Jornal da Arquidiocese | nº 206 | novembro de 2014

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Jornal da

ARQUIDIOCESE

FLORIANÓPOLIS, nº 206

Sínodo dos bispos

a evangelização das famílias | 10

NOVEMBRO DE 2014

Dom Vito Schlickmann

60 anos de sacerdócio por amor | 12 Foto: Everton Marcelino

Santa e bela Catarina

a oferta da própria vida pela fé


Jornal da Arquidiocese, novembro de 2014

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opinião

Prática religiosa

Editorial Uma data no mês de novembro é significativamente importante para o catarinense. Dia 25 se comemora Santa Catarina, padroeira do Estado, da Arquidiocese e co-padroeira da capital. Na capela ecumênica do Tribunal de Justiça, você encontra um pedaço da costela da santa. O penúltimo mês do ano também é lembrado pelos entes queridos que partiram para a Casa do Pai. Para muitos, esta lembrança é motivo de tristeza pela saudade que deixaram, mas para outros, é sinônimo de esperança na vida eterna e momento oportuno para reescrever a vida com uma nova história. Nesta edição, você acompanha o exemplo de superação da Dona Teresinha Kirchner, de Anitápolis, que perdeu o filho vítima de leucemia e encontrou na oração a força necessária para recomeçar. Já Pe. Kelvin traz o exemplo de força, desbravamento e amor à Igreja, do Diácono Venceslau Ferreira, da Paróquia Santa Cruz, Areias, em São José, que faleceu em outubro. Nesse jornal, conheça o Movimento Porta Aberta que comemora 34 anos de fundação. Você fica por dentro ainda da programação do II Mutirão da Comunicação (Muticom). Na página 12, os 60 anos do sacerdócio do Bispo auxiliar emérito Dom VitoSchlickmann. Leia com atenção e carinho a edição de número 206 do Jornal da Arquidiocese. Boa leitura!

Muitos estudiosos buscaram aprofundar o estudo sobre o fenômeno religioso. Muitos destes estudos, porém, são parciais, pois não levam em conta todos os elementos envolvidos na atitude religiosa das pessoas. Daí resultam conclusões distorcidas a respeito da prática religiosa dos seres humanos. Para muitos, Freud, por exemplo, a religião é uma neurose, uma projeção dos desejos humanos. Outros vêem a prática religiosa do ponto de vista utilitarista. É um conjunto de atitudes de vida que ajuda a pessoa a se realizar. O dado deixado de lado ou tratado com superficialidade nestas abordagens é a realidade transcendente. O que há de mais central no fenômeno religioso é o relacionamento do ser humano com Deus. A religião é o conjunto de linguagem, sentimentos, crenças, comportamentos e símbolos através dos quais a pessoa de fé se põe em relação pessoal com um ser sobrenatural. Sobrenatural quer dizer que

não pertence às forças naturais, nem às instâncias humanas – transcende as duas – é radicalmente Outro. O ser transcendente revela-se, insere-se na história do ser humano ou se faz acessível através de símbolos. Assim, a prática religiosa pode se tornar o valor central do projeto de vida, capaz de dirigir o viver e de ser um fator de amadurecimento da pessoa humana. Pela fé, a pessoa aceita que a sua conduta está vinculada a uma vontade superior que é a razão última de suas escolhas.

“A psicologia humana tem aprofundado a reflexão sobre a religiosidade do ser humano” Uma primeira constatação é que o psiquismo humano é dotado de capacidade de entrar em contato com o transcendente, mais ainda, tem desejo de entrar em diálogo com Deus. Encontra nele a fonte da verdade que ultrapassa a lógica dos silogismos. Uma segunda afirmação da

Nos caminhos de Francisco

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Dom Wilson Tadeu Jönck,scj

Nas redes

Trata-se de uma grande responsabilidade: anunciar as realidades e as problemáticas das Igrejas (dioceses), para as ajudar a percorrer aquele caminho que é o Evangelho da família.

Dom Wilson fala sobre sua presença em Aparecida “Foi um momento em que, diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida, tive a oportunidade de fazer uma oração pedindo pela nossa população, sobretudo por esta situação que nós vivemos pela queima dos ônibus e escola, essa angústia das pessoas em relação a esta situação.”

6 de outubro, aos padres do Sínodo

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Dom Wilson Tadeu Jönck, scj

O poder espiritual dos sacramentos é imenso. Com a graça, podemos superar todos os obstáculos.

@pontifex_pt

11 de outubro, no twitter

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O cristão é necessariamente misericordioso; nisto está o centro do Evangelho.

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O papa não é o senhor supremo, mas sim um supremo servidor – o “servus servorum Dei”; o garante da obediência e da conformidade da Igreja à vontade de Deus.

16 de outubro, no twitter

18 de outubro, encerramento do Sínodo

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Para mudar o mundo, é preciso fazer bem a quem não tem possibilidades de retribuir.

psicologia é que a prática religiosa, ao contrário do que muitos podem pensar, é um fator de crescimento na maturidade humana. Como a atitude religiosa toca todas as dimensões do ser humano, a educação na fé torna-se um fator de integração das capacidades humanas. Desta forma, a prática religiosa supera a mera busca de gratificação ou fuga do perigo. O relacionamento com Deus faz a pessoa crescer no desenvolvimento humano.

Pe. Lúcio agradece a acolhida da Arquidiocese

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Obrigado, nosso querido e amado papa Paulo VI! Obrigado pelo teu humilde e profético testemunho de amor a Cristo e à sua Igreja! 19 outubro, em homilia na Beatificação de Paulo VI

“Volto com alegria para Guiné Bissau junto com os que lá estão. Agradeço o carinho de todos vocês. Permaneçamos unidos na oração! Que Deus os abençoe.” Pe. Lúcio Espíndola

Dia de Santa Teresa de Ávila “Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer”. Santa Teresa de Ávila

18 de outubro, no twitter

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC, Fone: (48) 3224-4799 / 9982-2463

Assessoria de Comunicação

O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal da Arquidiocese de Florianópolis-SC.

DIRETOR: Pe. Vitor Galdino Feller CONSELHO EDITORIAL: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Leandro Rech, Pe. Revelino Seidler, Pe. Vânio da Silva, A. Carol Denardi, Fernando Anísio Batista, Jean Ricardo Severino, Lui Holleben, Olga Oliveira JORNALISTA RESPONSÁVEL: A. Carol Denardi (SC 01843-JP) PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Lui Holleben

REVISÃO: Roberson Pinheiro COORD. DE PUBLICIDADE: Pe. Leandro Rech e Erlon Costa TIRAGEM: 24.000 exemplares IMPRESSÃO: Diário Catarinense EMAIL: imprensa@arquifln.org.br e midia@arquifln.org.br SITE: www.arquifln.org.br FACEBOOK: Arquidiocese de Florianópolis


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#compartilha Igreja do Bom Fim é restaurada Os fiéis de São José participaram de uma missa festiva, no dia 26 de outubro, na Igreja Matriz do Centro Histórico. A celebração eucarística solene foi para comemorar os 264 anos de criação da Paróquia, sendo presidida pelo vigário paroquial, Pe. Wanderley Calça, FDP, e concelebrada pelos diáconos.

A exemplo da Matriz, que ficou fechada por quatro anos e meio para restauro, atualmente, na Paróquia de São José está a Igreja do Bom Fim, também em processo de restauração. Tombada pelo patrimônio histórico do município, a previsão é para ficar pronta em dezembro.

