ano XIII | nº 63 | jun/jul 2012 | www.construirnordeste.com.br
arquitetura | tecnologias | mercado | índices | preços de insumos | custos de serviços
acessibilidade
circulação segura
R$ 12,90 | € 5,60
RCN Editores Associados
projetos que deram certo e o que ainda precisa ser feito na opinião de especialistas
entrevista
Roberto Montezuma, presidente do CAU/PE, cobra plano integrador
arquitetura
Espaços comuns são solução para o encasulamento
VidaSustentável
Ceará investe em projetos inovadores de saneamento básico
KMAintegrada.com
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. s ia d is e s m e o íd u tr O mundo foi cons s. ê tr m e r o lh e m lo á rn to o m o c a tr s o m te n e Ag stentável, O Movimento Vida Su a que apoia e estimula trução civil, s n co a n e d a ilid b ta n suste is um evento está promovendo ma ideias por s va o n r ta n e m fo ra pa um mundo melhor. CANO SEMINÁRIO PERNAMBU ENTÁVEL DE CONSTRUÇÃO SUST ro, De 19 a 21 de setemb ecife-PE. no Espaço Ciência, R
PROGRAMAÇÃO 19/09 16h 16h20 17h00 17h40 18h20
Abertura Fundo Imobiliário para Retrofit Energético – Como viabilizar financeiramente retrofits de prédios Simulador Energético das edificações – Apresentação da ADENE - Agência para Energia de Portugal Construção sustentável - Apresentação da Building Research Establishment (BRE), empresa inglesa com 94 anos de experiência em desenvolvimento de pesquisa e inovação Encerramento
20/09 8h30 9h 9h05 9h45 10h45 11h00 12h 14h 15h 15h20 16h20 17h20 18h
Credenciamento Abertura Apresentação do Movimento Vida Sustentável Apresentação da Casa Sustentável Intervalo Iluminação e eficiência energética Almoço livre Concepção de projeto e o Procel Edifica (Eletrobrás) Intervalo Gestão de resíduo na concepção do projeto Cidade sustentável - Ordenamento urbano sustentável Debate Encerramento
21/09 8h30 9h 9h05 10h05 11h05 11h30 12h30 14h30
16h 16h20
18h
Apoio:
Credenciamento Abertura Norma de desempenho NBR 15575 Instalação de sistema de reuso da água Intervalo Norma de operação e manutenção NBR 14037 Almoço livre Quais as certificações em uso no Brasil Selo Azul da CAIXA; BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method) LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) Intervalo Quais as certificações em uso no Brasil (cont.) DGNB (Deutsche GesellschaftfürNachhaltigesBauen) AQUA (Alta Qualidade Ambiental) Encerramento
Patrocínio:
Realização:
SUMÁRIO interiores
capa | 56
Projeto de acessibilidade no Nordeste
42
Projetos de automação contra o desperdício
tecnologia
52
O sucesso dos prédios modernos e tecnológicos
econômia & negócios
78
A expectativa para a sexta edição do evento que reúne a cadeia produtiva do concreto
entrevista | 20 Roberto Montezuma Chegou a hora de o presidente do CAU/PE falar
79
Cenário da construção civil em Pernambuco
80
Mega complexo imobiliário vai mudar a cidade de Ipojuca
84
TeCobI Expo 2012 apresentou novidades do setor de telhados
seções
18 PALAVRA 24 Responsabilidade social 28 PAINEL CONSTRUIR 30 VITRINE 33 ESPAÇO ABERTO 48 COMO SE FAZ 87 INSUMOS 93 ONDE ENCONTRAR
colunas
16 SHARE – Asaph Sabóia 32 TRENA – Redação 46 Construir Direito 44 MOVIMENTO EM JP– Ricardo Castro 68 VISTO DE PORTUGAL – Renato Leal 82 CONSTRUIR ECONOMIA – Mônica Mercês 85 INDICADORES IVV – Danyelle Monteiro dia a dia
26 Ações em saúde ajudam a levantar uma arena arquitetura & urbanismo
38
áreas comuns em edifícios ganham mais espaço
VidaSustentável | 63 70 ENTREVISTA Pedro Cavalcanti, da ABEEólica, fala sobre a força da energia eólica 66 Eu Digo 72 Boas Práticas 76 Capa
T&A
CARO LEITOR Caro Leitor, Toda revista tem um dead-line, um prazo limite para o fechamento do conteúdo que será publicado. Esse dia é hoje. A revista já está diagramada e passa pela última revisão quando o telefone toca. É a engenheira Elisabeth Maria Ferreira Severo, autora da dissertação de mestrado sobre os impactos ambientais no transporte do gesso pernambucano. Elisabeth traz notícia, e é boa. Por isso, fazemos questão de partilhar com você. O trabalho da engenheira, que publicamos na coluna Espaço Aberto, vai servir de referência na revisão do plano de mineração de baixo carbono do Ministério de Minas e Energia. Nesta edição, voltamos nosso olhar, também, às calçadas, um dos espaços mais democráticos que existe nas cidades. Onde quer que você more, certamente já percebeu que o tema acessibilidade necessita de mais discussão e, principalmente, de projetos que promovam a circulação livre e segura das pessoas. A importância dos espaços urbanos acessíveis teve lugar em um dos debates promovidos na Arena Socioambiental da Rio+20, como explica a arquiteta e urbanista Ângela da Cunha. Mostramos os resultados de uma campanha pela internet que convoca os brasileiros a dar notas para as calçadas. A melhor posição veio de Goiânia (GO), com uma calçada desenvolvida pelo engenheiro civil Augusto Fernandes, que pensou em todos os detalhes para garantir a acessibilidade. Entre os casos bem-sucedidos no Nordeste, destacamos o projeto desenvolvido na cidade histórica de Olinda, que recebeu pisos táteis de direcionamento e de alerta para auxiliar o deslocamento de pessoas com deficiências visuais. Fomos ouvir o primeiro presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo em Pernambuco (CAU) e tivemos uma aula sobre a história da arquitetura e do urbanismo no Brasil. Roberto Montezuma representa uma categoria que tem muito o que falar, depois de décadas lutando pela assinatura da lei que regulamenta as profissões de arquiteto e urbanista. Uma das metas do CAU é provocar a discussão sobre o plano integrador das cidades, que contemple água, energia, mobilidade, patrimônio, moradia, sustentabilidade. Roberto Montezuma costuma dizer que não adianta a gente ter um monte de coisa boa e bonita e juntar aleatoriamente porque vai virar um Frankenstein. Você duvida? Na cobertura das edições de junho e julho do Fórum Pernambucano de Construção Sustentável, promovido pelo Movimento Vida Sustentável, registramos debates sobre o enfrentamento de questões práticas para a preservação dos recursos naturais. Na edição de junho, cujo tema central foi saneamento básico, foram apresentados casos e produtos bem-sucedidos na área de saneamento sustentável. Em julho, discutiu-se o uso de paredes e telhados verdes como alternativa para melhorar a qualidade do ar em ambientes urbanos. Os debates expuseram fatos e preocupações. Felizmente, o Movimento Vida Sustentável foi criado com a intenção de inspirar e orientar boas iniciativas. Boa leitura.
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| JUN/JUL 2012
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Conselho Editorial Adriana Cavendish, Alexana Vilar, Augusto Santini, Bruno Ferraz, Carlos Valle, Celeste Leão, Clélio Morais, Eduardo Moraes, Elaine Lyra, Joaquim Correia, José G. Larocerie, Luiz Otavio Cavalcanti, Mário Disnard, Otto Benar Farias, Renato Leal, Risale Neves, Ricardo Leal, Serapião Bispo. Conselho Técnico Professores: Alberto Casado, Alexandre Gusmão, Arnaldo Cardim de Carvalho Filho, Cezar Augusto Cerqueira, Béda Barkokébas, Eder Carlos Guedes dos Santos, Eliana Cristina Monteiro, Emília Kohlman, Fátima Maria Miranda Brayner, Kalinny Patrícia Vaz Lafayette, Simone Rosa da Silva, Stela Fucale Sukar, Yêda Povoas Publisher | Elaine Lyra elainelyra@construirnordeste.com.br A redação e a diagramação são da agência de comunicação EXClusiva!br Editora-executiva | Luciana Nunes Editora de conteúdo | Marianne Brito marianne@construirnordeste.com.br Reportagem Aline Franceschini | Juliana Coimbra | Juliana Pessoa | Juliane Planzo Maria Helena Marinho | Yuri Assis | Revisão de texto Bruno Marinho | Juliana Outtes editora de arte | Paula K. Santos
sindicer
Diagramação e ilustração Ana Elisa Ribeiro | Rafaela Sarinho Fotografia | Guilherme Veríssimo Colunistas Asaph Sabóia | Danyelle Monteiro | Marianne Brito | Mônica Mercês Renato Leal | Ricardo Castro Publicidade Tatiana Feijó | tatiana@construirnordeste.com.br Pollyanny Chateaubriand | pollyanny@construirnordeste.com.br construir@construirnordeste.com.br Representantes para publicidade Ceará NS&A – Aldamir Amaral +55 85 3264.0576 | nsace@nsaonline.com.br Santa Catarina | NS&A SC Ana Luisa +55 48 9981.9588 | analuisa@nsaonline.com.br Rio de Janeiro | AG MAIS Aílton Guilherme +55 21 2233.8505 | +55 21 8293.6198 | ailton.agmais@yahoo.com.br São Paulo | NS&A Demetrius Sfakianakis +55 11 3255-2522 | demetrius@mobrasil.com.br Rio Grande do Sul | Everton Luis +55 51 9986-0900 | paranhama@terra.com.br Portugal - B4- Business Consulting & Investiments - Renato Leal 351 210329111 | renato.leal@b4.com.pt Administrativo-Financeiro | Ebénezer Rodrigues rodrigues@construirnordeste.com.br Secretária Executiva | Pollyanny Chateaubriand pollyanny@construirnordeste.com.br Assinaturas e Distribuição | Tatiana Feijó tatiana@construirnordeste.com.br NÚCLEO ON LINE | Tatiana Feijó tatiana@construirnordeste.com.br | Asaph Sabóia Portal Construir NE | www.construirnordeste.com.br Twitter: @Construir_NE Facebook: Construir Nordeste Endereço e telefones Av. Domingos Ferreira, 890 sala 704 – Boa Viagem – Recife - PE +55 81 3038 1045 / 3038 1046
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CARTAS
AGENDA
(1) O que deve ser feito em relação aos resíduos da construção civil para obtenção do habite-se de um empreendimento ? A legislação vigente vincula a concessão do habite-se ao recebimento e à aprovação, por parte da prefeitura, de um relatório final dos resíduos da construção civil (RCC) do empreendimento. Não há um termo de referência ou modelo oficial, mas a estrutura do relatório deve ter, pelo menos, as seguintes partes: (i) Introdução: dados do empreendimento e do empreendedor; (ii) Caracterização do empreendimento: número de pavimentos; áreas; tipo de fundação; sistema de construção; tipo de acabamento; (iii) Gerenciamento dos RCC: segregação; estocagem; transporte; destinação final; (iv) Histórico da construção: resumo com as datas das etapas de demolição, fundação, estrutura, alvenaria e acabamento; (v) Comprovação da destinação final dos RCC: resumo do RCC gerado e sua destinação final; indicadores de resíduos (ex.: peso total de RCC por área de construção; peso total por etapa de construção; (vi) Anexos: cópia dos recibos de destinação final dos RCC. (2) Quais são as opções existentes para a destinação final dos RCC na Região Metropolitana do Recife ? Atualmente, há uma unidade de beneficiamento de resíduos em Camaragibe e dois aterros sanitários licenciados pelos órgãos ambientais (Jaboatão dos Guararapes e Igarassu). Também existe a possibilidade dos RCC serem usados para aterros em áreas previamente licenciadas pelos órgãos municipais (e eventualmente pela CPRH). Um exemplo recente de uso racional de aproveitamento dos resíduos ocorreu na construção do Shopping Rio Mar, onde os resíduos das estacas hélice da fundação (cerca de 25.000 m³) foram usados nas camadas de pavimentação do próprio empreendimento. Com isso, não houve custos com a destinação final dos resíduos das estacas, e também houve uma redução expressiva na aquisição de agregados naturais para execução das camadas de reforço de subleito e sub-base. A economia conseguida foi da ordem de R$ 4 milhões, fora os custos ambientais. *(1) e (2) Prof. Alexandre Duarte Gusmão PEC/Poli/UPE
Concrete Show Data: 29 a 31 de agosto de 2012 Local: Centro de Exposições Imigrantes São Paulo/SP www.concreteshow.com.br GREENBUILDING BRASIL – Conferência Internacional & Expo Data: 11 a 13 de setembro de 2012 Local: Transamérica Expo Center São Paulo/SP www.expogbcbrasil.org.br Construir Bahia 2012 – Feira Internacional de Construção Data: 12 a 15 de setembro de 2012 Local: Centro de Convenções da Bahia Salvador/BA www.feiraconstruir.com.br Siacs – Simpósio Internacional de Arquitetura e Construção Sustentável Bahia Data: 14 de setembro de 2012 Recife Data: 17 de setembro de 2012 Fortaleza Data: 20 de setembro de 2012 www.siacs.com.br Ficons 2012 – VIII Feira Internacional de Materiais, Equipamentos e Serviços da Construção Data: 02 a 06 de outubro de 2012 Local: Centro de Convenções de Pernambuco – Olinda/PE www.ficons.com.br COMPLAN – ADIT Seminário Internacional de Comunidades Planejadas Data: 18 a 20 de outubro de 2012 Local: Costa do Sauípe – Bahia/BA
CARTAS redacao@construirnordeste.com.br
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| JUN/JUL 2012
ATENDIMENTO AO LEITOR faleconosco@construirnordeste.com.br Tel: + 55 81 3038-1045 e 81-3038-1046 Segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h
REDAÇÃO/SUGESTÕES DE PAUTAS Avenida Domingos Ferreira, 890/704 Empresarial Domingos Ferreira Pina | Recife | PE | CEP: 51 001-050
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share
Mapa da Obra: O google da Construção Civil Asaph Sabóia
P
ensando nos profissionais da construção civil e também nos consumidores, a Votorantim Cimentos lançou o Mapa da Obra, que pode ser denominado no Google da Construção Civil. O portal reúne informações úteis sobre construção, mas com conteúdo prático e de fácil navegação. Segundo a Votorantim Cimentos, o Mapa da Obra é um portal referência na construção civil e o principal objetivo é
consolidá-lo como um canal que aproxime a empresa de seus diversos públicos, oferecendo informações relevantes para o desenvolvimento dos profissionais do setor e também para o consumidor final. O portal ainda tem um espaço voltado para os usuários cadastrados. Nesta área, é possível ter acesso a podcasts de especialistas, matérias sobre tendências e lançamentos do mundo da construção civil. Os visitantes encontram, também,
Decora.me
A engenheira Elisabeth Maria Ferreira Severo tem o que comemorar. A dissertação de mestrado que ela escreveu sobre As Análises dos Impactos Ambientais no Transporte do Gesso Pernambucano vai servir como referência na revisão do plano de mineração de baixo carbono do Ministério de Minas e Energia. O trabalho foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco. Você confere o trabalho de Elisabeth Severo na página 33 e no nosso portal: construirnordeste.com.br.
reprodução
shutterstock/holbox
referência nacional
informações sobre o portfólio de produtos da Votorantim Cimentos, com uma visualização rápida das aplicações mais recomendadas para cada um, além de um calendário com os principais eventos do setor da construção civil. Destaque para a interação com as redes sociais, que foi adotada pela equipe de comunicação do site Mapa da Obra. Para ficar ligado nessa inovação do mercado, entre no www.mapadaobra.com.br.
Como estamos fazendo nas últimas edições da Construir Nordeste, aqui vai mais um aplicativo para os arquitetos e decoradores. O Decora.me se propõe a apresentar belas imagens relacionadas a arquitetura, decoração e design, facilitando a vida de quem está em um momento de bloqueio criativo e precisa de inspiração para continuar seus afazeres.
Acesse: www.construirnordeste.com.br Escreva: faleconosco@construirnordeste.com.br Siga-nos (Twitter): @Construir_NE Compartilhe nossa fan page no Facebook
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| JUN/JUL 2012
Temos uma maneira melhor de proteger sua casa. Viaflex Fita Cor Branca protege seu telhado, evita goteiras e deixa sua casa livre de infiltraçþes.
palavra
uma Aula de tecnologia construtiva [1] guilherme veríssimo [2] divulgação/secretaria das cidades/governo de pernambuco
Sílvio Bompastor*
[1]
[2]
É um incrível ganho para a engenharia do Nordeste a chegada de novas tecnologias e de novos materiais aplicados às construções
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O
Brasil vive um momento único para a engenharia civil com as obras de construção ou reforma de doze arenas de padrão internacional. Estas arenas usam tecnologia de ponta e estão mudando a forma de se construir estádios no país. É um incrível ganho para a engenharia de Pernambuco, do Nordeste e do Brasil a chegada de novas tecnologias e de novos materiais aplicados à construção. Aqui, na Arena Pernambuco, a coberta é uma treliça espacial com uma membrana, e, na ponta da coberta, há telhas de vidro. Uma combinação nunca usada pela nossa engenharia. Ganha quem está construindo, ganha quem está fiscalizando, ganha quem está estudando nesse período. Só o controle do recalque da construção da arena que está sendo erguida em São Lourenço da Mata
daria umas cinco dissertações de mestrado e duas teses de doutorado. Estamos conhecendo uma ciência de acompanhamento de obra, com controle de qualidade redundante dos métodos construtivos e dos materiais. Por duas vezes, a FIFA pediu a antecipação da entrega da Arena Pernambuco para a Copa das Confederações, e foram os estudos de arranjo construtivo que permitiram o programa de aceleração da obra. Um bom exemplo foi a construção da coberta, que precisa ser entregue três meses mais cedo sem sofrer nenhuma alteração. O controle de qualidade e tecnologia aplicada retirou os dois guindastes de dentro da arena para que a construção do campo fosse iniciada. Meses depois, houve um novo pedido de redução de tempo, e estes equipamentos foram substituídos por outros dois guindastes ainda mais potentes, com capacidade para 400 toneladas, o que garante a colocação de 22 módulos para formar a estrutura de aço da coberta. Participar de perto deste projeto grandioso que é a Copa do mundo da FIFA de 2014 é um privilégio para todos os atores envolvidos no processo, desde o engenheiro responsável pela obra até o operário. Todos estão fazendo parte da história construtiva nacional. Recentemente, um integrante do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 me perguntou se eu estava gostando de trabalhar com a Copa. Garanto a vocês que a sensação é de fazer parte de um capítulo do esporte e da engenharia no Brasil. Estamos construindo uma obra que será referência para os esportes e para a realização de grandes eventos culturais, uma obra que será referência por muitas gerações.
* Sílvio Bompastor é engenheiro civil e ocupa o cargo de Secretário e Executivo de Supervisão Técnica da Secopa Pernambuco.
Entrevista Roberto Montezuma
a gente não vai ficar calado guilherme veríssimo
por Marianne Brito
O arquiteto e professor universitário Roberto Montezuma faz parte de um grupo seleto. Em outubro de 2011, mais de 80% dos arquitetos brasileiros participaram de uma votação eletrônica que escolheu os primeiros presidentes dos Conselhos de Arquitetos e Urbanistas (CAU). Muitos duvidavam que a votação simultânea em todos os estados daria certo, como muitos tinham certeza de que os arquitetos e urbanistas jamais deixariam de fazer parte dos Conselhos Regionais de Engenharia (Creas). A vitória por unanimidade de Montezuma em Pernambuco merece destaque pela prova de conformidade. Ele foi o nome de consenso entre os arquitetos e urbanistas do Estado, que agora vão seguir uma legislação nacional, a Lei 12.378.
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Entrevista Os arquitetos e urbanistas esperaram mais de cinquenta anos para ter seu o próprio conselho. O que aconteceu desde a época de ouro da arquitetura brasileira? Por volta dos anos 30, começa o fenômeno internacional onde a arquitetura brasileira aparece com um destaque muito grande. A grande força aconteceu com o Ministério da Educação e Cultura, que decidiu fazer da sua sede no Rio de Janeiro um projeto de arquitetura moderna que fosse símbolo nacional. Oscar Niemeyer apresentou uma proposta que alterava profundamente algumas coisas essenciais do projeto original do arquiteto suíço Le Corbusier, entre elas a altura elevada dos pilotis e a torção do edifício, trazendo uma maneira muito inteligente de trabalhar a integração no entorno do prédio. É o primeiro grande edifício moderno do mundo com dimensão pública. Brasília é a primeira grande cidade totalmente pensada com os princípios modernistas. A ideia do conselho nasceu em volta dos anos 40, 50, quando o urbanismo e a arquitetura brasileira foram estruturas de desenvolvimento nacional. Engenharia e arquitetura andaram juntas por muito tempo, quando veio a separação? A arquitetura é uma profissão que sempre existiu. Com a revolução industrial, apareceu a politécnica, pois muitos arquitetos não queriam abrir mão do seu lado estético. Assim, apareceu a figura do engenheiro. Uma coisa não se separa da outra: o arquiteto tem que conhecer a técnica, e o engenheiro deveria conhecer também o seu lado macro. Hoje, a ânsia da ciência é reduzir para compreender melhor, mas, no caso da arquitetura e do urbanismo, é muito perigoso o fenômeno da fragmentação. Com todas as novas ideias internacionais, é importante ter alguém que junte, porque cada vez mais as decisões são tomadas separadamente e, quando juntas, dão um Frankenstein. O governo está bem servido de arquitetos e urbanistas? Não, porque na maioria dos municípios existe uma lei do Ministério das Cidades
– a lei da assistência técnica, da arquitetura pública e da engenharia pública – que não é cumprida. Toda cidade deveria ter um arquiteto, um urbanista, mas não tem. Nós estamos fazendo o mapeamento nacional. Em muitos lugares, quem toma as decisões é o secretário de Obras. As pessoas têm que entender que a cidade é uma extensão da casa. Se a cidade está mal, a sua casa também está. A cidade não é simplesmente uma coisa aleatória. No último dia do ano de 2010, foi criada a lei que regulamenta a profissão de arquiteto e urbanista. Apesar da longa espera, foi uma surpresa? Tudo no Brasil é meio milagre. Eu diria que foram uns heróis que ficaram à
“Os agentes públicos têm que começar a perceber que o CAU saiu do limbo”
frente do processo, como Gilson Paranhos, presidente nacional do Instituto de Arquitetos do Brasil. A Lei 12.378, que cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, descreve no seu corpo o que cada profissional deve fazer e já nasce com a visão de integração social. Vocês têm vários desafios, entre eles o de aumentar o número de profissionais cadastrados? Não é fácil. Primeiro, porque são 15%, 17% de capital que saem do Crea; e isso abala, vai sair o lucro. Eu entendo isso, acho que para o Crea a saída dos arquitetos foi uma perda. Alguns arquitetos
podem entender como uma perda no primeiro momento, mas, na verdade, não tem como não ser uma grande conquista para a sociedade brasileira. Qual era o argumento dos engenheiros que não aceitavam a separação? O argumento era: vocês são incapazes. Todo e qualquer argumento era válido para tentar confundir. Incapacidade política, incapacidade de fazer uma eleição, incapacidade de gerência... Temos que entender isso com muita serenidade. No final, o que contou foram as decisões firmes desta primeira equipe que arregaçou as mangas. Em Pernambuco, temos representantes do patrimônio histórico, urbanismo, mercado imobiliário, paisagismo, iluminação, design, biodesign, arquitetos que lidam com a construção, com consultores e com o setor público. Como vai ser a integração com os novos prefeitos, que agora vão ter os CAUs para discutir as ideias para as cidades? A gente vai se posicionar, a gente não vai ficar calado de jeito nenhum. A questão da sensibilidade depende do prefeito, mas o CAU vai colocar e vai cobrar. Os agentes públicos têm que começar a perceber que o Conselho de Arquitetura e Urbanismo saiu do limbo, os arquitetos e urbanistas saíram da marginalidade. Nós não somos donos da verdade, mas a gente quer colocar as verdades acontecidas historicamente. O que é que o senhor espera ouvir de propostas dos candidatos às prefeituras nesta eleição? Qual vai ser o plano integrador da cidade. Que contemple tudo: água, energia, mobilidade, patrimônio, moradia, sustentabilidade. Aí volta à questão cidade integrada versus cidade planejada. Mais do que planejadas, as cidades precisam ser integradas aos seus centros históricos. O CAU veio para dizer: aprendam com a história, não vamos repetir erros. E qual é a diferença entre uma cidade integrada e planejada? Você pode ter plano – de mobilidade,
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Entrevista
“A cidade é o movimento ético entre edifícios, ruas e praças”
Já era para os rios estarem sendo utilizados como meio de transporte? Também. As águas não podem resolver todos os problemas, mas, se elas forem integradas, podem reduzir uma parte do déficit de transporte, além de adicionar uma qualidade de lazer que a cidade precisa. Você quer gritar: onde estão as praças dessa cidade e como estão? Então, em vez de ter poluição e doenças nas margens do rio, possuir margens tratadas pode fazer com que esse diferencial do Recife passe a ser incorporado não como limão, mas como limonada. O urbanista trabalha com profissionais de vários setores, mas é ele quem vai dar o desenho físico desse negócio. Na Rio+20, o senhor fez uma apresentação sobre um encontro histórico entre arquitetos do Recife e da Holanda, o Workshop Recife Exchange
Amsterdã. As cidades são cortadas por águas e por muitas diferenças urbanísticas. É possível prever como será o Recife nos próximos 25 anos? É possível, com tudo isso, se pensar um futuro. É botar profissionais na mesa e entrar num processo de discussão profunda, com conteúdo, trazer o conhecimento para o povo. A questão é como fazer isso, como encontrar a linguagem sem perder o conteúdo. Neste momento do Brasil, o prefeito tem que ser estadista. O CAU vai promover a discussão, vai fiscalizar os profissionais, mas também vai propor ideias? O Conselho dos Arquitetos e Urbanistas não quer simplesmente assumir os desenhos, ele quer assumir as ideias pensadas pela sociedade e começar a debatê-las. A integração da sociedade com o conselho é o primeiro dos quatro eixos do planejamento estratégico do CAU. Estamos nos organizando para começar esses trabalhos. ERIC GOMES
por exemplo – mas esse é o primeiro estágio da inteligência urbanística. A finalidade da dimensão urbanística é a integração entre todos os planos. Nós defendemos que a água é a matriz ambiental que foi esquecida. Então qual é o plano econômico dessa cidade? Qual é o plano social dessa cidade? A cidade é o movimento ético entre edifícios, ruas e praças. É preciso resolver o sistema geral: que tenha bicicleta, que tenha
transporte pela calçada, que as pessoas possam usar as ruas, que são a matriz da democracia de um povo.
