ano XIII | nº 62 | abr/mai 2012 | www.construirnordeste.com.br
arquitetura | tecnologias | mercado | índices | preços de insumos | custos de serviços
MARANHÃO
PAC RIO ANIL REDESENHA SÃO LUÍS
R$ 12,90 | € 5,60
RCN Editores Associados
Um dos Estados que mais recebem investimentos no Nordeste ganha obras de mobilidade
Entrevista
Aguinaldo Ribeiro, ministro das Cidades: tudo ao mesmo tempo agora
Mercado imobiliário
Novos bairros planejados nascem a partir de condomínios em Pernambuco
VIDASUSTENTÁVEL
Telhados verdes levam a natureza às alturas
SUMÁRIO DIA A DIA NA OBRA
CAPA | 66
MARANHÃO GANHA OBRAS PARA NÃO PARAR
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A cearense Diagonal constrói a política da segurança ARQUITETURA & INTERIORES
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Antônio Caramelo coloca a Bahia na vanguarda da sustentabilidade
42 Hospital da Unimed, no Recife, alia ARQUITETURA & INTERIORES conceitos de hotel às normas de saúde 42 Hospital da Unimed, no Recife, alia TECNOLOGIA conceitos de hotel às normas de saúde 72 Pisos inovadores para áreas de alto TECNOLOGIA tráfego 72 Pisos inovadores para áreas de alto ECONOMIA & NEGÓCIOS tráfego 74 Desenvolvimento leva mercado a ECONOMIA NEGÓCIOSem Pernambuco criar bairros&planejados 74 Desenvolvimento leva mercado a SÉRIEbairros INFRAESTRUTURA criar planejados em Pernambuco ENTREVISTA | 20 Aguinaldo Ribeiro O ministro das Cidades tem mais trabalho que recursos
80 Complexo de Suape adianta SÉRIE INFRAESTRUTURA demandas do seu plano diretor 80 Complexo de Suape adianta demandas do seu plano diretor SEÇÕES SEÇÕES 18 PALAVRA 18 24 PALAVRA RESPONSABILIDADE SOCIAL 24 26 RESPONSABILIDADE DIA A DIA NA OBRA SOCIAL 26 DIA A DIA NA OBRA 28 PAINEL CONSTRUIR 28 32 PAINEL VITRINECONSTRUIR 32 VITRINESE FAZ 64 COMO 54 BOAS PRÁTICAS 87 INSUMOS 64 SE FAZ 93 COMO ONDE ENCONTRAR 87 INSUMOS 93 ONDE ENCONTRAR
COLUNAS 16 SHARE – Asaph Sabóia 30 TRENA – Etiene Ramos 46 CONSTRUIR DIREITO 44 D&A – Ricardo Castro 52 VISTO DE PORTUGAL – Renato Leal 78 INDICADORES IVV – André Freitas 83 CONSTRUIR ECONOMIA – Mônica Mercês
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VIDASUSTENTÁVEL | 56 ENTREVISTA O deputado federal Alfredo Sirkis fala da Rio + 20 50 Eu Digo 54 Boa Práticas 58 Capa
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CARO LEITOR
Caro leitor, A Construir NE vai ampliando seu voo na região que mais cresce no Brasil. Na capa desta edição, a reportagem da editora assistente Cristina França mostra o impulso que a capital do Maranhão, São Luís, vai ganhar com a conclusão das obras do PAC Rio Anil. Moradia, mobilidade e ação para melhorar a vida de pelo menos 150 mil pessoas. Tudo com a participação dos moradores, mostrando que o social não foi aterrado. Na sequência da série sobre infraestrutura, mostramos as mudanças que o plano diretor do Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco, trará para um dos maiores polos de desenvolvimento econômico do país. A proposta é manter o crescimento com sustentabilidade, tema mais do que recorrente para o urbanismo moderno. É com esse foco que trazemos a entrevista do deputado federal Alfredo Sirkis (PV/RJ), presidente da subcomissão da Rio + 20 e da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, no caderno Vida Sustentável. Ele mostra que defenderá, na conferência que acontece em junho, no Rio de Janeiro, suas ideias sobre cidades mais viáveis e sustentáveis. Por aqui, a Construir NE, em parceria com o Sinduscon/PE e o Governo de Pernambuco, continua promovendo as propostas sustentáveis para a construção civil com o Movimento Vida Sustentável, que trouxe, em abril, o especialista em energia solar Carlos Café para falar de soluções com empresários e outros atores da sociedade. Na entrevista especial, o ministro das Cidadses, o deputado federal paraibano Aguinaldo Ribeiro revela grandes investimentos para tratar das principais questões da sua pasta, tais como mobilidade, habitação e ainda as obras para a Copa 2014. Tudo ao mesmo tempo! Nas seções de Tecnologia e Arquitetura, mostramos as novidades para ambientes de alto tráfego, que precisam de pisos de alta performance, e o que os hospitais estão fazendo para manter um ambiente acolhedor e saudável com a ajuda de arquitetos. A reportagem especial de arquitetura vem da Bahia. Nosso correspondente Pacheco Maia Filho apresenta as inovações com viés ambiental que o arquiteto Antônio Caramelo está trazendo para o Nordeste, inclusive o primeiro empresarial da região com o Selo de Alta Qualidade Ambiental (Aqua) do Green Building do Norte/ Nordeste. Nossa reverência à natureza, que vem reconquistando seu espaço com a consciência empresarial da preservação, aliada ao desenvolvimento da construção sustentável.
Boa leitura.
Elaine Lyra
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EXPEDIENTE Diretora Geral Elaine Lyra
RCN Editores Associados
Conselho Editorial Adriana Cavendish, Alexana Vilar, Augusto Santini, Bruno Ferraz, Celeste Leão, Clélio Morais, Eduardo Moraes, Elaine Lyra, Haroldo Azevedo, Professor Joaquim Correia,José G. Larocerie, Mário Disnard, Renato Leal, Ricardo Leal, Risale Neves, Serapião Bispo e Carlos Valle. Conselho Técnico Professores: Alberto Casado, Alexandre Gusmão, Arnaldo Cardim de Carvalho Filho, Cezar Augusto Cerqueira, Béda Barkokébas, Eder Carlos Guedes dos Santos, Eliana Cristina Monteiro, Emília Kohlman, Fátima Maria Miranda Brayner, Kalinny Patrícia Vaz Lafayette, Simone Rosa da Silva, Stela Fucale Sukar, Yêda Povoas PUBLISHER | Elaine Lyra elainelyra@construirnordeste.com.br EDITORA EXECUTIVA | Etiene Ramos etieneramos@construirnordeste.com.br EDITORA ASSISTENTE | Cristina França cristina@construirnordeste.com.br REPORTAGEM Recife | Cristina França | Asaph Sabóia Ceará | Hugo Renan Nascimento Bahia | José Pacheco Maia Filho COLUNISTAS Danielle Monteiro| Mônica Mercês| Renato Leal | Ricardo Castro REVISÃO DE TEXTO | Betânia Jerônimo FOTOGRAFIA | Alexandre Albuquerque | José Alves | Divulgação DIAGRAMAÇÃO E ILUSTRAÇÃO | Samuca PUBLICIDADE Tatiana Feijó | tatiana@construirnordeste.com.br Pollyanny Chateaubriand | pollyanny@construirnordeste.com.br construir@construirnordeste.com.br Portal Construir NE | www.construirnordeste.com.br Twitter: @Construir_NE Facebook: Construir Nordeste REPRESENTANTES PARA PUBLICIDADE CEARÁ NS&A – Aldamir Amaral +55 85 3264.0576 | +55 85 3264.0576 | nsace@nsaonline.com.br SANTA CATARINA | NS&A SC Ana Luisa +55 48 9981.9588 | analuisa@nsaonline.com.br RIO DE JANEIRO | AG MAIS Aílton Guilherme +55 21 2233.8505 | +55 21 8293.6198 | ailton.agmais@yahoo.com.br SÃO PAULO | NS&A Demetrius Sfakianakis +55 11 3255-2522 | demetrius@mobrasil.com.br RIO GRANDE DO SUL | Everton Luis +55 51 9986-0900 | paranhama@terra.com.br PORTUGAL - B4- Business Consulting & Investiments - Renato Leal 351 210329111 | renato.leal@b4.com.pt ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO | Ebénezer Rodrigues rodrigues@construirnordeste.com.br SECRETÁRIA EXECUTIVA | Pollyanny Chateaubriand pollyanny@construirnordeste.com.br ASSINATURAS E DISTRIBUIÇÃO | Tatiana Feijó tatiana@construirnordeste.com.br ENDEREÇO E TELEFONES Av. Domingos Ferreira, 890 sala 704 – Boa Viagem – Recife - PE +55 81 3038 1045 / 3038 1046
AGENDA
CARTAS
Meu edifício está muito degradado e o consultor que contratei me falou que precisaria fazer um projeto de reabilitação. O que realmente contém um projeto como este? Um projeto de reabilitação para estruturas de concreto armado define as intervenções mais adequadas, a serem executadas para cada caso, com o máximo de detalhamento possível, e especifica também o sistema de proteção para, depois de realizada a intervenção, garantir uma durabilidade maior para a reabilitação. Uma das coisas principais desse projeto é definir os prazos para as intervenções e, principalmente, a escala de prioridades, já que muitas vezes a estrutura está apresentando problemas sérios, que poderiam levar ao colapso. Na verdade, esse é um documento imprescindível para a obtenção de orçamentos adequadamente balizados entre as empresas de execução dos serviços. *Profa. Dra. Eliana Barreto Monteiro PEC/Poli/UPE
Como os construtores podem implementar a reutilização de resíduos da construção civil nos canteiros de obras? (Clarissa Alcântara, estudante de Engenharia Civil - UPE/Poli - 4º período) Uma gestão diferenciada dos Resíduos da Construção e Demolição (RCD) traz opções para os construtores que vão além da simples reutilização desses materiais. Lembremos que a reutilização pode ser definida como o emprego de uma dada peça – uma porta, por exemplo – em outra obra sem que, para isso, ela tenha passado por um processo de beneficiamento. Uma gestão eficiente proporciona também redução e reciclagem de RCD. A redução ocorre por meio da otimização de projetos e processos construtivos dentro do canteiro de obras. Com isso, tem-se a diminuição do desperdício de insumos e, consequentemente, do volume gerado de RCD. A terceira opção consiste na reciclagem. Os resíduos que inevitavelmente foram gerados no canteiro de obras podem ser destinados para usinas de reciclagem, de acordo com as suas classes (A, reutilizáveis como agregados; B, recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papéis, madeira etc). Após o processo de beneficiamento, os Resíduos de Construção e Demolição Reciclados (RCD-R) podem ser aplicados na construção civil, substituindo os agregados naturais na execução de pavimentos, fabricação de blocos de concreto, construção de estruturas de solo reforçado, entre outras opções. *Prof. Dr. Éder Carlos Guedes dos Santos PEC/Poli/UPE
Redesign 2012 Data: 24 e 25 de maio de 2012 Local: World Trade Center - São Paulo/SP www.redesign2012.com.br M&T Expo 2012 – 8ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção e 6ª Feira Internacional de Equipamentos para Mineração Data: 29 de maio a 2 de junho de 2012 Local: Centro de Exposições Imigrantes São Paulo/SP www.mtexpo.com.br Sobratema Congresso Data: 30 de maio a 1 de junho de 2012 Local: Centro de Exposições Imigrantes São Paulo/SP www.sobratemacongresso.com.br Construmetal 2012 Data: 14, 15 e 16 de agosto de 2012 Local: Frei Caneca Shopping & Convention Center - São Paulo/SP www.abcem.org.br/construmetal/ 6º Fórum Urbano Mundial Data: 1 a 7 de setembro de 2012 Local: Nápoles - Itália www. www.unhabitat.org Construir Bahia – Feira Internacional da Construção Data: 12 a 15 de setembro de 2012 Local: Centro de Convenções da Bahia - Salvador/BA www.feiraconstruir.com.br/bahia 30th International NO-DIG 2012 São Paulo Data: 12 a 14 de novembro de 2012 Local: Transamérica Expo Center - São Paulo/SP www.nodigsaopaulo2012.com.br
CARTAS Avenida Domingos Ferreira, 890/704, - Empresarial Domingos Ferreira Pina | Recife | PE | CEP: 51 011-050
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ATENDIMENTO AO LEITOR faleconosco@contruirnordeste.com.br Tel: + 55 81 3038-1045 e 81-3038-1046 Segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h
REDAÇÃO/SUGESTÕES DE PAUTAS redacao@construirnordeste.com.br Avenida Domingos Ferreira, 890, sala 704, Empresarial Domingos Ferreira Pina | Recife | PE | CEP: 51 011-050
SHARE
CARUARU: CALÇADAS EM DEBATE Asaph Sabóia
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aruaru, a capital do Agreste pernambucano, recebeu, no dia 24 de maio, a segunda edição do Fórum Construir. Com o tema “Cidade mais bonita, cidade cidadã”, o evento, no Teatro Difusora, teve recorde de público e cobertura completa do Portal Construir NE e das mídias digitais. Caruaru, a 130 quilômetros do Recife, tem mais de 300 mil habitantes e experimenta um forte crescimento econômico, sendo polo do setor de confecção de Pernambuco. Engenheiros, arquitetos, professores, políticos e um grande número de estudantes (Caruaru conta com cinco instituições de Ensino Superior) debateram o tema Calçadas, com ênfase na mobilidade urbana. A arquiteta e urbanista Ângela Carneiro Cunha, consultora em Acessibilidade, ressaltou a importância das leis no processo de criação
de uma cidade para todos. O engenheiro Antônio Valdo, diretor de Manutenção Urbana do Recife, compartilhou as experiências que ocorreram na cidade, devido a mudanças nas calçadas. Esnandes Quirino, representante da Associação de Portadores de Deficiência de Caruaru (Apodec), destacou a participação das pessoas com mobilidade reduzida em debates deste tipo. “Foi muito importante podermos participar deste fórum. É uma parceria importante para termos uma cidade mais acessível”, disse. A cobertura feita pelo Portal Construir NE contou com o reforço da TV Criativa (www.tvcriativa.com), que transmitiu on-line todo o evento. O Portal Construir NE não para de crescer. Em maio de 2012, registou recorde de acessos, com um aumento aproximadamente de 600% em nossos page views.
ALTERNATIVAS Eduardo Moraes, engenheiro e gerente do Norte/Nordeste da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), apresentou tecnologias para pavimentação de calçadas, a exemplo do ladrilho hidráulico e da placa de concreto. Na apresentação, Moraes deu ênfase ao piso intertravado, de manutenção fácil e elevada resistência ao tráfego de pessoas e veículos. “A utilização dessa técnica cumpre os requisitos de qualidade, segurança e beleza do passeio público”, afirmou. Moraes acentuou a versatilidade, durabilidade e custo do piso intertravado. “Além de tudo, tem a grande vantagem de ser facilmente removido e recolocado para intervenções no subsolo, sem desperdícios. Ou seja, é uma das melhores opções para uma cidade como Caruaru”, acrescentou.
MAIS EXPERIÊNCIAS POSITIVAS A Prefeitura de São José dos Campos, em São Paulo, tem um trabalho interessante em relação às calçadas do município. Veja vídeo no site da Urbanizadora Municipal (Urbam), sociedade de economia mista fundada em 1973. Acesse www.urbam.com.br.
RESULTADOS IMEDIATOS Confirmando a importância do debate na transformação dos espaços públicos, tivemos a informação oficial da administração do Shopping Difusora, onde está localizado o teatro que recebeu o Fórum Construir Caruaru 2012, que obras de acessibilidade foram iniciadas em caráter de emergência - o palco do teatro vai ganhar rampa de acesso.
Acesse: www.construirnordeste.com.br Escreva: faleconosco@construirnordeste.com.br Siga-nos (Twitter): @Contruir_NE Compartilhe nossa fan page no Facebook
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PALAVRA
PERNAMBUCO – INFRAESTRUTURA PARA O DESENVOLVIMENTO João Recena
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âmara Cascudo dizia que “o Brasil não tem problemas, só soluções adiadas”. Como exemplo, resolver as mazelas dos portos do Brasil é só uma solução adiada. Problema mesmo é conviver com o sistema de castas da Índia. Quais são, então, as soluções adiadas mais importantes do Brasil? Nove entre dez brasileiros acreditam que uma é o investimento em educação. Quais seriam as outras? Reduzir o Custo Brasil, controlar a corrupção, garantir o crédito e o que mais? Talvez dez entre dez acreditem que o país tem que investir em infraestrutura. Aí está o exemplo de Suape. Desde que, em 9 de março de 1535, Duarte Coelho Pereira, acompanhado de dona Brites, chegou a essas terras para desenvolver a “valerosa” capitania de Pernambuco, pouca coisa foi planejada e realizada que se equipare em importância a este porto. Refinaria, estaleiro, polo petroquímico, Fiat, nada disso viria para cá se não fosse Suape. E conforme o seu plano diretor, Suape deve nos atender ainda por muitas décadas. Para isso, será necessário investir algo da ordem de R$ 2,5 bilhões em canais e berços de atracação. Vem aí um segundo terminal de contêineres e, em seguida, os terminais de minérios e grãos. O terminal de granéis líquidos, para atender à refinaria, já está pronto, caso raro em que a infraestrutura ficou disponível antes de se tornar um gargalo para a produção. Para continuar com as estatísticas, nove entre dez brasileiros acreditam que houve um complô das montadoras de ônibus e caminhões contra a construção de ferrovias. Mas a verdade é que o país ainda vai ter que investir muito em estradas. É o caso do Arco Metropolitano, um novo contorno viário do Recife, uma das obras mais importantes para a região. E seria importante liberar o emprego das atuais linhas férreas urbanas para o transporte de passageiros, adequando a malha ferroviária de modo a permitir a
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transferência do centro de cargas ferroviário do Cais José Estelita para Suape. Em termos aeroportuários, o Guararapes é muito bem localizado e ainda pode servir à Região Metropolitana do Recife por mais algum tempo, mas não muito. Em breve, sua estação de passageiros estará saturada e precisará de expansão, o mesmo ocorrendo com o setor de cargas. O aeroporto só tem uma pista e a construção da segunda exigiria a transferência da base aérea para outro sítio. O Guararapes poderia reter o tráfego de passageiros e exportar a base aérea e a movimentação de cargas. Natal está construindo o seu segundo aeroporto e o Ceará almeja construir um aeroporto de cargas junto a Pecém. Não podemos nos arriscar a ficar para trás. Resta ainda desenvolver a malha aeroportuária do interior. Em matéria de ferrovia, vem aí a Transnordestina. Deve ficar pronta em um ou dois anos. Vai ligar, como se sabe, a região de plantio de grãos, no sul do Piauí e Maranhão, com Suape e Pecém. Falta pensar melhor sobre a sua exploração econômica. Um trem de soja, milho e gesso, passando lotado ao longo de todo o Estado de Pernambuco, não vai fazer muito efeito. Esse trem terá que parar em plataformas logísticas que permitam receber grãos oriundos da hinterland e cargas, tais como fertilizantes e combustíveis, do porto. Só como exemplo, sempre se disse que o Agreste e o Sertão têm uma grande vocação para a produção avícola e a pecuária leiteira. Um dos gargalos é o suprimento de ração. Até há pouco tempo, o Nordeste não produzia proteína. Agora produz no Piauí e Maranhão. E a distribuição de ração barata ao longo da
Transnordestina pode ser um grande alento para a avicultura e a produção leiteira. Em termos ferroviários, o que mais se pode pretender? Por exemplo, conectar a Transnordestina à ferrovia norte-sul e à hidrovia do São Francisco. A norte-sul está planejada para se tornar o backbone do sistema ferroviário nacional. Estar conectado a ela pode ser fundamental. A outra ligação do Nordeste com o Sul, através das linhas de bitola métrica antigas, vai depender de planos que considerarão interesses da Bahia, de Minas Gerais e do Sul. Vai ser difícil defendermos sozinhos esse investimento. Para o deslocamento de cargas em paralelo ao litoral, talvez tenha mesmo é que se investir em navegação de cabotagem, no que estamos bastante atrasados. Mas porto, mais uma vez, já temos. Pernambuco tem agora a chance de desenvolver diversos sistemas de abastecimento d’água, a partir da transposição do São Francisco. No oeste, em conjugação com o Canal do Sertão, podem-se implantar 50.000 novos hectares irrigados. Na área de influência do ramal leste da transposição, será possível instalar a adutora do Agreste, uma das maiores obras hídricas para abastecimento humano já planejada no país, bem como concluir a adutora do Pajeú, recuperar o perímetro irrigado de Ibimirim e implantar mais 6.000 hectares irrigados na região. Para concluir, Mário de Andrade, em Macunaíma, afirmava que “muita saúva, pouca saúde, os males do Brasil são”. Adotando o viés positivo, poderíamos dizer que promover a educação de qualidade, conter a corrupção, garantir o crédito e investir em infraestrutura, as prioridades do Brasil são. É difícil duvidar desta receita. João Recena é diretor da Projetec, professor do Departamento de Engenharia Civil da UFPE, foi secretário de planejamento do Governo Miguel Arraes
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ENTREVISTA
MINISTÉRIO DAS CIDADES VAI INVESTIR R$ 200 BILHÕES ATÉ 2014 O ministro das Cidades, o paraibano Aguinaldo Ribeiro, é mais um nordestino no governo federal a tocar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas com uma missão mais abrangente: arregimentar forças para atender às grandes demandas dos municípios brasileiros por moradia, saneamento, mobilidade e transporte urbano. Tudo para ontem! O Brasil corre na reforma das suas cidades praticamente no último minuto do segundo tempo, diante da proximidade da Copa do Mundo de 2014 e dos grandes investimentos econômicos que demandam ampliação da infraestrutura. São problemas que, se não resolvidos, criarão outros, maiores. Os recursos, segundo ele, podem chegar a R$ 200 bilhões até 2014, mas ainda são insuficientes para atender os prefeitos brasileiros. Administrador e engenheiro civil formado na Paraíba, o ministro, que deixou a Câmara Federal para assumir o cargo em fevereiro deste ano, tem muito trabalho pela frente. Nesta entrevista à Construir NE, ele deixa claro que não vai ser só no Nordeste. Os bons projetos serão priorizados em todo o país. Etiene Ramos
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ENTREVISTA
Déficit habitacional, de saneamento, mais carros nas ruas e, consequentemente, mais problemas de mobilidade continuam como grandes problemas urbanos no Brasil. Diante de tantas urgências nestes setores, qual ou quais serão prioridades do Ministério das Cidades em 2012? O Ministério das Cidades desenvolve alguns projetos para melhorar a qualidade de vida da população brasileira. A previsão de investimentos até 2014 é de R$ 199,7 bilhões em saneamento, habitação e mobilidade urbana. Na área de habitação, o Programa Minha Casa Minha Vida tem como meta construir 2,4 milhões de moradias, um investimento de 125,7 bilhões nesse período. Além de oferecer moradia digna à população de baixa renda, o programa gera empregos e renda. Desde 2009, quando foi criado, o MCMV contratou 1,6 milhão de moradias. Em fevereiro de 2007, o Governo Federal lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Saneamento. Na primeira fase do programa, houve investimento de R$ 40 bilhões até 2010, recurso repassado aos Estados e municípios responsáveis pela execução das obras. Entre elas, abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais, saneamento integrado, manejo de resíduos sólidos, desenvolvimento institucional, além de estudos, projetos e planos de saneamento. Para este ano, o investimento previsto é de R$ 2,64 bilhões. Na área de Transporte e da Mobilidade Urbana, o PAC Mobilidade Grandes Cidades tem novos projetos de metrô, Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e corredores de ônibus, que irão beneficiar os moradores de cidades com população acima de 700 mil habitantes. Do total de R$ 32 bilhões investidos, já foram anunciados mais recursos para os metrôs de Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Salvador (BA), Fortaleza (CE) e a melhoria dos sistemas de transporte público do Recife (PE) e do Rio de Janeiro (RJ). O Ministério das Cidades também desenvolve o Programa Gestão de Áreas de Risco e Respostas a Desastres Naturais. Os recursos não são para ações emergênciais, mas para prevenção. Neste ano, serão investidos R$ 404.723,893. Quanto será destinado para as prioridades escolhidas este ano?
Para o ano de 2012, o Ministério das Cidades pretende investir em seus principais programas R$ 17,4 bilhões, sendo R$ 2,64 bilhões para o PAC Saneamento, aproximadamente R$ 405 milhões no PAC Contenção de Riscos, R$ 4 bilhões no PAC Mobilidade e, ainda, R$ 11 bilhões no Programa Minha Casa, Minha Vida. Com a presença de um ministro paraibano, o Nordeste pode ter mais esperança de avançar nas questões urbanas? O Ministério das Cidades prioriza os bons projetos, independente da região/estados e opção partidária dos seus governantes. A seleção das propostas do Programa Minha Casa Minha Vida para municípios de até 50 mil
R$ 600 milhões já foram contratados para contenção de encostas
habitantes priorizou as regiões com maior déficit habitacional e índice de pobreza. Por isso, das 107.348 moradias previstas para esta etapa, 60.287 serão construídas no Nordeste, com subsídio de R$ 25 mil cada, somando investimento de R$ 1,5 bilhão. Também há investimentos de R$ 11,54 bilhões até 2014 em projetos de metrô, VLT e BRT no Nordeste, recursos do PAC Mobilidade Grandes Cidades, lançado pela presidenta Dilma Roussef, no último dia 24 de abril. Já na área de saneamento, a previsão de investimento, neste ano, é de R$ 624 milhões. Nas obras de contenção de encostas, os recursos são de R$ 1 bilhão, sendo que R$ 600 milhões já foram contratados. O crescimento da construção civil em todo o Brasil impulsiona a economia, mas traz a tona impedimentos e dificuldades dos construtores que esbarram em muitas
exigências legais – tanto antigas quanto novas. O Ministério das Cidades tem alguma ação para resolver estas questões? Nem o Ministério das Cidades, nem as construtoras, podem agir em desacordo com a legislação vigente. O Ministério das Cidades promete ampliar a interface com prefeitos de todo o Brasil. Hoje, eles estão preparados para receber os recursos disponíveis que podem ajudar na construção ou reestruturação de moradias, sistemas de saneamento e soluções para mobilidade? O Ministério das Cidades está à disposição dos prefeitos e gestores municipais para tirar dúvidas técnicas e legais na elaboração de projetos para acesso aos programas da pasta. O que o Ministério planeja para ampliar a participação dos prefeitos na obtenção de recursos? Será criada a “Sala das Prefeituras”, com o objetivo de ampliar o contato com essas autoridades. Nela, os prefeitos e seus assessores poderão obter mais informações sobre o repasse de recursos do MinCidades para os municípios. Além disso, lançamos em João Pessoa, na Paraíba, em maio, o Seminário Cidades em Cidades – Integração para o Desenvolvimento com o objetivo de informar como os Estados e municípios podem ter acesso aos programas do ministério. Os próximos estão previstos para acontecer em Alagoas e Piauí. A demanda por recursos é maior do que a disponível ou há sobras de caixa por falta de projetos adequados às exigências de convênios? Assim que tomei posse no Ministério das Cidades, em fevereiro, iniciei uma série de estudos para colocar em prática medidas que possam aumentar a execução orçamentária do ministério. A demanda é sempre maior que o volume de recursos disponível. Os projetos de qualidade terão acesso a estes recursos. Mobilidade é um dos assuntos que mais se discutem no momento, quando grandes
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apoiada pelo Ministério das Cidades para obras de mobilidade ou de saneamento?
