TCC Arthur Teodoro R. de F. Morais

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PLAZANEWYORKCENTERBUSINESS PRIME SQUARE PARKCONCEPTSTYLETIMESTOWER UM EDIFÍCIO ARTHURTRABALHOUNIVERSIDADEANTI-CORPORATIVOESCRITÓRIOSDEFEDERALDEGOIÁSDECONCLUSÃODECURSOTEODOROR.DEF.MORAIS2022.2

Orientador: Prof. Me. Bráulio Romeiro

Times Tower: Um Edifício de Escritórios Anti-Corporativo

New Plaza York Center Business

Trabalho de Conclusão de Curso Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal de Goiás

Prime Square Park Concept Style

Orientando: Arthur Teodoro R. de F. Morais 2022/2

Abstract

typology, experimental, office building

Resumo

tipologia, experimental, edifício de escritórios

Este trabalho consiste no volume final do trabalho de conclusão de curso de Arquitetu ra e Urbanismo. Trata-se de uma proposta conceitual de edifício de escritórios em altura simulado no Setor Marista, na região central de Goiânia. O objetivo do trabalho é explorar a ideia de tipologia em sua aplica ção na arquitetura e experimentar com a subversão de um tipo específico de edifício —o edifício de escritórios. O texto deste trabalho é formatado como um relato ensaís tico de experiências, observações e interpre tações do autor a respeito do fazer da Arqui tetura e Urbanismo, e a respeito do tipo espe cífico que representa o objeto de estudo. Serão apresentadas as principais decisões de projeto, plantas, cortes, fachadas e imagens

Keywords:presented.

This work consists of the final volume of the conclusion work of the Architecture and Urbanism course. It is a conceptual proposal for a simulated high-rise office building in Setor Marista, in the central region of Goiâ nia. The objective of the work is to explore the idea of typology in its application in architecture and to experiment with the subversion of a specific type of building — the office building. The text of this work is formatted as an essayistic account of the author's experiences, observations and inter pretations regarding the work of Architectu re and Urbanism, and regarding the specific type that represents the object of study. The main design decisions, plans, sections, facades and illustrative images will be

Palavras-chave:ilustrativas.

2. Tema

3. 24 Projeto

Introdução 9

Sumário1.

Arquitetura experimental OTipologiaedifício de escritórios

Local

Visão FachadasCortesPlantasgeral 13

4.

30 5. Bibliografia 68

8.2. Cria-se um problema espacial para o qual a solução traz implicações sobre questões como “o que faz ou deveria fazer um arquiteto”, “como um espaço deveria ser projetado”, “quais espaços resolveriam os problemas da cidade”, assim como “quais problemas urbanos são mais relevantes ou urgentes”.

8.3. Por isso é apropriado se referir ao resultado desses exercícios como ficção. O projeto é um pretexto para se discutir e avaliar pontos fundamentais. Assim como um texto de ficção pode usar uma história como pretexto para explorar determinados temas.

5.1 A espacialidade é essencial. Existem obras de arte com uma dimensão espacial, mas não há arquitetura sem espaço.

10.2. Ao formular um contraste entre o que é possível e o que não é possível, chamamos atenção para a pergunta “por que isso não é possível?”

¹ FACULDADE DE ARTES VISUAIS. Projeto Político Pedagógico Arquitetura e Urbanismo, Elenco de disciplinas com ementas e bibliografia básica e complementar, Goiânia 2012. (p. 36)

a disciplina de Projeto 1 enfatiza aspectos plásticos e formais; Projeto 2 enfatiza aspectos funcionais e ergonômicos; em projeto 3 enfatiza-se a exploração tipológica, sua evolução histórica e relações com a morfologia urbana; projeto 4: habitação de interesse social e a sustentabilidade para soluções habitacionais de baixo custo¹ etc.

8.7. Assim como qualquer trabalho de ficção, a intenção é de que o produto seja verossí mil. Que imaginar este edifício dependa de alguma suspensão de descrença², mas que haja um conjunto de limitações e uma lógica interna que o tornem compreensível

9.2. Isso por si só não é um problema, mas quando se perde a perspectiva de que essa solução é, ao fim de tudo, apenas uma ficção, desperdiça-se a oportunidade de explorar o potencial de um espaço fictício ao fingir que estamos lidando com um espaço real.

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6.1. Seria uma boa interação? Pra quantas pessoas? Pra que tipo de pessoas? Por quanto tempo?Que tipos de interações seriam possíveis? Existe uma forma melhor de arranjar o espaço para essas interações?

10.1. Além de abrir novas possibilidades por si só, a abordagem da ficção também é um bom veículo para se fazer observações sobre a realidade.

9. Não obstante, uma grande parte da graduação em arquitetura e urbanismo envolve compre ender os problemas da cidade, tanto em relação às construções e a legislação sobre construções quanto em relação à configuração urbana, a organização dos edifícios e equipamentos urbanos. Naturalmente, uma abordagem comum ao Trabalho de Conclusão de Curso é a tentativa de responder aos problemas da cidade.

