteça um “novo céu e uma nova terra”. Para isso, é necessário que abandonemos outros caminhos que costumamos seguir, como, por exemplo, o desejo de acúmulo, o consumismo e o individualismo. Que compromissos podemos assumir, para que aconteça o “novo céu e a nova terra”? (Conversar e decidir uma ação concreta)
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Bênção A: Jesus está sempre em nosso meio! Neste Ano Mariano queremos homenagear a sua mãe Maria que nos ajuda a nos aproxima de Jesus. (Podemos passar de mão em mão a imagem de Maria, enquanto rezamos)
T: Ave Maria... A: Com a intercessão de nossa mãe, Nossa Senhora, pedimos a bênção de Deus. T: Ele que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém Canto: /: Virá o dia em que todos, ao levantar a vista, veremos nesta terra reinar a liberdade. :/ 1. Minh’alma engrandece o Deus libertador. Se alegra o meu espírito em Deus, meu Salvador. Pois ele se lembrou do seu povo oprimido e fez de sua serva a Mãe dos esquecidos. 2. Imenso é seu amor, sem fim sua bondade pra todos que na terra seguem sua humildade. Bem forte é nosso Deus, levanta o seu braço, espalha os soberbos, destrói todo o pecado. 3. Derruba os poderosos dos seus tronos erguidos com sangue e suor de seu povo oprimido. E farta os famintos, levanta os humilhados, arrasa os opressores, os ricos e os malvados. Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos A CADEIR – Comissão Arquidiocesana para o Diálogo Ecumenismo e Inter-Religioso –, motiva e organiza encontros de reflexão na preparação das celebrações ecumênicas para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que acontece na semana entre a Ascensão do Senhor e Pentecostes. É importante ficar atento nesse período, pois haverá em vários locais e igrejas atividades e celebrações ecumênicas, para fortalecer a comunhão entre as Igrejas Cristãs (Ler o anexo na página 82). As celebrações e atividades ecumênicas também serão divulgadas no Jornal e no site da Arquidiocese.
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10º Encontro
O Rio e a Árvore da Vida “... em ambas as margens do rio cresce a árvore da vida... e suas folhas servem para curar as nações” (Ap 22,2). Ambiente: Bíblia, casinha, vela, vasilha com água, vaso com planta, se possível frutífera, ou foto de árvores com frutos, e rios. Acolhida: Pela família que acolhe o grupo.
Motivação e oração Animador(a): Irmãos e irmãs, é bom estarmos mais uma vez aqui reunidos, vivendo a alegria do Tempo Pascal. É um tempo especial de renovação da nossa fé, para vivermos intensamente a presença de Cristo ressuscitado na nossa vida. Repletos de alegria pascal, saudemos a Trindade Santa. Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. A: Hoje continuaremos refletindo sobre o livro do Apocalipse, que nos traz esperança para uma nova vida. Participaremos da árvore da vida e beberemos da água viva que é o Cristo Senhor. Rezemos o Salmo 150 em louvor a Deus, que renova sua aliança com a humanidade. Lado A: Aleluia. Louvai a Deus no seu santuário, louvai-o no firmamento do seu poder. Lado B: Louvai-o por suas grandes obras, louvai-o pela sua imensa grandeza. Lado A: Louvai-o tocando trombetas, louvai-o com harpa e cítara; louvai-o com tímpanos e danças, louvai-o nas cordas e nas flautas. Lado B: Louvai-o com címbalos sonoros, louvai-o com címbalos retumbantes; todo ser vivo louve o Senhor. Aleluia. T:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Canto: /: Jesus Cristo é o Senhor, o Senhor, o Senhor. Jesus Cristo é o Senhor, glória a ti, Senhor. :/