Segundo Roberto Montezuma, a integração entre o CAU e a sociedade é uma das prioridades do Conselho
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CASA DA CRIANÇA conectada com o mundo
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Projeto Casa da Criança foi contemplado pela IBM para participar do Programa de Voluntariado Corporativo Internacional, desenvolvido pela empresa em diversas partes do mundo. Os funcionários voluntários fazem parte do Corporate Service (Corps), um programa global da IBM para apoiar projetos em países emergentes e também desenvolver líderes responsáveis na empresa. O projeto inscrito buscou, através da parceria com a empresa, aprimorar a comunicação entre a coordenação nacional, sediada no Recife, e as franquias sociais do Casa da Criança distribuídas em dezesseis estados do Brasil, através da criação de um portal. "O portal se diferencia do site, principalmente, por possuir ferramentas que constroem um real relacionamento entre quem produz e quem consome a informação. Acreditamos que, com a criação desse portal, daremos um salto qualitativo em nosso trabalho", comenta Patricia Chalaça, presidente fundadora do Projeto Casa da Criança. A IBM colocou uma equipe de quinze funcionários da empresa, de distintas partes do mundo e com diferentes
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habilidades, para trabalhar com organizações da sociedade civil. Para a Casa da Criança, foram enviados três profissionais, Dairdre Dowling, Sonya Favretto e Laurie Santos, que atuaram entre 18 de maio a 16 de junho, período em que fizeram uma análise de todas as atuais ferramentas de gerenciamento das ações que o projeto desenvolve no país, a exemplo das reformas das instituições e do Programa Cia dos Anjos. O objetivo foi criar uma ferramenta de gerenciamento que proporcionasse uma visualização mais fácil e ágil de quais são as necessidades das instituições beneficiadas em cada lugar do Brasil. Durante a estada, o Projeto Casa da Criança procurou mostrar as diferentes realidades das instituições atendidas, a exemplo da creche Lar de Clara, do Ária Social e da creche Lar Esperança. Além dos trabalhos individuais em cada organização, os quinze profissionais da IBM realizaram uma ação conjunta no Núcleo Social Nassau, onde participaram de oficinas de reciclagem e puderam assistir a apresentações de danças típicas da cultura pernambucana realizadas pelos próprios jovens do Núcleo.
Encerramento do projeto de voluntários no Porto Digital
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dia a dia
Ações que deixam os operários rindo à toa Atendimento odontológico e vacinação para os operários acontece dentro do canteiro por Yuri Assis
contingente que, em alguns casos, não conta de forma rotineira com a assistência médica. Para amenizar essa carência, a construtora investe cerca de meio milhão de reais em campanhas de vacinação, além de disponibilizar unidades móveis de atendimento odontológico. A auxiliar de serviços gerais Denise Maria do Nascimento é uma das atendidas pelos programas de saúde. Para ela, uma das maiores vantagens de poder contar com a iniciativa é a facilidade do acesso ao serviço médico, que não choca com as exigências do horário de trabalho. “Para a gente que passa o dia inteiro trabalhando e não tem tempo de marcar uma consulta no dentista ou fazer um acompanhamento, é uma ótima oportunidade de cuidar da saúde”, explica. “Para quem não tem plano de saúde e depende do SUS, ter esse tipo de atendimento no
divulgação
Nos canteiros de obras, a preocupação com a saúde ocupacional complementa a função da Segurança do Trabalho, preservando e promovendo a saúde dos colaboradores. Os operários, que passam horas no local da construção, muitas vezes pernoitando, necessitam de uma assistência médica mais específica. Em atenção a essa demanda, a Odebrecht vem realizando ações para garantir a saúde dos funcionários que trabalham em obras com expediente ampliado. Situado em São Lourenço da Mata, o canteiro de obras da Odebrecht Investimentos conta com 4 mil operários que atuam na montagem da infraestrutura da Arena Pernambuco até fevereiro de 2013, previsão de entrega da obra. Absorvendo trabalhadores de cidades como Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes e do próprio Recife, o canteiro agrupa um
local de trabalho é excelente. Aqui, tive a oportunidade de colocar minhas vacinas em dia e também pude começar um tratamento odontológico com dentistas de qualidade”, conclui a auxiliar. Trata-se de ações contínuas, com as quais os trabalhadores poderão contar até a entrega da obra. Em julho, a vacinação entrou em cena pela terceira vez, para a aplicação da última dose da antitetânica e da anti-VHB, que age como preventiva da hepatite B, ministradas no próprio ambulatório do canteiro de obras. A oportunidade também beneficiou os recém-contratados, que receberam sua primeira imunização. Segundo a equipe responsável pela programação, as campanhas são realizadas de acordo com levantamento do Ministério da Saúde, que identifica os focos de doenças de cada região. Já as duas unidades móveis de atendimento odontológico fazem parte de uma parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi). Com a instalação dos consultórios, que contam com o revezamento de dois dentistas, a procura por parte dos funcionários tem sido intensa. O motivo é que parte deles nunca havia feito tratamento dentário. Durante a consulta, os pacientes têm acesso a diversos tipos de exames, podem fazer restaurações, limpeza, aplicação de flúor e até mesmo extração dentária. Os dentistas encaminham os casos mais complicados para o Sesi de Camaragibe.
Foram realizadas campanhas de vacinação e o tratamento odontológico acontece durante todo o dia
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divulgação
painel construir
OAS Empreendimentos para Iphone
reprodução
A nova versão do site www. oasempreendimentos.com atende à plataforma mobile IOS, que é o sistema operacional da Apple. O usuário só precisa usar o iPhone para acessar os canais de relacionamento com a empresa. Também ficou mais fácil interagir com as redes sociais Youtube, Slideshare, Linkedin e Flickr, onde a OAS Empreendimentos está presente. A empresa reconhece que as pessoas estão usando cada vez mais a tecnologia mobile e promete atender, em breve, a outras plataformas.
dou-lhe uma, dou-lhe duas...
marcelo marona
A Viapol nem estava à venda, mas a proposta da holding norte-americana RPM, que reúne empresas e marcas líderes mundiais em diversos segmentos da indústria e de consumo, foi irrecusável. O portfólio de produtos da Viapol, empresa brasileira especializada em produtos e soluções para a construção civil, será ampliado com os produtos já consagrados em outros países que passam a ser vendidos no Brasil. Atuante em mais de 150 países, a RPM atende aos setores de construção e de restauração em todo o mundo.
DE CEP novo O escritório das arquitetas Bruna Lobo, Danielle Paes Barreto e Soraya Carneiro Leão tem novo endereço, na Zona Sul do Recife. O Arqmulti completa 7 anos com um portfólio variado, que inclui projetos residenciais e comerciais, em várias cidades brasileiras e em outros países. O novo escritório segue linha arquitetônica contemporânea e ocupa uma área de 141 m².
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Moda, estilo e tecnologia A expectativa é grande para a primeira edição da Casa Cor Rio Grande do Norte. O local escolhido pelos franqueados César Revorêdo e Nereide Britto Figueirêdo é uma antiga fábrica de doces (foto 1), que está localizada em um dos cruzamentos mais conhecidos do bairro de Lagoa Nova. A mostra vai ocupar uma área de 4 mil m². O projeto de ampliação das instalações tem assinatura do escritório de Luciano Toscano e conta, até hoje, com um painel do artista plástico Aércio Emerenciano. As franqueadas Rita Tristão e Amelinha Peixoto ficaram conhecidas por escolherem locais inusitados para sediar a Casa Cor Pernambuco. O evento já foi realizado em um prédio em construção, em um galpão abandonado e, no ano passado, em sete imóveis preservados pelo Patrimônio Histórico de Olinda (foto 2). Este ano, a mostra vai acontecer em um antigo instituto de psiquiatria, formado por três chalés que foram construídos em 1915, em uma das avenidas mais movimentadas do Centro do Recife.
reprodução
[2]
divulgação
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ivando bezerra
painel construir
novos guias de especificação Após a criação dos Guias de Especificação para Residências, Hotéis e Hospitais, a Gypsum lança cadernos voltados para os setores de Educação e Shoppings. Criados para auxiliar os profissionais da arquitetura na execução de projetos em drywall e detalhar informações sobre o desempenho mecânico e acústico dos sistemas de paredes, forros e revestimentos a seco, os Guias de Especificação também recomendam soluções específicas para diferentes tipos de aplicações em ambientes internos. Os temas abordados são divididos em três módulos: introdução, premissas de projetos em relação à acústica, fogo e performance mecânica e uma parte dedicada a especificações de Sistemas Gypsum Drywall para paredes, forros, revestimentos e shafts.
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Cozinha americana
marianne brito
Integrar a sala de estar com a cozinha é uma ideia prática e moderna. No projeto de um loft, Marina Dubal usou o recurso da cozinha americana com bancos de madeira, mais altos, com apoio para as costas. A madeira dá um toque mais rústico ao espaço.
Cultura em cerâmica As Palomas são criação do ceramista pernambucano Tácito Fernandes, que montou ateliê em uma chácara de Ibiúna, em São Paulo. As peças variam de cor, tamanho e textura. A cada fornada, a ninhada aumenta em dezenas de pequenos pássaros sem asas.
Concreto e madeira A junção das texturas e sensações do concreto e da madeira foram a premissa para a criação da linha de revestimento StoneWood, da Lanzi. Ela é produzida em porcelanato, nas cores Arena, Moka e Antracita, para aplicação em pisos, paredes e fachadas.
Nova fita de LED A multinacional Osram, especializada em iluminação, trouxe para o mercado a LINEARlight Flex ShortPitch, um novo modelo de LED indicado para contorno, acentuação e iluminação decorativa de ambientes.
Matelassê em alta Tudo que vai pode voltar. É o que acontece com o matelassê, nos tecidos, e as superfícies trabalhadas com texturas que remetem a essa técnica. A tendência foi confirmada no último Salão de Milão.
veríssim o
Piso sustentável
guilher me
A Ivaí acaba de trazer para o mercado nordestino um novo tipo de piso-dreno. O produto é feito a partir de fibra de coco e argila e está disponível em duas larguras: 4,5 cm e 8 cm. Além da função de drenagem, ele também possui característica antiderrapante.
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Pra segurar a chuva A Marko Sistemas Metálicos vem contribuindo para o meio ambiente através do seu sistema de cobertura metálica roll-on, que possui todas as peças em aço galvanizado (100% reciclável). Um dos destaques do produto é sua funcionalidade na captação das águas pluviais.
fotos: divulgação
Henrique Queiroga
vitrine
Construções de Vida Longa começam com SIBELCO*.
Metafort é um metacaulim, pozolana de alta reatividade, que otimiza as aplicações de cimentos especiais e concretagem. TM
Garantia de durabilidade, alta resistência e custos de manutenção mais baixos. Quem constrói para durar, escolhe Metafort.
Para mais informações, contate-nos: vendas@sibelcosam.com *Em 2012, A UNIMIN South America, empresa do Grupo SIBELCO, passou a adotar a identidade SIBELCO South America.
trena
o debate agora é Internacional
mano de carvalho
Energy Performance of Buildings Directive (EPBD) em Portugal. Vasconcelos esclareceu que em Portugal cerca de 99% da população já tem acesso à energia. Apesar disso os edifícios de balanço zero – ou seja, autossustentáveis – ainda fazem parte de uma meta distante, principalmente agora com a crise na economia europeia. Aberto o microfone, Ana Regina Cavalcanti, da Chesf, falou sobre a nossa realidade: “o Brasil ainda está buscando expandir a rede elétrica, complementarmente à busca pela eficiência energética”. Entre as questões levantadas, destacamos os benefícios de se ter plantas nos ambientes internos para melhorar a qualidade do ar. O engenheiro agrônomo Antonio José da Cunha Chagas fez uma observação a ser considerada pelo setor da construção, a de que os chamados edifícios verdes ainda são deficientes nesse quesito, tirando também pouco partido do benefício promovido pelas plantas para equilibrar a temperatura das edificações.
A arquitetura que não foi pedida
Os tweets que mudaram uma cidade Uma mesma frase que foi retuitada cinco mil vezes em apenas um dia, chamou a atenção do marketing da Akzonobel, multinacional holandesa detentora das marcas Coral e Sparlak. “Eu quero o Tudo de Cor para Você em João Pessoa” foi o texto postado pelo produtor paraibano André Antério, do Varadouro Cultural. O presidente da Akzonobel para a América Latina, Jaap Kuiper, ouviu a comunidade, a prefeitura e o Patrimônio Histórico e decidiu levar o projeto socioambiental da Coral para o Centro Histórico de João Pessoa. Cerca de quarenta imóveis foram pintados por centenas de voluntários, entre eles a cantora Daniela Mercury. Durante o evento, a Coral lançou cinco produtos dentro do conceito 3 em 1: tecnologia com hidrorrepelência, ação antibactericida e antimofo.
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Isabel Santos falou a respeito de projetos sustentáveis da Europa
DIVULGAÇÃO
O
Movimento Vida Sustentável deu um passo importante ao realizar o I Encontro Internacional Construir NE. O evento contou com a participação de Isabel Santos, presidente da empresa Ecochoice; e Filipe Vasconcelos, diretor geral da Agência para Energia de Portugal (Adene). Na ocasião, Isabel falou a respeito da Certificação Breeam Communities, que trabalha a partir dos vetores ambiental, social e econômico. No debate que seguiu a palestra, observou-se a importância de um quarto vetor – o cultural. Trata-se de uma questão que vem sendo colocada em relação às cidades planejadas em construção no Brasil. Será que elas estão respeitando os aspectos culturais e sociais das regiões em que estão inseridas? Isabel ainda apresentou alguns projetos europeus, como a Comunidade Bed Zed, no Reino Unido, a Comunidade Malmö, na Suécia, o Bairro Ecológico de Viikki, na Finlândia, e o Hotel L’and Vineyards, em Portugal. Filipe Vasconcelos falou a respeito da implementação da
GUILHERME VERÍSSIMO
por Marianne Brito
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Como reinterpretar o caráter simbólico de um espaço público? A exposição Arquitetura Não Solicitada, inaugurada no dia 5 de julho no Museu do Estado de Pernambuco, sonda de que forma a arquitetura pode sair do escritório de uma forma mais ativa, em vez de aguardar passivamente pela chegada das demandas. Trazida para o Recife pela empresa de engenharia Geosistemas, a mostra está na sua terceira edição. O acervo exibe trabalhos realizados ao redor do mundo, provenientes de locais como Alemanha, Holanda e Espanha, que prospectam intervenções urbanas para transformar as cidades. A exposição vai até o dia 5 de setembro.
espaço aberto
Dando continuidade à parceria estabelecida entre a Construir NE e o meio acadêmico, o Espaço Aberto desta edição traz a dissertação de mestrado da engenheira Elisabeth Maria Ferreira Severo, desenvolvida na Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco
ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NO TRANSPORTE DO GESSO PERNAMBUCANO* * Dissertação de mestrado da engenheira Elisabeth Maria Ferreira Severo, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco, sob a orientação do prof. Dr. Arnaldo Cardim Carvalho Filho e a coorientação da prof. Drª. Fátima Maria Miranda Brayner. O trabalho completo pode ser consultado no Portal do Ibama - Biblioteca Digital do Centro Nacional de Informação - Cnia (www.ibama.gov.br/sophia/cnia/teses/elisabethseverodissertacao.pdf) ou no banco digital de teses da biblioteca do Programa de Pós-Gradução em Engenharia Civil da Poli/UPE (www. pec.poli.br/conteudo/teses/Dissertacao%20Impactos%20Ambientais%20-%20Elisabeth%20Severo%20-%20 PEC%202011%20(1).pdf). Este trabalho servirá como referência na revisão do plano de mineração de baixo carbono do Ministério de Minas e Energia.
Resumo O presente artigo traz a análise dos impactos ambientais no transporte do gesso pernambucano até o mercado comum europeu, apresentando dois cenários, o cenário I representa o transporte atual utilizado, modais rodo-hidroviário, enquanto o cenário II proposto é a combinação dos modais ferro-hidroviário. Para a análise dos dois cenários, utilizou-se índices de destruição ambiental pela emissão de poluentes atmosféricos através do modelo desenvolvido por Iqbal & Hasegawa. Pelos resultados obtidos com a aplicação do modelo nos cenários I e II, concluiu-se que o cenário II é menos impactante que o cenário I, sendo a melhor alternativa logística e garantindo a sustentabilidade ambiental do sistema.
Palavras-chave Impactos ambientais, gesso, modais, sustentabilidade, construção civil.
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INTRODUÇÃO As reservas de gipsita de Pernambuco possuem alto teor de pureza e estão localizadas nas cidades de Araripina, Bodocó, Ipubi, Ouricuri e Trindade, sendo estes responsáveis por 90% da produção nacional de gipsita e 81% da produção de gesso (LYRA SOBRINHO et al., 2006). A cadeia produtiva do gesso pernambucano é a principal atividade econômica da região, sendo responsável por cerca de 13,2 mil empregos diretos e 66 mil empregos indiretos (SINDUSGESSO, 2009). O gesso é um material versátil, muito utilizado na construção, de rápida aplicação, excelente isolante térmico e acústico, hidro-ativo, leve, estável, com precisão dimensional de qualidade e com baixo custo (SEBRAE/NA, 2010). A indústria gesseira brasileira encontra-se em expansão internacional, mas, para que sua sustentabilidade seja assegurada, faz-se necessária uma análise dos impactos ambientais produzidos no transporte, com a finalidade de propor um novo cenário para a melhoria do sistema (SEVERO, 2011).
TRANSPORTES DE CARGAS No Brasil, há uma sobrecarga de 58% do modal rodoviário, devido a seus baixos preços de frete, ocasionando ineficiência e uso inadequado dos outros modais (ANTT, 2006). Na comparação dos principais modais elaborada por Nazário (2000), foram destacadas cinco características para classificar o melhor transporte: velocidade, disponibilidade, confiabilidade, capacidade e frequência. Na comparação dos modais, se fossem considerados o consumo de energia e os impactos ambientais, o modal ferroviário apresentaria o melhor resultado, seguido por hidroviário, dutoviário, rodoviário e, por fim, aéreo (D’AGOSTO,2004; PEREIRA,2008 e CURI, 2009).
IMPACTOS AMBIENTAIS O impacto ambiental é provocado pelo desequilíbrio ecológico, podendo ser resultado de acidentes naturais ou antrópicos (do homem) em seus processos produtivos. Sendo o impacto ambiental a alteração no meio e nos seus componentes, faz -se necessária a qualificação e quantificação dessas alterações, para que se possa avaliar e prevenir os impactos ambientais. A poluição atmosférica é originada da geração de energia e dos combustíveis que são utilizados principalmente nas indústrias e nos transportes.
SUSTENTABILIDADE De acordo com Brundtland (1987), “desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”. Elkington (1994) definiu o Tripé Sustentável com a sigla PPL (Pessoas, Planeta e Lucro).
MÉTODO Foi utilizado modelo desenvolvido por Iqbal & Hasegawa (2001), que compara os modais rodoviário e hidroviário, obtidos do banco de dados Eco-Indicador 95. Como o modelo de Iqbal & Hasegawa (2001) não continha as informações referentes ao modal ferroviário, a tabela de componentes e substâncias foi adaptada com dados obtidos da Agência Nacional de Transportes Ferroviários (ANTF), (2011). No Quadro 1, apresenta-se os componentes e as substâncias liberados durante o transporte para os três modais de referência ao presente comparativo, ou seja, o rodoviário, o hidroviário e o ferroviário. Quadro 1 – Componentes e Substâncias Liberados Durante o Transporte MODAL
COMPONENTE OU SUBSTÂNCIA
UNIDADE
RODOVIÁRIO(1)
HIDROVIÁRIO(1)
FERROVIÁRIO(2)
ENERGIA CONSUMIDA
MJ/ton-km
2,880
0,499
1,267
EMISSÃO DE CO2
kg/ton-km
0,228
0,0395
0,1003
EMISSÃO DE NOX
kg/ton-km
4,10E-03
7,11E-04
1,81E-03
EMISSÃO DE SOX
kg/ton-km
3,43E-04
5,95E-05
1,51E-04
EMISSÃO DE MP
kg/ton-km
9,39E-05
1,63E-05
4,14E-05
Fonte: adaptado de Iqbal & Hasegawa1 (2001) e ANTF2 (2011)
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No Quadro 2, utilizou-se os fatores de caracterização que implicaram na potencialização ou mitigação dos efeitos das emissões, em razão do produto das emissões pelo respectivo peso ou fator de caracterização. Quadro 2 – Fator de Caracterização para as Categorias de Impacto CATEGORIA DO IMPACTO
SUBSTÂNCIA OU COMPONENTE
FATOR DE CARACTERIZAÇÃO
UNIDADE
ESGOTAMENTO DE COMBUSTÍVEL FÓSSIL
Energia Consumida
1
MJ
AQUECIMENTO LOCAL
Radiação Solar
1
MJ
AQUECIMENTO GLOBAL
CO2
1
kg
CHUVA ÁCIDA EUTROFIZAÇÃO POLUIÇÃO DO AR
NOX
0,7
kg
SOX
1
kg
NOX
0,13
kg
MP
1
kg
SOX
1
kg Fonte: adaptado de Iqbal & Hasegawa (2001).
O Quadro 3 do modelo apresenta índices por categoria de impacto que representam o percentual de importância de cada impacto ambiental. Quadro 3 – Componentes do fator de peso para as Categorias de Impacto CATEGORIA DE IMPACTO
FATOR DE PESO
ESGOTAMENTO DE COMBUSTÍVEL FÓSSIL
0,143
AQUECIMENTO GLOBAL
0,271
AQUECIMENTO LOCAL
0,105
CHUVA ÁCIDA
0,165
EUTROFIZAÇÃO
0,096
POLUIÇÃO DO AR
0,220 Fonte: Iqbal & Hasegawa (2001).
AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS Para a avaliação dos impactos ambientais nos cenários I e II, foi incluído o modal ferroviário não previsto no primeiro quadro de referência Componentes e substâncias liberados durante o transporte. Para os cálculos, é imprescindível que sejam definidas as informações básicas do transporte, tais como: Carga, Distância e Tipo e Capacidade do modal a ser utilizado. A capacidade de carga de cada modal varia em função do tipo do equipamento, sendo, para o rodoviário (caminhão), para o hidroviário (navio ou similar) e para o ferroviário (trem), respectivamente, 25, 5.400 e 10.000 toneladas. a) Cálculo dos Potenciais de Impactos por Cenário a.1) Cenário I - Quadro 4 - Potencial de Impacto Cenário I Quadro 4 - Potencial de Impacto Cenário I IMPACTO
COMPONENTE
EP TOTAL
ESGOTAMENTO DE COMBUSTÍVEL FÓSSIL
Energia Consumida (MJ)
19.026.512,48
AQUECIMENTO GLOBAL
CO2 (kg)
1.506.165,08
CHUVA ÁCIDA EUTROFIZAÇÃO POLUIÇÃO DO AR
NOX (kg) SOX (kg) NOX (kg) MP (kg) SOX (kg)
21.237,86 3.523,24 2.888,87
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a.2) Cenário II Quadro 5 - Potencial de Impacto Cenário II IMPACTO
COMPONENTE
EP TOTAL
ESGOTAMENTO DE COMBUSTÍVEL FÓSSIL
Energia Consumida
14.476.588,80
AQUECIMENTO GLOBAL
CO2
1.117.414,72
NOX
CHUVA ÁCIDA
14.230,82
SOX
EUTROFIZAÇÃO
NOX
2.297,69
MP
POLUIÇÃO DO AR
2.297,82
SOX
b) Cálculo dos Índices de Destruição Ambiental Quadro 6 – Cálculo do Índice de destruição ambiental entre os cenários I e II IMPACTO
EP(5)
EP(6)
EP(1)/EP(3)
WJ
IEJ
ESGOTAMENTO DE COMBUSTÍVEL FÓSSIL
19.026.512,48
14.476.588,80
1,31
0,143
0,1873
AQUECIMENTO GLOBAL
1.506.165,08
1.117.414,72
1,35
0,271
0,3659
CHUVA ÁCIDA
21.238,86
14.230,24
1,49
0,165
0,2459
EUTROFIZAÇÃO
3.523,24
2.307,82
1,53
0,096
0,1469
POLUIÇÃO DO AR
2.888,87
2.297,69
1,26
0,220
0,2772
IF
1,2232
CONCLUSÕES De acordo com os resultados obtidos da aplicação do modelo adotado nos cenários I e II, verifica-se que o cenário I é 1,22 vezes mais destrutivo e poluidor que o cenário II. Cabe ressaltar que a significativa redução do impacto ambiental observado no cenário II proposto decorre da substituição do modal rodoviário pelo ferroviário no trajeto com extensão superior a 500 km. Desse modo, observa-se que, com a aplicação do modelo de avaliação do ciclo de vida de Iqbal e Hasegawa (2001), é possível estudar as possíveis alternativas de modais para se ter parâmetros técnicos e alternativas que permitam definir qual a melhor solução ambiental a ser adotada.
