mostra decor + cinema 2018
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su má rio
Mostra Decor + cineMa Dez nomes expressivos se valem da Sétima Arte como inspiração para seus ambientes
artefacto eDitions 2018 A nova coleção sob o olhar de Patricia Anastassiadis – arquiteta e consultora de produtos da marca
o Diabo Veste PraDa, Por chris haMoui Um ambiente cheio de sofisticação em homenagem à implacável Miranda Priestly
coco antes De chanel, Por Débora aguiar Requinte e atemporalidade reproduzidos em
e la naVe Va, Por Denise barretto O living chic ganha delimitação que remete ao estar contido de um navio
uM boM ano, Por erika Queiroz As tonalidades neutras pincelam o espaço composto por suíte, jantar, living e adega
aniMais noturnos, Por fabio Morozini A dramaticidade toma conta do amplo estar definido pelo profissional como “neutro com bossa”
sabrina, Por João arMentano Leveza e elegância são os pontos de partida da composição de um grande estar
007, Por léo Maia O mote são as suítes em que o Agente Secreto poderia se hospedar ao redor do mundo
inVasão De PriVaciDaDe, Por Marta De sá A arquiteta brinca com a discrição requerida em um dos cômodos mais íntimos da casa
o granDe gatsby, Por Maurício karaM Cenários da elite nova-iorquina pautam a composição de uma sala oval muito requintada
la Dolce Vita, Por Patricia Penna A obra de Fellini dá o clássico tom P&B de um loft com quarto, jantar, bar e camarim
o JarDineiro fiel Ricardo Pessuto faz florescer o espaço de Maurício Karam com um jardim no último andar do showroom
......................................................................................... Capa e ensaio Memorial da América Latina Direção criativa: Allex Colontonio e André Rodrigues Fotografia: Salvador Cordaro Moda: Marcio Banfi Make: Renan Tavares Hair: Eliseu Santana Modelo: Talita Stroher (Elo Management) Produção executiva: Karina Pascini Capa: Casaco Thierry Mugler (acervo) Anel Eleonora Hsiung Calça Youcom Sapatos Santa Lolla Módulos Escape e mesas componíveis Carlo, Artefacto Editions 2018 por Patricia Anastassiadis Na página ao lado: Vestido Thierry Mugler (acervo Marcio Banfi) Anel Eleonora Hsiung Sandálias Santa Lolla Poltrona Carrie, Artefacto Editions 2018 por Patricia Anastassiadis Agradecimentos: Fundação Memorial da América Latina
e x p e d i e n t e
54 62 70 78 86 94 102 110 118
um ambiente chique-contemporâneo
Projeto e realização Allexincasa Edições Ltda (Allex Colontonio + André Rodrigues) Contato ComerCial (11) 3897 7000 patrocinios@artefacto.com.br Colaboradores Ailton Alves, Anderson Buth, Dorival (China), Edison Garcia, Fabiano Itaquê, Fernanda Vello, Gabriel Angelo, Karina Pascini, Marco Antonio, Meire Silva, Renan Tavares, Salvador Cordaro e Vinícius Diefenbach
MOSTRA DECOR + CINEMA 2018 Grandes nomes da arquitetura e dos interiores apresentam espaços para sonhar e se inspirar a partir dos clássicos – e novos clássicos – do cinema
Os tempos mudam cada vez mais rápido e a Artefacto, com o compromisso de se manter atualizada para superar as expectativas dos nossos clientes e amigos, continua apostando na evolução da tradição. Para isso, interpretar a casa contemporânea e os novos hábitos de consumo, assim como fazer um uso mais racional dos recursos ambientais em cada etapa da construção de uma peça, é tão fundamental quanto a valorização do fatto a mano, principal característica do DNA Artefacto, que aposta alto na integridade do desenho e no respeito aos designers, com produtos totalmente patenteados. Para abrir a nova temporada da Mostra pioneira no segmento que virou evento disputado entre as grandes expos de decor no Brasil, desta vez escolhemos como tema a Sétima Arte. Os blockbusters definitivamente transbordaram das salas públicas de exibição para o universo doméstico, quase que simultaneamente. Com a chegada do streaming on demand de gigantes como Netflix, Apple TV e Hulu, as sessões privês estão cada vez mais em alta. Sem falar que, do ponto de vista estético, o cinema também é um dos principais canais de inspiração para arquitetos e designers de interiores, já que retrata o comportamento humano como nenhuma outra. Nas próximas páginas, além de apresentar o mobiliário da Artefacto Editions 2018, pelo quarto ano consecutivo sob o olhar de Patricia Anastassiadis, os queridos e talentosos Débora Aguiar, Denise Barretto, Erika Queiroz, Fabio Morozini, João Armentano, Léo Maia, Marta de Sá, Maurício Karam, Patricia Penna e Ricardo Pessuto desfilam seus ambientes inspirados em campeões de bilheteria que certamente ajudam a contar várias histórias – a deles, a nossa e, sem dúvida, a sua. Enjoy!
edi to rial
............................................. Paulo Bacchi @pauloartefacto @artefactooficialbrasil @artefactomiami artefacto.com.br
Decor + Cinema
Respeitando a integridade do desenho e levando a assinatura brasileira para o mundo.