De 7 de julho a 3 de de dezembro não serão liberados recursos
capitais enfrentam congestionamentos diários e procuram soluções para evitar mais problemas na Copa 2014. Houve preparação para esta realidade ou o governo está trocando o pneu com o carro andando para resolver os problemas de mobilidade? As obras da Copa do Mundo passaram a ser discutidas pelos governos estaduais, municipais e federal desde a definição pela Fifa das cidades sedes dos jogos, em maio de 2009. Foi criada uma Matriz de Responsabilidade em que obras de mobilidade urbana ficaram a cargo dos Estados e municípios. O Governo Federal abriu linha de crédito exclusiva para financiamento dessas obras na Caixa. Vamos iniciar, ainda este mês, visitas às cidades sedes da Copa 2014 para verificar como a equipe técnica do Ministério das Cidades poderá colaborar para o andamento das obras. As PPPs podem ser uma alternativa
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O Ministério das Cidades não trabalha com Parcerias Público Privadas. Os recursos do ministério são repassados para a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil para execução das obras, conforme propostas dos Estados e municípios. As PPPs são feitas pelos entes estaduais e municipais e as empresas privadas. Construtores reclamam da morosidade da Caixa Econômica Federal para liberar projetos do Minha Casa Minha Vida. Como o Governo pode agilizar os processos? Já fizemos várias reuniões com a direção da Caixa e, em breve, anunciaremos novas medidas para acelerar a liberação de recursos para as obras do programa Minha Casa Minha Vida. Estamos num ano eleitoral, quando muitos políticos procuram executar projetos às pressas a fim de se reelegerem ou favorecer seus candidatos com inaugurações de obras. Como o Ministério das Cidades pode evitar que isto aconteça sem parecer que faz retaliações a aliados ou à oposição? Como havia dito anteriormente, o Ministério das Cidades apoia quem apresenta bons projetos, independente de partido político. Estamos preocupados em fazer uma gestão
produtiva para beneficiar toda a população. A Lei nº 9.504/97, conhecida como Código Eleitoral, determina a suspensão do repasse de recursos para os municípios e Estados três meses antes e três meses depois das eleições. O ministério cumprirá a lei. Portanto, a partir do dia sete de julho até o dia três de dezembro não serão liberados recursos. A sustentabilidade é outro tema que vem ganhando espaço com a evolução de sistemas construtivos e do arcabouço legal. Como o Ministério das Cidades atua para desenvolver uma postura sustentável na construção? No programa Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, são desenvolvidas ações para garantir a sustentabilidade, como provisão habitacional em consonância com os planos diretores municipais. Tudo para garantir a sustentabilidade social, econômica e ambiental aos projetos, de maneira integrada a outras intervenções ou programas da União e demais esferas de governo. Também há a promoção de condições de acessibilidade a todas as áreas públicas e de uso comum. Temos como exemplo, a disponibilidade de unidades adaptáveis ao uso por pessoas com deficiência, mobilidade reduzida e idosos, além do atendimento às diretrizes do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). Esse programa diz respeito à promoção da qualidade, produtividade e sustentabilidade na área habitação.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
CASA DA CRIANÇA APOIA EXPANSÃO DA LAR ESPERANÇA O
projeto Casa da Criança, em parceria com o governo do Japão, apoia a reforma e expansão da creche Lar Esperança, na comunidade da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco. Diante da extrema necessidade de uma reforma da instituição e da dificuldade para levar arquitetos voluntários para uma área de difícil acesso, foi viabilizado o projeto arquitetônico, sendo ele apresentado ao consulado japonês, dando início à virtuosa parceria. A reforma da creche foi aprovada no edital de Assistência a Projetos Comunitários e de Segurança Humana (APC), um programa do governo do Japão destinado a auxiliar, com financiamento a fundo perdido, entidades que atuam no desenvolvimento de atividades de atendimentos das necessidades humanas básicas. Com isso, a creche recebeu, em março, uma doação de R$ 173.500,00 para custear parte da reforma da ala educacional. “O escritório consular do Japão no Recife sente-se muito satisfeito pela concretização desse apoio. A entidade vem realizando um importante trabalho de acolhimento e educação de crianças muito carentes da comunidade de Muribeca, pela necessidade de provê-la de um espaço mais adequado para o bem-estar e o desenvolvimento das crianças atendidas”, afirma o cônsul Tadayoshi Mochizuki. A obra contará com as empresas parceiras da Casa da Criança na doação de produtos necessários à humanização, além do importante apoio do empresário Eduardo Vieira, que ajuda na gestão da instituição desde
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2008. “O sonho é antigo, transformá-lo em realidade só foi possível, em primeiro lugar, pelo exemplo de vida e luta de Dona Cristina, e também pela colaboração de muitos que ajudaram de diferentes formas, que sempre se lembram de ajudar as crianças, viabilizando o sonho de um futuro melhor”, comenta Eduardo. Desde 2009, a creche é apoiada pelo Programa Cia dos Anjos, da Casa da Criança, realizando treinamento e capacitação para profissionalizar e oferecer maiores oportunidades às crianças nas áreas de educação, saúde, lazer, arte e cultura. A instituição é mantida pelos esforços de Cristina Rodrigues, com o apoio de diversos empresários. Crianças da Muribeca ganham ajuda do Japão
Do lixão à educação “Desde que conheci Dona Cristina e o seu esforço para atender àquelas crianças tão carentes, ciente de que graças à iniciativa dela muitas foram retiradas do lixão, tive certeza que aquele lugar merecia todo o nosso empenho, no sentido de contribuir com a qualidade do atendimento oferecido. Esse é um momento de grande emoção. O consulado do Japão está proporcionando um grande salto qualitativo nos serviços dessa creche, que resultará
numa melhor formação educacional, pois o recurso será destinado à ala educacional”, comenta Patrícia Chalaça, presidente do projeto Casa da Criança.
DIA A DIA NA OBRA
DIAGONAL INVESTE EM SEGURANÇA NO TRABALHO
Construtora cearense Diagonal : segurança registrada diariamente
Hugo Renan do Nascimento
P
roteger o trabalhador da construção civil contra acidentes e danos físicos é uma obrigação regida por lei que as construtoras devem respeitar. A cearense Diagonal é um bom exemplo dessa prática, indo mais além das normas contidas na legislação. A construtora mantém um programa de segurança no trabalho diversificado e amplo. Um dos diferenciais é a contratação de um técnico de segurança full-time em todos os canteiros de obra. Para dar suporte ao trabalho, há ainda um auxiliar em segurança que acompanha este profissional. O técnico de segurança ainda é responsável por preencher o Diálogo Diário de Segurança (DDS). Nele estão incluídos registros de informações referentes à segurança. A supervisora de Qualidade da Diagonal, Samara Holanda, todos os meses está nas obras para inspecionar, entre outros itens, a segurança no trabalho. Detalhando os projetos na área de segurança da Diagonal, ela ressalta que a empresa tem este compromisso
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com os trabalhadores e mantém um ambulatório com um técnico de enfermagem - ação não exigida por lei. O treinamento deste profissional passa pelos cursos que a Diagonal realiza nos canteiros de obra. Samara Holanda também acrescentou à lista de diferenciais da empresa a exigência interna de câmeras de segurança nos elevadores de carga. O monitoramento é feito também por um técnico que impede a utilização desse elevador pelos trabalhadores da obra. “Todos os equipamentos são devidamente monitorados e sinalizados dentro da norma. A gente trabalha duro com isso. Toda a parte de segurança é padronizada”, completa. A Diagonal mantém uma política de fiscalização constante em relação à segurança do trabalhador: a Semana Interna de Prevenção a Acidentes (Sipat) conta com ações de prevenção, informação, atividades lúdicas, programas de saúde e beleza, além de simulações de acidentes e incêndios.
A Diagonal ainda disponibiliza um plano mensal de ações. Um dos seus destaques é a segurança. Holanda destacou o Plano de Gestão de Obra (PGO) com todo o histórico da obra, incluindo a legislação de segurança (NR 18). No PGO ainda há checklist com os itens relacionados aos equipamentos de segurança. Também informa se as normas estão sendo seguidas. E todos os meses a empresa avalia os componentes obrigatórios de segurança. Segundo Holanda, a média de acidentes caiu muito nos últimos anos. Hoje, de acordo com ela, há dois acidentes por mês, contando todos os canteiros da Diagonal. A construtora mantém atualmente 10 obras em Fortaleza e outras três em Natal. A meta é fazer com que este índice seja zero. A importância que a Diagonal dá ao item segurança também é medida a partir de treinamentos introdutórios oferecidos aos novos trabalhadores. Neles cada setor da empresa é responsável por ensinar o valor da segurança no trabalho.
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PAINEL CONSTRUIR PRA CAIXA VOCÊ TAMBÉM
O antigo slogan vem à mente diante da redução das taxas de juros que a Caixa Econômica Federal está oferecendo aos seus clientes. O Programa CAIXA Melhor Crédito prevê uma redução de até 21%, sobre a taxa de juro efetiva, nas condições do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). As novas taxas valerão para os novos financiamentos, contratados a partir do 8º Feirão da Casa Própria, em maio e junho. Para imóveis de até R$ 500 mil, dentro do SFH, os juros passam de 10% a. a. para 9% a. a. para todos os clientes. Com relacionamento e conta salário a taxa cai ainda mais, para 7,9% a.a. Se financiar imóvel de até R$ 170 mil, nas regras do FGTS, e possuir relacionamento e conta salário na Caixa, a taxa máxima será de 7,9% a.a. E cairá para 7,4% a.a. se o cliente for também cotista do FGTS, inclusive para os financiamentos enquadrados no Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), na faixa de renda acima de R$ 3.100. Houve redução até para imóveis fora do SFH (valor superior a R$ 500 mil): de 11% a.a. para 10% a.a. e quem tem relacionamento e conta salário na Caixa, vai pagar só 9% a.a.
ADIT INVEST EM SAMPA Em sua sétima edição, o Adit Invest, promovido pela Associação para o desenvolvimento imobiliário e turístico do Brasil (Adit Brasil) chega a São Paulo. Programado para os dias 21 e 22 de junho, o evento muda de formato, ajustando o foco em funding para empreendimentos imobiliários e hoteleiros, ligando sempre o mercado financeiro ao setor imobiliário. O presidente da Adit Brasil, Felipe Cavalcante, adianta outra mudança na maior ênfase ao capital já presente no Brasil. “Continuaremos promovendo o Brasil no exterior a captar investimentos internacionais, mas entendemos que a nossa maior missão hoje é colocar em contato os incorporadores e empresários de todo o Brasil com o capital disponível no País, seja equity ou débito”, explica Cavalcante. O evento será realizado no Hotel InterContinental, em dois dias, com Conferência, Rodada de Negócios e o Speed Networking.
ESPERAVAM MAIS A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) esperava vendas melhores no primeiro trimestre deste ano. O Índice ABRAMAT de vendas deflacionadas da indústria mostra um crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2011. Em comparação ao mês anterior (fevereiro), houve um crescimento de 13% em março. O estudo mostra que nos últimos 12 meses, referentes à abril/11 a março/12, houve um aumento de 3,2% na comparação com os 12 meses anteriores (abril/10 a março/11). Com a evolução mais tímida, o presidente da Abramat, Walter Cover, afirma que vai continuar buscando medidas de defesa comercial para garantir maior isonomia competitiva dos produtos no mercado nacional e impulsionar as exportações.
QUEIROZ GALVÃO SLIM A previsão da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI), por meio de sua marca Slim, é duplicar o número de imóveis entregues em 2012. No ano passado, a empresa registrou 384 apartamentos prontos e entregues e, para este ano, a expectativa é ultrapassar 780 imóveis. Até o primeiro trimestre foram entregues 128 unidades Slim que mantém acelerado o ritmo de três empreendimentos nas cidades de Paulista e Abreu e Lima e no Barro, no Recife.
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PAINEL CONSTRUIR
KNIJNIK CHEGA AO RECIFE Impulsionada pelo crescimento do mercado imobiliário no Nordeste, a Knijnik Engenharia, especialista em projeto estrutural de residenciais e mercado corporativo de médio e alto padrão, além de hotéis e shoppings centers, instalou escritório no Recife, em abril. A expectativa da companhia é elevar para 20% suas vendas na região que, em 2011, responderam por 05% dos negócios da Knijnik. Com mais de 40 anos de atuação, a empresa tem corpo técnico formado por mais de 50 engenheiros distribuídos entre a sede, em São Paulo, e as filiais do Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife. Entre seus principais clientes estão as incorporadoras Rossi, Brookfield, Odebrecht, Cyrela, João Fortes, Gafisa e Moura Dubeux.
VERDE QUE TE QUERO O Brasil ocupa o quarto lugar no ranking de empreendimentos registrados no sistema de certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), atrás apenas dos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos e China. Até abril, o país já havia certificado 51 empreendimentos e tinha 474 pleiteando o selo que garante a sustentabilidade a escritórios, hospitais, escolas, agências bancárias, lojas e estádios, entre outros. O Green Building Council Brasil, organização responsável por fomentar o setor de construções sustentáveis no país e representante oficial do selo americano no território brasileiro, vem observando um crescimento recorde na história do mercado brasileiro destas construções. “Mais de um empreendimento é registrado por dia útil no sistema de certificação LEED. Isso demonstra que em ano de Rio+20 o Brasil está despontando no movimento de mitigar os impactos ambientais da construção civil”, explica Marcos Casado, gerente técnico do Green Building Council Brasil.
MANUAL PARA IMPORTADAS A entrada no país de muitos equipamentos e máquinas importadas, levou a Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema) a desenvolver um manual para disciplinar a compra de equipamentos e máquinas utilizadas no setor de construção e em obras de infraestrutura. É o primeiro manual de normatização de equipamentos para construção para identificação de não conformidades e é baseado nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) sobre emissões definidas pelo Ministério do Meio Ambiente. “Entendemos que todos os equipamentos vendidos no Brasil precisam obedecer às mesmas normas já obedecidas por quem produz aqui os equipamentos”, justifica o presidente da Sobratema, Afonso Mamede.
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TRENA
TEM, MAS ESTÁ FALTANDO Etiene Ramos
A
recente pujança da construção civil no Brasil pode tropeçar num velho problema que já virou bordão entre os empresários de todos os setores: a elevada carga tributária do país. Na Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), no primeiro trimestre de 2012, ela aparece como o principal problema para 53,7% das empresas pesquisadas no Brasil; para 60,7%, no Nordeste; e para 62,5%, nas pernambucanas – quase 10 pontos acima da média nacional. Espanta este índice num Estado onde a chegada de grandes empreendimentos industriais em vários polos econômicos traz um impacto para lá de positivo para as construtoras, refletindo-se numa expectativa positiva para os próximos seis meses. Em Pernambuco, os bons ventos sopram na espera por novos empreendimentos e serviços, atingindo 59,7 pontos na escala de 0 a 100 pontos da
pesquisa. No Nordeste, chega a 62,2%, superando a estimativa nacional de 60,5 pontos. Os resultados mostram que o nordestino é, antes de tudo, um otimista. Consegue manter esse humor mesmo quando o segundo maior problema que enfrenta é o alto custo da mão de obra, pedra no sapato para 43,8% das empresas de Pernambuco, 41,2% das brasileiras e 31,1% das nordestinas. A falta de capital de giro aparece em terceiro lugar, para 43,8% das construtoras pernambucanas, mais que o dobro dos 20,5% da média nordestina e quase o triplo da brasileira, que corresponde a 15,4%. Fechamos assim o primeiro trimestre do ano, com indicadores que apontam para uma realidade inusitada: não falta trabalho, falta dinheiro para pagar impostos e mão de obra. E ainda: fazer girar a roda dos negócios. Onde está o crédito para azeitar as máquinas da construção?
PARA AMERICANO VER Em tempos em que o planejamento urbano volta a ter status por aqui, a Adit Brasil levou empresários de dez Estados da indústria imobiliária para um curso sobre as experiências americana e brasileira, no desenvolvimento de comunidades planejadas. Em parceria com a Universidade de Miami e a DPZ Architects, o curso ocorreu na própria sede da universidade, com a apresentação de conceitos tradicionais de planejamento e urbanismo do especialista André Duany, fundador da DPZ.
RIOMAR GANHA AQUA Com previsão de abrir suas portas no próximo dia 30 de outubro, o Riomar Shopping conquistou o Selo Aqua, uma certificação internacional concedida pela Fundação Vanzolini, que atesta a sustentabilidade do empreendimento. Inspirada no sistema francês Haute Qualité Environemental, o Aqua observa quatro fases do empreendimento - da construção à operação, tendo o shopping recebido a certificação nas etapas de programa, concepção (projeto) e realização (obra). O Riomar recebeu nível de desempenho excelente em oito das 14 categorias avaliadas. O centro de compras também recebeu nota máxima na gestão de água e resíduos e no canteiro de obras com baixo impacto ambiental.
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NOVO DISTRIBUIDOR 3M A 3M do Brasil tem um novo distribuidor de películas para vidros Window Film no Recife - a RCA Design. Especializada em fornecer soluções elétricas para as áreas de arquitetura e construção em toda a região, a RCA Design passa a trabalhar com toda a linha de películas com o objetivo de reduzir o calor e aumentar a segurança e proteção dos ambientes. As películas Window Film prometem bloquear até 99,9% dos raios ultravioleta, que danificam a saúde, em carpetes, pisos e móveis.
VITRINE LUZ NOS ARMÁRIOS
ESQUADRIAS CERTIFICADAS A Ulimax apresenta esquadrias feitas com madeiras tropicais nobres e certificadas pelo Ibama, submetidas a um rígido controle de poda e extração. Adequadas a projetos sustentáveis, são produzidas sob medida e chegam na obra prontas para ser instaladas por técnicos treinados pela empresa.
A Linea Mobili criou soluções de iluminação para armários e closets que garantem melhor visualização e destacam detalhes de prateleiras, gavetas e nichos. A marca utiliza microlâmpadas em LED, que economizam energia e não produzem calor. Elas podem ser acionadas por sensores que acendem com movimentos de pessoas ou por interruptores em prateleiras de vidro com iluminação embutida.
CAMAS DE NOVELA A Madeira Bonita, especializada em mobiliários para quartos, aposta no eterno romantismo da linha de camas artesanais, com vários acabamentos de madeira. Entre elas, a Diane, uma sofisticada homenagem à princesa de Gales. A peça tem cabeceira alta e peseira, numa referência aos móveis dos castelos.
NEM PAU, NEM PEDRA A linha StoneWood, da Lanzi, une as texturas e sensações do concreto e da madeira em um só produto. Contemporânea e indicada para projetos que prezam pela inovação, é produzida em porcelanato nos formatos 25cmx103cm e 51cmx103cm e nas cores Arena, Moka e Antracita, para aplicação em pisos, paredes e fachadas de espaços comerciais ou residenciais.
LEÃO DUPLA FACE A Acta Design, conhecida por transformar placas de MDF em animais em 3D, criou um leão exclusivo para a By Kamy, com detalhes de estampas clássicas de tapetes impressas diretamente na madeira. São desenhos universais que vão das formas geométricas à arte consagrada dos ikats. O resultado é uma escultura que simboliza a união dos valores com a cultura.
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ESPAÇO ABERTO
A Construir NE amplia sua parceria com o meio acadêmico a partir desta edição com o Espaço Aberto, uma nova seção destinada à publicação de artigos, resumos de teses e outros textos acadêmicos. Na estreia, o engenheiro Luiz Priori Júnior.
ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE GESTÃO MAIS SUSTENTÁVEL EM CANTEIROS DE OBRA NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE*
* Tese de doutorado do engº Luiz Priori Júnior, desenvolvida no Departamento de Engenharia Civil da UFPE, sob a orientação do prof. Dr José Jeferson Rego Silva e a coorientação da prof. Drª Maria de Fátima Ribeiro de Gusmão Furtado. O trabalho completo pode ser consultado na sede do Sinduscon/PE ou no banco digital de teses da biblioteca da Universidade Federal de Pernambuco ( http://www.biblioteca.ufpe.br/pergamum/biblioteca/).
RESUMO O estudo defende a tese de que os princípios da sustentabilidade podem promover uma melhoria na gestão de obras. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma simples – mas coerente e consistente – ferramenta através do resultado de discussões e propostas de ações advindas de soluções práticas e indicadores de avaliação, com a finalidade de suscitar recursos técnicos viáveis para uma construção mais sustentável e ênfase no papel dos mercados emergentes do mundo em desenvolvimento, dentro do prisma econômico, ambiental e social, como força propulsora do desenvolvimento sustentável.
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INTRODUÇÃO A construção civil em Pernambuco é um setor que ainda emprega métodos praticamente artesanais de produção, em que o desenvolvimento sustentável é encarado principalmente como um ônus, e não como uma nova oportunidade de negócio para a organização. Avaliando as condições históricas regionais, pode-se observar a influência da forma de colonização a que a região em estudo foi submetida. O Brasil, por ser um país de extensão continental, apresenta diferenças econômicas regionais bastante acentuadas, refletindo na forma de gestão das empresas. A originalidade desta tese não está apenas em revelar novos conhecimentos, mas juntar essas ideias numa síntese, resultando num processo que oferecerá ferramentas e novos conceitos sobre sustentabilidade, dentro de uma nova perspectiva que desafie convenções preconcebidas. Todavia, a abordagem do processo construtivo foi direcionada para a realidade regional, tendo como área de estudo a Região Metropolitana do Recife. Esta tese engaja-se na proposição de que para melhorar a sustentabilidade na construção civil, deve-se tentar encontrar soluções que considerem os aspectos regionais. A proposição deste trabalho visa a sugerir um modelo gerencial – para canteiros de obra – mais sustentável à realidade das empresas e adaptado ao dia a dia dos canteiros locais. Entretanto, mesmo que o estudo tenha sido desenvolvido tendo como base uma realidade local, este fato não impede que os resultados alcançados não possam ser aplicados a empresas de outras regiões, porém sujeitos às devidas adaptações. O desconhecimento de profissionais gestores de obras a respeito da influência que a adoção de ações de responsabilidade socioambiental – muitas vezes de fácil aplicação – pode trazer para a melhoria da produtividade dos funcionários e no sistema organizacional do canteiro justificou a realização deste estudo.
CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVAS DA PESQUISA Este estudo fundamentou-se na confluência dos seguintes temas: a influência do processo de colonização na sustentabilidade, a relação entre o crescimento econômico e o desenvolvimento socioambiental, a responsabilidade socioambiental corporativa e o perfil do trabalhador da construção civil em Pernambuco. Tendo a construção civil como linha–mestra condutora, o trabalho apoiou-se no pressuposto de que as regiões em desenvolvimento não necessitam seguir os mesmos modelos dos Estados desenvolvidos, mas podem optar por nortear o seu futuro através de soluções próprias e projetos sustentáveis, que atendam às necessidades regionais (FURTADO, 2008; RANDS, 2011; SEN, 1999). O Brasil é um país de grande extensão territorial, com uma diversidade ambiental ímpar e distintas linhagens étnicas (que contribuíram para a sua colonização), munindo a nação de uma multiculturalidade que dificulta a uniformização do processo de desenvolvimento sustentável. Contudo, o rápido processo de urbanização e a consequente limitação de recursos urgem intervenções sustentáveis imediatas. A construção civil é um dos setores “mais caóticos da economia brasileira” (ALMEIDA, 2009, p.67). Num contexto, o conceito de construção sustentável é, ainda, relacionado basicamente à preservação do meio ambiente. Faltam ações de melhoria na qualidade de vida dos indivíduos e da comunidade, envolvidos no processo construtivo, que visem a suprir às suas necessidades e demandas, dentro do que seria ecologicamente possível (PRIORI JR & RÊGO SILVA, 2008). Todavia, na construção civil, a adoção de práticas construtivas mais sustentáveis ainda é vista, por muitos empresários da região, como um ônus (às práticas normais), gerando aumento nos custos e redução nos lucros das empresas do setor.
HIPÓTESES E OBJETIVOS DO TRABALHO Este trabalho defende a tese de que os princípios da sustentabilidade podem promover uma melhoria na gestão de obras. O desenvolvimento desta pesquisa se deu a partir das hipóteses de que: • É possível promover uma gestão mais sustentável nos canteiros de obra, a partir da implantação de ações de responsabilidade socioambiental desenvolvidas de acordo com as prioridades, condições e limitações regionais. • Não seria possível atestar a sustentabilidade de um empreendimento (produto) sem avaliar a forma como foi gerida a sua edificação (processo).
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O objetivo principal deste trabalho é confirmar as hipóteses formuladas e propor um guia de práticas de responsabilidade socioambiental para a gestão de canteiros de obra.
METODOLOGIA O trabalho foi dividido em quatro etapas: a parte teórica, que constitui a primeira etapa do estudo, e a parte prática da pesquisa, contida na segunda, terceira e quarta etapas do trabalho. Como não foi encontrado, na bibliografia pesquisada, um método que pudesse ser aplicado no desenvolvimento global do estudo, dessa forma está sendo proposto um modelo original, construído através da adaptação de processos teóricos existentes. A primeira etapa (teórica) consistiu no levantamento e na consulta do arcabouço bibliográfico sobre os temas condutores do estudo, além dos sistemas de gestão e processos de avaliação da sustentabilidade. A segunda, terceira e quarta etapas constituem a parte prática da pesquisa. A segunda etapa do trabalho pode ser dividida em duas pesquisas exploratórias, realizadas no intuito de investigar a situação das empresas de construção civil, com atuação na RMR, quanto aos aspectos da sua gestão. A primeira investigação, denominada de Pesquisa de Caracterização do Perfil Profissional das Empresas Construtoras, visou, através de entrevistas com gerentes e/ou diretores, a identificar as construtoras do setor de edificações quanto ao número, localização e tipo de obra em execução, como também aos sistemas de gestão implantados e certificados (ou em implantação) – e a sua visão sobre a responsabilidade socioambiental corporativa. A segunda investigação – que também compõe a segunda etapa do trabalho – consistiu de uma pesquisa exploratória sobre as variáveis que podem influenciar no gerenciamento mais sustentável de canteiros de obra na RMR. Foi avaliado o desempenho de 100 variáveis advindas da bibliografia escrutinada e da experiência do autor deste trabalho, através de um questionário com respostas fechadas, direcionadas aos engenheiros gestores da obra. A terceira etapa deste trabalho compreende a proposta de diretrizes e formulação de soluções que foram propostas através da realização de 20 encontros com dois grupos (10 com cada grupo) de especialistas (engenheiros e arquitetos) em gestão de canteiros de obra, em que foram debatidas exaustivamente as 100 variáveis analisadas (10 em cada encontro), segundo pesquisa da segunda etapa. As propostas serviram como base para a configuração do Guia de Práticas de Responsabilidade Socioambiental para a Gestão mais Sustentável de Canteiros de Obras (GPS/CO). A quarta etapa transcorreu em duas fases: a primeira correspondeu à elaboração do guia propriamente dito, que teve como bases as variáveis pesquisadas na segunda etapa, enriquecido com o resultado das discussões e propostas de ações através de soluções práticas e indicadores de avaliação (terceira etapa), no intuito de suscitar recursos técnicos viáveis para uma construção mais sustentável, de acordo com as premissas básicas: 1. viabilidade de execução; 2. custo acessível; 3. promoção de resultados tangíveis. Esse guia foi formulado de modo a poder ser incorporado aos sistemas de gestão já implantados nas empresas, cujo principal expoente é o sistema de gestão da qualidade, de acordo com a NBR ISO 9001:2008. A segunda fase correspondeu a dois estudos de caso que serviram para avaliar o GPS/CO, através da sua implantação em canteiros de obra. Esse processo durou seis meses, durante os quais o guia foi implantado e seus resultados acompanhados nos dois canteiros de obra pertencentes a duas construtoras locais, que se ofereceram de forma voluntária para participar desse projeto.
GUIA DE PRÁTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL PARA A GESTÃO MAIS SUSTENTÁVEL DE CANTEIROS DE OBRA O GPS/CO é um guia para uma gestão mais sustentável (econômica, social e ambiental) de canteiros de obra, o que significa dizer que é composto de orientações e recomendações. Essencialmente foi fundamentado para atingir três objetivos básicos de grande relevância, advindos da opinião dos engenheiros de obras:
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• minimizar a produção de resíduos e a geração de perdas nos canteiros; • melhorar as condições e a qualidade de vida dos trabalhadores nas obras; • promover a racionalização e reutilização de recursos naturais. A determinação das ações que compõem esse guia seguiu algumas premissas básicas como: • viabilidade de execução – foram propostas ações que, baseadas na opinião de especialistas e na experiência como gestor de obras do autor deste trabalho, podem ser implantadas em praticamente qualquer tipo de canteiro de obras; • custo acessível – levou em consideração que as empresas com atuação na RMR são, na sua maioria, pequenas e médias e, desta forma, têm pouca disponibilidade de recursos para investir em melhorias técnicas e certificações; • promoção de resultados tangíveis – uma das preocupações desse guia é com a eficácia do sistema.