REFERÊNCIAS ANTT. Agência Nacional de Transportes Terrestres. Matriz de Transporte de Cargas Brasileira-2006. Disponível em: <http://www.antt.gov. br/carga/multimodal/Transporte Multimodal_otm.asp>. Acesso em: 12 Ago 2009. ELKINGTON, J. Towards the sustainable Corporation: Win-win-win business strategies for sustainable development. California Management Review, 1994. Disponível em: http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct= &db=buh&AN=9410213932&site=ehost-line. Acesso em: 26 jul 2011. IQBAL, K. S., HASEGAWA, K., (2001). Inland transportation system planning by life-cycle impact assessment: a case study 2nd report single comparison. Index: Journal of Marine Science and Technology. Volume 6, Number 2. Disponível em: http://www.springerlink.com/content/ wfwr0g8d0el4q721/ Acesso em: 10 Abr 2011. LYRA SOBRINHO, A.C. P.; AMARAL, A. J. R.; DANTAS, J.O.C. Gipsita. Sumário Mineral DNPM, Rio de Janeiro, 2006, p. 175-178. NAZÁRIO, P.. Logística Empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas.2000. SEBRAE/NA. Materiais de Construção. Utilização do Gesso na Construção Civil. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/setor/construcao-civil/o-setor/materiais-de-construcao>. Acesso em: 03 Mar 2010. SEVERO, E.M.F. Impactos Ambientais: o grande desafio para o crescimento sustentável da Indústria do Gesso Pernambucano. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia civil da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco, Recife, 2011.
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ANÁLISE DO AGREGADO RECICLADO COMO SUBSÍDIO PARA REFORÇO DE SOLO Marilia G. Matos Oliveira e Kalinny P. V. Lafayette
A
tualmente, a construção civil é considerada uma das mais importantes atividades para o desenvolvimento econômico e social, no entanto, é uma grande consumidora de recursos naturais e uma das principais responsáveis pela geração de resíduos. A pesquisa realizada visa apoiar as ações que minimizem os impactos ambientais gerados pelo setor da construção civil. Assim, foi analisado o comportamento mecânico do agregado reciclado com adição de fibras de polipropileno nos teores de 0,25%, 0,5% e 0,75% da massa total de resíduo. A amostra de RCC (Resíduo da Construção Civil) foi obtida em uma obra de edificação de um empresarial de multi-pavimentos na cidade do Recife (PE), que se encontrava na fase de alvenaria. Para a realização dos ensaios, foi necessário beneficiar o material com o auxílio de britador
de mandíbula, até reduzir seu tamanho a grãos inferiores ou iguais a 4,8 mm de diâmetro. Foram realizados ensaios de caracterização física e mecânica do agregado. A caracterização física classificou o agregado reciclado como um material predominantemente arenoso. Nas envoltórias de resistência ao cisalhamento, observou-se, em geral, uma tendência em aumentar a tensão cisalhante máxima, à medida que há um acréscimo do confinamento do material com incrementos de tensões normais. Esse comportamento do RCC com inclusão aleatória de fibras proporciona um aumento no intercepto de coesão e ângulo de atrito de aproximadamente 91% e 16%, respectivamente, entre as amostras sem fibras e amostras com inclusão aleatória de 0,75% de fibras. A tabela apresenta o aumento dos valores das coesões e dos ângulos de atrito de todas as amostras ensaiadas.
Engenheira Marilia G. Matos Oliveira Graduada em Engenharia Civil na POLI/UPE (mariliaa.oliveiraa@gmail.com) Engenheira D. Sc. Kalinny P. V. Lafayette Professora adjunta e membro do corpo docente permanente do Mestrado em Engenharia Civil da POLI/UPE (klafayette@poli.br)
Coesões e Ângulos de Atrito da Amostra de Resíduo de Construção Civil reforço
Coesão (kPa)
Ângulo de atrito (º)
RCC sem fibras
7,56
41,36
RCC com 0,25% de fibras
9,53
42,76
RCC com 0,50% de fibras
11,02
43,61
RCC com 0,75% de fibras
14,41
48,15
Diante dos resultados, pode-se concluir que o comportamento mecânico dos RCC foi influenciado pela inclusão das fibras de polipropileno. Quanto maior a percentagem das fibras, maior seu ângulo de atrito e sua coesão, o que revela um bom desempenho mecânico do material e uma alternativa na aplicação em obras geotécnicas como estruturas de solo reforçado.
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Arquitetura & Urbanismo
EspaçoS SOCIAIS Interagir, seja no ambiente de trabalho ou em casa, é positivo e traz bem-estar fotos: divulgação
por Juliana Coimbra
D
ois quartos, sala, banheiro, piscina, salão de festas, amplo playground e churrasqueira. Essa descrição poderia corresponder ao anúncio de muitos empreendimentos novos. Com a falta de espaço, própria da vida urbana atual, os prédios que estão sendo construídos recentemente têm apartamentos cada vez menores. O tamanho, em média, dos imóveis pequenos passou de 70 m² para 40 m². Outro ponto a se destacar é que, nos prédios antigos, os espaços comuns não eram prioritários. O padrão mudou, e a tendência é incluir atrativos nas
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áreas sociais das construções. A arquiteta Isabel Rocha afirma que, hoje em dia, imóveis espaçosos são exceção. “Com apartamentos pequenos, os espaços de convivência passam a ser essenciais. O próprio crescimento da estrutura urbana propiciou a diminuição de áreas para construção. Associando isso à violência e à falta de espaços comuns seguros, explica-se a culminância do isolamento das pessoas, que resultou no fenômeno cocooning — em português, encasulamento”, explica. O cocconing é uma tendência que fala
Juliana Coimbra
Enquanto o tamanho médio dos apartamentos pequenos passou para 40 m², as áreas comuns de empreendimentos como o Evolution ganharam destaque
Para a arquiteta Isabel Rocha, as áreas de convivência em edifícios residenciais são importantes para compensar a falta de espaço nos apartamentos
Arquitetura & Urbanismo
shutterstock/Alexander Ishchenko
Morar em um edifício que conta com academia, sauna e outros recursos é um bônus para quem sofre com a correria do dia a dia
sobre a falta de socialização das pessoas, que, crescentemente, permanecem mais tempo em casa sem interagir com outros indivíduos. Estudiosos afirmam que novas tecnologias e a internet contribuem diretamente nesse sentido, enquanto a socialização, elemento fundamental para o ser humano, perde espaço. Segundo a psicóloga Júlia Galindo, o contato é “positivo para promover o diálogo, conhecer outras pessoas e afirmar a nossa identidade”. Por essa razão, a valorização dos espaços comuns é uma tendência interessante do mercado. “As crianças, em especial, precisam de locais assim, porque elas estão descobrindo as formas de se relacionar com o mundo”, detalha a psicóloga. Os espaços sociais tornaram-se um atrativo para aqueles que querem comprar um apartamento. Morar em um prédio que conta com academia, sauna e área para churrasco é um bônus para quem sofre com a correria do dia a dia. Apoiado nisso, desenvolve-se
o conceito de condomínio-clube, que adota o modelo residencial all included, como é chamado por disponibilizar várias opções de atividades. É com esse perfil que trabalha o Evolution Shopping Park, conjunto de cinco edifícios produzidos pela empreiteira Moura Dubeux no Recife. De acordo com Jerônimo da Cunha Lima, arquiteto que assina o projeto do Evolution, os edifícios que integram o condomínio são independentes, e cada um deles destina um plano de sua lâmina para uma área de lazer diferente. “Um morador de qualquer edifício tem acesso ao que está nas outras lâminas. É um plano que pertence a todos. No centro, há uma área extra que corresponde a um parque aquático”, explica. O cuidado com a manutenção dos equipamentos e o treinamento dos funcionários fazem com que a tendência dos empreendimentos imobiliários multifuncionais ganhe força dentro e fora das grandes cidades.
Vanessa Nielsen
Os espaços comuns são essenciais para promover a socialização dos moradores. As crianças, em especial, precisam disso
Jerônimo da Cunha Lima, arquiteto que assina o Evolution, incluiu espaços comuns em cada edifício do condomínio, além de uma área central com piscinas e uma área verde periférica
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Arquitetura & Urbanismo
Em João Pessoa, a fábrica da São Braz oferece espaço agradável para os funcionários, com opções de lazer
área comum no trabalho
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Nos caramanchões, os funcionários podem contar com vários itens de entretenimento, como mesa de pingue-pongue, sinuca e dominó. “Nós incluímos nas nossas ‘ilhas’ – como todos chamam os caramanchões – mesas e cadeiras para estimular a conversa entre os colegas de trabalho e atividades diversas dos colaboradores”, explica Veridiana. A coordenadora afirma que o bem-estar, o descanso e a interação social contribuem para a qualidade de vida dos funcionários, e, certamente, isso faz a diferença nas atividades laborais. Para acrescentar ainda mais bem-estar, alguns elementos são dispostos nesses espaços abertos. Muitos arquitetos escolhem o paisagismo na hora de elaborar algum projeto com essa proposta. Mesmo em ambientes pequenos, é possível projetar soluções interessantes, já que as plantas harmonizam o espaço. Os vegetais são escolhidos de acordo com o local em que ficarão. “Sempre levando em consideração a volumetria e as cores para gerar contraste e efeito. É possível, também, utilizar pedras e luzes para compor o resultado final. Tudo isso deixa o local mais aconchegante”, finaliza a arquiteta Isabel Rocha.
Em edifícios comporativos, os espaços comuns estimulam o diálogo entre colegas shutterstock/Dmitriy Shironosov
Não apenas em prédios residenciais a tendência existe, contudo. Empresas também contam, cada vez mais, com um local comum para seus colaboradores. A Conecta, instituição de Fortaleza que trabalha com cobranças, está planejando agora o seu espaço. “A empresa em que trabalhamos cresceu dentro do edifício empresarial no qual estamos instalados. É por isso que está sendo construída uma nova sede, prevista para ser entregue em dezembro. Lá, nós planejamos um local de acordo com o que os funcionários queriam”, explica a gerente de RH da Conecta, Cristiane Mascarenhas. A empresa cearense disponibilizará vários elementos para os funcionários: TV, revistas, música ambiente, lanchonete e banquinhos – tudo para estimular o diálogo entre os colegas. Em um contexto diferente, a fábrica da São Braz, em João Pessoa (PB), também trabalha oferecendo esse benefício para os colaboradores. Utilizando madeira, intertravado e grama, a empresa construiu um cenário bem agradável. Segundo a coordenadora de RH, Veridiana Veras, desde que o espaço foi inaugurado, em 1997, a empresa tem realizado melhorias no local.
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O arquiteto Romero Duarte costuma inserir elementos práticos de automação em seus projetos
econômico, prático e Bonito Automação possibilita reduzir e economizar o consumo de recursos naturais em residências e escritórios por Juliana Coimbra
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companhando o movimento global de economia de recursos naturais, cresce o número de arquitetos e engenheiros que incluem a automação residencial em suas obras, além de oferecer o serviço de readequação (retrofitting). Um sistema que monitora o consumo de energia de uma casa, por exemplo, possibilita a economia de até 15%. Isso acontece porque a ferramenta é capaz de visualizar os pontos de desperdício. “Automatizando a casa, é possível adequar o consumo ao cotidiano das pessoas que moram ali. Instalando uma interface de simples acesso, é possível programar como a energia será gasta”, explica o engenheiro elétrico e empresário do ramo de automação Jurgen Kriese. O arquiteto Romero Duarte prioriza a economia de recursos naturais nos
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seus projetos de automação. Ele destaca o uso do inverter, uma nova tecnologia para aparelhos condicionadores de ar do tipo split. O compressor inverter tem um dispositivo interno que ajusta a frequência do motor, fazendo com que ele fique sempre em funcionamento, mas trabalhando de forma gradual de acordo com a temperatura do ambiente, evitando picos de surto quando é ligado. Essa ferramenta pode garantir uma economia de cerca de 30% no consumo de energia, em relação a um ar-condicionado convencional, e ainda ter uma eficiência melhor de resposta. Romero Duarte também faz uso de outros elementos práticos, como o sensor de presença infravermelho, que é sensível a variações de temperatura. A entrada de uma pessoa em um ambiente altera a quantidade de luz infravermelha,
De acordo com Romero Duarte, a automação permite que todo o consumo de energia de uma casa seja adaptado ao cotidiano dos moradores
fotos: guilherme veríssimo
interiores
acionando um alarme. As lâmpadas de LED, em especial o tipo dimerizável, não existiam até pouco tempo. “Em praticamente todos os projetos em que incluo automação, faço uso dessa tecnologia. Através do LED, é possível manter todo um efeito de iluminação com o consumo bem abaixo do normal. Para ter noção da redução de consumo atingido, as lâmpadas de LED consomem 5 W, enquanto as lâmpadas dicroicas consomem 50 W. Ou seja, a economia é de cerca de 90%”, explica Duarte. Uma iluminação que produz menos energia também gera menos calor e, consequentemente, exige menos do sistema de refrigeração, resultando em economia. Romero Duarte tem realizado projetos para empresas e residências pensando nessa redução de consumo expressiva. A opção de dimerizar, ou seja, graduar a intensidade da iluminação de um local é uma boa alternativa para poupar recursos naturais. Além de dar charme para um ambiente, com um comando simples, é possível regular a luminosidade do lugar e decidir quanto de potência deve ser utilizado. De acordo com o empresário Jurgen Kriese, é possível conseguir o mesmo gerenciamento de recursos com gás e água. “Através de uma interface, o sistema
A opção de dimerizar, ou seja, graduar a intensidade da iluminação de um local é uma boa alternativa para poupar recursos naturais
Em edifícios comerciais, é possível programar as luzes para acender e apagar de acordo com o expediente
pode alertar o proprietário do imóvel quando estiver acontecendo algum vazamento ou, também, notificá-lo quando o consumo da casa ultrapassar o esperado. Tudo isso contribui para poupar recursos naturais e dar mais conforto para as pessoas que fazem uso do sistema”, afirma Kriese. Outra solução para reduzir o consumo de energia é a instalação de painéis solares que conferem 100% de economia de luz elétrica, utilizados principalmente por shoppings e hotéis. “No caso de uso residencial, em uma casa com consumo médio de energia, seriam necessários dois painéis”, explica Josildo Fernandes, gerente regional
de vendas da Siemens. O construtor ainda consegue aumentar o volume de negócios ao prever, no seu projeto, a instalação de fiação e cabos adequados à automação residencial. O mercado, inclusive, tem dado preferência aos sistemas que atuam de forma integrada e podem ser aplicados a casas, escritórios, espaços empresariais e lojas. Nos espaços corporativos, é possível programar os horários para ligar e desligar luzes e condicionadores de ar, além de abrir e fechar cortinas, de acordo com o expediente da empresa. Nesses casos, a redução do consumo de energia chega a até 60% na iluminação e até 30% no gasto com ar-condicionado.
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Movimento em joão pessoa
Ricardo Castro
A arquiteta Sandra Moura com a artista plástica Marlene Almeida
exposição Foi sucesso a exposição Tempo para o destino, que a artista plástica paraibana Marlene Almeida apresentou na Usina Cultural Energisa. O vernissage foi a continuação de uma série de exposições do Prêmio Energisa de Artes Visuais, que iniciou em setembro de 2011 com a mostra de um dos vencedores do prêmio: Divortium Aquarum, do renomando artista plástico José Rufino. Marlene foi a primeira artista convidada pela organização a expor pelo projeto.
Bracol e D&A Superprestigiada a inauguração da loja Bracol Revestimentos, realizada no início do mês de junho. O evento, que aconteceu em parceria com o lançamento da 9ª edição da revista digital D&A - Decoração e Arquitetura, reuniu muitos arquitetos, decoradores e designers. Localizada na Avenida Edson Ramalho, em Manaíra, a Bracol é uma loja ampla e moderna, com projeto da arquiteta Rafaela Claudino e décor de João Braz. O coquetel de inauguração recebeu iluminação especial da Interativa Eventos, que criou um clima intimista, tornando a noite ainda mais agradável. O DJ Bruno Martins caprichou na seleção musical e agradou em cheio todos os convidados. Este colunista foi o mestre de cerimônia e apresentou para todos o casal Gerlane Braga e Luciano Claudino, proprietários do empreendimento e responsáveis pela chegada da Bracol na cidade. Quem foi ao evento saiu de lá com a certeza de que João Pessoa ganhou uma excelente opção no segmento de pisos e revestimentos.
Luciano Claudino e Gerlane Braga com Ioneide e Raul Gomes na Bracol Revestimentos
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Anna Raquel Guedes, Íria Tavares, Maíra Feitosa e Kaline Tomé
bontempo Com apoio da arquiteta íria Tavares, a empresária Maíra Feitoza, que ao lado do marido André Bezerra, comanda a franquia dos poderosos móveis projetados Bontempo em João Pessoa, realizou no 21 de junho um animado café da manhã junino, reunindo um poderoso grupo de arquitetos e decoradores. Uma grande e farta mesa de quitutes foi montada dentro da própria loja Bontempo, e a empresária pôde também demonstrar as suas habilidades culinárias onde preparando boa parte das delícias servidas. é claro que todos aprovaram.
André Pinheiro e Henrique Santiago
TOP 100 Kaza A campanha Top 100 Kaza 2012, em parceria com o grupo Circuito AD, levará em agosto deste ano para Comandatuba, no Transamérica de Salvador, mais um grande grupo de profissionais eleitos pela Revista Kaza como os cem profissionais mais atuantes no mercado de arquitetura e decoração do Brasil. Além da viagem, os vencedores ganharão a publicação de seus projetos na edição da Revista Kaza de setembro. Uma comitiva de profissionais paraibanos está nessa seleta relação: Georgia Suassuna, Germana Terceiro Neto Parente, Gianna e Daniella Barreto, André Pinheiro e Henrique Santiago. É a Paraíba ganhando destaque nacional!
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AS CORES DO NORDESTE fotos: Valter Pontes
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arquiteta Celeste Leão, atuante na Região Nordeste do Brasil, uma terra colorida por natureza, está sempre antenada com todas as tendências mundiais de decoração; tira partido, com propriedade, das cores fortes nos seus projetos de ambientação, tanto residenciais como comerciais. Diz ela: “Nosso país luminoso e vibrante requer uma decoração com cores fortes e/ou suaves, trazendo para dentro da casa ou do escritório do cliente; as cores terrosas da nossa terra: os azuis do nosso céu e marcos amarelos do nosso ouro pujante; os alaranjados do nosso pôr do sol e os verdes das nossas matas. Usa o termo ecodecor para definir sua preocupação com a sustentabilidade do nosso planeta. Nestes dois projetos publicados, aproveitou, ao máximo possível, o mobiliário do acervo do cliente, como luminárias, obras de arte, grades e madeiras de demolição, repaginando-os com nova pintura, novo estofamento, nova roupagem; e deu um toque especial a estes ambientes, usando da máxima “luxo hoje é reciclar com sabedoria”, diz Celeste.
Serviço: celesteleao@terra.com.br www.celesteleao.com.br
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Construir direito
juros no pé é legal Rafael Accioly
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ma decisão proferida pela Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, na sessão de julgamento do último dia 13 de junho, poderá trazer uma reviravolta ao mercado imobiliário no que diz respeito à compra e venda de imóveis na planta. Isso porque o STJ entendeu que a cobrança dos chamados juros no pé é legal e não pode ser considerada como prática abusiva. Os juros no pé correspondem aos juros compensatórios cobrados pelas construtoras e incorporadoras antes da entrega das chaves nos contratos de promessa de compra e venda de imóvel em construção e com pagamento a prazo. Cumpre destacar que o Superior Tribunal de Justiça, antes do citado julgamento, possuía entendimento firmado no sentido de que era ilegal a cobrança de juros compensatórios antes da entrega das chaves, posicionamento que vinha sendo seguido de forma reiterada pela Terceira e Quarta turmas, únicas competentes para apreciação da matéria (Ag 1349113/PE; AgRg no Ag 1402399/RJ; AgRg no Ag 1014027/RJ). O argumento até então utilizado pela maioria dos casos postos em julgamento no STJ era de que “durante a fase de obras, o consumidor não adquire nem usufrui de capital alheio, financeiro ou imobilizado, mas, muito pelo contrário, é a construtora que se capitaliza com recursos de outrem” (REsp nº 670.117/PB), de forma que seria indevida a cobrança dos juros compensatórios antes da entrega das chaves. Esse posicionamento no Superior Tribunal de Justiça obrigou diversas construtoras e incorporadoras a firmarem Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público no Estado do Rio de Janeiro e no Distrito Federal, nos quais se obrigaram a não mais praticar a cobrança de juros compensatórios antes da conclusão da obra e entrega das chaves, sob pena de pagamento de multas ou submissão a outras penalidades.
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No entanto, no julgamento de um recurso de Embargos de Divergência apresentado pela Queiroz Galvão Empreendimentos S/A (EREsp 670117), a Segunda Seção do STJ reformou o posicionamento que vinha adotando em julgamentos anteriores e entendeu ser plenamente legal a cobrança dos juros no pé, desde que previamente estipulado no contrato, e, reformando decisão da Quarta Turma, julgou improcedente a pretensão de um consumidor que pedia a revisão de cláusulas contratuais e a devolução de valores pagos a maior, referentes aos juros durante o período de obra. Dessa vez, o argumento utilizado pelos ministros favoráveis à cobrança foi de que a incorporadora, durante a fase de obras, estaria adiantando recursos que seriam de responsabilidade do adquirente, como aquisição do terreno, despesas com projetos e respectiva aprovação, além de que, na concepção dos ministros, seria injusto com aquele que paga o preço à vista que o optante pela compra parcelada pagasse exatamente o mesmo preço. A decisão foi tomada por maioria de votos dos ministros que compõem a
Segunda Seção do Tribunal, ficando seis favoráveis à cobrança e três contrários à adoção de tal prática pelas incorporadoras. É importante destacar ainda que, como a decisão foi proferida pelo órgão do Tribunal composto pelos ministros das duas únicas turmas competentes para a análise da matéria e por não se tratar de questão a ser posta à apreciação do Supremo Tribunal Federal, esta provavelmente não será reformada, salvo se o Tribunal vier a ter sua composição alterada ou se os ministros envolvidos na decisão revirem seus posicionamentos. Apesar do entendimento do Superior Tribunal de Justiça, foi apresentado, em Pernambuco, pelo Deputado Estadual Rodrigo Novaes, do PSD, um Projeto de Lei Ordinária (nº. 671/2012) que busca proibir de forma expressa a cobrança dos juros no pé no Estado, atribuindo como penalidade às construtoras que descumprirem tal dispositivo a devolução em dobro dos valores pagos. O projeto de lei em questão ainda está em fase de tramitação na Assembleia Legislativa do Estado e não tem previsão para ser incluído na pauta de julgamento pelo plenário.
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como se faz
A chuva chegou. E agora? Síndicos e moradores tornam-se aliados na hora de prevenir os problemas causados pela água
guilherme veríssimo
por Juliane Planzo
No Recife, o condomínio Studio D’Roma perdeu 23 carros por causa de alagamento
A
característica mais forte do inverno nordestino é a chuva. Numa região onde o calor predomina mesmo na estação considerada a mais fria do ano, a população precisa aprender a conviver com os constantes alagamentos que causam transtornos nas ruas, nos prédios e até mesmo dentro de casa. Os condomínios precisam estar prevenidos contra infiltrações, alagamentos e vazamentos. Segundo Washington Rodrigues, gestor da empresa de administração condominial Apsa, é importante ficar atento a situações que possam danificar a estrutura do prédio e ainda oferecer riscos. “Agendar uma vistoria geral
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no condomínio uma vez ao mês é o ideal. É fundamental observar a parte elétrica, fiações, motores, bombas e câmeras estão devidamente protegidos. Estimular os moradores a informar as ocorrências também ajuda bastante”, indica. Erigleison Pereira de Melo, síndico do condomínio Studio D’Roma, localizado no Bairro de Boa Viagem, no Recife (PE), já foi vítima dos contratempos provocados pela chuva. Numa madrugada de abril de 2011, um temporal alagou o subsolo do prédio. “Na manhã seguinte, quando as pessoas foram descer para trabalhar, perceberam que os elevadores não estavam funcionando. Ao descer
pelas escadas, encontraram a garagem tomada pela água”, lembra. O nível da água chegou a 1,30 m; e, dos trinta carros estacionados no local, 23 tiveram perda total. Para cobrir o prejuízo, foi estabelecida uma taxa extra que cobriu os gastos com a reforma. O condomínio contratou um engenheiro que orientou subir a rampa de entrada para a garagem em 60 cm. Como a cabine dos três elevadores ficou alagada, foi preciso trocar peças e placas, o que deixou os moradores dos 98 apartamentos usando apenas as escadas durante um mês. Para dar início à reforma na garagem, foi preciso instalar uma bomba que
Para evitar prejuízos com alagamentos ouvimos as dicas da técnica em impermeabilização Eliane Ventura shutterstock/david hughes
divulgação
como se faz
O condomínio contratou um engenheiro que orientou subir a rampa de entrada para a garagem em 60 cm
levou 48 horas escoando a água. “Como a reforma foi ainda durante o período de chuvas, levou dois meses para ser concluída, e os carros precisaram ficar estacionados na rua, apesar de o condomínio contar com mais dois pavimentos de estacionamento”, recorda Erigleison. Além dos transtornos com os carros, o acúmulo de água é um risco para a proliferação do mosquito da dengue e outros insetos, por isso é essencial manter em dia a dedetização. Uma opção para esses ambientes que juntam água é canalizá-la para uma caixa de reuso, onde ela poderá ser utilizada para limpeza ou no jardim do condomínio. “Fazer manutenção constante evita o inconveniente de surpreender o morador com uma taxa extra que ele não previa naquele mês”, reforça Washington Rodrigues. Ele lembra ainda que as piscinas necessitam de manutenção constante, mesmo nesses períodos em que quase ninguém as utiliza.