5.2 Ser habitável é importante. É seguro dizer que, pelo menos na grande maioria dos casos em que se faz um projeto de arquitetura, temos um usuário em mente. Normalmente um ser humano.5.3

7. Como conciliar os itens [4] e [6]? Podemos criar condições para que a intenção artística seja o critério priorizado, enquanto seguindo as restrições dos itens [5.1], [5.2] e [5.3], através de um projeto intencionalmente fictício.

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Introdução

² Suspensão de descrença refere-se à vontade de um leitor ou espectador de aceitar como verdadeiras as premissas de um trabalho de ficção, mesmo que elas sejam fantásticas, impossíveis ou contraditórias. É a suspensão do julgamento em troca da premissa de entretenimento. O termo é tradicionalmente aplicado na literatura, no teatro e no cinema.

8.6. Entretanto, a proposta não é de um espaço que funcionaria apenas em perfeitas con dições sociais e tecnológicas ou que não seja possível imaginar condições em que esse edifício poderia existir —não é um projeto exclusivamente para uma utopia.

5.3.1. Por outro lado, algumas qualidades da arquitetura são bastante discutíveis em termos de certo e errado. Quando um ambiente foi superdimensionado? O que seria “espaço demais”? Quanto mais fácil de construir, melhor? Qual critério é mais importante em um projeto? Estética? Eficiência? Sustentabilidade? Acessibilidade? Algum desses é dispensá vel? Todos têm a mesma importância? Essas são perguntas que provavelmente não produzem consenso, principalmente em um contexto acadêmico.

5. É apropriado escrever um Trabalho de Conclusão de Curso de uma graduação em Arquitetu ra e Urbanismo como um trabalho de arte? Provavelmente não. O fato de que Artes Visuais e Arquitetura e Urbanismo são duas graduações diferentes é evidência de que algo diferencia fundamentalmente as duas coisas. O que define arquitetura diferentemente de arte?

A funcionalidade é objetiva. Pintar um quadro, moldar uma escultura, produzir uma música, tirar uma fotografia, dançar. Estas são atividades sobre as quais, excluindo o con texto explicitamente competitivo, ao discutir se algo está certo ou errado, é difícil responder objetivamente. Milênios de filosofia da arte e teoria crítica ainda não foram capazes de responder definitivamente se existe um “certo” e “errado” quando se trata de arte. Isso é verdade sobre alguns aspectos da arquitetura. Contudo, se uma bacia sanitária bloqueia a abertura de uma porta, se uma área de circulação não tem espaço para uma pessoa passar, se o espaço exclui uma categoria de pessoa com base em deficiência, se um ambiente não comporta o uso para o qual é destinado, se a estrutura não é calculada levando em conta o uso do edifício, podemos dizer que o projeto está incorreto sem muitos problemas.

9.1. Habitação de interesse social, centro cultural, hospital, ginásio esportivo, centro comunitário, casa de apoio. Estes são temas comuns que em alguma capacidade partem da pre missa de que “se este espaço existisse, a cidade seria melhor”.

2. Aqui estão representadas as unidades de pensamento que, associadas como uma fiada de tijolos, formaram as decisões de projeto de um edifício.

1.O presente texto não é um artigo científico, mas uma tentativa de articular um processo cria tivo, ou um raciocínio subjetivo. Eu fundamento o máximo de opiniões possíveis com dados, citando referências bibliográficas, mas seria desonesto dizer que o argumento deste projeto é estritamente científico.

8.1. É possível originar o tema de projeto por meio de uma demanda real –algo que uma pessoa ou comunidade realmente quer ou precisa– mas é mais comum que o tema para um exercício de projeto arquitetônico seja elaborado com bases conceituais e pedagógicas. Tanto em um exercício proposto por um professor de projeto quanto em um TCC, onde o estudante inventa os próprios8.1.1.Porparâmetros.exemplo:

6. O propósito não é fazer uma escultura, algo com valor puramente estético. A graça do exercício está em imaginar a interação entre o ser humano e o objeto.

8. Se tratando especificamente do contexto acadêmico, o projeto de arquitetura e urbanismo é, mais frequentemente que não, uma ficção.

10. Partindo da premissa: “este espaço não precisa existir na realidade”, abrimos a possibilida de de criar espaços que não estão limitados pela barreira do possível.

3. Algumas observações aqui são verificáveis, outras podem ser imprecisas, generalistas, e até incorretas. Estas observações não são tentativas de provar uma teoria, apenas registros de um 4.percurso.Estetrabalho é um exercício de intenção artística. Ou, pelo menos, esse é um critério de avaliação muito importante para mim.

8.4. Como consequência dessa abordagem, é apropriado que não haja a ilusão de que este este edifício deveria, ou mesmo poderia ser viabilizado na realidade.

8.5. Ademais, a quebra com a viabilidade de existência também é parte do objetivo.

O projeto fictício

14. Assim, temos o máximo de opções entre as quais podemos discutir sobre quais abordagens, quais métodos, quais ideias são mais pertinentes, úteis, positivas, negativas ou não. Tanto insti tucionalmente quanto por conta própria.

18. Neste trabalho, essa exploração se dará através da subversão de uma tipologia arquitetônica: o edifício de escritórios.

17. Explorar o que acontece com o espaço no limite entre o que é possível e impossível é, pelo menos agora, o nicho que eu gostaria de explorar.

