5º Fora do Lugar 2016 Catálogo (Catalogue) 2

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Idanha-a-Nova Portugal 2016

Festival Internacional de MĂşsicas Antigas 5Âş Fora do Lugar Early Musics International Festival


ESTRUTURA FINANCIADA POR PROJECT FINANCED BY

UM PROJECTO A PROJECT

EM PARCERIA COM IN PARTNERSHIP WITH

APOIOS SUPPORTERS

DIREÇ ÃO REGIONA L DE CULTURA D O CENTR O

MEDIA PARTNER

SELO EUROPEU EUROPEAN LABEL


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Conceito original Original concept Arte das Musas Direcção artística e de produção Managing artistic director Filipe Faria Produção executiva Executive producer Rita Santos Assistentes de produção Production assistants Tiago Matias Nuno Vieira Daniel Carreiro Conceito gráfico, fotografia, design e paginação Graphic concept, photos, design and pagination Arte das Musas/Filipe Faria Fotografias e textos dos programas de concerto da responsabilidade dos músicos/grupos excepto quando creditadas. Photographs and texts of concert programmes credited to the musicians/groups except when noted.

Festival Fora do Lugar Web: www.foradolugar.pt Facebook: www.facebook.com/foradolugar Email: festival@foradolugar.pt Arte das Musas Morada Address: Rua da Vitória, 75, 2820-338 Charneca de Caparica PORTUGAL Tel.: +351 210995674 Email: mail@artedasmusas.com Web: www.artedasmusas.com

© Arte das Musas 2016


Armindo Jacinto PRESIDENTE DO MUNICÍPIO DE IDANHA-A-NOVA MAYOR OF IDANHA-A-NOVA Filipe Faria DIRECTOR DO FESTIVAL FORA DO LUGAR DIRECTOR OF FESTIVAL FORA DO LUGAR

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Programa geral General Program

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Lugares e Música Places and Music

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Idanha-a-Velha Sete Lágrimas PORTUGAL Monsanto Eduardo Paniagua ESPANHA SPAIN Salvaterra do Extremo Trio Porteño PORTUGAL Ladoeiro Musicantes ESPANHA SPAIN Idanha-a-Nova Dave Boyd + Isaac Muller IRLANDA + HOLANDA IRELAND + NETHERLANDS Idanha-a-Velha Kepa Junkera & Sorginak ESPANHA SPAIN Estrasburgo Strasbourg FRANÇA FRANCE CMBI PORTUGAL Concerto Ibérico PORTUGAL

16-17 19 30-31 33 38-39 41 46-47 49 54-57 59 64-65 67 76-77 79 85

Paralelos Parallels

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Natureza Nature: Oficina ao ar livre Open air workshop Serviço Educativo Educational Program: Sete Lágrimas Workshop: Frame Drums Atlantic Concerto mesmo ao pé Concert next to you: Eduardo Paniagua Serviço Educativo Educational Program: Gastronomia Gastronomy Masterclass: Guitarra Guitar Gastronomia Gastronomy: Jantar Pobre Pauper’s Dinner Concerto mesmo ao pé Concert next to you: Trio Porteño Concerto mesmo ao pé Concert next to you: Musicantes Serviço Educativo Educational Program: O Adufe The Adufe Natureza Nature: Saída de campo Country outing

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Mapa Map

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ARMINDO JACINTO MAYOR OF IDANHA-A-NOVA Idanha’s wealth of heritage is now appreciated worldwide. UNESCO Creative City in the field of music since December 2015. Biosphere Reserve in 2016, which also marks 10 years since the creation of Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, the first Geopark in Portugal and the first UNESCO classification in the region. These three awards give Idanha a special status: it is a UNESCO territory, combining tangible and intangible heritages. It is a source of pride for all those who live here. And a huge responsibility. Recognition of its patrimonial value is not an end in itself. It is the validation of a path, an incentive to continue the good practices that sustain this recognition. This includes the results of the work carried out with various European authorities. In 2015, Idanha-a-Nova became a member of the Strasbourg Club, a collective of European cities that debates and promotes the European Project, a controversial topic nowadays. Strasbourg is also the stage where, through Idanha, our country will be represented at the 2016 Christmas Market. Five centuries old, the largest and oldest Christmas fair in Europe, Portugal will be its guest nation in 2016 and, for a month, Idanha’s culture and productive activities will be highlighted as part of the country’s representation. This point in fact reflects one of the key elements of the municipality’s sustainable development strategy. The primary sector is registering very significant growth, due to projects linked to the Rural Base Incubator and the strategy of promoting local products in Portugal and abroad. A year ago, the Fora do Lugar international early music festival was the stage for good news. Today, it is again the stage on which we celebrate the first anniversary as a UNESCO Creative City of Music, bringing together concepts, practices and territories that reflect a unifying mission with a global profile. These days, the integrated action of various productive sectors present in the region, with innovative and organised approaches, makes more and more sense. It is along this path that we wish to continue, producing more effective and long-lasting results. To everyone, our most heartfelt thanks!


ARMINDO JACINTO PRESIDENTE DO MUNICÍPIO DE IDANHA-A-NOVA A dimensão patrimonial de Idanha tem, hoje, distinção mundial. Cidade Criativa da UNESCO, na área da Música, desde Dezembro de 2015. Reserva da Biosfera em 2016, ano que assinala 10 anos da criação do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, o primeiro geoparque em Portugal e a primeira classificação UNESCO da região. As três atribuições conferem a Idanha estatuto particular: é um território UNESCO, cruzando material e imaterial. É um orgulho para todos os idanhenses. E uma imensa responsabilidade. O reconhecimento do valor patrimonial não é um fim em si mesmo. É a validação de um percurso, num incentivo à continuidade das boas práticas que sustentam este reconhecimento. Nesta linha insere-se, também, o resultado do trabalho desenvolvido junto de várias instâncias europeias. Idanha-a-Nova tornou-se, em 2015, membro do Clube de Estrasburgo, um colectivo de cidades europeias que debatem e promovem o Projecto Europeu, tema candente nos dias de hoje. Estrasburgo é ainda o palco onde, através de Idanha, o nosso país estará representado no Mercado de Natal de 2016. Com cinco séculos de existência, a maior e mais antiga feira de natal europeia tem em 2016 Portugal como país convidado e, ao longo de um mês, a cultura e actividades produtivas de Idanha terão destaque em representação do país. Este ponto, aliás, reflecte um dos elementos chave da estratégia de desenvolvimento sustentável do município. O sector primário regista um crescimento muito significativo, devido aos projectos associados à Incubadora de Base Rural e à estratégia de valorização dos produtos locais em Portugal e no estrangeiro. Há um ano, o Fora do Lugar foi o palco de uma boa nova. Hoje, é novamente o palco onde celebramos o primeiro aniversário enquanto Cidade Criativa da Música pela UNESCO, cruzando conceitos, práticas e territórios que reflectem uma vocação integradora, visível à escala global. Nos nossos dias, a acção integrada dos vários sectores produtivos presentes no nosso território, com abordagens inovadoras e articuladas, faz cada vez mais sentido. É por esta via que queremos continuar, produzindo resultados mais eficazes e duradouros. A todos, o nosso sincero bem hajam!

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FILIPE FARIA DIRECTOR OF FESTIVAL FORA DO LUGAR On the fifth day of the journey we can stop. Stop to listen. To talk. We can stop in order to start again... or stop in order to stop. To see what’s there or just close our eyes and listen. These lands are new.... the earth in my hand falls to the ground of the same colour, that stone wasn’t there... and that tree that protects me used to be so small. Here we have a memory of what we didn’t live. It is the land, to which we are inexorably bound... it is the whistling wind, or the water that falls from the air in drops, sometimes heavy, sometimes not. The bright sun. The fog that conceals. The song of that bird. I don’t know how to explain it, but we are here, in Idanha, as if we had always been here. As if we had been born under that big rock that shelters the fox from the rain. We are brothers and sisters of this time and this space that is different here than in any other part of the world... Everything passes. Serenely. And we pass through everything. We remember, as if it were today, that which we didn’t live. And realise that... here there is no past, only present... and all the futures that are fed by the present. Here we are the sum of every day of every time... because, even if we wanted to, we can’t experience yesterday... That is the gift of these lands. Everything together, in one place, in one time... That is why we can be in the right place and, at the same time, out of place... As if we were seeing ourselves when younger, as children, growing and playing... and then as adults, old people, sitting in the shade of that orchard and wanting to kick a ball around, or to throw a stone into the river because we can... or to climb that rock and shout at the passing air. On the fifth day of the journey we bring more memories to Idanha to add to our own. Memories of sounds, songs, mnemonics for remembering trivia or special ideas, muttered words and whispers... pieces of wood, trunks and branches of trees that become sounds in someone’s hands. Here we are simply happy. And the sky is dark at night and light by day, as it should be. Idanha is an invitation. Being out of place is irresistible. Here... we have a memory of what we didn’t live... even of what we are not and would perhaps like to be. And we begin everything one more time as if it were the first... time. See you soon.


FILIPE FARIA DIRECTOR DO FESTIVAL FORA DO LUGAR No quinto dia de viagem podemos parar. Parar para escutar. Para falar. Podemos parar para logo caminhar... ou parar por parar. Para ficar a olhar. Fechar os olhos e escutar. Estas terras são novas... a terra na minha mão cai para o chão da mesma cor, aquela pedra não estava ali... e esta árvore que me protege era tão pequena. Aqui temos memória daquilo que não vivemos. É a terra, à qual estamos irremediavelmente ligados... são os silvos do vento ou a água que cai do ar em gotas mais ou menos pesadas. O sol claro. O nevoeiro que esconde. O canto daquela ave. Não sei explicar mas estamos cá, na Idanha, como se sempre cá estivéssemos. Como se tivéssemos nascido sob aquela pedra grande que faz de abrigo a uma raposa quando chove. Somos irmãos do tempo e deste espaço que é diferente aqui do que em qualquer outro lado do mundo... Tudo passa. Serenamente. E nós passamos por tudo. Lembramo-nos, como se fosse hoje, daquilo que não vivemos. É isso... aqui não há passado, só presente... e todos os futuros que o presente alimenta. Aqui somos a soma de todos os dias de todos os tempos... porque, mesmo que queiramos, não conseguimos viver ontem... É essa a oferta destas terras. Tudo junto, num só lugar, num só tempo... Por isso podemos estar no lugar certo e ao mesmo tempo fora do lugar... Como se nos víssemos pequenos, crianças, a crescer e a brincar... e logo adultos, velhos, sentados na sombra daquele pomar e com vontade de jogar à bola, ou de mandar uma pedra ao rio porque podemos... ou subir àquela pedra e gritar ao ouvido do ar que passa. No quinto dia da viagem trazemos, a Idanha, mais memórias para juntar às nossas. Memórias de sons, cantilenas, mnemónicas para decorar trivialidades ou ideias especiais, palavras entre dentes e sussurros ao ouvido... pedaços de madeira, troncos e galhos de árvores que se transformam em som nas mãos de alguém. Aqui só somos felizes. E o céu é escuro à noite e claro de dia, como deve ser. Idanha é um convite. Estar fora do lugar é irresistível. Aqui... temos memória daquilo que não vivemos... mesmo daquilo que não somos e que talvez gostássemos de ser. E começamos tudo outra vez como se fosse a primeira... vez. Até já.

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IDANHA-A-VELHA MONSANTO SALVATERRA DO EXTREMO LADOEIRO IDANHA-A-NOVA IDANHA-A-VELHA ESTRASBURGO STRASBOURG ESTRASBURGO STRASBOURG


PROGRAMA PROGRAM

LUGARES E MÚSICA PLACES AND MUSIC SETE LÁGRIMAS PORTUGAL EDUARDO PANIAGUA ESPANHA/SPAIN TRIO PORTEÑO PORTUGAL MUSICANTES ESPANHA/SPAIN DAVE BOYD + ISAAC MULLER IRLANDA/IRELAND + HOLANDA/NETHERLANDS KEPA JUNKERA & SORGINAK ESPANHA/SPAIN CONCERTO IBÉRICO PORTUGAL CMBI PORTUGAL

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39°59’46.6”N 7°08’40.4”W

IDANHA-A-VELHA

Idanha-a-Velha is a small picturesque village, consisting of a remarkable group of ruins, which holds a position of high standing among the national archaeological works. It stands on a place where formerly was a Roman City (1st century B.C.), which was inserted in “Civitas Igaeditanorum”, having become a Roman Municipality later on. An inscription dating from 16 B.C., where we can read that “Quintus Lallius”, a citizen from “Emerita Augusta” (Mérida) “has willingly given a sun-dial to Igeditanos” witnesses the existence of an urban site on those by gone days. In 105, in an inscription on Alcântara Bridge (a very important Roman engineering work) the village is referred to as one of the most important Municipalities that contributed to the Bridge construction. Nowadays there are still a lot of evidences showing that civilization permanence: the “podium” of the temple on which the Templar’s Tower stands; the Northern Gate and its wall; one exceptional group of tomb stones and various scattered remains. In the Visigoth Era, under the name of “Egitânea”, the village witnessed golden developing times, having been a diocese seat since 599 and a gold coining Bishop’s Palace and the See are material witnesses of those golden days. The Arabs got hold of the city until King Afonso III from Leão conquered it, during the Christian fights but it was already an integrating part of Condado Portucalense at the time of Portugal foundation. Later one, King Afonso Henriques delivered it to the Templar monks. In 1229, King Sancho II chartered it. King Dinis included it in “Ordem de Cristo” (1319). Along the times, other peopling attempts followed. In 1510, King Manuel I chartered it again, being the Pillory a witness of this fact. In 1762, it was know as a


small town in Castelo Branco jurisdiction; in 1811, it becomes attached to Idanha-a Nova; in 1821 it becomes the seat of a small municipality, still existing in 1936. Intentionally, and along the centuries, people tried to reorganize the urban space, revitalizing it in social, economic, political and cultural fields. However, its historical desertification course was drawn. Nowadays, Idanha-a-Velha (considered a National Monument) emerges quite renewed. An historical village wisely adapted to those who live here and to those who visit it. Idanha-a-Velha é uma pequena aldeia de ambiente pitoresco, pelo notável conjunto de ruínas que conserva, ocupa um lugar de realce no contexto das estações arqueológicas do país. Ergue-se no espaço onde outrora existiu uma cidade de fundação romana (séc.I a.C.), inserida no território da Civitas Igaeditanorum, tendo sido, mais tarde, município romano. Uma inscrição datada do ano 16 a.C., onde consta que Quintus Tallius, cidadão da Emérita Augusta (Mérida) “deu um relógio aos Igeditanos”, testemunha a existência no núcleo urbano nesse momento cronológico. Em 105, a povoação aparece referida numa inscrição da monumental ponte de Alcântara – importante obra de engenharia romana – como um dos municípios que contribuíram para a sua construção. Diversos vestígios evidenciam, ainda hoje, essa permanência civilizacional: entre outros, o podium de um templo no qual assenta a Torre dos Templários; a Porta Norte e respectiva muralha; um conjunto excepcional de lápides funerárias e variado espólio disperso. A povoação conheceu no período visigótico, sob o nome da Egitânea, momentos áureos de desenvolvimento, tendo sido sede de diocese desde 599 e centro de cunhagem de moeda em ouro (trientes). São testemunhos materiais desse período, os Baptistérios e ruínas anexas do “Palácio dos Bispos” e a designada Igreja de Santa Maria, esta com profundas alterações arquitectónicas posteriores. Os Árabes ocuparam a cidade até à sua tomada por D. Afonso III, Rei de Leão, durante a reconquista, fazia já parte integrante do condado Portucalense aquando da fundação de Portugal. Mais tarde D. Afonso Henriques entregou-a aos Templários. Em 1229 D. Sancho II deu-lhe foral. D. Dinis incluiu-a na ordem de Cristo – 1319 –, seguindo-se outras tentativas de repovoamento. D. Manuel I, em 1510, concede-lhe novo foral de que o Pelourinho é testemunho. Em 1762 figurava como vila, na comarca de Castelo Branco; em 1811, ficava anexa a Idanha-a-Nova; em 1821 tornavase sede de um pequeno concelho, extinto em 1836. Intencionalmente, e ao longo dos séculos, pretendeu- se reorganizar todo o espaço urbano, revitalizando-o no domínio social, económico, político e cultural. Porém o seu percurso histórico, de desertificação, estava traçado. Hoje, Idanha-a-Velha, (Monumento Nacional) surge renovada. Uma Aldeia Histórica criteriosamente adaptada para os que aqui residem e para os que a visitam.

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SEXTA-FEIRA FRIDAY 25 NOV. 21H30

SETE LÁGRIMAS PORTUGAL DIASPORA

39°59’46.6”N 7°08’40.4”W

IDANHA-A-VELHA ANTIGA SÉ

Para lá de caravelas e de Boa-Esperança a relação de Portugal com o mundo nasce de uma vontade de mudança... Com a expansão portuguesa do século XV inicia-se um período de aculturação e miscigenação que influencia mutuamente as práticas musicais dos países dos Descobrimentos e de Portugal e muda a configuração do nosso “ADN” colectivo para sempre... O projecto Diáspora conta já com três títulos: “Diaspora.pt” (2008), “Terra” (2011) e “Península” (2012) e mergulha nos géneros e formas musicais dos cinco continentes de ontem e de hoje, arriscando novas fórmulas interpretativas de repertórios populares e eruditos do século XVI ao século XX, do vilancico ibérico ao fado, dos vilancicos “negros” do século XVI/XVII ao “chorinho” brasileiro, passando pelas “mornas” africanas e pelas canções tradicionais de Timor, Macau, Índia, Brasil, etc... Uma vertigem experimental pela viagem, caminho, peregrinação, terra, água, saudade e pelo que ficou hoje depois de todos os ontem... FILIPE FARIA Besides caravels and the Cape of Good Hope, Portugal’s relationship with the world was born from a thirst for change. The Portuguese expansion of the fifteenth-century marked the start of a period of acculturation and miscegenation that mutually influenced the musical practices of the countries of the Discoveries and Portugal and changed the configuration of their collective DNA forever. Comprising three titles – ‘Diaspora. pt’ (2008), ‘Terra’ (2011) and ‘Península’ (2012) – the Diáspora project dips into the past and present of genres and musical forms associated with five continents, exploring new interpretive formulas employed in popular and classical music from the sixteenth to the twenty centuries, from the Iberian villancico to fado, the ‘black’ villancicos of the sixteenth and seventeenth centuries, the Brazilian chorinho, African mornas and the traditional songs of Timor, Macau, India and Brazil, among other countries. An experimental frenzy inspired by journeys, paths, pilgrimages, land, water, homesickness and what remains today of all the days gone by. FILIPE FARIA

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NOTAS AO PROGRAMA POR RUI VIEIRA NERY As grandes navegações portuguesas dos séculos XV e XVI e o processo de expansão colonial subsequente abriram novos caminhos de comunicação e de intercâmbio cultural entre a Europa e o mundo, nos quais Portugal foi indiscutivelmente pioneiro. Não se tratou - importa sublinhá-lo sem equívocos - de um processo idílico e harmonioso de mero diálogo intercultural: foi marcado, como todos os colonialismos em todas as épocas da História da Humanidade, pela violência, pela agressão militar, pela ocupação territorial, pela exploração económica, pelo tráfico de escravos, pela intolerância religiosa. Mas desde cedo evidenciou, por outro lado, da parte dos colonizadores portugueses, uma curiosidade pela diferença cultural que contrasta com o hermetismo das matrizes civilizacionais de outros imperialismos europeus posteriores, como o francês, o holandês, ou em particular o britânico. A elevada taxa de miscigenação étnica que desde logo marcou as sociedades colonias portuguesas, consequência prática, é verdade, de uma reduzida presença de mulheres europeias nas primeiras expedições, mas ao mesmo tempo sinal de um desejo menos reprimido pelo preconceito racial, foi acompanhada de uma vontade evidente de provar as cozinhas locais e os seus ingredientes exóticos, do fascínio pelos motivos decorativos dos tapetes, cerâmicas e porcelanas de cada região, da tentação de experimentar canções e danças com ritmos e melodias diferentes e sedutores. A dominação colonial portuguesa procurou, certamente, impor em cada território ocupado uma matriz idêntica à das práticas artísticas e culturais do Reino, em particular as associadas ao Catolicismo, mas não só soube adaptar essa matriz aos materiais específicos disponíveis em cada zona como não hesitou em incorporar em si mesma muitas das facetas das expressões artísticas com que se foi deparando, terra a terra, continente a continente. De todas as potências coloniais europeias, Portugal foi sem qualquer dúvida aquela em cuja Cultura se