Centenários na Academia Catarinense de Letras Uma noite para a história. Assim pode ser definido o dia 30 de setembro, onde Dom Joaquim de Oliveira e Dom Afonso Niehues foram homenageados em Sessão Solene na Academia Catarinense de Letras (ACL) e no Instituto Histórico Geográfico de Santa Catarina (IHGSC), em promoção conjunta com a FACASC. Durante o evento, Pe. José Artulino fez o lançamento do livro de sua autoria: “História na Igreja em Santa Catarina”. Nas 228 páginas da obra, ele relata a história dos dois arcebispos homenageados, em sua ação na Igreja e na sociedade. Em trecho do livro, Pe. José Artulino descreve a forte ligação entre ambos: “Dois grandes homens, livres totalmente de ambições pessoais, mas submissos à Igreja, à evangelização e organização do povo católico e das populações de seu território canôni-

Prof. Carlos Martendal Corpo e mente

A mente ajuda muito o corpo. Não nos entreguemos à desesperança, pois ela afrouxa a vida; não seja nossa hóspede a tristeza que afugenta a alegria de viver; não permitamos que o pessimismo seja companheiro de jornada, pois com ele não se chega a parte alguma. Esperança - esperar em Deus -, alegria e otimismo ajudam o corpo a ser são como sadia é a mente.

Ceder

Posso ceder ao desejo, mas talvez seja preferível e necessário ceder do desejo...

Sinfonia

Oito e meia da manhã. O céu está azul, o sol brilha. Começa a sinfonia. Gralhas azuis cantam, o tucano coloca o contraponto, dois nhambus completam o coro. Pousado ali perto, o urubu olha e ouve. Como eu. O concerto dura quinze minutos. Então, voam os nhambus, voa o tucano, voam as gralhas. Para tudo há um tempo... Meu coração se alegra como coração de criança pelo presente recebido. Espontaneamente digo com Jesus, agradecido: “Todas as coisas me foram dadas por meu Pai” (Mt 19,27a). co” (p. 18). “Dom Joaquim e Dom Afonso foram homens pobres, que viveram pobres e morreram pobres. As vestes litúrgicas ocultavam dois homens piedosos de vida pessoal humilde, sem pretensões do que era servir ao Senhor e a seu povo”, concluiu Pe. José Artulino Besen em seu discurso.

Igreja de N. Sra. Aparecida, em Brusque, é inaugurada A igreja é uma réplica da Basílica de Aparecida. Tem uma cúpula que pode ser vista à distância. Os 72 bancos de três metros cada um e os 105 mil tijolos foram todos doados. E assim, com ajuda da comunidade, de tijolo em tijolo, foi construída e inaugurada no dia 12 de outubro, a Igreja de Nossa Senhora Aparecida, no bairro São João – Cedro Alto. Ela pertence à Paróquia Santa Catarina, em Brusque. A pedra fundamental para a construção foi lançada no ano de 2003, depois de uma expectativa de mais de 20 anos. De lá para cá, as 400 famílias da comunidade participavam das celebrações em um espaço improvisado. “Um sonho realizado. Cada peça que chegava era uma emoção. O povo lutava há anos pela construção da igreja”, relata uma das fundadoras da comunidade, Araci Pedrotti. As missas são celebradas todo sábado, às 19h30.

Retalhos do Cotidiano

Medo

Passarinho pousa na beiradinha do poste e não tem medo de cair. Porque sabe voar. Nós às vezes temos medo de andar por um caminho mais árduo porque não sabemos pôr em Deus nossa segurança. Que continua a dizer-nos: “Olhai as aves do céu...”; vós valeis muito mais!

Pressa

Cada vez que a pressa nos visita - a pressa ruim, não a pressa boa -, a paz se despede e a oração vai embora. Ela nos faz pensar mal, leva a julgar, desperta a irritação e o mau humor e nosso Anjo da Guarda nos olha com ar estupefato, admirando-se de como ficamos longe do que o Senhor deseja de nós.

Dia Nacional da Juventude O Dia Nacional da Juventude (DNJ) surgiu em 1985 durante o Ano Internacional da Juventude, promovido pela Organização das Nações Unidas. Normalmente é celebrado no quarto domingo de outubro. Porém, como nesta data tivemos o segundo turno das eleições, indicamos o dia 15 de novembro para se realizar uma comemoração nas foranias. Pode ser uma gincana, uma tarde de esportes, teatro ou uma grande festa que tem como motivação, o tema e o lema previstos pela CNBB: “Eis o que diz o Senhor: praticai o direito e a justiça, e livrai o oprimido das mãos do

opressor!” (Jr 22, 32). Estas experiências visam celebrar o jeito jovem de ser Igreja, sem abrir mão da reflexão que nos é proposta. Assim, vivenciar o DNJ é vivenciar o Cristo que nos une enquanto Igreja. Os temas, sempre lembrados em nossos grupos, nos conectam a uma Igreja jovem que, a partir do nosso protagonismo, convida a transformar as realidades em que vivemos. Procure sua paróquia e participe das celebrações do DNJ 2014. João Augusto de Farias Coordenador - Setor Juventude


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#compartilha

Fé, diálogo e muita oração Família da Paróquia São Sebastião, em Anitápolis, relata como superou a dor de uma grande perda O Dia de Finados, 02 de novembro, é uma ocasião para prestar homenagem aos entes e amigos queridos que partiram desta vida. É também uma oportunidade para renovar a esperança. Você acompanha agora o relato de uma família que superou a dor da perda por meio de muita fé. Teresinha M. Kirchner e Adalberto Kirchner, de Anitápolis, são casados há 36 anos. Desta feliz e duradoura união vieram os três filhos: Jaime, Alberto e Klaus. Uma família tranquila, que teve a paz abalada no ano de 1999. O filho do meio, Alberto Kirchner, com 14 anos na época, foi diagnosticado portador de leucemia. Para a mãe, o mundo tinha desabado, perdido o chão. Mas ao mesmo tempo, Teresinha afirma que Deus, na sua divina providência, já preparava a família. “A gente tinha muita fé, por isso, continuamos a participar da Igreja e fazíamos até retiros. Afinal, precisávamos cuidar também dos outros dois filhos”, comenta. A luta para salvar o filho durou sete meses, no Hospital Evangélico de Curitiba. Um tratamento dolorido, com radioterapia, quimioterapia e muitos remédios. No sétimo mês, Alberto

I Seminário de Conservação de Igrejas e Arte Sacra

Mutirão da Comunicação forma lideranças paroquiais Divulgação: Paróquia da Glória

A Arquidiocese de Florianópolis e o Governo do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte e da Fundação Catarinense de Cultura, promoveram o I Seminário de Conservação de Igrejas e Arte Sacra, no dia 21 de outubro, em São José. Tendo como local o salão paroquial da Igreja Matriz, o encontro ofereceu informações sobre os procedimentos a serem adotados para a conservação e preservação dos bens culturais imóveis, móveis e integrados que estão sob a guarda da Igreja no Estado. Outro ponto importante deste seminário foram medidas de ordem prática a serem adotadas para prevenir a degradação e as consequências.

