a r t i s ta n a c i d a d e 2 0 16
FAUSTIN LINYEKULa le cargo
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Le Cargo e Portrait Series: I Miguel 2 1 m a i o 2 0 16 , s รก b a d o 16 h Va l e d a a m o r e i r a DA N รง a
“Continuo a caminhar por entre as ruínas do país natal. Quem me emprestará as palavras para falar do fumo das lâmpadas que iluminam a noite, do cheiro a cerveja e urina nos bares de Matongé em Kinshasa, o esplendor das prostitutas e o torpor dos cantores de Rumba, do táxi esfarrapado e dos bandos de caminhantes na bruma matinal?” Faustin Linyekula
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Durante o ano de 2016, Lisboa acolhe Faustin Linyekula para a bienal Artista na Cidade. O artista congolês apresentará espetáculos em várias salas e espaços da cidade e criará novos projetos com artistas, estudantes e habitantes de Lisboa. Filho de um país de contrastes e contradições, nunca se cansa de falar sobre a República Democrática do Congo. Linyekula coloca várias formas de arte – dança, teatro, música, vídeo, literatura – ao serviço de uma obra assumidamente política. Durante a preparação do programa Artista na Cidade 2016, o coreógrafo Faustin Linyekula exprimiu a vontade de apresentar o seu trabalho a públicos dos bairros limítrofes da região da Grande Lisboa. Depois da apresentação memorável de Le Cargo na Cova da Moura em janeiro passado, o Teatro Maria Matos coorganiza mais dois eventos: Le Cargo será apresentado numa praça do Bairro Padre Cruz em Carnide, no contexto do primeiro Festival de Arte Urbana, e também no Centro de Experimentação Artística do Vale da Amoreira, na Moita, juntamente com outro solo criado este ano e apresentado no Teatro Camões, Portrait Series: I Miguel.
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Le Cargo Linyekula passou as últimas décadas a contar histórias: do Congo, da República Democrática do Congo, do Zaire, do Congo Belga. Ao longo da sua história o seu país foi chamado de todos esses nomes. Nelas, os corpos são marcados pela História e as vidas são marcadas pela violência. Como é que se pode deixar o corpo falar da História deixando as palavras para trás, mesmo se só por um instante? Nesta viagem em direção a si próprio, Linyekula embarca num comboio que deixou de existir, cujos trilhos foram engolidos pela floresta. Procura o que desapareceu, dança o que foi proibido pela nova época, pelo Deus dos Milagres. Encontra o baterista mestre que desistiu do ritmo e se tornou pastor.
coreografia e interpretação: Faustin Linyekula música: Flamme Kapaya e Obilo drummers produção: Studios Kabako e Virginie Dupray coprodução: Centre National de la Danse apoio: DRAC Ile-de-France Ministério da Cultura e da Comunicação de França fotografia: Agathe Poupeney e David Andrako
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Portrait Series: I Miguel O encontro está no coração do processo criativo de Faustin. Neste caso, é o encontro com Miguel Ramalho, jovem bailarino da Companhia Nacional de Bailado. Entre o Barreiro, cidade à beira Tejo onde vive Miguel, e Kisangani, nas margens do rio Congo, a cidade onde cresceu Faustin, haverá territórios a partilhar? Poderão brotar novas palavras mesmo que por breves momentos? Poderá nascer diálogo?
