Jornal da Arquidiocese | nº 205 | outubro de 2014

Jornal da

ARQUIDIOCESE

FLORIANÓPOLIS, nº 205

Dia do Nascituro

OUTUBRO DE 2014

promover a vida desde o ventre materno | 4

Pastoral da Criança

o trabalho que transforma famílias | 10

Outubro missionário: ide e anunciai

Jornal da Arquidiocese, OUTUBRO de 2014

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opinião

Todo cristão é missionário

Editorial O papa Francisco é claro quando fala da vida missionária na exortação apostólica Evangelli Gaudium: “Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo. É preciso considerarmo-nos como que marcados a fogo por esta missão de iluminar, abençoar, vivificar, levantar, curar, libertar. Por isso, se consigo ajudar uma só pessoa a viver melhor, isso já justifica o dom da minha vida” (EG 273).

E como diz ainda o papa, a alegria do Evangelho é missionária (EG 21). Diante da felicidade de anunciar Cristo, o seu Evangelho a toda criatura, nesta edição do Jornal da Arquidiocese você literalmente mergulha no incrível universo de uma vida em missão. Pelo testemunho do Pe. Lúcio Espíndola Santos que está há oito anos em Guiné-Bissau, na África, de missionários que estiveram na Bahia, e de outras pessoas que constantemente vivem para anunciar o amor de Cristo, você vai entender porque aquele que deixa pai, mãe, recebe cem vezes mais, ainda nesta vida.

Esta edição vai ajudar você a conhecer a evangelização com as crianças, a valorizar a vida e pedir ao Espírito Santo que o ajude no correto discernimento quanto ao segundo turno das eleições no Brasil.

Desejamos a você uma boa leitura. Vá, sem medo, dizer a cada ser humano que ele é amado, que não está só e que Cristo ressuscitou.

A vida cristã vivida com fidelidade se torna, por si mesma, apostólica e missionária em qualquer ambiente de vida e de trabalho. Apresentamos algumas características do cristão missionário: 1 – O cristão missionário faz seu o ideal que unificou toda a vida de São Paulo: “Para que Cristo seja anunciado” (cf. Fl 1,18).

2 – O cristão missionário anuncia um Evangelho que congrega. Ama a sua Igreja e convida os homens a fazer parte dela.

Não anuncia, porém, primeiro a sua Igreja, mas o Cristo Senhor.

3 – O cristão missionário leva uma mensagem que salva.

Sabe que a necessidade mais profunda do ser humano é o encontro com Deus e sabe que Jesus Cristo responde plenamente a este desejo.

da opressão e também do excesso de bem estar que torna o homem cego diante da necessidade dos pobres.

5 – O cristão missionário deseja a salvação com sinceridade e não faz de conta. Está convencido que o anúncio do Evangelho ajuda a todos os humilhados da terra a recuperar sua dignidade.

6 – O cristão missionário se solidariza com as pessoas em todas as situações em que vive.

Tem satisfação de se encontrar com quem está longe ou tem um estilo de vida diverso do seu.

7 – Em uma sociedade, muitas vezes, indiferente, o cristão missionário se ocupa com os últimos, com aqueles que ninguém vê.

Nas redes Novo Jornal da Arquidiocese chega nas paróquias

Apesar dos nossos pecados, podemos repetir como Pedro: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo.

“Parabéns! A nova edição ficou mais bonita e apresentável! Gostei!”

Pe. André Gonzaga

13 de setembro, twitter

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“Está muito bonito!”

Enquanto Deus cuida da sua criação e nós, os homens, somos chamados a colaborar na sua obra, a guerra destrói; destrói até mesmo o que Deus criou de mais belo: o ser humano.

Ricardo Becker Maçaneiro

Frase do Arcebispo de Florianópolis

13 de setembro, homilia na missa de sufrágio pelos mortos de todas as guerras em Redipuglia, Itália

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Onde há juventude, há esperança. Ouvi Deus, adorai a Deus e amai-vos entre vós como povo, como irmãos.

Não basta “ler” o Evangelho mas é necessário perguntarmo-nos de que forma é que a Palavra de Deus fala nas nossas vidas.

@pontifex_pt

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Quando falta Deus numa sociedade, mesmo a prosperidade aparece acompanhada por uma terrível pobreza espiritual.

23 de setembro, twitter

“Tomar a cruz é ser capaz de gastar a vida de forma total e completa, por amor a Deus e para que os irmãos sejam mais felizes” Dom Wilson em trecho tirado de seu programa semanal de rádio

Giovani Smolski

21 de setembro, homilia da missa em Tirana, Albânia

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8 – O cristão missionário é sabedor do seu dever de ser coerente. Anuncia o Evangelho, não como um desejo pessoal, mas como fidelidade ao Senhor que o chama.

4 – O cristão missionário se empenha pela libertação do homem todo; do pecado, da fome,

Nos caminhos de Francisco

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Dom Wilson Tadeu Jönck,scj

Retiro dos diáconos: parada, silêncio e restauração “O nosso poço do diaconato não pode ficar vazio. Além de cheio, a água deve ser pura.”

Diácono José Neri de Souza

23 de setembro, em missa celebrada na capela da Casa Santa Marta

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis-SC, Fone: (48) 3224-4799 / 9982-2463

Assessoria de Comunicação

O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal da Arquidiocese de Florianópolis-SC.

DIRETOR: Pe.Vitor Galdino Feller CONSELHO EDITORIAL: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Leandro Rech, Pe. Revelino Seidler, Pe. Vânio da Silva, A. Carol Denardi, Fernando Anísio Batista, Jean Ricardo Severino, Lui Holleben, Olga Oliveira JORNALISTA RESPONSÁVEL: A. Carol Denardi (SC 01843-JP) PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Lui Holleben

REVISÃO: Roberson Pinheiro e Pe. Ney Brasil COORD. DE PUBLICIDADE: Pe. Leandro Rech e Erlon Costa TIRAGEM: 24.000 exemplares IMPRESSÃO: Diário Catarinense EMAIL: imprensa@arquifln.org.br e midia@arquifln.org.br SITE: www.arquifln.org.br FACEBOOK: Arquidiocese de Florianópolis

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#compartilha Retalhos do Cotidiano

Concerto especial do Coral Santa Cecília Quem esteve na noite de 17 de setembro, na Catedral de Florianópolis, sentiu o coração entrar em uma sintonia de amor e gratidão a Dom Joaquim Domingues de Oliveira e Dom Afonso Niehues.

No concerto em homenagem aos centenários dos arcebispos,

Prof. Carlos Martendal

sob a regência do Pe. Ney Brasil Pereira, canções alusivas aos dois bispos foram interpretadas pelo Coral Santa Cecília, pelo grupo vocal do Seminário Convívio Emaús, pelo quarteto de metais da Banda da Polícia Militar e pelo organista Caio Fabrício da Silva Barbosa.