A abertura do II Mutirão da Comunicação (Muticom) será no auditório da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, no dia 14 de novembro, com a palestra do Pe. Atílio Hartman sobre o tema: “Uma nova paróquia. Construindo em comunidade a cultura do encontro”. No sábado, dia 15, as atividades serão realizadas no Educandário Imaculada Conceição, no Centro de Florianópolis. Das 8h30 às 11h, o Pe. Clóvis Andrade de Melo e a Irmã Elide Maria Fogolari, ambos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) falarão sobre a comunicação na Igreja do Brasil na ótica do Diretório de Comunicação. Após a palestra acontece a missa. No período da tarde, das 14h às 18h, ocorrerão as oficinas. À noite acontecerá a apresentação cultural “Rir é um santo remédio”, com Fábio Borges, do Rio de Janeiro. Já no domingo (16), as atividades terão início às 8h, com a apresentação dos trabalhos das oficinas e o envio com a Celebração Eucarística, às 10h30. As oficinas oferecidas no evento serão as seguintes: texto jornalístico; fotografia; Pascom; redes sociais como estratégia pastoral; comunicação e liturgia; rádio; organização de eventos; Assessoria de Comunicação a serviço da cultura do encontro; e comunicação e catequese. As inscrições podem ser feitas através do blog: mutiraoregionaldecomunicacaosc.blogspot.com.br. Olga Oliveira - PASCOM Arquidiocesana

não resistiu e veio a falecer. A base familiar foi então definitivamente abalada. Mas este recomeçar difícil foi sustentado pela união da família. E, principalmente, o diálogo de Teresinha e Adalberto com os outros dois filhos foi fundamental neste novo início. “Tinha dias que estava bem desanimada, mas eu precisava continuar a vida, dar apoio ao meu marido e meus filhos. Recebemos solidariedade de todos e da própria Igreja, de Curitiba e aqui de Anitápolis”, desabafa a mãe. Hoje, o filho mais velho, Klaus, casou-se, tem dois filhos, cursa a segunda faculdade e também faz pós-graduação. Um dos filhos dele recebeu o nome em homenagem ao irmão: Arthur “Alberto” Kirchner. Já o filho mais novo do casal Kirchner, Jaime, casou-se, concluiu uma faculdade e faz pós-graduação. A mensagem que o alicerce desta família deixa para quem passa pela dor de uma grande perda é simples: fé e a união das pessoas. “É necessário ter bastante comunicação entre todos, o diálogo. A família precisa se unir. As pessoas não devem discutir tanto e nem brigar. Muita humildade. E o principal, bastante oração”, conclui Teresinha.

Encontro discutirá dimensão social da Arquidiocese Desde o início de 2014, a Arquidiocese tem realizado encontros com as pastorais, entidades e ações sociais presentes nas comunidades empobrecidas que tenham relação com a Igreja Arquidiocesana. Quer seja por meio da motivação de criação ou pela coordenação de presbíteros, religiosos e leigos. Dentre as atividades delineadas para fortalecer ainda mais essa importante dimensão da evangelização, programou-se um encontro que ocorrerá no dia 15 de novembro, das 08h às 16h30, na Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça. A programação prevê estudo sobre a exortação apostólica do papa Francisco, momentos de partilha e de celebração. Apesar de ter como público prioritário os dirigentes, usuários, voluntários e funcionários das entidades sociais, o encontro será aberto para a participação dos interessados. Basta se inscrever diretamente com a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral até o dia 07 de novembro, pelo telefone (48) 3224-8776 ou pelo e-mail pastoral@arquifln.org.br. Fernando Anísio Batista Ação Social Arquidiocesana


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nossa fé

Comunidade Ministerial Carismas e dons transformados em serviços e ministérios da Igreja

Dia Internacional da Tolerância Religiões unidas por uma cultura de diálogo e de paz Prof. Celso Loraschi*

Cinquenta anos atrás, a 21 de novembro de 1964, o papa Paulo VI promulgava a Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja do Concílio Vaticano II (1962-1965). Para melhor compreender a Igreja como mistério de comunhão, o Concílio a apresenta como povo de Deus. Em sua igualdade fundamental, todos os membros da Igreja são agraciados pelo Espírito Santo com dons e carismas. O Espírito Santo “distribui graças especiais entre os fiéis de qualquer condição, distribuindo a cada um, conforme quer, os seus dons, com os quais os torna aptos e prontos para exercer as diversas obras e deveres que sejam úteis para a renovação e a maior edificação da Igreja” (LG 12).

Carismas e Ministérios Esses dons e carismas

tornam-se ministérios e serviços. A Igreja reconhece que alguém tem determinado carisma, encaminha-o para alguma formação e qualificação e lhe concede um ministério. Enriquecida de carismas pelo Espírito Santo, a comunidade é também rica em ministérios. Além dos ministérios ordenados – dos bispos, padres e diáconos – são muito úteis e necessários os mais diversos ministérios não ordenados exercidos pelos leigos. O Documento 100 da CNBB, “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”, acrescenta: “Os ministérios leigos também refletem a dignidade de todos os batizados e a corresponsabilidade de todos os cristãos na comunidade. Para que as comunidades possam ser bem servidas e crescer na fé, é necessário estimular a participação de leigos nos diferentes ministérios e serviços” (nn. 306-307).

Carência e Carisma Deus não deixará faltar à sua Igreja aqueles dons e carismas que venham a se tornar ministérios necessários para a obra da evangelização. Portanto, se há alguma carência na comunidade, devemos crer que aí mesmo, na comunidade, o Espírito Santo estará despertando em alguém algum carisma que venha a suprir esta carência. Se há carências, haverá também carismas para cobri-las. Cabe aos responsáveis da comunidade detectar tanto as carências quanto os carismas. E com a diversidade de carismas dados pelo Espírito responder aos desafios da realidade. Pe. Vitor Galdino Feller Vigário Geral da Arquidiocese e Professor de Teologia e Diretor da FACASC

Casa da Providência em Itajaí perde a fundadora Faleceu no dia 08 de outubro, aos 82 anos de idade, com problemas do coração, Onélia Dalçóquio Baptista, fundadora da Casa da Providência do bairro Salseiros, pertencente à Paróquia São Cristóvão, em Itajaí. A casa existe há 23 anos e tem capacidade para 500 pessoas. No local reúne-se um grupo de oração todas às sextas-feiras, às 19h30. Aos domin-

gos, o grupo de jovens, às 18h. Na próxima edição do Jornal da Arquidiocese, você acompanha reportagem completa sobre Dona Onélia e a semente de amor ao próximo que ela plantou. Hoje a comunidade já colhe os frutos. A Casa da Providência fica localizada na Dona Onélia Dalçóquio Baptista Rua João Baptista, 1207, bairro Salseiros, Itajaí.

“Alarmados pela intensificação atual da intolerância, da violência, do terrorismo, da xenofobia, do nacionalismo agressivo, do racismo, do antissemitismo, da exclusão, da marginalização e da discriminação contra minorias nacionais, étnicas, religiosas e linguísticas, dos refugiados, dos trabalhadores migrantes, dos imigrantes e dos grupos vulneráveis da sociedade e também pelo aumento dos atos de violência e de intimidação cometidos contra pessoas que exercem sua liberdade de opinião e de expressão, todos comportamentos que ameaçam a consolidação da paz e da democracia no plano nacional e internacional e constituem obstáculos para o desenvolvimento...”. O texto acima é parte do preâmbulo da Declaração de Princípios sobre a Tolerância, aprovada pela Conferência Geral da UNESCO, em 16 de novembro de 1995, estabelecido como o “Dia Internacional da Tolerância”. Pela importância e urgente necessidade no mundo atual, a tolerância torna-se um programa de vida a ser assumido por cada ser humano de todas as etnias, povos, religiões e culturas, tendo em vista um

mundo de justiça e de fraternidade. Desde o âmbito familiar, a convivência pressupõe atitudes tolerantes. É um imperativo, sem o qual se torna impossível a vida em sociedade. Podemos considerar a tolerância como uma das maiores virtudes da humanidade, pois se fundamenta no reconhecimento dos direitos universais da pessoa humana. Neste caminho podemos nos encontrar, exercitar o diálogo, acolher as diferenças e ser eternos aprendizes uns dos outros. Neste sentido, pelo segundo ano consecutivo, nos dias 12 e 13 de novembro, às 19h30, realiza-se no auditório da Paróquia da Santíssima Trindade, em Florianópolis, um evento inter-religioso com a participação de representantes das religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo. A tolerância revela-se como um caminho pelo qual as pessoas e povos podem se reconhecer como membros de uma só família, capazes de harmonia na diferença, substituindo uma cultura de guerra por uma cultura de diálogo e de paz.