O ideal é fazer o serviço de impermeabilização fora do período de chuvas. As paredes não podem estar pintadas, e o reboco não pode estar pulverulento, desagregando e estar bem aderido na base. Abrir uma canaleta rente ao piso para funcionar como dreno, aliviando a pressão de água. Esta canaleta deve ser interligada com caixas de passagem. Aplicar revestimento impermeabilizante na forma de pintura. Entre a primeira e a segunda demão, colocar tela de poliéster. O produto é aplicado em quatro demãos cruzadas, com intervalos de 6 horas. Não aplicar tinta à base de solvente sobre o produto. Caso o local esteja com água, deve-se providenciar bomba de recalque para retirar esta água temporariamente e fazer tamponamento com produtos aceleradores de pega. É preciso descobrir o ponto exato por onde a água está vertendo. Abrir mais o orifício e proceder o estanqueamento ou tamponamento com produtos aceleradores de pega. Após o tamponamento (e assim se tem a possibilidade de trabalhar sem a presença de água), faz-se a aplicação do revestimento impermeabilizante em toda a parede e puxando em parte do piso. A parede deve estar nas mesmas condições descritas no item acima. Como os tratamentos descritos são feitos na pressão negativa, ou seja, no lado oposto a ação da água, a estrutura continua sendo atingida pelos efeitos danosos da água. Portanto, o ideal para que a estrutura tenha longevidade e durabilidade é que a impermeabilização e a drenagem sejam feitas do lado do solo. O tratamento sugerido é a aplicação em quatro demãos cruzadas do impermeabilizante, desde a fundação até acima da linha de ação do solo e da água. Em conjunto, deve ser feita a drenagem. Outra ação adequada para evitar o contato da água com a estrutura é verificar a possibilidade de rebaixamento de lençol freático no entorno da edificação. Este serviço é feito por empresas especializadas. Também é importante dispor de um projeto de impermeabilização que levará em conta todas estas alternativas e levantará a melhor opção em termos de custo e desempenho para a obra.
Serviço: Eliane Ventura é gerente técnica da Vedacit.
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infraestrutura
Só pague o que consumir Hidrômetros individuais reduzem o consumo e a conta no fim do mês por Maria Helena Marinho
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A medição individual de água traz benefícios tanto para os usuários quanto para as companhias de saneamento
de medição também é reduzido”, complementa o engenheiro. A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) utiliza os hidrômetros individuais desde 1994, quando era necessário trocar toda a tubulação dos apartamentos. Quase 20 anos depois, o sistema já foi aplicado em mais de 3 mil imóveis só em Pernambuco. Em 2002, uma Lei Municipal foi aprovada no Recife, obrigando os edifícios construídos na cidade a partir daquela data a usarem a medição individual. Dois anos depois, também foi aprovada uma Lei Estadual que reitera a anterior, apenas ampliando a obrigatoriedade para todos os municípios pernambucanos. Os novos edifícios são
arquivo pessoal
brigatória por lei em alguns estados como Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte, a medição individual de água traz benefícios para os usuários e os órgãos de saneamento, além de refletir positivamente no meio ambiente. Geralmente, os hidrômetros são instalados no andar do apartamento, unificando a saída de água, tornando o consumo individualizado do restante do condomínio. Outra vantagem é que os vazamentos são localizados com maior rapidez, evitando o desperdício e diminuindo o gasto de água. De acordo com Tauil Selingardi, engenheiro que atua na assistência técnica da Tigre, a medição individual consiste em uma importante ferramenta para o controle e a economia de água. “Isso acontece principalmente nos casos em que essa modalidade é prevista já na fase de projeto da edificação. Porém, também ocorre em casos de condomínios que adotavam o sistema de dividir o valor global da água entre todos os moradores e depois passaram a cobrar individualmente, o que é mais justo do ponto de vista técnico e social”, afirma Selingardi. Para os órgãos responsáveis pela distribuição de água, a medição individual pode trazer uma grande melhoria no serviço. Ela possibilita uma redução no índice de inadimplência, já que, na ocorrência de débitos, o corte só incidirá sobre os apartamentos com déficit de pagamento. “Passa-se a ter um controle maior em relação ao consumo, chegando a uma economia em torno de 30%, dependendo da tecnologia aplicada. O tempo para execução do serviço
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Para Tauil Selingardi, a medição individual é uma ferramenta importante contra o desperdício de água, além de ser um método mais justo
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infraestrutura
Pessoa. O gerente comercial da Techmetria, Adalberto Moura, acredita no crescimento progressivo do número de prédios interessados em utilizar os hidrômetros individuais. “É uma forma mais justa, portanto muito procurada. Utilizamos o sistema de telemetria para captar, através de ondas de rádio, o quanto foi consumido em cada apartamento, sem necessitar entrar na casa das pessoas ao final do cada mês para checar o hidrômetro”, explica Adalberto. Francisco Cavalcanti, síndico de um edifício no Recife é um exemplo. “É o critério mais justo que você pode ter. Eu, por exemplo, tenho uma família grande, mas há casais sem filhos morando no mesmo prédio que eu. É injusto que eles paguem pelo mesmo consumo que minha família inteira”, afirma. Nos prédios que não foram projetados com o sistema de medição individualizada, é preciso contratar um projeto de instalação hidráulica, levantando o custo de viabilidade, para submeter o orçamento à aprovação dos proprietários dos imóveis.
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construídos com encanação preparada para saídas individuais por apartamento, porém nem todos utilizam, na prática, o novo sistema de medição. “Alguns condôminos não aceitam receber um técnico da Compesa todo mês em seus apartamentos. Portanto, mesmo com o sistema individual, eles preferem simplesmente dividir o consumo geral por todos”, afirma Alexandre Moraes, superintendente de Operações Comerciais da Compesa. A ideia de mudar o sistema de medição de água surgiu de um funcionário da própria Compesa, o engenheiro Adalberto Cavalcanti. O primeiro edifício em que a tecnologia foi aplicada fica em Rio Doce, Olinda. “A intenção era utilizar o sistema apenas em residências populares, com pessoas que estavam dispostas a recebê-lo em prol da economia”, relata o superintendente da empresa. Apenas uma empresa especializada na venda e aplicação de hidrômetros e gasômetros possui um sistema que já foi implantado em mais de seiscentos edifícios no Recife, em Natal e em João
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Para que os hidrômetros individuais sejam aplicados a um edifício, as saídas de água precisam ser unificadas por apartamento
O aparelho utiliza ondas de rádio para captar o consumo de água de cada apartamento
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Bonito por fora, melhor por dentro Os edifícios inteligentes movimentam a construção no Brasil usando a tecnologia a serviço da economia de conforto e do meio ambiente por Juliana Outtes
ste ano, o planeta atingiu a marca de 7 bilhões de habitantes, a maioria concentrada em cidades. Com tamanho crescimento populacional, os recursos naturais vão se esgotando, tendo seu uso cada vez mais limitado e caro. A construção civil é conhecida por utilizar água, energia e materiais em larga escala. Buscando o uso racional desses insumos, surgiu o conceito de edifício sustentável. Ele alia economia e eficiência no uso de recursos naturais no reaproveitamento de materiais e na funcionalidade. Está em ascensão em todo o mundo, e o Brasil já figura em 4º lugar na lista de países com mais construções dentro do conceito. Para receber a certificação de sustentabilidade — o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) —, criada pelo United States Green Building Council, um edifício precisa atender a alguns critérios, que devem ser observados desde a fase de projeto até o fim da construção. São eles: o uso racional da água, a eficiência energética, a qualidade dos ambientes internos, os materiais e recursos, além de garantir que a construção será executada em local previamente avaliado, com respeito às condições ambientais. Mesmo com toda a tecnologia utilizada na construção de um prédio inteligente, o custo final do empreendimento é apenas entre 2% a 7% maior do que o custo de um edifício comum. No entanto, o investimento é pago com a redução dos gastos operacionais. Só de água, nota-se uma economia de até 60%, enquanto a conta de energia pode ser reduzida em 30%, o que, em sete anos, garante o retorno do valor da tecnologia investida. Acompanhando a tendência mundial,
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Fotos: Divulgação
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o número desse tipo de edifícios vem crescendo no Brasil. Segundo o gerente técnico do Green Building Council Brasil (GBCB), Marcos Casado, a expectativa é de que, ao fim de 2012, o país tenha entre seiscentos e setecentos prédios com o selo LEED. Em junho, a Bayer MaterialScience, divisão de materiais do grupo alemão Bayer, lançou, no Brasil, um projeto que já desenvolve em outros países: o EcoCommercial Building (EBC). Com o programa, a multinacional lidera um grupo formado por empresas que oferecem recursos para uma construção mais limpa. “A ideia da Bayer é criar uma ‘cadeia verde’, montando um grupo de referência que oferece soluções em construções sustentáveis para projetos em larga escala”, esclarece Fernando Resende, gerente do ECB da Bayer.
Prédios que unem economia e eficiência no uso de recursos naturais são sucesso no mundo. O Brasil é o 4° na lista dos países nesse tipo de construção.
tecnologia A iniciativa do grupo é global e faz parte do Programa Bayer de Clima, cujo objetivo é a preservação do meio ambiente. Até agora, o ECB já finalizou quatro edifícios verdes: um na Alemanha, um na Bélgica, um nos Estados Unidos e outro na Índia. Os empreendimentos renderam à Bayer um prêmio na Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em junho deste ano. O próximo passo é erguer um edifício referência no Brasil, em São Paulo. O produto final será a sede da Bayer no país, que começará a ser construída ainda este ano e tem previsão de lançamento para o primeiro trimestre de 2013. Projetado pelo arquiteto Roberto Loeb, o edifício será construído pelas empresas que compõem o programa ECB, utilizando tecnologias sustentáveis para oferecer aos colaboradores da Bayer um ambiente de trabalho confortável e funcional. “Vamos utilizar material reciclável e iluminação adequada. Também queremos mostrar, de forma dinâmica, como se pode economizar energia”, detalha Loeb.
Apesar da tecnologia utilizada nas construções de um prédio eficiente, o custo final aumenta de 2% a 7% em relação a um edifício comum
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tecnologia
Na sede da empresa, em Salvador, a água é otimizada, o consumo de energia foi reduzido em 14% e a qualidade do ar interno melhorou
Não se faz mais obras como antigamente. Se faz melhor Embora a maioria das construções eficientes do país esteja no eixo Sul-Sudeste, o cenário é de crescimento no Nordeste. De acordo com o Green Building Council Brasil (GBCB), há 59 empreendimentos certificados com o selo LEED no país e cerca de quinhentos em fase de certificação, sendo trinta no Nordeste. A sede da Energisa, em Patos, na Paraíba, é uma das pioneiras da região na conquista do selo. O primeiro edifício certificado pelo GBCB no Nordeste foi o Auditório Sede da Odebrecht, em Salvador, em 2010. A preocupação começou na escolha dos materiais da obra, que priorizou produtos contendo material reciclado, produtos regionais e madeira certificada. Segundo o engenheiro responsável pelo Auditório, Hugo Santos, essa foi a parte mais desafiadora do projeto. “Como a construção sustentável era pouco difundida no Brasil na época em que iniciamos a construção, tivemos dificuldade de encontrar materiais que atendessem à certificação.” Segundo Marcos Casado, gerente técnico do Green Building Council Brasil,
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a maior parte dos empreendimentos sustentáveis são prédios comerciais, segmento que deu início a esse tipo de construção, cujo foco é reduzir os custos com manutenção e operação. Entretanto, já se vê um crescimento em outras áreas, como shoppings e fábricas. A fábrica da Kraft Foods, em Vitória de Santo Antão (PE), é um modelo de eficiência. Os galpões possuem claraboias prismáticas para aproveitar a iluminação natural, a energia do sol também é usada para aquecer a água, e 74 postes são iluminados através de placas fotovoltaicas. A gestora ambiental Vera Barbosa vê a construção sustentável com bons olhos. “As grandes obras que estão sendo realizadas no Brasil, principalmente no Nordeste, devem impulsionar nossos fornecedores a adequar seus produtos e serviços à cultura da sustentabilidade. Com a redução das perdas de processo e adoção de matérias-primas menos agressivas ao meio ambiente e aos seres humanos, a marca ganha valor real e contribui para uma vida salutar, onde todos ganham.”
A fábrica da Kraft Foods busca a certificação LEED. Entre outros elementos, ela possui painéis fotovoltaicos para aquecimento de água
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Acesso para todos Pouco preparadas para garantir a circulação livre e segura de todas as pessoas, algumas cidades nordestinas investem em projetos de acessibilidade por Aline Franceschini
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Fotos: Divulgação/Prefeitura de Olinda/Antônio Melcop
No Sítio Histórico de Olinda, a praça e o parque do Carmo receberam um Plano de Acessibilidade em 2004. Ainda este ano, será a vez de a Igreja Santo Antônio do Carmo tornar-se totalmente acessível
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conceito de acessibilidade vem sendo cada vez mais discutido nos grandes centros urbanos, para que as pessoas possam utilizar os espaços públicos e privados, com autonomia e segurança. O tema é amplo e de interesse de toda a sociedade. No Brasil, as Leis Federais 10.048/00 e 10.098/00, regulamentadas pelo Decreto Federal 5.296/04, estabelecem as normas gerais para a promoção da acessibilidade arquitetônica e urbanística. Segundo Ângela da Cunha, consultora em acessibilidade para a Unesco e para a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República, além de colaboradora do Banco Mundial para questões da acessibilidade no Brasil, o Decreto Federal 5.296/04 é um dos principais instrumentos legais em defesa da acessibilidade. “O vínculo com as questões voltadas para a acessibilidade na aprovação de projetos e concessão de financiamento é uma boa forma de controlar as ações do poder público e das empresas”, afirma. Apesar do aparato legal, as cidades brasileiras estão pouco preparadas para promover a circulação livre e segura de pessoas, especialmente as que possuem dificuldades de locomoção.
A CALÇADA MODELO
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encontra vazão. No Corredor Universitário de Goiania, onde as calçadas foram construídas, ficam mais de 50 rampas de acesso. Cada uma delas tem cerca de 1,20 metro de largura por 1,80 metro de profundidade, o que é suficiente para 2,16 metros quadrados de área permeável por rampa. Isso significa que as rampas possuem capacidade de sugar até 200 litros de água a cada 10 minutos de chuva.
“O vínculo com as questões voltadas para a acessibilidade na aprovação de projetos e concessão de financiamento é uma boa forma de controlar as ações do poder público e das empresas” Ângela da Cunha
Divulgação
Na cidade de Goiania, em Goiás, a calçada projetada pelo engenheiro civil Augusto Cardoso Fernandes elimina obstáculos, desníveis acentuados, degraus e elementos urbanos que atrapalham a passagem de quem caminha. De acordo com a prefeitura da cidade, os goianenses têm mais de 2,5 km de calçadas que oferecem plena acessibilidade. O projeto prevê a implantação de três faixas longitudinais. A primeira é chamada de faixa livre, tem dois metros de largura e piso uniforme. Nela são instaladas linhas-guia nas laterais para orientar o deficiente visual. A segunda faixa, chamada de faixa de serviço, segue o meio-fio e recebe os mobiliários urbanos como placas de sinalização, postes, lixeiras e árvores. Já a terceira e última faixa fica rente ao muro dos imóveis. As árvores são selecionadas para não provocar danos na calçada, na tubulação e no asfalto. Para isso, são escolhidas as que têm raiz que segue no sentido vertical, direto para o solo. O engenheiro responsável pelo projeto também previu soluções para um problema que causa transtornos em grandes cidades, a drenagem da água da chuva. O piso da calçada, além de ser antiderrapante, também tem efeito drenante que funciona como uma esponja. Ao cair na superfície, o líquido é absorvido, enquanto que, na grande maioria das calçadas tradicionais, não
arquivo pessoal
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Da árvore à lixeira, tudo é pensado para facilitar a acessibilidade dos pedestres
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“Já posso trazer amigos para conhecer essa área”, afirmou Naíse Pedrosa em visita a Olinda
perdeu a visão em 1986. Hoje, ele trabalha no Ministério Público de Pernambuco, na Coordenação Ministerial de Apoio Técnico e Infraestrutura. Parte de seu trabalho envolve a impressão de material em braile e a participação em eventos que estimulam o movimento em prol dos direitos das pessoas com deficiência visual. Ele presta apoio e orienta a organização de fóruns e conferências promovidos por órgãos públicos e privados. De acordo com ele, a acessibilidade é um dos temas abordados em quase todas as discussões. “Acho curioso o fato de sair de casa para pegar ônibus e chegar ao ambiente de trabalho com uma bengala, praticamente sem qualquer outra referência, já que as sinalizações são quase todas visuais”, comenta Cabral. Ele acredita que a mobilidade urbana está crítica para todos, mas as pessoas com dificuldade de locomoção enfrentam desafios impostos tanto pela infraestrutura inadequada da cidade quanto pela falta de consciência de parte da população. “Quando as calçadas não estão desgastadas, existem as barreiras colocadas pelas pessoas, como carros estacionados no meio do caminho. Isso faz com que eu precise me arriscar na pista de rolamento, aumenta o tempo necessário para eu me deslocar e, consequentemente, traz impacto para minha qualidade de vida”, afirma.
Guilherme veríssimo
Considerado Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1982, o Sítio Histórico de Olinda é formado por um conjunto urbanístico do século XVI. O Plano de Acessibilidade realizado ali consiste na intervenção em programas de reforma que já estavam em andamento em quatro importantes pontos turísticos do município. Um dos destaques do projeto é a reforma da igreja, da praça e do parque do Carmo. A igreja, que fica em uma área elevada, recebeu escada e rampa para acesso de carros. Na praça, parte da grama foi substituída por calçamento, para facilitar o acesso de pessoas à parada de ônibus próxima. Para garantir a segurança dos pedestres, as calçadas já existentes foram ampliadas e as faixas de rolamento elevadas nos pontos de travessia. No Parque do Carmo, rampas garantem a acessibilidade. Toda a área recebeu pisos táteis de direcionamento e de alerta, que auxiliam o deslocamento de pessoas com deficiência visual. No Alto da Sé, foi criado um mercado de artesanato que concentra os vendedores que ocupavam as ruas com barracas, dificultando a circulação. Naíse Pedrosa, presidente da Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas (CBBC) e coordenadora da Organização Nacional de Entidades de Deficientes Físicos (Onedef), aprovou as mudanças realizadas em Olinda. Porém, ela aponta que a situação da acessibilidade na cidade vizinha, Recife, é extremamente caótica. “Há pouquíssimas rampas e elas não são respeitadas. As calçadas são cheias de árvores e buracos. É impossível transitar com independência”, afirma. Também chama a atenção para o fato de que existem poucos restaurantes, bares e outros empreendimentos de lazer acessíveis na capital pernambucana. “A questão dos banheiros é fundamental. As portas têm que abrir para fora, e eles não precisam ser um salão de festas. Eles só devem ter as barras na altura correta e espaço suficiente para a cadeira entrar e fazer um giro”, critica Naíse Pedrosa. Também recifense, Roberto Cabral, de 41 anos,
Guilherme veríssimo
O exemplo da Cidade Patrimônio Histórico
“Acho curioso o fato de sair de casa para pegar ônibus e chegar ao ambiente de trabalho com uma bengala, praticamente sem qualquer outra referência, já que as sinalizações são quase todas visuais” Roberto Cabral
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de 0 a 10 para as calçadas Gama (1,13) e Avenida Afrânio Peixoto (1,25). Para Osmar Nascimento, presidente da Associação de Atletas Baianos com Necessidades Especiais (Aabane) e cadeirante há 22 anos, o mau resultado da capital é devido ao fato de Salvador ser uma cidade histórica. “Mexer nas ruas é difícil, mas temos lutado por isso. Eu uso carro, mas sei que a situação está ruim. Os ônibus costumam parar longe do meio-fio, e as calçadas não têm rampa. Mas acredito que as coisas vão melhorar com as obras que estão sendo realizadas para a Copa do Mundo”, comenta. Trabalhando para mudar o desempenho no quesito acessibilidade em todo o Estado, a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia (SJCDH/ BA) está desenvolvendo vários projetos sob coordenação da arquiteta e urbanista Marília Cavalcante. Um deles é o Plano de Acessibilidade do Centro Administrativo da Bahia (CAB), que visa a excluir as barreiras urbanísticas localizadas no entorno CAB. Alguns dos problemas detectados na área foram: ausência ou descontinuidade de calçadas, pontos de parada de veículos de transporte coletivo inacessíveis e calçadas desprovidas de rampas de rebaixamento de meio-fio.
A calçada ideal deve ter rampas para cadeirantes nas faixas de pedestres, boa iluminação, sinalização, paisagem, arborismo e largura mínima de 1,20 m Divulgação
Um estudo do IBGE, divulgado em junho de 2012, analisou os domicílios urbanos do Brasil em cidades com mais de 1 milhão de habitantes. O resultado é que a maior acessibilidade para cadeirantes no país foi encontrada no entorno dos domicílios particulares de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com presença de rampas ao redor de 23,3% das casas. Já Fortaleza, no Ceará, teve o menor índice, com 1,6%. São Luís, no Maranhão, aparece em seguida com apenas 1,9% das casas com rampas para cadeirantes no entorno. A campanha Calçadas do Brasil, lançada pelo Portal Mobilize Brasil, faz um levantamento sobre a situação das calçadas em 12 capitais brasileiras. Para atribuir notas de 0 a 10, foram observados se havia presença de obstáculos como postes e degraus, inclinação, largura mínima de 1,20 m (conforme norma ABNT), rampas para cadeirantes nas faixas de pedestres, iluminação adequada, sinalização, paisagismo e arborização. As quatro calçadas com os piores resultados estão localizadas em Salvador. A pontuação mais baixa foi atribuída à Ladeira da Fonte (0,25), seguida por Rua Regis Pacheco (0,63), Avenida Vasco da
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setenta cidades mobilizadas
Em Natal, já existe um projeto em andamento relacionado à acessibilidade em prédios públicos
de Alvará de Construção e Reforma, assim como para se responsabilizar pelas reformas nas calçadas dos prédios públicos já existentes e para apresentar um projeto que garanta a revisão do estado
do passeio público; e a criação de uma campanha de esclarecimento sobre como construir uma calçada acessível e a oferta de treinamento para as equipes técnicas das prefeituras.
Acessibilidade em centros históricos A acessibilidade está diretamente relacionada à qualidade e à durabilidade dos passeios públicos. Existem discussões a respeito das calçadas dos centros históricos brasileiros, que são formadas por pedras portuguesas. Alguns especialistas defendem que essas pedras não podem ser substituídas, pois estão associadas à história e à cultura do país. Por outro lado, esse tipo de calçada, sem a manutenção correta, pode dificultar a circulação de pessoas. De acordo com Eduardo Moraes, gerente regional da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), o problema está na aplicação das pedras portuguesas. “As pedras portuguesas devem ser mantidas nos lugares históricos, mas
utilizando a tecnologia correta. Elas devem ser aplicadas em um microconcreto de 12 centímetros de espessura, sob uma base estabilizada, para que tenham qualidade e durabilidade”, explica o gerente da ABCP.
Leonel Ponce
O Ministério Público potiguar deflagrou um novo projeto no início de julho, chamado Acessibilidade nas Calçadas, contribuindo para a garantia do direito à acessibilidade. De acordo com a promotora de justiça Rebecca Nunes, gerente do projeto, o Ministério Público do Rio Grande do Norte já vinha desenvolvendo um trabalho prioritário no tocante à acessibilidade em edificações escolares, em prédios públicos e nas próprias instalações ministeriais. “Na capital, existe um trabalho sistematizado em relação a hotéis, restaurantes, academias de ginástica, serviços e postos de saúde, locais de eventos, além de edificações de uso coletivo”, ressalta a promotora. O novo projeto será desenvolvido inicialmente em setenta municípios, com três pontos principais: será exigida a oferta de calçadas acessíveis, inclusive com o fornecimento de minuta de Lei Municipal que determina a obrigatoriedade de construção e reforma de calçadas; a exigência de que todos os municípios possuam um profissional de engenharia ou arquitetura para analisar os pedidos
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ano III | nº 12 | junho / julho 2012
Entrevista
Pedro Cavalcanti, da ABEEólica, fala sobre a força da energia eólica
Visto de Portugal
O colunista Renato Leal fala sobre a transição no setor da construção
saneamento é básico
Os projetos do Governo do Ceará para aumentar as áreas saneadas e reduzir o desperdício de água
SUMÁRIO 66 COLUNA EU DIGO
72 BOAS PRÁTICAS
68 COLUNA VISTO DE PORTUGAL
74 Fórum
70 ENTREVISTA
76 CAPA
O colunista Renato Leal faz considerações sobre a Conferência ADIT Invest
Pedro Cavalcanti, da Associação Brasileira de Energia Eólica, faz um balanço dos investimentos do setor no Brasil
Novas técnicas e políticas para enfrentar as mudanças climáticas
Produção mais limpa gera economia no saneamento
Caro leitor, A geração de energia limpa é um tema que merece estar sempre em pauta pela importância que tem para a sociedade e para o desenvolvimento da economia. Se fosse um esporte olímpico, em que os campeões das grandes potências mundiais disputam o primeiro lugar, a medalha de ouro seria do Brasil. Não estamos falando apenas da energia gerada pela força das águas, que representa mais de 80% da matriz energética brasileira. Nossos ventos são fortes e constantes, ideais para a geração de energia eólica, como você vai ver na entrevista do engenheiro Pedro Cavalcanti, vice-presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Eólica e diretor-presidente da Multiempreendimentos. Por outro lado, não subiríamos no pódio na categoria saneamento. Até dezembro de 2013, os municípios brasileiros precisam elaborar um plano municipal de saneamento básico. No entanto, menos de 10% elaboraram o documento que garante o recebimento de recursos para investir na área. O foco do plano deve ser a universalização do serviço no prazo de 20 anos. Quem merece destaque é o Estado do Ceará, que tem investido na melhoria dos serviços de água, esgotamento e resíduos sólidos. Os projetos desenvolvidos pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) seguem o conceito de saneamento desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep). As últimas edições do Fórum Pernambucano de Construção Sustentável, promovido pelo Movimento Vida Sustentável, abordaram soluções para tratamento de esgotos, técnicas eficientes de construção e políticas públicas de sustentabilidade. O diretor de Políticas Ambientais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Recife, Maurício Guerra, defendeu a participação da sociedade civil na elaboração do Projeto de Lei da Sustentabilidade e do Enfrentamento das Mudanças Climáticas, e a arquiteta Fernanda Durães falou sobre a história do jardim vertical, técnica francesa em que as plantas não precisam estar na terra para crescer. Outro tema de destaque no Fórum Pernambucano de Construção Sustentável foi a saturação da rede coletora recifense. Criada para atender casas, hoje dá conta de milhares de apartamentos. Soluções existem e já podem ser colocadas em prática, como você pode conferir na reportagem de capa desta edição. Boa leitura.
