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© 2021 Asamod
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Ao leres este livro, triunfas verdadeiramente, alcanças o saber. Assim, guarda-o religiosamente no santuário da tua alma, por uma constante silenciosidade.
Ad Noctum.
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Índice:
Introdução ………………………………………………………………. 11 a 14 História e mitologia …………………………………………………… 16 a 17 Organizações vampíricas ..…………………………………………… 19 e 20 Mitologia …………………….…………………………………………… 23 a 28 Simbologia ………….……………………………………………………. 31 e 32 Deuses ……………………..…………………………………………….. 34 a 37 O sangue ……..………………………………………………………….. 39 a 40 Black veil ……….……………………………………………………….. 42 a 44 Rito de Auto iniciação …………………………………………….… 46 a 49 Ritual no caixão ……..………………………………………………… 50 a 54 Absorção de uma divindade ….………………………………………….….. 56 Exemplo de um altar …….……………………………………………………. 58 Robe cerimonial …….………………………………………………………… 60 Invocação a Selene …..………………………………………………………. 62 Ritualizar um anel …….……………………………………………………… 64 Disciplinas / Siddhis …….………………………………………………… 66 Desenvolvimento psíquico …..…………………………………………….… 66 Mobilização de energias ……….…………………………………………… 67 Aprenda a sentir energias …….……………………………………………. 67 Movendo a energia pelo corpo ………….…………………………………. 69 Manipulação energética – psy balls …….…………………………………… 70 Estimular a visão noturna ………………………………………………71 e 72 Scrying ……………………………………………………………………......... 73 Desenvolver o campo energético ……………………………………. 75 e 76 Desenvolvendo a audição ……….………………………………………… 77 Invisibilidade (método da Golden Dawn, hinduísmo, Amun)….….. 78 a 82 Ritual do mensageiro …………..…………………………………………… 86 Hino aos ancestrais – Akhu …….……………………………………. 87 e 88 Vampirismo energético ……….……………………………………….. 90 a 92 Locais de poder ……………………………………………………….. 93 e 94 Criar um link telepático à distância ….……………………………. 95 e 96 Influência remota ……………..……………….………………………... 98 a 101 Leis fundamentais do Magnetismo pessoal……. …………………… 104 e 105 Leis da influência magnética ….…………..……………………….. 106 a 109 Dark Reiki – Reiki obscuro ……...………………………………… 111 a 117 Dreamwalking ………………………………………………………….. 119 e 120 Torne-se um incúbo ou súcubo …………………………………… 121 e 122 Pesadelos, arte egípcia de amaldiçoar …….…………………….. 124 e 125 Defesa …………….……………………………………………………… 130 Shielding ……………….………………………………………………. 130 a 132 Fechar o circuito ………………………………………………………..…. 132 Banho para recarregar energia psíquica ……………………………….. 134
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Consagrar magicamente a espada ……………………………….. 136 a Ankh magnética …………………..………………………………….. 140 a Consagrar a Ankh ………….…………………………………………….… Glamour (feitiço) ………..…………………………………………… 147 a Personalidade magnética influenciadora ……..………………… 151 a Nomes mágicos …………………………………………………….. 159 a Glossário …………………………………….……………………….. 165 a Bibliografia …………………………………….………………………………….
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Introdução
Primeiro quero esclarecer o leitor quanto ao título deste livro, pois considerei variados títulos. Inicialmente pensei em "Vampirismo Real", mas após várias combinações de palavras optei por "Vampyros Magicae" que significa magia vampírica. Magicae significa magia (ou magias) em latim enquanto Vampyros é uma das expressões antigas (de 1857) para vampiro. Existem dezenas de formas de escrever vampiro: em alemão Vampir, em sérvio: vampir ou vampyro (termo de 1857), em antigo eslavo oriental: upir, eu poderia ter utilizado a palavra "Vampirus" ou "Vampyrus" que também iria soar como latim, porém optei por Vampyros. Lamia também significa vampiro, no entanto, não ficava tão atrativo. Também não quis utilizar um título que já existisse noutros livros do género.