Julgamento

Coração bonito é aquele em que mora o amor. O amor não julga, o amor compreende; o amor não julga, o amor ajuda o irmão a levantar-se; o amor não julga, mas estende a mão. Julgar nos entristece, ferindo a alma profundamente; amar nos alegra, fazendo-nos irmãos de Jesus e de todos os que Ele pôs em nossos caminhos. Que tenhamos a força de amar e, não, a fraqueza de julgar!

Apostolado da Oração: grande família reunida Foto: Everton Marcelino

Aproximadamente cinco mil pessoas estiveram no Centro de Evangelização Angelino Rosa (CEAR), em Governador Celso Ramos, no dia 28 de setembro, para a Concentração Arquidiocesana das Famílias do Apostolado da Oração.

Com início às 8h, o evento foi marcado por palestras, fraternidade e a renovação e consagração dos zeladores e associados do Apostolado da Oração ao Coração de Jesus. O Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, presidiu a Missa de encerramento. Este evento se realiza a cada dois anos.

Forças

Na sua sexta Recreação Piedosa - A fuga para o Egito - Santa Teresinha põe na boca de José, dirigindo-se a Maria: “Deixai-me gastar minhas forças a serviço de Jesus”! Que belo programa de vida!

Revelação

Foto: Everton Marcelino

Se revelamos nossas fraquezas, surge a força que nos ampara; se contamos quanto de pobreza nos reveste, pouco a pouco a riqueza que ocultamos vai se mostrando.

Útero

Que lugar bonito e acolhedor, o útero materno! É, mesmo, um sacrário, o santuário da vida, o lugar em que o filho se encontra com a mãe e a mãe mais profundamente se encontra com ele. Útero materno: lugar do encontro, lugar do amor mais puro, do amor que se faz carne, que se faz vida.

Prognóstico

Na foto: Pe.Clóvis Cavalheiro, Tânia Zimermann, Pe.Otmar Jacob, Pe.Sereno Boesing

Missa com relíquia de Dom Orione Foto: Osni Machado

Muitos fiéis acompanharam em carreata a relíquia de São Luís Orione que saiu da Orionópolis Catarinense na manhã do dia 2 de setembro até o Centro Histórico de São José. Na chegada, Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, celebrou Missa solene na Igreja Matriz da Paróquia de São José.

O sangue de São Luís Orione permaneceu em solo catarinense por uma semana. Na celebração do centenário da presença orionita no Brasil, a relíquia do santo percorrerá o território brasileiro.

Quantos bebês terão sido impedidos de nascer sob a justificativa de exames pré-natais com prognósticos negativos? É preciso nos lembrarmos de que a medicina pode enganar-se; a fé e o amor, contudo, não se enganam...

Vida

A vida é dom de Deus, e só Ele pode tirá-la.

Sessão Especial a Dom Joaquim e Dom Afonso

Paroquianos de São José tiveram a graça de receber o relicário com o sangue de São Luís Orione

As homenagens aos centenários dos Arcebispos Dom Joaquim e Dom Afonso continuam. O Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGSC), a Academia Catarinense de Letras (ACL) e a Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC) promoveram uma sessão solene conjunta para homenageá-los, na noite de 30 de setembro, no auditório da sede do IHGSC e da ACL. Na ocasião, Pe. José Artulino Besen, cadeira 13 da ACL e membro emérito do IHGSC falou sobre Dom Joaquim e Dom Afonso e lançou o livro de sua autoria: “História na Igreja em Santa Catarina”.

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#compartilha

Lideranças paroquiais recebem formação em comunicação Pascom do Regional Sul 4 da CNBB realiza o segundo Mutirão da Comunicação Nos dias 14 a 16 de novembro, a Pascom (Pastoral da Comunicação) do Regional Sul 4 da CNBB, em comunhão com a Igreja do Brasil, realiza, em Florianópolis, o II Mutirão de Comunicação - Muticom.

O evento tem como tema “Uma nova paróquia” e como lema: “Construindo em comunhão a cultura do encontro”.

O mutirão tem o propósito de ser um espaço de intercâmbio, atualização, reflexão e aprofundamento sobre os temas da comunicação e da sociedade. E é uma instância de me-

diação e socialização entre aqueles que trabalham no campo da comunicação.

A abertura do Muticom será no Auditório da Assembleia Legislativa na sexta-feira (14) e as atividades do sábado e domingo acontecem no Educandário Imaculada Conceição, no centro de Florianópolis.

O evento oferece 10 oficinas: texto jornalístico, fotografia, Pastoral da Comunicação, redes sociais como estratégia pastoral, comunicação e liturgia, rádio, organização de eventos, comunicação e catequese, Epis-

copo.net (padres e bispos) e a oficina de assessoria de comunicação a serviço da cultura do encontro.

Para saber mais sobre o II Mutirão Regional de Comunicação e realizar sua inscrição, acesse o blog (www. mutiraoregionaldecomunicacaosc.blogspot.com.br) e o facebook (www.facebook. com/muticomsc) Ajude a divulgar nas paróquias. As vagas são limitadas.

Olga de Oliveira responsável pela PASCOM (Pastoral de Comunicação) Arquidiocesana. Contato: olgateresinha@gmail.com

Semana Nacional da Vida O ser humano como obra maravilhosa de Deus De 01 a 08 de outubro celebrase a Semana Nacional da Vida, culminando, no dia 08, com o Dia do Nascituro. Especialmente neste ano, esta semana coincide com o período eleitoral, alertando-nos sobre a importância da defesa da vida – em todos os âmbitos – também pelos candidatos e, principalmente, pelo nosso voto consciente.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nos oferece o subsídio “Hora da Vida”, que ressalta a importância da missão na defesa da vida. Missão entendida como o sair de nós mesmos e das estruturas eclesiais para assumirmos nosso compromisso como cristãos na promoção da vida em todos os âmbitos nos quais esta é violada.

Pe. Hélio Tadeu Luciano de Oliveira

Neste sentido, de um modo muito especial, somos chamados a promover a vida dos bebês nos ventres de suas mães. Mas não apenas isso. Somos chamados também a cuidar da educação das crianças de nossa sociedade, dos idosos, dos dependentes químicos e de tantas outras situações que afrontam a dignidade da vida.

Assumamos a nossa missão de cristãos, amando, celebrando e anunciando o valor da vida com atitudes concretas de amor ao próximo. Uma boa “Semana da Vida” e um bom Dia do Nascituro a todos nós. *Pe. Hélio é pároco da Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista na Ponte do Imaruim, Palhoça.