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SUSTENTABILIDADE EM PAUTA Sustenta2012 Local: Grand Hotel Stella Maris, em Salvador (BA) Período: 8 a 11 de agosto O objetivo do encontro é debater como as empresas brasileiras podem conciliar ações que favorecem seu negócio com a sustentabilidade no ambiente urbano. O seminário receberá o selo Evento Sustentável e terá ações como substituição de materiais, eficiência energética, compensação das emissões de carbono, educação ambiental e reciclagem de resíduos. www.sustenta2012.com A NOVA CONSTRUÇÃO Greenbuilding Brasil Local: Transamérica Expo Center, em Santo Amaro, São Paulo (SP) Período: de 11 a 13 de setembro A 3ª edição do evento tem a participação de 90 empresas e traz uma feira especializada em produtos e soluções para o setor de construção sustentável. Será promovida a conferência, com apresentação de casos práticos por 65 palestrantes. Durante o Greenbuilding Brasil, os participantes poderão, ainda, fazer visitas técnicas a empreendimentos sustentáveis certificados ou em processo de certificação. www.expogbcbrasil.org.br
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feicon A Feicon Batimat, maior e mais conceituada feira de construção da América Latina, alia, há mais de 20 anos, o próprio sucesso com os mais importantes expositores do segmento. Esta parceria, que faz de você referência para mais de 130 mil visitantes e para todo o mercado, valoriza sua marca, gera os melhores negócios e grandes lucros.
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Referência para quem pensa em construção
Aquecimento e Refrigeração do Ambiente
Automação e Segurança
Fundação e Estrutura
Máquinas, Ferramentas e Equipamentos para Construção
Produtos para Cozinhas e Banheiros
Serviços Profissionais e TI
Organização e Promoção
eu digo
Lâmpada ou aquecedor? Ricardo Cricci
A
pós 133 anos, as lâmpadas incandescentes finalmente estão com os dias contados. Desde 30 de junho, elas estão sujeitas a um processo gradual de retirada do mercado brasileiro, a exemplo do que já acontece em outras partes do mundo. Esta primeira fase tem como alvo as lâmpadas com fator elevado de potência, logo as que consomem mais energia elétrica. Em época de debate sobre sustentabilidade, a iniciativa é mais do que bem-vinda, contudo ela obrigará a uma mudança do comportamento do consumidor doméstico, ação que teve seu start-up com o apagão de 2001. O acontecimento desencadeou a preocupação com a escassez de energia e a busca de soluções que contemplem boa iluminação, conjugada a equipamentos mais eficientes e formas inteligentes de utilização, atingindo todos e independente de classe social. A grande novidade foi a entrada da lâmpada fluorescente no mercado, que colocou em cheque a durabilidade e a eficiência da lâmpada inventada por Thomas Edson em 1879. Decorridos 11 anos da entrada das lâmpadas fluorescentes compactas (LFC) no país, elas atualmente representam cerca de 200 milhões de unidades vendidas. É um mercado que cresce cerca de 20% ao ano, índice ainda muito pequeno quando comparado ao tamanho do mercado, visto que metade das residências brasileiras ainda é iluminada por lâmpada incandescente. Pesam a seu favor o hábito e o apelo estético, mas, quando se trata de contabilização financeira e tecnologia, não fica difícil o consumidor moderno entender que a incandescente não atende mais às expectativas do século XXI. Com menor potência, a lâmpada fluorescente reduz o consumo de energia em até cinco vezes, com uma economia
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mensal na conta de luz de R$ 2,70 por ponto. Se multiplicar pela quantidade de pontos de uma casa, não é difícil se avaliar a economia ao final de 12 meses. Não é à toa que receberam alcunha de lâmpadas econômicas, que ainda têm a vantagem de durar oito vezes mais. Bom para o bolso do consumidor, mas melhor ainda para a reserva energética, se os 550 milhões de pontos do parque doméstico nacional aderissem a soluções eficientes em iluminação. Segundo técnicos do Ministério das Minas e Energia, só a substituição de lâmpadas por modelos mais econômicos geraria ao país uma economia de 10 milhões MWH/ano até 2030. O que poucos sabem é que a lâmpada incandescente poderia ser considerada um aquecedor que gera luz. Isso porque o produto consome somente 10% da energia para iluminar, desperdiçando os 90% restante para geração de calor.
A lâmpada fluorescente compacta já superou as dificuldades de 11 anos atrás, quando o preço elevado e a vasta oferta de produtos sem certificação técnica que assolaram o mercado nos primeiros anos contribuíram para acentuar a resistência do consumidor frente à nova tecnologia. Com o aumento da demanda e o produto mais acessível, o consumidor já entende a vantagem dessa substituição, que hoje conta não só com uma padronização técnica para assegurar sua qualidade, como também com um vasto portfólio de formatos que se assemelham esteticamente à incandescente, mas com todos os benefícios exigidos em termos de eficiência energética. Agora, a adoção de produtos eficientes em iluminação não é mais questão de opção, mas de obrigação. Ricardo Cricci é diretor da divisão de LED da Lâmpadas Golden
visto de portugal
Um fórum imperdível Renato Leal
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correu, em São Paulo, a Conferência ADIT Invest, discutindo temas que fogem, a princípio, dos objetivos deste caderno e desta coluna. Fogem também do próprio conceito que queremos emprestar à palavra sustentabilidade. Mas peço licança para este devaneio. A síntese do que foi discutido nos painéis voltados à construção foi sustentabilidade financeira, das empresas, do setor e da economia. Tudo isso bem focado na atividade da construção. Mas como, sem isto, não é possível se fazer a transição para a construção sustentável, vou arriscar e fazer algumas considerações:
2. Crescimento do mercado: Vai se estabilizar, gerando assim um espaço para que os gargalos sejam resolvidos. Já há queda na intenção de compra de imóveis no Brasil – principalmente nos próximos 12 meses – conforme dados evidenciados pela Datastore. E assim deverá se manter, pelo aumento do preço, que reduz a demanda; pela redução dos recursos para financiamento e pelo esgotamento da capacidade de financiamento de alguns segmentos das famílias, já altamente endividadas. Para compensar, a demografia vai continuar a ajudar na manutenção das taxas básicas de crescimento do setor. 3. Tenologia produtiva: É inevitável uma evolução radical nos métodos construtivos, de forma a que se consiga ganhos
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substanciais de produção. Encarar a questão da industrialização da construção parece vital, como parece inevitável a perda de participação de mercado daquelas empresas do setor que insistam em não investir em tecnologia de processo e gestão. As margens vão se estreitar, e os custos de mão de obra tenderão a subir. Mesmo as construções mais populares – tipo Minha Casa Minha Vida – não gerarão lucros aos empreendedores se não houver escala e evolução nos métodos de produção. 4. Redução de preços: Só um choque bastante grande na oferta de residências fora das grandes cidades com cidades planejadas e com acessos bem estruturados poderá baixar os preços globais dos imóveis e favorecer a mobilidade e a habitabilidade, ambas fundamentais ao bem-estar da sociedade. Esse caminho demandará do governo uma nova postura no sentido de facilitar o ordenamento territorial e prover de infraestrutura. 5. E não poderia deixar de falar sobre a construção sustentável propriamente dita: Não foi posta em causa a sua inevitabilidade num processo já em curso. O que ficou no ar, principalmente nas conversas paralelas, é como financiar a transição, como sensibilizar o público final e como atender às suas demandas. E qual será a velocidade com que vai ser adotada.
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1. Financiamento: O esgotamento dos recursos da poupança, que vem financiando a construção do Brasil, forçará o setor financeiro e de capitais a avançar com menos timidez na criação de novos mecanismos de financiamento. O crescimento dos modelos de securitização e de fundos imobiliários parece ser o caminho natural, ou não haverá como financiar o aumento da produção. Esses temas foram exaustivamente discutidos por tomadores, emprestadores e empresários da construção. Num ambiente de busca de soluções para os estrangulamentos que estão à vista e precisam ser enfrentados. No mais alto nível.
A Conferência Internacional do ADIT INVEST contou com 50 especialistas
Estas foram as minhas observações destes dois dias de trabalho e longas conversas. Foi o que saltou aos olhos de quem vê na sustentabilidade das edificações e comunidades a saída para uma qualidade de vida ampliada. A ressaltar uma palavra de reconhecimento ao trabalho da ADIT. As palmas, ao final da conferência, foram a prova cabal da legitimização da sua importância para o setor. Renato Leal estrutura negócios, atuando no Brasil e em Portugal. renato.leal@b4.com.pt
entrevista
Pedro Cavalcanti
A potência dos ventos brasileiros por Juliana Pessoa
guilherme veríssimo
O Brasil ocupa a primeira posição mundial em geração de energia limpa. Graças a seus recursos naturais, o país desenvolveu historicamente sua matriz energética focada nas grandes hidrelétricas. A diversificação da energia renovável veio pela força dos ventos. Há 20 anos, o primeiro aerogerador foi instalado na Ilha de Fernando de Noronha, e hoje a energia eólica é a fonte de energia que mais cresce no país. Empresas estatais e privadas buscam novas fontes limpas de energia através de incentivos e de programas como o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa). O engenheiro Pedro Cavalcanti, vice-presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e diretor-presidente da Multiempreendimentos, avalia com otimismo o cenário brasileiro.
Qual a posição atual do Brasil no cenário internacional de energia renovável? A participação de fontes renováveis de geração de eletricidade ampliou-se em 2,5% na matriz elétrica brasileira no ano de 2011, em relação ao ano anterior, chegando a 88,8%. Assim, o país está em primeiro lugar no mundo em geração de energia limpa, seguido da China (22%), Rússia (19%) e Índia (13%). A hidroeletricidade é a grande responsável pela liderança mundial que o Brasil possui no campo das energias renováveis, com 84,4%. Por que só recentemente o país se interessou por outras fontes, além da hidrelétrica? As primeiras centrais hidrelétricas começaram a operar nos primeiros anos do século passado. Foi exatamente essa inigualável condição de gerar energia com fonte hidráulica que fez o país somente pensar
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em outras energias renováveis, com mais intensidade, no início dos anos 2000. O Proinfa foi um fator decisivo para diversificar com outras fontes renováveis a matriz elétrica brasileira, já que esse programa incentiva a inserção de 3.300 MW oriundos das fontes eólica, biomassa e de pequenas centrais hidrelétricas. Na sua opinião, quais os caminhos para o Brasil atrair mais investimentos em energia limpa? O governo brasileiro, através do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), tem promovido certames de compra e venda de energia no ambiente de contratação regulada desde 2005. Apesar de muitas térmicas a combustíveis fósseis terem sido contratadas nesses primeiros certames, as fontes biomassa e hidráulica tiveram participação significativa. Entretanto,
somente em dezembro de 2009 foi realizado o primeiro leilão de energia eólica exclusivo para essa fonte. Os anos de 2010 e 2011 foram muito importantes no sentido de que a contratação de energia limpa serviu para indicar que o governo brasileiro está disposto a seguir o caminho de atração de mais investimentos nesse setor. O passo seguinte será definir as regras para a realização de leilões exclusivos para fonte solar. O país tem conseguido aliar tanto o desenvolvimento econômico como o tecnológico com sustentabilidade? Não há dúvidas de que o Brasil tem uma posição privilegiada em relação aos outros países, por seus recursos naturais. Sendo assim, o país seguramente está conseguindo aliar seu desenvolvimento tecnológico com sustentabilidade. Qual o potencial de geração energética
entrevista do país? Como esse potencial ainda pode ser explorado de forma sustentável? O potencial energético do Brasil é imenso. Com a possibilidade de geração de energia elétrica utilizando seus recursos naturais, sem desrespeitar o meio ambiente, esse potencial é inesgotável. Outra peculiaridade de nossa matriz de geração elétrica, o que torna o país um dos únicos do mundo, é exatamente a forte complementaridade entre as fontes de energia. A Região Norte, com seu imenso potencial hidrelétrico, estimado em mais de 200 GW, tem um regime hidráulico totalmente complementar com o potencial eólico das regiões Nordeste e Sul, cuja estimativa é de mais de 300 MW e, ainda, é também complementar com a energia oriunda da bioeletricidade, cujo potencial é bastante elevado nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, estimado em mais de 150 GW. Isso sem falar no potencial de centrais geradoras térmicas, que podem utilizar o gás natural oriundo do pré-sal e também o potencial da energia
“A contratação de energia limpa serviu para indicar que o governo brasileiro está disposto a seguir o caminho de atração de mais investimentos nesse setor” nuclear. A fonte solar também terá destaque no futuro da composição da matriz energética brasileira, uma vez que nosso país é privilegiado com uma das maiores áreas com insolação para o aproveitamento dessa fonte limpa de energia. Como o senhor avalia a política ambiental hoje no Brasil para liberação de novos empreendimentos de energia?
Sistema de Protensão WCH
A política ambiental do Brasil é umas das mais modernas que existem atualmente em todo o mundo. Porém, há a necessidade de um melhor relacionamento entre os agentes do setor elétrico nacional e os órgãos ambientais com relação à obtenção de licenciamento dos projetos de geração de energia. Na sua opinião, em que tipo de energia e em quais caminhos o Brasil deve apostar? O governo brasileiro tem atualmente valorizado a questão da modicidade tarifária, ou seja, energia com qualidade e com custo mais barato. Nesse sentido, as fontes renováveis vão continuar a exercer um papel relevante no desenvolvimento do país. Portanto, acredito que o Brasil deve seguir no caminho de buscar a modicidade tarifária sem deixar de estimular a diversificação da matriz energética, por questões de sustentabilidade, segurança no fornecimento, desenvolvimento econômico e outras vantagens.
Invista em Qualidade e Produtividade com Segurança
Capacidade dos Macacos: 03, 06, 12, 16 e 24 toneladas. → Encunhamento automático.
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Boas práticas
Telhado com mil e uma utilidades O Prêmio Greenvana Greenbest 2012, que reconhece os destaques brasileiros na aplicação de tecnologias e soluções tecnológicas, elegeu a Ecotelhado como a melhor solução verde do país. A premiação se deve às características sustentáveis do telhado verde, capaz de contribuir para a diminuição da temperatura na atmosfera, reter água da chuva e reduzir a variação térmica das construções. No mercado desde 2005, a Ecotelhado integra a Associação Telhado Verde, que, em parceria com a Green Building Council Brasil, trabalha para a divulgação da certificação LEED no país.
Em busca de soluções
livro tem ideias inovadoras O desafio do desenvolvimento urbano sustentável é o mote do livro Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes, dos arquitetos Carlos Leite e Juliana di Cesare. Através de exemplos de iniciativas bem-sucedidas ao redor do mundo, os autores trazem ao debate questões ambientais, de moradia, mobilidade, inclusão e segurança. Os projetos apresentados são fruto de visitas dos autores a cidades que se reinventaram ao redor do mundo, através de ideias inovadoras, que respeitam o meio ambiente. Carlos Leite é arquiteto e urbanista, mestre e doutor pela FAU-USP e pós-doutor pela California Polytechnic University em Desenvolvimento Urbano Sustentável. Juliana di Cesare é arquiteta e urbanista, mestre pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e doutora pela FAU-USP.
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Durante a Rio+20, que ocorreu entre os dias 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro, a construtora Cosil assinou uma carta de compromisso na qual assume metas em benefício da qualidade de vida no planeta. A carta – que foi recebida por autoridades do governo – apresenta um novo cenário sustentável para os próximos 20 anos. Entre os compromissos assumidos no documento, estão o reforço no investimento em inovação tecnológica, a busca da economia verde e inclusiva, o fortalecimento do papel do consumidor e o direcionamento correto dos investimentos sociais (inclusão social, educação e desenvolvimento de competências). A Cosil procura ser exemplo para outras empresas brasileiras do setor no engajamento pela busca de soluções inovadoras em sustentabilidade.
fotos: Divulgação
FÓRUM
Fórum Pernambucano de Construção Sustentável Especialistas abordam as técnicas e as novas políticas para o desenvolvimento da construção
O Fórum Pernambucano de Construção Sustentável é realizado pelo Sinduscon/PE pelo Governo de Pernambuco e pela Revista Construir Nordeste
por Aline Franceschini
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diretor de Políticas Ambientais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Recife, Maurício Guerra, participou do último Fórum Pernambucano de Construção Sustentável, realizado na sede do Sinduscon/PE no dia 4 de julho. Ele ministrou uma palestra a respeito do Projeto de Lei da Sustentabilidade e do Enfrentamento das Mudanças Climáticas, que havia sido apresentado à sociedade em outro evento: o I Fórum sobre a Política Municipal de Sustentabilidade e Enfrentamento
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às Mudanças Climáticas do Recife, que ocorreu durante a Semana do Meio Ambiente, em 8 de junho, e deverá receber outras edições a cada dois meses. No Fórum Pernambucano de Construção Sustentável, Guerra ressaltou a importância da participação da sociedade civil na formatação do Projeto de Lei. De acordo com ele, cerca de 50 representantes de vários órgãos públicos e privados compareceram ao fórum municipal e deram contribuições. O documento compreende propostas
de políticas públicas para resíduos sólidos, energia, construção sustentável, ordenação territorial, florestas urbanas, mobilidade, saúde e recursos hídricos. Também integrou a programação do dia 4 de julho uma palestra com a arquiteta Fernanda Durães, da GreenWall Ceramic, e a representante comercial da marca no Nordeste, Catarina Durães. Elas falaram sobre a história do jardim vertical e apresentaram os produtos oferecidos pela GreenWall. De acordo com Fernanda, a técnica foi criada
FÓRUM
as soluções para o saneamento No Fórum Pernambucano de Construção Sustentável realizado em junho, o tema central foi saneamento. A primeira palestra tratou sobre sistema de tratamento eficiente de esgoto e foi ministrada pelo engenheiro Tauil Selingardi, da Tigre. Ele contou a história do sistema de esgoto sanitário do Recife desde a fundação, em 1838, da Companhia do Beberibe, que distribuía água do Açude do Prata para a cidade. O debate foi dirigido pelo engenheiro Renildo Guedes e teve grande participação dos profissionais presentes. Um dos assuntos abordados foi a saturação da rede coletora recifense, já que ela foi criada para atender casas – e a maioria delas se tornou prédios. Por outro lado, as estações da cidade não trabalham com potência total, pois apenas 32% dos esgotos são coletados. Dessa parcela, somente 28% são tratados adequadamente. O segundo palestrante do dia foi Tiago Bastos, da Regional Recife do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Ele falou sobre a experiência de sua empresa, que adotou um sistema de esgoto a vácuo. De acordo com ele, esse sistema não faz
uso de eletricidade ou água, gerando uma economia de 86% em relação a este último recurso. Apesar disso, devido ao alto investimento necessário para a instalação do sistema, o retorno financeiro não foi a única motivação da empresa. A debatedora Elka Porciúncula e outros participantes da plateia parabenizaram a iniciativa.
No Recife, a rede coletora está saturada e só atende a 32% do município shutterstock/ TFoxFoto
pelo botânico francês Patrick Blanc, que percebeu que as plantas não precisam estar na terra para crescer; elas necessitam apenas de uma base. No Brasil, a técnica foi introduzida por Burle Marx, na década de 70. “Entre as vantagens oferecidas pelas paredes verdes, estão a diminuição da radiação do calor e da penetração do frio na casa, o aumento da massa vegetal, a redução do barulho, a purificação do ar e a sensação de amplitude no ambiente”, afirmou Fernanda Durães. Os produtos da GreenWall são produzidos com tecnologia 100% brasileira e podem ser aplicados diretamente em paredes de alvenaria, apenas com uso de argamassa. O engenheiro Anderson Mendes, da Lwart Química, e a arquiteta Paula Ribas, da Biohabitar, foram convidados ao evento para apresentar cases de construção sustentável. Mendes falou a respeito de telhados verdes e sistemas impermeabilizantes. De acordo com ele, ser sustentável é desenvolver empreendimentos “ecologicamente corretos, economicamente viáveis e socialmente justos”. O engenheiro apresentou as obras realizadas na concessionária Iveco, em Jundiaí (SP), que foi a primeira concessionária sustentável do Brasil. O case apresentado por Paula foi a respeito de uma ecocasa construída na Serra Gaúcha. O engenheiro agrônomo Antonio José da Cunha Chagas foi responsável por debater todas as palestras. Ele ressaltou a importância das plantas para a qualidade de vida do ser humano. “Na Europa, já oferecem financiamentos para as pessoas inserirem plantas em suas casas. Aqui, no Brasil, ainda há uma grande carência de verde”, afirmou o engenheiro. A abertura do fórum foi realizada pelo engenheiro Serapião Bispo, que conduziu o evento. Ao final, Renato Leal e Elaine Lyra apresentaram o projeto Movimento Vida Sustentável – Eficiência Energética & Construção Sustentável, destacando as próximas ações a serem promovidas.
“Aqui, no Brasil, ainda há uma grande carência de verde” Antonio José da Cunha Chagas
Um dos temas debatidos foi a técnica do jardim vertical introduzida no Brasil por Burle Max
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A Lei do Saneamento vem aí De cada 10 municípios brasileiros, apenas 1 já elaborou o plano de saneamento básico por Juliana Outtes
iferentemente das áreas de construção de estradas, de telefonia e de energia elétrica, o saneamento é um setor que ainda tem pouco destaque no Brasil. Para reduzir essa carência, a Lei Federal 11.455/2007 traça as diretrizes para uma política federal de saneamento básico. A norma trata o saneamento como um conjunto que reúne o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, a drenagem de águas pluviais e urbanas e o manejo de resíduos sólidos. Em cada uma dessas subáreas, existem ações que precisam ser executadas, visando, sobretudo, à diminuição do impacto ambiental e do desperdício de água, energia e materiais recicláveis. A aprovação da lei representa um avanço no setor e regulamenta também a prestação do serviço por parte das companhias de saneamento e a maneira como as cidades tratam o tema. Até dezembro de 2013, os municípios brasileiros precisam elaborar um plano municipal de saneamento básico. Sem isso, não será possível receber recursos para investir na área. O foco do plano deve ser a universalização do serviço no prazo de 20 anos. No entanto, menos de 10% dos municípios elaboraram o documento. Outro avanço foi a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei Federal 12.305/2010, prevendo que todos os municípios devem ter um plano de aproveitamento desses materiais até agosto de 2012. O texto diz ainda que, a partir de agosto de 2014, apenas os rejeitos poderão seguir para os aterros sanitários, prática que não acontece atualmente. Para o coordenador de Saneamento da Agência Reguladora do Ceará (Arce), Alceu Galvão, a legislação em vigor e as discussões da Rio+20 contribuem para que as concessionárias tomem decisões nesse sentido.
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Estação de Tratamento de Água do Gavião, que abastece Fortaleza
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André Falcó comemora diminuição do índice de perda de água no Ceará
Realização de teste para levantamento de pressões e vazões
É o que acontece na área de saneamento no Estado do Ceará. Sob a gestão da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), o Estado tem investido de forma concreta na melhoria dos serviços de água, esgotamento e resíduos sólidos. Desde 2010, a concessionária está trabalhando com um novo conceito em saneamento: o Produção Mais Limpa (P+L), estabelecido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep). “Esse conceito, adaptado para o setor de saneamento, aumenta o ganho econômico da empresa e reduz o desperdício, racionalizando o custo dos insumos. Com essa política, a companhia investe também em sua imagem perante a sociedade”, explica André Falcó, diretor de operações da Cagece. Para atingir a sustentabilidade econômica e ambiental, a concessionária cearense desenvolveu programas de reaproveitamento dos insumos e dos produtos empregados ao longo da cadeia, que, com isso, deixou de ser linear para se tornar cíclica. Um deles está relacionado à perda de água. Segundo Ronald Vasconcelos, engenheiro civil e professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco, esse é o problema mais grave das companhias de água e esgoto. “Bahia, Pernambuco e Ceará estão trabalhando no combate às perdas, atuando desde a produção
na estação de tratamento até a distribuição, nas ligações prediais”, analisa. A Cagece tem investido no monitoramento da quantidade de água que é entregue à população. Para diminuir o desperdício, a empresa cearense faz gestão da pressão da água em duas fases, uma manual e outra automatizada. Uma equipe identifica os vazamentos ocultos através de aparelhos específicos. Depois que esses dados estão mapeados, o passo seguinte é processá-los eletronicamente, com o auxílio de software para a verificação das perdas. “Em 2005, tínhamos uma perda de 43%, já em 2010 e 2011 a empresa alcançou a marca de 25%”, comemora André Falcó, que espera diminuir ainda mais esse número, atingindo 23% de perda até 2014. Além de procurar soluções para o desperdício de água, a Cagece também tem ações para reduzir o consumo de energia elétrica, insumo que representa de 15% a 20% da despesa das companhias de saneamento básico. O programa de eficiência energética da companhia utiliza um sistema que verifica o funcionamento das bombas e dos sensores de pressão e analisa as informações por meio de software. Com o monitoramento, a Cagece alcançou a taxa de consumo de 0,51 kWh/m3 de água produzida, o que situa a empresa entre os cinco melhores indicadores do país, de acordo com o Sistema Nacional de
Informações em Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades. Outra preocupação está relacionada ao esgoto produzido pela concessionária. O que, em geral, é um problema produz uma solução sustentável: o reaproveitamento do biogás originado pelo esgoto para a produção de energia. O gás é transformado em metano – 21 vezes menos poluente que o dióxido de carbono – e utilizado como fonte de energia na Estação de Tratamento de Esgoto de Aracapé. Com a energia proveniente do biogás, a estação opera de 22 a 24 horas por dia, tendo uma autonomia quase total. Os aparelhos usados na medição de água consumida também são reaproveitados. Geralmente, ao término da vida útil dos hidrômetros, confeccionados em latão, as companhias fazem o descarte, enviando os aparelhos para as fábricas, onde servem de insumo para a produção de novos hidrômetros. Pensando nisso, a Cagece mantém o Laboratório de Hidrometria, que é um Posto de Ensaio Autorizado do Inmetro (PEA). Certificado em março de 2012, o laboratório recupera os aparelhos com a limpeza da carcaça metálica e a troca do relógio por um novo, deixando o hidrômetro pronto para voltar à rede de distribuição. Em cinco anos, mais de 200 mil medidores foram recuperados, totalizando uma economia de 215 toneladas de latão e 5 milhões de reais. Com os projetos voltados para a sustentabilidade, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará economizou 15 milhões de reais nos últimos três anos, o que, além de melhorar a qualidade do serviço prestado, levou à diminuição da tarifa paga pelo consumidor.
