Jornal Artemrede - Nº 12

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jornal artemrede

|| 12 || semestral ¬– distribuição gratuita

2º Manobras Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas

Félix Dupin-Meynard ��� Visionários ��� A Manual on Work and Happiness Conferência Final

© JOSÉ PINHEIRO / HTTPS://WWW.INSTAGRAM.COM/O_PINHEIROJOSE/

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EDIT—� — ORIAL �

No conto O Capuchino Vermelho, cujo imaginário inspira um dos espetáculos que apresentamos no 2º Manobras – Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas, há uma personagem de olhos, orelhas e boca grandes, que fascina e assusta em doses iguais. Essa dualidade – atração versus medo - que o lobo encarna é semelhante à dualidade que as artes tendem a causar numa parte significativa da população. Há curiosidade mas, ao mesmo tempo, perdura um distanciamento, fruto do medo de nos lançarmos no bosque e de acabarmos, no mínimo, perdidos na clareira das nossas referências e (pre)conceitos. Foi conscientes desse distanciamento que nos últimos anos direcionamos alguns dos nossos projetos para o desenvolvimento de públicos. Em 2017, criámos grupos de espectadores em vários dos nossos municípios associados. Durante meses, coordenados por um programador local, esses grupos assistiram a espetáculos, debateram os seus conteúdos e, em conjunto, programaram uma parte do Manobras. Chamam-se Visionários, mas poderiam ser uma versão alternativa do lobo: com olhos grandes para ver mais longe, com orelhas grandes para ouvir melhor, com uma boca grande para discutir propostas. Com esta iniciativa, esperamos, contribuímos para que pessoas sem ligação às artes se aventurassem pelos caminhos enigmáticos da programação cultural, (se) questionassem e crescessem como espectadores e cidadãos. Acreditamos, também, que a experiência foi construtiva para os teatros, ajudando-os a aproximarem-se e a criarem ligações mais fortes com as suas comunidades. Graças aos Visionários, esta edição do Manobras é mais participativa e, consequentemente, mais democrática. O 2º Manobras passa por 11 municípios (Abrantes, Alcanena, Alcobaça, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Pombal, Santarém, Sobral de Monte Agraço e Tomar) de 14 de setembro a 31 de outubro.

A ARTEMREDE é um projeto de cooperação cultural com 13 anos de atividade ininterrupta, atualmente constituído por 15 municípios, agregando e fazendo interagir cidades com diferentes escalas. Trabalha a especificidade dos territórios através do apoio à criação artística, à programação cultural em rede, à qualificação e formação e às estratégias de mediação cultural. Integram atualmente os municípios de Abrantes, Alcanena, Alcobaça, Almada, Barreiro, Lisboa, Moita, Montijo, Oeiras, Palmela, Pombal, Santarém, Sesimbra, Sobral de Monte Agraço e Tomar. Associados

O projeto Outros Centros e o 2º Manobras – Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas são financiados pelo Programa Operacional Centro 2020 Parceria institucional:

Parceria hoteleira:

Enquanto organizávamos o festival, recebemos a notícia de que seremos parceiros de dois novos projetos europeus, selecionados para financiamento pelo programa Europa Criativa. Um deles chama-se Be SpectACTive! e vai levar a experiência dos Visionários a uma escala internacional, ao mesmo tempo que promoverá a criação de novos espetáculos de teatro e de dança de criadores emergentes, numa lógica de partilha e de interação com o público. O outro, RESHAPE, propõe a criação de protótipos de modelos colaborativos que possam vir a ser testados e usados por artistas e organizações culturais. Be SpectACTive! e RESHAPE ganham forma enquanto A Manual on Work and Happiness está prestes a terminar. O primeiro projeto europeu liderado pela Artemrede terá a sua última atividade nos dias 15 e 16 de outubro: uma conferência internacional durante o festival Os Dias de Marvila, em Lisboa. Esta conferência contará, entre outras, com a presença do sociólogo francês Félix Dupin-Meynard, com quem falámos sobre os desafios e as contradições dos processos artísticos participativos. A conferência final será ainda a ocasião para lançar as bases da plataforma Southern Coalition, que, tendo nascido no âmbito do Manual, ganhará, em 2019, maior autonomia, profundidade e abrangência. Boa leitura! Marta Martins

Ficha Técnica Proprietário �˙� Artemrede Diretora �˙� Catarina Vaz Pinto Editora �˙� Marta Martins Coordenação de Conteúdos �˙� Vitor Pinto Conteúdos �˙� Vitor Pinto Design �˙� Guda - give u design art

(Diretora Executiva da Artemrede)

© ARTEMREDE . Teatros Associados Rua Miguel Bombarda, nº4, R/C - Santarém, Portugal T +351 243 322 050 �˙� T +351 243 321 878 artemrede@artemrede.pt www.artemrede.pt https://www.facebook.com/artemrede

Tiragem �˙� 16 000 Periodicidade �˙� Semestral Tipografia �˙� Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A.