Christopher C.M Lee, ‘Working in Series: Towards an Operative Theory of Type’ in Lee, Christopher C.M. & Gupta, Kapil, Working in Series (London: AA Publica tions, 2010)

Tema

Tipologia

11. Eu acredito no ofício de Arquitetura e Urbanismo como um grande projeto colaborativo

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Arquitetura experimental

13. O objetivo é criar o máximo de experimentos diferentes possível. Produzir o máximo de perspectivas possível. Experimentar com o máximo de possibilidades possível.

12. Parte dessa crença envolve a ideia de que um bacharel em arquitetura e urbanismo deveria explorar os nichos mais específicos possíveis, até encontrar o que ele acha mais importante ou que ele mais se identifica pessoalmente, investigar o máximo possível desse nicho e comparti lhar os resultados para discutir.

15. A experiência tem valor inerente.

20. O entendimento comum de ‘tipo’ refere-se a um objeto ou artefato que pertence a uma classe ou grupo que reúne outros com atributos semelhantes. Na arquitetura, “tipo” é comu mente entendido como edifícios agrupados por seu uso, ou seja, escolas, hospitais, prisões, igrejas e assim por diante. No entanto, esse entendimento é limitante, pois o uso de uma edifi cação tem se mostrado independente de sua edificação e evolui com o tempo. Um armazém pode ser transformado em habitação, uma igreja em casa de shows, habitação em comércio etc. O que isso significa é que entender ‘tipo’ através do uso nos diz pouco sobre as características e traços compartilhados dos artefatos ou objetos que pertencem ao grupo em questão, impedindo o conhecimento que poderia ter sido adquirido de outra forma.

19. A palavra “tipo” vem da palavra grega typos que significa “modelo, matriz, impressão, molde, marca, figura em relevo, forma original” e da palavra latina typus que significa “figura, imagem, forma, tipo”.

¹

Quatremère de Quincy, “Type” in Encyclopédie Méthodique, vol. 3, trans. Samir Younés, reprinted in The Historical Dictionary of Architecture of Quatremère de Quincy (London: Papadakis Publisher, 2000).

² Ibid., p. 175.

³ Giulio Carlo Argan, ‘On the Typology of Architecture,’ Architectural Design, 33.12 (1963), 564-65.

22. Giulio Carlo Argan (1909-1992), parte da abordagem de Quatremère de Quincy em derivar princípios da natureza como um ideal. Para Argan, ‘tipo’ é uma ideia que não reside mais na natureza, mas na construção de precedentes e, portanto, na história da arquitetura. Este valor é então relativo, não ideal nem imutável. Para Argan, “o nascimento de um “tipo” depende, por tanto, da existência de uma série de edifícios que tenham entre si uma óbvia analogia formal e funcional”³. Essa afirmação aponta para o fato crucial de que novos ‘tipos’ podem ser tanto detectados quanto superados, possibilitando um processo de projeto sintático e discursivo na mesma medida. Desse modo, trabalhar tipologicamente é analisar, raciocinar e propor através de ‘coisas que são do mesmo tipo’, considerando-as assim em série. Trabalhar em série revela os traços compartilhados entre os objetos e aproveita a inteligência incorporada e cumulativa dessa série no fazer arquitetônico. Essa consideração serial emancipa a ideia de tipo de um ideal fixo sem deslocar a necessidade de um “ideal”.

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21. Para a definição da palavra 'tipo' na teoria da arquitetura podemos recorrer à definição de Antoine-Chrysostome Quatremère de Quincy (1755 – 1849) no Dictionnaire Historique d'Architecture (1825) que também introduziu formalmente a noção de 'tipo' no discurso arquitetô nico. Para Quatremère de Quincy, a palavra ‘tipo’ apresenta menos a imagem de uma coisa para copiar ou imitar completamente do que a ideia de um elemento que deve servir de regra para o modelo¹. Para ele, ‘tipo’ é a ideia ou significado simbólico que está incorporado em um elemento, um objeto ou uma coisa. Assim, ‘tipo’ é abstrato e conceitual ao invés de concreto e literal. Seguindo uma tradição neoplatônica, essa ideia para Quatremère de Quincy também pode ser entendida como o ideal que um arquiteto deve buscar no processo de produção criati va, ou seja, uma ideia que nunca poderá ser totalmente materializada no processo de criação artística. Assim, a definição de Quatremère toca e serve como uma teoria metafísica do “tipo”. De acordo com a teoria da imitação de Quatremère de Quincy², essa ideia são as leis que gover nam a natureza e não o produto da natureza. Essa lei ou princípio abstrato que orienta qualquer produção artística é, portanto, eterna e ideal, embora os modelos que surgem da aplicação desses princípios sejam infinitos em suas variações.

16. Mesmo que eu falhe no meu propósito, algo de valor sobre o meu trabalho pode servir de inspiração para outras pessoas.

15 16 Cartografia do tipo O edifício de escritórios 321 4 5 6 7 8 11 10 9 doTerrenoprojeto

25. Podemos estabelecer uma série de princípios comuns a esse tipo de edifício, a fim de usá-los como base para o processo de subversão.

