Exposição on-line "terra terreno território", Dani Sandrini, SECUL, Prefeitura de Chapecó, 2020

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EXPOSIÇÃO ON-LINE

terra terreno território Dani Sandrini

EDITAL PARA EXPOSIÇÕES DE ARTES VISUAIS NA GALERIA MUNICIPAL DE ARTE DO CENTRO DE CULTURA E EVENTOS PLINIO ARLINDO DE NÊS Nº 258/2019

CHAPECÓ/SC


FICHA TÉCNICA Exposição “terra terreno território” Artista fotógrafa Dani Sandrini Pesquisa em antropologia e assistência geral Vanessa Munhoz Produção de vídeo, mídia, imprensa e assistência geral Raquel Walder Leal Consultoria na edição das imagens DW Consultoria em assuntos da natureza Netuno Borum Consultoria executiva Carolina Dias Textos da exposição Case Angatu Xucuru Tupinambá e Wagner Souza e Silva Textos de mídia e revisão Mariângela Devienne Produção Estúdio Grão Apoio Weprint e Vacca Madre Organização da publicação e Design gráfico Ricardo Garlet (Ricardo de Pellegrin) Abertura on-line dia 24 de setembro de 2020, às 20h, via Google Meet. PROJETO SELECIONADO NO EDITAL Nº 258/2019 PARA EXPOSIÇÕES DE ARTES VISUAIS NA GALERIA MUNICIPAL DE ARTE DO CENTRO DE CULTURA E EVENTOS PLINIO ARLINDO DE NÊS.


APRESENTAÇÃO A Exposição on-line “terra terreno território”, da artista visual Dani Sandrini, é uma mostra virtual no formato de publicação organizada pelo Setor de Artes Visuais, através da Secretaria de Cultura - SECUL da Prefeitura de Chapecó. A idealização do modelo on-line para a exposição foi uma estratégia adotada para mitigar os impactos da Pandemia de COVID-19 que afeta o mundo, cujo primeiro caso diagnosticado foi na China em dezembro de 2019 e no Brasil em fevereiro de 2020. O projeto foi selecionado no EDITAL Nº 258/2019 PARA EXPOSIÇÕES DE ARTES VISUAIS NA GALERIA MUNICIPAL DE ARTE DO CENTRO DE CULTURA E EVENTOS PLINIO ARLINDO DE NÊS. O Setor de Artes Visuais é responsável pela gestão de três equipamentos culturais da Prefeitura de Chapecó, sendo eles a Galeria Municipal de Arte do Centro de Cultura e Eventos Plinio Arlindo De Nês, a Galeria Municipal de Arte Dalme Marie Grando Rauen e o Memorial Paulo de Siqueira, com coordenação de Ricardo de Pellegrin desde o ano de 2016. A equipe conta com profissionais das Artes Visuais e da Pedagogia, formações que garantem as habilidades técnicas necessárias para o desenvolvimento de ações como a proposta neste trabalho. A organização de publicações on-line é uma das atividades que pretendem garantir a continuidade das ações do Setor de Artes Visuais junto a cultura local, propondo um diálogo com a comunidade por meio da produção e divulgação de materiais inéditos, de documentação e educativos. Os conteúdos abordados são as exposições realizadas, o acervo e os projetos selecionados nos editais do ano de 2020. A proposta é disponibilizar conteúdos gratuitos, de qualidade, com fácil acesso e adequado a diferentes públicos. Ricardo de Pellegrin (Ricardo Garlet) Coordenador Setor de Artes Visuais


