O acesso à água garante segurança alimentar as famílias do semiárido

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Ano 8 • nº1384 Janeiro/2014

Malhada de Pedras Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

O acesso à água garante segurança alimentar as famílias do semiárido As famílias estão colhendo os frutos de uma importante parceria entre a ASA e a Petrobras. Na comunidade Lagoa Cumprida, município de Malhada de Pedras, moram na comunidade cerca de 50 famílias, sendo que 27 destas conquistaram cisternas-calçadão e cisternas-enxurrada. Seis meses após a execução das tecnologias todas as famílias estão colhendo literalmente os frutos plantados em seus canteiros agroecológicos e quintais produtivos, e dentre estas, a família de D. Marinalva Azevedo Fernandes (37), Jorge Carvalho Silva (42) e seus três filhos, Renata (16), Maísa (4) e Denis (6) que estão se destacando com os seus canteiros agroecológicos e uma ótima diversidade de plantas na formação do Dona Marinalva e sua filha Renata na Cisterna-Enxurrada quintal produtivo. O jovem casal distribui de forma harmônica os trabalhos do dia a dia. Dona Marinalva logo cedo começa os afazeres domésticos. Seu Jorge cuida do pouco rebanho que possui. Depois com muita garra e determinação divide com dedicação todo o tempo diário restante com a mais nova preciosidade conquistada pela família, a cisterna–enxurrada. Cultivando os canteiros de hortaliças agroecológicos e a formação do quintal produtivo, contando sempre com a ajuda e dedicação de sua filha Renata. É com muita alegria e empolgação que Dona Marinalva relata a grande importância que tem esta proposta pautada pela ASA de convivência com o semiárido. “Antes da chegada do projeto da Asa, patrocinado pela Petrobras era tudo muito difícil, pois nós não tínhamos o conhecimento para cultivar hortaliças e outros tipos de plantação sem o uso de agrotóxicos e desde nova, ou seja, antes de casar já plantava minhas hortinhas mais era bem difícil de produzir, e ainda a água por aqui era o mais complicado. Agora, depois de participar das capacitações e aprender a forma certa de cultivar sem nenhum tipo de agrotóxico temos além deste quintal que estamos formando e está muito bonito, a cisterna cheia que vai garantir com fé em Deus o cultivo por um longo tempo”, concluiu. Nos canteiros agroecológicos têm inúmeros tipos de hortaliças e verduras, como: alface, couve flor, cebola, pimentão, quiabo, batata doce, beterraba, tomatinho, D. Marinalva e Sr. Jorge e Renata nos canteiros agroecológico. feijão, abóbora.


Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Articulação Semiárido Brasileiro – Bahia

No quintal já tem diversas plantas frutíferas: laranja, acerola, mamão, melancia, além de está plantando outras apropriadas a região. Plantas medicinais: erva doce, hortelã, capim santo. Contrariando os seus costumes, Dona Marinalva está vivenciando a cada dia a qualidade e a quantidade de sua produção agroecológica e frisa o quanto está sendo importante para a família conquistar, não somente a cisterna e os canteiros econômicos, mas também os conhecimentos adquiridos durante os 6 (seis) dias em que esteve nas capacitações (GAPA e SISMA) do Projeto ASA/Petrobras. Dona Marinalva em seus canteiros e quintal produtivo Relata com bastante entusiasmo: “há uns meses atrás tudo era muito difícil, os meus filhos gostam muito de legumes e verduras, eu não conseguia mais formar uma horta de boa qualidade, comprava a maioria na feira, sem saber como era produzido e tudo era caro. Agora tenho em abundância em meu quintal e tudo é produzido de forma orgânica. As crianças, eu e Jorge, comemos a vontade e sem preocupação, não usamos nenhuma espécie de veneno, já estou vendendo bastante na feira”, concluiu dona Marinalva com um largo sorriso no rosto. Todas as 27 famílias envolvidas no projeto, com destaque a de Dona Marinalva estão preparadas e absorveram as práticas agroecológicas, garantindo assim a segurança alimentar e a geração de renda, além da libertação de contaminantes (agrotóxicos), pois tudo é ambientalmente sustentável. A cisterna de consumo que a família tem foi construída pelo projeto da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). Dona Marinalva e Renata no canteiro de alface

Dona Marinalva na plantação de feijão

Realização

D. Marinalva e Renata na plantação de melancia

Patrocínio

D. Marinalva e Renata regando o canteiro de alface.


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