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Economia & Negócio
Concrete Show South America 2012 Evento deve bater recorde em geração de negócios por Marianne Brito
6ª edição do Concrete Show South America é considerada a grande porta de entrada para empresas nacionais e internacionais que buscam participação expressiva no mercado brasileiro da construção civil. O evento reunirá cerca de 550 expositores de mais de 20 segmentos distintos, além de 28 mil profissionais qualificados e com alto poder de decisão, entre os dias 29 e 31 de agosto, em São Paulo. O Concrete Show South America 2012 conta com o oferecimento de duas grandes entidades do setor, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e a Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc), e de três grandes empresas: Putzmeister, Schwing Stetter e Liebherr. A expectativa é de que sejam gerados negócios na ordem de R$ 880 milhões, considerando os resultados do ano passado, o aumento do número de participantes e a taxa de crescimento da cadeia produtiva do concreto prevista para este ano. Os organizadores esperam que haja uma intensa comercialização de máquinas, equipamentos, insumos e serviços voltados para o setor a partir do evento até o final do ano. Em 2011, mais da metade dos visitantes (54%) tinha como principal interesse o setor de máquinas e equipamentos, seguido de sistemas construtivos (23%) e produtos em concreto (12,94%). O alto poder de decisão dos participantes da Concrete Show, aliado ao otimismo do mercado, rendeu às empresas o aumento da carteira de clientes. No ano passado, o evento foi realizado pela primeira vez no Centro de Exposições Imigrantes e trouxe ao
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O evento contará com 550 expositores e 150 palestras, devendo gerar R$ 880 milhões em negócios
mercado mais de 500 expositores nacionais e internacionais vindos de mais de 30 países, além de um público direcionado de 24.890 profissionais. Para a promotora de feiras UBM Sienna – joint venture entre a multinacional britânica UBM e a brasileira Sienna –, o cenário é positivo. Refletindo a economia, a representatividade do país frente ao mundo e o aquecimento do setor da construção civil, o evento tem como objetivo oferecer ao mercado as últimas novidades tecnológicas que têm potencial para suprir a urgência de novos processos industriais. “Estamos preparando um verdadeiro show de tecnologia que englobará as grandes novidades e as melhores soluções para o boom de crescimento da construção civil brasileira. O Concrete
Show vem para apresentar ao mercado as empresas que têm condições de sanar os gargalos da infraestrutura de nosso país”, afirma Cláudia Godoy, diretora-geral do evento. Além de fomentar negócios, o Concrete Show investe também na facilitação do diálogo entre os profissionais da área, oferecendo conferências, seminários e workshops de alto nível sobre temas de interesse do setor da construção civil. Reunindo alguns dos maiores especialistas mundiais em suas respectivas áreas, o 6° Concrete Congress, evento paralelo à exposição, acontecerá entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro, também no Centro de Exposições Imigrantes. Pautado em grandes temas, o congresso oferecerá mais de 150 palestras simultâneas.
Economia & Negócio
a construção civil hoje e amanhã por Luiz Otavio Cavalcanti
Habitação em alta pelos próximos anos em Pernambuco
registrou-se incremento líquido de 21.261 novos empregos no ano passado. O setor da construção é o maior empregador de mão de obra no Estado. O desenvolvimento tecnológico no setor construtivo pernambucano é buscado permanentemente pelas empresas. Esse esforço é revelado em duas dimensões: na construção de prédios inteligentes e na introdução do conceito de sustentabilidade em novos edifícios. No primeiro caso, a concepção de projetos avançados tecnologicamente por construtoras tem produzido resultados importantes. Não só quanto ao grau de segurança das pessoas que trabalham em seus escritórios, mas também na oferta de conforto e de funcionalidade das instalações. Lançamentos de centros empresariais nos últimos anos o comprovam na bem formulada harmonia entre segurança e conforto. No segundo caso, a adoção do conceito de atividades sustentáveis começa a ser reconhecida como indispensável à modernização das cidades. Exemplo recente é o Shopping Rio Mar, cuja operação é integrada, desde o uso de insumos de energia até a reciclagem final de todos os rejeitos. A tendência de crescimento da economia de Pernambuco, nos próximos cinco anos, é clara. Apoiada não só na
consolidação das indústrias que estão sendo instaladas em Suape, mas também nos novos investimentos industriais programados pela montadora Fiat e seus fornecedores em Goiana. São valores superiores a R$ 2 bilhões anuais em novas inversões, no Estado, para o próximo quinquênio. Que vão requerer, por consequência, novo ciclo de construção de prédios industriais e de conjuntos residenciais. E que irão dinamizar, portanto, o setor construtivo e o imobiliário. Esses dados são factuais. É possível estimar, baseado nessa perspectiva, que o setor de construção civil / imobiliário mantenha, no período 2012/16, o nível atual de dinamismo. divulgação
crescimento da economia pernambucana descolou da economia brasileira. Nos últimos cinco anos, a média de crescimento do PIB pernambucano tem sido de 4%, enquanto a do PIB nacional de 2,5%. Com o surgimento de novas plantas industriais, a construção civil é acionada para atender não só a demanda construtiva das indústrias, como também as habitações para o pessoal lá empregado. Por isso, nos recentes três anos, o crescimento do setor da construção, em Pernambuco, foi superior a 10%, chegando a alcançar 17% em 2010. O consumo de cimento, impulsionado pelas obras da arena da Copa, em São Lourenço, do programa Minha Casa, Minha Vida, e de construção habitacional para a classe média e alta, é superior ao do Nordeste e ao do país. Esse desempenho construtivo contribui para o incremento do setor imobiliário. A demanda por habitação destinada a operários e também ao nível gerencial da mão de obra requerida pelas indústrias tem sido crescente. A procura por habitação, em termos gerais, abrangendo tanto faixas de renda mais elevadas quanto o segmento popular, tem crescido, em Pernambuco, entre 10% e 13% nos últimos quatro anos. Em relação ao cimento, observou-se redução do chamado consumo formiguinha, realizado pelas famílias que ocupam habitação popular em 2011. Principalmente em consequência do aumento de custo dos itens envolvidos na construção. Esse segmento responde por 55% do consumo interno de cimento. O Índice de Velocidade de Vendas (IVV), no Estado, tem sido superior a 11% nos recentes três anos. Esse nível de atuação do setor construtivo tem impactado positivamente o emprego. Em 2011, por exemplo, foram gerados mais de 134 mil empregos no setor. Dada a rotatividade própria da atividade,
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Luiz Otávio Cavalcanti é economista
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Economia & Negócio
uma cidade dentro da outra O complexo imobiliário Engenho Trapiche será uma cidade planejada numa área de 200 hectares
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por Yuri Assis
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onstruir de forma planejada visando à expansão de uma determinada metrópole. Essa é a premissa dos empreendimentos que estão surgindo de forma expressiva no interior de Pernambuco, representado pelas cidades de Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Goiana, São Lourenço da Mata e Igarassu. O crescimento do Complexo Industrial e Portuário de Suape, que, até 2013, deve abrigar o dobro dos 70 mil profissionais atuais, prevê a necessidade de erguer conjuntos habitacionais para facilitar a alocação desse contingente, promovendo inclusive um acesso mais ágil ao local de trabalho. Dentro desse contexto, está o Engenho Trapiche Ipojuca, parceria da Cyrela Realty Brazil com a Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI) e o Grupo
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Francisco Dourado, proprietário da Usina Ipojuca, onde ficará instalado o empreendimento. “O fato do desenvolvimento do Estado de Pernambuco, especialmente na Mata Sul, onde existem as cidades do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, com áreas acidentadas e dificuldade de expansão urbana, levou algumas empresas a fazerem projetos de bairros planejados”, relata o diretor regional do Grupo Queiroz Galvão, Múcio Souto. Anunciado em maio deste ano, o projeto, que ocupará um terreno de 200 hectares, tem afinidade com o panorama do mercado imobiliário presente de Pernambuco, convocado pelo crescimento do Porto de Suape, que vem recebendo R$ 35 bilhões em investimentos. Só em 2011, Suape respondeu por 11,2% da
elevação na produção industrial, maior que a média do Nordeste. O complexo assume um potencial de vulto, sem comparação dentro do Estado, requerendo uma antecipação dos seus efeitos na região, para evitar a repetição de casos como os de Camaçari e Betim, cujos polos trouxeram uma ocupação desordenada. “O conceito de cidade planejada visa a atender à demanda crescente de uma ocupação urbana. Com Suape, essa demanda tende a ir para o Recife, que já não tem capacidade para suportar esse contingente”, explica o diretor-superintendente da Cyrela Nordeste, André Python. De acordo com o analista financeiro e professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de Pernambuco, Roberto Ferreira, a expansão desse
mercado é um reflexo da descentralização dos polos de desenvolvimento de Pernambuco. “Antes, os investimentos de porte se concentravam no Recife. A vinda do complexo de Suape e até mesmo da fábrica da Fiat trouxe muita mão de obra, que exige infraestrutura em termos de transporte e habitação, os chamados investimentos estruturadores”, explica Ferreira. O especialista indica que a área plana de habitação do Recife é escassa, além de a cidade contar com uma das maiores densidades populacionais do Brasil, encaixando-se na lista cada vez maior de municípios saturados. “A demanda crescente abre espaço para empreendimentos como o Engenho Trapiche e demais cidades planejadas que ajudem a evitar o inchamento da metrópole”, acrescenta. Múcio Souto aposta no novo panorama que o Engenho Trapiche vai trazer para o mercado imobiliário de Ipojuca, que estagnou nas últimas décadas. “O mercado daquela região não tem nenhum lançamento imobiliário há 30 anos. As pessoas têm morado, ao longo de todo esse tempo, dentro do centro antigo de Ipojuca ou ocupando Nossa Senhora do Ó ou indo morar mais distante, como em Enseada dos Corais”, pondera. “Então, ali existe realmente uma demanda reprimida e há espaço para a construção de residências”, completa o diretor. Com vistas a esse público, o Engenho Trapiche contará com 16 mil unidades habitacionais, que ocuparão metade do terreno. O investimento contabilizará R$ 3 bilhões, com estimativa de 78 mil pessoas circulando no local. “Identificamos dois perfis de ocupação para o Engenho Trapiche. A primeira geração trata-se da demanda de moradia local. A segunda geração será representada por uma população de nível social mais elevado, provavelmente atraída pela instalação de serviços”, analisa André Python. Fora proporcionar uma área de moradia para a população de Suape, o
empreendimento, por si só, deve gerar renda para o Estado, ampliando a economia de Ipojuca e descentralizando o mercado imobiliário, concentrado no Recife. Mais de 22 mil empregos serão ofertados com as atividades desenvolvidas dentro do próprio Engenho. O arquiteto do projeto, Paulo Barros e Silva, destaca que uma das diretrizes que orienta a organização do empreendimento é o conceito de sustentabilidade, que suscitou o planejamento da preservação da área verde e a integração dos habitantes com o componente ambiental. “470 mil m² farão parte de reserva ecológica, dos quais 150 mil m² constituirão parque que será construído às margens do Rio Ipojuca, próximo à zona residencial”, esclarece. Segundo André Python, a preservação ambiental é um aspecto que precisa ser contemplado num empreendimento do mercado imobiliário atual. “A ocupação urbana com qualidade de vida deve prever a preservação ambiental”, pontua.
arquivo pessoal
Economia & Negócio
“O mercado daquela região não tem nenhum lançamento imobiliário há 30 anos” Múcio Souto
Conheça os detalhes do Engenho Trapiche Ipojuca Investimento: R$ 3 bilhões Expectativa de geração de 22 mil empregos diretos 700 unidades habitacionais serão lançadas ainda em 2012, sendo apartamentos de três quartos com suíte de 65 m² e de dois quartos com 45 m² Projeção de construir 16 mil unidades habitacionais 2 milhões de m² de terreno 1 milhão de m² para moradia 470 mm² de área verde preservada Parque com 150 mil m² às margens do Rio Ipojuca Proximidade com a malha rodoviária composta pela PE-60, Via Expressa e PE-42, que liga à BR-101 Sul População estimada: 56 mil residentes e 22 mil flutuantes
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Construir Economia
estatística de 2010 em análise Mônica Mercês*
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ifícil na era digital, da conexão on-line, chamar atenção para estatísticas recém-divulgadas que mostram evoluções de 2007 a 2010. Afinal, nossa mente alerta o tempo inteiro que estamos em 2012 e que o futuro pede para olharmos para frente. Mas é importante lembrar que nem todas as informações são produzidas em tempo real. Nesse sentido, antes de descartá-las, usando apenas o critério da jovialidade das mesmas, é sempre recomendável pensar duas vezes. Os dados da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada no dia 15 de junho deste ano, pelo IBGE, é um desses exemplos. Nela, estão retratados os dados de 2007 a 2010 de um setor alavancador do crescimento nacional. Como define sua metodologia, “a pesquisa constitui uma importante fonte de informações estatísticas sobre o segmento empresarial da construção, fornecendo aos órgãos governamentais e privados subsídios para o planejamento e aos usuários em geral, informações para estudos setoriais mais aprofundados”. Análises mais acuradas, planejamentos estruturados, exigem um olhar mais crítico sobre a evolução dos dados. A PAIC 2010 possibilita isso e confirma estatisticamente o que estamos observando dia a dia no país, sobretudo na Região Nordeste. Os dados de 2010, comparados aos de 2007, mostram que a quantidade de empresas ativas no país no setor construtivo cresceu 50,2% (53 mil em 2007 para 79 mil em 2010). Quando observado o comparativo por região, verifica-se que, no Nordeste, a expansão foi de 37,5% (8 mil em 2007 para 11 mil em 2010). Num outro dado, a PAIC revela que as empresas com mais de 30 trabalhadores no Brasil executaram em 2010 o valor de R$ 212 bilhões em incorporações, obras e/ ou serviços, montante esse que representa um crescimento real (já deflacionado)
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de 61,5% no comparativo 2010/2007. E o Nordeste, nesse indicador, foi a região que apresentou o maior crescimento da participação no total do país: 11,7% (2007) para 13,8% em 2010. Esse resultado (R$ 212 bilhões) reflete o somatório de cinco grandes grupos: incorporação de empreendimentos imobiliários; obras residenciais; edificações industriais, comerciais e outras edificações não residenciais; obras de infraestrutura; serviços especializados. Essa desagregação evidencia que, a despeito de todos os investimentos em obras de infraestrutura, a participação das obras residenciais no total dos cinco grupos cresceu de 15,1% em 2007 para 20,6% em 2010. Isso, em valores nominais, se traduz em números que mostram uma expansão quase triplicada (R$ 15,7 bilhões para R$ 43,8 bilhões – no mesmo comparativo). O grupo de infraestrutura, mesmo com recuo em sua participação de 2007 para 2010 (de 49,0% para 46,9%), continua respondendo pela maior parcela (R$ 99,6 bilhões do total dos R$ 221 bilhões citados – em 2010). A expansão do grupo de obras residenciais no Brasil, segundo a pesquisa, se deve, sobretudo, ao mercado de edifícios residenciais, fruto do aumento do crédito imobiliário associado ao alongamento
dos prazos de financiamento, à redução dos juros e ao crescimento do mercado de trabalho, com consequente aumento de renda da população. Estamos em 2012 e olhando para 2010, sem ainda medições oficiais, e o que se observa é a manutenção do crescimento do mercado construtivo, muito embora este ano em ritmo menos acelerado na maior parte dos estados do país. Mas o crescimento continua e é importante ressaltar que as bases de comparações anuais atuais são bem diferentes e expressivamente mais elevadas do que as registradas há cinco anos. As enormes carências, sobretudo por moradia, permitiram expansões significativas dos indicadores do setor. Daí a importância de saber o “quanto” significou essa movimentação, mesmo um ano e meio depois do último registro estatístico. Com tudo isso, fica a certeza de que mudamos de patamar. Há muito a ser feito, sem dúvida! Mas uma parte já foi feita, e outra está em curso. E é muito bom registrar isso! * Economista, Assessora de Planejamento e Inteligência de Mercado da Diretoria da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI).
informe publicitário
a Personalidade do Ano A
ADVB-PE concedeu o título de Personalidade do Ano ao cientista político e empresário Antônio Lavareda, tendo em vista sua grande contribuição ao desenvolvimento do Estado de Pernambuco. Sua escolha como Personalidade do Ano se deu através de uma concorrida disputa em que, ao final das indicações, os membros dos Conselhos e da Diretoria Executiva da ADVB-PE escolheram seu nome como merecedor de tal distinção. Formado em Jornalismo e Direito e com mestrado em Sociologia e doutorado em Ciência Política, tem destaque na mídia de eixo Rio-São Paulo, sendo reconhecido como um bem sucedido empresário, tendo no marketing institucional sua atividade principal, destacando-se os serviços junto a grandes empresas, como Ambev, Petrobrás, Pão de Açúcar, Caixa Econômica, OAS, Itaú, entre outras. Devido a tantas experiências, possui uma extensa rede de relacionamentos, aumentando ainda mais o portfólio de seus negócios. Sua participação no cenário político é abrangente. Esteve presente em 85 campanhas eleitorais em todo o Brasil e também no exterior, atuou em 25 governos, trabalhando para ministros, presidentes, governadores, senadores e prefeitos em diversos partidos, como: PSDB, PMDB, PCdoB, PT, PSB, PSD e PV. Atualmente, é presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas (Ipespe), fundado por ele há 25 anos; diretor-presidente da empresa de estratégia MCI, criada há 20 anos, e membro do Núcleo Estratégico do Laboratório de Neuromarketing da FGV. Sempre atento às novas oportunidades do mercado de negócios que despontam na Região Nordeste, ele idealizou e se tornou sócio do Banco Gerador e da Rede Banorte, o banco que mais cresceu no Brasil nos três últimos semestres.
Antônio Lavareda, Personalidade do Ano pela ADVB- PE, e o presidente Leopoldo Albuquerque
É, ainda, sócio da Construtora Conic, a mais antiga de Pernambuco, com 64 anos, marca que ele, ao lado dos sócios, empreende vigorosos esforços para recolocar entre as maiores empresas da região. “Os que se juntam a nós confiam em nossa visão estratégica e na obstinação com que enfrentamos os desafios”, destaca o empreendedor. Conhecido pela mente disciplinada, consegue como
poucos fazer render cada minuto e dedicar ao trabalho boa parte dos fins de semana e feriados, Lavareda encontra tempo para se dedicar a palestras, seminários e aulas inaugurais, aos quais é frequentemente convidado, dentro e fora do país. “Ter estudado violino desde os 6 anos e ter sido aluno do Colégio Militar, com certeza, explicam boa parte dessa disciplina”, diz ele.
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Economia & Negócio
tecobi expo 2012 Em busca de soluções e tecnologia para o topo das construções por Luciana Nunes
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primeira edição foi a parceria com o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), que ancorou a participação de grandes empresas do setor nas conferências. A Associação Brasileira de Alumínio (Abal) expôs modelos de telhas onduladas, trapezoidais e termoacústicas. “É um importante evento focado em cobertura. Apesar de a telha de alumínio estar há mais de 40 anos no mercado, ainda existe uma carência de informações sobre sua aplicação e seus benefícios”, explica Luiz Valério Trindade, coordenador do GT Telhas de Alumínio da Abal.
O fórum TeCobI ECO destacou os telhados verdes como boas opções para promover a sustentabilidade. Para os organizadores do evento, o resultado foi positivo. “Esse foi o primeiro passo de um evento que, temos certeza, irá se consolidar cada vez mais no mercado, não apenas por ser um evento exclusivo para os segmentos de coberturas e impermeabilização, mas também pela grande qualidade das empresas expositoras e do público”, informa Guilherme Ramos, diretor da Clarion-Quartier, empresa organizadora da TeCobI Expo. wagner Silveira
ela primeira vez, uma edição da TeCobI Expo – Evento Internacional de Telhados, Coberturas e Impermeabilização – foi realizada no Brasil. Durante três dias, entre 18 e 20 de junho, cerca de 2 mil pessoas foram ao Expo Center Norte, em São Paulo, conhecer as novidades apresentadas pelos cem expositores participantes. No TeCobI Summit, programa de conferências realizado paralelamente à feira, foram abordados temas de relevância para a construção civil, como a utilização de soluções mais sustentáveis, econômicas e inteligentes. Um dos destaques desta
fotos: Paulo vargas
Cerca de 2 mil pessoas compareceram ao evento
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indicadores IVV
perspectivas e desafios do setor da construção Danyelle Monteiro*
É
consenso de que a construção civil vem contribuindo fortemente para o crescimento da economia, inclusive, com os dados referentes ao PIB do 1º trimestre de 2012 do setor apontando para um crescimento de 10,3% em Pernambuco, no embate com igual período do ano anterior, segundo cálculos da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Condepe / Fidem). Enquanto isso, a indústria de transformação do Estado cresceu apenas 6,1% no mesmo período, e parte desse desempenho deve-se à indústria da construção, que, há meses, vem colaborando com segmentos como o de metalurgia básica e de produtos químicos, através de maior demanda por chapas e tiras de alumínio e vergalhões de aços ao carbono no primeiro caso e tintas e vernizes no segundo, de acordo com os dados da Produção Física de Pernambuco, divulgada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Fundação João Pinheiro (dados divulgados em 2008), o déficit habitacional do Nordeste correspondia a 1,9 milhões de moradias, enquanto, na Região Metropolitana de Recife, o déficit era de 11,4% dos domicílios urbanos.
Em relação aos investimentos, o estudo divulgado pelo Condepe / Fidem, no que tange apenas aos investimentos da BR Foods, Hemobrás, Estaleiro Atlântico Sul e Polo Petroquímico, estima R$ 7,5 bilhões em investimentos, fora o efeito multiplicador na economia. Já os investimentos nas obras de infraestrutura voltadas à Copa do Mundo FIFA 2014 estima um montante de mais R$ 33 bilhões (dados do Consórcio Copa 2014-ME). Obras como a Via Mangue, corredor de acesso à Zona Sul, pontes, alças de ligação, viadutos, terminais, corredores, duplicação da BR-408, estação de metrô, dentre outras obras, saíram do papel e estão transformando a paisagem da Região Metropolitana de Recife. No tocante aos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento, o somatório ultrapassa os R$ 2,6 bilhões. Mas, como os processos, as exigências do mercado e os desafios vão mudando ao longo do tempo, questões ligadas à sustentabilidade e aos principais gargalos do setor foram amplamente discutidas no 84º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), realizado em Belo Horizonte (MG) entre os dias 27 e 29 de junho deste ano pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Questões
relativas à sustentabilidade vieram para ficar, e especialistas de várias áreas ligadas ao setor apresentaram novas tecnologias que geram maior eficiência energética, menor consumo de água e com redução de perdas nos canteiros de obras. Algumas dessas soluções saem com custo zero ou próximo disso, como, por exemplo, as cores dos prédios, os tamanhos das janelas para maior aproveitamento da ventilação natural, a construção modular para reduzir as perdas, mais sombreamento nas salas e cozinhas e isolamento térmico das coberturas. Estas foram algumas das soluções encontradas e sugeridas para a implantação em outras cidades do país. Ademais, diante dos novos desafios e de problemas como a escassez de mão de obra e a elevada carga tributária, o setor em Pernambuco segue registrando números positivos e com novas questões a serem discutidas e implantadas pelos empresários do setor, em continuidade ao atual ciclo de crescimento experimentado pelo Estado. * Economista, conselheira do Conselho Regional de Economia de Pernambuco (Corecon-PE), atua na Unidade de Pesquisas Técnicas da Fiepe.