Foto: Ricardo Garlet


GALERIA MUNICIPAL DE ARTE DO CENTRO DE CULTURA E EVENTOS PLINIO ARLINDO DE NÊS A Galeria Municipal de Arte do Centro de Cultura e Eventos Plinio Arlindo De Nês é um espaço cultural público da Prefeitura Municipal de Chapecó, administrado pela Secretaria de Cultura, com coordenação do Setor de Artes Visuais. O equipamento foi concebido para atender a demanda da comunidade artística por um local adequado às manifestações visuais da Arte Contemporânea, sendo inaugurada no ano de 2012 e criada pela lei nº 6410/13. A sede da Galeria fica no andar térreo do edifício do Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nês, que fica localizado na Rua Assis Brasil, nº 20 D, Centro de Chapecó. As finalidades da Galeria, estabelecidas na lei nº6410/13, estão alinhadas a uma visão de fomento e valorização da produção artística local, regional e nacional. Os objetivos da galeria são: disponibilizar um espaço público para exposições e difusão das artes visuais; fomentar a legitimação de artistas locais, regionais e nacionais; abrigar exposições de caráter local, regional e nacional com objetivo de troca de referência e vivências nas produções culturais; estimular a produção artística e cultural através de ações de fomento e incentivo. A sede da Galeria se destaca por suas características arquitetônicas. A sala branca possui um grande vão retangular central, sem janelas e com piso cinza escuro, com pé direito alto e ângulos irregulares no teto. Devido a estes aspectos, a área da Galeria permite o fluxo dos visitantes e a produção de diferentes projetos expográficos. O espaço, sem aberturas para áreas externas, propõe uma situação de imersão aos visitantes, podendo estes vivenciar com plenitude o envolvimento nas diferentes produções artísticas. A visitação na Galeria pode ser espontânea ou por meio de agendamento prévio, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e 13h às 16h, ou em horário diferenciado desde que previamente agendado. O espaço dispõe do acompanhamento de um mediador, acadêmico do curso de licenciatura em Artes Visuais, que orienta, facilita, comunica, intermedia, realiza intervenções e provoca o interesse e a discussão a partir de temas relacionados às exposições. O público visitante é formado por moradores da comunidade local, estudantes do ensino regular, fundamental e superior, e turistas das diversas faixas etárias. Em um olhar retrospectivo para a trajetória de ações realizadas na Galeria Municipal de Arte do Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nês podemos evidenciar que, apesar de estar localizada distante das grandes capitais, a instituição tem se tornado referência pelo acolhimento e fomento de produções artísticas e projetos com foco na Arte Contemporâneas.


Convite da Exposição on-line terra terreno território | 2020


EXPOSIÇÃO ON-LINE

terra terreno território Dani Sandrini


Imagens vivas Quando decidiu engajar-se em seu projeto terra terreno território, Dani Sandrini tinha por objetivo ampliar o debate sobre o que é ser indígena numa cidade como São Paulo. Em busca de uma documentação fotográfica à altura da relevância política e cultural de seu tema, produziu imagens com beleza e serenidade que se mostram como consequências naturais de quem fotografa ciente de que as experiências cotidianas e as relações interpessoais consistem em algo muito mais importante do que as próprias fotografias que podem ser dali extraídas. Capturadas digitalmente, as imagens foram impressas em transparências, gerando grandes negativos colocados em contato direto com dois tipos de suportes: papéis de algodão sensibilizados por uma emulsão à base de jenipapo (fruto que também é usado para a pintura corporal dos indígenas), e em folhas de plantas, processo este conhecido como fitotipia. Ambos os procedimentos exigiram longos períodos de exposição ao sol – dias, às vezes, semanas – permitindo a construção artesanal das impressões sob uma temporalidade impensável para a prática fotográfica vigente, baseada na ferocidade do click, share & like. A opção por tais formatos definiu a estas imagens uma dimensão material extremamente frágil, que as distanciam da longevidade dos sais de prata dos filmes fotográficos ou dos bytes dos arquivos digitais. Como espécies de "fotografias orgânicas", estas imagens estão destinadas ao desaparecimento, pois tendem a se deteriorar rapidamente sob a ação da luz. Sendo permitido a elas, portanto, uma "morte", seriam elas mais "vivas" que as fotografias normalmente arquivadas como documentos iconográficos? Frágeis enquanto indícios perenes, tais imagens parecem convocar com mais força nossa sensibilidade e nossos olhares para o tempo presente destas comunidades, exigindo uma reflexão a respeito da responsabilidade que nos cabe frente à construção desta história que está em andamento. "Falando da fotografia, parece (parece?) que estou falando da vida", nos diz Dani Sandrini, fazendo-nos imediatamente associar a fragilidade destas imagens à própria fragilidade de todo e qualquer tipo de vida. Aqui, contemplamos as imagens como algo que desaparecerá, e isso nos dá a chance de realizar um exercício que não deveria se estender, em hipótese alguma, às cenas e personagens que foram capazes de promover toda a experiência que se configura nesta exposição: com a existência dos indígenas legitimada no presente, temos a chance de poder validar a importância da diversidade cultural e assim, respeitá-la como forma de garantir todos os benefícios que uma convivência harmoniosa pode ser capaz de gerar. Wagner Souza e Silva


