Conquistando sonhos e desejos das famílias agricultoras da Fazenda Serra Grande

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Ano 8 • nº1484 Abril/2014 Serra Talhada

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Conquistando sonhos e desejos das famílias agricultoras da Fazenda Serra Grande A comunidade Fazenda Serra Grande, fica a 11 km do município de Serra Talhada, sertão pernambucano. Das famílias que ali residem, 5 têm seus sonhos e desejos concretizados com a ajuda do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). Assim que chegou o projeto na comunidade, eles contam que logo aceitaram, mesmo sem conhecer a cisterna-enxurrada. O agricultor, João Pereira, comenta que no momento pensou “a nossa dificuldade é com água, tendo água, será bom demais! Mesmo que o ano seja fraco de chuva, teremos água armazenada para dar aos animais e aguar as plantas”. Como não conheciam a tecnologia, antes de iniciar as construções, foram visitar famílias na comunidade Fazenda Catolé, que assim como eles, também foram contempladas com a tecnologia, e já havia construções concluídas. Maria do Socorro Pereira de Souza, 62 anos. Nasceu na comunidade Lagoa do Mato, com 10 anos passou a morar na comunidade Fazenda Serra Grande. Em sua propriedade tem um poço, desativado, que quando funcionava abastecia a comunidade, com a ajuda da água dos lajedos, pois não tem outra fonte de água na comunidade. Sem a água do poço e com os lajedos secos em época de estiagem, ela tinha que recorrer ao açude da Borborema, que fica a 11 km de distância da Fazenda Serra Grande. “Depois que conquistamos a cisternaenxurrada, melhorou 100%, porque aqui não tinha em que armazenar nem dez litros de água, a não ser nos lajedos. Foi uma benção de Deus ter vindo essas cisternas-enxurrada para nossa comunidade”, comemora dona Maria do Socorro. Depois da água armazenada com as chuvas que ocorreram na região, a família plantou macaxeira e coentro, mas, desejam plantar outras hortaliças e algumas espécies frutíferas. Os planos de dona Maria do Socorro e seu pai são de produzir para além do consumo da família.


Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Articulação Semiárido Brasileiro – Pernambuco

José Francisco da Silva, 88 anos, natural do município de Serra Talhada, foi criado em Bernardo Vieira, segundo distrito do município. Rendeiro e há uns 30 anos que mora na Fazenda Serra Grande, ele conta que a cisterna-enxurrada que conquistou já diminuiu muito seu esforço, porque a cisterna fica bem próxima do local onde trabalha, “tem sido uma ajuda muito grande, já plantei milho e feijão, estou esperando mais uns dias de chuva para poder plantar mais. Se Deus mandar inverno como estamos esperando, irei trabalhar só com verdura, não posso trabalhar com outra coisa, pois minha idade não permite mais”. João Pereira da Silva, 59 anos, natural de Paraíba da Conceição, chegou à Serra Grande há 42 anos, desde então sempre trabalha na agricultura, o que produz é para o consumo, quando possível, comercializa. Já plantou milho, feijão, melancia e abobora e espera chover o suficiente para encher sua cisterna, e assim, poder fazer seu canteiro, plantar mais espécies frutíferas e ainda tem planos de criar ovelhas, bode e galinha. “Com o pouco de água armazenada, já tenho esse tanto de coisa plantado e ajudado a matar a sede dos animais”, comemora o agricultor, João Pereira. Paulo Pereira de Souza, 51 anos, nasceu na Lagoa do Mato e desde os seus 13 anos mora na Fazenda Serra Grande. “Trabalhei um tempo de pedreiro, depois comecei a trabalhar na roça, até hoje minha vida é aqui em cima da Serra, trabalhando na roça, plantando milho e feijão, e cuidando das ovelhas, porcos e galinhas”, conta Paulo. Paulo tem planos de aumentar sua criação animal, plantar capim, verduras e diversificar o plantio de espécies frutíferas. O agricultor agradece a Deus por sua cisterna-enxurrada já ter um bocado de água armazenada, pois permite a realização dos afazeres do dia a dia. Antonio Pereira de Lima de Souza, 66 anos, é natural da Serra do Catolé, mora na Fazenda Serra Grande há um pouco mais de 20 anos. O agricultor já vem desfrutando da água acumulada em sua cisterna-enxurrada. Além de plantar milho e feijão, implantou o seu caráter produtivo e já tem colhido coentro .“Minha cisterna está cheia de água, tenho água o suficiente para suprir a necessidade dos meus animais e poder garantir minha produção de hortaliças no período do verão”, comemora seu Antonio.

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