24. Além da convenção de como esses edifícios são nomeados, eles também estabelecem uma continuidade em termos de propósito, uso, materialidade, linguagem arquitetônica, escala e, con sequentemente, significado.

33. Outro resultado da função ideológica do edifício tradicional, assim como um resultado de processos extremamente simplificados para eficiência, é a criação de modelos que ignoram a escala humana. Não em relação à altura do edifício em si, mas na ausência de detalhes e comple xidade em sua forma. As fachadas são caracterizadas exclusivamente por grafismos de faixas brancas e esquadrias.

27. O primeiro parâmetro para o projeto é, então, a subversão da convenção do acesso. O objetivo é que o espaço interno e externo tenham o mínimo de barreiras possível, idealmente borrando a fronteira entre público e privado.

O edifício de escritórios

26. No edifício de escritórios corporativo, o meio de acesso ao interior do edifício é algo muito importante. O árduo controle sobre quem pode ou não entrar no edifício, bem como a quantidade excessiva de barreiras entre parte interna e externa, resultam em um poder administrativo rigoro so de decisão sobre quais pessoas são permitidas nesse espaço. Esse princípio está relacionado à privacidade e segurança dos usuários. A premissa é, baciamente, que “se qualquer pessoa pudesse acessar o edifício, isso poderia causar conflitos imprevisíveis e indesejáveis”.

23. Para estabelecer a relação sintática entre instâncias do tipo, foram selecionados 11 exemplos, identificados através de deriva urbana. São eles: (1) The Prime Tamandaré Office (Setor Oeste. Ano de construção: 2011. Incorporadora: (2)Brookfield);OrionBusiness & Health (Setor Marista. Ano de construção: 2018. Incorporadora: FR); (3) New Times Square (Setor Bueno. Ano de construção: 2014. Incorporadora: Terral); (4) Nasa Business Style (Setor Marista. Ano de construção: 2011. Incorporadora: EBM / (5)Cyrela);New York Square (Setor Marista. Ano de construção: 2011. Incorporadora: Terral); (6) Executive Tower (Setor Marista. Ano de construção: 2006. Incorporadora: Opus); (7) New Business Style (Jardim Goiás. Ano de construção: 2009. Incorporadora: EBM); (8) JK New Concept Business (Jardim Goiás. Ano de construção: 2012. Incorporadora: (9);Opus);Metropolitan Tokyo (Jardim Goiás. Ano de construção: 2015. Incorporadora: EBM); (10) Brookfield Towers (Jardim Goiás. Ano de construção: 2014. Incorporadora: Brookfield); (11) Flamboyant Park Business (Jardim Goiás. Ano de construção: 2014. Incorporadora: Opus)

29. O segundo parâmetro de projeto é subverter a convenção de eficiência. A criação de “vazios” ou “intervalos” espaciais é essencial para a criação de um edifício melhor iluminado, arejado e que crie uma determinada experiência estética.

32.apropriada.Quanto mais espaços diferentes, mais funções diferentes podem ser exercidas.

Acesso

Eficiência

Flexibilidade

34. Com o parâmetro de complexidade busca-se gerar uma experiência estética mais caótica, criando contrastes e texturas de materiais e técnicas a fim de manter o edifício interessante não só na perspectiva de modelo, mas também na escala humana.

17

Complexidade

18

30. Um espaço flexível implica um espaço “multifuncional”. O espaço deve ser capaz de acomo dar várias condições. Portanto, o espaço flexível deve ser projetado para atender aos requisitos que dependem das funções do espaço. As condições de iluminação em uma galeria devem ser diferentes das de um cinema e o material do piso de um ginásio deve ser diferente do de uma sala de aula regular. Em outras palavras, ser apenas um espaço de planta livre é apenas uma condição necessária para o espaço flexível, mas não uma condição suficiente. A flexibilidade espacial não pode ser discutida sem considerar o desempenho funcional de um espaço. Isso significa que, embora todo espaço tenha o potencial de uso flexível, se flexibilidade significa que as pessoas podem usar um espaço para muitos propósitos na medida em que o espaço possa funcionar apropriadamente, a palavra “apropriadamente” é a chave da questão.

31. De certa forma, pode-se dizer que o escritório convencional é um espaço que proporciona flexibilidade, visto que é um espaço que busca resolver as demandas mais genéricas possíveis. Uma abordagem contrária ao espaço genérico é a criação de múltiplos espaços, cada um com o potencial de resolver um conjunto de demandas particulares. Além da presença de espaços residuais e não convencionais, que proporcionam usos imprevisíveis por si só, a presença de múlti plas configurações e organizações espaciais proporciona uma variedade de usos de forma mais

28. Outra convenção essencial ao edifício tradicional é a sua eficiência em termos de aproveita mento do espaço. A área útil do edifício deve ser a maior possível, a fim de maximizar o aprovei tamento daquele terreno e gerar o máximo de lucro de aluguéis possível.

37. Subverter o parâmetro de eternidade envolve escolher materiais e técnicas que não escondam seu próprio decaimento. Criar texturas que localizem o edifício no tempo e ajudem a contar uma história através da materialidade.