CADEIR - Comissão Arquidiocesana para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso


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capa

Jovem decapitada aos 19 anos de idade se transforma em santa Padroeira do Estado e de diversas igrejas, Santa Catarina é exemplo de sabedoria e fidelidade à vontade de Deus

Colégio Catarinense e a Igreja que leva o nome da santa O doutor em teologia, Pe. Luís Inácio João Stadelmann, sj, explica que desde a fundação do Colégio Catarinense, em 1905, foi invocada a proteção de Santa Catarina de Alexandria sobre os professores e alunos. A partir de então, ela passou a ser venerada também na Reitoria da Igreja. “Dedica-se a Santa Catarina a honra de titular do Estado e do Colégio Catarinense”, complementa Pe. Luís. O sacerdote do Colégio afirmou ainda que as bênçãos divinas imploradas pelos fiéis, na invocação de Santa Catarina de Alexandria, são dirigidas a Deus. “Atender estes pedidos é sinal da sua benevolência e do seu amor preferencial pela comunidade, de modo especial, pelos alunos. Vinculada à Arquidiocese de Florianópolis, a Igreja Santa Catarina de Alexandria do Colégio Catarinense foi reaberta em 1970, após um incêndio. Atende aos alunos e funcionários da instituição e oferece serviços religiosos à comunidade, como as missas diárias e aos finais de semana.

25 de novembro O dia 25 de novembro é especial para o catarinense. Nesta data, a população comemora Santa Catarina de Alexandria, padroeira do Estado, da Arquidiocese de Florianópolis e co-padroeira da capital. Para celebrar essa data, pela primeira vez, na Missa solene na Catedral de Florianópolis, às 18h15, a Igreja entrega o Prêmio de Iniciativa Solidária Dom Afonso Niehues para instituições que contribuíram para a cultura da solidariedade. Este Prêmio busca homenagear Dom Afonso Niehues, que no ano 2014 a Arquidiocese de Florianópolis comemora o centenário de seu nascimento. Como também, evidenciar e valorizar os diversos trabalhos sociais que são realizados nas comunidades e municípios que constituem a Arquidiocese. Nos caminhos da história, descobriu-se que a mártir era dotada de sabedoria e beleza singulares. Assim, em homenagem à grande defensora da fé cristã, o nome Santa Catarina é referência em todo o Estado.

Padroeira do Estado A história registra que quando os primeiros descobridores passaram por aqui, no ano de 1526, deram o nome de Ilha de Santa Catarina. Em 1922, o segundo bispo de Florianópolis, Dom Joaquim Domingues de Oliveira, conseguiu da Santa Sé que Santa Catarina fosse nomeada padroeira da Arquidiocese, do Estado e co-titular da Catedral de Nossa Senhora do Desterro.

Igreja do Colégio Catarinense, no centro de Florianópolis

A bela Catarina em várias paróquias e capelas Na Arquidiocese de Florianópolis, muitas paróquias e capelas têm Santa Catarina como padroeira. - Balneário Camboriú: Comunidade do bairro dos Estados, na Paróquia Santa Inês; - Biguaçu: Comunidade da localidade de Santa Catarina, na Paróquia São João Evangelista; - Brusque: Igreja Matriz (Dom Joaquim), da Paróquia Santa Catarina, e Comunidade de Nova Brasília, na Paróquia Santa Teresinha; - Florianópolis: Igreja Matriz (Catedral), da Paróquia N. Sra. do Desterro e Santa Catarina; Comunidade de Sítio do Capivari, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Comunidade da Ressacada, na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem; Capelania Militar Santa Catarina - Exército - Centro - 14º Batalhão; Igreja Santa Catarina, no Colégio Catarinense; - Palhoça: Comunidade da Guarda do Cubatão, na Paróquia São Francisco de Assis; - Porto Belo: Comunidade de Alto Perequê, na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos.


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Cronologia

Relíquia da santa em Florianópolis

Santa Catarina de Alexandria →

Em 287 d.C., nasceu em Alexandria, no Egito, filha de uma nobre família em linhagem direta com reis e governadores

→ Com apenas 13 anos era mestra

em poesia, música, arquitetura, dentre outras artes.

→ Após a morte do pai, retirou-se com a mãe para as montanhas de Cilícia, onde conheceu Ananias, velho sacerdote que lhe transmitiu os mistérios da fé cristã.

→ Catarina, cujo nome significa “pura”,

teve um sonho que a instruiu à verdadeira fé. Depois de preparada, foi batizada.

→ A mando do imperador Maximiano,

um prêmio foi oferecido para o filósofo que conseguisse afastar a jovem da religião cristã. Ela, iluminada pelo Espírito Santo, respondendo com sabedoria, os deixou maravilhados.

→ O imperador, surpreendido pelo êxito inesperado da discussão, procurou, por todos os meios, arrancar Catarina do cristianismo.

→ A jovem foi lançada em um cárcere

escuro, onde ficou 12 dias. Quando saiu de lá estava mais linda e deslumbrante que nunca.

→ Condenada ao martírio da roda, no

momento em que ia ser estendida sobre ela, Catarina fez o sinal da cruz e a roda se despedaçou imediatamente.

→ O imperador pronunciou a sentença

de morte e mandou levá-la ao lugar do suplício. Após uma oração de louvor, agradecimento e súplica ao verdadeiro Deus, foi Catarina decapitada, em 306 d.C.

→ Seu corpo foi levado ao Monte Sinai,

onde a sepultaram. Mais tarde, sobre sua sepultura foi construído um convento, que existe ainda hoje.

Pedaço da costela da santa pode ser visto na capela do Tribunal de Justiça

Quem chega na capela ecumênica do jardim do Tribunal de Justiça, encontra um senhor alegre e atencioso, devoto de Santa Catarina. O diácono da Igreja Ortodoxa, Pedro Paulo Raimundo, é zelador do local desde a inauguração, em 2001. “Estou aqui por Deus!”, exclama. Na capela em estilo bizantino, encontra-se a relíquia de Santa Catarina que na Igreja Ortodoxa é venerada com o título de megalomártir (grande mártir), significando que a virgem de Alexandria do Egito ofereceu a própria vida pela fé. Um pedaço da costela direita dela está na capela ecumênica do Tribunal de Justiça. Tendo como padroeira esta megalomártir, o Estado de Santa Catarina foi presenteado pelo Arcebispado Grego Ortodoxo do Monte Sinai, no Egito, com esta relíquia. O Monsenhor Angelos Kontaxis, arquimandrita da Igreja Grega de Florianópolis, acompanhou uma comitiva ao Egito, com a direção do então governador do Estado, Esperidião Amin. Eles estiveram no Mosteiro Ortodoxo do Monte Sinai e, após tratativas com os monges, trouxeram a relíquia e uma pedra, no

ano de 1999. O Poder Público do Estado providenciou a edificação da capela ecumênica, onde foram depositadas para veneração dos fiéis. Segundo explica o Diácono Pedro Paulo, os ortodoxos acreditam que a relíquia expressa santidade. Em especial, Santa Catarina tem uma relação amorosa com todo o povo catarinense, independente da consciência política, da veneração ou de qualquer outra coisa. Ela veio para abençoar o território catarinense e todos os que aqui vivem. “A ideia da relíquia em lugar ecumênico é unificar, trazê -la a todos. Não poderíamos dividir esse amor. A capela é ecumênica, ou seja, é a união de várias mãos numa mesma prece. Por isso é estreita e ajuda a elevar o olhar para o divino. Os cinco vitrais representam todas as raças”, explica. A capela está aberta à visitação pública das 10h às 16h, de segunda à sextafeira. Também é possível organizar visitações nos fins de semana. Para agendar uma visita ou reservar a Capela Ecumênica do Tribunal de Justiça basta entrar em contato pelo telefone (48) 3287-2490.