A maioria de grimórios de magia vampírica estão repletos de lendas e fantasia. Devo dizer-lhe que não conseguirá atravessar paredes, levitar, não obterá poderes paranormais ou tornar-se imortal. A esmagadora maioria de “divindades” e deuses sombrios têm inspiração na antiga babilónia ou no Egito (Tiamat, Lilith, Seth, entre outros), mas muitos têm os nomes deturpados. Existem diferentes ramos no vampirismo, não signo o vampirismo sanguíneo (em que se bebe sangue) opto pelo vampirismo energético e magístico. O sangue pode trazer riscos (obviamente as doenças contagiosas, HIV, etc.), além disso poderia estar a ingerir “energias” dessas pessoas, que ficaram magneticamente retidas no sangue, inclusive energias cármicas. Percebo o vampiro como um ser humano que trilha o caminho mágico para se tornar um mago e desenvolver dons psíquicos, que consegue
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dominar várias áreas da sua vida, da psique humana, das relações humanas e se torna numa versão mais aprimorada de si mesmo. Muitos autoproclamados vampiros, apenas alteram rituais da Wicca, Thelema, Golden Dawn, O.T.O e mudam os nomes das divindades, gostam de usar roupa gótica, maquilhagem negra e invocar entidades infernais. Mas isso não faz de si um vampiro. Na mitologia de vários povos existiram lendas relacionadas a vampiros. Existem algumas organizações vampíricas, mencionadas em livros, que são pura ficção (não existem na realidade), outras existem. Na televisão e na literatura a imagem do vampiro sempre foi sedutora, o vampirou (ou a vampira) tem a imagem de ser intelectual, sedutor(a) e com uma personalidade magnética. Filmes como “Underworld”, “Blade”, “Rainha dos Malditos”, séries como “True Blood”, “The Originals” sempre cativaram audiências. A história do Conde Drácula tem imensa ficção (seja em livros ou filmes), Bram Stoker era, além de autor, um iniciado em ocultismo e filiado à Golden Dawn. Porém, existiu mesmo o Vlad Tepes (o empalador), foi imperador na Valáquia (na Roménia). Vlad III era conhecido como Vlad Drakul (filho do dragão, ou Draculae: pequeno dragão), quando capturavam guerreiros adversários torturavam-nos e empalavam-nos. O pai dele, Vlad II, foi membro na Ordem Religiosa Militar do Dragão, criada e formada por reis e príncipes cristãos europeus com o intuito de combater o avanço geográfico dos otomanos (muçulmanos). O brasão era um dragão… O Vlad II era da linhagem Drăculeşti, uma das principais linhas rivais na Valáquia da Dinastia Bassarabe. O termo “dracul” em romeno contemporâneo significa diabo. Em suma; acredito que vampyros reais são pessoas que estudam e praticam o ocultismo e desenvolvem dons mágicos e psíquicos. Acredito ainda que existem vampiros astrais (entidades astrais como íncubos e súcubos). O mito do vampiro viver eternamente (difundido em livros e filmes) tem uma simbologia oculta. Ninguém pode viver eternamente em corpo, contudo, alguns vampyros almejam através de rituais de
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ocultismo livrar-se do ciclo de reencarnações (samsara), e viver eternamente em espírito (sem voltar a reencarnar). Então o espírito desperto, eternizado e cristalizado, passa a vampirizar energeticamente outras entidades e pessoas (no plano astral e reentrando no nosso plano físico quando desejarem). Em corpo astral (semi-materializado) não irá ser visível o seu reflexo nos espelhos.
O vampyrismo verdadeiro é uma prática mística milenar e de ocorrência quase universal, conforme registos míticos e etnográficos, arcaicos e modernos, na África, Ásia, Europa e América. Não se trata apenas de um "arquétipo" junguiano de recorrência universal, ou uma estrutura do inconsciente coletivo, mas de uma prática de magia amplamente dispersa no tempo e no espaço. O mago encontra no arquétipo do vampyro uma forma de despoletar o seu poder interior e expressar a sua individualidade. Praticamente todas as pessoas possuem um lado sombrio, e reprimem emoções e empurram imensas vibrações negativas para o seu subconsciente, a longo prazo isso traz ansiedade, angústia, transtornos de personalidade. O Vampyro é um indivíduo que, de modo saudável, compreende abraça o seu eu sombrio, faz “shadow work” (conceito da psicologia Jungiana) e assim transmuta essas emoções, aceita essa dualidade. Ele não reprime, ele exprime. Não se auto julga constantemente, transcende crenças limitantes, desenvolve a autoperceção, empodera-se.