Direção Artística CNB: Luísa Taveira coreografia e direção: Faustin Linyekula música: Pedro Carneiro desenho de luz: Thomas Walgrave Interpretação: Miguel Ramalho, Pedro Carneiro fotografia: Bruno Simão
Estreia Absoluta pela CNB em 14 de janeiro de 2016 no âmbito da programação do Artista na Cidade – Lisboa
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Faustin Linyekula
companhia de dança contemporânea do Quénia, em conjunto com o coreógrafo Opiyo Okach e a bailarina Afrah Tenambergen. O Gàara Project ainda existe, mas Faustin deixa-a depois da primeira criação, Cleansing, ter ganho o prémio de melhor coreografia nos Rencontres Chorégraphiques Africaines de Luanda em 1998. Escolhe uma vida nómada que passa por França, África do Sul, Ilha de Reunião e Eslovénia. Em junho de 2001, Faustin retorna à República Democrática do Congo para criar com alguns companheiros os Studios Kabako, uma estrutura para a dança e o teatro, “um espaço onde trabalhamos, onde procuramos e às vezes encontramos, um espaço onde duvidamos, mas podemos numa certa noite encontrar uma certeza.” Com o apoio de instituições, teatros e festivais europeus, começa a construir uma obra singular que rapidamente ganha consistência e que é apresentada em todo o mundo. Triptyque sans titre (Tríptico sem título) de 2002 é uma peça crua que fala da história brutal do seu país de nascimento e da dor e da beleza das memórias coletivas do seu povo. O espaço é escuro, o som (criado ao vivo por Joachim Montessuis) por vezes ensurdecedor e tudo se passa muito perto do público. Já lá estão dois dos seus companheiros de estrada, que irão acompanhá-lo até hoje, Papy Ebotany e Djodjo Kazadi. Spectacularly Empty II (Espetacularmente vazio) de 2003 foca a atenção num outro aspeto de uma sociedade fortemente traumatizada, a fuga e a amnésia: “De retorno ao meu país depois de vários anos em digressão em África e na Europa... uma primeira observação: a cidade de Kinshasa parece viver de aparências. Parece rica
Mark Deputter
Filho de um país cheio de contrastes e contradições, Faustin Linyekula nunca se cansa de falar sobre ele – a República Democrática do Congo, ex-Zaire, ex-Congo Belga, ex-Estado Independente do Congo. Nas suas obras, mostra uma história de colonialismo e escravatura, chora a devastação por guerras intermináveis, desmascara a cleptocracia reinante, denuncia a miséria e a fome... Como um arauto incansável, declara o Estado falido e diz a alto e bom som que já chega de no future; o que o que o país precisa é de more more more... future. Mas Faustin não seria Faustin se também não cantasse a beleza do país onde nasceu, a generosidade e a alegria dos seus habitantes, o espírito de resiliência e a esperança que nunca parece morrer. A história do artista Faustin Linyekula começa na cidade de Kisangani, no nordeste da República Democrática do Congo, onde um grupo de amigos se encontra para fazer teatro, na presença do ‘grande irmão’ Kabako, que morrerá anos depois perto da fronteira de Uganda de uma doença “tão anacrónica que custa pronunciar o seu nome, a Peste.” Nunca mais o Kabako irá abandonar o imaginário de Faustin. Em 1993, enquanto o regime de Mobutu está a dar os seus últimos passos, Faustin muda-se para Nairobi, onde cria a Gàara, a primeira
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o retorno à cidade onde cresceu. Um ano mais tarde, os Studios Kabako aterram em Kisangani: “Os Studios Kabako querem-se um lugar de formação, de pesquisa, de criação e de intercâmbio, aberto a todos os interessados em dança, teatro, música ou cinema. Um lugar para os artistas congoleses, mas também uma casa onde receber artistas de outros países em residência.”
e forte e atraente, quer brilhar a todo o custo. Assim, a rua apresenta-se como um espetáculo permanente, um espetáculo cuja extravagância só se compara com a magnitude das tragédias que esconde.” Seguem Radio Okapi (2003) e algumas encomendas na Europa, mas é sem dúvida a peça Le Festival des mensonges (O Festival das mentiras, 4 e 5 de novembro de 2016 no Teatro São Luiz) que define e, ao mesmo tempo, encerra este período agitado entre a África e a Europa. Le Festival des mensonges não é um espetáculo, mas antes um encontro, inspirado nas noites dos bares de Matongé. Faustin convida os espetadores a ouvir histórias, pequenos relatos do dia a dia na capital do Congo, mas também relatos sobre a história do país, discursos políticos e os textos da escritora congolesa Marie-Louise Bibish Mumbu. Serve-se comida congolesa e música ndombolo, em colaboração com as comunidades congolesas locais. As apresentações começam tarde, como as noites de Matongé, e continuam noite adentro, até à madrugada.