Produtos patenteados
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9 Com rigor artesanal e look anti-efêmero, Artefacto Editions 2018 passeia despretensiosamente por questões contemporâneas e formas etéreas
Manufatura atemporal
............................................................................................................ Na cena, Talita Stroher veste casaco Thierry Mugler (acervo Marcio Banfi); anel Eleonora Hsiung; calça Youcom; sapatos Santa Lolla. Módulos Escape, poltronas de base giratória Carrie e mesas componíveis Carlo. Produtos patenteados Artefacto®
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..................................... Estante Maurice
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..................................... Criado-mudo Constantin Na pรกgina ao lado, buffet Constantin
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.......................................................................... A modelo Talita Stroher veste camisa Morena Rosa; calรงa Gucci (acervo Marcio Banfi); e brincos Rommanel retratada sobre os mรณdulos Kubrick
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......................................... Registro da mesa Alderaan, que leva tampo Terrazzo Nero
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..................................... Criado-mudo Mute Na pรกgina anterior, acima, escrivaninha Ginza
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..................................... Cadeira Hara
........................................................................................... Sofá Solo Na página ao lado, Talita Stroher com vestido Thierry Mugler (acervo Marcio Banfi); anel Eleonora Hsiung; e sandálias Santa Lolla fotografada com a poltrona Carrie
Agradecimentos: Fundação Memorial da América Latina
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Razão e sensibilidade Da mistura fina de técnicas e materiais em leituras que partem do brutalismo ao futuro mais avant-garde, Patricia Anastassiadis explora novos territórios com o bom e velho rigor artesanal da Artefacto
Desde que assumiu a consultoria de produtos da Artefacto, há quatro anos, Patricia Anastassiadis, um dos maiores nomes da arquitetura do País, mirou na evolução da tradição. “O DNA da Artefacto sempre buscou um padrão de excelência internacional, com as melhores matérias-primas e um rigor artesanal raro na indústria. É assim que a marca vem construindo uma história de mais de quatro décadas. Desde que assumimos o front dos lançamentos, procuramos valorizar ainda mais esse legado, em formas que buscam a atemporalidade, já que um móvel não é um bem de consumo efêmero e, muitas vezes, chega a atravessar gerações”, conta a arquiteta. Para a Artefacto Editions 2018, Patricia, que acredita que “quando se perde a sensibilidade daquilo que é feito à mão, a civilização corre um risco”, se vale de temas atuais relevantes compartimentados em quatro caminhos (Primitivo, Fiber Lab, Campanha e Space) para delinear o mobiliário, elevando o discurso – e o curso – do design a um novo patamar de importância cultural, com leveza e sem nenhuma pretensão. “Não há aqui um storytelling
forçado para justificar esta ou aquela curva, este ou aquele traço. A inspiração-chave da nova coleção como um todo é o próprio ser humano, suas interações entre si e com o meio ambiente – um resgate daquilo que é verdadeiramente essencial inclusive dentro de casa”, contextualiza. “E graças a essa proximidade com os processos fabris e com o DNA do brand alcançamos maior maturidade na mistura dos materiais, com uma ousadia pé no chão que busca a originalidade sem comprometer fundamentos da mobília, como a ergonomia e a plasticidade enquanto extensão do próprio hábitat, do invólucro arquitetônico.” Do primitivo/vernacular ao retro-futurismo, do artesanato fatto a mano ao utilitarismo da vida nômade e sem fronteiras, os moods da nova coleção traduzem muito mais do que tendências de um segmento – são statements de uma marca protagonista e alinhada com o seu tempo, que plasma na manufatura de seus mobiliários as técnicas clássicas, as tecnologias de ponta e uma razão de ser que começa e termina no conforto, em todas as suas vertentes.
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.................................................. A arquiteta Patricia Anastassiadis, que assina a consultoria de produtos Artefacto, clicada sobre poltrona Carrie
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Diretora criativa dos produtos da marca há quatro temporadas, a arquiteta assina uma ambiance etérea, fluída e de efeito ligeiramente futurista – e totalmente atemporal – a partir dos produtos que criou para a Artefacto Editions 2018
Patricia Anastassiadis
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........................................................................................................................... A | Na dupla de abertura, módulo Kubrick, mesas componíveis Carlo e poltronas Carrie B| Módulo Escape e mesas componíveis Brass C | Sofás Solo, chaise long Harrison e poltronas Carrie D | Escrivaninha Ginza e cadeira Chiara E | Módulos Discovery, mesas laterais Huis, estante Float, poltronas Indiana e chaise long Harrison F | Vista geral do ambiente G | Sofá Illi, mesa de centro Mai e poltronas Poline
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H | Cadeiras Hara e coluna de jantar Poiret I | Chaises long Indiana e mesa lateral Ginza J | Sofá Solo e chaise long Harrison
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MOODS ARTEFACTO EDITIONS 2018
Primitivo
Fiber Lab
O ser humano e a sua intensa relação com o mobiliário, seguindo a vontade global de readequação do consumo como memória afetiva e enaltecendo o valor intrínseco em cada peça, foram o norte da inspiração. Neste contexto, elas acionam materiais simples pinçados do brutalismo, como granilite, pedra e cimento. “Olhei intensamente para o ser humano e para a sua relação com o mobiliário, que funciona quase como um abrigo”, explica Anastassiadis. As formas mais orgânicas serpenteiam um maior equilíbrio e proporção nas curvas. Em contraponto com a alta tecnologia que domina a vida cotidiana, essa linha propõe uma imersão no ancestral, inaugural, vernacular e essencial por meio da retomada e valorização dos processos artesanais.
Aqui a relação direta com a fibra, que se conecta como o grande cordão umbilical da gênese da Artefacto. Com acabamento assumidamente artesanal, as peças transitam entre o living e o terraço, protagonizando um lifestyle indoor ou outdoor. Materiais como palha de buriti, aço e couro se encontram em amarrações bem transadas. “A fibra vem trabalhada de forma extraordinária no ateliê da Artefacto, sendo adequada tanto para uso interno quanto externo – as peças desse mood podem, assim, migrar entre espaços e transitar pela casa”, contextualiza Patricia.
................................................................ Acima, mesas componíveis Carlo Ao lado, cadeira Hara
................................................................ Ao lado, escrivaninha Ginza Abaixo, módulos Escape
Campanha
Space
Bebendo na fonte do transculturalismo e multiculturalismo e da necessidade de porosidade entre os povos e as fronteiras, essas peças leves e de encaixe vendem a sensação de que podem ser desmontadas e levadas, mas sem fragilidade, manifestadas em materiais resistentes como couro e madeira. O nomadismo tempera as composições que refletem e festejam a diversidade de escolhas e a liberdade de movimento, permitindo composições autorais a partir de arquétipos clássicos. “Queremos transmitir a sensação de permeabilidade, liberdade, movimento. As peças apresentam traços versáteis – são componíveis, trazem encaixes e misturam técnicas de diferentes origens culturais”, explica Anastassiadis.
Entusiasta das inúmeras nuances construtivas, dos princípios cartesianos de Arquimedes às esquinas de concreto armado de Niemeyer, Patricia Anastassiadis sabe que o design, por definição e excelência, nada mais é do que a arquitetura na escala do móvel. Nesta matiz da nova coleçõ, apostou na dualidade entre o vazio e o preenchido numa ode ao Minimalismo oriental. Em termos práticos, a forma vem percebida não pelo espaço que preenche, mas pelo vazio que a contorna – ou seja, está além da percepção física, jogando com a liberdade da mente e a calma do silêncio. Peças surgem em tonalidades claras e composições modulares. “O vazio é tão importante quanto o preenchido. Imprimimos essa sensação por meio de recortes pontuais e hiatos arquitetônicos que flertam com sombras, luzes e movimentos”, sentencia.