Anga Catupei (Alma nua) Imagens indígenas na cidade que alguns dizem não ter alma Silêncio! Vejam o que para muitos não existe... Escutem o silêncio nativo do profundo das angas (almas) indígenas que povoam a ensurdecedora cidade de São Paulo. Vejam imagens invisibilizadas dos Povos Originários que circulam pela multifacetada Paulicéia Desvairada. Sensibilizem-se com a delicadeza de pigmentos naturais em folhas de plantas lembrando a terra, criando terreno e tornando-se territórios imagéticos. Uma polifonia de imagens harmônicas e ancestrais indígenas florindo a partir do jenipapo. Sim... a cidade do Peixe Seco (Piratininga), rebatizada de São Paulo, nunca deixou de ser indígena - uma Tabatatyba Piratininga (Peixe Seco Taba de vários povos). Sempre foi e continuará sendo. Estas são as sensações trazidas pela exposição terra terreno território, da fotógrafa e artista visual Dani Sandrini. Por meio de seu olhar sensível e profundo, a quarta maior cidade indígena do Brasil (IBGE, 2010) se revela. Terra terreno território fez-nos visíveis. Nas ruas, praças e viadutos da Piratininga vivem e circulam homens e mulheres de ancestralidade indígena. Por vezes, foram expulsos ou forçados a saírem de suas terras natais. A estes, somam-se os nascidos na própria cidade, onde constituíram territórios diversos e de feições variadas. As imagens expostas em terra terreno território expressam (re)existências resistentes a mais de cinco séculos de violências, iniciadas pelas invasões européias. E, mais que isso, ao utilizar elementos naturais em seu trabalho, Dani recorda a sacralidade da natureza para os Povos Originários. Ela é moradia de nossas/nossos Encantadas/Encantados, dos Ancestrais e da Espiritualidade. Em tempos em que “ecocídas” queimam a mata, a exposição nos relembra da teia que a tudo nos integra. Somos parte da natureza e ela é a nossa energia vital. São Paulo é Indígena e por isso falamos: Kuekatureté, Dani, por possibilitar alcançarmos um pouco destes saberes que moram na natureza e habitam nossa essência. Convido a todos para que enxerguem esta exposição com Anga Catupei, com a Alma Nua, despida, limpa. Casé Angatu Xukuru Tupinambá



Grupo Mandu´a - Etnia Gurani Nhandewa terra terreno território | fitotipia | 30X42CM | 2019



Aldeia Krukutu - Etnia guarani terra terreno territรณrio | fitotipia | 30X40CM | 2019


Amanda dos Santos, Assistente social, Etnia Pankararu terra terreno territรณrio | fitotipia | 10x17CM | 2019



Milho ancestral, Aldeia Kalipety, Etnia guarani terra terreno territรณrio | fitotipia | 40x53CM | 2019




Pedro Pankararé, artesão, Etnia Pankararé terra terreno território | fitotipia | 25x25CM | 2019


Aldeia Pyau, Etnia guarani terra terreno territรณrio | fitotipia | 10x18CM | 2019



Aldeia Krukutu, Etnia guarani terra terreno territรณrio | fitotipia | 15x25CM | 2019



Ricarda de Araújo, pedagoga e técnica em nutrição Etnia Wapixana terra terreno território | fitotipia | 15x21CM | 2019



Rebarreamento terra terreno territรณrio | fitotipia | 10x18CM | 2019



Tiago de Oliveira, mestrando em antropologia social, Etnia Guarani-Nhandewa terra terreno territรณrio | fitotipia | 18x25CM | 2019