Neste livro o que irá aprender? Sintonizar-se com as energias cósmicas e egrégoras poderosas. Aprender a absorver energia de multidões e locais (energia Prana, Chi, Vril ou Sekhm). Desenvolver poderes (Siddhis) psíquicos, aumentar o seu magnetismo, desenvolver personalidade magnética como a do vampyro. Aprender a persuadir e cativar as pessoas, entre mais.
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A maioria de livros sobre Vampyrismo ritual contêm exercícios de ioga e do hinduísmo acerca de chacras, pranayama, asanas, mas opto por exercícios do kemeticismo (espiritualidade egípcia), relativamente aos rituais “infernais” ou da cabala judaica não simpatizo e priorizei rituais de Heka (magia egípcia).
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“E viram um deserto à frente... água não lhes deram, nem alimento para a caminhada... Apenas o céu para das estrelas para se alimentar, E as areias para do passado relembrar a eternidade dos seus passos... Eles não sabiam, do caminho, a estrada, ainda assim não se perderam na via, hoje quase totalmente desconhecida, em meios a tantos livros que a descrevem.
E os mitos presentes... do passado formaram-se, de bruxos e feiticeiras... obscenos e sábios sob a Lua, Necromantes e alquimistas sombrios... Murmúrios perdidos... ecos de um tempo esquecido...”
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História e Mitologia
Os vampiros no folclore começaram a ser mais falados no século 18, na fronteira da Áustria com a Hungria. Porém, nas lendas sumérias há sete mil anos já existiam entidades vampíricas espirituais que se alimentavam de sangue humano (os Akhkharu). A palavra "vampiro" foi escrita pela primeira vez em 1725, no relatório de um médico do exército do Sacro Império Romano-Germânico. Após a vitória contra o Império Otomano em Petrovaradin (1716) e o Cerco de Belgrado (1717), que levaram à assinatura do Tratado de Passarowitz, a Áustria anexou grandes extensões da Sérvia ao seu território. E, ao chegar às terras dos povos eslavos, os austríacos depararam-se com relatos sobre essas estranhas criaturas, das quais nunca ouviram falar antes. No folclore da península dos Balcãs, o Dampyr (ou Dhampir) seria uma criatura filha da união de uma mulher humana com um vampiro. O termo deriva do albano “dham” (dente) e “pir” (beber, bebida). Na Sérvia há um termo semelhante: vampirović (filho de vampiro). Na África, o obayifo, era o nome Ashanti para um vampiro do Oeste africano que reapareceu sob nomes diferentes na mitologia da maioria das tribos vizinhas. Por exemplo, entre os dahomeanos, o vampiro era conhecido como o asiman. O abayifo era um bruxo que morava incógnito na comunidade. O processo para se tornar um bruxo era uma tendência adquirida - não havia laços genéticos. Alguns autores associam os "deuses antigos" os "anciãos" com os extraterrestres Anunnaki da Suméria. Embora não haja referências sólidas de que os Anunnakis bebessem sangue ou que lhes fossem oferecidos sacrifícios humanos, a associação tem alguma lógica. Conhecidos deuses Anunnaki que seriam vampiros. Ereshkigal: Deusa infernal suméria, irmã de Lilitu (lilith). Nergal, que era esposo de Ereshkigal, e deus do submundo e da morte. Namtar, também deus da morte e do destino, era filho de Enlil. Enlil (o irmão Anunnaki mau e rebelde, à semelhança do Seth egípcio). Deus da atmosfera, do ar e tempestades.
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Os Maias e Astecas faziam sacrifícios de sangue aos deuses, a vários deuses, para os "apaziguar", mas também para eles se nutrirem com a energia do sangue. No folclore Asteca haviam criaturas como as Civatateo. Segundo a mitologia asteca, as Civatateo eras almas vampiras serventes do deus Tezcatlipoca. Seriam mulheres nobres que morreram em decorrência do parto e, antes de irem ao Mictlan, assombravam templos e viajantes.