39. Algumas interpretações:

19 20 ¹ NORBERG-SCHULZ (1999)

39.1. O edifício em altura é um marco na paisagem

Eternidade

38. Em 2009, o Burj Khalifa em Dubai tornou-se, com 828 metros, a estrutura humana mais alta já construída. A estrutura anterior mais alta, a CN Tower em Toronto, tem 553 metros de altura, e a estrutura mais alta já construída anteriormente, o Mastro de Rádio de Varsóvia, que desmoro nou em 1991, tinha apenas 646 metros de altura. Por que essas estruturas são construídas? Expli cações em termos de “poder simbólico” parecem subestimar as maneiras pelas quais os arranha-céus têm sido projetos vinculados à rentabilidade de aluguéis, dinamismo urbano e estratégias econômicas nacionais. Mas também é difícil ver o arranha-céu como apenas uma máquina para fazer a terra render quando sua materialização é muitas vezes tão excessiva, tão extrema em sua tecnologia e escala. Há algo de cultural, estético e/ou ideológico nesses edifícios.

Por definição, a altura de um objeto está diretamente relacionada com a distância até a qual ele pode ser visto. Quanto mais alto o edifício, para mais lugares ele se torna visível. Isso coloca o edifício excepcionalmente alto como excepcionalmente visível, o que frequentemente cria um ponto de orientação na cidade –uma utilidade pragmática– e aumenta as chances do edifí cio de ser gravado na memória 39.2. “Superar a estrutura mais alta já construída até hoje” é um desafio tecnológico ao qual a humanidade está naturalmente inclinada 39.3. Expressar uma ideologia através de algo monumental é garantir que ela seja assimilada por mais pessoas, assim como a altura de uma construção é evidência da força ou poder de sua ideologia

35. Em termos de materialidade, o que parece ser comum aos edifícios de escritório tradicionais é uma certa homogeneidade. Peles de vidro e placas de alumínio são quase exclusivamente os materiais mais comuns à superfície desses edifícios. Podemos interpretar essa convenção como parte da ideologia à qual esses edifícios estão associados. Este tipo de edifício é inevitavelmente resultado de uma vasta concentração de renda. Estruturas tão monumentais requerem orçamentos na escala de bilhões, o que só é possível graças a investidores privados que possuem essa renda.

As construções do antigo Egito são consideradas, até hoje, entre as construções mais imponentes da história da arquitetura. Duas coisas que não podem ser dissociadas dessa impo nência são: a dimensão dessas construções e a forma como elas representam a cultura em que foram construídas. O mesmo pode ser dito sobre os templos gregos e romanos, as catedrais góti cas, renascentistas e barrocas¹, os monumentos neoclássicos, os edifícios públicos soviéticos e, hoje, o edifício de escritórios moderno. Apesar de uma clara mudança rumo à secularidade, pode-se observar uma relação direta entre os tipos de edifício mais imponentes –e mais frequentemen te que não, mais altos– em cada sociedade com a forma que esses edifícios representam a cultura, a religião, ou as ideias de maior poder naquele período. O templo grego é um espaço cujas dimensões são de uma magnitude muito maior que a do ser humano, pois é um espaço que repre senta ou expressa algo maior que a humanidade.

36. O edifício de escritórios tradicional é um ícone do sistema capitalista, uma expressão da utopia que o mercado busca criar. É possível que por essa razão as escolhas convencionais de ma teriais desses edifícios tenham como objetivo passar a ideia de eternidade, pois esses são os edifí cios que pontuam o fim da história (a utopia).

Monumentalidade

14

41. A Avenida 136, uma das principais avenidas da capital, apresenta um fluxo de cerca de 100 mil veículos por dia¹ e faz parte do percurso de pelo menos 4 linhas de ônibus², o que torna o terreno do projeto acessível a pessoas de diversas áreas.

40. O Setor Marista surgiu na década de 60, período em que a urbanização de Goiânia já não era mais regida pelos projetos originais de Attílio Corrêa Lima e Armando de Godoy. Fruto da fase de expansão orgânica da cidade, o setor se estabelece desde sua origem como um bairro de classe alta. Contém uma das maiores taxas de verticalização da cidade. A região é bem equilibrada em relação a habitação e comércio e rica em serviços que atraem habitantes de vários –se não todos–outros setores da cidade.

LOTEBAIRRORUA 23 24

JARDIMGOIÁS

BUENOSETOR 100m 100m 100m

Mapa de EdifícioResidencialusosComercialUsomistoFarmáciapúblicoMapa de SecundáriaPrimáriaviasTerciária

¹ RABÊLLO, Palloma. Trincheira no cruzamento da Rua 90 com a Avenida 136 entra na reta final. Sagres, Goiânia, 26 de novembro de 2019. Disponível em: https://sagresonline.com.br/trincheira-no-cruzamento-da-rua-90-com-a-avenida-136-entra-em-reta-final/ . Acesso em: 10 de setembro de 2022

12 Local

² São as linhas: 006 (T. Veiga Jd. / Centro - Eixo 90); 026 (T. Bandeiras / Flamboyant - Via T-10); 035(T. Garavelo / Rodoviária - Eixo T-63); e 302 (PC Campus / Marista / Bueno)

42. O terreno do projeto possui dimensão aproximada de 1.740m², desnível máximo de 1,76m e tem um ponto de ônibus diretamente no limite frontal.