Filipe Faria Voz Voice Sérgio Peixoto Voz Voice Pedro Castro Flautas Recorders Oboé barroco Baroque oboe Tiago Matias Vihuela Alaúde Lute Tiorba Theorbo Guitarra barroca Baroque guitar Guitarra romântica Romantic guitar Mário Franco Contrabaixo Double bass Rui Silva Percussão histórica Historical percussion


integraram mais influências asiásticas, africanas e sulamericanas, e o império colonial português revelouse assim um espaço de intensa circulação, interacção e fusão de modelos culturais. Esta predisposição para o cruzamento intercultural estava já, afinal, na própria essência das Culturas ibéricas, resultantes de séculos de sucessivos processos de fusão, primeiro entre modelos celtas e greco-romanos, depois entre padrões cristãos, árabes e judaicos. A experiência da miscigenação cultural estava-nos, bem vistas as coisas, na carga genética civilizacional, e a expansão marítima ter-se-á limitado, a este respeito, a alargar a gama dos potenciais ingredientes. Mas o que é certo é que quer na Metrópole quer nas várias colónias portuguesas assistimos, logo a partir das primeiras fases da chegada dos Portugueses, à emergência de práticas artísticas híbridas que traduziam um intenso diálogo, no terreno, entre as múltiplas tradições em presença - um diálogo sempre formatado, como é óbvio, pela hierarquia do Poder colonial mas surpreendentemente aberto a trocas e a aprendizagens mútuas. E é assim que no campo da Música, por exemplo, logo nos séculos XVI e XVII encontramos nos vilancicos de Igreja peninsulares ritmos ameríndios e afro-brasileiros, e que, nos séculos XVIII e XIX, os salões e teatros lisboetas são literalmente invadidos pelos Lunduns e Modinhas brasileiros, a que em breve se juntará o Fado - tudo isto com grande espanto dos viajantes estrangeiros, que encaram este hibridismo cultural como um simples fenómeno de decadência. Estas manifestações de cruzamento que chegam ao Reino são, por sua vez,

Na fomte está Lianor ANON. (SÉC./C. XVI)

Bastiana TRAD. (MACAU/MACAO)

Senhora del mundo ANON. (SÉC./C. XVI))

Flor amorosa JOAQUIM ANTÓNIO DA SILVA CALADO (1848-1880)

Dic nobis Maria/Dalha den cima del cielo ANON. (XVI)

Mai fali é TRAD. (TIMOR)

Tururu farara con son GASPAR FERNANDES (?1565-1629)

Xicochi conentzitle GASPAR FERNANDES

No soy yo quien veis vivir ANON. (SÉC./C. XVI/XVII)

Triste vida vivyre FILIPE FARIA (1976-) + SÉRGIO PEIXOTO (1974-)*

Parto triste saludoso FILIPE FARIA + SÉRGIO PEIXOTO #

Rosinha dos limões ARTUR RIBEIRO (1924-1982)

Dos estrellas le siguen MANUEL MACHADO (C.1590-1646)

Yamukela TRAD. (ÁFRICA DO SUL/SOUTH AFRICA + MOÇAMBIQUE/MOZAMBIQUE) +

* SOBRE TEXTO ANÓNIMO/AFTER ANON. TEXT (SÉC./C. XVI) CONTRAFACTUM SALMO/PSALM “LA TERRE AU SEIGNEUR APPARTIENT”, CLAUDE GOUDIMEL (?1514-1572) # SOBRE TEXTO DE VILANCICO ANÓNIMO/AFTER ANON. VILANCICO TEXT (SÉC./C. XVI) + SOBRE/AFTER ARR. PE. ARNALDO TAVEIRA ARAÚJO (N. 1929) § SOBRE TEXTO DE/AFTER TEXT BY LOPE DE VEGA (1562-1635)

El pesebre FILIPE FARIA + SÉRGIO PEIXOTO §

Mosé salió de Misraim ROMANCE SEFARAD (MARROCOS/MOROCCO)

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a consequência dos processos de interacção cultural que têm lugar nas próprias colónias e que produzem localmente novos géneros de fusão na Música e na Dança que alargam, também aí, o espectro das práticas artísticas tradicionais das populações indígenas. E o que é de sublinhar é que estas trocas se processam não só ao nível das Músicas eruditas como atravessam também todo o espectro social - não há sector das sociedades coloniais do Império português que não seja tocado nas suas práticas e expressões artísticas por esta interacção. Não admira, pois, que, muito para lá do fim da experiência colonial portuguesa, o espaço da lusofonia se continue a revelar um território tão fértil em expressões interculturais que dão testemunho desse convívio e desafio mútuo multi-seculares entre modelos vindos dos vários continentes, cujos resultados permanecem como práticas vivas nas tradições populares de cada região. O que o Sete Lágrimas nos propõe mais uma vez é uma viagem por repertórios escritos e orais, mais próximos ou mais remotos, de teor ora mais erudito ora mais popular, que reflectem esta vivência de seis séculos de partilhas artísticas intensas num mundo interligado pela primeira vez pelas caravelas portuguesas e marcado no decurso desse tempo longo por luzes e sombras, dores e alegrias, violência e paixão de que a Música dá testemunho.


PROGRAMME NOTES BY RUI VIEIRA NERY The great Portuguese navigations of the sixteenth and seventeenth centuries and the process of colonial expansion that followed them opened new paths for comunication and cultural exchange between Europe and the world, in which Portugal was undisputedly a pioneer. This was not - it should be stressed unequivocally - an idyllic and harmonious process of intercultural dialogue: it was characterized, as were all colonialisms in all eras of the History of Mankind, by violence, military agression, territorial occupation, economic exploitation, slave trade and religious intolerance. But on the other hand, it soon demonstrated on the part of the Portuguese colonizers a strong curiosity about cultural differences, which differs from the hermetic nature of the civilizational matrix of other, later, European imperialisms, such as the French, the Dutch and particularly the British. The high rate of ethnic integration which defined from a very early stage the Portuguese colonial societies - a consequence, of course, of the limited presence of European women in the first expeditions, but also a sign of a desire less restrained by racial prejudice - was accompanied by a clear desire to taste local cuisines with their exotic ingredients, by a fascination with the decorative motives of tapestries, ceramics and porcelain from each region, by the temptation to try out songs and dances with different, seductive rhythms and melodies. Portuguese colonial domination tried to impose on each dominated territory the matrix of the artistic and cultural practices of the Kingdom, particularly those associated with Christianity, not only knew how to adapt that matrix to locally available materials but did not hesitate to incorporate in it many of the elements of the artistic expressions

found in each land and continent. Of all the European colonial powers, Portugal was undoubtedly the one in whose Culture there was a higher degree of integration of Asian, African and South-American influences, and the Portuguese colonial empire thus became a space of intense circulation, interaction and fusion of cultural models. This predisposition towards intercultural crossover was already part of the very essence of Iberian Cultures, as the result of several centuries of successive processes of fusion, first between Celtic and Greco-Roman models, and later between Christian, Arabic and Hebrew ones. The experience of cultural miscegenation was, ultimately, part of our genetic civilizational heritage and maritime expansion merely widened the gamut of potential ingredients for it. In any case, both in mainland Portugal and in the various Portuguese colonies, we witness, soon after the arrival of the Portuguese, the development of hybrid artistic practices reflecting an intense dialogue, at the grassroots level, between the various cultures presentee - a dialogue always, inevitably, shaped by the hierarchy of colonial Power but surprisingly open to exchanges and to mutual learning. Thus, in the field of Music, for instance, we find already in the sixteenth and seventeenth centuries Amerindian and Afro-Brazilian rhythms, just as in the eighteenth and nineteenth centuries the Lisbon theatres and salons were literally invaded by the Brazilian Lunduns and Modinhas, soon to be joined by Fado, to the great amazement of foreign travellers who looked upon this cultural interaction as a mere sign of decadence. These examples of crossover that reached the Kingdom were, on the other hand, the consequence of the processes of cultural interaction taking place in the colonies themselves, where they produced new fusion genres in Music and Dance and enlarged the spectrum of the traditional artistic

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practices of the local populations. And it must be stressed that these exchanges took place not only on the level of “erudite” Music but affect all social strata - there is not a single sector of the colonial societies of the Portuguese Empire that was not touched in its artistic practices and expressions by this interaction. Is not surprising, therefore, that long after the end of the Portuguese colonial experience the Portuguesespeaking world remains such a fertile territory for intercultural expressions which bear testimony to the centuries-long contact and mutual challenge between models originating in different continents, and which remain as living practices in the popular traditions of each region. What Sete Lágrimas presents offers us again, in this second album within the their Diaspora project, is a voyage through written and oral repertories, both recent and remote and both high and lowbrow which reflect this historical experience of six centuries of intense artistic sharing in a world connected for the first time by the Portuguese ships and characterized throughout this long period by light and shade, pain and joy, violence and passion, all of which can be found in this Music.

BIOGRAFIA ...though the title doth promise tears, unfit guests in these joyful times, yet no doubt pleasant are the teares which musick weeps, neither are tears shed always in sorrow, but sometimes in joy and gladness. Vouchsafe then your gracious protection to these showers of harmony (…) they be metamorphosed into true tears. JOHN DOWLAND (?1563-1626) ..embora o nome prometa lágrimas, convidadas pouco aprazíveis nestes tempos de alegria, são sem dúvida agradáveis as lágrimas que a música chora, nem sempre vertidas em tristeza mas também em alegria. Permita a vossa graciosa protecção a estes aguaceiros de harmonia que sejam metamorfoseados em verdadeiras lágrimas. TRAD. LIVRE

Fundado em 1999 por Filipe Faria e Sérgio Peixoto, Sete Lágrimas assume o nome da inovadora colecção de danças do compositor renascentista John Dowland (1563-1626) publicadas por John Windet em 1604 quando o compositor era alaudista de Cristiano IV da Dinamarca. Profundamente dedicados aos diálogos da música antiga com a contemporaneidade bem como da música erudita com as tradições seculares, Sete Lágrimas juntam músicos de diferentes horizontes musicais em torno de projectos conceptuais animados tanto por profundas investigações musicológicas como por processos de inovação, irreverência e criatividade em torno dos sons, instrumentário e memórias da música antiga. Nestes projectos são identificáveis os diálogos entre a música erudita e a popular,


entre a música antiga e a contemporânea e entre a secular diáspora portuguesa dos descobrimentos e o eixo latino mediterrânico convertidos em som através tanto da fiel interpretação dos cânones interpretativos da música antiga como de uma aproximação a elementos definidores da música tradicional ou do jazz. Desde a sua fundação, o grupo desenvolve uma intensa actividade concertística de mais de trezentos e cinquenta concertos em doze países da Europa e Ásia, de onde se destacam: Portugal (Centro Cultural de Belém 2009/2011/2012/2013/2014/2015, Fundação Calouste Gulbenkian 2008/2015, Festival Terras sem Sombra 2003-2010 (como ensemble residente), Encontros de Música Antiga de Loulé 2006/2015, Festival de São Roque 2008/2009/2012), Museu de Aveiro 2010/2012, Festival das Artes de Coimbra 2011, Festival dos Capuchos 2012, Festival Internacional de Música da Madeira 2010, Festival Internacional de Música dos Açores, 2010 Festival Fora do Lugar 2012, Festival de Leiria 2011/2013, Festival de Almada 2013, etc…), Bulgária (Sliven 2011), Itália (Ravenna 2011, Festival Internazionale W. A. Mozart a Rovereto 2012), Malta (BirguFest 2011), Espanha (Festival de Música Antigua de Gijón 2010, Festival de Música Antigua de Úbeda y Baeza 2011, Museo Nacional de Valladolid 2011/2013, Fundación Juan March/Madrid 2012, Villaviciosa 2012, Abulensis Festival Internacional de Musica 2012…), China (Macau Internacional Music Festival 2011), Suécia (Stockholm Early Music Festival 2012), França (Festival Baroque de Sablé 2012, Opera de Lille 2013), Bélgica (Gent Festival van Vaanderen 2012, Flemish Opera/ Gent 2013, Bozar/Bruxelles 2013), Noruega (Stavanger Konzerthus 2013), República Checa (Prague Early Music Festival 2014), Luxemburgo (Philharmonie Luxembourg/Salle de Musique de Chambre 2014), etc... Sete Lágrimas chama, regularmente, aos seus

projectos, músicos convidados das áreas da música antiga como María Cristina Kiehr (Argentina), Zsuzsi Tóth (Hungria) ou Ana Quintans (Portugal) e da música tradicional, jazz e do mundo como Mayra Andrade (Cabo Verde), António Zambujo (Portugal) ou Adufeiras de Monsanto (Portugal). No contexto dos projectos de diálogo entre a música antiga e a contemporânea “Kleine Musik” (MU0102/2008), “Silêncio” (MU0106/2009) e “Vento” (MU0108/2010), Sete Lágrimas estreia obras, especialmente dedicadas ao consort, dos compositores Ivan Moody (Inglaterra), João Madureira (Portugal), Andrew Smith (Noruega) e Christopher Bochmann (Inglaterra) sob encomenda da produtora Arte das Musas, dirigida por Filipe Faria. Em 2011 Sete Lágrimas apresentou, em estreia mundial, no Festival das Artes de Coimbra, a encomenda da obra “Lamento” ao escritor José Luís Peixoto, vencedor do Prémio Literário José Saramago, e ao compositor João Madureira. Em Portugal como no estrangeiro, as temporadas de concertos e a sua extensa discografia é consistentemente elogiada pela crítica e pelo público. Os seus onze títulos - “Lachrimæ #1” (MU0101/2007), “Kleine Musik” (MU0102/2008), “Diaspora.pt: Diáspora, vol.1” (MU0103/2008), “Silêncio” (MU0106/2009), “Pedra Irregular” (MU0107/2010), “Vento” (MU0108/2010) “Terra: Diáspora, vol.2” (MU0110/2011), “En tus brazos una noche” (MU0109/2012) e “Península: Diáspora. vol.3” (MU011/2013), “Cantiga” (MU0113/2014) e o poema gráfico com texto e ilustrações de Filipe Faria e música de Sete Lágrimas “Um dia normal” (Livro + CD MU0116/2015) - recebem frequentemente o número máximo de estrelas (5 em 5), Escolha do Editor, Melhor do Ano, etc, nos principais jornais, rádios e revistas de Portugal. Internacionalmente destacam-se as críticas discográficas na International Record Review, Doce Notas, Goldberg, etc.. ou as críticas aos concertos na Europa e na Ásia. Em 2008, 2011 e 2012 os três títulos do projecto Diáspora atingem o primeiro lugar do TOP

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de vendas das lojas FNAC. Em 2010, “Diaspora.pt” foi eleito no “Guia da Música Clássica” da mesma cadeia de lojas como “Discografia Essencial” e a carreira do Sete Lágrimas destacada na publicação “Alma Lusitana”. Em 2011/2012 Sete Lágrimas é convidado para assumir o estatuto de Ensemble Associado da Temporada do Centro Cultural de Belém (CCB/Lisboa) tendo apresentado o “Tríptico da Terra” em três concertos esgotados. A convite da rádio clássica RDP Antena 2 Sete Lágrimas foi, em 2014, o representante português no projecto europeu da UER/EBU Union Européenne de Radio-Télévision - EURORADIO Christmas Folk Music Project - emitido em 30 rádios de 28 países como a BBC Radio 3 ou a France Musique. A sua discografia integra regularmente as playlists das rádios clássicas de vários países europeus como Espanha (RNE Rádio Clásica), Inglaterra (BBC Radio 3), República Checa (Český rozhlas/Czech National Radio), Bósnia (Radio Beograd), Portugal (Antena 2/TSF/Antena 1...), etc... Nas temporadas 2015/2017 o consort tem agendada uma série de concertos em Portugal: Centro Cultural de Belém (Pequeno Auditório, Lisboa), Seminário Menor de Braga, Festival Reencontros: Memórias Musicais de um Palácio (Sintra), Festival Fora do Lugar (Idanha-a-Nova), Fundação Calouste Gulbenkian (Grande Auditório, Lisboa), Festival Todos (Lisboa), Comemorações 500 anos da morte de João Roiz (Castelo Branco), Centro Cultural de Belém/ Festival Dias da Música em Belém (Lisboa), Festival Internacional de Música de Espinho, etc... Sete Lágrimas tem o apoio do Ministério da Cultura (Governo de Portugal) e da Direcção-Geral das Artes desde 2003. É representado pela produtora Arte das Musas e editado pela etiqueta MU/Arte das Musas.

BIOGRAPHY ...though the title doth promise tears, unfit guests in these joyful times, yet no doubt pleasant are the teares which musick weeps, neither are tears shed always in sorrow, but sometimes in joy and gladness. Vouchsafe then your gracious protection to these showers of harmony (…) they be metamorphosed into true tears. JOHN DOWLAND (?1563-1626) Founded in 1999 by Filipe Faria and Sérgio Peixoto, Sete Lágrimas takes its name from the innovative collection of dances by the renaissance composer John Dowland (1563-1626) that were published by John Windet in 1604, when the composer was employed as lutenist to Christian IV of Denmark. Intensely focused on dialogues between early and contemporary music and classical music with centuries-old traditions, Sete Lágrimas brings together musicians from different musical backgrounds around conceptual projects fuelled both by in-depth musicological research and innovative, irreverent and creative processes centred on sounds, instrumentation and memories of early music. In these projects, it is possible to identify dialogues between classical and popular music, between early and contemporary music, and between the age-old Portuguese Diaspora of the Discoveries and the Mediterranean Latin axis. These dialogues are converted into sound through a faithful reading of the interpretative principles of early music and a distinctive approach to the defining elements of folk music and jazz. Since its inception, the group has maintained an intense performance schedule, playing over 350


concerts in twelve countries around Europe and Asia, including the following: Portugal (Centro Cultural de Belém 2009/2011/2012/2013/2014/2015, Calouste Gulbenkian Foundation 2008/2015, Festival Terras sem Sombra 2003-2010 (as the resident ensemble), Encontros de Música Antiga de Loulé 2006/2015, São Roque Festival 2008/2009/2012), Aveiro Museum 2010/2012, Coimbra Arts Festival 2011, Festival dos Capuchos 2012, Madeira International Music Festival 2010, Azores International Music Festival 2010, Festival Fora do Lugar 2012, Festival de Leiria 2011/2013, Festival de Almada 2013, etc…), Bulgaria (Sliven 2011), Italy (Ravenna 2011, Festival Internazionale W. A. Mozart a Rovereto 2012), Malta (BirguFest 2011), Spain (Gijón Early Music Festival 2010, Úbeda and Baeza Early Music Festival 2011, National Museum of Valladolid 2011/2013, Fundación Juan March/ Madrid 2012, Villaviciosa 2012, Abulensis International Music Festival 2012…), China (Macau International Music Festival 2011), Sweden (Stockholm Early Music Festival 2012), France (Festival Baroque de Sablé 2012, Opera de Lille 2013), Belgium (Gent Festival van Vaanderen 2012, Flemish Opera/Gent 2013, Bozar/Brussels 2013), Norway (Stavanger Konzerthus 2013), Czech Republic (Prague Early Music Festival 2014), and Luxembourg (Philharmonie Luxembourg/ Salle de Musique de Chambre 2014). Sete Lágrimas regularly invites guest musicians working in different areas of early music to participate in its projects. To date, these musicians have included María Cristina Kiehr (Argentina), Zsuzsi Tóth (Hungary) and Ana Quintans (Portugal). The group has also worked with folk, jazz and world-music musicians such as Mayra Andrade (Cabo Verde), António Zambujo (Portugal) and Adufeiras de Monsanto (Portugal). Projects involving dialogues between early and contemporary music include ‘Kleine Musik’ (MU0102/2008), ‘Silêncio’ (MU0106/2009) and ‘Vento’ (MU0108/2010). For

these projects, Sete Lágrimas premiered works written specially for the consort by the composers Ivan Moody (England), João Madureira (Portugal), Andrew Smith (Norway) and Christopher Bochmann (England). All of these works were commissioned by the production company Arte das Musas which is directed by Filipe Faria. At the Coimbra Arts Festival in 2011, Sete Lágrimas performed the world première of the work ‘Lamento’, which was commissioned from the writer José Luís Peixoto, winner of the José Saramago Literary Prize, and the composer João Madureira. In Portugal and abroad, the ensemble’s concerts and extensive discography have consistently won the praise of both critics and the public. Their eleven releases – ‘Lachrimæ #1’ (MU0101/2007), ‘Kleine Musik’ (MU0102/2008), ‘Diaspora.pt: Diáspora, vol.1’ (MU0103/2008), ‘Silêncio’ (MU0106/2009), ‘Pedra Irregular’ (MU0107/2010), ‘Vento’ (MU0108/2010) ‘Terra: Diáspora, vol.2’ (MU0110/2011), ‘En tus brazos una noche’ (MU0109/2012), ‘Península: Diáspora. vol.3’ (MU011/2013), ‘Cantiga’ (MU0113/2014) and ‘Um dia normal’ (Book + CD MU0116/2015), a graphic poem with text and illustrations by Filipe Faria and music by Sete Lágrimas, often receive the maximum number of stars (5 out of 5) and are selected as the Editor’s Choice, the Best Recording of the Year etc. by Portugal’s leading newspapers, radio shows and magazines. Internationally, mention must be made of the reviews of their recordings published in the International Record Review, Doce Notas, Goldberg etc. and the reviews of their concerts in Europe and Asia. In 2008, 2011 and 2012, the three releases comprising the Diáspora project were the best-selling titles in FNAC shops. In 2010, Diaspora.pt was named an ‘Essential Recording’ in the Classical Music Guide published by the same chain of shops and Sete Lágrimas’ trajectory to date was profiled in the publication ‘Alma Lusitana’. In 2011/2012, Sete Lágrimas were invited to be the

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Associated Ensemble of the Season by the Centro Cultural de Belém (CCB/Lisbon), performing ‘Tríptico da Terra’ at three sold-out concerts. In 2014, at the invitation of the classical radio station RDP Antena 2, Sete Lágrimas represented Portugal in the EURORADIO Christmas Folk Music Project organised by the European Broadcasting Union. The project was broadcast on 30 radio stations in 28 countries, including BBC Radio 3 and France Musique. Their discography is regularly included on the playlists of classical radio stations in several European countries, including Spain (RNE Rádio Clásica), the UK (BBC Radio 3), the Czech Republic (Český rozhlas/Czech National Radio), Bosnia (Radio Beograd) and Portugal (Antena 2/TSF/Antena 1). For the 2015/2017 seasons, the consort has scheduled a series of concerts in Portugal at the Centro Cultural de Belém (Pequeno Auditório, Lisbon), Seminário Menor de Braga, Festival Reencontros: Memórias Musicais de um Palácio (Sintra), Festival Fora do Lugar (Idanha-a-Nova), the Calouste Gulbenkian Foundation (Grande Auditório, Lisbon), Festival Todos (Lisbon), Commemorations on the 500th anniversary of the death of João Roiz (Castelo Branco), Centro Cultural de Belém/Festival Dias da Música in Belém (Lisbon) and the Espinho International Music Centre. Since 2003, Sete Lágrimas have been sponsored by the Ministry of Culture (Portuguese Government) and the Directorate General for the Arts. The ensemble is represented by the Arte das Musas production company and published by the MU/Arte das Musas record label.