DESIGN JOÃO ARMENTANO
i nfo @1 0 0 0 m us e um .co m SÃO PAULO: HADDOCK LOBO - 3087 7000 | D&D SHOPPING - 5105 7777 | JARDIM ANÁLIA FRANCO - 2022 5600 | RIO DE JANEIRO - 3325 7667 | CURITIBA - 3111 2300 BALNEÁRIO CAMBORIÚ - 3264 9505 | CAMPINAS - 3397 3200 | BRASÍLIA - 2196 4250 | GOIÂNIA - 3101 9900 | JAÚ - 3416 6904 | SALVADOR - 3034 5555 | JOÃO PESSOA - 3031 4941 PORTO VELHO - 3225 1225 | MANAUS - 3211-0600 | CUIABÁ - 3027 6639 | ARTEFACTO B&C: SÃO PAULO: AVENIDA BRASIL - 3894 7000 | D&D SHOPPING - 5105 7760 ARTEFACTO OUTLET: SÃO PAULO: RUA HENRIQUE SCHAUMANN - 3897 7001 | CATARINA FASHION OUTLET - 4130 4700 USA: CORAL GABLES - 305.774.0004 | AVENTURA - 305.931.9484 | DORAL - 305.639.9969 | ARTEFACTO.COM
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om 20 indicações ao Oscar, Meryl Streep é conhecida pela capacidade de interpretar qualquer mulher – por isso, tornou-se um modelo para todas elas, incluindo a antenada Chris Hamoui. Para sua 12ª participação na Mostra Artefacto, Chris almejou, precisamente, criar um ambiente para uma implacável Miranda Priestly que manda e desmanda na fictícia revista Runaway em “O Diabo Veste Prada” – sabidamente inspirada na todo-poderosa da Vogue América, Anna Wintour. “Queríamos um espaço para uma mulher de personalidade marcante, independente e decidida. Não pude deixar de pensar neste filme”, justifica a profissional que também é louca por moda e sempre dá um jeito de trazer um twist fashion para suas ambientações. Foi extamente a sofisticação da personagem, um misto de elegância clássica e contemporânea, que puxou a toada do espaço de 145 metros quadrados composto por hall de entrada, living, lavabo, dormitório, closet e banheiro. Para alcançar a confluência entre a atemporalidade e o refinamento da composição, Chris normalmente deixa os detalhes mais clássicos para o mobiliário, enquanto na marcenaria e nos acabamentos gerais ressalta uma pegada mais atual. Com esse coté racée especialmente destacado nas áreas sociais, no dormitório e no closet, predominou o clima mais atemporal, com o importante adendo da necessidade de ser um espaço bem aconchegante. “No banheiro, quis borrifar um clima bem moderno, com iluminação indireta atrás de paredes soltas em mármore e uma penteadeira up-to-date”, conta a designer de interiores formada pela primeira turma da Belas Artes. Nessa mesma métrica vêm os móveis da Artefacto com os quais, para contrabalancear, Chris optou pelo uso de lustres mais clássicos. Diferentemente do que costuma aplicar em seus projetos, em que predominam cinza, preto e branco, aqui ela apostou numa cartela de cores inclinada para os tons terrosos nos pormenores e em um leque de mobiliário que se sustenta sobre peças como o sofá São Paulo; o buffet Laos; a mesa Shade; a escrivaninha Enzo; e as poltronas Poline e Wiggins. Miranda certamente aprovaria: “That’s all”.
O DiabO Veste PraDa Rodada em 2006, a comédia romântica “O Diabo Veste Prada” dirigida por David Frankel até hoje arrebata os corações dos fashionistas de plantão por conta de sua narrativa que envelopa os bastidores da moda, as festas badaladas e o constante clima de competição e intriga presentes no métier. O filme foi inspirado no livro homônimo escrito por Lauren Weisberger, e revela a relação da autora com Anna Wintour, a legendária diretora da Vogue América. Na trama, a protagonista Andrea Sachs (vivida por Anne Hathaway) é uma jovem que consegue o disputado emprego como assistente de Miranda Priestly (Meryl Streep) na Runaway Magazine – a mais importante publicação de moda do planeta. Ao trabalhar arduamente em tarefas cotidianas e nada glamourosas para atender aos desígnios da implacável executiva – desde buscar o café da manhã, cuidar das roupas sujas ou passear com o cão da big boss –, Andy não demora a compreender que nem tudo são paetês e lantejoulas nos bastidores da indústria da costura. Até a top model brasileira Gisele Bündchen aceitou fazer uma pontinha na película.
Hamoui Chris
.............................................. Chris Hamoui @chris_hamoui christinahamoui.com.br Chris Hamoui registrada junto da cadeira Mila
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........................................................................................................................... A | Na dupla de abertura, mesa de centro Shade, sofá São Paulo II, banco Pure, poltronas Poline, abajures Nassau e criados Dean B | Escrivaninha Enzo e puff Dorset C | Cena da banheira no espaço de Chris Hamoui D | Cadeiras Giorgio e coluna de jantar Moon II E | Mesa de centro Shade, sofá São Paulo II, banco Pure e poltronas Poline F | Buffet Laos G | Banco Pure, poltronas Poline e mesa de centro Shade
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H | Cadeira Mila I | Abajur Nassau e criado Ray J | Poltrona Wiggins e mesa lateral Halston
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A | Escrivaninha Chrome B | Buffet Laos C | Banco Nomade D | Poltrona Poline
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G | Puff Dorset H | Aparador Laos I | Criado Ray
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uando criança, essa moça chique, delicada e de bom gosto insuspeito, que alcançou o Olimpo em seu ofício, poderia passar horas movimentando suas bonecas por casinhas que ela própria montava ou então divagar com a ponta do lápis no papel a desenhar motivos de cores e texturas afins. Inclinada para o viés artístico, Débora Aguiar direcionou sua criatividade para a arquitetura e logo cedo começou sua carreira profissional. Com a experiência de 14 anos de participação em Mostras Artefacto, valoriza a liberdade de criação dentro do que considera uma variada gama de produtos de qualidade da marca. Para fazer bonito mais uma vez, este ano buscou uma inspiração que aproximasse moda e arte, “uma vez que o design de interiores está totalmente vinculado às tendências da moda e suas inovações tecnológicas”. O filme “Coco Antes de Chanel”, para ela, retrata um ícone eternizado que é símbolo máximo de sofisticação. Assim, elegância e atemporalidade foram reproduzidas no ambiente chique-contemporâneo de 156 metros quadrados – composto por living, quarto de casal, terraço para leitura e sala de jantar – por meio de tons de pérola, bege, nude e preto buscados na alta-costura da criadora-máxima. A arte da estilista francesa também emprestou detalhes em pespontos, costuras, desfiados e franjas encontrados em superfícies como veludos, sedas, couros e camurças, além de em minúcias em madeira clara e metais dourados. Ao mesmo tempo, diz a arquiteta, trata-se de um espaço para uma Chanel moderna e estilizada, simplificada de adereços exagerados. Além do impacto da chegada ao ambiente, que abraça peças como a chaise long Plein; o sofá Maddox; as mesas de centro Yego, Poiret, Halston e Trevi; e os curvilíneos e charmosos sofá Illi e poltrona Wiggins, todos responsáveis por contrastar tons claros e escuros, a luz é um grande destaque no projeto, que ainda apresenta luminárias, abajures e pendentes de desenho próprio.