Maria da Conceição, aposentada, Etnia Pankararu terra terreno território | fitotipia | 8x15CM | 2019



Casé Tupinambá, professor de graduação e pós graduação; Doutor em arquitetura e urbanismo. Etnias Xucuru e Tupinambá | terra terreno território | fitotipia | 50x75CM | 2019


Jenipapo terra terreno territรณrio | fitotipia | 20x255CM | 2019



Julia Pankararé, Etnia Pankararé terra terreno território | fitotipia | 10x15CM | /2019


MC Kunumi, Rapper, Etnia Guarani terra terreno territรณrio | fitotipia | 15x24CM | 2019


Natalício Karaí de Souza - Vice-cacique da Aldeia Pyau. Etnia Guarani terra terreno território | fitotipia | 30x45cm | 2019


Kerexu, professora, Etnia Guarani terra terreno territรณrio | fitotipia | 20x28CM | 2019



Artesanato de Avani Fulni-Ă´ terra terreno territĂłrio | fitotipia | 15x21CM | 2019



Casa na aldeia Krukutu terra terreno territรณrio | fitotipia | 20x30cm | 2019



Moara Brasil, artista Visual, Ascendência Tapajó terra terreno território | fitotipia | 22x28CM | 2019



Inae Pataxo, Artista visual, Etnia Pataxรณ Guarani terra terreno territรณrio | fitotipia | 15x24CM | 2019



Netuno Borum, artesรฃo e lideranรงa, Etnia Borum terra terreno territรณrio | fitotipia | 40x75CM | 2019



Aldeia Krukutu terra terreno territรณrio | fitotipia | 30x45CM | 2019



Auritha Tabajara, escritora e terapeuta holĂ­stica, Etnia Tabajara terra terreno territĂłrio | fitotipia | 16x23CM | 2019


Aldeia Krukutu terra terreno territรณrio | fitotipia | 30x40CM | 2019


Yradzu, Artesão e condutor de cerimônia, Etnia Kariri-Xocó terra terreno território | fitotipia | 20x28CM | 2019



Kauรฃ, Aldeia Kalypety terra terreno territรณrio | fitotipia | 20x28CM | 2019



Aldeia Krukutu terra terreno territรณrio | antotipia | 50x75CM | 2019



Aldeia Krukutu terra terreno territรณrio | antotipia | 50x75CM | 2019


Priscila Tapajowara, cineasta e fotรณgrafa, Etnia Tapajowara terra terreno territรณrio | antotipia | 50x75CM | 2019


Casa de culturas indĂ­genas da USP terra terreno territĂłrio | antotipia | 50x75CM | 2019



Rynaiha, estudante. Etnia Terena, Aldeia Ytu terra terreno territรณrio | antotipia | 50x75CM | 2019



Aldeia Krukutu terra terreno territรณrio | antotipia | 50x75CM | 2019


Liana, estudante. Etnia guarani, Aldeia Kalipety terra terreno territรณrio | antotipia | 50x75CM | 2019


Crianças guaranis, Aldeia Tenondé Porã terra terreno território | antotipia | 50x75CM | 2019



Para Poty, Etnia Guarani, Aldeia Itaendy terra terreno territรณrio | antotipia | 50x75CM | 2019



Crianรงas guaranis, Aldeia Krukutu terra terreno territรณrio | antotipia | 50x75CM | 2019



Depoimento da artista Dani Sandrini sobre o projeto “terra terreno território”. Vídeo | 2020 Acesse aqui.

Making off do projeto “terra terreno território”. Processo de antotipia. 2019 | Vídeo: Raquel Walder Leal Acesse aqui.

Making off do projeto “terra terreno território”. 2019 | Vídeo: Raquel Walder Leal Acesse aqui.

Making off do projeto “terra terreno território”. 2019 | Vídeo: Raquel Walder Leal Acesse aqui.

Making off do projeto “terra terreno território”. Pankararus 2019 | Vídeo: Raquel Walder Leal Acesse aqui.