O reencontro com Kisangani faz nascer uma das obras mais impressionantes de Faustin, Dinozord: The Dialogue Series iii. (Dinozord: Série de diálogos iii.) de 2006. A peça lê-se como uma crónica deste retorno. Entre a melancolia e a esperança num futuro melhor, a peça vai à procura da história de Faustin e da sua geração. O que aconteceu aos amigos e companheiros que sonharam com um novo teatro congolês? Qual é a história de Vumi, condenado à morte por traição? Onde estão Aimé, Jean-Paul, Akim? Onde estão a República Democrática do Congo, o Zaire de Mobuto, o Congo Belga, o Estado Independente do Congo do Rei Leopold II da Bélgica? E depois de tanta carnificina e destruição, haverá ainda sonhos para os jovens de hoje? Como tantas vezes nas criações de Faustin, a realidade e a poesia misturam-se, tal como as disciplinas artísticas. Há uma carta de Vumi, escrita na sua cela solitária em Kinshasa, uma banda sonora minuciosamente manipulada por Faustin, um vídeo do Papa Rovinsky, “griot multidimensionnel”, a dança de Faustin e os seus camaradas, e, tão emocionante quanto inesperado, o Requiem de Mozart, cantado ao vivo pelo contratenor Serge Kakudji, em memória do amigo Kabako.
O percurso de Faustin podia bem ter continuado neste difícil equilíbrio entre as oportunidades dos ‘mercados’ europeus e a realidade africana. A lista dos coprodutores e apoios de Le Festival des mensonges é esclarecedor do dilema: Parc de la Villette (Paris), CCN de Caen, KVS Teatro Nacional Flamengo (Bruxelas), a DRAC Ile-deFrance, o Ministério da Cultura e Comunicação Francês e o Centro Cultural Francês de Kinshasa. Mas, numa noite de verão de 2005 nos Estados Unidos da América, fustigados pelo furacão Katrina, uma decisão impõe-se a Faustin, viajante eterno:
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“No fundo, a arte não é o mais importante. O que importa é criar um ambiente de abertura que possa alastrar. Tento não me esquecer que, como cidadão, tenho uma responsabilidade pelas coisas que me rodeiam, à minha escala. Em seguida coloca-se, claro que sim, a questão da poesia no meio disto tudo. Será ela possível?”
numa pequena rede: Studios Kabako (Kisangani), CulturArte (Maputo) e a Associação 1er Temps (Dakar). Um apoio do programa ACP Cultura da União Europeia permite pôr em prática um programa ambicioso de residências, encontros, formações e coproduções, uma conquista rara no continente africano.
more more more... future (mais mais mais... futuro, 10 e 11 de novembro de 2016 na Fundação Calouste Gulbenkian) de 2009 é um grito de guerra que vai buscar a sua força e energia ao ndombolo, a música pop das noites de Kinshasa. Enquanto os bailarinos evoluem nas zonas periféricas do palco, Faustin oferece sem hesitação o center stage a Flamme Kapaya e a músicos congoleses. Mas em vez de interpretar as habituais canções sobre as noites da capital, as roupas de marca, os carros de luxo e as belas mulheres, Flamme Kapaya mete toda a força transgressora da sua música ao serviço de uma mensagem inconfundível: não à miséria, não à corrupção, não à falta de tudo,... queremos o nosso futuro!