CoCo Antes de ChAnel A estilista ícone de elegância da moda feminina por suas ideias arejadas que revolucionaram o início do século 20 está retratada no longa “Coco Antes de Chanel”, sob direção da francesa Anne Fontaine. Ainda criança, Gabrielle (Audrey Tautou) é deixada junto à irmã em um orfanato. Ao crescer, divide seu tempo como cantora de cabaré e costureira de uma pequena alfaiataria da cidade. A trama revela as variadas fases da vida da protagonista, bem como a mudança de paradigma na moda por costumeiramente se vestir com trajes masculinos, abolindo espartilhos e corseletes entre outros adereços comuns para a época. Sim, devemos a ela referências que, ainda hoje, são extremamente contemporâneas e estão na ordem do dia como o preto básico, o navy, os tailleurs, as bijouterias e a famosa dobradinha do P&B.
Aguiar Débora
............................................. Débora Aguiar @deboraaguiararquiteta deboraaguiar.com.br Débora Aguiar em retrato junto ao set de puffs Nick
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......................................................................................................................... A | Módulos e puff Maddox, poltronas Wiggins, mesa de centro Poiret e mesa componível Trevi B | Mesas de centro Poiret, Yego e Halston, poltrona e puff Jeff, sofá e puff Illi, aparador Hayden, mesa lateral Halston e puff Nick C | Criado Joker II e cabeceira Piet D | Mesa componível Trevi
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E | Mesa componível Trevi, poltrona e puff Jeff e divã Jensen F | Mesas laterais Halston G | Cavalete Tower, cadeira Bonheur e criado Berge
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F | Mesa de jantar Halston G | Banco Paris H | Cadeira Silhouette I | Poltrona Jeff J | Cavalete Tower
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epois de mais de uma dezena de vezes em que estrelou em Mostras Artefacto, a edição de 2018 tem um x-factor para Denise Barretto: foi no espaço da Haddock Lobo em que debutou com o então sócio e hoje em memória Carlos Bratke que, em 1995, propôs o primeiro loft em mostras no Brasil. Presente àquela época com um enorme painel pintado à mão, Jaime Prades volta a trabalhar com a profissional a partir de uma intervenção artística na parede curva do living em veludo branco, superfície que alude ao estar contido de um navio em que desenhou a carvão o mar, o fluir de emoções e de energias, e até mesmo as ondas sonoras, ingredientes predominantes no filme de Federico Fellini “E La Nave Va”. A opção pelo longa é uma ode a uma das histórias que mais comoveu essa mulher chique e decidida. “O Surrealismo contraposto à doçura e à sutileza é a essência desta obra que fala do ser humano”, diz. A livre interpretação que guiou a arquiteta aparece nas formas e nos detalhes: nas paredes em azul profundo em alusão ao pano de fundo oceânico e no tecido de parede assinado por Ricardo Bello Dias para a coleção Mata Atlântica da Artefacto, em que macacos cumprem esse papel mais surrealista. Dialoga com a geometria linear das paredes uma divisória branca de desenho perfurado que dá a privacidade adequada ao quarto, onde está a cama Nouveau com cabeceira em seda. Sem contar os elementos de madeira e o painel vivo do jantar, recheado com cadeiras Vicc, de Jader Almeida, além da linguagem em um P&B bastante gráfico nos revestimentos, nas obras de arte, e em um sublime mosaico de pastilhas igualmente em preto e branco no piso que conecta todos os espaços do loft de 120 metros quadrados. Mas a referência mais simbólica talvez seja o rinoceronte de bronze situado ao lado do espaçoso sofá Argand, enquanto o destaque, para Denise, além do trabalho de Prades, fica por conta das luminárias pendentes com cúpulas de vidro, “que trazem a linguagem dos navios antigos ao projeto”. E La NavE va O mestre do cinema Federico Fellini transforma o navio do título em um microcosmos da Europa pouco antes da Primeira Guerra Mundial. Na película que se passa em 1914 um grupo de artistas chora a morte de uma de suas grandes cantoras da ópera: Edmea Tetua (Janet Suzman). O último desejo da diva era ter suas cinzas jogadas em alto mar. Intelectuais, artistas e até um rinoceronte estão na embarcação de luxo fretada pela trupe para dar o último adeus à estrela. Também a bordo está o jornalista italiano Orlando (Freddie Jones) para escrever uma matéria sobre a falecida – ele funciona como uma espécie de narrador e confidente da história. Durante a viagem eles ainda acolhem refugiados sérvios e os problemas começam quando a nau é interceptada por outra do Império Austro-Húngaro.