CONCLUSÕES O GPS/CO foi elaborado de acordo com as sugestões dos especialistas e respeitando as premissas de ser viável de execução praticamente em qualquer canteiro de obra de edificação vertical urbana (com as devidas adaptações); de ter um custo acessível em nível do empreendimento e de promover resultados tangíveis, procurando minimizar a produção de resíduos e a geração de perdas nos canteiros, enquanto contribuição para a preservação do meio ambiente através da promoção da racionalização e reutilização de recursos naturais; e de melhorar as condições de trabalho e vida dos funcionários no canteiro. Através do acompanhamento da implantação do GPS/CO nos dois canteiros de obra pesquisados, concluiu-se – quanto à validade do guia em atingir seus objetivos básicos em relação à sustentabilidade econômica, ambiental e social – que a implantação do GPS/CO contribuiu para a melhoria da sustentabilidade econômica, através de seus reflexos na redução da produção de resíduos e na geração de perdas nos canteiros; em termos ambientais, para a capacitação dos trabalhadores para a preservação do meio ambiente, com a promoção da racionalização e reutilização de recursos naturais; no aspecto social, para a melhoria das condições de trabalho e vida dos funcionários no canteiro de obras. Um ponto preocupante repousou na constatação de uma certa desmotivação dos profissionais gestores de obras na busca por novos conhecimentos e capacitação, uma vez que as suas responsabilidades não lhes propõem novos desafios no campo tecnológico. A vinculação do engenheiro à execução de tarefas de menor demanda capacitiva corrobora para que não haja um planejamento consistente e nem interesse em buscar inovações, evidenciando a continuidade na adoção de antigos métodos de gerenciamento e construção, frente à preterição de novas técnicas construtivas geralmente mais sustentáveis. Por fim, espera-se confiantemente que esta tese possa contribuir para uma gestão mais sustentável nos canteiros de obra, com reflexos diretos na qualidade de vida dos trabalhadores e na eficácia dos programas de gestão da qualidade, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional e responsabilidade social, adotados por empresas construtoras. E que, além de uma referência, este trabalho venha a se constituir numa ferramenta de efetiva aplicação prática por empresas da construção civil.
REFERÊNCIAS ALMEIDA, Ricardo (coord.). 2009. Pernambuco competitivo. Recife: Editora INTG. FURTADO, Celso. 2008. Criatividade e dependência na civilização industrial. São Paulo: Companhia das Letras. PRIORI JR, Luiz; RÊGO SILVA, José Jeferson. 2008. Considerações sobre a construção sustentável no Brasil. Construir Nordeste, v. 47, 48 – 49. RANDS, Alexandre. 2011. Desigualdades regionais no Brasil. Rio de Janeiro: Campus. SEN, Amartya. 1999. Desenvolvimento com liberdade. São Paulo: Companhia das Letras.
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ESPAÇO PEC
TECNOLOGIAS CONSTRUTIVAS À BASE DE CIMENTO A
indústria da construção civil tem vivenciado um momento de crescimento vertiginoso e a competitividade existente ratifica a necessidade de melhoria das práticas construtivas tradicionais, uma vez que a situação vigente também tem gerado preocupações, tais como o atendimento aos prazos para a entrega de obras e os custos previstos no orçamento. A fim de garantir a sustentabilidade dos negócios e de atender adequadamente à demanda de mercado, as empresas construtoras precisam se mobilizar, buscando mais eficiência através da racionalização das tecnologias construtivas. Para tanto, deve-se monitorar o processo de produção, verificando os fatores que reduzem a sua eficiência, com vistas a obter um constante
Mínimo
Mediana
Média
Máximo
Fonte
2
9
9
23
Agopyan et al. (1998)
---
---
---
5
Produtividade da concretagem Pilar (Hh/m³)
0,70
2,00
---
5,13
Produtividade da concretagem Viga + Laje (Hh/m³)
0,60
1,54
---
3
13
17
48
Agopyan et al. (1998) TCPO 13 (2008) Agopyan et al. (1998)
Item Perdas de concreto (%) Estrutura de concreto
TCPO 13 (2008)
Perdas de Blocos/tijolos (%) Alvenaria de vedação
Perdas de Argamassa Industrializada para assentamento (%) Produtividade da elevação da alvenaria (Hh/m²)
Emboço de fachada
influenciadores dos indicadores monitorados e a caracterização das melhores práticas (benchmarking) adotadas pelas empresas construtoras envolvidas. A metodologia de trabalho contempla as seguintes etapas: definição de indicadores e da metodologia de coleta de dados padronizados, reunião inicial de sensibilização (15 construtoras participantes), reuniões para discussão e apresentação da metodologia de apropriação da coleta de dados, reuniões para apresentação de experiências de monitoramento dos indicadores, coleta de dados propriamente dita, validação de resultados e workshops de discussão. Na Tabela abaixo estão discriminados os principais valores de referência adotados para a comparação dos resultados obtidos.
aumento da produtividade dos serviços, bem como redução do retrabalho e dos desperdícios e custos envolvidos. Dentro desse contexto, o Progride foi desenvolvido, no âmbito da comunidade da construção do Recife, em Pernambuco, representada pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), sob a coordenação do Politech (Programa de Tecnologia e Gestão da Construção de Edifícios), da Escola Politécnica de Pernambuco, para implantar um sistema de indicadores relativos às perdas, consumo de materiais/componentes e produtividade da mão de obra das tecnologias construtivas: concretagem da estrutura, elevação da alvenaria de vedação e revestimento de argamassa de fachada. Busca-se ainda a identificação dos principais fatores
Perdas de Argamassa Industrializada para emboço (%) Produtividade do revestimento de emboço de fachada (Hh/m²)
Dentre os resultados preliminares, foi possível constatar perdas medianas para o concreto estrutural de 12,42% (pilar) e 10,95% (viga + laje), com um consumo mediano de argamassa industrializada de 40,76 l/m². Além destes, verificou-se que a produtividade da mão de obra para concretagem de pilares variou entre 2,94Hb/ m³ e 13,03 Hh/m³; já para concretagem
4,23
---
---
---
5 (blocos) 10 (tijolos)
26
115
115
205
---
---
---
20
0,51
0,71
---
0,98
TCPO 13 (2008)
5
90
99
209
Agopyan et al. (1998)
---
---
---
0,40
0,79
---
de vigas e lajes, entre 0,94Hh/m³ e 3,19Hh/ m³; e, para a execução do revestimento de fachadas, a produtividade oscilou entre 1,48Hh/m³ e 2,08Hh/m². No presente momento, as atividades em curso incluem apropriação de dados em campo pelas construtoras, validação de resultados e identificação e caracterização de melhores práticas.
25 2,60
TCPO 13 (2008)
Eng. Alberto Casado Lordsleem Jr., PósDoutorado pela Escola Politécnica da USP, Docente da Escola Politécnica da UPE, Consultor de empresas e entidades setoriais da Construção. acasado@poli.br Engª. Suenne Correia Pinho, Mestranda da Escola Politécnica da UPE. suenne_correia@hotmail.com
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ARQUITETURA & INTERIORES
O VERDE QUE A BAHIA TEM
O arquiteto Antônio Caramelo alia arquitetura sustentável à tecnologia e trouxe para a Bahia a primeira certificação Aqua de um empresarial do Norte/Nordeste José Pacheco Maia Filho
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ustentabilidade é o ponto de interseção entre os negócios e os interesses da sociedade e do planeta”. A definição é do escritor Andrew Savitz, autor de “A empresa sustentável”. Já o Programa Ambiental das Nações Unidas define desenvolvimento sustentável como aquele capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às necessidades das gerações futuras. Isso implica planejamento e reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Significa a substituição da quantidade pela qualidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos, porém aumento da reutilização e da reciclagem. É dentro desses princípios que estão
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sendo projetados os green buildings ou prédios verdes. Quando se trata da construção civil, então, a questão da sustentabilidade ganha relevo e impõe atitude. O setor e sua cadeia produtiva são dos mais críticos, no que diz respeito aos impactos ambientais, pois são responsáveis por cerca de 50% do CO2 lançado na atmosfera e quase metade da quantidade de resíduos sólidos gerados no mundo, além de grandes consumidores de recursos naturais. Para o arquiteto baiano Antônio Caramelo, diante dessa realidade, a sustentabilidade é hoje irreversível. “Você não pode projetar nada que seja novo ou que se proponha a ser de vanguarda ou avançado sem ser sustentável”, afirma. É dele o projeto arquitetônico
do primeiro empreendimento empresarial totalmente “verde” do Norte/Nordeste: o Syene Corporate, um empreendimento diferenciado, vencedor do International Property Awards 2010, uma das mais conceituadas premiações da construção civil do mundo. A ficha da sustentabilidade caiu para Caramelo quando ele participou, em 2008, de um seminário em Chicago, nos Estados Unidos. “Ali eu comecei a me inteirar do avanço que já existia na busca da economicidade, da aplicação desses conceitos de sustentabilidade, do ganho que isso poderia proporcionar com o reuso de materiais de construção. Eles estavam fazendo seleção de restos de material de construção para a produção de outros materiais de revestimento, pavimento e coisas assim”.
ARQUITETURA & INTERIORES
O vislumbre do futuro irreversível motivou Caramelo, antes mesmo de ele desenvolver o projeto do Syene Corporate, a aplicar o conceito da sustentabilidade na nova sede de seu escritório em Salvador, que se encontra em fase de conclusão. “Eu comecei a minha sede quando eu voltei de lá, em 2009. Foi quando eu dei partida para a construção. E aqui eu apliquei todos os recursos. Ou seja, automação, iluminação em LED, tratamento de água, aproveitando águas pluviais. Automação de todo o sistema. Eu tenho gerenciamento de tudo por um sistema de automação com protocolo Bailey”. Caramelo se empolga ao falar do projeto da sua sede. “Todo o controle é feito por esse sistema. A iluminação natural é medida por fotossensores que captam o fluxo luminoso e medem a iluminação que entra. Faço isso para estabelecer o grau de iluminação. Há claraboias laterais na cobertura e pisos de vidro na mesma projeção, de forma que toda iluminação que entra tem o fluxo luminoso medido pelos fotossensores, que depois enviam a medição para o computador. De dia, a iluminação artificial por LEDs dimerizáveis é complementar”, explica.
PRÊMIO PARA O NORDESTE Entusiasmado com a experiência própria da construção sustentável, Caramelo, em 2010, já estava envolvido com o Syene Corporate, uma iniciativa da incorporadora Syene, braço imobiliário no Brasil do grupo espanhol Copasa. O arquiteto destaca que o projeto do empreendimento pioneiro é consequência da visão inovadora dos dirigentes da empresa, principalmente do líder, Alberto Lorenzo.
No projeto do novo escritório, o vidro como auxiliar da iluminação natural
O arquiteto “high tech” entende que a sustentabilidade e a tecnologia caminham de mãos dadas. “Uma complementa a outra, às vezes. Os recursos, quando controlados por sistemas automáticos e computadorizados têm mais precisão, exatidão e bastante economia”. Na nova sede de seu escritório, 90% dos materiais são recicláveis. “Em torno de 90% deles são reciclados e recicláveis. Eu estou com uma estrutura de ferro que é reciclável, com o termoplástico reciclável. Minhas pastilhas são recicladas, meu piso é reciclado”, exemplifica. “As demandas humanas são crescentes e os recursos naturais finitos. Não dá mais para adiar o equacionamento dessas variáveis conflitantes. A Syene não adota a gestão sustentável por uma contrapartida, mas por uma consciência realmente responsável. O Syene Corporate é uma prova disso”, afirma Lorenzo. Concebido como empreendimento comercial pioneiro e desbravador, o Syene Corporate foi projetado no novo centro financeiro e comercial de Salvador, onde estão as sedes das maiores e mais modernas empresas da cidade: a Avenida Tancredo Neves. Além da proximidade do aeroporto, a apenas 15 minutos, na localidade do Syene Corporate existe uma grande variedade de serviços, afora o acesso fácil e rápido aos principais pontos da cidade.
Caramelo: “as demandas humanas são crescentes e os recursos naturais finitos”
De acordo com Caramelo, muitos aspectos compõem a lista de exigências para o pioneiro projeto, certificado pelo Selo Aqua e em processo de certificação pelo Leed. “No Syene Corporate, tudo foi pensado, pesado e quantificado à exaustão, desde a escolha do terreno, do método construtivo, dos materiais a serem utilizados, do tratamento e uso de recursos estruturais, do gerenciamento e da destinação de resíduos, até o comprometimento com a economicidade e, sobretudo, com a sustentabilidade”. Tudo se iniciou com uma ampla pesquisa que, a partir do briefing, buscou atender às necessidades do mercado voltadas para os empreendimentos comerciais. Portanto, além dos quesitos relativos à tecnologia de ponta, todo esforço foi envidado na tentativa de tornar o Syene Corporate um complexo sustentável, certificado como “edifício do setor de serviços – processo Aqua (Alta Qualidade Ambiental)”. O projeto é composto por uma grande nave com 32 pavimentos, assim distribuídos: cinco níveis de garagens sobre o pavimento térreo, com 17 lojas para comércio e serviços, três garagens no subsolo, centro de convenções e área técnica para refrigeração, deck parking no terraço e fitness, além de seis salas por andar até o 18º pavimento e, a partir daí, sete salas. Na laje de cobertura da grande nave, o heliponto e o teto verde, totalizando uma área construída final de 80.540,29 metros quadrados em 226 unidades imobiliárias. A proposta para o partido adotado respeita o sítio, classificado como centro metropolitano de Salvador, povoado em sua grande maioria por torres comerciais de escritórios
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e torres corporativas, odontomédicas, flats, shopping centers e, recentemente, dois grandes complexos residenciais. “Assim, buscamos tirar partido do comprimento do nosso terreno, fazendo a implantação de todo o índice de utilização em uma única torre, que situamos na extremidade voltada para a via marginal da Tancredo Neves, de modo a minimizar os impactos visuais e de insolejamento em relação aos edifícios do entorno”, explica Caramelo. Segundo ele, o Syene Corporate lastreou-se em princípios e componentes importantes para a avaliação da viabilidade, bem mais flexíveis e justos com a comunidade instalada, respeitando recuos, orientação e tratamentos externos, de modo a preservar a privacidade e reduzir a ideia de massa com o uso de transparências e reflexões. O sistema de implantação em escalonamento dos deck parkings possibilita o atendimento à grande solicitação de vagas para estacionamento no empreendimento, evitando transtornos nas vias e na relação com os vizinhos. Drenagem e permeabilidade também receberam igual atenção, evitando problemas para a vizinhança, o que pode ser constatado nos projetos complementares. “Buscamos com nossos projetos uma forma correta de implantação, que não produza agressões topográficas prejudiciais ao meio físico, tenham uma disposição volumétrica que não cause prejuízos visuais ou de insolejamento às edificações contíguas, disponham de um estudo de tráfego e acessos que não gere transtornos à acessibilidade dos empreendimentos adjacentes, criem área para carga e descarga, uma vez respeitada a ordem sonora ou olfativa dos vizinhos, dentre outros cuidados”, descreve o arquiteto. Para Caramelo, o Syene Corporate, a cada instante de elaboração dos projetos, buscou a economicidade consciente. “Reciclamos, otimizamos processos e elaboramos soluções que alongassem a vida útil do empreendimento com manutenções compatíveis e racionais; execução e custos; inovações tecnológicas, dentre outros temas”.
Por trás das linhas elegantes e modernas do Syene, os conceitos de sustentabilidade
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No atendimento às premissas da sustentabilidade, foram alargadas galerias, redimensionados elevadores (com admissão de parcelamento em estágios de percurso). “Promovemos o uso de revestimento em placas fotovoltaicas para fachadas e criamos condições para que o cliente final pudesse optar pelo sistema individual de refrigeração. Também criamos uma área específica para a coleta seletiva do lixo para cada pavimento, disponibilizando instalações sanitárias individuais e especiais para clientes e visitantes, além das privativas normais nas salas”. Todo o projeto se volta para o propósito de humanização das instalações com economia de recursos, mas ao mesmo tempo com funcionalidade e segurança. “O Syene Corporate já nasce sendo um exemplo de sustentabilidade, promovendo o uso racional
dos recursos naturais”, destaca o empresário Alberto Lorenzo. Após rigorosa avaliação, a iniciativa conquistou o Selo Aqua (Alta Qualidade Ambiental), concedido pela Fundação Vanzolini, sendo o primeiro empreendimento sustentável do Norte/Nordeste a receber tal certificação. Para Caramelo, fazer o novo é um compromisso com a necessidade de surpreender. “No Syene Corporate, são muitas as surpresas, sobretudo quando da revelação de novos espaços e das perspectivas inesperadas. Com essas inovações, facilmente o usuário se deixará envolver, conquistado por significativas possibilidades de uso que começam a fazer parte dos empreendimentos concebidos para uma vida moderna, simples, prática e sem mistérios.
ARQUITETURA & INTERIORES
Entrada imponente do empresarial, alia sofisticação à tecnologia
SINDUSCON/BA: OUTRO EXEMPLO DE SUSTENTABILIDADE Começam, no mês de maio, as obras da nova sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado da Bahia (Sinduscon/ BA). O projeto seguirá os conceitos de sustentabilidade e prevê a escolha integrada de processos e materiais construtivos, e o uso de sistemas para redução de resíduos, além de levar em conta aspectos como a relação harmônica do edifício com o seu entorno. A nova sede do sindicato vai marcar o conceito de desenvolvimento sustentável no setor da construção civil do Estado e servirá de exemplo para todo o Brasil, já que vai refletir o engajamento do segmento com o crescimento sustentável. Para isso, serão adotadas medidas como a implantação de medidores individuais de água, o uso de energia solar para iluminação de áreas comuns do prédio, o isolamento térmico de paredes externas e a implantação de sistemas inteligentes de gerenciamento. Também serão implantados terraços vegetalizados, de forma a aumentar o verde e permitir uma alteração no entorno e na arquitetura urbana. Além de contar com equipamentos que minimizam o impacto da edificação no meio ambiente, será oferecida uma estrutura confortável e inovadora. A área total construída é de aproximadamente 2.750 metros quadrados, distribuídos entre oito salões, um espaço multiuso e dois
pavimentos de garagem. Serão 37 vagas para veículos, o que reduz consideravelmente o problema de estacionamento. Merece destaque no projeto do novo edifício o acesso principal, que terá plataforma para portadores de necessidades especiais do nível da rua até o térreo. “A ideia de incorporar tantas novidades ao projeto é refletir, na nova sede - seja na fachada ou na aplicação das inovações trazidas pela construção sustentável, uma imagem atual e ecologicamente correta que traduza a forte atuação do Sinduscon/BA no setor da construção civil”, afirma o presidente do sindicato, Carlos Alberto Vieira Lima. Segundo ele, o projeto será submetido ao processo de certificação Aqua, que consiste na legitimação do desempenho ambiental de empreendimentos.
Sinduscon-BA mostra engajamento e dá exemplo ao construir nova sede com os princípios da sustentabilidade
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ARQUITETURA & INTERIORES
UM HOTEL PARA A SAÚDE O conceito de hotelaria hospitalar, ou hospitalidade, envolve a oferta de ambientes aconchegantes além de funcionais nos quesitos higiene e limpeza Cristina França
O terceiro hospital da rede Unimed no Recife tem ambientes amplos e iluminados. A ambientação, a cargo da arquiteta paraibana Patrícia Lago, é minimalista e conforme as exigências de um espaço que precisa ser, antes de tudo, limpo. Segundo dados da Associação Nacional de Biossegurança, os índices de contaminação nas unidades de saúde alcançam 15%, quando o recomendável é de apenas 5%. A Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar defende a participação intensa de arquitetos e engenheiros no combate às infecções através de projetos voltados para favorecer ao máximo a higienização. “Enaltecer a amplitude e a funcionalidade foi a nossa principal linha de ação. Na recepção, usamos porcelanato de dimensões maiores para evitar ao máximo o rejunte, poltronas de linhas retas, detalhes nas paredes em laminado imitando madeira e plantas artificiais. Quem entra deve se sentir em um ambiente acolhedor, pensado para dar a sensação de bemestar”, diz a arquiteta Patrícia Lago.
O pavimento emborrachado e a máxima ausência de rejuntes no porcelanato, presente também no hall dos andares, têm a função de facilitar a limpeza e evitar a presença de bactérias. A tinta utilizada nas paredes é lavável e com componentes antibactericidas
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ARQUITETURA & INTERIORES
A presença de janelas traz uma iluminação natural diurna que pode ser controlada com as cortinas rollon, fáceis de limpar. “Nossa função é montar o espaço completo, propondo detalhes que aumentem o conforto do paciente, como uma iluminação discreta e direcionada, especialmente para as medicações noturnas”, afirma Patrícia.
Registro para as barreiras físicas, como a que separa o centro cirúrgico do vestiário dos profissionais do setor, e para a presença de pias para higiene das mãos – o procedimento mais importante e barato para evitar a transmissão de infecções em ambientes de saúde. Em todas as áreas do hospital, as sinalizações são em português e inglês.
Nos móveis modulados dos quartos, a mesma preocupação com as linhas retas, sem texturas e reentrâncias. “Há empresas que oferecem poltronas e sofás anatômicos já direcionados para o setor de saúde. Nossa função é montar o espaço completo, propondo detalhes que aumentem o conforto do paciente”, diz a arquiteta.
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DECORAÇÃO & ARQUITETURA
Ricardo Castro
NEW Luciana e Aloísio Rocha, que comandam a loja Trianon Iluminação, adquiriram recentemente a franquia da loja New Móveis Planejados, da Av. Edson Ramalho. A marca de modulados possui um excelente padrão de qualidade, com soluções para todos os ambientes e ótimo custobenefício, ou seja, qualidade aliada a preço e condições ao alcance de todos. A novidade vem reforçar e movimentar ainda mais o segmento de móveis planejados na cidade, afinal Luciana e Aloísio são ótimos administradores e, com certeza, a loja vai ressurgir com força total.
PREMIAÇÃO AD Os diretores do Circuito AD, associação que integra empresários e profissionais da arquitetura, do design e da decoração paraibana, receberam convidados na Casa Roccia para celebrar o sucesso e premiar os vencedores na categoria master da campanha de pontuação 2011/2012. Os contemplados ganharam viagens para a Escandinávia, Itália e São Paulo, onde visitarão a Casa Cor SP. Henrique Santiago, André Pinheiro, Geórgia Suassuna, Leonardo Maia e Leila Azouz foram os profissionais que mais pontuaram na campanha. A noite foi de festa para todo o Circuito AD. ULTRAMARE O grupo Alliance reuniu convidados, na noite de 17 de abril, no Altiplano, para a entrega do Ultramare - Class Club Residence, projeto do arquiteto Germano Romero que apresenta o novo conceito “residencial club” - um conjunto de itens que privilegia o lazer, o bem-estar e a qualidade de vida dos seus condôminos. O clima foi de confraternização entre os novos moradores, ao som do quarteto Paraíba Jazz. O diretor executivo do Alliance, Raul Henrique Barreto Lins, recepcionou os convidados, que conferiram a infraestrutura das áreas comuns, entregues totalmente equipadas e decoradas. Na fotos, o Conselho do Grupo Alliance (esquerda) e os proprietários da Construtora Alliance, Clóvis Cavalcante, Marcos Ramos e Constantino Júnior (direita).
ESTANDE Convidada para projetar o estande da Construtora Andrade Marinho LMF, na Campi Móvéis 2012, feira especializada em construção civil de Campina Grande, na Paraíba, a arquiteta Katiuscia Diniz montou um espaço agradável que fez o cliente se sentir em um escritório da construtora. Com linhas retas e contemporâneas, seguindo o estilo sofisticado da profissional, o estande traduziu todo o potencial da construtora para a feira.
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LIFE STYLE A Planc chegou à marca da 70ª obra residencial concluída e entregue com o Residencial Life Style, no último dia 20 de abril. A construtora comemora 5.382 unidades residenciais, entre lotes e apartamentos entregues em quatro Estados nordestinos. Para a diretoria da empresa, a sua credibilidade está construída com base no sonho de mais de cinco mil famílias que receberam e já residem nessas unidades.
CONSTRUIR DIREITO
O RISCO NA COMPRA DE IMÓVEIS Rafael Aciolly
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aquisição de imóveis é, na maioria das vezes, o primeiro passo para a implementação de qualquer grande empreendimento. Entretanto, esta operação, se não for precedida de uma análise jurídica sobre o risco da compra, pode gerar muita dor de cabeça para o empreendedor ou, pior do que isto, um enorme prejuízo ao empresário que venha a adquirir o imóvel. Essa análise que precede a aquisição deve levar em conta os passivos não apenas do alienante, como também de todos os antigos proprietários do imóvel objeto da negociação nos últimos 20 anos, especialmente sob o enfoque de dívidas civis, tributárias e trabalhistas. Além disso, é também importante fazer uma avaliação em relação a possíveis passivos ambientais do imóvel, tema que merece ser tratado em um artigo próprio, dada a relevância que vem recebendo nos últimos anos. A importância dessa análise de risco é patente, tendo em vista que, caso o alienante se torne insolvente após a referida venda, ou mesmo já esteja nesta condição, ou seja, não tenha patrimônio suficiente para saldar suas dívidas, poderá a referida alienação ser declarada fraudulenta e, posteriormente, anulada, hipótese em que o comprador poderá perder o imóvel em benefício do credor, ainda que já tenha pago ao vendedor todo o preço da compra. Nos termos do Art. 593, do Código de Processo Civil, considera-se fraude de execução a alienação ou oneração de bens por devedor contra o qual corria, à época da alienação, demanda capaz de reduzi-lo à insolvência. Da mesma forma, a redação original do Art. 185, do Código Tributário Nacional, presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens por contribuinte em débito com a Fazenda Pública, por débitos tributários em fase de execução, quando o devedor já tiver sido citado em execução fiscal.