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FÉLIX DUPIN-MEYNARD é sociólogo e investigador na área das políticas sociais, culturais e

territoriais. Trabalha no Centre d’Études Politiques de l’Europe Latine, colaborou na avaliação da 1ª edição do projeto Be SpectACTive! (a 2ª edição conta com a Artemrede como parceiro), tendo participado na edição recente da publicação Breaking the Fourth Wall: Proactive Audiences in the Performing Arts. É um dos oradores da conferência Trabalho e Felicidade? Reflexões sobre processos artísticos participativos. |˚˚ os processos participativos envolvem organizações culturais e artistas, por um lado, e cidadãos exteriores ao setor das artes, por outro. Só parecem ser efetivamente bem-sucedidos quando implementados com os participantes – o que Charles Leadbeater chamava the Art of with. Por que motivo é tão complicado trabalhar com – e permanece a tendência de trabalhar para? Nalguns países da rede Be SpectACTive! a participação é uma prática comum. Noutros é uma inovação total e, por vezes, assustadora. Em França, a resistência à participação deve-se sobretudo às políticas culturais, que se focam numa política de oferta centradas na excelência artística. Mas existe uma história paralela, sobretudo no sector sociocultural, na qual a participação é praticada há muito tempo. Há cerca de 20 anos que o paradigma da democracia cultural questiona as instituições artísticas em toda a Europa. Mas várias organizações acham ainda arriscado a transição de um modelo top-down para um modelo horizontal (ou mesmo bottom-up). A fragilização dos financiamentos públicos pode reforçar esse medo da perda de poder, que está associada à ideia de especialização artística. A participação representa, porém, uma oportunidade de resposta às falhas da democratização cultural. |˚˚ o empoderamento dos participantes é um argumento em favor destes processos, mas até que ponto ele é eficaz se não se questionar a distribuição clássica do poder: os artistas continuam a ditar as regras e os participantes a segui-las, ainda que previamente envolvidos em processos de codecisão... A noção do empoderamento é controversa. Há quem defenda que as residências participativas não contribuem para o empoderamento (no sentido de uma autonomização e de um fortalecimento do poder dos indivíduos no que respeita às suas condições de vida) porque elas se limitam aos domínios do “dar visibilidade” e do “dar voz”, sem que isso tenha reais repercussões democráticas ou políticas. Outros evocam um empoderamento artístico que, ao reforçar as capacidades de expressão dos indivíduos e dos grupos, contribui para a redistribuição dos papéis entre os que estão habilitados a falar e aqueles cujas vozes nunca se ouvem.

Tudo depende das regras de partilha do poder e do ponto de partida dos participantes em termos de capital cultural. Há que ver o empoderamento como uma evolução, mais do que como um resultado. Dito isto, é certo que a maior parte das iniciativas participativas não altera a distribuição do poder. Elas são, geralmente, experiências a curto prazo, nas quais os participantes são vistos como “beneficiários”, enquanto que a conceptualização dos projetos continua a fazer-se entre “experts”. Algumas iniciativas tendem a abrir o processo participativo desde a sua origem. É isso, a meu ver, que Be SpectACTive! 2 deveria experimentar. |˚˚ quais os efeitos positivos que estes processos têm nos cidadãos, segundo o que teve oportunidade de observar durante o Be SpectACTive 1? E quais os seus maiores riscos ou insucessos? Os efeitos variam em função da posição social dos participantes e dos dispositivos implementados. Entre os efeitos positivos estão: o prazer, a descoberta (de novas estéticas e de novas práticas), a aquisição de um novo vocabulário de expressão ou ainda uma nova versão de si mesmo, com capacidade e legitimidade para se exprimir artisticamente. No que respeita ao desenvolvimento de públicos, é uma oportunidade para se criarem novos laços entre as instituições artísticas e os cidadãos. Os insucessos acontecem quando as regras do jogo são mal interpretadas ou quando os participantes sentem que foram alvo de falsas promessas. Há quem fale de frustração ou de instrumentalização. Esse tipo de situação acontece quando os artistas são confrontados com obrigações contraditórias. Por um lado, há o produtor que insiste na criação de um produto profissional num tempo muito reduzido. Por outro, os participantes reivindicam mais espaço no processo de criação. O esclarecimento prévio e transparente dos objetivos e das regras do jogo pode evitar este tipo de situações. |˚˚ num setor tendencialmente endógamo como as artes, até que ponto os artistas são (ou devem ser) permeáveis à contaminação do seu trabalho por elementos exteriores? E os processos participativos deveriam necessariamente deixar