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Mais informações em www.foradolugar.pt Further information at www.foradolugar.pt CONCERTOS : Entrada livre sujeita à lotação das salas Por motivos de segurança a porta será encerrada assim que a lotação estiver preenchida. As portas abrem +-30‘ antes do início dos concertos. CONCERTS : Free entry subject to room capacity For safety reasons, the door will be shut as soon as the room is full to capacity. Doors open +-30’ before the concerts start. OUTRAS ACTIVIDADES: Gratuitas* de inscrição obrigatória até 96 horas da data da actividade através dos contactos indicados abaixo. (* excepto jantar de 2/12/2016) OTHER ACTIVITIES: Free*. Booking required Booking until 96 hours before the date of the activity using the contact details listed below. (*except dinner on 2/12/2016)

Website www.foradolugar.pt Email festival@foradolugar.pt Facebook www.facebook.com/foradolugar Tel. 277202900 Morada/Address Centro Cultural Raiano, Av. Joaquim Morão Lopes Dias 6060-713 Idanha-a-Nova


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40°02’06.6”N 7°07’09.7”W

MONSANTO

Monsanto stands in the Northeast side of Idanha Lands, nestled in a steep hill slope - Monsanto hillock (“Moons Sanctus”) -, which abruptly rises out of prairie and reaches 758 meters on its highest point. There are several hamlets scattered along the several slopes and at the bottom of the hill, which shows the population movements towards the plain. It’s a very ancient place with evidence of human presence since the Palaeolithic Era. They found archaeological evidence of a Lusitanian fortress and of the Roman occupation in. St. Laurence’s field, at the foot of the hill, as well as of Visigoth and Arabian occupation. King Afonso Henriques conquered Monsanto to the Moors and, in 1165, granted it to the Templar monks who had the castle built under the orders of Gualdim Pais. King Afonso Henriques first chartered the village in 1174 and the king Sancho I (1190) and king Afonso III (1217) confirmed the charter. King Sancho I rebuilt and repopulated the fortress, which had been destroyed during the fights against the King of Leão. In 1308, King Dinis granted it a charter, which allowed a fair to take place near the chapel of “São Pedro de Vir-a-Corça”. King Manuel I granted it a New Charter in 1510, giving it the right to be a town. In the middle of the 17th century, Luis de Haro, Minister of Filipe IV, tried to siege Monsanto, but he had no success. Later on, in the beginnings of the 18th century, the Duke of Berwick also sieges Monsanto but the Portuguese Army, commanded by the Marquis of Minas, defeated the invader on the slopes of the hill. In 1758, Monsanto was a municipality, having kept this privilege until 1853. In the 19 th century, the imposing Castle of Monsanto was partly destroyed by the accidental explosion of the munitions storeroom. You are invited to visit what is left of the strong Castle on the hill slope, where you can still watch the “alcaçova”(fortress), the walls and a few sep towers, aswellas the beautiful ruins of St.Michael’s Chapel, from the 12th century, and the Chapel of “Santa Maria do Castelo”. The glorious resistance to Roman or Arabian invaders (people aren’t sure) is celebrated during the Feast of the holy Cross, when people throw pitchers with flowers out of the walls down the slope and woman take the traditional rag-dolls (the-“Marafonas”) to the tower tops. The Chapel of “São Pedro Vir-à-Corça”, a “Monument of Public Interest”, is sited at the foot of the hill, in the suburbs, between “Eugénia” and “Carroqueiro”. It’s a Roman Temple made of granite, probably dating from the 13th century, where you can admire a rose window. In 1308, King Dinis allowed a fair to be carried out around the temple. The archaeological station is housed in a “Building of Public Interest”. Sited in Monsanto administrative division, it was probably Roman “Villa” integrating a Spa. Near the ruins, they also found out four Roman tombs made of granite, as well as a part of paved floor.


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Monsanto situa-se a nordeste das terras de Idanha, aninhada na encosta de uma elevação escarpada – o cabeço de Monsanto (Mons Sanctus) – que irrompe abruptamente na campina e que, no seu ponto mais elevado, atinge 758 metros. Pelas várias vertentes da encosta e no sopé do monte, existem lugarejos dispersos, atestando a deslocação populacional em direcção à planície. Trata-se de um local muito antigo, onde se regista a presença humana desde o paleolítico. Vestígios arqueológicos dão conta de um castro lusitano e da ocupação romana no denominado campo de S. Lourenço, no sopé do monte. Vestígios da permanência visigótica e árabe foram também encontrados. D. Afonso Henriques conquista Monsanto aos mouros e em 1165 faz a sua doação à ordem dos templários, que sob as ordens de D. Gualdim Pais, mandou edificar o castelo. O primeiro Foral foi concedido por este rei em 1174, sucessivamente confirmado por D. Sancho I (1190) e D. Afonso II (1217). A D. Sancho I se deve também a repovoação e reedificação da fortaleza, desmantelada nas lutas contra Leão, novamente reparadas um século depois, pelos Templários. D. Dinis deu-lhe carta de Feira em 1308, a realizar junto da ermida de S. Pedro de Vir-a-Corça. El-rei D. Manuel I outorgou-lhe Foral Novo (1510) e deu-lhe a categoria de vila. Em meados do séc. XVII, D. Luís de Haro, ministro de Filipe IV, tenta o cerco de Monsanto, sem sucesso. Mais tarde, no início do século XVIII, o Duque de Berwick cerca também Monsanto, mas o exército português, comandado pelo Marquês de minas, derrotou o invasor nos contrafortes da escarpada elevação. Em 1758, Monsanto era sede de concelho, privilégio que manteve até 1853. No séc. XIX, o imponente Castelo medieval de Monsanto foi parcialmente destruído pela explosão acidental do paiol de munições. Convida-se para uma visita ao que resta do poderoso Castelo na escarpada encosta onde se pode observar a alcáçova, a cintura de muralhas e torres de vigia, bem como as belíssimas ruínas da Capela de S. Miguel do séc. XII, e a Capela de Santa Maria do Castelo. A gloriosa resistência aos invasores (romanos ou árabes – não se sabe bem) comemora-se na festa de Santa Cruz, deitando-se das muralhas do castelo simbólicos cântaros com flores, levando as mulheres ao cimo das torres as tradicionais bonecas de trapos – as marafonas. A Capela de S. Pedro de Vir-á-Corça ou Ver-a-Corça., imóvel de Interesse Público, situada na base do monte nos arredores da povoação, entre os lugares de Eugénia e Carroqueiro, é um templo românico construído em granito, datando provavelmente do séc. XIII, em que se destaca uma rosácea. Em seu redor se realizava a feira autorizada por D. Dinis em 1308. Estação Arqueológica romana de São Lourenço - imóvel de Interesse Público, situada na Freguesia de Monsanto, corresponde presumivelmente a uma villa romana que integra um complexo termal. São também conhecidos quatro túmulos romanos em granito. Perto do local das ruínas, vê-se também um troço de pavimento.


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SÁBADO SATURDAY 26 NOV. 21H30

EDUARDO PANIAGUA ESPANHA SPAIN

CANÇÕES DE MÍSTICA, AMOR E GUERRA.MÚSICAS DO ALCÁCER MEDIEVAL DE MADRID. SONGS OF MYSTICISM, LOVE AND WAR. MUSIC FROM THE MEDIEVAL ALCAZAR OF MADRID.

40°02’06.6”N 7°07’09.7”W

MONSANTO S. PEDRO DE VIR-A-CORÇA

“Alcácer” é um termo de origem árabe (al qasr), que por sua vez deriva de outro termo latino (castrum), e que designa um castelo ou palácio fortificado. Os alcáceres do Al-Andalus, residências reais muçulmanas onde floresceram singularmente a música e a poesia, foram mais tarde reconstruídos para os mesmos fins pelos reis cristãos. Cada cidade antiga tem o seu alcácer, e estes inspiraram esta selecção de música histórica espanhola. O presente programa é uma homenagem cultural aos alcáceres hispânicos, luz das culturas e espaços onde se criou a melhor música daquela época. “Alcazar” is a Spanish term of Arabic origin (“al qasr”), which in turn comes from Latin (“castrum”), describing a castle or fortified palace. Andalucian alcazars, Muslim royal residences in which music and poetry particularly flourished, were later rebuilt for the same purposes by the Christian kings. Each ancient city has its alcazar and they have inspired this selection of historic Spanish music. This programme is a cultural homage to Hispanic alcazars, guiding lights of the cultures and spaces in which the best music of their time was created.

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NOTAS AO PROGRAMA Durante a época medieval, conviveram na Península Ibérica, por vezes pacificamente, por vezes em forte conflito, pessoas que praticavam as três grandes religiões monoteístas: Judeus, Muçulmanos e Cristãos. Uma visão completa desta rica realidade multicultural e multirracial exige um conhecimento das diferentes correntes musicais que coincidiram no mesmo período, a dos reinos cristãos e a do Al-Andalus, este último constituído por dezenas de reinos durante a época dos Taifas, no século XI. Uma visão global da música da Espanha medieval deverá ter em conta estes povos que, apesar das suas divergências no âmbito da religião e da filosofia, no âmbito da cultura, especialmente em algo intangível como é a música, estabeleceram uma extraordinária inter-relação. Entre a música cortesã e a música popular verificou-se uma influência mútua, conforme o poder cultural de cada lugar fosse dominante ou recessivo. É possível traçar uma rede de espaços que albergaram a música com os elementos próprios de cada sociedade, entrecruzando os conceitos: religioso, cortesão e popular, com judeus, mouros e cristãos. O alcácer é o espaço emblemático de todas essas músicas.

Eduardo Paniagua Qanún (saltério/pslatery) Eduardo Paniagua Flautas/recorders/flutes Qanún (saltério psaltery) Pandeiro/drum Flautas Flutes Canto/voice Pandeiro Tambourine Canto Voice Cesar Carazo Canto/voice Cesar Carazo Fídula/fiddle Canto Voice Fídula Fiddle Wafir Sheik Canto/voice Wafir Sheik Oud árabe/arabian Canto Voice oud Oud árabe Arabian oud


PROGRAMME NOTES During the medieval period, the Iberian peninsula was inhabited, sometimes peacefully, at other times in intense conflict, by people who practiced the three great monotheistic religions: Jews, Muslims and Christians. A full view of the rich multicultural and multiracial reality requires knowledge of the different musical movements coinciding at that time, that of the Christian kings, that of Al-Andalus, which in turn had dozens of kings in the Taifas period, in the 11th century. A global view of the music of medieval Spain must take into account these peoples who, even if they adhered to different criteria in political, religious or philosophical areas, in the cultural aspect, and especially in relation to something as intangible as the world of music, had an extraordinary interrelation. Courtesan and popular music had mutual influence, depending on whether the cultural power of each place was dominant or recessive. It is possible to trace a network of places that were home to music with the elements belonging to each society, intermingling concepts: religious, courtesan and popular, with Jews, Moors and Christians. The Alcazar is the emblematic space for all these kinds of music.AF

Ajedrez, Cantiga 47 ALFONSO X O SÁBIO/THE WISE (1221-1284)

+ Morena me llaman

TRADICIONAL SEFARDITA/TRADITIONAL SEPHARDI

+ Los siete gozos

ALFONSO X

Consoladme CANÇÃO ANDALUZA DE TUNES/ANDALUCIAN SONG FROM TUNIS

+ Vayse meu corazon de mib

JARCHA, ABRAHAM IBN EZRA (1089-1167)

Sobre los fondos del mar, Cantiga 193 ALFONSO X

Noche maravillosa, Leilum hadzib BETAYHI G. AL HUSEIN, CANÇÃO DE MARROCOS/SONG FROM MOROCCO

Señor de los señores, Ya sayida CANÇÃO SUFI ANDALUZA/SUFI ANDALUCIAN SONG

Nani, nani CANÇÃO DE EMBALAR SEFARDITA/SHEPHARDI LULLABY

Laila me quitó la razón, Laila CANÇÃO ANDALUZA ORIENTE-OCIDENTE/EAST-WEST ANDALUCIAN SONG

Los Corsarios, Cantiga 379 ALFONSO X

Me visitó mi amado, Zarani al mahbub MOAXAJA ANDALUZA ORIENTAL DE ALEPO/MOAXJAA FROM ALEPO

La novia DANÇA DE BODA TUNISINA ANDALUZA/ TUNISIAN WEDDING DANCE

Sírvete y sírveme de beber, Zid wa sqiní yá habíbí + Ten piedad de mi corazón, Rifqan´ala qalbi, Los Amantes, Núba Ushshaq BETAYHI

Ki eshmerá shabat, Si observo el sábado, ABRAHAM IBN EZRA (1089-1167)

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BIOGRAFIAS

BIOGRAPHIES

Eduardo Paniagua, vencedor do ”Premio Mejor Intérprete de Música Clásica 2009”, atribuído pela Academia de la Música de España, é considerado um dos músicos espanhóis que mais tem contribuído para a recuperação do património musical da Idade Média. Este intérprete reúne artistas virtuosos nas suas diversas formações, tendo produzido, para a editora PNEUMA, numerosos trabalhos discográficos que receberam os louvores da crítica e ganharam diversos prémios a nível nacional e internacional. “Tres Culturas” é uma síntese dos programas específicos da música de cada cultura, reunindo os solistas de cada formação na criação de um concerto simbólico da convivência dos povos na Espanha medieval. Cesar Carazo, cantor especializado no reportório da música espanhola dos séculos XII a XIX, desde a música medieval espanhola nas suas facetas cristã, do Al-Andalus e sefardita, até à tonadilha cénica do século XIX, passando pela polifonia renascentista e tonos humanos. Colaborou em 61 projectos discográficos de música espanhola, desde o reportório medieval até ao do século XIX, entre os quais, a gravação de mais de 200 “Cantigas de Santa Maria”. Wafir Sheik, cantor e alaudista nativo de Cartum, Sudão, de nacionalidade espanhola, é especialista na tradição ligada ao Al-Andalus na Tunísia e no Oriente.

Eduardo Paniagua, winner of the Best Classical Performer 2009, Spanish Music Academy, is regarded as one of the Spanish musicians who is making the greatest contribution to the recovery of the musical heritage of the Middle Ages. In his various groupings, he brings together expert artists to produce, under the PNEUMA label, countless recorded works that have received critical acclaim as well as national and international prizes. “Tres Culturas” is a synthesis of the specific programmes of the music of each culture, bringing together the soloists of each grouping to create a concert symbolic of coexistence in medieval Spain. Cesar Carazo, singer specialised in the repertoire of Spanish music of the 12th to 19th centuries, from medieval Spanish music in its Christian, Andalucian and Sephardi aspects, to the theatrical tonadilla of the 19th century, passing through renaissance polyphony and secular songs. He has collaborated on 61 projects recording Spanish music, from the medieval repertoire to the 19th century, among them the recording of more than 200 Cantigas de Santa María. Wafir Sheik, singer and lutenist, is a native of Khartoum, Sudan, and of Spanish nationality. He is an expert in the Andaluz tradition of Tunisia and the Orient..


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Mais informações em www.foradolugar.pt Further information at www.foradolugar.pt CONCERTOS : Entrada livre sujeita à lotação das salas Por motivos de segurança a porta será encerrada assim que a lotação estiver preenchida. As portas abrem +-30‘ antes do início dos concertos. CONCERTS : Free entry subject to room capacity For safety reasons, the door will be shut as soon as the room is full to capacity. Doors open +-30’ before the concerts start. OUTRAS ACTIVIDADES: Gratuitas* de inscrição obrigatória até 96 horas da data da actividade através dos contactos indicados abaixo. (* excepto jantar de 2/12/2016) OTHER ACTIVITIES: Free*. Booking required Booking until 96 hours before the date of the activity using the contact details listed below. (*except dinner on 2/12/2016)

Website www.foradolugar.pt Email festival@foradolugar.pt Facebook www.facebook.com/foradolugar Tel. 277202900 Morada/Address Centro Cultural Raiano, Av. Joaquim Morão Lopes Dias 6060-713 Idanha-a-Nova


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Salvaterra do Extremo lies next to the spanish border and is of ancient origin. It was a stronghold fortified since early times, and it was over these ruins that king D. Afonso Henriques ordered the Templars to built a castle. Because of its strategic importance, King D. Sancho granted it charter in 1229 and it remained a municipality until 1855, when it was annexed to Idanha-a-Nova. The only features testifying its former priviliges while a municipality are the pillory and the town hall. Almost nothing was left from the medieval castle or the seventeenth century fortification. The walls were mostly dismantled after the Peninsular Wars, leaving today only small and hidden sections between the houses and their yards. Regarding the economic activity, documentary evidence alludes to mining (tungsten, lead, tin and gold), but this has now given way mainly to grazing, extensive farming and hunting areas. Just like Monfortinho, Salvaterra do Extremo celebrates every year, on Easter Monday, the traditional Bodo festivities in honour of Our Lady of Consolation. It is a festivity of abundance and happiness, the result of an ancient vow: that Our Lady would protect the crops from a severe plague of grasshoppers. After celebrating mass and taking parti n the procession, hundreds of local people and visitors – many of them spanish – attend the Bodo, feasting on endless, free supply of traditional lamb stew, bread and wine. he whole parish hás a special charm. People are friendly and hospitable and every street has something to show: the Sardões house, an half-moon shaped dwell, the churches, the town hall and the bell tower where storks nest, the traditional dwellings made of schist and the cylindrical pigsties. Absolutely not to miss the countryside around the river Erges creeks, with its water mills, the medieval watchtower and the allegedly roman cobbled paths.


39°52’57.4”N 6°54’51.8”W

SALVATERRA DO EXTREMO

Situada nos confins orientais do con de Idanha-a-Nova, na fronteir celho a com Espanha, Salvaterra do muito antigas.As origens da pov Extremo tem origens oação remontam aos inícios do século XIII. Em 1229 recebe II. A sua primeira fortificação u foral de D. Sancho pode ter sido construída nes sa altura, com patrocínio ou inte Templários. A assinatura do Tra rvenção directa dos tado de Alcanices, em 1297, defi niu a fronteira luso-castelhana -se num programa de restaur e a coroa em­penhouo e de novas fortificações par a assegurar a fronteira negoci que Salvaterra do Extremo ass ada . Foi neste contexto umiu importância estratégica local. Por iniciativa régia, foi con invulgar traçado circular, bem struído um castelo, de defendido por torres e munido de forte torre de menagem. A de costas voltadas para Castela vila cresceu extramuros, , descendo pela encosta poente da elevação onde o castelo foi económica da região, onde out erigido. A actividade rora a mineração teve um pap el importante (volfrâmio, chu permanece marcada pela pec mb o, estanho e ouro) uária, a agricultura extensiva e a cinegética. Tal como Monfo Extremo celebra a festa do Bod rtinho, Salvaterra do o em honra de N. Sra. da Con solação, na segunda-feira de abundância e alegria que se rea Páscoa. É uma festa de liza a cada ano, renovando a pro messa feita a N. Sra. em troca a praga de gafanhotos que, em da protecção contra tempos idos, ameaçou os cam pos da região. Após a missa e de locais e de visitantes, muito a procissão, centenas deles espanhóis, participam no Bodo onde o ensopado, o pão á discrição. A freguesia tem um e o vinho são servidos charme muito especial. As pes soas são hospitaleiras, sempre histórias da terra, e as ruas têm pro ntas a contar as muitos motivos de interesse: a casa dos sardões; o poço em rematando uma rua; as igrejas; forma de crescente, a antiga câmara municipal e a torre sineira onde as cegonh poços tradicionais em xisto e as fazem ninho; os as inúmeras furdas circulares dos porcos são alguns exemp não perder é a paisagem , sob los. Decididamente a retudo junto ao desfiladeiro do rio Erges, onde a par da nature antigos moinhos de água, a za, se encontram imponente atalaia medieval e vários caminhos lajeados, a que muitos atribuem origem romana .

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SEXTA-FEIRA FRIDAY 2 DEZ. 21H30

TRIO PORTEÑO PORTUGAL

PONTOS DE PASSAGEM. TANGO, HISTÓRIAS DE AMOR, DANÇA, SEDUÇÃO. CROSSING POINTS. TANGO, STORIES OF LOVE, DANCE, SEDUCTION.

39°52’57.4”N 6°54’51.8”W

SALVATERRA DO EXTREMO ANTIGA CÂMARA

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Uma viagem sonora que tem como ponto de partida o Nuevo Tango Argentino. “O Trio Porteño captura a atmosfera de Buenos Aires em cada uma das suas interpretações. Com arranjos muito bem elaborados, o autêntico espírito do tango actual manifesta-se nas suas actuações ao vivo e também nos seus vídeos.” VICTOR VILLADANGOS (ARGENTINA)

A journey of sound, setting off from Nuevo Tango Argentino. “The Trio Porteño captures the atmosphere of Buenos Aires in each of its performances. With very well produced arrangements, the authentic spirit of modern-day tango is brought to life in their live performances and also in their videos.” VICTOR VILLADANGOS (ARGENTINA).