Oração a Santa Catarina de Alexandria Ó Santa Catarina de Alexandria, virgem e mártir, vossa vida continua a inspirar homens e mulheres no mesmo ideal de viver a fé cristã na vida e na morte. Vós que estais junto de Deus, sede nosso modelo e intercessora. Inspirai nos adultos e jovens a mesma coragem que vos fez enfrentar o martírio na fidelidade ao Evangelho. Ensinai-nos que não vale a pena viver longe de Jesus, caminho, verdade e vida. Vós que fostes pura diante de Deus e dos homens, ajudai-nos a enfrentar as seduções do mundo e da moda; levai-nos a defender a integridade corporal e espiritual de cada pessoa, templo onde habita Deus. Santa Catarina, protetora dos advogados, filósofos e sábios, intercedei junto a Deus para que busquemos sempre a verdadeira sabedoria. Dai-nos inteligência e prudência para sabermos defender a verdade diante daqueles que colocam a sabedoria do mundo acima da sabedoria de Deus. Vós que sois protetora desta Ilha e deste Estado, sede nossa advogada junto de Deus; inspirai os governantes e o povo para que construam uma sociedade justa e fraterna, onde todos possam sentir-se felizes na paz que é fruto da justiça. Acompanhai-nos sempre para que possamos, junto convosco, habitar na casa do Pai. Santa Catarina de Alexandria, rogai por nós!


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bíblia Família unida na Palavra Vida, morte

Lectio Divina

e ressurreição

Pe.Wellington Cristiano da Silva

Jesus veio ao mundo, venceu a morte, ressuscitou e nos espera junto ao Pai para a vida eterna Imagem: MorgueFree (reprodução da internet)

Lectio (leitura) Jesus disse a Marta: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais” (Jo 11, 25-26).

Meditatio (meditação)

É uma pergunta que sempre nos fazemos: Por que temos medo da morte? A resposta seria até muito simples: Para os que não têm uma fé verdadeira e profunda, desconhecem o que está por vir, e assim ficam apavorados. No entanto, nós que cremos na Palavra de Deus, temos a certeza da vida após a morte. Conhecemos muito bem a vida, pois afinal é o nosso dia a dia. Mas quando falamos sobre a morte precisamos estar atentos ao que nos diz a primeira Carta de São Paulo aos Coríntios no capítulo 15, do versículo 12 ao 20: “Se pregamos que Cristo ressuscitou dos mortos, como podem alguns dentre vós dizer que não há ressurreição dos mortos?” Então podemos afirmar e ter a certeza de uma vida futura

após a morte. Santo Agostinho diz: “Nós não morremos jamais, apenas passamos para o outro lado”. Na minha experiência como diácono, atuo com mais frequência na celebração de exéquias. Muitas vezes, após a reflexão que costumo fazer sobre a morte e ressurreição, várias pessoas vêm falar comigo e demonstram certo conforto com relação à morte. Antes de celebrar as exéquias (sepultamentos), costumo conversar com familiares do falecido, saber algo sobre sua vida. Uma das perguntas que sempre faço: Qual a religião do falecido? Não raras as vezes ouço a seguinte resposta: “Ele era católico-espírita”. Isso não existe. Ou somos católicos e acreditamos piamente na ressurreição ou não somos católicos.

Vamos crer como Jó que nos diz: “Um dia ressurgirei da terra e novamente serei revestido da minha própria pele e na minha própria carne verei a Deus” (Jó 19, 25-26). Um fato me chamou atenção uma vez. Após a celebração das exéquias, um cidadão de aproximadamente 75 anos veio falar comigo. Tocou no meu ombro e sussurrou nos meus ouvidos: “Ouvindo o senhor falar sobre a morte, até que dá vontade de morrer logo”. Podemos concluir que a vinda de Jesus ao mundo serviu para nos mostrar que Ele venceu a morte, ressuscitou e foi para junto do Pai, onde cremos que também nós um dia estaremos. Diácono Renato Ghellere Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, Canasvieiras

No Evangelho de João, a ressurreição de Lázaro é o último dos sete sinais realizados por Jesus. Neste sinal, Jesus vence a morte e restaura a vida de seu amigo. Há dois modos de ver a morte: para uns, ela é uma barreira insuperável; para Jesus, ela não é o fim; mas é como um sono do qual é preciso despertar. Marta representa o tipo de discípulo que precisa superar a concepção da morte enquanto desfecho fatal. Ela crê na ressurreição do último dia, como a maioria dos judeus. Mas Jesus é a ressurreição e a vida para esta vida presente e para além dela. Neste sentido, quais são as amarras que ainda me prendem a uma situação de morte e me impedem de ressuscitar para uma vida nova?

Oratio (oração) Creio, Senhor Jesus, que Tu és o Messias, o Filho de Deus que devia vir

ao mundo (cf. Jo 11, 27). Peço-te, Senhor: aumenta a minha fé e remove a pedra e as amarras que me impedem de caminhar e de ver a tua luz.

Contemplatio (contemplação) Nem mesmo a angústia da morte é capaz de apagar o amor de Deus. A força que movimenta o sinal da ressurreição é o amor divino que vence e supera a morte. Contemplemos, pois, o amor de Jesus para com Lázaro que retrata toda a humanidade de Deus que ama sem limites.

Missio (missão) Para alguns, Finados é um bom feriado, tempo de relaxar e descansar. Para outros, é um dia trágico que gera angústia e tristeza, pois faz deparar com a morte. Porém, para muitos, é um dia de esperança, de consolo e de comunhão de amor com aqueles que já partiram. Cabe a nós, cristãos, a tarefa de ajudar as pessoas a encarar a morte com realismo e esperança, indicando, pela fé, a certeza da ressurreição e da vida eterna em Cristo Jesus: o único capaz de nos consolar.

Conhecendo o livro dos Salmos - 103 (102): “Não esqueças!” Pe. Ney Brasil Pereira Uma gratidão entusiasmada brilha em cada linha deste salmo, dirigido ao Deus de toda graça, antecipando no Antigo Testamento a revelação da paternidade divina, que é o centro do Evangelho de Jesus. Parece que o salmo seguinte, 104, foi escrito para complementá-lo e explicitá-lo, a julgar pela abertura e o encerramento, semelhantes nos dois salmos. Ambos louvam a Deus como Salvador e Criador, Pai poderoso e cheio de misericórdia. Como escreveu alguém: “na galáxia do saltério, estes salmos são estrelas gêmeas de primeira grandeza”. Note-se antes de tudo, na estrutura do salmo, a importância do verbo “bendizer”, com o sentido de agradecer, louvar. O salmo apoia-se nesse verbo, repetindo-o duas

vezes no começo, na 2ª pessoa do singular – bendize! – o autor incentivando-se a si mesmo, e mais quatro vezes no final, três delas convocando todas as criaturas, na 2ª pessoa do plural – bendizei! – e uma última vez a si mesmo, na 2ª pessoa do singular. O autor começa, partindo da experiência pessoal. No v. 10 entra em cena o plural: “nós, nossos”. Quem são esses? Os vv. 6-9 e 17-18 remontam à recordação histórica de Moisés e da Aliança. Trata-se, portanto, do povo escolhido que de novo experimentou, após o exílio, a misericórdia do Senhor. Os vv. 14-16 remontam, porém, à criação do ser humano (c.f. Gn 2), alargando a dimensão do salmo para toda a humanidade.