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nossa fé

Comunidade Missionária

Eleições 2014

Pe. Vitor Galdino Feller Foto: Arquivo Pe.Lucio Espindola Santos

O Concílio Vaticano II (1962-1965) entende a Igreja como comunhão e missão que reflete no mundo a comunhão e a missão da Santíssima Trindade. O Documento de Aparecida assume essa concepção, quando afirma: “O mistério da Trindade é a fonte, o modelo e a meta do mistério da Igreja” (DAp 155).

O documento 100 da CNBB, “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”, também assume essa configuração eclesial: “O estado permanente de missão supõe que a comunidade cristã tenha consciência de que ela é, por sua natureza, missionária”. E, logo a seguir: “Para ser missionária, a paróquia precisa ir ao encontro das pessoas” (CNBB, Doc. 100, n. 189).

Comunhão e missão Deus é comunhão e missão. Comunhão de três pessoas num só Deus. Missão do Filho e

do Espírito Santo enviados pelo Pai ao mundo. Também a Igreja é comunhão e missão. É comunidade missionária, como ensina o Papa na Evangelii Gaudium (EG 24). São dois elementos inseparáveis: o ser leva para a ação; a ação conduz para o ser. É impossível ser discípulo e viver em comunhão, sem ser missionário. É impossível fazer missão sem proceder da comunhão e sem trazer de volta para ela.

Sístole e Diástole O coração trabalha com dois movimentos – sístole e diástole –, bombeando sangue para dentro e para fora. O pulsar do coração da Igreja também age num movimento de sístole e diástole, isto é, de comunhão e missão.

Sem os dois movimentos a Igreja pode morrer por necrose ou por hemorragia.

A Igreja precisa da missão para captar os sinais dos tempos e enriquecer sua

comunhão. E precisa da comunhão para dela fazer fluir os dons de Deus em benefício do mundo.

Igreja em saída Esta expressão do papa Francisco deve mexer com as posições, agendas, compromissos.

O ser humano está muito acomodado àquilo que já faz e sabe. Disporse à conversão, à mudança de mentalidades e de práticas, ao desapego, eis o caminho que se tem pela frente. Se, em linha de hipótese, o mundo não precisa da Igreja para realizar-se, a Igreja, ao contrário, não consegue viver sem o mundo. Ela é chamada e enviada a dar vida ao mundo e se abastecer dele para poder continuar a ser. A Igreja só é se existir para os outros. É a única sociedade no mundo que existe em benefício daqueles que não são membros dela.

Um passo a mais na construção de um novo país e uma nova sociedade Fernando Anísio Batista Houveram diversos avanços num período recente da história do país, principalmente no aumento da renda de milhares de famílias brasileiras, com a diminuição considerável da taxa de desemprego. Ainda existem muitos desafios que deverão ser pautados nesta eleição, com propostas claras de superação, conforme apresenta-se abaixo: 1) Os gastos com a dívida pública hoje representam 40% do orçamento do Estado, enquanto existe menos de 5% para a educação e menos de 4% para a saúde; 2) A garantia dos direitos dos povos indígenas e quilombolas que estão sendo perseguidos por causa da construção de grandes hidrelétricas e com o avanço do agronegócio; 3) A reforma agrária, que pouco avançou nestes últimos anos; 4) As privatizações, inclusive do pré-sal; 5) A desigualdade social provocada pelo sistema tributário, onde a maior parte dos impostos recai no consumo e não sobre a renda; 6) A dominação dos grandes meios de comunicação que defendem, em primeiro lugar, os interesses dos grandes grupos econômicos; 7) A crise ecológica provocada pelo aumento do consumo.

Esses desafios serão superados se forem eleitos candidatos comprometidos com a população, não com grandes grupos econômicos que

buscam sempre se favorecer.

Por isso, cabe a cada cristão uma atitude ética e profética neste período eleitoral, e após as eleições, para fortalecer as iniciativas já existentes da própria Igreja Católica e que tem contribuído na organização. São elas: -Os Grupos de Acompanhamento ao Legislativo e ao Executivo, para exercer o controle social sobre a ação política dos eleitos.

-A Reforma Política, pois a corrupção no Brasil começa com as campanhas eleitorais que são financiadas pelas empresas. Por isso, é necessário realizar uma ampla reforma que inicia com mudanças no atual sistema eleitoral, ampliando para uma nova visão da estrutura de poder no país, garantindo maior participação popular. Para isso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e outras 90 entidades e movimentos sociais coletam assinaturas para um Projeto de Lei de Iniciativa Popular semelhante ao Ficha Limpa que prevê alterações na forma de organização das eleições no Brasil.

Mais informações poderão ser obtidas no site: www. reformapoliticademocratica. org.br.

O cristão tem muito a fazer, pois não basta votar, deve-se ter a consciência que a responsabilidade não termina com as eleições. É necessário proceder a um rigoroso acompanhamento do trabalho dos eleitos e contribuir para o amadurecimento do processo democrático no país.

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capa

Uma Igreja missionária, sempre Seja você de Santa Catarina, da Bahia ou da África, a ordem que Jesus lhe dá é a mesma: “Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos” (Mt 18,19) “Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado” (Mt 28,19-20).

Naquele ‘ide’ de Jesus, estão presentes os cenários e os desafios sempre novos da missão evangelizadora da Igreja, e hoje todos somos chamados a esta nova ‘saída’ missionária. Cada cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: “Sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG 20).

Impossível não ler a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho), do papa Francisco e não sentir o cora-

ção em brasas para deixar tudo e partir em missão. Uma alegria que só experimenta quem um dia deu o “Fiat” (sim), como Nossa Senhora, e saiu da comodidade para anunciar Jesus Cristo.

A Igreja vive o mês missionário com especial preparação.

Para 2014, as Pontifícias Obras Missionárias (POM) lançaram a Campanha Missionária que tem como tema “Missão para libertar” e lema “Enviou-me para anunciar a libertação”. Este tema retoma a Campanha da Fraternidade deste ano sobre “Fraternidade e Tráfico Humano”. No geral, espera-se voltar a atenção para a escravidão do tráfico humano nas diversas expressões.

Na Arquidiocese de Florianópolis, testemunhos de uma vida em missão não faltam. Pessoas que partem para outras terras para serem instrumentos de Deus no anúncio da libertação.

Oito vezes em terras desconhecidas

Paróquias em clima de Missões Populares

Em 1988 ela esteve pela primeira vez em missão. Foi na Diocese de Bom Jesus da Lapa, na Bahia. Lá ficou por dois anos. No ano de 2000 partiu para as Missões Populares, na Diocese de Barra, estado baiano. E assim, a secretária Maria da Glória Bastos, da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, de Angelina, contabiliza no currículo de missionária, oito vezes em que se desapegou de tudo e de todos e partiu em missão. A última, este ano.