margem para que esta contaminação aconteça? Participar não pode ser também seguir diretivas concretas e rígidas (como no caso do A Manual on Work and Happiness)? O sector pode ser parcialmente endógamo, mas os artistas são influenciados pelo mundo que os rodeia. Através da participação, alguns artistas procuram ser estimulados por realidades sociais diferentes que abalem os seus hábitos. Há princípios éticos a respeitar (como a transparência e a benevolência), mas não há uma receita única que possa aplicarse a todos os participantes. Por vezes, as regras podem mudar durante a experimentação coletiva; o importante é que essas evoluções possam ser negociadas em vez de impostas. |˚˚ para além dos artistas, também as organizações culturais são confrontadas com as expetativas do seu público e batem-se pela apresentação de um objeto finalizado, profissional e de qualidade. Como é que o público entra nesta relação e como é possível corresponder às suas expetativas sem defraudar o processo? Há quem defenda que a qualidade artística se mede por critérios de excelência ou de profissionalismo. Outros acham que a qualidade é de um julgamento subjetivo que muda consoante os contextos sóciohistóricos e que pode assentar noutros critérios de valores a discutir coletivamente. Esse debate tem efeitos concretos: alguns produtores procuram reduzir o espaço da participação por receio que ela afete o profissionalismo da obra. Pelo contrário, para alguns artistas, trabalhar com amadores é uma garantia de qualidade pela sua possibilidade de autenticidade. A participação força-nos a inventar novas categorias para apreender a criação artística enquanto processo – e não apenas como produto. Quanto às expetativas dos públicos, se as pensamos como adquiridas e estagnadas, há um sério risco de desapontamento. Mas podemos também pensar nessas expectativas como algo em constante redefinição: o público pode ser agradavelmente surpreendido por propostas inesperadas. E podemos também tentar atrair os “não-públicos”, que têm certamente expetativas e gostos bem diferentes.


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A Manual on Work an

© Jose Carlos Duarte

Happiness �˙ A conferência final do projeto A Manual on Work and Happiness, intitulada Trabalho e Felicidade? Reflexões sobre processos artísticos participativos, acontece dias 15 e 16 de outubro na Biblioteca de Marvila, em Lisboa. Dois dias antes, o festival Os Dias de Marvila acolhe a versão lisboeta do espetáculo participativo dirigido pela mala voadora. Nesta reta final, olhamos para o caminho percorrido nos últimos dois anos e recolhemos as impressões de dois dos não-atores que participaram nos espetáculos do Montijo e de Alcobaça.

Abril de 2016. A Artemrede recebe a notícia de que o projeto A Manual on Work and Happiness fora selecionado para financiamento pelo programa Europa Criativa. Assim se davam os primeiros passos na internacionalização da rede, prevista no Plano Estratégico 2015 – 2020. Depois de várias reuniões internas com os três parceiros europeus do projeto (Pergine Festival, L’arboreto Teatro Dimora e o Teatro Municipal e Regional de Patras), A Manual on Work and Happiness teve o seu arranque público em julho de 2017 com o Seminário Internacional sobre Trabalho e Felicidade. Dois dias para discutir o presente e o futuro do trabalho, com a ideia do ócio em contraponto. Dois dias de conferências, workshops e lazyshops entre académicos e artistas que inspiraram alguns dos textos que viriam a ser redigidos um mês depois numa residência que reuniu, em Mondaino (Itália), o escritor catalão Pablo Gisbert e a codireção artística da companhia mala voadora.

15 OUT 15:00 – 18:15 >> | Abertura Marta Martins, Artemrede (Portugal) Duração: 10’ Apresentação da experiência e dos resultados do projeto A Manual on Work and Happiness Duração: 90’ Marta Martins - Artemrede (Portugal) Carla Tommasini - Pergine Festival (Itália) Linda Valenti - L’Arboreto Teatro Dimora (Itália) Stavos Tsakiris - Municipal and Regional Theatre of Patras (Grécia) Jorge Andrade - mala voadora (Portugal) Participantes nos espetáculos de Alcobaça, Montijo e Pergine >> | Apresentações: Susana Costa Pereira - Europa Criativa (Portugal) Duração: 15’ Félix Dupin-Meynard (França) Duração: 20’ >> | Debate Duração: 40’ 18:00 >> | Coffee Break 19:00 >> | Documentário: A Manual on Work and Happiness Exibição do documentário realizado por Elena Goatelli e Ángel Esteban. Introdução: Vítor Pinto Entrada livre sujeita à lotação da sala 16 OUT | 10:00 – 12:30 Mesa redonda com convidados internacionais para partilha de experiências e boas práticas sobre projetos participativos nas periferias: Sonja Soldo – Pogon (Croácia) Rarita Zbranca – Cluj Cultural Centre (Roménia) Angeliki Lamperi – Eleusis 2021 (Grécia) Outras presenças a confirmar. Entrada gratuita mediante inscrição até ao dia 10 de Outubro para o email artemrede@artemrede.pt. Línguas: Inglês com interpretação simultânea em Português no dia 15/10.