Menos de 5 pavimentos 5 ou maisEmpavimentosconstrução

Mapa de gabaritos

43. O projeto consiste em uma torre de 20 pavimentos em estrutura em concreto, pilares quadrados e laje nervurada.

44. As salas do edifício foram projetadas a partir de diferentes combinações possíveis entre dimensionalidade e abertura. Para este exercício não foram consideradas as variações em projeto luminotécnico, acústico e de revestimentos.

45. Através de todos os pavimentos se mantém um núcleo funcional invariável. Esse núcleo inclui os meios necessários de circulação vertical (elevadores sociais, escada de incêndio e dutos de ventilação); um elevador industrial que atende à necessidade de transporte de mobiliário e viabiliza uma variedade maior de apropriações; e um par de banheiros coletivos (com cabine própria para Pessoas com Deficiência) que atendem cada pavimento.

O projeto

60 697 60 697 60 697 60 697 60 697 60 60 511 60 511 60 511 60 3844 1772 757 757 757 757 757 571 571 571                          3784 1712

30

1,76 0,00 1,01 22 480 60 511 60 511 60 511 22 122 2236 602 22 1473 22 417 2229622 500 1201210322 340 12141511151202212051115 1411232122 421 4525 1178 1176 22 568 22 511 22 22 745 12 697 12 793 12 857 22 453 2210022 735 22 770 12 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 2860 74 2238220911109122012 235128812215128812215128812215128812215128812215128 11081221512881221512881251220 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 440 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 110 804 4525 2230022196221952222822228221201210322 735 22 716 22 22 304 22 185 22 1659 22 22 274 12 225 22 568 2320 2209012881290220 3030                                                                               1,01 1,10 0,25 31 3 4 2 1 4321 BicicletárioVestiárioVestiárioMorrinhosM.F. Ambientes morrinhosEntrada Entradaplana Entrada 1º pavimento cargaEntradaedescarga Entrada bicicletário Projeção 1º pavimento Projeção 2º pavimento Ponto de ônibus Níveis da calçada, cotas, dimensões do terreno, ambientes e entradas Planta do Térreo | 1:200 B BAA 32

48. A locação do espaço morrinhos como uma parte de entrada do edifício o coloca como uma espécie de “introdução temática” ao resto do edi

47. Um grande salão de concreto moldado em dunas sem uma função específica tem como intenção propor ao usuário a liberdade de inventar sua própria apropriação. Engajar com o espaço como uma criança faria.

46. Um tema que surgiu durante o processo de projeto, em oposição aos princípios estabelecidos previamente, foi a capacidade do espaço de esti mular a imaginação.

Morrinhos

36

Se não fosse exigido um mínimo de vagas em edifícios com alta circula ção –como é o caso de edifícios comerciais– poderia ser provocada uma quantidade inimaginável de problemas logísticos, impactando não só o funcionamento do edifício como, potencialmente, de toda a cidade. En tretanto, é possível observar a exigência de vagas de carro sob outra

54. Portanto, um desvio da realidade a ser estabelecido no projeto é que, para fins deste exercício, considero uma cidade em que o transpor te público e o ciclismo são os métodos de transporte mais convenientes e eficientes, sendo o uso do carro extremamente desencorajado em um nível social e não havendo uma exigência mínima de vagas imposta pela legislação.

49. Segundo o Plano Diretor de Goiânia, para uma edificação com mais de seis atividades/salas diferentes e área ocupada acima de 5001 m², a área de reserva técnica destinada a estacionamento de veículos (exigência mínima de vagas) seria de uma vaga para cada 45 m², resultando em 112 vagas no projeto.

50. O número mínimo de vagas exigidas equivale a 1.290,24m².

53. Um relatório da European Cyclists' Federation (Federação dos Ciclistas Europeus) chega à conclusão: “Há um consenso entre os pesquisadores acadêmicos de que a disponibilidade de estacionamento induz a posse e o uso do carro. As famílias possuem mais carros, usam-nos com mais frequência e conduzem-nos mais longe se houver um bom acesso ao estacionamento na rua”². Vários estudos mostram que o número, localização, distâncias e conforto das vagas de estacionamento influenciam a atratividade do uso do carro particular³ podendo diminuir a atratividade de modos de transporte ativos, como ciclismo e caminhada, e o uso de transporte público ou compartilhado.

Estacionamento (bicicletário)

53. A exigência de vagas é consequência da prevalência do carro mas, inversamente, a prevalência do carro também é reforçada pela exigência de vagas.