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Dessa forma, para garantir a segurança da aquisição bastava ao proprietário obter, junto aos distribuidores dos fóruns da Justiça estadual, federal e do trabalho, uma certidão de feitos ajuizados contra o vendedor, de modo a atestar a inexistência de cobranças ou execuções contra o alienante, informação que deve, inclusive, ser certificada na escritura pública pelo tabelião competente, como disposto na Lei nº 7.433/85. Além disso, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), buscando dar maior proteção ao adquirente de boa-fé e consolidando seu entendimento acerca da matéria, publicou, em 30/3/2009, a súmula nº 375, na qual estabelece que “o reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do
terceiro adquirente”, ato que passou a garantir mais segurança jurídica ao comprador, em relação às dívidas civis do vendedor e dos antigos proprietários do imóvel. No entanto, com a edição da Lei Complementar nº 118, de 9 de fevereiro de 2005, que entrou em vigor em 9 de junho de 2006 e alterou a redação do Art. 185 do Código Tributário Nacional, passou a ser considerada fraudulenta a alienação ou oneração de bens por sujeito passivo com débito tributário inscrito em dívida ativa, independentemente da referida dívida estar em fase de execução fiscal. E mais, de acordo com a atual jurisprudência do STJ, consubstanciada em inúmeros julgamentos, a presunção de fraude, em relação ao devedor que possuía débitos tributários inscritos em dívida ativa à época da venda do imóvel, é absoluta, ou seja, independe do prévio conhecimento do adquirente ou da prática de qualquer outro ato pela Fazenda Pública, podendo a referida venda ser declarada nula e, o referido bem, utilizado para pagamento do débito fiscal, pelo simples fato do vendedor ter débitos perante a Fazenda Pública e não ter como saldá-los. Sendo assim, para que possa o comprador do imóvel ver afastado o risco de ter sua aquisição declarada fraudulenta e perder a propriedade do imóvel adquirido, ainda que já tenha registrado a escritura no Cartório de Registro de Imóveis e transferido a propriedade do bem para o seu nome, é necessário que a análise da operação vá além da documentação exigida pelo tabelião do Cartório de Notas, se possível com o assessoramento de advogados com experiência no assunto. Rafael Accioly éé advogado da área de Direito Imobiliário do escritório Queiroz Cavalcanti, graduado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco
Divulgação
ano II | nº 11 | abril / maio 2012
JARDINS MAIS PERTO DO CÉU
Tendência ainda distante do Nordeste, os telhados verdes levam a natureza para o topo dos edifícios
Entrevista | ALFREDO SIRKIS
Visto de Portugal
Às vésperas da Rio + 20, o deputado federal pelo PV/RJ fala sobre a evolução das cidades
O colunista Renato Leal aponta a consolidação das certificações na construção
SUMÁRIO 54 BOAS PRÁTICAS 56 ENTREVISTA
Alfredo Sirkis, o deputado “verde” e presidente da subcomissão da Rio + 20, defende a verticalização das cidades
58 CAPA
Telhados verdes começam a mudar a paisagem de grandes cidades
62 MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVEL
O Fórum Sustentável do Sinduscon/PE abre espaço para discussão das exigências de energia solar no MCMV e do reuso da água em Pernambuco
Caro leitor,
EXPEDIENTE CONSELHO EDITORIAL Ana Lúcia Rodrigues Carlos Valle Inez Luz Gomes José Lucas Simon Kilvio Alessandro Ferraz Ozeas Omena Renato Leal Ricardo Leal Serapião Bispo PUBLISHER Elaine Lyra elainelyra@construirnordeste.com.br
EDITORA EXECUTIVA Etiene Ramos etieneramos@construirnordeste.com.br
REPÓRTER Cristina França COLABORAÇÃO TÉCNICA Roberta Marques Feijó | gestora ambiental REVISÃO DE TEXTO Betânia Jerônimo betaje@hotlink.com.br
FOTOS (CAPA) André Prietsch
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O nosso caderno Vida Sustentável está atento à movimentação da sociedade por cidades mais organizadas, mais verdes, mais sustentáveis. Projetos e novas visões expandem-se à medida que o desenvolvimento aponta a necessidade de se pensar na melhor distribuição do espaço urbano, na mobilidade, na qualidade de vida das pessoas. Nesta edição, o deputado federal Alfredo Sirkis, que esteve no Recife para uma reunião preparatória da Rio + 20, fala das mudanças que uma visão sustentável pode trazer para uma cidade, inclusive com um olhar positivo para a verticalização. Na coluna Boas Práticas, notícias sobre ações empresariais acerca do meio ambiente. E o Movimento Vida Sustentável, encampado pela Construir NE, Governo do Estado e Sinduscon/PE, continua trazendo temas que envolvem os construtores e outros atores ligados ao mundo da construção. Em abril, o especialista em energia solar Carlos Café apresentou sua visão sobre a exigência do programa Minha Casa, Minha Vida em relação a projetos com esta alternativa para o aquecimento da água do banho, uma demanda ainda baixa no Nordeste. Já em maio, uma lei pernambucana, que obriga os empresários a pensarem na reutilização da água, entrou na pauta do movimento. Mas não vou contar mais nada. Vire a página!
Boa leitura.
AGENDA ECOLOGIA URBANA
RECICLAÇÃO EM CURITIBA
CIDADES E CAMPOS SUSTENTÁVEIS
Acontece na Universidade Nacional de General Sarmiento (UNGS), em Buenos Aires, Argentina, nos dias 12 e 13 de junho, o I Congresso Latino-Americano de Ecologia Urbana – Desafios e Cenários de Desenvolvimento para as Cidades Latino-Americanas. Logo em seguida, nos dias 14 e 15, no mesmo campus, o I Curso Internacional de Ecologia Urbana. Entre os temas dos eventos, cidades de baixo carbono; gestão de resíduos; transporte; cidades e regiões metropolitanas; planejamento urbano sustentável; megaconstruções e ambiente e gestão do espaço público; biodiversidade urbana; mudanças climáticas, catástrofes e cidades; e gestão da água. Informações: www.ungs. edu.ar/areas/eco_urbana_inicio/1/icongreso-latinoamericano-de-ecologaurbana.html.
A 7ª Feira Brasileira de Reciclagem & Meio Ambiente Industrial (ReciclAção) acontece de 27 a 30 de junho, no Centro de Eventos Expo Unimed Curitiba, e quer aproximar a comunidade científica do setor empresarial para estimular o desenvolvimento sustentável através da reciclagem e reutilização de resíduos recuperáveis industriais, e do uso de energias alternativas e renováveis. O objetivo é gerar negócios, inclusão e consciência socioambiental. Paralelamente à feira serão realizados os cursos “Plano de gerenciamento de resíduos sólidos” e “Introdução ao mercado de reciclagem”, abordando aspectos econômicos e sociais do mercado de reciclagem de papel e papelão, vidros, metais, plásticos, construção civil, pneus e madeira. Informações: http://www. montebelloeventos.com.br/reciclacao.
A Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), na Bahia, recebe, de 8 a 13 de julho, o II Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental (II Cobesa), cujo tema central é “Cidade, campo e sustentabilidade socioambiental”. Com 85% da população brasileira vivendo em cidades e áreas rurais carentes de serviços básicos, o congresso vai discutir sistemas urbanos, economia e estilo de vida, além de como promover o equilíbrio com a natureza de forma sustentável. Os vários subtemas abordam abastecimento de água e efluentes; tecnologia e manejo de resíduos sólidos; políticas e gestão, responsabilidades e participação social; energia, saneamento e meio ambiente; clima, urbanização, conforto e saúde ambiental. Informações: www.cobesa. com.br.
EU DIGO
O PRINCÍPIO DE CIDADES MAIS SUSTENTÁVEIS Isabel Santos
s cidades e suas necessidades de criarem comunidades sustentáveis, através de um planejamento baseado em um ambiente urbano sustentável, são um tema que necessita não só de uma definição estratégica indispensável para a concretização do desenvolvimento sustentável, como demonstra que a sustentabilidade é uma responsabilidade que tem de ser partilhada. A cooperação nos diferentes níveis das organizações públicas e privadas é um elemento essencial em prol da sustentabilidade das cidades. É facilmente entendida a necessidade de mudança na gestão territorial sustentável, mas é difícil definir a “quantidade” de sustentabilidade necessária e, mais difícil ainda, é torná-la operacional. Tenho o prazer desse ser o meu estímulo todos os dias do ano. Sei que a curto, médio e longo prazos teremos todos de ir ao encontro da sustentabilidade - e que esta requer grandes mudanças de atitude e das políticas públicas, da sociedade, do funcionamento das economias e da influência do pensamento econômico. A criação de cidades sustentáveis é um processo de aprendizagem contínuo, que pode ser definido como “aprender fazendo”. O tema das cidades sustentáveis como um todo é uma utopia - nem mesmo uma cidade criada consegue ser 100% sustentável em todas as áreas e vetores da sustentabilidade. Ela poderá e deverá ser sustentável numa ou noutra área, com características em potencial a explorar. Contudo, o marketing e o poder dos conceitos têm essa mágica de criação de nomenclaturas que, muitas vezes, são usadas e não traduzidas para uma realidade técnica e consistente. Eu também fui arrastada por elas, caso contrário não me conseguiria fazer entender ou exprimir.
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Os padrões organizativos e sistemas administrativos das prefeituras deverão ter uma estratégia holística e fazer uma reflexão ecossistêmica. São os governos que indiretamente criam a vida das pessoas. E não posso deixar de lembrar que integração, cooperação, subsidiariedade e sinergia são conceitos fundamentais para a gestão das prefeituras, com vistas à vida sustentável. Elas devem conhecer e analisar as experiências em termos de ensino e formação profissional, trabalho multidisciplinar, parcerias e redes, participação da comunidade local e mecanismos educativos inovadores, aumentando o conhecimento e a criação das verdadeiras cidades sustentáveis - e de uma consequente vida sustentável. A gestão sustentável das cidades exige uma abordagem integrada para fechar os ciclos dos recursos naturais, da energia e dos resíduos. Os objetivos dessa abordagem deverão incluir a redução do consumo de recursos naturais, especialmente dos não renováveis; a redução da produção de resíduos pela reutilização e reciclagem; a redução da poluição do ar, do solo e da água; e o aumento da
proporção de áreas naturais e da diversidade biológica nas cidades. Esses objetivos serão mais fáceis de atingir em pequena escala (comunidades), motivo pelo qual os ciclos ecológicos locais podem ser ideais para a introdução de políticas mais sustentáveis para as comunidades urbanas. O poder local desempenha um papel crucial na gênese dessas comunidades. Sugiro que os poderes regionais e locais explorem as formas de criação de emprego através de medidas de proteção ao ambiente, promovam um melhor comportamento ecológico nas empresas existentes e fomentem a adoção de uma abordagem ecossistêmica pela indústria. O Nordeste, ao crescer mais do que a média do Brasil, deve ter um pensamento ainda mais acentuado sobre essa temática. Tem ainda a oportunidade de não cometer erros do passado e ser considerado um exemplo em alguns cases que pode criar. Fica aqui o desafio de fazer do Nordeste a região mais sustentável do país. Isabel Santos é presidente da Ecochoice Brasil.
VISTO DE PORTUGAL
CERTIFICAÇÕES: UMA TENDÊNCIA QUE VEIO PARA FICAR Renato Leal
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omeçamos a ouvir falar, cada vez mais, das certificações energéticas de edificações em congressos, feiras e exposições. Nomes como Aqua, Procel Edifica, Leed, Breeam já fazem parte do dia a dia de arquitetos, engenheiros e empresários da construção civil. Empresas – potenciais clientes das construtoras - já pressionam para que seus escritórios funcionem em prédios certificados. Os próprios governos, nos seus diferentes níveis, já começam a ver os benefícios políticos e de custeio que a sustentabilidade representa hoje e em um futuro próximo. A sociedade lentamente informa-se e pressiona. Empresas de materias e equipamentos lançam seus produtos no mercado com este apelo. O que esses sinais querem nos dizer? - que o setor da construção civil está no meio de um processo de virada. E, por pressão do mercado, da legislação, das normatizações e da própria mentalidade que começa a se formar nas universidades e na sociedade em geral, terá que começar a dotar seus projetos e edificações de preocupações com a sustentabilidade e a eficiência enegética; - que cada vez mais pessoas e empresas serão obrigadas a pensar e agir de forma mais sustentável, em função das próprias restrições do nosso planeta; - que essa preocupação é uma tendência já consolidada nas sociedades mais desenvolvidas. E a aspiração do Brasil de se tornar também um país desenvolvido e a sua abertura para o mercado internacional induzirão fortemente o mercado nesta direção. Teremos que, paulatinamente, nos globalizarmos nas questões de sustentabilidade e eficiência energética e ambiental; - que cada vez mais as construtoras têm que qualificar seus quadros para trabalharem sob novas orientações e padrões culturais e profissionais;
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- que as questões ambientais farão cada vez mais parte do dia a dia da construção tais tendências são irreversíveis e a sua utilização é cada vez mais intensiva nas obras. Isto posto, surge outra pergunta: Em que isso afeta as empresas de construção? A meu ver, abre-se um leque bastante abrangente de oportunidades para as empresas de construção, ou seja: - em termos de marketing, a adoção desses critérios e certificações passará a ser determinante na avaliação e diferenciação das edificações. Surge uma oportunidade de posicionamento de mercado daquelas empresas que apostarem nesses conceitos. Por outro lado, a não adoção poderá significar perda de clientes, principalmente no setor empresarial; - quando falamos em custos, o que vemos
é que, cada vez mais, ser sustentável não é sinônimo de ser mais caro. Mas poderá ser sinônimo de preços de venda diferenciados e de atendimento a nichos de mercado mais exigentes das empresas multinacionais, em função das diretrizes de suas matrizes sediadas em países onde tais princípios já estão consolidados e aceitos; - será possível e relevante, daqui para frente, falarmos na redução de custos da fatura energética como argumento de venda dos seus empreendimentos. E não só. Também nas questões relacionadas ao próprio conforto térmico, qualidade do ar e reaproiveitamento das águas; - elas têm de preparar seus quadros para trabalharem nesse novo ambiente e essa preparação trará muitos benefícios, em termos de procedimentos de projeto e de atuação nos canteiros de obra; - haverá cada vez menos resíduos em função do seu aproveitamento nas obras e isto terá impacto na melhoria da mobilidade nas cidades e na redução de custos também nos canteiros; - à medida que a sustentabilidade se consolida, empresas mais avançadas tenderão a ser mais procuradas por melhores quadros profissionais. Poderíamos concluir que, por pressões internacionais – de clientes e/ou organismos ambientais; alterações em normas e legislações específicas; ou pressão da sociedade, é tempo de pensar na construção sustentável e na melhoria da eficiência energética. Só assim passaremos a frequentar o rol das nações desenvolvidas. E caberá às empresas ser arrastadas por essa onda ou ser protagonistas dessa mudança de paradigma. Renato Leal estrutura negócios, atuando no Brasil e em Portugal. renato.leal@b4.com.pt
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BOAS PRÁTICAS EXEMPLO INESPERADO
CERÂMICAS & EUCALIPTOS
Soluções sustentáveis podem estar presentes onde menos se espera. O Nexos Hotel, misto de hotel e motel, de olho na demanda por hospedagem no Grande Recife, empregou placas cimentícias aparentes como acabamento, criando um ambiente diferenciado para apaixonados e hóspedes em geral. O processo de fabricação das placas cimentícias utiliza materiais descartados em outras indústrias, criando um produto 100% livre de amianto, formol e amônia, que não depende de estufas para a secagem, dispensando o uso de combustíveis no processo. A construtora BLB Engenharia, responsável pela obra, assegura que a economia de tempo na construção é de 50%.
A Associação das Cerâmicas Vermelhas de Itu e Região (Acervir), localizada no interior de São Paulo, espera distribuir, até o final do ano, 400 mil mudas de eucalipto. De janeiro a abril, foram entregues 280 mil mudas para seis municípios. A responsável pelo Acervir Florestal, Cândida Zacarias, informa que 90% dos 70 associados fazem o reflorestamento previsto em lei. O cálculo de quanto a empresa deve repor de produto florestal extraído é baseado nas notas fiscais de compra de lenha Proprietários de terras onde é feito o reflorestamento vendem o eucalipto para as cerâmicas realizarem a queima dos produtos. Para garantir o investimento efetivo, três meses após a entrega e o plantio das mudas, é realizada uma vistoria na área reflorestada para a reposição de mudas que não tenham sobrevivido.
CANTEIROS DO CEARÁ O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon/CE) tem, desde 2003, o Programa Qualidade de Vida na Construção (PQVC), que realiza oficinas periódicas nos canteiros de obra dos seus associados. Este ano, o PQVC já levou oficinas de valorização do trabalhador para 16.550 operários. Matemática, português, construção virtual e sustentável, saúde do homem, prevenção contra tabagismo, álcool e outras drogas também são temas de encontros. O PQVC disponibiliza, inclusive, unidades odontológicas para os operários, sem custo para o construtor.
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PASSADO AO LADO As construtoras pernambucanas A.C. Cruz e Cosil preservam construções que fazem parte dos bairros do Recife. Nas Graças, por exemplo, o empreendimento Villa D’Almeida, da A.C. Cruz, restaurou uma antiga casa com vitrais e combogós para abrigar o salão de festas e o espaço gourmet. A Cosil Construções e Incorporações manteve, no Residencial Torres do Mirante, no bairro da Caxangá, o antigo mirante de um quartel demolido nos anos 80, que servirá como mais um item de lazer para os futuros moradores.
ENTREVISTA Alfredo Sirkis
MAIS ELEVADORES, MENOS CARROS Entre os dias 13 e 15 de abril, o Recife recebeu a reunião preparatória para a Rio/Clima (Rio Climate Challenge), que acontecerá de 14 a 17 de junho, como parte da Rio+20. O objetivo do encontro foi definir a metodologia e a agenda de trabalho de junho, tomando como ponto de referência para as propostas o limite de concentração de gases do efeito estufa na atmosfera abaixo de 450 partes por milhão (ppm). Um dos facilitadores foi o deputado federal pelo Partido Verde (PV/RJ) Alfredo Sirkis, presidente da subcomissão Rio+20 e da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Sirkis, que já foi secretário de Meio Ambiente e Urbanismo do Rio de Janeiro, falou à Construir NE sobre o modelo de cidade amiga do clima. Cristina França
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Como estão hoje as cidades brasileiras em relação a outros países, no que diz respeito à ocupação do solo urbano e ao aquecimento global? Do ponto de vista de uma economia de baixo carbono, você tem um momento prévio à ação da iniciativa privada: o planejamento e a legislação urbana. Está claro que depois de muitos erros no passado, em outros países e no Brasil, as cidades que nós precisamos ter são cidades densas com usos múltiplos dos bairros, que não onerem o sistema de transporte com exigências de deslocamentos longos em transporte individual. Realmente precisamos de cidades compactas, de alta densidade, onde de fato as pessoas preferencialmente usem o elevador - e não o carro. Isto no Brasil não é um problema tão grave assim, porque nossas cidades têm um pouco desta característica. É um problema grave nos Estados Unidos, onde a classe média foi morar em subúrbios distantes dos centros urbanos. No Brasil, este modelo chegou a ser esboçado em algumas áreas - no Rio, na Barra da Tijuca; em São Paulo, no Alphaville. Tudo
ocorreu entre os anos 70 e 80, mas não é o modelo dominante no Brasil. Nós partimos, então, com uma certa vantagem. Então a crítica que se faz à verticalização das cidades não é válida? Do ponto de vista climático, sem sombra de dúvida a verticalização é uma vantagem. Do ponto de vista paisagístico, existem áreas que essa tipologia, de fato, agride. Na cidade do Rio de Janeiro, na década de 70, houve uma proliferação de prédios que provocaram uma certa agressão paisagística, o que marcou muito a classe média, que passou a ter uma relação bastante antagonizada com o segmento da construção civil. Esse antagonismo deu origem ao termo “espigão” como coisa negativa e à especulação imobiliária como sinônimo da construção civil, tentando obter valorização de alguma maneira. Mas hoje se chegou a uma situação onde culturalmente se considera especulação imobiliária qualquer empreendimento. Isto tem a ver com esse conflito e esse trauma da classe média do Rio com uma arquitetura de má
ENTREVISTA
qualidade, agredindo a paisagem que, no caso, é um elemento fundamental. São Paulo não tem o mesmo problema em relação à verticalização. Ela é feita de uma forma muito mais natural. Do ponto de vista de preservação do espaço verde e de emissões mais baixas, não resta dúvida que a verticalização comporta vantagens e você pode, de fato, ter uma densidade maior, diminuindo o automóvel e incrementando as viagens de elevador. E a verticalização do ponto de vista do processo construtivo? Na sua opinião, o setor da construção civil está atento às tecnologias limpas? Como todo setor econômico, tem uma vanguarda, um meio de campo e uma retaguarda. Há o investidor que busca um produto de qualidade e incorpora o conceito de uma arquitetura, digamos, verde, com o conceito de uma arquitetura sustentável, que leva em conta vários fatores, tais como a economia de água e energia elétrica, um sistema de ventilação que prescinda ao máximo da refrigeração, a posição em relação ao sol, os regimes de vento. Ou seja, é necessário considerar a relação do prédio com o seu entorno natural e a qualidade do ponto de vista estético. Há o meio de campo que tenta fazer isso, desde que não onere em demasia o preço. Você tem uma retaguarda que insiste numa arquitetura caça-níquel da pior qualidade, tanto interna quanto externamente, e com um grande desperdício de energia (prédios insalubres, muitas vezes). Você tem de tudo na construção civil do Brasil. As boas leis podem favorecer as cidades e a baixa renda? Vamos trabalhar em cima de uma legislação federal com a experiência do Rio. Porém é muito mais fácil aprovar alguma coisa na Câmara de Vereadores do Rio do que no Congresso Nacional, onde há uma série de lobbies. Claro que temos que ter um certo cuidado, oferecer incentivos e não apenas exigir, tudo é um jogo de uma certa complexidade. De qualquer maneira, eu acho que é uma tendência. Em relação à baixa renda, acho importante pontuar que durante décadas e séculos, o contingente de pobres da sociedade brasileira esteve completamente excluído do mercado imobiliário formal. A mensagem que a sociedade e o Estado
brasileiros enviavam para os pobres, em matéria de habitação, era “você vai se virando por aí”. Isto, na verdade, deu origem às favelas e aos loteamentos irregulares. Só muito recentemente, no Governo Lula, com o Minha Casa, Minha Vida, está se atendendo uma classe média baixa e começando a se chegar, pouco a pouco, a uma população de baixa renda ao mesmo tempo em que se tenta a urbanização das favelas, a fim de transformá-las em bairros, inclusive criando uma legislação específica.
“Do ponto de vista climático, sem sombra de dúvida a verticalização das cidades é uma vantagem” O setor da construção civil é aberto a uma legislação nesse sentido, ou o verde é caro mesmo? Acho que não dá para generalizar e conheço apenas Rio e São Paulo. Tive fases de conflito com esse setor quando assumi a Secretaria de Urbanismo do Rio. Foi preciso muito diálogo reunindo governo, associações de moradores e construtoras para chegar a acordos de ocupação de Áreas de Proteção do Ambiente Cultural (Apac) no Jardim Botânico, em Botafogo, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Busquei a abertura de novas fronteiras imobiliárias, antes restritas à zona sul e à Barra da Tijuca; e abri terreno em termos de mudança da legislação para bairros das zonas oeste e norte, onde hoje há o grande boom da construção civil carioca. Coibia na zona sul e estimulava em outras áreas. Os empreendedores não queriam investir nas áreas portuária e central, que eram prioridade para usos múltiplos. Hoje em dia não se pode ter área dotada de infraestrutura completamente abandonada de noite e nos finais de semana. Tem que se trazer moradia. Tive que atrair investidores de São Paulo para investir na Lapa, no porto, onde temos agora empreendimentos para uma nova classe média.
O MCMV é extensivo. Não é uma contradição em termos de uma verticalização ambientalmente correta? Historicamente a experiência de moradia de baixa renda em prédios altos, rompendo muito com os padrões de hábito dessa população, não foi muito bem-sucedida. Isso aconteceu em várias ocasiões, notadamente nas décadas de 50 e 70. No Rio, conheço vários edifícios que terminaram degradados e transformados em verdadeiras favelas verticais. As unidades unifamiliares são mais próximas da realidade dessas pessoas. Em sendo prédios, eles são baixos. Então a verticalização da baixa renda será deixada para o futuro, com um tecido social mais qualificado? Sim. Outra geração terá hábitos urbanos diferentes. É uma questão de tempo. A construção das cidades para o bem ou para o mal joga muito com o fator tempo. Erros cometidos no campo do urbanismo são duradouros. Na macroeconomia, demoram-se cinco anos para corrigir; em política, demoram-se quatro, cinco, até um governo. Em urbanismo, demora-se mais de um século. Como você vai consertar a estrutura modernista da Barra da Tijuca, no Rio, com seu paradoxo - sensação de saturação apesar da baixíssima densidade, o que dificulta viabilizar economicamente um transporte de massa de qualidade. O número de automóveis por família é superior aos EUA. Usa-se carro para qualquer coisa. As pessoas não conseguem andar meio quarteirão para comprar pão. Com as cidades pequenas, como conjugar densidade e preservação? A primeira coisa é não descaracterizar. Um amontoado de caixinhas iguais, com esquadrias de alumínio formando um conjunto que poderia estar em qualquer lugar do mundo, é ruim. Precisamos de espaços públicos que tornem a cidade única, preservando sua história e cultura, e atendendo às necessidades da população. O critério de buscar maior densidade e menos carro é uma exigência climática, mas precisa da triangulação democrática com a prefeitura, o setor produtivo e a sociedade organizada para alcançar melhores soluções.
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CAPA
UM NOVO OLHAR SOBRE A LAJE
Jardins e até pequenos pomares no teto de edifícios chegam aos grandes centros
Cristina França
ropostas para diminuir a aridez e a sensação de calor das cidades são sempre bem-vindas. Tecnologias para colocar em prática essas propostas, conjugando custo e benefício, já estão nas prateleiras da sustentabilidade. Uma delas, a cobertura verde sobre laje, enumera benefícios como melhoria da paisagem, redução de calor e absorção de águas pluviais, agregando defensores entusiasmados e empresários cautelosos. “O telhado verde é visto como uma solução para cidades onde faltam áreas verdes. No Recife, é um tema restrito ao meio acadêmico, mas acredito que seja hora não apenas de manter o verde que ainda temos, mas de começar a pensar e agir para ampliá-lo”, diz o engenheiro civil e conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea/ PE) Arnaldo Cardim. O diretor de Tecnologia e Custos da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi/PE), Lucian Fragoso, não está convencido que o telhado verde
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seja mais interessante que uma área de lazer, na cobertura de um prédio de 30 andares. “Acho a opção de jardins elevados até a altura do segundo pavimento muito mais integrada à paisagem, mas acredito que num horizonte curto teremos telhados verdes por aqui. É uma tecnologia que se integra ao tema amplo da sustentabilidade ambiental e pode dividir espaço com painéis fotovoltaicos para gerar energia solar, por exemplo. Mas precisamos avaliar custo de instalação e manutenção”, pondera. Na maior metrópole do Brasil, a situação, aparentemente, não é diferente. O diretor de Sustentabilidade Condominial do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi/SP), Geraldo Bernardes, afirma desconhecer iniciativas de implantação de telhados verdes em condomínios do Estado. Um projeto do deputado federal Tadeu Mudalen (DEM/SP) sobre a concessão de benefício tributário pelo uso de telhado verde foi arquivado. Há projeto semelhante em discussão na Câmara de São
Paulo, de autoria da vereadora Sandra Tadeu (DEM/SP). A sede da Prefeitura de São Paulo e o Conjunto Nacional, na Av. Paulista, são os poucos exemplos com cobertura vegetal na laje na cidade mais vertical do Brasil. Na Alemanha, edificações a partir de mil metros quadrados são obrigadas por lei a ter telhados verdes.
Feijó, presidente da ATV: ideia plantada
CAPA
O terreno ainda pode até parecer infértil, mas, na opinião do presidente da Associação de Telhados Verdes (ATV) e também proprietário da empresa gaúcha Ecotelhado, o agrônomo João Manuel Linck Feijó, o panorama nas alturas vai mudar. “Estamos em franca expansão como ideia e como empresa em São Paulo, Rio, Minas Gerais, Brasília, Goiás, Mato Grosso e até Amazônia. Empreendimentos que foram especificados há quatro ou cinco anos estão sendo entregues agora e, cada vez mais, escritórios de arquitetura e grandes construtoras estão atentos às tecnologias verdes”, sinaliza Feijó. A ATV reúne 20 empresas em todo o Brasil e tem no mercado corporativo seus maiores clientes. Nesse otimismo, Feijó busca apoio em dados do Green Building Council Brasil, que promove o sistema de certificação Leed para empreendimentos sustentáveis – hoje o Brasil é o quarto país no ranking mundial de construções verdes com 46 prédios certificados e 506 em processo de certificação. Fora do ambiente corporativo, Feijó diz que a associação aposta no lobby político e no convencimento das construtoras incluídas no programa Minha Casa, Minha Vida para expandir o uso do telhado verde, tendo como principal bandeira a absorção de calor
pela vegetação. “Podemos ter casas termoeficientes espalhadas por todo o Brasil. Especialmente no Nordeste, pode ser uma solução viável, inclusive potencializando o tratamento sanitário com o reuso da água”, argumenta. A Ecotelhado oferece o sistema de hidrojardinagem, que consiste em 20 centímetros de lâmina d’água entre a laje impermeabilizada e uma camada de substrato de argila expandida, o que possibilita o cultivo de gramíneas. Em período de chuvas, a água acumula e vai sendo consumida pela planta por evapotranspiração; sem chuva, a irrigação está garantida e o sistema pode reutilizar a água de banhos, por exemplo. Feijó adverte que não se fala de matas suspensas ou jardins bucólicos. Gramíneas são bem mais factíveis, em termos de instalação e manutenção. Os próprios pássaros se encarregam da semeação. “Num condomínio pronto, é muito mais interessante fazer a manutenção do teto com cobertura verde (tipo pasto), cuja durabilidade chega a 40 anos e reduz o calor para quem mora na cobertura. As lajes suportam sem problemas os 200 litros por metro quadrado que nosso sistema de hidrojardinagem pode acumular, além de ser uma contribuição significativa
para a diminuição de enchentes, por reter a água das chuvas no teto”. Na Paraíba, a ATM Consultoria está entusiasmada com o mercado que se descortina para os telhados verdes. João Pessoa, a capital verde do Brasil, tem potencial na opinião do sócio da empresa, o engenheiro civil e doutor em Recursos Hídricos e Meio Ambiente Laudízio Diniz. Em parceria com a também engenheira civil e professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba Claudiana Leal, a ATM organizou recentemente um curso teórico sobre telhados verdes e juntou 30 arquitetos, engenheiros, biólogos e construtores interessados no assunto. “Somos de vanguarda, gostamos de novidades”, antecipa de modo promissor o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa, Irenaldo Quintans. A engenheira Claudiana Leal, também doutora em Sustentabilidade, vai utilizar telhado verde e outras tecnologias sustentáveis na própria casa, que está sendo construída em um condomínio. “Mas meu grande laboratório é a cidade de Alagoa Grande, a 110 quilômetros de João Pessoa. Os gestores locais são sensíveis ao tema e vamos implantar o primeiro município sustentável da Paraíba com telhados verdes incluídos”, anuncia.