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A Palavra de Deus ilumina A: No livro do Apocalipse encontramos o texto que vamos ouvir, dirigido às comunidades cristãs que, na época, estavam passando por muita dificuldade. A grande esperança delas era a promessa de mudança que sentiam a partir da ação libertadora de Deus acontecida na história do povo e na vitória final de Jesus sobre a morte. Vamos acolher a Palavra e ouvir o anúncio que está no livro do Apocalipse. Canto: /: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar. :/ Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do Apocalipse 22,1-5. (Um breve silêncio)
A: No encontro anterior refletimos sobre o novo céu e a nova terra, que também é um texto do Apocalipse. Ele nos apresentou a Nova Jerusalém, a cidade perfeita descida do céu, o santuário de Deus. Hoje, o texto diz que nela há um rio de água viva e a árvore da vida. Vamos reler o texto e refletir como o entendemos. (Reler pausadamente e partilhar)
A: O texto quer dizer que a cidade era governada por Deus, e o rio de água viva brotava do Cordeiro, que é Jesus Cristo. As palavras do Apocalipse iluminam a vida das nossas comunidades, que também estão passando por momentos difíceis. – O que o texto quer dizer para nós, hoje? – Como nós podemos contribuir, para que a luz de Deus brilhe em nós intensamente, tornando nossa cidade mais humana? – Que frutos percebemos em nossa vida, que vêm da ação do Espírito Santo? (Momento para conversar)
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Canto: /: Brilhe a vossa luz, brilhe para sempre. Sejam luminosas vossas mãos e as mentes. Brilhe a vossa luz, brilhe a vossa luz! Brilhe a vossa luz, brilhe a vossa luz! :/ A: O texto expressa a beleza da vida plena em abundância, a soberania de Deus, saúde para as nações da terra, ausência de toda maldição. Muitas vezes encontramos situações de injustiça, violência, opressão, sofrimento, e esperamos que Deus mude a realidade em que vivemos. Mas isso depende muito da nossa contribuição. T:
Deus criou o mundo por amor, e viu que tudo era muito bom.
L:
Olhando para a nossa Casa Comum, o planeta Terra, o paraíso que Deus fez, percebemos que o equilíbrio do meio ambiente está extremamente ameaçado pelas agressões causadas por nós.
L:
Depende de todos nós a construção de um mundo melhor, uma cidade mais justa e o meio ambiente equilibrado, para que haja condições favoráveis de vida plena para todos.
A: Diante do que refletimos e do cuidado que devemos ter com a criação de Deus, elevemos a Deus nossas súplicas. (Seguem as preces espontâneas)
A: Finalizando nossas preces, rezemos: Lado A: Quero cantar tua força, Senhor. T:
Quero aclamar pela manhã o teu amor.
Lado B: Sim, nosso Deus é rochedo fiel. T:
Quero aclamar pela manhã o teu amor.
Lado A: Como são grandes tuas obras, Senhor! T:
Quero aclamar pela manhã o teu amor.
Lado B: Todos os povos te adoram, ó Deus. T:
Quero aclamar pela manhã o teu amor.
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Compromisso A: Estamos vivendo nas cidades ou dependemos delas para viver. E, infelizmente, encontramos muitas condições desfavoráveis para uma vida plena. O nosso meio ambiente também está sendo alvo de ações humanas que interferem em seu equilíbrio. O que podemos assumir como compromisso para que a situação mude? (Tempo para conversar e assumir compromissos)
Bênção A: Peçamos também a proteção de Maria para todos nós e rezemos: T:
Ave-Maria...
A: Pedimos a bênção de Deus. T: A bênção de Deus Pai, Filho e Espírito Santo esteja em nós e permaneça para sempre. Amém. Canto: 1. Quando o Espírito de Deus soprou, o mundo inteiro se iluminou. A esperança na terra brotou, e o povo novo deu-se as mãos e caminhou. /: Lutar e crer, vencer a dor, louvar o Criador! Justiça e paz hão de reinar e viva o amor! :/ 1. Quando Jesus a terra visitou, a Boa Nova da justiça anunciou: o cego viu, o surdo escutou, e os oprimidos das correntes libertou.