Já em 2019, esses textos foram o ponto de partida para quatro residências artísticas com as comunidades, que deram origem a quatro ] Documentar processos espetáculos com elencos diferentes nas cidades de Patras (março), Montijo (abril), Alcobaça (maio) e Pergine (julho). Uma quinta residência, em Lisboa, Desde o Seminário Internacional sobre Trabalho foi depois adicionada ao calendário, e está prestes e Felicidade (Pergine Festival, julho de 2017) que a concretizar-se. todas as atividades do projeto foram acompanhadas de vídeos promocionais, misto de entrevistas e Pelo meio houve ainda várias sessões de formação reportagem de bastidores, que foram partilhados para agentes culturais, compiladas sob uma mesma nas redes sociais e na plataforma oficial do projeto. designação, Southern Coalition, uma plataforma que, findo o Manual, ganha autonomia e será a base de um Para além desses registos, há ainda o documentário novo projeto transnacional liderado pela Artemrede. A Manual on Work and Happiness, rodado durante a residência artística que deu origem ao espetáculo Se a felicidade dá muito trabalho, este projeto que inaugurou, em julho de 2018, a 43ª edição do também. O processo foi longo, repleto de percalços Pergine Festival. Produzido por Roberto Cavalini e desafios. É nele que a conferência final do projeto (Altrove Films), o filme foi corealizado por Elena se foca, com o intuito de partilhar experiências, Goatelli e Ángel Esteban, dois cineastas cuja apresentar resultados e dar a conhecer alguns dos filmografia inclui, entre outros, a longa-metragem aspetos menos visíveis de todo o processo. O intuito Malditos, também ela um mergulho documentarista é também promover o debate com o público e com num processo de criação teatral com a crise um grupo de agentes culturais do sul da Europa financeira em Espanha como pano de fundo. sobre várias reflexões que surgiram ao longo do processo e que são inerentes aos projetos O documentário é exibido no final do primeiro dia ] da conferência (ver programa) artísticos participativos.

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Visionários:

de espectadores a programadores O desenvolvimento de públicos passou a ser uma das linhas de ação da Artemrede. O conceito está presente em vários projetos, adquirindo dimensões e formatos diversos nos municípios associados. Enquanto que Odisseia e A Manual on Work and Happiness promoveram o envolvimento das comunidades na criação de um objeto artístico, Visionários tem agora um outro foco: trouxe os espectadores para o centro do processo de programação cultural em 8 dos 15 municípios da Artemrede: Alcanena, Alcobaça, Barreiro, Moita, Pombal, Tomar, Lisboa e Sobral de Monte Agraço. Coordenados por um programador municipal, os Visionários tiveram acesso a um conjunto de propostas de espetáculos e oficinas (préselecionadas através de uma convocatória da Artemrede). Reuniram-se, assistiram a vídeos dessas propostas, debateram os seus conteúdos e, mais tarde, selecionarem uma parte da oferta cultural dos seus municípios. Um encontro dos grupos de Visionários dos municípios do Centro teve lugar em Pombal, o que permitiu a decisão conjunta sobre parte da programação do 2º Manobras. Os grupos do Barreiro, da Moita e de Lisboa selecionaram propostas de várias disciplinas artísticas, para serem apresentadas até ao final do ano noutros contextos de programação. Exemplos disso são a peça de teatro Coleção de Amantes, de Raquel André, programada para a Moita em outubro, ou um concerto do músico de jazz Diogo Gomes, que integra o festival Os Dias de Marvila. Segundo André Peixoto, um dos Visionários de Pombal, todo este processo foi fluído, tendo sido as escolhas “bastantes homogéneas, apesar da heterogeneidade do grupo”. Essa diversidade é também destacada como um ponto forte por Joana Raimundo, dos Visionários alcobacenses: “No grupo de 7 elementos havia pessoas de várias idades a escolher espetáculos. Sentíamos que erámos

proactivos e que as nossas diferenças iam favorecer uma maior abrangência das propostas”. Essa atitude deu frutos e o grupo de Alcobaça vai, em breve, participar na programação de outras iniciativas culturais do município. O próximo encontro de todos os grupos de Visionários já está marcado: 17 de novembro durante o European Spectators Day.

Be SpectACTive! e RESHAPE: dois novos projetos para a Artemrede

A Artemrede é parceira de dois novos projetos europeus selecionados na última convocatória do programa Europa Criativa: Be SpectACTive! e RESHAPE - Reflect, Share, Practice, Experiment. Be SpectACTive! é um projeto focado no desenvolvimento de públicos, que aposta na criação de grupos de “espectadores ativos” em vários países europeus. A experiência acumulada com os Visionários da Artemrede alcançará uma dimensão internacional no novo Be SpectACTive! Alguns dos cidadãos e dos municípios que aderiram a essa iniciativa participarão até 2022 neste projeto, que contempla ainda a produção de novos espetáculos de teatro e dança de escalas diferentes, assinados por artistas emergentes e criados em interação com o público durante residências artísticas. Com um orçamento total de dois milhões de euros para um período de 4 anos (2018 – 2022), Be SpectACTive! é liderado pelo festival italiano Kilowatt e reúne, para além da Artemrede, um total de 17 parceiros. RESHAPE - Reflect, Share, Practice, Experiment é um projeto que propõe a construção de protótipos de modelos colaborativos que possam vir a ser testados e usados por artistas e organizações culturais.