Numa chácara no Rio Grande do Sul, gramínea no telhado mais fácil de manter
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CAPA Qualquer teto serve Projetos especiais com árvores frutíferas prometem ser outro nicho de mercado. Em Salvador, o engenheiro agrônomo Anderson Pedreira, dono da Terra Viva Paisagismo, diz que a cidade ainda não tem tetos verdes, porque se argumenta que coberturas são para antenas, caixas de máquinas de elevadores e reservatórios de água. “Mas vejo isso como uma questão de tempo”. Para contornar o
peso de uma maior quantidade de terra vegetal necessária para plantas de maior porte – 2,5m a 3m de altura, ele utiliza o substrato orgânico Skygarden, desenvolvido no Japão e já fabricado no Brasil. “Posso ter mais de 50 centímetros deste substrato sobre uma manta impermeável, o que seria impossível se fosse terra vegetal. É mais caro, porém abre a possibilidade de ter jabuticaba,
pitanga e até araçá no telhado”, garante. Em um de seus projetos, em Salvador, ele evitou as frutíferas devido aos fortes ventos, mas fez uma cobertura verde sobre 380m² de teto, da área de lazer de um prédio, usando grama e plantas baixas. “Criei um jardim contemplativo que ameniza a temperatura nos apartamentos dos primeiros andares, podendo ser visto pelos moradores de suas janelas”, explica.
TeCobI Summit/ TeCobI Eco vai discutir o tema
Em Salvador, espaço verde no teto do salão de festas e da guarita
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Em paralelo ao TeCobI Expo 2012, evento internacional de telhados, coberturas e impermeabilização, a se realizar no Expo Center Norte, em São Paulo, entre 18 e 20 de junho, acontece o TeCobI Summit/TeCobI Eco, um programa de conferências que inclui temas sustentáveis como telhado verde, telhado branco (cool roofing) e painéis fotovoltaicos aplicáveis nos topos das construções. Palestrantes vão mostrar técnicas e benefícios, visando à certificação Leed, e também discutir o projeto da vereadora Sandra Tadeu (DEM/SP) sobre telhados verdes. O Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI) estará presente com dez palestras sobre “Impermeabilização: tendências, inovação e soluções”. Uma delas diz respeito diretamente aos telhados verdes – “Soluções em impermeabilização x coberturas verdes e isolação térmica”. No mercado existem produtos impermeabilizantes como as linhas Anchortec quartzolit, da Weber Saint-Gobain, e Hyperlast, da Dow.
MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVEL
USO DO SOL E REUSO DA ÁGUA ENTRAM EM PAUTA As edições do Fórum Pernambucano de Construção Sustentável, evento promovido pelo Sinduscon/PE em abril e maio, trataram da expansão da energia solar e da obrigatoriedade, em Pernambuco, do reaproveitamento da água
Café: aquecedor solar é incógnita no Nordeste
Cristina França
A
presença obrigatória de aquecedores solares em unidades unifamiliares com renda de zero a três salários mínimos do Minha Casa, Minha Vida 2 (MCMV 2), programa da Caixa Econômica Federal, foi tema da palestra do engenheiro Carlos Café, sócio-fundador do Studio Equinócio, no Fórum Pernambucano de Construção Sustentável de abril, reunindo construtores e especialistas na sede do Sinduscon/PE, no Recife. Especialista em energia solar, Café revelou que, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada em 2006, o chuveiro elétrico está presente em 20% das residências nordestinas. “Não se sabe se este percentual é por questões econômicas ou culturais, mas vamos ter que esperar até 2013 para analisar socialmente o impacto dessa obrigatoriedade no Nordeste”, afirmou. Até 2014, o MCMV 2 pretende construir dois milhões de casas e apartamentos em todo o país. E quantos, deste total, terão que ter aquecedores solares?
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De acordo com Carlos Café, o Studio Equinócio teve uma experiência positiva em 150 unidades de interesse social em Vitória da Conquista, na Bahia. No entanto, registrou-se um uso frequente da água quente para desengordurar panelas e diminuir o tempo de cozimento dos alimentos. Para ele, talvez se chegue à conclusão de que no Nordeste é mais útil incentivar a geração fotovoltaica para ligar a TV e fazer funcionar a geladeira, do que pensar apenas em chuveiro elétrico. Nas unidades multifamiliares, a instalação de aquecedores é opcional para o construtor. O incentivo é de R$ 2.000,00 por apartamento. “Poderia ser a metade, se o sistema de aquecimento e reservatórios fosse central, mas a baixa renda tem problemas em administrar coisas assim”, relatou o engenheiro, ressaltando que a aceitação e o uso correto de aquecedores solares dependem da educação. “Lembro que, em 1998, em Belo Horizonte, onde temos o terceiro kW/h mais caro do Brasil, quisemos doar
100 aquecedores solares e ninguém aceitou. Dizia-se que água aquecida pelo sol dava câncer de pele. Fomos à escola da comunidade explicar como funcionava e aí tivemos aceitação”, relata. Em unidades multifamiliares no Rio de Janeiro e em São Paulo, a experiência de adequação aos aquecedores solares de prédios do MCMV já construídos, instalando tubulações externas e chuveiros com backup para uso de energia convencional (durante dias de chuva, por exemplo), comprova, segundo Café, que os moradores realmente compraram a ideia da economia na conta de luz, propiciada pelo aquecedor solar. “Eles preferem tomar banho frio a pagar mais pela energia”, diz. As caixas d’água são individuais, o que demanda atenção das construtoras na fase de projeto dos prédios, a fim de que sejam feitos telhados condizentes com o peso dos reservatórios. “A presença das caixas d’água e dos aquecedores no teto pode ser questionável, do ponto de vista da paisagem, mas o ganho
MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVEL
econômico e ambiental é inegável”, afirma o engenheiro. Que o diga a China, maior mercado do mundo na área. O engenheiro Ricardo Souza, da Cumulus, fabricante de sistemas de aquecimento solar, lembrou que muito se fala em poupar evitando o chuveiro elétrico, mas existe uma série de aplicações que não são exploradas. Segundo ele, produtores de frutas em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, utilizam o sistema de aquecimento solar na
esterilização de frutas para exportação. A questão da formação da mão de obra, gargalo no crescimento do mercado de energia solar, foi abordada pelo professor José Bione, da Escola Politécnica de Pernambuco. “Em parceria com o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, teremos cursos com foco na formação para este mercado que consideramos, indiscutivelmente, viável sob todos os aspectos”, adiantou. Os aquecedores solares estão no caminho
da aceitação pelo mercado pernambucano. O especialista Carlos Café, além de participar do fórum, realizou o segundo curso de Introdução a Projetos de Sistemas de Aquecimento Solar, dirigido a construtores, arquitetos, projetistas e funcionários da Caixa Econômica Federal. “Foi uma grata surpresa ver que os participantes foram mais qualificados do ponto de vista da tomada de decisão. Não foram apenas técnicos interessados nessa tecnologia”, disse Café.
LEI PROMOVE A ÁGUA PARA FINS NOBRES Asaph Saboia
Desde o dia 3 de julho de 2011, no Estado de Pernambuco, todas as edificações residenciais e não residenciais com mais de 70 metros quadrados devem ser construídas com sistema de reaproveitamento da água de chuva e das águas servidas. É o que determina a Lei 14572/2011, do deputado estadual Tony Gel, que ainda prevê multa de R$ 1 mil a R$ 100 mil a quem não seguir as regras. “A lei foi criada para diminuir o desperdício e conscientizar a população, bem como empresários, construtoras, arquitetos e engenheiros. É também uma forma de estimularmos a sustentabilidade”, comentou o assessor do deputado Tony Gel, Felipe Jar.
Simone Souza, lembra que reuso da água é ganho econômico
Por meio de nota da sua assessoria, Tony Gel justificou a lei partindo das preocupações com a escassez dos recursos naturais, que aumentam à medida que o globo terrestre sofre os efeitos danosos e destrutivos da ação exploratória humana. “Os reflexos são reais e atingem todos de forma generalizada. Considerando a água como o bem natural mais precioso que possuímos, tem-se que o Brasil detém 13,7% de toda a água doce superficial da Terra. Parece ser muito, mas 80% estão localizados na Amazônia e os 20% restantes se distribuem, desigualmente, pelo país para atender cerca de 95% da população. Nesse contexto, surge a necessidade de encontrarmos meios para que a água seja usada apenas com fins “nobres” (para beber ou para banho)”, disse o deputado. Durante o Fórum do Movimento Sustentável do mês de maio, a reutilização da água foi o tema central das discussões. A abordagem diz respeito a um momento onde enfrentamos uma crise hidráulica mundial. “As pesquisas são preocupantes. Temos 1,1 bilhão de pessoas sem água potável e 90% dos esgotos gerados no mundo não são adequadamente tratados”, disse a doutora em Tecnologia Ambiental Simone Souza. Ela também destacou a importância da reutilização da água no âmbito econômico. “Além do benefício para o meio ambiente, pois estaremos preservando um recurso finito e importante como a água, também chamo a atenção para o benefício econômico, pois pagaremos menos pelo metro cúbico de água. É imprescindível que a população também
A lei é para combater o desperdício em todos os setores da sociedade, diz Felipe Jar
participe desse processo, que tem como objetivo principal preservar a água”, afirmou. Para o diretor do Sinduscon/PE, Serapião Barbosa, o evento afirmou que a abordagem traz benefícios para a sociedade, além de capacitar profissionais da área de construção. “Debater e aprofundar o conhecimento sobre a reutilização da água foi um grande passo que demos. Tivemos a oportunidade de ver os benefícios, entender sobre a lei e as consequências dessa prática”, afirmou Serapião, concluindo que o fórum trouxe mais uma vez a oportunidade de levar conhecimento às pessoas que fazem a construção civil e à população sobre as ações desenvolvidas que visam ao crescimento com responsabilidade.
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COMO SE FAZ
A HORA DA BANHEIRA O mercado está aquecido quando o assunto é relax na água no ambiente aconchegante do quarto ou até da sala. Basta seguir as regras na hora da instalação
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Arquiteta Ana Velloso: banheira precisa de engenheiro, arquiteto e instalação profissional
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epresentantes, lojas e assistentes técnicos andam felizes com o crescente desejo da alta renda por banheiras de hidromassagem. Uma das marcas mais famosas deste segmento está vendendo 40 unidades por mês, no Recife, quantidade considerada bem satisfatória e ascendente. As construtoras, em sintonia com este desejo, oferecem hoje estrutura para suportar 600 quilos por metro quadrado. Há casos de apartamentos com banheira em cada suíte e na varanda, e até spas para seis pessoas que suportam 1.300 quilos - incluindo os ocupantes e a água - na sala de estar. A arquiteta Ana Amélia Velloso, responsável por um projeto peculiar (a banheira está no próprio ambiente do quarto, sem divisórias) em um prédio antigo, diz que, teoricamente, qualquer pessoa com espaço disponível pode ter uma banheira, mas o cuidado com a instalação precisa começar pelo cálculo do efeito do peso sobre a estrutura. “Definida a questão estrutural, o próximo passo é garantir a qualidade do produto e o
acompanhamento de um instalador indicado pelo fabricante, que vai fazer o trabalho com os materiais corretos”, enumera. No projeto de Ana Amélia, a estrutura de alvenaria que suporta a banheira é recoberta por uma falsa madeira feita com pneus reciclados, respondendo bem à convivência com a água. O ambiente molhado exige materiais como granito, mármore e porcelanato, fáceis de enxugar. Se a opção for madeira mesmo, que seja com tratamento naval. Ana Amélia aconselha, caso a pessoa não esteja fazendo a reforma completa, impermeabilizar pelo menos um metro de pavimento para os lados da banheira e uns 80 centímetros de parede acima. Os fabricantes oferecem a estrutura de suporte do mesmo material da banheira - a resina acrílica, mas a arquiteta garante que os clientes preferem sempre materiais mais nobres. “O suporte do fabricante já é todo adaptado e tem custo igual ou superior às outras opções”, afirma, ressaltando que o importante quando se decide personalizar é deixar um acesso para o motor que aciona a hidromassagem. E, se for o caso, para o boiler que ajusta a temperatura da água.
COMO SE FAZ
Impermeabilizar é fundamental, assim como deixar acesso para possíveis manutenções no motor da hidromassagem
O assistente técnico Marcos Augusto está coordenando a instalação de uma banheira em um apartamento totalmente em reforma. A banheira vai ficar em um ambiente que está sendo inteiramente impermeabilizado com manta asfáltica de borracha, separado da área de dormir. O suporte da banheira será em alvenaria com acabamento ainda não definido. “Teremos uma banheira para dois, assentada para se apoiar em apenas dois centímetros sobre o suporte, o que facilita a sua retirada em caso de manutenção, criando uma lateral que pode servir para produtos de toilette”, explica. O local era um banheiro e nele há o detalhe importante de um ralo auxiliar de 100mm para escoamento da água periférica, que pode se infiltrar entre a banheira e a estrutura de suporte, apesar da vedação de silicone a ser retocada a cada três meses. Ana Amélia chama a atenção para a necessidade de ter um bom eletricista para realizar a parte elétrica, que precisa estar o mais distante possível da parte hidráulica e ser toda isolada, evitando curtos-circuitos e choques. Na hora de comprar, a arquiteta aconselha as banheiras totalmente em resina
Modelo de banheira básica e retrô para os pequenos
acrílica e cores básicas, resistindo-se à tentação das banheiras coloridas, que recebem uma cobertura de gel menos resistente. Tais banheiras apresentam fissuras com mais frequência, o que facilita a aglomeração de bactérias. Em média, a instalação leva cerca de um mês.
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A ILHA QUER MOBILIDADE Para acompanhar os investimentos econômicos no Estado, São Luís demanda infraestrutura de transportes. O PAC Rio Anil é parte de um conjunto de obras que promete fazer a capital andar para todos os lados
A IV Centenário e seus 3,8 quilômetros para carros, bicicletas e pedestres Cristina França
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uando festejar 400 anos em 8 de setembro, São Luís vai comemorar também a posição de capital de um Estado que ocupa o sexto lugar no ranking nacional dos que mais receberão investimentos até 2016, segundo pesquisa realizada pelo consultor Brian Nicholson, da Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema). Para realizar o estudo “Equipamentos de construção do mercado brasileiro (2011-2016): demanda e frota”, Nicholson mapeou os investimentos anunciados em todo o Brasil e chegou à soma de R$ 66,3 bilhões para o Maranhão, com uma previsão de 351 obras no valor médio de R$ 189 milhões. No Nordeste, o Maranhão é o terceiro colocado, atrás do Ceará e da Bahia.
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“Esses investimentos jogaram holofotes em problemas de mobilidade que vinham sendo desenhados desde a década passada. Felizmente chegamos a um consenso político e há um conjunto de obras que deve atender, ainda que parcialmente, às necessidades da população”, analisa o consultor e professor assistente do Departamento de Economia da Universidade Federal do Maranhão Felipe de Holanda. A Avenida IV Centenário, uma homenagem aos quatro séculos da cidade, é um desses projetos. “Pelas suas características sociais, a IV Centenário é a obra viária mais importante de São Luís”, destaca o secretário das Cidades e Desenvolvimento Urbano, Pedro Ribeiro.
R$ 364 milhões é o valor do projeto Rio Anil, sendo R$ 245 milhões do PAC
CAPA
Conjuntos residenciais terão síndicos preparados para gerir a nova realidade
A IV Centenário integra o projeto Rio Anil, orçado em R$ 364 milhões, sendo R$ 245 milhões advindos de recursos do governo federal, via Ministério das Cidades, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento I (PAC I). Com 3,8 quilômetros de extensão - cada pista com duas faixas de rolamento, passeio de pedestres e ciclovia, quatro pontes e um elevado, a obra interessa diretamente comunidades que serão retiradas das palafitas localizadas em quatro bairros à margem do rio Anil. Estão sendo construídos oito conjuntos residenciais, somando 2.700 apartamentos. Destes, 1.104 devem criar um novo bairro, não distante do centro da cidade. “A IV Centenário é uma obra importante para a região central da ilha e traz um ponto positivo: conjuga mobilidade e habitação. Não é o que vemos, por exemplo, em conjuntos habitacionais que estão previstos em áreas dos municípios limítrofes de São José do Ribamar e Paço do Lumiar, desconectados da malha de transportes”, explica Felipe de Holanda. O gestor da unidade executora do PAC Rio Anil, Artur Boueres, ressalta suas
preocupações sociais de garantir que os beneficiados com as novas moradias não voltem a viver em situação de risco. Por isso, a posse dos apartamentos é dada à mulher e o bem é de família, só podendo ser vendido com autorização judicial. “Esta é uma parte da cidade que começou a ser ocupada na década de 60. Fizemos o possível para deixar as pessoas no ambiente onde estão habituadas. Também foi preciso avaliar a situação daqueles que não estavam em palafitas e que
2.700 apartamentos para os moradores do entorno das obras
O secretário Pedro Ribeiro une mobilidade e habitação
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poderiam ter que sofrer desapropriação e indenização, em função da avenida e dos novos conjuntos habitacionais”, diz Boueres. Ele adianta que seis mil melhorias habitacionais estão em curso em oito bairros da capital, com a regularização fundiária de aproximadamente oito mil imóveis e a implantação de equipamentos urbanos, além da recuperação ambiental. “O que mais preocupa quem está sendo relocado é o lugar onde vai morar. Nem todos vão ficar por aqui e, quem ainda não recebeu seu apartamento, tem receio do aluguel social não cobrir o custo de uma casa, enquanto se espera a nova moradia”, fala Ana Tereza Amorim, uma dos 12 membros da comissão de acompanhamento da obra. “Somos o canal de comunicação dos moradores, levando e trazendo necessidades dos dois lados. Temos certeza que estaremos em um lugar melhor, mas as pessoas ficam com medo até tudo se ajeitar. Durante a obra, tivemos de ter a garantia do acesso de viaturas policiais e ambulâncias às comunidades. A questão da violência é muito forte aqui”, relata Ana. No total, o PAC Rio Anil beneficia cerca de 150 mil pessoas. “Resgataremos os bairros para a cidade, especialmente os quatro mais diretamente atingidos pela obra - Camboa, Liberdade, Fé em Deus e Alemanha”, informa o urbanista e secretário adjunto de
Desenvolvimento Urbano, Fred Burnett. Foi feito um mapeamento, em parceria com a Secretaria de Cultura, que catalogou mais de 100 grupos culturais; já em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, está em andamento um novo modelo de policiamento com Unidades de Segurança Comunitária mais próximas das comunidades. Os síndicos dos conjuntos habitacionais poderão fazer cursos para aprender a administrar e manter o espaço integrado aos bairros. “Os primeiros conjuntos tinham escadas internas, mas mudamos o projeto para escadas externas e, desta forma, os moradores controlam quem sobe e quem desce. É mais segurança para quem mora e quem frequenta os equipamentos de lazer e saúde oferecidos”, diz Burnett. A última grande obra viária de São Luís, uma ponte ligando o oeste ao leste da ilha, onde fica o centro histórico, foi feita na década de 80. Além da IV Centenário, o Governo do Estado também prevê entregar, até o aniversário da cidade, a primeira fase da Via Expressa, obra de mais de R$ 100 milhões sob o comando da Secretaria de Infraestrutura. A entrega da segunda fase está marcada para o final do ano, quando serão completados os nove quilômetros de sua extensão, passando por mais de 20 bairros e desafogando o tráfego na maior avenida da cidade - a Jerônimo de Albuquerque.
O resgate social em curso é essencial, diz o adjunto Burnett
Mais de 100 grupos culturais identificados nos quatro bairros diretamente afetados pelas obras
A governadora Roseana Sarney em visita ao canteiro do Rio Anil infraestrutura para crescer
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AVENIDA EM ATERRO HIDRÁULICO A Avenida IV Centenário tem seus 3,8 quilômetros de extensão praticamente em aterro hidráulico, explica o engenheiro que chefia a obra, Fábio Dantas, da Construtora Egesa. “O difícil acesso à margem esquerda do rio com o método construtivo tradicional (aterro com argila) era impossível, primeiro por causa das palafitas e, segundo, porque material de jazida aqui em São Luís tem pouco. Então iniciamos a obra dragando areia do Rio Anil e bombeando para a área de confinamento do aterro, que viria a ser a avenida propriamente dita.” O aterro hidráulico terá um sistema de contenção de terra armada – placas de concreto com fitas com escamas – para a margem do rio. O atrito da areia com as fitas faz com que as placas fiquem seguras. Fora isso, haverá outra contenção, tipo molhe, de pedras graníticas de grande diâmetro, entre 90cm e 1,1m, que vai se apoiar em terreno firme vencendo a lâmina de lama. “A contenção substituiu as paliçadas de madeira cobertas com uma manta geotêxtil, usadas inicialmente. Por um erro de avaliação, não consideramos a variação da maré, que sai do nível zero do rio para sete metros de altura, a cada seis horas. As paliçadas frágeis deixavam a areia ir embora. Então trocamos por pedras que comprovadamente são um sucesso na contenção do corpo do aterro”, justifica Dantas.
Para o lado seco do aterro, a contenção vai ser feita com a tecnologia “terramesh”, ou seja, com gabiões escalonados cujas pedras serão, com o tempo, tomadas por vegetação. Segundo o chefe da obra, o propósito foi oferecer para os moradores da área uma solução visualmente agradável - e não um paredão de concreto como barreira. Além do aterro hidráulico, a avenida terá quatro pontes e um elevado, tudo em concreto convencional. As pontes serão feitas com estacas tipo raiz e camisas metálicas que chegam a 30 metros de profundidade, vencendo uma camada inicial de água de quase cinco metros de altura, além de 20 a 30 metros de lama, em alguns pontos, até alcançar o terreno firme. “Teremos uma ponte de 80 metros, uma de 20 e duas de 40 metros, além do elevado de 900 metros com estaca encamisada com diâmetro de 310mm e injeção de argamassa de cimento que consome 600 quilos por metro cúbico. Já fizemos mais de 1,2 mil estacas”, relata Dantas. A plataforma total da avenida terá praticamente 28 metros de largura, sendo duas pistas de 7,4 metros com duas faixas de rolamento (cada) - uma faixa apenas para pedestres, de um lado, com três metros e, do outro, uma faixa para pedestres e ciclovia, com seis metros.
A rotina da moradora Ana Tereza Amorim mudou com as obras do PAC Rio Anil. Integrante da Comissão de Acompanhamento da Obra (CAO), ela passou a conviver e dialogar com o gestor Artur Boueres quase que diariamente. A tarefa de cada um deles é conciliar as demandas de ambos os lados, sem falsas expectativas. “É difícil, às vezes, explicar por que um pedido foi negado, por que alguém tem que morar em outro local. A gente aposta que vai melhorar de vida e tenta passar esta certeza para os outros”, diz Ana. “Ela não pode me ver chegar por aqui que vem conversar. Conseguimos criar o clima de confiança, fundamental num projeto que envolve tanta gente. A CAO tem sido uma experiência positiva de gestão democrática”, fala Boueres.
Dantas, da Egesa: uso de tecnologia para uma obra que vai conviver com a comunidade
Sistema de contenção de terra armada para ‘segurar’ o rio
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CAPA
Avenida Metropolitana vai desafogar o trânsito entre a capital e seus vizinhos
PELO CENTRO E PELA MARGEM Outro grande investimento do Governo do Estado é a Avenida Metropolitana, ao custo de R$ 429 milhões (recursos do PAC Mobilidade e do Ministério das Cidades). A Metropolitana vai circundar a ilha, começando na BR-135, próximo ao aeroporto (também em obra), facilitando o acesso aos municípios limítrofes da capital: Raposa, Paço do Lumiar e São José do Ribamar. “Este último já é a quarta cidade do Maranhão, com 160 mil habitantes. É uma área de expansão imobiliária que só tende a crescer”, diz o consultor Felipe de Holanda. Com oito faixas de tráfego, a avenida terá corredor exclusivo para ônibus nos dois sentidos. A primeira etapa, de 2,5 quilômetros, que é, na verdade, a duplicação de parte da já saturada Avenida dos Holandeses, está em processo de licitação e prevista para começar ainda este ano. No total, a avenida terá 26,5 quilômetros, a serem entregues em três anos. Por parte da Prefeitura de São Luís também há investimentos. Na opinião do consultor Holanda, o mais importante é o Novo Corredor de Transporte Urbano, que recebeu aporte de R$ 169 milhões do PAC Mobilidade. O projeto terá custo total de R$ 430 milhões, influenciando 44 bairros e 450 mil habitantes. Serão 12,37 quilômetros de vias, com 10 estações de embarque e desembarque,
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passarelas, uma estação de transbordo, ciclovias, 11 bicicletários, corredores exclusivos de ônibus e estrutura de elevação. O prazo de conclusão é de dois anos e as obras devem começar ainda este ano. A prefeitura também anunciou que vai retomar as obras de prolongamento da Avenida Litorânea, na região oeste da capital, apesar da mesma estar embargada por questões ambientais. A ilha também espera pela duplicação de outra via importante – a Avenida dos Portugueses, que dá acesso à Universidade Federal do Maranhão e ao porto do Itaqui.
Cerca de 150 mil pessoas beneficiadas pelo PAC Rio Anil
O consultor Holanda vê coerência nos investimentos em vias e transporte público
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TECNOLOGIA
PISOS PARA DURAR Locais de alto tráfego exigem pisos diferenciados, com alto grau de abrasão. Thiago Medeiros
Shopping Center Recife: mall com piso cimentício vibroprensado
Cristina França
O
Shopping Center Recife, na zona sul do Recife, está na sua quinta etapa, inaugurada em abril. No total já são 86 mil metros quadrados de área bruta locável e 62 mil consumidores cadastrados. É o típico local que precisa de um piso de alta resistência à abrasão, sem aspereza ou saliências que dificultem a limpeza. O engenheiro coordenador de desenvolvimento do shopping, Ricardo Vasconcelos, escolheu um piso cimentício em placas vibroprensadas. “É o mesmo tipo
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que implantamos na quarta etapa há 14 anos e que vamos colocar nas três primeiras, de acordo com a revitalização geral a ser concluída em meados de 2013. O fabricante é a Tecnogran, que consegue oferecer hoje um produto um pouco mais fino, porém mais resistente. Uma opção ao granito, mais caro, que utilizamos em detalhes junto com a madeira Cumaru”, explica Vasconcelos. A madeira Cumaru se adapta bem a ambientes de alto tráfego por ser pesada e dura ao corte,
além de resistente a fungos e cupins. A resistência à abrasão ou desgaste é o mais importante requisito de um piso que vai ser “pisado” por um incontável número de pessoas. Foi para este mercado que a a Biancogrés desenvolveu e patenteou a tecnologia ‘alta performance’: porcelanato de altíssima resistência, durabilidade e limpabilidade que reproduz a aparência e textura das pedras naturais. “Uma peça classificada como PEI 5, maior coeficiente que mede o grau
TECNOLOGIA Roberto Pereira
Ana Cristina Gomes, da Solarium, alia drenagem à resistência. Ao lado, o porcelanato ultratestado da Biancogrés
de abrasão, é submetida a testes com 12 mil giros realizados por uma esfera de aço. Nós submetemos estas peças a 30 mil giros”, relata o gerente de Engenharia da Biancogrés, Ivaldino Xavier. Ele acrescenta que a linha também resiste a rupturas por ter baixa absorção de água. Com relação a ser antiderrapante, a Biancogrés tem classificação própria: parte de AD1, para salas e quartos em residências, à AD4, para bordas de piscinas. Há produtos para as mais variadas necessidades. Enquanto a Biancogrés exalta a baixa absorção de água, a Solarium aposta justamente nisto com a linha Drenaggio. “Nossa proposta é cobrir grandes áreas com um produto que é 95% permeável e ao mesmo tempo resistente. Temos as versões de 5 centímetros e de 8 centímetros, esta para lugares com grande movimentação de carros e até veículos pesados como caminhões”, declara a presidente da Solarium, Ana Cristina Gomes. Ela frisa que a linha Drenaggio deve ser aplicada em solo compactado, tipo 10 centímetros de areia, sem contra piso de concreto.