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
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11º Encontro
Maria na Vida da Igreja “Todos eles perseveravam na oração junto com algumas mulheres, entre elas, Maria” (At 1,14). Ambiente: Bíblia, vela, casinha, cartaz da Campanha da Fraternidade, imagem de Nossa Senhora, pequenos cartões com alguns títulos dos encontros do livreto do Tempo Pascal que marcaram a caminhada. Acolhida: Pelas pessoas da casa
Motivação e oração Animador(a): Irmãos e irmãs, estamos chegando ao fim do Tempo Pascal e nos preparando para a Solenidade de Pentecostes. Rezamos e refletimos sobre o Ano Mariano e a Campanha da Fraternidade, temas de vivência cristã que poderemos agora citar e comentar brevemente. (Tempo para citar e comentar brevemente)
A: E assim, tendo relembrado tantas maravilhas que rezamos em família, com a ajuda deste livreto, iniciemos também com muita alegria o encontro de hoje, saudando a Trindade Santa. Todos(as): Em nome do Pai... (Contemplemos os símbolos, cantando)
Canto: /: Vem, Maria, vem nos ajudar, neste caminhar tão difícil rumo ao Pai. :/ A: A celebração dos 300 anos é uma grande ação de graças que teve início em 2015, com a peregrinação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida pelas dioceses do Brasil, percorrendo cidades e periferias, lembrando aos pobres e abandonados que eles são os prediletos do coração misericordioso de Deus. T:
Maria nunca desampara seus filhos e filhas.
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L:
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que faz parte da história do Brasil, mãe de Jesus e nossa, também esteve presente em nossa Arquidiocese, no mês de agosto de 2016, trazendo bênçãos, muita alegria e animando a fé de todo o povo de Deus.
A: Saudemos Maria, rezando a Salve Rainha: T:
Salve Rainha ...
Canto: Santa Mãe Maria, nessa travessia cubra-nos teu manto cor de anil. Guarda nossa vida, Mãe Aparecida, santa padroeira do Brasil. /: Ave, Maria! Ave, Maria! :/
A Palavra de Deus ilumina A: O livro dos Atos dos Apóstolos é conhecido como o livro do Espírito Santo. Nele Lucas narra os gestos e as palavras das comunidades, que, animadas pelo Espírito de Jesus, levaram a Boa Nova até os confins da Terra. Canto: /: Fala, Senhor, fala da vida, só tu tens palavras eternas, queremos ouvir. :/ Leitor(a) da Palavra: Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos 1,12-14. (Breve silêncio para interiorizar a Palavra)
A: Vamos reler o texto, observando: Onde estavam? Quem estava lá? O que eles faziam? (Reler o texto na sua própria Bíblia)
A: Lucas ressalta o papel importante de Maria e das mulheres nas primeiras comunidades cristãs. Jesus sempre valorizou a presença dedicada da mulher na construção do Reino de Deus. Canto: /: Ensina teu povo a rezar, Maria, Mãe de Jesus. Que um dia teu povo desperta e na certa vai ver a luz. Que um dia teu povo se anima e caminha com teu Jesus. :/ A: Imaginemos a cena bíblica como se estivéssemos lá naquela cidade, como espectadores, vendo, observando, ouvindo... O que sentimos dentro de nós? (Momento para partilhar)
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Como o texto bíblico nos motiva hoje a nos prepararmos para viver a festa de Pentecostes em nossa comunidade? (Momento para conversar)
A: A partir do que refletimos, o que queremos dizer a Jesus? (Preces espontâneas)
Canto: /: Vem, vem, vem, vem, Espírito Santo de amor. Vem a nós, traz à Igreja um novo vigor. :/
Compromisso A: Vamos olhar para a nossa realidade com os olhos de Deus e assumir algum compromisso durante todo este ano. Sugestões: – Neste Ano Mariano, resgatar a oração do Terço como Oração da Família e ensinar quem ainda não sabe rezá-lo; – Perceber a necessidade de alguma família de nossa comunidade e ajudá-la no que for possível; – Comprometer-nos na defesa da vida humana e da criação, praticando alguma ação: reciclando o lixo, o óleo de cozinha, participando do conselho local de saúde, etc. (Conversar e ver como podemos assumir o compromisso)
Bênção A: Cada um dos nossos encontros como Grupo Bíblico em Família é um encontro especial com Jesus e com Maria. Peçamos a Maria que nos ajude a viver unidos e perseverantes na oração, assim como viviam os primeiros cristãos: T:
Estivemos aqui reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
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Canto: Vem, vem, vem, vem, Espírito Santo de amor! Vem a nós, traz à Igreja um novo vigor! 1. Presente no início do mundo, presente na criação. Do nada tiraste a vida: que a vida não sofra no irmão. 2. Presença de força aos profetas, que falam sem nada temer. Contigo sustentam o povo, na luta que vão empreender. 3. Presença que gera esperança, Maria por ti concebeu. No povo renasce a confiança, ó Espírito Santo de Deus! 4. Presença com força de vida, presença de transformação. Tiraste a vida da morte, em Cristo, na Ressurreição! 5. Presença na Igreja nascente, os povos consegues reunir. Na mesma linguagem se entendem. O amor faz a Igreja surgir!