Maria da Glória diz que se encontrou com um povo carente de tudo. “Aqui no sul do país é cheio de evangelizadores e lá, quase não tem”. Ela diz ainda que é uma alegria para eles acolherem os missionários. “Somos bem tratados e ficamos à vontade nas casas. A cada missão enxergamos os frutos. Nas paróquias em que passamos, eles se engajam nas atividades da Igreja. Um povo que precisa de missionários, que sejam testemunhas”.

Quando perguntado se a secretária paroquial está pronta para partir pela nona vez em missão, ela prontamente responde que sim e deu a dica para quem deseja fazer o mesmo: “O objetivo é levar Jesus Cristo às pessoas.

Somos mais evangelizados que evangelizamos. É um momento forte de conversão e desapego das coisas materiais”.

Desde 2009 a Paróquia Divino Espírito Santo, em Camboriú, desenvolve as Santas Missões Populares, sempre no mês de outubro, em um bairro do município. O Grupo de Animação Missionária dá todo suporte.

Segundo o coordenador geral, Diácono José Domingos dos Santos Neto, a previsão para este ano é visitar cinco mil casas do bairro João da Costa e do centro em três finais de semana de outubro, com uma média de 100 missionários.

Os missionários, em dupla, apresentam-se com crachá, Bíblia, terço e camiseta personalizada e fazem uma pequena celebração com a família que visitam. Antes de deixarem a casa, entregam um kit com orações e informativos.

A ideia é colocar em prática o Documento de Aparecida. “Tem pessoas distantes da Igreja que ao receberem o missionário e refletirem sobre a Palavra de Deus, voltam para a Igreja.

São muitos os testemunhos das missões anteriores neste sentido”, comenta o Diácono.

A Paróquia Divino Espírito Santo conta ainda com um programa de rádio aos sábados, das 10h15 às 11h30, voltado para a ação missionária. Com o nome “Paróquia em missão”, o programa é veiculado na Rádio Católica AM 1500, de Balneário Camboriú.

Sete anos sem missa Em julho deste ano, o seminarista Fernando Meira, 20 anos, do Seminário Propedêutico Santa Maria, em São José, foi em missão para a Diocese de Barra, na Bahia, com um grupo da Arquidiocese de Florianópolis.

Ele conta que o povo de lá, mesmo com todas as dificuldades, é sempre alegre, acolhedor e cheio de fé. “A comunidade onde fiquei estava há sete anos sem missa. A presença do missionário serve para revigorar ainda mais a fé deles e trazer novo ânimo”, cita Fernando.

Meira afirma que sempre estará disposto a partir em missão: “Se tiver oportunidade quero ir, pois contemplo Cristo na pessoa deles. É por amor a Jesus e a eles. É assumir nossa vocação, sair de si e ir ao encontro do próximo”.

7 Foto: Arquivo Pe.Lucio Espindola Santos

Pe. Lúcio e a experiência na África Pe. Lúcio Espíndola Santos é natural de Palhoça e tem hoje 63 anos de idade.

Aos 55 anos embarcou para a experiência que mudaria a sua vida e a forma de se ofertar a Deus. O seu destino foi Guiné Bissau, Diocese de Bafatá, África. Depois de sete anos na missão do setor de Empada, foi para a missão do setor de Tite, onde está até hoje. Foi enviado pela Arquidiocese, associado ao Pontifício Instituto das Obras Missionárias (Pime). Antes, porém, o padre missionário já havia passado seis anos na Diocese de Barra, na Bahia.

Confira abaixo, algumas vivências e curiosidades descritas pelo próprio padre: É um povo sensível ao religioso, mas não cristão. Quarenta por cento é muçulmano e os demais são de religião tradicional africana habituados às cerimônias primitivas. Exemplo: sacrifício de animais e associação da doença aos espíritos.

Na nossa missão de Tite, apenas 1% é batizado e somente um casal casado na Igreja. Visitamos 14 comunidades semanalmente. Entretanto, só celebramos missa na Matriz, em Tite, porque nas demais não há pessoas batizadas.

A vida é simples. A maioria das casas são cobertas de palha e se come, basicamente, arroz e peixe. As famílias são patriarcais e polígamas. As crianças trabalham desde cedo. Elas e os jovens querem estudar. A missão ajuda o hospital, inclusive providenciando remédios e ajudando os funcionários, assim como os professores da escola da cidade que carecem muitas vezes até de alimentação.

Há oito anos na África, Pe. Lúcio diz que o primeiro passo para quem deseja ir em missão é ter motivação no coração e o desejo de evangelizar O missionário é bem quisto por causa do trabalho social que realiza.

O trabalho é desenvolvido com mais três jovens, leigos consagrados, aqui da Arquidiocese, da Comunidade Católica Divino Oleiro: Cláudia, Karina e Valter. Distribuímos todos os trabalhos entre nós. Minha primeira atividade, como padre, é dar assistência espiritual e fazer a evangelização do primeiro anúncio, o kerigma, nas comunidades, juntamente com os colegas missionários.

Manutenção Nos mantemos com ajudas que recebemos de fora do país, sobretudo da Itália e do Brasil. Todos os missionários moramos na mesma casa, para facilitar nossa unidade, oração e trabalho.

Somos missionários da Arquidiocese de Florianópolis, que nos dá apoio e nos

Foto: Arquivo Pe.Lucio Espindola Santos

Na missão de Tite, apenas 1% da população é batizada Ajude os missionários da África: Banco do Brasil Conta corrente: 22667-X Agência: 3174-7 Em nome de: Mitra/Missões

envia. Mas agora esperamos dar mais um passo, quando a Arquidiocese, além de apoiar e assumir os missionários, também assumir a própria missão. Isto trará como consequência, um maior empenho missionário de toda a Arquidiocese e, ao mesmo tempo, mais luz e força para a missão em nossas paróquias que têm tantos desafios de evangelização.

O que fazer para quem deseja ir em missão - O primeiro passo é ter uma motivação no coração. Esta deve passar pelo desejo de evangelizar; - Contribuir com os trabalhos da missão, através de seus dotes e experiências; - Entrar em contato com o pároco que, por sua vez, dará as demais orientações colocando a pessoa interessada em contato com a Arquidiocese.

Em Palhoça, intimidade com a Palavra A Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça, realizou as Santas Missões Populares, de 21 a 28 de setembro, nos bairros Caminho Novo, Bela Vista, Gruta e Fazenda Pedra Branca. Participaram aproximadamente 90 missionários.