Os Maias tinham também na sua mitologia, Camazotz, um deus morcego. Havia outra entidade, a Tlahuelpuchi, que se assemelhava a um súcubo feminina ou bruxa vampira. Teria sido uma moça que na sua primeira menstruação desenvolveu um desejo profundo por sangue, à noite ela transformava-se num animal para fazer os seus ataques. No universo, encontramos o equivalente ao vampirismo nos buracos negros, objetos supermassivos e com capacidade de distorcer o espaço-tempo, que absorvem estrelas e inclusive galáxias. No centro de cada galáxia existe um buraco negro, no centro da nossa há o Sagittarius A. Na mitologia nórdica os deuses admitem que sem a “fé” e devoção dos humanos eles perdem poder. Na bíblia judaica o deus YHWHYawé (que é o Enlil sumério) diz que apenas podemos cultuar somente a ele e mais nenhum deus, para ser o único a vampirizar a energia da fé e devoção dos humanos. Muitos deuses são os verdadeiros vampiros energéticos, na Gnose temos os arcontes (observadores, seres etéreos que observam e vampirizam os humanos através de reinos astrais ou na psicoesfera terrestre). Os arcontes foram criados pelo deus imperfeito arquiteto deste mundo (o Demiurgo) na mesma época que foi criado o mundo.
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Organizações vampíricas Um pouco de História.
60’s O Templo de Set, nos EUA, foi a primeira organização vampírica vindo a público no fim dos anos 60.
70’s Início dos anos 70. No início dos anos 70, surge a House Sahjaza que traz o vampirismo de volta, com uso de ankhs, fangs e rituais pagãos. Dela em diante surgiu uma série de ‘Houses’ vampíricas nos EUA, cada uma incorporando a prática do vampirismo a sua forma.
1970 - 1972: A Dra. Jeanne Keyes Youngson começou a receber, como presidente / fundador do The Count Dracula Fan Club (agora The Vampire Empire), cartas de pessoas que se identificaram como vampiros. O alcance da organização foi posteriormente estendido, tornando o The Count Dracula Fan Club a primeira organização de pesquisa a estudar o vampirismo real.
1972: Stephen Kaplan fundou o Vampire Research Center em Suffolk County, Nova York e supervisionou uma “linha direta de vampiros” que recebeu inúmeros telefonemas de pessoas que alegavam ser vampiras, embora muitas fossem iludidas.
1989: O Templo do Vampiro ganhou estatuto de isenção de impostos como uma organização religiosa nos EUA. O Templo do Vampiro / Temple of the Vampire (geralmente abreviado para TOV em literatura impressa e online) é, atualmente, a única
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igreja vampírica internacional a receber o estatuto de isenção de impostos como organização religiosa pelo Internal Revenue Service. A organização tem sido conhecida por vários nomes ao longo da história: a Ordem do Dragão, o Templo do Dragão, e, na antiga Suméria, o Templo da Deusa Dragão Vampiro Tiamat (ou Hekal Tiamat) (“Templo do Vampiro”).
1989: A Bíblia do vampiro foi publicada.
1990: O Templo do Vampiro publicou anúncios afirmando: “Vampiros são reais! Junte-se a nós” em revistas como Destino e Gnosis. Com a TOV, a Michelle Bellanger veio a público com a House Kheperu – uma ordem com forte influência egípcia, que crê na existência de indivíduos que são ‘otherkins’ (pessoas que sentem ter nascido com alma de origem não humana). Na década de 90 foi fundada a Ordo Strigoi Vii (Order of the Living Vampire ou OSV). Foi criada pelo Father (Pai) Sebaastian (Aaron Todd Hoyt). Combinavam vampirismo com hermetismo e magia do caos.
2005: Foi fundada a A.V.A : Atlanta Vampire Alliance, em Atlanta (Georgia, EUA).
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Mitologia
Caim, personagem citado na Bíblia, ao matar o irmão Abel, foi amaldiçoado por deus e condenado a caminhar eternamente por sobre a Terra. Caim não poderia ser destruído por ninguém, para isso foi marcado com um símbolo da imortalidade.