ORAÇÃO DOS GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA Senhor Jesus, tu nos garantiste: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt 18,20). Por isso, acreditamos em tua presença, quando nos reunimos nos Grupos Bíblicos em Família. Em nossos encontros, Senhor Jesus, somos iluminados por tua Palavra, fortalecidos pela oração comunitária e enriquecidos por tua graça. Somos, também, confortados pela presença de irmãos e irmãs que, como nós, querem ser discípulos e missionários teus. Porque queremos ser teus discípulos, ensina-nos a fazer a vontade do Pai; a estar atentos às necessidades dos que sofrem e a ser “alegres na esperança, fortes na tribulação e perseverantes na oração” (Rm 12,12). Por que queremos ser teus missionários, dá-nos um coração generoso e entusiasta, um coração como o teu: incansável no anúncio de que Deus é amor. Nossos encontros bíblicos nos preparem para o domingo, Dia do Senhor, quando somos convidados a nos reunir ao redor de teu Altar. Ali te ofereces ao Pai por nós e nos alimentas com tua Palavra e com o Pão da vida; ali aprendemos que amar é assumir a cruz de cada dia. Tua Mãe Maria, Nossa Senhora do Desterro, interceda por nossas famílias e nossos grupos, para que saibam imitar a Família de Nazaré. Assim estaremos nos preparando para viver um dia com a Santíssima Trindade, numa alegria que não terá fim. Amém. D. Murilo S. R. Krieger, SCJ
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12º Encontro
A Ação do Espírito Santo “E vós também dareis testemunho” (Jo 15,27). Ambiente: Bíblia, vela, casinha, cartaz com frases e símbolos que nos lembrem o Espírito Santo, e a bandeira do Divino (se possível). Acolhida: Pelo animador/a
Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos! Estamos encerrando o Tempo Pascal com a festa de Pentecostes. Hoje vamos recordar algo de nossa história pessoal, e/ou fazer memória de algum acontecimento da nossa comunidade que percebemos como ação do Espírito Santo. (Momento de partilha)
Canto: /: Estaremos aqui reunidos como estavam em Jerusalém, pois só quando vivemos unidos é que o Espírito Santo nos vem. :/ A: O Domingo de Pentecostes celebra a vida e a força que Deus concede à sua Igreja pela presença do Espírito Santo em todos os tempos e lugares. No dia de Pentecostes, os discípulos estavam reunidos, e o Espírito Santo os encheu de coragem, fé e vigor. Todos(as): E todos ficaram repletos do Espírito Santo. A: Hoje também nós estamos aqui reunidos e queremos deixar-nos conduzir pelo Espírito Santo. Ele nos encoraja para seguirmos em frente como cristãos e comunidades de fé. Saudamos a Trindade Santa. T:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
A: Colocamo-nos diante de Deus, pedindo os dons do Espírito Santo. Lado A: Que a sabedoria, que vem de Deus, nos faça viver vida plena e nos coloque no caminho da solidariedade junto a nossos irmãos e irmãs.
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T:
Vem, Espírito Santo, dá-nos o dom da sabedoria.
Lado B: Peçamos a Deus o dom da fortaleza, para que tenhamos forças para fugir do pecado e praticar as virtudes. T:
Vem, Espírito Santo, dá-nos o dom da fortaleza.
Lado A: Peçamos a Deus o dom do conselho. Com ele, poderemos tomar a decisão certa no momento certo. E saberemos também aconselhar, ajudando o nosso próximo. T:
Vem, Espírito Santo, dá-nos o dom do conselho.
Lado B: Peçamos a Deus o dom do entendimento, para que, iluminados pela luz da vossa graça, possamos entender as grandes verdades da salvação. T:
Vem, Espírito Santo, dá-nos o dom do entendimento.