Liderado pela O.N.D.A. Office National de Diffusion Artistique (França), o projeto tem um orçamento total de 598 mil euros e envolve, para além da Artemrede, mais 10 parceiros europeus. A internacionalização da Artemrede é uma das prioridades estratégicas do Plano Estratégico e Operacional 2015-2020.

Revisão Intercalar do Plano Estratégico e Operacional A ARTEMREDE desencadeou o processo de revisão intercalar do Plano Estratégico e Operacional (PEO) 2015-2020. O reajustamento de metas e os novos objetivos a alcançar até 2020 encontram-se compilados num novo documento que apresenta nove prioridades: - Inscrever a cultura no centro das políticas governativas; - Promover estratégias de desenvolvimento territorial; - Aprofundar as práticas de cooperação; - Desenvolver uma programação em rede de qualidade e inscrita no território; - Crescer em número de associados e parceiros; - Alcançar a sustentabilidade económica; - Comunicar de forma eficaz, acessível e abrangente; - Implementar projetos de formação especializada; - Internacionalizar a atividade. Segunda Catarina Vaz Pinto, Presidente da Direção, a Artemrede “continuará a ter como desafio, para os próximos anos, a promoção do diálogo entre a Cultura e as outras áreas de governação, em convergência com a Agenda XXI para a Cultura e com os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030, trabalhando para que a Cultura atue como catalisador do desenvolvimento sustentável e da coesão territorial.” A revisão do PEO 2015-2020 pode descarregar-se no site www.artemrede.pt.

Manual Southern Coalition: Empoderar o Sul Da experiência de trabalho em rede com parceiros italianos e gregos surgiu a vontade de expandir a rede informal Southern Coalition a outros países do sul da Europa. Dessa forma, alguns dos oradores internacionais do segundo dia da conferência serão futuros parceiros num projeto que visa cobrir

três grandes áreas de ação: políticas culturais, estratégias colaborativas e capacitação profissional. As grandes prioridades são a formação e a qualificação, as práticas artísticas de incidência local e o debate sobre aspetos das políticas culturais que sejam relevantes para territórios periféricos. A Southern Coalition pretende reforçar as ligações entre o centro e a periferia através de projetos culturais e promovendo um diálogo de proximidade entre artistas, agentes e comunidades.

versão Marvila

13 OUT - 21:30 | 14 OUT - 17:00 Depois de Patras, Montijo, Alcobaça e Pergine, é a vez de Lisboa receber mais uma versão do espetáculo A Manual on Work and Happiness, fruto de uma residência de três semanas com a mala voadora.

Biblioteca de Marvila, Lisboa Morada Rua António Gedeão | 1950-347 LISBOA Tel. 218 173 000 | bib.marvila@cm-lisboa.pt Entrada livre


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Manobras 2º Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas

O Manobras – Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas regressa para a 2ª edição de 14 de setembro a 31 de outubro em 11 municípios associados da Artemrede: Abrantes, Alcanena, Alcobaça, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Pombal, Santarém, Sobral de Monte Agraço e Tomar. A maior parte das propostas é de entrada livre, destinada a públicos juvenis e adultos. A programação está sujeita a alterações de última hora. Consulte todas as informações no site do festival: http://www.artemrede.pt/FestivalManobras/

Mais de 100 anos passaram depois das muito conhecidas aventuras na Terra do Nunca. Peter Pan vai viver para Londres com Wendy. Casam, têm lhos e os anos passam... Neste possível presente, existe um adolescente a quem os pais deram o nome de Nunca; e nunca iremos saber porquê... Nunca é descendente de Pan, mais precisamente seu bisneto...

Passo a Passo no Bosque mergulha no universo d’O Capuchino Vermelho para explorar o medo que sempre tivemos do lobo. Sentado na clareira, exposto a todas as possibilidades e perigos, o público descobre uma outra versão deste clássico da literatura infantil. Uma viagem gestual e visual onde as formas teatrais se entrelaçam e nos levam no encalço do pequeno Capuchinho Vermelho.

AREIAS Imaginar do Gigante

LOBO MAU Red Cloud Teatro de Marionetas

M/3 I Seleção Visionários

M/3

A menina bordava os nomes dos camelos debaixo das montanhas, onde o ouro se dilatava em os de água coloridos. Delicadamente, ela extraía das areias um tesouro submerso que os seus antepassados guardaram. Alquimista, destilava na abóbada celeste cores que navegavam o espaço em liberdade. E, pouco a pouco, os seus olhos abraçavam de cor todo o mar de areias. Um teatro visual, poético e contemplativo, sobre as cores que unem a Terra.