PNEUS RECICLADOS Performance no alto tráfego e reciclagem de pneus é o apelo da Aubicon. “Nosso produto chega a ter aplicações bem específicas como, por exemplo, em rampas de acessibilidade, pelas características antiderrapantes”, diz a gerente comercial Cássia Bretone. Ela fala da manta Impactsoft Roll que recicla um pneu a cada metro quadrado e tem 5mm de espessura, disponível nas cores branca, amarela e azul. O produto também é usado entre lajes e contrapisos para diminuir ruídos entre os apartamentos.
Além da manta, o fabricante oferece pisos com espessuras variando de 5mm a 50mm. Este último recicla sete pneus por metro quadrado. As peças são intertravadas e interligadas por pinos (por isso drenantes). Podem ser colocadas diretamente na brita ou no contrapiso. “Estamos em creches municipais do Rio de Janeiro e em playgrounds do conjunto habitacional Heliópolis, projeto do arquiteto Ruy Ohtake”, revela Cássia Bretone. A tecnologia da Aubicon veio da Alemanha e Itália.
Manta da Aubicon : o pneu vira piso antiderrapante
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ECONOMIA & NEGÓCIOS
DESENVOLVIMENTO GERA NOVAS CIDADES Novos polos econômicos de Pernambuco levam o mercado imobiliário a investir pesado em complexos que reúnem moradias, lazer, comércio e serviços
Convida Suape: uma cidade para um porto
Adriana Guarda
O
s novos polos de desenvolvimento de Pernambuco vão turbinar o mercado imobiliário do Estado nos próximos anos. Bairros e cidades planejados vão despontar nas regiões que abrigam empreendimentos estruturadores como o território de Suape, o litoral norte e a zona oeste do Grande Recife. Pelo menos cinco projetos já foram anunciados para os municípios do Cabo de Santo Agostinho, São Lourenço da Mata, Camaragibe e Goiana, somando investimentos de R$ 13 bilhões. Outros três complexos imobiliários têm previsão de lançamento até o final de junho. Morar próximo ao trabalho, ganhar qualidade de vida e fugir dos gargalos da mobilidade são argumentos que justificam a febre dos complexos planejados no Estado. Atentas à explosão de empregos no Complexo
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de Suape, as construtoras Moura Dubeux e Cone estudaram e desenharam, ao longo dos últimos cinco anos, o projeto Convida Suape, a primeira cidade planejada do Nordeste. Estudo encomendado pelos empreendedores ao Ibope Inteligência apontou uma projeção de 142 mil novos empregos na região de Suape até 2017 (hoje este contingente é de 70 mil profissionais). Para atender essa população, seria necessária a construção de 60 mil residências. “O público do projeto será formado pelos atuais habitantes do território de Suape, profissionais que trabalham nas empresas da região e migrantes que vão desembarcar no Estado”, destaca o presidente da Cone, Marcos Roberto Dubeux. Com investimento de R$ 6,5 bilhões, o complexo será implantado no Cabo de Santo Agostinho, numa área de 4,7 milhões de metros quadrados, que antes pertencia a um
engenho de cana-de-açúcar. A cidade será dividida em dez bairros e vai abrigar uma população de 100 mil pessoas (superior ao número de habitantes de Ipojuca). A área destinada às unidades habitacionais será de 2,1 milhões de metros quadrados e terá 25 mil residências. A construção será executada em quatro etapas, com conclusão prevista para 2022. A cidade planejada terá área de comércio e serviços, polo educacional, hospitais, biblioteca, academias, parques, áreas verdes, shopping, supermercado, hospital, centro comunitário, edifícios públicos, hotel, ciclovias e outros equipamentos. Quando estiver em plena operação, o empreendimento vai gerar 17 mil empregos diretos. O Convida Suape vai oferecer imóveis para diversas faixas de renda, com preços entre R$ 70 mil e R$ 500 mil.
ECONOMIA & NEGÓCIOS
Outro bairro planejado vai brotar na região de Suape pelas mãos da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI), da Cyrela Brazil e da Usina Ipojuca. Batizado provisoriamente de Cidade Nova, o complexo vai totalizar um investimento de R$ 5 bilhões no município de Ipojuca. “O empreendimento vai contribuir para suprir o problema histórico de moradia naquela região, que comemora a chegada das indústrias, mas sofre com a ocupação urbana desordenada”, observa o diretor-superintendente da Cyrela no Nordeste, André Phyton. O Cidade Nova será instalado em 230 hectares pertencentes à Usina Ipojuca. A primeira etapa poderá ter até dez edifícios, com 600 unidades habitacionais. Phyton adianta que os preços poderão variar de R$ 150 mil a R$ 300 mil. Sem precisar data, o executivo garante que o empreendimento será lançado em breve. Também na “agulha” para ser apresentado ao mercado está o bairro planejado da Rio Ave Empreendimentos no Cabo de Santo Agostinho. O diretor comercial, Alberto
Cidade Nova nasce no coração do desenvolvimento do Litoral Sul
Ferreira da Costa Júnior, adianta apenas que a proposta é construir de 10 mil a 14 mil unidades habitacionais na região. O prefeito do município, Lula Cabral, comemora a chegada dos empreendimentos, lembrando que a
cidade tem um déficit habitacional de 25 mil unidades. “Hoje as pessoas vêm trabalhar no Cabo, mas gastam dinheiro em outras cidades. Com essa nova população permanente, a renda vai ficar no município”, defende.
O negócio dos bairros e cidades planejadas Nome
Empreendedores
Investimento
Localização
Convida Suape
Moura Dubeux e Cone S.A
R$ 6,5 bilhões
Cabo de Santo Agostinho
Cidade Nova*
Cyrela Brazil Realty e Queiroz Galvão
R$ 5 bilhões
Ipojuca
Northville
AWM Engenharia, São Bento Incorporações e CA3 Construtora
R$ 1 bilhão
Goiana
Cavalcante Petribu, GL Empreendimentos, Moura (Baterias) e Queiroz Galvão
ainda será divulgado
Goiana
Atlântica
Reserva São Lourenço
Pernambuco Construtora
ainda será divulgado
São Lourenço da Mata
Cidade da Copa
Odebrecht Participações e Investimentos
R$ 2 bilhões
São Lourenço da Mata
R$ 1 bilhão
Camaragibe
Ainda será divulgado
FMSA Carrilho, A.B Côrte Real, Romarco, Casa Grande Engenharia, Consulte e Masf
* Nome preliminar ou que ainda será divulgado Fonte: Empresas
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ECONOMIA & NEGÓCIOS
Condomínio Northville: o bairro que surge com a montadora Fiat
O litoral norte de Pernambuco foi içado à condição de nova região de desenvolvimento, ancorado pela montadora da Fiat e pelo polo farmacoquímico, no município de Goiana. Só a fábrica de automóveis vai investir R$ 4 bilhões e gerar 4,5 mil empregos diretos. Será outra ilha de progresso no Estado a receber uma grande população de migrantes. Mais uma vez, os grandes empreendimentos abrem as portas aos projetos imobiliários. O primeiro a se antecipar à demanda foi o empresário Alexandre Mirinda, presidente da AWM Engenharia. Junto com as empresas São Bento Incorporações e CA3 Construtora, criou o Consórcio Paradigma, que vai construir em Goiana o complexo imobiliário Northville. O investimento na iniciativa está estimado em R$ 1 bilhão. A proposta é dar vida a um bairro com 2.220 residências distribuídas em dois condomínios, shopping, hotel e setores comerciais, empresariais, de saúde, educacional e esportivo, além de muita área verde. A questão da sustentabilidade é uma das principais
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características nos projetos de bairros e cidades planejadas. Uma das primeiras etapas a sair do papel será um hotel executivo com 120 apartamentos e investimento calculado de R$ 20 milhões. A ideia é aproveitar o trânsito de profissionais de fora do Estado durante a implantação dos empreendimentos dos polos automotivo e farmacoquímico. Um dos condomínios será voltado para o programa Minha Casa, Minha Vida, com 32 unidades de dois quartos cada, em edifícios de quatro pavimentos; o outro terá 42 apartamentos de três quartos em prédios de sete andares; e o último terá 97 casas em 10 hectares de terreno. “Queremos entregar o primeiro hotel até 2014, ano da Copa e do início da operação da Fiat. As demais fases do projeto serão determinadas pela demanda”, comenta Mirinda.
QGDI EM GOIANA Uma das maiores cidades planejadas de Pernambuco também vai se instalar em Goiana. Juntos, os empreendedores Cavalcante Petribu, Moura Baterias, GL Empreendimentos e
Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI) se preparam para apresentar o projeto. Numa estratégia de marketing, o grupo faz suspense para aguçar a curiosidade do mercado. A única pista foi um anúncio de três páginas nos principais jornais do Estado, prenunciando a Atlântica Cidade Planejada. O complexo será instalado numa área de 600 hectares (terreno equivalente ao da Refinaria Abreu e Lima, em Suape), nas terras da Usina São José, em Goiana. O diretor regional da QGDI, Múcio Souto, diz que o projeto será implementado por partes e vai se basear numa pesquisa de mercado para levantar as demandas da região, a exemplo do Convida Suape. “A QGDI decidiu investir em desenvolvimento urbano. Em Goiana, queremos aproveitar a movimentação das pessoas que vão precisar morar na região por conta do polo automotivo, alavancado pela montadora da Fiat”, comenta. O conceito do empreendimento prevê moradia, comércio, serviços, infraestrutura, esportes, lazer, saúde, educação, hotelaria e cultura.
ECONOMIA & NEGÓCIOS
De olho na Copa 2014, três grupos do setor imobiliário também vão entrar no jogo e lançar bairros planejados nos municípios de São Lourenço da Mata e Camaragibe. O primeiro a ser anunciado foi a Cidade da Copa, capitaneada pela Odebrecht Participações e Investimentos. O que no início se imaginava ser apenas um estádio cresceu e se transformou numa cidade dentro de São Lourenço da Mata. As obras do complexo, deixaram de ser uma maquete e ganharam viga e concreto. Na futebolística cidade será erguida, ainda, a Reserva São Lourenço, pela Pernambuco Construtora. O empreendimento ficará localizado na BR-408, a 1,5km da entrada do município e a 3km da Cidade da Copa. Terá 64 torres distribuídas em 17 condomínios independentes, cada uma com oito pavimentos (térreo e outros sete andares). Cada torre terá quatro apartamentos por andar, totalizando 2.048 unidades. Aproveitando a proximidade com a Cidade da Copa, o município de Camaragibe vai entrar na rota dos bairros planejados. O empresário
Lançamento da Reserva São Lourenço que começa por um shopping
Antônio Carrilho, da FMSA Carrilho, junto com outras cinco empresas, vai construir um complexo imobiliário na área da antiga indústria têxtil Braspérola. “O diferencial do nosso projeto é que a primeira etapa a ser construída será um shopping”, destaca Carrilho. O projeto habitacional será construído a
médio prazo, depois que a primeira fase for concluída. A ideia é que a área habitacional ocupe 150 mil metros quadrados da área total de 400 mil. O projeto inicial prevê a construção de 16 edifícios. Diante de tanta demanda, a tendência dos bairros planejados parece irreversível.
INDICADORES IVV
A CONSTRUÇÃO AINDA VAI RENDER MUITO André Freitas
S
abe-se que a construção civil vem ditando o ritmo da atividade industrial no país. Especificamente em Pernambuco, vê-se claramente o destaque do macrossetor da construção, quando nos últimos resultados trimestrais do PIB estadual, divulgados pela Agência de Planejamento de Pernambuco (Condepe/Fidem), a construção civil cresceu acima dos outros setores. No terceiro trimestre de 2011, por exemplo, enquanto a indústria de transformação recuou mais de 3%, a da construção civil cresceu 8,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Quando comparado o ano de 2011 com 2010, a indústria de transformação cresceu 2,5% e, a da construção, 10,5%. Utilizando-se de outras fontes como o Ministério do Trabalho e Emprego, os resultados corroboram também com a pujança da atividade da construção. Enquanto a indústria de transformação cresce, em número de empregos formais, de 2007 para 2012 (até fevereiro), pouco mais de 14%, a da construção civil cresce mais de 160%, passando dos 54.190 empregos formais, em 2007, para mais de 140 mil em 2012. Resta patente a dinâmica da indústria da construção. Em Pernambuco, para se ter uma ideia, acaba de sair um estudo (Condepe/Fidem) afirmando que para cada R$ 1 milhão investido na fase de construção dos grandes empreendimentos (Hemobrás, estaleiro, petroquímica, refinaria), eleva-se em mais de R$ 600 mil o valor adicionado da economia e em mais de R$ 200 mil o rendimento médio da população, além da geração de oito postos de trabalho. Significa dizer que até o fim da fase de construção desses empreendimentos, Pernambuco terá acrescido à sua economia R$ 15 bilhões e elevado o rendimento médio
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da população em R$ 6 bilhões, gerando algo em torno de 185 mil postos de trabalho. Mas nem tudo são flores - a falta de mão de obra tem preocupado sobremaneira a indústria da construção civil. O setor não consegue contratar um número suficiente de trabalhadores, a fim de atender razoavelmente às necessidades do mercado. Segundo um levantamento da Fiepe, na Sondagem da Indústria da Construção, o problema de falta de trabalhador qualificado vem ganhando destaque ao longo dos meses. Como exemplo, no início de 2010, este problema elencado não tinha grande repercussão, mas hoje já passou a ser citado como o segundo maior empecilho para o setor. É bem verdade que há esforços do setor privado e do governo para o fortalecimento e a criação de condições para setores
prioritários da economia local, a exemplo da instalação de cursos técnicos específicos por parte do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). No entanto, o número de profissionais ainda não é suficiente para atender às necessidades do mercado. Ademais, segundo os próprios empresários, outro ponto de destaque é a dificuldade em encontrar profissionais experientes. Portanto, é sabido, através da teoria econômica, que nenhum segmento cresce ininterruptamente ao longo do tempo. Há ciclos de crescimento. Pernambuco entrou em um novo patamar de evolução, como vem ocorrendo com o macrossetor da construção civil, e agora urge a necessidade de serem diagnosticados os gargalos, a fim de que o Estado possa usufruir efetivamente desses ciclos favoráveis de crescimento.
SÉRIE INFRAESTRUTURA
PORTO DE SUAPE ACELERA PLANO DIRETOR Investimentos em infraestrutura previstos no plano diretor são antecipados para atender ao crescimento do Complexo Industrial e Portuário de Suape Cristina França
O
plano diretor de Suape, concluído em 2010 com a assessoria do porto de Roterdã, previa, em um cenário otimista, que um segundo terminal de contêineres seria necessário em 2018. No momento, o primeiro terminal utiliza a área privada do Cone Suape para a manutenção e guarda de contêineres vazios, não só para otimizar a operação, mas por falta de espaço mesmo. O processo de licitação do segundo terminal está em fase final de aprovação junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e a licitação deve acontecer em julho. O custo das obras civis no cais seis e sete e dos equipamentos será de aproximadamente R$ 600 milhões.
O Porto de Suape, no litoral sul de Pernambuco, é o imã da economia do Estado
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“Os cenários econômicos mais favoráveis nos obrigaram a antecipar algumas ações e investimentos previstos para evitar gargalos a curto e médio prazos, mas sempre mantivemos nosso planejamento e cronograma de execução das obras compatíveis com a realidade do complexo”, afirma o diretor de Planejamento e Urbanismo do Complexo Industrial e Portuário de Suape, Jaime Alheiros. O segundo terminal de contêineres será entregue em 2015, mas até agosto de 2013 serão feitos a bacia de manobras e o dique do canal um (onde será instalado o estaleiro Promar), a dragagem do canal de acesso ao canal dois (reservado ao estaleiro CMO), o reforço dos
cabeços da entrada do canal interno e o canal de acesso externo, os quais representam um investimento total de R$ 762 milhões. Na ilha de Cocaia, que foi definitivamente aforada ao Governo de Pernambuco, será construído o terminal de minérios (granéis sólidos) em uma área de 75 hectares. A construção do cais e a dragagem do canal de acesso do terminal fazem parte da segunda fase do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2). O terminal será arrendado pela Antaq após aprovação dos estudos de viabilidade técnica e econômica. Aos arrendatários caberão a terraplenagem e as obras civis, que devem ser concluídas até o primeiro
SÉRIE INFRAESTRUTURA
Alheiros: infraestrutura para dar suporte à Transnordestina integrando litoral e sertão
semestre de 2014. Também a ilha de Tatuoca, onde está localizado o cluster naval, foi aforada ao governo. À exceção da área do cluster naval, que é passível de venda por estar fora do porto organizado, as áreas restantes das duas ilhas serão objeto de arrendamento, segundo critérios previstos no Plano Diretor 2030. Esses critérios recomendam a redução do número e do tempo dos terrenos com opções e reservas para expansão. O arrendamento é uma das fontes de recursos para investir na infraestrutura do porto. Atualmente 110 empresas já operam no complexo e mais 50 estão em fase de implementação. O terminal de minérios está diretamente ligado à entrada em operação da ferrovia Transnordestina, cujo trecho ligando a cidade de Eliseu Martins, no Piauí, ao porto de Suape foi prometido pela presidente Dilma Rousseff para o final de 2013. Na operação minérios, Suape tem como direto concorrente o porto do Pecém, no Ceará, que será interligado à ferrovia em 2014. A possível concorrência do porto de Cabedelo, na Paraíba, que investe no aprofundamento do calado para 11 metros e na construção de um terminal de múltiplo uso e de um berço de atracação, não preocupa Jaime Alheiros. “Enxergamos apenas Pecém como concorrente no escoamento de minérios de ferro e outras cargas pela Transnordestina, em função da competitividade que apenas Suape e Pecém oferecem. Outros pontos cruciais são a infraestrutura ferroviária e o padrão das composições de minérios operados pela Transnordestina, compatíveis com bitola larga. Todo o ramal norte (que leva à Paraíba) é de bitola métrica, o que implica um transbordo ou
O sobrecarregado terminal de contêineres alia-se à iniciativa privada e espera ‘irmão’ até 2015
a integração de bitola, acarretando em uma operação mais onerosa”, explica.
GRÃOS, GRANÉIS LÍQUIDOS E AÇÚCAR Até 2014, também estará pronto o terminal de grãos, que irá operar o cais oito e nove, mediante esteiras transportadoras. O investimento nos dois cais será em torno de R$ 300 milhões, que poderão ser usados também para carga geral. “Estamos estudando a viabilidade desse investimento ser absorvido pelo arrendatário do terminal de grãos, nos moldes do segundo terminal de contêineres. O carregamento da Transnordestina e a geração de carga serão consolidados ao longo de 2014, quando ambos os terminais - de minérios e grãos - estarão concluídos”, garante Alheiros. O Plano Diretor 2030 preconiza a Transnordestina como fundamental para favorecer o porto de Suape através da ligação com o potencial do interior de Pernambuco. “Sem conexão fluvial com o interior, Suape depende da ferrovia para trazer produtos e levar insumos. O Vale do São Francisco e a região produtora de grãos do Piauí vão ganhar competitividade”, opina o economista Valdeci Monteiro, sócio
da Ceplan Consultoria e Planejamento. Além disso, depois que a Transnordestina interligar o interior da região aos portos marítimos de Pecém e Suape, a próxima etapa desta ferrovia será interligar a conexão ferroviária norte/sul do Brasil. Essa conexão permitiria aos produtores/exportadores do interior escolher entre Pecém e os portos no Norte do país, tais como o porto de Itaqui, no Maranhão, o maior exportador de minério de ferro do Brasil. A infraestrutura portuária até 2015 completa-se com a construção dos píeres de granéis líquidos (A e B). Quantos aos empreendimentos, consta também o terminal de açúcar, no cais cinco, arrendado pela AD&F Man, com operação prevista para a safra 2012-2013, além de novos pátios públicos de veículos e carga geral no cais quatro, novos pátios alfandegados, um novo moinho de trigo e a expansão das áreas de tancagem para granéis líquidos. “A iniciativa privada precisa correr atrás da gente”, brinca Alheiros, ressaltando a importância das Parcerias Público-Privadas (PPPs) e das concessões na conservação e melhoria da oferta da infraestrutura do complexo.
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SÉRIE INFRAESTRUTURA
INVESTIMENTOS PARALELOS Investimentos para criar a infraestrutura portuária direta estão correndo em paralelo aos que vão dar condições de chegada e permanência de pessoas ao porto de Suape. A Concessionária Rota do Atlântico (CRA) - formada pela Odebrecht Transport, em sociedade com o Fundo de Infraestrutura do FGTS, e pela Invepar, composta pelos fundos Previ, Funcef, Petros e o grupo OAS - prevê entregar, até junho de 2013, a construção e requalificação de 43 quilômetros do Complexo Viário e Logístico de Suape. Esse trecho inicia-se na BR-101 (sul) e termina no distrito de Nossa Senhora do Ó, na cidade de Ipojuca, sendo uma opção para a PE-60 como acesso às praias. As obras começaram em novembro do ano passado e estão orçadas em R$ 450 milhões. Serão construídos viadutos e implantados o Centro de Controle Operacional, postos de pesagem, dois pátios logísticos (ainda em estudo hospedagem e alimentação para caminhoneiros), cinco postos de pedágio e um posto para a Polícia Militar Rodoviária. A concessão é de 35 anos. Para a própria administração do porto, será construída uma nova sede via permuta de terreno, no qual a vencedora da licitação, a Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário, irá erguer em 14,4 hectares a Zona Central de Serviços. Primeiro virá o edifício administrativo de 11 andares com heliponto, com entrega até 2014, e em seguida virão um hotel com 192 quartos e o Complexo Office Park, com shopping de serviços e seis torres empresariais. A segunda fase sai até 2016. Por último, mais quatro empresariais de nove pavimentos até 2020. “Será um espaço funcional para o público de Suape, com bancos, correios e praça da alimentação. Não será um espaço de lazer para a região, até porque temos níveis de segurança que precisam ser respeitados. “Futuramente estão previstos mais hotéis, centro de convenções e zona de serviços médicos com hospital”, diz o diretor de Planejamento e Urbanismo do Complexo Industrial e Portuário de Suape, Jaime Alheiros. A Cone S/a (Condomínios de Negócios S/A) completa a estrutura de apoio
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ao porto de Suape. A companhia está nas mãos da Conepar, composta pelos acionistas da Moura Dubeux Engenharia, que detém o seu controle, e pelo Fundo de Infraestrutura (FI-FGTS), sob a gestão da Caixa Econômica Federal. Os investimentos incluem a construção de uma cidade voltada não apenas para as necessidades geradas por Suape e, especificamente, para a oferta de estrutura e logística do Cone Suape - os recursos são da ordem de R$ 2 bilhões, 80% destes aplicados até 2016. Estão dentro do Cone, em uma área de 12 milhões de metros quadrados contíguos ao porto, o serviço multimodal (concluído até o final de 2012), a Zona de Processamento de Exportação (ZPE/Suape), o Plug & Play, a Zona de Processamento de Aço (ZPA/Suape) e o Cone Multicenter, além do Cone Concierge, uma assessoria burocrática e financeira para as
empresas interessadas na região. O Cone Suape disponibiliza hoje 170.000 m² de armazéns, com previsão de mais 75.000m² até junho e 112.000m² de pátio mais 30.000m² também para junho. O diretor de Planejamento e Urbanismo do porto de Suape, Jaime Alheiros, reconhece o apoio desta estrutura privada para as operações do porto. “Tem sido importante, especialmente para o Terminal de Conteneires I, que no momento utiliza uma área para os contêineres vazios ou que demandam tempo de pátio”, diz. A área de armazenagem do Cone Suape tem 80 hectares e ficará totalmente pronta até o final de 2013, informa o presidente do Cone Suape, Marcos Roberto Dubeux. Ele acrescenta que estão confirmados dois hotéis, somando 514 quartos com a bandeira espanhola Eurostars, restaurante do grupo Spettus e shopping de serviços compacto.
Obras da Rota do Atlântico abrem caminho para o porto e o turismo
O PORTO DE SUAPE O Complexo Industrial e Portuário de Suape foi planejado na década de 70 para substituir o porto do Recife, na perspectiva de oferecer sinergia entre um parque industrial e um moderno porto. Está localizado a 40 quilômetros da capital pernambucana, no litoral sul de Pernambuco, na costa leste do Brasil, ocupando uma área de 15.000,00 hectares, dos quais cerca de 50% são reservas ecológicas. A posição geográfica do Estado, no centro da Região Nordeste, potencializa Suape como porto internacional concentrador de cargas (hub port) para toda a América do Sul.
CONSTRUIR ECONOMIA
CONSUMIDOR ACULTURADO AO FINANCIAMENTO BANCÁRIO Mônica Mercês
D
urante muitos anos, os consumidores ficaram impossibilitados de ter acesso aos financiamentos bancários direcionados para a compra de imóveis. No início da década de 90, o volume ofertado era mínimo e excludente, pois poucos, muito poucos, conseguiam alcançá-lo. Era um misto de escassez, regras proibitivas e traumas do passado do antigo BNH e seus saldos impagáveis. Como alternativa, os empresários começaram a ofertar seus produtos através do financiamento direto com o incorporador, uma modalidade que transformava as empresas incorporadoras/construtoras também em agente financiador: bancos! Os consumidores foram aderindo a essa modalidade e, em pesquisa realizada no início de 2003, há praticamente dez anos, o percentual dos consumidores na Região Metropolitana do Recife (RMR) que optavam por adquirir imóveis direto com o incorporador atingiu 53% de preferência. Aos poucos, os bancos reassumiram seu verdadeiro papel nesse processo e os consumidores foram perdendo o medo de se endividar, endividamento que começou com o mercado automobilístico. O brasileiro nem tinha acesso a financiamentos para moradia, nem para carro novo – uma fixação do nosso povo, comprovada pelos altos índices de veículos que circulam hoje nas diversas vias do nosso país. No início, muitos vão lembrar, os veículos eram financiados em dólar!!! Vi muitos amigos torcendo, com o “carnê de 36 parcelas” em mãos, para que um novo plano econômico não fizesse o dólar disparar, levando com ele o carro alienado. A última pesquisa feita, também com potenciais consumidores de imóveis na mesma RMR, por ocasião do 5º Salão Imobiliário da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi/PE), em
março de 2012, já apontou que 77% deles preferem financiar com bancos. Isto demonstra uma nova postura desse público, aculturado à prática de financiar bens diferentemente de um passado recente. Poucos citam traumas passados com o Sistema Financeiro, até mesmo em função de boa parte dos novos consumidores serem jovens e não terem vivenciado os problemas do passado. E que fiquem no passado apenas como registro histórico, pois novamente estatísticas recentes de outro importante movimento concentrado de venda de imóveis (Feirão da Caixa Econômica Federal) dão conta que num só final de semana (4 a 8/5/12) o evento alcançou R$ 4,63 bilhões em 30.925 contratos assinados e encaminhados, com atendimento de 200.743 pessoas nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Salvador.