O coordenador, José Neto, conhecido por Zezinho, da Capela São José Operário, bairro Bela Vista, participou das Missões Populares também em abril deste ano com os Freis Capuchinhos. “Eu tive uma intimidade com a Palavra de Deus. Percebi ainda que a grande maioria das pessoas tem uma carência religiosa muito grande. Quando chegamos, sentimos que as pessoas se apaixonam por Jesus Cristo e voltam a participar das missas e das comunidades”, destaca Zezinho.

Esta ação será uma forma de realizar um plano de missão permanente na paróquia com visitas às famílias das comunidades num período de três anos. À frente do projeto, o pároco, Pe. André Gonzaga, espera que estas atividades sejam fixas. “Faremos um processo de acompanhamento destas famílias que foram visitadas para que as missões não se tornem um evento esporádico, mas tenham uma continuidade concreta”.

Jornal da Arquidiocese, outubro de 2014

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bíblia Família Umunida dia na dePalavra graça

Lectio Divina

para toda a Igreja

Pe.Wellington Cristiano da Silva

Encontro reuniu mais de 2.800 pessoas em Rio Fortuna, sul do Estado Foto: Diocese de Tubarão

Lectio (leitura) Jesus disse aos seus discípulos: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo!” (Mt 28, 19).

Meditatio (meditação)

O IV Encontro Interdiocesano dos Grupos Bíblicos em Família (GBF) e Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) aconteceu no dia 14 de setembro, em todas as dioceses de Santa Catarina - Regional Sul 4 da CNBB. A Arquidiocese de Florianópolis e as dioceses de Tubarão e Criciúma celebraram, na Paróquia de São Marcos, em Rio Fortuna, Diocese de Tubarão, a caminhada dos GBF/CEBs e refletiram o tema “Igreja e Missão”, inspirados na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium: “Com Jesus Cristo renasce sem cessar a alegria” (EG 1).

Estiveram presentes mais de 2.800 pessoas das três dioceses. O Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, participou durante todo o dia. Já o bispo da Diocese de Tubarão, Dom João Francisco

Salm esteve na abertura e na Celebração Eucarística. Da Arquidiocese de Florianópolis participaram aproximadamente 900 pessoas.

Para a coordenadora dos Grupos de Famílias da Diocese de Tubarão, Rosa Junkes Della Guiustina, 70 anos, o Interdiocesano foi um encontro cheio de Deus e que contou com a participação de todos.

“Pessoas das mais diversas pastorais, grupos, classes sociais; cada um se doou com o coração, isto é testemunhar o Evangelho”, disse Rosa.

A reflexão sobre a Carta Apostólica Evangelii Gaudium, do papa Francisco, conduzida pelos assessores Pe. Wilson Buss e Pe. Adelino Matildes, e também representada pelas três dioceses em forma teatral, motivou os participantes a interagirem e

compartilharem experiências vividas pelos grupos nas comunidades. Destacou ainda os desafios da evangelização e o anúncio do Evangelho a todas as pessoas e famílias.

“Somos pessoas de Deus e ele nos convida a testemunhar com alegria o Evangelho”, comentou Marta Zacaron Bez Biroilo, da Diocese de Criciúma.

Já para Arcilene Alexandre Serpa, da Arquidiocese de Florianópolis, o Interdiocesano mostrou que o cristão deve se colocar a serviço. “Mas não pode ser um serviço de obrigação e ir com o rosto triste, é preciso ir com alegria.

Como alguém que é feliz com Cristo”, conclui.

Colaboração: Maria Glória da Silva e Murilo Medeiros da Silva

Jesus ressuscitado confia à sua comunidade de discípulos a missão de dar continuidade ao seu projeto de amor. Como discípulos missionários, todos são enviados por Jesus a anunciar a sua Boa Notícia a todos os povos. Todos são convidados a participar do discipulado de Cristo. Ninguém fica excluído do seu plano salvífico. O Batismo em nome da Trindade é o sinal sagrado que compromete com a missão divina revelada em Jesus. Como batizado, tenho me consagrado totalmente a Deus no serviço do Evangelho?

Aceito o convite de Jesus de sair do meu comodismo e ir em missão ao encontro dos irmãos e irmãs?

Oratio (oração) Senhor Jesus, missionário do Pai, que agiste impulsionado pela força do Espírito Santo, envia-me em missão! Quero renovar o meu compromisso batis-

mal de anunciar o Evangelho em toda parte e a toda criatura. Ajuda-me a sair de mim mesmo para ir ao teu encontro no serviço aos irmãos e irmãs.

Contemplatio (contemplação) Jesus é sempre Emanuel, Deus conosco (cf. Mt 1,23). Ele mesmo nos assegurou: “Eis que estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo” (Mt 28, 20b).

Contemplemos, pois, esta presença constante de Jesus em nossa vida e missão.

Façamos uma leitura de nossa história a partir da presença mística de Cristo.

Missio (missão) Há muita gente que ainda não conhece Jesus. Por isso, a missão de ir a todos os povos continua sendo uma grande urgência eclesial. A Igreja que, por natureza, é missionária desde as origens, deve se empenhar no apoio concreto às diversas realidades onde o Evangelho ainda não se enraizou. Somos uma Igreja em saída, em estado permanente de missão. Portadores da alegria do Evangelho, queremos criar uma cultura missionária na Igreja para reavivar em nós o espírito missionário de Cristo.

Conhecendo o livro dos Salmos - 102 (101): “Tu és o mesmo!”

Pe. Ney Brasil Pereira Entre outras, duas são as características deste Salmo. A que mais impressiona é o fato de que o orante que começa partindo da sua desgraça pessoal, declara-se também envolvido pela destruição da sua cidade. É um salmo, portanto, do tempo do exílio. Qual será o ponto de partida: a desgraça pessoal ou a desgraça nacional?

Ele começa com a experiência pessoal, mas a transcende em duas dimensões: a comunitária, porque é membro do seu povo e sente como própria a dor da capital arrasada; e a temporal, porque sua vida curta é um segmento na série das gerações que continuam, e quer deixar um legado escrito para os vindouros (v. 19), como testemunho do Deus libertador.

No entanto, ele suplica com insistência: por si, para que não fracasse a sua vida; e pela cidade, porque já é tempo de restaurá-la.

Leia o salmo e medite:

A segunda característica que menos chama a atenção, mas é importante na leitura cristológica, é a citação que a Carta aos Hebreus faz dos seus três penúltimos versículos, aplicando-os ao próprio Cristo, associado ao Pai na obra criadora: “Tu, Senhor, no início colocaste os fundamentos da terra...”

(Hb 1,10, citando o v. 26 do salmo). E ainda, a eternidade de Deus afirmada no v. 28: “Tu és o mesmo, e teus anos jamais terminarão”, também aplicada a Cristo, que é “o mesmo, ontem, hoje, e sempre” (Hb 13,8).