Ao longo da sua carreira, Faustin colabora com vários outros artistas. Cria peças com Opiyo Okach (Quénia) e Gregory Maqoma (África do Sul) e um solo para o bailarino e coreógrafo francês Sylvain Prunenec. Em 2009, colabora com Raymund Hoghe na criação da peça “Sans-Titre” (Sem título) e, no mesmo ano, encena um dos maiores clássicos da dramaturgia francesa, Bérénice de Jean Racine, a convite da Comédie Française, peça que revisita dois anos mais tarde numa encenação com atores congoleses em Kisangani, sob o título irónico “Pour en finir avec Bérénice” (Para acabar com Bérénice) . Três anos mais tarde, uma outra instituição francesa, Les Ballets de Lorraine, convida-o para reinterpretar um bailado histórico: La Création du Monde (A Criação do Mundo) de 1923, uma “fantasia négrico-cubista” de Darius Milhaud, libreto de Blaise Cendrars, cenário de Fernand Léger e coreografia de Jean Börlin.
É esse futuro que Faustin entretanto vai construindo em Kisangani. Os Studios Kabako organizam oficinas de dança, teatro, técnica de teatro, criação audiovisual e produção, gerem um estúdio de gravação, recebem artistas em residência, organizam espetáculos e concertos nos bairros populares de Kisangani e produzem as obras não só de Faustin, mas também dos seus companheiros Papy Ebotany, Djodjo Kazadi, Dinozord et Flamme Kapaya. Em 2013, nasce, sob impulso de Studios Kabako, o projecto Pamoja, que junta três organizações africanas
Nos anos mais recentes, as criações de Faustin tornam-se mais poéticas, sem nunca perderem o seu pendor político. A memória continua um tema central, mas dirige-se com maior frequência para histórias pessoais ou casos específicos. O solo “Le Cargo” (A Carga) de 2011 traz ao palco reminiscências das viagens de comboio
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A procura passa de novo por Obilo, um pedaço de África rural irremediavelmente perdido, sacrificado aos sonhos de progresso e desenvolvimento, um reservatório de memórias que todos os elementos da equipa partilham de uma ou outra maneira: as músicas, as danças, as línguas esquecidas... Mas a história do país teima em irromper: a atriz Véronique Aka Kwadeba é aparentada de Mobuto e lembra-se das suas temporadas, enquanto criança, no palácio que o Marechal Mobuto construiu em Gbadolite, centro nevrálgico de um império no meio da floresta equatorial. A equipa viaja para Gbadolite e procura nas ruínas do palácio o sonho perdido de uma nação, um sonho de grandiosidade e riqueza, de magia e omnipotência. Em resposta a tantos sonhos pequenos e grandes perdidos, Faustin volta ao presente: o sonho dos Studios Kabako em Kisangani. É no palco do teatro, neste quadrado que significa o mundo, que Faustin começa literalmente a construir o futuro centro de artes de Kisangani: “Talvez seja esse o projeto dos Studios Kabako: abrir espaços de sonho, através da transmissão de saberes, do acompanhamento de projetos, através deste projeto arquitetural que estamos a desenvolver com a arquiteta Bärbel Müller. Este projeto algo louco de construir três centros culturais na cidade, um centro de residências, um teatro e um centro comunitário. Estruturas descentralizadas e periféricas que, como pontos de acupunctura, possam estimular a circulação de homens e mulheres, de energias através do corpo urbano...”