Cada Ovelha tem um Lobo. Cada Lobo tem 1002 Ovelhas... E se uma Ovelha tiver 1002 Lobos? E se cada Lobo tiver uma Ovelha? É a mesma coisa? Quantos Lobos tem um Homem? Imagens que às vezes flutuam, voam, ficam a pairar, e caem com todo o peso da gravidade, com a força de um carimbo, entre o absurdo e o surreal espelhando o insólito de lupa na mão. Apresentado sem texto, numa dinâmica de comédia visual e uma constante interligação entre o intérprete e o desenho animado em projeção.

EU É QUE CONTO Fértil Associação Cultural

4 MÃOS António Jorge Gonçalves, Filipe Raposo

M/6 I Seleção Visionários

M/3

Uma senhora que coleciona livros sabe-se lá onde, vem para contar uma história. Mas como é muito distraída chega atrasada, acaba por tropeçar em tudo e, sem querer, entra numa outra dimensão, a da imaginação. Confusa e com outros personagens a invadi-la constrói uma história diferente, divertida e cheia de criatividade.

Num diálogo íntimo entre o desenho digital em tempo real e o piano constrói-se um tipo de gramática que engloba tempo, estrutura, textura, abstração, evocação e emoção. Cada performance é um ato único de cumplicidade.

© José Frade

ESPETÁCULOS

MUITA TRALHA POUCA TRALHA Catarina Requeijo, Formiga Atómica M/3 I Seleção Visionários

© PetruIvu

Escolher não é tarefa fácil. Escolher o que se leva em viagem também não. Há sempre alguma coisa que nos pode fazer falta... Quem nunca teve vontade de levar a casa toda? Pouco habituado a viajar, o casal Odete e Alfredo decide ir visitar a sua sobrinha. Mas antes da viagem é preciso preparar a bagagem. É aqui que os problemas começam.

ENTREMUNDOS PIA – PROJETOS DE INTERVENÇÃO ARTÍSTICA Teatro de Marionetas do Porto M/3 I Seleção Visionários

© Susana Neves

Numa dimensão entre vivos e mortos, algures entre o purgatório e o limbo onde se inicia uma viagem por um universo imaginário inspirado na Morte, EntreMundos é a mais recente criação da Companhia PIA.

NUNCA Teatro de Marionetas do Porto

PASSO A PASSO NO BOSQUE Toutito Teatro – França

M/3

M/3

MODOS DE VER teatromosca M/16

Modos de Ver é uma forma inovadora de explorar os caminhos secretos de três localidades (Alcanena, Alcobaça


.¦. 7 ao vivo de Eduardo Raon, Ricardo Jacinto e António-Pedro. Um filme que se repete para uma música sempre diferente a cada sessão.

FESTOPIA (encerramento do festival) Radar 360º M/16 Festopia é uma utopia encarnada numa Festa! É a materialização de um encontro entre mundos que não existem, entre pessoas que os sonham e entre imaginários que se constroem na recusa permanente da impossibilidade...
Depois de terem inaugurado o Manobras em 2017 com o espetáculo Transportadores, a companhia Radar 360º regressa para encerrar o festival com uma utopia dançante, que conta com a participação da comunidade de Pombal.

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PANGEIA – A PARTIR DOS IRMÃOS GRIMM Tiago Cadete, EIRA M/6

INSTALAÇÃO

Pangeia é uma viagem sonora e visual pelo universo dos irmãos Grimm durante
a qual o palco se transforma num museu imaginário de objetos curiosos, através de sons escutados em headphones.

LEVADA SEM FIM Uma vídeoinstalação de António-Pedro M/3

Na Levada de Tomar há parafusos sem fim que rodaram sobre si próprios vezes sem fim, mas agora estão parados. Adriano, atual guardião da Levada, chama o cisne Gualdino e dança bachata nas horas vagas. Antigos operários - serralheiros, eletricistas, fundidores, fresadores, moleiros - recordam velhas máquinas e as
suas manhas. A evolução do trabalho, a decadência tecnológica, os colegas idos,
os tostões, os patrões. O delegado sindical foi promovido a encarregado! Na fundição abandonada alguém bate solitário na bigorna. Indiferente, a água do rio continua
a passar na Levada.

M/6 I Seleção Visionários

GUERRAS DO ALECRIM E MANGERONA Os Músicos do Tejo, S.A. Marionetas M/6

Guerras do Alecrim e Mangerona, de António José da Silva, foi representada pela primeira vez no Teatro do Bairro Alto em 1737, com música de António Teixeira
e o recurso a marionetas. Obra central do dramaturgo português conhecido como O Judeu, esta ópera barroca é herdeira da tradição do teatro Ibérico que, naquela época, marcava presença nos pátios de comédia de Lisboa.

CHAMBRE D’ENFANTS Ana Mandillo M/3 I Seleção Visionários

Chambre d’Enfants é uma instalação artística com luz e música que nos convida a uma viagem ao universo fantasmagórico de um quarto de criança enquanto, no escuro, o sono tarda a chegar. Nesta viagem, Ana Mandillo realça a importância de acordar e sublimar os medos inconscientes através da tomada de consciência dos fantasmas que em nós habitam adormecidos.