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BIOGRAFIAS Fundado por Filipe Ricardo, António Justiça e Davide Amaral em 2013, o Trio Porteño procura explorar uma combinação instrumental pouco convencional, duas guitarras e uma concertina. As primeiras apresentações datam de 2012, no Conservatório de Música de Águeda e na Escola de Artes da Bairrada, onde os três elementos exerciam funções de docentes. Estas apresentações tiveram como repertório base o “Nuevo Tango” argentino, sobretudo a obra de Astor Piazzolla. Os três decidiram retomar os trabalhos um ano depois e formar em definitivo o grupo, o resultado sonoro da referida combinação instrumental falou mais alto. O tango argentino ganhou um colorido diferente, liderado por um parente do bandoneón, a concertina e apoiado por duas guitarras. 2013 foi o ano do arranque oficial do Trio, apadrinhado pelo aclamado guitarrista argentino Victor Villadangos no Festival Guitarras Mágicas realizado em Sever do Vouga tendo-se seguido várias apresentações. “El Trio Porteño captura la atmósfera de Buenos Aires en cada una de sus interpretaciones. Con arreglos muy bien elaborados, el auténtico espíritu del tango actual se hace presente en sus actuaciones en vivo y también en sus videos.” - Victor Villadangos (Argentina). 2014 foi o ano da confirmação do Trio com apresentações em vários festivais de renome como Musidanças (São Pedro do Sul), Feira de São Mateus (Viseu), Festival Rádio Faneca (Ílhavo), Douro Jazz Festival (Bragança e Lamego), XXV Festival Internacional de Guitarra de Ponferrada (Ponferrada – Espanha) e Festivais de Outono 2014 (Aveiro). Todos os arranjos interpretados pelo Trio são feitos pelos próprios músicos. 2014 foi também o ano de estreia de repertório original e 2015 foi o ano de introdução de novas sonoridades, nomeadamente uma guitarra de 7 cordas e uma guitarra com jogo de cordas oitavadas (uma oitava abaixo) da afinação standard.

Filipe Ricardo Concertina António Justiça Guitarra clássica Classical guitar Davide Amaral Guitarra clássica Classical guitar Guitarra clássica de 7 cordas 7-string classical guitar Guitarra oitavada Octave guitar


Filipe Ricardo, Águeda, 1974, músico, professor, compositor, produtor. Licenciado pelo Instituto Superior Jean Piaget de Viseu. É membro fundador do grupo Danças Ocultas com o qual gravou vários discos. Paralelamente a este grupo, desenvolveu outros projectos relacionados com música para dança e também musicoterapia. António Justiça, Ílhavo, 1979, músico, professor, compositor. Estudou no Conservatório de Música de Aveiro e na Universidade de Aveiro. Gravou com o Síntese, Grupo de Música Contemporânea em 2010 e com a banda Patinho Feio (2016), banda da qual é membro fundador. Tocou como solista com a Orquestra Filarmonia das Beiras. Davide Amaral, Águeda,1979, músico, professor, compositor. Licenciado pela Universidade de Aveiro em Ensino de Música. É autor do livro “PIMA – 20 peças de iniciação à guitarra” editado pela AVA – Musical Editions.

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Tango, milonga y final MÁXIMO DIEGO PUJOL (1957-)

Adios Nonino ASTOR PIAZZOLLA (1921-1992)

Tango en Skai ROLAND DYENS (1955- 2016)

El dia que me quieras CARLOS GARDEL (1890-1935)

Pontos de passagem TRIO PORTEÑO

Baralho TRIO PORTEÑO

Estaciones porteñas: Invierno porteño Primavera porteña Verano porteño

ASTOR PIAZZOLLA


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BIOGRAPHIES Founded by Filipe Ricardo, António Justiça and Davide Amaral in 2013, the Trio Porteño aims to explore a far from conventional combination of instruments, two guitars and a concertina. The first performances date from 2012, in the Conservatório de Música de Águeda and the Escola de Artes da Bairrada, where all three were teachers. These performances used as a basic repertoire the Argentinian “New Tango”, in particular the work of Astor Piazzolla. The three musicians decided to resume their work a year later and formed the group definitively, after which the results of this unusual instrumental combination sounded more loudly. The Argentinian tango took on a different colour, led by a relative of the bandoneón, the concertina, and supported by two guitars. 2013 saw the Trio’s official launch, sponsored by the acclaimed Argentinian guitarist Victor Villadangos at the Festival Guitarras Mágicas in Sever do Vouga, which was followed by several performances. “The Trio Porteño captures the atmosphere of Buenos Aires in each of its performances. With very well produced arrangements, the authentic spirit of modern-day tango is brought to life in their live performances and also in their videos.” – Victor Villadangos (Argentina). 2014 saw the Trio establish itself with performances in various renowned festivals such as Musidanças (São Pedro do Sul), Feira de São Mateus (Viseu), Festival Rádio Faneca (Ílhavo), Douro Jazz Festival (Bragança and Lamego), XXV Festival Internacional de Guitarra de Ponferrada (Ponferrada – Spain) and Festivais de Outono 2014 (Aveiro). All the pieces performed by the Trio are arranged by the musicians themselves. 2014 was also the year of the debut of their original repertoire and 2015 was the year for introducing new sounds, in particular a 7-string guitar and an octave guitar, tuned an octave lower than is standard.

Filipe Ricardo, Águeda, 1974, musician, teacher, composer, producer. Graduate of the Instituto Superior Jean Piaget in Viseu. He is a founding member of the group Danças Ocultas with which he recorded various albums. In parallel to this group, he developed other projects related to dance music and also music therapy. António Justiça, Ílhavo, 1979, musician, teacher, composer. He studied at the Conservatório de Música de Aveiro and the University of Aveiro. He recorded with Síntese - Grupo de Música Contemporânea., in 2010 and with the band Patinho Feio (2016), of which he is a founding member. He played as a soloist with the Orquestra Filarmonia das Beiras. Davide Amaral, Águeda, 1979, musician, teacher, composer. Graduate of the University of Aveiro in Music Teaching. He is the author of the book “PIMA – 20 peças de iniciação à guitarra” (20 guitar pieces for beginners) published by AVA – Musical Editions.


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Mais informações em www.foradolugar.pt Further information at www.foradolugar.pt CONCERTOS : Entrada livre sujeita à lotação das salas Por motivos de segurança a porta será encerrada assim que a lotação estiver preenchida. As portas abrem +-30‘ antes do início dos concertos. CONCERTS : Free entry subject to room capacity For safety reasons, the door will be shut as soon as the room is full to capacity. Doors open +-30’ before the concerts start. OUTRAS ACTIVIDADES: Gratuitas* de inscrição obrigatória até 96 horas da data da actividade através dos contactos indicados abaixo. (* excepto jantar de 2/12/2016) OTHER ACTIVITIES: Free*. Booking required Booking until 96 hours before the date of the activity using the contact details listed below. (*except dinner on 2/12/2016)

Website www.foradolugar.pt Email festival@foradolugar.pt Facebook www.facebook.com/foradolugar Tel. 277202900 Morada/Address Centro Cultural Raiano, Av. Joaquim Morão Lopes Dias 6060-713 Idanha-a-Nova


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This parish holds some roman remains and it was knowned as Esporão until 1505. It was renamed Ladoeiro on account of the abundance of ponds and marshes in the area. It was re-populated around 1541, during the reign of king D. João III, when it became a municipality, with its own town hall and courthouse. It started to decline around the XVIIth century, due to ferocious attacks by the army during the restorarion wars . made worse because it had no castle to protect it. Today, is one of the most prosperous parishes of Idanha-a-Nova’s county, enjoying considerable economical dinamism due to its wide and well irrigated agricultural fields. Once known for the tobacco and tomato production, local agriculture has turned into new products into recent years, many of them biological certified, like blueberries, watermelons and prickly-pears. While strolling around its streets, we may come across houses with manueline doorways and some of them made of adobe (a traditional building technique consisting on sun dried bricks, moulded from earth, straw and water mixed together), with whitewashed window and door frames. The monumental Cross, the parish Church and the Great fountain ( dated 1571 and bearing king D. Sebastião coat of arms) are the best places to meet your friends for a chat by the end of the afternoon. Every Friday during Lent takes place a traditional men-only procession ( Procissão dos Homens). The Great festivities in honour of St. Isidro and the Holy Sacrament take place in mid-August, a few weeks after the Watermelon Festival, an event that attracts countless visitors from the neighbouring municipalities and from Spain.


39°50’02.0”N 7°15’41.4”W

LADOEIRO

Povoação detentora de alguns vestígios Romanos, até 1505 chamava-se Esporão. Foi rebatizada por Ladoeiro devido aos inúmeros charcos e lodeiros que abundavam na região. O repovoamento conhecido por Ladoeiro faz-se à volta do ano de 1541 (no Reinado D. João III), onde foi sede de concelho com Câmara e Justiça próprias e entrou em decadência, a partir do séc. XVII, devido aos ataques ferozes do exército durante a Guerra da Restauração, agudizado pelo facto de não possuir nem castelo nem muralhas. Actualmente, é das freguesias mais prósperas do concelho, caracterizada por um considerável dinamismo económico que se deve sobretudo à actividade agrícola, assente em amplas áreas de terreno irrigadas. Conhecida até há poucas décadas pelas suas plantações de tabaco e tomate, a agricultura local orientou-se recentemente para novas produções, muitas delas em modo biológico certificado, como o mirtilo, a melancia e o figo da índia. Ao percorrermos as ruas, são várias as habitações com portadas Manuelinas e outras de adobe com janelas caiadas. O cruzeiro, a Igreja Matriz e a Fonte Grande (com as armas de D. Sebastião de 1571) são locais de encontro para uma amena conversa ao cair do dia. Nas sextas-feiras de quaresma realiza-se a tradicional Procissão dos Homens, onde apenas estes podem participar. Algumas semanas após o Festival da Melancia, que atrai inúmeros visitantes de outros concelhos e da vizinha Espanha, já em meados de Agosto, tem lugar a grande festa em honra de Santo Isidro e do Santíssimo Sacramento.

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SÁBADO SATURDAY 3 DEZ. 21H30

MUSICANTES ESPANHA SPAIN

SONS MEDIEVAIS.. UM PASSEIO PELA MÚSICA MEDIEVAL EUROPEIA MEDIEVAL SOUNDS.. A JOURNEY THROUGH EUROPEAN MEDIEVAL MUSIC

39°50’41.2”N 7°15’22.4”W

LADOEIRO SAIPOL

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O mundo misterioso da Idade Média, através dos instrumentos musicais da época fielmente reconstruídos segundo a iconografia existente. Músicaa de França, Espanha Grã-Bretanha e Itália. Música de outro tempo. Música que nos permitirá sonhar, bailar, imaginar... e, acima de tudo, aprender um pouco mais sobre nós próprios. The mysterious world of the Middle Ages through the musical instruments of the time, faithfully reconstructed according to the existing iconography. Music from France, Spain, Great Britain and Italy. Music from another time. Music that will allow us to dream, to dance, to imagine… And above all, to learn something about ourselves.


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No presente recital, o grupo Musicantes oferece-nos uma viagem ao Medievo, percorrendo músicas de diferentes manuscritos e autores, e produzindo um resultado heterogéneo e plural do que foi o esplendor da música na Europa medieval. Guillaume de Machaut (c. 1300 – Abril de 1377) é a mais conhecida figura francesa no âmbito dos trovadores que praticaram a sua arte no Norte de França durante o século XIV. Apesar de se ter destacado no estilo compositivo polifónico conhecido como Ars Nova, compôs também melodias de grande beleza no estilo monódico, como é o caso de “Commen’t qu’a moy, o Douce dame jolie”. Um dos principais manuscritos de música de dança do Medievo europeu é “Le Chansionneer du Roy”, um códice que inclui melodias de diferentes trovadores, entre as quais se encontra uma série de onze danças conhecidas como “Estampidas e Danças Reais»”. Este “apelido” oferece-nos a possibilidade de especular sobre a interpretação destas peças na corte francesa do século XII, convertendo-se num dos mais antigos testemunhos de dança instrumental conservados na Europa. Desta obra interpretar-se-ão uma peça intitulada “Danse” e as Estampidas reais número 2, 5 e 7. O Amor Cortês provençal teve continuidade na Espanha medieval pela mão do rei Afonso X, o Sábio, que na segunda metade do século XIII compilou a sua monumental obra mariana, as “Cantigas de Santa Maria”, em que se canta à mais alta dama, a Virgem Maria, com melodias de claro estilo trovadoresco, como é o caso da nº 380 “Sen calar nen tardar”, cantiga de louvor ou veneração, ou a nº 227, “Quen os pecadores guía” e a nº 384, “A que por muy gran fremosura”», cantiga de milagre. Em 1492, foi decretada a conversão obrigatória dos judeus ao cristianismo ou a sua expulsão do país, a qual resultou na criação de duas correntes culturais (uma centro-europeia e outra no norte de África). Durante cinco séculos, estas comunidades mantiveram viva a sua língua, bem como o seu reportório musical, transmitindo-o oralmente de geração em geração até aos nossos dias. O principal género poético-musical que compõe o reportório sefardita é o romance, sendo o que mais evidencia as suas

Xurxo Ordóñez Flautas Flutes Gaitas Bagpipes Chicontén Chirimía Milena Fuentes Fídula Fiddle Viola Jaime del Amo Cítola Cittern Alaúde medieval Medieval lute Guiterna Gittern Viola de roda Hurdy-gurdy Direcção Direction Wafir Shaikheldin Tambor Drum Pandeiro Tambourine Tar Darbuka Cascavéis bells ...


raízes hispânicas. Dentro do escasso corpus musical dedicado à música instrumental inglesa do Medievo, encontramos também a peça conhecida como “Dança Inglesa”, caracterizada por uma grande vivacidade rítmica, que apresenta sucessivas frases em estilo monódico para terminar com uma secção polifónica a três vozes, que imprime mais carácter ao desenrolar final da dança. Foi recolhida de um manuscrito inglês conservado em Oxford desde o século XIII. Junto com esta, temos outra dança conservada no chamado “Manuscrito de Harley”, Ms 978, onde encontramos uma trilogia de danças inglesas a duas vozes, também do século XVII. O “Manuscrito de Danças de Jograis” é originário da Itália do século XIV, apesar de se achar actualmente conservado na British Library. Alberga uma série de géneros de dança de índole diversa, como estampidas, saltarelos, peças contrastantes, etc. “El Lamento de Tristano y la Rotta” pertence ao grupo de danças contrastantes em que a uma dança de carácter lento se junta uma outra de tempo vivaz. Nesta peça elabora-se uma primeira dança lenta em que se mostra o lamento do célebre herói das Cruzadas pela morte da sua amada, Isolda, que combina com uma Rota vertiginosa que funciona como contraponto rítmico da primeira peça. “Ecco la primavera” é uma das mais famosas composições no estilo Ars Nova compostas por Francesco Landini, músico cego desde a infância devido a uma doença, e que dedicou toda da sua vida à música e ao seu instrumento predilecto, o órgão, do qual foi titular na catedral de Florença. Esta ballata apresenta duas vozes e evoca a chegada da Primavera. O concerto finaliza com outro exemplo de dança contrastante, originária da Itália do séc. XIV. Trata-se de “Danza Amorosa & Trotto”, recolhida de um manuscrito conservado no Archivo de Anticossimento, em Florença.

França/France: Douce dam jolie

GUILLAUME DE MACHAUT (SÉC./C. XIV)

Comment qu’a moy

G. DE MACHAUT

Estampidas e danças reais: Estampida 2, 5, 7 e Danse

ANÓN. (SÉC./C. XIII)

Espanha/Spain: Sen calar nen tardar

CANTIGAS DE SANTA MARIA (CSM 380)

Quen os pecadores

CSM 227

A que por muy gran fremosura

CSM 384

Avrix mi galanica

TRADICIONAL SEFARDITA

Grã Bretanha: Duas danças inglesas

ANÓN. (SÉC./C. XIII)

Itália:

Lamento de Tristano-Rotta

ANÓN. (SÉC./C. XIV)

Saltarello

ANÓN. (SÉC./C. XIV)

Ecco la Primavera

FRANCESCO LANDINI (SÉC/C. XIV)

Dança amorosa e trotto

ANÓN. (SÉC./C. XIV)

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In this recital, the group Musicantes offers us a journey to the Middle Ages, going through music from different manuscripts and writers that form a heterogeneous and plural summary of the splendour of the music of Medieval Europe. Guillaume de Machaut (c. 1300 – April 1377) is the best-known French figure in the context of the trouvères, who operated in the north of France during the 14th century. Although he was prominent in the polyphonic composing style known as Ars Nova, he also produced melodies of great beauty in the monodic style, such as “Comment qu’a moy, o Douce dame jolie.” One of the principal manuscripts of medieval European dance music is “Le Chansionneer du Roy”. A codex that includes melodies from various troubadours, among which we find a series of eleven dances known as “Estampies & Danses Royales”. This “title” allows us to imagine the performance of these pieces in the French court of the 13th century, becoming one of the oldest preserved testimonies of instrumental dance in Europe. From this will be performed a piece entitled “Danse” and the Royal Estampies numbers 2, 5 and 7. Provençal Courtly Love found continuity in medieval Spain through the hands of king Alfonso X “the Wise”, who in the latter half of the 13th century compiled his monumental Marian work, the Cantigas de Santa María, sung to the most exalted lady, the Virgin Mary, with melodies in a clearly troubadouresque style, such as no. 380, “Sen calar nen tardar, cantiga de loor o alabanza,” or no 227, “A que por muy gran fremosura”, miracle song. 1492 saw the decree forcing conversion to Christianity or expulsion of the Jews from the country, which produced a mass exodus creating two cultural currents (once central European and another in north Africa). For five centuries they kept alive their language as well as their musical repertoire, passed on orally, from generation to generation, until the present day. The main poetic-musical genre

that constitutes the Sephardi repertoire is romance, making evident its Hispanic roots. Within the limited musical corpus dedicated to English instrumental music of the Middle Ages, we also find what is known as English Dance, a piece of great rhythmic vitality, which develops different phrases in monodic style to end with a polyphonic section in three voices which imbues the final development of the dance with more character. It was gathered from an English manuscript preserved in Oxford, from around the 13th century. Along with it, another dance preserved in the socalled Harley manuscript, Ms 978, in which we find a trilogy of English dances for two voices, also from the 13th century. The “Manuscript of Jongleurs’ Dances” also has its origins in 14th century Italy, although it is currently being preserved in the British Library. It contains a series of types of dance of different natures, such as estampies, saltarellos, contrasting pieces, etc. “The Lament of Tristan and La Rotta” belongs to the group of contrasting dances in which a slow dance is confronted by another with a livelier tempo. This piece starts with a slow dance, showing the lament of the celebrated hero of the Crusades at the death of his love, Isolda, to connect with a dizzying Rotta who acts as a rhythmic counterpoint to the first piece. “Ecco la primavera” is one of the most famous compositions in the Ars Nova style, composed by the musician Francesco Landini, blind since childhood due to illness, and who devoted his whole life to music and his preferred instrument, the organ, of which he was principal in the cathedral of Florence. This ballatta is presented to us in two voices and evokes the arrival of spring. Concluding the concert is another example of contrasting dance, which appeared in 14th century Italy, in this case the “Danza Amorosa & Trotto”, gathered from a manuscript preserved in the Archivo de Anticossimento, in Florence.


BIOGRAFIA

BIOGRAPHY

O grupo Musicantes surge da inquietude dos seus membros, que procuram aprofundar o estudo e a interpretação da música Medieval e do começo do Renascimento. Entre os seus concertos, destacam-se os realizados no Festival Clásicos en Verano, Festival de Música Medieval de Alarcos, Ciclo de Música y Patrimonio de Teruel, Jornadas Medievales de Oropesa, Festival de Música Antigua y Sacra de Getafe, Ciclo “Música Nas Ruinas” de Pontevedra, Castillo de los Mendoza de Manzanares el Real e Festival de Plectro de Alcalá de Henares. Os instrumentos utilizados (cítara, alaúde medieval, alaúde árabe, rabel, saltério, chicotén, percussão, flautas, gaitas, chirimía, sanfona e viela), são reproduções de instrumentos originais da época, inspirados na iconografia encontrada em Espanha, como o Pórtico de la Gloria da Catedral de Santiago de Compostela, o painel dos irmãos Serra presente no Museu de Arte da Catalunha, as miniaturas das “Cantigas de Santa Maria”, os frescos da Paróquia de San Esteban em Sos del Rey Católico (Saragoça), etc. Os seus membros contam com uma profunda experiência no campo da música antiga, havendo colaborado com agrupamentos como Grupo Nuba, Eduardo Paniagua, Ana Alcaide, Kaléndula, Judit Cohen, Ángel Carril, Eliseo Parra, Klezmer Sefardí, etc. O seu reportório abarca o período desde o século XIII ao século XV (música monódica da Idade Média, polifonia da Ars Nova e do começo do Renascimento) e é formado por “Cantigas de Santa Maria”, “Llibre Vermell de Monserrat”, danças francesas, inglesas e italianas, estampidas, saltarelos, lamentos, música sefardita e do Al-Andalus, etc.