Lado A: Peçamos a Deus o dom da piedade, para amar a Deus de todo o coração e o próximo com todas as nossas forças, com toda a nossa alegria, mesmo nos momentos de amargura e dor. T:
Vem, Espírito Santo, dá-nos o dom da piedade.
Lado B: Peçamos a Deus o dom da ciência, para conhecermos melhor os caminhos que nos levam para vós e vivermos a fé, na esperança e na caridade. T:
Vem, Espírito Santo, dá-nos o dom da ciência.
Lado A: Peçamos a Deus o dom do temor de Deus, para que possamos respeitar a sua vontade em todas as suas manifestações. T:
Vem, Espírito Santo, dá-nos o dom do temor de Deus.
Canto: /: Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra. :/
A Palavra de Deus Ilumina A: A Solenidade de Pentecostes marca o surgimento da Igreja, que é sustentada e animada pelo dom e pela força do Espírito Santo. No Evangelho que ouviremos, Jesus promete o Espírito Santo. Vamos acolher a Palavra, cantando. Canto: /: Vem, Espírito Santo, vem. Vem iluminar. :/
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1. Nossos caminhos vem iluminar! Nossas ideias vem iluminar! As incertezas vem iluminar! A nossa vida vem iluminar! Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João 15,26-27. (Fazer silêncio por um tempo para interiorizar a Palavra)
A: O Evangelho de João narra que Jesus se encontra junto ao grupo de pessoas que o seguiam. Despede-se delas e dedica a elas algumas palavras de ensino e instrução, entre as quais se encontra o anúncio do Paráclito, que virá da parte do Pai, enviado por ele. Vamos partilhar o que mais nos chamou atenção. (Momento da partilha)
A: Em Pentecostes, Jesus envia o prometido. Animados pelo Cristo Ressuscitado e com a força do Espírito Santo, e vivendo em comunidades, somos chamados a agir como discípulos missionários. a) O que o texto fala para nós? b) Que situações na nossa comunidade nos desafiam a sermos agentes de transformação? c) Como podemos viver os dons do Espírito Santo, para que as pessoas percebam a ação de Deus no cotidiano da vida?
(Vamos conversar)
Canto: Vem, vem, vem, vem, Espírito Santo de amor! Vem a nós, traz à Igreja um novo vigor! A: O Espírito Santo nos é dado como o Consolador e Advogado que está sempre ao nosso lado, dando testemunho de Jesus e, ao mesmo tempo, auxiliando para que nosso testemunho seja verdadeiro e concreto. Rezemos para pedir os doze frutos do Espírito Santo. T:
Vinde, Espírito Santo, transformai o nosso coração.
Lado A: Dai-nos o fruto da caridade, que nos faça amar a Deus de todo o coração e ao nosso próximo como a nós mesmos. Lado B: Dai-nos o fruto da alegria, que nos faça viver intimamente consolados, sem nunca desanimar, por mais que estejamos sofrendo.
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Lado A: Dai-nos o fruto da paz, que nos faça viver espiritualmente serenos, ainda que estejamos passando as maiores tribulações internas ou externas. Lado B: Dai-nos o fruto da paciência, que nos ajuda a enfrentar qualquer coisa por amor a Deus. Lado A: Dai-nos o fruto da benignidade, que nos faça solidários e amigos com todos os que precisam de nós. Lado B: Dai-nos o fruto da bondade, que nos torne atenciosos para com todos, principalmente com os mais necessitados. Lado A: Dai-nos o fruto da longanimidade, que nos faça esperar por momentos melhores com otimismo, sem ficar aflitos. Lado B: Dai-nos o fruto da mansidão, que nos faça suportar ofensas, esquecimento ou ingratidão, sem perder a calma. Lado A: Dai-nos o fruto da fé, que nos faça crer firmemente na vossa Palavra, revelada no universo, na História, na Bíblia e na Igreja. Lado B: Dai-nos o fruto da modéstia, que nos faça respeitar os outros, como esperamos ser respeitados, mesmo que não nos respeitem. Lado A: Dai-nos o fruto da pureza, que conserve o nosso espírito sempre bom e inocente, sem maldade nem malícia. Lado B: Dai-nos o fruto da castidade, para que respeitemos o nosso corpo e o dos nossos irmãos e irmãs, como templos sagrados onde vós quereis habitar para sempre. T:
Vinde, Espírito Santo, transformai o nosso coração.