Barretto Denise
............................................. Denise Barretto @barrettodenise denisebarretto.com.br Denise Barretto registrada sobre o chaise long Phili
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........................................................................................................ A | Na dupla de abertura, sofá Argand, puffs Renzo e Nick, chaises long Phili, mesas componíveis Brass e mesa de centro Poiret B | Biombo Philipe, estante Tournai, mesas componíveis Trevi, poltrona Coquille, mesa de jantar Lake e cadeira Poline C | Cadeira Filipa e escrivaninha Enzo D | Tecido Mico Leão Grilha por Ricardo Bello Dias E | Sofá Oscar
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F | Cama Nouveau II e puff Phili G | Mesas de centro Poiret e Pandia H | Cadeiras Vicc e colunas de jantar Enzo
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A | Mesas componĂveis Trevi B | Escrivaninha Enzo C | Poltrona Coquile D | Cadeira Filipa E | Cama Nouveau King II
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oi a partir de seus já conhecidos e aprovadíssimos “beginhos” (como chama carinhosamente a paleta em que mais aposta) que Erika Queiroz pautou a montagem de seu ambiente inaugural na Mostra Artefacto. Para ilustrar suas percepções sobre o filme “Um Bom Ano”, procurou, por meio de cores neutras, marcenaria elaborada e tipos de iluminação direta e decorativa refletir a suavidade, o aconchego e os valores que considera essenciais – sendo um deles o amor da família. Apaixonada por cores, formas e natureza desde que se conhece por gente, a vontade de Erika de exercer a arquitetura foi só aumentando conforme o passar do tempo. Para ela, apesar de ser uma adepta das tonalidades um pouco mais discretas e de sempre apostar no sucesso de uma boa marcenaria, cada projeto pede por soluções exclusivas. Composto por suíte, sala de jantar, living e sala de estar da adega, Erika acredita que cada cantinho tenha seus destaques nos 113 metros quadrados que lhe foram cabidos, “pois cada um deles é pensado com muito amor”. Em cada um desses ângulos e arestas, a arquiteta formada pela Universidade de Uberaba pinçou a dedo peças como as mesas laterais Huis, Trevi e Bee II; as poltronas Poline, Greek e Ricci giratória; além da mesa formada pela coluna de jantar Crown com tampo de cristal amparada pelo buffet Greta. Mobiliário para muitos anos – bons, é claro. Um Bom Ano Dirigido por Ridley Scott, um dos nomes mais festejados de Hollywood, que carrega na filmografia obras emblemáticas como “Blade Runner”, “Alien”, “Thelma & Louise”, “Hannibal” e “Gladiador”, só para citar alguns, o longa faz referência à safra de vinhos de qualidade que serve como pano de fundo para contar a história de um bem sucedido operador da bolsa de valores, ganancioso, sem tempo para desfrutar dos prazeres da vida ou manter contato com o único parente vivo. Quando criança, Max Skinner foi cuidadosamente educado na arte de degustar a bebida de Baco por seu tio Henry, o bon vivant e proprietário de um vinhedo na França. Quando este morre, a vida do protagonista interpretado pelo ator Russell Crowel dá uma reviravolta quando descobre que, por ser herdeiro único, poderá fazer negócio vultoso com as terras deixadas pelo parente. Porém, na rápida viagem para reconhecimento e assinatura da papelada, percebe que não será tão simples desapegar e lucrar com a venda da propriedade que lhe remete às recordações da infância e o faz redescobrir os verdadeiros valores da vida.
Queiroz Erika
............................................. Erika Queiroz @erikaqueirozarquitetos erikaqueiroz.com.br Erika Queiroz se joga sobre a poltrona Poline
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.................................................................................................... A | Na dupla de abertura, poltrona Poline, módulo e puff Lian II, mesa de centro Eduardo e abajur Giselle B | Criados Emmy, cabeceira Mira, puff Megan e abajures Giselle C | Puffs Dorset, cavalete Tower e luminárias Slender
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D | Poltronas Ricci giratórias e mesa componível Trevi E | Tampo de couro com acabamento Croco Greige F | Coluna de jantar Crown, cadeiras Poline, molduras Cuba e abajures Jodie
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A | Mesa de centro Eduardo B | Mรณdulo Lian II C | Poltrona Greek D | Coluna de jantar Crown
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E | Poltrona Ricci F | Criado Emmy G | Aparador Greta H | Mesa lateral Catalan I | Cadeira Poline J | Luminรกria Slender
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le é praticamente prata da casa: já somam vinte os anos em que Fabio Morozini participa de Mostras Artefacto, sendo metade ininterrupta deles só na Haddock Lobo. Nesta edição, a dramaticidade cool de “Animais Noturnos”, dirigido pelo cineasta-fashionista Tom Ford, foi o enredo da vez. “Tenho algo com a estética pura, com a visão na palavra literal, o esmero nas escolhas, a dualidade, o instigador, o mistério”, justifica sobre o que o conquistou na produção, de onde tirou o figurino e o cenário como orientações materiais. Num estilo que classifica como “neutro com bossa”, um combinado de vivências pessoais com troca de ideias, o moço plasma estilos como poucos: caminha pelo clássico europeu e insere a bossa brasileira em tapetes de autoria própria e arranjos de flores feitos por uma flower designer e tanto, sua própria mãe: Maria Emília Morozini (uma das referências no segmento), além de sempre optar por paredes revestidas em madeiras ou tecido e por mármores nos pisos. Na Mostra, “temos o brutalismo, o mobiliário de design, o contraste de cores, a grandeza da fotografia, a sutileza, a luz. Tudo isto fez meu projeto ser mais interessante para este ano”, comenta. Em 122 metros quadrados de espaço distribuídos entre grande living com lareira, suíte e sala de jantar (que também é uma área gourmet), apresentam-se materiais como a madeira brilhante em conjunto com a pintura laqueada das paredes, espelhos, ripamento de madeiras, pisos cimentícios com tapetes especialmente desenhados, iluminação destacada, além de mármores nas estantes e latão envelhecido em detalhes. Os highlights ficam justamente com a escolha apurada de materiais e as obras de arte pinçadas a dedo, o que, segundo Morozini, desperta “a sensação de estarmos em uma outra São Paulo, mais sofisticada e cosmopolita”. Dentre a seleção de mobiliário, figuram as linhas retas do sofá More; a sinuosidade da poltrona Sin, das cadeiras Mila e do puff Dorset; além do charme da poltrona Belgravia – clássicos Artefacto.
AnimAis noturnos Lançado no final de 2016, o longa assinado pelo estilista Tom Ford explora a intersecção de três histórias. Baseado no romance contemporâneo “Tony and Susan”, de Austin Wright, o filme relata um momento específico da vida de Susan (Amy Adams), galerista de arte rica e infeliz no casamento com Walker (Armie Hammer). Um belo dia ela recebe a primeira prova de um livro, escrito pelo ex-marido Edward (Jake Gyllenhaal), intitulado “Nocturnal Animals”. O volume narra a trajetória de um homem comum interceptado por uma gangue durante uma viagem de férias com a família. O imprevisto fez com que eles mudassem completamente o roteiro do passeio. Enquanto a protagonista lê os manuscritos, repassa sua vida em retrospecto, em verdades dolorosas sobre si, e relembra os traumas sofridos no relacionamento com o ex-parceiro. Sem contar que também questiona o motivo por receber aquele material. Vale prestar atenção ao olhar da moda para os ambientes visualmente deslumbrantes e sombrios mergulhados no perfume noir composto, impecavelmente, pelo diretor Ford.