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Uma performance curta e tresloucada sobre os percalços de uma marioneta em construção, que decide finalizar o trabalho por si própria... Dezoito minutos durante os quais a personagem luta com elementos, materiais, objetos e, por vezes, contra os próprios manipuladores, sem hesitar em tiranizá-los.

NO ATELIÊ – OFICINA Tof Théâtre (Bélgica) M/3

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© Matthias Luggen

NO ATELIÊ Tof Théâtre (Bélgica)

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OFICINAS

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e Sobral de Monte Agraço) na qual o espectador assume o papel de um flâneur contemporâneo. Diferentes pontos de partida que levam a diferentes experiências pessoais. Para cada participante, uma banda sonora composta de sons, músicas e vozes, criada pela equipa multidisciplinar do teatromosca a partir de uma pesquisa realizada localmente. É essa banda sonora que guiará os deambuladores neste audiowalk. A cada um deles será entregue um kit, que inclui um leitor MP3 e auscultadores.

FILMES

PASSEIO A SOBRAL Um loop de imagens de António-Pedro para sons de Eduardo Raon, Ricardo Jacinto e António-Pedro M/3

Sobral de Monte Agraço fica a 40 quilómetros de Lisboa, mas estamos já bem longe da capital. Velhas lojas, moínhos, montes, fortes, igrejas, estradas seculares, largadas de touros, vento, vento, vento... O que ficará nos olhos do visitante? Curta-metragem de António-Pedro com música

Depois de assistir às aventuras de uma marioneta em construção que decide terminar o trabalho por si própria (No Ateliê), o público de Pombal é convidado a participar numa oficina de construção de marionetas. LOBO MAU – OFICINA Red Cloud Teatro de Marionetas 6 – 12 anos A partir do universo da peça Lobo Mau, os participantes são introduzidos à técnica de animação por recortes e convidados a criar uma pequena animação. PANGEIA LAB – OFICINA Tiago Cadete, EIRA M/6 I Seleção Visionários Pangeia é um laboratório que tem como objetivo estimular o imaginário das diferentes comunidades de crianças a partir de histórias universais como A Gata Borralheira, Rapunzel, O Capuchinho Vermelho ou A Bela Adormecida. Através deste exercício de memória coletiva, as histórias são construídas sob os pontos de vista dos objetos, representativos de cada história. CHAMBRE D’ENFANTS – OFICINA Ana Mandillo Seleção Visionários Esta oficina propõe a criação de um pequeno espetáculo de sombras baseada no imaginário sonoro e visual de Chambre d’Enfant de Francis Dhomont. Esta é uma proposta complementar à instalação Chambre d’Enfants.


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PROGR AMAÇÃO POR MUNICÍPIO abrantes

PASSO A PASSO NO BOSQUE 22 SET I 11:00 e 15:00 I Edifício Pirâmide ENTREMUNDOS 28 SET I 21:30 I Parque Tejo MUITA TRALHA POUCA TRALHA 29 SET I 11:00 I Jardim da República PANGEIA – A partir dos irmãos Grimm 16 OUT I 10:00 I Sede da Junta de Freguesia de Pego LOBO MAU – OFICINA 13 OUT I 10:00 I Bibl. Mun. António Botto PANGEIA LAB 16 OUT I 11:00 I Sede da Junta de Freguesia de Pego LOBO MAU 18 OUT I 10:30 I SAT–Tramagal GUERRAS DO ALECRIM E MANGERONA
 21 OUT I 21:00 I Quartel dos Bombeiros

alcanena

MUITA TRALHA POUCA TRALHA 23 SET I 11:00 I Largo da Igreja – Malhou MODOS DE VER: ALCANENA 29 SET I 14:00 e 18:30 | Cine-Teatro São Pedro NO ATELIÊ 30 SET I 15:00, 16:00 e 17:00 | Centro Cultural de Monsanto ENTREMUNDOS 14 OUT I 16:00 |
Grupo Desportivo da Graça – Bugalhos PANGEIA – A partir dos irmãos Grimm 18 OUT I 10:00 I Cine-Teatro São Pedro NUNCA 24 OUT I 10:00 I Cine-Teatro São Pedro 4 MÃOS 27 OUT I 16:00 I Cine-Teatro São Pedro LOBO MAU 30 OUT I 10:00 I Cine-Teatro São Pedro

alcobaça

ENTREMUNDOS 15 SET I 22:00
 I Zona envolvente do Mosteiro de Alcobaça PASSO A PASSO NO BOSQUE 20 SET I 10:30 e 14:30 I Cine-Teatro João d’Oliva Monteiro 4 MÃOS 23 SET I 11:00 | Cine-Teatro João d’Oliva Monteiro NO ATELIÊ 29 SET I 15:00,16:00 e 17:00 I Museu do Vinho MUITA TRALHA POUCA TRALHA 23 SET I 16:30 I Mosteiro de Cós CHAMBRE D’ENFANTS 9 – 14 OUT I 10:00>18:00 Central Confluência dos Rios/ Jardim do Amor MODOS DE VER: ALCOBAÇA 13 OUT I 11:00 e 15:00 I Central Confluência dos Rios / Jardim do Amor