JUN/JUL 2012 |
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Cub – Custo Unitário Básico da Construção
em Maio de 2012 Padrão De Acabamento
Projetos
Projetos Padrões
Variação Percentual R$/ m²
Mensal
Acumulado No Ano
Acum. Em 12 Meses
RESIDENCIAIS
R-1 (Residência Unifamiliar)
PP-4 (Prédio Popular)
R-8 (Residência Multifamiliar)
R-16 (Residência Multifamiliar)
Baixo
R-1-B
1.011,00
0,30%
2,18%
10,72%
Normal
R-1-N
1.225,35
0,35%
2,22%
10,41%
Alto
R-1-A
1.573,69
0,41%
2,49%
9,54%
Baixo
PP-4-B
936,07
0,09%
1,35%
9,07%
Normal
PP-4-N
1.153,57
0,20%
2,28%
10,78%
Baixo
R-8-B
885,71
0,05%
1,38%
9,30%
Normal
R-8-N
990,46
0,21%
1,76%
9,89%
Alto
R-8-A
1.264,01
0,27%
2,51%
10,08%
Normal
R-16-N
967,01
0,23%
1,70%
9,65%
Alto
R-16-A
1.243,56
0,08%
1,39%
9,22%
PIS
669,76
-0,01%
1,98%
9,82%
RP1Q
954,23
0,26%
0,43%
9,89%
CAL-8-N
1.117,98
0,29%
1,62%
10,18%
PIS (Projeto de Interesse Social) RP1Q (Residência Popular) COMERCIAIS CAL-8 (Comercial Andares Livres)
CSL-8 (Comercial Salas e Lojas)
CSL-16 (Comercial Salas e Lojas)
Normal Alto
CAL-8-A
1.229,39
0,33%
2,16%
10,34%
Normal
CSL-8-N
949,73
0,14%
1,50%
10,21%
Alto
CSL-8-A
1.074,14
0,06%
2,50%
11,00%
Normal
CSL-16-N
1.265,32
0,16%
1,34%
9,85%
Alto
CSL-16-A
1.430,38
0,09%
2,32%
10,63%
GI
540,56
0,15%
1,00%
9,86%
GI (Galpão Industrial)
OBSERVAÇÕES: Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Federal. nº. 4.591, de 16/12/64, e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Esses custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006.” “Na formação desses custos unitários básicos, não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração,
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ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, entre outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador.” Os preços unitários dos insumos constantes do lote básico foram cotados no período de 1 a 24 de maio de 2012. A partir de fevereiro de 2007, com a entrada em vigor da NBR 12.721:2006, adotamos o projeto-padrão R-16-N como o novo CUB PADRÃO do SINDUSCON/PE e passamos a divulgar os valores referentes a materiais, mão de obra, despesas administrativas e equipamentos, que formam este CUB Padrão, bem como suas variações percentuais no mês, no ano e em 12 meses.
insumos Você pode adquirir com o consultor Clélio Morais [(81) 3236.2354 / cleliomorais@gmail.com] colaborador da REVISTA CONSTRUIR NE e responsável pelas informações da SEÇÃO INSUMOS as composições detalhadas dos serviços apresentados nesta Tabela de Preços. AGLOMERANTES Cal hidratado Calforte Narduk Cal hidratado Calforte Narduk (saco com 10 kg) Cimento Portland
kg
0,57
sc
5,72
kg
0,420
Cimento Portland (saco com 50 kg)
sc
20,80
Cimento branco específico Narduk Cimento branco específico Narduk (saco com 40 kg) Gesso em pó de fundição (rápido) Gesso em pó de fundição (rápido) (saco com 40 kg) Gesso em pó para revestimento (lento) Gesso em pó para revestimento (lento) (saco com 40 kg) Gesso Cola
kg
1,02
kg
1,30
Gesso Cola (saco com 5 kg)
sc
6,50
sc
40,99
kg
0,39
sc
15,71
kg
0,31
sc
12,50
ARTEFATOS DE CIMENTO Bloco de concreto p/ alvenaria vedação c/ 9x19x39 cm (2,5 MPa) Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/12x19x39 cm(2,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/14x19x39 cm(2,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/14x19x39 cm(4,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/19x19x39 cm(4,5MPa) Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTUs aberta 60x40x40 cm Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTUs fechada 60x40x50 cm Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTUs aberta 70x50x40 cm Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTUs aberta 70x45x60 cm Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTUs fechada 70x45x60 cm Elemento vazado de cimento Acinol-CB2/L com 19x19x15 cm Elemento vazado de cimento AcinolCB6/L/Veneziano 25x25x8 cm Elemento vazado de cimento AcinolCB7/L/Colmeia com 25x25x10 cm Elemento vazado de cimento Acinol-CB/9/ Boca de Lobo 39x18x9 cm Lajota de concreto natural lisa para piso de 50x50x3 cm Lajota de concreto natural antiderrapante para piso de 50x50x3 cm Meio fio de concreto pré-moldado de 100x30x12 cm Nervura de 3,00m para laje pré-moldada com SC=200kg/ m² Piso em bloco de concreto natural "Paver" de 6cm c/25MPa (48pç/ m²) Piso em bloco de concreto natural "Paver" de 6cm c/35MPa (48pç/ m²) Piso em bloco de concreto pigmentado "Paver" de 6cm c/25MPa (48pç/ m²) Piso em bloco de concreto pigmentado "Paver" de 6cm c/35MPa (48pç/ m²) Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/25 Mpa (34pç/ m²) Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/35 Mpa (34pç/ m²) Piso de concreto vazado ecológico (tipo cobograma) Tubo de concreto simples de 200 mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 300 mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 400 mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 500 mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 600 mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 800 mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 1000 mm
un
1,55
un
1,75
un
2,07
un
2,40
un
3,02
un
54,33
un
57,63
un
70,33
un
71,00
un
73,00
un
2,80
un
4,20
un
4,90
un
4,20
m²
14,33
m²
15,00
un
15,50
m
8,17
m²
27,33
m²
29,33
m²
32,00
m²
34,33
m²
33,67
m²
36,67
m²
31,67
m
12,60
m
19,12
m
27,92
m
35,68
m
55,25
m
105,30
m
154,60
Tubo de concreto simples de 1200 mm classe PS1 Tubo de concreto armado de 300 mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 400 mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 500 mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 600 mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 800 mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 1000 mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 1200 mm classe PA2 Verga de concreto armado de 10x10 cm Vigota treliçada para laje B12 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 4,00 m Vigota treliçada para laje B12 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 4,00 m Vigota treliçada para laje B16 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 6,00 m Vigota treliçada para laje B16 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 6,00 m Vigota treliçada para laje B20 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 7,00 m Vigota treliçada para laje B20 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 7,00 m Vigota treliçada para laje B25 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 8,00 m Vigota treliçada para laje B25 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 8,00 m Vigota treliçada para laje B30 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 9,00 m Vigota treliçada para laje B30 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 9,00 m
Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,53x1,10 m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,83x1,10 m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,13x1,10 m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,44x1,10 m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,22x1,10 m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,53x1,10 m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,83x1,10 m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,13x1,10 m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,44x1,10 m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,22x1,10 m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,53x1,10 m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,83x1,10 m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,13x1,10 m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,44x1,10 m Brasilit
un
30,70
un
36,60
un
42,85
un
48,50
un
29,60
un
37,10
un
44,00
un
51,50
un
60,31
un
39,50
un
49,70
un
59,50
un
69,70
un
79,90
42,50
Saibro
m3 m m3 m3
Barro para aterro
m3
21,67
Barro para jardim
m3
37,50
Pó de pedra
m3
43,33
ARTEFATOS DE FIBROCIMENTO
Brita 12
m3
70,00
Caixa d'água cônica CRFS de 250 litros c/ tampa Brasilit Caixa d'água cônica CRFS de 500 litros c/ tampa Brasilit Caixa d'água cônica CRFS de 1000 litros c/ tampa Brasilit Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX superior Brasilit Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX inferior Brasilit Cumeeira articulada TKO superior para Kalhetão CRFS Brasilit Cumeeira articulada TKO inferior para Kalhetão CRFS Brasilit Cumeeira normal CRFS TOD 5G 1,10 m Brasilit Cumeeira normal CRFS TOD 10 G 1,10 m Brasilit Cumeeira normal CRFS TOD 15 G 1,10 m Brasilit Telha Kalheta 8 mm de 3,00 m Brasilit
Brita 19
m3
70,00
Brita 25
m3
68,33
Brita 38
m3
66,67
Brita 50
m3
63,33
Brita 75
m3
64,00
Pedra rachão
m3
49,33
Paralelepípedo
un
0,43
Meio fio de pedra granítica
m
8,50
sc
5,04
kg
0,25
sc
9,82
kg
0,49
sc
18,93
sc
23,21
sc
10,11
sc
4,59
sc
5,15
Rejunte aditivado interno (saco 40kg)
sc
39,91
Rejunte aditivado interno Narduk Rejunte aditivado flexível externo (saco 40 kg) Rejunte aditivado flexível externo Narduk
kg
1,00
sc
51,44
kg
1,29
kg
5,64
kg
5,87
kg
6,46
kg
6,71
kg
8,23
m
204,50
m
43,06
m
54,99
m
67,68
m
100,43
m
180,79
m
241,55
m
444,01
m
12,68
m
5,01
m
5,35
m
3,85
m
4,08
m
3,59
m
3,88
AGREGADOS
m
3,65
Areia fina
m
3,91
m
3,93
m
4,19
un
79,02
un
129,43
un
253,26
un
4,30
un
4,30
un
49,90
un
49,90
un
28,44
un
28,44
un
28,44
un
114,57
Telha Kalheta 8 mm de 4,00 m Brasilit
un
148,74
Telha Kalheta 8 mm de 5,50 m Brasilit
un
200,63
Telha Kalheta 8 mm de 6,00 m Brasilit
un
198,54
Telha Kalheta 8 mm de 6,50 m Brasilit
un
231,42
Telha Kalhetão 8 mm de 3,00 m CRFS Brasilit
un
185,15
Telha Kalhetão 8 mm de 6,70 m CRFS Brasilit
un
414,16
Telha Kalhetão 8 mm de 7,40m CRFS Brasilit
un
458,00
Telha Kalhetão 8 mm de 8,20 m CRFS Brasilit
un
506,02
Telha Kalhetão 8 mm de 9,20 m CRFS Brasilit Telha Fibrotex CRFS de 4 mm com 1,22x0,50 m Brasilit Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,13x0,50m Brasilit Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,44x0,50m Brasilit Telha Maxiplac de 6mm com 3,00x1,06m Brasilit Telha Maxiplac de 6mm com 4,10x1,06m Brasilit Telha Maxiplac de 6mm com 4,60x1,06m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm
un
568,93
un
6,91
un
12,75
un
12,70
un
114,52
un
155,95
un
176,44
un
24,50
Areia grossa
45,00 36,67
ARGAMASSA PRONTA Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno (saco 20 kg) Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo (saco 20 kg) Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo Argamassa Megaflex AC-III Narduk alta resistência (saco 20 kg) Argamassa Megaflex AC-III-E Cinza Narduk alta resistência (saco 20 kg) Massa para alvenaria (saco 40 kg) Reboco pronto Reboduk Narduk interno (saco 20 kg) Reboco externo pronto (saco 20 kg)
ARAMES Arame galvanizado nº 10 BWG liso 3.40 mm Arame galvanizado nº 12 BWG liso 2.76 mm Arame galvanizado nº 14 BWG liso 2.10 mm Arame galvanizado nº 16 BWG liso 1.65 mm Arame galvanizado nº 18 BWG liso 1.24 mm
JUN/JUL 2012 |
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Arame recozido 18 BWG preto Arame farpado "Elefante" - fio 2,2 mm rolo com 250 m Arame farpado "Elefante" - fio 2,2 mm rolo com 400 m Arame farpado "Touro" - fio 1,6 mm - rolo com 250 m Arame farpado "Touro" - fio 1,6 mm - rolo com 500 m
kg
6,62
un
118,14
un
190,53
un
98,64
un
185,57
BOMBAS CENTRÍFUGAS Bomba centrífuga trifásica de 1/2 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 3/4 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 1 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 1 1/2 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 2 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 3 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 5 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 7,5 CV Schneider Bomba centrífuga monofásica de 1/4 CV Schneider Bomba centrífuga monofásica de 1/2 CV Schneider Bomba centrífuga monofásica de 3/4 CV Schneider Chave de proteção magnética trifásica até 5 CV WEG Chave de proteção magnética trifásica até 7,5 CV WEG Chave de proteção magnética trifásica até 10 CV WEG Boia para bomba com 10 amperes Boia para bomba com 20 amperes
un
496,67
un
561,67
un
594,67
un
792,67
un
852,67
un
694,07
un
821,53
un
997,50
un
483,33
un
547,67
un
641,33
un
153,67
un
157,00
un
187,67
un
44,00
un
44,73
m2
11,23
m2
12,15
CARPETES Carpete Flortex Tradition Grafite da Fademac com 3 mm Carpete Reviflex Diloop Grafite da Fademac com 4 mm CONCRETO USINADO Concreto usinado FCK = 10MPa
m3
231,50
Concreto usinado FCK = 15MPa
m3
237,50
Concreto usinado FCK = 15MPa bombeável
m3
245,50
Concreto usinado FCK = 20 MPa
m3
249,00
Concreto usinado FCK = 20 MPa bombeável
m3
257,50
Concreto usinado FCK = 25 MPa
m3
268,67
Concreto usinado FCK = 25 MPa bombeável
m3
275,00
Concreto usinado FCK = 30 MPa
m3
283,00
Concreto usinado FCK = 30 MPa bombeável
m3
292,50
Concreto usinado FCK = 35 MPa
m3
295,00
Concreto usinado FCK = 35 MPa bombeável
m3
305,00
Taxa de bombeamento
m3
32,50
un
444,33
Extintor de pó quimico 4 kg
un
94,27
Extintor de pó quimico 6 kg
un
110,93
Extintor de pó quimico 8 kg
un
146,00
Extintor de pó quimico 12 kg Mangueira predial de 1.1/2" x 15 m com união Mangueira predial de 1.1/2" x 30 m com união Porta corta fogo P90 de 0,80x2,10 m
un
177,00
un
265,00
un
375,00
un
730,00
Porta corta fogo P90 de 0,90x2,10 m
un
795,00
Registro Globo 45° de 2.1/2" Tampa de ferro fundido de 60x40 cm "incêndio" Tampão cego de 1.1/2" T.70 articulado
un
142,33
un
217,33
un
65,17
un
45,08
un
45,74
un
46,41
un
49,66
un
63,02
un
66,55
un
74,02
un
84,44
un
119,63
un
139,40
un
175,66
un
166,43
un
112,00
un
112,00
un
160,88
un
126,59
un
142,59
un
167,33
un
194,33
un
45,33
un
90,66
un
55,00
Retroescavadeira 580 H, 4x4 (com operador) Andaime tubular de 1,5x1,0 m (2peças=1,00 m) Betoneira elétrica de 400 L sem carregador
h
75,83
mês
10,33
mês
330,57
Compactador CM/13 elétrico
mês
356,67
Compactador CM/20 elétrico
mês
688,08
Cortadora de piso elétrica
mês
377,77
Furadeira industrial Bosch ref. 1174
mês
201,67
Guincho de coluna (foguete)
mês
280,47
Mangote vibratório de 35 mm
mês
72,50
Mangote vibratório de 45 mm
mês
75,30
Motor elétrico para vibrador
mês
77,87
Pistola finca pinos
mês
170,00
Pontalete metálico regulável (1 peça)
mês
6,33
Serra elétrica circular de bancada
mês
186,88
Ferro CA-25 de 12,5 mm
kg
3,21
Ferro CA-25 de 20 mm
kg
3,22
Ferro CA-25 de 25 m
kg
3,30
Ferro CA-50 de 6,3 mm
kg
3,51
Ferro CA-50 de 8 mm
kg
3,49
Ferro CA-50 de 10 mm
kg
3,34
Ferro CA-50 de 12,5 mm
kg
3,16
Ferro CA-50 de 16 mm
kg
3,16
Ferro CA-50 de 20 mm
kg
3,16
ESQUADRIAS DE MADEIRA Porta em compensado liso semi-oca de 0,60x2,10x0,03 m Porta em compensado liso semi-oca de 0,70x2,10x0,03 m Porta em compensado liso semi-oca de 0,80x2,10x0,03 m Porta em compensado liso semi-oca de 0,90x2,10x0,03 m Porta em compensado liso de 0,60x2,10x0,03 m EIDAI Porta em compensado liso de 0,70x2,10x0,03 m EIDAI Porta em compensado liso de 0,80x2,10x0,03 m EIDAI Porta em compensado liso de 0,90x2,10x0,03 m EIDAI Porta em fichas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03 m Porta em fichas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03 m Porta em fichas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03 m Porta em fichas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03 m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03 m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03 m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03 m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03 m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03 m Porta em amolfadas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03 m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03 m Grade de canto em massaranduba até 1,00x2,10 m para pintura esmalte Grade de caixa em massaranduba até 1,00x2,10 m para pintura esmalte Grade de caixa em Jatobá até 1,00x2,10 m para verniz ou cera EQUIPAMENTOS
ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO Janela de alumínio com bandeira
m2
311,67
Janela de alumínio sem bandeira Janela de alumínio tipo basculante 0,60x1,00 m Porta de alumínio com saia e bandeira
m2
264,17
m2
249,00
m2
361,03
ESQUADRIAS DE FERRO Gradil de ferro c/cantoneira L de 1.1/4" e barras de 1"x1/4" Portão de ferro em chapa preta nº 18 (cant.) Portão em tela de ferro quadrada 13mm e fio 12 Tubo de ferro preto de 2"
Extintor de CO2 de 6 kg
m2
203,26
m2
233,76
m2
135,38
m
18,37
Tubo de ferro preto de 4"
m
38,76
Tubo de ferro preto de 6"
m
90,87
Tubo de ferro galvanizado de 2"
m
31,12
Tubo de ferro galvanizado de 2.1/2"
m
38,98
Tubo de ferro galvanizado de 4"
m
86,13
EQUIPAMENTOS CONTRA-INCÊNDIO Adaptador de 2.1/2"x1.1/2"
un
59,33
Adaptador de 2.1/2"x2.1/2" Caixa de incêndio com 75x45x17 cm para mangueira predial Chave Storz
un
65,37
un
250,33
un
20,67
Esguicho Jato sólido de 1.1/2"
un
60,00
Extintor de água pressurizada 10 litros
un
113,00
FERROS
insumos
Curitiba: 41 3301-3536 São Paulo: 11 3616-6850 Outras loc.: 0800-724 2200 fermax@fermax.com.br
Ferro CA-50 de 25 mm
kg
Ferro CA-50 de 32 mm
kg
Ferro CA-60 de 4,2mm
kg
Ferro CA-60 de 5 mm
kg
Ferro CA-60 de 6 mm
kg
Ferro CA-60 de 7 mm
kg
Ferro CA-60 de 8 mm Tela de ferro c/malha 15x15 cm c/fio de 3,4 mm tipo Q61 (0,972kg/ m2) Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/ m2) Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/ m2) Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/ m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/ m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/ m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/ m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/ m2)
kg kg m2 kg m2 kg m2 kg m2
Divisória de box em granito cinza 3,08 andorinha de 7x2 cm Anun Boni Construir final.indd 1 3,05 Soleira de granito cinza andorinha de 3,22 15x2 cm 3,22 Rodapé de granito cinza andorinha com 3,28 7x2 cm Lajota de granito cinza andorinha de 3,19 50x50x2 cm 2,61 Lajota de granito preto tijuca de 5,44 50x50x2 cm Lajota de granito preto tijuca de 5,42 15x30x2 cm Bancada de granito preto tijuca de 60x2 cm 5,39 Divisória de box em granito preto tijuca 7x2 cm 8,26 Soleira de granito preto tijuca de 15x2 cm 5,17 9,29 5,53 12,13
FORROS, DIVISÓRIAS E SERVIÇOS DE GESSO Bloco de gesso com 50x65x7,5 cm para parede divisória Placa de gesso lisa para forro com 65x65 cm Rodateto de gesso - friso com largura de até 6 cm aplicado Rodateto de gesso - friso com largura de até 15 cm aplicado Rodateto de gesso - friso com largura de até 20 cm aplicado Junta de dilatação de gesso em "L" de 2x2 cm aplicada Junta de dilatação de gesso em "L" de 3x3 cm aplicada
un
4,50
un
2,43
m m m
9,00 11,37 11,07
m
7,73
m
8,37
FERRAGENS DE PORTA Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1500 LaFonte Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1410 LaFonte Dobradiça em latão cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 90 LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 521 E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 521 I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 521 B-CR LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 436E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 436ICR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 436BCR LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 2078 E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 2078 I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 2078 B-CR LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 608E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 608ICR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 608BCR LaFonte
un
4,31
Rodapé de granito preto tijuca de 7x2 cm Lajota de granito verde ubatuba de 50x50x2 cm Lajota de granito verde ubatuba de 15x30x2cm Bancada de granito verde ubatuba de 60x2 cm Divisória de box em granito verde ubatuba 7x2 cm Soleira de granito verde ubatuba de 15x2 cm Rodapé de granito verde ubatuba de 7x2 cm
m
Tábua de madeira mista de 15 cm (1"x6") 19,93 26/04/12 11:35 Tábua de madeira mista de 22,5 cm (1"x9")
m
4,11
m
5,61
m
23,95
m
8,09
m
16,50
m3
2.345,67
m2
79,75
m
26,93
m2
108,30
m
18,39
m
9,53
m
4,74
m
14,88
m
28,53
un
38,97
un
43,98
un
51,66
un
60,85
un
75,50
un
14,31
un
22,89
un
26,99
un
34,96
un
41,41
m
1,12
m
1,53
vara
3,84
vara
5,35
vara
8,88
vara
10,83
vara
13,53
vara
17,30
vara
36,58
vara
44,20
un
0,88
un
1,07
un
1,63
un
2,65
un
3,08
un
5,10
un
12,40
un
14,33
un
0,41
m
111,00
m
200,77
m
29,70
m
35,33
2
m
24,67
2
m
91,84
m2
61,80
ml
159,34
ml
22,77
ml
27,50
ml
19,00
gl
68,04
IMPERMEABILIZANTES Acquella (galão de 3,6 litros) Acquella (lata de 18 litros)
lata
295,10
Bianco (galão de 3,6 litros)
gl
31,18
Bianco (balde de 18 litros)
bd
139,02
Compound adesivo (A+B) (2 latas = 1kg) Desmol CD - líquido desmoldante p/ concreto (galão de 3,6 litros) Desmol CD - líquido desmoldante p/ concreto (balde de 18 litros) Frioasfalto (galão de 3,9 kg)
kg
37,80
gl
32,52
bd
130,04
gl
23,60
Frioasfalto (balde de 20kg)
bd
120,41
gl
56,49
un
4,55
Neutrol (galão de 3,6 litros) Neutrol (lata de 18 litros)
lata
224,18
un
8,74
Vedacit (galão de 3,6 litros)
bd
16,73
Vedacit (balde de 18 litros)
bd
64,78
un
75,86
Vedacit rapidíssimo (galão de 4 kg)
gl
44,40
un
58,33
Vedacit rapidíssimo (balde de 20 kg)
bd
150,00
Vedaflex (cartucho com 310 ml)
cart
25,70
un
56,08
Vedapren preto (galão de 3,6 litros)
gl
37,36
un
56,31
Vedapren preto (balde de 18 kg)
bd
142,65
Vedapren branco (galão de 4,5 kg)
gl
67,93
un
46,41
Vedapren branco (balde de 18 kg)
bd
212,86
Sika nº 1 (balde de 18 litros)
bd
56,97
Igol 2 (balde de 18 kg)
bd
136,43
Igol A (balde de 1 8kg)
bd
201,48
Silicone (balde de 18 litros)
bd
170,01
m2
71,74
m2
78,05
m
8,93
m
29,50
un
46,41
un
73,87
un
49,67
un
54,59
un
127,63
un
101,49
un
101,49
Granilha nº 02 (saco com 40 kg)
sc
11,80
Granilha nº 02 Bancada em granito cinza andorinha de 60x2 cm c/1 cuba,test.e esp.