Este símbolo, depois da Ankh, passou a ser constantemente empregado na literatura egípcia. Então, Caim foi o primeiro vampiro da humanidade segundo a mitologia, mas não precisava beber sangue, isso surgiu depois. Caim, na sua solidão, construiu uma cidade, batizada de "A Primeira Grande Cidade" e gerou três filhos, dando parte do seu sangue para eles. Estes vampiros de segunda geração (Caim foi a primeira) tiveram que beber sangue mortal periodicamente para manter vivo o poder do sangue de Caim. Esses três vampiros geraram mais sete vampiros, os de terceira geração, que precisaram beber sangue mortal com mais frequência que os de segunda. Caim ordenou a todos que se parassem as procriações, pois realmente acreditava que isso era uma maldição. E assim foi, durante um grande tempo, até que um dia veio o dilúvio que acabou com grande parte da "Primeira Grande Cidade" e, supõese, acabou também com os vampiros de segunda geração, já que não se tem nenhum registo histórico destes, a partir desse dia. Caim, acreditando que esse era um castigo de deus, abandonou completamente a sociedade mortal, deixando os vampiros de terceira entregues à própria sorte. Estes, então, começaram a gerar outros vampiros, que consequentemente geraram outros, mas com mais dificuldade, visto que o sangue de Caim se ia afinando conforme as gerações
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passavam, até que chegou a um ponto que o sangue vampírico não substituía mais o sangue mortal. Foi preciso retirar todo o sangue da pessoa que fosse pretendente a maldição, antes de dar-lhe o sangue anímico.
Apep: Divindade egípcia simbolizada por uma serpente gigante, associada ao caos, os gregos chamavam-lhe Apophis (Apófis). Era oponente da luz, de Rá, e da ordem (deusa MA’AT), senhor do caos. Havia outra serpente (haviam várias) na mitologia egípcia, que era a força criadora do universo, era Kneph (que significa sopro da vida). Conforme a mitologia egípcia antiga, Apófis já existia antes da criação do mundo. Portanto, ele é a grande serpente e o arqui-inimigo de Rá. Apófis encontrou paz no caos e na escuridão, e por isso ele tornou-se o deus do trovão, dos terramotos, tempestades, da escuridão e do submundo. Às vezes ele também está ligado ao deus Set. Na mitologia persa (Zoroastrismo) havia o demónio Ahrimã que tentava devorar o deus solar, da luz e da ordem Ormuzd. Ao que parece Ahrimã e Ormuzd eram duas faces da mesma divindade, ou seja, uma divindade única tinha duas polaridades (negativa e positiva). A bíblia judaica copiou esse conceito, como quase tudo, surgiu Tehom (em hebraico םהְּת, " ֹוprofundo" ou "abismo") é as profundezas das águas primordiais da criação. Curiosidade: A NASA e a comunidade astronómica costumam atribuir nomes mitológicos a missões, astros e asteroides, a sondas, e nomearam um asteroide com aproximações perigosas à Terra de “99942 Apófis”, uma aproximação considerada de risco foi em 2004 e próxima será em 2029.
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Lilith Nalguns sites de vampirismo é comum mencionarem Lilith, nalguns rituais vampíricos também... Há cerca de mais de 2500 anos a.C., já se ouvia falar em “Lil”, uma espécie de espírito errante, que sobrevoava como um vento maligno, as crenças das civilizações suméria, assíria, persa, árabe, teutónica, babilónia, cananeia, e por fim a hebraica. A Mesopotâmia foi o berço das primeiras civilizações e foi no seio desses povos antigos que surgiu “Lilith”, a primeira vampira feminina, que obteve como maior missão ser a primeira esposa de Adão antes de Eva. Antes, porém, desta interpretação, Lilith poderia equivaler à “Astarte”, Ishtar alada com pés de coruja em formas de garras afiadas sobre animais mamíferos, com os braços abertos exibindo os seios e o ventre completamente nu, enormes asas e um enfeitado diadema de ouro sobre a cabeça, que davam a esta deusa o poder absoluto afirmando a sua volúpia de luxúria e prazer sobre os homens, como se fosse o instinto sexual um poder sobrenatural! Lilith é uma força oculta, pertencente às trevas da noite. É um demónio voador, uma vampira que bebe sangue fresco, uma bruxa, uma renegada, maldita, uma promíscua, serpente, coruja, a própria lua, a escuridão do inconsciente… Lilith, afinal é fruto de outras culturas ainda mais primitivas que a dos hebreus. O seu nome mudava de tempos em tempos e o aspeto lúgubre foi se reafirmando enquanto a evolução urbana povoou toda a região da antiga Mesopotâmia. Lilith é uma espécie de súcubos perversa e sedutora… No Império Romano, o vampiro era uma bruxa que, em forma de coruja, atacava crianças para sugar o seu sangue. Elas eram chamadas de Strix, o que culminou em strega, italiano para bruxa. A strega, mesmo durante o Império Romano, já tinha características vampirescas.