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............................................. Fabio Morozini @fabiomorozini fabiomorozini.com.br Fabio Morozini clicado com a poltrona Sin
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..................................................................................................... A | Na dupla de abertura, sofá More III, poltrona Sin, mesas de centro Oro II, mesas laterais Vidre e arandela Slender B | Cabeceira Tribeca, banco Hayden e criados Berge C | Puffs Dorset D | Cadeiras Jackie e coluna de jantar Poiret E | Arandela Slender e banco Nômade
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F | Escrivaninha Chrome e cadeira Mila G | Cômoda Greta H | Poltrona Belgravia, criado Ray, moldura Boyer e banco Hayden
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m ambiente “elegante e leve, assim como Sabrina”, foi como fundamentou o masterpiece João Armentano sobre a escolha pelo clássico de 1954 protagonizado por Audrey Hepburn para mais uma participação na Mostra Artefacto (ele já perdeu a conta de em quantas edições já esteve presente!). “Escolhi este filme pois gostaria de retratar o equilíbrio entre a força da mulher e a sua delicadeza”, comenta. A proposta casou bastante com o modus operandi do arquiteto, adepto de elementos que tragam conforto, sofisticação e respeito às características do cliente em programas bem iluminados e com boa circulação de ar. A arquitetura chegou até João já faz tempo: fascinado por prédios, obras, estruturas e fachadas desde quando ainda mal havia aprendido a falar, quem o conheceu enquanto menino já apostava em por qual rumo seguiria sua carreira durante pelo menos 30 anos (e contando). “Acho que desde quando comecei a ter consciência do mundo sabia que queria trabalhar com arquitetura”, diz. “À medida em que ia me tornando adulto, esta paixão só aumentava e nunca tive a menor dúvida sobre o que queria fazer profissionalmente.” Para cumprir a proposta de temática cinematográfica deste ano, pensou primeiramente em “acalmar a alma e confortar o usuário”. No espaço de 154 metros quadrados em que se distribuem grand estar, sala de jantar, home theater, escritório e suíte master destacam-se, para o profissional, a escolha dos revestimentos e acabamentos presentes em modelos como as poltronas Liberty, Library e Greek; no criado Bergé; na cadeira Padded; no sofá Illi; no puff Glam II; e na mesa de jantar Halston. Tudo muito chique, como cada página da cartilha deste sujeito cool que é dono de uma das pranchetas mais criativas e respeitadas de sua área.
............................................. João Armentano @joaoarmentano joaoarmentano.com João Armentano fotografado sobre sofá Illi
Sabrina Uma das obras românticas mais cativantes da era de ouro do cinema norte-americano, “Sabrina” é um filme dirigido por Billy Wilder que retrata a história da filha de um chofer de família abastada de Nova York. Apaixonada pelo herdeiro mais novo dos patrões, um rapaz inconsequente e mulherengo, a personagem principal, após uma temporada em Paris para refrear esse amor da juventude, retorna como uma mulher linda, atraente e segura de si, mas ainda encantada pelo mesmo playboy imaturo de quando da partida dela. O problema é que o garoto rico e mimado não pode viver aquele amor por estar prometido a uma noiva igualmente milionária – uma relação importante para os interesses financeiros de sua família. O irmão empresário tenta intervir nessa relação proibida, mas também se apaixona pela protagonista. No auge da beleza, sem dúvidas, o ponto alto do filme é a interpretação de Audrey Hepburn, que seria imortalizada como ícone fashion sempre vestida impecavelmente por Hubert de Givenchy.
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.......................................................................................................................... A | Na dupla de abertura, sofá e puff Illi, puff Glam II, poltronas Greek, poltronas Library, sofás Phili e mesa lateral Halston B | Poltronas Library, sofás Phili, mesa de centro Asher e mesas laterais Halston C | Sofá Milano D | Mesa de jantar Halston e coluna de jantar Bloom II E | Cabeceira Maschio e criado Berge F | Mesa de centro Petal, mesas laterais Halston e sofá Phili
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G | Sofá e puff Illi, puff Glam II, estante Tournai e poltronas Library H | Coluna de jantar Moon e cadeira Padded I | Mesa de jantar Halston e cadeiras Vicc
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A | Poltrona Juliette II B | Criado Berge C | Estante Tornai D | Sofรก Milano
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empre curioso e muito observador, não demorou para que Léo Maia fizesse arte: ainda criança a forte conexão com o lápis e o papel o levou a desenvolver trabalhos profissionais de ilustração, e logo se deu conta de que era mesmo pela Arquitetura que deveria seguir. Foi também pela atração pelo fantástico que o profissional elegeu o filme-motriz de seu espaço nesta que é sua segunda participação em Mostras Artefacto (a primeira foi na edição de João Pessoa, ano passado). “James Bond é um personagem icônico que mexe com o imaginário de qualquer pessoa. A questão da sedução, da sagacidade e da elegância do personagem marca de forma definitiva a série de filmes”, comenta. A partir de uma versão vintage do Bond de Sean Connery em “Goldfinger”, Maia resgatou as nuances do grafite, dos tons metalizados e do dourado em modelos como o sofá Colman em veludo; o banco Renzo; a super-arrojada mesa de chá Giarre; o criado Gio; a cômoda Drake; e as componíveis mesas Boyer. No centro do loft de 80 metros quadrados foi implantado o living, complementado pelo dormitório. A opção por abandonar a ideia da sala de jantar e substituí-la por um espaço de “welcome drink” com bar e estar fez com que pudesse “perfeitamente servir de cenário para o personagem seduzir uma de suas Bond Girls”, acredita. Com o conceito de que poderia ser este um dos hotéis em que o o Agente 007 se hospeda em suas missões ao redor do mundo, foi desenhado um hall de chegada com elementos dourados sinalizando a entrada ao ambiente. Os demais espaços do loft, em uma ideia de trazer arquitetura para o projeto, foram envolvidos em uma “caixa” de aço grafite que, ao mesmo tempo em que abraça os ambientes, sugere integração e sensação espacial de conexão dos itens propostos em projeto. A referência à tecnologia, enquanto isso, ficou por conta do uso de materiais como aço, vidro e espelho. James Bond 007 Criado em 1953 pelo escritor Ian Fleming, o agente do serviço secreto britânico James Bond está no cinema desde 1962 interpretado por seis atores diferentes em 23 longas oficiais, sendo eles Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig. A franquia mais longeva e bem-sucedida da sétima arte foi responsável por consolidar o gênero de ação tal qual conhecemos hoje, com seus enredos entremeados por reviravoltas, carros possantes e estilosos, gadgets impressionantes e falta de linearidade como jamais vista em outros filmes de tipos semelhantes. Um tópico que merece registro são as Bond Girls, as namoradas do protagonista representadas por 27 atrizes – que muitas vezes roubaram a cena na trama. Sem falar nas trilhas capitaneadas por divas de diferentes épocas e estilos, como Tina Turner, Gladys Knight, Shirley Bassey e Adele.