Musicantes was born of the curiosity of its members, who sought to deepen their study and performance of medieval and early Renaissance music. Among their concerts, highlights include those performed at the Festival Clásicos en Verano, Festival de Música Medieval de Alarcos, Ciclo de Música y Patrimonio de Teruel, Jornadas Medievales de Oropesa, Festival de Música Antigua y Sacra de Getafe, the “Música Nas Ruinas” cycle in Pontevedra, Castillo de los Mendoza de Manzanares el Real and Festival de Plectro de Alcalá de Henares. The instruments used (cittern, medieval lute, Arabic lute, rabel, psaltery, chicotén (Pyreneen psaltery), percussion, flutes, bagpipes, chirimía (oboe), hurdy-gurdy and fiddle), are reproductions of original instruments of the time, inspired by the iconography existing in Spain, such as the Portico de la Gloria of the Cathedral of Santiago de Compostela, the Hermanos Serra panel in the Museu Nacional d’Art de Catalunya, miniatures of the Cantigas de Santa María, frescoes from the Parish of San Esteban de Sos el Rey Católico (Zaragoza), etc. Its members benefit from a wealth of experience in the field of early music, they have collaborated with groups such as Grupo Nuba, Eduardo Paniagua, Ana Alcaide, Kaléndula, Judit Cohen, Ángel Carril, Eliseo Parra, Klezmer Sefardí, etc.Their repertoire covers the 13th to the 15th centuries (monodic music from the Middle Ages, polyphony of Ars Nova and the start of the Renaissance) and consists of Cantigas de Santa María, Llibre Vermell de Monserrat, French, English and Italian dances, estampies, saltarellos, laments, Sephardi and Andalucian music, etc.

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39°55’37.2”N 7°14’38.1”W

IDANHA-A-NOVA

Hoje apenas são visíveis as fundações do castelo de Idanha-a-Nova, fundado em 1187 por Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo, antes da atribuição do foral à vila. Dominando a campina juntamente com o castelo de Monsanto, terá sido construído para defender a povoação de Idanha-a-Velha, então bem mais importante mas mais vulnerável. Tratava-se de um pequeno castelo, constituído essencialmente pelo paço dos alcaides, ao qual foi acrescentado, no século XV, uma segunda cerca que englobava a Igreja Matriz, deixando de fora a vila. A Capela da Misericórdia, edificada no século XVI, em pedra com aparelho rústico, é um templo de nave única com uma capela-mor em talha policromada do século XVIII. De acordo com a tradição, os dois altares laterais são provenientes do extinto convento de Santo António. Dedicada a Nossa Senhora da Conceição, a Igreja Matriz é de origem medieval, tendo pertencido à Ordem do Templo. Sabe-se, pelo desenho de Duarte d’Armas, que no século XVI se encontrava ainda dentro do castelo. Com uma fachada principal maneirista, mantém, no entanto, características renascentistas, com a sua estrutura em três naves, e abóbadas de nervuras ao gosto gótico na capela-mor. Pouco se sabe da história da torre sineira, ou do Relógio, presumindo-se que tenha sido construída com pedra proveniente do desmantelamento do castelo. A parte


mais antiga do Solar dos Marqueses da Graciosa é a torre central, mandada construir em 1458 por Afonso Giraldes, fidalgo da casa real do rei D. Afonso V. Os dois corpos laterais e o balcão foram acrescentados no século XVII (1611) por Domingos Giraldes, descendente do fundador e capitão-mor da vila. A Casa dos Cunhas, grande casa de residência, construída no século XVI ou XVII, de planta longitudinal, possui três volumes de telhados de uma ou duas águas e distribuição irregular de portas e janelas. De notar, num dos volumes, um balcão com alpendre suportado por um arco de volta perfeita, que se supõe ser um vestígio da desaparecida capela de S. Pedro. A Casa dos Condes de Idanha-a-Nova também conhecida como Casa do Corso, é um elegante edifício do século XVIII, na linha do “estilo chão”, com um piso térreo destinado a pátio e arrecadações diversas, e um primeiro piso nobre, com janelas de sacada decoradas com motivos em forma de concha. Já a Casa Manzarra é herdeira do Convento de Santo António, antigo convento franciscano do século XVII convertido em

solar nos inícios do século XX. Ao lado da antiga igreja conventual vê-se a antiga igreja barroca de S. Francisco de Assis , do século XVIII, ambas dessacralizadas e convertidas em armazéns agrícolas. Provavelmente pertencente ao antigo convento, a capela de Nossa Senhora das Dores, com fachada para o largo, é um pequeno templo barroco do século XVIII que permaneceu afecto ao culto católico. O Palacete das Palmeiras, datado de 1900, é um antigo solar construído para residência de uma das mais importantes famílias terratenentes de Idanha, num local que se situava então nos arrabaldes da vila. São de notar, à direita e trás do edifício principal, as antigas imponentes cavalariças, e o jardim, de finais dos anos 1930, com as suas espécies exóticas (como as palmeiras que acabaram por baptizá-lo), então novidade absoluta nestas paragens. No início da década de 1990 foi reconstruído e adaptado à actual função de Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova. Construído em finais da década de 1950 na linha mais tradicionalista da arquitectura do Estado Novo, o edifício da Câmara Municipal foi desenhado por António Lino, autor do Cristo-Rei e de diversas obras da Exposição do Mundo Português de 1940 (nomeadamente o Espelho de Água), em Lisboa, e da colunata do Santuário de Fátima.

Veio substituir o antigo edifício camarário na zona histórica e, em conjunto com o Palacete das Palmeiras, define a praça central da zona nova de Idanha, contribuindo decisivamente para a afirmação do actual centro da vila. Nas proximidades, o Centro Cultural Raiano apresenta-se como uma das marcas mais impressionantes do desenvolvimento experimentado por Idanha-a-Nova nos últimos anos, espécie de castelo moderno concebido para promover a cultura e ultrapassar fronteiras.

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39°55’37.2”N 7°14’38.1”W

IDANHA-A-NOVA

Today only the foundations of castle of Idanha-a-Nova are visible. It was founded in 1187 by Gualdim Pais, Master of The Order of the Temple, prior to the granting of the town charter, and like the castle of Monsanto, would have been built to oversee the plains and defend the town (which in those days was much more important, though also more vulnerable, than it is today). It was a small castle, consisting basically of the mayor’s palace, to which a second surrounding wall was added in the 15th century. This enclosed the Parish Church, though the rest of the town was left outside. The Chapel of Misericord was built in the 16th century in rough-hewn stone. It has a single nave, and a main chapel in carved painted wood dating from the 18th century. In keeping with tradition, it also has two side altars, brought from the now extinct convent of St Anthony. The Parish Church, dedicated to Our Lady of the Conception is medieval in origin and belonged to the Order of the Temple. We know from the drawing by Duarte d’Armas that it was located inside the castle walls in the 16th century. With a mane façade in the Mannerist style, it nevertheless retains certain Renaissance features, such as the three-nave structure and the Gothic rib vaulting in the main chapel. Little is known about the bell tower or the clock, though it is presumed to have been built from the stone from the dismantled castle. As for the stately home of the Marquis of Graciosa, the oldest part of this is the central tower, commissioned in 1458 by Afonso


Giraldes, a nobleman of the royal house of King Afonso V. The two side walls and the balcony were added in the 17th century (1611) by Domingos Giraldes, descendant of the founder, and governor of the town. The House of the Cunhas, for its part, is a residential property built in the 16th or 17th century on a longitudinal plan. It has three sets of single-or doublesloped roofs, and the doors and windows are irregularly laid out. Particularly noteworthy is a balcony whose roof is supported by a round arch, believed to be from the now vanished Chapel of St Peter. The House of the Counts of Idanha-a-Nova, also known as the Corsican’s House, is an elegant 18th century building in the “Chao style”. The ground floor contains a patio and storage areas, while the first floor houses the elegant living area, with oriel windows decorated with shell motifs. The 17th century Franciscan convent of St Anthony was converted into a stately home in the 20th century. Next to the convent church is the old Baroque church of St Francis of Assis dating from the 18th century. Both of these have now been deconsecrated and are used as agricultural storehouses. The Chapel of Our Lady of the

Pains, which probably belonged to the former convent, is a small Baroque church from the 18th century, whose façade overlooks the square. This one is still used for Catholic worship. The Palm Tree Palace, dating from 1900, is an old stately home built for one of the most important landholding families in Idanha, at a site that would then been in the outskirts of the town. Particularly impressive are the old stables to the right and back of the main building, and the garden, which dates from the end of the 1930s. This contains a number of exotic species, such as the palm trees which gave the house its name, and which would have been an absolute novelty in these parts at the time. At the beginning of the 1990s, the Idanha-a-Nova Business School was reconstructed and adapted to its present function. The Town Hall, built at the end of the 1950s in the most traditionalist Estado Novo style, was designed by António Lino, who also designed the monument to Christ The King in Almada, and contributed various works to the Portuguese World Exhibition of 1940 (such as the ornamental lake) in Lisbon and the colonnade at the Sanctuary of Fátima. This building replaced the old Council House in the historic part of Idanhaa-Nova, and along with the Palm Tree Palace, defines the character of the central square in the new part of the town, making an important

contribution to the affirmation of the present town centre. Not far away, the Centro Cultural Raiano configures the most impressive landmark of Idanha-aNova development in recent years. Like a contemporary castle, it was designed to fight for the promotion of culture and to overcome boundaries.

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SEXTA-FEIRA FRIDAY 9 DEZ. 21H30

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“So whether he calls it spirit music Or not, I don’t care. He took it Out of wind off mid-Atlantic.” FROM “THE GIVEN NOTE” BY SEAMUS HEANEY

DAVE BOYD ISAAC MULLER IRLANDA IRELAND HOLANDA NETHERLANDS

O PULSO E A RESPIRAÇÃO. MÚSICA TRADICIONAL E CANÇÕES DA IRLANDA E DA SUA DIÁSPORA THE PULSE AND THE BREATH. TRADITIONAL MUSIC AND SONGS FROM IRELAND AND IT’S DIASPORA

39°55’37.2”N 7°14’38.1”W

IDANHA-A-NOVA CENTRO CULTURAL RAIANO

“Se lhe chamam música do espírito Ou não, não me interessa. Foi buscá-la Lá ao estirado Atlântico Médio.” DO POEMA «THE GIVEN NOTE» DE SEAMUS HEANEY

Música da tradição irlandesa com canções em inglês e irlandês. De acordo com o mito, existem 3 tipos de música irlandesa: geantraí, goltraí e suantraí. A maior parte das pessoas conhece o estilo gentraí, o qual é alegre, e dançado com jigs, reels e polcas, enquanto o goltraí, ou “lamento”, e o suantraí, ou “canção de embalar”, são frequentemente ignorados. Historicamente, nos primórdios da sociedade irlandesa, era exigido por lei ao harpista que fosse especialista nos três estilos. A combinação da flauta ou whistle e tambor é uma das mais antigas combinações de instrumentos da tradição irlandesa, a qual, acompanhando belas e comoventes canções, irá proporcionar uma noite inesquecível. Music from the Irish tradition with songs in English and Irish. According to myth there are 3 strains of Irish music geantraí, goltraí and suantraí. Most people will be familiar with the geantraí strain which is joyful, with jigs. reels and polkas for dancing - but the goltraí or lament and the suantraí or lullaby are often overlooked. By law, historically, a harper in early Irish society was required to be a master of all three. The combination of flute or whistle and drum is one of the most ancient in the Irish tradition, and together with haunting and beautiful songs will make for a very memorable evening.


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O programa consiste em melodias instrumentais e canções. Na tradição irlandesa, tocam-se reportórios estabelecidos de melodias, normalmente para serem dançados. A origem de muitos destes reportórios de melodias é obscura, e na tradição oral adquirem, frequentemente, o nome do mais famoso de entre os seus executantes. Geralmente, os músicos começam a tocar um alinhamento sem saberem que melodia segue a primeira, sendo uma das marcas dos melhores músicos o facto de terem uma enorme biblioteca de melodias na sua cabeça às quais recorrem no momento — avisando geralmente os acompanhadores das mudanças de tom com alguns compassos de antecedência. Esta espontaneidade provoca um grande entusiasmo — músicos e dançarinos incentivam-se uns aos outros com ruidosos gritos de aprovação, o que convidamos o público de hoje também a fazer. A canção serve de pausa da dança e também para expressar as dificuldades e a luta comuns a muitos trabalhadores, as saudades da terra do viajante, e avisos acerca das terríveis consequências do amor e da perda. The programme will consist of instrumental tunes and songs. In the Irish tradition we play ‘sets’ of tunes, usually for dancing. The origins of many of them are obscure, and in the oral tradition they can often be named after the most well known player of them. Often players will begin a ‘set’ without knowing what tune will follow the first one, and it is a mark of the finest players that they have a huge library of tunes in their heads to draw upon in the moment - often calling the key changes to the accompanist a few bars before they happen. This spontaneity leads to great excitement musicians and dancers encourage each other with loud roars of approval, which we would invite from our audience tonight also. Song serve as a respite from the dancing and also for expressing the hardships and struggles common to many working people, the longing for home of the traveller, and warnings of the dire consequences of love and loss.

Dave Boyd Voz Voice Bodhrán Percussão Percussion Shruti Piano Isaac Muller Flautas de madeira Wooden flutes Whistles


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Tune set (Jigs) Tune set (Jigs and Reels) Song The Blacksmith (trad arr.) Breton tunes Song The Lakes of Ponchartrain (trad arr) Song The Blackbird (trad arr) Song The Well Below the Valley (trad arr) Tunes (Polkas) Como é costume na música irlandesa, outros temas poderão vir a ser incorporados durante a actuação. There will likely be some additions on the night as is the way in Irish music.


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O multi-instrumentista e cantor Dave Boyd toca instrumentos de teclas e uma gama ecléctica de instrumentos de percussão de mão, especializando-se no instrumento irlandês bodhrán. Director musical, produtor, educador carismático e performer altamente conceituado, a sua carreira abarca performance, gravação e composição para teatro, dança, cinema e televisão, combinada com um extenso currículo internacional de concertos e ensino. Trabalhou com instituições como The Royal Shakespeare Company, The Abbey Theatre Dublin, BBC, Retina Dance Company, Scottish Ballet, Edinburgh Festival Theatre, The Roundhouse London, The Festival of World Cultures, British Council India, English National Opera, Fabulous Beast Dance Theatre, Glasgow UNESCO City of Music, é membro do corpo docente do Tamburi Mundi Festival e director artístico do Frame Drums Atlantic. Presentemente, grava e actua internacionalmente com o SIFR Ensemble e como artista solo. Isaac Muller é considerado um dos melhores intérpretes de flauta folk da actualidade na Holanda. Interessou-se muito jovem pela música irlandesa e bretã e pela flauta transversal de madeira. Inspirado pelo som deste instrumento, começou a tocar e a aprender cada vez mais música. Ao viajar pela Irlanda, Escócia e Bretanha, bem como pela Espanha, aumentou o seu repertório e absorveu muitas das características que dão forma à música daquelas regiões. Embora a música irlandesa e bretã se mantenha como género e reportório principal deste músico, outras influências se seguiram. Participou em vários projectos com músicos de diversos géneros musicais, como a música clássica, o jazz e a world music. Estes encontros também contribuíram para o seu estilo actual.

Multi instrumentalist and singer Dave Boyd plays keyboard instruments and an eclectic range of hand percussion - specialising in the Irish bodhrán. He is a highly regarded musical director, producer and a charismatic live performer and educator. His career embraces performance, recording and composing in theatre, dance, film and television, combined with extensive international touring and teaching. He has worked with, among others, The Royal Shakespeare Company, The Abbey Theatre Dublin, BBC, Retina Dance Company, Scottish Ballet, Edinburgh Festival Theatre, The Roundhouse London, The Festival of World Cultures, British Council India, English National Opera, Fabulous Beast Dance Theatre, Glasgow UNESCO City of Music and is a member of the teaching staff at Tamburi Mundi Festival and Artistic Director of Frame Drums Atlantic. He is recording and touring internationally with SIFR Ensemble and as a solo artist. Isaac Muller is considered to be one of the best folk flute players in Holland today. He was introduced to Irish and Breton music and the wooden transfer flute at a young age. Inspired by the sound of this instrument he started playing and learning more and more music. Travelling to Ireland, Scotland and Brittany, as well as Spain he expanded his repertoire and absorbed many characteristics that give the music of these regions their form. While Irish and Breton music remained the heart of his playing style and repertoire, more influences followed. He participated in several projects with musicians from various genres including classical music, jazz and world music. These encounters also helped forming his current style of playing.


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Mais informações em www.foradolugar.pt Further information at www.foradolugar.pt CONCERTOS : Entrada livre sujeita à lotação das salas Por motivos de segurança a porta será encerrada assim que a lotação estiver preenchida. As portas abrem +-30‘ antes do início dos concertos. CONCERTS : Free entry subject to room capacity For safety reasons, the door will be shut as soon as the room is full to capacity. Doors open +-30’ before the concerts start. OUTRAS ACTIVIDADES: Gratuitas* de inscrição obrigatória até 96 horas da data da actividade através dos contactos indicados abaixo. (* excepto jantar de 2/12/2016) OTHER ACTIVITIES: Free*. Booking required Booking until 96 hours before the date of the activity using the contact details listed below. (*except dinner on 2/12/2016)

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39°59’46.6”N 7°08’40.4”W

IDANHA-A-VELHA

Idanha-a-Velha is a small picturesque village, consisting of a remarkable group of ruins, which holds a position of high standing among the national archaeological works. It stands on a place where formerly was a Roman City (1st century B.C.), which was inserted in “Civitas Igaeditanorum”, having become a Roman Municipality later on. An inscription dating from 16 B.C., where we can read that “Quintus Lallius”, a citizen from “Emerita Augusta” (Mérida) “has willingly given a sun-dial to Igeditanos” witnesses the existence of an urban site on those by gone days. In 105, in an inscription on Alcântara Bridge (a very important Roman engineering work) the village is referred to as one of the most important Municipalities that contributed to the Bridge construction. Nowadays there are still a lot of evidences showing that civilization permanence: the “podium” of the temple on which the Templar’s Tower stands; the Northern Gate and its wall; one exceptional group of tomb stones and various scattered remains. In the Visigoth Era, under the name of “Egitânea”, the village witnessed golden developing times, having been a diocese seat since 599 and a gold coining Bishop’s Palace and the See are material witnesses of those golden days. The Arabs got hold of the city until King Afonso III from Leão conquered it, during the Christian fights but it was already an integrating part of Condado Portucalense at the time of Portugal foundation. Later one, King Afonso Henriques delivered it to the Templar monks. In 1229, King Sancho II chartered it. King Dinis included it in “Ordem de Cristo” (1319). Along the times, other peopling attempts followed. In 1510, King Manuel I chartered it again, being the Pillory a witness of this fact. In 1762, it was know as a


small town in Castelo Branco jurisdiction; in 1811, it becomes attached to Idanha-a Nova; in 1821 it becomes the seat of a small municipality, still existing in 1936. Intentionally, and along the centuries, people tried to reorganize the urban space, revitalizing it in social, economic, political and cultural fields. However, its historical desertification course was drawn. Nowadays, Idanha-a-Velha (considered a National Monument) emerges quite renewed. An historical village wisely adapted to those who live here and to those who visit it. Idanha-a-Velha é uma pequena aldeia de ambiente pitoresco, pelo notável conjunto de ruínas que conserva, ocupa um lugar de realce no contexto das estações arqueológicas do país. Ergue-se no espaço onde outrora existiu uma cidade de fundação romana (séc.I a.C.), inserida no território da Civitas Igaeditanorum, tendo sido, mais tarde, município romano. Uma inscrição datada do ano 16 a.C., onde consta que Quintus Tallius, cidadão da Emérita Augusta (Mérida) “deu um relógio aos Igeditanos”, testemunha a existência no núcleo urbano nesse momento cronológico. Em 105, a povoação aparece referida numa inscrição da monumental ponte de Alcântara – importante obra de engenharia romana – como um dos municípios que contribuíram para a sua construção. Diversos vestígios evidenciam, ainda hoje, essa permanência civilizacional: entre outros, o podium de um templo no qual assenta a Torre dos Templários; a Porta Norte e respectiva muralha; um conjunto excepcional de lápides funerárias e variado espólio disperso. A povoação conheceu no período visigótico, sob o nome da Egitânea, momentos áureos de desenvolvimento, tendo sido sede de diocese desde 599 e centro de cunhagem de moeda em ouro (trientes). São testemunhos materiais desse período, os Baptistérios e ruínas anexas do “Palácio dos Bispos” e a designada Igreja de Santa Maria, esta com profundas alterações arquitectónicas posteriores. Os Árabes ocuparam a cidade até à sua tomada por D. Afonso III, Rei de Leão, durante a reconquista, fazia já parte integrante do condado Portucalense aquando da fundação de Portugal. Mais tarde D. Afonso Henriques entregou-a aos Templários. Em 1229 D. Sancho II deu-lhe foral. D. Dinis incluiu-a na ordem de Cristo – 1319 –, seguindo-se outras tentativas de repovoamento. D. Manuel I, em 1510, concede-lhe novo foral de que o Pelourinho é testemunho. Em 1762 figurava como vila, na comarca de Castelo Branco; em 1811, ficava anexa a Idanha-a-Nova; em 1821 tornavase sede de um pequeno concelho, extinto em 1836. Intencionalmente, e ao longo dos séculos, pretendeu- se reorganizar todo o espaço urbano, revitalizando-o no domínio social, económico, político e cultural. Porém o seu percurso histórico, de desertificação, estava traçado. Hoje, Idanha-a-Velha, (Monumento Nacional) surge renovada. Uma Aldeia Histórica criteriosamente adaptada para os que aqui residem e para os que a visitam.