2) Como a lembrança da soberania e eternidade de Deus aliviam o sofrimento intenso do orante?

1) Quais são as duas características mais marcantes deste salmo?

3) Em que sentido podemos “determinar” prazos para Deus (v.14)?

4) Qual o objetivo de registrar por escrito a intervenção divina (v.19)?

5) Confira, no primeiro capítulo da Carta aos Hebreus, o contexto da citação que seu autor faz dos v. 26-28 deste salmo.

A análise completa deste salmo se encontra no site da Arquidiocese.

Jornal da Arquidiocese, outubro de 2014

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#compartilha

Igreja em estado permanente de missão “Vão pelo mundo todo, proclamem o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15) Foto: Reprodução Internet

Justificativa e fundamentação Durante o processo de planejamento pastoral e elaboração do Plano Arquidiocesano de Pastoral, uma pergunta norteou o trabalho: que características deve ter a Igreja para fazer frente aos grandes desafios da obra evangelizadora? Que Igreja ser? Ou melhor, que Igreja Deus quer que você seja? (PP 257).

O Documento de Aparecida responde às perguntas com apenas duas palavras: a Igreja é uma “comunidade missionária”. Ao explicitar essa fórmula sintética, diz: “A Igreja é comunhão no amor. Esta é a sua essência e o sinal através do qual é chamada a ser reconhecida como seguidora de Cristo e servidora da humanidade” (DAp 161).

Em comunhão com a Igreja no Brasil, a Arquidiocese, através do 13º Plano de Pastoral (PP), assumiu o compromisso de ser Igreja da missão. A Arquidiocese quer ser uma Igreja decididamente missionária. Para isso, deve promover uma verdadeira conversão pastoral de todos e renovar as estruturas eclesiais, para passar “de uma pasto-

ral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária” (DAp 370). Quem faz a experiência da alegria pascal no encontro com Deus e entra no caminho da santidade, encanta-se com a comunhão eclesial e se aprofunda no conhecimento das verdades da fé, não pode ficar com essa graça só para si. Sente-se motivado à missão (PP 271).

“A intimidade da Igreja com Jesus é uma intimidade itinerante, e a comunhão reveste essencialmente a forma de comunhão missionária. Fiel ao modelo do Mestre, é vital que hoje a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares e ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medos. A alegria do Evangelho é para todo o povo, não se pode excluir ninguém, assim foi anunciada pelo anjo aos pastores de Belém: “Não temais, pois anunciovos uma grande alegria, que o será para todo o povo” (Lc 2,10) (EG 23).

Neste sentido, a Arquidiocese assume o seguinte objetivo, com as finalidades e propostas de ação:

Objetivo Articular a dimensão missionária nos vários grupos e instâncias arquidiocesanas, para manter viva a necessidade de ser uma Igreja em estado permanente de missão.

Finalidades - Articular e acompanhar a animação missionária na Arquidiocese junto às foranias e paróquias.

- Incentivar a formação missionária em todas as pastorais, movimentos, serviços e seminários para atualizar a reflexão de temas sobre a missão hoje.

- Despertar os batizados para o compromisso missionário junto à comunidade.

- Motivar as paróquias para campanha missionária.

Propostas de ação - Reorganizar o Conselho Missionário Diocesano (COMIDI), a partir das forças vivas da Arquidiocese e seguindo as orientações do Conse-

lho Missionário Nacional, até junho de 2015.

- Incentivar e acompanhar a organização dos grupos de animação missionária das foranias e paróquias.

- Acompanhar a formação dos participantes das Santas Missões Populares, na Bahia.

- Auxiliar na organização e implantação da Infância e Adolescência Missionária e Juventude Missionária.

- Tornar conhecidas e integrar as ações missionárias existentes na Arquidiocese, possibilitando a participação de agentes das foranias e paróquias.

- Incentivar as paróquias a vivenciar o mês missionário e promover a coleta missionária.

- Promover o contato e a partilha com os missionários da Arquidiocese que atuam nas missões Ad Gentes.

- Incentivar a prática das Santas Missões Populares em nossa Arquidiocese.

Obs.: Projeto elaborado pela equipe de animação missionária e aprovado na 28ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral em 31 de julho de 2014.

Crisma: o Espírito faz do homem, um cristão Em algumas igrejas, ainda hoje o Sacramento da Crisma é ministrado junto com o do Batismo. A Igreja Católica, por motivos pedagógicos, escolheu dar esse sacramento no início ou no fim da adolescência, quando aquele que foi batizado na infância se decide pela vida cristã.

A Crisma é também denominada “confirmação”, palavra que pode ser expressa como “firma reconhecida”. Deste modo, confirmar é carimbar quem foi batizado como “cristão”, levando agora a assinatura divina: do Espírito Santo recebe o carimbo de cristão, e esse jamais é apagado, porque Deus é fiel, mesmo se

nós formos infiéis.

Após a leitura da Palavra de Deus, o celebrante impõe as mãos sobre aquele que vai receber a unção do Crisma a fim de que receba os sete dons do Espírito Santo: sabedoria e inteligência, conselho e fortaleza, ciência e piedade e temor de Deus (cf. Is 11,1-2). Com essa graça, a pessoa inteira é transformada, seus pensamentos, ações e afetos passam a ser orientados pelo Espírito de Jesus Cristo.

Em seguida, o jovem tem a fronte ungida com o óleo do Crisma, com as palavras: “N., recebe, por este sinal, o Espírito Santo, o dom de Deus”.

Na Eucaristia recebemos o Senhor. Na Crisma, o Espírito Santo, que se torna o artista de nossa vida, faz do batizado um cristão.

Como o escultor extrai uma imagem de um bloco de mármore, o Espírito faz do crismado um cristão, imagem de Cristo, verdadeiro filho de Deus. O Espírito Santo passa a ser o artista que modelará no homem o santo. Por onde o crismado andar, as pessoas dirão: “é um cristão!”

Pe. José Artulino Besen, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Procasa, São José

Jornal da Arquidiocese, outubro de 2014

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evangelização

Cuidado desde o ventre materno Pastoral da Criança e o trabalho que transforma famílias

Foto: Divulgação Pastoral da Criança Fpolis

Atender a mãe gestante e a criança de zero a seis anos não é tarefa das mais fáceis para os 360 voluntários da Pastoral da Criança da Arquidiocese de Florianópolis. Presente em 11 paróquias, sete municípios e 43 comunidades, esta Pastoral atende mensalmente 128 gestantes e 1.622 crianças. No segundo trimestre deste ano, a pastoral acompanhou uma média mensal de 1.235 famílias em toda a Arquidiocese.