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............................................. Léo Maia @leonardomaiaarquitetos leonardomaiaarquitetos.com Léo Maia relaxa sobre poltrona giratória Lounger
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..................................................................................................... A | Na dupla de abertura, mesas componíveis Boyer, poltronas Desert, módulos e puff Renzo e mesa de chá Giarre B | Aparador Zim II e cadeira Mies C | Cama Brasília D | Criado Gio
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E | Bancos Nômade F | Moldura Kahn e cômoda Drake G | Sofá Colman, poltrona Lounger giratória, luminária Slender e mesa lateral Praksis
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A | Mesa de chĂĄ Giarre B | Cadeira Mies C | Aparador Zim D | CĂ´moda Drake E | Cadeira Padded
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s entrelinhas de “Invasão de Privacidade” não poderiam ser uma combinação mais-do-que-perfeita para a ideia de Marta de Sá em sua terceira participação na Mostra Artefacto. A arquiteta formada pelo Mackenzie fez todo um projeto para sala de banho que brincou justamente com o fato de o banheiro ser o ambiente que mais requer privacidade dentro de uma casa. Marta extraiu da película referências de uma morada contemporânea e minimalista e, com isso, elaborou uma área seca de aproximadamente 8 metros quadrados com piso de madeira com uma banheira de um lado, e uma bancada do outro. Ao fundo, dividido por dois panos de vidro, está o box e a área da bacia. A profissional aposta no destaque do tapete ao centro, exposto em Milão em 2017, que traz uma sensação de dentro e fora que ela queria. “Entendo que as pessoas se tranquem nos banheiros para ter um pouco de liberdade”, associa. “Daí uma foto backlight linda, ao fundo, da fotógrafa Betina Samaia, que amo, chamando para o infinito.” Uma espécie de janela para o mundo. Poucas e fundamentais, as peças utilizadas – cadeira Giorgio com tecido de Arthur Casas para o projeto Mata Atlântica, cabeceira Piet e mesas Brass – vão ao encontro de costumes da profissional de trabalhar com uma base neutra no ambiente e pontuar apenas alguns objetos e peças de mobiliário como destaque. “Acredito em uma residência uniforme, sem grandes contrastes, onde as variações se deem nos elementos flutuantes. Suaviza o viver”, comenta.
Invasão de PrIvacIdade O longa de 2016 dirigido por John Moore mescla os gêneros suspense e drama. Na trama, Pierce Brosnan interpreta Mike Ryan, um empresário de sucesso do ramo da aviação que tem o intuito de abrir o capital de sua empresa para deixá-la mais tecnológica e competitiva. Os problemas, no entanto, começam logo na apresentação de um vídeo para os funcionários da companhia. Um estagiário de T.I. salva a pele do todo-poderoso ao consertar o bug da exibição, feito que garante ao funcionário efetivação imediata com direito a aumento de salário. Depois de algumas visitas à casa do patrão para consertos em seu computador, o jovem consultor de informática se encanta pela filha do proprietário que, por sua vez, não aprova a situação. Para se vingar, o rapaz decide utilizar os seus conhecimentos técnicos para sabotar tanto os negócios, quanto a própria vida do magnata.
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de Sá
............................................. Marta de Sá @martasaoliveira martasaoliveira.com.br Marta de Sá registrada com a cadeira Giorgio
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..................................................................................................... A | Na dupla de abertura, cadeira Giorgio, mesas componíveis Brass e cabeceira Piet Palha B | Cadeira Giorgio
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C | Mesas componíveis Brass D | Detalhes que complementam a ambientação da sala de banho de Marta de Sá E | Cabeceira Piet Palha e mesas componíveis Brass
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A | Poltrona Brasilia B | Chaise Long Phili C | Poltrona Pipo D | Cadeira Giorgio
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ão se engane pela carinha de menino, porque Maurício Karam, embora realmente jovem, já acumula muitas horas de voo no Planeta Decor – incluindo mostras importantes. Se aos 15 anos ele já tinha ideia de que seria arquiteto, aos 20 a confirmação veio com a visita à casa de Frank Lloyd Wright em Taliesin, nos Estados Unidos. Com o apoio da mãe que sempre incentivou aulas de desenho, Karam pode desenvolver a arte que considera fluir em seu sangue. Formado pela Faculdade de Belas Artes, acredita que todo estilo arquitetônico tenha sua própria beleza, mas os castelos Clássicos, o Renascentismo e o estilo Barroco sempre fizeram a sua cabeça: “Gosto muito da presença de alguns elementos de época. Além de deixar os projetos ricos e luxuosos, remetem a tempos do passado, deixando nossos cenários mais lúdicos”, comenta. Foi “O Grande Gatsby”, “por conta da produção rica nos palcos bem característicos dessa época, assim como as roupas, a música e as cores”, que o trouxe à imersão no Art Déco. “A cena mais importante do filme se passa em um grande salão da casa do personagem principal. Ao adentrar essa sala, o outro ator visualiza aquela riqueza em detalhes – a beleza estética de um living colorido com cortinas esvoaçantes – e a atriz por quem se apaixona. O take é, para mim, icônico e a locação, inesquecível.” Assim, se inspirou para produzir o espaço de 50 metros quadrados como uma grande sala oval com uma lareira alta e uma mesa para refeições, adornado por móveis brancos e em tons de rosa e complementado por paredes com brises ondulados também cândidos, criação do escritório. O sofá Memory e as poltronas Giorgio e Sin se destacam junto a espelhos e elementos metálicos em um sutil degradê de integração com o jardim externo, trabalho do paisagista Ricardo Pessuto. O Grande Gatsby Inspirado no livro clássico “O Grande Gatsby”, escrito pelo célebre F. Scott Fitzgerald, uma das obras mais conhecidas da literatura norte-americana, a quarta versão do filme ganhou direção de Baz Luhrmann, o mesmo de “Romeu + Julieta” e “Moulin Rouge”. A película é centrada em um misterioso e excêntrico milionário americano dos anos 1920, Jay Gatsby, interpretado pelo ator Leonardo di Caprio. Nick Carraway (Tobey Maguire) era fascinado por este vizinho reconhecido pela elite nova-iorquina por oferecer festas nababescas em sua mansão. Após ser convidado pelo boa praça para um rega-bofe incrível, o relacionamento de ambos se transforma em forte amizade. O filme, curiosamente rodado em Sydney, na Austrália, é reverenciado pelo passeio visual intenso e luxuoso em que não faltam fogos de artifício, serpentinas, balões e flores.