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SÁBADO SATURDAY 10 DEZ. 21H30

KEPA JUNKERA & SORGINAK ESPANHA SPAIN MALETAK

39°59’46.6”N 7°08’40.4”W

IDANHA-A-VELHA ANTIGA SÉ

Essas maletas, que tinha guardadas no sótão, adquirem para mim uma magia única neste projecto. Inspiram-me e contamme histórias que só elas podem conhecer. As maletas são as primeiras que viajam, que guardam essa emoção inaugural, antes de se abrirem e deixarem descobrir o seu conteúdo: a essência dos meus dias, a razão sonora das minhas viagens, o instrumento nómada e manuseado que espera impaciente o seu melhor momento. KEPA JUNKERA Those cases I had stored in an attic take on a special magic for me in this project. They inspire me and tell me stories that only they can know. The cases are the first to travel, containing that initial excitement before opening up for their contents to be discovered, the essence of my days, the sonic reason for my travels, the worn, nomadic instrument that waits impatiently for its greatest moment. KEPA JUNKERA

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NOTAS AO PROGRAMA Após o sucesso alcançado com o seu álbum “Galiza”,dedicado a esta província espanhola, e da sua obra seminal “Una Pequeña Historia de la Trikitixa”, Kepa Junkera regressa agora com “Maletak”, um disco novo e original do mestre da trikitixa. Kepa fala-nos assim do seu conceito: “Como me alegro de guardar as maletas das trikitixas! Ela, a trikitixa, é sempre protagonista, e muitas vezes me esqueço do que a rodeia e complementa, como esse invólucro que a protege e guarda. Ainda que este lhe possa ser um pouco infiel (...). Essas maletas, que tinha guardadas no sótão, adquirem para mim uma magia única neste projecto. Inspiram-me e contam-me histórias que só elas podem conhecer. As maletas são as primeiras que viajam, que guardam essa emoção inaugural, antes de se abrirem e deixarem descobrir o seu conteúdo: a essência dos meus dias, a razão sonora das minhas viagens, o instrumento nómada e manuseado que espera impaciente o seu melhor momento. Quis reunir maletas e animais numa cenografia impossível, mas que toca no meu âmago. Encontramo-nos numa paisagem ancestral próxima de nós. O flysh lembra-me as dobras da trikitixa, e o mar não pára de soar, como o seu fole que respira e segue o compasso. Natureza, animais, maletas, sorginak. Não deixa de ser uma viagem, carregada de melodias e poesia. Gozai desta mistura e senti o protagonismo do natural, do arcano e do raro”. Galiza, Aragão, Catalunha, Euskadi, Castela e Leão... são etapas dessa viagem poética e musical que se chama “Maletak”, onde Kepa volta a contar com as singulares e novíssimas Sorginak, mas não só com elas, pois o elenco de vozes que participam no disco é enorme: Ion Elustondo, Beloki, Imanol Urkizu e Xabi Solano do País Basco; Eliseo Parra e Gritsanda de Castela e Leão; Amadeu Rosell e Guillem Ballaz da Catalunha; Beatriz Bernard, Rocío Sapiña e Lourdes Escusol de Aragão; Xabier Díaz e Adufeiras de Salitre da Galiza; para citar apenas alguns dos nomes que colaboram com os seus cantos. Quanto ao contributo instrumental, Kepa conta com a participação de Daniel do

Kepa Junkera Trikitixa Percussões Percussions Amets Ormaetxea Pandeireta Tambourine Voz Voice Baile Dance Percussões Percussions Eneritz Aulestia Pandeireta Tambourine Voz Voice Baile Dance Percussões Percussions


Pando, Ibon Koteron, Oreka TX, José Luís Chea, Josete Ordóñez, Antonio Serrano, Diego Galaz, Germán Díaz e Pedro Lamas. As letras estão a cargo de Andoni Egaña, Jon Maia, Mikel Sarriegi e Xabier Sarasola. Com estes colaboradores, o resultado não podia ser outro senão um dos melhores discos de Kepa Junkera. Dezassete temas com o inconfundível estilo do seu criador que, inspirado pelas experiências de “Galiza” e de “Una Pequeña Historia de la Trikitixa”, continuou a investigar, e as próprias canções foram-no levando à etapa seguinte da viagem, num processo mágico e emocionante, de que desfrutou como nunca. A totalidade destes temas são composições do próprio Kepa Junkera.

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Huriondo Zolloko san martinak Gaztelugatxeko martxa Madagaskar Bok espok Fandango Oliene Napoli Bihar arte Eritegiko martxa Zirkinipez Hiri Berhueta Ataun Riberhia Zokale Lisbao KEPA JUNKERA (1965-)


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PROGRAMME NOTES After the success garnered with his album “Galiza”, dedicated to Galicia, and his seminal work “Una Pequeña historia de la trikitixa”, Kepa Junkera returns to the present day with “Maletak”, a new and original album from the master of the trikitixa, the diatonic accordion. Kepa explains his concept as follows: “I’m so glad I kept the triki cases! The trikitixa is always protagonist, and very often I have forgotten what surrounds her and complements her, like a wrapper that protects her and keeps her. Even though that might sound rather disloyal (…). Those cases I had stored in an attic take on a special magic for me in this project. They inspire me and tell me stories that only they can know. The cases are the first to travel, containing that initial excitement before opening up for their contents to be discovered, the essence of my days, the sonic reason for my travels, the worn, nomadic instrument that waits impatiently for its greatest moment. I wanted to bring together these cases and animals in an impossible scenography that takes me deeper. We find ourselves in an ancestral landscape close to our own. The Flysch reminds me of the folds of the triki and the sea always sounds like its bellows breathing and keeping rhythm. Nature, animals, cases, Sorginak. It never ceases to be a journey, charged with melody and poetry. Enjoy this mixture and feel the protagonsim of the natural, the arcane and the unusual.” Galicia, Aragon, Catalonia, the Basque Country, Castile and León… they are all stages in this poetic and musical journey called “Maletak”, where Kepa once again works with the new line-up of the unique Sorginak, but not just with them – the cast of voices participating on this album is huge: Ion Elustondo, Beloki, Imanol Urkizu and Xabi Solano from the Basque Country; Eliseo Parra and Gritsanda from Castile and León; Amadeu Rosell and

Guillem Ballaz from Catalonia; Beatriz Bernard, Rocío Sapiña and Lourdes Escusol from Aragon; Xabier Díaz and Adufeiras de Salitre from Galicia; to name just a few of the names collaborating on his songs. In terms of instrumental contribution, Kepa chose to work with Daniel do Pando, Ibon Koteron, Oreka TX, José Luís Chea, Josete Ordóñez, Antonio Serrano, Diego Galaz, Germán Díaz and Pedro Lamas. The lyrics are down to Andoni Egaña, Jon Maia, Mikel Sarriegi and Xabier Sarasola. With collaborations like these, the result could be nothing other than one of Kepa Junkera’s best albums. Seventeen cuts with the unmistakeable style of their creator who, inspired by the experiences of “Galiza” and “Una Pequeña Historia de la trikitixa”, carried on his investigations and it was the songs themselves that led him to the next stage of his journey, in a magic and exciting process he enjoyed like never before. All the songs are compositions by Kepa Junkera himself, in their entirety.


BIOGRAFIA Nasce numa Bilbau diferente, a de há meio século atrás, ouvindo desde muito novo as sonoridades do folclore popular. As suas mãos cresceram, fortaleceram-se abrindo e fechando o fole do pequeno acordeão, acariciando cada nota, descobrindo e reinventando as suas melodias. Kepa Junkera e a trikitixa criaram uma simbiose difícil de igualar. Como bom respigador, não deixou para trás nenhuma nota que o pudesse ajudar a criar o seu próprio som, esse que mistura os tempos, os que surgiram na origem e que Kepa funde num abraço de futuro. Inquieto, livre e apaixonado, o seu corpo funde-se com o da trikitixa para revolucionar a música tradicional basca, e colocá-la numa cena internacional que se rende perante este autodidacta que soa a verdade. Um primeiro disco, “Infernuko Auspoa”, de 1987, com Zabaleta e Motribu, marca o início de uma carreira musical que revaloriza os instrumentos tradicionais e o folclore basco, e que começa já aí a fundir as suas imagens com outras vozes e povos. Desde essa altura, Kepa vem estabelecendo sinergias com culturas e artistas, chegando aos portos mais distantes e díspares, a fim de os envolver no som palpitante da sua trikitixa. Assim o fez com o jazz nos seus álbuns seguintes, “Triki Up” (1990) e “Trikitixa Zoom” (1991), e nos seus múltiplos trabalhos assinados em conjunto com artistas singulares: Riccardo Tessi, John Kirkpatrick, Júlio Pereira, Ibon Koteron, Rolando Luna ou Melonius Quartet. Fiel às suas raízes, uma década mais tarde apresenta “Bilbao 00:00h” (1998), uma homenagem à sua cidade natal, álbum em que trabalha com mais de 40 músicos, e com o qual começa a ver reconhecida a sua obra a nível mundial. “Maren”, impregnado de mar, chegaria em 2001, e dois anos depois “K”, um disco duplo gravado ao vivo e com o qual ganhou um Grammy. Envolvido pela simplicidade de quem se rodeia de

bons amores, de amores sinceros, em 2004 celebra em conjunto com os seus a grande paixão que sente pelo seu clube de futebol, estreando aquele que, desde então, se tornará num cântico do seu estádio: Athletic Bihotzez (2004). “Hiri”, dois anos depois, recorda, evoca e sonha cidades. Foi considerado o melhor disco pela prestigiosa World Music Charts Europe. Após estas imagens mais urbanas, chega, em 2008, “Etxea”, um disco duplo, início de uma trilogia, no qual se reúnem canções tradicionais da cultura basca, com vozes de artistas como Estrella Morente, Dulce Pontes, Miguel Bosé, Ana Belén, Víctor Manuel, Miguel Ríos, Michael Camilo, Andrés Calamaro... 42 cantores e 15 músicos combinam a sua experiência e a sua paixão com essa grande instituição que é Kepa Junkera. Em Junho de 2009, apresenta “Provença Sessions”, da série “Fandango”. Um álbum que recompila temas compostos integralmente por Kepa Junkera, que nesta ocasião se faz acompanhar pelo grupo Melonius Quartet numa interpretação diferente e inovadora desses mesmos temas, criando novos espaços sonoros em que se descobre uma faceta diferente da música do compositor bilbaíno. Na porta de entrada, nada menos que as palavras do prémio Nobel José Saramago para dar sentido literário a esta história tão bem cimentada que, longe de terminar aqui, se embrenha pelas ruas de meio mundo numa segunda etapa, “Kalea”, um ano depois. Nesta ocasião, Kepa viaja até ao continente americano para se encontrar e gravar com um amplo leque de artistas de envergadura, como Juanes, Lila Downs, Pablo Milanés ou Lito Vitale. E finalmente, com “Heria”, de 2010, completa-se esta trilogia. 23 canções gravadas em Nova Iorque, Oakland, Paris, Casablanca, Istambul, Atenas, Boise (Idaho), São Francisco, Los Angeles, San Antonio (Texas), Havai e Bilbau completam esta longa viagem, em que participam 280 músicos e cantores de todo o mundo, e na qual Kepa, transmissor de

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Mais informações em www.foradolugar.pt Further information at www.foradolugar.pt CONCERTOS : Entrada livre sujeita à lotação das salas Por motivos de segurança a porta será encerrada assim que a lotação estiver preenchida. As portas abrem +-30‘ antes do início dos concertos. CONCERTS : Free entry subject to room capacity For safety reasons, the door will be shut as soon as the room is full to capacity. Doors open +-30’ before the concerts start. OUTRAS ACTIVIDADES: Gratuitas* de inscrição obrigatória até 96 horas da data da actividade através dos contactos indicados abaixo. (* excepto jantar de 2/12/2016) OTHER ACTIVITIES: Free*. Booking required Booking until 96 hours before the date of the activity using the contact details listed below. (*except dinner on 2/12/2016)

Website www.foradolugar.pt Email festival@foradolugar.pt Facebook www.facebook.com/foradolugar Tel. 277202900 Morada/Address Centro Cultural Raiano, Av. Joaquim Morão Lopes Dias 6060-713 Idanha-a-Nova


cultura, de identidade, de história, consegue, através da sua música, evocar toda a energia que emana da sua terra. «Beti Bizi», de 2010, com as vozes do coro da escola Leioa Kantika Korala e a colaboração de Xabier Amuriza, recompila velhas coplas biscainhas perdidas no tempo, seguindo-se, um ano depois, um trabalho mais pessoal, uma homenagem nostálgica carregada de energia nova, optimismo e vitalidade: “Ultramarinos & Coloniales”. Continuamente envolvido em novos desafios, o seu repto seguinte será “Ipar Haizea”, de 2012, onde os seus temas emblemáticos passam pelo crivo clássico da Orquesta Sinfónica de Euskadi. Em “Galiza”, de 2013, o encanto misterioso que Kepa Junkera carrega dentro de si, submerge-se por completo na terra vizinha para explorar suas melodias e ritmos mais autênticos. Vinculado e comprometido com o folclore de todos os povos, mas muito próximo do galego, este disco duplo consegue reunir a fina flor daquela terra musical. Um trabalho que viria a receber um prémio especial, o Premio Nacional de Folclore Martínez Torner, por “ter revolucionado o mundo da trikitixa e a música tradicional”. “Una Pequeña Historia de la Trikitixa” (2015) é uma viagem emocional através da música em geral e das vivências pessoais de Junkera; uma homenagem particular à trikitixa, que conta com a colaboração dos elementos do grupo Sorginak. Em “Maletak” (2016), o seu novo disco, participaram mais de 100 artistas com uma grande variedade de instrumentos: o alboque de Ibon Koteron e a txalaparta de Oreka TX, ao lado de representantes da música tradicional de diversas culturas espanholas, como o galego Daniel do Pando com o seu berimbau de Fonsagrada, o burgalês Diego Galàz com o seu violino, o saxofone de Pedro Lamas, a guitarra flamenca de José Montón e Josete Ordoñez, entre outros. Incansável, a esta longa discografia devemos acrescentar uma infinidade de colaborações empreendidas com artistas tão díspares como Hedningarna, Phil Cunningham, Alasdair Fraser, Carlos

Núñez, Vozes Búlgaras, Caetano Veloso, Marina Rossell, Andreas Wollenweider, The Chieftains ou Pat Metheny, entre outros. É autor de diversos singles e temas como “Mari Jaia”, dedicado à rainha das festas da Aste Nagusia de Bilbau, um verdadeiro hino, e a sua alegre trikitixa soa por trás de múltiplas actividades culturais a favor da língua basca (em eventos como a Korrika, a Ibilaldia, a Herri Urrats...). Não perde a oportunidade para se comprometer e colaborar directamente em acções como “Memoria Viva”, uma homenagem em memória das vítimas da Guerra Civil Espanhola, na qual colabora com o escritor Bernardo Atxaga e o escultor Néstor Basterretxea. Deu, por todo o mundo, espectáculos repletos de paixão, força e ritmo; cativou e foi aplaudido em cidades com Nova Iorque, Paris ou Hong Kong; a sua música é usada pela Compañía Nacional de Danza ou selecionada por Almodóvar para os seus discos. Professor no Musikene, Centro Superior de Música do País Basco; produtor de todos os seus discos, bem como de uma longa lista de trabalhos que saem das mãos de Oskorri, Oreka TX, Ibon Koteron ou Garikoitz Mendizabal, potenciando e impulsionando os sons da terra basca que , vindos de tempos longínquos, enfrentam o desafio de se renovar e abrir caminho aos novos sons que saem da mesma txalaparta, txistu ou alboque que os seus antepassados tocaram. Fiel a si mesmo, Kepa Junkera, ao longo deste quase meio século, soube seduzir-nos enquanto acaricia, num abraço interminável, a trikitixa. Juntos, nessa simbiose inigualável, embarcam agora, músico e instrumento, nesta pequena história que soa a vizinhança, a proximidade, a terra fértil e a ventos novos.

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BIOGRAPHY He was born in a singular Bilbao, the one of half a century ago, listening from a very early age to the sounds of popular folklore. His hands grew and strengthened opening and closing the bellows of the small accordion, caressing each note, discovering and reinventing his melodies. Kepa Junkera and the Trikitixa have created a symbiosis that is hard to beat. Like a keen collector, he hasn’t left behind a single note that might help him create his own sound, one that mixes times, those that came from the beginning and which Kepa unites in an embrace with the future. Restless, free and passionate, his body fuses with that of the trikitixa to revolutionise traditional Basque music and place it on an international stage that is able to give itself to this autodidact who plays the truth. A first album, “Infernuko Auspoa”, in 1987, along with Zabaleta and Motriku, marks the start of a musical career that reassesses Basque traditional instruments and folk, and which soon began to mix his own images with those of other voices and peoples. Since then Kepa Junkera has kept on establishing synergies with cultures and artists, reaching the furthest and most disparate doors, to envelop them with the palpitating sound of his trikitixa. He did the same with jazz in his following albums, “Triki up” (1990) and “Txikitixa zoom” (1991), and in his multiple works in collaboration with singular artists: Riccardo Tessi, John Kirkpatrick, Julio Pereira, Ibon Koteron, Rolando Luna and Melonius Quartet. Loyal to his roots, a decade later he presented “Bilbao 00:00h” (1998), a tribute to his native city on which more than 40 musicians worked and with which he began to see his efforts recognised worldwide. “Maren”, imbued with the sea, would arrive in 2001, and two years later, “K”, a double album recorded live, with which he won a Grammy. Wrapped in the simplicity of someone surrounded by

great loves, sincere loves, in 2004 he celebrated with his own people his great love for his football team, making a debut with what would from then on be sung at their stadium: “Athletic Bihotzez” (2004). “Hiri”, two years later, recalls, evokes and dreams of cities. It was chosen as the best album by the prestigious World Music Charts Europe. In contrast to these more urban images, “Etxea” arrived in 2008, a double album, the start of a trilogy, which brought together traditional songs from Basque culture with the voices of artists such as Estrella Morente, Dulce Pontes, Miguel Bosé, Ana Belén, Víctor Manuel, Miguel Ríos, Michael Camilo, Andrés Calamaro... And so up to 42 singers and 15 musicians who fuse their experience and their passion with this great figure that is Kepa Junkera. In June 2009, he presented “Provença Sessions, serie Fandango”. A compilation album of themes composed entirely by Kepa Junkera who on this occasion is accompanied by the Melonious Quartet, performing them in a different and novel way, creating new sound spaces in which to discover another different facet of the music of the Bilbao musician. On the cover, nothing less than the words of the Nobel prizewinner José Saramago to give a literary sense to this story, so well established that far from finishing here it plunged through the streets of half the world in its second stage, “Kalea”, a year later. On this occasion Kepa traveled to the American continent to meet and record with a broad range of artists of the stature of Juanes, Lila Downs, Pablo Milanés and Lito Vitale. And finally, he finished the trilogy with “Herria”, in 2010. 23 songs recorded in New York, Oakland, Paris, Casablanca, Istanbul, Athens, Boise-Idaho, San Francisco, Los Angeles, San AntonioTexas, Hawaii and Bilbao, complete this long journey on which 280 musicians and singers from all over the world participated, and in which Kepa, conveyor of culture, of identity, of history, was able, through his music, to evoke all the energy that emanates from


his land. “Beti Bizi”, in 2010, with the voices of the Leioa Kantika Korala and the collaboration of Xabier Amuriza, bringing together old Basque coplas left in obscurity, would make way, a year later, for a more personal work, a nostalgic homage loaded with new energy, optimism and vitality: “Ultramarinos & Coloniales”. Continually surrounding himself with challenges, his next adventure was “Ipar Haizea”, in 2012, where his emblematic themes go through the classical screening of the Orquesta Sinfónica de Euskadi. In “Galiza” (2013), the soul within Kepa Junkera immersed itself in the neighbouring land to rummage among its most authentic melodies and rhythms. Connected and committed to the folklore of all peoples, but very close to that of Galicia, this double album-book is able to bring together the pick of that musical land. A work that was accompanied by a special prize, the Nacional de Folclore Martínez Torner, for “having revolutionised the world of the trikitixa and traditional music.”. “Una pequeña historia de la trikitixa” (2015) is an emotional journey through music in general and Junkera’s personal experiences; a personal homage to the trikitixa with the collaboration of the members of Sorginak. In “Maletak” (2016), his new album, more than 100 artists have participated with a variety of instruments: Ibon Koterón on the alboka and Oreka TX on the txalaparta, along with representatives of the traditional music of various Spanish cultures such as the Galician Daniel do Pando with his Fonsagrada horn, Diego Galáz from Burgos with his violin, the sax of Pedro Lamas, the flamenco guitar of José Luis Montón and Josete Ordoñez, among others. We must add to this tireless discography countless collaborations carried out with artists as diverse as Hedningarna, Phil Cunningham, Alasdair Fraser, Carlos Núñez, Voces Búlgaras, Caetano Veloso, Marina Rossell, Andreas Wollenweider, The Chieftains and Pat Metheny, among others. He also

released diverse singles and themes such as “Mari Jaia”, dedicated to the queen of the festivities of Aste Nagusia in Bilbao, a veritable hymn, and its joyful triki is behind multiple cultural activities promoting the Basque Country (Korrika, Ibilaldia, Herri Urrats,...). And never missing an opportunity, he gets involved and collaborates directly in acts such as “Memoria Viva”, a tribute to victims of the Spanish Civil War, to which the writer Bernardo Atxaga and sculptor Néstor Basterretxea also contributed. He has gone halfway round the world with his shows full of passion, strength and rhythm; he has enchanted and received applause in cities such as New York, Paris and Hong Kong; his music is used by the Compañía Nacional de Danza and has been picked by Almodóvar for his records. A teacher at Musikene, Centro Superior de Música in the Basque Country; producer of all his albums as well as a long list of works by Oskorri, Oreka TX, Ibon Koteron and Garikoitz Mendizabal, empowering and driving the sounds of the Basque land, those from distant times that face the challenge of being renewed and breaking through, and the new sounds that emerge today from the same txalaparta, txistu or alboka played by his ancestors. True to himself, Kepa Junkera has known, for almost half a century, how to seduce us while caressing the trikitixa in an interminable embrace. Together, in that incomparable symbiosis, they now embark, musician and instrument, on this short story that sounds of closeness, proximity, fertile land and new winds.