kg
0,32
m
151,97
GRANITOS
MADEIRAS Assoalho de madeira em Ipê de 15x2 cm Assoalho de madeira em Jatobá de 15x2 cm Rodapé de madeira em Jatobá de 5x1,5 cm Lambri de madeira em Angelim Pedra de 10x1 cm Folha de "Fórmica" texturizada branca de 3,08x1,25 m Folha de "Fórmica" brilhante branca de 3,08x1,25 m Estronca roliça tipo litro
2
un
48,58
un
44,02
m
1,73
Barrote de madeira mista de 6x6 cm
m
5,68
Sarrafo de madeira mista de 10 cm (1"x4")
m
2,77
Tábua de madeira mista de 30 cm (1"x12") Madeira serrada para coberta (Massaranduba) Peça de massaranduba para coberta de 7,5x15 cm Peça de massaranduba para coberta de 6x10 cm Barrote de massaranduba para coberta de 5x7,5 cm Ripa de massaranduba para coberta de 4x1 cm Prancha de massaranduba para escoramento de 3x15 cm Prancha de massaranduba para escoramento de 5x15 cm Chapa de madeira plastificada de 10 mm c/1,10x2,20 m Chapa de madeira plastificada de 12 mm c/1,10x2,20 m Chapa de madeira plastificada de 15 mm c/1,10x2,20 m Chapa de madeira plastificada de 17 mm c/1,10x2,20 m Chapa de madeira plastificada de 20 mm c/1,10x2,20 m Chapa de madeira resinada de 6 mm c/1,10x2,20 m Chapa de madeira resinada de 10 mm c/1,10x2,20 m Chapa de madeira resinada de 12 mm c/1,10x2,20 m Chapa de madeira resinada de 15 mm c/ 1,10x2,20 m Chapa de madeira resinada de 17 mm c/1,10x2,20 m MATERIAIS ELÉTRICOS E TELEFÔNICOS Eletroduto em PVC flexível corrugado de 1/2" Eletroduto em PVC flexível corrugado de 3/4" Eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" (vara com 3 m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" (vara com 3 m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 1" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" (vara com 3 m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" (vara com 3 m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 2" (vara com 3 m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" (vara com 3 m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 3" (vara com 3 m) Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2"
JUN/JUL 2012 |
| 89
insumos Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3" Bucha de alumínio de 1/2"
90 |
un
0,66
un
0,89
un
1,40
un
1,78
un
2,80
un
8,00
un
9,68
un
0,30
Bucha de alumínio de 3/4"
un
0,43
Bucha de alumínio de 1"
un
0,62
Bucha de alumínio de 1.1/4"
un
0,84
Bucha de alumínio de 1.1/2"
un
1,01
Bucha de alumínio de 2"
un
1,89
Bucha de alumínio de 2.1/2"
un
2,40
Bucha de alumínio de 3"
un
2,93
Arruela de alumínio de 1/2"
un
0,19
Arruela de alumínio de 3/4"
un
0,28
Arruela de alumínio de 1"
un
0,48
Arruela de alumínio de 1.1/4"
un
0,64
Arruela de alumínio de 1.1/2"
un
0,80
Arruela de alumínio de 2"
un
1,02
Arruela de alumínio de 2.1/2"
un
1,65
Arruela de alumínio de 3"
un
3,15
Caixa de passagem em PVC de 4"x4"
un
3,06
Caixa de passagem em PVC de 4"x2" Caixa de passagem sextavada em PVC de 3"X3" Caixa de passagem octogonal em PVC de 4"X4" Soquete para lâmpada (bocal) com rabicho
un
1,79
un
2,82
un
3,35
un
1,53
Soquete para lâmpada (bocal) sem rabicho
un
1,75
Cabo de cobre nú de 10 mm2
m
3,78
Cabo de cobre nú de 16 mm2
m
5,38
Cabo de cobre nú de 25 mm2
m
7,41
Cabo de cobre nú de 35 mm2 Cabo flexível de 1,5 mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 2,5 mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 4 mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 6 mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 10 mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 16 mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 25 mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 35 mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 4mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 6 mm2 com isolamento plástico Fita isolante de 19 mm (rolo com 20 m)
m
10,96
m
0,46
Disjuntor monopolar de 10A Pial
m
0,74
m
1,31
m
1,83
m
3,46
m
6,09
m
10,40
m
13,26
m m m
0,46 0,72 1,36
m
2,03
un
6,79
un
8,48
Disjuntor monopolar de 15A Pial
un
6,78
Disjuntor monopolar de 20A Pial
un
7,11
Disjuntor monopolar de 25A Pial
un
8,14
Disjuntor monopolar de 30A Pial
un
7,11
Disjuntor tripolar de 10A Pial
un
43,15
Disjuntor tripolar de 25A Pial
un
42,38
Disjuntor tripolar de 50A Pial
un
44,84
Disjuntor tripolar de 70A Pial
un
69,40
Disjuntor tripolar de 90A Pial
un
69,09
Disjuntor tripolar de 100A Pial
un
69,09
Disjuntor monopolar de 10A GE
un
5,38
Disjuntor monopolar de 15A GE
un
5,25
Disjuntor monopolar de 20A GE
un
5,50
Disjuntor monopolar de 25A GE
un
5,50
Disjuntor monopolar de 30A GE
un
5,50
Disjuntor tripolar de 10A GE
un
45,00
| JUN/JUL 2012
Disjuntor tripolar de 25A GE
un
41,25
Disjuntor tripolar de 50A GE
un
42,00
Disjuntor tripolar de 70A GE
un
68,60
Disjuntor tripolar de 90A GE
un
60,00
Disjuntor tripolar de 100A GE Quadro de distribuição de energia em PVC para 3 disjuntores Quadro de distribuição de energia em PVC para 6 disjuntores Quadro de distribuição de energia em PVC para 12 disjuntores Quadro metálico de distribuição de energia para 12 disjuntores Kit barramento p/ quadro de distribuição de energia com 12 disjuntores Quadro metálico de distribuição de energia para 20 disjuntores Kit barramento p/ quadro de distribuição de energia com 20 disjuntores Quadro metálico de distribuição de energia para 32 disjuntores Kit barramento p/ quadro de distribuição de energia com 32 disjuntores Conjunto Arstop completo (tomada + disjuntor) de embutir Conjunto Arstop completo (tomada + disjuntor) de sobrepor Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 2 interruptores simples Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 3 interruptores simples Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 interruptor paralelo Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 2 interruptores paralelos Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Pratis Conjunto 4"x2" c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Pratis Conjunto 4"x2" c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Pratis Conjunto 4"x2" c/ 1 tomada de corrente c/ aterramento 2P+T Pial Pratis Conjunto 4"x2" c/ 1 tomada de corrente c/ aterramento 3P Pial Pratis Conjunto 4"x2" c/ 1 tomada de corrente p/ chuveiro elétrico 3P Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para campainha Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para minuteria Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 saída para antena de TV/FM Pial Pratis Suporte padrão 4"x2" Pial Pratis
un
60,00
un
12,84
un
40,24
un
65,90
un
108,23
Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para campainha Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para minuteria Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 saída para antena de TV/FM Pial Plus Suporte padrão 4"x2" Pial Plus
cj
7,17
cj
7,53
cj
13,53
un
1,20
Placa cega 4"x2" Pial Plus
un
2,00
Placa cega 4"x4" Pial Plus Haste de aterramento Copperweld de 5/8"X2,40m com conectores Conjunto 4"x2" com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Plus Cabo telefônico CCI 50 - 1 par
un
4,87
un
19,78
cj
8,65
cj
14,73
cj
11,68
cj
18,60
m
0,24
Cabo telefônico CCI 50 - 2 pares
m
0,45
Cabo telefônico CCI 50 - 3 pares
m
0,77
un
37,73
un
123,50
un
46,33
un
168,15
un
66,10
Cabo telefônico CCI 50 - 4 pares
m
0,91
Cabo telefônico CCI 50 - 5 pares
m
1,14
un
28,90
Cabo telefônico CCI 50 - 6 pares Quadro metálico de embutir para telefone de 20x20x13,5 cm Quadro metálico de embutir para telefone de 30x30x13,5 cm Quadro metálico de embutir para telefone de 40x40x13,5 cm Quadro metálico de embutir para telefone de 50x50x13,5 cm Quadro metálico de embutir para telefone de 60x60x13,5 cm Quadro metálico de embutir para telefone de 80x80x13,5 cm Quadro metálico de embutir para telefone de 120x120x13,5 cm
m
1,54
un
37,75
un
48,39
un
88,50
un
83,56
un
155,99
un
249,99
un
602,50
un
7,07
un
10,55
un
16,66
un
17,08
un
4,64
un
1,09
un
1,20
un
1,23
Curva de PVC soldável para água de 25 mm
un
1,45
Curva de PVC soldável para água de 32 mm
un
3,45
Curva de PVC soldável para água de 40 mm Joelho 90° de PVC L/R para água de 25 mm x 3/4" Joelho 90° de PVC roscável para água de 1/2" Joelho 90° de PVC roscável para água de 3/4" Joelho 90° de PVC roscável para água de 1" Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/4" Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/2" Joelho 90° de PVC roscável para água de 2" Joelho 90° de PVC soldável para água de 20mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 25mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 32mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 40 mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 50 mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 65 mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 75 mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 85 mm Joelho 90° c/visita de PVC soldável para esgoto de 100x50 mm Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 40 mm
un
6,68
un
1,78
un
0,85
un
1,52
un
2,27
un
5,72
un
6,73
un
13,30
un
0,29
un
0,45
un
1,22
un
2,77
un
2,93
un
13,74
un
45,25
un
54,91
un
8,45
un
0,96
un
29,35
cj
4,92
cj
9,84
cj
12,24
cj
6,68
cj
11,79
cj
11,70
cj
9,95
cj
12,65
cj
5,97
cj
10,77
cj
7,38
cj
8,90
cj
10,55
cj
5,15
cj
5,45
cj
10,61
un
0,61
Suporte padrão 4"x4" Pial
un
1,23
Placa cega 4"x2" Pial Pratis
un
1,91
Placa cega 4"x4" Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples Pial Plus Conjunto 4"x2" com 2 interruptores simples Pial Plus Conjunto 4"x2" com 3 interruptores simples Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 interruptor paralelo Pial Plus Conjunto 4"x2" com 2 interruptores paralelos Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Plus Conjunto 4"x2" c/ 1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Plus Conjunto 4"x2" c/ 2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Plus Conjunto 4"x2" com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Plus Conjunto 4"x2" c/ 1 tomada de corrente c/ aterramento 3P Pial Plus Conjunto 4"x2" c/ 1 tomada de corrente p/ chuveiro elétrico 3P Pial Plus
un
4,34
cj
8,00
cj
13,98
cj
18,45
cj
10,36
cj
19,00
cj
16,40
cj
14,33
cj
18,75
cj
7,24
cj
16,13
cj
14,50
cj
11,03
cj
10,50
MATERIAIS HIDRÁULICOS Caixa sifonada de PVC de 100x100x50 mm c/ grelha branca redonda Caixa sifonada de PVC de 100x125x50 mm c/ grelha branca redonda Caixa sifonada de PVC de 150x150x50 mm c/grelha branca redonda Caixa sifonada de PVC de 150x185x75mm c/ grelha branca redonda Ralo sifonado quadrado PVC 100x54x40 mm c/ grelha Adaptador de PVC para válvula de pia e lavatório Bucha de redução longa de PVC soldável para esgoto de 50x40 mm Curva de PVC soldável para água de 20 mm
insumos
Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 50 mm Joelho 45° de PVC soldável para esgoto de 50 mm Junção simples de PVC soldável para esgoto de 100x50 mm Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 3/4" CR/CR Deca Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 1.1/2" CR/CR Deca Registro de gaveta Targa (base 4509+acab. C40 710 CR/CR) 1" Deca Registro de gaveta Bruto B1510 de 1.1/2" Fabrimar Registro de pressão Targa 1416 C40 de 3/4" CR/CR Deca Tê de PVC roscável de 1/2" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 3/4" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 1" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 1.1/4" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 1.1/2" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 2" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 25 mm Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 60 mm Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 75 mm Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 85 mm Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre Tubo de ligação para bacia de 20 cm com anel branco Astra Tubo de PVC roscável de 1/2" CL15 Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC roscável de 3/4" CL15 Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC roscável de 1" CL15 Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 1.1/4" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 1.1/2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 2" CL15 Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC soldável de 20mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 25mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 32mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 40mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 50mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 60mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 75mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 85 mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 40 mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 50 mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 75 mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 100 mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre(vara c/6 m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 150mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Válvula de retenção horizontal com portinhola de 2" Docol
un
1,55
un
1,97
un
9,45
Vedação para saída de vaso sanitário Adesivo para tubos de PVC (tubo com 1 litro) Solução limpadora para tubos de PVC (tubo com 1 litro)
un
4,57
litro
23,32
litro
22,80
59,95
un
89,50
un
42,24
un
48,33
un
62,40
un
1,16
un
1,73
un
4,07
un
9,03
un
11,47
un
18,00
un
0,63
un
17,23
un
30,97
un
50,60
un vara vara vara
4,45 17,42 22,57 48,75
vara
59,27
vara
73,03
vara
114,28
vara
7,63
vara
11,10
vara
23,80
vara
37,59
vara
46,00
vara
74,68
vara
112,33
vara
142,93
vara
20,30
vara
32,87
vara
40,07
vara
52,13
vara
181,88
un
145,50
Pia aço inox lisa c/1,20 m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat Pia aço inox lisa c/1,40 m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat Pia aço inox lisa c/1,80 m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat Pia aço inox lisa c/1,80 m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat Pia aço inox lisa c/2,00 m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat Pia aço inox lisa c/2,00 m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat Cuba em aço inox retangular, de 55x33x14cm, sem válvula, Franke Douat Tanque em aço inox, de 50x40 cm, com válvula, Franke Douat Mictório em aço inox, de 1,50 m, completo, Franke Douat Válvula para pia de aço inox, de 3 1/2"x 1 1/2", Franke Douat
189,60
Textura acrílica (galão)
gl
21,97
lata
95,80
gl
48,29
gl
39,90
gl
62,80
127,95
Esmalte sintético acetinado (galão)
gl
65,17
un
236,44
Esmalte sintético brilhante (galão)
gl
52,77
Tinta à óleo (galão)
gl
41,64
Tinta à óleo para cerâmica (galão)
gl
64,50
Tinta acrílica especial para piso (galão) Tinta acrílica especial para piso (lata c/18 litros) Tinta epoxi: esmalte + catalizador (galão)
gl
31,60
lata
144,00
gl
124,40
Diluente epoxi (litro)
l
15,57
Lixa para parede
un
0,45
Lixa para madeira
un
0,38
Lixa d'água
un
0,96
Lixa para ferro
un
1,92
Estopa para limpeza
kg
4,72
Ácido muriático (litro)
l
4,05
Cal para pintura
kg
0,76
Tinta Hidracor (saco com 2kg) Massa plástica 3 Estrelas (lata com 500gramas)
sc
2,98
lata
5,75
94,47
un
460,63
un
286,55
un
460,95
un
172,45
un
391,95
un
676,95
un
10,62
m
116,87
m
483,20
m
201,20
MATERIAIS PARA INSTALAÇÃO DE ÁGUA QUENTE
m2
63,07
m2
54,00
m2
41,67
m2
68,33
m2
56,67
Tubo de cobre classe "E" de 15mm (vara com 5,00m) Tubo de cobre classe "E" de 22mm (vara com 5,00m) Tubo de cobre classe "E" de 28mm (vara com 5,00m) Tubo de cobre classe "E" de 35mm (vara com 5,00m) Tubo de cobre classe "E" de 54mm (vara com 5,00m)
m
15,50
MATERIAIS SANITÁRIOS
m
23,50
m
58,50
m
18,33
m
29,00
Assento sanitário Village em polipropileno AP30 Deca Assento sanitário almofadado branco TPK/ A5 BR1 Astra Assento convencional branco macio TPR BR1 em plástico Astra Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Azálea branco gelo Celite Conjunto bacia com caixa Saveiro branco Celite Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena branco gelo Deca Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena cinza real Deca Bacia sanitária convencional Azálea branco gelo Celite Bacia sanitária convencional Targa branco gelo Deca Bacia sanitária convencional Izy branco gelo Deca Bacia sanitária convencional Ravena branco gelo Deca Bacia sanitária convencional Ravena cinza real Deca Bacia sanitária convencional Village branco gelo Deca Bacia sanitária convencional Village cinza real Deca Cuba de embutir oval de 49x36cm L37 branco gelo Deca Cuba de embutir redonda de 36cm L41 branco gelo Deca
MATERIAIS DE PINTURA Fundo sintético nivelador branco fosco para madeira (galão) Selador PVA(liqui-base) para parede interna (galão) Selador PVA(liqui-base) para parede interna (lata c/ 18 litros) Selador acrílico para parede externa (galão) Selador acrílico para parede externa (lata c/18 litros) Massa corrida PVA (galão)
51,03
lata
un
un
MÁRMORES Bancada de mármore branco rajado de 60x2 cm Bancada de mármore branco extra de 60x2 cm Bancada de mármore travertino de 60x2 cm Lajota de mármore branco extra de 30x30x2 cm Lajota de mármore branco rajado de 15x30x2 cm Lajota de mármore branco rajado de 30x30x2 cm Lajota de mármore travertino de 30x30x2 cm Lajota de mármore travertino de 15x30x2 cm Rodapé em mármore branco rajado de 7x2 cm Rodapé em mármore travertino de 7x2 cm Soleira em mármore branco extra de 15x2 cm Soleira em mármore branco rajado de 15x2 cm Soleira em mármore travertino de 15x2 cm
gl
Tinta acrílica fosca (lata c/18 litros) Textura acrílica (lata c/18 litros) Impermeabilizante à base de silicone para fachadas (galão) Verniz marítimo à base de poliuretano (galão) Tinta antiferruginosa Zarcão (galão)
MATERIAIS DE INOX
un
Tinta acrílica fosca (galão)
gl
64,57
gl
25,90
lata
113,63
gl
23,00
lata
96,90
gl
11,00
Massa corrida PVA (lata c/18 litros)
lata
30,57
Massa acrílica (galão)
gl
23,20
Massa acrílica (lata c/18 litros)
lata
90,40
Massa à óleo (galão)
gl
42,76
Solvente Aguarrás (galão c/5 litros)
gl
56,80
Tinta latex fosca para interior (galão)
gl
21,40
Tinta latex fosca para interior (lata c/18 litros)
lata
90,97
Tinta latex para exterior (galão)
gl
38,47
Tinta latex para exterior (lata c/18 litros)
lata
164,97
Líquido para brilho regulador (galão) Líquido para brilho regulador (lata c/18 litros)
gl
45,40
lata
225,70
JUN/JUL 2012 |
un
60,69
un
96,82
un
114,33
un
203,25
un
376,78
un
74,95
un
38,40
un
22,06
un
220,54
un
163,90
un
256,58
un
266,45
un
104,65
un
236,83
un
67,68
un
117,95
un
120,60
un
177,35
un
185,75
un
42,90
un
43,95
| 91
insumos Cuba sobrepor retang. Monte Carlo 57,5x44,5cm L40 branco gelo Deca Lavatório suspenso Izy de 43x23,5cm L100 branco gelo Deca Lavatório suspenso Izy de 39,5x29,5cm L15 branco gelo Deca Lavatório c/ coluna Monte Carlo de 57,5x44,5cm L81 branco gelo Deca Lavatório de canto Izy L101 branco gelo Deca Lavatório c/ coluna Saveiro de 46x38cm branco Celite Bolsa de ligação para bacia sanitária BS1 de 1.1/2" Astra Caixa de descarga sobrepor 8 lts. c/engate e tubo ligação Fortilit/Akros/Tigre Chicote plástico flexível de 1/2"x30cm Fortilit/Akros/Amanco/Luconi Chicote plástico flexível de 1/2"x40cm Fortilit/Akros/Luconi Chuveiro de PVC de 1/2" com braço Chuveiro cromado de luxo ref. 1989102 Deca Parafuso de fixação para bacia de 5,5x65mm em latão B-8 Sigma (par) Parafuso de fixação para tanque longo 100mm 980 Esteves (par) Parafuso de fixação para lavatório Esteves (par) Sifão de alumínio fundido de 1" x 1.1/2" Sifão tipo copo para lavatório cromado de 1"x1.1/2" Esteves Sifão de PVC de 1" x 1.1/2" Fita veda rosca em Teflon Polytubes Polvitec (rolo com 12mm x 25m) Tanque de louça de 22 litros TQ-25 de 60x50cm branco gelo Deca Coluna para tanque de 22 litros CT-25 branco gelo Deca Tanque de louça de 18 litros TQ-01 de 56x42cm branco gelo Deca Coluna para tanque de 18 litros CT-11 branco gelo Deca Tanque de louça sem fixação de 18 litros de 53x48cm branco Celite Tanque em resina simples de 59x54cm marmorizado Resinam Tanque em resina simples de 60x60cm granitado Marnol Balcão de cozinha em resina c/1,00x0,50m c/1 cuba marmorizado Marnol Balcão de cozinha em resina c/1,20x0,50m c/1 cuba granitado Marnol Misturador para lavatório Targa 1875 C40 CR/CR Deca Misturador para pia de cozinha tipo mesa Prata 1256 C50 CR Deca Misturador para pia de cozinha tipo parede Prata 1258 C50 CR Deca Torneira para tanque/jardim 1152 C39 CR ref. 1153022 Deca Torneira para lavatório 1193 C39 CR (ref.1193122) Deca Torneira para pia de cozinha Targa 1159 C40 CR Deca Torneira de parede p/pia de cozinha 1158 C39 CR ref. 1158022 Deca Torneira de parede para pia de cozinha Targa 1168 C40 Deca Torneira de mesa para pia de cozinha Targa 1167 C40 Deca Torneira para lavatório Targa 1190 C40 CR/ CR (ref. 1190700) Deca Ducha manual Evidence cromada 1984C CR Deca Válvula de descarga Hydra Max de 1.1/2" ref. 2550504 Deca Válvula cromada para lavatório ref.1602500 Deca Válvula cromada para lavanderia ref. 1605502 Deca Válvula de PVC para lavatório Válvula de PVC para tanque ou pia de cozinha
kg
7,43
Pedra Itamotinga Cavaco
m2
16,00
Bloco de EPS para laje treliçada
m3
206,06
Pedra Itamotinga almofada
m2
18,33
Pedra Itamotinga Corte Manual
m2
20,67
Pedra Itamotinga Serrada
m2
26,00
Pedra granítica tipo Canjicão Almofada Pedra granítica tipo Rachão Regular de 40x40cm Solvente Solvicryl Hidronorte (lata de 5 litros) Resina acrílica Acqua Hidronorte (galão de 3,6 litros)
m2
32,50
m2
27,67
lata
33,00
gl
38,00
m2
37,57
m2
44,56
m2
46,70
m2
22,10
m2
26,75
un
98,25
m2
22,50
un
82,10
m2
24,72
m2
26,82
76,00
un
69,45
PRODUTOS CERÂMICOS
un
55,55
Tijolo cerâmico de 4 furos de 7x19x19cm
mil
386,67
Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm
mil
186,50
un
130,45
Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x15x19cm
mil
318,72
un
71,28
Tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm
mil
407,72
Tijolo cerâmico de 8 furos de 12x19x19cm
mil
474,39
un
49,45
605,00
2,00
mil
400,00
mil
417,50
un
17,22
mil
420,00
un
2,38
mil
700,00
un
3,00
mil
950,00
un
8,73
un
203,30
par
5,80
Tijolo cerâmico de 18 furos de 10x7x23cm Tijolo cerâmico aparente de 6 furos (sem frisos) de 9x10x19cm Tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm Telha em cerâmica tipo colonial (Dantas) - 35un/m2 Telha em cerâmica tipo colonial (Itajá) 32un/m2 Telha em cerâmica tipo calha Paulistinha (Quitambar) - 22un/m2 Telha em cerâmica tipo colonial Simonassi (Bahia) - 28un/m2 Telha em cerâmica tipo colonial Barro Forte (Maranhão) - 25un/m2 Tijolo cerâmico refratário de 22,9x11,4x6,3cm Massa refratária seca Taxa de acréscimo para tijolos paletizados(por milheiro) Bloco de cerâmica de 30x20x9cm para laje pré-moldada
mil
un
par
12,20
par
8,13
un
46,95
un
71,50
un
6,52
un
1,50
un
257,00
un
70,40
un
174,00
un
71,00
un
163,45
un
45,70
un
45,88
un
60,90
un
69,35
mil
720,00
VIDROS
115,63
Vidro anti-reflexo (cortado)
m2
30,40
un
0,16
Vidro liso incolor de 3mm (cortado)
m2
25,53
Vidro liso incolor de 4mm (cortado)
m2
31,73
un
0,17
Vidro liso incolor de 5mm (cortado)
m2
40,43
un
0,15
Vidro liso incolor de 6mm (cortado)
m2
44,73
un
0,31
Vidro liso incolor de 8mm (cortado)
m2
67,92
Vidro liso incolor de 10mm (cortado)
m2
77,15
un
0,52
Vidro laminado incolor 3+3 (cortado)
m2
135,65
Vidro laminado incolor 4+4 (cortado)
m2
171,93
Vidro laminado incolor 5+5 (cortado)
m2
209,52
Vidro bronze de 4mm (cortado)
m2
45,12
Vidro bronze de 6mm (cortado)
m2
70,49
Vidro bronze de 8mm (cortado)
m2
109,50
REVESTIMENTOS DE PEDRAS NATURAIS
181,75
50,00
1,24
153,10
un
mil
un
92,30
175,25
0,72
m2
un
un
kg
Telha de alumínio trapezoidal com 0,5mm Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,5mm Telha de alumínio trapezoidal com 0,4mm Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,4mm
Vidro aramado incolor de 7mm (cortado)
un
55,50
1.285,80
6,02
369,10
un
mil
kg
un
86,85
1.640,00
Prego com cabeça de 2.1/2"x10 Parafuso de 5/16"x300mm em alumínio para fixação de telhas Arruela de alumínio para parafuso de 5/16" Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 5/16" Porca de alumínio para parafuso de 5/16" Parafuso de 1/4"x100mm em alumínio para fixação de telhas Parafuso de 1/4"x150mm em alumínio para fixação de telhas Parafuso de 1/4"x250mm em alumínio para fixação de telhas Parafuso de 1/4"x300mm em alumínio para fixação de telhas Arruela de alumínio para parafuso de 1/4" Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 1/4" Porca de alumínio para parafuso de 1/4" Cerâmica Eliane 10x10cm Camburí White tipo "A" Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo "A" PEI4 Porcelanato Eliane Platina PO(polido) 40x40cm Porcelanato Eliane Platina NA(natural) 40x40cm Cerâmica Portobello Prisma bianco 7,5x7,5cm ref. 82722 Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm ref. 14041 Cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm ref. 82073 Azulejo Eliane Forma Slim Branco BR MP 20x20cm Azulejo liso Cecrisa Unite White 15x15cm tipo "A"
un
mil
5,51
371,80
52,12
TELHAS METÁLICAS
kg
un
un
Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 1,6mm com flash Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm com flash Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm sem flash Piso de borracha pastilhado Plurigoma de 50x50cm para colar
Vidro impresso fantasia incolor de 4mm (cortado) Vidro Canelado incolor (cortado)
REVESTIMENTOS CERÂMICOS
53,88
2.050,00
REVESTIMENTOS VINÍLICOS E DE BORRACHA
Prego com cabeça de 1.1/4"x14
230,10
un
mil
PREGOS E PARAFUSOS
un
un
0,71
un
0,92
un
0,17
un
0,12
Vidro bronze de 10mm (cortado)
m2
139,59
un
0,10
Vidro cinza de 4mm (cortado)
m2
38,34
Vidro cinza de 6mm (cortado)
m2
65,86
Vidro cinza de 8mm (cortado)
m2
89,81
Vidro cinza de 10mm (cortado)
m2
109,16
Espelho prata cristal de 3mm (cortado)
m2
57,66
Espelho prata cristal de 4mm (cortado)
m2
84,54
Espelho prata cristal de 6mm (cortado) Vidro temperado de 10mm incolor sem ferragens (cortado) Vidro temperado de 10mm cinza sem ferragens (cortado) Vidro temperado de 10mm bronze sem ferragens (cortado) Tijolo de vidro 19x19x8cm ondulado
m2
130,39
m2
102,60
m2
126,31
m2
134,71
un
10,01
Junta de vidro para piso
m
0,40
Massa para vidro
kg
1,30
Armador
h
5,06
Azulejista
h
5,06
m2
17,52
m2
14,45
m2
36,24
m2
31,66
m2
23,65
m2
28,73
m2
21,65
m2
17,17
m2
16,41
MÃO DE OBRA
Pedra Ardósia cinza de 20x20cm
m2
12,33
Calceteiro
h
5,06
Pedra Ardósia cinza de 20x40cm
m2
13,33
Carpinteiro
h
5,06
un
146,95
un
25,25
Pedra Ardósia cinza de 40x40cm
m2
14,67
Eletricista
h
5,06
Pedra Ardósia verde de 20x20cm
m2
21,03
Encanador
h
5,06
un
37,85
Pedra Ardósia verde de 20x40cm
m2
26,33
Gesseiro
h
5,06
un
1,94
Pedra Ardósia verde de 40x40cm
m2
26,42
Graniteiro
h
5,06
Pedra Itacolomy do Norte irregular
m2
15,33
Ladrilheiro
h
5,06
Pedra Itacolomy do Norte serrada
m2
26,00
Marceneiro
h
5,06
Pedra São Thomé Cavaco
m2
33,00
Marmorista
h
5,06
un
2,33
OUTROS
92 |
Cola branca (pote de 1 kg)
un
Corda de nylon de 3/8"
kg
13,78
Pedra Cariri serrada de 30x30cm
m2
16,33
Pastilheiro
h
5,06
Tela de nylon para proteção de fachada Bucha para fixação de arame no forro de gesso Pino metálico para fixação à pistola com cartucho Cola Norcola (galão com 2,85kg)
m2
3,82
Pedra Cariri serrada de 40x40cm
m2
17,00
Pintor
h
5,06
Pedra Cariri serrada de 50x50cm
m2
17,67
Serralheiro
h
5,06
Pedra sinwalita de corte manual
m2
20,33
Telhadista
h
5,06
Pedra Sinwalita serrada
m2
27,00
Vidraceiro
h
5,06
Pedra portuguesa (2 latas/m2)
m2
15,56
Pedreiro
h
4,11
Servente
h
3,09
| JUN/JUL 2012
kg
4,03
un
0,56
gl
33,63
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| 93
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