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Voava à noite, sugava o sangue de crianças e envolvia-se sexualmente com homens que acabavam drenados.
Kali A Deusa Kali (Kali significa "negra" e/ou "tempo") possui um elemento de vampirismo (mitema) no seu mito. Quando um inimigo dos deuses chamado "Raktabija" (Rakta = sangue e Bija = semente) está prestes a destruir todos os deuses, Kali é convocada para lhe fazer guerra, porém a cada gota que cai do mesmo no solo, nasce uma nova duplicação de Raktabija, ao ponto da batalha ficar quase perdida. Diante disto Kali engoliu cada gota de sangue de Raktabija (e elas não tocavam o solo), vencendo-o assim. Ela é seguida por uma série de entidades hindus chamadas de Dakinis, vampiras (azra-pas), segundo o texto hindu dos "Puranas". Mahakali, ou a Grande Kali com dez braços é a sua manifestação universal e transcendental, associada pelo texto "Kalika Purana" ao imanifestado Brahman, que pode ser traduzido como da natureza do "Nirvana" dos budistas. No budismo as Dakinis passam a ser instrumentos da iluminação búdica. Enquanto deusa do Tantra Yoga, que são as técnicas de aprimoramento espiritual que promovem a identificação com os deuses e a energia sexual para promover a iluminação, assim como o despertar das faculdades ocultas do homem. Kali então é denominada, entre outros nomes, de "Kali Smashan" ou "Kali dos crematórios", pois queima todo o carma, possuindo quatro braços, um tridente e uma espada recurvada nas mãos direitas.
Recomendo o meu livro “Dimensões Obscuras e Sistemas Mágicos” onde apresento sigilos e rituais para estas deidades.
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Nix Nix, na mitologia grega, é a deusa da noite e das bruxas, muito provavelmente foi copiada da deusa egípcia Nut (Nuit) que representa o céu estrelado. Porém, na mitologia grega atribuíram-lhe uma reputação mais sombria e fizeram dela irmã gémea e esposa de Érebo, e deu origem a alguns deuses malvados como: Tanato, Éris, Hipnos, Apáte, Caronte e outros. Nix é filha do caos e foi a segunda criatura a emergir do vazio (eu costumo associar o caos e o vácuo com o vazio quântico). Essa deusa Nix é considerada ainda a patrona das bruxas e feiticeiros, guardiã de todos os segredos noturnos, controlava a vida e morte dos homens e dos deuses, até o próprio Zeus a temia e respeitava. Se desejar trabalhar, em rituais, ou invocar esta divindade (esta egrégora), fica a conhecer com a introdução um pouco mais sobre ela.
Hécate Hécate é muito venerada pelas bruxas e alguns cultos vampíricos. Na mitologia grega, Hécate é uma das deusas anciãs no mundo místico e é muito associada à noite, ao submundo, à caça selvagem, aos modos de extasiar. Aos cruzamentos, bruxaria, fogo, luz, à lua, magia, necromancia. Ela possui muitos seguidores e consta que trouxe os cultos ao mundo humano. Desceu ao submundo com a intenção de purificar-se e acabou sendo adotada por Perséfone, tornando-se a sua mais fiel companheira. Hécate em grego significa "distante", por vezes era chamada de Perseia (filha de Perseu). Deusa tríplice, pois apresentava-se com três faces, podia ver o passado, presente e futuro, tem domínio sobre o submundo, a terra e o mar. Para os romanos era considerada Trívia - a deusa das encruzilhadas.