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48°34’55.6”N 7°45’03.6”E

ESTRASBURGO STRASBOURG FRANÇA FRANCE Strasbourg is the capital and largest city of the Grand Est region of France and is the official seat of the European Parliament. Located close to the border with Germany, it is the capital of the BasRhin département. Strasbourg is the seat of several European institutions, such as the Council of Europe (with its European Court of Human Rights, its European Directorate for the Quality of Medicines and its European Audiovisual Observatory) and the Eurocorps, as well as the European Parliament, among others. Strasbourg’s historic city centre, the Grande Île (Grand Island), was classified a World Heritage site by UNESCO in 1988, the first time such an honour was placed on an entire city centre. Strasbourg is immersed in the Franco-German culture and although violently disputed throughout history, has been a bridge of unity between France and Germany for centuries, especially through the University of Strasbourg, currently the second largest in France, and the coexistence of Catholic and Protestant culture. The largest Islamic place of worship in France, the Strasbourg Grand Mosque, was inaugurated by French Interior Minister Manuel Valls on 27 September 2012. Economically, Strasbourg is an important centre of manufacturing and engineering, as well as a hub of road, rail, and river transportation. The port of Strasbourg is the second largest on the Rhine after Duisburg, Germany. Strasbourg holds one of the oldest and largest Christmas markets in France, with a wonderful setting in front of Strasbourg Cathedral. Strasbourg Cathedral, with its Gothic towers and famous astronomical clock, is worth a visit in itself. Strasbourg Christmas Market has over 300 chalets spread out over 12 locations, and attracts over 2 million visitors during the Christmas season. Every year, Strasburd dedicates this market to a diferente country, this year will host Portugal. The village of the country invited in Place Gutenberg, where cultural performances wil take place along with the concerts in the Cathedral and St. Pierre-le-Jeune Church.


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Estrasburgo é simultaneamente a capital e maior cidade da região Grand Est, em França, e a sede do Parlamento Europeu. Localizada junto à fronteira com a Alemanha, é a capital do departamento Bas-Rhin. Estrasburgo é sede de várias instituições europeias, como o Conselho da Europa, que integra o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, a Direcção Europeia da qualidade da Medicina e o Observatório Europeu do Audiovisual, o Eurocorps e o Parlamento Europeu, entre outras. O centro histórico de Estrasburgo, a Grand Île, foi classificado Património da Humanidade pela UNESCO em 1988, a primeira vez que esta distinção foi aplicada a um centro urbano. Imersa na cultura franco-alemã e alvo de disputas violentas ao longo da história, Estrasburgo tem sido uma ponte de unidade secular entre a França e a Alemanha, em particular através da Universidade de Estrasburgo, actualmente a segunda maior em França, e pela coexistência entre as culturas Católica e Protestante. O maior local islâmico de oração, a Grande Mesquita de Estrasburgo, foi inaugurada pelo Ministro do Interior francês Manuel Valls em 27 de Setembro de 2012. Em termos económicos, Estrasburgo é um importante centro de produção e concepção, bem como de

A cada edição, Estrasburgo dedica este mercado a um país diferente, sendo Portugal o país convidado para o presente ano. A aldeia do país convidado fica na praça Gutemberg, onde terão lugar manifestações culturais, a par dos concertos na Catedral e na igreja de St. Pierre-le-Jeune.

do Reno, a ial. O seu porto é o segundo maior circulação rodoviária, ferroviária e fluv gos mercados anti s mai e rgo tem um dos maiores seguir a Duisburg na Alemanha. Estrasbu suas torres góticas as com , dral cenografia junto à Cate osa avilh mar uma com ça, Fran de l de Nata de Natal de Estrasburgo por si justifica uma visita. O mercado só que ico, nóm astro gio reló oso e o fam ões de visitantes nesta quadra. por 12 áreas, atraindo mais de 2 milh ídos ribu dist lets, cha 300 de s mai a apresent


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SÁBADO SATURDAY 26 NOV. 2OH30

CORO MISTO DA BEIRA INTERIOR PORTUGAL

FADO A CAPELLA

48°34’55.6”N 7°45’03.6”E

ESTRASBURGO STRASBOURG FRANÇA FRANCE IGREJA DE ST. PIERRE-LE-JEUNE ST. PIERRE-LE-JEUNE CHURCH

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O Coro Misto da Beira Interior (ex-Coro Misto da Covilhã) iniciou as suas actividades em 1989 sob a Direcção do Professor Luis Cipriano, ainda integrado no Conservatório local, realizando o seu primeiro concerto em 4 de Fevereiro de 1990, na Igreja de St. Maria, na cidade da Covilhã. Desde então tem apresentado concertos com diferentes repertórios, visando os vários séculos da história da Música Coral. Constam no seu repertório obras como, as Missas Brevis em Fá M, Dó M, Sol M, Ré m e Requiem de Mozart, Missa Stª Cecília de C. Gounod, “O Messias” de Haendel, Cantatas de Buxtheúde, “Oratória de Natal”, “Ode á Covilhã” e “Requiem” para Coro e Orquestra Sinfónica de Luis Cipriano. Dos programas à “Capela” constam Espirituais Negros, Música Popular Portuguesa e obras da renascença ao séc XX. Em 1995, atingiu pela primeira vez, a final do Concurso da Juventude Musical Portuguesa. Em Setembro de 1996, tornou-se independente em relacção ao Conservatório da Covilhã, marcando assim a sua nova estrutura e assumindo o papel de Associação Cultural da Beira Interior. Em Portugal efectuou concertos por todo o Pais, com destaque para as cidades de Covilhã, C. Branco, Lisboa (Sé Catedral, Mosteiro dos Jerónimos, Ministério da Agricultura, Museu Gulbenkian(5), Estádio Nacional, Expo 98), Guarda, Pinhel, Porto, Palmela, Guimarães, Faro, Tomar, Évora, Viseu, Braga, Coimbra, Ilha da Madeira, etc. Em Julho de 1998 participou na Semana Internacional de Música do Luxemburgo, onde sob a Direcção do maestro Richard Hortien, interpretou a Missa Solene de St. Cecília de C. Gounod, com uma orquestra formada por jovens de toda a Europa. Estreou Bethlehem 2000 Christmas Oratorio, na Cidade de Belém na Palestina, para assinalar os 2000 anos do nascimento de Cristo, e participou na mesma cidade no Concerto de Natal no dia 24 de Dezembro de 1999. Em Israel realizou o concerto de Abertura do Nazareth 2000. No dia 31 de Dezembro de 1999, a cadeia de televisão Americana ABC, escolheu um Concerto do Coro Misto da Covilhã para um programa “Os Melhores Natais do Mundo”. No dia 26 de Abril de 2000 estreou a “ 2ª Sinfonia “Pedro Alvares Cabral” de Luis Cipriano

Mariana Sousa Leonor Gaspar Maria Andrade Joana Veríssimo Paula Ramos Raquel Moreira Fernanda Mangana André Fernandes Bernardo Carrola Pedro Lopes Carlos Mangana Rafel Mangana Luis Dâmaso Cantores Singers Luís Cipriano Maestro


na Vila de Belmonte integrada nas Comemorações dos 500 Anos da descoberta do Brasil. Em 2001 na Venezuela, foi distinguido pela Câmara de Montalvan e pela Universidade de Carabobo com o Diploma de Mérito Cultural. Em Maio de 2002 ganhou a Medalha de Prata no 4º Concurso Robert Schumann , na Alemanha. Em Outubro de 2002, participou nas Olímpiadas Corais na Coreia do Sul, tendo ganho na Final, duas Medalhas de Bronze nas Categorias de Música Sacra e Música Contemporânea. Em Junho de 2003, apresentou, em estreia nacional, a Missa em Sol Maior (para a coroação de Luis XVIII) de Luigi Cherubini. Em Abril de 2007, no 11º Concurso de Budapeste, ganhou uma Medalha de Ouro na classe Coros Mistos e duas de Prata nas classes Coro Feminino e Coro Juvenil. Realizou a abertura do Festival cinamatográfico IMAGO por seis vezes. Realiza há 16 anos consecutivos o projecto Natal para Todos que consiste em concertos em centros de solidariedade social. Realizou mais de 450 concertos, sendo os mesmos em 26 paises diferentes e gravou 14 CDs.

The Beira Interior Mixed Choir (formerly the Covilhã Mixed Choir) started out in 1989 under the direction of Luis Cipriano. At that point the choir was associated with the local conservatoire and it held its first concert on 4 February 1990, at the Igreja de St Maria in Covilhã. Since then, it has presented concerts with various programmes, spanning different centuries of the history of choral music. The choir’s repertoire includes works such as Mozart’s Missas Brevis in F Major, D Major, G Major, D Minor and his Requiem, Charles Gounod’s St Cecilia Mass, Handel’s Messiah, cantatas by Buxtheúde, and Christmas Oratory, Ode to Covilhã and Requiem for choir and symphony orchestra by Luis Cipriano. Two a cappella programmes include Negro spirituals, Portuguese folk music and works from the Renaissance to the twentieth century. In 1995, the choir reached the final of the Portuguese Young Musicians Competition for the first time. In September 1996, it became independent from Covilhã Conservatoire, marking its new structure and taking on the role of Cultural Association in Beira Interior. The choir has held concerts throughout Portugal, notably in the cities of Covilhã, Castelo Branco, Lisbon (at the Sé Cathedral, the Jerónimos Monastery, the Ministry of Agriculture, the Gulbenkian Museum (5), the National Stadium, Expo 98), Guarda, Pinhel, Porto, Palmela, Guimarães, Faro, Tomar, Évora, Viseu, Braga, Coimbra, Madeira, etc. In July 1998, the choir took part in the Luxembourg International Music Week where, under the direction of Richard Hortien, it interpreted the St Cecilia Solemn Mass by Charles Gounod, with an orchestra of young people from across Europe. It premiered the Bethlehem 2000 Christmas Oratorio in the Palestinian city of Bethlehem, to mark 2000

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years since the birth of Christ, and took part in the Christmas Concert on 24 December 1999 in the same city. In Israel, it performed the opening concert at Nazareth 2000. On 31 December 1999, the American television channel ABC chose a concert by the Covilhã Mixed Choir for a programme celebrating Christmas around the world. On 26 April 2000, it premiered Luis Cipriano’s Second Symphony ‘Pedro Alvares Cabral’ at Vila de Belmonte, as part of the celebrations to mark 500 years since the discovery of Brazil. In 2001 in Venezuela, it was awarded the Diploma of Cultural Merit by Montalbán Council and the University of Carabobo. In May 2002 it won the Silver Medal at the Fourth Robert Schumann Concert in Germany. In

October 2002, it took part in the World Choir Games in South Korea, winning two bronze medals in the sacred and contemporary music categories. In June 2003 the choir gave the first performance in Portugal of Luigi Cherubini’s Mass in G Major for the Coronation of Louis XVIII. In April 2007, at the 11th International Choir Competition in Budapest, it won a gold medal in the mixed choir class, and two silver medals in the women’s and youth choir classes. The choir has opened the IMAGO film festival on six occasions. For 16 years, it has held concerts at community centres under the Christmas for Everyone initiative. It has presented more than 450 concerts in 26 different countries and recorded 14 CDs.


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Mais informações em www.foradolugar.pt Further information at www.foradolugar.pt CONCERTOS : Entrada livre sujeita à lotação das salas Por motivos de segurança a porta será encerrada assim que a lotação estiver preenchida. As portas abrem +-30‘ antes do início dos concertos. CONCERTS : Free entry subject to room capacity For safety reasons, the door will be shut as soon as the room is full to capacity. Doors open +-30’ before the concerts start. OUTRAS ACTIVIDADES: Gratuitas* de inscrição obrigatória até 96 horas da data da actividade através dos contactos indicados abaixo. (* excepto jantar de 2/12/2016) OTHER ACTIVITIES: Free*. Booking required Booking until 96 hours before the date of the activity using the contact details listed below. (*except dinner on 2/12/2016)

Website www.foradolugar.pt Email festival@foradolugar.pt Facebook www.facebook.com/foradolugar Tel. 277202900 Morada/Address Centro Cultural Raiano, Av. Joaquim Morão Lopes Dias 6060-713 Idanha-a-Nova


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DOMINGO SUNDAY 27 NOV. 21H30

CONCERTO IBÉRICO

ORQUESTRA BARROCA BAROQUE ORCHESTRA PORTUGAL TRIUNFO DA MÚSICA BARROCA PORTUGUESA TRIUMPH OF PORTUGUESE BAROQUE MUSIC

48°34’55.6”N 7°45’03.6”E

ESTRASBURGO STRASBOURG FRANÇA FRANCE CATEDRAL DE ESTRASBOURGO STRASBOURG CATHEDRAL

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“Triunfo da Música Barroca Portuguesa” é um programa que apresenta um relance dos extraordinários repertórios musicais do período Barroco em Portugal, onde os padrões estéticos coevos em voga em Roma e Nápoles foram política oficial do Reino Joanino. Os novos ventos da composição aliaram-se então à forte tradição polifónica portuguesa para produzir um Barroco singular. Desde o género do Concerto Grosso, como é exemplo os concertos grossos de Pereira da Costa, escritos à imagem dos concertos de Corelli, mas que espelham uma singularidade compositiva à qual não deve ser estranha a insularidade; passando pelos concertos solistas de David Perez e Carlos Seixas, este último, reconhecido como um dos primeiros concertos escritos para cravo solista; pelo género da Cantata, forma sobejamente cultivada em Portugal, por compositores portugueses, italianos e espanhóis — para este programa, seleccionamos a extraordinária cantata de Almeida, o compositor português que mais destaque e reputação mereceu além fronteiras na primeira metade do século dezoito. O Responsório que encerra o programa foi transcrito de um manuscrito apógrafo que se encontra na Biblioteca Pública de Évora e que utiliza a coloratura como elemento decisivo da escrita solística.

Francesco Divito Soprano convidado Guest soprano Filipa Oliveira Flauta Recorder Lorenzo Colitto, Álvaro Pinto, Maartje Geris, Tomaz Plusa, Leonor Bravo Violinos Violins Manuel Costa Viola Viola Alejandro Marías, Rémi Kesteman Violocelos Cellos Ricardo Sousa Contrabaixo Contrabass João Paulo Janeiro Cravo Harpsichord Direcção Director


“Triumph of Portuguese Baroque Music” is a programme that offers a glimpse into the extraordinary musical repertoires of the Baroque period in Portugal, when the Johannine kingdom adopted the aesthetic models in vogue at the time in Rome and Naples as official policy. The new compositional influences combined with the strong Portuguese polyphonic tradition to produce a unique form of the Baroque. From the Concerto Grosso tradition, as exemplified by the concertos grossos of Pereira da Costa, written in imitation of Corelli’s works, yet revealing a compositional singularity that is quite probably the product of isolation; by way of the solo concertos written by David Perez and Carlos Seixas, the latter recognised as one of the first concertos for solo harpsichord; to the cantata, a form that was particularly explored in Portugal, by Portuguese, Italian and Spanish composers — for this programme we have chosen the extraordinary cantata by Almeida, the Portuguese composer who was most renowned beyond his homeland during the first half of the eighteenth century. The responsory that closes the programme was transcribed from an apograph manuscript found in the public library in Évora and that uses coloratura as a defining element of this text for a soloist.

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Concerto Grosso n.º 7 com Doys Violins & Violão Concertinho Obrigados Prelúdio: Largo, Allegro - Corente - AdagioAllegro - Allemanda ANTÓNIO PEREIRA DA COSTA (C1697 – 1770)

Cantata Spirituale a Canto Solo con Violini A quel leggiadro volto Recitativo - Ária - Recitativo -Aria FRANCISCO ANTÓNIO DE ALMEIDA (C1700 - ?1755)

Concerto a 4 con violini e cimbalo obligato Allegro - Adagio -Allegro: Giga CARLOS SEIXAS (1704-1742)

Concerto per Flauta Due Violini e Basso Cantabile - Allegro - Largo - Allegro DAVID PEREZ (1711-1778)

Responsório dos Reis que dis Illuminare com Violinos e Basso CARLOS SEIXAS


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Concerto Ibérico fez a sua primeira apresentação pública no Encontro Nacional de Investigação Musical em Novembro de 2012. Desde então, tem trabalhado com alguns dos melhores intérpretes de música antiga da Península Ibérica, Itália, Holanda e Estados Unidos, graças ao apoio destacado do Município de Idanha-a-Nova. A orquestra surgiu a partir do dinamismo da MAAC – Música Antiga Associação Cultural, na Beira Interior. Em paralelo com a interpretação musical, desenvolve projectos formativos como os CIMA - Cursos Internacionais de Música Antiga, que têm lugar na aldeia Histórica de Idanha-a-Velha, e os festivais SIMA e Festival de Música Antiga da Costa Oeste. Resultado directo do trabalho prévio desenvolvido pelo POB – Projecto Orquestra Barroca, que actuou em Portugal, Espanha e Itália, Concerto Ibérico promove residências artísticas e programas de concerto através de vários projectos experimentais, trabalhando com uma vasta gama de repertórios dos finais do séc. XVI ao séc. XVIII. Em 2014 iniciaram-se vários projectos com vista à sua internacionalização.

Desde a sua fundação, Concerto Ibérico apresentou vinte programas de concerto diferentes, para vários festivais em Portugal e acolheu a colaboração de mais de 40 músicos de 8 países europeus, em projectos distintos que alcançaram mais de 3000 espectadores. Natural da Apúlia, Itália, Francesco Divito estudou, entre outros, com Furio Zanasi e Lavinia Bertotti. Em 2013, obteve o diploma do Conservatori “Licínio Refice” em Frosinone, com Teresa Chirico. Interpretou inúmeros papéis em palco, destacando-se a “ Rainha da Noite” (A Flauta Mágica). Francesco Divito é um sopranista natural, que não utiliza o registo do falsete. Actualmente, o principal foco do seu trabalho é a ópera barroca e clássica, bem como as oratórias da mesma época. O seu alcance vocal é: f - f’’’ (F3 - F6).


Concerto Ibérico makes its first public appearance at Portuguese National Meeting of Music Research in November 2012. Since then, it has been working with some of the best early music performers from the Iberian Peninsula, Italy, Netherlands and United States, mainly with the support of Idanha-a-Nova municipality. The orchestra emerged from the cultural dynamics developed by MAAC – Early Music Cultural Association in Beira Interior, Portugal. Besides its musical activities, develops educational projects like the International Early Music Summer Courses, (CIMA) which occur in the historic village of Idanhaa-Velha, and the early music festivals SIMA and West Coast Early Music Festival. Direct outcome of the earlier work developed by an Academic Baroque Orchestra Project, POB, which has performed in Portugal, Spain and Italy, Concerto Ibérico organizes its artistic residences and concerts programs within several exploratory projects, working a wide variety of repertoires from late sixteenth to late eighteenth

centuries. In 2014 started to work within several projects towards internationalization. Since its foundation Concerto Ibérico has performed twenty different concert programs for several festivals in Portugal, welcomed the collaboration of more than 40 musicians from 8 different European countries in different projects and reached more than 3000 spectators. Native from Apulia/Italy, Francesco Divito studied, amongst others with Furio Zanasi and Lavinia Bertotti. In 2013, he obtained the Diploma at the Conservatori “Licinio Refice” in Frosinone with Teresa ChIrico. He appeared in numerous stage roles, especially to mention the Queen of the Night (Zauberflöte). Francesco Divito is a natural sopranist who doesn’t have to make use of his falsetto register.

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PROGRAMA PROGRAM

PARALELOS PARALLELS NATUREZA NATURE CONCERTOS MESMO AO PÉ CONCERTS CLOSE TO YOU MASTERCLASSES GASTRONOMIA GASTRONOMY SERVIÇO EDUCATIVO EDUCATIONAL PROGRAM

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NATUREZA NATURE SERVIÇO EDUCATIVO EDUCATIONAL PROGRAM

SEXTA-FEIRA FRIDAY 25 NOV. 14HO0-15H30

Oficina ao ar livre: “Vamos plantar árvores autóctones de Idanha!” Open air workshop: “Let’s plant the native trees of Idanha!”

SERVIÇO EDUCATIVO EDUCATIONAL PROGRAM

SEXTA-FEIRA FRIDAY 25 NOV. 17H00

Sete Lágrimas vai à escola Sete Lágrimas goes to school

Pequeno concerto em ambiente escolar com Sete Lágrimas. Small concert in school environment with Sete Lágrimas. Vamos conhecer algumas das principais espécies de árvores nativas do concelho de Idanha-a-Nova e depois vamos plantá-las. We will get to know some of the main species of trees native to the municipality of Idanha-a-Nova and then plant them.