Compromisso A: Jesus mostra a seus seguidores gestos de alegria e esperança. O sinal concreto dele no encontro com os discípulos e seus seguidores é o amor. Jesus caminha conosco, e seu Espírito é confiado a nós, para nos dar a coragem de assumir nossa missão na construção de um mundo melhor. Que ação concreta podemos continuar assumindo durante o ano, tendo em vista o Ano Mariano e o apelo da Campanha da Fraternidade? (Conversar e ver o que assumir)
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Bênção A: Vemos a ação do Espírito Santo na vida e na ação da Igreja, através da história, em nossas comunidades, em tantos irmãos e irmãs. L:
Que a ação desse mesmo Espírito nos faça sempre olhar para o mundo com os olhos de discípulos missionários, discípulas missionárias!
T:
Vinde, Espírito Santo, renovai a face da terra!
L:
Não tenhamos medo! Acolhamos hoje em nossa vida esse dom de Deus, o Espírito Santo, e deixemo-nos conduzir por ele no seguimento de Cristo a caminho para o Pai!
T:
Vinde, Espírito Santo, renovai a face da terra!
L:
Que a nossa vida transformada seja sinal da presença do Cristo Ressuscitado na história!
T:
Vinde, Espírito Santo, renovai a face da terra!
A: Que a força do Espírito Santo nos guarde em sua graça, que o Filho nos ensine sempre o caminho do serviço e que Deus Pai nos revele seus planos de amor! T:
Amém!
A: Abençoe-nos a Trindade Santíssima: Pai, Filho e Espírito Santo. T:
Amém!
A: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. T:
Para sempre seja louvado!
Canto: 1. Os devotos do Divino vão abrir sua morada, pra bandeira do menino ser bem vinda e ser louvada, oi ai. 2. Deus vos salve esse devoto pela esmola em vosso nome, dando água a quem tem sede, dando pão a quem tem fome, oi ai. 3. A bandeira acredita que a semente seja tanta. Que essa mesa seja farta. Que essa casa seja santa, oi ai. 4. Que o perdão seja sagrado, que a fé seja infinita. Que o homem seja livre, que a justiça sobre viva, oi ai.
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Lembrete: Caso os grupos terminem antes de Pentecostes os encontros do livreto da Quaresma e Páscoa, propomos que continuem se encontrando. Dicas importantes: – Fazer os encontros que por acaso foram saltados, ou os que são interessantes refazer; – Praticar os passos da Leitura Orante da Palavra de Deus no próprio grupo reunido; – Responder no grupo a avaliação que está no final do livreto e encaminhar à Coordenação Arquidiocesana dos GBF; – Organizar o lançamento e a celebração inicial do novo livreto: Tempo Comum.
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Anexo 1
SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS O documento de reflexão foi preparado pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos (Santa Sé) e a Comissão Fé e Constituição (Conselho Mundial de Igrejas) e tem como tema central a “reconciliação”. O tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos foi sugerido pelo Conselho de Igrejas na Alemanha (ACK) e inspira-se na passagem da segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: “Reconciliação: é o amor de Cristo que nos impele” (2Cor). A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC) é promovida mundialmente e acontece em períodos diferentes nos dois hemisférios: no hemisfério Norte, o período tradicional é de 18 a 25 de janeiro; no hemisfério Sul, por sua vez, as Igrejas geralmente a celebram na semana entre a Ascensão do Senhor e Pentecostes. “Pedimos a Deus inspiração, ânimo e força para podermos continuar juntos no serviço, defendendo a dignidade e os direitos humanos, especialmente dos pobres, trabalhando pela justiça e rejeitando todas as formas de violência”, diz o texto, firmado pelo Papa Francisco e por Munib Yunan, na catedral luterana de Lund, após uma oração ecumênica. No Brasil, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) coordena as diversas iniciativas para a celebração da Semana e motiva os cristãos, ao longo do ano, a expressarem a comunhão entre suas Igrejas, orando juntos para uma unidade cada vez mais plena, que é o desejo do próprio Jesus Cristo (Jo 17:21). Na nossa Arquidiocese temos a CADEIR, uma Comissão na dimensão diocesana do Ecumenismo e do Diálogo Inter-Religioso, que motiva a organização de Comissões Ecumênicas nas Paróquias e incentiva os encontros para estudos, celebrações, partilha de experiências e outras iniciativas que expressem a unidade e a busca comum de um mundo justo e fraterno. O ecumenismo exige um coração voltado para a paz e a valorização do outro. Não basta realizar ações ecumênicas, é preciso ter de fato a espiritualidade do diálogo: “Que pessoas e Igrejas possam ser impelidas pelo amor de Cristo a viver vidas reconciliadas e a derrubar as paredes da divisão” (SOUC). É importante ficar atento no período que antecede a semana da Ascensão do Senhor e de Pentecostes, pois haverá em vários locais e igrejas atividades e celebrações ecumênicas para fortalecer a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. As celebrações e atividades ecumênicas serão divulgadas no Jornal e no site da Arquidiocese.