Todas essas informações retratam as mudanças econômicas no Brasil e em sua economia. Recentemente o governo resolveu alterar regras da caderneta de poupança, fonte diretamente ligada ao mercado imobiliário, fruto da constante redução da taxa Selic. Alguns apontam que isso deverá provocar impactos negativos na captação da poupança, mas por outro lado também já se discute que todas essas alterações chegarão, em breve, aos juros dos financiamentos imobiliários, baixando-os para que mais e mais consumidores consigam ter acesso à compra de imóveis. Muito bom perceber que, definitivamente, a atenção merecida pelo setor da construção, enfim, aconteceu, pois seu poder de geração de emprego e renda dispensa qualquer justificativa para que nele sejam investidos não só recursos, mas também medidas que favoreçam a sua dinâmica.
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CUB – Custo Unitário Básico da Construção - Janeiro | 2012
VARIAÇÃO PERCENTUAL PROJETOS
R-1 (Residência Unifamiliar)
PP-4 (Prédio Popular)
PADRÃO DE ACABAMENTO
PROJETOS PADRÕES
R$/M2
MENSAL
ACUMULADO NO ANO
ACUM. EM 12 MESES
Baixo
R-1-B
1.006,67
0,24%
1,74%
11,93%
Normal
R-1-N
1.219,65
0,43%
1,74%
12,49%
Alto
R-1-A
1.563,99
0,58%
1,85%
12,24%
Baixo
PP-4-B
933,57
0,21%
1,08%
10,65%
PP-4-N
1.149,64
0,32%
1,93%
12,37%
0,20%
1,11%
10,62% 11,42%
Normal Baixo
R-8-B
883,39
Normal
R-8-N
987,04
0,29%
1,41%
Alto
R-8-A
1.256,77
0,49%
1,92%
12,30%
Normal
R-16-N
963,56
0,30%
1,34%
11,18%
Alto
R-16-A
1.241,34
0,17%
1,20%
10,07%
PIS (Projeto de Interesse Social)
PIS
667,65
0,39%
1,66%
10,74%
RP1Q (Residência Popular)
RP1Q
950,57
0,06%
0,05%
9,60%
Normal
CAL-8-N
1.113,31
0,12%
1,19%
9,99%
Alto
CAL-8-A
1.222,05
0,35%
1,55%
10,36%
Normal
CSL-8-N
947,09
0,10%
1,22%
10,17%
Alto
CSL-8-A
1.068,45
0,52%
1,95%
11,31%
Normal
CSL-16-N
1.262,03
0,10%
1,08%
10,07%
Alto
CSL-16-A
1.423,18
0,50%
1,81%
11,18%
GI
539,51
0,34%
0,81%
10,52%
R-8 (Residência Multifamiliar)
R-16 (Residência Multifamiliar)
COMERCIAIS CAL-8 (Comercial Andares Livres) CSL-8 (Comercial Salas e Lojas) CSL-16 (Comercial Salas e Lojas) GI (Galpão Industrial)
OBSERVAÇÕES: Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”. “Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador.” Os preços unitários dos insumos constantes do lote básico foram cotados no período de: 1 à 24 de Março de 2012. A partir de fevereiro/2007, com a entrada em vigor da NBR 12.721/2006, adotamos o projeto-padrão R-16-N como o novo CUB PADRÃO do SINDUSCON/PE, e passamos a divulgar os valores referentes a materiais, mão de obra, despesas administrativas e equipamentos, que formam este CUB Padrão, bem como suas variações percentuais no mês, no ano e em 12 meses.
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| ABR/MAI 2012
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INSUMOS
AGLOMERANTES Cal hidratado Calforte Narduk Cal hidratado Calforte Narduk (saco com 10 kg) Cimento Portland Cimento Portland (saco c/ 50 kg) Cimento branco específico Narduk Cimento branco específico Narduk (saco com 40 kg) Gesso em pó de fundição (rápido) Gesso em pó de fundição (rápido) (saco com 40kg) Gesso em pó para revestimento (lento) Gesso em pó para revestimento (lento) (saco com 40kg) Gesso Cola Gesso Cola (saco com 5kg)
kg sc kg sc kg sc kg sc kg sc kg sc
0,57 5,72 0,420 20,80 1,02 40,99 0,39 15,71 0,31 12,50 1,30 6,50
un
1,55
un
1,75
un
2,07
un
2,40
un
3,02
un
54,33
un
57,63
un
70,33
un
71,00
un
73,00
un
2,80
un
4,20
un
4,90
un
4,20
m2 m2
14,33 15,00
un m
15,50 8,17
m2
27,33
m2
29,33
m2
32,00
m2
34,33
m2
33,67
m2
36,67
m2
31,67
m m m m m m m
12,60 19,12 27,92 35,68 55,25 105,30 154,60
ARTEFATOS DE CIMENTO Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/9x19x39cm(2,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/12x19x39cm(2,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/14x19x39cm(2,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/14x19x39cm(4,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/19x19x39cm(4,5MPa) Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU’s aberta 60x40x40cm Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU’s fechada 60x40x50cm Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU’s aberta 70x50x40cm Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU’s aberta 70x45x60cm Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU’s fechada 70x45x60cm Elemento vazado de cimento Acinol-CB2/L com 19x19x15cm Elemento vazado de cimento Acinol-CB6/L/Veneziano 25x25x8cm Elemento vazado de cimento Acinol-CB7/L/Colmeia com 25x25x10cm Elemento vazado de cimento Acinol-CB/9/Boca de Lobo 39x18x9cm Lajota de concreto natural lisa para piso de 50x50x3cm Lajota de concreto natural antiderrapante para piso de 50x50x3cm Meio fio de concreto pré-moldado de 100x30x12cm Nervura de 3,00m para laje pré-moldada com SC=200kg/m2 Piso em bloco de concreto natural “Paver” de 6cm c/25MPa (48pç/m2) Piso em bloco de concreto natural “Paver” de 6cm c/35MPa (48pç/m2) Piso em bloco de concreto pigmentado “Paver” de 6cm c/25MPa (48pç/m2) Piso em bloco de concreto pigmentado “Paver” de 6cm c/35MPa (48pç/m2) Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/25 Mpa (34pç/m2) Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/35 Mpa (34pç/m2) Piso de concreto vazado ecológico (tipo cobograma) Tubo de concreto simples de 200mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 300mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 400mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 500mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 600mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 800mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 1000mm classe PS1
Tubo de concreto simples de 1200mm classe PS1 Tubo de concreto armado de 300mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 400mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 500mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 600mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 800mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 1000mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 1200mm classe PA2 Verga de concreto armado de 10x10cm Vigota treliçada para laje B12 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 4,00m Vigota treliçada para laje B12 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 4,00m Vigota treliçada para laje B16 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 6,00m Vigota treliçada para laje B16 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 6,00m Vigota treliçada para laje B20 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 7,00m Vigota treliçada para laje B20 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 7,00m Vigota treliçada para laje B25 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 8,00m Vigota treliçada para laje B25 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 8,00m Vigota treliçada para laje B30 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 9,00m Vigota treliçada para laje B30 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 9,00m
ARTEFATOS DE FIBROCIMENTO Caixa d’água cônica CRFS de 250 litros c/tampa Brasilit Caixa d’água cônica CRFS de 500 litros c/tampa Brasilit Caixa d’água cônica CRFS de 1000 litros c/tampa Brasilit Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX superior Brasilit Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX inferior Brasilit Cumeeira articulada TKO superior para Kalhetão CRFS Brasilit Cumeeira articulada TKO inferior para Kalhetão CRFS Brasilit Cumeeira normal CRFS TOD 5G 1,10m Brasilit Cumeeira normal CRFS TOD 10G 1,10m Brasilit Cumeeira normal CRFS TOD 15G 1,10m Brasilit Telha Kalheta 8mm de 3,00m Brasilit Telha Kalheta 8mm de 4,00m Brasilit Telha Kalheta 8mm de 5,50m Brasilit Telha Kalheta 8mm de 6,00m Brasilit Telha Kalheta 8mm de 6,50m Brasilit Telha Kalhetão 8mm de 3,00m CRFS Brasilit Telha Kalhetão 8mm de 6,70m CRFS Brasilit Telha Kalhetão 8mm de 7,40m CRFS Brasilit Telha Kalhetão 8mm de 8,20m CRFS Brasilit Telha Kalhetão 8mm de 9,20m CRFS Brasilit Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 1,22x0,50m Brasilit Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,13x0,50m Brasilit Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,44x0,50m Brasilit Telha Maxiplac de 6mm com 3,00x1,06m Brasilit Telha Maxiplac de 6mm com 4,10x1,06m Brasilit Telha Maxiplac de 6mm com 4,60x1,06m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,22x1,10m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,53x1,10m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,83x1,10m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,13x1,10m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,44x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,22x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,53x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,83x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,13x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,44x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,22x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,53x1,10m Brasilit
Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,83x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,13x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,44x1,10m Brasilit
m m m m m m m m m m
204,50 43,06 54,99 67,68 100,43 180,79 241,55 444,01 12,68 5,01
m
5,35
m
3,85
m
4,08
m
3,59
m
3,88
Areia fina Areia grossa Saibro Barro para aterro Barro para jardim Pó de pedra Brita 12 Brita 19 Brita 25 Brita 38 Brita 50 Brita 75 Pedra rachão Paralelepípedo Meio fio de pedra granítica
m
3,65
ARGAMASSA PRONTA
m
3,91
m
3,93
m
4,19
un un un un un un
79,02 129,43 253,26 4,30 4,30 49,90
un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un
49,90 28,44 28,44 28,44 114,57 148,74 200,63 198,54 231,42 185,15 414,16 458,00 506,02 568,93 6,91 12,75 12,70 114,52 155,95 176,44 24,50 30,70 36,60 42,85 48,50 29,60 37,10 44,00 51,50 60,31 39,50 49,70
un un un
59,50 69,70 79,90
m3 m3 m3 m3 m3 m3 m3 m3 m3 m3 m3 m3 m3 un m
42,50 45,00 36,67 21,67 37,50 43,33 70,00 70,00 68,33 66,67 63,33 64,00 49,33 0,43 8,50
sc kg sc kg sc
5,04 0,25 9,82 0,49 18,93
sc
23,21
sc sc sc sc kg sc kg
10,11 4,59 5,15 39,91 1,00 51,44 1,29
kg kg kg kg kg kg un un un un
5,64 5,87 6,46 6,71 8,23 6,62 118,14 190,53 98,64 185,57
un un un un un un un un un un un un un un un un
496,67 561,67 594,67 792,67 852,67 694,07 821,53 997,50 483,33 547,67 641,33 153,67 157,00 187,67 44,00 44,73
m2
11,23
AGREGADOS
Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno (saco 20kg) Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo (saco 20kg) Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo Argamassa Megaflex AC-III Narduk alta resistência (saco 20kg) Argamassa Megaflex AC-III-E Cinza Narduk alta resist. (saco 20kg) Massa para alvenaria (saco 40kg) Reboco pronto Reboduk Narduk interno (saco 20kg) Reboco externo pronto (saco 20kg) Rejunte aditivado interno (saco 40kg) Rejunte aditivado interno Narduk Rejunte aditivado flexível externo (saco 40kg) Rejunte aditivado flexível externo Narduk
ARAMES Arame galvanizado nº 10 BWG liso 3.40mm Arame galvanizado nº 12 BWG liso 2.76mm Arame galvanizado nº 14 BWG liso 2.10mm Arame galvanizado nº 16 BWG liso 1.65mm Arame galvanizado nº 18 BWG liso 1.24mm Arame recozido 18 BWG preto Arame farpado “Elefante” - fio 2,2mm - rolo com 250m Arame farpado “Elefante” - fio 2,2mm - rolo com 400m Arame farpado “Touro” - fio 1,6mm - rolo com 250m Arame farpado “Touro” - fio 1,6mm - rolo com 500m
BOMBAS CENTRÍFUGAS Bomba centrífuga trifásica de 1/2 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 3/4 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 1 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 1 1/2 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 2 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 3 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 5 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 7,5 CV Schneider Bomba centrífuga monofásica de 1/4 CV Schneider Bomba centrífuga monofásica de 1/2 CV Schneider Bomba centrífuga monofásica de 3/4 CV Schneider Chave de proteção magnética trifásica até 5CV WEG Chave de proteção magnética trifásica até 7,5CV WEG Chave de proteção magnética trifásica até 10CV WEG Bóia para bomba com 10 amperes Bóia para bomba com 20 amperes
CARPETES Carpete Flortex Tradition Grafite da Fademac com 3mm
ABR/MAI 2012 |
| 87
Carpete Reviflex Diloop Grafite da Fademac com 4mm
m2
12,15
CONCRETO USINADO Concreto usinado FCK=10MPa Concreto usinado FCK=15MPa Concreto usinado FCK=15MPa bombeável Concreto usinado FCK=20 MPa Concreto usinado FCK=20 MPa bombeável Concreto usinado FCK=25 MPa Concreto usinado FCK=25 MPa bombeável Concreto usinado FCK=30 MPa Concreto usinado FCK=30 MPa bombeável Concreto usinado FCK=35 MPa Concreto usinado FCK=35 MPa bombeável Taxa de bombeamento
m3 m3 m3 m3 m3 m3 m3 m3 m3 m3 m3 m3
231,50 237,50 245,50 249,00 257,50 268,67 275,00 283,00 292,50 295,00 305,00 32,50
m2 m2 m2 m2
311,67 264,17 249,00 361,03
ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO Janela de alumínio com bandeira Janela de alumínio sem bandeira Janela de alumínio tipo basculante 0,60x1,00m Porta de alumínio com saia e bandeira
ESQUADRIAS DE FERRO Gradil de ferro c/cantoneira L de 1.1/4” e barras de 1”x1/4” Portão de ferro em chapa preta nº 18 (cant.) Portão em tela de ferro quadrada 13mm e fio 12 Tubo de ferro preto de 2” Tubo de ferro preto de 4” Tubo de ferro preto de 6” Tubo de ferro galvanizado de 2” Tubo de ferro galvanizado de 2.1/2” Tubo de ferro galvanizado de 4”
m2 m2 m2 m m m m m m
203,26 233,76 135,38 18,37 38,76 90,87 31,12 38,98 86,13
un un un un un un un un un un un un un un un un un un
59,33 65,37 250,33 20,67 60,00 113,00 444,33 94,27 110,93 146,00 177,00 265,00 375,00 730,00 795,00 142,33 217,33 65,17
EQUIPAMENTOS CONTRA-INCÊNDIO Adaptador de 2.1/2”x1.1/2” Adaptador de 2.1/2”x2.1/2” Caixa de incêndio com 75x45x17cm para mangueira predial Chave Storz Esguicho Jato sólido de 1.1/2” Extintor de água pressurizada 10 litros Extintor de CO2 de 6kg Extintor de pó quimico 4kg Extintor de pó quimico 6kg Extintor de pó quimico 8kg Extintor de pó quimico 12kg Mangueira predial de 1.1/2” x 15m com união Mangueira predial de 1.1/2” x 30m com união Porta corta fogo P90 de 0,80x2,10m Porta corta fogo P90 de 0,90x2,10m Registro Globo 45° de 2.1/2” Tampa de ferro fundido de 60x40cm “incêndio” Tampão cego de 1.1/2” T.70 articulado
ESQUADRIAS DE MADEIRA Porta em compensado liso semi-oca de 0,60x2,10x0,03m Porta em compensado liso semi-oca de 0,70x2,10x0,03m Porta em compensado liso semi-oca de 0,80x2,10x0,03m Porta em compensado liso semi-oca de 0,90x2,10x0,03m Porta em compensado liso de 0,60x2,10x0,03m EIDAI Porta em compensado liso de 0,70x2,10x0,03m EIDAI Porta em compensado liso de 0,80x2,10x0,03m EIDAI Porta em compensado liso de 0,90x2,10x0,03m EIDAI Porta em fichas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m Porta em fichas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m Porta em fichas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m Porta em fichas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m
un un un un un un un un un un un un un un un
45,08 45,74 46,41 49,66 63,02 66,55 74,02 84,44 119,63 139,40 175,66 166,43 112,00 112,00 160,88
Porta em almofadas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m Porta em amolfadas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m Grade de canto em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte Grade de caixa em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte Grade de caixa em Jatobá até 1,00x2,10m para verniz ou cera
un un un un un
126,59 142,59 167,33 194,33 45,33
un
90,66
un
55,00
h mês mês mês mês mês mês mês mês mês mês mês mês mês
75,83 10,33 330,57 356,67 688,08 377,77 201,67 280,47 72,50 75,30 77,87 170,00 6,33 186,88
EQUIPAMENTOS Retroescavadeira 580H, 4x4 (com operador) Andaime tubular de 1,5x1,0m (2peças=1,00m) Betoneira elétrica de 400L sem carregador Compactador CM/13 elétrico Compactador CM/20 elétrico Cortadora de piso elétrica Furadeira industrial Bosch ref. 1174 Guincho de coluna(foguete) Mangote vibratório de 35mm Mangote vibratório de 45mm Motor elétrico para vibrador Pistola finca pinos Pontalete metálico regulável (1 peça) Serra elétrica circular de bancada
FERROS Ferro CA-25 de 12,5mm Ferro CA-25 de 20mm Ferro CA-25 de 25m Ferro CA-50 de 6,3mm Ferro CA-50 de 8mm Ferro CA-50 de 10mm Ferro CA-50 de 12,5mm Ferro CA-50 de 16mm Ferro CA-50 de 20mm Ferro CA-50 de 25mm Ferro CA-50 de 32mm Ferro CA-60 de 4,2mm Ferro CA-60 de 5mm Ferro CA-60 de 6mm Ferro CA-60 de 7mm Ferro CA-60 de 8mm Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2) Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2) Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2) Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)
kg kg kg kg kg kg kg kg kg kg kg kg kg kg kg kg kg
3,21 3,22 3,30 3,51 3,49 3,34 3,16 3,16 3,16 3,08 3,05 3,22 3,22 3,28 3,19 2,61 5,44
m2
5,42
kg
5,39
m2
8,26
kg
5,17
m2
9,29
kg
5,53
m2
12,13
un un m m m m m
4,50 2,43 9,00 11,37 11,07 7,73 8,37
FORROS, DIVISÓRIAS E SERVIÇOS DE GESSO Bloco de gesso com 50x65x7,5cm para parede divisória Placa de gesso lisa para forro com 65x65cm Rodateto de gesso - friso com largura de até 6cm aplicado Rodateto de gesso - friso com largura de até 15cm aplicado Rodateto de gesso - friso com largura de até 20cm aplicado Junta de dilatação de gesso em “L” de 2x2cm aplicada Junta de dilatação de gesso em “L” de 3x3cm aplicada
FERRAGENS DE PORTA Dobradiça em aço cromado de 3”x2.1/2” sem anéis ref. 1500 LaFonte Dobradiça em aço cromado de 3”x2.1/2” sem anéis ref. 1410 LaFonte Dobradiça em latão cromado de 3”x2.1/2” sem anéis ref. 90 LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 521 E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 521 I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 521 B-CR LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 436E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 436I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 436B-CR LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 2078 E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 2078 I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 2078 B-CR LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 608E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 608I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 608B-CR LaFonte
un
4,31
un
4,55
un
8,74
un un un un un un un un un un un un
75,86 58,33 56,08 56,31 46,41 46,41 73,87 49,67 54,59 127,63 101,49 101,49
sc kg m
11,80 0,32 151,97
m m m m2 m2 m2 m m m m m2 m2 ml ml ml ml
19,93 23,95 16,50 79,75 108,30 111,00 200,77 29,70 35,33 24,67 91,84 61,80 159,34 22,77 27,50 19,00
gl lata gl bd kg gl
68,04 295,10 31,18 139,02 37,80 32,52
bd
130,04
gl bd gl lata bd bd gl bd cart gl bd gl bd bd bd bd bd
23,60 120,41 56,49 224,18 16,73 64,78 44,40 150,00 25,70 37,36 142,65 67,93 212,86 56,97 136,43 201,48 170,01
GRANITOS Granilha nº 02 (saco com 40kg) Granilha nº 02 Bancada em granito cinza andorinha de 60x2cm c/1 cuba, test.e esp. Divisória de box em granito cinza andorinha de 7x2 cm Soleira de granito cinza andorinha de 15x2 cm Rodapé de granito cinza andorinha com 7x2cm Lajota de granito cinza andorinha de 50x50x2cm Lajota de granito preto tijuca de 50x50x2cm Lajota de granito preto tijuca de 15x30x2cm Bancada de granito preto tijuca de 60x2cm Divisória de box em granito preto tijuca 7x2 cm Soleira de granito preto tijuca de 15x2 cm Rodapé de granito preto tijuca de 7x2cm Lajota de granito verde ubatuba de 50x50x2cm Lajota de granito verde ubatuba de 15x30x2cm Bancada de granito verde ubatuba de 60x2cm Divisória de box em granito verde ubatuba 7x2cm Soleira de granito verde ubatuba de 15x2cm Rodapé de granito verde ubatuba de 7x2cm
IMPERMEABILIZANTES Acquella (galão de 3,6 litros) Acquella (lata de 18 litros) Bianco (galão de 3,6 litros) Bianco (balde de 18 litros) Compound adesivo (A+B) (2 latas=1kg) Desmol CD - líquido desmoldante p/concreto (galão de 3,6 litros) Desmol CD - líquido desmoldante p/concreto (balde de 18 litros) Frioasfalto (galão de 3,9 kg) Frioasfalto (balde de 20kg) Neutrol (galão de 3,6 litros) Neutrol (lata de 18 litros) Vedacit (galão de 3,6 litros) Vedacit (balde de 18 litros) Vedacit rapidíssimo (galão de 4 kg) Vedacit rapidíssimo (balde de 20kg) Vedaflex (cartucho com 310ml) Vedapren preto (galão de 3,6 litros) Vedapren preto (balde de 18kg) Vedapren branco (galão de 4,5 kg) Vedapren branco (balde de 18kg) Sika nº 1 (balde de 18 litros) Igol 2 (balde de 18kg) Igol A (balde de 18kg) Silicone (balde de 18 litros)
MADEIRAS Assoalho de madeira em Ipê de 15x2cm Assoalho de madeira em Jatobá de 15x2cm Rodapé de madeira em Jatobá de 5x1,5cm Lambri de madeira em Angelim Pedra de 10x1cm Folha de “Fórmica” texturizada branca de 3,08x1,25m Folha de “Fórmica” brilhante branca de 3,08x1,25m Estronca roliça tipo litro Barrote de madeira mista de 6x6cm Sarrafo de madeira mista de 10cm (1”x4”) Tábua de madeira mista de 15cm (1”x6”) Tábua de madeira mista de 22,5cm (1”x9”) Tábua de madeira mista de 30cm (1”x12”) Madeira serrada para coberta (Massaranduba) Peça de massaranduba para coberta de 7,5x15cm Peça de massaranduba para coberta de 6x10cm Barrote de massaranduba para coberta de 5x7,5cm Ripa de massaranduba para coberta de 4x1cm Prancha de massaranduba para escoramento de 3x15cm Prancha de massaranduba para escoramento de 5x15cm Chapa de madeira plastificada de 10mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira plastificada de 12mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira plastificada de 15mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira plastificada de 17mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira plastificada de 20mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 6mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 10mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 12mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 15mm c/ 1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 17mm c/1,10x2,20m
m2 m2 m m2 un un m m m m m m m3 m m m m m
71,74 78,05 8,93 29,50 48,58 44,02 1,73 5,68 2,77 4,11 5,61 8,09 2.345,67 26,93 18,39 9,53 4,74 14,88
m
28,53
un un un un un un un un un un
38,97 43,98 51,66 60,85 75,50 14,31 22,89 26,99 34,96 41,41
m m vara
1,12 1,53 3,84
vara
5,35
vara vara
8,88 10,83
vara
13,53
vara vara
17,30 36,58
vara un
44,20 0,88
un
1,07
un un
1,63 2,65
un
3,08
un un
5,10 12,40
un un un un un un un un un
14,33 0,41 0,66 0,89 1,40 1,78 2,80 8,00 9,68
MATERIAIS ELÉTRICOS E TELEFÔNICOS Eletroduto em PVC flexível corrugado de 1/2” Eletroduto em PVC flexível corrugado de 3/4” Eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2” (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4” (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 1” (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4” (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2” (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 2” (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2” (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 3” (vara com 3m) Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2” Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4” Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1” Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4” Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2” Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2” Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2” Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3” Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2” Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4” Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1” Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4” Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2” Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2” Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2” Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3”
Bucha de alumínio de 1/2” Bucha de alumínio de 3/4” Bucha de alumínio de 1” Bucha de alumínio de 1.1/4” Bucha de alumínio de 1.1/2” Bucha de alumínio de 2” Bucha de alumínio de 2.1/2” Bucha de alumínio de 3” Arruela de alumínio de 1/2” Arruela de alumínio de 3/4” Arruela de alumínio de 1” Arruela de alumínio de 1.1/4” Arruela de alumínio de 1.1/2” Arruela de alumínio de 2” Arruela de alumínio de 2.1/2” Arruela de alumínio de 3” Caixa de passagem em PVC de 4”x4” Caixa de passagem em PVC de 4”x2” Caixa de passagem sextavada em PVC de 3”X3” Caixa de passagem octogonal em PVC de 4”X4” Soquete para lâmpada (bocal) com rabicho Soquete para lâmpada (bocal) sem rabicho Cabo de cobre nú de 10mm2 Cabo de cobre nú de 16mm2 Cabo de cobre nú de 25mm2 Cabo de cobre nú de 35mm2 Cabo flexível de 1,5mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 2,5mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 4mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 6mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 10mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 16mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 25mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 35mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 4mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 6mm2 com isolamento plástico Fita isolante de 19mm (rolo com 20m) Disjuntor monopolar de 10A Pial Disjuntor monopolar de 15A Pial Disjuntor monopolar de 20A Pial Disjuntor monopolar de 25A Pial Disjuntor monopolar de 30A Pial Disjuntor tripolar de 10A Pial Disjuntor tripolar de 25A Pial Disjuntor tripolar de 50A Pial Disjuntor tripolar de 70A Pial Disjuntor tripolar de 90A Pial Disjuntor tripolar de 100A Pial Disjuntor monopolar de 10A GE Disjuntor monopolar de 15A GE Disjuntor monopolar de 20A GE Disjuntor monopolar de 25A GE Disjuntor monopolar de 30A GE Disjuntor tripolar de 10A GE Disjuntor tripolar de 25A GE Disjuntor tripolar de 50A GE Disjuntor tripolar de 70A GE Disjuntor tripolar de 90A GE Disjuntor tripolar de 100A GE Quadro de distribuição de energia em PVC para 3 disjuntores Quadro de distribuição de energia em PVC para 6 disjuntores Quadro de distribuição de energia em PVC para 12 disjuntores Quadro metálico de distribuição de energia para 12 disjuntores
un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un m m m m m m m m m m m m m m m m un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un un
0,30 0,43 0,62 0,84 1,01 1,89 2,40 2,93 0,19 0,28 0,48 0,64 0,80 1,02 1,65 3,15 3,06 1,79 2,82 3,35 1,53 1,75 3,78 5,38 7,41 10,96 0,46 0,74 1,31 1,83 3,46 6,09 10,40 13,26 0,46 0,72 1,36 2,03 6,79 8,48 6,78 7,11 8,14 7,11 43,15 42,38 44,84 69,40 69,09 69,09 5,38 5,25 5,50 5,50 5,50 45,00 41,25 42,00 68,60 60,00 60,00 12,84