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Loki Este conhecido deus da mitologia nórdica, é o deus da travessura e dos enganos, também está ligado à magia e pode mudar de aparência (shapeshifting). Logi (em nórdico antigo loɣe, significava fogo ou chama. Ele não é irmão de Thor, mas sim irmão de Odin através de um juramento de sangue. Ajudou Thor, porém, a recuperar o seu martelo Mjölnir, roubado pelos gigantes, obteve alguns dos artefatos mais preciosos dos deuses-como a própria lança de Odin, Gungnir, os cabelos de ouro de Sif e o navio mágico de Freyr, Skidbladnir. O personagem Loki ficou muito popular particularmente depois da série da “Marvel” com o seu nome (Loki).
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Simbologia Um dos símbolos mais utilizados é a cruz egípcia Ankh. Porém, a cruz não simboliza a imortalidade. Ela simboliza a vida ou sopro vital, vários deuses egípcios a usavam, um deles Anpu (Anúbis) deus dos mortos, Ausar (Osíris) também. Como Osíris após morto, foi ressuscitado por Ísis num ritual mágico e “venceu a morte” talvez por isso os vampiros utilizem o símbolo da Ankh. Para os egípcios a cruz ansata representava também a vida após a morte. Num capítulo mais à frente elaboro mais esse pormenor, no ritual iniciático do caixão. Na cultura pop, foi associada pela primeira vez ao vampyrismo e à subcultura gótica através do filme The Hunger – Fome de Viver (1983), em que David Bowie e Catherine Deneuve protagonizam vampiros em busca de sangue. Há uma cena onde a dupla, usando Ankh’s egípcias, está à espreita das suas presas numa casa noturna ao som de Bela Lugosi’s Dead, do Bauhaus. Assim, elementos como a figura do vampiro, a Ankh e a banda Bauhaus podem atuar num mesmo contexto; neste caso, a subcultura gótica. Possivelmente, através deste filme, a cruz egípcia foi inserida na subcultura gótica e pelos adeptos da cultura obscura, de uma forma geral. Mais tarde a personagem Morte, da HQ Sandman, seria o mais famoso ícone na cultura pop relacionando a Ankh e a subcultura gótica.
Nalguns cultos fazem questão de escrever vampyrismo (com”y”) para fazer distinção entre o vampirismo do folclore e o vampyrismo mágico, iniciático. Tal como se faz distinção entre magia de palco “Magic” e magia iniciática “Magick” com “K” no fim. Posso dizer-lhe que, como vampyro, não irá tornar-se “imortal”, mas poderá sim, morrer como pessoa e renascer magicamente como novo indivíduo. No início do livro esclareci esse ponto. Na sociedade, terá de optar pelo papel de caçador em vez de presa. Existem dois tipos de pessoas, a caçadora e a presa. Ou seja, a passiva (moldável) e a ativa (conquistadora, dominadora do seu próprio destino e das variáveis).
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O homem vive insatisfeito, porque leva demasiado a sério aquilo que os deuses criam por diversão.
Esta é apenas uma amostra, compre o original na Amazon (em papel ou eBook), são 180 páginas. Vampyrismo mágico e ritualístico, vampirismo energético, influência remota e as 3 condições essenciais, leis do magnetismo e da personalidade magnética. Sistema inédito de Dark Reiki (Reiki obscuro e os fotões escuros). Criar entidades elementais e servitors. Ankh magnética. Ritual do caixão como no antigo Egito (e na Maçonaria): a alma apresenta-se a Osiris. Dreamwalking: entrar nos sonhos de alguém, tornar-se incúbo ou súcubo. Enviar pesadelos e maldições aos inimigos (bruxaria egípcia). Invocar a energia Sekhm. Glossário de termos. Desenvolver a visão psíquica e a visão noturna. Exercícios sensoriais, scrying. Defesa psíquica, shielding. Vários rituais desde autoiniciação a absorção de arquétipos divinos. Locais de poder para absorção energética.
Página Amazon https://www.amazon.com/Asamod-ka/e/B09R3Z4T8C O meu site: https://asamod-magianegra.weebly.com
Outros títulos meus: “Dimensões Obscuras e Sistemas Mágicos”. “Rituais de Magia Negra”. “Feitiços de Amarração e Domínio”. “Formulário Mágico – 620 feitiços”. “Vrăjitoare – Magia Cigana”.
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