CHAMBRE D’ENFANTS - OFICINA 10 OUT I 10:00 |
Biblioteca Municipal de Alcobaça

FESTOPIA 31 OUT I 22:30 I Café-concerto do Teatro-Cine

barreiro

santarém

PASSO A PASSO NO BOSQUE 25 SET I 10:00 e 11:30 I Auditório Municipal Augusto Cabrita NO ATELIÊ 2 OUT I 10:00, 11:00 e 12:00 I Auditório Municipal Augusto Cabrita

moita

PANGEIA – A partir dos irmãos Grimm 29 SET I 16:00 I Fórum Cultural José Manuel Figueiredo NO ATELIÊ 3 OUT I 10:00, 11:00 e 12:00 |
Fórum Cultural José Manuel Figueiredo

montijo

EU É QUE CONTO 22 set | 16:30 | Cinema Teatro Joaquim d’Almeida

palmela

NUNCA 15 SET I 16:00 | Centro Comunitário Águas de Moura GUERRAS DO ALECRIM E MANGERONA 20 OUT I 21:30 I Cine-Teatro S. João

pombal

MUITA TRALHA POUCA TRALHA 15 SET I 10:30 I Mercado Municipal AREIAS 16 SET I 16:00 I Teatro-Cine EU É QUE CONTO 20 SET I 11:00 I Teatro-Cine CHAMBRE D’ENFANTS 2 – 7 OUT I 14:00 > 00:00 Teatro-Cine (Galeria1 CHAMBRED’ENFANTS-OFICINA 2 OUT I 10:00 I Teatro-Cine 8 > 12 anos I Lotação: 24 NO ATELIÊ 7 OUT I 15:00 e 16:00 | Teatro-Cine + Visita ao Castelo NO ATELIÊ - OFICINA 7 OUT I 17:00 I Teatro-Cine GUERRAS DO
ALECRIM E MANGERONA 14 OUT I 16:00 I Teatro-Cine LOBO MAU 16 OUT I 11:00 I Teatro-Cine 4 MÃOS 24 OUT I 11:00 I Teatro-Cine LOBO MAU - OFICINA 27 OUT I 15:00 I Teatro-Cine ENTREMUNDOS 31 OUT I 21:30 | 
Jardim do Cardal

PASSO A PASSO NO BOSQUE 27 SET I 10:30 e 14:00 |Teatro Sá da Bandeira

sobral de monte agraço

MUITA TRALHA POUCA TRALHA 14SET I 17:00 | 
Praceta António Luís Borges AREIAS 23SET I 16:00 I Cine-Teatro PASSO A PASSO NO BOSQUE 29SET I 15:00 e 16:30 I Cine-Teatro NO ATELIÊ 5 OUT I 15:00,16:00 e 17:00 I CILT/Biblioteca Municipal PASSEIO A SOBRAL 5 OUT I 15:00,16:00 e 17:00 I CILT/Cine-Teatro PANGEIA – A partir dos irmãos Grimm 7 OUT I 16:00 I Cine-Teatro PANGEIA LAB 7 OUT I 17:00 I Cine-Teatro EU É QUE CONTO 13 OUT I 15:00 I Auditório Municipal CHAMBRE D’ENFANTS 16–19 OUT I 10:00 > 13:00 e 14:00 > 19:00 I Cine-Teatro CHAMBRE D’ENFANTS – OFICINA 17OUT I 15:00 I Cine-Teatro MODOS DE VER:
SOBRAL DE MONTE AGRAÇO 21OUT I 10:30 e 15:00 I CILT NUNCA 28OUT I 16:00 I Cine-Teatro

tomar

ENTREMUNDOS 14 SET I 21:30 I Praça da República I M/3 I Entrada livre MUITATRALHAPOUCATRALHA 16 SET I 15:00 I Jardim do Mouchão LOBO MAU 22 SET I 17:00 I Cineteatro Paraíso LOBO MAU – OFICINA 22 SET I 18:00 I Cineteatro Paraíso NO ATELIÊ 6 OUT I 15:00, 16:00 e 17:00 I Complexo Cultural da Levada LEVADA SEM FIM 6 OUT I 15:00, 16:00 e 17:00 I Complexo Cultural da Levada EU É QUE CONTO 9 OUT I 11:00 I Auditório do Complexo da Levada GUERRAS DO
ALECRIM E MANGERONA
 19OUT I 21:00 I Cineteatro Paraíso AREIAS 20 OUT I 15:00 I Cineteatro Paraíso NUNCA 26OUT I 11:00 I Cineteatro Paraíso


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