¹ LOPES, Pedro. Com 1,887 milhão de veículos, Goiânia é a terceira maior frota do país por habitante. Poder Goiás, Goiânia, 23 de setembro de 2019. Disponível em: on³and201,8%20ve%C3%ADculo%20para%20cada%20habitante-veiculos-goiania-e-a-terceira-maior-frota-do-pais-por-habitante#:~:text=No%20Estado%2C%20Goi%C3%A2nia%20tem%https://podergoias.com.br/materia/1441/com-1-887-milhao-de²Küster,F.andPeters,M.(2018).Makingbuildingsfitforsustainablemobility–Comparingregulationsforoff-streetbicyclecarparkinginEurope.EuropeanCyclists’Federation.Brussels.November2018.6Christiansen,P.,Engebretsen,Ø.,Fearnley,N.,Hanssen,J.U.(2017):Parkingfacilitiesandthebuiltenvironment:Impactstravelbehaviour,in:TransportationResearchPartA95(2017)

51. Não é difícil observar a racionalidade por trás desta exigência. O carro é esmagadoramente um dos meios de transporte mais populares no meio urbano, principalmente em uma capital como Goiânia. Tendo em mente que a proporção entre carros e habitantes de Goiânia é aproxima damente 0,8 (1,2 milhão de veículos para 1,5 milhão de habitantes), nos colocando como a terceira capital brasileira com a maior proporção entre população e frota de veículos¹, pensar a logística de estacionamen tos é basicamente indispensável.

52.perspectiva.Altasexigências para construir os padrões fixos afetam os custos de construção e manutenção de edifícios, criam conflitos de uso do solo e graves problemas ambientais. A maioria dos países tem os chamados “requisitos mínimos”. Isso implica que os desenvolvedores de constru ção podem projetar até mais se quiserem.

40

  22 1473 223001210522296221231220812123221201210322 361 12 361 22 716 22 4525 22 530 22 568 222401225922 1696 22 2192 22 2236 22 2986 22 3030 1495 22 1473 22 1511 2210022 453 2210022 663 225022 3030 22 511 22 496 225022 1070 22 22 511 22 496 225022 530 22 518 22 107510451075 178 2230022196221952222822228222352214152151221551412215012 554 22 Cotas, ambientes Simulação de layout Planta do 1º Pavimento | 1:200 41 42 B BAA 21 Banheiros Administração(18,45m²)(36,58m²) Ambientes 1 2

43

22 1473 22 417 22296221231220812123221201210322 361 12 361 22 716 2 4525 225022 446 22 1119 22 511 22 2236 22502240 2762 40225022 3030 401464010040 577 4010040 577 4010040 577 401004016540 22 511 22 496 2250225022 458 22 406 40 225022 446 22502230022 525 221782217851075104510722 22107510451075 178 22 178 22 919 22 22 1119 22 511 22 1696 40 513 2250 776 22 1492 22 22123292912322 185 22 1547 40 Cotas, ambientes, simulação de layout Planta do 2º Pavimento | 1:200 B BAA 45 46 21 Sala 1 (19,84m²) Praça 1 Ambientes 21

48

22502240 623 22 716 22 417 222962212312208122651210322 361 12 361 22 361 12 342 22 4525 225022 1508 225022 1294010040 319 4010040 391 4010040129 22 511 22 238 22 289 22 549 22 22 352 12333 22 1399 40225022 976 22 413 125022 225012 449 22 282 22 815 22 22502240 551 225022 1495 277401004016540225022 735 2221922 475 22 1696 4525 22 511 22 282 22 421 22 300 225022 1696 225022934020040 674 22185221691212322 2250223052215022 549 221852230422 Cotas, ambientes, simulação de layout Planta do 3º Pavimento | 1:200 B BAA 51 52 4321 Praça 2 Sala 2 (36,58m²) Sala 3 (9,62m²) Sala 4 (9,62m²) Ambientes 765 Praça 5 (15,35m²) Sala 6 (15,35m²) Sala 7 (38,71m²) 1 2 3 4 5 67

53

  225022 1468 40225022 225022405644022417222962212312208121232212012103223611236122644225022 3768 1696 2250224060422 1492 22 735 22644225022 3768 225022458222781227822439225022 1696   22 735 22 735 22 735 22 716 2238 3068 3822 1652 2238 1772 225022 1047 2251122 1696 22417222962212312208121232212012103223611236122 716 238 3068 Planta do 4º Pavimento | 1:400 Planta do 5º Pavimento | 1:400 56

1696563285304544 1494 769 757 749 3768 563 571 563 1696 749 757 757 378378 749 3768 1190 544 1734 787 757 1514 749 3806 749 757 757 378378 787 3806 563 571 601 1734 563 601 1163 749 757 757 757 749 450318 757 378389 1163 3768 2292 Planta do 6º Pavimento | 1:500 Planta do 7º Pavimento | 1:500 Planta do 9º Pavimento | 1:500 57

Pav 15 NB=65,60

PavSup.NB=92,545NB=22,60

TérreoNB=1,10Pav1NB=5,40Pav3NB=14,00Pav2NB=9,70Pav6NB=26,90Pav7NB=31,20Pav4NB=18,30