Os voluntários visitam mensalmente as famílias e registram dados sobre a saúde, a educação e o desenvolvimento da criança, orientam sobre vacinação, alimentação e cuidados que a mãe precisa ter em cada faixa etária do filho. “Trabalhamos com a vigilância nutricional na reeducação alimentar das crianças e mães”, explica a coordenadora arquidiocesana, Jane Bitencourt Neto.

Nas visitas, o voluntário primeiro ouve para depois começar a orientar. A coordenadora afirma que é um trabalho de transformação da família.

“A gente acaba se envolvendo. Tem

A Pastoral da Criança precisa de voluntários problema, ajudamos a resolver. E são diversos. Encontramos crianças sem creche, mães com dificuldade de trabalhar, pois não tem onde deixar os filhos e por aí vai”. Na coordenação há quatro anos, Jane afirma que a pastoral é sua vida. “A gente pensa que dá o tempo da gente, mas ganha-se muito com a amizade e o

Caridade social

Casa São José, na Serrinha

Uma obra social para crianças e adolescentes no contra-turno escolar

carinho. Deixar sua família para visitar outras famílias é a vivência na raiz do Evangelho”.

Serviço Seja um voluntário da Pastoral da Criança!

Informações: (48) 9635-8900.

Infância Missionária “Depois que a criança entra na Infância Missionária tem uma visão diferente do mundo em que vive, porque ela passa a ver a importância de ser solidário com as pessoas”, comenta a coordenadora da Infância e Adolescência Missionária (IAM), Matilde Broering Ferreira.

Presente em oito Paróquias da Arquidiocese de Florianópolis, a IAM tem como objetivo principal evangelizar crianças e adolescentes. Entre as atividades desenvolvidas por crianças a partir dos quatro anos até os 16, estão visitas a asilos, orfanatos, missões em comunidades carentes, ajuda na liturgia e nos eventos em geral da Igreja.

A coordenadora Matilde esclarece que este trabalho missionário busca a solidariedade, a oração e o sacrifício.

Para participar basta procurar na paróquia de que faz parte. Obtenha também mais informações pelo e-mail: tia_matilde@hotmail.com ou pelo telefone: (48) 9621-3770.

Associação João Paulo II Amor e doação no mesmo espaço

Amor e doação no mesmo espaço

A Casa São José, no bairro Serrinha, em Florianópolis, foi inaugurada em março de 2003 e viabilizada pela Paroquia Santíssima Trindade para proporcionar um espaço de lazer, cultura, educação e assistência às famílias da comunidade da Serrinha.

No ano de 2013, quando completou uma década de funcionamento, constituiu-se Associação Casa São José para dar mais autonomia e independência à instituição.

Hoje realiza um trabalho composto por 14 oficinas e serve três refeições diárias a cada uma das 166 crianças e adolescentes, de segunda

a sexta-feira, das 8h às 17h. Oferece atendimento psicológico, pedagógico, odontológico e assistencial.

A instituição se mantém através de doações, convênio com a Prefeitura Municipal de Florianópolis e com apoio de pessoas físicas e jurídicas como o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e a Tractebel Energia.

Para conhecer mais o trabalho da instituição ou realizar doações você pode entrar em contato pelo telefone: (048) 3234-3800. E-mail: casasaojose@gmail.com ou site: www.casasaojosefloripa.org.br

Há 34 anos, a Associação João Paulo II, na Rua João Gonçalves, bairro Ponte do Imaruim, na Palhoça, atende crianças em tempo integral e adolescentes no contra-turno escolar. Hoje, 24 funcionários auxiliam 113 crianças e 73 adolescentes. A Associação conta com apoio voluntário de médico, advogada e pedagoga.

A Associação João Paulo II se mantém através de doações espontâneas e de convênio com a Prefeitura Municipal de Palhoça. E realiza três grandes eventos durante o ano.

A Irmã Terezinha Hermínio Maria e demais religiosas do Instituto Fraternidade Esperança prestam apoio juntamente com uma diretoria administrativa. Irmã Terezinha, que trabalha lá há 28 anos, diz que desde junho de 2013, a Associação passou a fazer parte do Instituto Padre Vilson Groh.

Se você deseja contribuir com a instituição da Ponte do Imaruim pode entrar em contato pelo telefone: (48) 3242-0061.

Jornal da Arquidiocese, outubro de 2014

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evangelização Arquidiocese celebra vida diante da Catedral

Cronograma de outubro Fotos: Everton Marcelino

4/10 | 8h30 | Reunião Coord. Comarcais Pastoral Dízimo | Biguaçu 4/10 | 14h30 | Reunião Arq. de Coord. Comarcais GBF | Biguaçu 4/10 | 14h30 | Reunião Arquidiocesana CEBs | Coloninha 6/10 | 8h30 | Reunião Coord. Arq. da Pastoral da Saúde | Cúria 9 a 12/10 | 464º Cursilho Masc. - Itajaí | Casa Pe.Dehon - Brusque 11/10 | 15h | Reunião do Setor Juventude | São João Batista 16 a 19/10 | 465º Cursilho Masc. - Fpolis | Morro das Pedras

e da vitória de Deus em sua vida que o ajuda diariamente a vencer esta luta.

Outro momento forte do evento foi o testemunho da jornalista Fabíola Goulart: “Por que sou contra o aborto? Minha mãe tinha todos os motivos listados pelas feministas para me abortar. Era pobre, engravidou de um homem casado, não tinha apoio da família e nem sequer lugar para me criar. Não tinha terminado o Ensino Médio e estava sem perspectiva de futuro. Entretanto, apesar de todas as adversidades, decidiu enfrentar tudo por aquela vida que se gerou em seu ventre.

Fugiu pela porta dos fundos da clínica clandestina em que foi levada para fazer o aborto. Nunca se arrependeu. Foi difícil? Sim, muito. Mas todas as vezes que eu olho nos olhos dela, sei que ela não se arrepende. Ela me ama muito e eu a amo demais”.

O assessor da Comissão Vida e Família, Pe. Hélio Luciano, falou sobre o valor da vida e da importância de todos lutarem por ela desde a concepção no seio materno. O “Manual de bioética para jovens”, utilizado na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio de Janeiro e as réplicas de bebês com 12 semanas de gestação – nesta idade gestacional há pessoas que ainda defendem a realização do aborto – foram distribuídos aos participantes do evento com o objetivo de conscientizá-los sobre a defesa da vida.

Com a bênção do Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, e o show da Banda Single Core, o II Viva Floripa terminou com a certeza de que vale a pena celebrar a vida e de que muitos outros eventos assim virão.

Olga de Oliveira responsável pela PASCOM (Pastoral de Comunicação) Arquidiocesana.