Depoimento da artista Dani Sandrini sobre a exposição on-line “terra terreno território”. Vídeo | 2020 Acesse aqui.


terra terreno território - texto técnico Terra terreno território dá nome ao projeto que utiliza duas técnicas do século XIX para propor uma reflexão sobre ser indígena numa grande cidade. Em busca de uma documentação fotográfica à altura da relevância política e cultural de seu tema, as imagens produzidas se mostram como consequências naturais de quem fotografa valorizando as experiências cotidianas e as relações interpessoais. Capturadas digitalmente, as imagens foram impressas em transparências, gerando grandes positivos colocados em contato direto com dois tipos de suportes, gerando dois agrupamentos nessa exposição. No primeiro grupo, as imagens foram impressas diretamente em folhas de plantas através de impressão solar, num processo artesanal e lento, em tempos que variam de 3 a 8 dias. (processo chamado de fitotipia). A ligação dos indígenas com a terra, com a mata e com os ciclos da natureza é muito presente, mesmo dentre os que estão na cidade há bastante tempo. Assim, o uso da planta como suporte nesse processo é quase ritualístico, e remete também aos fazeres manuais e mergulho nos processos, tão importantes nessas comunidades. São folhas de tamanhos variados (incluindo taioba, capuchinha, couve, singônio, entre outras), que vão secando, rachando e dialogando com as imagens. No outro agrupamento estão imagens captadas tanto nas aldeias quanto em contexto urbano, impressas em papéis de algodão sensibilizados por uma emulsão do pigmento do jenipapo (pigmento que também é usado para a pintura corporal dos indígenas), também produzido artesanalmente, em um processo chamado antotipia. Como a natureza - onde tudo se transforma - esses processos produzem imagens impermanentes que vão sofrendo interferências com a passagem do tempo. Do mesmo modo que a cultura indígena está em permanente transformação (e não congelada no tempo de 500 anos atrás), as imagens podem chegar até o apagamento, dependendo das condições de luz – referência também ao apagamento histórico que esta cultura sofre ao longo dos anos. A opção por tais formatos definiu a estas imagens uma dimensão material extremamente frágil, que as distanciam da longevidade dos sais de prata dos filmes fotográficos ou dos bytes dos arquivos digitais. Como espécies de "fotografias orgânicas", estas imagens estão destinadas ao desaparecimento, pois tendem a se deteriorar rapidamente sob a ação da luz. Sendo permitido a elas, portanto, uma "morte", seriam elas mais "vivas" que as fotografias normalmente arquivadas como documentos iconográficos? A proposta favorece a discussão acerca da fotografia e de seu caráter de memória e documento como algo imutável, ampliando seus contornos e podendo se vincular ao documental de forma bem mais subjetiva. Fitotipia: impressão fotográfica que se utiliza da própria clorofila da planta para fazer as imagens. Antotipia: impressão fotográfica que utiliza pigmentos naturais sensíveis à luz solar, num suporte de papel ou tecido. Ambas as técnicas são feitas sem químicos. (coloca-se o positivo em cima da folha ou papel sensibilizado e a imagem vai se formando com o tempo – como uma cópia de contato).



Registros do processo. Fotos: Raquel Walder Leal



Registros do processo. Fotos: Raquel Walder Leal


Registro do processo. Foto: Raquel Walder Leal


BIOGRAFIA DANI SANDRINI Dani Sandrini, 1975. Vive e trabalha em São Paulo. É formada em Comunicação pela Escola de Comunicações e artes da Universidade de São Paulo. É fotógrafa desde 1998, além de educadora, artista visual e acompanhante terapêutica. Seu currículo engloba de retratos a ações culturais e institucionais, passando também por projetos sociais e educativos que utilizam a fotografia como ferramenta, atuando em Organizações não governamentais como Imagemagica e Novolhar, com crianças e adolescentes. Seu trabalho se deu entre Brasil e Jordânia durante alguns anos, regressando para São Paulo em 2012. Em 2014, ganhou o primeiro prêmio no The International Lens Award, Festival de Imagens de Amã, pelo projeto Two Cities. Como parte do prêmio, foi convidada a desenvolver um projeto nessa mesma cidade em 2015, resultando no trabalho Fragments of a return, exposto tanto em Amã quanto em São Paulo e Piracicaba. Em sua pesquisa autoral, estuda a impermanência, a transformação da memória e o entrelaçamento de materiais e suportes com a imagem fotográfica e passagem do tempo. www.danisandrini.com.br / @dani.sandrini / @terraterrenoterritorio