Leia o salmo e medite: 1) Qual o sentido e a importância do verbo “bendizer”, neste salmo? 2) Por que a exortação a “não esquecer”? 3) Quais os caminhos revelados por Deus a Moisés? 4) Qual a experiência pessoal de Deus, do salmista? 5) Como o salmista expressa o contraste entre a pequenez humana e a grandeza da misericórdia divina?

A análise completa deste salmo se encontra no site da Arquidiocese: www.arquifln.org.br


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evangelização

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Diácono Venceslau Alves Ferreira

“Nunca se ouviu dele uma murmuração, mas sempre disposição, empenho e alegria em ajudar no que fosse preciso”. No dia 02 de outubro, a Arquidiocese de Florianópolis celebrou a páscoa do diácono Venceslau Alves Ferreira. Uma existência não tão longeva, apenas 53 anos, porém, de uma fecundidade imensa que deu e haverá de dar ainda mais frutos na Igreja. Nascido em 28 de setembro de 1961, viveu toda a sua vida em São José, no bairro Areias. Ali desde muito jovem se empenhou pela construção da Comunidade Santa Cruz que veio a ser erigida como paróquia em 12 de maio de 1990. Dedicou-se ao trabalho na liturgia e animação de cantos nas Celebrações. Ajudou na construção da atual Igreja Matriz, participou da fundação do grupo de jovens, fez parte e foi um dos presidentes da Associação Coral Santa Cruz. Marcou a vida de todos pelo zelo apostólico. No ano de 1990, uniu-se em matrimônio com Terezinha Rengel, fiel companheira de luta na comunidade, com quem teve uma filha: Maria Júlia. Em 1997, apoiou a formação da Comunidade Senhor Bom Jesus, no bairro José Nitro. Lá, auxiliou na formação de lideranças, na liturgia e no apoio às famílias empobrecidas, em especial, às crianças. Com o apoio do pároco da época, Pe. Val-

dir Stahelin, visitou os projetos do Pe. Fachini, de Joinville. Trouxe então para a Paróquia o projeto da “Cozinha Comunitária”, que até hoje serve almoço diário para aproximadamente 90 crianças. Com ajuda de benfeitores motivou a construção do salão e da igreja no local. Em favor desta comunidade, que o chamava afetuosamente de “Tio Lau”, ele dirigiu todos os esforços. Seu carisma foi reconhecido pela Igreja que o chamou ao ministério ordenado como diácono. Recebeu a ordenação na Igreja Matriz Santa Cruz, em 2009. O ordenante foi o grande amigo, Dom Vito, Bispo auxiliar emérito que duas décadas antes havia celebrado seu casamento. O lema de ordenação foi: “Eis-me aqui, envia-me”. Atingiu o ápice do Ministério com a identificação ao Cristo crucificado na enfermidade. Descobriu um câncer em 2010, quando tratava de problemas na coluna. No início de 2011 retirou um dos rins e um tumor

na perna, tendo uma excelente recuperação. Entre 2011 e 2013, com a doença controlada, serviu com alegria ao povo de Deus. Sua resposta sempre era positiva: “A cada dia melhor, com a graça de Deus”, dizia com um grande testemunho de fé e vida à comunidade. Nada o abatia, foi constantemente além de suas forças, fortalecendo-se com a oração. Antes do amanhecer ficava em oração diante do Santíssimo Sacramento na Igreja, depois conduzia a oração das laudes e em seguida participava da missa. Com imenso amor e intensa piedade servia na liturgia, presidia Celebrações, visitava e ministrava comunhão aos enfermos, marcava presença nas diversas atividades paroquiais. Até o último instante estava empenhado em várias frentes de trabalho pastoral. Nunca se ouviu dele uma murmuração, mas sempre disposição, empenho e alegria em ajudar no que fosse preciso. Entre 2013 e 2014 se agravou o

estado de saúde. Nova metástase no pulmão, fígado e cérebro fez com que fosse internado no hospital em 24 de setembro deste ano. Durante o período de internação, mesmo debilitado, abençoava aqueles que o visitavam. Aos íntimos, confidenciou: “Gostaria de ficar mais um pouco para ver crescer minha filha e ajudar mais na comunidade do José Nitro. Mas se Deus quer que eu parta, eu vou, pois não há nada melhor do que ficar com Deus”. Por fim, entregou a vida num ato de ação de graças: “Deus me deu a graça de ficar um pouco mais de tempo aqui, viver meu diaconato, estar com minha família e ver minha filha crescer. Parto feliz!”. Em 02 de outubro de 2014, finalmente encontrou o merecido descanso junto daquele que tanto amou e serviu: o amado Jesus. Uma vida que permanece viva no exemplo de dedicação e amor para com os irmãos. A Deus nossa gratidão por esse anjo que nos concedeu e que do céu continuará sua missão de servir. Pe. Kelvin Borges Konz Pároco da Paróquia Santa Cruz Areias, São José

Movimento Porta Aberta: ouvido atento para as dores da alma Há 34 anos, pessoas encontram um lugar aberto para desabafar suas angústias A ideia do Centro de Interação e Integração Humana de Santa Catarina – Movimento Porta Aberta, partiu do Pe. Paulo Bratti, então diretor do ITESC – Instituto Teológico de Santa Catarina. Para ele, o pobre ou necessitado deveria encontrar uma porta aberta, alguém que lhes ouvisse as angústias. Assim, em 31 de julho de 1980 o centro foi fundado, também com o apoio do Pe. Evaristo Debiasi e de Bruno Rodolfo Schlemper. No início era apenas aconselhamento. A partir do ano de 1985, passou-se a profissionalizar os atendimentos. Hoje trabalham 40 psicólogos que se revezam de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Há profissionais voluntários que atuam há mais de 30 anos. Entre os profissionais envolvidos no projeto está a psicóloga Kátia Regina Ghisi (na foto acima), que é formada há 20 anos e voluntária há 19 no Movimento Porta Aberta. Ela dá expediente toda sexta-feira e quando solicitada atende em outros dias. “É uma gratificação e me completa como pessoa, pois tenho muito este dom de cuidar. É uma paz muito grande ouvir e dar retorno para o outros. Eu ainda tento resolver a parte social do paciente”, afirma Kátia que também é coordenadora da Clínica do Movimento Porta Aberta.