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Anexo 2
CAMINHADA DOS PROFETAS, SANTOS E MÁRTIRES PARTICIPE DA CAMINHADA!!! “Se me matam, vou ressuscitar na luta do meu povo!” (D. Oscar Romero) Convidamos todas as pessoas para estar presentes na caminhada!!! A caminhada será no dia 26 de março de 2016. Iniciará às 09 horas na Comunidade do Monte Serrat e terminará no Alto da Caiera, na Igreja Nossa Senhora Aparecida onde se encontram os quadros com as imagens de alguns Mártires, Santos e Profetas da nossa história. Em 2017 acontecerá a 6ª Caminhada dos Profetas, Santos e Mártires que profetizaram sem medo, lutaram pela justiça do povo oprimido e marginalizado, pela igualdade e liberdade, lutaram pela vida e nos deixaram um grande exemplo: de lutarmos sem medo, fazermos a diferença e provocarmos transformações. É a caminhada das lutas sociais, das pastorais populares, dos grupos de solidariedade, do compromisso com os pobres. A Caminhada dos Santos, Mártires e Profetas, é um compromisso assumido no 11º Encontro Estadual das CEBs, que aconteceu na Arquidiocese de Florianópolis em setembro de 2012. Ela tem por objetivo fazer memória das pessoas que deram a vida pela causa do Reino, que morreram lutando com fé e crença no Deus que dá a vida. Das CEBs nascem os encontros Regionais e Intereclesiais; os momentos de partilha da Palavra de Deus unindo fé e vida; as ações concretas das lutas sociais e as conquistas do bem comum para todos. Esse é o momento de reacender a chama da nossa utopia, de recriar a festa da vida e do compromisso. Momento de honrar a memória de todos aqueles e aquelas, que ofereceram suas vidas lutando contra o império da morte na defesa da vida. É hora de assumirmos o compromisso nas grandes Causas da Vida, as causas do Reino de Deus Faça parte desse momento de evangelização e transformação da sociedade pela justiça e pela vida! Equipe arquidiocesana das CEBs.
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Equipe de Elaboração, Revisão e Editoração Carla Cristina de Oliveira Guimarães Celso Loraschi Ir. Clea Fuck Diác. José Antônio Schweitzer Jupira Silva da Costa Maria Angelina da Silva Maria Givanete Claudino Maria Glória da Silva Pe. Marcelo Telles Patrícia Lucia S. Abreu Rosália Valquíria Teodósio Silvia Regina Togneri Ir. Teresa de Nascimento Diác. Vilson Alfredo Freitas Diác. Wilson Fábio de Castro
Equipe de Editoração Digitação: Maria Glória da Silva Revisão teológica: Pe. Vitor Galdino Feller Apresentação: Dom Wilson Tadeu Jönck Revisão final: Ir. Clea Fuck Editoração eletrônica: José Valmeci Souza (Atta)
Coordenação Arquidiocesana de Pastoral Pe. Revelino Seidler Leda Cassol Vendrúsculo Rua Esteves Júnior, 447 – Centro 88015-130 – Florianópolis – SC Fone/Fax: (48) 3224-4799 Home Page: www.arquifln.org.br E-mail: pastoral@arquifln.org.br
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Coordenações Arquidiocesanas Grupos Bíblicos em Família (GBF) Maria Glória da Silva Tel.: (48) 3224-4799 / (48) 99634-4667 Rua Esteves Junior, 447 – Centro CEP 88015-130 – Florianópolis - SC E-mail: gbf@arquifln.org.br Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) Patrícia Lúcia S. Abreu – (48) 99606-8266 E-mail: patyabreu23@hotmail.com Carla Oliveira Guimaraes – (48) 99136-6285 E-mail: carlaedoni@gmail.com Inês Jalcira S. Nascimento – (48) 99968-7950