17 e 18/10 | Reunião PASCOM Regional | Florianópolis 17 a 19/10 | Equipes de N. Senhora - Encontro Casais | CEAR 17 a 19/10 | Seminário de Vida - Comunidade Shalom | Tijucas 18/10 | 23ºAniv. Beatificação de S. Paulina | Santuário S. Paulina 20/10 | 20h | Mov. de Irmãos - Reunião Coord. Arq. | Tijucas 23/10 | Reunião CADIP - Comarcas | Biguaçu 24 a 26/10 | Assembléia da Pastoral da Criança | Morro das Pedras 24 a 26/10 | Encontro Matrimonial | Carmelo 26/10 | Dia Nacional da Juventude - DNJ | Nas Paróquias

Kairós reúne cerca de 600 jovens Foto: Site RCC Florianópolis

O II Viva Floripa, promovido pela Comissão Vida e Família da Arquidiocese de Florianópolis, trouxe ao debate a valorização da vida. O evento aconteceu no Largo São João Paulo II, antigo Largo da Catedral, e reuniu cerca de 800 pessoas, tendo, na programação, testemunhos, orações e muita música com a Comunidade Abbá Pai, Single Core, Wagner e Carlão Rego do Rio de Janeiro. “Uma experiência inesquecível com todo povo reunido com a missão de salvar vidas. A misericórdia de Deus agindo nesta terra santa”, destacou Carlão.

Muitas pessoas se empenharam para o sucesso do evento. Entre elas, o pároco da Paróquia São Vicente de Itajaí, Pe. Josemar Silva, que com a colaboração da Cléia, da RCC arquidiocesana, trouxe mais de 80 pessoas daquela cidade para Florianópolis.

Destaca-se também a presença de seminaristas da Faculdade São Luiz, em Brusque, além de membros das pastorais e movimentos das paróquias da Arquidiocese. Também é importante ressaltar o empenho dos integrantes da Comissão Vida e Família, formada por todos os movimentos, pastorais e serviços ligados à família e coordenados pelo casal Nilo e Eluiza Momm.

“Os testemunhos de vida, luta familiar, superação e missionariedade são provas vivas de que a espiritualidade restaura vidas, sustenta e transforma a dor em vitória para a felicidade deles e dos seus familiares”, disse a fundadora da Comunidade Abbá Pai, Simone Pereira. Percebeu-se esta realidade no testemunho do Ricardo – jovem cadeirante – e de sua mãe Sandra, ambos consagrados da Comunidade Abbá Pai. E também, no testemunho do carioca Carlão que falou da trajetória na droga

Aproximadamente 600 jovens da Arquidiocese de Florianópolis e de dioceses vizinhas se reuniram em Santo Amaro da Imperatriz, para o Kairós da Juventude, promovido pela Renovação Carismática Católica (RCC). De 27 a 28 de setembro, eles viveram momentos de oração, alegria e aprofundamento na vida espiritual. A pregação ficou por conta do Coordenador Nacional do Ministério Jovem,

Fernando Gomes, e outros palestrantes da RCC. “Não importa a situação espiritual em que eu me encontre.

Deus é misericordioso a ponto de me perdoar e reavivar a chama dentro de mim. Porque não há amor mais verdadeiro e suficiente do que o do Senhor”, disse Fabiana Preuss, da diocese de Joinville.

Giovanna Dutra (Comunicação Social da RCC Arquidiocesana)

Jornal da Arquidiocese, outubro de 2014

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geral

Os jovens e a experiência com o Espírito Santo O apoio dos pais faz a diferença na preparação da Crisma Foto: Marcos Célio Fotografia

Gabriela (segunda da dir. para a esq. na fila de baixo) com os colegas, na Renovação das Promessas do Batismo

O segundo semestre de 2014 está marcado pela celebração do Sacramento da Crisma, em quase todas as Paróquias da Arquidiocese de Florianópolis. Na Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista, Ponte do Imaruim, em Palhoça, 109 jovens receberam o óleo do Crisma. Desde o ano passado a paróquia busca um novo jeito de trabalhar a formação do crismando.

A primeira mudança veio com a catequese primeiramente com os pais, na Ponte do Imaruim. A coordenadora da catequese de Crisma da Matriz, Liliani Ramos, explica ainda que além dos encontros semanais, os crismandos participam de momentos com o pároco, atividades vocacionais, so-

Dom Wilson presidiu a Missa da Crisma na Paróquia da Ponte do Imaruim

ciais, atuam na liturgia, oficina de música, retiros e missas semanais nas comunidades. “Após a celebração da Crisma, uma boa parte continua a se reunir no grupo de jovens. Como é bonito ver a mudança em suas vidas! Cada um no seu tempo e do seu modo, mas todos, de alguma forma, sentiram-se atraídos com a pessoa e o projeto de Jesus, durante a preparação”, explicou Liliani.

Na Paróquia São Sebastião, em Anitápolis, 20 jovens foram crismados. Segundo a coordenadora da catequese, Sonia David, foram dois anos de preparação bem aproveitados. “O incentivo dos pais motivou a opção deles de buscarem o Espírito Santo

Os ensinamentos adquiridos não tendem a ser finalizados no momento pelo qual se recebeu o Sacramento da Crisma. Nesse contexto, para viver minha vocação cristã, penso em atuar na pastoral do Coroinha, na Liturgia e Ação Social, conhecendo assim as necessidades e buscando ajudar onde for preciso.

Luanny Kloppel Vieira (15 anos) Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista, Ponte do Imaruim, Palhoça

Espero viver a vida perto de Deus, com mais fé e nunca me desligar da Igreja. Participo do grupo de jovens e serei monitora do próximo retiro.

Maitê Luiza dos Santos (17 anos) Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista, Ponte do Imaruim, Palhoça

para suas vidas, através deste sacramento”, disse Sonia.

Em Itajaí, na Paróquia São João Batista, 51 crismandos da Matriz e das comunidades receberam o óleo do Crisma. A auxiliar de coordenação da catequese, Daniele Luciani Martins, comentou que dois retiros ajudaram na preparação. “Todo ano se lança a semente e espera que frutifique, ou seja, que os jovens voltem. Esperamos que eles continuem perseverantes na nossa fé e nos caminhos de Jesus”.

No ano de 2013 foram 6.486 jovens e adultos crismados em toda Arquidiocese de Florianópolis. Confira abaixo, alguns testemunhos dos novos crismandos.

Participo do Grupo de Jovens do Amanhecer e pretendo continuar. Após a Crisma, eu me senti mais perto de Deus.

Giulianni Schmitz (14 anos) Paróquia São Sebastião, Anitápolis

Quero viver com ações que me lembrem tudo que aprendi nestes dois anos. E continuar participando da Igreja, como sempre fiz, desde criança.

Gabriela de Melo Nagel (15 anos) Paróquia São João Batista, Itajaí