O vice-presidente e coordenador geral, João Pedro Varela, explica que, por ano, são atendidas mais de cinco mil pessoas, apenas de Florianópolis. Mas também passam pela Clínica do Porta Aberta, crianças, adolescentes, adultos e idosos de Palhoça, São José, Biguaçu, Antônio Carlos e Santo Amaro da Imperatriz. João Pedro Varela, que já está há 24 anos no Movimento,

aproveita para enfatizar que enquanto tiver disposição e saúde vai ajudar quem necessita. “Como diz na passagem bíblica que todo aquele que bastante recebe, bastante tem a dar, eu não me vejo sem dar continuidade ao trabalho”, conclui. Contato: (48) 3222-0203 Rua Álvaro de Carvalho, 155 4º andar – Centro de Florianópolis


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evangelização

Um sínodo à escuta do ser humano e do bom Pastor Pe. José Artulino Besen Durante o Concílio do Vaticano II, o Papa Paulo VI instituiu a Assembléia do Sínodo dos Bispos. O papa quis, com essa assembléia, periodicamente convocar bispos dos cinco continentes para que, em fraterna colaboração, fossem discutidos temas importantes da vida da Igreja. Um concílio supõe milhares de pessoas e um sínodo, um número menor, e representativo da catolicidade. Nesse espírito, foi celebrada a 3ª. Assembléia Geral Extraordinária dos Bispos sobre a Família, de 5 a 19 de outubro. Os 253 participantes, provenientes dos cinco continentes, incluindo cardeais, bispos, casais, especialistas, religiosos refletiram sobre “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. Francisco introduziu algo novo: em primeiro lugar, a consulta a toda a Igreja a respeito de 38 pontos que abrangem a vida familiar no mundo cristão. As respostas foram organizadas e apresentadas no sínodo como ponto de partida para as discussões nos grupos e no plenário. Foi importante: não era uma discussão teológico-filosófica, mas uma discussão concreta a partir da realidade mundial, tão diversificada em países e continentes. Outra novidade: foi redigido um texto final com a síntese de todas as discussões e sugestões, oferecendo um Instrumento de Trabalho a ser

apresentado a todas as igrejas diocesanas para uma nova reflexão que se estenderá até outubro de 2015, quando haverá o novo sínodo, agora sim, propondo soluções concretas a respeito da vida familiar. Papa Francisco, numa atitude de colegialidade, aceitou que os padres sinodais redigissem o documento final. Igualmente numa atitude colegial, participou das discussões ouvindo, dando a todos o conselho de serem francos e livres em sua participação. Resta a todos nós, cristãos, a oração intensa pelo reto encaminhamento dos trabalhos e propostas de ação pastoral condizentes com a realidade atual de casais e famílias. Não entrou em discussão a sacramentalidade do matrimônio, afir-

No mesmo caminho, como readmitir à comunhão eucarística esses casais que ardentemente a pedem? Há o processo canônico, geralmente demorado e custoso. Se a Igreja vê sinais da graça nas igrejas separadas, por analogia não poderia vê-los também no matrimônio civil? Houve a proposta de aceitar como nulos os casamentos que se dissolvem em dois anos, tempo muito breve para um discernimento maduro. Outros pontos, muito sensíveis em nossa época: como acolher homens e mulheres que querem ter filhos, mas com inseminação heteróloga? Como trabalhar a realidade da vida homossexual e de casais gays? Basta reafirmar a doutrina e excluí-los da vida eclesial? Papa Francisco se decidiu por uma Igreja em saída, que vai ao encontro do ser humano onde ele se encontra e como ele vive. Como aplicar o princípio divino da misericórdia na vida de tantas pessoas, muitas delas membros de nossa família? O Bom Pastor cuida de cada ovelha e procura alimentá-la para que tenha saúde. Os sacramentos não são alimento também para a ovelha perdida? Nessa realidade tão complexa, tão vizinha de nós, como o Senhor agiria? Essa resposta esperamos do sínodo.

mado por Cristo como indissolúvel. O sínodo não adentrou nesse campo por ser evidente a doutrina da Igreja. Mas, não convém tampar o sol com a peneira, são muitos os problemas atinentes ao casal em nossa época marcada pela subjetividade, pela liberdade pessoal, pelo individualismo nas decisões que dizem respeito à vida. É clara a situação de tantos casais que fracassaram na primeira união e contraíram novo matrimônio ou civil ou apenas por decisão de convivência e que têm filhos e boa convivência. Será que o primeiro casamento foi sacramentalmente válido? Não haveria um meio mais rápido e justo para avaliar essa situação, por exemplo, confiando-a ao bispo e seu delegado?

Caridade social

Instituição com foco nos direitos humanos Uma obra social para crianças e adolescentes que faz parte do Instituto Vilson Groh O Centro Educacional Marista Lucia Mayvorne, na direção de um projeto político pedagógico pautado em princípios democráticos e transparentes e tendo como foco as dimensões de defesa dos direitos humanos, tem como público alvo prioritário crianças, adolescentes e jovens de 05 a 18 anos de idade, moradores das comunidades do Mont Serrat e Alto da Caeira. Busca também o comprometimento e a articulação com os processos de organização politica deste território. Os desafios de um espaço político pedagógico são grandes e constantes na direção da sedimentação de uma educação de qualidade. É necessário compreender que os espaços educativos são complexos e contraditórios e que envolvem os processos socioinstitucionais e as relações sociais, familiares e comunitárias. É neste contexto que lutamos cotidianamente contra as adversidades

sociais e políticas, tendo como foco uma educação pautada na emancipação humana. Uma educação que seja “articuladora de diferentes dimensões da vida social como constitutivas de novas formas de sociabilidade humana nas quais o acesso aos direitos sociais é determinante”. Tendo a educação como direito fundamental atuamos em 4 dimensões: Dimensão Contextual – Em que nos desdobramos no contexto politico e social de nossos educandos e famílias na perspectiva da construção de alternativas e estratégicas para a emancipação politica e humana. Dimensão Conceitual – Através de um processo formativo sistemático discutimos, debatemos e relatamos constantemente a praxes profissional, atuando diretamente no currículo, cultura e sujeito na escola enquanto espaço/tempo. Dimensão Operacional – Que se relaciona direta-

mente com a ação politica pedagógica e organizacional da escola. Dimensão Avaliativa – Avaliação sistemática e continuada, na busca de renovar, alterar e proporcionar processo educativo de qualidade. Temos como metodologia participativa as assembleias com os educandos do 1° ao 8° ano, bem como os comitês com os trabalhadores da escola, famílias e comunidades. Contamos neste processo com 79 trabalhadores, entre educadores, assistentes sociais, coordenadores pedagógicos e setor administrativo. Endereço: Rua General Vieira da Rosa, 1050 Centro - Florianópolis Kátia Madeira - Coordenação do Centro Ed. Marista


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evangelização Santidade pós-moderna

Cronograma de novembro

Ser santo é insistir em ser, insistir em amar

6/11 | 15h | Conselho Presbiteral | Cúria Foto: Ivano A. Pereira

7 a 9/11 | Seminário Regional da CF 2015 | Lages 8/11 | 8h | Comissão Forças Vivas | N.S. de Fátima - Estreito 11/11 | 19h | Sessão Solene Centenários | Ass. Legislativa Fpolis 11/11 | Secretariado Arquidiocesano de Pastoral | Cúria 14 a 16/11 | Mutirão de Comunicação Regional | Florianópolis 14 a 16/11 | 3º Congresso de Casais Católicos | CEAR 14 a 16/11 | Reunião Regional GRF e CEBs | Urubici 15/11 | Dia Nacional da Juventude | Foranias 15/11 | 8h | Encontro Arq. Dimensão Social | Palhoça 15 a 22/11 | Semana da Solidariedade | Paróquias 18/11 | 8h | Reunião Geral do Clero | CEAR 20 e 21/11 | Conselho Regional de Pastoral | Chapecó 25/11 | Entrega Prêmio Iniciativa Solidária D.Afonso | Catedral 25/11 | 70 anos Paróquia N.S.Fátima | Estreito