Foto: Joana Vitorino


Prêmios 2014 - Two Cities, Primeiro prêmio no "The International Lens Award, Image Festival", Amã, Jordânia (fevereiro de 2014). Mostra do trabalho premiado (10 imagens) no Centro de exposições Zara Center, Amã, março de 2014. Residência artística 2015 – Amã, Jordânia. Residência resultante do Prêmio no "The International Lens Award, Image Festival". Desenvolvimento do projeto Fragments of a return. Exposições individuais 2020 terra terreno território, exposição online, parte do festival Pequeno encontro da Fotografia, Olinda. 2019 terra terreno território, Biblioteca Mario de Andrade, resultante do projeto Darueira, contemplado no 1° Edital de apoio à Criação e Exposição Fotográfica, nº 23/2018/SMC/CFOC da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo por meio da Supervisão de Fomento às Artes. Memórias construídas na fábrica São Luiz, exposição dentro do festival Interfoto Itu. 2015 Fragments of a return, Mostra do trabalho derivado da residência artística, Institut français de Jordanie, Amã. 2014 Two Cities, Mostra do trabalho premiado no Imagefestival, Zara Center, Festival da imagem, Amã. Um olhar sobre o Glicério, Sesc Carmo, São Paulo. 2008 Vista, Espaço Ponto Pimenta, São José dos Campos. 2001 Dia da criança, Sesc Carmo, São Paulo. 2000 Flashlight, Teatro Laboratório da USP, São Paulo. EXPOSIÇÕES COLETIVAS 2015 Fragments of a return, 47º Salão de arte Contemporânea de Piracicaba. Paranapiacaba, Festival de inverno de Paranapiacaba. Map of the new art, com o trabalho “Rebuilt memory”, Fondazione Giorgio Cinisep, IMAGOMUNDI, Veneza. (http://www.imagomundiart.com/artworks/dani-sandrini-rebuilt-memory). Glicério, 12º Salão Nacional de Fotografia Persio Galembeck, Araras. Fragments of a return, Openbox, Mostra coletiva dos artistas residentes da PaperBoxLab, PaperBoxLab Instituto, São Paulo. O bicho no quintal, Mostra coletiva dos artistas residentes da PaperBoxLab, PaperBoxLab Instituto, São Paulo. 2014 Ela, Conjunto Nacional, São Paulo. 2000 Projeto Caixa Populi – imigrantes em São Paulo, Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal. LIVROS PUBLICADOS / CULINÁRIA, fotografias, Fototech, Desktop editora, 2009. / BRAZIL BY NIGHT, fotografias, Minerva produção cultural , 2008. / ATAQUE DE HORMÔNIOS, literatura juvenil, Editora Escala, 2005.


BIOGRAFIA AUTORES DOS TEXTOS Wagner Souza e Silva Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação e do Departamento de Jornalismo e Editoração, ambos da ECA/USP. Desenvolve pesquisas que abordam a produção e circulação da imagem na comunicação contemporânea. Como fotógrafo, atua em projetos de extensão universitária e divulgação científica. É autor de Foto0/Foto1 (Edusp, 2016).

Casé Angatu Xucuru Tupinambá Professor Carlos José F. dos Santos - Indígena e morador no Território Tupinambá em Olivença - Ilhéus/Bahia, na Aldeia Gwarini Taba Atã; Casé é professor do curso de graduação em História na Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, em Ilhéus, na Bahia e do Programa de Pós Graduação em Ensino e Relações Étnico Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia – Campus Jorge Amado PPGER-UFSB-CJA, em Itabuna, também na Bahia. Casé é doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU/ USP, Mestre em História na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP. É graduado em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP.

Realização:

Produção:

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