Karam MaurÍcio
..................................................... Maurício Karam @mauriciokaramarquitetura mauriciokaram.com.br Maurício Karam clicado na poltrona Giorgio
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.................................................................................................... A | Na dupla de abertura, mesas laterais Star II, aparador Laos e abajur Nassau B | Poltronas Giorgio, sofá Memory, mesas componíveis Brass, molduras Cuba e abajures Robby
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lássico atemporal do cinema, “La Dolce Vita”, do aclamado e contundente Federico Fellini, foi a escolha de Patricia Penna para mais uma de suas participações na Mostra Artefacto. “A obra tem um roteiro marcante, que aborda um tema superatual, ainda que anos mais tarde”, comenta a designer de interiores e arquiteta. “Além disso, trata-se de uma película da década de 1960, período que trouxe consigo uma estética nova, que me agrada muito e que influencia demais o design e o decor – um declarado revival!”. Para alcançar a satisfação dos clientes, objetivo principal de seus trabalhos, Patricia em geral busca soluções estéticas que pouco datem os projetos, procurando colocar cores e elementos marcantes nos acessórios, na decoração e na produção final. Como aqui o filme homenageado se trata de uma fita em P&B, a dobradinha se converte nas bases tonais do loft de aproximadamente 120 metros quadrados composto por quarto, jantar, bar e camarim – o que é possível ver por meio de peças como a mesa de jantar Bloom II; os sofás Jean e Antique; e as poltronas Russel e Liberty. “Além disso, as texturas são um outro ponto de destaque na proposta, seja na forração das paredes ou no mobiliário”, comenta a profissional. Com alguns elementos de luz vindos dos metais, ela optou por encerrar o projeto em um vibrante tom de laranja em contraponto à sobriedade geral do ambiente e, segundo conta, “em alusão à criativa, peculiar e, por vezes, quase absurda concepção do diretor na construção de suas personagens e realidades”. La DoLce Vita A obra-prima do mestre do cinema italiano Federico Fellini produzida nos anos 1960 faz crítica severa à sociedade ocidental, que começava a dar sinais de estagnação e falta de aprofundamento ético ao superestimar o consumo e o culto às celebridades. Marcello Rubbini, o jornalista interpretado pelo ator Marcello Mastroianni, escreve para um jornal tablóide sensacionalista mas anseia ser um escritor respeitado. A trajetória do protagonista – que circula pelos ambientes frequentados pelas altas rodas – é costurada por episódios marcantes que refletem a chocante decadência de Roma e ajudam a compor o painel da época. Uma das cenas mais famosas da história do cinema é de Anita Ekberg, na pele da atriz estrangeira Sylvia, trajada de vestido decotado na Fontana de Trevi contracenando com o repórter Rubbini. Sem contar que o termo “paparazzo”, apelido de um dos personagens da narrativa, virou sinônimo para fotógrafo sensacionalista, bem como o próprio título “La Dolce Vita” se consolidou como expressão relacionada à um lifestyle veloz, charmoso, mas pautado na superficialidade.
Penna patricia
.................................................. Patricia Penna @patricia_penna_arquitetura patriciapenna.arq.br Patricia Penna posa junto à cadeira Byron
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.................................................................................................... A | Na dupla de abertura, cadeiras Jey III com braรงos e Byron, mesa de jantar Bloom III, moldura Elie e buffet Miroir B | Cabeceira Mira II, banco Paris, poltrona Russel, puff Dorset, criados Berge e mesa lateral Huis C | Cadeira Jey III, moldura Elie e puff Glam II
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Jardim sem suspense Em complemento ao espaço de Maurício Karam, o paisagista Ricardo Pessuto planta um jardim no topo do showroom da Haddock Lobo que articula as espécies vegetais com a estética arquitetônica do ambiente
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................................................................................ Ricardo Pessuto @pessutopaisagismo pessutopaisagismo.com.br O paisagista Ricardo Pessuto posa sobre puff Illi. Na foto menor, sofá e puff Illi.Na página ao lado, no alto, poltronas e puffs Fold; abaixo, coluna de jantar Moon e banco Tappo II
primeira geração do Sítio do Picapau Amarelo dominava a programação matinal da tevê do sítio localizado entre Santa Isabel e Itaquaquecetuba, no interior de São Paulo, onde cresceu Ricardo Pessuto. Além das referências rurais extraídas da série adaptada da obra homônima de Monteiro Lobato, a vivência com o pai e o avô já o estimulou desde cedo a colecionar plantas e flores das mais variadas e a fazer de outro pedaço de terra da família, em Araçatuba, onde passava as férias escolares, um esboço para seus primeiros jardins. Hoje, em uma propriedade localizada ainda no Noroeste paulista, Pessuto, que mais tarde se tornaria um engenheiro agrônomo e zootecnista graduado com especialização formal em paisagismo, cultiva diversas espécies utilizadas em suas obras – além da criação de gado, aves e suínos e da produção de café, deu início ao plantio de palmeiras e outras variedades nativas, “valorizando, assim, nossa flora, que está demasiadamente esquecida e que é exuberante”. Os projetos que assina são altamente embebidos na fonte de Roberto Burle Marx, de quem o objetivo de trazer a natureza junto ao homem serve como grande mote. “Os jardins que crio têm muito de cenários, de espaços contemplativos, interativos, do uso, dos sabores, das formas, das cores. Tudo isso
se filtra, tudo evolui por meio da arquitetura espacial apresentada”, diz sobre um método de trabalho em prol da mutação constante e permanente da paisagem. Para complementar o espaço de Maurício Karam na edição 2018 da Mostra Artefacto Haddock Lobo, traçou um desenho que combina as espécies vegetais com a estética arquitetônica do terceiro e último andar do edifício. “Maurício me solicitou a utilização de plantas que pudessem cobrir em altura os vizinhos e que também proporcionassem um fechamento visual entre os espaços, já que sua intenção era criar pequenas áreas de convívio isoladas”, explica. Por isto, não pensou duas vezes em usar bambus, que se comportam bem diante da necessidade de serem plantados em vasos, algo que pede uma mostra, de duração limitada, além das espécies frutíferas que carregam tanta memória afetiva consigo. “Utilizamos os fórmios em jardineiras de concreto bruto para isolar o telhado existente do local. Assim, criamos um corredor verde que proporcionou o aconchego solicitado por Maurício.” Outro recurso acionado foi o reaproveitamento das jabuticabeiras já existentes em pontos estratégicos para a melhor circulação e a proteção dos visitantes. “As jabuticabeiras, ainda, compõem muito bem com os bambus, grumichamas e barbas de serpente utilizadas para forração”, finaliza.
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