Vivemos em um tempo de declínio de tudo que sugere desapego, humildade, limite, disciplina, obediência e dogma. É que na pós-modernidade cresceu o fenômeno sociológico intitulado “declínio do nome do pai”, movimento que aguça o declínio do reconhecimento das autoridades e instituições constituídas, levando o tema santidade também a se fragmentar e enfraquecer, especialmente pelo fato de que o que se entende como “nome do pai” inclui a pessoa de Deus, dos pais biológicos, dos líderes de toda ordem (educacional, política, legislativa, judiciária etc), inclusive as lideranças religiosas. Nesse contexto, falar de santidade hoje requer maestria e clareza, pois a pós-modernidade acha que ser “santo” (separado, consagrado) é uma proposta piegas e ultrapassada. Palavras como “pecado” e “pureza” são colocadas na seção naftalina, enquanto termos como “esperteza” e “sucesso” são sinônimos de capacidade. Vivemos em um mundo que prima pela quantidade e não pela qualidade, tendo no acúmulo a razão da manipulação e descarte da pessoa humana na sua dignidade. Assim, numa linguagem popular, poderiam ser chamados de “os contrários” os que defendem a vida (em todas

as suas dimensões) e resolvem se “separar” da lógica do poder, prazer, ter e parecer ser, e fazem uma opção sincera por perseguir autenticamente a verdade, a coerência, o desapego, a caridade e o respeito a Deus, por exemplo, na busca da tão subestimada santidade. Hoje ser santo é ser contrário ao que está imposto pela ditadura do descarte e da liberalidade. E contradição atrai perseguição. E esta última, quando totalmente injusta, deveria ser sinal visível de que esses santos caminham na direção do verdadeiro amor. Por isso os “contrários” ou santos a esperam. Afinal, a ordem do egoísmo sempre foi a alma das ordens econômicas. E no pós-modernismo ela apenas traz uma nova roupagem: modismos, lemas, bandeiras, anseios e expressões. Ser altruísta continua a ser “contrário”. Este “ser” santo é, em verdade, um “querer ser”, insistir em ser. Como gosto de dizer: ser santo é insistir em amar. E como rezamos na Comunidade Abbá Pai: “amar, amar e amar”. E viva o nome do Pai! Simone Pereira - Fundadora da Comunidade Abbá Pai abbapai@abbapai.org www.abbapai.org

28 a 30/11 | Encontrão de Jovens CDO | CEAR 28/11 a 3/12 | Encontro Oficina de Oração e Vida | Florianópolis 29/11 | Seminário Arquidiocesano da CF 2015 | Tijucas

III Congresso Evangelístico de Casais Católicos 14, 15 E 16 DE NOVEMBRO Inscreva-se: 48-3025 3750 / 3224 6476 / 3296 1511 47-3360 2344 / 3365 1884 / 3365 1047 email: comunicacao@radiocultura1110am.com.br

"Em Cristo, Deus Pai nos uniu"

CEAR – VILA DO DIVINO OLEIRO

PREGAÇÃO: Alexandre e Andréia bastos TV Canção Nova com sinal digital da Comunidade Pequeno Rebanho - RJ Animação: Cris Felipe - Joinville

A TV Canção Nova está no ar em Florianópolis desde 1998 através do canal 23 em modo analógico. Agora com nova tecnologia, a emissora também não ficou para trás. No dia 02 de agosto de 2014 entrou no ar o novo transmissor de TV Digital com 750W de potência. Para sintonizar, o telespectador necessita fazer uma busca de canais em seu aparelho de TV. Isto porquê, os novos canais digitais infelizmente não são detectados automaticamente pelos

televisores. Feita a nova sintonia, a programação em modo digital é encontrada no canal 23.1. Este transmissor, além de cobrir a capital, também atende os municípios de São José, Palhoça, Biguaçu e parte de Governador Celso Ramos e Santo Amaro da Imperatriz. Para isto é necessária uma antena externa de UHF específica para captar os sinais digitais, apontada para o Morro da Cruz em Florianópolis. Deivid Augusto Cara Canção Nova Florianópolis


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geral

Dom Vito, amigo dos padres e das flores São 60 anos de sacerdócio bem vividos na certeza de ter cumprido a vontade de Deus

Os passos deste homem de 1,79 metros de altura representam exatamente como ele é, forte, decidido, exemplo de amor a Deus e à humanidade. Testemunho de alguém que em dezembro completará 86 anos de vida, dos quais 60 dedicados ao sacerdócio. Dom Vito Schlickmann, bispo auxiliar emérito de Florianópolis, o 8º e último filho do casal Henrique Schlickmann e Bertha Oenning. Natural de São Ludgero, o bispo nunca conheceu o pai, nem por foto, pois o mesmo veio a falecer dois meses após o nascimento de Dom Vito. Teve uma infância tranquila. Duas irmãs se tornaram religiosas da Congregação da Divina Providência, uma delas já falecida. A família era harmoniosa e unida. O chamado ao sacerdócio o acompanhou desde a infância. A mãe rezava muito para ter filha religiosa e filho padre. Todos frequentavam a Igreja de São Ludgero desde pequenos. Aos 12 anos de idade, este homem de memória fora do comum, que lembra de todos os detalhes, entrou para o Seminário em Azambuja. “Não tinha outra coisa em mente, queria ser padre. Minha mãe incutiu a devoção a São José e ao Sagrado Coração de Jesus. Sou padre pelo fruto da oração da minha mãe”, relembra. No total, foram 14 anos como estudante no

seminário, sete em Azambuja e o restante em São Leopoldo. Depois de ordenado, Dom Vito continuou a caminhada nos seminários. Atuou quatro anos como professor no Seminário de Azambuja e 11 anos como reitor no então seminário de Antônio Carlos. Depois volta para Brusque onde permanece mais 14 anos na reitoria.

“Eu gosto de ver as coisas boas” O bispo emérito passou dois anos na Paróquia Santa Teresinha, em Brusque, antes de fazer o curso de Direito Canônico no Rio de Janeiro. Quando retornou à Santa Catarina, este homem de voz serena criou a Paróquia Santa Cruz onde foi pároco. “O povo me acolheu bem, sentia-me muito feliz”, disse. Em seguida, nomeado vigário geral por Dom Eusébio Oscar Scheid, Dom Vito foi ser professor no ITESC (Instituto Teológico de Santa Catarina). Em 1992 se tornou presidente do Tribunal Eclesiástico Regional de Florianópolis, onde permaneceu por 11 anos. Em 1995 foi nomeado bispo e aos 75 anos o Santo Padre aceitou sua renúncia. Depois disso, o bispo auxiliar emérito conta que o vazio dos compromissos aos poucos

foi sendo preenchido pelas celebrações de crisma e festas nas paróquias. E, é claro, a paixão pelas orquídeas e bromélias que tem desde a infância. Ele já chegou a ter uma das maiores coleções de bromélias do Brasil. Hoje está retomando o cultivo destas flores na APAZ (Associação Pe. Augusto Zucco), no bairro Barreiros, em São José, onde mora há 26 anos. Dom Vito disse que teve muitas alegrias na vida e se considera uma pessoa otimista por natureza. “Eu gosto de ver as coisas boas. Há pessoas que só veem os erros, as falhas, eu não. Também sempre gostei dos padres, eles foram meus amigos”. Nestes 60 anos dedicados ao sacerdócio, o disciplinado Dom Vito explica que este tempo significa o coroamento de todo um trabalho realizado para o Reino de Deus. “Foi por graça de Deus e a colaboração de tantas pessoas boas que me ajudaram a ser melhor, a ser mais bispo, mais padre, no serviço da Igreja, que me fizeram chegar a este ponto, com saúde”, finaliza Dom Vito.

Missa dos 60 anos de sacerdócio de Dom Vito Schlickmann 28 de novembro | 20h

Paróquia Santa Cruz, Areias, São José


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