Pav 20 - Cob C. Máq.NB=87,10

22 Cob. Reserv. NB=95,69 430430430430430430430430430430430430430430430430430430430430544315

Pav 8 NB=35,50

Pav 12NB=52,70

Pav 16NB=69,90

Pav 19NB=82,80

  370603706037060370603706037060370603706037060370603706037060370603706037060370603706037060370603706048460315120             605079180060370506016106037012060250506032012060250110602601206015406080032011060260120603706037012060250604181241812418124181237060370603706037060370603706037060370603706037060370603706037012060      TérreoNB=1,10Pav1NB=5,40Pav3NB=14,00Pav2NB=9,70Pav6NB=26,90Pav7NB=31,20Pav4NB=18,30 Pav 20 Cob C. Máq. NB=87,10 Pav 21 Res. Sup. NB=92,54 Pav 5NB=22,60 Pav 22 - Cob. Reserv.NB=95,69Pav8NB=35,50Pav9NB=39,80Pav10NB=44,10Pav11NB=48,40Pav12NB=52,70Pav13NB=57,00Pav14NB=61,30Pav15NB=65,60Pav16NB=69,90Pav17NB=74,20Pav18NB=78,50Pav19NB=82,80 220 430430430430430430430430430430430430430430430430430430430430544315  693706037060370603703201106026012060250110602607506037012060250603705060320110602601106026060370120602506080012060                                                                                                              220 61 62 Corte AA | 1:250 Corte BB | 1:250

Pav 11 NB=48,40

Pav 18 NB=78,50

Pav 10NB=44,10

Pav 9NB=39,80

Pav 17NB=74,20

Pav 21 - Res.

Pav

Pav 13NB=57,00

Pav 14NB=61,30

Pav 22 Cob.

TérreoNB=1,10Pav1NB=5,40Pav3NB=14,00Pav2NB=9,70Pav6NB=26,90Pav7NB=31,20Pav4NB=18,30

Reserv.NB=95,69Pav8NB=35,50Pav9NB=39,80Pav10NB=44,10Pav11NB=48,40Pav12NB=52,70Pav13NB=57,00Pav14NB=61,30Pav15NB=65,60Pav16NB=69,90Pav17NB=74,20Pav18NB=78,50Pav19NB=82,80

C.

20

Pav 21 - Res. Sup. NB=92,54

63 64 Elevação frontal 1:250 Elevação lateral 1 1:250

Pav - Cob Máq. NB=87,10 Pav 5NB=22,60

Pav 13NB=57,00

Pav 15 NB=65,60

Pav 16 NB=69,90

Pav 12 NB=52,70

22 - Cob. Reserv. NB=95,69

Pav 10NB=44,10

PavSup.NB=92,545NB=22,60

Pav 17NB=74,20

Pav 20 Cob / C. Máq.NB=87,10

Pav 21 - Res.

Pav 14NB=61,30

Pav 19 NB=82,80

Pav 11NB=48,40

65 66 Elevação fundos 1:250 Elevação lateral 3 1:250

Pav 18NB=78,50

TérreoNB=1,10Pav1NB=5,40Pav3NB=14,00Pav2NB=9,70Pav6NB=26,90Pav7NB=31,20Pav4NB=18,30

Pav 8 NB=35,50

Pav

Pav 9 NB=39,80

Fin

Carlo. El concepto del espacio Arquitectónico desde el Barroco a nuestros días: Curso dictado en el Instituto Universitario de Historia de la Arquitectura, Tucumán, 1961. Buenos Aires: Ediciones Nueya Visión, 1973;

-FACULDADE DE ARTES VISUAIS. Projeto Político Pedagógico Arquitetura e Urbanismo, Elenco de disciplinas com ementas e bibliografia básica e complementar, Goiânia 2012;

-ARGAN, Giulio Carlo. Sobre o conceito de tipologia arquitetônica. São Paulo: Editora Ática, -Christiansen,2000; P., Engebretsen, Ø., Fearnley, N., Hanssen, J. U. (2017): Parking facilities and the built environment: Impacts on travel behaviour, in: Transportation Research Part A 95 -EISENMAN,(2017);

-Küster, F. and Peters, M. (2018). Making buildings fit for sustainable mobility – Comparing regulations for off-street bicycle and car parking in Europe. European Cyclists’ Federation. Brussels. November 2018;

-LOPES, Pedro. Com 1,887 milhão de veículos, Goiânia é a terceira maior frota do país por habitante. Poder Goiás, Goiânia, 23 de setembro de 2019. Disponível em: https://podergoias. Design,-TSCHUMI,trincheira-no-cruzamento-da-rua-90-com-a-avenida-136-entra-em-reta-final/;final.-RABÊLLO,Publisher,-QUINCY,1999;-NORBERG-SCHULZ,0Goi%C3%A2nia%20tem%201,8%20ve%C3%ADculo%20para%20cada%20habitante;-veiculos-goiania-e-a-terceira-maior-frota-do-pais-por-habitante#:~:text=No%20Estado%2C%2com.br/materia/1441/com-1-887-milhao-deChristian.ArquitecturaOccidental.3ªedición.Spain:GGReprints,Quatremèrede.Type.EncyclopédieMéthodique,vol.3.Londres:Papadakis2000;Palloma.TrincheiranocruzamentodaRua90comaAvenida136entranaretaSagres,Goiânia,26denovembrode2019.Disponívelem:https://sagresonline.com.br/Bernard.TheManhattanTranscripts.Londres:Architectural1981

Peter. The End of the Classical: The End of the Beginning, the End of the End. Vol. 21. New Haven: Perspecta, 1984;

-ARGAN,Referências:Giulio

-LEE, Christopher C.M. Working in Series: Towards an Operative Theory of Type. Londres: AA Publications, 2010;

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