com a irmã a Obilo, uma pequena aldeia a 80km de Kisangani onde vivia o pai. “O que resta da casa do meu pai?... Havia tantas danças para as festas, os casamentos, os velórios, os nascimentos, mas as que me lembro com mais nitidez eram as danças noturnas, proibidas para as crianças. As danças que ouvíamos à noite, incapazes de adormecer... Depois de todos estes anos de guerra, as pessoas ainda dançam à noite? Em Statue of loss (Estátua de perda) de 2014, Flamme Kapaya e Faustin retraçam o destino dos soldados congoleses que lutaram e morreram nos campos de batalha das guerras mundiais na Bélgica. Através de cartas, relatórios oficiais e uma frágil gravação miraculosamente resgatada de um campo de prisoneiros de guerra, tentam devolver uma história, uma cara e um nome a alguns dos homens que se sacrificaram por uma pátria que os escravizava. Drums and Digging (Baterias e Escavar), a peça de grupo mais recente, de 2013, coloca a questão da memória explicitamente: quando tudo foi dito, quando todas as atrocidades foram contadas e todas as injustiças denunciadas, o que fica por dizer? “Então, junto-me de novo aos meus companheiros, bailarinos, atores, músicos, não para voltar à estrada, mas para nos sentar à beira dela, os pés no pó, e pensar... Porque estamos ainda aqui? Esperávamos o quê? O que nos mantém aqui? Viajámos pelo mundo, podíamos ter ficado em qualquer lugar como tantos outros... Porquê? (...) Sentar-nos um momento e talvez reencontrar os lugares dos nossos primeiros sonhos”.
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Biografias
do Arizona – Tempe, Dartmouth College. Em 2007, foi-lhe atribuído o Grande Prémio da Fundação Príncipe Claus para a Cultura e o Desenvolvimento, Holanda. Em 2014, Faustin Linyekula e os Studios Kabako foram reconhecidos com o primeiro Prémio da Fundação CurryStone, Estados Unidos da América, pelo trabalho desenvolvido em Kisangani. Ao mesmo tempo que ajuda a promover o trabalho de jovens artistas congoleses na área das artes performativas, da música e do vídeo, os Studios Kabako também trabalham com comunidades do distrito de Lubunga, na margem sul do rio Congo, nomeadamente em torno da questão da água potável. 2016 é o ano da inauguração em Lubunga de um centro cultural, juntamente com uma unidade piloto de tratamento de água.
Faustin Linyekula É bailarino e coreógrafo, vive e trabalha em Kisangani, no nordeste da República Democrática do Congo, antigo Zaire, antigo Congo Belga, antigo estado independente do Congo… Após estudar literatura e drama em Kisangani, viajou para Nairobi em 1993 e em 1997 fundou, em conjunto com Opiyo Okach e Afrah Tenambergen, a companhia Gàara, a primeira de dança contemporânea no Quénia. De volta ao Congo, em junho de 2001, fundou em Kinshasa os Estúdios Kabako, um espaço dedicado à dança e teatro visual, proporcionando programas de formação, bem como apoio à pesquisa e criação. Em 2006 os Estúdios Kabako foram transferidos para Kisangani e abraçaram novos campos artísticos: música, filme e vídeo. Memória, esquecimento, e a supressão da lembrança – nos seus trabalhos, Faustin foca o legado de décadas de guerra, terror, medo e o colapso da economia para ele próprio, a sua família e os seus amigos. Faustin criou 15 peças com os Studios Kabako, que fizeram digressões pela Europa, África e América do Norte. Outras colaborações incluem um dueto com Raymund Hoghe, Sanstitre, 2009 e uma peça com 24 bailarinos para o Ballet de Lorraine, em Nancy, La Création du monde 19232012. Faustin ensina em África, na Europa: Impulstanz – Viena, PARTS – Bruxelas, CNDC Angers e nos Estados Unidos da América na Universidade da Flórida – Gainesville, Universidade