Destinatários/Target: Público escolar/Schools Horário: 14h00-15h30/ 2-3.30pm Número máximo de participantes/ Maximum number of participants: 1 turma acompanhada de um professor 1 class accompanied by a teacher Inscrição obrigatória/ Booking required: até 48h de antecedência up to 48 hrs beforehand

Filipe Faria (voz/voice), Sérgio Peixoto (voz/voice), Pedro Castro (flautas e oboé barroco/recorders and baroque oboe), Tiago Matias (alaúde, vihuela, tiorba, guitarra barroca e guitarra romântica/lute, vihuela, theorbo, baroque guitar and romantic guitar) e Rui Silva (percussão histórica/historical percussion)

Destinatários/Target: Público escolar/Schools Horário: 17h00-17h30/ 5-5.30pm Número máximo de participantes/ Maximum number of participants: 1 turma acompanhada de um professor 1 class accompanied by a teacher Inscrição obrigatória/ Booking required: até 48h de antecedência up to 48 hrs beforehand


WORKSHOP SÁBADO SATURDAY 26 NOV. 10H00-19H30

Workshop Frame Drums Atlantic

“Adufe Total! Da Tradição ao Adufe Moderno.” “Total Adufe! From Tradition to the Modern Adufe”

O Rui e o Dave depois de se cruzarem em vários festivais e eventos de frame drums na Europa, decidiram fundar em Lisboa/Pico a Frame Drums Atlantic, entrelaçando as tradições de frame drums das franjas da Europa, nomeadamente da Irlanda e de Portugal. Têm vindo a organizar workshops mensais em Lisboa, com o apoio do Museu Nacional de Etnologia, trazendo para Portugal um pouco do que se tem feito por todo o mundo neste movimento global dos frame drums. Um dos pilares da Frame Drums Atlantic é unir a Arte, a Cultura e as Tradições ao património arquitectónico e ao património natural, proporcionando experiências artísticas e de crescimento interior que vão para além da execução dos frame drums e da Música, mas que

transbordam para vivências plenas de humanismo, paz, solidariedade, partilha e evolução. Acreditamos que as Tradições são saberes que vêm do passado, que foram trazidos até nós e que estão aqui para os desfrutarmos e transportarmos para o futuro dentro da nossa circunstância e tempo. Trazemos o movimento dos frame drums ao coração da mais importante Tradição de frame drums portuguesa, o Adufe. Trazemos as Adufeiras e os Artesãos para dentro deste movimento de escala global, para um lugar onde merecem estar. O Adufe e a sua Tradição são realmente únicos e devem ser conhecidos e vividos por todos. Preparamos uma aula de percussão corportal, para aquecer e introduzir a linguagem rítmica silábica. De seguida uma desconstrução e sistemaização do toque do adufe, que permitirá aos participantes compreender tudo em câmara lenta. De tarde uma aula com as Adufeiras de Monsanto, que nos demonstrarão a Tradição viva - o toque e as cantigas de adufe, com espaço para questões. No final, uma roda de adufes (drum circle) até ao pôr-do-sol. Rui and Dave, after their paths crossed at various festivals and frame drum events in Europe, decided to establish Frame Drums Atlantic in Lisbon/Pico, interlinking the traditions of frame drums from the fringes of Europe, in particular Ireland and Portugal. They have organised monthly workshops in Lisbon, with the support of the Museu Nacional de Etnologia, bringing to Portugal a little bit of what has been achieved worldwide in this global frame drums movement. One of the pillars of Frame Drums Atlantic is uniting art, culture and traditions to architectural and natural heritage, providing artistic experiences and offering internal growth that goes beyond the playing of the frame drums and the music, but which transfer to experiences full of humanism, peace, solidarity, sharing and evolution. We believe that traditions are knowledge from the past, which has been

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brought to us and which is here for us to enjoy and to carry on to the future within our circumstances and time. We bring the frame drum movement to the heart of the most important tradition in Portuguese frame drums, the adufe. We bring adufe players and artisans into this global movement, where they deserve to be. The adufe and its tradition are truly unique and should be known and experienced by all. We have prepared a workshop of body percussion, to warm up and introduce the syllabic rhythmic language. Then a deconstruction and systemisation of the beat of the adufe, which will allow participants to grasp everything in slow motion. In the afternoon, a workshop with the adufe players of Monsanto, who will demonstrate the living tradition – the beat and songs of the adufe, with time for questions. At the end, an adufe drum circle until the sun sets.

Programa detalhado 10h00 Recepção em Monsanto 10h30 Warm-up Dave: Body Percussion 11h30 Adufe moderno: exercícios a partir da desconstrução do toque tradicional e novas técnicas 13h00 Almoço* 14h30 Encontro com as Adufeiras de Monsanto: toque tradicional, cantigas, canto, conversas sobre o adufe 18h00 Roda de adufes até ao pôr do sol

Inscrição obrigatória/ Booking required: até 48h de antecedência up to 48 hrs beforehand

Detailed programme 10.00am Reception in Monsanto 10.30am Warm up Dave: Body Percussion 11.30am Modern adufe: exercises starting with the deconstruction of the traditional beat and new techniques 1.00pm Lunch* 2.30pm Meeting with the Adufeiras de Monsanto – traditional beat, cantigas, song, conversations about the adufe 6.00pm drum circle until sunset

Condições de acesso, etc... 1. Este workshop é aberto a todos os participantes a partir dos 12 anos. As crianças podem estar presentes, sentir e experimentar os exercícios dentro da sua capacidade de concentração e circunstâncias próprias. 2. Não é necessário ter adufe, nem saber música, este workshop é um óptimo primeiro passo para conhecer e desfrutar desta fantástica tradição portuguesa. Caso não tenha adufe, informe-nos aquando da inscrição. 3. Os participantes receberão por email e em papel os exercícios trabalhados nas aulas, poderão ainda trazer caderno e lápis para tirar notas. 4. Roupa confortável para a aula de percussão corporal, que implica algum movimento. 5. Garrafa de água para a voz. 6. *O almoço é da responsabilidade de cada participante, podem trazer merenda ou almoçar em algum dos restaurantes de Monsanto. Sugere-se que efectuem reserva para evitar atrasos.


Access conditions, etc‌ 1. This workshop is open to all participants over 12 years. Children can attend, listen and try the exercises according to their powers of concentration and own circumstances. 2. It is not necessary to have an adufe, or to know about music, as this workshop is an excellent first step in getting to know and enjoying this fantastic Portuguese tradition. If you do not have an adufe, let us know when you register.

3. Participants will receive via email and on paper the exercises carried out in the workshops. They can also bring a notebook and pencil to take notes. 4. Comfortable clothing is recommended for the body percussion workshop, which involves some movement. 5. Bottle of water for the voice. 6. *Lunch is the responsibility of each participant - bring a snack or eat lunch in one of the restaurants in Monsanto. Booking recommended to avoid delays.

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Rui Silva 1984, Coimbra. Especializou-se em Percussão Histórica com lendário percussionista espanhol Pedro Estevan, no Master en Interpretación de Música Antigua – Percusion Histórica na ESMUC/UAB (Barcelona, Espanha). Toca com as Sete Lágrimas Consort de Música Antiga e Contemporânea (2009-), com quem gravou vários CDs e tem tocado nos mais importantes palcos e festivais de música antiga. É músico da Capella Sanctae Crucis, Nouvelles Musiques Anciennes du Portugal (2013-), dirigido por Tiago Simas Freire, que em 2017 publicará um CD com obras do extraordinário e inédito acervo da escola de Santa Cruz de Coimbra. A sua prática performativa é profundamente marcada pela Tradição Oral do adufe, frame drum tradicional português de forma quadrangular, que tem introduzido nos mais diversos contextos musicais (música antiga, teatral, sinfónica, de intervenção, tradicional, etc). Criou e tem desenvolvido o conceito de “Adufe Moderno” que define a exploração de novas técnicas performativas e de expansão da linguagem do adufe. Tem desenvolvido uma intensa investigação junto de adufeiras e artesãos da região da Idanha-a-Nova e Paúl, aprendendo, registando, transcrevendo e analisando o processo construtivo, práticas performativas, técnica, linguagem, contexto tradicional actual e desenvolvendo uma metodologia de ensino baseada no sistema rítmico silábico e em exercícios de coordenação psico-motora. Entre 2012-2015, fundou e geriu do projecto AL-DUFF, orientando cerca de 50 workshops sobre o toque tradicional do adufe, transcrevendo e publicando ritmos tradicionais, participando em congressos, programas de rádio, televisão, exposições, etc. Em 2013 lançou a sua marca de artesão - www.adufes.com -, construindo adufes com sistema de afinação da pele. Esta inovação projecta o adufe, instrumento ancestral, para um novo nível performativo em pleno séc. XXI dando-lhe versatilidade e fiabilidade.

Participou nas últimas 3 edições do Tamburi Mundi – Festival Internacional de Frame Drums como performer, formador e artesão. Estudou percussão erudita na Escola Profissional de Música de Espinho (2002-2005) e na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo no Porto (2005-2009). Para 2017, tem vários projectos relacionados com o adufe nomeadamente a sua exploração num contexto de música erudita electroacústica como instrumento solista, que decerto será mais um marco na história deste instrumento tradicional. É co-fundador do Frame Drums Atlantic. Rui Silva 1984, Coimbra. Specialised in Historic Percussion with the legendary Spanish percussionist Pedro Estevan during his Masters in Early Music Performance – Historic Percussion at ESMUC/UAB (Barcelona, Spain). He plays with Sete Lágrimas Consort de Música Antiga e Contemporânea (2009-), with which he has recorded various CDs and he has played on the most important early music stages and festivals. He is a musician with Capella Sanctae Crucis, Nouvelles Musiques Anciennes du Portugal (2013-), led by Tiago Simas Freire, who in 2017 will release a CD with works from the extraordinary and unprecedented collection of the school of Santa Cruz de Coimbra. His performance technique is profoundly marked by the oral tradition of the adufe, the traditional quadrangular Portuguese frame drum, which he has introduced into the most diverse musical contexts (early music, theatrical music, symphony, interventional, traditional, etc.). He created and has developed the concept of “Modern Adufe” which defines the exploration of new performance techniques and expansion of the language of the adufe. He has developed an intensive investigation along with adufe players and artisans of the region of Idanha-a-Nova and Paúl, learning, recording, transcribing and analysing the constructive process, performative practices, technique, language, current traditional context and developing a teaching


methodology based on the syllabic rhythmic system and on exercises of psycho-motor coordination. Between 2012-2015, he founded and managed the project ALDUFF, leading around 50 workshops on the traditional playing of the adufe, transcribing and publishing traditional rhythms, participating in congresses, radio and television programmes, exhibitions, etc. In 2013 he launched his own artisan brand – www.adufes.com – making adufes using a system of tuning the skin. This innovation projects the adufe, an ancestral instrument, to a new performative level in the middle of the 21st century, giving it versatility and reliability. He took part in the last three editions of Tamburi Mundi – International Frame Drum Festival as a performer, teacher and artisan. He studied erudite percussion at the Escola Profissional de Música de Espinho (2002-2005) and the Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo in Porto (2005-2009). For 2017, he has various projects related to the adufe, in particular his exploration in a context of erudite electro-acoustic music as a solo instrument, which will undoubtedly make yet another mark in the history of this traditional instrument. He is a co-founder of Frame Drums Atlantic. O multi-instrumentista Dave Boyd toca instrumentos de teclas e uma gama ecléctica de instrumentos de percussão de mão, especializando-se no instrumento irlandês bodhrán. Trata-se de um director musical, produtor, e carismático educador, bem como de um executante em concerto altamente conceituado. A sua carreira abarca performance, gravação e composição para teatro, dança, cinema e televisão, combinada com um extenso currículo internacional de concertos e ensino. Trabalhou com instituições como The Royal Shakespeare Company, The Abbey Theatre Dublin, BBC, Retina Dance Company, Scottish Ballet, Edinburgh Festival Theatre, The Roundhouse London, The Festival of World Cultures, British Council India,

English National Opera, Fabulous Beast Dance Theatre, Glasgow UNESCO City of Music, é membro do corpo docente do Tamburi Mundi Festival e director artístico do Frame Drums Atlantic. Presentemente, grava e actua internacionalmente com o SIFR Ensemble e como artista solo. É co-fundador do Frame Drums Atlantic. Multi instrumentalist Dave Boyd plays keyboard instruments and an eclectic range of hand percussion - specialising in the Irish bodhrán. He is a highly regarded musical director, producer and a charismatic live performer and educator. His career embraces performance, recording and composing in theatre, dance, film and television, combined with extensive international touring and teaching. He has worked with, among others, The Royal Shakespeare Company, The Abbey Theatre Dublin, BBC, Retina Dance Company, Scottish Ballet, Edinburgh Festival Theatre, The Roundhouse London, The Festival of World Cultures, British Council India, English National Opera, Fabulous Beast Dance Theatre, Glasgow UNESCO City of Music and is a member of the teaching staff at Tamburi Mundi Festival and Artistic Director of Frame Drums Atlantic. He is recording and touring internationally with SIFR Ensemble and as a solo artist. Dave is co-founder of Frame Drums Atlantic.

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CONCERTOS MESMO AO PÉ CONCERTS CLOSE TO YOU SÁBADO SATURDAY 26 NOV. 16H00-17H00

Mini-concerto com Eduardo Paniagua Mini-concerto with Eduardo Paniagua

SERVIÇO EDUCATIVO EDUCATIONAL PROGRAM

SEXTA-FEIRA FRIDAY 2 DEZ. 10H30-11H30

Vamos pôr a mão na massa e aprender a fazer doces tradicionais Let’s get down to business and learn how to make traditional sweets

Eduardo Paniagua, vencedor do «Premio Mejor Intérprete de Música Clásica 2009», atribuído pela Academia de la Música de España, é considerado um dos músicos espanhóis que mais tem contribuído para a recuperação do património musical da Idade Média. Eduardo Paniagua, winner of the Best Classical Performer 2009, Spanish Music Academy, is regarded as one of the Spanish musicians who is making the greatest contribution to the recovery of the musical heritage of the Middle Ages.

Destinatários/Target: Público geral/Gerenal public Inscrição obrigatória/Booking required: até 48h de antecedência/up to 48 hrs beforehand

Destinatários/Target: Público escolar/Schools Formadores/Teachers: Técnicos CMIN Horário: 10h30-11h30/10.30-11.30am Número máximo de participantes/ Maximum number of participants: 1 turma acompanhada de um professor 1 class accompanied by a teacher Inscrição obrigatória/ Booking required: até 48h de antecedência up to 48 hrs beforehand


MASTERCLASS SEXTA-FEIRA FRIDAY 2 DEZ. 16H00-17H30

Masterclass de guitarra Guitar masterclass

António Justiça, Ílhavo, 1979, músico, professor, compositor. Estudou no Conservatório de Música de Aveiro e na Universidade de Aveiro. Gravou com o Síntese, Grupo de Música Contemporânea em 2010 e com a banda Patinho Feio (2016), banda da qual é membro fundador.e Tocou como solista com a Orquestra Filarmonia das Beiras. Davide Amaral, Águeda,1979, músico, professor, compositor. Licenciado pela Universidade de Aveiro em Ensino de Música. É autor do livro “PIMA – 20 peças de iniciação à guitarra” editado pela AVA – Musical Editions.

Destinatários/Target: Alunos de nível médio e avançado/Middle level and advanced students Inscrição obrigatória/Booking required: até 48h de antecedência/up to 48 hrs beforehand

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GASTRONOMIA GASTRONOMY SEXTA-FEIRA FRIDAY 2 DEZ. 19H00-20H30

Jantar Pobre Pauper’s Dinner

The Jantar Pobre (Pauper’s Dinner) doesn’t just sound provocative. It is provocative. The idea is to deconstruct certain beliefs about the region’s gastronomy, which, despite efforts to raise its status, is still little seen on the menus of local establishments. Its so-called poverty is nourished by memories that are still hard to deal with. But the simplicity of its stock of recipes has the potential to provide an extraordinary experience for the palate. It’s an experience that we would like to share, reliving one story in particular that also deserves to be shared. The menu is a surprise, to be discovered on the day, alongside the story that accompanies it.

O jantar pobre não parece uma provocação. É uma provocação. Parte de uma premissa de desconstrução de algumas ideias feitas acerca da gastronomia da região. A despeito do trabalho desenvolvido no sentido da sua valorização, muita dela continua pouco visível no panorama da restauração local. A alegada pobreza alimenta-se de memórias com as quais ainda hoje é difícil lidar. Todavia, a simplicidade do receituário é capaz de proporcionar uma experiência prodigiosa ao paladar. É esta experiência que gostaríamos de partilhar, revivendo uma história em particular, também ela merecedora de partilha. A ementa é uma surpresa, a descobrir no momento, a par da história que a acompanha. Nº mínimo/máximo de participantes: 6 -15 Condições: Reserva e pagamento antecipado até segunda-feira, 28/11/2016, 23h59 Preço: 10€ Local: Salvaterra do Extremo (Idanha-a-Nova) Hora: 19h00 Obs.: Mais informações sobre restrições alimentares através do email: mail@artedasmusas.com

Minimum/maximum number of participants: 6-15 Conditions: Bookings and payment in advance by 11.59pm Monday 28 November 2016. Price: €10 Venue: Salvaterra do Extremo (Idanha-a-Nova) Time: 7pm Obs.: Further information on dietary restrictions via email: mail@artedasmusas.com


CONCERTOS MESMO AO PÉ CONCERTS CLOSE TO YOU

CONCERTOS MESMO AO PÉ CONCERTS CLOSE TO YOU

SÁBADO SATURDAY 3 DEZ. 10H30-11H30

SEXTA-FEIRA FRIDAY 3 DEZ. 16H000-17H00

Mini-concerto com Trio Porteño Mini-concerto with Trio Porteño

Mini-concerto com Musicantes Mini-concerto with Musicantes

“O Trio Porteño captura a atmosfera de Buenos Aires em cada uma das suas interpretações. Com arranjos muito bem elaborados, o autêntico espírito do tango actual manifesta-se nas suas actuações ao vivo e também nos seus vídeos.”

O mundo misterioso da Idade Média, através dos instrumentos musicais da época fielmente reconstruídos segundo a iconografia existente. Músicaa de França, Espanha Grã-Bretanha e Itália. Música de outro tempo. Música que nos permitirá sonhar, bailar, imaginar... e, acima de tudo, aprender um pouco mais sobre nós próprios.

VICTOR VILLADANGOS (ARGENTINA)

“The Trio Porteño captures the atmosphere of Buenos Aires in each of its performances. With very well produced arrangements, the authentic spirit of modern-day tango is brought to life in their live performances and also in their videos.” VICTOR VILLADANGOS (ARGENTINA).

Destinatários/Target: Público geral/Gerenal public Inscrição obrigatória/Booking required: até 48h de antecedência/up to 48 hrs beforehand

The mysterious world of the Middle Ages through the musical instruments of the time, faithfully reconstructed according to the existing iconography. Music from France, Spain, Great Britain and Italy. Music from another time. Music that will allow us to dream, to dance, to imagine... And above all, to learn something about ourselves.

Destinatários/Target: Público geral/Gerenal public Inscrição obrigatória/Booking required: até 48h de antecedência/up to 48 hrs beforehand

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SERVIÇO EDUCATIVO EDUCATIONAL PROGRAM

SEXTA-FEIRA FRIDAY 9 DEZ. 10H00-11H00 9 DEZ. 11H00-12H00

Como se constrói: o Adufe How to build: the Adufe

Destinatários/Target: Público escolar/Schools Formadores/Teachers: Técnicos CAT/CMIN Horários: 10h00-11h00/10.00-11.00am 11h00-12h00/11.00-12.00am Número máximo de participantes/ Maximum number of participants: 1 turma acompanhada de um professor 1 class accompanied by a teacher Inscrição obrigatória/Booking required: até 48h de antecedência/up to 48 hrs beforehand Destinatários/Target: Famílias e público em geral/ Families and general public Horário: 10h30-13h00/10.30am-1.00pm Nº mínimo/máximo de participantes/ Minimum/maximum number of participants: 6-15 (maiores de 6 anos/over 6 years). Inscrição obrigatória/ Booking required: até 48h de antecedência up to 48 hrs beforehand

NATUREZA NATURE

SÁBADO SATURDAY 10 DEZ. 10H30-13H00

Saída de Campo: “Histórias da Terra no arquipélago granítico de Monsanto” Country Outing: “Stories of the Land on the granite archipelago of Monsanto”

Vamos percorrer 2km da Rota dos Barrocais, na Aldeia Histórica de Monsanto. O percurso inicia-se na aldeia e segue através do caos de blocos com curiosas formas graníticas, atravessando-se os penedos juntos. Chegados ao Castelo Templário roqueiro fazemos a leitura da paisagem a 360º e ouvimos a lenda de um cerco de outrora. De regresso à aldeia apreciamos a singular arquitectura da aldeia, já que há uma perfeita harmonia entre as construções humanas e os blocos graníticos in situ. We will cover 2km of the Rota dos Barrocais, in the Historic Village of Monsanto. The route begins in the village and continues through the chaos of curiously shaped granite blocks, crossing crags together. Arriving at the rocky Castelo Templário we will observe the 360º landscape and listen to the legend of a siege from long ago. On the way back to the village we will appreciate the unique architecture of the village and the perfect harmony between the human constructions and the granite rocks.


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WWW.FORADOLUGAR.PT © ARTE DAS MUSAS 2016




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