un
40,24
un
65,90
un
108,23
Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 12 disjuntores Quadro metálico de distribuição de energia para 20 disjuntores Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 20 disjuntores Quadro metálico de distribuição de energia para 32 disjuntores Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 32 disjuntores Conjunto ARSTOP completo (tomada + disjuntor) de embutir Conjunto ARSTOP completo (tomada + disjuntor) de sobrepor Conjunto 4”x2” com 1 interruptor simples Pial Pratis Conjunto 4”x2” com 2 interruptores simples Pial Pratis Conjunto 4”x2” com 3 interruptores simples Pial Pratis Conjunto 4”x2” com 1 interruptor paralelo Pial Pratis Conjunto 4”x2” com 2 interruptores paralelos Pial Pratis Conjunto 4”x2” com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Pratis Conjunto 4”x2” c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Pratis Conjunto 4”x2” c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Pratis Conjunto 4”x2” com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Pratis Conjunto 4”x2” com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Pratis Conjunto 4”x2” c/1 tomada de corrente c/ aterramento 2P+T Pial Pratis Conjunto 4”x2” c/1 tomada de corrente c/ aterramento 3P Pial Pratis Conjunto 4”x2” c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Pratis Conjunto 4”x2” com 1 botão pulsador para campainha Pial Pratis Conjunto 4”x2” com 1 botão pulsador para minuteria Pial Pratis Conjunto 4”x2” com 1 saída para antena de TV/ FM Pial Pratis Suporte padrão 4”x2” Pial Pratis Suporte padrão 4”x4” Pial Placa cega 4”x2” Pial Pratis Placa cega 4”x4” Pial Pratis Conjunto 4”x2” com 1 interruptor simples Pial Plus Conjunto 4”x2” com 2 interruptores simples Pial Plus Conjunto 4”x2” com 3 interruptores simples Pial Plus Conjunto 4”x2” com 1 interruptor paralelo Pial Plus Conjunto 4”x2” com 2 interruptores paralelos Pial Plus Conjunto 4”x2” com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Plus Conjunto 4”x2” c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Plus Conjunto 4”x2” c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Plus Conjunto 4”x2” com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Plus Conjunto 4”x2” com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Plus Conjunto 4”x2” com 1 tomada de corrente c/ aterramento 2P+T Pial Plus Conjunto 4”x2” c/1 tomada de corrente c/ aterramento 3P Pial Plus Conjunto 4”x2” c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Plus
ABR/MAI 2012 |
un
37,73
un
123,50
un
46,33
un
168,15
un
66,10
un
28,90
un
29,35
cj cj
4,92 9,84
cj
12,24
cj cj
6,68 11,79
cj
11,70
cj
9,95
cj
12,65
cj
5,97
cj
10,77
cj cj cj
7,38 8,90 10,55
cj
5,15
cj
5,45
cj
10,61
un
0,61
un un un cj cj cj cj cj cj
1,23 1,91 4,34 8,00 13,98 18,45 10,36 19,00 16,40
cj
14,33
cj
18,75
cj
7,24
cj
16,13
cj
14,50
cj
11,03
cj
10,50
cj
7,17
| 89
Conjunto 4”x2” com 1 botão pulsador para campainha Pial Plus Conjunto 4”x2” com 1 botão pulsador para minuteria Pial Plus Conjunto 4”x2” com 1 saída para antena de TV/FM Pial Plus Suporte padrão 4”x2” Pial Plus Placa cega 4”x2” Pial Plus Placa cega 4”x4” Pial Plus Haste de aterramento Copperweld de 5/8”X2,40m com conectores Conjunto 4”x2” com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Pratis Conjunto 4”x2” com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Pratis Conjunto 4”x2” com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Plus Conjunto 4”x2” com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Plus Cabo telefônico CCI 50 - 1 par Cabo telefônico CCI 50 - 2 pares Cabo telefônico CCI 50 - 3 pares Cabo telefônico CCI 50 - 4 pares Cabo telefônico CCI 50 - 5 pares Cabo telefônico CCI 50 - 6 pares Quadro metálico de embutir para telefone de 20x20x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 30x30x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 40x40x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 50x50x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 60x60x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 80x80x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 120x120x13,5cm
cj
7,53
cj
13,53
un
1,20
un un un
2,00 4,87 19,78
cj
8,65
cj cj
14,73 11,68
cj m m m m m m un
18,60 0,24 0,45 0,77 0,91 1,14 1,54 37,75
un
48,39
un
88,50
un
83,56
un
155,99
un
249,99
un
602,50
MATERIAIS HIDRÁULICOS Caixa sifonada de PVC de 100x100x50mm c/grelha branca redonda Caixa sifonada de PVC de 100x125x50mm c/grelha branca redonda Caixa sifonada de PVC de 150x150x50mm c/grelha branca redonda Caixa sifonada de PVC de 150x185x75mm c/grelha branca redonda Ralo sifonado quadrado PVC 100x54x40mm c/grelha Adaptador de PVC para válvula de pia e lavatório Bucha de redução longa de PVC soldável para esgoto de 50x40mm Curva de PVC soldável para água de 20mm Curva de PVC soldável para água de 25mm Curva de PVC soldável para água de 32mm Curva de PVC soldável para água de 40mm Joelho 90° de PVC L/R para água de 25mm x 3/4” Joelho 90° de PVC roscável para água de 1/2” Joelho 90° de PVC roscável para água de 3/4” Joelho 90° de PVC roscável para água de 1” Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/4” Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/2” Joelho 90° de PVC roscável para água de 2” Joelho 90° de PVC soldável para água de 20mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 25mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 32mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 40mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 50mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 65mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 75mm
un
7,07
un
10,55
un
16,66
un
17,08
un un un
4,64 1,09 1,20
un un un un un un un un un un un un un un un un un un
1,23 1,45 3,45 6,68 1,78 0,85 1,52 2,27 5,72 6,73 13,30 0,29 0,45 1,22 2,77 2,93 13,74 45,25
Joelho 90° de PVC soldável para água de 85mm Joelho 90° c/visita de PVC soldável para esgoto de 100x50mm Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 40mm Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 50mm Joelho 45° de PVC soldável para esgoto de 50mm Junção simples de PVC soldável para esgoto de 100x50mm Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 3/4” CR/CR Deca Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 1.1/2” CR/CR Deca Registro de gaveta Targa (base 4509+acab. C40 710 CR/ CR) 1” Deca Registro de gaveta Bruto B1510 de 1.1/2” Fabrimar Registro de pressão Targa 1416 C40 de 3/4” CR/CR Deca Tê de PVC roscável de 1/2” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 3/4” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 1” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 1.1/4” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 1.1/2” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 2” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 25mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 60mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 75mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 85mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre Tubo de ligação para bacia de 20cm com anel branco Astra Tubo de PVC roscável de 1/2” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 3/4” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 1” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 1.1/4” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 1.1/2” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 2” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC soldável de 20mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 25mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 32mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 40mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 50mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 60mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 75mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 85mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/ Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 40mm PBV Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 50mm PBV Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 75mm PBV Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 100mm PBV Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre(vara c/6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 150mm PBV Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre (vara c/6m) Válvula de retenção horizontal com portinhola de 2” Docol Vedação para saída de vaso sanitário Adesivo para tubos de PVC (tubo com 1 litro) Solução limpadora para tubos de PVC (tubo com 1 litro)
un un
54,91 8,45
un un un un un un un
0,96 1,55 1,97 9,45 59,95 89,50 42,24
un un un un un un un un un un un un un vara
48,33 62,40 1,16 1,73 4,07 9,03 11,47 18,00 0,63 17,23 30,97 50,60 4,45 17,42
vara
22,57
vara
48,75
vara
59,27
vara vara vara
73,03 114,28 7,63
vara
11,10
vara
23,80
vara
37,59
vara
46,00
vara
74,68
vara 112,33 vara 142,93 vara
20,30
vara
32,87
vara
40,07
vara
52,13
vara 181,88 un
145,50
un
4,57
litro litro
23,32 22,80
un
94,47
un
127,95
un
236,44
un
460,63
Lixa para madeira Lixa d’água Lixa para ferro Estopa para limpeza Ácido muriático (litro) Cal para pintura Tinta Hidracor (saco com 2kg) Massa plástica 3 Estrelas (lata com 500gramas)
un
286,55
MATERIAIS PARA INSTALAÇÃO DE ÁGUA QUENTE
un
460,95
un
172,45
un un un
391,95 676,95 10,62
m m m m2 m2 m2 m2 m2 m m m m m
116,87 483,20 201,20 63,07 54,00 41,67 68,33 56,67 15,50 23,50 58,50 18,33 29,00
gl gl lata gl lata gl lata gl lata gl gl gl lata gl lata gl lata gl lata gl lata gl gl gl gl gl gl gl gl lata gl l un
64,57 25,90 113,63 23,00 96,90 11,00 30,57 23,20 90,40 42,76 56,80 21,40 90,97 38,47 164,97 45,40 225,70 51,03 189,60 21,97 95,80 48,29 39,90 62,80 65,17 52,77 41,64 64,50 31,60 144,00 124,40 15,57 0,45
MATERIAIS DE INOX Pia aço inox lisa c/1,20m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat Pia aço inox lisa c/1,40m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat Pia aço inox lisa c/1,80m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat Pia aço inox lisa c/1,80m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat Pia aço inox lisa c/2,00m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat Pia aço inox lisa c/2,00m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat Cuba em aço inox retangular, de 55x33x14cm, sem válvula, Franke Douat Tanque em aço inox, de 50x40cm, com válvula, Franke Douat Mictório em aço inox, de 1,50m, completo, Franke Douat Válvula para pia de aço inox, de 3 1/2”x 1 1/2”, Franke Douat
MÁRMORES Bancada de mármore branco rajado de 60x2cm Bancada de mármore branco extra de 60x2cm Bancada de mármore travertino de 60x2cm Lajota de mármore branco extra de 30x30x2cm Lajota de mármore branco rajado de 15x30x2cm Lajota de mármore branco rajado de 30x30x2cm Lajota de mármore travertino de 30x30x2cm Lajota de mármore travertino de 15x30x2cm Rodapé em mármore branco rajado de 7x2cm Rodapé em mármore travertino de 7x2cm Soleira em mármore branco extra de 15x2cm Soleira em mármore branco rajado de 15x2cm Soleira em mármore travertino de 15x2cm
MATERIAIS DE PINTURA Fundo sintético nivelador branco fosco para madeira (galão) Selador PVA(liqui-base) para parede interna (galão) Selador PVA(liqui-base) para parede interna (lata c/18 litros) Selador acrílico para parede externa (galão) Selador acrílico para parede externa (lata c/18 litros) Massa corrida PVA (galão) Massa corrida PVA (lata c/18 litros) Massa acrílica (galão) Massa acrílica (lata c/18 litros) Massa à óleo (galão) Solvente Aguarrás (galão c/5 litros) Tinta latex fosca para interior (galão) Tinta latex fosca para interior (lata c/18 litros) Tinta latex para exterior (galão) Tinta latex para exterior (lata c/18 litros) Líquido para brilho regulador (galão) Líquido para brilho regulador (lata c/18 litros) Tinta acrílica fosca (galão) Tinta acrílica fosca (lata c/18 litros) Textura acrílica (galão) Textura acrílica (lata c/18 litros) Impermeabilizante à base de silicone para fachadas (galão) Verniz marítimo à base de poliuretano (galão) Tinta antiferruginosa Zarcão (galão) Esmalte sintético acetinado (galão) Esmalte sintético brilhante (galão) Tinta à óleo (galão) Tinta à óleo para cerâmica (galão) Tinta acrílica especial para piso (galão) Tinta acrílica especial para piso (lata c/18 litros) Tinta epoxi: esmalte + catalizador (galão) Diluente epoxi (litro) Lixa para parede
Tubo de cobre classe “E” de 15mm (vara com 5,00m) Tubo de cobre classe “E” de 22mm (vara com 5,00m) Tubo de cobre classe “E” de 28mm (vara com 5,00m) Tubo de cobre classe “E” de 35mm (vara com 5,00m) Tubo de cobre classe “E” de 54mm (vara com 5,00m)
un un un kg l kg sc lata
un un un un un
0,38 0,96 1,92 4,72 4,05 0,76 2,98 5,75
60,69 96,82 114,33 203,25 376,78
MATERIAIS SANITÁRIOS Assento sanitário Village em polipropileno AP30 Deca Assento sanitário almofadado branco TPK/A5 BR1 Astra Assento convencional branco macio TPR BR1 em plástico Astra Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Azálea branco gelo Celite Conjunto bacia com caixa Saveiro branco Celite Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena branco gelo Deca Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena cinza real Deca Bacia sanitária convencional Azálea branco gelo Celite Bacia sanitária convencional Targa branco gelo Deca Bacia sanitária convencional Izy branco gelo Deca Bacia sanitária convencional Ravena branco gelo Deca Bacia sanitária convencional Ravena cinza real Deca Bacia sanitária convencional Village branco gelo Deca Bacia sanitária convencional Village cinza real Deca Cuba de embutir oval de 49x36cm L37 branco gelo Deca Cuba de embutir redonda de 36cm L41 branco gelo Deca Cuba sobrepor retang. Monte Carlo 57,5x44,5cm L40 branco gelo Deca Lavatório suspenso Izy de 43x23,5cm L100 branco gelo Deca Lavatório suspenso Izy de 39,5x29,5cm L15 branco gelo Deca Lavatório c/ coluna Monte Carlo de 57,5x44,5cm L81 branco gelo Deca Lavatório de canto Izy L101 branco gelo Deca Lavatório c/ coluna Saveiro de 46x38cm branco Celite Bolsa de ligação para bacia sanitária BS1 de 1.1/2” Astra Caixa de descarga sobrepor 8 lts. c/engate e tubo ligação Fortilit/Akros/Tigre Chicote plástico flexível de 1/2”x30cm Fortilit/Akros/ Amanco/Luconi Chicote plástico flexível de 1/2”x40cm Fortilit/Akros/ Luconi Chuveiro de PVC de 1/2” com braço Chuveiro cromado de luxo ref. 1989102 Deca Parafuso de fixação para bacia de 5,5x65mm em latão B-8 Sigma (par) Parafuso de fixação para tanque longo 100mm 980 Esteves (par) Parafuso de fixação para lavatório Esteves (par) Sifão de alumínio fundido de 1” x 1.1/2” Sifão tipo copo para lavatório cromado de 1”x1.1/2” Esteves Sifão de PVC de 1” x 1.1/2” Fita veda rosca em Teflon Polytubes Polvitec (rolo com 12mm x 25m)
un un un
74,95 38,40 22,06
un
220,54
un un
163,90 256,58
un
266,45
un un un un un un un un un un
104,65 236,83 67,68 117,95 120,60 177,35 185,75 42,90 43,95 76,00
un
69,45
un
55,55
un
130,45
un un un un
71,28 49,45 2,00 17,22
un
2,38
un
3,00
un un par
8,73 203,30 5,80
par
12,20
par un un
8,13 46,95 71,50
un un
6,52 1,50
Tanque de louça de 22 litros TQ-25 de 60x50cm branco gelo Deca Coluna para tanque de 22 litros CT-25 branco gelo Deca Tanque de louça de 18 litros TQ-01 de 56x42cm branco gelo Deca Coluna para tanque de 18 litros CT-11 branco gelo Deca Tanque de louça sem fixação de 18 litros de 53x48cm branco Celite Tanque em resina simples de 59x54cm marmorizado Resinam Tanque em resina simples de 60x60cm granitado Marnol Balcão de cozinha em resina c/1,00x0,50m c/1 cuba marmorizado Marnol Balcão de cozinha em resina c/1,20x0,50m c/1 cuba granitado Marnol Misturador para lavatório Targa 1875 C40 CR/CR Deca Misturador para pia de cozinha tipo mesa Prata 1256 C50 CR Deca Misturador para pia de cozinha tipo parede Prata 1258 C50 CR Deca Torneira para tanque/jardim 1152 C39 CR ref. 1153022 Deca Torneira para lavatório 1193 C39 CR (ref.1193122) Deca Torneira para pia de cozinha Targa 1159 C40 CR Deca Torneira de parede p/pia de cozinha 1158 C39 CR ref. 1158022 Deca Torneira de parede para pia de cozinha Targa 1168 C40 Deca Torneira de mesa para pia de cozinha Targa 1167 C40 Deca Torneira para lavatório Targa 1190 C40 CR/CR (ref. 1190700) Deca Ducha manual Evidence cromada 1984C CR Deca Válvula de descarga Hydra Max de 1.1/2” ref. 2550504 Deca Válvula cromada para lavatório ref.1602500 Deca Válvula cromada para lavanderia ref. 1605502 Deca Válvula de PVC para lavatório Válvula de PVC para tanque ou pia de cozinha
un
257,00
un un
70,40 174,00
un un
71,00 163,45
un
45,70
un un
45,88 60,90
un
69,35
un un
230,10 371,80
un
369,10
un
53,88
un un un
52,12 86,85 55,50
un
175,25
un un
181,75 92,30
un un un un un un
153,10 146,95 25,25 37,85 1,94 2,33
kg m2 kg un gl kg m3
13,78 3,82 4,03 0,56 33,63 7,43 206,06
OUTROS Corda de nylon de 3/8” Tela de nylon para proteção de fachada Bucha para fixação de arame no forro de gesso Pino metálico para fixação à pistola com cartucho Cola Norcola (galão com 2,85kg) Cola branca (pote de 1 kg) Bloco de EPS para laje treliçada
PRODUTOS CERÂMICOS Tijolo cerâmico de 4 furos de 7x19x19cm Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x15x19cm Tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm Tijolo cerâmico de 8 furos de 12x19x19cm Tijolo cerâmico de 18 furos de 10x7x23cm Tijolo cerâmico aparente de 6 furos (sem frisos) de 9x10x19cm Tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm Telha em cerâmica tipo colonial (Dantas) - 35un/m2 Telha em cerâmica tipo colonial (Itajá) - 32un/m2 Telha em cerâmica tipo calha Paulistinha (Quitambar) 22un/m2 Telha em cerâmica tipo colonial Simonassi (Bahia) - 28un/m2 Telha em cerâmica tipo colonial Barro Forte (Maranhão) - 25un/m2 Tijolo cerâmico refratário de 22,9x11,4x6,3cm Massa refratária seca Taxa de acréscimo para tijolos paletizados(por milheiro) Bloco de cerâmica de 30x20x9cm para laje pré-moldada
ABR/MAI 2012 |
mil mil mil mil mil mil mil
386,67 186,50 318,72 407,72 474,39 605,00 400,00
mil mil mil mil
417,50 420,00 700,00 950,00
mil mil
2.050,00 1.640,00
mil kg mil mil
1.285,80 0,72 50,00 720,00
| 91
TELHAS METÁLICAS
PREGOS E PARAFUSOS Prego com cabeça de 1.1/4”x14 Prego com cabeça de 2.1/2”x10 Parafuso de 5/16”x300mm em alumínio para fixação de telhas Arruela de alumínio para parafuso de 5/16” Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 5/16” Porca de alumínio para parafuso de 5/16” Parafuso de 1/4”x100mm em alumínio para fixação de telhas Parafuso de 1/4”x150mm em alumínio para fixação de telhas Parafuso de 1/4”x250mm em alumínio para fixação de telhas Parafuso de 1/4”x300mm em alumínio para fixação de telhas Arruela de alumínio para parafuso de 1/4” Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 1/4” Porca de alumínio para parafuso de 1/4”
m2
24,72
Vidro Canelado incolor (cortado)
m2
26,82
Vidro aramado incolor de 7mm (cortado)
m2
115,63
Vidro anti-reflexo (cortado)
m2
30,40
Vidro liso incolor de 3mm (cortado)
m2
25,53
Vidro liso incolor de 4mm (cortado)
m2
31,73
Vidro liso incolor de 5mm (cortado)
m2
40,43
Vidro liso incolor de 6mm (cortado)
m2
44,73
Vidro liso incolor de 8mm (cortado)
m2
67,92
Vidro liso incolor de 10mm (cortado)
m2
77,15
Vidro laminado incolor 3+3 (cortado)
m2
135,65
Vidro laminado incolor 4+4 (cortado)
m2
171,93
Vidro laminado incolor 5+5 (cortado)
m2
209,52
Vidro bronze de 4mm (cortado)
m2
45,12
Vidro bronze de 6mm (cortado)
m2
70,49
Vidro bronze de 8mm (cortado)
m2
109,50
Vidro bronze de 10mm (cortado)
m2
139,59
Vidro cinza de 4mm (cortado)
m2
38,34
Vidro cinza de 6mm (cortado)
m2
65,86
Vidro cinza de 8mm (cortado)
m2
89,81
Vidro cinza de 10mm (cortado)
m2
109,16
Espelho prata cristal de 3mm (cortado)
m2
57,66
Espelho prata cristal de 4mm (cortado)
m2
84,54
Espelho prata cristal de 6mm (cortado)
m2
130,39
Vidro temperado de 10mm incolor sem ferragens (cortado)
m2
102,60
Vidro temperado de 10mm cinza sem ferragens (cortado)
m2
126,31
Vidro temperado de 10mm bronze sem ferragens (cortado)
m2
134,71
Tijolo de vidro 19x19x8cm ondulado
un
10,01
Junta de vidro para piso
m
0,40
Massa para vidro
kg
1,30
h h h h h h h h h h h h h h h h h h
5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 5,06 4,11 3,09
un un
0,16 0,17
VIDROS
un un
0,15 0,31
un
0,52
un
0,71
un
0,92
un un
0,17 0,12
un
0,10
m2 m2 m2 m2 m2 m2
17,52 14,45 36,24 31,66 23,65 28,73
m2 m2 m2
21,65 17,17 16,41
m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 lata gl
12,33 13,33 14,67 21,03 26,33 26,42 15,33 26,00 33,00 16,33 17,00 17,67 20,33 27,00 15,56 16,00 18,33 20,67 26,00 32,50 27,67 33,00 38,00
m2 m2 m2 m2
37,57 44,56 46,70 22,10
REVESTIMENTOS VINÍLICOS E DE BORRACHA Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 1,6mm com flash Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm com flash Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm sem flash Piso de borracha pastilhado Plurigoma de 50x50cm para colar
Vidro impresso fantasia incolor de 4mm (cortado)
Telha de alumínio trapezoidal com 0,5mm Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,5mm Telha de alumínio trapezoidal com 0,4mm Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,4mm
REVESTIMENTOS DE PEDRAS NATURAIS Pedra Ardósia cinza de 20x20cm Pedra Ardósia cinza de 20x40cm Pedra Ardósia cinza de 40x40cm Pedra Ardósia verde de 20x20cm Pedra Ardósia verde de 20x40cm Pedra Ardósia verde de 40x40cm Pedra Itacolomy do Norte irregular Pedra Itacolomy do Norte serrada Pedra São Thomé Cavaco Pedra Cariri serrada de 30x30cm Pedra Cariri serrada de 40x40cm Pedra Cariri serrada de 50x50cm Pedra sinwalita de corte manual Pedra Sinwalita serrada Pedra portuguesa (2 latas/m2) Pedra Itamotinga Cavaco Pedra Itamotinga almofada Pedra Itamotinga Corte Manual Pedra Itamotinga Serrada Pedra granítica tipo Canjicão Almofada Pedra granítica tipo Rachão Regular de 40x40cm Solvente Solvicryl Hidronorte (lata de 5 litros) Resina acrílica Acqua Hidronorte (galão de 3,6 litros)
26,75 98,25 22,50 82,10
5,51 6,02 1,24
REVESTIMENTOS CERÂMICOS Cerâmica Eliane 10x10cm Camburí White tipo “A” Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo “A” PEI4 Porcelanato Eliane Platina PO(polido) 40x40cm Porcelanato Eliane Platina NA(natural) 40x40cm Cerâmica Portobello Prisma bianco 7,5x7,5cm ref. 82722 Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm ref. 14041 Cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm ref. 82073 Azulejo Eliane Forma Slim Branco BR MP 20x20cm Azulejo liso Cecrisa Unite White 15x15cm tipo “A”
m2 un m2 un
kg kg un
MÃO DE OBRA Armador Azulejista Calceteiro Carpinteiro Eletricista Encanador Gesseiro Graniteiro Ladrilheiro Marceneiro Marmorista Pastilheiro Pintor Serralheiro Telhadista Vidraceiro Pedreiro Servente
ONDE ENCONTRAR A
ADESIVOS
HENKEL http://www.henkel.com.br 0800-704-2334
E
ELEVADORES
ELEVADORES ATLAS SCHINDLER www.atlas.schindler.com +55 (81) 3423-1211
ALUGUEL DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
THYSSENKRUPP
A GERADORA
OTIS
www.ageradora.com.br +55 (71) 21042555
ALUTEC www.alutec-pe.com.br +55 (81) 34716271
FERCUNHA +55 (81) 33415512
FORTEQUIP www.fortequip.com.br +55 (81) 21376700
MAGNA LOCAÇÕES www.magnaloc.com.br +55 (85) 32574600
www.thyssenkruppelevadores.com.br +55 (81) 21218500
WOLLK ELEVADORES www.wollk.com.br +55 (81) 2127.4700
F
FERRAMENTAS
BOSCH
PROENG LOCAÇÕES +55 (85) 32620112
RENTAL ANDAIMES www.rentalandaimes.com.br +55 (84) 32364278
RODANTE www.rodantern.com.br +55 (84) 40098833
C
CLIMATIZAÇÃO
STR AR www.strar.com.br +55 (11) 36363580
www.ceramicaelizabeth.com.br +55 (81) 33266230
SINCOL - PORTAS
INCEPA
www.sincol.com.br +55 (49) 35615029
www.incepa.com.br +55 (41) 21052500
SQUADRA
PORTOBELLO
www.squadra.ind.br +55 (81) 3471-1636 - 3338.1720
PRODUTOS PLÁSTICOS www.herc.com.br +55 51 3021.4900
R
REATORES E LUMINÁRIAS
INTRAL www.intral.com.br intral@intral.com.br (54) 3209.1496
DEWALT
RENOVADORES DE AR
L
www.portobello.com.br
VILLAGRES www.villagres.com.br +55 (19) 35459000
HERC
www.bosch.com.br +55 (19) 21031090
www.dewalt.com.br +55 (34) 33183000
ELIZABETH
www.sasazaki.com.br +55 (14) 34029922
www.otis.com 0800 703 10 61
SICTELL www.sictell.com.br sictell@sictell.com.br +55 (47) 34523003
PALÁCIO DA CONSTRUÇÃO www.palaciodaconstrucao.com.br +55 (81)32052600
SASAZAKI – PORTAS E JANELAS
LÂMPADAS
T
TINTAS E ACESSÓRIOS
BRASILUX www.brasilux.com.br +55 (16) 33837000
CORAL www.coral.com.br 08000117711
IQUINE www.iquine.com.br 08009709089
SUVINIL www.suvinil.com.br 08000117558
FLC
REVESTIMENTOS CERÂMICOS
www.flc.com.br sac@flc.com.br
CONDOR – ACESSÓRIOS PARA PINTURA
CEUSA
www.condor.ind.br +55 (47) 36312000
+55 (11) 3933 3100
M
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
AGAÉ – MATERIAL DE CONSTRUÇÃO E EQUIPAMENTOS
www.ceusa.com.br +55 (48) 34412000
TUBOS E CONEXÕES ELIANE www.eliane.com +55 (48) 34477777
TIGRE www.tigre.com.br +55 (47) 34415000
www.agaepe.com.br +55 (81) 34281761
CSM - MÁQUINAS www.csm.ind.br +55 (47) 33727600
KOMECO www.komeco.com.br +55 (48) 30274600
METALÚRGICA
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FUJITSU www.fujitsu.com.br +55 (11) 31495700
CONCRETO APODI www.cimentoapodi.com.br +55 (85) 33117575
REDIMIX www.redimix.com.br +55 (81) 33390500
www.silvana.com.br +55 (83) 33108100
GOIANA PRÉ-FABRICADOS +55 (81) 32423887 www.prefabricados.com.br
RODOLFO GLAUS
Dânica Termoindustrial Brasil +55 (81) 21251900 www.danica.com.br vendas@danica.com.br
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MATERIAIS ELÉTRICOS FAME – MATERIAIS ELÉTRICOS www.fame.com.br +55 (11) 34785600
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T&A PRÉ-FABRICADOS
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Fabricação de peças e montagem de estruturas pré-fabricadas de concreto, sobretudo para obras de médio a grande portes. Produtos: lajes alveolares, vigas armadas, protendidas e centrifugadas, telhas de concreto, painéis, blocos de concreto para alvenaria estrutural e de vedação, e pisos intertravados de cimento
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ABR/MAI 2012 |
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Diagonal Engenharia
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Caramelo Arquitetos Associados Ltda.
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Civil de João Pessoa
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Syene Empreendimentos
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Conselho Regional de Engenharia e Agronomia/PE
COMO SE FAZ
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(11) 5591 1300
Secretaria das Cidades e
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Ecotelhado
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www.ecotelhado.com.br
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Terra Viva Paisagismo (71) 3249 0818
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