Pedro Carneiro É considerado pela crítica internacional um dos mais importantes percussionistas e dos mais originais músicos da atualidade, toca, dirige, compõe e leciona. Em 2013 foi solista com a Los Angeles Philharmonic sob a direção de Gustavo Dudamel, professor convidado do Zeltzman Festival, dirigiu no Round Top Festival, no Texas, EUA e colaborou com o realizador João Viana. Apresenta-se regularmente como solista convidado de algumas das mais prestigiadas orquestras internacionais: Los Angeles Philharmonic, BBC National Orchestra of Wales, Vienna Chamber Orchestra, sob a direção de maestros como Gustavo Dudamel, Oliver Knussen, John Neschling e Christian Lindberg. 10
Goucha, Liliana Mendonça e Rui Lopes Graça. Em setembro de 2008 ingressa na Companhia Nacional de Bailado, como bailarino corpo de baile, sob a direção de Vasco Wellenkamp. Na CNB dançou praticamente todo o seu repertório tendo-se destacado como solista em bailados como O Quebra-Nozes de Armando Jorge, Copélia de John Auld, Romeu e Julieta de John Cranko, La Sylphide de Frank Andersen, Giselle de Georges Garcia, A Bela Adormecida de Ted Brandsen, Cinderela de Michael Corder, O Lago dos Cisnes de Fernando Duarte e Quebra Nozes de Fernando Duarte e André e. Teodósio. Paralelamente, trabalhou com os coreógrafos Marguerite Donlon, Marco Cantalupo e Katarzyna Gdnaniec, Paulo Ribeiro, Clara Andermatt e Cayetano Soto. No reportório contemporâneo destaca-se em Fauno e Será que é uma Estrela? de Vasco Wellenkamp, Four Reasons de Edward Clug, À Flor da Pele de Rui Lopes Graça, Noite de Ronda, A Sagração da Primavera, Orfeu e Eurídice e Treze Gestos de um Corpo de Olga Roriz, Grosse Fuge, Noite Transfigurada e Mozart Concert Arias de Anne Teresa De Keersmaeker e, mais recentemente, em Minus 16 de Ohad Naharin.
É cofundador, diretor artístico e maestro titular da Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP), que dirigiu no City of London Festival e da JOP (Jovem Orquestra Portuguesa, membro da EFNYO). Apresenta-se regularmente como solista/diretor em diversas orquestras nacionais, como a Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra do Algarve e Fundação Orquestra Estúdio, e internacionais, como a Orquestra Sinfónica da Estónia, sendo maestro convidado no Round Top Festival, no Texas, EUA. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian na Guildhall School, em Londres, em percussão e direção de orquestra. Seguiu os cursos de direção de Emilio Pomàrico, na Accademia Internazionale della Musica de Milão. Recebeu vários prémios, destacando-se o Prémio Gulbenkian Arte 2011. No ano de 2014 e de 2015, dirigiu a Orquestra de Câmara Portuguesa, na produção Giselle. Em dezembro de 2015 dirigiu a Orquestra Sinfónica Portuguesa na produção A Bela Adormecida, ambas da Companhia Nacional de Bailado.
Miguel Ramalho Concluiu o curso de dança da Escola de Dança do Conservatório Nacional, em julho de 2005. Em setembro do mesmo ano integra o elenco da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo – CPBC, sob a direção do coreógrafo Vasco Wellenkamp. Na CPBC teve a oportunidade de trabalhar com os coreógrafos Vasco Wellenkamp, Barbara Grigi, Henri Oguike, Patrícia Henriques, Pedro 11
le cargo 7 m a i o 2 0 16 , s á b a d o 18 h B a i r r o Pa d r e C r u z
Praça entre Rua Prof. Almeida Lima e Rua Prof. Fernando Piteira dos Santos Duração: 55 min; M/6 Entrada livre
inserido no Festival de Arte Urbana coapresentação
Le Cargo e Portrait Series: I Miguel 2 1 m a i o 2 0 16 , s á b a d o 16 h Va l e d a a m o r e i r a
Centro de Experimentação Artística (Bairro Fundo Fomento, Largo dos Cravos BL.50 R/C) Duração: 55 min + 20min; M/6 Entrada livre (sujeita à lotação) Reservas: 211 810 030 / cea@mail.cm-moita.pt coapresentação
apresentado no âmbito da rede Create to Connect com o apoio do Programa Cultura da União Europeia
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