Equipes de Articulação Das Foranias Forania de Santo Amaro Diác. Paulo Cesar Turnes – (48) 3245-5282 / (48) 99994-9113 Forania de Palhoça Claudia J. Orelo e Luizinho Orelo – (48) 3033-4301 Elza Stopassoli – (48) 3341-2598 Ida Gonsalves – (48) 99979-6758 Forania de São José Osmarete Terezinha S. Barbosa – (48) 3247-8886 Diác. Neri Cândido da Silva – (48) 3357-3644 Forania do Estreito Elísio Marcelo Finatto – (48) 3244-0102 / (48) 99983-0102 Forania da Ilha – Centro Sul Lucilene Faustino Sabino – (48) 3232-7004 Marlene de Almeida Dias – (48) 3225-2025 Forania da Ilha – Norte Mario Andricópolo – (48) 3209-4090 / (48) 99613-9513 Assessor da Forania: Pe. Adilson Machado – 48 3207-4692 Forania de Barreiros Maria Angelina da Silva – (48) 3259-1675 Diác. Wilson Fábio de Castro – (48) 3034-7264
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Forania de Biguaçu Maria Helena Campos Siqueira – (48) 3243-4600 Ir. Adilma Mezzari – (48) 3243-1229 / (48) 99961-7696 Margarida Junkes – (48) 3272-1571 Forania de Tijucas Lucelaine Souza Loudetti – (48) 3265-0807 Ezequiel Vitor Lucinda – (48) 98406-2671 Forania de Itapema Ana da Silva – (47) 3393-6744 Zenete Amaral – (47) 3369-4675 Forania de Camboriú Marilene Melo – (47) 3365-1426 / (47) 99937-0387 Iraci Rogeri – (47) 9654-0416 Forania de Itajaí Daniel Eduardo Mecabo – (47) 98849-5112 Mario Costa e Lígia Maria Vicente – (47) 3349-6291 Forania de Brusque Elza Creppas Bosio – (47) 3355-2673 Maria Luiza Rodrigues – (47) 3351-1954 / (47) 99956-9169
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Avaliação As Equipes de Redação e de Articulação dos Grupos Bíblicos em Família (GBF) e das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) pedem que você colabore para o fortalecimento dos grupos na nossa Arquidiocese, respondendo ao seguinte questionário e enviando a resposta, endereçado à Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família. Correio: Rua: Esteves Júnior, 447 – Centro; CEP: 88015-130 – Florianópolis – SC. E-mail: gbf@arquifln.org.br 1) Qual o nome da sua Paróquia e do grupo? 2) Quantos grupos há na sua paróquia ou comunidade? 3) Quantas pessoas costumam participar das reuniões do seu grupo? 4) Todas as pessoas colaboram com a leitura, reflexões e sugestões? Sim ( ) Não ( ) Algumas ( ). 5) Convidamos outras pessoas, principalmente as que se encontram afastadas da Igreja? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ). 6) Os assuntos tratados nos encontros são importantes para a Igreja, para a sua paróquia, para a sua comunidade? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ). 7) As ideias e compromissos propostos são assumidos pelos grupos? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ). 8) As ações concretas ajudam a transformar a vida das pessoas e da comunidade? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ). 9) Dá para entender bem o que está escrito? Tudo ( ) A maior parte ( ) Muito pouco ( ). 10) Se não dá para entender tudo, qual é a principal dificuldade?
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11) Que cantos são conhecidos pelo seu grupo? Indique a página.
12) As atividades dos GBF e das CEBs são planejadas na sua paróquia? Como?
13) Avalie a caminhada dos GBF e das CEBs na sua comunidade e na sua paróquia.
– Três pontos positivos:
– O que e como poderia ser melhor?
14) Como você avalia o livreto, qual é sua opinião e sugestão?
15) Relate um compromisso que o grupo assumiu concretamente em favor da comunidade.
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